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<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

DA CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS


M E S A D A<<strong>br</strong> />

CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

52ª Legislatura — 2ª Sessão Legislativa<<strong>br</strong> />

2004<<strong>br</strong> />

Presidente: JOÃO PAULO CUNHA (PT-SP)<<strong>br</strong> />

Primeiro-Vice-Presidente: INOCÊNCIO OLIVEIRA (PFL-PE)<<strong>br</strong> />

Segundo-Vice-Presidente: LUIZ PIAUHYLINO (PTB-PE)<<strong>br</strong> />

Primeiro-Secretário: GED<strong>DE</strong>L VIEIRA LIMA (PMDB-BA)<<strong>br</strong> />

Segundo-Secretário: SEVERINO CAVALCANTI (PP-PE)<<strong>br</strong> />

Terceiro-Secretário: NILTON CAPIXABA (PTB-RO)<<strong>br</strong> />

Quarto-Secretário: CIRO NOGUEIRA (PP-PI)<<strong>br</strong> />

Suplentes de Secretário<<strong>br</strong> />

Primeiro-Suplente: GONZAGA PATRIOTA (PSB-PE)<<strong>br</strong> />

Segundo-Suplente: WILSON SANTOS (PSDB-MT)<<strong>br</strong> />

Terceiro-Suplente: CONFÚCIO MOURA (PMDB-RO)<<strong>br</strong> />

Quarto-Suplente: JOÃO CALDAS (PL-AL)<<strong>br</strong> />

Diretor-Geral: Sérgio Sampaio Contreiras de Almeida<<strong>br</strong> />

Secretário-Geral da Mesa: Mozart Vianna de Paiva


DIRETORIA LEGISLATIVA<<strong>br</strong> />

Diretor: Afrísio Vieira Lima Filho<<strong>br</strong> />

CENTRO <strong>DE</strong> DOCUMENTAÇÃO E INFORMAÇÃO<<strong>br</strong> />

Diretora: Nelda Mendonça Raulino<<strong>br</strong> />

COOR<strong>DE</strong>NAÇÃO <strong>DE</strong> PUBLICAÇÕES<<strong>br</strong> />

Diretora: Maria Clara Bicudo Cesar<<strong>br</strong> />

Ó 2004, Câmara dos Deputados<<strong>br</strong> />

Grupo de Trabalho de elaboração do Manual de Redação da Câmara dos Deputados:<<strong>br</strong> />

Joaquim de Freitas, Coordenador; Ademir Malavazi; Ana Karine Nogueira da Costa<<strong>br</strong> />

Heinze; Flávio Luís Freza; Noélia Catarino da Costa; Juliana França Marinho; Kátia<<strong>br</strong> />

Isabelli de Bethânia Melo de Souza; Lúcio Henrique Xavier Lopes; Luiz César Lima Costa;<<strong>br</strong> />

Rildo José Cosson Mota e Roberto Patrocínio Silveira.<<strong>br</strong> />

Indexação: Luzimar Gomes de Paiva.<<strong>br</strong> />

Revisão: Jair Francelino Ferreira.<<strong>br</strong> />

Câmara dos Deputados<<strong>br</strong> />

Centro de Documentação e Informação — CEDI<<strong>br</strong> />

Coordenação de Publicações — CO<strong>DE</strong>P<<strong>br</strong> />

Anexo II, térreo - Praça dos Três Poderes<<strong>br</strong> />

70160-900 - Brasília (DF)<<strong>br</strong> />

Telefone: (61) 216-5802; fax: (61) 216-5810<<strong>br</strong> />

publicacoes.cedi@camara.gov.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Coordenação de Biblioteca. Seção de Catalogação.<<strong>br</strong> />

Brasil. Congresso. Câmara dos Deputados.<<strong>br</strong> />

Manual de redação. — Brasília : Câmara dos Deputados, Coordenação de Publicações,<<strong>br</strong> />

2004.<<strong>br</strong> />

420 p. — (Série fontes de referência. Guias e manuais ; n. 17)<<strong>br</strong> />

ISBN 85-7365-365-5<<strong>br</strong> />

1. Brasil. Congresso. Câmara dos Deputados, manual de serviço. 2. Redação, língua<<strong>br</strong> />

portuguesa,<<strong>br</strong> />

Brasil. 3. Redação oficial, língua portuguesa, Brasil. 4. Gramática, língua portuguesa,<<strong>br</strong> />

Brasil. I.<<strong>br</strong> />

Título. II. Série.<<strong>br</strong> />

CDU 342.532(81):340.134<<strong>br</strong> />

ISBN 85-7365-365-5


SUMÁRIO<<strong>br</strong> />

Apresentação.....................................................................................21<<strong>br</strong> />

Introdução .........................................................................................23<<strong>br</strong> />

A<strong>br</strong>eviações e símbolos empregados..............................................27<<strong>br</strong> />

Capítulo I – A <strong>REDAÇÃO</strong> OFICIAL ................................................29<<strong>br</strong> />

1 A Linguagem na Comunicação Oficial........................................31<<strong>br</strong> />

1.1 Impessoalidade.......................................................................32<<strong>br</strong> />

1.2 Formalidade e uniformidade.................................................33<<strong>br</strong> />

1.3 Clareza e precisão..................................................................34<<strong>br</strong> />

1.4 Concisão e harmonia .............................................................35<<strong>br</strong> />

2 A Linguagem no Pronunciamento Parlamentar..........................39<<strong>br</strong> />

2.1 Pronunciamentos na Câmara dos Deputados......................40<<strong>br</strong> />

3 A Redação do Texto de Lei...........................................................43<<strong>br</strong> />

3.1 Estrutura do texto legal..........................................................43<<strong>br</strong> />

3.1.1 Parte preliminar..................................................................43<<strong>br</strong> />

3.1.2 Parte normativa..................................................................44<<strong>br</strong> />

3.1.3 Parte final...........................................................................45<<strong>br</strong> />

3.2 Redação e organização do texto legal..................................47<<strong>br</strong> />

3.2.1 Qualidades do texto legal...................................................47<<strong>br</strong> />

3.2.1.1 Clareza...........................................................................47<<strong>br</strong> />

3.2.1.2 Precisão..........................................................................48<<strong>br</strong> />

3.2.2 Ordenação do texto legal: do artigo aos itens, das partes<<strong>br</strong> />

aos artigos...................................................................................51<<strong>br</strong> />

Capítulo II – LÍNGUA E PADRONIZAÇÃO...................................57<<strong>br</strong> />

4 Ortografia e Prosódia ....................................................................59<<strong>br</strong> />

4.1 Acentuação gráfica.................................................................59<<strong>br</strong> />

4.1.1 Regras de acentuação.........................................................59<<strong>br</strong> />

4.2 Crase........................................................................................62<<strong>br</strong> />

4.2.1 Casos em que não ocorre crase..........................................65<<strong>br</strong> />

4.2.2 Crase facultativa.................................................................67<<strong>br</strong> />

4.3 Hífen........................................................................................68<<strong>br</strong> />

4.3.1 Translineação.....................................................................68<<strong>br</strong> />

4.3.2 Hífen nas palavras <strong>com</strong>postas.............................................69<<strong>br</strong> />

4.3.2.1 Casos em que se usa hífen entre vocábulos....................70


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

4.3.2.2 Casos em que não se usa hífen entre vocábulos.............72<<strong>br</strong> />

4.3.2.3 Prefixos e elementos prefixados que requerem hífen<<strong>br</strong> />

somente diante de certas letras...................................................73<<strong>br</strong> />

4.3.2.4 Prefixos e elementos prefixados que sempre requerem<<strong>br</strong> />

hífen...........................................................................................75<<strong>br</strong> />

4.3.2.5 Prefixos e elementos prefixados que nunca requerem hífen<<strong>br</strong> />

...................................................................................................76<<strong>br</strong> />

4.3.3 Hífen em encadeamentos numéricos e vocabulares...........78<<strong>br</strong> />

4.3.3.1 Encadeamentos em que o hífen costuma ser usado........78<<strong>br</strong> />

4.3.4 Particularidades da grafia <strong>com</strong> o hífen................................79<<strong>br</strong> />

4.4 Maiúsculas..............................................................................81<<strong>br</strong> />

4.4.1 Emprego de iniciais maiúsculas..........................................81<<strong>br</strong> />

4.5 Pronúncia e grafia das palavras.............................................87<<strong>br</strong> />

4.5.1 /Ó/ ou /Ô/?.........................................................................88<<strong>br</strong> />

4.5.2 /É/ ou /Ê/?............................................................................89<<strong>br</strong> />

4.5.3 Letra X entre vogais: /Z/ ou /CS/?........................................90<<strong>br</strong> />

4.5.4 /SI/ e não /ZI/......................................................................91<<strong>br</strong> />

4.5.5 Pronúncia do U em GU e QU + A/E/I/O ...........................91


4.5.6 Evitando deformações de pronúncia e de grafia.................91<<strong>br</strong> />

4.5.7 Evitando silabadas..............................................................93<<strong>br</strong> />

4.5.8 Variantes prosódicas e ortográficas.....................................95<<strong>br</strong> />

4.6 Homônimos, parônimos e expressões afins ........................97<<strong>br</strong> />

4.7 Por que, por quê, porque, porquê..................................... 110<<strong>br</strong> />

5 Morfologia...................................................................................113<<strong>br</strong> />

5.1 Plural de palavras <strong>com</strong>postas............................................. 113<<strong>br</strong> />

5.2 Verbos .................................................................................. 115<<strong>br</strong> />

5.2.1 Noções básicas.................................................................115<<strong>br</strong> />

5.2.1.1 Radical.........................................................................115<<strong>br</strong> />

5.2.1.2 Verbos regulares e irregulares.......................................115<<strong>br</strong> />

5.2.1.3 Verbos defectivos e abundantes ...................................116<<strong>br</strong> />

5.2.1.4 Formas rizotônicas e arrizotônicas................................117<<strong>br</strong> />

5.2.1.5 Tempos primitivos e derivados.....................................117<<strong>br</strong> />

5.2.2 Imperativo........................................................................118<<strong>br</strong> />

5.2.3 Particípio duplo................................................................119


5.2.4 Verbos que despertam dúvidas de pronúncia ou flexão...121<<strong>br</strong> />

Abolir, banir, colorir, demolir, explodir....................................121<<strong>br</strong> />

Adaptar, designar, impugnar, obstar, ritmar..............................121<<strong>br</strong> />

Adequar....................................................................................122<<strong>br</strong> />

Aderir, advertir, <strong>com</strong>petir, deferir, repelir.................................122<<strong>br</strong> />

Aguar, apropinquar, desaguar, enxaguar, minguar....................122


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

Apaziguar, averiguar, obliquar .................................................123<<strong>br</strong> />

Aprazer, <strong>com</strong>prazer, desprazer, des<strong>com</strong>prazer.........................123<<strong>br</strong> />

Argüir, redargüir .......................................................................123<<strong>br</strong> />

Crer, descrer.............................................................................123<<strong>br</strong> />

Falir, <strong>com</strong>balir, remir, ressarcir, ressequir.................................124<<strong>br</strong> />

Obviar......................................................................................124<<strong>br</strong> />

Pesar.........................................................................................124<<strong>br</strong> />

Pôr e seus derivados.................................................................124<<strong>br</strong> />

Precaver(-se) .............................................................................125<<strong>br</strong> />

Reaver ......................................................................................125<<strong>br</strong> />

Requerer...................................................................................126<<strong>br</strong> />

Saudar ......................................................................................126<<strong>br</strong> />

So<strong>br</strong>estar...................................................................................126<<strong>br</strong> />

Ter e seus derivados.................................................................127<<strong>br</strong> />

Ver, prover e demais derivados de ver......................................127<<strong>br</strong> />

Viger.........................................................................................128<<strong>br</strong> />

Vir e seus derivados..................................................................128<<strong>br</strong> />

Verbos terminados em -ear e -iar ..............................................128<<strong>br</strong> />

Verbos terminados em -oar.......................................................129<<strong>br</strong> />

Verbos terminados em -uar.......................................................129<<strong>br</strong> />

Verbos terminados em -uir........................................................129<<strong>br</strong> />

Verbos terminados em -zer e -zir ..............................................130<<strong>br</strong> />

6 Sintaxe ......................................................................................... 131<<strong>br</strong> />

6.1 Problemas de construção de frases.................................... 131<<strong>br</strong> />

6.1.1 Sujeito preposicionado.....................................................131<<strong>br</strong> />

6.1.2 Ambigüidade....................................................................131<<strong>br</strong> />

6.1.3 Erros de paralelismo.........................................................132<<strong>br</strong> />

6.1.4 Erros de <strong>com</strong>paração........................................................134<<strong>br</strong> />

6.1.5 Frases fragmentadas..........................................................134<<strong>br</strong> />

6.1.6 Anacoluto.........................................................................135


6.1.7 Pleonasmo........................................................................135<<strong>br</strong> />

6.1.8 Cacófato...........................................................................136<<strong>br</strong> />

6.2 Concordância ...................................................................... 137<<strong>br</strong> />

6.2.1 Concordância nominal.....................................................137<<strong>br</strong> />

6.2.1.1 Concordância de um adjetivo <strong>com</strong> mais de um substantivo<<strong>br</strong> />

.................................................................................................137<<strong>br</strong> />

6.2.1.2 Concordância de um substantivo <strong>com</strong> mais de um adjetivo<<strong>br</strong> />

.................................................................................................138<<strong>br</strong> />

6.2.1.3 Concordância do adjetivo na função de predicativo.....139<<strong>br</strong> />

6.2.1.4 Concordância <strong>com</strong> adjetivos indicativos de cor...........139


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

6.2.1.5 Concordância <strong>com</strong> numerais........................................140<<strong>br</strong> />

6.2.1.6 Concordância <strong>com</strong> pronomes.......................................141<<strong>br</strong> />

6.2.1.7 Casos particulares de concordância nominal................141<<strong>br</strong> />

6.2.2 Concordância verbal........................................................144<<strong>br</strong> />

6.2.2.1 Concordância <strong>com</strong> o sujeito simples............................144<<strong>br</strong> />

6.2.2.2 Concordância <strong>com</strong> o sujeito <strong>com</strong>posto........................144<<strong>br</strong> />

6.2.2.3 Concordância <strong>com</strong> os pronomes de tratamento............147<<strong>br</strong> />

6.2.2.4 Pronome se ..................................................................147<<strong>br</strong> />

6.2.2.5 Concordância <strong>com</strong> os pronomes que e quem ..............148<<strong>br</strong> />

6.2.2.6 Sujeitos ligados pelas conjunções ou e nem.................149<<strong>br</strong> />

6.2.2.7 Concordância ideológica..............................................149<<strong>br</strong> />

6.2.2.8 Concordância na locução verbal..................................150<<strong>br</strong> />

6.2.2.9 Verbos impessoais........................................................150<<strong>br</strong> />

6.2.2.10 Verbos unipessoais.....................................................152<<strong>br</strong> />

6.2.2.11 Concordância do verbo ser.........................................152


6.2.2.12 Verbos dar, bater, soar (horas)....................................154<<strong>br</strong> />

6.2.2.13 Verbo parecer na locução verbal................................155<<strong>br</strong> />

6.2.2.14 Números percentuais.................................................155<<strong>br</strong> />

6.2.2.15 Concordância <strong>com</strong> a palavra milhão ..........................156<<strong>br</strong> />

6.2.2.16 Outros casos de concordância verbal.........................156<<strong>br</strong> />

6.3 Regência............................................................................... 158<<strong>br</strong> />

6.3.1 Regência verbal................................................................158<<strong>br</strong> />

6.3.1.1 Verbos transitivos diretos..............................................158<<strong>br</strong> />

6.3.1.2 Verbos transitivos indiretos...........................................160<<strong>br</strong> />

6.3.1.3 Verbos transitivos diretos e indiretos............................160<<strong>br</strong> />

6.3.1.4 Verbos intransitivos e verbos pronominais...................161<<strong>br</strong> />

6.3.1.5 Verbos <strong>com</strong> regências diferentes e mesmo sentido.......162<<strong>br</strong> />

6.3.1.6 Verbos que podem despertar dúvidas de regência.......163<<strong>br</strong> />

Abdicar..............................................................................163<<strong>br</strong> />

Anteceder..........................................................................163<<strong>br</strong> />

Anuir .................................................................................163<<strong>br</strong> />

Aspirar...............................................................................164<<strong>br</strong> />

Assistir...............................................................................164<<strong>br</strong> />

Atender..............................................................................164<<strong>br</strong> />

Chamar..............................................................................165<<strong>br</strong> />

Chegar, dirigir-se, ir, retornar, voltar..................................165<<strong>br</strong> />

Consistir ............................................................................166


Constar..............................................................................166<<strong>br</strong> />

Custar................................................................................167<<strong>br</strong> />

Declinar ............................................................................167<<strong>br</strong> />

Implicar.............................................................................167


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

Morar, residir, situar-se, estabelecer-se, estar situado.........168<<strong>br</strong> />

Obedecer, desobedecer.....................................................168<<strong>br</strong> />

Pagar, perdoar...................................................................169<<strong>br</strong> />

Participar ...........................................................................169<<strong>br</strong> />

Pedir..................................................................................169<<strong>br</strong> />

Preferir...............................................................................169<<strong>br</strong> />

Proceder............................................................................170<<strong>br</strong> />

Renunciar..........................................................................170<<strong>br</strong> />

Responder .........................................................................170<<strong>br</strong> />

So<strong>br</strong>essair ..........................................................................171<<strong>br</strong> />

Suceder..............................................................................171<<strong>br</strong> />

Visar..................................................................................171<<strong>br</strong> />

6.3.1.7 A regência e os pronomes relativos..............................172<<strong>br</strong> />

6.3.1.8 Verbos de regência diferente coordenados...................172<<strong>br</strong> />

6.3.2 Regência nominal.............................................................173<<strong>br</strong> />

6.4 Infinitivo pessoal.................................................................. 174<<strong>br</strong> />

6.4.1 Caso em que se deve flexionar o infinitivo.......................174<<strong>br</strong> />

6.4.2 Casos em que se tende a flexionar o infinitivo..................175<<strong>br</strong> />

6.4.3 Casos em que não se deve flexionar o infinitivo...............176<<strong>br</strong> />

6.4.4 Casos em que se tende a não flexionar o infinitivo...........177<<strong>br</strong> />

6.4.5 Algumas orientações so<strong>br</strong>e o emprego do infinitivo pessoal<<strong>br</strong> />

..................................................................................................178<<strong>br</strong> />

6.5 Colocação de pronomes..................................................... 179


6.5.1 Próclise.............................................................................179<<strong>br</strong> />

6.5.2 Mesóclise.........................................................................181<<strong>br</strong> />

6.5.3 Ênclise..............................................................................182<<strong>br</strong> />

6.5.3.1 Grafia de verbos e pronomes na ênclise.......................183<<strong>br</strong> />

6.5.4 Próclise ou ênclise: colocação facultativa.........................184<<strong>br</strong> />

6.5.5 Colocação pronominal nas locuções verbais....................184<<strong>br</strong> />

6.5.6 Repetição e omissão de pronomes ...................................186<<strong>br</strong> />

6.6 Pontuação ............................................................................ 186<<strong>br</strong> />

6.6.1 Vírgula..............................................................................187<<strong>br</strong> />

6.6.1.1 Casos em que não se usa vírgula..................................188<<strong>br</strong> />

6.6.1.2 Casos em que se usa a vírgula......................................189<<strong>br</strong> />

6.6.1.3 Vírgula facultativa.........................................................193<<strong>br</strong> />

6.6.2 Ponto-e-vírgula.................................................................194<<strong>br</strong> />

6.6.3 Dois-pontos......................................................................196<<strong>br</strong> />

6.6.4 Travessão..........................................................................196<<strong>br</strong> />

6.6.5 Parênteses.........................................................................197


6.6.6 Reticências.......................................................................197


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

6.6.7 Linha pontilhada...............................................................199<<strong>br</strong> />

7 Padronizações............................................................................. 203<<strong>br</strong> />

7.1 Destaques............................................................................. 203<<strong>br</strong> />

7.1.1 Aspas................................................................................203<<strong>br</strong> />

7.1.1.1 Posição das aspas.........................................................205<<strong>br</strong> />

7.1.1.2 Aspas simples...............................................................206<<strong>br</strong> />

7.1.2 Itálico...............................................................................206<<strong>br</strong> />

7.1.3 Negrito e sublinhado........................................................209<<strong>br</strong> />

7.2 Grafia de números............................................................... 210<<strong>br</strong> />

7.2.1 Números nos textos em geral...........................................210<<strong>br</strong> />

7.2.1.1 Por extenso...................................................................210<<strong>br</strong> />

7.2.1.2 Em algarismos..............................................................211<<strong>br</strong> />

7.2.1.3 Em algarismos e por extenso (forma mista)...................212<<strong>br</strong> />

7.2.1.4 Em algarismos romanos................................................213<<strong>br</strong> />

7.2.2 Números em textos legais e administrativos.....................214<<strong>br</strong> />

7.2.3 Grafia de datas.................................................................215


7.2.4 Grafia de horas.................................................................216<<strong>br</strong> />

7.2.5 Particularidades da grafia e leitura dos números...............217<<strong>br</strong> />

7.2.6 Tabela <strong>com</strong>parativa de números.......................................219<<strong>br</strong> />

7.3 Siglas..................................................................................... 220<<strong>br</strong> />

Capítulo III – DOCUMENTOS ADMINISTRATIVOS................. 223<<strong>br</strong> />

8 Documentos Administrativos .................................................... 225<<strong>br</strong> />

8.1 Orientações gerais............................................................... 225<<strong>br</strong> />

8.1.1 Assinaturas.......................................................................225<<strong>br</strong> />

8.1.2 Cabeçalhos.......................................................................225<<strong>br</strong> />

8.1.3 Circular............................................................................226<<strong>br</strong> />

8.1.4 Diagramação – padrão básico..........................................226<<strong>br</strong> />

8.1.5 Fecho................................................................................227<<strong>br</strong> />

8.1.6 Formulários......................................................................227<<strong>br</strong> />

8.1.7 Logomarcas......................................................................227<<strong>br</strong> />

8.1.8 Siglas................................................................................228<<strong>br</strong> />

8.2 Formas de tratamento ......................................................... 229<<strong>br</strong> />

8.3 Documentos......................................................................... 231


8.3.1 Apostila............................................................................233<<strong>br</strong> />

8.3.1.1 Estrutura.......................................................................233<<strong>br</strong> />

8.3.1.2 Modelo.........................................................................234<<strong>br</strong> />

8.3.1.3 Exemplos......................................................................235<<strong>br</strong> />

8.3.2 Ata....................................................................................236<<strong>br</strong> />

8.3.2.1 Estrutura.......................................................................236


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

8.3.2.2 Modelo.........................................................................237<<strong>br</strong> />

8.3.2.3 Exemplos......................................................................238<<strong>br</strong> />

8.3.3 Carta.................................................................................242<<strong>br</strong> />

8.3.3.1 Estrutura.......................................................................242<<strong>br</strong> />

8.3.3.2 Modelo.........................................................................243<<strong>br</strong> />

8.3.3.3 Exemplos......................................................................244<<strong>br</strong> />

8.3.4 Declaração.......................................................................246<<strong>br</strong> />

8.3.4.1 Estrutura.......................................................................246<<strong>br</strong> />

8.3.4.2 Modelo.........................................................................247<<strong>br</strong> />

8.3.4.3 Exemplos......................................................................248<<strong>br</strong> />

8.3.5 Despacho.........................................................................252<<strong>br</strong> />

8.3.5.1. Estrutura......................................................................252<<strong>br</strong> />

8.3.5.2 Modelo.........................................................................253<<strong>br</strong> />

8.3.5.3 Exemplos......................................................................254<<strong>br</strong> />

8.3.6 Memorando......................................................................256


8.3.6.1 Estrutura.......................................................................256<<strong>br</strong> />

8.3.6.2 Modelo.........................................................................257<<strong>br</strong> />

8.3.6.3 Exemplo.......................................................................258<<strong>br</strong> />

8.3.7 Ofício...............................................................................260<<strong>br</strong> />

8.3.7.1 Estrutura.......................................................................260<<strong>br</strong> />

8.3.7.2 Modelo.........................................................................262<<strong>br</strong> />

8.3.7.3 Exemplos......................................................................263<<strong>br</strong> />

8.3.8 Ordem de Serviço............................................................265<<strong>br</strong> />

8.3.8.1 Estrutura.......................................................................265<<strong>br</strong> />

8.3.8.2 Modelo.........................................................................266<<strong>br</strong> />

8.3.8.3 Exemplos......................................................................267<<strong>br</strong> />

8.3.9 Parecer.............................................................................275<<strong>br</strong> />

8.3.9.1 Estrutura.......................................................................275<<strong>br</strong> />

8.3.9.2. Modelo........................................................................276<<strong>br</strong> />

8.3.9.3. Exemplos.....................................................................277<<strong>br</strong> />

8.3.10 Portaria...........................................................................281


8.3.10.1 Estrutura.....................................................................281<<strong>br</strong> />

8.3.10.2 Modelo.......................................................................282<<strong>br</strong> />

8.3.10.3 Exemplos....................................................................283<<strong>br</strong> />

8.3.11 Relatório........................................................................293<<strong>br</strong> />

8.3.11.1 Estrutura......................................................................293<<strong>br</strong> />

8.3.11.2 Modelo.......................................................................295<<strong>br</strong> />

8.3.11.3 Exemplo.....................................................................297<<strong>br</strong> />

8.3.12 Requerimento.................................................................300<<strong>br</strong> />

8.3.12.1 Estrutura.....................................................................300<<strong>br</strong> />

8.3.12.2 Modelo.......................................................................302


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

8.3.12.3 Exemplos....................................................................303<<strong>br</strong> />

8.4 Meios de transmissão.......................................................... 304<<strong>br</strong> />

8.4.1 Telegrama.........................................................................304<<strong>br</strong> />

8.4.2 Fax....................................................................................305<<strong>br</strong> />

8.4.3 E-mail...............................................................................306<<strong>br</strong> />

Adendos.......................................................................................... 307<<strong>br</strong> />

1 Dúvidas e Erros de Linguagem e Redação............................... 309<<strong>br</strong> />

Além / Também.......................................................................... 309<<strong>br</strong> />

Alternativa / Opção.................................................................... 309<<strong>br</strong> />

A meu ver ................................................................................... 309<<strong>br</strong> />

Ampliar....................................................................................... 310<<strong>br</strong> />

A nível de / Ao nível de / Em nível de.....................................310<<strong>br</strong> />

Anônimo / Apócrifo ................................................................... 310<<strong>br</strong> />

Ao invés de / Em vez de............................................................310<<strong>br</strong> />

A partir de...................................................................................310<<strong>br</strong> />

À(s) custa(s) de............................................................................ 311<<strong>br</strong> />

Através de...................................................................................311<<strong>br</strong> />

Bastante....................................................................................... 311<<strong>br</strong> />

Bem <strong>com</strong>o .................................................................................. 312<<strong>br</strong> />

Boreal / Setentrional / Austral / Meridional............................. 312<<strong>br</strong> />

*Breve alocução........................................................................312<<strong>br</strong> />

Caro / Barato............................................................................... 312<<strong>br</strong> />

Cerca de...................................................................................... 312<<strong>br</strong> />

Chance........................................................................................ 313<<strong>br</strong> />

Colocar / Colocação..................................................................313<<strong>br</strong> />

Dado / Visto................................................................................ 313<<strong>br</strong> />

Dar / Bater / Soar (aplicado a horas)......................................... 314<<strong>br</strong> />

De encontro a / Ao encontro de............................................... 314<<strong>br</strong> />

De forma (maneira, modo) que / de forma (maneira, modo)<<strong>br</strong> />

a / de modo a que......................................................................314<<strong>br</strong> />

Demais / Por demais / De mais ................................................ 315<<strong>br</strong> />

De o / De ele..............................................................................315<<strong>br</strong> />

Descendência, descendentes / Ascendência, ascendentes.... 315<<strong>br</strong> />

Desapercebido / Despercebido................................................315<<strong>br</strong> />

Desde.......................................................................................... 316<<strong>br</strong> />

Dia-a-dia / Dia a dia................................................................... 316


Dignitário / Dignatário............................................................... 316


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

Emendar...................................................................................... 316<<strong>br</strong> />

Em função de.............................................................................. 317<<strong>br</strong> />

Emigrar / Imigrar / Migrar.......................................................... 317<<strong>br</strong> />

Eminente / Iminente................................................................... 317<<strong>br</strong> />

Empreitada.................................................................................. 318<<strong>br</strong> />

Em via de .................................................................................... 318<<strong>br</strong> />

Encontrar..................................................................................... 318<<strong>br</strong> />

Enquanto..................................................................................... 318<<strong>br</strong> />

Entrar / Sair / Subir (pleonasmos viciosos)...............................319<<strong>br</strong> />

Entre / Dentre ............................................................................. 319<<strong>br</strong> />

É que / *É de que/ *é a (o) de que ........................................... 319<<strong>br</strong> />

Este, isto / Esse, isso / Aquele, aquilo....................................... 319<<strong>br</strong> />

Estar em (indicando quantidade, grupo).................................. 321<<strong>br</strong> />

Etc. .............................................................................................. 321<<strong>br</strong> />

Eventual / Possível / Provável / Potencial................................321<<strong>br</strong> />

Evidência .................................................................................... 322<<strong>br</strong> />

Ex................................................................................................. 322<<strong>br</strong> />

Exceto / Excetuado..................................................................... 322<<strong>br</strong> />

Existir........................................................................................... 322<<strong>br</strong> />

Explodir....................................................................................... 322<<strong>br</strong> />

Extorquir...................................................................................... 323<<strong>br</strong> />

*Face a / Em face de.................................................................. 323<<strong>br</strong> />

Fazer............................................................................................ 323<<strong>br</strong> />

Feminino..................................................................................... 323<<strong>br</strong> />

Figadal / *Fidagal....................................................................... 323<<strong>br</strong> />

Frei / Frade.................................................................................. 324<<strong>br</strong> />

Fronteira / Divisa / Limite.......................................................... 324<<strong>br</strong> />

Furtar / Roubar...........................................................................324<<strong>br</strong> />

Ganhar........................................................................................ 324<<strong>br</strong> />

Haja vista .................................................................................... 324<<strong>br</strong> />

Haver........................................................................................... 325<<strong>br</strong> />

Ilegal............................................................................................ 326<<strong>br</strong> />

Imissão / Emissão ....................................................................... 326<<strong>br</strong> />

Implicar....................................................................................... 326<<strong>br</strong> />

Impugnar..................................................................................... 326<<strong>br</strong> />

Independente / Independentemente........................................327<<strong>br</strong> />

Iniciar / Iniciar-se........................................................................ 327


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

Ipsis litteris / Ipsis verbis............................................................ 327<<strong>br</strong> />

Ir a / Ir para ................................................................................. 327<<strong>br</strong> />

Junto a(o)..................................................................................... 328<<strong>br</strong> />

Jurista........................................................................................... 328<<strong>br</strong> />

Mais absoluto ............................................................................. 328<<strong>br</strong> />

Maior / Mais grande, Menor / Mais pequeno, Melhor / Mais<<strong>br</strong> />

bom, Pior / Mais ruim / Mais mau............................................ 328<<strong>br</strong> />

Mandato / Mandado .................................................................. 329<<strong>br</strong> />

* Massivo.................................................................................... 329<<strong>br</strong> />

Mau / Mal.................................................................................... 329<<strong>br</strong> />

Mediar......................................................................................... 330<<strong>br</strong> />

Meio (advérbio).......................................................................... 330<<strong>br</strong> />

Melhor, Pior, Mais bem, Mais mal........................................... 330<<strong>br</strong> />

Mesmo ........................................................................................ 331<<strong>br</strong> />

Militância.................................................................................... 331<<strong>br</strong> />

Mister /é/.....................................................................................331<<strong>br</strong> />

Morador...................................................................................... 332<<strong>br</strong> />

Moral........................................................................................... 332<<strong>br</strong> />

Nada............................................................................................ 332<<strong>br</strong> />

Na medida em que / À medida que.........................................332<<strong>br</strong> />

Nem / E nem............................................................................... 333<<strong>br</strong> />

Nomes próprios (plural)............................................................333<<strong>br</strong> />

Nota oficial................................................................................. 333<<strong>br</strong> />

O<strong>br</strong>igado (agradecimento)........................................................334<<strong>br</strong> />

Óculos......................................................................................... 334<<strong>br</strong> />

Onde / Aonde............................................................................. 334<<strong>br</strong> />

Operacionalizar......................................................................... 334<<strong>br</strong> />

Operar......................................................................................... 335<<strong>br</strong> />

Oportunista................................................................................. 335<<strong>br</strong> />

Opor veto.................................................................................... 335<<strong>br</strong> />

Ou seja........................................................................................335<<strong>br</strong> />

Panorama.................................................................................... 335<<strong>br</strong> />

Parecer (verbo)...........................................................................336<<strong>br</strong> />

Particularmente / Pessoalmente................................................ 336<<strong>br</strong> />

Pedir para / Pedir para que........................................................ 336<<strong>br</strong> />

Perda / Perca............................................................................... 337<<strong>br</strong> />

*Por causa (de) que ................................................................... 337


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

Por isso........................................................................................ 337<<strong>br</strong> />

Por ora......................................................................................... 338<<strong>br</strong> />

Posar / Pousar.............................................................................338<<strong>br</strong> />

Possuir......................................................................................... 338<<strong>br</strong> />

Posto que....................................................................................338<<strong>br</strong> />

Pra ............................................................................................... 338<<strong>br</strong> />

Praticar preços............................................................................ 339<<strong>br</strong> />

Precaver...................................................................................... 339<<strong>br</strong> />

Preferir......................................................................................... 339<<strong>br</strong> />

Protesto contra / Protesto ao.....................................................339<<strong>br</strong> />

Qualquer / Nenhum / Algum (em negativas) .......................... 340<<strong>br</strong> />

Quando....................................................................................... 340<<strong>br</strong> />

Questionar.................................................................................. 340<<strong>br</strong> />

Rapto / Seqüestro ....................................................................... 340<<strong>br</strong> />

Reaver......................................................................................... 341<<strong>br</strong> />

Recear......................................................................................... 341<<strong>br</strong> />

Repetir outra vez........................................................................ 341<<strong>br</strong> />

Rival / Adversário.......................................................................341<<strong>br</strong> />

Seção / Sessão / Cessão ............................................................. 341<<strong>br</strong> />

Senso / Censo.............................................................................342<<strong>br</strong> />

Sentar .......................................................................................... 342<<strong>br</strong> />

Sequer......................................................................................... 342<<strong>br</strong> />

Sob / So<strong>br</strong>e.................................................................................. 343<<strong>br</strong> />

So<strong>br</strong>essair.................................................................................... 343<<strong>br</strong> />

Suspensão / Cancelamento / Adiamento ................................. 343<<strong>br</strong> />

Talvez.......................................................................................... 343<<strong>br</strong> />

Ter lugar em................................................................................ 343<<strong>br</strong> />

Todo / Todo o............................................................................. 344<<strong>br</strong> />

Trata-se de / *Tratam-se de ....................................................... 344<<strong>br</strong> />

Unânime..................................................................................... 344<<strong>br</strong> />

*Vítima fatal...............................................................................345<<strong>br</strong> />

2 Glossário de Termos Diversos .................................................. 347<<strong>br</strong> />

Administração direta.................................................................. 347<<strong>br</strong> />

Administração indireta .............................................................. 347<<strong>br</strong> />

Admissibilidade.......................................................................... 347<<strong>br</strong> />

Aparte.......................................................................................... 347<<strong>br</strong> />

Apensação .................................................................................. 348


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

Apreciação conclusiva .............................................................. 348<<strong>br</strong> />

Apreciação preliminar............................................................... 348<<strong>br</strong> />

Audiência pública...................................................................... 348<<strong>br</strong> />

Avulso......................................................................................... 349<<strong>br</strong> />

Bancada...................................................................................... 349<<strong>br</strong> />

Bloco parlamentar...................................................................... 349<<strong>br</strong> />

Câmara dos Deputados.............................................................349<<strong>br</strong> />

Câmara Revisora ........................................................................ 349<<strong>br</strong> />

Casa Legislativa..........................................................................350<<strong>br</strong> />

Colégio de Líderes.....................................................................350<<strong>br</strong> />

Comissão .................................................................................... 350<<strong>br</strong> />

Comissão geral........................................................................... 350<<strong>br</strong> />

Comissão parlamentar de inquérito (CPI)................................ 351<<strong>br</strong> />

Comissão representativa............................................................ 351<<strong>br</strong> />

Comparecimento de Ministro de Estado ................................. 351<<strong>br</strong> />

Comunicações parlamentares................................................... 351<<strong>br</strong> />

Congresso Nacional................................................................... 352<<strong>br</strong> />

Contagem de prazos na Câmara .............................................. 352<<strong>br</strong> />

Convocação extraordinária.......................................................352<<strong>br</strong> />

Decreto legislativo.....................................................................353<<strong>br</strong> />

Democracia Direta..................................................................... 353<<strong>br</strong> />

Democracia Representativa ...................................................... 353<<strong>br</strong> />

Deputado Federal......................................................................353<<strong>br</strong> />

Destaque..................................................................................... 353<<strong>br</strong> />

Destaque para votação em separado (DVS)............................354<<strong>br</strong> />

Discussão.................................................................................... 354<<strong>br</strong> />

Distribuição................................................................................ 354<<strong>br</strong> />

Dois turnos ................................................................................. 354<<strong>br</strong> />

Efeito suspensivo........................................................................ 355<<strong>br</strong> />

Eleição da Mesa ......................................................................... 355<<strong>br</strong> />

Eleição majoritária ..................................................................... 355<<strong>br</strong> />

Eleição proporcional.................................................................. 355<<strong>br</strong> />

Emenda....................................................................................... 357<<strong>br</strong> />

Emenda Constitucional.............................................................. 357<<strong>br</strong> />

Estado.......................................................................................... 358<<strong>br</strong> />

Estado autocrático...................................................................... 358<<strong>br</strong> />

Estado democrático.................................................................... 358


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

Federação ................................................................................... 358<<strong>br</strong> />

Grande Expediente .................................................................... 358<<strong>br</strong> />

Imunidade parlamentar.............................................................359<<strong>br</strong> />

Indicação.................................................................................... 359<<strong>br</strong> />

Interstício .................................................................................... 359<<strong>br</strong> />

Legislatura................................................................................... 359<<strong>br</strong> />

Lei <strong>com</strong>plementar......................................................................359<<strong>br</strong> />

Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)................................... 360<<strong>br</strong> />

Lei delegada ............................................................................... 360<<strong>br</strong> />

Lei de Responsabilidade Fiscal................................................. 360<<strong>br</strong> />

Lei Orçamentária Anual (LOA)................................................. 361<<strong>br</strong> />

Lei ordinária ............................................................................... 361<<strong>br</strong> />

Líder ............................................................................................ 361<<strong>br</strong> />

Maioria........................................................................................ 361<<strong>br</strong> />

Maioria absoluta......................................................................... 362<<strong>br</strong> />

Maioria simples..........................................................................362<<strong>br</strong> />

Mandato...................................................................................... 362<<strong>br</strong> />

Medida provisória (MP)............................................................. 362<<strong>br</strong> />

Minoria........................................................................................ 362<<strong>br</strong> />

Mesa Diretora.............................................................................362<<strong>br</strong> />

Oligarquia................................................................................... 363<<strong>br</strong> />

Orçamento.................................................................................. 363<<strong>br</strong> />

Obstrução................................................................................... 363<<strong>br</strong> />

Ordem do Dia ............................................................................ 363<<strong>br</strong> />

Organização não-governamental (ONG)................................. 363<<strong>br</strong> />

Ouvidoria Parlamentar.............................................................. 364<<strong>br</strong> />

Parecer........................................................................................ 364<<strong>br</strong> />

Parecer terminativo.................................................................... 364<<strong>br</strong> />

Parlamentar................................................................................. 364<<strong>br</strong> />

Partido......................................................................................... 364<<strong>br</strong> />

Pauta ........................................................................................... 365<<strong>br</strong> />

Pequeno Expediente.................................................................. 365<<strong>br</strong> />

Período de funcionamento do Congresso Nacional............... 365<<strong>br</strong> />

Plano Plurianual (PPA)............................................................... 365<<strong>br</strong> />

Plenário....................................................................................... 365<<strong>br</strong> />

Poder conclusivo ....................................................................... 366<<strong>br</strong> />

Poder Executivo ......................................................................... 366


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

Poder Judiciário..........................................................................366<<strong>br</strong> />

Poder Legislativo........................................................................ 366<<strong>br</strong> />

Políticas Públicas.......................................................................366<<strong>br</strong> />

Preferência.................................................................................. 367<<strong>br</strong> />

Prejudicialidade ......................................................................... 367<<strong>br</strong> />

Prioridade ................................................................................... 367<<strong>br</strong> />

Processo Legislativo................................................................... 367<<strong>br</strong> />

Procuradoria Parlamentar.......................................................... 367<<strong>br</strong> />

Projeto de decreto legislativo ................................................... 368<<strong>br</strong> />

Projeto de lei .............................................................................. 368<<strong>br</strong> />

Projeto de lei <strong>com</strong>plementar..................................................... 368<<strong>br</strong> />

Projeto de lei de conversão (PLV)............................................368<<strong>br</strong> />

Projeto de resolução.................................................................. 368<<strong>br</strong> />

Promulgação .............................................................................. 369<<strong>br</strong> />

Proposição.................................................................................. 369<<strong>br</strong> />

Proposta de fiscalização e controle.......................................... 371<<strong>br</strong> />

Publicação.................................................................................. 371<<strong>br</strong> />

Questão de ordem ..................................................................... 371<<strong>br</strong> />

Quórum ...................................................................................... 371<<strong>br</strong> />

Quórum de abertura..................................................................371<<strong>br</strong> />

Quórum de aprovação..............................................................371<<strong>br</strong> />

Quórum de deliberação............................................................ 372<<strong>br</strong> />

Reclamação................................................................................ 372<<strong>br</strong> />

Regime de tramitação................................................................ 372<<strong>br</strong> />

Regime Político..........................................................................372<<strong>br</strong> />

Relator......................................................................................... 373<<strong>br</strong> />

Relatório...................................................................................... 373<<strong>br</strong> />

Requerimento............................................................................. 373<<strong>br</strong> />

Resolução................................................................................... 373<<strong>br</strong> />

Reunião reservada ..................................................................... 373<<strong>br</strong> />

Reunião secreta..........................................................................373<<strong>br</strong> />

Sanção ........................................................................................ 374<<strong>br</strong> />

Sanção presidencial................................................................... 374<<strong>br</strong> />

Senado Federal........................................................................... 374<<strong>br</strong> />

Senador....................................................................................... 375<<strong>br</strong> />

Sessão.......................................................................................... 375<<strong>br</strong> />

Sessão conjunta.......................................................................... 375


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

Sessão de debates ...................................................................... 375<<strong>br</strong> />

Sessão deliberativa..................................................................... 375<<strong>br</strong> />

Sessão extraordinária ................................................................. 376<<strong>br</strong> />

Sessão legislativa........................................................................ 376<<strong>br</strong> />

Sessão legislativa extraordinária ............................................... 376<<strong>br</strong> />

Sessão ordinária ......................................................................... 376<<strong>br</strong> />

Sessão pública............................................................................ 376<<strong>br</strong> />

Sessão secreta.............................................................................377<<strong>br</strong> />

Sessão solene.............................................................................. 377<<strong>br</strong> />

Sessões preparatórias................................................................. 377<<strong>br</strong> />

So<strong>br</strong>estamento............................................................................ 377<<strong>br</strong> />

Sub<strong>com</strong>issão............................................................................... 377<<strong>br</strong> />

Supremo Tribunal Federal......................................................... 377<<strong>br</strong> />

Tramitação.................................................................................. 378<<strong>br</strong> />

Trancamento de pauta............................................................... 378<<strong>br</strong> />

Turma.......................................................................................... 378<<strong>br</strong> />

Turno........................................................................................... 378<<strong>br</strong> />

Turno único (Ver Dois turnos.)................................................. 378<<strong>br</strong> />

Urgência ..................................................................................... 378<<strong>br</strong> />

Urgência urgentíssima...............................................................379<<strong>br</strong> />

Veto............................................................................................. 379<<strong>br</strong> />

Votação....................................................................................... 380<<strong>br</strong> />

Anexos ............................................................................................ 381<<strong>br</strong> />

Anexo 1 – Lei Complementar n. 95/98...................................383<<strong>br</strong> />

Anexo 2 – Instrução n. 1/79 ..................................................... 394<<strong>br</strong> />

Anexo 3 – Instrução n. 2/98 ..................................................... 395<<strong>br</strong> />

Anexo 4 – Ordem de Serviço n. 1/00......................................397<<strong>br</strong> />

Anexo 5 – Ato da Mesa n. 35/03 ............................................. 399<<strong>br</strong> />

Bibliografia ..................................................................................... 401<<strong>br</strong> />

Índice de assuntos.......................................................................... 405


