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Percepções maternas sobre a saúde bucal de bebês: da informação ...

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RPG Rev Pós Grad<br />

2005;12(2):167-73<br />

<strong>Percepções</strong> <strong>maternas</strong> <strong>sobre</strong> a <strong>saú<strong>de</strong></strong> <strong>bucal</strong> <strong>de</strong> <strong>bebês</strong>:<br />

<strong>da</strong> <strong>informação</strong> à ação<br />

LUCIANE REGINA GAVA SIMIONI*, MIRIAN SIRLEY COMIOTTO**, DELANE MARIA RÊGO***<br />

* Professora <strong>da</strong> Facul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Odontologia <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> do Oeste Paulista <strong>de</strong> Presi<strong>de</strong>nte Pru<strong>de</strong>nte.<br />

** Professora do Programa <strong>de</strong> Pós-Graduação em Educação <strong>da</strong> Pontíficia Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Porto Alegre.<br />

*** Professora do Curso <strong>de</strong> Mestrado em Odontologia Social <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio Gran<strong>de</strong> do Norte.<br />

RESUMO<br />

O objetivo <strong>de</strong>ste trabalho foi analisar as diferentes<br />

reali<strong>da</strong><strong>de</strong>s vivencia<strong>da</strong>s por um grupo <strong>de</strong> mães, do<br />

período gestacional aos primeiros meses <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> do<br />

bebê, e compreen<strong>de</strong>r como elas valorizam e dão sentido<br />

à <strong>saú<strong>de</strong></strong> <strong>bucal</strong><strong>de</strong> seus filhos. A abor<strong>da</strong>gem metodológica<br />

compreen<strong>de</strong>u a participação <strong>de</strong> 20 mulheres, que<br />

tiveram o acompanhamento pré-natal e parto realizados<br />

no Hospital Cel. Pedro Germano, em Natal - RN, e<br />

consistiu na aplicação <strong>de</strong> duas entrevistas semi-abertas,<br />

realiza<strong>da</strong>s em momentos distintos: a primeira durante<br />

a gravi<strong>de</strong>z, antes <strong>da</strong> palestra odontológica educativa, e<br />

a segun<strong>da</strong> após o nascimento <strong>de</strong> seus filhos, durante a<br />

visita domiciliar. Os <strong>da</strong>dos coletados foram submetidos<br />

à técnica qualitativa <strong>de</strong> análise <strong>de</strong> conteúdo <strong>da</strong>s<br />

entrevistas, com o intuito <strong>de</strong> analisar a percepção <strong>da</strong>s<br />

gestantes <strong>sobre</strong> <strong>saú<strong>de</strong></strong> <strong>bucal</strong> e os cui<strong>da</strong>dos que estas<br />

pretendiam ter com seus filhos e, após o nascimento<br />

<strong>de</strong>stes, avaliar as ações realiza<strong>da</strong>s, os hábitos presentes<br />

e a percepção <strong>de</strong>las acerca dos métodos educativos<br />

empregados. De acordo com os achados, conclui-se que<br />

muitas mães se per<strong>de</strong>m no percurso entre a intenção<br />

e a ação, percebendo-se, assim, a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> do<br />

acompanhamento <strong>da</strong> mãe, do bebê e do núcleo familiar<br />

também no período pós-parto.<br />

DESCRITORES<br />

Gravi<strong>de</strong>z. Educação em <strong>saú<strong>de</strong></strong> <strong>bucal</strong>. Odontologia<br />

comunitária.<br />

INTRODUÇÃO<br />

Com o intuito <strong>de</strong> se obter a manutenção <strong>da</strong> <strong>saú<strong>de</strong></strong><br />

En<strong>de</strong>reço para correspondência:<br />

Luciane Regina Gava Simioni<br />

Rua dos Pavões, 195 - Jardim João Paulo II<br />

CEP: 19061-378 - Presi<strong>de</strong>nte Pru<strong>de</strong>nte - SP<br />

