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NEUROFTALMOLOGIA

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<strong>NEUROFTALMOLOGIA</strong><br />

N.ÓPTICO<br />

- inicia-se na papila óptica e termina no ângulo antero-lateral do quiasma .<br />

PORÇÕES<br />

- ORBITÁRIA ( forma S alongado e oblíquo )<br />

- TRAJECTO INTRACANALICULAR<br />

- TRAJECTO INTRACRANIANO<br />

PAPILA ÓPTICA<br />

- é o lugar de convergência das fibras amielínicas, axónios das células ganglionares<br />

da retina que se reagrupam em feixes para formar o tronco nervoso único .<br />

OCUPA o canal esclero-coroideu até à lâmina crivosa.<br />

CONSTITUIÇÃO:<br />

- pré-laminar<br />

- laminar<br />

- retrolaminar<br />

GÂNGLIO GASSER<br />

- é o gânglio do n. trigémio em que um dos ramos periféricos é o n. oftálmico<br />

Willis<br />

GÂNGLIO SENSITIVO:<br />

- reunindo os 3 ramos periféricos do n.trigémio que são : n. oftálmico Willis,<br />

n.maxilar superior e maxilar inferior .<br />

LOCALIZAÇÃO - face antero-superior do rochedo .<br />

N.OFTÁLMICO<br />

- sensitivo, nasce da porção antero-interna gânglio Gasser .<br />

DIRECÇÃO<br />

- para diante e cima, na espessura da parede externa do seio cavernoso .<br />

NA EXTREMIDADE ANTERIOR SEIO CAVERNOSO<br />

- o oftálmico divide-se nos 3 ramos terminais : interno (nasal), médio ( frontal ),<br />

externo (lacrimal ) .<br />

N.ÓPTICO------------------------------------------<br />

Parte do globo ocular a 3 mm por dentro e 1 mm por baixo do polo posterior do<br />

globo ocular . Dirige-se para trás e dentro, atravessa a cavidade orbitária, ocupando<br />

o eixo do cone músculo-aponevrótico, descrevendo 2 sinuosidades : uma anterior,<br />

de concavidade externa e outra, posterior, côncava para dentro .<br />

GÂNGLIO CILIAR<br />

Tem a face infero-interna aderente à bainha dural do n.óptico .<br />

A ESTE NÍVEL<br />

- a art. central da retina perfura o n.óptico a 15 mm do globo<br />

ocular .<br />

1


RAMOS AFERENTES:<br />

RAIZ MOTORA - composta de fibras parasimpáticas<br />

RAIZ SIMPÁTICA- emergem do gânglio cervical<br />

superior (rede pericarotídea )<br />

RAIZ SENSITIVA - acolada ao n.nasal .É constituída<br />

pelas fibras sensitivas que deixam o globo ocular pelos<br />

n.ciliares curtos .<br />

RAMOS EFERENTES OU N.CILIARES CURTOS<br />

RAIZ MOTORA- inerva músculo ciliar e esfincter iris<br />

RAIZ SENSITIVA- sensibilidade córnea, íris e corpo<br />

ciliar<br />

RAIZ SIMPÁTICA- fibras responsáveis da<br />

vasomotricidade dos vasos do globo e iridodilatação .<br />

NERVOS CILIARES LONGOS<br />

Destacam-se do n.nasal .<br />

Dirige-se para diante e une-se aos n.ciliares curtos ao nível do plexo valentim.<br />

VIAS ÓPTICAS<br />

Partindo das células ganglionares da retina penetram no crânio pelo buraco<br />

óptico.<br />

TRAJECTO EXTRACEREBRAL<br />

- No n.óptico, as fibras formam um cordão cilíndrico<br />

compacto .Contém o fascículo cruzado e o fascículo<br />

directo.<br />

NO QUIASMA<br />

- o nervo óptico sofre uma semidecussacção<br />

FITA ÓPTICA<br />

- fibras ópticas e fibras comissuriais Gudden . Cruza a face<br />

inferior pedúnculo cerebral, alcançando o lado póstero<br />

-externo do tálamo .<br />

TERMINAÇÃO<br />

- CGE<br />

- pulvinar<br />

RADIAÇÕES ÓPTICAS GRATIOLET<br />

- chegam ao centro cortical, dividindo-se em 2<br />

- O 1º atinge o lábio superior cissura calcarina e o 2º<br />

atinge o lábio inferior da cissura calcarina ( áreas 17, 18 e<br />

19 Broadman ).<br />

FISIOPATOLOGIA<br />

Antes do quiasma, a destruição nervo óptico dá cegueira completa.<br />

Depois do quiasma, a lesão unilateral dá hemianópsia lateral homónima<br />

Na cissura calcarina, há hemianópsia em quadrantes.<br />

2


DOENÇAS N.ÓPTICO<br />

A alteração n.óptico dá lugar a 4 tipos de defeito do campo visual:<br />

- escotoma central ( típico da neurite óptica, embora também possa<br />

dever-se a lesões isquémicas compressivas).<br />

- escotoma centrocecal ( característica das neuropatias ópticas tóxicas e<br />

neuropatia óptica Leber )<br />

- defeitos altitudinais ( nas neuropatias ópticas de natureza isquémica)<br />

- defeitos arciformes ( a causa mais frequente é o glaucoma ).<br />

TIPOS<br />

- neurite óptica<br />

- neuropatia óptica isquémica<br />

- papilopatia diabética<br />

- neuropatia óptica tóxica<br />

- neuropatia óptica Leber<br />

- papiledema<br />

- anomalia congénita do disco óptico<br />

CORES<br />

- Nos cones, há 3 tipos distintos de pigmentos sensíveis aos 3<br />

comprimentos de onda . cada cone possui essencialmente 1 ou outro<br />

destes 3 pigmentos.<br />

SOB O PLANO FUNCIONAL<br />

- os bastonetes necessitam dum aporte luminoso ínfimo<br />

- os cones exigem uma intensidade mais forte .<br />

FUNCIONAMENTO<br />

- cones ( funcionam em ambiente fotópico )<br />

- bastonetes ( sendo só funcionais na penumbra ( ambiente<br />

mesópico) e na obscuridade ( ambiente escotópico ).<br />

NOÇÃO TRICROMÁTICA VISÃO<br />

- a complementariedade<br />

CÉLULAS GANGLIONARES ESPECIALIZADAS<br />

- CÉLULAS GANGLIONARES Y - condução rápida - reage ás alterações<br />

brutais de luminosidade .<br />

- CÉLULAS ALFA - reage ás alterações progressivas de luminosidade -<br />

condução lenta .<br />

- CÉLULA W<br />

VIA ÓPTICA PRINCIPAL<br />

- células X (lenta) e Y ( rápida )<br />

CONTINGENTE RETINO-COLICULAR<br />

- célula W<br />

3


MEIOS DE ESTUDO<br />

ACUIDADE VISUAL<br />

- é por definição, inverso do poder separador do olho, expressa em minutos de<br />