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

APRESENTAÇÃO<<strong>br</strong> />

A Câmara dos Deputados, ao trazer a público este Manual<<strong>br</strong> />

de Redação, que deverá servir de guia para todos quantos nela<<strong>br</strong> />

produzem textos, dá prosseguimento ao esforço de modernização<<strong>br</strong> />

administrativa que vem empreendendo nos últimos anos.<<strong>br</strong> />

É certo que os trabalhos legislativos que se desenvolvem<<strong>br</strong> />

nesta Casa necessitam de um suporte eficiente e expedito para<<strong>br</strong> />

que o produto final – a lei, especialmente – atenda à sociedade<<strong>br</strong> />

segundo os anseios desta. E é certo também que, na moderna<<strong>br</strong> />

administração, a produção de material escrito deve pautar-se por<<strong>br</strong> />

regras o mais objetivas e uniformes possível, para que a<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>unicação, interna e externa, não acabe prejudicada por causa<<strong>br</strong> />

da inadequação dos meios.<<strong>br</strong> />

Não há dúvida de que, para que esta Casa atinja sua<<strong>br</strong> />

finalidade junto à população que aqui está representada, e para<<strong>br</strong> />

que torne cada vez mais transparentes os seus atos, é fundamental<<strong>br</strong> />

que estes não pequem pelo hermetismo ou pela dubiedade que<<strong>br</strong> />

muitas vezes caracterizam a redação oficial.<<strong>br</strong> />

Ao propor, neste Manual, uma certa padronização, quando<<strong>br</strong> />

possível, no ato de escrever, e ao inserir nele indicações de <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

escrever melhor e mais corretamente, a Casa não pretende tornálo<<strong>br</strong> />

uma camisa-de-força na redação administrativa e parlamentar,<<strong>br</strong> />

mas oferecê-lo ao seu quadro de funcionários <strong>com</strong>o instrumental<<strong>br</strong> />

que torne mais eficaz o trabalho que aqui se realiza.<<strong>br</strong> />

No seu intuito e extensão, trata-se de o<strong>br</strong>a pioneira, no<<strong>br</strong> />

âmbito da Câmara dos Deputados, o que amplia a satisfação <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

que se leva ao público, aqui incluído também o usuário externo, a<<strong>br</strong> />

primeira edição deste Manual. Essa satisfação não elimina a<<strong>br</strong> />

consciência das falhas que nele poderão se encontrar, contandose,<<strong>br</strong> />

para saná-las, <strong>com</strong> a cooperação de todos quantos se<<strong>br</strong> />

dispuserem a aperfeiçoá-lo.<<strong>br</strong> />

A partir de sua divulgação, o Manual deverá moldar


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

oficialmente, so<strong>br</strong>etudo no que tange a normas de padronização,<<strong>br</strong> />

a redação na Casa, no intuito de torná-la mais consentânea <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

os modernos métodos de administração.<<strong>br</strong> />

João Paulo Cunha<<strong>br</strong> />

Presidente da Câmara dos Deputados


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

INTRODUÇÃO<<strong>br</strong> />

Este Manual está dividido em três capítulos – o primeiro<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> considerações so<strong>br</strong>e a redação em geral, o segundo <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

tópicos relacionados ao uso da língua portuguesa na sua norma<<strong>br</strong> />

culta, o terceiro <strong>com</strong> modelos e indicações de redação de atos<<strong>br</strong> />

administrativos –, acrescentando-se adendos e anexos de<<strong>br</strong> />

interesse.<<strong>br</strong> />

Quanto aos dois primeiros capítulos, procurou-se apresentar<<strong>br</strong> />

conceitos básicos e questões que em geral causam dúvida no ato<<strong>br</strong> />

de redigir e no uso da língua portuguesa. Para tanto, baseia-se o<<strong>br</strong> />

Manual em autores <strong>br</strong>asileiros modernos consagrados, dentre os<<strong>br</strong> />

quais se destacam os gramáticos Evanildo Bechara, Celso Cunha,<<strong>br</strong> />

Gama Kury, Cegalla, e os dicionaristas Aurélio e Houaiss.<<strong>br</strong> />

Saliente-se, no entanto, que a intenção do Manual não é<<strong>br</strong> />

tornar-se uma gramática nem mesmo esgotar os temas que nele se<<strong>br</strong> />

encontram. Assim, a consulta a gramáticas e livros de uso de<<strong>br</strong> />

linguagem certamente será necessária em casos específicos nele<<strong>br</strong> />

não contemplados. Do mesmo modo, ele não suprimirá a<<strong>br</strong> />

consulta a dicionários, no que respeita, entre outros aspectos, a<<strong>br</strong> />

significados, usos, regências ou ortografia. Neste item em<<strong>br</strong> />

particular, aconselha-se a consulta ao Vocabulário ortográfico da<<strong>br</strong> />

língua portuguesa, da Academia Brasileira de Letras, disponível na<<strong>br</strong> />

Internet em ,<<strong>br</strong> />

ou em sua edição impressa (mais recente, de 1999, Imprensa<<strong>br</strong> />

Nacional).<<strong>br</strong> />

Em questões não consensuais, optou-se por uma posição<<strong>br</strong> />

eqüidistante entre visões arcaizantes, ou por demais puristas, e<<strong>br</strong> />

outras de cunho nitidamente moderno porém ainda não<<strong>br</strong> />

totalmente aceitas. Em caso de contradição, optou-se por<<strong>br</strong> />

apresentar as opiniões contrastantes, <strong>com</strong> menção àquela mais<<strong>br</strong> />

aceita e usada <strong>com</strong>o preferível. Decidiu-se sempre seguir as<<strong>br</strong> />

normas oficiais, <strong>com</strong>plementando-as, porém, ou atualizando-as<<strong>br</strong> />

quando se demonstraram in<strong>com</strong>pletas ou defasadas, <strong>com</strong>o é o


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

caso das Instruções para a Organização do Vocabulário<<strong>br</strong> />

Ortográfico da Língua Portuguesa, de 1943. Priorizou-se o uso da<<strong>br</strong> />

língua culta <strong>br</strong>asileira e não o uso do português de veio lusitano,<<strong>br</strong> />

posição, por sinal, adotada pelos autores mencionados.<<strong>br</strong> />

No que tange a assuntos não estritamente gramaticais, mas<<strong>br</strong> />

apenas de padronização, procedeu-se a uma análise <strong>com</strong>parativa<<strong>br</strong> />

das instruções dos manuais de redação dos principais meios de<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>unicação (cf. Bibliografia), além do cotejamento do uso<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>um no serviço público. Pretendeu-se, <strong>com</strong> isso, tornar a<<strong>br</strong> />

redação na Câmara dos Deputados, no que couber, mais próxima<<strong>br</strong> />

à da maior parte dos órgãos de informação <strong>br</strong>asileiros e outros<<strong>br</strong> />

órgãos da administração pública.<<strong>br</strong> />

No caso da correspondência e do registro administrativo,<<strong>br</strong> />

procurou-se seguir três diretrizes. Em primeiro lugar, adotou-se a<<strong>br</strong> />

simplificação dos processos de escrita administrativa, tendo em<<strong>br</strong> />

vista que este Manual tem por função modernizar e agilizar a<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>unicação no âmbito da Câmara dos Deputados. Buscou-se,<<strong>br</strong> />

ainda, observar a linguagem administrativa em uso na Casa, a fim<<strong>br</strong> />

de que as orientações do Manual não entrassem em confronto<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> rotinas já estabelecidas, modificando-as desnecessariamente.<<strong>br</strong> />

Por fim, razão maior da existência do Manual, estabeleceram-se<<strong>br</strong> />

padrões para a escrita dos documentos, entendendo-se que, além<<strong>br</strong> />

dos tipos de textos contemplados (ofício, memorando, portaria,<<strong>br</strong> />

ata, etc.), os usuários poderão, quando necessário, apropriar-se<<strong>br</strong> />

dos modelos sugeridos para gerar documentação específica, visto<<strong>br</strong> />

que seria improdutivo apresentar lista exaustiva que incluísse<<strong>br</strong> />

documentos redigidos em apenas uma unidade administrativa<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> fim muito restrito.<<strong>br</strong> />

Tem-se <strong>com</strong>o certo que redigir é ato de cunho<<strong>br</strong> />

extremamente pessoal, no que respeita so<strong>br</strong>etudo ao estilo, o que<<strong>br</strong> />

implica sempre a opção por vocábulos, construções e<<strong>br</strong> />

argumentação. Não pretende, assim, o Manual restringir usos<<strong>br</strong> />

estilísticos próprios, senão apenas servir de guia para um uso<<strong>br</strong> />

genérico da redação parlamentar e administrativa na Câmara dos<<strong>br</strong> />

Deputados, respeitados os preceitos aqui expostos, so<strong>br</strong>etudo os<<strong>br</strong> />

que se referem à clareza, objetividade, concisão e demais<<strong>br</strong> />

qualidades estilísticas.


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

Este Manual, também, não invalida outros manuais de<<strong>br</strong> />

redação específicos de uso na Casa, mais restritos a áreas em que<<strong>br</strong> />

se requer linguagem e postura estritamente próprias do ofício,<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o as de jornalismo ou taquigrafia, por exemplo.


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

ABREVIAÇÕES E SÍMBOLOS EMPREGADOS<<strong>br</strong> />

* = indica forma incorreta. m.-q.-perf. = mais-que-perfeito<<strong>br</strong> />

f = forma incorreta p. = página<<strong>br</strong> />

adj. = adjetivo PR = Presidência da República<<strong>br</strong> />

adv. = advérbio pref. = prefixo<<strong>br</strong> />

art. = artigo prep. = preposição<<strong>br</strong> />

CD = Câmara dos Deputados pres. = presente<<strong>br</strong> />

CF = Constituição Federal pret. imperf. = pretérito<<strong>br</strong> />

imperfeito<<strong>br</strong> />

cf. = confira pret. perf. = pretérito perfeito<<strong>br</strong> />

CN = Congresso Nacional RICD = Regimento Interno da<<strong>br</strong> />

Câmara dos Deputados<<strong>br</strong> />

conj. = conjunção subj. = subjuntivo<<strong>br</strong> />

cp. = <strong>com</strong>pare subst. = substantivo<<strong>br</strong> />

fut. = futuro suj. = sujeito<<strong>br</strong> />

imper. = imperativo s.v. = no verbete (sub voce)<<strong>br</strong> />

imper. afirm. = imperativo tb. = também<<strong>br</strong> />

afirmativo<<strong>br</strong> />

ind. = indicativo v. = verbo<<strong>br</strong> />

loc. adv. = locução adverbial var. = variante


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

CAPÍTULO I<<strong>br</strong> />

A <strong>REDAÇÃO</strong> OFICIAL


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

1 A LINGUAGEM NA COMUNICAÇÃO<<strong>br</strong> />

OFICIAL<<strong>br</strong> />

No serviço público, somente podem ser praticados atos que<<strong>br</strong> />

estejam expressamente previstos em lei – ao contrário do que<<strong>br</strong> />

ocorre em todas as demais atividades da sociedade civil, em que<<strong>br</strong> />

o cidadão pode praticar quaisquer atos que não sejam vedados na<<strong>br</strong> />

legislação vigente.<<strong>br</strong> />

Desse princípio, decorre que o exercício da função pública<<strong>br</strong> />

é regulado em todos os seus detalhes e minúcias, tanto na forma<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o no conteúdo, em textos que devem, por isso mesmo, ser<<strong>br</strong> />

impessoais, objetivos, claros, concisos.<<strong>br</strong> />

Essa o<strong>br</strong>igatoriedade aplica-se não apenas aos textos legais –<<strong>br</strong> />

leis, decretos, portarias, etc. –, mas também a toda<<strong>br</strong> />

correspondência que circula nos órgãos da administração pública,<<strong>br</strong> />

interna e externamente.<<strong>br</strong> />

Um dos objetivos do presente Manual de Redação – talvez<<strong>br</strong> />

o mais importante – é exatamente este: uniformizar o estilo de<<strong>br</strong> />

redação adotado, as normas e procedimentos, até então dispersos<<strong>br</strong> />

pelos vários setores da Casa, de forma a possibilitar que os textos<<strong>br</strong> />

aqui produzidos tenham uma identidade. Não se pretende, <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

isso, submeter os redatores a uma camisa-de-força. Objetiva-se,<<strong>br</strong> />

isso sim, uma uniformização de princípios em que não haja lugar<<strong>br</strong> />

para excessos estilísticos e de linguagem que afrontem um dos<<strong>br</strong> />

princípios basilares dos textos oficiais – o da impessoalidade.<<strong>br</strong> />

A construção dos textos legais é disciplinada pela Lei<<strong>br</strong> />

Complementar 95/98, em seu artigo 11, em que estão expostas<<strong>br</strong> />

regras de clareza, precisão e ordem lógica.<<strong>br</strong> />

O que se pretende é que o conteúdo dessa normatização<<strong>br</strong> />

também seja aplicado, no que se relaciona à redação, a todos os<<strong>br</strong> />

documentos oficiais produzidos na Câmara dos Deputados. Para<<strong>br</strong> />

tanto, eles devem observar os princípios de impessoalidade,<<strong>br</strong> />

formalidade, uniformidade, clareza, precisão e concisão, entre<<strong>br</strong> />

outros.


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

1.1 IMPESSOALIDA<strong>DE</strong><<strong>br</strong> />

A impessoalidade decorre de princípio constitucional (CF,<<strong>br</strong> />

art. 37), cujo significado remete a dois aspectos: o primeiro<<strong>br</strong> />

prende-se à o<strong>br</strong>igatoriedade de que a administração proceda de<<strong>br</strong> />

modo a não privilegiar ou prejudicar a ninguém, individualmente,<<strong>br</strong> />

já que o seu norte é, sempre, o interesse público; o segundo<<strong>br</strong> />

sentido é o da abstração da pessoalidade dos atos administrativos,<<strong>br</strong> />

pois que a ação administrativa, em que pese ser exercida por<<strong>br</strong> />

intermédio de seus servidores, é resultado tão-somente da<<strong>br</strong> />

vontade estatal.<<strong>br</strong> />

De acordo <strong>com</strong> o jurista Hely Lopes Meirelles,<<strong>br</strong> />

o princípio da impessoalidade nada mais é que o clássico<<strong>br</strong> />

princípio da finalidade, o qual impõe ao administrador<<strong>br</strong> />

público que só pratique o ato para o seu fim legal. E o fim<<strong>br</strong> />

legal é unicamente aquele que a norma de direito indica<<strong>br</strong> />

expressa ou virtualmente <strong>com</strong>o objetivo do ato, de forma<<strong>br</strong> />

impessoal.1<<strong>br</strong> />

Desde que o princípio da finalidade exige que o ato seja<<strong>br</strong> />

praticado sempre <strong>com</strong> finalidade pública, o administrador fica<<strong>br</strong> />

impedido de buscar outro objetivo ou de praticá-lo no interesse<<strong>br</strong> />

próprio ou de terceiros.<<strong>br</strong> />

Em outras palavras, a redação oficial é elaborada sempre em<<strong>br</strong> />

nome do serviço público e sempre em atendimento ao interesse<<strong>br</strong> />

geral dos cidadãos. Sendo assim, é inconcebível que os assuntos<<strong>br</strong> />

objeto dos expedientes oficiais sejam tratados de outra forma que<<strong>br</strong> />

não a estritamente impessoal.<<strong>br</strong> />

Certos cuidados concorrem para que o redator alcance a<<strong>br</strong> />

impessoalidade:<<strong>br</strong> />

• jamais usar de linguagem irônica, pomposa ou rebuscada;<<strong>br</strong> />

• não se incluir na <strong>com</strong>unicação;<<strong>br</strong> />

1 Meirelles, 1990, p. 81.


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

• evitar o emprego de verbo na primeira pessoa do singular e<<strong>br</strong> />

mesmo do plural (essa re<strong>com</strong>endação não se aplica a certos<<strong>br</strong> />

tipos de ofícios, em geral de caráter pessoal, assinados por<<strong>br</strong> />

deputados);<<strong>br</strong> />

• dar ao texto um mínimo de elegância e de harmonia.<<strong>br</strong> />

Uso do padrão culto da língua, clareza, concisão e,<<strong>br</strong> />

especialmente, formalidade, objetividade e uniformidade são<<strong>br</strong> />

outros importantes fatores que contribuem para a necessária<<strong>br</strong> />

impessoalidade dos textos oficiais.<<strong>br</strong> />

1.2 FORMALIDA<strong>DE</strong> E UNIFORMIDA<strong>DE</strong><<strong>br</strong> />

Para bem <strong>com</strong>preender o significado da formalidade, vale<<strong>br</strong> />

atentar para algumas das acepções do adjetivo formal. Formal é<<strong>br</strong> />

aquilo que obedece a formalidades, etiquetas e padrões de<<strong>br</strong> />

tratamento cerimonioso; que é evidente, claro, manifesto, patente;<<strong>br</strong> />

que se atém a formas e fórmulas estabelecidas; que é<<strong>br</strong> />

convencional.<<strong>br</strong> />

Todos esses atributos se aplicam aos textos oficiais, que,<<strong>br</strong> />

assim, devem ser:<<strong>br</strong> />

• estritos na observância das formalidades ditadas pela<<strong>br</strong> />

civilidade – <strong>com</strong>o a polidez, a cortesia, o respeito – e das<<strong>br</strong> />

formas de tratamento utilizadas tradicionalmente na<<strong>br</strong> />

correspondência (ver a esse respeito 8.2);<<strong>br</strong> />

• claros, explícitos, o seu conteúdo cabal e inequivocamente<<strong>br</strong> />

evidenciado, de maneira que o entendimento seja fácil,<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>pleto e imediato;<<strong>br</strong> />

• rigorosamente conformes aos ditames da língua culta formal e<<strong>br</strong> />

vazados sempre na forma documental (memorando, ofício,<<strong>br</strong> />

etc.) que for a mais apropriada ao caso concreto.<<strong>br</strong> />

Já a uniformidade é obtida quando se estabelecem e se<<strong>br</strong> />

seguem determinados procedimentos, normas e padrões, o que<<strong>br</strong> />

concorre também para facilitar o trabalho de elaboração de textos<<strong>br</strong> />

e dar-lhe celeridade. Com esse intuito, são apresentados no<<strong>br</strong> />

Capítulo III – Documentos Administrativos, modelos dos


34 CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

principais documentos a serem adotados. A observância do estilo<<strong>br</strong> />

de linguagem, formatos e demais especificações ali apresentados<<strong>br</strong> />

assegurará em grande medida a uniformidade dos textos.<<strong>br</strong> />

1.3 CLAREZA E PRECISÃO<<strong>br</strong> />

• Deve-se, no texto, dar preferência a palavras e expressões<<strong>br</strong> />

simples, em seu sentido <strong>com</strong>um: atual é sempre melhor que<<strong>br</strong> />

hodierno; gélido é preferível a álgido; convém usar afável em<<strong>br</strong> />

vez de lhano; a<strong>br</strong>aço em lugar de amplexo.2<<strong>br</strong> />

• É importante construir as frases na ordem direta (sujeito –<<strong>br</strong> />

verbo – <strong>com</strong>plemento), evitando-se inversões e preciosismos<<strong>br</strong> />

sintáticos.<<strong>br</strong> />

• A pontuação deve ser empregada de forma judiciosa,<<strong>br</strong> />

evitando-se abusos de caráter estilístico.<<strong>br</strong> />

• As frases devem ser objetivas, nunca demasiado longas. É<<strong>br</strong> />

re<strong>com</strong>endável evitar intercalações excessivas e o emprego de<<strong>br</strong> />

recursos que as alonguem desnecessariamente – tais <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

vírgulas, conjunções e verbos no gerúndio. O período a seguir<<strong>br</strong> />

é um exemplo de <strong>com</strong>o não se deve escrever:<<strong>br</strong> />

O Sistema Único de Saúde (SUS) poderá ser o<strong>br</strong>igado a<<strong>br</strong> />

oferecer atendimento integral para prevenir e tratar a<<strong>br</strong> />

obesidade, conforme projeto de lei dispondo so<strong>br</strong>e essa<<strong>br</strong> />

exigência, apresentado nesta semana à Mesa da Câmara, que<<strong>br</strong> />

decidiu encaminhá-lo imediatamente às <strong>com</strong>issões técnicas<<strong>br</strong> />

para exame em caráter urgência da matéria, já que ela foi<<strong>br</strong> />

considerada de relevante interesse social.<<strong>br</strong> />

Reconstruído <strong>com</strong>o se segue, o período ganha em clareza e<<strong>br</strong> />

estilo:<<strong>br</strong> />

O Sistema Único de Saúde (SUS) poderá ser o<strong>br</strong>igado a<<strong>br</strong> />

oferecer atendimento integral para prevenção e tratamento de<<strong>br</strong> />

Nos pronunciamentos parlamentares, resguardadas a clareza e a precisão,<<strong>br</strong> />

admite-se uma linguagem mais pessoal, adequada ao propósito específico e ao<<strong>br</strong> />

estilo do orador. Mas mesmo neles há de se evitar linguagem por demais<<strong>br</strong> />

solene e empolada, que na maioria das vezes desfavorece a <strong>com</strong>preensão dos<<strong>br</strong> />

ouvintes. (Ver mais a esse respeito no item 2.)


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

obesidade. A exigência está prevista em projeto de lei<<strong>br</strong> />

apresentado nesta semana à Mesa, que o encaminhou<<strong>br</strong> />

imediatamente às <strong>com</strong>issões técnicas para exame em caráter<<strong>br</strong> />

de urgência, dado o relevante interesse social da matéria.<<strong>br</strong> />

• O texto deve ser construído de forma a evitar expressões ou<<strong>br</strong> />

palavras que lhe confiram duplo sentido. O redator deve ter<<strong>br</strong> />

cuidado especial <strong>com</strong> as chamadas ambigüidades –<<strong>br</strong> />

construções frasais que, embora corretas gramaticalmente,<<strong>br</strong> />

induzem a interpretações dúbias. É o que se verifica no<<strong>br</strong> />

exemplo O Relator disse ao Deputado que ele está liberado<<strong>br</strong> />

para defender a matéria, em que não se sabe quem, afinal,<<strong>br</strong> />

está liberado. Nesse caso, a solução é reconstruir a sentença:<<strong>br</strong> />

Liberado para defender a matéria, o Relator <strong>com</strong>unicou o fato<<strong>br</strong> />

ao Deputado; ou, se o entendimento for o inverso: O Relator<<strong>br</strong> />

liberou o Deputado para defender a matéria (o item 6.1.2 trata<<strong>br</strong> />

especificamente de ambigüidade).<<strong>br</strong> />

• Devem ser escolhidos termos que tenham o mesmo sentido e<<strong>br</strong> />

significado na maior parte do território nacional, evitando-se o<<strong>br</strong> />

uso de expressões locais ou regionais.<<strong>br</strong> />

• Quando necessário empregar sigla, a primeira referência a ela<<strong>br</strong> />

deve ser a<strong>com</strong>panhada da explicitação de seu significado (ver<<strong>br</strong> />

mais a respeito de siglas em 7.3).<<strong>br</strong> />

1.4 CONCISÃO E HARMONIA<<strong>br</strong> />

• O texto deve ser conciso, observada a preocupação de se<<strong>br</strong> />

utilizarem as palavras estritamente necessárias: tudo que puder<<strong>br</strong> />

ser transmitido em uma frase não deve ser dito em duas; a<<strong>br</strong> />

conceituação sintética de uma idéia é preferível à analítica;<<strong>br</strong> />

para cada idéia, o idioma reserva pelo menos uma palavra que<<strong>br</strong> />

a representa <strong>com</strong> precisão. Cabe ao redator encontrá-la.<<strong>br</strong> />

• Detalhes irrelevantes são dispensáveis: o texto deve ir direto<<strong>br</strong> />

ao que interessa, sem rodeios ou redundâncias, sem<<strong>br</strong> />

caracterizações e <strong>com</strong>entários supérfluos, livre de adjetivos e<<strong>br</strong> />

advérbios inúteis, sem o recurso à subordinação excessiva. A<<strong>br</strong> />

seguir, um exemplo de período mal construído, prolixo:


36 CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

O assassínio do Presidente Kennedy, naquela triste tarde de<<strong>br</strong> />

novem<strong>br</strong>o, quando percorria a cidade de Dallas, aclamado por<<strong>br</strong> />

numerosa multidão, cercado pela simpatia do povo do grande<<strong>br</strong> />

Estado do Texas, terra natal, aliás, do seu sucessor, o<<strong>br</strong> />

Presidente Johnson, chocou a humanidade inteira não só pelo<<strong>br</strong> />

impacto emocional provocado pelo sacrifício do jovem<<strong>br</strong> />

estadista americano, tão cedo roubado à vida, mas também por<<strong>br</strong> />

uma espécie de sentimento de culpa coletiva, que nos fazia,<<strong>br</strong> />

por assim dizer, <strong>com</strong>o que responsáveis por esse crime<<strong>br</strong> />

estúpido, que a História, sem dúvida, gravará <strong>com</strong>o o mais<<strong>br</strong> />

abominável do século.3<<strong>br</strong> />

Nesse texto, há vários detalhamentos desnecessários, abusouse<<strong>br</strong> />

no emprego de adjetivos (triste, numerosa, grande, jovem,<<strong>br</strong> />

etc.), o que lhe confere carga afetiva injustificável, so<strong>br</strong>etudo<<strong>br</strong> />

em texto oficial, que deve primar pela impessoalidade.<<strong>br</strong> />

Eliminados os excessos, o período ganha em concisão,<<strong>br</strong> />

harmonia e unidade:<<strong>br</strong> />

O assassínio do Presidente Kennedy chocou a humanidade<<strong>br</strong> />

inteira, não só pelo impacto emocional, mas também por um<<strong>br</strong> />

sentimento de culpa coletiva por um crime que a História<<strong>br</strong> />

gravará <strong>com</strong>o o mais abominável do século.<<strong>br</strong> />

• Em certas ocasiões, por necessidade de entendimento,<<strong>br</strong> />

aconselha-se a adoção da ordem inversa. Essa necessidade é<<strong>br</strong> />

evidente no seguinte exemplo: Foi iniciado o debate so<strong>br</strong>e<<strong>br</strong> />

drogas na Câmara. A ordem direta confere sentido ambíguo à<<strong>br</strong> />

frase, pois permite a interpretação de que a circulação de<<strong>br</strong> />

drogas na Câmara é que está em debate. Para evitar a<<strong>br</strong> />

confusão, opte-se pela ordem inversa: Na Câmara, foi iniciado<<strong>br</strong> />

o debate so<strong>br</strong>e drogas.<<strong>br</strong> />

• A linguagem, técnica ou <strong>com</strong>um, deve ser articulada de modo<<strong>br</strong> />

a ensejar perfeita <strong>com</strong>preensão do conteúdo da <strong>com</strong>unicação:<<strong>br</strong> />

é importante que as idéias sejam ordenadas e interligadas de<<strong>br</strong> />

modo claro, lógico, harmônico. Períodos em seqüência devem<<strong>br</strong> />

ser iniciados <strong>com</strong> estruturas diversas, umas em relação às<<strong>br</strong> />

outras; isso significa que os períodos e parágrafos não se<<strong>br</strong> />

Frase e respectiva reformulação (parágrafo seguinte) colhidas em Garcia,<<strong>br</strong> />

1997, p. 256.


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

iniciam <strong>com</strong> as mesmas palavras ou <strong>com</strong> estruturas<<strong>br</strong> />

semelhantes: a simplicidade do texto não deve servir de<<strong>br</strong> />

pretexto para, por exemplo, a repetição de formas e frases<<strong>br</strong> />

desgastadas, a po<strong>br</strong>eza vocabular ou o uso exagerado da voz<<strong>br</strong> />

passiva, por exemplo (será iniciado, será realizado, serão<<strong>br</strong> />

discutidos, etc.). A repetição, seja de palavras seja de<<strong>br</strong> />

estruturas, no entanto, pode ser usada <strong>com</strong>o recurso estilístico,<<strong>br</strong> />

mais <strong>com</strong>um no caso de pronunciamentos.<<strong>br</strong> />

• É indispensável que as construções frasais tenham coerência e<<strong>br</strong> />

coesão. Para isso, devem ser empregados, correta e<<strong>br</strong> />

convenientemente, os conectivos de transição (conjunções,<<strong>br</strong> />

preposições, pronomes, advérbios, locuções adverbiais e<<strong>br</strong> />

algumas palavras denotativas, que servem para interligar, num<<strong>br</strong> />

plano menor, as frases e, num plano mais a<strong>br</strong>angente, os<<strong>br</strong> />

parágrafos).


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

2 A LINGUAGEM NO PRONUNCIAMENTO<<strong>br</strong> />

PARLAMENTAR<<strong>br</strong> />

Em se tratando de pronunciamento parlamentar, não há<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o definir um estilo mais adequado ou menos adequado,<<strong>br</strong> />

muito menos considerar determinado estilo certo ou errado, visto<<strong>br</strong> />

que ele é próprio de cada orador, de cada redator, de cada<<strong>br</strong> />

produtor de texto, enfim.<<strong>br</strong> />

Apesar disso, em nome do bom-senso, é importante que,<<strong>br</strong> />

mesmo respeitadas as características próprias de cada orador ou<<strong>br</strong> />

redator, o discurso parlamentar se paute pelas regras de estilo da<<strong>br</strong> />

redação oficial, excetuadas, é claro, a impessoalidade e a<<strong>br</strong> />

padronização, visto que aqui se trata de um texto de autor.<<strong>br</strong> />

Valem, no entanto, os conceitos de clareza e de concisão,<<strong>br</strong> />

expressos anteriormente, por se aplicarem a qualquer tipo de<<strong>br</strong> />

texto que pretenda alcançar o objetivo da <strong>com</strong>unicação. Nesse<<strong>br</strong> />

sentido, é sempre bom ter em mente que o discurso, por mais<<strong>br</strong> />

solene que seja a ocasião, deverá se adequar à linguagem atual.<<strong>br</strong> />

Desse modo, são de evitar os preciosismos, os rebuscamentos, os<<strong>br</strong> />

arcaísmos sintáticos ou lexicais, para que a mensagem não se<<strong>br</strong> />

perca no trajeto emissor-receptor. Igualmente nocivo é o estilo<<strong>br</strong> />

prolixo: formulação de períodos longos demais, muitas vezes<<strong>br</strong> />

ocupando um único e extenso parágrafo, por meio de orações<<strong>br</strong> />

que se subordinam e intercalam sucessivamente, fazendo <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

que, no final, já não se tenha idéia do que foi dito no início.<<strong>br</strong> />

Tenha-se em mente, também, que o texto de um discurso<<strong>br</strong> />

parlamentar tem a finalidade de ser proferido, devendo, portanto,<<strong>br</strong> />

subordinar-se às características da oralidade. Esta, no entanto, não<<strong>br</strong> />

se confunde <strong>com</strong> a informalidade que vige no registro distenso da<<strong>br</strong> />

língua, registro este que dá muita, se não total, liberdade ao<<strong>br</strong> />

falante de usar a língua <strong>com</strong>o instrumento elementar de<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>unicação, sem a necessidade do <strong>com</strong>prometimento <strong>com</strong> a<<strong>br</strong> />

formalidade gramatical. Assim, para atingir a oralidade exigida no<<strong>br</strong> />

discurso, o redator deverá evitar inversões exageradas na ordem


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

lógica dos termos da oração e intercalações longas demais ou<<strong>br</strong> />

excessivas, bem <strong>com</strong>o truncamentos do desenvolvimento natural<<strong>br</strong> />

da frase, <strong>com</strong>o, por exemplo, o anacoluto, que é a que<strong>br</strong>a da<<strong>br</strong> />

ordem sintática.<<strong>br</strong> />

Devem ser evitados, a menos que aprovados pelo próprio<<strong>br</strong> />

orador, recursos que funcionam no texto escrito, mas que, na<<strong>br</strong> />

leitura, dependem do perfeito domínio da arte da oratória.<<strong>br</strong> />

Exemplos são as aspas indicativas de ironia, as exclamações, os<<strong>br</strong> />

negritos, grifos e assemelhados, os parênteses, as notas e<<strong>br</strong> />

remissões, que perdem a força expressiva se não forem<<strong>br</strong> />

devidamente interpretados pela correta entoação do orador. A<<strong>br</strong> />

evitar, também, citações em línguas estrangeiras, a não ser que<<strong>br</strong> />

essenciais.<<strong>br</strong> />

Em suma, a o<strong>br</strong>igação do redator de discursos parlamentares<<strong>br</strong> />

deve ser, basicamente, transmitir mensagens, expor idéias,<<strong>br</strong> />

debater temas; para que isso se realize, é preciso que o orador<<strong>br</strong> />

atinja o ouvinte de imediato, ou seja, que se <strong>com</strong>unique sem<<strong>br</strong> />

problemas. Para tanto, cabe-lhe usar linguagem que seja<<strong>br</strong> />

facilmente <strong>com</strong>preensível.<<strong>br</strong> />

2.1 PRONUNCIAMENTOS NA CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

Tradicionalmente, o discurso se divide em três partes:<<strong>br</strong> />

introdução, desenvolvimento e conclusão. Na primeira,<<strong>br</strong> />

apresenta-se o tema so<strong>br</strong>e o qual se pretende falar; na segunda, é<<strong>br</strong> />

apresentado o desenvolvimento, que inclui a argumentação desse<<strong>br</strong> />

tema; e na última apresentam-se as conclusões do<<strong>br</strong> />

desenvolvimento e da argumentação.<<strong>br</strong> />

Os discursos parlamentares da Câmara dos Deputados são<<strong>br</strong> />

redigidos para o Pequeno Expediente, o Grande Expediente, as<<strong>br</strong> />

Comunicações de Lideranças e as Comunicações Parlamentares,<<strong>br</strong> />

a<strong>br</strong>angendo também a Fala do Presidente nas sessões solenes e os<<strong>br</strong> />

discursos de homenagem. Formalmente, todos se assemelham,<<strong>br</strong> />

sendo as diferenças apenas de extensão.<<strong>br</strong> />

Para o Pequeno Expediente, o discurso, a ser pronunciado<<strong>br</strong> />

em cinco minutos, deve ter a extensão de quatro ou no máximo


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

cinco laudas padrão, assim <strong>com</strong>o o discurso nas sessões de<<strong>br</strong> />

homenagem, <strong>com</strong> exceção daquele do requerente, ao qual tem<<strong>br</strong> />

sido concedido maior tempo.<<strong>br</strong> />

Para o Grande Expediente, a ser lido em 25 minutos, aí<<strong>br</strong> />

incluídos os apartes, o discurso deve ter a extensão de 12 a 15<<strong>br</strong> />

laudas padrão (para que haja tempo para apartes).<<strong>br</strong> />

O discurso de Comunicações de Lideranças dependerá do<<strong>br</strong> />

tempo destinado, que varia, para cada partido, entre três e dez<<strong>br</strong> />

minutos, assim <strong>com</strong>o o de Comunicações Parlamentares, cujo<<strong>br</strong> />

tempo máximo é de dez minutos. A Fala do Presidente das<<strong>br</strong> />

sessões solenes não tem extensão definida, sendo praxe, contudo,<<strong>br</strong> />

formatá-la nos moldes de um discurso para o Pequeno<<strong>br</strong> />

Expediente.<<strong>br</strong> />

Os padrões desses pronunciamentos encontram-se definidos<<strong>br</strong> />

em formulários próprios (Máscaras).


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong> 43<<strong>br</strong> />

3 A <strong>REDAÇÃO</strong> DO TEXTO <strong>DE</strong> LEI<<strong>br</strong> />

A redação dos textos legais deve seguir, basicamente, as<<strong>br</strong> />

re<strong>com</strong>endações expostas na Lei Complementar n. 95, de 26 de<<strong>br</strong> />

fevereiro de 1998, alterada pela Lei Complementar n. 107, de 26<<strong>br</strong> />

de a<strong>br</strong>il de 2001, em cumprimento ao disposto no parágrafo<<strong>br</strong> />

único do art. 59 da Constituição Federal.4 No âmbito do<<strong>br</strong> />

Executivo, foi publicado o Decreto n. 4.176, de 28 de março de<<strong>br</strong> />

2002, cujas disposições gerais de redação (Seção II – Da<<strong>br</strong> />

Articulação; e Seção III – Da Redação) podem-se aplicar,<<strong>br</strong> />

genericamente, a qualquer instrumento legal.<<strong>br</strong> />

3.1 ESTRUTURA DO TEXTO LEGAL<<strong>br</strong> />

As re<strong>com</strong>endações da LC 95/98 <strong>com</strong>eçam pela estruturação<<strong>br</strong> />

das leis, nas quais se deverão distinguir três partes básicas, a<<strong>br</strong> />

seguir descritas.<<strong>br</strong> />

3.1.1 PARTE PRELIMINAR<<strong>br</strong> />

Nesta parte estão <strong>com</strong>preendidos a epígrafe, a ementa, o<<strong>br</strong> />

preâmbulo, o enunciado do objeto e o âmbito de aplicação da<<strong>br</strong> />

norma.<<strong>br</strong> />

A epígrafe é grafada em maiúsculas, centralizada, indicando<<strong>br</strong> />

a espécie normativa, o número e a data de promulgação.5<<strong>br</strong> />

Exemplos:<<strong>br</strong> />

LEI COMPLEMENTAR N. 95, <strong>DE</strong> 26 <strong>DE</strong> FEVEREIRO <strong>DE</strong> 1998<<strong>br</strong> />

LEI N. 10.406, <strong>DE</strong> 10 <strong>DE</strong> JANEIRO <strong>DE</strong> 2002<<strong>br</strong> />

4 O texto integral da LC 95/98 consta do Anexo I deste Manual.<<strong>br</strong> />

Embora o art. 4º da LC 95/98 determine apenas a inclusão do ano da<<strong>br</strong> />

promulgação, a praxe consolidou incluir a data <strong>com</strong>pleta (dia, mês e ano).


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

A ementa, nos termos da LC 95/98, é ―grafada por meio de<<strong>br</strong> />

caracteres que a realcem‖, o que, na prática, realiza-se <strong>com</strong> o<<strong>br</strong> />

corpo menor e a sua disposição à direita, não necessitando de<<strong>br</strong> />

outros recursos gráficos, <strong>com</strong>o itálico, negrito ou outra formatação<<strong>br</strong> />

da fonte. Deve explicitar, de modo conciso e, o quanto possível,<<strong>br</strong> />

o mais a<strong>br</strong>angente, o objeto da lei. Exemplos (LC 95/98 e Lei<<strong>br</strong> />

10.406/02):<<strong>br</strong> />

Dispõe so<strong>br</strong>e a elaboração, a redação, a<<strong>br</strong> />

alteração e a consolidação das leis, conforme<<strong>br</strong> />

determina o parágrafo único do art. 59 da<<strong>br</strong> />

Constituição Federal, e estabelece normas para<<strong>br</strong> />

a consolidação dos atos normativos que<<strong>br</strong> />

menciona.<<strong>br</strong> />

Institui o Código Civil.<<strong>br</strong> />

O preâmbulo indica a autoridade ou instituição <strong>com</strong>petente<<strong>br</strong> />

para a prática do ato, a sua base constitucional ou legal e a ordem<<strong>br</strong> />

de execução ou mandado de cumprimento (―decreta‖,<<strong>br</strong> />

―promulga‖, etc.). Exemplos:<<strong>br</strong> />

O PRESI<strong>DE</strong>NTE DA REPÚBLICA Faço saber que o<<strong>br</strong> />

Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei<<strong>br</strong> />

Complementar:<<strong>br</strong> />

As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal,<<strong>br</strong> />

nos termos do § 3º do art. 60 da Constituição Federal,<<strong>br</strong> />

promulgam a seguinte emenda ao texto constitucional:<<strong>br</strong> />

O enunciado do objeto e o âmbito de aplicação da norma<<strong>br</strong> />

devem ser indicados no artigo inicial, mantendo, assim, estrita<<strong>br</strong> />

relação <strong>com</strong> a ementa, nas leis mais sucintas e menos<<strong>br</strong> />

a<strong>br</strong>angentes, <strong>com</strong> a indicação do objeto da lei e o respectivo<<strong>br</strong> />

âmbito de aplicação. Exemplos (LC 95/98 e Lei 10.678/03):<<strong>br</strong> />

Art. 1º A elaboração, a redação, a alteração e a<<strong>br</strong> />

consolidação das leis obedecerão ao disposto nesta Lei<<strong>br</strong> />

Complementar.<<strong>br</strong> />

Art. 1o Fica criada, <strong>com</strong>o órgão de assessoramento imediato<<strong>br</strong> />

ao Presidente da República, a Secretaria Especial de Políticas<<strong>br</strong> />

de Promoção da Igualdade Racial.


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

3.1.2 PARTE NORMATIVA<<strong>br</strong> />

Compreende o texto das normas de conteúdo substantivo<<strong>br</strong> />

relacionadas <strong>com</strong> a matéria regulada, ou seja, o corpo do texto<<strong>br</strong> />

legal em si. Os seguintes princípios, expostos nos incisos I-IV do<<strong>br</strong> />

art. 7º da LC 95/98, deverão ser observados:<<strong>br</strong> />

I - excetuadas as codificações, cada lei tratará de um<<strong>br</strong> />

único objeto;<<strong>br</strong> />

II - a lei não conterá matéria estranha a seu objeto ou a<<strong>br</strong> />

este não vinculada por afinidade, pertinência ou conexão;<<strong>br</strong> />

III - o âmbito de aplicação da lei será estabelecido de<<strong>br</strong> />

forma tão específica quanto o possibilite o conhecimento<<strong>br</strong> />

técnico ou científico da área respectiva;<<strong>br</strong> />

IV - o mesmo assunto não poderá ser disciplinado por<<strong>br</strong> />

mais de uma lei, exceto quando a subseqüente se destine a<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>plementar lei considerada básica, vinculando-se a esta<<strong>br</strong> />

por remissão expressa.<<strong>br</strong> />

3.1.3 PARTE FINAL<<strong>br</strong> />

Inclui as disposições pertinentes às medidas necessárias à<<strong>br</strong> />

implementação das normas, as disposições transitórias, a cláusula<<strong>br</strong> />

de vigência, a cláusula de revogação e o fecho.<<strong>br</strong> />

Exemplo de disposições pertinentes às medidas necessárias<<strong>br</strong> />

à implementação das normas de conteúdo substantivo (Lei<<strong>br</strong> />

10.711/03):<<strong>br</strong> />

Art. 49. O Mapa estabelecerá os mecanismos de<<strong>br</strong> />

coordenação e execução das atividades previstas nesta Lei.<<strong>br</strong> />

Art. 50. O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo<<strong>br</strong> />

de 90 (noventa) dias, a contar da data de sua publicação.<<strong>br</strong> />

Quanto à cláusula de vigência, tenha-se em mente o<<strong>br</strong> />

disposto no art. 8º da LC 95/98:<<strong>br</strong> />

Art. 8o A vigência da lei será indicada de forma expressa<<strong>br</strong> />

e de modo a contemplar prazo razoável para que dela se<<strong>br</strong> />

tenha amplo conhecimento, reservada a cláusula ―Entra em<<strong>br</strong> />

vigor na data de sua publicação‖ para as leis de pequena<<strong>br</strong> />

repercussão.