E-mail: moysimioni@uol.com.br<br />

<strong>bucal</strong> e uma redução significativa <strong>da</strong>s doenças bucais<br />

em crianças na primeira infância, um dos caminhos é<br />

a educação dos pais. Nesse cenário, o trabalho com<br />

gestantes tem sido altamente difundido.<br />

Contudo, apesar <strong>de</strong> o enfoque odontológico<br />

educativo e preventivo ser ca<strong>da</strong> vez mais crescente,<br />

sabe-se que a constituição <strong>da</strong> <strong>saú<strong>de</strong></strong> <strong>bucal</strong> como<br />

necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> é uma produção social e está relaciona<strong>da</strong><br />

às condições <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> <strong>da</strong>s pessoas, às tradições<br />

históricas, ao hábito social e às representações <strong>sobre</strong> o<br />

corpo, a <strong>saú<strong>de</strong></strong> e a doença 10 .<br />

Fa<strong>de</strong>l, Kozlowski Jr. 7 (2000) observam a importância<br />

do conhecimento <strong>sobre</strong> a reali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s<br />

pessoas envolvi<strong>da</strong>s no processo educacional. Sobre<br />

isso, Bijella 3 (1999), afirma que são necessárias três<br />

etapas inter -relaciona<strong>da</strong>s para que os objetivos educacionais<br />

sejam alcançados: buscar as percepções<br />

quanto ao problema e à medi<strong>da</strong> preventiva em questão;<br />

relacionar a higiene <strong>bucal</strong> com as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> ca<strong>da</strong> indivíduo; e ligar a intenção com a ação, por<br />

meio do apoio ou aprovação que <strong>de</strong>ve ser realiza<strong>da</strong><br />

com o indivíduo e também pela criação <strong>de</strong> facili<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

para a execução <strong>da</strong>s ações <strong>de</strong>seja<strong>da</strong>s.<br />

Um outro diferencial nos trabalhos <strong>de</strong>senvolvidos<br />

com a população está na compreensão <strong>de</strong> como as<br />

pessoas pensam e percebem o mundo 17 . Na concepção<br />

<strong>de</strong> Fonseca 8 (2000), as histórias <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> e o contexto<br />

sociocultural em que as pessoas vivem são fatores<br />

fun<strong>da</strong>mentais para o processo <strong>de</strong> ensino-aprendizagem.<br />

Assim sendo, Peregrino 13 (2000) relata que muitas<br />

vezes o problema para a não-obediência às regras é<br />

muito mais <strong>de</strong>vido às condições precárias <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> do<br />

que a uma pretensa falta <strong>de</strong> vonta<strong>de</strong> em segui-las.<br />

Frente a essas constatações, como alternativa<br />

proposta para a educação em <strong>saú<strong>de</strong></strong>, as visitas<br />

domiciliares têm sido uma estratégia <strong>de</strong> atuação 14 .<br />

167


Simioni LRG, Comiotto MS, Rêgo DM. RPG Rev Pós Grad 2005;12(2):167-73.<br />

OBJETIVOS<br />

O objetivo geral <strong>de</strong>ste estudo foi compreen<strong>de</strong>r a<br />

percepção <strong>de</strong> mães, durante e após o período gestacional,<br />

acerca dos cui<strong>da</strong>dos com a <strong>saú<strong>de</strong></strong> <strong>bucal</strong> <strong>de</strong> seus filhos.<br />

Buscou-se, ain<strong>da</strong>, analisar se estratégias educativas<br />

<strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s durante o pré-natal, realiza<strong>da</strong>s através<br />

<strong>de</strong> palestra, e após o nascimento do bebê, por meio <strong>de</strong><br />

visitas domiciliares, viabilizam ações <strong>de</strong> <strong>saú<strong>de</strong></strong> <strong>bucal</strong><br />

por parte <strong>da</strong>s mães.<br />

MATERIAL E MÉTODOS<br />

Esta é uma pesquisa <strong>de</strong> natureza qualitativa. Foram<br />

entrevista<strong>da</strong>s 20 gestantes que freqüentavam o<br />

acompanhamento pré-natal no Hospital Cel. Pedro<br />

Germano, na ci<strong>da</strong><strong>de</strong> do Natal - RN. Estas foram seleciona<strong>da</strong>s<br />

