06.05.2013 Views

CARBOIDRATOS - Gilvan.pro.br

CARBOIDRATOS - Gilvan.pro.br

CARBOIDRATOS - Gilvan.pro.br

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

<strong>CARBOIDRATOS</strong><<strong>br</strong> />

(CONN & STUMPF, 1980; ANDRIGUETTO et al., 1986; LEHNINGER,<<strong>br</strong> />

1986; VASCONCELLOS, 1993 e NUNES, 1998)<<strong>br</strong> />

1) FORNECIMENTO DE ENERGIA<<strong>br</strong> />

• Em base molar: gorduras > <strong>pro</strong>teínas > carboidratos;<<strong>br</strong> />

• Em quantidade: carboidratos > <strong>pro</strong>teínas > gorduras.<<strong>br</strong> />

2) NOMENCLATURA<<strong>br</strong> />

• Origem francesa: hidrate de carbone;<<strong>br</strong> />

• Composição básica: (CH2O)n, sendo n > 3;<<strong>br</strong> />

• Definição não completa: contém P, N ou S.<<strong>br</strong> />

3) COMPOSIÇÃO<<strong>br</strong> />

• Plantas: ≅ 75% (constituinte mais importante);<<strong>br</strong> />

(glucose, sacarose, amido, celulose, hemicelulose, pectina, lignina)<<strong>br</strong> />

• Animais: 0,5 a 1,0% (glicose e glicogênio);<<strong>br</strong> />

Glicogênio: sintetizado a partir de glicose, Aminoácidos<<strong>br</strong> />

glicogênicos ou glicerol.


4) CLASSIFICAÇÃO E CONFIGURAÇÕES<<strong>br</strong> />

• Açúcares: Baixo peso molecular, simples e solúveis H2O;<<strong>br</strong> />

• Não açúcares: Alto peso molecular, complexos e insolúveis em<<strong>br</strong> />

H2O;<<strong>br</strong> />

• D e L: Posição da OH do penúltimo C da cadeia.<<strong>br</strong> />

• a e b: Posição da OH do C1.<<strong>br</strong> />

• Aldoses: GLICOSE (função aldeído no C1)<<strong>br</strong> />

• Cetoses: FRUTOSE (função cetona no C2)


AÇÚCARES Monossacarídeos Trioses (C3H6O3) Gliceraldeído<<strong>br</strong> />

Diidroxiacetona<<strong>br</strong> />

Tetroses (C4H8O4) Eritrose<<strong>br</strong> />

Eritrulose<<strong>br</strong> />

Pentoses (C5H10O5) Ribose<<strong>br</strong> />

Ribulose<<strong>br</strong> />

Xilose<<strong>br</strong> />

Xilubiose<<strong>br</strong> />

Arabinose<<strong>br</strong> />

Hexoses (C6H12O6) Glicose<<strong>br</strong> />

Frutose<<strong>br</strong> />

Galactose<<strong>br</strong> />

Manose<<strong>br</strong> />

Heptoses (C7H14O7) Sedoeptulose<<strong>br</strong> />

Oligossacarídeos Dissacarídeos Sacarose<<strong>br</strong> />

Lactose<<strong>br</strong> />

Maltose<<strong>br</strong> />

Trealose<<strong>br</strong> />

Celobiose<<strong>br</strong> />

Trissacarídeos Rafinose<<strong>br</strong> />

Tetrassacarídeos Estaquiose


NÃO AÇÚCARES Homopolissacarídeos Pentosanas Arabanas (arabinanas)<<strong>br</strong> />

Heteropolissacarídeos Hemiceluloses<<strong>br</strong> />

Xilanas<<strong>br</strong> />

Hexosanas Glicanas Amido<<strong>br</strong> />

Gomas, mucilagens<<strong>br</strong> />

Substâncias pécticas<<strong>br</strong> />

Sulfopolissacárides<<strong>br</strong> />

Aminopolissacárides Ac. Hialurônico<<strong>br</strong> />

Glicogênio<<strong>br</strong> />

Celulose<<strong>br</strong> />

Dextrinas<<strong>br</strong> />

Frutanas Inulina<<strong>br</strong> />

Levana<<strong>br</strong> />

Mananas<<strong>br</strong> />

Galacturanas Ac. Péctico<<strong>br</strong> />

Glicosaminas Chitina<<strong>br</strong> />

Condroitina<<strong>br</strong> />

Heparina


5) IMPORTÂNCIA GERAL<<strong>br</strong> />

6CO 2 + 6H 2O + 673 cal = C 6H 12O 6 + 6O 2<<strong>br</strong> />

• Esqueleto de C usado para <strong>pro</strong>dução de energia e síntese de<<strong>br</strong> />

outras substâncias.<<strong>br</strong> />

• Afinidade pelo ácido fosfórico para <strong>pro</strong>dução de compostos de<<strong>br</strong> />

alta energia (ATP).<<strong>br</strong> />

• Participação nas estruturas bioquímicas do DNA e RNA;<<strong>br</strong> />

• Presença em certas plantas de glicosídeos tóxicos aos animais.<<strong>br</strong> />