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

§ 1o A contagem do prazo para entrada em vigor das leis<<strong>br</strong> />

que estabeleçam período de vacância far-se-á <strong>com</strong> a<<strong>br</strong> />

inclusão da data da publicação e do último dia do prazo,<<strong>br</strong> />

entrando em vigor no dia subseqüente à sua consumação<<strong>br</strong> />

integral.<<strong>br</strong> />

§ 2o As leis que estabeleçam período de vacância<<strong>br</strong> />

deverão utilizar a cláusula ―Esta lei entra em vigor após<<strong>br</strong> />

decorridos (o número de) dias de sua publicação oficial‖.<<strong>br</strong> />

Exemplo de cláusula de vigência (Lei 10.711/03):<<strong>br</strong> />

Art. 51. Esta Lei entra em vigor 90 (noventa) dias após a<<strong>br</strong> />

data de sua publicação.<<strong>br</strong> />

A cláusula de revogação deverá enumerar, expressamente,<<strong>br</strong> />

as disposições legais a serem revogadas, não se admitindo, <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

no passado, a fórmula fixa ―Revogam-se as disposições em<<strong>br</strong> />

contrário‖. Note-se que as datas das disposições a serem<<strong>br</strong> />

revogadas deverão vir por inteiro, mesmo que já tenham sido<<strong>br</strong> />

expressas desta forma, em artigos anteriores (contrariamente,<<strong>br</strong> />

portanto, ao disposto em 7.2.1.2,h), para evitar dúvidas quanto à<<strong>br</strong> />

revogação e facilitar sua indexação. Exemplos (Leis 10.406/02 e<<strong>br</strong> />

10.711/03):<<strong>br</strong> />

Art. 2.045. Revogam-se a Lei n. 3.071, de 1º de janeiro de<<strong>br</strong> />

1916 – Código Civil e a Parte Primeira do Código Comercial,<<strong>br</strong> />

Lei n. 25 de junho de 1850.<<strong>br</strong> />

Art. 52. Fica revogada a Lei n. 6.507, de 19 de dezem<strong>br</strong>o<<strong>br</strong> />

de 1977.<<strong>br</strong> />

Por fim, o fecho inclui a data, a relação do ano, exposta em<<strong>br</strong> />

ordinais escritos em algarismos arábicos, em referência à<<strong>br</strong> />

Independência e à Proclamação da República, e a assinatura e a<<strong>br</strong> />

referenda. Exemplo (Lei 10.711/03):<<strong>br</strong> />

Brasília, 5 de agosto de 2003; 182º da Independência e<<strong>br</strong> />

115º da República.<<strong>br</strong> />

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA<<strong>br</strong> />

Roberto Rodrigues


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

3.2 <strong>REDAÇÃO</strong> E ORGANIZAÇÃO DO TEXTO LEGAL<<strong>br</strong> />

A LC 95/98, no art. 11, caput, determina que a redação do<<strong>br</strong> />

texto legal se paute pela ―clareza, precisão e ordem lógica‖.<<strong>br</strong> />

3.2.1 QUALIDA<strong>DE</strong>S DO TEXTO LEGAL<<strong>br</strong> />

3.2.1.1 Clareza<<strong>br</strong> />

No que se refere à clareza, o redator deve (LC 95/98, art. 11,<<strong>br</strong> />

I):<<strong>br</strong> />

a) usar as palavras e as expressões em seu sentido<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>um, salvo quando a norma versar so<strong>br</strong>e assunto<<strong>br</strong> />

técnico, hipótese em que se empregará a nomenclatura<<strong>br</strong> />

própria da área em que se esteja legislando;<<strong>br</strong> />

b) usar frases curtas e concisas;<<strong>br</strong> />

c) construir as orações na ordem direta, evitando<<strong>br</strong> />

preciosismo, neologismo e adjetivações dispensáveis;<<strong>br</strong> />

d) buscar a uniformidade do tempo verbal em todo o<<strong>br</strong> />

texto das normas legais, dando preferência ao tempo<<strong>br</strong> />

presente ou ao futuro simples do presente;<<strong>br</strong> />

Nesse ponto, há que se notar que o presente é usado para<<strong>br</strong> />

indicar situações assentadas, definitivas, ou fatos acabados,<<strong>br</strong> />

enquanto o futuro se refere a previsão de atos ou fatos que<<strong>br</strong> />

poderão ocorrer.<<strong>br</strong> />

Exemplos <strong>com</strong> o verbo no tempo presente (Lei 10.406/02):<<strong>br</strong> />

Art. 1º Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem<<strong>br</strong> />

civil.<<strong>br</strong> />

Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos<<strong>br</strong> />

da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não<<strong>br</strong> />

podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária.<<strong>br</strong> />

Exemplos <strong>com</strong> o verbo no futuro (Lei 10.406/02):<<strong>br</strong> />

Art. 9º Serão registrados em registro público:<<strong>br</strong> />

Art. 10. Far-se-á averbação em registro público:


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

Ainda no tocante à clareza, a LC 95/98, art. 11, I, e,<<strong>br</strong> />

re<strong>com</strong>enda que os recursos de pontuação sejam usados evitandose<<strong>br</strong> />

abusos de caráter estilístico.<<strong>br</strong> />

Quanto a esse ponto, há de se notar que o caput e os<<strong>br</strong> />

parágrafos iniciam-se <strong>com</strong> maiúscula e terminam por ponto-final,<<strong>br</strong> />

a não ser que a eles sigam incisos ou alíneas, quando então<<strong>br</strong> />

terminarão <strong>com</strong> dois-pontos; ao final de cada inciso ou alínea<<strong>br</strong> />

cabe o ponto-e-vírgula, <strong>com</strong> exceção do último, que será<<strong>br</strong> />

encerrado <strong>com</strong> ponto-final; incisos, alíneas e itens iniciam-se <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

minúscula. Exemplos (Lei 10.406/02):<<strong>br</strong> />

Art. 53. Constituem-se as associações pela união de pessoas<<strong>br</strong> />

que se organizem para fins não econômicos.<<strong>br</strong> />

Parágrafo único. Não há, entre os associados, direitos e<<strong>br</strong> />

o<strong>br</strong>igações recíprocos.<<strong>br</strong> />

Art. 54. Sob pena de nulidade, o estatuto das associações<<strong>br</strong> />

conterá:<<strong>br</strong> />

I - a denominação, os fins e a sede da associação;<<strong>br</strong> />

II - os requisitos para a admissão, demissão e exclusão dos<<strong>br</strong> />

associados;<<strong>br</strong> />

III - os direitos e deveres dos associados;<<strong>br</strong> />

IV - as fontes de recursos para sua manutenção;<<strong>br</strong> />

V - o modo de constituição e funcionamento dos órgãos<<strong>br</strong> />

deliberativos e administrativos;<<strong>br</strong> />

VI - as condições para a alteração das disposições<<strong>br</strong> />

estatutárias e para a dissolução.<<strong>br</strong> />

3.2.1.2 Precisão<<strong>br</strong> />

No que se refere à precisão, a LC 95/98, art. 11, II, instrui


que se deve:<<strong>br</strong> />

a) articular a linguagem, técnica ou <strong>com</strong>um, de modo a<<strong>br</strong> />

ensejar perfeita <strong>com</strong>preensão do objetivo da lei e a permitir<<strong>br</strong> />

que seu texto evidencie <strong>com</strong> clareza o conteúdo e o<<strong>br</strong> />

alcance que o legislador pretende dar à norma;<<strong>br</strong> />

b) expressar a idéia, quando repetida no texto, por meio<<strong>br</strong> />

das mesmas palavras, evitando o emprego de sinonímia<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> propósito meramente estilístico.


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong> 49<<strong>br</strong> />

Assim, a repetição, que em outro tipo de texto<<strong>br</strong> />

(pronunciamentos, por exemplo) pode constituir falha ou po<strong>br</strong>eza<<strong>br</strong> />

estilística, no texto de lei torna-se imperativa em favor da clareza,<<strong>br</strong> />

uniformidade e objetividade. É o que mostra o exemplo a seguir<<strong>br</strong> />

(extraído da Lei 10.406/02), em relação à palavra associado.<<strong>br</strong> />

Art. 55. Os associados devem ter iguais direitos, mas o<<strong>br</strong> />

estatuto poderá instituir categorias <strong>com</strong> vantagens especiais.<<strong>br</strong> />

Art. 56. A qualidade de associado é intransmissível, se o<<strong>br</strong> />

estatuto não dispuser o contrário.<<strong>br</strong> />

Parágrafo único. Se o associado for titular de quota ou<<strong>br</strong> />

fração ideal do patrimônio da associação, a transferência<<strong>br</strong> />

daquela não importará, de per si, na atribuição da qualidade<<strong>br</strong> />

de associado ao adquirente ou ao herdeiro, salvo disposição<<strong>br</strong> />

diversa do estatuto.<<strong>br</strong> />

Outras re<strong>com</strong>endações da LC 95/98 (art. 11, II) visando à<<strong>br</strong> />

obtenção de precisão:<<strong>br</strong> />

c) evitar o emprego de expressão ou palavra que confira<<strong>br</strong> />

duplo sentido ao texto;6<<strong>br</strong> />

d) escolher termos que tenham o mesmo sentido e<<strong>br</strong> />

significado na maior parte do território nacional, evitando o<<strong>br</strong> />

uso de expressões locais ou regionais;<<strong>br</strong> />

e) usar apenas siglas consagradas pelo uso, observado o<<strong>br</strong> />

princípio de que a primeira referência no texto seja<<strong>br</strong> />

a<strong>com</strong>panhada de explicitação de seu significado.<<strong>br</strong> />

Exemplo de emprego de siglas7 (Lei 10.637/02):<<strong>br</strong> />

Dispõe so<strong>br</strong>e a não-cumulatividade na<<strong>br</strong> />

co<strong>br</strong>ança da contribuição para os Programas de<<strong>br</strong> />

Integração Social (PIS) e de Formação do<<strong>br</strong> />

Patrimônio do Servidor Público (Pasep), nos<<strong>br</strong> />

casos que especifica; [...].<<strong>br</strong> />

6 O item 6.1 trata especificamente de problemas de construção de frase.<<strong>br</strong> />

No âmbito oficial, verifica-se um certo desregramento na apresentação das<<strong>br</strong> />

siglas, grafadas, quando a<strong>com</strong>panhando o nome por extenso, ora <strong>com</strong> hífen,<<strong>br</strong> />

ora <strong>com</strong> travessão, ora entre parênteses. Para uniformização, prefira-se, <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

no exemplo dado, o emprego dos parênteses. (So<strong>br</strong>e a grafia de siglas, ver 7.3.)


50 CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

Art. 1o A contribuição para o PIS/Pasep tem <strong>com</strong>o fato<<strong>br</strong> />

gerador o faturamento mensal, assim entendido o total das<<strong>br</strong> />

receitas auferidas pela pessoa jurídica, independentemente de<<strong>br</strong> />

sua denominação ou classificação contábil.<<strong>br</strong> />

Ainda <strong>com</strong> referência à precisão, o art. 11, II, da LC 95/98,<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> redação dada pela LC 107/01, prescreve:<<strong>br</strong> />

f) grafar por extenso quaisquer referências a números<<strong>br</strong> />

e percentuais, exceto data, número de lei e nos casos em<<strong>br</strong> />

que houver prejuízo para a <strong>com</strong>preensão do texto;8<<strong>br</strong> />

g) indicar, expressamente, o dispositivo objeto de<<strong>br</strong> />

remissão, em vez de usar as expressões ―anterior‖,<<strong>br</strong> />

―seguinte‖ ou equivalentes.<<strong>br</strong> />

Exemplos da grafia de números:<<strong>br</strong> />

Art. 31. A falta de apresentação dos elementos a que se<<strong>br</strong> />

refere o art. 6º da Lei Complementar n. 105, de 10 de janeiro<<strong>br</strong> />

de 2001, ou sua apresentação de forma inexata ou in<strong>com</strong>pleta,<<strong>br</strong> />

sujeita a pessoa jurídica à multa equivalente a 2% (dois por<<strong>br</strong> />

cento) do valor das operações objeto da requisição, apurado<<strong>br</strong> />

por meio de procedimento fiscal junto à própria pessoa<<strong>br</strong> />

jurídica ou ao titular da conta de depósito ou da aplicação<<strong>br</strong> />

financeira, bem <strong>com</strong>o a terceiros, por mês-calendário ou fração<<strong>br</strong> />

de atraso, limitada a 10% (dez por cento), observado o valor<<strong>br</strong> />

mínimo de R$ 50.000,00 (cinqüenta mil reais). (Lei 10.637/02)<<strong>br</strong> />

§ 3º A base de cálculo fica reduzida:<<strong>br</strong> />

I - em 30,2% (trinta inteiros e dois décimos por cento), no<<strong>br</strong> />

caso de importação, para revenda, de caminhões chassi <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

carga útil igual ou superior a 1.800 kg (mil e oitocentos<<strong>br</strong> />

quilogramas) e caminhão monobloco <strong>com</strong> carga útil igual ou<<strong>br</strong> />

superior a 1.500 kg (mil e quinhentos quilogramas),<<strong>br</strong> />

classificados na posição 87.04 da Tabela de Incidência do<<strong>br</strong> />

Este dispositivo, ao determinar, por um lado, que se grafe por extenso os<<strong>br</strong> />

números e percentuais, por outro, não proíbe a grafia dupla (em algarismos e<<strong>br</strong> />

por extenso), o que a praxe vem consagrando, so<strong>br</strong>etudo em textos de lei de<<strong>br</strong> />

matérias econômica, financeira, tributária e afins, ficando a grafia exclusiva em<<strong>br</strong> />

algarismos para os casos de datas, números de lei, números que indiquem


alguma codificação e assemelhados.


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

Imposto so<strong>br</strong>e Produtos Industrializados - TIPI, observadas as<<strong>br</strong> />

especificações estabelecidas pela Secretaria da Receita Federal; e<<strong>br</strong> />

II - em 48,1% (quarenta e oito inteiros e um décimo por<<strong>br</strong> />

cento), no caso de importação, para revenda, de máquinas e<<strong>br</strong> />

veículos classificados nos seguintes códigos e posições da TIPI:<<strong>br</strong> />

84.29, 8432.40.00, 8432.80.00, 8433.20, 8433.30.00,<<strong>br</strong> />

8433.40.00, 8433.5, 87.01, 8702.10.00 Ex 02, 8702.90.90 Ex<<strong>br</strong> />

02, 8704.10.00, 87.05 e 8706.00.10 Ex 01 (somente os<<strong>br</strong> />

destinados aos produtos classificados nos Ex 02 dos códigos<<strong>br</strong> />

8702.10.00 e 8702.90.90). (Lei 10.865/04, art. 7º)<<strong>br</strong> />

3.2.2 OR<strong>DE</strong>NAÇÃO DO TEXTO LEGAL: DO ARTIGO AOS ITENS, DAS<<strong>br</strong> />

PARTES AOS ARTIGOS<<strong>br</strong> />

No que se refere à ordem lógica, há de se considerar que a<<strong>br</strong> />

―unidade básica de articulação‖ (LC 95/98, art. 10, I) da norma<<strong>br</strong> />

legal é o artigo, que se desdo<strong>br</strong>a, hierarquicamente, em<<strong>br</strong> />

parágrafos, incisos, alíneas e itens.<<strong>br</strong> />

Cada artigo deve restringir-se a um único assunto ou<<strong>br</strong> />

princípio. O caput do artigo deve conter a enunciação básica, a<<strong>br</strong> />

definição da idéia apresentada, sendo função dos parágrafos<<strong>br</strong> />

expandir, restringir ou detalhar a idéia nele exposta.<<strong>br</strong> />

Quanto à grafia, ambos obedecem às mesmas convenções:<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>eçam sempre <strong>com</strong> letra maiúscula e terminam ou <strong>com</strong> pontofinal<<strong>br</strong> />

ou, quando segue inciso, <strong>com</strong> dois-pontos; a numeração se<<strong>br</strong> />

faz <strong>com</strong> números arábicos, empregando-se números ordinais do<<strong>br</strong> />

1º ao 9º e cardinais, seguidos de ponto, de 10 em diante: 10.,<<strong>br</strong> />

11., etc. O número do artigo deve ser precedido da a<strong>br</strong>eviação<<strong>br</strong> />

―Art.‖ e o do parágrafo, do sinal ―§‖, dando-se espaço entre um e<<strong>br</strong> />

outro. No caso de o parágrafo ser único, usa-se a expressão<<strong>br</strong> />

―Parágrafo único.‖ (sempre por extenso e seguida de ponto-final).<<strong>br</strong> />

Exemplo na LC 95/98:<<strong>br</strong> />

Art. 1º A elaboração, a redação, a alteração e a<<strong>br</strong> />

consolidação das leis obedecerão ao disposto nesta Lei<<strong>br</strong> />

Complementar.<<strong>br</strong> />

Parágrafo único. As disposições desta Lei Complementar<<strong>br</strong> />

aplicam-se, ainda, às medidas provisórias e demais atos<<strong>br</strong> />

normativos referidos no art. 59 da Constituição Federal, bem


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o, no que couber, aos decretos e aos demais atos de<<strong>br</strong> />

regulamentação expedidos por órgãos do Poder Executivo.<<strong>br</strong> />

Exemplo na Lei 10.406/02:<<strong>br</strong> />

Art. 25. O cônjuge do ausente, sempre que não esteja<<strong>br</strong> />

separado judicialmente, ou de fato por mais de dois anos antes<<strong>br</strong> />

da declaração da ausência, será o seu legítimo curador.<<strong>br</strong> />

§ 1º Em falta do cônjuge, a curadoria dos bens do ausente<<strong>br</strong> />

incumbe aos pais ou aos descendentes, nesta ordem, não<<strong>br</strong> />

havendo impedimento que os iniba de exercer o cargo.<<strong>br</strong> />

§ 2º Entre os descendentes, os mais próximos precedem os<<strong>br</strong> />

mais remotos.<<strong>br</strong> />

§ 3º Na falta das pessoas mencionadas, <strong>com</strong>pete ao juiz a<<strong>br</strong> />

escolha do curador.<<strong>br</strong> />

Os incisos são usados para exprimir enumerações<<strong>br</strong> />

relacionadas ao caput do artigo ou ao parágrafo. Podem<<strong>br</strong> />

constituir, junto <strong>com</strong> eles, uma oração única, caso em que<<strong>br</strong> />

cumprem a função sintática de sujeito, objeto, etc., ou também<<strong>br</strong> />

formar orações autônomas. São indicados por algarismos romanos<<strong>br</strong> />

seguidos, após espaço, de traço pequeno (hífen); iniciam-se <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

letra minúscula e terminam <strong>com</strong> ponto-e-vírgula, não devendo,<<strong>br</strong> />

em seu interior, apresentar ponto-final, ficando este apenas ao<<strong>br</strong> />

final do último inciso.<<strong>br</strong> />

Exemplo de incisos <strong>com</strong>o sujeito (Lei 10.406/02):<<strong>br</strong> />

Art. 3º São absolutamente incapazes de exercer<<strong>br</strong> />

pessoalmente os atos da vida civil:<<strong>br</strong> />

I - os menores de dezesseis anos;<<strong>br</strong> />

II - os que, por enfermidade ou deficiência mental, não<<strong>br</strong> />

tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos;<<strong>br</strong> />

III - os que, mesmo por causa transitória, não puderem<<strong>br</strong> />

exprimir sua vontade.<<strong>br</strong> />

Exemplo de incisos <strong>com</strong>o objeto direto (Lei 10.406/02):<<strong>br</strong> />

Art. 104. A validade do negócio jurídico requer:<<strong>br</strong> />

I - agente capaz;<<strong>br</strong> />

II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável;<<strong>br</strong> />

III - forma prescrita ou não defesa em lei.


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

Exemplo de incisos <strong>com</strong>o adjunto adverbial (Lei 10.406/02):<<strong>br</strong> />

Art. 5º A menoridade cessa aos dezoito anos <strong>com</strong>pletos,<<strong>br</strong> />

quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da<<strong>br</strong> />

vida civil.<<strong>br</strong> />

Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:<<strong>br</strong> />

I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do<<strong>br</strong> />

outro, mediante instrumento público, independentemente de<<strong>br</strong> />

homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor,<<strong>br</strong> />

se o menor tiver dezesseis anos <strong>com</strong>pletos;<<strong>br</strong> />

II - pelo casamento;<<strong>br</strong> />

III - pelo exercício de emprego público efetivo;<<strong>br</strong> />

IV - pela colação de grau em curso de ensino superior;<<strong>br</strong> />

V - pelo estabelecimento civil ou <strong>com</strong>ercial, ou pela<<strong>br</strong> />

existência de relação de emprego, desde que, em função deles,<<strong>br</strong> />

o menor <strong>com</strong> dezesseis anos <strong>com</strong>pletos tenha economia<<strong>br</strong> />

própria.<<strong>br</strong> />

Exemplo de incisos <strong>com</strong>o orações autônomas (LC 95/98):<<strong>br</strong> />

Art. 10. Os textos legais serão articulados <strong>com</strong> observância<<strong>br</strong> />

dos seguintes princípios:<<strong>br</strong> />

I - a unidade básica de articulação será o artigo, indicado<<strong>br</strong> />

pela a<strong>br</strong>eviatura ―Art.‖, seguida de numeração ordinal até o<<strong>br</strong> />

nono e cardinal a partir deste;<<strong>br</strong> />

II - os artigos desdo<strong>br</strong>ar-se-ão em parágrafos ou em incisos;<<strong>br</strong> />

os parágrafos em incisos, os incisos em alíneas e as alíneas em<<strong>br</strong> />

itens;<<strong>br</strong> />

III - os parágrafos serão representados pelo sinal gráfico ―§‖,<<strong>br</strong> />

seguido de numeração ordinal até o nono e cardinal a partir<<strong>br</strong> />

deste, utilizando-se, quando existente apenas um, a expressão<<strong>br</strong> />

―parágrafo único‖ por extenso;<<strong>br</strong> />

IV - [...]<<strong>br</strong> />

Como os incisos, as alíneas e os itens são usados para<<strong>br</strong> />

enumerações. A hierarquia é a seguinte: os incisos desdo<strong>br</strong>am-se<<strong>br</strong> />

em alíneas e estas em itens. A seqüência das alíneas é dada por<<strong>br</strong> />

letras minúsculas seguidas de parêntese; a dos itens, por


algarismos arábicos cardinais seguidos, após espaço, de traço<<strong>br</strong> />

pequeno (hífen). Aqui também <strong>com</strong>eça-se <strong>com</strong> minúscula e


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

termina-se <strong>com</strong> ponto-e-vírgula, devendo o ponto-final ser usado<<strong>br</strong> />

somente quando a alínea ou o item coincidir <strong>com</strong> o fim do artigo.<<strong>br</strong> />

Exemplo no Regimento Interno da Câmara dos Deputados:<<strong>br</strong> />

Art. 32. São as seguintes as Comissões Permanentes e<<strong>br</strong> />

respectivos campos temáticos ou áreas de atividade:<<strong>br</strong> />

I - Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e<<strong>br</strong> />

Desenvolvimento Rural:<<strong>br</strong> />

a) política agrícola e assuntos atinentes à agricultura e à<<strong>br</strong> />

pesca profissional, destacadamente:<<strong>br</strong> />

1 - organização do setor rural; política nacional de<<strong>br</strong> />

cooperativismo; condições sociais no meio rural; migrações<<strong>br</strong> />

rural-urbanas;<<strong>br</strong> />

2 - estímulos fiscais, financeiros e creditícios à agricultura, à<<strong>br</strong> />

pesquisa e experimentação agrícolas;<<strong>br</strong> />

3 - [...]<<strong>br</strong> />

Exemplo no Regimento Interno do Senado Federal:<<strong>br</strong> />

Art. 235. A apresentação de proposição será feita:<<strong>br</strong> />

[...]<<strong>br</strong> />

III - em plenário, nos seguintes casos:<<strong>br</strong> />

a) na Hora do Expediente:<<strong>br</strong> />

1 - emenda a matéria a ser votada nessa fase da sessão;<<strong>br</strong> />

2 - indicação;<<strong>br</strong> />

3 - projeto;<<strong>br</strong> />

4 - [...]<<strong>br</strong> />

Leis mais extensas e <strong>com</strong>plexas, <strong>com</strong>o por exemplo a<<strong>br</strong> />

10.406/02 (Código Civil), organizam-se de conformidade <strong>com</strong> o<<strong>br</strong> />

seguinte esquema básico: Partes, Livros, Títulos, Capítulos,<<strong>br</strong> />

Seções, Subseções e Artigos, em que os artigos se agrupam em<<strong>br</strong> />

seções (estas podem dividir-se em subseções), que se agrupam em<<strong>br</strong> />

capítulos e assim por diante até constituírem-se em partes.<<strong>br</strong> />

Quanto à grafia, observe-se que capítulos, títulos, livros e<<strong>br</strong> />

partes são grafados em maiúsculas e seqüenciados por algarismos<<strong>br</strong> />

romanos, podendo as partes se dividir em Parte Geral e Parte<<strong>br</strong> />

Especial ou em partes expressas em numeral ordinal, grafado por<<strong>br</strong> />

extenso (Parte Primeira, Parte Segunda, etc.). As seções e


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

subseções são numeradas em algarismos romanos e grafadas <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

iniciais maiúsculas, sendo postas em negrito ou em caracteres<<strong>br</strong> />

específicos que lhes dêem realce.<<strong>br</strong> />

Muitas são as leis cuja unidade maior é o Capítulo. Tome-se<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o exemplo a estrutura da Lei Complementar 95/98:<<strong>br</strong> />

CAPÍTULO I<<strong>br</strong> />

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES<<strong>br</strong> />

CAPÍTULO II<<strong>br</strong> />

DAS TÉCNICAS <strong>DE</strong> ELABORAÇÃO, <strong>REDAÇÃO</strong> E<<strong>br</strong> />

ALTERAÇÃO DAS LEIS<<strong>br</strong> />

Seção I<<strong>br</strong> />

Da Estruturação das Leis<<strong>br</strong> />

Seção II<<strong>br</strong> />

Da Articulação e da Redação das Leis<<strong>br</strong> />

Seção III<<strong>br</strong> />

Da Alteração das Leis<<strong>br</strong> />

CAPÍTULO III<<strong>br</strong> />

DA CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS E OUTROS ATOS NORMATIVOS<<strong>br</strong> />

Seção I<<strong>br</strong> />

Da Consolidação das Leis<<strong>br</strong> />

Seção II<<strong>br</strong> />

Da Consolidação de Outros Atos Normativos<<strong>br</strong> />

CAPÍTULO IV<<strong>br</strong> />

DISPOSIÇÕES FINAIS


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

CAPÍTULO II<<strong>br</strong> />

LÍNGUA E PADRONIZAÇÃO


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong> 59<<strong>br</strong> />

4 ORTOGRAFIA E PROSÓDIA<<strong>br</strong> />

4.1 ACENTUAÇÃO GRÁFICA<<strong>br</strong> />

Os acentos em português são:<<strong>br</strong> />

• agudo ( ´ ) – usado para sinalizar as vogais tônicas a, i e u, e<<strong>br</strong> />

as vogais tônicas abertas e e o, quando exigido pelas regras<<strong>br</strong> />

de acentuação: cárie, família, baú, féretro, fórmica;<<strong>br</strong> />

• circunflexo ( ^ ) – usado para indicar o tim<strong>br</strong>e fechado das<<strong>br</strong> />

vogais tônicas e e o, e do a seguido de m e n, de acordo <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

as regras de acentuação: mês, ônix, câmbio, cântico;<<strong>br</strong> />

• grave ( ` ) – empregado para indicar a crase (item 4.2).<<strong>br</strong> />

Existem ainda os seguintes sinais gráficos que, <strong>com</strong>o os<<strong>br</strong> />

acentos, usam-se so<strong>br</strong>e vogais:<<strong>br</strong> />

• trema ( ¨ ) – empregado so<strong>br</strong>e a letra u, quando esta,<<strong>br</strong> />

pronunciada fracamente, <strong>com</strong>o semivogal, vem depois de g<<strong>br</strong> />

ou q e precede e ou i: freqüentar, ungüento, tranqüilo, argüir;<<strong>br</strong> />

• til ( ~ ) – empregado para assinalar a nasalação da vogal à<<strong>br</strong> />

qual se so<strong>br</strong>epõe: ação, colocação, põe, mãe, limões.<<strong>br</strong> />

4.1.1 REGRAS <strong>DE</strong> ACENTUAÇÃO<<strong>br</strong> />

a. Acentuam-se todas as proparoxítonas (palavras em que o<<strong>br</strong> />

acento tônico recai na antepenúltima sílaba): árvore, fenômeno,<<strong>br</strong> />

fôlego, inédito, intrépido, paralelepípedo, tráfego.<<strong>br</strong> />

b. Acentuam-se as paroxítonas (palavras em que o acento<<strong>br</strong> />

tônico recai na penúltima sílaba) quando terminadas em ã(s),<<strong>br</strong> />

ão(s), i(s), l, n, om, on(s), ps, r, um, uns, us, x: órfã, órgãos,<<strong>br</strong> />

biquíni, têxtil, hábil, pólen, hífen, cânon, nêutrons, bíceps, líder,<<strong>br</strong> />

fórum, álbuns, bônus, tórax; e também quando terminadas em<<strong>br</strong> />

ditongo,9 seguido ou não de s: água, ágüe, enxágües, ânsia,<<strong>br</strong> />

Ditongo é o encontro, na mesma sílaba, de semivogal <strong>com</strong> vogal (ditongo<<strong>br</strong> />

crescente) ou de vogal <strong>com</strong> semivogal (ditongo decrescente). Exemplos: água,<<strong>br</strong> />

ágüe, lei, mau, oito, pai.


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

gênios, jóquei, mútuos. Acentuam-se, ainda, os verbos terminados<<strong>br</strong> />

em -guam e -güem: ágüem, deságuam, enxáguam, míngüem.<<strong>br</strong> />

Observação: Não se acentuam as paroxítonas terminadas por em<<strong>br</strong> />

e ens: item, totem, jovens, polens, hifens.<<strong>br</strong> />

c. Acentuam-se as oxítonas (palavras em que o acento<<strong>br</strong> />

tônico recai na última sílaba) e os monossílabos tônicos<<strong>br</strong> />

terminados em a, e, o, seguidos ou não de s: ananás, manacá,<<strong>br</strong> />

bebê, café, metrô, vovó, pá, má, dás, dê, fé, três, só, nós.<<strong>br</strong> />

Também recebem acento as oxítonas terminadas por em, ens:<<strong>br</strong> />

armazém, refém, parabéns, provéns.<<strong>br</strong> />

Observações<<strong>br</strong> />

1. Os prefixos tônicos monossílabos pós, pré, pró são<<strong>br</strong> />

acentuados: taxas pós-fixadas, juros pré-ajustados, anotações prómemória,<<strong>br</strong> />

etc.<<strong>br</strong> />

2. Não se acentuam os monossílabos terminados em a(s), e(s),<<strong>br</strong> />

o(s), quando átonos: a, de (preposições), e, mas, que, se<<strong>br</strong> />

(conjunções), a, o, as, os (artigos ou pronomes), me, te, se, lo(s),<<strong>br</strong> />

la(s), nos, vos (pronomes oblíquos), etc.<<strong>br</strong> />

3. No caso de formas verbais <strong>com</strong>binadas <strong>com</strong> pronomes, a cada<<strong>br</strong> />

segmento delimitado por hífen emprega-se ou não o acento,<<strong>br</strong> />

conforme a regra respectiva: convidá-la (oxítona terminada em a +<<strong>br</strong> />

monossílabo átono), reduzi-lo (oxítona terminada em i +<<strong>br</strong> />

monossílabo átono), vendê-lo-íamos (oxítona terminada em e +<<strong>br</strong> />

monossílabo átono + proparoxítona), dá-las (monossílabo tônico<<strong>br</strong> />

terminado em a + monossílabo átono). Não se acentuam <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

proparoxítonos os verbos seguidos de pronomes átonos: amam-no,<<strong>br</strong> />

escrevemos-lhe, deram-se, etc.<<strong>br</strong> />

d. Acentuam-se os ditongos abertos tônicos éi, éu, ói,<<strong>br</strong> />

seguidos ou não de s: assembléias, colméia, chapéus, mausoléu,<<strong>br</strong> />

apóio (verbo), apóiam, paranóico, constrói.<<strong>br</strong> />

Observação: Com palavras no diminutivo esses ditongos abertos<<strong>br</strong> />

não levam acento, pois há migração do acento tônico:<<strong>br</strong> />

assembleiazinha, colmeiazinha.


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

e. Acentuam-se o i e o u tônicos orais quando, em hiato10<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> a vogal anterior, formam sílaba sozinhos ou juntamente <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

s: constituía(m), constituído, constituírem, faísca, juízes, saída,<<strong>br</strong> />

baú, reúne(m), saúde.<<strong>br</strong> />

Observação: Não se acentuam essas letras quando a sílaba<<strong>br</strong> />

seguinte <strong>com</strong>eça <strong>com</strong> nh: bainha, rainha.<<strong>br</strong> />

f. Põe-se acento circunflexo no primeiro o do hiato ôo(s):<<strong>br</strong> />

abençôo, perdôo, vôo(s).<<strong>br</strong> />

Observação: Os hiatos oa e oe não levam acento: abençoa,<<strong>br</strong> />

abençoe, voa, voe. A única exceção é a forma côa(s) (do verbo<<strong>br</strong> />

coar), que recebe acento diferencial.<<strong>br</strong> />

g. Acentua-se <strong>com</strong> circunflexo o primeiro e do hiato êem<<strong>br</strong> />

dos verbos crer, dar, ler, ver e seus derivados: crêem, descrêem,<<strong>br</strong> />

dêem, lêem, relêem, vêem, prevêem.<<strong>br</strong> />

h. Verbos ter e vir: as formas da 3ª pessoa do plural do<<strong>br</strong> />

presente do indicativo são acentuadas (eles têm, eles vêm), ao<<strong>br</strong> />

passo que as formas da 3ª pessoa do singular não recebem acento<<strong>br</strong> />

(ele tem, ele vem). Já os derivados desses verbos recebem, na 2ª e<<strong>br</strong> />

3ª pessoa do singular, acento agudo (regra das oxítonas<<strong>br</strong> />

terminadas por em, ens) e, na do plural, acento circunflexo: tu<<strong>br</strong> />

manténs, ele mantém, eles mantêm; tu provéns, ele provém, eles<<strong>br</strong> />

provêm.<<strong>br</strong> />

i. Acentua-se o u, quando tônico, dos grupos gue, gui, que:<<strong>br</strong> />

argúi, argúis, argúem, obliqúe(s), obliqúem.<<strong>br</strong> />

Observação: Como já visto, usa-se trema so<strong>br</strong>e o u dos grupos<<strong>br</strong> />

gue, gui, que, qui, quando pronunciado atonamente: agüentar,<<strong>br</strong> />

averigüei, argüir, lingüiça, freqüente, qüinqüênio.<<strong>br</strong> />

j. Emprega-se acento diferencial nas seguintes palavras:<<strong>br</strong> />

côa(s) (do v. coar) / coa(s) (contração, em desuso, da prep. <strong>com</strong> +<<strong>br</strong> />

artigo); pára (do v. parar) / para (prep.): Ele pára o relógio para<<strong>br</strong> />

10 Hiato é o encontro de duas vogais que se pronunciam em sílabas diferentes:<<strong>br</strong> />

aí (a-í), ia (i-a), moer (mo-er). Comparem-se os seguintes pares ditongo/hiato:<<strong>br</strong> />

cai/caí, influi/influí, pais/país, pau/baú.


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

consertá-lo; pélo, péla(s) (do v. pelar) / péla ―bola, jogo‖ / pêlo(s)<<strong>br</strong> />

―cabelo, penugem‖ / pelo(s), pela(s) (<strong>com</strong>binações da prep. por +<<strong>br</strong> />

artigo): Pela primeira vez, ele péla o pêlo do gato; pêra (subst.) /<<strong>br</strong> />

pera (prep. arcaica): Comeu a pêra (mas: peras, sem acento); pôde<<strong>br</strong> />

(pretérito perfeito do indicativo) / pode (presente do indicativo):<<strong>br</strong> />

Ontem ela não pôde viajar, mas agora ela pode; pólo(s)<<strong>br</strong> />

―extremidade, instalação‖ / pôlo(s) ―filhote de gavião ou falcão‖:<<strong>br</strong> />

Pólo Norte, pólos petroquímicos; pôr (v.) / por (prep.): Venha pôr<<strong>br</strong> />

a mesa, por favor.<<strong>br</strong> />

4.2 CRASE<<strong>br</strong> />

Crase é a fusão de dois ou mais sons iguais em um só.<<strong>br</strong> />

Aborda-se aqui a que se indica <strong>com</strong> o acento grave ( ` ) e que<<strong>br</strong> />

resulta da fusão de dois aa, escritos à(s).<<strong>br</strong> />

O primeiro desses aa é sempre a preposição a. Esta ocorre<<strong>br</strong> />

quando presentes na frase palavras que a requerem. Palavras<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o: dirigir-se a, falar a, ir a, referir-se a, retornar a (verbos);<<strong>br</strong> />

alusão a, amor a, <strong>com</strong>bate a, menção a, referência a, respeito a<<strong>br</strong> />

(substantivos); igual a, ligado a, semelhante a, similar a<<strong>br</strong> />

(adjetivos); anteriormente a, próximo a, quanto a, relativamente a<<strong>br</strong> />

(advérbios).<<strong>br</strong> />

Já o segundo a da crase pode ser:<<strong>br</strong> />

• o artigo definido feminino a(s), o que significa que somente<<strong>br</strong> />

substantivos do gênero feminino (estejam expressos ou<<strong>br</strong> />

implícitos) admitem a crase:<<strong>br</strong> />

Os deputados retornaram à sessão imediatamente.<<strong>br</strong> />

Expressemos o amor à Pátria e o respeito às leis.<<strong>br</strong> />

• o a inicial do pronome relativo a qual, as quais:<<strong>br</strong> />

Esta é a emenda à qual se acrescentou um parágrafo.<<strong>br</strong> />

Trata-se das pessoas às quais devemos nossas vidas.<<strong>br</strong> />

• o pronome demonstrativo feminino a(s), equivalente a<<strong>br</strong> />

―aquela(s)‖:<<strong>br</strong> />

Esta emenda é semelhante à que foi apresentada ontem.


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

Nossa sorte está ligada à do Brasil.<<strong>br</strong> />

Às que muito reclamavam pediu paciência.<<strong>br</strong> />

Observação: Um recurso prático para saber se há ou não a crase<<strong>br</strong> />

nos três casos acima consiste em substituir a expressão feminina por<<strong>br</strong> />

uma masculina: se o masculino resultar em ao(s), a crase se<<strong>br</strong> />

confirma. Cp.: Os deputados retornaram ao plenário<<strong>br</strong> />

imediatamente; Expressemos o amor ao País e o respeito aos<<strong>br</strong> />

regulamentos; Este é o projeto ao qual se acrescentou um parágrafo;<<strong>br</strong> />

Trata-se dos heróis aos quais devemos nossas vidas; Este parecer é<<strong>br</strong> />

semelhante ao que foi apresentado ontem; Nosso destino está<<strong>br</strong> />

ligado ao do Brasil; Aos que muito reclamavam pediu paciência.<<strong>br</strong> />

• o a inicial dos demonstrativos aquele(s), aquela(s), aquilo:<<strong>br</strong> />

Encaminhe-se àquele balcão.<<strong>br</strong> />

Foste àquela reunião?<<strong>br</strong> />

Evite dar ouvidos àquilo.<<strong>br</strong> />

Observação: Aqui, na dúvida, deve-se substituir o pronome por<<strong>br</strong> />

outro que não <strong>com</strong>ece por a. Se aparecer um a, a preposição se<<strong>br</strong> />

confirma. Cp.: Encaminhe-se a este balcão; Foste a que reunião?;<<strong>br</strong> />

Evite dar ouvidos a isto.<<strong>br</strong> />

Deve-se, ainda, usar o acento de crase nos seguintes casos<<strong>br</strong> />

(trata-se de casos particulares que não deixam de enquadrar-se nas<<strong>br</strong> />

regras acima):<<strong>br</strong> />

a. Nas locuções formadas de palavras femininas:<<strong>br</strong> />

O povo ficou na praça à espera (à mercê / à disposição / à<<strong>br</strong> />

procura) do Presidente da República.<<strong>br</strong> />

O trabalho foi feito às pressas (às carreiras / às escondidas /<<strong>br</strong> />

à risca).<<strong>br</strong> />

Chegaram a Brasília às 14 horas (à tarde / à meia-noite / à<<strong>br</strong> />

toa).<<strong>br</strong> />

À medida que (À proporção que) o tempo passava, mais<<strong>br</strong> />

impacientes ficávamos.<<strong>br</strong> />

O soldado à paisana foi levado à força pelo policial militar.


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

Observação: A rigor, não existe o artigo feminino em locuções<<strong>br</strong> />

adverbiais de modo e de instrumento tais <strong>com</strong>o à bala, à caneta, à<<strong>br</strong> />

faca, à força, à máquina, à míngua, à vista, etc., o que fica patente<<strong>br</strong> />

quando se troca o substantivo feminino por equivalente masculino<<strong>br</strong> />

(o artigo masculino não aparece). Cp.: Foi morto à bala / Foi morto<<strong>br</strong> />

a pau; Escrito à caneta / Escrito a lápis; Comprou à vista / Comprou<<strong>br</strong> />

a prazo. Foi o uso que consolidou o emprego do acento grave<<strong>br</strong> />

nessas locuções.<<strong>br</strong> />

b. Diante de topônimos (nomes de lugar) que pedem o<<strong>br</strong> />

artigo feminino:<<strong>br</strong> />

Faremos uma excursão à Bahia, a Sergipe, a Alagoas e à<<strong>br</strong> />

Paraíba.<<strong>br</strong> />

Um túnel ferroviário liga a França à Inglaterra.<<strong>br</strong> />

Observações<<strong>br</strong> />

1. Para saber se o topônimo pede ou não o artigo, deve-se trocar<<strong>br</strong> />

a preposição a por de ou em. Caso o resultado seja da e na, o artigo<<strong>br</strong> />

se confirma. Observe-se: Fui à Bahia. / Estou na Bahia. Mas: Fui a<<strong>br</strong> />

Sergipe. / Estou em Sergipe. / Voltei de Sergipe.<<strong>br</strong> />

2. Topônimos que não admitem o artigo passam a exigi-lo<<strong>br</strong> />

quando especificados, ocorrendo então a crase. Cp.: Viajamos a<<strong>br</strong> />

Brasília, depois fomos a São Paulo. / Viajamos à Brasília de<<strong>br</strong> />

Juscelino, depois fomos à São Paulo da garoa.<<strong>br</strong> />

c. Quando a expressão à moda de (ou à maneira de) estiver<<strong>br</strong> />

subentendida:<<strong>br</strong> />

Tinha estilo tão rebuscado, que todos diziam que escrevia à<<strong>br</strong> />

Rui Barbosa.<<strong>br</strong> />

d. Diante das palavras casa e distância, quando especificadas:<<strong>br</strong> />

O bom filho volta à casa dos pais todos os dias. (Mas: O<<strong>br</strong> />

bom filho volta a casa todos os dias.)<<strong>br</strong> />

Via-se um barco à distância de cem metros. (Mas: Via-se um<<strong>br</strong> />

barco a distância.)<<strong>br</strong> />

Observação: Tratando-se de Casa, sinônimo de Câmara dos<<strong>br</strong> />

Deputados, ocorrerá a crase: Prestar à Casa as devidas homenagens.


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

e. Diante da palavra terra, quando significa ―solo‖,<<strong>br</strong> />

―planeta que habitamos‖, ―lugar de nascimento ou onde se vive‖:<<strong>br</strong> />

O agricultor dedica-se à terra.<<strong>br</strong> />

Quando os astronautas voltarão à Terra?<<strong>br</strong> />

Viajou em visita à terra dos antepassados.<<strong>br</strong> />

Observação: Não há crase quando a palavra terra está em<<strong>br</strong> />

contraposição a bordo: Os marinheiros voltaram a terra depois de<<strong>br</strong> />

um mês no mar.<<strong>br</strong> />

f. Na locução à uma ―unanimemente, conjuntamente‖ e<<strong>br</strong> />

diante do numeral uma, quando em referência a hora:<<strong>br</strong> />

Os sindicalistas responderam à uma: greve já!<<strong>br</strong> />

O avião aterrissou pontualmente à uma hora.<<strong>br</strong> />

4.2.1 CASOS EM QUE NÃO OCORRE CRASE<<strong>br</strong> />

Como, conforme já referido, são necessários dois aa para<<strong>br</strong> />

haver a crase, esta não ocorrerá:<<strong>br</strong> />

a. Se houver apenas o artigo a(s):<<strong>br</strong> />

O <strong>br</strong>asileiro aprendeu a lição: é preciso paciência para<<strong>br</strong> />

enfrentar a crise.<<strong>br</strong> />

É preciso amar a Pátria e respeitar as leis.<<strong>br</strong> />

O homem e a mulher, a qual era inocente, foram levados<<strong>br</strong> />

presos.<<strong>br</strong> />

b. Quando já houver preposição:<<strong>br</strong> />

Ficamos esperando-o desde (após / durante) as 7 horas.<<strong>br</strong> />

Calou-se ante (perante / <strong>com</strong>) a advertência.<<strong>br</strong> />

Enviou flores para (mediante) as secretárias.<<strong>br</strong> />

c. Se houver apenas o pronome demonstrativo a(s) ou<<strong>br</strong> />

apenas os pronomes aquele(s), aquela(s), aquilo:<<strong>br</strong> />

Auxiliava tanto as pessoas ricas <strong>com</strong>o as po<strong>br</strong>es.<<strong>br</strong> />

O Presidente cumprimentou aquele secretário apenas.<<strong>br</strong> />

Ele disse aquilo sem pensar.


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

d. Diante de palavras masculinas (de d em diante, o a é<<strong>br</strong> />

apenas preposição):<<strong>br</strong> />

Os projetos em discussão estão subordinados a turno único.<<strong>br</strong> />

Chegou a tempo de tomar o avião.<<strong>br</strong> />

e. Diante de verbos:<<strong>br</strong> />

Estamos dispostos a vir e a trabalhar.<<strong>br</strong> />

Demorou a chegar, mas não tardou a sair.<<strong>br</strong> />

f. Quando o a, sozinho, antecede palavra no plural (neste<<strong>br</strong> />

caso, não há artigo definido, pois o substantivo é empregado <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

sentido indeterminado):<<strong>br</strong> />

A atuação do administrador está sempre sujeita a restrições.<<strong>br</strong> />

(cp.: ...às restrições da lei.)<<strong>br</strong> />

Não dê atenção a intrigas. (cp.: ...às intrigas dos opositores.)<<strong>br</strong> />

g. Diante do artigo indefinido uma, ou quando ele puder<<strong>br</strong> />

ser subentendido:<<strong>br</strong> />

O funcionário entregou o ofício a uma pessoa indevida.<<strong>br</strong> />

Chegaremos ao Rio a uma hora qualquer, entre 19 horas e<<strong>br</strong> />

21 horas.<<strong>br</strong> />

Foi submetido a cirurgia delicada.<<strong>br</strong> />

h. Entre palavras repetidas, ainda que do gênero feminino:<<strong>br</strong> />

cara a cara, frente a frente, gota a gota, de lado a lado.<<strong>br</strong> />

i. Diante de pronomes de tratamento, pessoais,<<strong>br</strong> />

indefinidos, relativos quem e cuja, demonstrativos esta e essa:<<strong>br</strong> />

Fizemos referência a Vossa Excelência (a Sua Excelência / a<<strong>br</strong> />

Vossa Eminência / a Sua Santidade, a você).<<strong>br</strong> />

Não entregaste a mim (a ela) o documento.<<strong>br</strong> />

Contou a verdade a certa (a qualquer / a cada / a toda)<<strong>br</strong> />

pessoa.<<strong>br</strong> />

Cederemos o espaço a esta (a essa) empresa.<<strong>br</strong> />

Não sei a quem recorrer.<<strong>br</strong> />

A reunião a cuja pauta me referi foi cancelada.