<strong>de</strong> acordo com a disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong> e o interesse<br />

em participar do estudo, sendo o ca<strong>da</strong>stramento<br />

realizado durante as visitas médicas regulares. O<br />

instrumento <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> informações utilizado foi a<br />

entrevista direta semi-aberta, seguindo roteiro préestabelecido<br />

(Tabela 1), realiza<strong>da</strong> com o auxílio <strong>de</strong><br />

um gravador.<br />

Apesquisa foi dividi<strong>da</strong> em duas fases: uma durante<br />

o período gestacional e a outra após o nascimento dos<br />

<strong>bebês</strong>. Na primeira fase, foi preenchido o questionário,<br />

contendo a caracterização socioeconômica <strong>da</strong> gestante,<br />

e realiza<strong>da</strong> a primeira entrevista; em segui<strong>da</strong>, aplica<strong>da</strong><br />

a palestra educativa, com projeção <strong>de</strong> sli<strong>de</strong>s. Na<br />

segun<strong>da</strong> fase, as mães que assistiram às palestras<br />

receberam uma visita domiciliar; seus filhos, nesse<br />

momento, apresentavam i<strong>da</strong><strong>de</strong> superior a dois meses.<br />

Nessa segun<strong>da</strong> etapa, houve o preenchimento dos<br />

<strong>da</strong>dos pessoais <strong>da</strong> mãe e do bebê, além dos <strong>da</strong>dos<br />

do domicílio, seguidos pela realização <strong>da</strong> segun<strong>da</strong><br />

entrevista; após esse momento, foram reforça<strong>da</strong>s as<br />

ações educativas (com o auxílio <strong>de</strong> um álbum seriado),<br />

além <strong>de</strong> um treinamento e <strong>de</strong>monstração do método <strong>de</strong><br />

higiene <strong>bucal</strong> e esclarecimento <strong>de</strong> possíveis dúvi<strong>da</strong>s. Ao<br />

finalizar a entrevista, foi investiga<strong>da</strong> a opinião <strong>da</strong>s mães<br />

acerca <strong>da</strong> palestra educativa e <strong>da</strong> visita domiciliar.<br />

O material educativo utilizado continha informações<br />

<strong>sobre</strong>: gravi<strong>de</strong>z, aleitamento materno, alimentação<br />

<strong>da</strong> criança, funções dos <strong>de</strong>ntes, cárie <strong>de</strong>ntária e<br />

doenças bucais, transmissibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> cárie, higiene<br />

<strong>bucal</strong>, hábitos bucais nocivos (mama<strong>de</strong>ira e chupeta)<br />

e primeira visita ao <strong>de</strong>ntista.<br />

Com relação às consi<strong>de</strong>rações éticas <strong>de</strong>ste<br />

trabalho, o mesmo foi aprovado pelo Comitê <strong>de</strong> Ética<br />

168


em Pesquisa <strong>da</strong> UFRN, <strong>de</strong> acordo com a Resolução<br />

196/96 do Conselho Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>.<br />

RESULTADOS<br />

Com relação à caracterização socioeconômica <strong>da</strong>s<br />

participantes, estas apresentaram faixa etária, nível<br />

educacional e ren<strong>da</strong> familiar variados (Tabelas 2, 3<br />

e 4); sendo que 55% <strong>de</strong>stas não trabalhavam fora <strong>de</strong><br />

seus domicílios. Foi observado que 50% <strong>da</strong>s gestantes<br />

estavam tendo o seu primeiro filho. Durante a visita<br />

domiciliar, os <strong>bebês</strong> apresentavam <strong>de</strong> 2 a 7 meses <strong>de</strong><br />

i<strong>da</strong><strong>de</strong>. As características dos domicílios visitados estão<br />

apresenta<strong>da</strong>s na Tabela 5.<br />

Os <strong>da</strong>dos qualitativos coletados foram submetidos<br />

à técnica temática <strong>de</strong> análise do conteúdo <strong>da</strong>s<br />

entrevistas, que busca compreen<strong>de</strong>r as características<br />

<strong>da</strong> mensagem, o valor informacional além <strong>da</strong>s palavras,<br />