arco .<br />

VISÃO CROMÁTICA<br />

- a percepção colorida é o resultado da colocação em jogo de 3 populações de<br />

cones .<br />

TIPOS DE TESTES:<br />

- TÁBUAS PSEUDOISOCROMÁTICAS - sensível ás<br />

discromatóptsias congénitas e ás discromatópsias adquiridas do tipo<br />

verde-vermelho.<br />

- TESTE FARNSWORTH - sucessão de pastilhas que só<br />

diferem umas das outras pela sua tonalidade .<br />

- ANOMALOSCÓPIOS - 2 semi-círculos - semi-círculo<br />

superior ( vermelho e verde ) e a metade inferior ( amarela ) - a prova<br />

consiste em igualar a cor das 2 superfícies .<br />

4


NEUROPATIAS ÓPTICAS_____________________________<br />

A expressão clínica das neuropatias ópticas é dominada por uma diminuição da<br />

A.V. a alteração da visão colorida.<br />

NEUROPATIAS HEREDITÁRIAS<br />

- N.O. EM DOENÇAS NEUROLÓGICAS<br />

- N.O. DOMINANTE<br />

- N.O. LEBER<br />

N.O. LEBER_____________________________________<br />

Mutação do DNA mitocondrial .<br />

DIAGNÓSTICO<br />

FASE AGUDA<br />

- diminuição súbita A.V. ( em semanas )<br />

- sem dor á motilidade ocular<br />

- hiperémia papilar<br />

- telangiectasias papilar<br />

ANGIO<br />

- pseudo-edema papilar ( sem derrame )<br />

CAMPOS VISUAIS<br />

- escotoma centro-cecal<br />

CORES<br />

- discromatópsia<br />

FASE CRÓNICA<br />

- normal ou atrofia óptica<br />

( ambos os discos ópticos acabam por se atrofiar, deixando<br />

a visão gravemente alterada (1/10) .<br />

CHAVE DO DIAGNÓSTICO<br />

- neuropatia óptica , aguda, bilateral<br />

- 10-20 anos<br />

- tipicamente afectam homens adolescentes . Ambos os olhos perdem<br />

visão embora vários meses possam separar para que o 2º olho se<br />

torne sintomático.<br />

TRATAMENTO<br />

- não há tratamento eficaz<br />

- vitamina B12 -decepcionante<br />

- cirurgia ( casos com aracnoidite )<br />

- corticóides ( ineficazes )<br />

5


NEUROPATIA ÓPTICA ISQUÉMICA____________________<br />

A isquémia aguda do segmento anterior do nervo óptico, é uma das causas<br />

principais de diminuição de visão nos idosos.<br />

A idade do doente, a perda de visão súbita e um edema do disco óptico com<br />

defeitos altitudinais inferiores suportam o diagnóstico de neuropatia óptica<br />

isquémica anterior.<br />

65% dos casos de neurite óptica aguda têm um disco com aparência normal (neurite<br />

retrobulbar ) e 35% têm um edema do disco óptico ( papilite ).<br />

TRÍADE CLÁSSICA<br />

- pseudopapiledema<br />

- microangiopatia circunpapilar ( telangiectasias )<br />

- não há escape de fluoresceína dos vasos telangiectásicos .<br />

OCORRE QUANDO<br />

- a porção anterior n.óptico é atingida ( neuropatia isquémica anterior ).<br />

Representa uma lesão do sistema das artérias ciliares posteriores.<br />

LÂMINA CRIVOSA<br />

- é uma extensão da esclera . É vascularizada pelas artérias ciliares curtas<br />

posteriores e pelo círculo arterial de Zinn-Haller .<br />

SEGMENTAR<br />

- A vascularização do n.óptico é segmentar, o que explica a natureza<br />

segmentar das lesões isquémicas .<br />

PRINCIPAIS FONTES DE VASCULARIZAÇÃO CABEÇA N.ÓPTICO<br />

- artérias ciliares curtas posteriores .<br />

FLUXO SANGUÍNEO CABEÇA N.ÓPTICO DEPENDE<br />

- TIO<br />

- HTA<br />

-resistência vascular<br />

- eficácia da autoregulação<br />

EM CASO DE HTA<br />

- dá-se uma diminuição de vascularização da cabeça n.óptico.<br />

HIPOTENSÃO NOCTURNA<br />

- corresponde aos grandes incidentes de enfarte miocádio, AVC e<br />

neuropatia óptica isquémica .<br />

MECANISMO DE AUTOREGULAÇÃO<br />

- o seu papel é manter um fluxo sanguíneo relativamente constante,<br />

apesar das variações de pressão de perfusão .<br />

6


N.O. ISQUÉMICA ANTERIOR________________________<br />

É devida à isquémia aguda da cabeça n.óptico, onde as artérias ciliares posteriores<br />

formam a principal fonte de vascularização.<br />

ETIOLOGIA<br />

- DOENÇAS SISTÉMICAS<br />

- D.Horton<br />

- aterosclerose<br />

- diabetes<br />

- HTA<br />

- DOENÇAS OCULARES<br />

- aumento tio<br />

- edema papilar<br />

- IDIOPÁTICAS<br />

CLASSIFICAÇÃO<br />

- ARTERÍTICA<br />

- manchas algodonosas, amaurose fugaz precedendo a<br />

perda visão permanente, escavação do disco óptico após<br />

resolução de edema, dor ocular.<br />

- NÃO ARTERÍTICA<br />

- a dor pode estar presente, mas não se agrava com os<br />

movimentos oculares . A HTA está presente em 40% dos<br />

doentes com NO não arterítica.<br />

DIAGNÓSTICO<br />

- diminuição súbita AV ( de manhâ )<br />

- Marcus Gunn +<br />

- ausência de dor<br />

- fundo ocular ( edema segmentar disco óptico )<br />

- campimetria ( defeito altitudinal inferior )<br />

MAIS TARDE<br />

- fotofobia permanente .<br />

A A.V. NORMAL NÃO ELIMINA<br />

- o diagnóstico de Noisquémica arterítica .<br />

TRATAMENTO<br />

A NOI arterítica é uma afecção grave, com mau prognóstico de recuperação visual<br />