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

Observação: Os pronomes de tratamento senhora, senhorita,<<strong>br</strong> />

madame e dona (este, especificado) e o indefinido outra admitem o<<strong>br</strong> />

artigo, ocorrendo a crase: Desejo felicidade à senhora e à Dona<<strong>br</strong> />

Carmélia; As pessoas perguntavam-se umas às outras quando<<strong>br</strong> />

findaria aquele pesadelo.<<strong>br</strong> />

j. Antes de Nossa Senhora e de nomes de santas:<<strong>br</strong> />

Nas suas aflições, apelava a Nossa Senhora e a Santa<<strong>br</strong> />

Bárbara.<<strong>br</strong> />

4.2.2 CRASE FACULTATIVA<<strong>br</strong> />

Emprega-se facultativamente o acento de crase quando é<<strong>br</strong> />

opcional o uso da preposição a, caso da letra a abaixo, ou do<<strong>br</strong> />

artigo definido feminino, caso das letras b, c, d.<<strong>br</strong> />

Casos em que a crase é facultativa:<<strong>br</strong> />

a. Depois da preposição até:<<strong>br</strong> />

O visitante foi até à / a sala do Diretor.<<strong>br</strong> />

A sessão prolongou-se até à / a meia-noite.<<strong>br</strong> />

b. Diante de pronome possessivo feminino a<strong>com</strong>panhado<<strong>br</strong> />

de substantivo:<<strong>br</strong> />

No discurso de ontem, limitou-se à / a sua pregação de<<strong>br</strong> />

sempre.<<strong>br</strong> />

Fizeram ameaças à / a minha secretária.<<strong>br</strong> />

Observações<<strong>br</strong> />

1. Diante de possessivo feminino no plural, é preciso atenção.<<strong>br</strong> />

Pode-se escrever Fizeram ameaças às minhas secretárias ou Fizeram<<strong>br</strong> />

ameaças a minhas secretárias, mas não *Fizeram ameaças à minhas<<strong>br</strong> />

secretárias. Na primeira frase, o acento de crase é o<strong>br</strong>igatório<<strong>br</strong> />

porque, além da preposição a, exigida pelo substantivo ameaça,<<strong>br</strong> />

usou-se o artigo as, indicado pelo s de às. Já na segunda, o acento<<strong>br</strong> />

de crase não é possível, pois não se usou o artigo, mas apenas a<<strong>br</strong> />

preposição. Essa, aliás, é a razão por que a terceira frase está errada:<<strong>br</strong> />

ali há somente um a, logo não há crase.


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

2. Nos casos em que o possessivo feminino está ocupando o<<strong>br</strong> />

lugar do substantivo, o acento de crase é o<strong>br</strong>igatório, pois a<<strong>br</strong> />

presença do artigo torna-se necessária. Observe-se: (A) sua roupa é<<strong>br</strong> />

nova, a minha é usada. Como o primeiro possessivo está<<strong>br</strong> />

a<strong>com</strong>panhado de substantivo, pode-se usar ou não artigo antes dele,<<strong>br</strong> />

ao passo que antes do segundo, que está só, fazendo as vezes do<<strong>br</strong> />

substantivo, o uso do artigo é o<strong>br</strong>igatório. Por essa razão, quando<<strong>br</strong> />

houver a preposição a, haverá a crase: Refiro-me a (ou à) sua roupa,<<strong>br</strong> />

não à minha. Compare-se <strong>com</strong> o masculino, para confirmar: Refirome<<strong>br</strong> />

a (ou ao) seu traje, não ao meu.<<strong>br</strong> />

c. Diante de nomes próprios femininos (o uso do artigo<<strong>br</strong> />

antes de substantivos próprios personativos é variável conforme a<<strong>br</strong> />

região ou a intimidade <strong>com</strong> a pessoa):<<strong>br</strong> />

Em suas dificuldades, sempre recorria à / a Júlia.<<strong>br</strong> />

Jacó preferia Raquel à / a Lia.<<strong>br</strong> />

Observação: Tratando-se de pessoa céle<strong>br</strong>e <strong>com</strong> a qual não se<<strong>br</strong> />

tenha intimidade, geralmente não se usa o artigo nem,<<strong>br</strong> />

conseqüentemente, o acento de crase, salvo nos casos em que o<<strong>br</strong> />

nome está a<strong>com</strong>panhado de especificativo. Cp.: O orador fez uma<<strong>br</strong> />

bela homenagem a Rachel de Queiroz. / O orador fez uma bela<<strong>br</strong> />

homenagem à Rachel de Queiroz de O quinze.<<strong>br</strong> />

d. Quando é indiferente usar ou não artigo diante do<<strong>br</strong> />

substantivo:<<strong>br</strong> />

Todo trabalhador tem direito à / a aposentadoria. (cp.: Todo<<strong>br</strong> />

trabalhador tem direito a / ao repouso remunerado.)<<strong>br</strong> />

4.3 HÍFEN<<strong>br</strong> />

O hífen é utilizado, entre outros fins, para fazer a<<strong>br</strong> />

translineação, para ligar os elementos de palavras <strong>com</strong>postas e<<strong>br</strong> />

para formar certos tipos de encadeamentos.<<strong>br</strong> />

4.3.1 TRANSLINEAÇÃO<<strong>br</strong> />

Translineação é a partição de uma palavra em fim de linha,<<strong>br</strong> />

por falta de espaço, passando-se o seu restante para a linha


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

seguinte. É feita observando-se as mesmas regras da divisão<<strong>br</strong> />

silábica e também, caso se julgue conveniente, tomando-se o<<strong>br</strong> />

cuidado de evitar que da partição resulte palavra chula (de/<<strong>br</strong> />

putada, fede-/ração) ou que uma vogal fique isolada em princípio<<strong>br</strong> />

ou fim de linha (economi-/a, mei-/o, a-/to, e-/conomia).<<strong>br</strong> />

4.3.2 HÍFEN NAS PALAVRAS COMPOSTAS<<strong>br</strong> />

De acordo <strong>com</strong> a ortografia oficial, deve-se usar hífen<<strong>br</strong> />

somente nas palavras <strong>com</strong>postas em que se mantém a noção da<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>posição e cujos elementos conservam a sua independência<<strong>br</strong> />

fonética, porém ―formando o conjunto perfeita unidade de<<strong>br</strong> />

sentido‖.11<<strong>br</strong> />

A aludida unificação semântica, processo no qual os<<strong>br</strong> />

elementos perdem o significado próprio para dar origem a um<<strong>br</strong> />

terceiro vocábulo de sentido novo, pode ser observada nas<<strong>br</strong> />

palavras da coluna à esquerda abaixo, mas não nas da coluna à<<strong>br</strong> />

direita, porque estas mantêm cada qual a sua significação<<strong>br</strong> />

individual, não formando o todo semântico que caracteriza as<<strong>br</strong> />

palavras <strong>com</strong>postas:<<strong>br</strong> />

abaixo-assinado<<strong>br</strong> />

―documento que várias pessoas<<strong>br</strong> />

subscrevem‖<<strong>br</strong> />

abaixo assinado<<strong>br</strong> />

―pessoa que subscreve um abaixoassinado‖<<strong>br</strong> />

mesa-redonda<<strong>br</strong> />

―reunião para debates‖<<strong>br</strong> />

mesa redonda<<strong>br</strong> />

―mesa de formato redondo‖<<strong>br</strong> />

testa-de-ferro<<strong>br</strong> />

―indivíduo que se apresenta <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

responsável por atos de outrem‖<<strong>br</strong> />

testa de ferro<<strong>br</strong> />

―testa dura <strong>com</strong>o ferro‖<<strong>br</strong> />

Já nos <strong>com</strong>postos em que a noção da <strong>com</strong>posição se<<strong>br</strong> />

enfraqueceu ou perdeu, ou em que houve perda fonética, a<<strong>br</strong> />

É o Formulário Ortográfico, seção XIV, que regula oficialmente o emprego<<strong>br</strong> />

do hífen. Datado de 1943, o Formulário foi oficializado em 1955, pela Lei n.<<strong>br</strong> />

2.623/55, juntamente <strong>com</strong> o Pequeno vocabulário ortográfico da língua<<strong>br</strong> />

portuguesa (PVOLP). Atualmente, integra o Vocabulário ortográfico da língua<<strong>br</strong> />

portuguesa (Volp), tendo sido aí consultado (Imprensa Nacional, 1999, p. XVIIIXIX).


70 CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

palavra se escreve aglutinadamente, sem hífen: aguardente,<<strong>br</strong> />

girassol, passatempo, reviravolta, embaixo, porventura.<<strong>br</strong> />

Também é sem hífen – e <strong>com</strong> os seus elementos separados –<<strong>br</strong> />

que se devem escrever as locuções, porque, conforme ensina a<<strong>br</strong> />

norma, ―essas <strong>com</strong>binações vocabulares não são verdadeiros<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>postos, não formam perfeitas unidades semânticas‖.<<strong>br</strong> />

Exemplos: arma de fogo, juiz de direito, cor de vinho, de primeira<<strong>br</strong> />

ordem, cada um, quem quer que, de repente, a fim de.<<strong>br</strong> />

Em que pesem essas noções e regras gerais, o emprego do<<strong>br</strong> />

hífen é, <strong>com</strong>o se sabe, uma das maiores fontes de dúvidas da<<strong>br</strong> />

língua portuguesa. Muitas são as exceções e casos especiais que<<strong>br</strong> />

põem em xeque as normas oficiais, sem falar nos novos vocábulos<<strong>br</strong> />

que vão surgindo. Por tudo isso, sempre que houver incerteza,<<strong>br</strong> />

convém consultar este Manual, um dicionário ou o próprio<<strong>br</strong> />

Vocabulário oficial.12<<strong>br</strong> />

4.3.2.1 Casos em que se usa hífen entre vocábulos13<<strong>br</strong> />

a. Nos substantivos <strong>com</strong>postos em que, conforme já visto,<<strong>br</strong> />

os elementos, sem perder a sua acentuação própria, formam um<<strong>br</strong> />

conjunto de sentido novo: cana-de-açúcar, capitão-de-fragata,<<strong>br</strong> />

decreto-lei, guarda-costas, lugar-<strong>com</strong>um, mão-de-o<strong>br</strong>a, pôr-do-sol,<<strong>br</strong> />

porta-aviões, quartel-general, queixa-crime.<<strong>br</strong> />

b. Nos adjetivos <strong>com</strong>postos, inclusive naqueles em que o<<strong>br</strong> />

primeiro elemento tem a forma reduzida: clínico-cirúrgico, éticoprofissional,<<strong>br</strong> />

histórico-geográfico, infecto-contagioso, latinoamericano,<<strong>br</strong> />

político-administrativo, técnico-legislativo, afroamericano,<<strong>br</strong> />

infanto-juvenil, lítero-musical, nipo-<strong>br</strong>asileiro.<<strong>br</strong> />

c. Nos adjetivos e substantivos gentílicos, quando<<strong>br</strong> />

derivados de topônimos (nomes de lugares) <strong>com</strong>postos: belohorizontino,<<strong>br</strong> />

cabo-verdiano, mato-grossense-do-sul, nova-viçosense,<<strong>br</strong> />

rio-pardense.<<strong>br</strong> />

12 O Vocabulário ortográfico da língua portuguesa (Volp), sucedâneo do<<strong>br</strong> />

PVOLP, data de 1981 e está na terceira edição (1999), podendo ser consultado<<strong>br</strong> />

on-line, no site da Academia Brasileira de Letras, seu organizador oficial:<<strong>br</strong> />

.<<strong>br</strong> />

Algumas das explicações dadas neste subitem e no seguinte (4.3.2.2)<<strong>br</strong> />

basearam-se em Luft (2002) e Piacentini (2000).


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

Observação: Fazem exceções vocábulos <strong>com</strong>o buenairense,<<strong>br</strong> />

estadunidense, transmontano, etc.<<strong>br</strong> />

d. Nos <strong>com</strong>postos que indicam cargo, função, divisão<<strong>br</strong> />

administrativa ou órgão e em que o segundo elemento é o<<strong>br</strong> />

adjetivo geral: cônsul-geral, diretor-geral, relator-geral, secretáriogeral,<<strong>br</strong> />

diretoria-geral, ouvidoria-geral, procuradoria-geral.<<strong>br</strong> />

Observação: Nas demais <strong>com</strong>binações <strong>com</strong> o adjetivo geral, não<<strong>br</strong> />

se usa hífen: assembléia geral, <strong>com</strong>issão geral, convocação geral,<<strong>br</strong> />

relatório geral, etc.<<strong>br</strong> />

e. Nas palavras formadas de numeral + substantivo,<<strong>br</strong> />

quando indicam postos ou cargos graduados:<<strong>br</strong> />

• na <strong>com</strong>posição das Mesas da Câmara e do Senado:<<strong>br</strong> />

primeiro-vice-presidente, segundo-secretário, terceiro-suplente;<<strong>br</strong> />

• na hierarquia militar: primeiro-cadete, segundo-tenente,<<strong>br</strong> />

terceiro-sargento;<<strong>br</strong> />

• na diplomacia: primeiro-secretário, segundo-secretário;<<strong>br</strong> />

• outros: primeira-dama, primeiro-ministro.<<strong>br</strong> />

f. Nos <strong>com</strong>postos formados de substantivo + substantivo<<strong>br</strong> />

em que o segundo substantivo limita a significação do primeiro,<<strong>br</strong> />

expressando idéia de:<<strong>br</strong> />

• finalidade: auxílio-doença, carta-convite, data-limite, ficha-controle,<<strong>br</strong> />

grupo-tarefa, hospital-modelo, licença-capacitação, navio-escola,<<strong>br</strong> />

núcleo-base, ofício-padrão, palavra-chave, papel-moeda,<<strong>br</strong> />

personagem-símbolo, posto-chave, vale-transporte;<<strong>br</strong> />

• semelhança: cidade-satélite, homem-aranha, funcionário-fantasma;<<strong>br</strong> />

• forma: romance-reportagem;<<strong>br</strong> />

• tipo ou espécie: células-tronco, laranja-lima, papel-jornal,<<strong>br</strong> />

sócio-fundador;<<strong>br</strong> />

• função: diretor-presidente, editor-assistente, editor-chefe,<<strong>br</strong> />

redator-chefe, sócio-gerente;<<strong>br</strong> />

• outras: atividade-fim, atividade-meio, Estado-Mem<strong>br</strong>o, país-sede.


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

g. Quando a preposição sem e o advérbio não ligam-se a<<strong>br</strong> />

substantivos – o advérbio não, também a adjetivos – formando<<strong>br</strong> />

uma unidade semântica:<<strong>br</strong> />

Há um sem-número de problemas sociais a enfrentar.<<strong>br</strong> />

Vive-se a era dos sem-terra, dos sem-teto, dos sem-Internet.<<strong>br</strong> />

O não-cumprimento de pactos de não-agressão e não<<strong>br</strong> />

violência é já o <strong>com</strong>eço da guerra.<<strong>br</strong> />

Algumas organizações não-governamentais pesquisam<<strong>br</strong> />

novas formas de energia não-poluente.<<strong>br</strong> />

Observação: Nesses exemplos, não e sem funcionam <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

prefixo e por isso ligam-se <strong>com</strong> hífen à palavra-base, formando um<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>posto. Deve-se observar que o hífen é usado somente quando<<strong>br</strong> />

se forma uma unidade semântica indissolúvel, o que tende a ocorrer<<strong>br</strong> />

quando a palavra-base é um substantivo. Já quando a base é um<<strong>br</strong> />

adjetivo ou um particípio, a unificação semântica nem sempre<<strong>br</strong> />

ocorre, seja porque essas palavras já são normalmente modificáveis<<strong>br</strong> />

pelo advérbio não, seja porque pode não ser fechado o espaço entre<<strong>br</strong> />

este e o adjetivo ou o particípio. No caso dos particípios, muitas<<strong>br</strong> />

vezes o verbo auxiliar está implícito, impedindo a unificação:<<strong>br</strong> />

Muitos consumidores ainda fazem uso de remédios não prescritos e<<strong>br</strong> />

de alimentos não fiscalizados (ou seja: remédios que não foram<<strong>br</strong> />

prescritos e alimentos que não são fiscalizados).<<strong>br</strong> />

4.3.2.2 Casos em que não se usa hífen entre vocábulos<<strong>br</strong> />

a. Nos numerais <strong>com</strong>postos: décimo primeiro, trigésimo<<strong>br</strong> />

nono, qüinquagésimo quinto, sessenta e três, cento e oitenta e<<strong>br</strong> />

dois, três quintos, nove doze avos, etc.<<strong>br</strong> />

b. Em palavras latinas: ad hoc, ad referendum, erga omnes,<<strong>br</strong> />

habeas corpus, in memoriam, inter vivos, etc.<<strong>br</strong> />

c. Nas expressões em que um dos elementos é adjetivo (ou<<strong>br</strong> />

equivalente) que mantém seu sentido literal:<<strong>br</strong> />

• termos trabalhistas: aviso prévio, décimo terceiro salário, hora<<strong>br</strong> />

extra, salário mínimo;<<strong>br</strong> />

• designações de cargos e funções: assessor especial, auxiliar<<strong>br</strong> />

técnico, diretor <strong>com</strong>ercial (administrativo / executivo /<<strong>br</strong> />

financeiro), editor executivo (assistente / responsável),


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

professor doutor (adjunto / emérito / orientador), secretário<<strong>br</strong> />

nacional (especial / executivo), sócio benemérito (honorário);<<strong>br</strong> />

• outras: bom humor, mola mestra, papel almaço.<<strong>br</strong> />

d. Nas expressões em que o segundo elemento é um<<strong>br</strong> />

substantivo que se tornou também adjetivo: camisa esporte, CD<<strong>br</strong> />

pirata, <strong>com</strong>ício monstro, efeito cascata, efeito estufa, liquidação<<strong>br</strong> />

gigante, projeto piloto, seqüestro relâmpago, etc.<<strong>br</strong> />

Observação: Notar, nas letras c e d, que as palavras mantêm seu<<strong>br</strong> />

significado próprio, não se formando um terceiro sentido. Por<<strong>br</strong> />

exemplo: diretor <strong>com</strong>ercial não deixa de referir-se a diretor, do<<strong>br</strong> />

mesmo modo que seqüestro relâmpago continua referindo-se a<<strong>br</strong> />

seqüestro e não a outra coisa.<<strong>br</strong> />

4.3.2.3 Prefixos e elementos prefixados que requerem hífen<<strong>br</strong> />

somente diante de certas letras<<strong>br</strong> />

Dependendo da letra final do prefixo/elemento prefixado e<<strong>br</strong> />

da inicial da palavra-base, a palavra pode ou não ser hifenizada.<<strong>br</strong> />

No quadro a seguir, o sinal • indica os casos em que o<<strong>br</strong> />

prefixo/elemento prefixado requer hífen. A fim de ajudar na<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>preensão e memorização das regras, seja lem<strong>br</strong>ado que a<<strong>br</strong> />

norma pretendeu, embora de maneira não muito coerente,<<strong>br</strong> />

preservar a evidência semântica dos elementos e evitar pronúncia<<strong>br</strong> />

incorreta.


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

Prefixo Letra inicial da base Exemplosvogal h r s b<<strong>br</strong> />

ab1 • ab-reptício, ab-rogação, ab-rogar<<strong>br</strong> />

ad • ad-renal, ad-rogação, ad-rogar<<strong>br</strong> />

ante2 • • • ante-histórico, ante-rosto, ante-sala<<strong>br</strong> />

anti3 • • • anti-horário, anti-regimental, anti-social<<strong>br</strong> />

arqui • • • arqui-hipérbole, arqui-rival<<strong>br</strong> />

auto4 • • • • auto-exame, auto-regulação<<strong>br</strong> />

circum • • circum-adjacente, circum-hospitalar<<strong>br</strong> />

contra • • • • contra-indicação, contra-senso<<strong>br</strong> />

extra5 • • • • extra-hospitalar, extra-oficial<<strong>br</strong> />

hiper6 • • hiper-humano, hiper-realismo<<strong>br</strong> />

infra • • • • infra-estrutura, infra-som<<strong>br</strong> />

inter • • inter-hemisférico, inter-racial<<strong>br</strong> />

intra • • • • intra-uterino, intra-hepático<<strong>br</strong> />

mal • • mal-afamado, mal-estar, mal-humorado<<strong>br</strong> />

neo • • • • neo-oposição, neo-hegeliano<<strong>br</strong> />

ob • ob-repção, ob-rogar<<strong>br</strong> />

pan • • pan-americano, pan-hispânico<<strong>br</strong> />

proto • • proto-evangelho, proto-histórico<<strong>br</strong> />

pseudo • • • • pseudo-herói, pseudo-reforma<<strong>br</strong> />

semi • • • • semi-aberto, semi-homem, semi-reta<<strong>br</strong> />

sob • • sob-roda, sob-rojar<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>e7 • • • so<strong>br</strong>e-humano, so<strong>br</strong>e-roda<<strong>br</strong> />

sub8 • • sub-relatoria, sub-base<<strong>br</strong> />

super • • super-homem, super-requintado<<strong>br</strong> />

supra • • • • supra-ocular, supra-renal, supra-sumo<<strong>br</strong> />

ultra • • • • ultra-elevado, ultra-romântico, ultra-som<<strong>br</strong> />

1. Variantes: a<strong>br</strong>upção/ab-rupção, a<strong>br</strong>uptamente/ab-ruptamente, a<strong>br</strong>upto/<<strong>br</strong> />

ab-rupto, etc.<<strong>br</strong> />

2. Não confundir ante, ―anterioridade‖, <strong>com</strong> anti, ―contra, oposição‖.<<strong>br</strong> />

3. Variantes: antissepsia/anti-sepsia, antissepsiar/anti-sepsiar, antisséptico/<<strong>br</strong> />

anti-séptico, etc.<<strong>br</strong> />

4. A regra também se aplica à forma reduzida de automóvel, que é idêntica<<strong>br</strong> />

ao prefixo: auto-estrada, auto-escola, etc.<<strong>br</strong> />

5. Exceção: extraordinário. Extra é também adjetivo: horas extras, edição<<strong>br</strong> />

extra.<<strong>br</strong> />

6. Exceções: hiperepatia e hiperidrose.<<strong>br</strong> />

7. Variantes: so<strong>br</strong>essair/so<strong>br</strong>e-sair, so<strong>br</strong>essalente/so<strong>br</strong>e-salente, so<strong>br</strong>essaltar/<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>e-saltar, so<strong>br</strong>essolar/so<strong>br</strong>e-solar, etc.<<strong>br</strong> />

8. Variantes: subepático/sub-hepático, subumanidade/sub-humanidade,<<strong>br</strong> />

subumano/sub-humano.


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

Observação: Quando diante de palavras iniciadas por quaisquer<<strong>br</strong> />

outras letras, esses prefixos e elementos prefixados ligam-se sem<<strong>br</strong> />

hífen. Alguns exemplos:<<strong>br</strong> />

antedatar contragolpe subemenda<<strong>br</strong> />

anteprojeto extranumerário sublocar<<strong>br</strong> />

antiamericanismo hiperativo supercandidato<<strong>br</strong> />

antiinflacionário infralegal superusina<<strong>br</strong> />

arquiinimigo interinstitucional suprapartidário<<strong>br</strong> />

autodeterminação intramuros ultraconservador<<strong>br</strong> />

contracheque malsucedido pseudodemocrata<<strong>br</strong> />

contracultura neoliberalismo semicírculo<<strong>br</strong> />

4.3.2.4 Prefixos e elementos prefixados que sempre requerem<<strong>br</strong> />

hífen<<strong>br</strong> />

além1 além-fronteiras, alémmundo<<strong>br</strong> />

pára pára-<strong>br</strong>isa, pára-quedas,<<strong>br</strong> />

pára-sol<<strong>br</strong> />

aquém1 aquém-mar, aquémtúmulo<<strong>br</strong> />

pós6 pós-datar, pós-graduação<<strong>br</strong> />

bem2 bem-aventurado, bemestar<<strong>br</strong> />

pré6 pré-aviso, pré-eleitoral<<strong>br</strong> />

co 3 co-acusado, co-gerir, coprodução<<strong>br</strong> />

pró6 pró-americano, pró-ativo,<<strong>br</strong> />

pró-paz<<strong>br</strong> />

ex 4 ex-<strong>com</strong>batente, exdeputado<<strong>br</strong> />

recém recém-chegado, recémnascido<<strong>br</strong> />

grã(o)5 Grã-Bretanha, grãomestre<<strong>br</strong> />

sota7 sota-almirante, sotasoberania<<strong>br</strong> />

lesa(o) lesa-humanidade soto8 soto-almirante, soto-capitão<<strong>br</strong> />

nuper nuper-falecido, nuperpublicado<<strong>br</strong> />

vice vice-prefeito, vicepresidente<<strong>br</strong> />

1. Quando referidos a nomes geográficos, além e aquém escrevem-se<<strong>br</strong> />

separadamente: além Andes, aquém Atlântico. Exceção: Alentejo.<<strong>br</strong> />

2. Não se usa hífen nos <strong>com</strong>postos de bem <strong>com</strong> palavras que não têm vida<<strong>br</strong> />

autônoma na língua (benfazejo, benquisto) e em certos vocábulos (bendito,<<strong>br</strong> />

bendizer, benfeitor). Bem é advérbio que assume o valor de prefixo<<strong>br</strong> />

quando passa a integrar indissoluvelmente a palavra à qual esteja dando<<strong>br</strong> />

uma graduação, <strong>com</strong>o em: Ela é a minha bem-amada; Sejam bem-vindos;<<strong>br</strong> />

Fez um governo bem-sucedido; É um jovem bem-educado. Como<<strong>br</strong> />

advérbio, bem é usado solto na frase: O jovem foi bem educado pela mãe.<<strong>br</strong> />

3. Co (preposição <strong>com</strong>) é o prefixo de grafia mais problemática. Na ausência


de regra própria explícita, vale atentar para o que parece ter sido o critério<<strong>br</strong> />

adotado pelo PVOLP: grafia <strong>com</strong> hífen (co significando ―a par,


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

juntamente‖) nas formações modernas, <strong>com</strong> plena noção dos constituintes:<<strong>br</strong> />

co-autor, co-credor, co-edição, co-gestão, co-signatário; e sem hífen nas<<strong>br</strong> />

formações antigas, muitas delas so<strong>br</strong>eviventes do latim: coabitar,<<strong>br</strong> />

coestaduano, colaborar, <strong>com</strong>ensal, correligionário.<<strong>br</strong> />

4. Ex somente admite hífen quando significa ―estado anterior, que foi‖, caso<<strong>br</strong> />

dos exemplos acima. Nas suas outras acepções (movimento para fora,<<strong>br</strong> />

separação, intensidade, etc.), escreve-se aglutinado: exceder, exposição,<<strong>br</strong> />

exterior, extorquir, etc.<<strong>br</strong> />

5. Grão e grã são formas reduzidas de grande. Há duplicidade de grafia em<<strong>br</strong> />

grã-fino/granfino.<<strong>br</strong> />

6. Pós, pré e pró são prefixos tônicos, abertos e sempre se ligam <strong>com</strong> hífen,<<strong>br</strong> />

ao contrário de pos, pre e pro, que são átonos, reduzidos e nunca admitem<<strong>br</strong> />

hífen: pospor, premeditação, prognosticar. Entretanto, estes últimos<<strong>br</strong> />

prefixos são pronunciados <strong>com</strong>o tônicos e abertos em palavras <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

predeterminar, preestabelecer, preexistir, procônsul, etc.<<strong>br</strong> />

7. Sota, assim <strong>com</strong>o soto, traduz idéia de subordinação, posição inferior. Há<<strong>br</strong> />

duplicidade de grafia em sotavento/sota-vento.<<strong>br</strong> />

8. Variantes: sotopor/soto-por, sotoposto/soto-posto. As formas sem hífen são<<strong>br</strong> />

mais usuais, por harmonia <strong>com</strong> os demais derivados prefixais de pôr:<<strong>br</strong> />

expor, repor, transpor, etc.<<strong>br</strong> />

4.3.2.5 Prefixos e elementos prefixados que nunca requerem<<strong>br</strong> />

hífen<<strong>br</strong> />

Além de prefixos, entram neste grupo numerosos radicais<<strong>br</strong> />

latinos e gregos que são usados apenas <strong>com</strong>o elementos de<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>posição, em geral na formação de termos técnicos e<<strong>br</strong> />

científicos. Exemplos:


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

aero aeroclube labio labionasal<<strong>br</strong> />

agro agroindústria linguo linguodental<<strong>br</strong> />

ambi ambivalente macro macroeconomia<<strong>br</strong> />

andro andropausa medio mediopalatal<<strong>br</strong> />

anfi anfiteatro mega megassucesso<<strong>br</strong> />

antropo antropomórfico meta metafísica<<strong>br</strong> />

arterio arteriosclerose micro microônibus<<strong>br</strong> />

astro astrofísica mini minissaia<<strong>br</strong> />

audio audiovisual mono monoglota<<strong>br</strong> />

auri auriverde morfo morfossintaxe<<strong>br</strong> />

bi bissexual multi multidisciplinar<<strong>br</strong> />

bio bioestatística narco narcotraficante<<strong>br</strong> />

<strong>br</strong>onco <strong>br</strong>oncografia neuro neurobiologia<<strong>br</strong> />

cardio cardiovascular paleo paleozoologia<<strong>br</strong> />

centro centroavante para1 paramédico<<strong>br</strong> />

cis cisandino pluri pluripartidário<<strong>br</strong> />

des desserviço poli poliinfecção<<strong>br</strong> />

dis disritmia psico psicossocial<<strong>br</strong> />

eletro eletroímã radio radioamador<<strong>br</strong> />

fisio fisioterapia retro retroativo<<strong>br</strong> />

fono fonorreceptor sacro sacrossanto<<strong>br</strong> />

foto fotossíntese socio2 sociopolítico<<strong>br</strong> />

gastro gastrintestinal tele telejornal<<strong>br</strong> />

geo geopolítica termo termorregular<<strong>br</strong> />

hemi hemiplégico tetra tetraneto<<strong>br</strong> />

hetero heteroinfecção tri trifásico<<strong>br</strong> />

hipo hipotensão turbo turboélice<<strong>br</strong> />

homo homófobo uni unidirecional<<strong>br</strong> />

in inapto vaso vasodilatador<<strong>br</strong> />

iso isossilábico zoo zootecnia<<strong>br</strong> />

1. Não confundir esta forma, que significa ―perto de, ao lado de‖, <strong>com</strong>o em<<strong>br</strong> />

paraestatal, parafiscal, paralegal, <strong>com</strong> a forma pára (do verbo parar), esta<<strong>br</strong> />

acentuada e sempre hifenizada, conforme visto em 4.3.2.4.<<strong>br</strong> />

2. Não se deve usar hífen nem acento neste elemento, sendo incorretas<<strong>br</strong> />

formas <strong>com</strong>o *sócio-cultural, *sócio-político, etc. A grafia oficial é sem<<strong>br</strong> />

hífen e sem acento em socio: sociocultural, socioeconômico,<<strong>br</strong> />

socioeducativo, socioinstitucional, sociopolítico, sociossanitário, etc. Mas:<<strong>br</strong> />

sócio-gerente, sócio honorário, etc., casos em que sócio é substantivo (ver<<strong>br</strong> />

4.3.2.1, f, e 4.3.2.2, c).


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

Na grafia das palavras em que entram esses prefixos e<<strong>br</strong> />

elementos, deve-se estar atento para certas adaptações<<strong>br</strong> />

ortográficas na letra inicial da palavra-base:<<strong>br</strong> />

• duplicação das letras r e s, de modo a evitar pronúncia<<strong>br</strong> />

incorreta: microrregião, multirracial, bissexual, psicossocial<<strong>br</strong> />

(mas megashow);<<strong>br</strong> />

• desaparecimento do h (muito embora existam numerosas<<strong>br</strong> />

formas variantes que se escrevem <strong>com</strong> hífen e <strong>com</strong> o h, <strong>com</strong> a<<strong>br</strong> />

clara intenção de preservar a integridade do prefixo e da base,<<strong>br</strong> />

resguardando seu valor sêmico): geoidrografia/geo-hidrografia,<<strong>br</strong> />

geoistória/geo-história, socioistórico/sócio-histórico.<<strong>br</strong> />

4.3.3 HÍFEN EM ENCA<strong>DE</strong>AMENTOS NUMÉRICOS E VOCABULARES<<strong>br</strong> />

Os encadeamentos, à semelhança das palavras <strong>com</strong>postas,<<strong>br</strong> />

são uma forma de economizar palavras e pensamento. No<<strong>br</strong> />

entanto, no caso dos encadeamentos: a) o uso do hífen não é fator<<strong>br</strong> />

de unificação semântica, pois os elementos mantêm a significação<<strong>br</strong> />

própria, individual, não se verificando a formação de uma palavra<<strong>br</strong> />

nova; b) é em geral eliminado um maior número de palavras em<<strong>br</strong> />

sua formação, normalmente preposições, conjunções e artigos.<<strong>br</strong> />

Por implicarem a supressão de termos de ligação<<strong>br</strong> />

(preposições e conjunções), os encadeamentos rompem <strong>com</strong> a<<strong>br</strong> />

ordem sintática habitual da frase, podendo eventualmente<<strong>br</strong> />

prejudicar seu ritmo e clareza. Devem, por isso, ser usados <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

muito critério, so<strong>br</strong>etudo na redação oficial, em que se exige<<strong>br</strong> />

formalidade.<<strong>br</strong> />

Convém, em princípio, evitá-los na redação de atos<<strong>br</strong> />

normativos. Nas <strong>com</strong>unicações oficiais, o seu emprego é<<strong>br</strong> />

admissível, desde que o assunto/contexto seja <strong>com</strong>patível <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

linguagem sintética e requeira formas alternativas de redação, de<<strong>br</strong> />

modo a evitar repetições.<<strong>br</strong> />

4.3.3.1 Encadeamentos em que o hífen costuma ser usado<<strong>br</strong> />

a. Na indicação de período de tempo: o trimestre a<strong>br</strong>iljunho,<<strong>br</strong> />

anos 1994-1998, séculos XX-XXI.


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong> 79<<strong>br</strong> />

b. Na indicação de uma seqüência de duas ou mais<<strong>br</strong> />

páginas: p. 15-22.<<strong>br</strong> />

c. Nos encadeamentos que exprimem relações simétricas: a<<strong>br</strong> />

coligação PSDB-PFL-PTB, o acordo Brasil-Venezuela, a<<strong>br</strong> />

cooperação Norte-Sul, o pacto capital-trabalho, as negociações<<strong>br</strong> />

governo-sindicatos, o relacionamento professor-aluno, a interação<<strong>br</strong> />

leitor-o<strong>br</strong>a.<<strong>br</strong> />

Observação: Nos encadeamentos que exprimem relações<<strong>br</strong> />

opositivas, contrastivas, de divisão ou proporção, parece haver<<strong>br</strong> />

preferência pela barra: a dicotomia tradição/inovação, o<<strong>br</strong> />

antagonismo esquerda/direita, hora/aula, toneladas/ano,<<strong>br</strong> />

candidatos/vaga.<<strong>br</strong> />

d. Na indicação, entre parênteses, do partido e unidade da<<strong>br</strong> />

Federação a que pertencem os parlamentares: A Deputada Diva<<strong>br</strong> />

Maria Aparecida (PXZ-YA) acredita que...<<strong>br</strong> />

e. Nos nomes das unidades de medida, quando são termos<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>postos por multiplicação: ampère(s)-hora(s), newton(s)metro(<<strong>br</strong> />

s), pascal(s)-segundo(s).<<strong>br</strong> />

f. Nos encadeamentos indicando trajeto ou percurso: a<<strong>br</strong> />

estrada de ferro Madeira-Mamoré, a rodovia Belém-Brasília, a<<strong>br</strong> />

linha aérea Rio-Londres.14<<strong>br</strong> />

4.3.4 PARTICULARIDA<strong>DE</strong>S DA GRAFIA COM O HÍFEN<<strong>br</strong> />

a. Nas palavras <strong>com</strong>postas e encadeamentos vocabulares<<strong>br</strong> />

hifenizados, os elementos têm autonomia gráfica, mórfica e<<strong>br</strong> />

fonética. Por essa razão, tratando-se de nomes próprios,<<strong>br</strong> />

intitulativos, designativos de cargos, etc., deve ser grafada <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

maiúscula a inicial de cada elemento, <strong>com</strong> exceção das partículas<<strong>br</strong> />

átonas: Acordo Luso-Brasileiro, Grã-Bretanha, Ouvidor-Geral,<<strong>br</strong> />

Este é o único tipo de encadeamento a que o Formulário Ortográfico<<strong>br</strong> />

(PVOLP) faz referência, determinando para ele o emprego do travessão. No<<strong>br</strong> />

entanto, o uso nos mais diversos meios (oficial, acadêmico, editorial, etc.) tem<<strong>br</strong> />

preferido o hífen. Em vista disso, e considerando que o teclado dos<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>putadores desfavorece o travessão, faculta-se o emprego do hífen.


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

Pantanal Mato-Grossense, Primeiro-Vice-Presidente, Estados-<<strong>br</strong> />

Mem<strong>br</strong>os.<<strong>br</strong> />

b. Por manterem sua autonomia fonética, os elementos dos<<strong>br</strong> />

vocábulos <strong>com</strong>postos ou encadeados são normalmente<<strong>br</strong> />

acentuados, sempre de acordo <strong>com</strong> as regras de acentuação<<strong>br</strong> />

gráfica: água-de-colônia, Nicarágua-Panamá, pára-<strong>br</strong>isa, políticoeconômico.<<strong>br</strong> />

c. Mantém-se o hífen nas a<strong>br</strong>eviaturas de vocábulos<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>postos: cap.-ten. (capitão-tenente), m.-q.-perf. (mais-queperfeito).<<strong>br</strong> />

d. Não se usa o hífen quando o numeral da palavra está<<strong>br</strong> />

grafado <strong>com</strong> algarismo: primeiro-vice-presidente, mas 1o vicepresidente;<<strong>br</strong> />

primeiro-sargento, mas 1o sargento; quinta-feira, mas<<strong>br</strong> />

5a feira.<<strong>br</strong> />

e. Não se usa o hífen quando o elemento que seria<<strong>br</strong> />

hifenizado está elíptico: além e aquém-mar; atuação intra e<<strong>br</strong> />

interinstitucional; juro pré ou pós-fixado; canário-da-terra e doreino;<<strong>br</strong> />

terça, quarta e quinta-feira.<<strong>br</strong> />

f. Os prefixos/elementos prefixados anti, arqui, hiper, inter,<<strong>br</strong> />

semi, super, embora sejam paroxítonos terminados em i e r, não<<strong>br</strong> />

recebem acento gráfico porque o acento tônico passa para a<<strong>br</strong> />

palavra-base: anti-social, hiper-realismo, semi-reta, super-homem.<<strong>br</strong> />

g. Prefixos/elementos prefixados seguidos de substantivos<<strong>br</strong> />

próprios devem ser grafados sempre <strong>com</strong> hífen,<<strong>br</strong> />

independentemente do que diz a regra: anti-Congresso Nacional,<<strong>br</strong> />

extra-Mercosul, infra-Constituição, Mega-Sena, pró-FMI, super-<<strong>br</strong> />

Fidel Castro.<<strong>br</strong> />

h. Adotam-se as mesmas regras de hifenização para os<<strong>br</strong> />

prefixos/elementos prefixados seguidos de palavras estrangeiras:<<strong>br</strong> />

agrobusiness, antidoping, antidumping, endomarketing, motoboy,<<strong>br</strong> />

pós-apartheid.


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

4.4 MAIÚSCULAS<<strong>br</strong> />

O uso da maiúscula – definida por Aurélio <strong>com</strong>o ―letra<<strong>br</strong> />

maior que as outras, de formato peculiar, usada geralmente <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

inicial de período, de nome próprio ou de palavra que se quer<<strong>br</strong> />

destacar‖15 – é dos mais controvertidos no idioma.<<strong>br</strong> />

O debate envolve aspectos ideológicos: além das situações<<strong>br</strong> />

óbvias de seu emprego (início de período, em citações ou em<<strong>br</strong> />

nomes próprios), há casos em que a maiúscula denota respeito<<strong>br</strong> />

distintivo ou reverência devida ao significante (seja ele objeto ou<<strong>br</strong> />

pessoa).<<strong>br</strong> />

Esse aspecto particular do emprego da letra maiúscula é<<strong>br</strong> />

destacado pelo gramático Adriano da Gama Kury,16 no livro Para<<strong>br</strong> />

falar e escrever melhor o português: muito apropriadamente, ele<<strong>br</strong> />

denominou de ―As maiúsculas, a reverência e a tradição‖ o<<strong>br</strong> />

capítulo específico so<strong>br</strong>e essa matéria.<<strong>br</strong> />

O referido caráter ideológico é que, muitas vezes, define as<<strong>br</strong> />

tendências quanto ao emprego das maiúsculas. Há setores de<<strong>br</strong> />

atividades em que o recurso a elas é excessivo (casos de escritos<<strong>br</strong> />

oficiais, áulicos ou palacianos – <strong>com</strong>o aponta Houaiss17); e outros<<strong>br</strong> />

em que a opção é inversa, ou seja, há preferência pela sua<<strong>br</strong> />

eliminação quase <strong>com</strong>pleta. Um exemplo dessa última tendência<<strong>br</strong> />

é encontrado na imprensa escrita: pelo seu caráter assumidamente<<strong>br</strong> />

não-reverencial, de imparcialidade em relação aos fatos e às<<strong>br</strong> />

pessoas neles envolvidas, o jornalismo praticamente aboliu a<<strong>br</strong> />

inicial maiúscula para palavras que designam altos cargos – <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

deputado, governador, presidente, senador, cardeal, etc.<<strong>br</strong> />

4.4.1 EMPREGO <strong>DE</strong> INICIAIS MAIÚSCULAS<<strong>br</strong> />

Apresentam-se, a seguir, as normas de padronização do uso<<strong>br</strong> />

de letras maiúsculas no âmbito da Câmara dos Deputados.<<strong>br</strong> />

15 Ferreira, 1999, p. 1.257.<<strong>br</strong> />

16 Kury, 2002, p. 61.<<strong>br</strong> />

17 Houaiss, 1967, v. 1, p. 100.


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

Basicamente, há três motivos que justificam o seu emprego:<<strong>br</strong> />

situacional – determinado pela localização na frase (não atribui<<strong>br</strong> />

significado à palavra a que se aplica); convencional – aplicado a<<strong>br</strong> />

termos científicos, historiográficos, artísticos, técnicos e afins; e<<strong>br</strong> />

notacional – vinculado aos nomes próprios e afins.<<strong>br</strong> />

• Emprego situacional<<strong>br</strong> />

a. Começo de período, verso ou citação direta:<<strong>br</strong> />

O relator apresentou seu parecer à <strong>com</strong>issão.<<strong>br</strong> />

Logo no início de seu discurso, criticou as altas taxas de<<strong>br</strong> />

juros. ―Eles estão sufocando a economia‖, disse.<<strong>br</strong> />

b. Depois de ponto-final, reticências, ponto-deinterrogação,<<strong>br</strong> />

ponto-de-exclamação e dois-pontos:<<strong>br</strong> />

Deu início à sessão <strong>com</strong> o aviso: ―A chamada nominal terá<<strong>br</strong> />

efeitos administrativos, para registrar a presença dos senhores<<strong>br</strong> />

parlamentares em plenário.‖<<strong>br</strong> />

Existe vida inteligente em outros planetas? Essa é uma<<strong>br</strong> />

pergunta que ainda não foi respondida.<<strong>br</strong> />

Apoiado! Apoiado! O Plenário aplaudiu, entusiasmado, o<<strong>br</strong> />

discurso em favor das reformas.<<strong>br</strong> />

A esposa suspirou... E ( e ) concluiu a conversa: ―Quero o<<strong>br</strong> />

divórcio.‖<<strong>br</strong> />

Observação: A palavra plenário é grafada <strong>com</strong> minúscula quando<<strong>br</strong> />

se refere ao espaço físico onde os deputados se reúnem; e <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

maiúscula quando tem o significado de órgão colegiado: Os<<strong>br</strong> />

deputados estiveram reunidos no plenário por toda a tarde; O<<strong>br</strong> />

Plenário aprovou a proposta por unanimidade.<<strong>br</strong> />

• Emprego convencional<<strong>br</strong> />

c. Nomes de artes, ciências, períodos históricos,<<strong>br</strong> />

arqueológicos, literários, disciplinas escolares e assemelhados:<<strong>br</strong> />

História, Matemática, Português, Filosofia, Teoria Geral da<<strong>br</strong> />

Relatividade, Idade Média, Renascença, Quinhentismo,<<strong>br</strong> />

Mesozóico, Jurássico, Classicismo, Romantismo.<<strong>br</strong> />

Observação: Quando empregadas para designar idioma, ramo<<strong>br</strong> />

profissional ou em referência a situações genéricas, algumas dessas


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

palavras são grafadas <strong>com</strong> minúsculas: O português falado em<<strong>br</strong> />

Portugal tem diferenças ortográficas em relação ao do Brasil; A<<strong>br</strong> />

gramática, em inglês, é relativamente simples; A Deputada é<<strong>br</strong> />

especialista em psicologia; O setor de engenharia da Câmara<<strong>br</strong> />

cuidará desse problema; A história mostrará o acerto da aprovação<<strong>br</strong> />

do projeto.<<strong>br</strong> />

d. As regiões geográficas e, quando empregados para<<strong>br</strong> />

designá-las, os pontos cardeais:<<strong>br</strong> />

O Centro-Oeste desenvolveu-se graças à soja.<<strong>br</strong> />

Com a globalização, agravou-se o conflito Norte-Sul.<<strong>br</strong> />

O Ocidente e o Oriente desenvolveram, ao longo dos<<strong>br</strong> />

séculos, culturas próprias.<<strong>br</strong> />

A Educação vem sendo revolucionada no Sudeste Asiático.<<strong>br</strong> />

Observação: Quando empregados <strong>com</strong> o sentido de direção ou<<strong>br</strong> />

localização, os pontos cardeais são grafados <strong>com</strong> minúsculas: Viajou<<strong>br</strong> />

para o sul da Bahia; Comprou uma fazenda no norte de Goiás.<<strong>br</strong> />

e. Palavras que designam altos conceitos religiosos, morais,<<strong>br</strong> />

institucionais, políticos ou nacionalistas: País, Nação, Pátria<<strong>br</strong> />

(quando empregadas em referência ao Brasil), Igreja, Estado,<<strong>br</strong> />

Família.<<strong>br</strong> />

f. Títulos de publicações periódicas (jornais, revistas) e de<<strong>br</strong> />

programas televisivos: Correio Popular, Tribuna da Imprensa,<<strong>br</strong> />

Carta Capital, Revista de Direito do Consumidor, Roda Viva,<<strong>br</strong> />

Jornal Nacional.<<strong>br</strong> />

Observações<<strong>br</strong> />

1. Nesses títulos, assim <strong>com</strong>o nos nomes próprios em geral, são<<strong>br</strong> />

escritos <strong>com</strong> inicial minúscula os artigos, conjunções e preposições,<<strong>br</strong> />

monossilábicos ou não, <strong>com</strong>o através, ou, para, contra, diante, etc.<<strong>br</strong> />

2. Nos títulos de livros, peças teatrais, filmes, pinturas,<<strong>br</strong> />

esculturas, canções, usa-se maiúscula apenas na primeira palavra,<<strong>br</strong> />

ressalvados os nomes próprios: Grande sertão: veredas, Crime e<<strong>br</strong> />

castigo, O rei da vela, E o vento levou, Campo de girassóis, O<<strong>br</strong> />

pensador, A banda, Aquarela do Brasil.