os argumentos e as idéias nelas expressos, orientandose<br />

pelas metodologias <strong>de</strong>scritas por Bardin 2 (1977) e<br />

Moraes 11 (1994).<br />

Simioni LRG, Comiotto MS, Rêgo DM. RPG Rev Pós Grad 2005;12(2):167-73.<br />

Por ocasião <strong>da</strong> palestra, as gestantes expressaram<br />

as percepções e experiências anteriores em relação<br />

à <strong>saú<strong>de</strong></strong> <strong>bucal</strong>, além <strong>da</strong>s intenções referentes aos<br />

cui<strong>da</strong>dos com os <strong>bebês</strong>. Durante a visita domiciliar,<br />

a reali<strong>da</strong><strong>de</strong> vivencia<strong>da</strong> nos primeiros meses <strong>de</strong> vi<strong>da</strong><br />

<strong>de</strong>stes foi expressa nos relatos. Do confronto dos dois<br />

momentos, foi possível analisar os cui<strong>da</strong>dos que as<br />

mães estavam tendo com seus filhos, comparando ao<br />

que elas pretendiam realizar.<br />

Sobre a alimentação do bebê, to<strong>da</strong>s as gestantes<br />

referiram-se ao leite materno como melhor alimento<br />

no primeiro ano <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> e to<strong>da</strong>s pretendiam amamentar<br />

seus filhos. No entanto, durante a visita domiciliar,<br />

foi observado que apenas 4 mães <strong>da</strong> pesquisa (20%)<br />

estavam amamentando exclusivamente seu bebê. I<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

varia<strong>da</strong>s foram cita<strong>da</strong>s pelo restante <strong>da</strong>s mães (80%)<br />

para o início <strong>da</strong> complementação do leite materno:<br />

5% <strong>de</strong>stas não chegaram a amamentar o filho, 20%<br />

iniciaram a complementação no primeiro mês, 25% no<br />

segundo mês, 20% no terceiro mês, 5% no quarto mês e<br />

5% no quinto mês. Os principais motivos apresentados<br />

para essa introdução foram: “o leite secou” ou “o leite<br />

não era suficiente para o bebê” e “não satisfazia”,<br />

sendo que algumas mães também iniciaram o <strong>de</strong>smame<br />

na época <strong>da</strong> volta ao trabalho.<br />

Portanto, <strong>de</strong> acordo com esses achados, embora o<br />

leite materno tenha sido escolhido, durante o período<br />

gestacional, como o melhor alimento para o bebê no<br />

primeiro ano <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>, isso não foi coerente com a<br />

reali<strong>da</strong><strong>de</strong> encontra<strong>da</strong> nas visitas, cuja introdução <strong>de</strong><br />

outros alimentos iniciou-se precocemente.<br />

169


Simioni LRG, Comiotto MS, Rêgo DM. RPG Rev Pós Grad 2005;12(2):167-73.<br />

Foi observado ain<strong>da</strong> que o uso do açúcar e mel,<br />

pelas mães, é um hábito freqüente:<br />

“Coloco açúcar em tudo isso: no leite, vitamina,<br />

mingau, suco... Não boto nem a colherinha cheia... É<br />

só pra dizer que estou colocando.”<br />

Nesse aspecto, <strong>de</strong>ve haver um reforço, pelo<br />

profissional<strong>de</strong> <strong>saú<strong>de</strong></strong>, para que o açúcar, mel e fórmulas<br />

adocica<strong>da</strong>s sejam evitados, alertando as mães acerca <strong>da</strong><br />

importância <strong>da</strong> higienização <strong>bucal</strong>.<br />

Com relação ao início dos cui<strong>da</strong>dos bucais do<br />

bebê, foi observado que muitas mães, durante o período<br />

gestacional, sabiam que a higiene <strong>bucal</strong> <strong>de</strong>ve começar<br />

precocemente:<br />

“A higiene <strong>de</strong>ve começar <strong>de</strong>s<strong>de</strong> bebezinho. Porque,<br />

como eu posso explicar, é um <strong>de</strong>ver que to<strong>da</strong> mãe tem<br />

<strong>de</strong> cui<strong>da</strong>r <strong>de</strong>s<strong>de</strong> cedo.”<br />