IMPORTÂNCIA EM PARTICULAR<<strong>br</strong> />

1. MONOSSACARÍDEOS<<strong>br</strong> />

• O mais simples gliceraldeído (aldose) e diidroxiacetona<<strong>br</strong> />

(cetose);<<strong>br</strong> />

• As hexoses mais abundantes são a D glicose e D frutose;<<strong>br</strong> />

1.1 PENTOSES<<strong>br</strong> />

L-arabinose: componente da hemicelulose (goma arábica),<<strong>br</strong> />

presente nas forragens.<<strong>br</strong> />

D-xilose: componente da hemicelulose (pentosanas: xilanas);<<strong>br</strong> />

D-ribose: em toda célula (RNA), vitaminas e coenzimas.


1.2 HEXOSES<<strong>br</strong> />

D glicose: livre em plantas, frutas, mel, sangue, linfa e líquido<<strong>br</strong> />

cefalorraquidiano. Importante fonte imediata de energia.<<strong>br</strong> />

Monômero do amido e da celulose.<<strong>br</strong> />

D frutose: livre ou polimerizada em folhas verdes, frutos,<<strong>br</strong> />

sacarose, frutosanas e mel. Importante intermediária no<<strong>br</strong> />

metabolismo celular como frutose-1- fosfato e frutose-6-<<strong>br</strong> />

fosfato;<<strong>br</strong> />

D manose: polimerizada como mananas em fungos, bactérias<<strong>br</strong> />

e leveduras e livre em glico<strong>pro</strong>teínas;<<strong>br</strong> />

D galactose: presente no açúcar do leite (lactose), pigmentos<<strong>br</strong> />

antociânicos, galactolipídeos, gomas e mucilagens.<<strong>br</strong> />

1.3 HEPTOSES<<strong>br</strong> />

D sedoeptulose: na forma de fosfato, ocorre como<<strong>br</strong> />

intermediário na via das pentoses;


2. DISSACARÍDEOS<<strong>br</strong> />

Sacarose: glucose + frutose (a - 1,2). Presente na cana-de-<<strong>br</strong> />

açúcar<<strong>br</strong> />

Maltose: glicose + glicose (a - 1,4). Presente no malte e na<<strong>br</strong> />

cevada ou no milho, resultante da hidrólise do amido.<<strong>br</strong> />

Lactose: glicose + galactose (a - 1,4). É o açúcar do leite.<<strong>br</strong> />

Corresponde de 4,6 a 4,8% da composição do leite. Os<<strong>br</strong> />

microoganismos, entre eles o Streptococcus lactis, utiliza a<<strong>br</strong> />

lactose como substrato e <strong>pro</strong>duz o ÁCIDO LÁTICO<<strong>br</strong> />

(acidificação do leite).<<strong>br</strong> />

Celobiose: glicose + glicose (b - 1,4). Resultante da hidrólise<<strong>br</strong> />

da celulose, não se encontra livre na natureza.<<strong>br</strong> />

Trealose: glicose + glicose (a - 1,1). Fungos e algas marinhos


H H<<strong>br</strong> />

C=O H - C - OH<<strong>br</strong> />

H - C- OH C=O<<strong>br</strong> />

H - C – OH H – C - OH<<strong>br</strong> />

H H<<strong>br</strong> />

Gliceraldeído (aldose) Diidroxiacetona (cetose)<<strong>br</strong> />

H H<<strong>br</strong> />

C=O H - C - OH<<strong>br</strong> />

H - C - OH C=O<<strong>br</strong> />

OH - C - H OH - C - H<<strong>br</strong> />

H - C - OH H - C - OH<<strong>br</strong> />

H - C- OH H - C – OH<<strong>br</strong> />

CH2OH CH2OH<<strong>br</strong> />

D-Glicose (aldoexose) D-Frutose (cetoexose)<<strong>br</strong> />

H H<<strong>br</strong> />

C=O C=O<<strong>br</strong> />

H - C - OH CH 2<<strong>br</strong> />

H - C - OH H - C - OH<<strong>br</strong> />

H - C- OH H - C – OH<<strong>br</strong> />

CH 2OH CH 2OH<<strong>br</strong> />

D-Ribose 2-Desoxi-D-Ribose<<strong>br</strong> />

açúcar componente do açúcar componente do<<strong>br</strong> />

ácido ribonucléico (RNA) ácido desoxirribonucléico (DNA)