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

g. Denominações de leis, impostos, taxas e tarifas públicas:<<strong>br</strong> />

Código de Trânsito, Lei dos Genéricos, Imposto so<strong>br</strong>e Produtos<<strong>br</strong> />

Industrializados, Imposto de Renda, Taxa de Juros de Longo<<strong>br</strong> />

Prazo, Taxa de Limpeza Urbana.<<strong>br</strong> />

Observação: Quando usadas em segunda citação, ou em sentido<<strong>br</strong> />

generalizante, essas denominações são grafadas em letras<<strong>br</strong> />

minúsculas: A Lei dos Genéricos reduziu o custo dos remédios. Essa<<strong>br</strong> />

lei está em vigor desde 1999; Pagar imposto de renda é ato de<<strong>br</strong> />

cidadania; O aumento da taxa de limpeza urbana é generalizado<<strong>br</strong> />

nos municípios de todo o País.<<strong>br</strong> />

h. Nomes de movimentos, campanhas, programas e de<<strong>br</strong> />

acontecimentos políticos ou sociais marcantes: Ação da<<strong>br</strong> />

Cidadania pela Vida contra a Fome e a Miséria, Fome Zero,<<strong>br</strong> />

Diretas-Já, O Petróleo é Nosso, O Queremismo, A Questão<<strong>br</strong> />

Religiosa, Os Caras Pintadas, Campanha da Fraternidade.<<strong>br</strong> />

i. Nomes de doenças quando derivados de nome próprio<<strong>br</strong> />

ou formados por sigla: doença de Chagas, mal de Parkinson, Aids<<strong>br</strong> />

(Acquired Immunodeficiency Sindrome), LER (Lesão por Esforço<<strong>br</strong> />

Repetitivo), Dort (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao<<strong>br</strong> />

Trabalho).<<strong>br</strong> />

Observação: Emprega-se inicial minúscula nos demais casos:<<strong>br</strong> />

câncer, sarampo, varíola, etc.<<strong>br</strong> />

• Emprego notacional<<strong>br</strong> />

j. Antropônimos (nomes próprios de pessoas, apelidos e<<strong>br</strong> />

alcunhas): Rui Barbosa, o Águia de Haia; Floriano Peixoto, o<<strong>br</strong> />

Marechal de Ferro; José Bonifácio, o Patriarca da Independência.<<strong>br</strong> />

Observação: São grafados <strong>com</strong> minúscula os adjetivos derivados<<strong>br</strong> />

de nomes próprios: marxista, hegeliano, kafkiano, byroniano.<<strong>br</strong> />

k. Cargos, funções e títulos, a<strong>com</strong>panhados ou não dos<<strong>br</strong> />

nomes de seus ocupantes: o Deputado José da Silva, o Ministro<<strong>br</strong> />

Antônio de Souza, o Secretário da Fazenda, o Prefeito João de<<strong>br</strong> />

Souza, o Embaixador, o Presidente da Comissão, o Professor João<<strong>br</strong> />

Antônio, o Doutor Manuel Ribeiro:


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

O Deputado <strong>com</strong>pareceu à audiência na Comissão<<strong>br</strong> />

a<strong>com</strong>panhado do Ministro da Educação e do Diretor da<<strong>br</strong> />

Unesco.<<strong>br</strong> />

O Governador do Estado assinou o decreto.<<strong>br</strong> />

Observações<<strong>br</strong> />

1. Empregados em situações genéricas, ou para designar<<strong>br</strong> />

qualquer detentor do cargo, função ou título (desvinculados,<<strong>br</strong> />

portanto, de uma pessoa específica), esses termos são grafados <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

minúsculas: Haverá eleição para prefeito no próximo ano; As<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>issões técnicas da Câmara têm <strong>com</strong>petência para convocar<<strong>br</strong> />

ministro de Estado; O Brasil tem representante em cada país <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

que mantém relações diplomáticas – o embaixador. Contudo, na<<strong>br</strong> />

linguagem formal dos atos administrativos da Câmara dos<<strong>br</strong> />

Deputados, os cargos ou funções são grafados em maiúsculas –<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o naqueles em que é feita referência, ainda que genérica, ao<<strong>br</strong> />

preenchimento de vagas de Motorista, Secretário, Assessor Técnico,<<strong>br</strong> />

Auxiliar Administrativo, Ascensorista, etc.<<strong>br</strong> />

2. Em sessões ou atos solenes da Casa, é usual a forma de<<strong>br</strong> />

tratamento reverencial – em que os títulos, cargos e funções<<strong>br</strong> />

aparecem sempre em maiúscula: o Jornalista Roberto Marinho, o<<strong>br</strong> />

Escritor Roberto da Matta, o Pianista João Moreira Lima.<<strong>br</strong> />

l. Intitulativos em geral (designações de entidades, órgãos,<<strong>br</strong> />

instituições, empresas, marcas, modelos, produtos, etc.):<<strong>br</strong> />

Ministério da Saúde, Tribunal Regional Eleitoral, Em<strong>br</strong>apa,<<strong>br</strong> />

Serviço de Proteção ao Crédito, Companhia Siderúrgica Nacional,<<strong>br</strong> />

Banco do Nordeste, Consulado da Mauritânia, Marinha do Brasil,<<strong>br</strong> />

Fiat, Oficina Mecânica Lusíadas, Passat, Coca-Cola.<<strong>br</strong> />

Observações<<strong>br</strong> />

1. A maiúscula se emprega também no plural: Ministérios da<<strong>br</strong> />

Fazenda e do Planejamento, Tribunais Regionais Eleitorais,<<strong>br</strong> />

Secretarias de Educação dos Estados.<<strong>br</strong> />

2. Após citação da entidade ou produto, uma segunda referência<<strong>br</strong> />

valendo-se de palavra de sentido genérico será feita em minúscula.<<strong>br</strong> />

Porém, quando a entidade ou produto são referidos pelo seu nome<<strong>br</strong> />

reduzido, este mantém a maiúscula: A Coca-Cola é consumida em<<strong>br</strong> />

todo o mundo. No Brasil, o refrigerante é vendido há mais de meio<<strong>br</strong> />

século; O Banco do Nordeste tem agências em quase todo o País.


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

O Banco atua em especial no financiamento de empresas nas<<strong>br</strong> />

regiões menos desenvolvidas.<<strong>br</strong> />

m. Datas que marcam festas, religiosas ou pagãs, e as que<<strong>br</strong> />

têm caráter <strong>com</strong>emorativo ou histórico: Dia do Trabalho, o Sete<<strong>br</strong> />

de Setem<strong>br</strong>o, Natal, Páscoa, Carnaval, Sexta-Feira Santa.<<strong>br</strong> />

Observações<<strong>br</strong> />

1. Em situações genéricas, em que a referência é ao período e<<strong>br</strong> />

não propriamente à data, usa-se minúscula: ovos de páscoa,<<strong>br</strong> />

presente de natal, o peixe das sextas-feiras santas, fazer retiro no<<strong>br</strong> />

carnaval.<<strong>br</strong> />

2. Os nomes dos meses, dos dias da semana e das estações do<<strong>br</strong> />

ano são grafados em minúsculas: setem<strong>br</strong>o, domingo, primavera.<<strong>br</strong> />

n. Topônimos em geral: Brasil, Portugal, Alentejo, Brasília,<<strong>br</strong> />

o Estado de São Paulo, Planalto Central, Rio Solimões, Mar Aral,<<strong>br</strong> />

Alto São Francisco, Cabo da Boa Esperança, Morro Branco, Rua<<strong>br</strong> />

Direita, Avenida Brasil, Praça Buenos Aires, Rodovia<<strong>br</strong> />

Transamazônica.<<strong>br</strong> />

Observação: Os nomes de certos vegetais e perfumes derivados<<strong>br</strong> />

de topônimos são grafados <strong>com</strong> minúsculas: água-de-colônia,<<strong>br</strong> />

castanha-do-pará, cravo-da-índia, pinheiro-do-paraná.<<strong>br</strong> />

o. Nomes de divindades, entidades sagradas, religiosas,<<strong>br</strong> />

mitológicas: Deus, Jeová, Alá, Espírito Santo, Nossa Senhora,<<strong>br</strong> />

Afrodite, Exu.<<strong>br</strong> />

p. Nomes de corpos ou unidades celestes, em contexto<<strong>br</strong> />

astronômico: Terra, Lua, Marte, Sol, Órion, Escorpião, Cruzeiro<<strong>br</strong> />

do Sul.<<strong>br</strong> />

Observação: Esses nomes são grafados <strong>com</strong> minúscula quando<<strong>br</strong> />

seu emprego é analógico (as luas de Júpiter) ou denota sentido<<strong>br</strong> />

epifenomenal (são tomados pelos seus efeitos ou características):<<strong>br</strong> />

Fazia um sol a<strong>br</strong>asador; A lua despontava no horizonte; A terra gira<<strong>br</strong> />

indiferente ao sofrimento humano (cp.: A Terra gira em torno do<<strong>br</strong> />

Sol).<<strong>br</strong> />

q. Nas palavras dirigidas, em correspondência, a um<<strong>br</strong> />

amigo, um colega, uma pessoa respeitável a quem se queira


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong> 87<<strong>br</strong> />

dispensar tratamento de realce: meu Amigo, prezado Mestre, caro<<strong>br</strong> />

Colega, meu caro Correligionário.<<strong>br</strong> />

4.5 PRONÚNCIA E GRAFIA DAS PALAVRAS18<<strong>br</strong> />

A ortografia está para a língua escrita assim <strong>com</strong>o a ortoépia<<strong>br</strong> />

está para a língua oral. A primeira cuida da grafia correta das<<strong>br</strong> />

palavras e a segunda, da pronúncia. Ambas são normativas e<<strong>br</strong> />

estão presentes no Vocabulário oficial e nos dicionários.19<<strong>br</strong> />

A ortoépia é estabelecida <strong>com</strong> base na etimologia e no<<strong>br</strong> />

linguajar dos falantes cultos. Em certos casos, é também pautada<<strong>br</strong> />

pelo uso, isto é, por aquilo que se torna usual entre os falantes em<<strong>br</strong> />

geral, independentemente do que ordena a Gramática. Exemplo<<strong>br</strong> />

disso é a própria palavra ortoépia, que, do ponto de vista<<strong>br</strong> />

etimológico, deveria ser apenas ortoepia (<strong>com</strong> acento tônico na<<strong>br</strong> />

sílaba pi).<<strong>br</strong> />

Boemia, récorde e ioga /ó/ são outros exemplos de<<strong>br</strong> />

pronúncias que o uso consagrou e os dicionários passaram a<<strong>br</strong> />

registrar. Já pronúncias <strong>com</strong>o a<strong>br</strong>upto, a<strong>br</strong>uptamente /a-<strong>br</strong>up.../,<<strong>br</strong> />

dolo /ô/, obsoleto /ê/, não dicionarizadas, parecem estar<<strong>br</strong> />

seguindo, inexoravelmente, o mesmo caminho.<<strong>br</strong> />

Por ser a fala mais espontânea e veloz que a escrita, erros de<<strong>br</strong> />

pronúncia talvez não sejam tão desabonadores <strong>com</strong>o os de grafia,<<strong>br</strong> />

mas provocam, da mesma maneira, ruídos na <strong>com</strong>unicação,<<strong>br</strong> />

devendo ser evitados.<<strong>br</strong> />

A seguir são apresentados casos em que são freqüentes<<strong>br</strong> />

dúvidas de pronúncia. A abordagem buscou também destacar a<<strong>br</strong> />

18 Item desenvolvido <strong>com</strong> base no Vocabulário ortográfico da língua<<strong>br</strong> />

portuguesa – Volp (ACA<strong>DE</strong>MIA BRASILEIRA <strong>DE</strong> LETRAS, 1999) e nos<<strong>br</strong> />

dicionários Houaiss (HOUAISS, VILLAR, 2001) e Novo Aurélio (FERREIRA,<<strong>br</strong> />

1999). As pronúncias que são indicadas têm registro em pelo menos um desses<<strong>br</strong> />

dois dicionários.<<strong>br</strong> />

Nessas o<strong>br</strong>as, o campo da ortoépia, localizado logo após a entrada das<<strong>br</strong> />

palavras, indica o<strong>br</strong>igatoriamente: o tim<strong>br</strong>e das vogais tônicas fechadas e e o<<strong>br</strong> />

(quando já não acentuadas graficamente), os hiatos, e o som da letra x, no caso<<strong>br</strong> />

de valer /cs/ ou /z/. Eventualmente, fazem-se outras indicações.


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

grafia, considerando que ambas – pronúncia e grafia – implicamse<<strong>br</strong> />

mutuamente, uma sendo reflexo da outra.20<<strong>br</strong> />

4.5.1 /Ó/ OU /Ô/?<<strong>br</strong> />

Neste caso, a principal dúvida relaciona-se <strong>com</strong> a<<strong>br</strong> />

pronúncia, no plural, dos substantivos que têm <strong>com</strong>o vogal tônica<<strong>br</strong> />

o fechado /ô/ e são terminados em o. Enquanto alguns, ao se<<strong>br</strong> />

flexionarem, mudam de tim<strong>br</strong>e para o aberto /ó/, outros o<<strong>br</strong> />

conservam fechado, havendo ainda alguns que admitem os dois<<strong>br</strong> />

tim<strong>br</strong>es.<<strong>br</strong> />

Mudam de tim<strong>br</strong>e no plural, de /ô/ para /ó/:<<strong>br</strong> />

a<strong>br</strong>olho destroço miolo posto<<strong>br</strong> />

caroço esforço olho povo<<strong>br</strong> />

corno forno osso rebordo<<strong>br</strong> />

coro foro (tb. /ó/ no sing.) ovo reforço<<strong>br</strong> />

corpo fosso poço rogo<<strong>br</strong> />

corvo imposto porco socorro<<strong>br</strong> />

despojo jogo porto tijolo<<strong>br</strong> />

Mantêm o tim<strong>br</strong>e fechado /ô/ no plural:<<strong>br</strong> />

acordo consolo estorno moço<<strong>br</strong> />

adorno contorno ferrolho molho ―condimento‖<<strong>br</strong> />

almoço desgosto globo morro<<strong>br</strong> />

bolo encosto golfo piolho<<strong>br</strong> />

bolso engodo gosto rolo<<strong>br</strong> />

cachorro esgoto gozo sogro<<strong>br</strong> />

coco estofo lobo (animal) sopro<<strong>br</strong> />

colosso estojo logro<<strong>br</strong> />

Admitem os dois tim<strong>br</strong>es /ó ou ô/ no plural:<<strong>br</strong> />

estorvo forro toco torno troco<<strong>br</strong> />

Tratando-se de adjetivos, não há motivo para dúvidas, visto<<strong>br</strong> />

haver regularidade. O adjetivo masculino muda de tim<strong>br</strong>e no<<strong>br</strong> />

20 A respeito de pronúncia e grafia, consultem-se também os itens 4.6, relativo<<strong>br</strong> />

a homônimos e parônimos, e 5.2.4, referente a verbos.


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

plural (de /ô/ para /ó/) somente quando o feminino tem tim<strong>br</strong>e<<strong>br</strong> />

aberto. Exemplos:<<strong>br</strong> />

/ô/ /ó/<<strong>br</strong> />

grosso grossa, grossos, grossas<<strong>br</strong> />

morno morna, mornos, mornas<<strong>br</strong> />

torto torta, tortos, tortas<<strong>br</strong> />

Já quando tanto o masculino <strong>com</strong>o o feminino são de tim<strong>br</strong>e<<strong>br</strong> />

fechado, o adjetivo não muda o tim<strong>br</strong>e ao passar para o plural.<<strong>br</strong> />

Exemplos:<<strong>br</strong> />

insosso(s), insossa(s) roto(s), rota(s) tolo(s), tola(s)<<strong>br</strong> />

Outros casos dignos de nota, entre substantivos e adjetivos:<<strong>br</strong> />

forro, forra ―alforriado‖ /ô/, forros /ô ou ó/, forras /ó/<<strong>br</strong> />

inodoro(s), inodora(s) /ó/<<strong>br</strong> />

ioga(s) /ô ou ó/<<strong>br</strong> />

lobo(s) ―parte de um órgão‖ /ó/<<strong>br</strong> />

molho(s) ―feixe pequeno‖ /ó/<<strong>br</strong> />

odre(s) ―saco feito de pele‖ /ô/<<strong>br</strong> />

poça /ô ou ó/, poças /ó/<<strong>br</strong> />

torpe(s) /ô/<<strong>br</strong> />

4.5.2 /É/ OU /Ê/?<<strong>br</strong> />

No caso dessas vogais tônicas, não ocorre mudança de<<strong>br</strong> />

tim<strong>br</strong>e ao se flexionar a palavra no plural ou no feminino<<strong>br</strong> />

(exemplos: cepa /ê/, cepas /ê/; obeso /ê/, obesa /ê/). Ainda assim,<<strong>br</strong> />

pairam dúvidas acerca da pronúncia de diversos vocábulos.<<strong>br</strong> />

Pronunciam-se <strong>com</strong> e aberto /é/:<<strong>br</strong> />

caterva estratego longevo<<strong>br</strong> />

coevo ileso refrega /fré/<<strong>br</strong> />

dejeto /jé/ indefesso /fé/ ―não cansado‖ sestro ―hábito, cacoete‖<<strong>br</strong> />

enquete leso soquete ―meia curta‖<<strong>br</strong> />

Têm o e fechado /ê/:<<strong>br</strong> />

achega esmero (subst.) obeso<<strong>br</strong> />

avesso espelho, espelhas... reque<strong>br</strong>o (subst.)


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

cepa ―tronco‖ indefeso ―sem defesa‖ soquete (para lâmpadas)<<strong>br</strong> />

cerda ―pêlo, fi<strong>br</strong>a‖ ledo teso ―tenso‖<<strong>br</strong> />

Admitem os dois tim<strong>br</strong>es /é ou ê/:<<strong>br</strong> />

acervo blefe grumete<<strong>br</strong> />

adrede cerdo ―porco‖ interesse<<strong>br</strong> />

(ambi)destro colméia ou colmeia pego (part. de pegar)<<strong>br</strong> />

badejo grelha topete<<strong>br</strong> />

4.5.3 LETRA X ENTRE VOGAIS: /Z/ OU /CS/?<<strong>br</strong> />

O x intervocálico é pronunciado de quatro maneiras<<strong>br</strong> />

distintas: /ch/ graxa, peixe; /ss/ auxílio, próximo; /z/ exame, exato;<<strong>br</strong> />

/cs/ fixo, nexo. Interessa aqui abordar as duas últimas pronúncias.<<strong>br</strong> />

Enquanto, para o Volp, certas palavras (bem poucas,<<strong>br</strong> />

geralmente termos científicos) podem ter o x pronunciado <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

/z/ ou /cs/, para os dicionários a única pronúncia possível é /z/.<<strong>br</strong> />

Mas isso não significa que a pronúncia /cs/ seja errada, apenas<<strong>br</strong> />

que a pronúncia /z/ é a preferível.<<strong>br</strong> />

São palavras cujo x é pronunciado <strong>com</strong>o /z/ ou /cs/:<<strong>br</strong> />

exantema exodontia exotérico ―aberto a todos‖<<strong>br</strong> />

exegese, exegeta exógeno exotérmico<<strong>br</strong> />

exoderma exosfera hex(a)21: hexacampeão,<<strong>br</strong> />

hexagonal, hexágono...<<strong>br</strong> />

Já em outras palavras, o x – tanto no Volp <strong>com</strong>o nos<<strong>br</strong> />

dicionários – admite apenas a pronúncia /z/. Caso de:<<strong>br</strong> />

exação exeqüível exortar<<strong>br</strong> />

exagero exigível exótico<<strong>br</strong> />

exalar exíguo exuberância<<strong>br</strong> />

exaltar existência, existir exumação, exumar<<strong>br</strong> />

exame, examinar êxito, exitoso inexaurível<<strong>br</strong> />

exarar êxodo inexeqüível<<strong>br</strong> />

exasperação exorbitar inexigível<<strong>br</strong> />

exaurir, exausto exórdio inexorável, inexorabilidade<<strong>br</strong> />

21 No Houaiss, o x do radical hex(a) ―seis‖ lê-se apenas <strong>com</strong>o /z/, enquanto no<<strong>br</strong> />

Novo Aurélio e no Volp, apenas <strong>com</strong>o /cs/.


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

4.5.4 /SI/ E NÃO /ZI/<<strong>br</strong> />

Nas palavras a seguir, a sílaba si/sis é pronunciada <strong>com</strong>o em<<strong>br</strong> />

subsimilar e subsistema:<<strong>br</strong> />

subsidiado subsidiário subsistência<<strong>br</strong> />

subsidiar subsídio subsistente<<strong>br</strong> />

subsidiária subsistir<<strong>br</strong> />

4.5.5 PRONÚNCIA DO U EM GU E QU + A/E/I/O<<strong>br</strong> />

Nos grupos gua/qua e guo/quo, o u é sempre pronunciado,22<<strong>br</strong> />

nos grupos gue/que e gui/qui, pode ser mudo.23 Quando<<strong>br</strong> />

pronunciado, o u assume um dos seguintes valores fonéticos:<<strong>br</strong> />

semivogal (u átono), vogal subtônica /ù/, vogal tônica /ú/.<<strong>br</strong> />

Pronúncia do u em algumas palavras:24<<strong>br</strong> />

U mudo U átono U subtônico /ù/<<strong>br</strong> />

equilí<strong>br</strong>io<<strong>br</strong> />

equili<strong>br</strong>ista<<strong>br</strong> />

equitação<<strong>br</strong> />

guepardo<<strong>br</strong> />

inquérito<<strong>br</strong> />

eqüestre, eqüino<<strong>br</strong> />

nicaragüense<<strong>br</strong> />

qüinquagésimo<<strong>br</strong> />

qüinqüenal, qüinqüênio<<strong>br</strong> />

tranqüilidade, tranqüilo<<strong>br</strong> />

Guiana /gùi-a/<<strong>br</strong> />

guianense /gùi-a/<<strong>br</strong> />

guianês /gùi-a/<<strong>br</strong> />

4.5.6 EVITANDO <strong>DE</strong>FORMAÇÕES <strong>DE</strong> PRONÚNCIA E <strong>DE</strong> GRAFIA<<strong>br</strong> />

Deformações são erros que atentam contra a própria<<strong>br</strong> />

estrutura das palavras. São mais <strong>com</strong>uns na fala e na escrita de<<strong>br</strong> />

pessoas de pouca instrução, mas aparecem também em círculos<<strong>br</strong> />

cultos. Exemplos de verbos sujeitos a deformações:25<<strong>br</strong> />

Certo Errado<<strong>br</strong> />

Há uma tendência em não se pronunciar o u em palavras <strong>com</strong>o quota,<<strong>br</strong> />

quociente, quotidiano, etc., que têm variantes sem u: cota, cociente...<<strong>br</strong> />

23 Muitas são as palavras <strong>com</strong> formas dúplices: u sonoro (eqüitativo, liqüidar) e<<strong>br</strong> />

u mudo (equitativo, liquidar). Para mais exemplos, ver 4.5.8.


24 Quanto à pronúncia do u em verbos, ver 5.2.4.<<strong>br</strong> />

25 Ver mais a respeito de pronúncia de verbos em 5.2.4.


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

Certo Errado<<strong>br</strong> />

adivinhar, adivinha, adivinhe...<<strong>br</strong> />

advogar, advoga, advogue...<<strong>br</strong> />

deflagrar, deflagrou, deflagraram...<<strong>br</strong> />

dilapidar, dilapida, dilapide...<<strong>br</strong> />

designar, designa, designe...<<strong>br</strong> />

deteriorar, deteriora, deteriore...<<strong>br</strong> />

dedetizar, dedetizou...<<strong>br</strong> />

dignar-se, digna-se, digne-se...<<strong>br</strong> />

despender, despendeu, despendido...<<strong>br</strong> />

incrustar, incrustou, incrustado...<<strong>br</strong> />

intitular, intitulou, intitulado...<<strong>br</strong> />

(estar) eu esteja, ele esteja<<strong>br</strong> />

estuprar, estuprou, estuprava...<<strong>br</strong> />

frear, freio, freia, freamos, freada...<<strong>br</strong> />

frustrar, frustrou, frustraram...<<strong>br</strong> />

impregnar, impregna, impregne...<<strong>br</strong> />

indignar-se, indigna-se, indignou-se...<<strong>br</strong> />

infligir, inflige, infligiu...<<strong>br</strong> />

optar, opto, opte...<<strong>br</strong> />

(perfazer) perfez, perfaria, perfará...<<strong>br</strong> />

perscrutar, perscrutamos...<<strong>br</strong> />

persignar-se, persignou-se...<<strong>br</strong> />

perturbar, perturbará...<<strong>br</strong> />

(prever) ele previu, eles previram<<strong>br</strong> />

prevenir, preveniu, prevenimos...<<strong>br</strong> />

reivindicar, reivindicamos...<<strong>br</strong> />

resignar-se, resignou-se, resignado...<<strong>br</strong> />

(saber) eu soube, eles souberam...<<strong>br</strong> />

(ser) eu seja, ele seja<<strong>br</strong> />

(suar) suo, sua, sue...<<strong>br</strong> />

(ver) quando eu vir, eles virem...<<strong>br</strong> />

(vir) quando eu vier, eles vierem...<<strong>br</strong> />

advinhar, advinhe...<<strong>br</strong> />

adevogar, adevogue...<<strong>br</strong> />

deflagar, deflagou...<<strong>br</strong> />

delapidar, delapida...<<strong>br</strong> />

desiguinar, desiguina...<<strong>br</strong> />

deteriorizar, deterioriza...<<strong>br</strong> />

detetizar, detetizou...<<strong>br</strong> />

diguinar-se, diguina-se...<<strong>br</strong> />

dispender, dispendeu...<<strong>br</strong> />

encrustar, encrustado...<<strong>br</strong> />

entitular, entitulou...


eu esteje, ele esteje<<strong>br</strong> />

estrupar, estrupou...<<strong>br</strong> />

freiar, freiamos, freiada...<<strong>br</strong> />

frustar: frustou, frustaram...<<strong>br</strong> />

impreguinar, impreguina...<<strong>br</strong> />

indiguinar-se, indiguina-se...<<strong>br</strong> />

inflingir, inflinge, inflingiu...<<strong>br</strong> />

opitar, opito, opite...<<strong>br</strong> />

perfazeu, perfazeria...<<strong>br</strong> />

prescrutar, prescrutamos...<<strong>br</strong> />

persiguinar-se, persiguinou-se<<strong>br</strong> />

pertubar, pertubará...<<strong>br</strong> />

ele preveu, eles preveram<<strong>br</strong> />

previnir, previniu...<<strong>br</strong> />

reinvindicar, reinvindicamos...<<strong>br</strong> />

resiguinar-se, resiguinou-se...<<strong>br</strong> />

eu sube, eles saberam...<<strong>br</strong> />

eu seje, ele seje<<strong>br</strong> />

sôo, soa, soe...<<strong>br</strong> />

quando eu ver, eles verem...<<strong>br</strong> />

quando eu vir, eles virem...<<strong>br</strong> />

Outras palavras passíveis de deformações:<<strong>br</strong> />

Certo Errado<<strong>br</strong> />

abóbada abóboda<<strong>br</strong> />

advogado adevogado<<strong>br</strong> />

advocacia advogacia<<strong>br</strong> />

aforismo aforisma<<strong>br</strong> />

alcoólatra alcólatra<<strong>br</strong> />

Certo Errado<<strong>br</strong> />

etimologia etmologia<<strong>br</strong> />

fratricida fraticida<<strong>br</strong> />

frustração frustação<<strong>br</strong> />

frustrante frustante<<strong>br</strong> />

hilaridade hilariedade


Certo Errado<<strong>br</strong> />

bandeja bandeija<<strong>br</strong> />

bandejão bandeijão<<strong>br</strong> />

basculante basculhante<<strong>br</strong> />

beneficente beneficiente<<strong>br</strong> />

bugi ganga buginganga<<strong>br</strong> />

cabeleireiro cabelereiro<<strong>br</strong> />

calcário calcáreo<<strong>br</strong> />

candeeiro candieiro<<strong>br</strong> />

caranguejo carangueijo<<strong>br</strong> />

caramanchão carramanchão<<strong>br</strong> />

cataclismo cataclisma<<strong>br</strong> />

cinqüenta cincoenta<<strong>br</strong> />

colheita colheta<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>panhia <strong>com</strong>pania<<strong>br</strong> />

contingente contigente<<strong>br</strong> />

curtume cortume<<strong>br</strong> />

disenteria desinteria<<strong>br</strong> />

dispêndio despêndio<<strong>br</strong> />

deterioração deteriorização<<strong>br</strong> />

discrição discreção<<strong>br</strong> />

desforra disforra<<strong>br</strong> />

destilaria distilaria<<strong>br</strong> />

dissuasivo disuassivo<<strong>br</strong> />

elucu<strong>br</strong>ação elocu<strong>br</strong>ação<<strong>br</strong> />

invólucro envólucro<<strong>br</strong> />

entretenimento entertenimento<<strong>br</strong> />

espontaneidade espontaniedade<<strong>br</strong> />

estupro estrupo<<strong>br</strong> />

<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> R EDAÇÃO 93<<strong>br</strong> />

Certo Errado<<strong>br</strong> />

idonei dade idoniedade<<strong>br</strong> />

empecilho impecilho<<strong>br</strong> />

indenização idenização<<strong>br</strong> />

identidade indentidade<<strong>br</strong> />

interstício intertício<<strong>br</strong> />

intrínseco intríseco<<strong>br</strong> />

iogurte iorgute<<strong>br</strong> />

irascível irrascível<<strong>br</strong> />

irrequieto irriquieto<<strong>br</strong> />

legiferante legisferante<<strong>br</strong> />

mendi go mendingo<<strong>br</strong> />

meteorologia metereologia<<strong>br</strong> />

murmúrio mormúrio<<strong>br</strong> />

mortadela mortandela


muçulmano mulçumano<<strong>br</strong> />

opró<strong>br</strong>io opróbio<<strong>br</strong> />

paralelepípedo paralepípedo<<strong>br</strong> />

perspectiva pespectiva<<strong>br</strong> />

perspicaz pespicaz<<strong>br</strong> />

persuasão persuação<<strong>br</strong> />

perturbação pertubação<<strong>br</strong> />

prazeroso prazei roso<<strong>br</strong> />

privilégio previlégio<<strong>br</strong> />

problema pro<strong>br</strong>ema,<<strong>br</strong> />

poblema<<strong>br</strong> />

próprio própio<<strong>br</strong> />

prostrado prostado<<strong>br</strong> />

verossimilhança verossemelhança<<strong>br</strong> />

xifópago xipófago<<strong>br</strong> />

4.5.7 EVITANDO SILABADAS<<strong>br</strong> />

A silabada consiste em se pronunciar a palavra <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

deslocamento da sílaba tônica. Dizer *Nóbel em vez de Nobel<<strong>br</strong> />

/bél/, *gratuíto /u-í/ em vez de gratuito /úi/, *filântropo em lugar<<strong>br</strong> />

de filantropo /trô/. As três listas a seguir indicam a posição da<<strong>br</strong> />

sílaba tônica de palavras sujeitas a silabada.


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

São oxítonas (palavras em que o acento tônico26 recai na<<strong>br</strong> />

última sílaba):<<strong>br</strong> />

cateter Madagascar novel sutil<<strong>br</strong> />

condor masseter recémureter<<strong>br</strong> />

harém mister ―necessário‖ refém<<strong>br</strong> />

Gi<strong>br</strong>altar Nobel ruim /u-í/<<strong>br</strong> />

São paroxítonas (acento tônico na penúltima sílaba):<<strong>br</strong> />

alanos estratégia opimo<<strong>br</strong> />

algaravia filantropo Pandora /ó/<<strong>br</strong> />

âmbar fluido /úi/ (subst.) pegada<<strong>br</strong> />

am<strong>br</strong>osia ―alimento fluído /u-í/ (part. de pletora /ó/<<strong>br</strong> />

dos deuses‖ fluir)<<strong>br</strong> />

Antioquia fortuito /úi/ policromo<<strong>br</strong> />

avaro gratuito /úi/ pudico<<strong>br</strong> />

aziago húmus Que<strong>br</strong>angulo (AL)<<strong>br</strong> />

batavo Hungria Quéops<<strong>br</strong> />

cânon ibero quiromancia<<strong>br</strong> />

caracteres impudico refrega /é/<<strong>br</strong> />

cartomancia inaudito ru<strong>br</strong>ica<<strong>br</strong> />

celtibero índex Salonica<<strong>br</strong> />

ciclope juniores /i-ô/ Samaria<<strong>br</strong> />

cizânia látex Sardanapalo<<strong>br</strong> />

clímax libido Sófia (Bulgária)<<strong>br</strong> />

decano Lombardia sótão<<strong>br</strong> />

desvario maquinaria simulacro<<strong>br</strong> />

edito ―lei‖ mercancia Tessalonica<<strong>br</strong> />

efebo /ê/ misantropo têxtil<<strong>br</strong> />

estalido Normandia vindima<<strong>br</strong> />

Acento tônico não é o mesmo que acento gráfico. O acento tônico<<strong>br</strong> />

corresponde à sílaba forte da palavra e ocorre naturalmente nos vocábulos (só<<strong>br</strong> />

não ocorre em monossílabos e dissílabos átonos). Já o acento gráfico, mera<<strong>br</strong> />

convenção ortográfica, é usado somente nos casos determinados pelas regras,<<strong>br</strong> />

em geral para indicar o acento tônico. Assim, enquanto todas as palavras das<<strong>br</strong> />

listas acima apresentam acento tônico (sílabas em negrito), apenas algumas<<strong>br</strong> />

recebem acento gráfico.


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

São proparoxítonas (acento tônico na antepenúltima sílaba):<<strong>br</strong> />

aeródromo<<strong>br</strong> />

ágape<<strong>br</strong> />

édito ―ordem judicial‖<<strong>br</strong> />

Éfeso<<strong>br</strong> />

ínclito<<strong>br</strong> />

íngreme<<strong>br</strong> />

álacre êmbolo ínterim<<strong>br</strong> />

anátema éolo invólucro<<strong>br</strong> />

andrógino epíteto Niágara<<strong>br</strong> />

anêmona (às) escâncaras páramo<<strong>br</strong> />

anófeles estereótipo périplo<<strong>br</strong> />

antídoto etíope plêiade<<strong>br</strong> />

antífrase êxodo polígono<<strong>br</strong> />

aríete farândula prístino<<strong>br</strong> />

arquétipo férula prófugo<<strong>br</strong> />

autóctone gárrulo protótipo<<strong>br</strong> />

bávaro grandíloquo réquiem<<strong>br</strong> />

bígamo héjira sátrapa<<strong>br</strong> />

<strong>br</strong>âmane hélade Tâmisa<<strong>br</strong> />

cânhamo hipódromo trânsfuga<<strong>br</strong> />

Cárpatos idólatra zéfiro<<strong>br</strong> />

condômino ímprobo zênite<<strong>br</strong> />

4.5.8 VARIANTES PROSÓDICAS E ORTOGRÁFICAS<<strong>br</strong> />

Variantes são vocábulos do mesmo étimo que apresentam<<strong>br</strong> />

pequenas variações de forma, sem que isso implique alteração do<<strong>br</strong> />

sentido. São chamadas prosódicas porque legítimas suas<<strong>br</strong> />

pronúncias e ortográficas porque corretas as grafias.<<strong>br</strong> />

As formas variantes são oficialmente aceitas e estão<<strong>br</strong> />

registradas tanto no Volp <strong>com</strong>o nos dicionários. Deve-se notar,<<strong>br</strong> />

contudo, que uma delas, de maior prestígio, é apontada<<strong>br</strong> />

(principalmente pelos dicionários) <strong>com</strong>o preferível. Na lista a<<strong>br</strong> />

seguir, a forma preferível é a que vem primeiro (nos dicionários, é<<strong>br</strong> />

aquela que é objeto de definição, ao passo que as variantes<<strong>br</strong> />

apenas constam <strong>com</strong>o tais).


abdome ou abdômen<<strong>br</strong> />

aborígine ou aborígene<<strong>br</strong> />

acrobata ou acróbata<<strong>br</strong> />

anhangüera ou anhanguera<<strong>br</strong> />

antiguidade ou antigüidade<<strong>br</strong> />

aterrissar ou aterrizar<<strong>br</strong> />

autópsia ou autopsia<<strong>br</strong> />

biópsia ou biopsia ou biopse<<strong>br</strong> />

biótipo ou biotipo<<strong>br</strong> />

boêmia ou boemia<<strong>br</strong> />

calidoscópio ou caleidoscópio<<strong>br</strong> />

catorze ou quatorze<<strong>br</strong> />

céptico ou cético<<strong>br</strong> />

conjecturar ou conjeturar<<strong>br</strong> />

corruptela ou corrutela<<strong>br</strong> />

cota ou quota<<strong>br</strong> />

cotidiano ou quotidiano<<strong>br</strong> />

descortino ou descortínio<<strong>br</strong> />

dignitário ou dignatário<<strong>br</strong> />

eqüidade ou equidade<<strong>br</strong> />

eqüidistante ou equidistante<<strong>br</strong> />

eqüitativo ou equitativo<<strong>br</strong> />

equivalente ou eqüivalente<<strong>br</strong> />

espocar ou espoucar<<strong>br</strong> />

expro<strong>br</strong>ar ou exprobar<<strong>br</strong> />

germe ou gérmen<<strong>br</strong> />

hidroelétrica ou hidrelétrica<<strong>br</strong> />

hieróglifo ou hieroglifo<<strong>br</strong> />

homilia ou homília<<strong>br</strong> />

infarto ou enfarte ou enfarto<<strong>br</strong> />

insurreto ou insurrecto<<strong>br</strong> />

intricado ou intrincado<<strong>br</strong> />

lêvedo ou levedo<<strong>br</strong> />

liquidação ou liqüidação<<strong>br</strong> />

CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

liquidar ou liqüidar<<strong>br</strong> />

louro ou loiro<<strong>br</strong> />

microrganismo ou microorganismo<<strong>br</strong> />

monólito ou monolito<<strong>br</strong> />

mourão ou moirão<<strong>br</strong> />

Oceânia ou Oceania<<strong>br</strong> />

ortoépia ou ortoepia<<strong>br</strong> />

óptico ou ótico<<strong>br</strong> />

otimizar ou optimizar


parêntese ou parêntesis<<strong>br</strong> />

percentagem ou porcentagem<<strong>br</strong> />

prospecção ou prospeção<<strong>br</strong> />

questão ou qüestão<<strong>br</strong> />

questionar ou qüestionar<<strong>br</strong> />

quociente ou cociente<<strong>br</strong> />

recorde ou récorde<<strong>br</strong> />

sanguinário ou sangüinário<<strong>br</strong> />

sanguíneo ou sangüíneo<<strong>br</strong> />

sapé ou sapê<<strong>br</strong> />

secionar ou seccionar<<strong>br</strong> />

senadoria ou senatoria ou senatória<<strong>br</strong> />

septuagenário ou setuagenário<<strong>br</strong> />

sintaxe /ss ou cs/<<strong>br</strong> />

sublinhar /sub-li ou su-bli/<<strong>br</strong> />

suscetibilidade ou susceptibilidade<<strong>br</strong> />

suscetível ou susceptível<<strong>br</strong> />

tático ou táctico<<strong>br</strong> />

termelétrico ou termoelétrico<<strong>br</strong> />

transistor ou transístor<<strong>br</strong> />

traslado ou translado<<strong>br</strong> />

voluptuoso ou volutuoso<<strong>br</strong> />

xerox ou xérox<<strong>br</strong> />

zangão ou zângão


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong> 97<<strong>br</strong> />

4.6 HOMÔNIMOS, PARÔNIMOS E EXPRESSÕES AFINS<<strong>br</strong> />

Homônimos e parônimos são vocábulos de sentidos<<strong>br</strong> />

diferentes que, por apresentarem semelhanças formais, costumam<<strong>br</strong> />

provocar dúvidas de significado e de grafia.<<strong>br</strong> />

Há dois tipos de homônimos: homônimos homógrafos e<<strong>br</strong> />

homônimos homófonos. Os homógrafos são palavras que têm a<<strong>br</strong> />

mesma grafia, podendo a sua pronúncia coincidir ou não, <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

nos exemplos: manga (de roupa), manga ―fruta‖ e manga ―tubo de<<strong>br</strong> />

vidro ou cristal para lâmpadas‖; seco /ê/ (adjetivo) e seco /é/<<strong>br</strong> />

(verbo), gosto /ô/ (substantivo) e gosto /ó/ (verbo).<<strong>br</strong> />

Já os homófonos caracterizam-se por terem pronúncia<<strong>br</strong> />

idêntica e grafia diferente: censo/senso, cessão/seção/sessão, etc.<<strong>br</strong> />

Por sua vez, os parônimos são palavras que se apresentam<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o muito parecidas na pronúncia e na grafia, mas não chegam<<strong>br</strong> />

a ser idênticas. Exemplos: deferir/diferir, infligir/infringir.<<strong>br</strong> />

A lista a seguir, a par de indicar os distintos significados das<<strong>br</strong> />

palavras e expressões, também refere quando uma forma é<<strong>br</strong> />

registrada nos dicionários modernos <strong>com</strong>o sinônima ou variante<<strong>br</strong> />

da outra.27<<strong>br</strong> />

A: indica tempo a transcorrer (futuro): A votação <strong>com</strong>eçará<<strong>br</strong> />

daqui a cinco minutos; Estamos a cinco minutos do início da<<strong>br</strong> />

votação.<<strong>br</strong> />

Há: indica tempo transcorrido (passado): A votação<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>eçou há (faz) cinco minutos.<<strong>br</strong> />

À: crase da preposição a <strong>com</strong> o artigo a ou <strong>com</strong> o<<strong>br</strong> />

demonstrativo a: Rendeu à colega uma homenagem semelhante à<<strong>br</strong> />

que recebera.<<strong>br</strong> />

Os dicionários consultados foram Houaiss (HOUAISS, VILLAR, 2001) e<<strong>br</strong> />

Novo Aurélio (FERREIRA, 1999), identificados pelas letras H e A,<<strong>br</strong> />

respectivamente. Permeáveis a usos que se arraigaram, esses dicionários dão<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o sinônimos determinados parônimos e homófonos que ainda não são<<strong>br</strong> />

aceitos <strong>com</strong>o tais por autores tradicionalistas (puristas). Caso, por exemplo, de<<strong>br</strong> />

vocábulos <strong>com</strong>o estadia/estada e vultuoso/vultoso, os quais, aliás, já possuíam<<strong>br</strong> />

significados afins.