Após o nascimento dos <strong>bebês</strong>, 17 mães (85%)<br />

estavam realizando a higiene <strong>bucal</strong> em seus filhos. O<br />

início <strong>de</strong>ssa higiene se <strong>de</strong>u em épocas diferencia<strong>da</strong>s,<br />

contudo, 10 <strong>de</strong>stas (50%) começaram <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que os<br />

<strong>bebês</strong> nasceram e começaram a mamar, como observado<br />

no relato:<br />

“Comecei a fazer <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o nascimento... e quando<br />

eu <strong>de</strong>ixo com alguém, eu: ‘Olhe, tem que limpar, viu?’<br />

E ficam brigando comigo. Todo dia eu faço...”<br />

A maior parte <strong>da</strong>s mães entrevista<strong>da</strong>s não encontrou<br />

dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s em realizar a higiene <strong>bucal</strong> em seus<br />

filhos. Aquelas que as encontraram no início, com a<br />

continui<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> mesma, acostumaram-se, assim como<br />

seus filhos, e conseguiram realizá-la corretamente.<br />

As mães reconheceram a importância <strong>da</strong> higiene<br />

<strong>bucal</strong> dos <strong>bebês</strong>, citando como principais motivos a<br />

prevenção <strong>da</strong> cárie e a manutenção <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntes saudáveis<br />

como observado no relato <strong>de</strong>scrito abaixo:<br />

“Consi<strong>de</strong>ro importante fazer a limpeza por causa<br />

do exemplo que eu tenho aqui, eu tenho o exemplo <strong>de</strong><br />

minha outra filha, a <strong>de</strong>scalcificação <strong>de</strong>la, a gente se<br />

preocupa muito com isso, pela estética, pelo hálito, ela<br />

é muito bonita e o <strong>de</strong>ntinho quando aparece aí a gente<br />

fica meio sem graça...”<br />

Sobre a intenção em oferecer a mama<strong>de</strong>ira a seus<br />

filhos, quando in<strong>da</strong>ga<strong>da</strong>s durante a gestação, 19 mães<br />

(95%) pretendiam oferecê-la em algum momento,<br />

notando-se o <strong>de</strong>sconhecimento <strong>de</strong>stas acerca <strong>da</strong>s outras<br />

formas possíveis para oferecer os líquidos e alimentos ao<br />

bebê, como a colher e o copo. Isso é claramente mostrado<br />

neste relato:<br />

170<br />

“Porque é um costume que já vem <strong>de</strong> muito<br />

longe.”<br />

Foi observado durante a visita domiciliar que a<br />

introdução <strong>da</strong> mama<strong>de</strong>ira e/ou chuquinha foi feita por<br />

13 mães (65%), sendo que a maior parte <strong>de</strong>las a fez<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o primeiro mês <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> do bebê (25%), uma mãe<br />

(5%), <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o nascimento e o restante (30%), a partir<br />

dos dois e três meses. As mães apresentaram como<br />

motivos para essa introdução o fato <strong>de</strong> a mama<strong>de</strong>ira ser<br />

o método mais prático, mais fácil e mais cômodo:<br />

“Não <strong>de</strong>i na colherinha e nem no copinho porque<br />

eu achava tão difícil...”<br />

“Não usei colher ou copo... eu ia voltar a trabalhar<br />

e quem ficasse com ela talvez já não tivesse paciência<br />

com essas coisas.”<br />

Sobre a mama<strong>da</strong> noturna, muitas mães não<br />

realizam a higiene <strong>bucal</strong> após a mesma pelo fato <strong>de</strong> o<br />

bebê adormecer.<br />

Com relação ao uso <strong>da</strong> chupeta, durante o período<br />

gestacional, 14 mães (70%) não pretendiam oferecêla<br />

a seus filhos; 8 <strong>de</strong>stas sabiam que esta po<strong>de</strong> trazer<br />

problemas bucais.<br />

Na visita domiciliar, 11 <strong>bebês</strong> <strong>da</strong> pesquisa (55%)<br />