Ligação glicosídica: formada pela reação entre um grupo hidroxila<<strong>br</strong> />

de um dos açúcares e o carbono anomérico do outro açúcar.<<strong>br</strong> />

CH 2OH<<strong>br</strong> />

O O<<strong>br</strong> />

H H H HOCH 2 H<<strong>br</strong> />

OH OH H O H OH CH 2OH<<strong>br</strong> />

H OH OH H<<strong>br</strong> />

SACAROSE<<strong>br</strong> />

CH 2OH CH 2OH<<strong>br</strong> />

O O<<strong>br</strong> />

H H H H H OH<<strong>br</strong> />

OH OH H O OH H H<<strong>br</strong> />

H OH H OH<<strong>br</strong> />

MALTOSE<<strong>br</strong> />

CH 2OH CH 2OH<<strong>br</strong> />

O O<<strong>br</strong> />

OH H H H OH<<strong>br</strong> />

H OH H H O OH H H<<strong>br</strong> />

H OH H OH<<strong>br</strong> />

LACTOSE


3. TRISSACARÍDEOS<<strong>br</strong> />

3 moléculas de HEXOSES com perda de (H2O)2<<strong>br</strong> />

Rafinose: Presente na semente de algodão (0,8%), pequenas<<strong>br</strong> />

quantidades no açúcar da beterraba e acumula no melaço. A<<strong>br</strong> />

hidrólise da rafinose <strong>pro</strong>duz GLICOSE, FRUTOSE e<<strong>br</strong> />

GALACTOSE.<<strong>br</strong> />

4. TETRASSACARÍDEOS<<strong>br</strong> />

4 moléculas de HEXOSES com perda de (H2O)3<<strong>br</strong> />

Estaquiose: Presente nas ementes de leguminosas e plantas de<<strong>br</strong> />

rizoma comestível. A hidrólise da estaquiose <strong>pro</strong>duz 2<<strong>br</strong> />

moléculas de GALACTOSE, uma de GLICOSE e uma de<<strong>br</strong> />

FRUTOSE.


5. POLISSACARÍDEOS<<strong>br</strong> />

• Diferem nos monômeros (hexoses, pentoses e ácidos urônicos)<<strong>br</strong> />

• Diferem dos oligossacarídeos nas <strong>pro</strong>priedades físicas<<strong>br</strong> />

(cristalinidade e solubilidade);<<strong>br</strong> />

• Material de reserva e estrutural das plantas;<<strong>br</strong> />

• Quantitativamente, a fonte mais importante de energia na<<strong>br</strong> />

natureza.<<strong>br</strong> />

5.1 AMIDO<<strong>br</strong> />

• Homopolissacarídeo, CHO de reserva das plantas; Composto<<strong>br</strong> />

por amilose e amilopectina;<<strong>br</strong> />

AMILOSE:<<strong>br</strong> />

Polímero de glicose com ligações α-1,4 (unidades de repetição<<strong>br</strong> />

α-1,4-glicose-glicose); Representa 10 a 20% do amido total; A<<strong>br</strong> />

enzima α-amilase <strong>pro</strong>duzida no pâncreas animal <strong>pro</strong>move a<<strong>br</strong> />

que<strong>br</strong>a (hidrólise) da molécula, formando a maltose<<strong>br</strong> />

(dissacarídeo).<<strong>br</strong> />

AMILOPECTINA:<<strong>br</strong> />

Polímero de glicose com ligações α-1,4 (linear) e α-1,6<<strong>br</strong> />

(ramificação) resultando em uma molécula ramificada;<<strong>br</strong> />

Corresponde a 80 a 90% do amido total;


AÇÃO ENZIMÁTICA:<<strong>br</strong> />

As enzimas do tipo α-amilase (animal - pancreática) <strong>pro</strong>movem a<<strong>br</strong> />

que<strong>br</strong>a da cadeia linear (α-1,4) chegando perto das ramificações<<strong>br</strong> />

α-1,6.<<strong>br</strong> />

As enzimas do tipo β-amilase (enzima vegetal ou bacteriana)<<strong>br</strong> />

<strong>pro</strong>movem a que<strong>br</strong>a da cadeia linear (α-1,4). 60% da<<strong>br</strong> />

amilopectina, <strong>pro</strong>duz maltose e 40% restantes da amilopectina<<strong>br</strong> />

<strong>pro</strong>duz dextrina ou dextrina limite;<<strong>br</strong> />

As enzimas do tipo α-glucosidase (maltase – mucosa intestinal)<<strong>br</strong> />

<strong>pro</strong>movem a que<strong>br</strong>a da maltose em 2 moléculas de glicose;<<strong>br</strong> />

As enzimas do tipo oligo-1,6-glucosidase (isomaltase - intestinal)<<strong>br</strong> />

<strong>pro</strong>movem a que<strong>br</strong>a das ramificações α-1,6 da isomaltose (α-1,6-<<strong>br</strong> />

glicose-glicose).<<strong>br</strong> />

5.2 GLICOGÊNIO<<strong>br</strong> />

• Homopolissacarídeo, chamado de “amido animal”;<<strong>br</strong> />

• Pequena quantidade no corpo, não considerado amido de<<strong>br</strong> />

reserva;<<strong>br</strong> />

• Assemelha-se mais à AMILOPECTINA (estrutura ramificada).