e um alto risco de atingimento do 2º olho.<br />

INICIA-SE COM :<br />

- 80 mg prednisona per os .<br />

SE HOUVER SINTOMAS VISUAIS<br />

- 1gr 8/8 horas EV<br />

OBJECTIVO<br />

- não é recuperar a AV inicial, mas prevenir um<br />

novo agravamento .<br />

7


EXAME FUNDO OCULAR<br />

- edema papila ( hemorragia em chama de vela )<br />

- atrofia óptica ( edema papila reabsorve-se em 6-8 semanas)<br />

- escavação papilar ( 2-3 meses após a NOIA )<br />

- hemorragias retina peripapilares<br />

- infarto retiniano<br />

- deg. corioretiniana<br />

ANGIOGRAFIA<br />

- útil no diagnóstico de NOIA ( mostra o edema papilar e defeitos<br />

de enchimento ).<br />

TRATAMENTO COM CORTICÓIDES<br />

- a anóxia induz um aumento de permeabilidade vascular na<br />

cabeça n.óptico .<br />

- o aumento permeabilidade aumenta o edema que pode ser um<br />

factor importante na lesão visual, pois diminui a circulação<br />

nos capilares da cabeça do n.óptico .<br />

CORTICÓIDES<br />

- diminuem a permeabilidade vascular, diminuindo o<br />

edema papilar e favorecendo a circulação da cabeça<br />

n.óptico .<br />

N.O. ISQUÉMICA POSTERIOR____________________________________<br />

Devido à isquémia aguda, da porção posterior do segmento orbitário até ao quiasma<br />

ETIOLOGIA<br />

- D.Horton<br />

- LED<br />

- Doença carótida<br />

- AVC<br />

TRATAMENTO<br />

- Nas NO posteriores não há trat. eficaz .<br />

8


N.O. INFLAMATÓRIAS E INFECCIOSAS__________________<br />

A sintomatologia é dominada por uma alteração da função visual, com ou sem<br />

edema papilar.<br />

CLÍNICA<br />

- unilateral<br />

- alt. visual é o sinal cardinal ( em 90% dos casos diminui abaixo de<br />

1/10)<br />

- alt. visão cromática<br />

- campo visual ( escotoma central ou centro-cecal )<br />

- resposta pupilar à luz é muito alterada no lado atingido ( o que<br />

configura a lesão n.óptico ).<br />

- PEV são muito alterados.<br />

EVOLUÇÃO<br />

- variável<br />

- alt. sensibilidade ao contraste<br />

- discromatópsia eixo verde-vermelho<br />

- OFTALMOSCOPIA- atrofia óptica no sector temporal<br />

ETIOLOGIA<br />

- dominada pela esclerose em placas<br />

INF.LOCAIS<br />

INF. REGIONAIS ( celulites orbitárias, sinusites frontais )<br />

INF. GERAIS ( toxoplasmose, meningite, septicémia, tuberculose)<br />

ESCLEROSE EM PLACAS<br />

Junto com a oftalmoscopia internuclear, a neurite óptica é a manifestação ocular<br />

mais frequente da esclerose múltipla.<br />

- é a causa mais frequente de NO inflamatória .<br />

- dá um quadro de neurite óptica retrobulbar unilateral .<br />

- AV que resulta de recidivas é grave ( associa-se a oftalmoplegia internuclear)<br />