usavam chupeta, contudo, muitos <strong>de</strong>stes não a aceitaram<br />

inicialmente, mas acabaram acostumando-se pela<br />

insistência <strong>da</strong> mãe, que relata como motivos para sua<br />

introdução a supressão do choro, uma vez que a criança<br />

se acalma:<br />

“Dei porque ela chorava muito, aí eu <strong>da</strong>va a<br />

chupeta e ela calava. Está chupando, mas se eu tirar<br />

ela nem vai sentir falta. Dou pra ter um sossego.”<br />

Estas mães ofereceram a chupeta a seus filhos em<br />

diferentes épocas <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> <strong>de</strong>stes, observando-se que a<br />

gran<strong>de</strong> maioria o fez até a i<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> três meses. Alguns<br />

fatores facilitam ou dificultam a instalação <strong>de</strong>sse<br />

hábito como as palestras que foram um fator positivo<br />

e, contrariamente, alguns membros <strong>da</strong>s famílias que<br />

influenciaram negativamente:<br />

“Não estou <strong>da</strong>ndo chupeta, <strong>de</strong> jeito nenhum, segui<br />

o conselho <strong>de</strong> vocês.”<br />

“Dei porque o pai falou que quando ela tivesse<br />

maior e chorando em casa doente aí já tinha a chupeta<br />

como consolo. Ele ficava falando. Eu falei que eu não<br />

queria por causa <strong>da</strong> palestra.”<br />

Assim, durante as ações educativas, mais ênfase<br />

<strong>de</strong>ve ser <strong>da</strong><strong>da</strong> às mães e também aos seus familiares,


para que estes evitem a introdução <strong>da</strong> mama<strong>de</strong>ira e <strong>da</strong><br />

chupeta, uma vez que esse hábito tem um fundo cultural<br />

e já está enraizado nos costumes <strong>da</strong> população, sendo<br />

<strong>de</strong> difícil eliminação.<br />

Com relação à análise <strong>da</strong>s metodologias educativas<br />

emprega<strong>da</strong>s neste estudo, a palestra pareceu<br />

contribuir teoricamente, como fonte <strong>de</strong> informações,<br />

pois foram observa<strong>da</strong>s algumas mu<strong>da</strong>nças <strong>de</strong><br />

atitu<strong>de</strong>s proporciona<strong>da</strong>s pelas orientações obti<strong>da</strong>s<br />

durante a mesma:<br />

“A palestra eu achei <strong>de</strong> extrema importância...<br />

Porque meu primeiro filho eu já usei açúcar no comer<br />

<strong>de</strong>le, já esse aqui eu não estou usando... O outro eu já<br />

limpava, mas não era com tanta freqüência como está<br />

sendo este...”<br />

Já a visita domiciliar auxiliou as mães a colocarem<br />

em prática o que anteriormente havia sido ensinado,<br />

funcionando como reforço educativo e esclarecimento<br />

<strong>de</strong> dúvi<strong>da</strong>s, além <strong>de</strong> ser um importante método <strong>de</strong><br />

aproximação entre o profissional, o “paciente” e sua<br />

família:<br />

“Eu achei ótima a visita, nem esperava... Porque<br />

eu acho que está se evoluindo... a gente fica pensando<br />

porque eu não me cui<strong>de</strong>i também antes. Pelo menos<br />

eu vou cui<strong>da</strong>r dos meus filhos agora melhor, com<br />

certeza.”<br />

Em relação aos métodos educativos, <strong>de</strong> acordo<br />

com a avaliação realiza<strong>da</strong> pelas mães, a maior parte<br />

<strong>de</strong>las (55%) reconhece a importância <strong>de</strong> ambos os métodos<br />

(palestra e visita domiciliar):<br />

“Eu achei as duas importantes. Porque uma foi o<br />

complemento <strong>da</strong> outra. Lá vocês ensinaram, foi uma<br />

teórica, e aqui foi a prática. Eu gostei <strong>da</strong>s duas.”<br />

Doze mães (60%) apresentaram dúvi<strong>da</strong>s, durante a<br />

visita domiciliar, acerca dos cui<strong>da</strong>dos com a <strong>saú<strong>de</strong></strong> <strong>bucal</strong>,<br />

sendo que as mais freqüentes referiram-se à higiene<br />

<strong>bucal</strong>, erupção dos <strong>de</strong>ntes <strong>de</strong>cíduos e alimentação.<br />