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

Abaixo-assinado: documento em geral de reivindicação,<<strong>br</strong> />

protesto ou solidariedade assinado por várias pessoas: Não<<strong>br</strong> />

faltaram abaixo-assinados contra a reforma da Previdência.<<strong>br</strong> />

Abaixo assinado: cada uma das pessoas que assinam um<<strong>br</strong> />

abaixo-assinado: Nós, abaixo assinados, vimos manifestar...<<strong>br</strong> />

Abjeção: baixeza, degradação: Em um ambiente de abjeção,<<strong>br</strong> />

as pessoas perdem o respeito.<<strong>br</strong> />

Objeção: réplica; contestação; obstáculo: O projeto tramitou<<strong>br</strong> />

sem encontrar nenhuma objeção.<<strong>br</strong> />

Absolver (absolvição): inocentar; perdoar: O tribunal<<strong>br</strong> />

absolveu o réu.<<strong>br</strong> />

Absorver (absorção): embeber em si; recolher em si,<<strong>br</strong> />

fazendo desaparecer por incorporação ou assimilação: O novo<<strong>br</strong> />

órgão absorveu as funções das duas secretarias que foram<<strong>br</strong> />

extintas.<<strong>br</strong> />

Acender: pôr fogo: acender uma fogueira; ligar: Acender a<<strong>br</strong> />

lâmpada.<<strong>br</strong> />

Ascender: subir; elevar-se: Ascender na carreira.<<strong>br</strong> />

Acento: sinal gráfico; tom de voz: Nos discursos que fazia,<<strong>br</strong> />

era mestre em pôr o acento certo nas palavras certas.<<strong>br</strong> />

Assento: banco, cadeira: O Brasil reivindica assento no<<strong>br</strong> />

Conselho de Segurança da ONU.<<strong>br</strong> />

Acerca de: so<strong>br</strong>e; a respeito de: No discurso, falou acerca de<<strong>br</strong> />

seus projetos.<<strong>br</strong> />

A cerca de: a uma distância aproximada de: Brasília fica a<<strong>br</strong> />

cerca de duzentos quilômetros de Goiânia.<<strong>br</strong> />

Há cerca de: faz ou existem aproximadamente: O povoado<<strong>br</strong> />

existe há cerca de um século; Atualmente, há cerca de trezentos<<strong>br</strong> />

moradores vivendo em suas ruelas.<<strong>br</strong> />

Acessório: adj. suplementar, adicional; secundário: As<<strong>br</strong> />

questões acessórias serão discutidas posteriormente. • subst.


aquilo que se junta ao principal; <strong>com</strong>plemento: Comprou<<strong>br</strong> />

acessórios de informática.<<strong>br</strong> />

Assessório: assessorial; relativo a assessores.


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

Acidente: acontecimento casual, imprevisto: Encontraram-se<<strong>br</strong> />

por acidente em uma solenidade; desastre: Por sorte, ninguém se<<strong>br</strong> />

feriu no acidente.<<strong>br</strong> />

Incidente: episódio; dificuldade passageira: O incidente da<<strong>br</strong> />

agressão ao diplomata desencadeou uma crise entre os dois<<strong>br</strong> />

países.<<strong>br</strong> />

Afim (de): que tem afinidade, semelhança ou ligação: Os<<strong>br</strong> />

projetos afins tramitarão apensados; A língua portuguesa é afim da<<strong>br</strong> />

espanhola.<<strong>br</strong> />

A fim de: para; <strong>com</strong> o propósito de: O Presidente foi ao<<strong>br</strong> />

parlatório a fim de saudar a multidão.<<strong>br</strong> />

Alto: de grande dimensão vertical; elevado.<<strong>br</strong> />

Auto: ato público; registro escrito de uma ocorrência.<<strong>br</strong> />

À medida que: à proporção que, ao passo que (expressa o<<strong>br</strong> />

desenvolvimento de ação simultânea a outra): À medida que<<strong>br</strong> />

amadurecem, as pessoas aumentam sua capacidade de<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>preensão; A situação foi se aclarando, à medida que a<<strong>br</strong> />

testemunha relatava os fatos.<<strong>br</strong> />

Na medida em que: pelo fato de que, uma vez que; porque<<strong>br</strong> />

(expressa causa ou a idéia de utilização de dado preexistente): Na<<strong>br</strong> />

medida em que o Relator apresentar seu parecer, a Comissão<<strong>br</strong> />

poderá votá-lo imediatamente; Devemos usar nossas prerrogativas<<strong>br</strong> />

de cidadãos, na medida em que elas existem.<<strong>br</strong> />

*À medida em que e *na medida que são expressões<<strong>br</strong> />

incorretas.<<strong>br</strong> />

Amoral: que não tem senso de moral; moralmente neutro:<<strong>br</strong> />

Diz-se que a ciência é amoral.<<strong>br</strong> />

Imoral: contrário à moral, aos bons costumes; indecoroso;<<strong>br</strong> />

libertino: Conduta imoral.<<strong>br</strong> />

Moral: que está conforme os princípios socialmente aceitos:<<strong>br</strong> />

Encerrou o discurso <strong>com</strong> uma anedota de cunho moral.<<strong>br</strong> />

Ante: prep. em frente a, perante: A verdade está ante nossos


olhos; em conseqüência de; diante de: Ante os protestos, recuou<<strong>br</strong> />

da decisão. (Diz-se ante a, ante o, e não *ante à, *ante ao.)<<strong>br</strong> />

Ante: pref. expressa anterioridade: anteontem, ante-sala.


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

Anti: pref. expressa contrariedade, oposição: antiácido, anti-<<strong>br</strong> />

regimental.<<strong>br</strong> />

Ao encontro de: para junto de: Com os <strong>br</strong>aços abertos,<<strong>br</strong> />

caminhou ao encontro dos colegas; favorável a, concordante ou<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>patível <strong>com</strong>: Suas idéias vêm ao encontro do que o projeto<<strong>br</strong> />

defende (as idéias concordam <strong>com</strong> o que o projeto defende).<<strong>br</strong> />

De encontro a: contra; em prejuízo de: Tropeçou, indo de<<strong>br</strong> />

encontro à mesa; Suas idéias vão de encontro ao que o projeto<<strong>br</strong> />

defende (as idéias são contrárias ao que o projeto defende).<<strong>br</strong> />

Ao invés de: ao contrário de (deve ser empregado quando<<strong>br</strong> />

houver oposição real entre uma coisa e outra): Ao invés de<<strong>br</strong> />

aprovar, rejeitou; Ao invés de rir, chorou.<<strong>br</strong> />

Em vez de: em lugar de; em substituição a: Em vez do<<strong>br</strong> />

Presidente, falou o Vice-Presidente; Em vez de pôr o projeto em<<strong>br</strong> />

votação, suspendeu a sessão; ao invés de: Em vez de rir, chorou.<<strong>br</strong> />

Aonde: usa-se <strong>com</strong> verbos de movimento (ir a, dirigir-se a,<<strong>br</strong> />

chegar a, etc.): Aonde vai o Brasil?; A <strong>com</strong>issão aonde (à qual /<<strong>br</strong> />

para a qual) foi encaminhado o projeto irá apreciá-lo hoje.<<strong>br</strong> />

Onde: usa-se <strong>com</strong> verbos que não dão idéia de movimento:<<strong>br</strong> />

Onde está o projeto no momento?; A <strong>com</strong>issão onde (em que / na<<strong>br</strong> />

qual) se encontra o projeto irá apreciá-lo hoje; Onde será a<<strong>br</strong> />

reunião?<<strong>br</strong> />

Ao par: em equivalência de valor no câmbio; pelo valor<<strong>br</strong> />

nominal: As ações foram cotadas ao par.<<strong>br</strong> />

Ao par de: mesmo que a par de ―informado, ao corrente‖.<<strong>br</strong> />

A par de: informado, ao corrente: Nem todos estão a par da<<strong>br</strong> />

pauta da reunião; ao lado de, junto; além de: O projeto, a par de<<strong>br</strong> />

mal formulado, é intempestivo.<<strong>br</strong> />

Aparte: interrupção ao orador: ―Concedo o aparte ao no<strong>br</strong>e<<strong>br</strong> />

Colega.‖<<strong>br</strong> />

À parte: isoladamente: O destaque apresentado foi votado à<<strong>br</strong> />

parte.


Apreçar: perguntar o preço.<<strong>br</strong> />

Apressar: dar pressa.


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

A princípio: no <strong>com</strong>eço, inicialmente: A princípio, ninguém<<strong>br</strong> />

acreditava que o projeto seria aprovado.<<strong>br</strong> />

Em princípio: antes de qualquer consideração; de maneira<<strong>br</strong> />

geral; em tese: Em princípio, as leis visam ao bem <strong>com</strong>um.<<strong>br</strong> />

No princípio: mesmo que a princípio.<<strong>br</strong> />

Aresto: acórdão, solução de um julgado.<<strong>br</strong> />

Arresto: apreensão judicial de bens para garantir futura<<strong>br</strong> />

co<strong>br</strong>ança de dívida; embargo.<<strong>br</strong> />

Arrochar (arrocho): apertar muito: Arrocho salarial.<<strong>br</strong> />

Arroxar: var. de arroxear ―tornar roxo‖.<<strong>br</strong> />

Ascendente: ancestral, antepassado (pai, avô, etc.): O avô<<strong>br</strong> />

materno foi o ascendente que mais o estimulou a seguir a carreira<<strong>br</strong> />

política.<<strong>br</strong> />

Descendente: pessoa que descende de outra (filho, neto,<<strong>br</strong> />

etc.): Os descendentes souberam consolidar o império industrial<<strong>br</strong> />

iniciado pelo patriarca.<<strong>br</strong> />

À-toa: adj. irrefletido; inútil: Um gesto à-toa.<<strong>br</strong> />

À toa: loc. adv. a esmo; irrefletidamente: Uma pessoa que<<strong>br</strong> />

vive à toa.<<strong>br</strong> />

Avocar: chamar; atribuir a si; arrogar-se: Avoca a si poderes<<strong>br</strong> />

de que não está investido.<<strong>br</strong> />

Evocar: lem<strong>br</strong>ar; invocar: De maneira saudosa, vive<<strong>br</strong> />

evocando o passado.<<strong>br</strong> />

Invocar: pedir a proteção ou a ajuda de; chamar: Invocou o<<strong>br</strong> />

apoio de seus pares.<<strong>br</strong> />

Bem-vindo: bem acolhido à chegada: Seja bem-vindo!<<strong>br</strong> />

Benvindo: antropônimo; var. de bem-vindo (Volp).<<strong>br</strong> />

Caçar (caça): perseguir para aprisionar ou matar: A polícia<<strong>br</strong> />

caçou os fugitivos até encontrá-los.<<strong>br</strong> />

Cassar (cassação): anular, revogar: A portaria cassou as<<strong>br</strong> />

aposentadorias concedidas irregularmente.<<strong>br</strong> />

Cardeal: adj. principal, fundamental. • subst. prelado: O<<strong>br</strong> />

cardeal foi quem cele<strong>br</strong>ou a missa.


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

Cardial: cárdico, cardíaco.<<strong>br</strong> />

Cavaleiro: que anda a cavalo; cavalariano.<<strong>br</strong> />

Cavalheiro: indivíduo distinto, gentil, no<strong>br</strong>e.<<strong>br</strong> />

Cela: pequeno quarto de dormir.<<strong>br</strong> />

Sela: assento que se põe so<strong>br</strong>e cavalgadura.<<strong>br</strong> />

Censo: levantamento de dados estatísticos; recenseamento:<<strong>br</strong> />

De acordo <strong>com</strong> o Censo 2000, há 171 milhões de <strong>br</strong>asileiros.<<strong>br</strong> />

Senso: faculdade de julgar, de sentir; juízo, entendimento: O<<strong>br</strong> />

estudo da Filosofia desenvolve o senso crítico.<<strong>br</strong> />

Cerrar: fechar; unir fortemente: Cerrou as mãos e soltou um<<strong>br</strong> />

grito; Encontrou todas as portas cerradas.<<strong>br</strong> />

Serrar: cortar <strong>com</strong> serra ou serrote: Os fugitivos serraram as<<strong>br</strong> />

grades da cela.<<strong>br</strong> />

Cessão: ato ou efeito de ceder: Agradeceu ao orador a<<strong>br</strong> />

cessão do aparte; transferência de posse ou direito: Cessão sem<<strong>br</strong> />

ônus.<<strong>br</strong> />

Seção: setor, repartição: Trabalha na Seção de Editoração;<<strong>br</strong> />

subdivisão de um todo: Um extenso capítulo <strong>com</strong> muitas seções.<<strong>br</strong> />

Sessão: espaço de tempo em que se realiza um trabalho: A<<strong>br</strong> />

sessão solene estendeu-se por mais de três horas; A primeira<<strong>br</strong> />

sessão do filme <strong>com</strong>eçará às 17 h.<<strong>br</strong> />

Chá: bebida: Em vez de chá, tomou café.<<strong>br</strong> />

Xá: antigo soberano do Irã.<<strong>br</strong> />

Cheque: ordem de pagamento.<<strong>br</strong> />

Xeque: chefe muçulmano; lance de xadrez. Pôr em xeque:<<strong>br</strong> />

pôr em dúvida ou dificuldade.<<strong>br</strong> />

Comprimento: dimensão longitudinal de um objeto;<<strong>br</strong> />

tamanho: A sala tem 10 m de <strong>com</strong>primento.<<strong>br</strong> />

Cumprimento: ato ou efeito de cumprir: o cumprimento de<<strong>br</strong> />

uma promessa; gesto ou palavra de elogio ou de saudação:<<strong>br</strong> />

Recebeu emocionado os cumprimentos dos colegas.


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

Concertar: fazer acordo; <strong>com</strong>binar: Os Líderes concertaram<<strong>br</strong> />

a votação para hoje. Concerto: acordo; ajuste: O projeto foi<<strong>br</strong> />

aprovado graças ao concerto entre os partidos; harmonia: O<<strong>br</strong> />

concerto das nações; espetáculo musical: O concerto foi<<strong>br</strong> />

aplaudido de pé.<<strong>br</strong> />

Consertar (conserto): reparar; restaurar: Mandou consertar o<<strong>br</strong> />

relógio.<<strong>br</strong> />

Coser: costurar.<<strong>br</strong> />

Cozer: cozinhar.<<strong>br</strong> />

Deferir (deferimento): atender: A Diretora deferiu<<strong>br</strong> />

prontamente o pedido; outorgar, conceder: Os jurados deferiram<<strong>br</strong> />

o prêmio ao jovem cientista.<<strong>br</strong> />

Diferir (diferimento): adiar: A empresa diferiu o pagamento;<<strong>br</strong> />

ser diferente: Esses projetos diferem apenas no acessório, sendo<<strong>br</strong> />

idênticos no essencial.<<strong>br</strong> />

Defeso /ê/: adj. proibido: É defeso utilizar tributo <strong>com</strong> efeito<<strong>br</strong> />

de confisco; não sujeito a, isento. • subst. período do ano em que<<strong>br</strong> />

é proibido caçar ou pescar: O defeso da lagosta.<<strong>br</strong> />

Defesso /é/: que se fatigou; cansado.<<strong>br</strong> />

Delatar (delação): denunciar; revelar (crime ou delito): No<<strong>br</strong> />

interrogatório, o assaltante delatou seus <strong>com</strong>parsas.<<strong>br</strong> />

Dilatar: aumentar as dimensões ou o volume (dilatação): O<<strong>br</strong> />

calor dilata os sólidos; adiar, diferir, prorrogar (dilação): O<<strong>br</strong> />

Governo dilatou o prazo para pagamento do imposto.<<strong>br</strong> />

Demais e por demais: excessivamente, em demasia: A<<strong>br</strong> />

discussão deixou-a irritada demais (ou: por demais irritada).<<strong>br</strong> />

De mais: a mais: A conta veio <strong>com</strong> trinta reais de mais. (Na<<strong>br</strong> />

dúvida entre demais e de mais, lem<strong>br</strong>ar que de mais é<<strong>br</strong> />

intercambiável <strong>com</strong> de menos.)<<strong>br</strong> />

Descrição: ato ou efeito de descrever; retrato: Fez uma<<strong>br</strong> />

descrição sumária da situação.<<strong>br</strong> />

Discrição: qualidade de discreto, do que não atrai a<<strong>br</strong> />

atenção: Veste-se <strong>com</strong> discrição; discernimento; poder


(discricionário) da autoridade de agir.


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

Descriminalizar: isentar de culpa; excluir a criminalidade:<<strong>br</strong> />

Há uma tendência de se descriminalizar a maconha.<<strong>br</strong> />

Descriminar: mesmo que descriminalizar.<<strong>br</strong> />

Discriminar: diferençar, distinguir; separar: Discriminar o<<strong>br</strong> />

bem do mal.<<strong>br</strong> />

Desidioso: em que há desídia; preguiçoso; negligente.<<strong>br</strong> />

Dissidioso: em que há dissídio, divisão; conflituoso,<<strong>br</strong> />

desarmonioso.<<strong>br</strong> />

Destratar: maltratar <strong>com</strong> palavras.<<strong>br</strong> />

Distratar: desfazer (trato, acordo).<<strong>br</strong> />

Dorso: costas.<<strong>br</strong> />

Torso: tronco.<<strong>br</strong> />

Elidir: fazer elisão ―supressão‖; excluir, eliminar: A elisão<<strong>br</strong> />

fiscal é lícita.<<strong>br</strong> />

Ilidir: rebater, contestar, refutar: No tribunal, foi capaz de<<strong>br</strong> />

ilidir as provas que o incriminavam.<<strong>br</strong> />

Eludir: evitar ou esquivar-se <strong>com</strong> astúcia ou <strong>com</strong> artifício:<<strong>br</strong> />

Eludir a lei.<<strong>br</strong> />

Iludir: causar ilusão em; enganar; burlar: Suas promessas já<<strong>br</strong> />

não iludem ninguém.<<strong>br</strong> />

Emenda: correção de falta ou defeito, alteração: A emenda<<strong>br</strong> />

aperfeiçoou o projeto; regeneração.<<strong>br</strong> />

Ementa: resumo, síntese (de lei, decisão judicial, etc.):<<strong>br</strong> />

Muitas ementas terminam <strong>com</strong> a expressão ―e dá outras<<strong>br</strong> />

providências‖.<<strong>br</strong> />

Emergir: vir à tona; surgir, manifestar-se.<<strong>br</strong> />

Imergir: fazer submergir; mergulhar, afundar.<<strong>br</strong> />

Emigrar (emigrante): sair de um país para ir viver em outro:<<strong>br</strong> />

Milhares de descendentes de japoneses emigraram do Brasil para<<strong>br</strong> />

o Japão.<<strong>br</strong> />

Imigrar (imigrante): entrar em outro país para nele viver: A


maioria dos alemães que imigraram para o Brasil fixaram-se no<<strong>br</strong> />

Sul.


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

Migrar (migrante): mudar periodicamente de região ou país;<<strong>br</strong> />

passar de um lugar para outro.<<strong>br</strong> />

Eminente: proeminente; sublime; ilustre, notável: O<<strong>br</strong> />

eminente professor marcou época <strong>com</strong> aulas memoráveis.<<strong>br</strong> />

Iminente: que está a ponto de acontecer: Com o<<strong>br</strong> />

transbordamento do rio, a inundação da cidade é iminente.<<strong>br</strong> />

Empoçar: formar poça.<<strong>br</strong> />

Empossar: dar ou tomar posse.<<strong>br</strong> />

Espectador: aquele que assiste a um espetáculo.<<strong>br</strong> />

Expectador: aquele que permanece na expectativa.<<strong>br</strong> />

Esperto: atento; perspicaz; ativo.<<strong>br</strong> />

Experto: especialista, perito; que tem expertise<<strong>br</strong> />

―<strong>com</strong>petência de especialista‖.<<strong>br</strong> />

Espiar: observar secretamente, espionar.<<strong>br</strong> />

Expiar: remir (a culpa), cumprindo pena; purificar-se.<<strong>br</strong> />

Estada: ato de estar; permanência: A estada da <strong>com</strong>itiva na<<strong>br</strong> />

capital foi de três dias.<<strong>br</strong> />

Estadia: prazo concedido para carga e descarga de um navio<<strong>br</strong> />

mercante num porto; mesmo que estada (A/H): A estadia da<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>itiva na...<<strong>br</strong> />

Estádio: campo de jogos esportivos; mesmo que estágio<<strong>br</strong> />

―fase, momento específico‖.<<strong>br</strong> />

Estágio: período de aprendizado prático; momento ou<<strong>br</strong> />

período específico em um processo contínuo, fase (A/H): No<<strong>br</strong> />

estágio atual da economia, a palavra de ordem é poupar.<<strong>br</strong> />

Estrato: camada; faixa ou camada de uma população:<<strong>br</strong> />

Estratos sociais.<<strong>br</strong> />

Extrato: coisa que se extraiu de outra; resumo: Extrato<<strong>br</strong> />

bancário; perfume.<<strong>br</strong> />

Flagrante: registrado no momento da realização: Prisão em<<strong>br</strong> />

flagrante; evidente.<<strong>br</strong> />

Fragrante: perfumado.


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

Florescente: que floresce; próspero. Florescer: florir;<<strong>br</strong> />

prosperar, desenvolver-se: A indústria do turismo floresce a cada<<strong>br</strong> />

dia.<<strong>br</strong> />

Fluorescente: que tem a propriedade da fluorescência.<<strong>br</strong> />

Fluorescer: emitir radiação de fluorescência.<<strong>br</strong> />

Incerto: duvidoso; impreciso.<<strong>br</strong> />

Inserto: inserido; introduzido.<<strong>br</strong> />

Incipiente: que está no <strong>com</strong>eço.<<strong>br</strong> />

Insipiente: ignorante; tolo.<<strong>br</strong> />

Incontinente: adj. imoderado, desregrado; sensual, lascivo.<<strong>br</strong> />

Incontinente (H) ou incontinênti (A): adv. imediatamente,<<strong>br</strong> />

logo, sem intervalo: Os bombeiros responderam incontinente/<<strong>br</strong> />

incontinênti ao chamado.<<strong>br</strong> />

Indefeso /ê/: sem defesa; desprotegido.<<strong>br</strong> />

Indefesso /é/: incansável; incessante.<<strong>br</strong> />

Infligir: impor, aplicar (pena, castigo): Na votação, os<<strong>br</strong> />

partidos de Oposição infligiram uma dura derrota ao Governo.<<strong>br</strong> />

Infringir: desobedecer a; transgredir: Quem infringe o<<strong>br</strong> />

Código Penal está sujeito a ser levado preso.<<strong>br</strong> />

Intemerato: não corrompido; puro.<<strong>br</strong> />

Intimorato: que não sente temor; destemido.<<strong>br</strong> />

Intercessão: ato de interceder, de intervir.<<strong>br</strong> />

Interse(c)ção: cruzamento; corte.<<strong>br</strong> />

Mal: adv. de modo irregular ou imperfeito: Texto mal<<strong>br</strong> />

escrito. • subst. aquilo que é nocivo: Foi a<strong>com</strong>etido de um mal<<strong>br</strong> />

passageiro.<<strong>br</strong> />

Mau: que causa mal; que tem o caráter ruim: Teve um mau<<strong>br</strong> />

pressentimento. (Na dúvida entre mal e mau, lem<strong>br</strong>ar que mal é<<strong>br</strong> />

intercambiável <strong>com</strong> bem e mau, <strong>com</strong> bom.)


Mandado: ordem escrita emitida por autoridade pública:<<strong>br</strong> />

Mandado de prisão.<<strong>br</strong> />

Mandato: concessão de poderes para desempenho de uma<<strong>br</strong> />

representação; procuração; delegação: Mandato parlamentar.


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

Melhora: recuperação de mal físico ou moral; mudança para<<strong>br</strong> />

melhor estado ou condição.<<strong>br</strong> />

Melhoria: melhoramento; aprimoramento; mesmo que<<strong>br</strong> />

melhora ―mudança para melhor estado ou condição‖ (A/H).<<strong>br</strong> />

Óptico: respeitante à óptica ―ciência da visão‖; relativo à<<strong>br</strong> />

visão ou ao olho; ocular.<<strong>br</strong> />

Ótico:28 relativo ao ouvido; que é eficaz contra os males do<<strong>br</strong> />

ouvido.<<strong>br</strong> />

Ordinal: que denota ordem, posição.<<strong>br</strong> />

Ordinário: conforme ao costume; <strong>com</strong>um; freqüente; vulgar.<<strong>br</strong> />

Original: que não ocorreu antes; novo; autêntico; <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

caráter próprio; primitivo.<<strong>br</strong> />

Originário: oriundo, proveniente; que não se alterou.<<strong>br</strong> />

Paço: palácio real ou episcopal.<<strong>br</strong> />

Passo: ato ou jeito de andar.<<strong>br</strong> />

Pleito: questão em juízo; discussão; eleição: Ele elegeu-se<<strong>br</strong> />

no pleito do ano passado. Pleitear: demandar em juízo; falar a<<strong>br</strong> />

favor de; fazer por conseguir: Pleitear um cargo.<<strong>br</strong> />

Preito: homenagem; respeito; assunto. Render preito: fazer<<strong>br</strong> />

declaração de louvor, gratidão, respeito.<<strong>br</strong> />

Posar (pose): assumir atitude, modos ou ares de algo que se<<strong>br</strong> />

quer aparentar; fazer pose: Posar para fotos.<<strong>br</strong> />

Pousar (pouso): descer, baixar em pouso: O avião pousou;<<strong>br</strong> />

pernoitar: Pousaram em um hotel à beira da estrada.<<strong>br</strong> />

Preceder: anteceder, vir antes; ter precedência.<<strong>br</strong> />

Proceder: vir, provir; originar-se.<<strong>br</strong> />

Preeminente: que ocupa lugar mais elevado; superior;<<strong>br</strong> />

sublime.<<strong>br</strong> />

Proeminente: que so<strong>br</strong>essai; que avança em ponta;<<strong>br</strong> />

preeminente.<<strong>br</strong> />

28 Por também ser variante de óptico, a forma ótico é em geral ambígua, já que<<strong>br</strong> />

pode referir-se tanto à visão <strong>com</strong>o à audição, o mesmo ocorrendo <strong>com</strong> a forma<<strong>br</strong> />

ótica (feminino de ótico e variante de óptica).


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

Prescrever (prescrição): preceituar; receitar: O médico<<strong>br</strong> />

prescreveu repouso; perder o efeito: O prazo para co<strong>br</strong>ança da<<strong>br</strong> />

dívida prescreveu.<<strong>br</strong> />

Proscrever (proscrição): banir; expulsar; vetar: A<<strong>br</strong> />

Constituição proscreve a pena de banimento.<<strong>br</strong> />

Prever: ver antecipadamente.<<strong>br</strong> />

Prover: abastecer; regular; nomear para um cargo; deferir.<<strong>br</strong> />

Provir: vir de; originar-se; resultar: Certas doenças provêm<<strong>br</strong> />

da falta de saneamento básico.<<strong>br</strong> />

Ratificar (ratificação): confirmar, validar.<<strong>br</strong> />

Retificar (retificação): corrigir.<<strong>br</strong> />

Recrear: proporcionar recreação a; divertir(-se).<<strong>br</strong> />

Recriar: criar de novo.<<strong>br</strong> />

Reincidir (reincidência): tornar a incidir, recair em; repetir.<<strong>br</strong> />

Rescindir (rescisão): tornar nulo (contrato); cancelar.<<strong>br</strong> />

Remição: ato ou efeito de remir ―tornar a obter, resgatar‖;<<strong>br</strong> />

liberação de pena ou dívida.<<strong>br</strong> />

Remissão: ato ou efeito de remitir ―perdoar‖; perdão; ação<<strong>br</strong> />

ou efeito de remeter.<<strong>br</strong> />

Repreensão: ato de repreender; censura; advertência.<<strong>br</strong> />

Repressão: ação de reprimir; contenção; impedimento.<<strong>br</strong> />

Saldar: pagar o saldo de; liquidar (contas).<<strong>br</strong> />

Saudar: cumprimentar; aclamar.<<strong>br</strong> />

Segmento: porção de um todo: Segmento de mercado.<<strong>br</strong> />

Seguimento: continuação: Dar seguimento ao trabalho.<<strong>br</strong> />

Senão: conj. de outro modo, do contrário: Lute, senão estará<<strong>br</strong> />

perdido; mas sim, porém: Aconselhava não <strong>com</strong>o chefe, senão<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o amigo. • prep. a não ser; salvo, exceto: Não podia<<strong>br</strong> />

acreditar, senão vendo <strong>com</strong> os próprios olhos. • subst. defeito,<<strong>br</strong> />

falha: Fez um discurso perfeito, sem nenhum senão. (Esta é a<<strong>br</strong> />

forma que se usa na expressão ―senão vejamos‖.)


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

Se não: no caso de não (indica hipótese ou condição): Se<<strong>br</strong> />

não buscares, não encontrarás; O dispositivo está na Constituição,<<strong>br</strong> />

se não no Regimento Interno.<<strong>br</strong> />

Sob: debaixo de: A lixeira fica sob a mesa; debaixo de<<strong>br</strong> />

autoridade, <strong>com</strong>ando, orientação: Agiu sob o manto da lei; Sob<<strong>br</strong> />

esse ponto de vista, o argumento dele está correto; Ficou sob a<<strong>br</strong> />

mira do assaltante.<<strong>br</strong> />

So<strong>br</strong>e: em cima de: O livro está so<strong>br</strong>e a mesa; acima de, em<<strong>br</strong> />

lugar superior: Nem sempre sabemos que forças atuam so<strong>br</strong>e nós;<<strong>br</strong> />

a respeito de: No discurso, falou so<strong>br</strong>e a seca.<<strong>br</strong> />

So<strong>br</strong>escrever ou so<strong>br</strong>escritar: escrever (no envelope) nome<<strong>br</strong> />

e endereço do destinatário.<<strong>br</strong> />

Subscrever ou subscritar: assinar.<<strong>br</strong> />

Sortir: prover, abastecer: Sortiu a despensa <strong>com</strong> as <strong>com</strong>pras.<<strong>br</strong> />

Surtir: dar <strong>com</strong>o resultado: Apesar de oportuna, a medida<<strong>br</strong> />

não surtiu a mudança desejada.<<strong>br</strong> />

Tachar: pôr defeito em, qualificar negativamente; censurar:<<strong>br</strong> />

Tachou a Oposição de revanchista; Tacharam-no de provinciano.<<strong>br</strong> />

Taxar: tributar; submeter a uma taxa: O Brasil taxa pesado as<<strong>br</strong> />

importações de certos produtos; fixar o preço de: O correio taxa<<strong>br</strong> />

as cartas <strong>com</strong> base no peso das mesmas; qualificar positivamente<<strong>br</strong> />

ou negativamente (A/H): Taxou a Oposição de aguerrida;<<strong>br</strong> />

Taxaram-no de provinciano.<<strong>br</strong> />

Tampouco: também não, muito menos (é usado para<<strong>br</strong> />

reforçar uma negação): Não veio, tampouco telefonou; Não pôde<<strong>br</strong> />

encaminhar o trabalho no prazo, tampouco teve tempo de revisálo.<<strong>br</strong> />

(Nem tampouco é expressão redundante, a ser evitada.)<<strong>br</strong> />

Tão pouco: muito pouco: É pena que demonstre tão pouco<<strong>br</strong> />

interesse pelos estudos; em tal (pequeno, escasso) grau ou<<strong>br</strong> />

quantidade: Ganha tão pouco, que mal tem dinheiro para <strong>com</strong>er.


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

Tráfego: movimento ou fluxo: tráfego aéreo; trânsito:<<strong>br</strong> />

Tráfego congestionado.<<strong>br</strong> />

Tráfico: negócio, <strong>com</strong>ércio: tráfico negreiro; negócio ilícito:<<strong>br</strong> />

Tráfico de entorpecentes.<<strong>br</strong> />

Trás: atrás, detrás; após, depois de.<<strong>br</strong> />

Traz: forma do verbo trazer.<<strong>br</strong> />

Vestiário: guarda-roupa; local em que se trocam roupas.<<strong>br</strong> />

Vestuário: conjunto das peças de vestir; traje.<<strong>br</strong> />

Vultoso: de grande vulto, volumoso, vultuoso (H); muito<<strong>br</strong> />

grande: Pagou pelo resgate uma vultosa soma em dinheiro.<<strong>br</strong> />

Vultuoso: a<strong>com</strong>etido de vultuosidade ―inchaço no rosto‖;<<strong>br</strong> />

mesmo que vultoso (H).<<strong>br</strong> />

4.7 POR QUE, POR QUÊ, PORQUE, PORQUÊ<<strong>br</strong> />

Por que (separado e sem acento) é usado nos seguintes<<strong>br</strong> />

casos:<<strong>br</strong> />

a. Nas frases interrogativas:<<strong>br</strong> />

Por que o dólar subiu?<<strong>br</strong> />

Por que o projeto foi rejeitado?<<strong>br</strong> />

Por que as o<strong>br</strong>as ainda não <strong>com</strong>eçaram?<<strong>br</strong> />

b. Sempre que o sentido for ―por que razão‖, ―por que<<strong>br</strong> />

motivo‖, ―a razão por que/pela qual‖, ―o motivo por que/pelo<<strong>br</strong> />

qual‖, estejam essas palavras expressas ou subentendidas:<<strong>br</strong> />

Não se sabe por que o império maia entrou em declínio.<<strong>br</strong> />

O funcionário explicou por que havia faltado.<<strong>br</strong> />

Esse é o motivo por que a reunião foi adiada.<<strong>br</strong> />

Observação: Com esse sentido, por que é também usado nos<<strong>br</strong> />

títulos: Por que apoiar a proposta; Entenda por que o dólar subiu; e<<strong>br</strong> />

após as palavras daí e eis: Daí (Eis) por que a reunião foi adiada.<<strong>br</strong> />

c. Quando equivaler a ―por isto‖ ou a ―pelo qual/pelos<<strong>br</strong> />

quais‖, ―pela qual/pelas quais‖:


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

Torcemos por que tudo se resolva logo. (= torcemos por<<strong>br</strong> />

isto)<<strong>br</strong> />

O Relator estava ansioso por que <strong>com</strong>eçasse a votação. (=<<strong>br</strong> />

ansioso por isto)<<strong>br</strong> />

Muitos foram os perigos por que (pelos quais) passamos.<<strong>br</strong> />

A causa por que (pela qual) tanto lutamos agora é lei.<<strong>br</strong> />

Por quê (separado e <strong>com</strong> acento) é usado nos mesmos casos<<strong>br</strong> />

acima, mas somente quando incide no final da frase ou antes de<<strong>br</strong> />

ponto-e-vírgula ou dois-pontos (ou seja, quando se segue pausa<<strong>br</strong> />

longa):<<strong>br</strong> />

O projeto foi rejeitado por quê?<<strong>br</strong> />

Há pessoas que vivem insatisfeitas sem saber por quê. Eis<<strong>br</strong> />

por quê: por não saberem o que querem.<<strong>br</strong> />

Na terapia gestalt, não se pergunta ―por quê‖; antes, indaga<<strong>br</strong> />

se ―para quê‖.<<strong>br</strong> />

Porque (junto e sem acento) é usado:<<strong>br</strong> />

a. Para introduzir explicação, causa, motivo, podendo ser<<strong>br</strong> />

substituído por conjunções causais <strong>com</strong>o pois, porquanto, visto<<strong>br</strong> />

que:<<strong>br</strong> />

Traga agasalho, porque vai fazer frio.<<strong>br</strong> />

A reunião foi adiada porque faltou energia.<<strong>br</strong> />

Porque ainda é cedo, proponho esperarmos um pouco<<strong>br</strong> />

mais.<<strong>br</strong> />

b. Nas frases interrogativas a que se responde <strong>com</strong> ―sim‖ ou<<strong>br</strong> />

―não‖:<<strong>br</strong> />

Ele não votou o projeto porque estava de licença?<<strong>br</strong> />

Essa medida provisória está na pauta de votação porque é<<strong>br</strong> />

urgente?<<strong>br</strong> />

c. Como conjunção final (= para que), levando o verbo<<strong>br</strong> />

para o subjuntivo:<<strong>br</strong> />

Rezo porque tudo corra bem.


Não expressou sua opinião porque não desanimasse os<<strong>br</strong> />

colegas.


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

Observação: Contemporaneamente, para exprimir finalidade,<<strong>br</strong> />

objetivo, prefere-se usar para que em lugar de porque: Rezo para<<strong>br</strong> />

que tudo corra bem.<<strong>br</strong> />

Porquê (junto e <strong>com</strong> acento) é sinônimo de motivo, causa,<<strong>br</strong> />

indagação. Por ser substantivo, admite artigo e pode ir ao plural:<<strong>br</strong> />

Os considerandos são os porquês de um decreto.<<strong>br</strong> />

O Relator explicou o porquê de cada emenda.<<strong>br</strong> />

Qual é o porquê desta vez?


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

5 MORFOLOGIA<<strong>br</strong> />

5.1 PLURAL <strong>DE</strong> PALAVRAS COMPOSTAS<<strong>br</strong> />

As palavras <strong>com</strong>postas que geram dúvida quanto ao plural<<strong>br</strong> />

são as que apresentam hífen. A regra geral para a flexão dessas<<strong>br</strong> />

palavras é a seguinte: vão para o plural os termos variáveis<<strong>br</strong> />

(substantivos, adjetivos, pronomes, numerais) e ficam no singular<<strong>br</strong> />

os que são invariáveis (advérbios, preposições, conjunções,<<strong>br</strong> />

interjeições) e os verbos. Observa-se, contudo, que determinados<<strong>br</strong> />

vocábulos têm o seu plural indicado de maneira discrepante por<<strong>br</strong> />

gramáticos e dicionaristas.<<strong>br</strong> />

Eis as principais regras para a formação do plural de<<strong>br</strong> />

substantivos e adjetivos <strong>com</strong>postos ligados por hífen:<<strong>br</strong> />

a. São flexionados os dois termos quando a palavra<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>posta é formada por:<<strong>br</strong> />

• substantivo + adjetivo, ou adjetivo + substantivo: arescondicionados,<<strong>br</strong> />

cachorros-quentes, dedos-duros, guardasflorestais,<<strong>br</strong> />

lugares-<strong>com</strong>uns, matérias-primas, secretários-gerais,<<strong>br</strong> />

boas-novas, bons-dias, puros-sangues;<<strong>br</strong> />

• numeral + substantivo: primeiros-ministros, segundossargentos,<<strong>br</strong> />

terças-feiras;<<strong>br</strong> />

• substantivo + substantivo: amigos-ursos, cirurgiões-dentistas,<<strong>br</strong> />

couves-flores, decretos-leis (ou decretos-lei), editores-chefes,<<strong>br</strong> />

marias-farinhas, porcos-espinhos, surdas-mudas, surdosmudos.<<strong>br</strong> />

Observação: Nos casos em que o segundo substantivo limita a<<strong>br</strong> />

significação do primeiro, exprimindo idéia de finalidade,<<strong>br</strong> />

semelhança, relação, forma, espécie, etc., há duas opções: flexionar<<strong>br</strong> />

os dois termos ou apenas o primeiro. A melhor escolha é dada pela<<strong>br</strong> />

eufonia, o que parece ser o caso da primeira forma dos pares a<<strong>br</strong> />

seguir: cidades-dormitório ou cidades-dormitórios, escolas-modelo<<strong>br</strong> />

ou escolas-modelos, homens-macaco ou homens-macacos, navios


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

escola ou navios-escolas, operários-padrão ou operários-padrões,<<strong>br</strong> />

papéis-moeda ou papéis-moedas, pombos-correios ou pomboscorreio,<<strong>br</strong> />

salários-família ou salários-famílias, seguros-desemprego ou<<strong>br</strong> />

seguros-desempregos.<<strong>br</strong> />

b. Quando a palavra é formada por dois substantivos<<strong>br</strong> />

unidos por preposição (ou <strong>com</strong> esta subentendida), apenas o<<strong>br</strong> />

primeiro vai para o plural: aves-do-paraíso, mulas-sem-cabeça,<<strong>br</strong> />

pães-de-ló, pés-de-moleque, pores-do-sol, cavalos-vapor (a),<<strong>br</strong> />

padrões-ouro (de).<<strong>br</strong> />

c. É flexionado apenas o substantivo ou adjetivo quando<<strong>br</strong> />

formam palavra <strong>com</strong>:<<strong>br</strong> />

• verbo: bate-bocas, guarda-chuvas, lança-perfumes, lava-pés,<<strong>br</strong> />

pára-choques, porta-vozes;<<strong>br</strong> />

• advérbio, preposição, prefixo, interjeição (palavras<<strong>br</strong> />

invariáveis): abaixo-assinados, alto-falantes, bem-vindos, nãoconformistas,<<strong>br</strong> />

todo-poderosos, sem-vergonhas, recémnascidos,<<strong>br</strong> />

super-homens, vice-presidentes, ave-marias, salverainhas.<<strong>br</strong> />

Observação: São exceções a essa regra sem-teto (os sem-teto),<<strong>br</strong> />

sem-terra (os sem-terra) e vocábulos semelhantes.<<strong>br</strong> />

d. Quando a palavra <strong>com</strong>posta já traz o segundo termo no<<strong>br</strong> />

plural, o primeiro termo, se for palavra variável, também irá para<<strong>br</strong> />

o plural: o mestre-de-o<strong>br</strong>as – os mestres-de-o<strong>br</strong>as. Se for palavra<<strong>br</strong> />

invariável, o primeiro termo permanecerá no singular: os contagotas,<<strong>br</strong> />

os lança-chamas, os porta-aviões, os porta-chaves, os sacarolhas,<<strong>br</strong> />

os salva-vidas.<<strong>br</strong> />

e. Se a palavra <strong>com</strong>posta é formada por dois ou mais<<strong>br</strong> />

adjetivos, apenas o último adjetivo vai para o plural: pesquisas<<strong>br</strong> />

técnico-científicas, trabalhos histórico-literários, cabelos<<strong>br</strong> />

castanho-escuros, olhos verde-claros, consultórios médicocirúrgicos.<<strong>br</strong> />

Observação: O adjetivo <strong>com</strong>posto surdo-mudo flexiona os dois<<strong>br</strong> />

termos: homens surdos-mudos, mulheres surdas-mudas.<<strong>br</strong> />

f. Se a palavra <strong>com</strong>posta é formada por onomatopéia


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

(palavra que imita o som da coisa significada), só o segundo ou<<strong>br</strong> />

último termo vai para o plural: bangue-bangues, bem-te-vis,<<strong>br</strong> />

pingue-pongues, reco-recos, tique-taques.<<strong>br</strong> />

g. No caso de palavras formadas por verbo repetido,<<strong>br</strong> />

flexiona-se apenas o segundo termo ou, mais raramente, os dois:<<strong>br</strong> />

corre-corres ou corres-corres, pisca-piscas ou piscas-piscas.<<strong>br</strong> />

h. São invariáveis:<<strong>br</strong> />

• <strong>com</strong>postos de verbo + palavra invariável: os bota-fora, os<<strong>br</strong> />

cola-tudo, os ganha-pouco, os topa-tudo;<<strong>br</strong> />

• expressões substantivadas: os chove-não-molha, os disse-medisse,<<strong>br</strong> />

os bumba-meu-boi;<<strong>br</strong> />

• <strong>com</strong>postos de verbos de sentido oposto: os entra-e-sai, os leva-<<strong>br</strong> />

e-traz, os perde-e-ganha, os sobe-e-desce, os vai-e-volta, os<<strong>br</strong> />

vai-e-vem (ou: vaivém, plural: vaivéns).<<strong>br</strong> />

i. Outros casos: os arco-íris, os banhos-maria, os joõesninguém,<<strong>br</strong> />

os louva-a-deus, os lugar-tenentes ou os lugarestenentes,<<strong>br</strong> />

os padre-nossos ou os padres-nossos.<<strong>br</strong> />

5.2 VERBOS<<strong>br</strong> />

5.2.1 NOÇÕES BÁSICAS<<strong>br</strong> />

As noções a seguir possibilitam uma melhor <strong>com</strong>preensão<<strong>br</strong> />

dos tópicos abordados neste item, além de serem úteis para a<<strong>br</strong> />

solução de casos não contemplados.<<strong>br</strong> />

5.2.1.1 Radical<<strong>br</strong> />

Radical é a parte do verbo que contém a sua significaçãobásica. É identificado retirando-se<<strong>br</strong> />

as terminações -ar, -er, -ir do<<strong>br</strong> />

infinitivo: cant-ar, est-ar, perd-er, vend-er, ouv-ir, part-ir.<<strong>br</strong> />