- NO pode sobrevir em qualquer dos estadios de esclerose em placa.<br />

MANIFESTAÇÃO SUSPEITA<br />

- FENÓMENO DE UTHTHOFF que consiste na diminuição de visão<br />

quando aumenta a temperatura corporal do doente.<br />

NEUROMIELITE ÓPTICA DEVIC<br />

Associa uma neuropatia óptica e uma mielite transversa .<br />

N.O. DA SARCOIDOSE<br />

Trata-se duma coroidite<br />

Na base N.O. estão:<br />

- compressão extrínseca<br />

- infiltração directa N.O.<br />

Corticoterapia é eficaz<br />

9


NEUROPATIA ÓPTICA TÓXICA<br />

A etiologia principal das N.O. bilaterais.<br />

CARACTERÍSTICA<br />

- Alt. precoce da AV mesópica ( e boa AV fotópica )<br />

ETIOLOGIA<br />

- I.etilo-tabágica ( consomem dieta insuficiente em proteína e vit.<br />

B ).<br />

- causas iatrogénicas<br />

I. ETILO-TABÁGICA<br />

- escotoma centro-cecal bilateral ( bordos difíceis de definir )<br />

- atrofia óptica<br />

- evolução subaguda<br />

- discromatópsia verde-vermelha<br />

- aumento latência PEV<br />

- alt. visão é gradual, progressiva e bilateral<br />

TRATAMENTO<br />

- abstenção alcool e cigarros<br />

- hidroxicobalamina<br />

NEUROPATIAS IATROGÉNICAS<br />

Antimitótitcos, antituberculosos, antiparasitários<br />

NEUROPATIAS ÓPTICAS PROFISSIONAIS<br />

metais (chumbo, mercúrio, tálio )<br />

NEUROPATIA ÓPTICA METABÓLICA<br />

- diabetes ( papilopatia diabética )<br />

- durante as 2ª-3ª década vida<br />

- bilateral em 75%<br />

- perda visão de leve a moderada que pode<br />

recuperar espontaneamente em 6 meses .<br />

- edema ligeiro sem hemorragias ou edema grande<br />

com hemorragia e edema macular cistóide .<br />

- tiróide ( complicação exoftalmia )<br />

- avitaminoses ( carência aporte )<br />

N.O. TUMORAIS<br />

- glioma n.óptico, meningioma<br />

PROGNÓSTICO N.O.<br />

- evolução benigna espontânea<br />

- recuperação espontânea função visual<br />

10


ESTUDO MULTICÊNTRICO<br />

- Metilprednisona EV ( 1gr/dia )<br />

+ prednisona oral ( 1 mg/Kg/dia )<br />

ATITUDE TERAPÊUTICA N.O. INFL.<br />

- A.V maior 5/10 ( sem tratamento )<br />

- A.V. menor 5/10 ( sem tratamento )<br />

ou METILPREDNISOLONA EV ( 1 gr/dia ) 3 dias<br />

seguida PREDNISONA ORAL ( 1 mg/Kg/dia<br />

durante 11 dias<br />

DECISÃO TERAPÊUTICA<br />

- deve ser avaliada individualmente<br />

- benefício duma recuperação mais rápida da função visual<br />

- riscos de terapêutica imunosupressora .<br />

CLASSIFICAÇÃO OFTALMOSCÓPICA DA NEURITE ÓPTICA<br />

- NEURITE RETROBULBAR<br />

- caracterizada pela normalidade do disco óptico<br />

- PAPILITE ÓPTICA<br />

- a infl. afecta a cabeça do n.óptico .<br />

- é o tipo mais comum de NO na criança e com frequência<br />

é pós-infecciosa .<br />

- NEURORETINITE<br />

- todos os sinais de papilite óptica, além duma estrela<br />

macular ou exsudado retiniano profundo .<br />

11


NISTAGMO<br />

É uma alt. da estática ocular, caracterizada pela sucessão mais ou menos regular de<br />

movimentos conjugados de sentido contrário, que são involuntários e síncronos .<br />