DISCUSSÃO<br />

A mesma intenção <strong>de</strong> amamentar os filhos, encontra<strong>da</strong><br />

neste estudo, foi constata<strong>da</strong> por Costa et al. 6<br />

(1998), no qual 100% <strong>da</strong>s 60 gestantes questiona<strong>da</strong>s<br />

pretendiam amamentar. Os achados com relação à pretensão<br />

em oferecer a mama<strong>de</strong>ira aos <strong>bebês</strong> também foram<br />

encontrados por esses mesmos autores, em que foi<br />

observado que 95% <strong>da</strong>s gestantes pretendiam oferecer<br />

mama<strong>de</strong>ira a seus filhos.<br />

Simioni LRG, Comiotto MS, Rêgo DM. RPG Rev Pós Grad 2005;12(2):167-73.<br />

Rea 15 (1997), ao analisar mulheres <strong>de</strong> São Paulo<br />

em relação ao <strong>de</strong>smame precoce <strong>de</strong>vido à volta ao<br />

trabalho, observou que 86% <strong>de</strong> suas crianças já haviam<br />

recebido chá e 50%, água; a introdução <strong>da</strong> mama<strong>de</strong>ira<br />

<strong>de</strong> leite artificial foi nota<strong>da</strong> em 42% <strong>da</strong>s crianças; a<br />

refeição semi-sóli<strong>da</strong> (“sopinha” ou papa <strong>de</strong> cereais)<br />

também foi introduzi<strong>da</strong> precocemente, sendo que 18%<br />

<strong>da</strong>s crianças já a receberam entre dois e três meses <strong>de</strong><br />

i<strong>da</strong><strong>de</strong>. Portanto, houve a ingestão <strong>de</strong> diversos líquidos e<br />

alimentos antes do esperado, com preferência pelo uso<br />

<strong>da</strong> mama<strong>de</strong>ira, assim como neste estudo.<br />

Em estudo realizado por Fritscher et al. 9 (1998),<br />

em relação à análise <strong>da</strong> dieta, esta se mostrou extremamente<br />

cariogênica, no qual 90% <strong>da</strong>s mães ofereciam<br />

doces a seus filhos e 76% adicionavam açúcar nos alimentos.<br />

Cerqueira etal. 4 (1999) relataram que 93% <strong>da</strong>s<br />

crianças pesquisa<strong>da</strong>s também ingeriam alimentos açucarados.<br />

Esses <strong>da</strong>dos encontrados na literatura, quanto<br />

à introdução freqüente do açúcar pelas mães, também<br />

foram aqui observados.<br />

No que concerne à higienização <strong>bucal</strong> do bebê,<br />

Fritscher et al. 9 (1998) encontraram que 50% <strong>da</strong>s<br />

crianças examina<strong>da</strong>s, entre 12 e 48 meses <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />

ain<strong>da</strong> não recebiam nenhum tipo <strong>de</strong> higienização.<br />

Também Aguiar et al. 1 (1999) avaliaram os hábitos<br />

<strong>de</strong> higiene <strong>bucal</strong> <strong>de</strong> 160 crianças, <strong>de</strong> 0 a 36 meses <strong>de</strong><br />

i<strong>da</strong><strong>de</strong>, e observaram que em 71,2% <strong>de</strong>stas a higiene<br />

<strong>bucal</strong> não foi realiza<strong>da</strong> antes <strong>da</strong> erupção dos <strong>de</strong>ntes<br />

<strong>de</strong>cíduos. Frente a esses <strong>da</strong>dos, observa-se uma maior<br />

conscientização <strong>da</strong>s mães <strong>de</strong>ste estudo, contudo, vale<br />

lembrar que essas mães participaram <strong>de</strong> uma palestra<br />

<strong>sobre</strong> <strong>saú<strong>de</strong></strong> <strong>bucal</strong> durante o período gestacional, o que<br />

enfatiza a importância <strong>da</strong> mesma.<br />

Quanto ao uso <strong>da</strong> chupeta, os principais motivos<br />

encontrados neste estudo para a sua introdução foram<br />

citados por mães pesquisa<strong>da</strong>s por Coletti, Bartholomeu 5<br />

(1998), na ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Dionísio Cerqueira - SC, que<br />