5.2.1.2 Verbos regulares e irregulares<<strong>br</strong> />

Quando o radical do verbo não se altera e as terminações<<strong>br</strong> />

seguem o modelo de sua conjugação, diz-se que o verbo é


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

regular. Exemplo (cantar): cant-o, cant-as, cant-a, cant-amos,<<strong>br</strong> />

cant-ais, cant-am.<<strong>br</strong> />

Irregular é o verbo cujo radical se altera ou cujas<<strong>br</strong> />

terminações fogem ao modelo de sua conjugação. Exemplos<<strong>br</strong> />

(perder e estar): perc-o, perd-es, perd-e, perd-emos, perd-eis, perdem;<<strong>br</strong> />

est-ou, est-ás, est-á, est-amos, est-ais, est-ão.<<strong>br</strong> />

Observações<<strong>br</strong> />

1. Note-se que o radical de perder alterou-se de perd para perc<<strong>br</strong> />

na 1ª pessoa, ou seja, a irregularidade está no radical. Já em estar a<<strong>br</strong> />

irregularidade se mostra nas terminações: est-ou (cp.: cant-o), est-ás<<strong>br</strong> />

(cp.: cant-as, um tônico e outro átono).<<strong>br</strong> />

2. Não são considerados irregulares os verbos que, para<<strong>br</strong> />

conservar a pronúncia, mudam de grafia: carregar, carrego,<<strong>br</strong> />

carregue; ficar, fico fiquei; agir, ajo, aja.<<strong>br</strong> />

5.2.1.3 Verbos defectivos e abundantes<<strong>br</strong> />

Defectivo é o verbo que (geralmente por motivo de eufonia<<strong>br</strong> />

ou significação) não possui todas as formas na sua conjugação,<<strong>br</strong> />

caso de precaver(-se), reaver, colorir, etc. Para suprir as formas<<strong>br</strong> />

inexistentes, utiliza-se uma expressão equivalente ou um verbo<<strong>br</strong> />

sinônimo: eu me previno (não: *me precavejo); eu recupero ou<<strong>br</strong> />

resgato (não: *reavejo); eu pinto (não: *coloro).<<strong>br</strong> />

Observação: Segundo Evanildo Bechara, ―Muitos verbos<<strong>br</strong> />

apontados outrora <strong>com</strong>o defectivos são hoje conjugados<<strong>br</strong> />

integralmente: agir, advir, <strong>com</strong>pelir, desmedir-se, discernir, embair,<<strong>br</strong> />

emergir, imergir, fruir, polir, prazer, submergir. Ressarcir e refulgir<<strong>br</strong> />

[...] tendem a ser empregados <strong>com</strong>o verbos <strong>com</strong>pletos.‖29<<strong>br</strong> />

Abundante é o verbo que apresenta duas (ou três) formas de<<strong>br</strong> />

igual valor: havemos/hemos, constrói/construi, faze/faz tu, etc.<<strong>br</strong> />

Essa abundância é mais <strong>com</strong>um no particípio, havendo um<<strong>br</strong> />

particípio regular, terminado em -do, e outro irregular:<<strong>br</strong> />

acendido/aceso, entregado/entregue, incorrido/incurso.<<strong>br</strong> />

29 Bechara, 2002, p. 227.


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

5.2.1.4 Formas rizotônicas e arrizotônicas<<strong>br</strong> />

Rizotônica (rizo = ―raiz, radical‖) é a forma verbal cuja<<strong>br</strong> />

sílaba/vogal tônica está no radical: louv-o, louv-as, am-o, am-a,<<strong>br</strong> />

vend-o, vend-es, part-o, part-es.<<strong>br</strong> />

Arrizotônica, ao contrário, é a forma verbal cuja sílaba/vogal<<strong>br</strong> />

tônica não está no radical mas fora dele: louv-ei, louv-aste, am-ei,<<strong>br</strong> />

am-aste, vend-i, vend-este, part-i, part-iste.<<strong>br</strong> />

Como pode ser observado em 5.2.4, os verbos defectivos<<strong>br</strong> />

são em geral desprovidos das formas rizotônicas.<<strong>br</strong> />

5.2.1.5 Tempos primitivos e derivados<<strong>br</strong> />

Na conjugação do verbo, certas formas (primitivas) dão<<strong>br</strong> />

origem a outras (derivadas). Abordam-se a seguir os casos que<<strong>br</strong> />

interessam ao presente item.<<strong>br</strong> />

a. O presente do subjuntivo deriva do radical da 1ª pessoa<<strong>br</strong> />

do presente do indicativo, bastando que se substitua a vogal final<<strong>br</strong> />

pelas terminações próprias do presente do subjuntivo:<<strong>br</strong> />

cant-o perc-o ouç-o<<strong>br</strong> />

cant-e perc-a ouç-a<<strong>br</strong> />

cant-es perc-as ouç-as<<strong>br</strong> />

cant-e perc-a ouç-a<<strong>br</strong> />

cant-emos perc-amos ouç-amos<<strong>br</strong> />

cant-eis perc-ais ouç-ais<<strong>br</strong> />

cant-em perc-am ouç-am<<strong>br</strong> />

Observação: Alguns verbos, por não terminarem em o na 1ª<<strong>br</strong> />

pessoa do presente do indicativo, não seguem esse esquema de<<strong>br</strong> />

formação. Caso de dar: dou / dê; estar: estou / esteja; saber: sei /<<strong>br</strong> />

saiba; ser: sou / seja; ir: vou / vá.<<strong>br</strong> />

Em conseqüência desse processo de derivação, um verbo<<strong>br</strong> />

que seja defectivo na 1ª pessoa do singular do presente do<<strong>br</strong> />

indicativo também o será em todo o presente do subjuntivo e em<<strong>br</strong> />

quase todo o imperativo, cujas formas provêm, em sua maioria,<<strong>br</strong> />

do presente do subjuntivo (ver 5.2.2). Observe-se, por exemplo, o<<strong>br</strong> />

verbo abolir: <strong>com</strong>o não existe a forma *abolo , que seria a 1ª


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

pessoa do presente do indicativo, não existe *abola, *abolas<<strong>br</strong> />

(pres. do subj.), nem *abola você (imper.).<<strong>br</strong> />

b. Do pretérito perfeito do indicativo, particularmente da 1ª<<strong>br</strong> />

pessoa do plural, derivam-se o pretérito mais-que-perfeito do<<strong>br</strong> />

indicativo, o pretérito imperfeito do subjuntivo e o futuro do<<strong>br</strong> />

subjuntivo, <strong>com</strong> o acréscimo das devidas terminações. Veja-se,<<strong>br</strong> />

por exemplo, <strong>com</strong>o se formam os verbos ver, vir, caber, fazer:<<strong>br</strong> />

Perf. ind. M.-q.-perf. ind. Imperf. subj. Fut. subj.<<strong>br</strong> />

vi(-mos)<<strong>br</strong> />

vie(-mos)<<strong>br</strong> />

coube(-mos)<<strong>br</strong> />

fize(-mos)<<strong>br</strong> />

vi-ra<<strong>br</strong> />

vie-ra<<strong>br</strong> />

coube-ra<<strong>br</strong> />

fize-ra<<strong>br</strong> />

vi-sse<<strong>br</strong> />

vie-sse<<strong>br</strong> />

coube-sse<<strong>br</strong> />

fize-sse<<strong>br</strong> />

vi-r<<strong>br</strong> />

vie-r<<strong>br</strong> />

coube-r<<strong>br</strong> />

fize-r<<strong>br</strong> />

5.2.2 IMPERATIVO<<strong>br</strong> />

Imperativo é o modo verbal que se usa para exprimir ordem,<<strong>br</strong> />

pedido ou súplica:<<strong>br</strong> />

―Dêem mais e peçam menos‖, disse o pastor à platéia.<<strong>br</strong> />

Ru<strong>br</strong>ique cada página da declaração.<<strong>br</strong> />

Não tenhamos medo do futuro.<<strong>br</strong> />

O imperativo afirmativo é formado do seguinte modo: a) as<<strong>br</strong> />

2as pessoas (tu e vós) derivam das mesmas pessoas do presente do<<strong>br</strong> />

indicativo, subtraindo-se o s; b) as demais pessoas, sem alteração<<strong>br</strong> />

alguma, são supridas pelas correspondentes do presente do<<strong>br</strong> />

subjuntivo.<<strong>br</strong> />

O imperativo negativo tem todas as suas pessoas supridas<<strong>br</strong> />

pelo presente do subjuntivo, <strong>com</strong> o acréscimo de uma palavra<<strong>br</strong> />

negativa: não, nunca, jamais, etc.<<strong>br</strong> />

Exemplo de formação do imperativo (verbo votar):


Pres. ind. Imper. afirm. Pres. subj. Imper. neg.<<strong>br</strong> />

voto<<strong>br</strong> />

votas (s) ®<<strong>br</strong> />

vota<<strong>br</strong> />

–<<strong>br</strong> />

vota tuvote você<<strong>br</strong> />

vote<<strong>br</strong> />

votes ®<<strong>br</strong> />

¬ vote ®<<strong>br</strong> />

–<<strong>br</strong> />

não votes tu<<strong>br</strong> />

não vote você<<strong>br</strong> />

votamos votemos nós ¬ votemos ® não votemos nós<<strong>br</strong> />

votais (s) ® votai vós voteis ® não voteis vós<<strong>br</strong> />

votam votem vocês ¬ votem ® não votem vocês


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

Observação: No modo imperativo, não se usa a 1ª pessoa do<<strong>br</strong> />

singular.<<strong>br</strong> />

No imperativo, deve-se estar atento para a concordância do<<strong>br</strong> />

verbo <strong>com</strong> o sujeito, o qual raramente aparece expresso. A frase<<strong>br</strong> />

deve ainda observar a concordância dos pronomes pessoais e<<strong>br</strong> />

possessivos. Exemplos:<<strong>br</strong> />

Fale (Vossa Excelência), pois gostaríamos de ouvir Vossa<<strong>br</strong> />

Excelência.<<strong>br</strong> />

Espera (tu), pois preciso falar contigo.<<strong>br</strong> />

Tragam (vocês, os senhores) consigo os seus ideais, juntemse<<strong>br</strong> />

a nós e ajudem-nos a construir um novo partido.<<strong>br</strong> />

Traze (tu) contigo os teus ideais, junta-te a nós e ajuda-nos<<strong>br</strong> />

a construir um novo partido.<<strong>br</strong> />

Não ande (você, a senhora) só à noite, que alguém pode<<strong>br</strong> />

abordá-la.<<strong>br</strong> />

Não andes (tu) só à noite, que alguém te pode abordar.<<strong>br</strong> />

Observação: Por não observarem a correspondência entre o<<strong>br</strong> />

sujeito, o verbo imperativo e os pronomes, devem ser evitadas frases<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o: *Diz tudo o que você pensa a respeito de si mesmo (o certo<<strong>br</strong> />

é diga, ou então: Diz tudo o que tu pensas a respeito de ti mesmo);<<strong>br</strong> />

*Discrimina todo o teu patrimônio e ru<strong>br</strong>ique cada folha da<<strong>br</strong> />

declaração (o certo é ru<strong>br</strong>ica, ou então: Discrimine todo o seu<<strong>br</strong> />

patrimônio e ru<strong>br</strong>ique cada folha da declaração).<<strong>br</strong> />

5.2.3 PARTICÍPIO DUPLO<<strong>br</strong> />

Muitos verbos possuem dois particípios, um regular,<<strong>br</strong> />

terminado em -ado ou -ido (expressado, elegido) e outro irregular,<<strong>br</strong> />

terminado em -to ou -so (expresso, eleito). O particípio regular<<strong>br</strong> />

emprega-se em geral <strong>com</strong> os verbos auxiliares ter ou haver; o<<strong>br</strong> />

irregular, <strong>com</strong> os auxiliares ser ou estar:<<strong>br</strong> />

Os policiais tinham prendido duas mulheres.<<strong>br</strong> />

Duas mulheres foram presas pelos policiais.<<strong>br</strong> />

Duas mulheres haviam sido presas pelos policiais.


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

Apesar dessa regra, há particípios que se usam<<strong>br</strong> />

indiferentemente <strong>com</strong> qualquer desses quatro auxiliares,<<strong>br</strong> />

conforme indicado a seguir:30<<strong>br</strong> />

Verbo<<strong>br</strong> />

Ter / Haver<<strong>br</strong> />

Ser / Estar<<strong>br</strong> />

aceitar<<strong>br</strong> />

aceitado<<strong>br</strong> />

aceitado / aceito<<strong>br</strong> />

acender<<strong>br</strong> />

acendido<<strong>br</strong> />

aceso<<strong>br</strong> />

assentar<<strong>br</strong> />

assentado<<strong>br</strong> />

assentado / assento<<strong>br</strong> />

eleger<<strong>br</strong> />

elegido<<strong>br</strong> />

eleito<<strong>br</strong> />

entregar<<strong>br</strong> />

entregado<<strong>br</strong> />

entregado / entregue<<strong>br</strong> />

envolver<<strong>br</strong> />

envolvido


envolto<<strong>br</strong> />

enxugar<<strong>br</strong> />

enxugado<<strong>br</strong> />

enxugado / enxuto<<strong>br</strong> />

expressar<<strong>br</strong> />

expressado<<strong>br</strong> />

expressado / expresso<<strong>br</strong> />

exprimir<<strong>br</strong> />

expressado / expresso<<strong>br</strong> />

expressado / expresso<<strong>br</strong> />

expulsar<<strong>br</strong> />

expulsado<<strong>br</strong> />

expulsado / expulso<<strong>br</strong> />

extinguir<<strong>br</strong> />

extinguido<<strong>br</strong> />

extinguido / extinto<<strong>br</strong> />

fartar<<strong>br</strong> />

fartado<<strong>br</strong> />

fartado / farto<<strong>br</strong> />

findar<<strong>br</strong> />

findado<<strong>br</strong> />

findado / findo<<strong>br</strong> />

frigir<<strong>br</strong> />

frigido / frito


frito<<strong>br</strong> />

ganhar<<strong>br</strong> />

ganhado<<strong>br</strong> />

ganhado / ganho<<strong>br</strong> />

gastar<<strong>br</strong> />

gastado / gasto<<strong>br</strong> />

gasto<<strong>br</strong> />

imprimir<<strong>br</strong> />

imprimido / impresso<<strong>br</strong> />

imprimido / impresso<<strong>br</strong> />

inserir<<strong>br</strong> />

inserido / inserto<<strong>br</strong> />

inserido / inserto<<strong>br</strong> />

isentar<<strong>br</strong> />

isentado<<strong>br</strong> />

isento<<strong>br</strong> />

juntar<<strong>br</strong> />

juntado / junto<<strong>br</strong> />

juntado / junto<<strong>br</strong> />

limpar<<strong>br</strong> />

limpado / limpo<<strong>br</strong> />

limpado / limpo<<strong>br</strong> />

matar


matado / morto<<strong>br</strong> />

morto<<strong>br</strong> />

pagar<<strong>br</strong> />

pagado / pago<<strong>br</strong> />

pago<<strong>br</strong> />

pasmar<<strong>br</strong> />

pasmado<<strong>br</strong> />

pasmado / pasmo<<strong>br</strong> />

pegar<<strong>br</strong> />

pegado / pego<<strong>br</strong> />

pegado / pego<<strong>br</strong> />

prender<<strong>br</strong> />

prendido<<strong>br</strong> />

prendido / preso<<strong>br</strong> />

revolver<<strong>br</strong> />

revolvido<<strong>br</strong> />

revolvido / revolto<<strong>br</strong> />

salvar<<strong>br</strong> />

salvado / salvo<<strong>br</strong> />

salvado / salvo<<strong>br</strong> />

suspender<<strong>br</strong> />

suspendido<<strong>br</strong> />

suspendido / suspenso<<strong>br</strong> />

Tingir


tingido<<strong>br</strong> />

tingido / tinto<<strong>br</strong> />

30 Relação conforme Bechara, 2002, p. 229-230.


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

5.2.4 VERBOS QUE <strong>DE</strong>SPERTAM DÚVIDAS <strong>DE</strong> PRONÚNCIA OU FLEXÃO<<strong>br</strong> />

Na lista a seguir, a conjugação que serve de modelo é<<strong>br</strong> />

sempre a do primeiro verbo da entrada. Procurou-se apresentar as<<strong>br</strong> />

formas que mais suscitam dúvidas e, sempre que oportuno, o<<strong>br</strong> />

presente do indicativo e o pretérito perfeito do indicativo, que são<<strong>br</strong> />

tempos (primitivos) que dão origem a outros (derivados),<<strong>br</strong> />

conforme explicado acima.<<strong>br</strong> />

Abolir, banir, colorir, demolir, explodir...<<strong>br</strong> />

...<strong>br</strong>amir, carpir, delinqüir, esculpir, espargir, exaurir,<<strong>br</strong> />

extorquir, feder, fremer (ou fremir), fulgir, haurir, impingir,<<strong>br</strong> />

retorquir, ruir, etc. Tais verbos não se conjugam nas pessoas em<<strong>br</strong> />

que depois do radical aparecem a ou o.<<strong>br</strong> />

Pres. ind.: eu f, tu aboles, ele abole, nós abolimos, vós abolis, eles<<strong>br</strong> />

abolem.<<strong>br</strong> />

Pret. perf. ind.: aboli, aboliste, aboliu, abolimos, abolistes, aboliram.<<strong>br</strong> />

Pres. subj.: f (inexistente).<<strong>br</strong> />

Imper. afirm.: abole tu, aboli vós.<<strong>br</strong> />

Diga-se: É preciso que se revogue (ou anule), e não: *que se<<strong>br</strong> />

abula; Para que se esgotem, e não: *exauram.<<strong>br</strong> />

Adaptar, designar, impugnar, obstar, ritmar...<<strong>br</strong> />

...dignar-se, impregnar, indignar-se, optar, persignar-se,<<strong>br</strong> />

pugnar, raptar, resignar-se. Estes verbos não formam sílaba nova<<strong>br</strong> />

na conjugação. Observe-se o presente do indicativo de alguns<<strong>br</strong> />

deles:<<strong>br</strong> />

Impugnar: impugno /ú/, impugnas /ú/, impugna /ú/, impugnamos,<<strong>br</strong> />

impugnais, impugnam /ú/.<<strong>br</strong> />

Indignar-se: indigno-me /dí/, indignas-te /dí/, indigna-se /dí/, indignamo<<strong>br</strong> />

nos, indignais-vos, indignam-se /dí/.<<strong>br</strong> />

Obstar: obsto /ó/, obstas /ó/, obsta /ó/, obstamos, obstais, obstam /ó/.<<strong>br</strong> />

Optar: opto /ó/, optas /ó/, opta /ó/, optamos, optais, optam /ó/.<<strong>br</strong> />

Ritmo: ritmo /í/, ritmas /í/, ritma /í/, ritmamos, ritmais, ritmam /í/.


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

Diga-se: Impugnam a lei, e não: *impuguinam; A injustiça<<strong>br</strong> />

nos indigna, e não: *nos indiguina; Opto por ficar, e não:<<strong>br</strong> />

*opito.<<strong>br</strong> />

Adequar<<strong>br</strong> />

Como precaver e reaver, adequar conjuga-se somente nas<<strong>br</strong> />

formas arrizotônicas. Falta-lhe o imperativo negativo e o presente<<strong>br</strong> />

do subjuntivo; no restante, conjuga-se normalmente (<strong>com</strong> o u<<strong>br</strong> />

sempre átono).<<strong>br</strong> />

Pres. ind.: eu f, tu f, ele f, nós adequamos, vós adequais, eles f.<<strong>br</strong> />

Pret. perf. ind.: adeqüei, adequaste, adequou, adequamos, adequastes,<<strong>br</strong> />

adequaram.<<strong>br</strong> />

Imper. afirm.: adequai.<<strong>br</strong> />

Diga-se: É necessário que se adapte, e não: *adeqüe.<<strong>br</strong> />

Aderir, advertir, <strong>com</strong>petir, deferir, repelir...<<strong>br</strong> />

...<strong>com</strong>pelir, conferir, convergir, despir, desservir, discernir,<<strong>br</strong> />

dissentir, divergir, ferir, impelir, interferir, investir, mentir, preferir,<<strong>br</strong> />

preterir, proferir, referir, repetir, servir, sugerir, transferir, etc. A<<strong>br</strong> />

irregularidade desses verbos está em a vogal e, última do radical,<<strong>br</strong> />

passar a i na 1ª pessoa do singular do presente do indicativo e em<<strong>br</strong> />

todo o presente do subjuntivo, e a e aberto na 2ª e 3ª pessoa do<<strong>br</strong> />

singular e 3ª do plural de presente do indicativo e 2ª pessoa do<<strong>br</strong> />

singular do imperativo.<<strong>br</strong> />

Pres. ind.: adiro, aderes, adere, aderimos, aderis, aderem.<<strong>br</strong> />

Pret. perf. ind.: aderi, aderiste, aderiu, aderimos, aderiste, aderiram.<<strong>br</strong> />

Pres. subj.: adira, adiras, adira, adiramos, adirais, adiram.<<strong>br</strong> />

Imper. afirm.: adere, adira, adiramos, aderi, adiram.<<strong>br</strong> />

Aguar, apropinquar, desaguar, enxaguar, minguar<<strong>br</strong> />

O u é átono em toda a conjugação, devendo receber trema<<strong>br</strong> />

quando seguido de e.<<strong>br</strong> />

Pres. ind.: águo, águas, água, aguamos, aguais, águam.<<strong>br</strong> />

Pret. perf. ind.: agüei, aguaste, aguou, aguamos, aguastes, aguaram.<<strong>br</strong> />

Pres. subj.: ágüe, ágües, ágüe, agüemos, agüeis, ágüem.<<strong>br</strong> />

Imper. afirm.: água, ágüe, agüemos, aguai, ágüem.


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

Apaziguar, averiguar, obliquar<<strong>br</strong> />

O u é tônico em quatro formas do presente do indicativo e<<strong>br</strong> />

subjuntivo, devendo receber acento agudo quando seguido de e.<<strong>br</strong> />

No restante da conjugação, é átono e leva trema quando seguido<<strong>br</strong> />

de e.<<strong>br</strong> />

Pres. ind.: apaziguo /ú/, apaziguas /ú/, apazigua /ú/, apaziguamos,<<strong>br</strong> />

apaziguais, apaziguam /ú/.<<strong>br</strong> />

Pret. perf. ind.: apazigüei, apaziguaste, apaziguou, apaziguamos,<<strong>br</strong> />

apaziguastes, apaziguaram.<<strong>br</strong> />

Pres. subj.: apazigúe, apazigúes, apazigúe, apazigüemos, apazigüeis,<<strong>br</strong> />

apazigúem.<<strong>br</strong> />

Aprazer, <strong>com</strong>prazer, desprazer, des<strong>com</strong>prazer<<strong>br</strong> />

Embora sejam derivados de prazer, que quase não é usado<<strong>br</strong> />

na 1ª e 2ª pessoa, estes verbos possuem conjugação <strong>com</strong>pleta.<<strong>br</strong> />

Pres. ind.: aprazo, aprazes, apraz, aprazemos, aprazeis, aprazem.<<strong>br</strong> />

Pret. perf. ind.: aprouve, aprouveste, aprouve, aprouvemos,<<strong>br</strong> />

aprouvestes, aprouveram.<<strong>br</strong> />

Pres. subj.: apraza, aprazas, apraza, aprazamos, aprazais, aprazam.<<strong>br</strong> />

Pret. imperf. subj.: aprouvesse, aprouvesses, aprouvesse,<<strong>br</strong> />

aprouvéssemos, aprouvésseis, aprouvessem.<<strong>br</strong> />

Fut. subj.: aprouver, aprouveres, aprouver, aprouvermos, aprouverdes,<<strong>br</strong> />

aprouverem.<<strong>br</strong> />

Argüir, redargüir<<strong>br</strong> />

O u é tônico em quatro formas do presente do indicativo e<<strong>br</strong> />

subjuntivo, devendo receber acento agudo quando seguido de i.<<strong>br</strong> />

No restante da conjugação, é átono e leva trema quando seguido<<strong>br</strong> />

de i.<<strong>br</strong> />

Pres. ind.: arguo /ú/, argúis, argúi, argüimos, argüis, argúem.<<strong>br</strong> />

Pret. perf. ind.: argüi, argüiste, argüiu, argüimos, argüistes, argüiram.<<strong>br</strong> />

Pres. subj.: argua /ú/, arguas /ú/, argua /ú/, argüimos, argüis, arguam /ú/.<<strong>br</strong> />

Crer, descrer<<strong>br</strong> />

Estes verbos conjugam-se <strong>com</strong>o ler.


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

Pres. ind.: creio, crês, crê, cremos, credes, crêem.<<strong>br</strong> />

Pret. perf. ind.: cri, creste, creu, cremos, crestes, creram.<<strong>br</strong> />

Pres. subj.: creia, creias, creia, creiamos, creiais, creiam.<<strong>br</strong> />

Pret. imperf. subj.: cresse, cresses, cresse, crêssemos, crêsseis, cressem.<<strong>br</strong> />

Particípio: crido.<<strong>br</strong> />

Falir, <strong>com</strong>balir, remir, ressarcir, ressequir...<<strong>br</strong> />

...aguerrir, florir, fornir, etc. Estes verbos só se conjugam nas<<strong>br</strong> />

formas em que depois do radical aparece i, ou seja, nas formas<<strong>br</strong> />

arrizotônicas. Ressarcir, no entanto, tende a se apresentar em<<strong>br</strong> />

todas as pessoas.<<strong>br</strong> />

Pres. ind.: eu f, tu f, ele f, nós falimos, vós falis, eles f.<<strong>br</strong> />

Pret. perf. ind.: fali, faliste, faliu, falimos, falistes, faliram.<<strong>br</strong> />

Pres. subj.: f (inexistente).<<strong>br</strong> />

Obviar<<strong>br</strong> />

Pres. ind.: obvio /í/, obvias /í/, obvia /í/, obviamos, obviais, obviam /í/.<<strong>br</strong> />

Pres. subj.: obvie /í/, obvies /í/, obvie /í/, obviemos, obvieis, obviem /í/.<<strong>br</strong> />

Pesar<<strong>br</strong> />

No sentido de ―causar mágoa, desgosto‖, pesar é defectivo e<<strong>br</strong> />

só se conjuga nas 3as pessoas. Quando possui sujeito oracional,<<strong>br</strong> />

permanece na 3ª pessoa do singular. Quando o sujeito é<<strong>br</strong> />

substantivo ou palavra equivalente, concorda <strong>com</strong> ele no singular<<strong>br</strong> />

ou plural:<<strong>br</strong> />

Pesa-me saber essas notícias. (sujeito oracional = saber<<strong>br</strong> />

essas notícias)<<strong>br</strong> />

Pesam-me notícias de morte. (sujeito = notícias de morte)<<strong>br</strong> />

Pôr e seus derivados<<strong>br</strong> />

Antepor, apor, <strong>com</strong>por, de<strong>com</strong>por, depor, expor, impor,<<strong>br</strong> />

indispor, justapor, opor, predispor, pressupor, propor, repor,<<strong>br</strong> />

supor, transpor, etc. conjugam-se <strong>com</strong>o pôr (notar que pôr,<<strong>br</strong> />

somente, recebe acento diferencial).<<strong>br</strong> />

Pres. ind.: ponho, pões, põe, pomos, pondes, põem.


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

Pret. imperf. ind.: punha, punhas, punha, púnhamos, púnheis, punham.<<strong>br</strong> />

Pret. perf. ind.: pus, puseste, pôs, pusemos, pusestes, puseram.<<strong>br</strong> />

Pres. subj.: ponha, ponhas, ponha, ponhamos, ponhais, ponham.<<strong>br</strong> />

Pret. imperf. subj.: pusesse, pusesses, pusesse, puséssemos, pusésseis,<<strong>br</strong> />

pusessem.<<strong>br</strong> />

Fut. subj.: puser, puseres, puser, pusermos, puserdes, puserem.<<strong>br</strong> />

Imper. afirm.: põe, ponha, ponhamos, ponde, ponham.<<strong>br</strong> />

Infinitivo flexionado: pôr, pores, pôr, pormos, pordes, porem.<<strong>br</strong> />

Precaver(-se)<<strong>br</strong> />

É verbo defectivo: não possui o presente do subjuntivo nem<<strong>br</strong> />

o imperativo negativo. Nas formas existentes, sua conjugação é<<strong>br</strong> />

regular; não segue ver nem vir.<<strong>br</strong> />

Pres. ind.: eu f, tu f, ele f, nós precavemos, vós precaveis, eles f.<<strong>br</strong> />

Pret. perf. ind.: precavi, precaveste, precaveu, precavemos, precavestes,<<strong>br</strong> />

precaveram.<<strong>br</strong> />

Pret. imperf. subj.: precavesse, precavesses, precavesse, precavêssemos,<<strong>br</strong> />

precavêsseis, precavessem.<<strong>br</strong> />

Diga-se: Ele se precaveu, e não: *precaviu ou *precaveio;<<strong>br</strong> />

Para que eles se precatem (ou se acautelem / se previnam), e<<strong>br</strong> />

não: *precavejam ou *precavenham.<<strong>br</strong> />

Reaver<<strong>br</strong> />

É derivado de haver, mas só se conjuga nas formas em que<<strong>br</strong> />

este possui -v-. Como não tem a 1ª pessoa do singular do presente<<strong>br</strong> />

do indicativo, não possui o presente do subjuntivo.<<strong>br</strong> />

Pres. ind.: eu f, tu f, ele f, nós reavemos, vós reaveis, eles f.<<strong>br</strong> />

Pret. perf. ind.: reouve, reouveste, reouve, reouvemos, reouvestes,<<strong>br</strong> />

reouveram.<<strong>br</strong> />

Fut. subj.: reouver, reouveres, reouver, reouvermos, reouverdes,<<strong>br</strong> />

reouverem.<<strong>br</strong> />

Diga-se: Ele espera que eu recupere (ou resgate) o dinheiro,<<strong>br</strong> />

e não: *que eu reaveja; Eles reouveram a jóia desaparecida, e<<strong>br</strong> />

não: *reaveram.


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

Requerer<<strong>br</strong> />

Exceto pelas formas abaixo, requerer conjuga-se <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

querer.<<strong>br</strong> />

Pres. ind.: requeiro, requeres, requer, requeremos, requereis, requerem.<<strong>br</strong> />

Pret. perf. ind.: requeri, requereste, requereu, requeremos, requerestes,<<strong>br</strong> />

requereram.<<strong>br</strong> />

Pret. imperf. ind.: requeresse, requeresses, requeresse, requerêssemos,<<strong>br</strong> />

requerêsseis, requeressem.<<strong>br</strong> />

Pres. subj.: requeira, requeiras, requeira, requeiramos, requeirais,<<strong>br</strong> />

requeiram.<<strong>br</strong> />

Saudar<<strong>br</strong> />

Conjuga-se mantendo o hiato /a-u/ nas formas rizotônicas,<<strong>br</strong> />

mas apresenta variação nas arrizotônicas /a-u ou au/:31<<strong>br</strong> />

Pres. ind.: saúdo, saúdas, saúda, saudamos /sa-u ou sau/, saudais /sa-u<<strong>br</strong> />

ou sau/, saúdam.<<strong>br</strong> />

Pres. subj.: saúde, saúdes, saúde, saudemos /sa-u ou sau/, saudeis /sa-u<<strong>br</strong> />

ou sau/, saúdem.<<strong>br</strong> />

Pret. imperf. ind.: saudava /sa-u ou sau/, saudavas /sa-u ou sau/, etc.<<strong>br</strong> />

Infinitivo: saudar /sa-u ou sau/.<<strong>br</strong> />

So<strong>br</strong>estar<<strong>br</strong> />

Conjuga-se <strong>com</strong>o o verbo estar.<<strong>br</strong> />

Pres. ind.: so<strong>br</strong>estou, so<strong>br</strong>estás, so<strong>br</strong>está, so<strong>br</strong>estamos, so<strong>br</strong>estais,<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>estão.<<strong>br</strong> />

Pret. perf. ind.: so<strong>br</strong>estive, so<strong>br</strong>estiveste, so<strong>br</strong>esteve, so<strong>br</strong>estivemos,<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>estivestes, so<strong>br</strong>estiveram.<<strong>br</strong> />

Pret. imperf. ind.: so<strong>br</strong>estava, so<strong>br</strong>estavas, so<strong>br</strong>estava, so<strong>br</strong>estávamos,<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>estáveis, so<strong>br</strong>estavam.<<strong>br</strong> />

Fut. pres. ind.: so<strong>br</strong>estarei, so<strong>br</strong>estarás, so<strong>br</strong>estará, so<strong>br</strong>estaremos,<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>estareis, so<strong>br</strong>estarão.<<strong>br</strong> />

Pres. subj.: so<strong>br</strong>esteja, so<strong>br</strong>estejas, so<strong>br</strong>esteja, etc.<<strong>br</strong> />

31 Cf. Houaiss (HOUAISS, VILLAR, 2001, p. 343 e 2.525). Para o dicionarista<<strong>br</strong> />

Aurélio (cf. FERREIRA, 1999, p. 1.822), este verbo conjuga-se mantendo o<<strong>br</strong> />

hiato em todas as formas, portanto sem variação.


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> R EDAÇÃO 127<<strong>br</strong> />

Ter e seus derivados<<strong>br</strong> />

Conter, deter, entreter, manter, obter, reter, suster<<strong>br</strong> />

conjugam-se <strong>com</strong>o ter, <strong>com</strong> apenas uma diferença gráfica: no<<strong>br</strong> />

presente do indicativo, ter leva acento circunflexo na 3ª pessoa<<strong>br</strong> />

do plural (eles têm), já seus derivados recebem acento agudo na<<strong>br</strong> />

2ª pessoa (tu conténs) e 3ª pessoa do singular (ele contém) e<<strong>br</strong> />

circunflexo na 3ª do plural (eles contêm).<<strong>br</strong> />

Pres. ind.: tenho, tens, tem, temos, tendes, têm.<<strong>br</strong> />

Pret. perf. ind.: tive, tiveste, teve, tivemos, tivestes, tiveram.<<strong>br</strong> />

Pres. subj.: tenha, tenhas, tenha, tenhamos, tenhais, tenham.<<strong>br</strong> />

Pret. imperf. subj.: tivesse, tivesses, tivesse, tivéssemos, tivésseis,<<strong>br</strong> />

tivessem.<<strong>br</strong> />

Fut. subj.: tiver, tiveres, tiver, tivermos, tiverdes, tiverem.<<strong>br</strong> />

Diga-se: Em uma ocasião o detivemos, e não: *detemos; Se<<strong>br</strong> />

ele retivesse, e não: *retesse; Quando eu tiver, e não: *ter.<<strong>br</strong> />

Ver, prover e demais derivados de ver<<strong>br</strong> />

Antever, entrever prever e rever conjugam-se <strong>com</strong>o ver;<<strong>br</strong> />

prover, apenas parcialmente.<<strong>br</strong> />

Pres. ind.: vejo, vês, vê, vemos, vedes, vêem.<<strong>br</strong> />

Pret. perf. ind.: vi, viste, viu, vimos, vistes, viram.<<strong>br</strong> />

Pres. subj.: veja, vejas, veja, vejamos, vejais, vejam.<<strong>br</strong> />

Imper. afirm.: vê, veja, vejamos, vede, vejam.<<strong>br</strong> />

M.-q.-perf. ind.: vira, viras, vira, víramos, víreis, viram.<<strong>br</strong> />

Pret. imperf. subj.: visse, visses, visse, víssemos, vísseis, vissem.<<strong>br</strong> />

Fut. subj.: vir, vires, vir, virmos, virdes, virem.<<strong>br</strong> />

Diga-se: Ela previu, e não: *preveu; Quando eu o vir, e não<<strong>br</strong> />

*Quando eu o ver; Se víssemos, e não: *Se vêssemos.<<strong>br</strong> />

A conjugação de prover difere da de ver nas seguintes<<strong>br</strong> />

formas:<<strong>br</strong> />

Pret. perf. ind.: provi, proveste, proveu, provemos, provestes, proveram.<<strong>br</strong> />

M.-q.-perf. ind.: provera, proveras, provera, provêramos, provêsseis,<<strong>br</strong> />

provessem.<<strong>br</strong> />

Pret. imperf. subj.: provesse, provesses, provesse, provêssemos,


provêsseis, provessem.


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

Fut. subj.: prover, proveres, prover, provermos, proverdes, proverem.<<strong>br</strong> />

Particípio: provido.<<strong>br</strong> />

Viger<<strong>br</strong> />

Conjuga-se apenas nas formas em que o radical é seguido de<<strong>br</strong> />

e, empregando-se geralmente apenas nas 3as pessoas. Não se<<strong>br</strong> />

emprega no pretérito imperfeito do indicativo.<<strong>br</strong> />

Esta lei vige há muito tempo.<<strong>br</strong> />

Esta lei vigeu há muito tempo.<<strong>br</strong> />

Estas leis vigeram há muito tempo.<<strong>br</strong> />

Esta lei estava vigendo / estava em vigor / estava vigorando.<<strong>br</strong> />

(não: *Esta lei vigia.)<<strong>br</strong> />

Vir e seus derivados<<strong>br</strong> />

Conjugam-se <strong>com</strong>o vir: advir, avir-se, contravir, convir,<<strong>br</strong> />

desavir-se, desconvir, intervir, provir, so<strong>br</strong>evir.<<strong>br</strong> />

Pres. ind.: venho, vens, vem, vimos, vindes, vêm.<<strong>br</strong> />

Pret. perf. ind.: vim, vieste, veio, viemos, viestes, vieram.<<strong>br</strong> />

Pres. subj.: venha, venhas, venha, venhamos, venhais, venham.<<strong>br</strong> />

Imper. afirm.: vem, venha, venhamos, vinde, venham.<<strong>br</strong> />

Fut. subj.: vier, vieres, vier, viermos, vierdes, vierem.<<strong>br</strong> />

Diga-se: Quando eu vier, e não: *Quando eu vir; Eles<<strong>br</strong> />

intervieram, e não: *interviram.<<strong>br</strong> />

Verbos terminados em -ear e -iar<<strong>br</strong> />

Os verbos em -ear (cear, frear, nomear, passear, recear, etc.)<<strong>br</strong> />

trocam o e pelo ditongo ei nas formas rizotônicas. Veja-se o verbo<<strong>br</strong> />

nomear:<<strong>br</strong> />

Pres. ind.: nomeio, nomeias, nomeia, nomeamos, nomeais, nomeiam.<<strong>br</strong> />

Pret. perf. ind.: nomeei, nomeaste, nomeou, nomeamos, nomeastes,<<strong>br</strong> />

nomearam.<<strong>br</strong> />

Pres. subj.: nomeie, nomeies, nomeie, nomeemos, nomeeis, nomeiem.<<strong>br</strong> />

Imper. afirm.: nomeia, nomeie, nomeemos, nomeai, nomeiem.


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

Os verbos em -iar, <strong>com</strong> exceção dos verbos ―MARIO‖ (ver<<strong>br</strong> />

adiante), são conjugados regularmente. Verbo premiar:<<strong>br</strong> />

Pres. ind.: premio, premias, premia, premiamos, premiais, premiam.<<strong>br</strong> />

Pret. perf. ind.: premiei, premiaste, premiou, premiamos, premiastes,<<strong>br</strong> />

premiaram.<<strong>br</strong> />

Pres. subj.: premie, premies, premie, premiemos, premieis, premiem.<<strong>br</strong> />

Imper. afirm.: premia, premie, premiemos, premiai, premiem.<<strong>br</strong> />

Os verbos mediar, ansiar, remediar, incendiar e odiar, cujas<<strong>br</strong> />

iniciais formam a palavra MARIO, conjugam-se, nas formas<<strong>br</strong> />

rizotônicas, <strong>com</strong>o se terminassem em -ear. Verbo ansiar:<<strong>br</strong> />

Pres. ind.: anseio, anseias, anseia, ansiamos, ansiais, anseiam.<<strong>br</strong> />

Pret. perf. ind.: ansiei, ansiaste, ansiou, ansiamos, ansiastes, ansiaram.<<strong>br</strong> />

Pres. subj.: anseie, anseies, anseie, ansiemos, ansieis, anseiem.<<strong>br</strong> />

Imper. afirm.: anseia, anseie, ansiemos, ansiei, anseiem.<<strong>br</strong> />

Verbos terminados em -oar<<strong>br</strong> />

Abençoar, doar, leiloar, magoar, voar, etc. recebem acento<<strong>br</strong> />

circunflexo na 1ª pessoa do presente do indicativo (hiato ôo).<<strong>br</strong> />

Pres. ind.: abençôo, abençoas, abençoa, abençoamos, abençoais,<<strong>br</strong> />

abençoam.<<strong>br</strong> />

Pres. subj.: abençoe, abençoes, abençoe, abençoemos, abençoeis,<<strong>br</strong> />

abençoem.<<strong>br</strong> />

Verbos terminados em -uar<<strong>br</strong> />

Verbos <strong>com</strong>o atuar, atenuar, efetuar, extenuar, etc. são<<strong>br</strong> />

grafados <strong>com</strong> e, e não i, nas pessoas do singular do presente do<<strong>br</strong> />

subjuntivo.<<strong>br</strong> />

Pres. subj.: atue, atues, atue, atuemos, atueis, atuem.<<strong>br</strong> />

Verbos terminados em -uir<<strong>br</strong> />

Os verbos afluir, anuir, atribuir, concluir, constituir,<<strong>br</strong> />

contribuir, destituir, diluir, diminuir, distribuir, estatuir, imbuir,<<strong>br</strong> />

influir, instituir, instruir, possuir, restituir, ruir, etc. são grafados<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> is e i (e não es, e) na 2ª e 3ª pessoa do singular do presente


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

do indicativo. Deve-se acentuar o i quando for tônico e formar<<strong>br</strong> />

sílaba sozinho ou a<strong>com</strong>panhado de s. Verbo atribuir:<<strong>br</strong> />

Pres. ind.: atribuo, atribuis, atribui, atribuímos, atribuís, atribuem.<<strong>br</strong> />

Pret. perf. ind.: atribuí, atribuíste, atribuiu, atribuímos, atribuístes,<<strong>br</strong> />

atribuíram.<<strong>br</strong> />

Particípio: atribuído.<<strong>br</strong> />

Diga-se: Ele possui, e não: *possue; Cada um contribui, e<<strong>br</strong> />

não: *contribue.<<strong>br</strong> />

Os verbos construir, desconstruir, destruir e reconstruir são<<strong>br</strong> />

abundantes nas pessoas indicadas a seguir (a forma à direita da<<strong>br</strong> />

barra é a mais usada):<<strong>br</strong> />

Pres. ind.: construo, construis/constróis, construi/constrói, construímos,<<strong>br</strong> />

construís, construem/constroem.<<strong>br</strong> />

Imper. afirm.: construi/constrói tu.<<strong>br</strong> />

Verbos terminados em -zer e -zir<<strong>br</strong> />

Aduzir, conduzir, contradizer, deduzir, dizer, fazer,<<strong>br</strong> />

introduzir, traduzir, trazer, etc. perdem a vogal e final na 3ª<<strong>br</strong> />

pessoa do singular do presente do indicativo e (não<<strong>br</strong> />

o<strong>br</strong>igatoriamente) 2ª pessoa do singular do imperativo afirmativo,<<strong>br</strong> />

quando o z não é precedido de consoante.<<strong>br</strong> />

Pres. ind.: aduzo, aduzes, aduz, aduzimos, aduzis, aduzem.<<strong>br</strong> />

Imper. afirm.: aduze (ou aduz) tu.<<strong>br</strong> />

Sendo o z precedido de consoante, o e se mantém. Verbo<<strong>br</strong> />

cerzir:<<strong>br</strong> />

Pres. ind.: cirzo, cirzes, cirze, etc. Imper. afirm.: cirze tu.


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong> 131<<strong>br</strong> />

6 SINTAXE<<strong>br</strong> />

6.1 PROBLEMAS <strong>DE</strong> CONSTRUÇÃO <strong>DE</strong> FRASES<<strong>br</strong> />

6.1.1 SUJEITO PREPOSICIONADO<<strong>br</strong> />

De acordo <strong>com</strong> a Gramática Normativa, o sujeito da oração<<strong>br</strong> />

não pode ser preposicionado.32 Assim, devem-se evitar contrações<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o as grifadas nos exemplos:<<strong>br</strong> />

Errado: Apesar do parecer não estar ainda concluído, foi<<strong>br</strong> />

pedido o arquivamento do projeto.<<strong>br</strong> />

Correto: Apesar de o parecer não estar ainda concluído, foi<<strong>br</strong> />

pedido o arquivamento do projeto.<<strong>br</strong> />

Errado: Está na hora do Brasil erradicar o analfabetismo.<<strong>br</strong> />

Correto: Está na hora de o Brasil erradicar o analfabetismo.<<strong>br</strong> />

Errado: Não há nada de errado nele reivindicar seus<<strong>br</strong> />

direitos.<<strong>br</strong> />

Correto: Não há nada de errado em ele reivindicar seus<<strong>br</strong> />

direitos.<<strong>br</strong> />

6.1.2 AMBIGÜIDA<strong>DE</strong><<strong>br</strong> />

Ambigüidade, na frase, é a obscuridade de sentido. Frases<<strong>br</strong> />

ambíguas permitem duas ou mais interpretações diferentes,<<strong>br</strong> />

devendo, por isso, ser evitadas em textos que devem primar pela<<strong>br</strong> />

clareza e precisão, conforme é o caso dos textos legais e dos<<strong>br</strong> />

expedientes administrativos. (A ambigüidade é precioso recurso<<strong>br</strong> />

expressivo na linguagem poética, no humorismo e na<<strong>br</strong> />

publicidade.)<<strong>br</strong> />

Exemplo de frase de sentido ambíguo:<<strong>br</strong> />

A esse respeito, Evanildo Bechara (2002, p. 567-568) entende que ―na<<strong>br</strong> />

realidade não se trata de regência preposicional do sujeito, mas do contato de<<strong>br</strong> />

dois vocábulos que, por hábito e por eufonia, costumam vir incorporados na<<strong>br</strong> />

pronúncia‖. Para esse gramático, portanto, a contração é admissível.