O NISTAGMO É COM EFEITO:<br />

- uma sucessão de movimentos conjugados, de direcções opostas .Existe um<br />

movimento de ida e outro de retorno, qualificados como fases.<br />

NISTAGMO ESPONTÂNEO<br />

- surge em posição 1ª<br />

NISTAGMO REVELADO<br />

- surge só em determinadas posições do olhar, ou à<br />

oclusão .<br />

ORIENTAÇÃO<br />

- os nistagmos simples produzem-se num só plano, podendo ser<br />

rectílineo ( horizontal, vertical ou oblíquo ), ou rotatórios<br />

( horário e antihorário ).<br />

DIRECÇÃO<br />

- no caso mais frequente, os 2 olhos deslocam-se no mesmo<br />

sentido .<br />

CONGRUÊNCIA<br />

- quando o movimento é igual nos 2 olhos .<br />

MORFOLOGIA<br />

NISTAGMO PENDULAR<br />

- comporta 2 fases idênticas ( mesma velocidade )<br />

NISTAGMO RESSALTO<br />

- apresenta 2 fases com a mesma amplitude, mas de<br />

velocidade diferente ( a fase rápida é que define o<br />

sentido do nistagmo ).<br />

FACTORES SUSCEPTÍVEIS DE MODIFICAR O NISTAGMO<br />

- oclusão olhos ou obscuridade<br />

( diminuição nistagmo congénito e aumento nistagmo vestibular )<br />

- fixação<br />

- modificação da direcção do olhar ( a convergência bloqueia o nistagmo<br />

congénito ).<br />

- alt. posição cabeça e corpo<br />

- convergência<br />

MECANISMO<br />

- o nistagmo é devido a um déficit do sistema opto-estático ( a origem<br />

são habitualmente da fossa posterior ).<br />

12


NISTAGMOS ESPONTÂNEOS<br />

- são os que se manifestam quando o doente, sentado ou levantado,<br />

olhando para diante .<br />

SINAIS FUNCIONAIS<br />

- alt. AV ( frequentes nos nistagmos congénitos )<br />

- oscilópsia<br />

- vertigem rotatória<br />

SINAIS CEFALO-MOTORES<br />

- oscilações da cabeça<br />

- torticolis ( de modo a colocar os olhos numa posição de<br />

menos nistagmos )<br />

NISTAGMOS CONGÉNITOS<br />

- Surgem habitualmente entre 1-6 meses de idade.<br />

ETIOLOGIA<br />

- causas neurológicas<br />

- hidrocefalia<br />

- encefalites<br />

- tumores<br />

- causas sensoriais<br />

- albinismo<br />

- deg. tapeto-retiniana<br />

- idiopática<br />

- catarata<br />

PALIDEZ NUMA CRIANÇA COM NISTAGMO<br />

- deve levar à realização de TAC<br />

MORFOLOGIA<br />

- o nistagmo pendular é a forma mais característica e frequente .<br />

CARACTERÍSTICA<br />

- ambliopia nistágmica<br />

- não se acompanham de oscilópsia<br />

- são irregulares ( salvas e pausas )<br />

- atenção, fixação e leitura agravam o nistagmo<br />

- nistagmo desaparece durante o sono<br />

- processos de compensação ( cabeça )<br />

POSIÇÃO DE BLOQUEIO<br />

- encontrada em ¼ dos nistagmos congénitos<br />

PATOGENIA<br />

- é dominada pela questão de relações entre o movimento anormal<br />

e a diminuição AV .<br />

13


3 TEORIAS PATOGÉNICAS<br />

- TEORIA OCULAR ( exagero do micronistagmo fixação )<br />

- TEORIA NEUROLÓGICA ( perturbação dos centros de coordenação<br />

oculomotora ).<br />

- TEORIA MISTA<br />

TRATAMENTO<br />

- o interesse do ex. clínico do nistagmo é pesquisar se existe uma posição<br />

de bloqueio ou diminuição significativa do movimento ocular<br />

numa posição do olhar.<br />

- tratamento ortóptica, óptico, trat. cirúrgico.<br />

CIRURGIA<br />

- nistagmo concordante com uma visão binocular e zona privilegiada<br />

excentrada ( consiste em recentrar esta zona privilegiada de modo<br />

a fazê-la coincidir com a posição 1ª ).<br />

- nistagmo concordante associado a estrabismo ( pesquisar olho<br />

dominante ).<br />

- em caso de torticolis ( convém agir sobre o elemento vertical do<br />

estrabismo ).<br />

PROGNÓSTICO<br />

- depende do aspecto e da causa do nistagmo<br />

- a causa do nistagmo é um factor predominante do prognóstico . Uma<br />

lesão sensorial que se agrava, acompanha-se dum agravamento do<br />

nistagmo .<br />

NISTAGMO OTOLÓGICO<br />

Resultam da lesão do ouvido interno e n.vestibular<br />

Toda a lesão do labirinto ou do nervo vestibular provoca um nistagmo.<br />

CARÁCTER HORIZONTAL, VERTICAL E ROTATÓRIO DO<br />

NISTAGMO<br />

- depende do canal semi-circular<br />

SINAIS ASSOCIADOS:<br />

- vertigem rotatória e alt. major do equilíbrio<br />

ETIOLOGIA<br />

- nivel ouvido<br />

- D.Méniere<br />

- traumatismo<br />

- infecção<br />

- nível vestibular<br />

- infl. neurite vestibular<br />

PROGNÓSTICO<br />

- evolui espontaneamente para a cura .<br />

14


NISTAGMO POSIÇÃO<br />

aquando das alterações de orientação da cabeça no espaço .<br />

O valor localizador deste nistagmo é discutível .<br />

NISTAGMOS NEUROLÓGICOS<br />

A lesão do SNC está na origem dum certo nº de nistagmos espontâneos e revelado .<br />

As lesões do tronco cerebral e cerebelo acompanham-se frequentemente de<br />

nistagmos<br />

A MAIORIA<br />

- têm um carácter permanente ( frequentemente constituem a<br />

sequela da lesão neurológica ).<br />

DIMINUIÇÃO DA INTENSIDADE DOS NISTAGMOS<br />

- neurolépticos<br />

- barbitúricos<br />

- benzodiazepinas<br />

TRATAMENTO<br />

- consiste em reforçar os mec. de compensação, que permitem<br />

bloquear ou diminuir os movimentos nistágmicos.<br />

MECANISMOS DE COMPENSAÇÃO<br />

- consciência dos movimentos nistágmicos<br />

- hiperadducção ( bloqueia o nistagmo )<br />

- torticolis<br />

- hipertropia de bloqueio<br />

- fixação de perto<br />

ORTÓPTICA<br />

- pós-imagens<br />

- sinoptóforo<br />

- oclusão dum olho<br />

- estabilização da visão binocular<br />

CIRURGIA<br />

- Fadenoperacção Cuppers<br />

- Operação Kastenbaum ( ou Anderson )<br />

TÉC: num torticolis com bloqueio num olhar lateral, esta<br />

técnica consiste em colocar a posição de repouso do olhar,<br />

no olhar oposto .<br />

INDICAÇÕES<br />

- a indicação varia segundo existe ou não um torticolis e<br />

que um estrabismo seja associado ou não com o nistagmo .<br />

NISTAGMO OPTOCINÉTICO<br />

- É um nistagmo rítmico induzido por estímulos visuais repetitivos que se movem<br />

pelo campo visual .<br />

- É útil para comprovar a AV das crianças pequenas.<br />

15


ANOMALIAS CONGÉNITAS DO DISCO ÓPTICO<br />

São importantes devido a :<br />

- são frequentes<br />

- podem confundir-se com o papiledema<br />

- podem dar lugar a defeitos do campo visual<br />

- podem associar-se a malf. SNC<br />

- podem provocar alt. mácula .<br />

ESCAVAÇÃO PAPILAR CONGÉNITA<br />

- Escavação redonda ou oval que aparece mais escura do que o tecido papilar<br />

que o rodeia .<br />

- Localização habitual ( infero-temporal )<br />

- Em 20% dos casos há um desc. seroso retina .<br />

COLOBOMAS<br />

- por defeito de fecho incompleto da fenda fetal.<br />

- grande escavação que pode estar situada inferiormente<br />

- visão diminui e defeito superior do campo visual .<br />

LATEROVERSÃO PAPILAR<br />

- é devida à entrada n.óptico no globo, formando um ângulo oblíquo .<br />

- o disco tem um aspecto excessivamente oval .<br />

- defeito do campo visual susceptível de ser confundido com uma compressão do<br />

quiasma óptico .<br />

HIPOPLASIA N.ÓPTICO<br />

Cada vez mais frequente .<br />

- Diversa intensidade<br />

- diminuição grande da AV e defeito condução aferente pupilar .<br />

- disco óptico pequeno rodeado por uma hipopigmentação ( sinal de duplo anel )<br />

- outros sinais - nistagmo, canais ópticos frequentes e ausência de reflexo foveal.<br />

S. MORNING GLORY<br />

- coloboma displásico do disco óptico, pouco frequente, que recorda a flor de<br />

maravilha ( morning glory ).<br />

- o disco está grande<br />

- o disco está rodeado por um anel elevado de alt. pigmentares corioretiniana<br />

- associação frequente com desc. retina regmatogéneo .<br />

- a visão está diminuída .<br />

FIBRAS NERVOSAS MIELINIZADAS<br />

AV normal<br />

- Normalmente, a mielinização começa no corpo geniculado externo, durante o 7º<br />

mês de gravidez e avança para o olho, detendo-se na lâmina crivosa.<br />

- mancha cega pode estar aumentada.<br />

MELANOCITOMA<br />

- lesão melanocítica , pouco frequente<br />

- estacionária<br />

16


- pode assentar na parte inferior do disco .<br />

DRUSENS DO DISCO ÓPTICO<br />

- 1% da população<br />

- bilaterais e familiares<br />

- confusão com um papiledema incipiente<br />

- há pulsação venosa espontânea em 8%<br />

- as veias não estão dilatadas .<br />

COMPLICAÇÃO<br />

- podem provocar alt. visuais devido a hemorragias<br />

peripapilares ou neovascularização coróideia .<br />

17


PAPILEDEMA______________________________<br />

Usado para descrever o edema do disco óptico associado a um aumento da tensão<br />

intracraniana .<br />

O LCR forma-se no plexo coróideu de ambos os ventrículos laterais e do 3º<br />

ventrículo e flui através do aqueduto Sílvius para o 4º ventrículo .<br />

PAPILITE<br />

- é usado para descrever infl. n.óptico associado com uma diminuição de<br />

visão ou do campo visual .<br />

SINTOMAS QUE SUGEREM HIPERTENSÃO INTRACRANIANA SÃO:<br />

- cefaleias ( pioram com o esforço e tosse )<br />

- vómito ( sem náuseas )<br />

- alt. nível consciência<br />

- diplopia<br />

SINTOMAS VISUAIS:<br />

- AV normal ( a menos que hemorragia/exsudado na mácula )<br />

- visão das cores e reacção pupilar normal<br />

- compos periféricos indemnes .<br />

SINAIS PAPILEDEMA<br />

- hiperémia<br />

- distensão venosa<br />

- apagamento bordos disco óptico<br />

- linhas Paton<br />

- pulso venoso espontâneo ( ausente) - em cerca de 20% dos indivíduos não há<br />