relataram que a ofereceram por costume e/ou para<br />

acalmar a criança que chora. Serra-Negra et al. 16 (1999),<br />

em estudo realizado com mães <strong>de</strong> Belo Horizonte - MG,<br />

também encontraram que 93,6% ofereceram a chupeta<br />

a seus filhos.<br />

A percepção <strong>da</strong>s mães acerca <strong>da</strong> visita domiciliar<br />

foi semelhante aos aspectos relatados por Palma<br />

et al. 12 (2000) que, após a realização <strong>de</strong> visitas,<br />

observaram aceitação por parte dos indivíduos a<br />

esse tipo <strong>de</strong> intervenção.<br />

171


Simioni LRG, Comiotto MS, Rêgo DM. RPG Rev Pós Grad 2005;12(2):167-73.<br />

CONCLUSÕES<br />

A reali<strong>da</strong><strong>de</strong> vivencia<strong>da</strong> pelas mulheres entrevista<strong>da</strong>s<br />

<strong>de</strong>termina as ações toma<strong>da</strong>s no período pós-parto,<br />

que muitas vezes são diferentes <strong>da</strong>s pretendi<strong>da</strong>s durante<br />

o período gestacional. Ressalta-se, assim, a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> acompanhamento do binômio mãe-filho,<br />

com relação à amamentação, supervisão <strong>da</strong> dieta, bem<br />

como do uso <strong>da</strong> mama<strong>de</strong>ira e chupeta. Outros aspectos<br />

encontrados dizem respeito aos questionamentos que<br />

naturalmente advém com o exercício <strong>da</strong>s ações; isso<br />

ocorreu, por exemplo, com a técnica <strong>de</strong> higienização<br />

ABSTRACT<br />

172<br />

<strong>bucal</strong>, quando se evi<strong>de</strong>nciou que as mães necessitavam<br />

<strong>de</strong> estímulo para <strong>da</strong>r continui<strong>da</strong><strong>de</strong> à mesma.<br />

Sobre os métodos educativos empregados, observou-se<br />

que a transmissão <strong>de</strong> informações não consegue<br />

por si só modificar padrões <strong>de</strong> comportamento e hábitos<br />

comumente existentes na população. No entanto,<br />

o entendimento acerca <strong>da</strong>s diferentes reali<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>ve<br />

nortear to<strong>da</strong> e qualquer ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> educativa, visando<br />

captar os valores dos sujeitos e buscando, a partir <strong>da</strong>í,<br />

a<strong>de</strong>quar as ações, com o objetivo <strong>de</strong> motivar os indivíduos<br />

a agir, respeitando suas particulari<strong>da</strong><strong>de</strong>s.<br />

Maternal perceptions about the buccal health of babies: from the information to the action<br />

The objectives of this reserch were to analyze the different realities lived by a group of mothers, from the<br />

gestational period to the first months of the babies’ lives, and un<strong>de</strong>rstand how they value and give sense to their<br />

children’s buccal health. The methodological approach involved the participation of 20 women that had the prenatal<br />

care and<strong>de</strong>livery accomplished at the Cel. Pedro Germano Hospital, in Natal - RN, and it consisted in the application<br />

of two half-open interviews, accomplished in different moments: the first during pregnancy, before the <strong>de</strong>ntallecture,<br />

and the second after their children’s birth, during the home visit. The collected <strong>da</strong>ta were submitted to the qualitative<br />

technique of the interviews content analysis, with the intention of analyzing the pregnant women’s perception on their<br />

children’s buccal health and the care that they would intend to have with them and, after their birth, evaluating the<br />

accomplished actions, the present habits and their perception concerning the educational methods applied. According<br />

to the discoveries, it was conclu<strong>de</strong>d that a lot of mothers can’t find the pathbetween the intention and the action, and<br />

that the mother’s lead, the baby and family nucleus are also necessary in the postnatal period.<br />

DESCRIPTORS<br />

Pregnancy. Health education <strong>de</strong>ntal. Community <strong>de</strong>ntistry.<br />

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Recebido em 07/05/04<br />

Aceito em 02/03/05<br />

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