5.3 CELULOSE<<strong>br</strong> />

• Polímero de glicose (homopolissacarídeo – 10.000 unidade de<<strong>br</strong> />

glicose) com ligações β-1,4-;<<strong>br</strong> />

• Atacada apenas por enzimas (celulases) <strong>pro</strong>duzidas por<<strong>br</strong> />

microrganismos (rúmen e intestino grosso);<<strong>br</strong> />

• Material estrutural da parede celular vegetal;<<strong>br</strong> />

• Com o envelhecimento da célula vegetal ocorre o<<strong>br</strong> />

encrustamento da celulose pela lignina reduzindo a ação<<strong>br</strong> />

hidrolítica das celulases <strong>pro</strong>duzidas pelos microorganismos.<<strong>br</strong> />

5.4 HEMICELULOSE<<strong>br</strong> />

• Heteropolissacarídeo, representa 12 a 20% da MS das<<strong>br</strong> />

forragens;<<strong>br</strong> />

• É composto por HEXOSES (glicose...), PENTOSES<<strong>br</strong> />

(arabinose, xilose..) e ÁCIDOS URÔNICOS (ac.<<strong>br</strong> />

Glicuurônico...);<<strong>br</strong> />

• Na hemicelulose das gramíneas a cadeia principal é composta<<strong>br</strong> />

de xilanas (β-1,4-glicose-glicose) e cadeia lateral de ácido<<strong>br</strong> />

metilglucurônico, a das leguminosas de xilanas não<<strong>br</strong> />

ramificadas.


5.5 SUBSTÂNCIAS PÉCTICAS<<strong>br</strong> />

• Polissacarídeos vegetais, sinônimo de pectina (do francês<<strong>br</strong> />

pectine, derivado do grego pectós ‘coagulado’). O ácido D-<<strong>br</strong> />

galacturônico principal constituinte;<<strong>br</strong> />

• Classificação indefinida: homo (ácido galacturônico) e<<strong>br</strong> />

heteropolissacarídeo (ácido galacturônico, D-galactose, L-<<strong>br</strong> />

arabinose e L-ramnose).<<strong>br</strong> />

6. OS <strong>CARBOIDRATOS</strong> NA NUTRIÇÃO ANIMAL<<strong>br</strong> />

• Presente nos grãos de cereais; nas folhas dos vegetais, palhas,<<strong>br</strong> />

talos; nos tubérculos e raízes e frutos.<<strong>br</strong> />

• A lactose do leite é um alimento energético de origem animal<<strong>br</strong> />

importante.<<strong>br</strong> />

• A glicose é o nutriente glicídico celular, o amido é a reserva<<strong>br</strong> />

glicídica vegetal e a celulose é um componente da estrutura da<<strong>br</strong> />

célula vegetal muito abundante, tornando-se importante na<<strong>br</strong> />

alimentação dos ruminantes.


LITERATURA CITADA<<strong>br</strong> />

1. ANDRIGUETTO, J.M.; PERLY, L.; MINARDI, I.; et al.. Nutrição animal – As<<strong>br</strong> />

bases e os fundamentos da nutrição animal – Os alimentos. Volume 1, 4 a edição,<<strong>br</strong> />

2 a impressão. São Paulo-Nobel. 1986. 395 p..<<strong>br</strong> />

2. CONN, E.E. & STUMPF, P.K. Introdução à bioquímica. São Paulo, Edgard<<strong>br</strong> />

Blücher, 1980. 525 p..<<strong>br</strong> />

3. LEHNINGER, A.L. Princípios de bioquímica. São Paulo-SARVIER, 1986. 725<<strong>br</strong> />

p..<<strong>br</strong> />

4. NUNES, I.J. Nutrição animal básica. 2. ed. Ver. Aum. Belo Horizonte: FEP-MVZ<<strong>br</strong> />

Editora, 1998. 388 p..<<strong>br</strong> />

5. VASCONCELLOS, P.M.B. Guia prático para o confinador. São Paulo:Nobel,<<strong>br</strong> />

1993. 226 p..

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!