pulso espontãneo .<br />

- deflecção dos vasos sanguíneos<br />

- hemorragias e exsudados<br />

- alt. visão<br />

- células humor vítreo<br />

HIPERÉMIA<br />

- devida à dilatação capilar no nervo óptico<br />

- os discos ópticos hipermetropes são mais hiperémicos, enquanto<br />

os discos miópicos aparecem pálidos .<br />

DISTENSÃO VENOSA<br />

- alargamento veias retina devido a fístulas AV órbita ou seio<br />

cavernoso .<br />

APAGAMENTO BORDOS DISCO ÓPTICO<br />

- inicia-se no lado nasal<br />

- mais difícil de detectar no olho olho hipermetrope<br />

18


APAGAMENTO BORDO TEMPORAL<br />

- coroidite justapapilar<br />

- tumor<br />

LINHAS PATON<br />

- as linhas aparecem no lado temporal disco óptico<br />

- direcção vertical concêntrica com o disco óptico<br />

- um dos sinais mais fidedignos do edema disco óptico<br />

ALT. VISÃO - REGRA<br />

- edema disco óptico com perda visão significa neurite<br />

óptica . Papiledema com visão normal significa um<br />

aumento tensão intracraniana ( nem sempre é assim ).<br />

CÉLULAS NO HUMOR VÍTREO<br />

- observadas na :<br />

- papilite<br />

- neurite óptica retrobulbar<br />

SINAIS PAPILEDEMA<br />

- alargamento mancha cega ( só se produz quando o papiledema está bem<br />

estabelecido ).<br />

- obscurações transitórias<br />

- anomalias pupilares<br />

- fraqueza músculo recto externo<br />

- cefaleias .<br />

ALARGAMENTO MANCHA CEGA - CAUSAS<br />

- deslocamento retina em relação ao disco óptico ( linhas Paton)<br />

- desc. seroso da retina em relação com a coriocapilaris<br />

OBSCURAÇÕES TRANSITÓRIAS<br />

- diferem da amaurose fugaz relativamente à sua duração ( duram<br />

10-15 segundos ).<br />

- a causa é obscura ( relatada com aumento da pressão<br />

intracraniana ).<br />

AVISO<br />

- o aumento de obscurações são um aviso<br />

de descompensação n.óptico, que leva à<br />

cegueira .<br />

DEFEITO PUPILAR AFERENTE<br />

- neurite óptica<br />

- doença vascular n.óptico<br />

- tumor<br />

19


FRAQUEZA MÚSCULO R.EXTERNO<br />

- sinal útil de aumento de pressão intracraniana .<br />

NAS CRIANÇAS:<br />

- uma parésia bilateral 6º par pode ser o<br />

reflexo dum tumor ( Glioma ).<br />

CAUSAS PAPILEDEMA__________________________________<br />

- HTA ( o papiledema 2º ao aumento TIO está limitado ao polo posterior,<br />

enquanto o devido a HTA é acompanhado por alt. hipertensivas na retina<br />

periférica .<br />

- hemorragia subaracnóideia<br />

- oclusão veia central retina<br />

- leucemia e corioretinite séptica<br />

- neurite óptica ( defeito pupilar aferente )<br />

- tumores ( tumores n.óptico e órbita )<br />

- abcesso cerebral<br />

- coroidite justapapilar<br />

- esclerite posterior<br />

- pseudotumor cerebral<br />

AS DOENÇAS DA TIRÓIDE<br />

- podem causar perda visão unilateral, exoftalmia, edema disco óptico e<br />

estrias horizontais na área macular .<br />

PSEUDOTUMOR CEREBRAL<br />

- todos os sinais de aumento tensão intracraniana ( incluindo o<br />

papiledema)<br />

- o ex. neurológico e neuroradiológico são normais .<br />

ANGIOGRAFIA<br />

- útil para diferenciar um edema do disco óptico dum pseudopapiledema<br />

- o edema traduz-se por uma retenção tardia de corante , máxima entre 5º<br />

e 15º minuto .<br />

20


PSEUDOPAPILEDEMA<br />

Devido a que os vasos retina estão sob as camadas de fibras nervosas, são obscurecidos<br />

