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SISTEMA NACIONAL DE SAÚDE DO HAITI Ronaldo Bordin Maria ...

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g) Entre as zoonoses, em 1995-2000 foram relatados 22 casos de raiva humana, a maior<br />

parte na região metropolitana de Port-au-Prince. Antrax é endêmico em alguns<br />

Departamentos, mas sem dados à disposição.<br />

h) HIV/Aids afetava 4,5% da população, incluindo 13 mil novos casos/ano de gestantes<br />

HIV positivo (30% dos recém-natos infectados). Em 2000, prevalência de 5,6% para<br />

sífilis e 3,8% para hepatite B entre mulheres grávidas.<br />

3 <strong>SISTEMA</strong> <strong>NACIONAL</strong> <strong>DE</strong> SAÚ<strong>DE</strong> <strong>HAITI</strong>ANO<br />

Os artigos 19 e 23 da Constituição da República estipulam que o Estado tem a<br />

obrigação de garantir o direito à saúde e a obrigação de fornecer a todos os cidadãos, em todo<br />

o território nacional, os meios adequados à manutenção, proteção e recuperação da saúde.<br />

O sistema de saúde haitiano é composto por:<br />

a) setor público – Ministério de Saúde Pública e da População (MSPP) e o Ministério de<br />

Assistência Social;<br />

b) setor privado com fins lucrativos – todos os profissionais de saúde na prática privada;<br />

c) setor misto, sem fins lucrativos – servidores do Ministério da Saúde trabalhando em<br />

instituições privadas (ONGs) ou entidades religiosas;<br />

d) setor privado sem fins lucrativos – ONGs, fundações, associações, etc.;<br />

e) sistema de saúde tradicional.<br />

Os serviços de saúde atingem 60% da população, contando com um total de 371<br />

unidades de saúde, 217 centros de saúde e 49 hospitais. Os demais 40% da população<br />

empregam práticas tradicionais de atenção à saúde (OPAS, 2010), índice que pode chegar a<br />

80% em alguns Departamentos. Já estimativas do próprio MSPP apontam que 47% da<br />

população não tem acesso a serviços básicos de saúde e 50% a medicamentos essenciais,<br />

segundo informações que constavam na apresentação feita por representante do MSPP em<br />

Seminário na FIOCRUZ no dia 25 de maio de 2011.<br />

Uma consulta médica aumentou 48 vezes do final da década de 1980 aos anos 2000,<br />

passando de 25 para 1.200 Gourdes, agregando às barreiras geográficas de acesso aos<br />

serviços de saúde a barreira econômica. Problemas na infraestrutura de estradas, transporte,<br />

eletricidade, telefonia, etc., dificultam ainda mais o acesso aos serviços de saúde. Inquérito<br />

Nacional realizado em 2007 identificou que 20% dos pacientes que foram atendidos<br />

caminharam cerca de 5km até a unidade de saúde. Destes, 17% caminharam acima de 2h para

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