pelo papiledema, devido às fibras nervosas espessadas .<br />

PSEUDOPAPILEDEMA - as fibras nervosas não se espessam, e os vasos<br />

retinianos podem ser vistos claramente .<br />

As veias retina podem aparecer dilatados no papiledema e pseudopapiledema<br />

Hemorragias são mais comuns com papiledema, mas podem também ocorrer no<br />

pseudopapiledema .<br />

Em ambas as condições, o disco óptico está elevado.<br />

DRUSENS<br />

- defeitos campo visual está presente em mais de 50% de doentes<br />

com drusens .<br />

- causa de alargamento da mancha cega e defeitos campo visual<br />

no quadrante nasal inferior ( são usualmente assintomáticos e não<br />

progressivos ).<br />

- causa apagamento bordos disco óptico ( crianças )<br />

- pulsação venosa muitas vezes são ausentes quando o drusen<br />

n.óptico está presente .A pulsação venosa presente ou ausente é<br />

usualmente um sinal útil de distinguir um drusen dum<br />

papiledema.<br />

MIELINIZAÇÃO FIBRAS NERVOSAS<br />

- a aparência de mielina é branca e sólida, com um bordo irregular<br />

( contrariamente ao edema disco óptico ).<br />

VÉU GLIA<br />

- se a atrofia do sistema da artéria hialóideia é incompleta<br />

PSEUDO-PAPILEDEMA HIPERMETRÓPICO<br />

- hipermetropia moderada ( maior 3D)<br />

- não ocorre aumento da mancha cega, nem outros sinais de<br />

papiledema .<br />

21


HEMIANÓPSIAS<br />

ETIMOLÓGICAMENTE<br />

- significa qualquer perda visão sobre uma metade do campo visual, sem<br />

precisar se o déficit interessa ou não os 2 olhos .<br />

DEFINIÇÃO CLÍNICA<br />

- a hemianópsia só existe se a lesão se localiza ao nível ou atrás do<br />

quiasma .<br />

FORMAS CLÍNICAS<br />

HEMIANÓPSIAS BITEMPORAIS OU HEMIANÓPSIAS BINASAIS<br />

- são as hemianópsias heterónimas , dado coincidir o déficit do<br />

hemicampo direito com um olho no hemicampo esquerdo .<br />

HEMIANÓPSIA LATERAL HOMÓNIMA<br />

- déficit sobre os 2 hemicampos direitos ou sobre os 2<br />

hemicampos esquerdos .<br />

HEMIANÓPSIA ALTITUDINAIS<br />

- o déficit sobre os 2 hemicampos superior e sobre os 2<br />

hemicampos inferiores .<br />

APRECIAÇÃO HEMIANÓPSIA<br />

CAMPO VISUAL<br />

- essencial para o diagnóstico<br />

PUPILAS<br />

- sinal pupilar de BEHR ( pupila do lado da hemianópsia é mais<br />

larga ).<br />

- rigidez hemiópica pupilar ( ausência de reflexo fotomotor no<br />

campo visual cego .<br />

- sinal Gunn ( dilatação 2 pupilas quando um estímulo luminoso<br />

passa do olho melhor para o lado mais atingido ).<br />

HEMIANÓPSIAS BITEMPORAIS___________________________________<br />

testemunho de atingimento de fibras cruzadas intraquiasmáticas .<br />

ETIOLOGIA<br />

- 80% de causa tumoral, contráriamente às hemianópsias laterais<br />

homónimas em que 65% a causa é vascular .<br />

SINAIS ASSOCIADOS<br />

- alt. carácter<br />

- alt. humor<br />

- modificação comportamento<br />

- inatenção<br />

- indiferença<br />

22


ETIOLOGIA<br />

- meningiomas<br />

- gliomas frontais<br />

- adenomas hipofisários<br />

- tumores base crânio<br />

- aneurismas carótida interna<br />

VISÃO NAS HEMIANÓPSIAS BITEMPORAIS<br />

- A.V sub-normal<br />

- perda de profundidade do campo visual<br />

- déficit lateral nas formas periféricas é raramente consciente<br />

ADENOMAS HIPOFISÁRIOS<br />

- constituem a etiologia essencial<br />

- alt. campo visual - surgem tardiamente<br />

- desenvolvimento é lento<br />

TIPOS<br />

- prolactinoma<br />

- tumores somatotropos<br />

- tumores não funcionais<br />

TRATAMENTO<br />

- neurocirurgia, nos casos complicados de alt. oculares<br />

PROGNÓSTICO VISUAL<br />

- é globalmente bom .<br />

- após cirurgia, nota-se uma melhoria frequente dos<br />

campos visuais .<br />

HEMIANÓPSIA LATERAL HOMÓNIMA<br />

- é a tradução de lesões das vias ópticas retro-quiasmática .<br />

- Nas HLH completas, a separação entre os hemicampos visual e não<br />

visual é teoricamente estreitamente mediano ( na maioria dos casos<br />

delimite a mancha cega ).<br />

CONGRUENTE<br />

- nas lesões retrogeniculadas, o déficit de cada olho é idêntico<br />

INCONGRUENTE<br />

- nas lesões da fita óptica, a hemianópsia é incongruente .<br />

SINAIS ASSOCIADOS<br />

- consciência déficit<br />

- perceção residual do movimento<br />

- abolição do nistagmo opto-cinético<br />

- existência de sintomas psicovisuais<br />

23


FORMAS TOPOGRÁFICAS<br />

- LESÃO FITA ÓPTICA<br />

- responsável por HLH incongruente<br />

- QUADRANTÓPSIA TEMPORAL<br />

- a porção anterior das radiações ópticas dá lugar a uma<br />

separação dos contingentes superior e inferior .<br />

- QUADRANTÓPSIA PARIETAL<br />

- a lesão parietal anterior é responsável por uma<br />

quadrantópsia anterior .<br />

HEMIANÓPSIA PARIETAL<br />

- as lesões provocam um HLH cujo carácter essencial é a congruência<br />

ETIOLOGIA<br />

- isquémia hemisférica ( a causa mais frequente )<br />

- hemorragias ( os déficits campimétricos são responsáveis pelo<br />

melhor prognóstico, do que da lesão isquémica ).<br />

- tumores cerebrais ( gliomas, meningiomas )<br />

- traumatismos cranianos<br />

- migraine ( turvação visual, associada a cintilantes )<br />

EVOLUÇÃO<br />

- quando o processo patológico responsável pela<br />

HLH é estável ou melhora, regride a hemianópsia .<br />

- frequentemente deixa um déficit sequelar<br />

(amputação quadrantal, escotoma hemianópico,<br />

estreitamento das isópteras periféricas ).<br />

24


ANORMALIDADES PUPILARES<br />

FACTORES A TER EM CONTA<br />

- instilação anterior midriáticos ou mióticos<br />

- história de traumatismos oculares anteriores<br />

- história de infl. oculares anteriores<br />

- olho vermelho na altura da observação<br />

FUNÇÕES DA PUPILA<br />

- regulação da quantidade de luz que chega à retina<br />

- redução das aberracções cromáticas e esféricas<br />

- aumento de profundidade de focagem do olho<br />

DIMINUIÇÃO DO TAMANHO PUPILA<br />

- a difracção luz reduz a qualidade imagem ( isto ultrapassa o bebefício<br />

derivado do aumento de profundidade de campo induzido pela miose ).<br />

DILATAÇÃO PUPILA É O SINAL PRECOCE:<br />

- duma paralisia do 3º nervo craniano<br />

CAUSAS MIOSE<br />

- sífilis, pseudotabes pituitária, medicação glaucoma, migraine,<br />

narcóticos, barbitúricos, irite, hifema .<br />

CAUSAS MIDRÍASE<br />

- aneurismas, diabetes, trauma, tumor, sífilis<br />

- midriáticos<br />

REFLEXO FOTOMOTOR<br />

3 neurónios<br />

1) os neurónios aferentes das células ganglionares da retina até à região<br />

pré-tectal.<br />

2) neurónio, da região pré-tectal até ao núcleo Edinger-Westphal<br />

(parasimpático) e da via aferente parasimpática com o n. motor ocular<br />

comum, até alcançar o esfincter pupila .<br />

AVALIAÇÃO ANISOCÓRIA<br />

- A anisocória que varia com o grau de iluminação é patológica . No<br />

S.Horner , a anisocória é maior com uma iluminação débil, menos<br />

perceptível com iluminação brilhante .<br />

* PTOSE ( S.HORNER )<br />

* PUPILA TÓNICA ( pupila maior que não reacciona à luz e o faz com<br />

lentidão à fixação de perto prolongada .<br />

* ARGYLL ROBERTSON - pupila pequena e irregular que apresentam<br />

uma grande reacção ao perto e à luz .<br />

25


PUPILA TÓNICA ( S.ADIE )<br />

- afecção benigna . Não há trat. eficaz .<br />

- sintomas de déficit acomodação<br />

- a pupila afectada habitualmente é maior.<br />

- reage pouco à luz e mostra uma lenta contracção e subsequente redilatação com<br />

resposta de perto sustentada .<br />

- tanto a dilatação como a constrição são deficitárias<br />

- a reacção à luz está diminuída ( abolida )<br />

- a reacção à acomodação é lenta e tónica .A redilatação pupilar também é<br />

prolongada e tónica .<br />

USUALMENTE<br />

- é unilateral (80%)<br />

- ocorre mais em mulheres ( 3ª-4ª década )<br />

- pode aparecer depois duma afecção vírica .Associa-se a<br />

diminuição de reflexos .<br />

DIAGNÓSTICO<br />

- instilação de gota pilocarpina 0,125% ( contrai-se a pupila<br />

afectada devido à hipersensibilidade por desenervação . A<br />

pupila normal não se modifica)<br />

DISSOCIAÇÃO LUZ-PERTO<br />

- patognomónico da neurosífilis<br />

- reflexo fotomotor normal se associa a reflexo perto deficitário .<br />

QUEIXA INICIAL<br />

- a pupila é maior do que a outra .<br />

SUGERE ANEURISMA<br />

- paralisia do 3º nervo craniano e cefaleias<br />

ANISOCÓRIA COM REFLEXOS PUPILARES NORMAIS<br />

PROVA ESCURO<br />

ANISOCÓRIA AUMENTA ANISOCÓRIA NÃO AUMENTA<br />

( anisocória mais aparente no escuro<br />

do que na luz e em presença de ptose<br />

faz suspeitar de S.Horner ).<br />

cocaína a 10% no olho com miose resposta normal aos<br />

( a cocaína é útil para confirmar a presença mióticos e midriáticos<br />

de S.Horner, mas não se distingue entre ( anisocória fisiológica)<br />

lesões pós-ganglionares e pré-ganglionares)<br />

mantém miose (S.Horner) midríase ( anisocoria por lesão central)<br />

26


ANISOCORIA COM ALT. DOS REFLEXOS PUPILARES<br />

com perturbações sensoriais sem perturbação sensorial<br />

( sem cegueira )<br />

paralisias amaurótica P.Marcus-Gunn pupila Pupila Pupila S.dissociação<br />

Argyll Adie fixa luz-perto<br />

Robertson<br />

PUPILA ARGYLL-ROBERTSON<br />

- função renal intacta<br />

- diminuição reflexo fotomotor<br />

- reflexo perto intacto<br />

- miose<br />

- pupilas irregulares ( pequenas )<br />

- dilatação escassa com midriáticos<br />

- atrofia variável da íris<br />

- a pupila dilata-se pouco com a instilação de midriáticos<br />

- as pupilas reaccionam mais à acomodação do que ao estímulo luminoso<br />

ETIOLOGIA<br />

- sifílis<br />

- esclerose em placas<br />

- arteriosclerose cerebral<br />

- traumatismo<br />

- infecção a vírus<br />

PUPILA FIXA OU PUPILA DE MARCUS-GUNN<br />

- abolição do reflexo fotomotor directo e concensual no olho são quando se<br />

estimula o olho cego .<br />

- persistência do reflexo fotomotor consensual ( no olho cego), quando se<br />

estimula o olho são .<br />

- midríase acentuada do olho cego quando se oclui o olho são .<br />

REACÇÃO MARCUS-GUNN- quando se desloca do olho direito<br />

normal para o olho esquerdo anormal, a pupila dilata-se em vez de se<br />

contrair .<br />

É devida a uma lesão do n.óptico que não tem suficiente gravidade para causar uma<br />

supressão da perceção de luz.<br />

27


MÍDRIASE IATROGÉNICA<br />

- midríase iatrogénica, as placas motoras terminais não reagem a uma solução de<br />

pilocarpina .<br />

- Se paralisia parcial 3º nervo craniano, as placas motoras terminais motoras<br />

estão intactas e respondem com uma miose apropriada.<br />

S. CLAUDE-BERNARD-HORNER<br />

- causada por uma paralisia nervos simpáticos cervicais<br />

SINAIS<br />

- ptose<br />

- enoftalmia<br />

- miose ( mais marcada com iluminação débil que brilhante )<br />

- hipotonia ocular<br />

- anidrose na metade ipsilateral rosto<br />

CAUSA MAIS FREQUENTE NO IDOSO<br />

- insuficiência vertebro-basilar<br />

DIAGNÓSTICO<br />

- usa-se cocaína a 4% que dilata a pupila normal, mas não a de<br />

Horner .se se instila hidroxianfetaminas, dilata-se a pupila com<br />

preganglionar e não o fará uma pupila de Horner pós-ganglionar .<br />

ETIOLOGIA<br />

- Tumor Pancoast<br />

- fractura vertebras cervicais<br />

- tabes dorsal<br />

- tumor medular<br />

- tuberculose apical<br />

- bócio<br />

- adenopatias cervicais<br />

PUPILA FIXA ( MIDRÍASE )<br />

pilocarpina a 1%<br />

28


MIOSE MANTÉM MIDRÍASE<br />

( LESÃO CENTRAL) ( CAUSAS OCULARES)<br />

CAUSAS CAUSAS<br />

- AVC - sinéquias<br />

- doenças desmielinizantes - atrofia íris<br />

- tumores - glaucoma<br />

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