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

Ambíguo: O Deputado discutiu <strong>com</strong> o Presidente da<<strong>br</strong> />

Comissão o seu descontentamento <strong>com</strong> a aprovação do<<strong>br</strong> />

projeto.<<strong>br</strong> />

A ambigüidade dessa frase está no pronome possessivo seu:<<strong>br</strong> />

o descontentamento é do Deputado ou do Presidente da<<strong>br</strong> />

Comissão? Para que o sentido fique claro, o pronome deve ser<<strong>br</strong> />

eliminado.<<strong>br</strong> />

Claro: O Deputado, descontente <strong>com</strong> a aprovação do<<strong>br</strong> />

projeto, discutiu o assunto <strong>com</strong> o Presidente da Comissão.<<strong>br</strong> />

Ou, caso o entendimento seja outro:<<strong>br</strong> />

Claro: O Deputado discutiu <strong>com</strong> o Presidente da Comissão<<strong>br</strong> />

o descontentamento deste <strong>com</strong> a aprovação do projeto.<<strong>br</strong> />

Outro exemplo:<<strong>br</strong> />

Ambíguo: O Líder <strong>com</strong>unicou ao Deputado que ele está<<strong>br</strong> />

liberado para apoiar a matéria.<<strong>br</strong> />

Nessa frase, a palavra ensejadora de ambigüidade é o<<strong>br</strong> />

pronome pessoal ele, que pode referir-se tanto ao Líder quanto ao<<strong>br</strong> />

Deputado. A solução é reescrever a frase e dar-lhe o exato sentido<<strong>br</strong> />

pretendido, havendo, assim, duas possibilidades:<<strong>br</strong> />

Claro: Liberado para apoiar a matéria, o Líder <strong>com</strong>unicou o<<strong>br</strong> />

fato ao Deputado.<<strong>br</strong> />

Claro: O Líder liberou o Deputado para apoiar a matéria.<<strong>br</strong> />

6.1.3 ERROS <strong>DE</strong> PARALELISMO<<strong>br</strong> />

Paralelismo é o mesmo que simetria de construção. Consiste<<strong>br</strong> />

em dar estruturas gramaticais idênticas a elementos da frase que<<strong>br</strong> />

estejam coordenados entre si, seja sintaticamente, seja<<strong>br</strong> />

semanticamente. Como evidenciam os exemplos a seguir, o<<strong>br</strong> />

paralelismo é fator tanto de correção quanto de clareza do<<strong>br</strong> />

enunciado.<<strong>br</strong> />

Exemplo de erro de paralelismo sintático:<<strong>br</strong> />

Errado: Servidores públicos cogitam uma nova greve e<<strong>br</strong> />

organizar manifestações contra a reforma da Previdência.


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

O erro nessa frase está em construir o verbo cogitam <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

dois <strong>com</strong>plementos assimétricos, substantivo o primeiro (greve) e<<strong>br</strong> />

verbo o segundo (organizar). O certo é construí-lo ou somente<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> verbos, ou somente <strong>com</strong> substantivos, <strong>com</strong>o se segue:<<strong>br</strong> />

Correto: Servidores cogitam fazer nova greve e organizar<<strong>br</strong> />

manifestações contra a reforma da Previdência.<<strong>br</strong> />

Correto: Servidores cogitam nova greve e manifestações<<strong>br</strong> />

contra a reforma da Previdência.<<strong>br</strong> />

Neste outro exemplo, o erro, grosseiro, está em coordenar<<strong>br</strong> />

palavras <strong>com</strong> orações:<<strong>br</strong> />

Errado: Durante o incidente, mostrou paciência, não ser<<strong>br</strong> />

medroso, inteligência e ter criatividade.<<strong>br</strong> />

Correto: Durante o incidente, mostrou paciência, coragem,<<strong>br</strong> />

inteligência e criatividade.<<strong>br</strong> />

Correto: Durante o incidente, mostrou ser paciente e<<strong>br</strong> />

corajoso, e ter inteligência e criatividade.<<strong>br</strong> />

Na frase a seguir, a expressão ―e que‖ é motivo de falso<<strong>br</strong> />

paralelismo num período que não contém nenhum quê anterior:<<strong>br</strong> />

Errado: O Diretor nomeado é excelente profissional e que<<strong>br</strong> />

tem sólida formação jurídica.<<strong>br</strong> />

Correto: O Diretor nomeado é excelente profissional e tem<<strong>br</strong> />

sólida formação jurídica.<<strong>br</strong> />

Outras vezes a frase, mesmo estando correta do ponto de<<strong>br</strong> />

vista sintático, pode apresentar falta de paralelismo semântico.<<strong>br</strong> />

Neste caso, a impropriedade está em tratar de forma simétrica<<strong>br</strong> />

elementos semanticamente díspares. Observe-se o seguinte<<strong>br</strong> />

exemplo, em que funcionários e <strong>com</strong>putadores são postos,<<strong>br</strong> />

indevidamente, num mesmo plano de significação:<<strong>br</strong> />

Errado: A diferença entre os funcionários e os<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>putadores disponíveis na empresa é preocupante.<<strong>br</strong> />

Correto: A diferença entre o número de funcionários e o de<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>putadores disponíveis na empresa é preocupante.


Outro exemplo de paralelismo semântico imperfeito, este<<strong>br</strong> />

ocasionado pela coordenação de continentes <strong>com</strong> país:


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

Errado: Desde o início do atual Governo, o Ministro viajou<<strong>br</strong> />

à Europa, à África, à América do Norte e aos Estados Unidos.<<strong>br</strong> />

Correto: Desde o início do atual Governo, o Ministro viajou<<strong>br</strong> />

à Europa, à África e à América do Norte. Neste último<<strong>br</strong> />

continente visitou os Estados Unidos.<<strong>br</strong> />

Advirta-se, por fim, que a falta de paralelismo ocorre mais<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>umente nas correlações, que requerem, assim, atenção<<strong>br</strong> />

redo<strong>br</strong>ada, a <strong>com</strong>eçar pelas próprias expressões correlativas.<<strong>br</strong> />

Exemplos corretos de pares correlatos: não só ... mas também,<<strong>br</strong> />

não só ... <strong>com</strong>o também, (não) tanto ... quanto, (não) tanto ...<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o, nem ... nem, ou ... ou, ora ... ora, seja ... seja. Exemplos<<strong>br</strong> />

incorretos: *não tanto ... mas também, *tanto ... porque.<<strong>br</strong> />

6.1.4 ERROS <strong>DE</strong> COMPARAÇÃO<<strong>br</strong> />

A omissão de certos termos, freqüente na língua falada, deve<<strong>br</strong> />

ser evitada na língua escrita, pois a ausência de um termo pode<<strong>br</strong> />

prejudicar o entendimento do verdadeiro sentido da frase.<<strong>br</strong> />

Errado: O discurso do Deputado foi mais convincente do<<strong>br</strong> />

que o Senador.<<strong>br</strong> />

Correto: O discurso do Deputado foi mais convincente do<<strong>br</strong> />

que o discurso do Senador.<<strong>br</strong> />

Correto: O discurso do Deputado foi mais convincente do<<strong>br</strong> />

que o do Senador.<<strong>br</strong> />

6.1.5 FRASES FRAGMENTADAS<<strong>br</strong> />

A fragmentação decorre, entre outras causas, de uma<<strong>br</strong> />

pontuação inadequada. Conquanto seja utilizada <strong>com</strong>o recurso<<strong>br</strong> />

estilístico, deve ser evitada em textos oficiais.<<strong>br</strong> />

Errado: A proposta de emenda à Constituição foi aprovada<<strong>br</strong> />

pela Câmara dos Deputados. Depois de ser longamente<<strong>br</strong> />

discutida.<<strong>br</strong> />

Correto: A proposta de emenda à Constituição foi aprovada<<strong>br</strong> />

pela Câmara dos Deputados, depois de ser longamente<<strong>br</strong> />

discutida.


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

Errado: A Reforma da Previdência foi submetida à<<strong>br</strong> />

apreciação do Plenário, que a aprovou. Consultadas as<<strong>br</strong> />

lideranças partidárias.<<strong>br</strong> />

Correto: A Reforma da Previdência foi submetida à<<strong>br</strong> />

apreciação do Plenário, que a aprovou, consultadas as<<strong>br</strong> />

lideranças partidárias.<<strong>br</strong> />

6.1.6 ANACOLUTO<<strong>br</strong> />

Anacoluto é a que<strong>br</strong>a da estrutura normal da frase, que<<strong>br</strong> />

passa a ter <strong>com</strong>o continuação uma oração sem ligação sintática<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> a palavra ou expressão inicial. Ocorre <strong>com</strong> relativa<<strong>br</strong> />

freqüência na língua falada. Nesta, a rapidez do discurso e a<<strong>br</strong> />

impossibilidade de se prefigurar mentalmente todo o enunciado<<strong>br</strong> />

fazem <strong>com</strong> que, em frases mais longas, se perca a coerência<<strong>br</strong> />

lógico-gramatical. Não sendo esse o caso dos textos oficiais, a que<<strong>br</strong> />

jamais pode faltar coesão, claro está que o anacoluto deve ser<<strong>br</strong> />

evitado.<<strong>br</strong> />

Alguns exemplos (nas frases <strong>com</strong> anacoluto, grifou-se a<<strong>br</strong> />

expressão a que não se deu continuidade sintática):<<strong>br</strong> />

Com anacoluto: A pessoa que não sabe viver em<<strong>br</strong> />

sociedade, contra ela se põe a lei.<<strong>br</strong> />

Sem anacoluto: Contra a pessoa que não sabe viver em<<strong>br</strong> />

sociedade se põe a lei. Ou: A lei se põe contra a pessoa que<<strong>br</strong> />

não sabe viver em sociedade.<<strong>br</strong> />

Com anacoluto: Os retirantes, quando chegam, em família,<<strong>br</strong> />

entre sacos e sacola, à estação central, eu acho que merecem<<strong>br</strong> />

mais do que uma reportagem: merecem um livro que conte a<<strong>br</strong> />

luta e a esperança dessa gente deserdada.<<strong>br</strong> />

Sem anacoluto: Eu acho que os retirantes, quando chegam,<<strong>br</strong> />

em família, entre sacos e sacola, à estação central, merecem<<strong>br</strong> />

mais do que uma reportagem: merecem um livro que conte a<<strong>br</strong> />

luta e a esperança dessa gente deserdada.<<strong>br</strong> />

6.1.7 PLEONASMO<<strong>br</strong> />

Pleonasmo é a redundância ou a repetição de um termo ou<<strong>br</strong> />

de uma idéia. Seu emprego é legítimo quando, <strong>com</strong> fins de


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

ênfase, o emissor quer realçar uma idéia ou uma imagem, <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

nestes exemplos:<<strong>br</strong> />

O Deputado quis ver os acontecimentos <strong>com</strong> os próprios<<strong>br</strong> />

olhos.<<strong>br</strong> />

Um sonho que se sonha coletivamente está fadado a<<strong>br</strong> />

transformar-se em realidade.<<strong>br</strong> />

A questão foi debatida por horas, sem que se chegasse a<<strong>br</strong> />

uma conclusão final.<<strong>br</strong> />

Entretanto, quando a redundância ou repetição é<<strong>br</strong> />

desnecessária, ou seja, quando não traz reforço algum à idéia, o<<strong>br</strong> />

pleonasmo é antes um vício de linguagem que denota ignorância<<strong>br</strong> />

quanto ao sentido das palavras e desleixo para <strong>com</strong> a língua. É o<<strong>br</strong> />

que mostram os exemplos a seguir, nos quais está so<strong>br</strong>ando a<<strong>br</strong> />

palavra em negrito:<<strong>br</strong> />

Todos os parlamentares foram unânimes em apoiar a<<strong>br</strong> />

proposta.<<strong>br</strong> />

Em sua <strong>br</strong>eve alocução, defendeu mais verbas para a Saúde.<<strong>br</strong> />

Quantos não são os crimes <strong>com</strong>etidos contra o Erário<<strong>br</strong> />

Público?<<strong>br</strong> />

O palestrante apresentará um panorama geral da situação<<strong>br</strong> />

atual da economia <strong>br</strong>asileira.<<strong>br</strong> />

Por sorte, ninguém se machucou quando a laje caiu abaixo.<<strong>br</strong> />

6.1.8 CACÓFATO<<strong>br</strong> />

Cacófato é o som desagradável ou palavra obscena que<<strong>br</strong> />

resulta da <strong>com</strong>binação de sílabas de palavras vizinhas. Deve, na<<strong>br</strong> />

medida do possível e do razoável, ser evitado, so<strong>br</strong>etudo quando<<strong>br</strong> />

demasiado flagrante e grosseiro. Não cabe, no entanto, suprimir<<strong>br</strong> />

da língua <strong>com</strong>binações corriqueiras, <strong>com</strong>o da Nação, por cada,<<strong>br</strong> />

por razões, etc.<<strong>br</strong> />

Exemplos de cacófatos (e de <strong>com</strong>o evitá-los):<<strong>br</strong> />

Ele havia dado tudo de si à frente da Comissão. (Ele tinha


dado...)<<strong>br</strong> />

Ela tinha previsto tudo o que está ocorrendo. (Ela havia...)


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

Uma minha parente foi quem teve a idéia. (Uma parente<<strong>br</strong> />

minha...)<<strong>br</strong> />

Com os acordos, a América ganha fôlego para retomar o<<strong>br</strong> />

crescimento econômico. (...a América adquire...)<<strong>br</strong> />

6.2 CONCORDÂNCIA<<strong>br</strong> />

Concordância é o ajustamento que se faz entre os termos da<<strong>br</strong> />

oração <strong>com</strong> o fim de torná-los harmônicos em gênero, número e<<strong>br</strong> />

pessoa. Chama-se nominal a concordância que se verifica entre o<<strong>br</strong> />

substantivo ou o pronome substantivo e o adjetivo, o pronome<<strong>br</strong> />

adjetivo, o artigo e o numeral; e verbal a que se verifica entre o<<strong>br</strong> />

sujeito e o verbo da oração, e, ocasionalmente, o predicativo.<<strong>br</strong> />

6.2.1 CONCORDÂNCIA NOMINAL<<strong>br</strong> />

Como regra geral, o adjetivo, o pronome adjetivo, o artigo e<<strong>br</strong> />

o numeral concordam em gênero e número <strong>com</strong> o substantivo ou<<strong>br</strong> />

pronome substantivo a que se referem. Exemplo:<<strong>br</strong> />

Aqueles dois servidores trabalham na nova Comissão<<strong>br</strong> />

Parlamentar de Inquérito.<<strong>br</strong> />

6.2.1.1 Concordância de um adjetivo <strong>com</strong> mais de um<<strong>br</strong> />

substantivo<<strong>br</strong> />

a. Quando o adjetivo vier anteposto aos substantivos,<<strong>br</strong> />

concordará <strong>com</strong> o substantivo mais próximo:<<strong>br</strong> />

Havia novos apensos e emendas ao projeto.<<strong>br</strong> />

Havia novas emendas e apensos ao projeto.<<strong>br</strong> />

Havia nova emenda e apensos ao projeto.<<strong>br</strong> />

Observações<<strong>br</strong> />

1. Sendo os substantivos nomes próprios ou nomes de<<strong>br</strong> />

parentesco, o adjetivo irá sempre para o plural: Em Brasília, os<<strong>br</strong> />

turistas admiram os feitos dos criativos Lúcio Costa e Oscar<<strong>br</strong> />

Niemeyer; Conheci ontem as simpáticas esposa e filha do<<strong>br</strong> />

Embaixador; Os agradecidos pai e mãe cumprimentavam o<<strong>br</strong> />

Professor.


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

2. Quando os substantivos se referirem a uma só pessoa ou<<strong>br</strong> />

coisa, o adjetivo deverá ficar no singular: Um bom amigo e<<strong>br</strong> />

conselheiro não falaria tal coisa.<<strong>br</strong> />

b. Quando o adjetivo vier posposto aos substantivos,<<strong>br</strong> />

concordará <strong>com</strong> o substantivo mais próximo ou irá para o plural:<<strong>br</strong> />

Comprei enciclopédia e gramática moderna.<<strong>br</strong> />

Comprei dicionário e almanaque modernos.<<strong>br</strong> />

Comprei dicionário e gramática moderna.<<strong>br</strong> />

Comprei gramática e dicionário moderno.<<strong>br</strong> />

Comprei gramática e dicionário modernos.<<strong>br</strong> />

Observações<<strong>br</strong> />

1. Se os substantivos forem de gêneros diferentes, a opção pela<<strong>br</strong> />

concordância no plural levará o adjetivo necessariamente para o<<strong>br</strong> />

masculino plural. Observe-se que, neste caso, o último substantivo<<strong>br</strong> />

deverá ser o masculino por uma questão de eufonia: Comprei<<strong>br</strong> />

gramática e dicionário modernos.<<strong>br</strong> />

2. Quando o adjetivo se referir apenas a um dos substantivos, a<<strong>br</strong> />

concordância deverá ser feita <strong>com</strong> este: Caminhava <strong>com</strong> o apoio de<<strong>br</strong> />

uma filha e uma bengala antiga.<<strong>br</strong> />

3. Podendo a concordância <strong>com</strong> o substantivo mais próximo<<strong>br</strong> />

gerar dúvidas no sentido da oração, re<strong>com</strong>enda-se a repetição do<<strong>br</strong> />

adjetivo: Trataram do assunto <strong>com</strong> o Assessor Legislativo e o<<strong>br</strong> />

Consultor Legislativo.<<strong>br</strong> />

6.2.1.2 Concordância de um substantivo <strong>com</strong> mais de um<<strong>br</strong> />

adjetivo<<strong>br</strong> />

Quando houver um único substantivo concordando <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

dois ou mais adjetivos, o substantivo irá para o plural ou ficará no<<strong>br</strong> />

singular:<<strong>br</strong> />

Estudavam as literaturas portuguesa, <strong>br</strong>asileira e angolana.<<strong>br</strong> />

Estudavam a literatura portuguesa, a <strong>br</strong>asileira e a angolana.<<strong>br</strong> />

• Observação: Se o substantivo ficar no singular, é aconselhável<<strong>br</strong> />

a repetição do artigo a partir do segundo adjetivo, conforme<<strong>br</strong> />

exemplificado acima.


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

6.2.1.3 Concordância do adjetivo na função de predicativo<<strong>br</strong> />

a. O adjetivo concorda em gênero e número <strong>com</strong> o sujeito<<strong>br</strong> />

simples:<<strong>br</strong> />

Os deputados estavam tensos <strong>com</strong> o atraso da votação.<<strong>br</strong> />

b. Quando posposto a sujeito <strong>com</strong>posto, o adjetivo irá para<<strong>br</strong> />

o plural:<<strong>br</strong> />

A emenda e o projeto estão adequados.<<strong>br</strong> />

c. Quando anteposto a sujeito <strong>com</strong>posto, o adjetivo irá<<strong>br</strong> />

para o plural ou concordará <strong>com</strong> o sujeito mais próximo:<<strong>br</strong> />

Estão adequados o projeto e as emendas.<<strong>br</strong> />

Estão adequadas as emendas e o projeto.<<strong>br</strong> />

Está adequado o projeto e as emendas.<<strong>br</strong> />

Observações<<strong>br</strong> />

1. Se os núcleos do sujeito forem de gêneros diferentes, o<<strong>br</strong> />

adjetivo vai, preferencialmente, para o masculino plural: A emenda<<strong>br</strong> />

e o projeto estão adequados; Estão adequados o projeto e a<<strong>br</strong> />

emenda.<<strong>br</strong> />

2. Se os núcleos do sujeito forem do mesmo gênero, o adjetivo<<strong>br</strong> />

vai, preferencialmente, para o plural desse gênero, ainda que os<<strong>br</strong> />

núcleos sejam substantivos no singular: O projeto e o requerimento<<strong>br</strong> />

foram rejeitados; Foram rejeitadas a emenda e a indicação.<<strong>br</strong> />

6.2.1.4 Concordância <strong>com</strong> adjetivos indicativos de cor<<strong>br</strong> />

a. Quando o nome da cor é constituído por um único<<strong>br</strong> />

adjetivo, esse concorda em número e gênero <strong>com</strong> o substantivo:<<strong>br</strong> />

blusas pretas, olhos azuis, paredes verdes, canetas vermelhas.<<strong>br</strong> />

b. Quando o nome da cor é constituído por dois adjetivos,<<strong>br</strong> />

o uso mais <strong>com</strong>um é concordar o segundo em número e gênero<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> o substantivo: cadeiras verde-amarelas, símbolos verdeamarelos.<<strong>br</strong> />

Observação: Alguns desses adjetivos, entretanto, são invariáveis:<<strong>br</strong> />

calças azul-marinho, olhos azul-celeste, raios ultravioleta.


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

c. Quando o nome da cor é constituído por adjetivo +<<strong>br</strong> />

substantivo, o uso mais <strong>com</strong>um é mantê-los invariáveis: blusas<<strong>br</strong> />

rosa-claro, capas verde-folha.<<strong>br</strong> />

d. Quando o nome da cor é constituído pela palavra cor +<<strong>br</strong> />

de + substantivo, o uso mais <strong>com</strong>um é mantê-lo invariável:<<strong>br</strong> />

camisas cor-de-rosa.<<strong>br</strong> />

Observação: Algumas vezes, parte da expressão é suprimida, mas<<strong>br</strong> />

o adjetivo permanece invariável: camisas rosa.<<strong>br</strong> />

6.2.1.5 Concordância <strong>com</strong> numerais<<strong>br</strong> />

a. Os numerais cardinais são, usualmente, invariáveis, mas<<strong>br</strong> />

um e dois variam em gênero, assim <strong>com</strong>o os cardinais referentes a<<strong>br</strong> />

centenas a partir de duzentos:<<strong>br</strong> />

Em relação às <strong>br</strong>igadas de incêndio, as duas decisões da<<strong>br</strong> />

Casa foram bem recebidas.<<strong>br</strong> />

Havia apenas uma emenda relacionada ao projeto.<<strong>br</strong> />

O polêmico projeto recebeu mais de trezentas emendas.<<strong>br</strong> />

b. Os numerais cardinais milhar, milhão, bilhão, etc., são<<strong>br</strong> />

variáveis apenas em número:<<strong>br</strong> />

Os milhares de assinaturas convenceram o Deputado da<<strong>br</strong> />

viabilidade do projeto.<<strong>br</strong> />

Observação: Nesses numerais a concordância em gênero é<<strong>br</strong> />

indevida, por isso não se deve usar, por exemplo, *as milhares de<<strong>br</strong> />

assinaturas.<<strong>br</strong> />

c. Os numerais fracionários concordam em número <strong>com</strong> os<<strong>br</strong> />

cardinais que quantificam as partes tomadas:<<strong>br</strong> />

Gastou três quartos do orçamento em um só dia.<<strong>br</strong> />

Observação: Meio, quando numeral fracionário (―metade‖),<<strong>br</strong> />

concorda em número e em gênero <strong>com</strong> o substantivo: Não me<<strong>br</strong> />

venha <strong>com</strong> meias verdades!; Era meio-dia e meia (hora).<<strong>br</strong> />

d. Quando houver um substantivo concordando <strong>com</strong> dois<<strong>br</strong> />

ou mais numerais ordinais, o substantivo irá para o plural ou<<strong>br</strong> />

ficará no singular:


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

Estudava o sexto e o sétimo artigos da lei.<<strong>br</strong> />

Estudava o sexto e o sétimo artigo da lei.<<strong>br</strong> />

Observação: Se não houver repetição do artigo ou se o<<strong>br</strong> />

substantivo vier anteposto aos numerais ordinais, aconselha-se o uso<<strong>br</strong> />

do plural: Estudava o sexto e sétimo artigos da Lei; Estudava os<<strong>br</strong> />

artigos sexto e sétimo da Lei.<<strong>br</strong> />

6.2.1.6 Concordância <strong>com</strong> pronomes<<strong>br</strong> />

a. Quando se emprega o pronome vós em referência a uma<<strong>br</strong> />

só pessoa no estilo cerimonioso, o adjetivo deve ir para o<<strong>br</strong> />

singular:<<strong>br</strong> />

Vós mesmo, no<strong>br</strong>e Deputado, sois generoso quando<<strong>br</strong> />

assinais tal lei.<<strong>br</strong> />

Observação: No caso de nós em lugar de eu, pode-se usar,<<strong>br</strong> />

indistintamente, o plural ou o singular, mas o plural é preferível:<<strong>br</strong> />

Nesta Casa, jamais fomos imprudentes em nossos pronunciamentos.<<strong>br</strong> />

b. Nas formas de tratamento cerimonioso (Vossa<<strong>br</strong> />

Excelência, Vossa Eminência, etc.), o adjetivo na função de<<strong>br</strong> />

predicativo concorda <strong>com</strong> o sexo da pessoa:<<strong>br</strong> />

Vossa Excelência é generosa. (mulher)<<strong>br</strong> />

Vossa Excelência é generoso. (homem)<<strong>br</strong> />

6.2.1.7 Casos particulares de concordância nominal<<strong>br</strong> />

Anexo, incluso, apenso concordam <strong>com</strong> o substantivo em<<strong>br</strong> />

gênero e número:<<strong>br</strong> />

Anexos vão os arquivos.<<strong>br</strong> />

Seguem inclusas as emendas ao novo projeto.<<strong>br</strong> />

As declarações estão apensas ao processo.<<strong>br</strong> />

Observação: As expressões em anexo e em apenso são<<strong>br</strong> />

invariáveis: Os arquivos vão em anexo; As declarações seguem em<<strong>br</strong> />

apenso ao processo.<<strong>br</strong> />

Menos sempre fica invariável: Havia menos pessoas no<<strong>br</strong> />

debate.


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

Mesmo, próprio e só (―sozinho‖) concordam <strong>com</strong> a palavra<<strong>br</strong> />

a que se referem:<<strong>br</strong> />

Ela mesma fará oposição ao projeto.<<strong>br</strong> />

Decidiram a causa eles próprios.<<strong>br</strong> />

Eles estão sós.<<strong>br</strong> />

Observação: Só <strong>com</strong>o advérbio (―apenas, somente‖) é invariável:<<strong>br</strong> />

Só eles vieram à reunião.<<strong>br</strong> />

O<strong>br</strong>igado concorda <strong>com</strong> o gênero da pessoa:<<strong>br</strong> />

Ela disse: ―Muito o<strong>br</strong>igada.‖<<strong>br</strong> />

Ele disse: ―Muito o<strong>br</strong>igado.‖<<strong>br</strong> />

Observação: Quando o<strong>br</strong>igado assume a forma de substantivo,<<strong>br</strong> />

deve-se usar o gênero masculino: Um o<strong>br</strong>igado geral das mulheres<<strong>br</strong> />

presentes foi o que se seguiu às palavras do Diretor.<<strong>br</strong> />

A locução adverbial a olhos vistos (―visivelmente‖) deve ser<<strong>br</strong> />

usada sempre no plural: O projeto contraria o Regimento a olhos<<strong>br</strong> />

vistos (não: *...a olho visto).<<strong>br</strong> />

Com um e outro e nem um nem outro, o substantivo fica no<<strong>br</strong> />

singular e o adjetivo pode ficar no plural ou no singular:<<strong>br</strong> />

Uma e outra deputada presentes / presente levantaram a<<strong>br</strong> />

questão.<<strong>br</strong> />

Nem um nem outro secretário substitutos / substituto<<strong>br</strong> />

registrou a polêmica.<<strong>br</strong> />

Observação: Quando os dois termos são a<strong>com</strong>panhados de<<strong>br</strong> />

nomes de gêneros diferentes, a concordância se faz<<strong>br</strong> />

preferencialmente <strong>com</strong> o masculino: A mulher e o marido andavam<<strong>br</strong> />

sem se falar; um e outro estavam aborrecidos.<<strong>br</strong> />

Com um ou outro, a concordância é feita no singular tanto<<strong>br</strong> />

para o substantivo quanto para o adjetivo: Um ou outro deputado<<strong>br</strong> />

eleito <strong>com</strong>pareceu ao evento.<<strong>br</strong> />

Pseudo e todo, <strong>com</strong>o elementos de <strong>com</strong>posição de termos<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>postos, são invariáveis:<<strong>br</strong> />

Todos foram enganados pelas pseudo-advogadas.


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

Ela se acreditava todo-poderosa na organização do evento.<<strong>br</strong> />

Extra, quando é redução da palavra extraordinário,<<strong>br</strong> />

concorda em número: Eles não receberão pagamento de horas<<strong>br</strong> />

extras neste mês.<<strong>br</strong> />

É necessário, é proibido, é bom e equivalentes: quando o<<strong>br</strong> />

sujeito não estiver determinado, a expressão deve ficar,<<strong>br</strong> />

preferencialmente, invariável:<<strong>br</strong> />

É necessário moderação no consumo de bebida alcoólica.<<strong>br</strong> />

É proibido visitas após as 18 horas.<<strong>br</strong> />

Observação: Se o sujeito for determinado, a concordância é<<strong>br</strong> />

devida: A venda de bebida alcoólica é proibida neste local; Os<<strong>br</strong> />

reparos são necessários para impedir novas interrupções nas<<strong>br</strong> />

atividades da Casa.<<strong>br</strong> />

Possível fica invariável nas expressões, no singular, o mais<<strong>br</strong> />

possível, o menos possível, o melhor possível, o pior possível,<<strong>br</strong> />

quanto possível:<<strong>br</strong> />

Instalações o mais possível modernas / Instalações o mais<<strong>br</strong> />

modernas possível / Instalações quanto possível modernas<<strong>br</strong> />

Com essas expressões no plural (os mais, os melhores...), o<<strong>br</strong> />

adjetivo possível vai ao plural:<<strong>br</strong> />

Instalações as mais modernas possíveis / Instalações as<<strong>br</strong> />

melhores possíveis<<strong>br</strong> />

Observação: Evitem-se construções <strong>com</strong>o *Instalações as mais<<strong>br</strong> />

modernas possível.<<strong>br</strong> />

Dado e visto, quando adjetivos, concordam <strong>com</strong> o<<strong>br</strong> />

substantivo:<<strong>br</strong> />

Dados (Vistos) os acontecimentos, a sessão teve de ser<<strong>br</strong> />

adiada.<<strong>br</strong> />

Tal qual ou tal e qual: tal concorda <strong>com</strong> o antecedente e<<strong>br</strong> />

qual <strong>com</strong> o conseqüente em função adjetiva (ou seja, <strong>com</strong> verbos<<strong>br</strong> />

tipicamente de ligação: ser, estar, ficar, etc.):<<strong>br</strong> />

Os filhos são tais qual o pai (é).<<strong>br</strong> />

O pai ficou tal quais os filhos (ficaram).


144 CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

Observação: Com função adverbial (ou seja, <strong>com</strong> verbos<<strong>br</strong> />

transitivos ou intransitivos), tal qual/tal qual <strong>com</strong>o é invariável:<<strong>br</strong> />

Os espectadores dançavam tal qual os bailarinos.<<strong>br</strong> />

6.2.2 CONCORDÂNCIA VERBAL<<strong>br</strong> />

Como regra geral, a concordância verbal se efetiva quando o<<strong>br</strong> />

verbo se adapta, em número e pessoa, ao sujeito 33 ou,<<strong>br</strong> />

ocasionalmente, ao predicativo.<<strong>br</strong> />

6.2.2.1 Concordância <strong>com</strong> o sujeito simples34<<strong>br</strong> />

O verbo concorda <strong>com</strong> o sujeito simples, esteja este claro<<strong>br</strong> />

ou subentendido, anteposto ou posposto:<<strong>br</strong> />

A garantia de trabalho é direito de todos os cidadãos.<<strong>br</strong> />

A emenda modificativa e supressiva foi aceita sem<<strong>br</strong> />

restrições.<<strong>br</strong> />

Os documentos oficiais devem primar pela objetividade e<<strong>br</strong> />

clareza.<<strong>br</strong> />

Sucederam episódios trágicos durante o Carnaval.<<strong>br</strong> />

6.2.2.2 Concordância <strong>com</strong> o sujeito <strong>com</strong>posto35<<strong>br</strong> />

A concordância do verbo <strong>com</strong> o sujeito <strong>com</strong>posto admite<<strong>br</strong> />

diversas possibilidades, a depender de suas posições relativas e de<<strong>br</strong> />

seu significado.<<strong>br</strong> />

a. Quando anteposto o sujeito <strong>com</strong>posto, o verbo vai ao<<strong>br</strong> />

plural, concordando <strong>com</strong> todos os núcleos:<<strong>br</strong> />

33<<strong>br</strong> />

Como a identificação do sujeito é indispensável à concordância verbal,<<strong>br</strong> />

algumas das frases exemplificativas trazem neste item, além do verbo, o núcleo<<strong>br</strong> />

(ou núcleos) do sujeito grifado. Buscou-se <strong>com</strong> isso tornar a exposição mais<<strong>br</strong> />

didática.<<strong>br</strong> />

34<<strong>br</strong> />

Sujeito simples é constituído de apenas um núcleo, o qual pode ser um<<strong>br</strong> />

substantivo (ou palavra substantivada), pronome, numeral ou verbo no<<strong>br</strong> />

infinitivo.<<strong>br</strong> />

35 Sujeito <strong>com</strong>posto é constituído de dois ou mais núcleos. Compare-se: Ela e<<strong>br</strong> />

eu somos amigos (suj. <strong>com</strong>posto); Nós somos amigos (suj. simples).


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

A emenda, o requerimento e o parecer sofreram alterações<<strong>br</strong> />

profundas antes da votação.<<strong>br</strong> />

b. Quando posposto o sujeito <strong>com</strong>posto, o verbo vai ao<<strong>br</strong> />

plural, concordando <strong>com</strong> todos os núcleos, ou concorda apenas<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> o núcleo mais próximo:<<strong>br</strong> />

Sofreram alterações profundas antes da votação a emenda,<<strong>br</strong> />

o parecer e o requerimento. (concordância <strong>com</strong> todos os<<strong>br</strong> />

núcleos)<<strong>br</strong> />

Sofreu alterações profundas antes da votação a emenda, o<<strong>br</strong> />

parecer e o requerimento. (concordância <strong>com</strong> emenda, o<<strong>br</strong> />

núcleo mais próximo)<<strong>br</strong> />

c. Havendo idéia de reciprocidade, o verbo vai ao plural,<<strong>br</strong> />

independentemente de sua posição em relação ao sujeito:<<strong>br</strong> />

Cumprimentaram-se em plenário o Deputado da Oposição<<strong>br</strong> />

e o da Situação.<<strong>br</strong> />

O Deputado da Oposição e o da Situação<<strong>br</strong> />

cumprimentaram-se em plenário.<<strong>br</strong> />

d. Quando o sujeito <strong>com</strong>posto é constituído de pessoas<<strong>br</strong> />

gramaticais diferentes, o verbo vai ao plural, observando-se as<<strong>br</strong> />

regras de prevalência.<<strong>br</strong> />

Primeira regra de prevalência: a 1ª pessoa (eu, nós)<<strong>br</strong> />

prevalece so<strong>br</strong>e as demais, levando o verbo para a 1ª pessoa do<<strong>br</strong> />

plural:<<strong>br</strong> />

O chefe do departamento e eu concluímos que o ofício<<strong>br</strong> />

merecia ajustes.<<strong>br</strong> />

Tu e eu devemos nos posicionar a respeito deste assunto.<<strong>br</strong> />

Um casal de amigos e nós recepcionaremos os visitantes.<<strong>br</strong> />

Segunda regra de prevalência: a 2ª pessoa (tu, vós)<<strong>br</strong> />

prevalece so<strong>br</strong>e a 3ª, levando o verbo para a 2ª pessoa do plural:<<strong>br</strong> />

Tu e teu chefe não <strong>com</strong>preendeis a situação em que me<<strong>br</strong> />

encontro.<<strong>br</strong> />

Observação: Como a 2ª pessoa do plural está em desuso,<<strong>br</strong> />

modernamente admite-se que o verbo concorde na 3ª pessoa do


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

plural: Tu e teu chefe não <strong>com</strong>preendem a situação em que me<<strong>br</strong> />

encontro.<<strong>br</strong> />

e. Quando o sujeito <strong>com</strong>posto é constituído de núcleos em<<strong>br</strong> />

gradação, o verbo vai ao plural, concordando <strong>com</strong> os núcleos<<strong>br</strong> />

expressos, ou fica no singular, concordando <strong>com</strong> a idéia única<<strong>br</strong> />

que os núcleos traduzem:<<strong>br</strong> />

Susto, medo e pânico atordoavam os que viam o filme.<<strong>br</strong> />

Susto, medo e pânico atordoava os que viam o filme.<<strong>br</strong> />

f. Quando o sujeito <strong>com</strong>posto é constituído de núcleos<<strong>br</strong> />

equivalentes ou sinônimos, o verbo vai ao plural, concordando<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> os núcleos expressos, ou fica no singular, concordando <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

a noção única dos núcleos:<<strong>br</strong> />

Determinação e firmeza caracterizam as pessoas bemsucedidas.<<strong>br</strong> />

Determinação e firmeza caracteriza as pessoas bemsucedidas.<<strong>br</strong> />

g. Quando o sujeito <strong>com</strong>posto é resumido por tudo, nada,<<strong>br</strong> />

ninguém, alguém, o verbo concorda, no singular, <strong>com</strong> o pronome<<strong>br</strong> />

resumitivo, ainda que este venha anteposto ao sujeito:<<strong>br</strong> />

Parlamentares, Presidente e Assessor, ninguém<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>preendia o que estava acontecendo.<<strong>br</strong> />

Ninguém, Parlamentares, Presidente e Assessor,<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>preendia o que estava acontecendo.<<strong>br</strong> />

h. Quando o sujeito <strong>com</strong>posto é constituído de infinitivos<<strong>br</strong> />

que expressam idéias opostas, o verbo vai ao plural:<<strong>br</strong> />

Punir e premiar caracterizam condutas usadas no<<strong>br</strong> />

treinamento de animais.<<strong>br</strong> />

Exportar e importar são ações permanentes do <strong>com</strong>ércio.<<strong>br</strong> />

i. Se o sujeito <strong>com</strong>posto é constituído de infinitivos que<<strong>br</strong> />

não expressam idéias opostas, o verbo fica no singular:<<strong>br</strong> />

Pensar e agir manifesta a condição humana.<<strong>br</strong> />

j. Se o sujeito <strong>com</strong>posto é constituído de infinitivos<<strong>br</strong> />

determinados por artigo, o verbo vai ao plural:<<strong>br</strong> />

O pensar e o agir manifestam a condição humana.


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

k. Quando o sujeito <strong>com</strong>posto tem os núcleos ligados pela<<strong>br</strong> />

preposição <strong>com</strong>, o verbo vai ao plural, se não houver vírgulas<<strong>br</strong> />

separando-os, ou concorda <strong>com</strong> o primeiro núcleo, se houver<<strong>br</strong> />

vírgulas separando-o do segundo:<<strong>br</strong> />

O dono da fazenda <strong>com</strong> o seu preposto manifestaram-se<<strong>br</strong> />

contra a reforma agrária.<<strong>br</strong> />

O dono da fazenda, <strong>com</strong> o seu preposto, manifestou-se<<strong>br</strong> />

contra a reforma agrária.<<strong>br</strong> />

Observação: No primeiro dos períodos acima, o sujeito é<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>posto pois <strong>com</strong> vale pela conjunção aditiva e; já no segundo, o<<strong>br</strong> />

sujeito é simples pois, <strong>com</strong>o a expressão <strong>com</strong> o seu preposto está<<strong>br</strong> />

entre vírgulas, ela não participa do sujeito – trata-se de um adjunto<<strong>br</strong> />

adverbial de <strong>com</strong>panhia.<<strong>br</strong> />

6.2.2.3 Concordância <strong>com</strong> os pronomes de tratamento<<strong>br</strong> />

Os pronomes de tratamento (Vossa Excelência, Vossa<<strong>br</strong> />

Senhoria, você, Sua Excelência, etc.) levam sempre o verbo e os<<strong>br</strong> />

pronomes, possessivos e pessoais, para a 3ª pessoa, mesmo<<strong>br</strong> />

quando em referência à pessoa <strong>com</strong> quem se fala (2ª pessoa<<strong>br</strong> />

gramatical):<<strong>br</strong> />

O SR. PRESI<strong>DE</strong>NTE (Assis de Machado) – No<strong>br</strong>e Deputado<<strong>br</strong> />

Alves Castro, V.Exa. dispõe de cinco minutos para o seu<<strong>br</strong> />

pronunciamento.<<strong>br</strong> />

O SR. PRESI<strong>DE</strong>NTE (Assis de Machado) – Concedo a<<strong>br</strong> />

palavra ao no<strong>br</strong>e Deputado Alves Castro. S.Exa. dispõe de<<strong>br</strong> />

cinco minutos para o seu pronunciamento.<<strong>br</strong> />

6.2.2.4 Pronome se<<strong>br</strong> />

Entre as várias funções que o pronome se pode exercer,<<strong>br</strong> />

duas devem ser destacadas no âmbito da concordância verbal:<<strong>br</strong> />

pronome apassivador e índice de indeterminação do sujeito.


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

• Se <strong>com</strong>o pronome apassivador<<strong>br</strong> />

O se é pronome apassivador quando equivale ao verbo ser,<<strong>br</strong> />

admitindo conversão à voz passiva analítica. Nessa condição, o<<strong>br</strong> />

verbo que o a<strong>com</strong>panha deverá concordar, em número e pessoa,<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> o sujeito expresso:<<strong>br</strong> />

Estipulou-se um critério para avaliação do candidato.<<strong>br</strong> />

(passiva sintética ou pronominal)<<strong>br</strong> />

= Foi estipulado um critério para avaliação do candidato.<<strong>br</strong> />

(passiva analítica)<<strong>br</strong> />

Estipularam-se critérios para avaliação do candidato.<<strong>br</strong> />

(passiva sintética ou pronominal)<<strong>br</strong> />

= Foram estipulados critérios para avaliação do candidato.<<strong>br</strong> />

(passiva analítica)<<strong>br</strong> />

• Se <strong>com</strong>o índice de indeterminação do sujeito<<strong>br</strong> />

O se é índice de indeterminação do sujeito quando<<strong>br</strong> />

a<strong>com</strong>panha verbos que requeiram preposição ou que venham<<strong>br</strong> />

modificados por advérbio. Nesse caso, não é possível a conversão<<strong>br</strong> />

à voz passiva, devendo o verbo permanecer na 3ª pessoa do<<strong>br</strong> />

singular:<<strong>br</strong> />

Nesta seção, necessita-se de bons programadores.<<strong>br</strong> />

Aspira-se a cargos elevados no Parlamento.<<strong>br</strong> />

Vive-se agradavelmente em países tropicais.<<strong>br</strong> />

Lê-se muito em algumas cidades <strong>br</strong>asileiras.<<strong>br</strong> />

Observação: Note-se que as orações acima rejeitam a<<strong>br</strong> />

transformação para a passiva. Por exemplo, não se diz *Bons<<strong>br</strong> />

programadores são necessitados nem *Cargos elevados são<<strong>br</strong> />

aspirados. Prova-se, assim, que programadores e cargos não são<<strong>br</strong> />

sujeitos, daí o verbo permanecer na 3ª pessoa do singular.<<strong>br</strong> />

6.2.2.5 Concordância <strong>com</strong> os pronomes que e quem<<strong>br</strong> />

a. Se o sujeito da oração é o pronome relativo que, o verbo<<strong>br</strong> />

concorda <strong>com</strong> o antecedente do que:<<strong>br</strong> />

Fui eu que o apoiei em época tão conturbada de sua vida.<<strong>br</strong> />

Fomos nós que o apoiamos quando de nós precisou.


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

b. Quando tem <strong>com</strong>o sujeito o relativo quem, o verbo vai<<strong>br</strong> />

para a 3ª pessoa do singular ou concorda <strong>com</strong> o antecedente<<strong>br</strong> />

deste:<<strong>br</strong> />

Fui eu quem o apoiou / apoiei em época tão conturbada de<<strong>br</strong> />

sua vida.<<strong>br</strong> />

Fomos nós quem o apoiou / apoiamos quando de nós<<strong>br</strong> />

precisou.<<strong>br</strong> />

São eles quem precisa / precisam ouvir agora.<<strong>br</strong> />

6.2.2.6 Sujeitos ligados pelas conjunções ou e nem<<strong>br</strong> />

a. Havendo idéia de exclusão, o verbo fica no singular:<<strong>br</strong> />

Paulo ou José será eleito governador.<<strong>br</strong> />

Paulo ou José se casará <strong>com</strong> Helena.<<strong>br</strong> />

b. Havendo idéia de correção (equivalente a ―aliás‖), o<<strong>br</strong> />

verbo concorda <strong>com</strong> o núcleo mais próximo:<<strong>br</strong> />

Um destaque, ou dois foram apresentados.<<strong>br</strong> />

c. Não se configurando os casos acima, o verbo pode<<strong>br</strong> />

concordar tanto no singular <strong>com</strong>o no plural:<<strong>br</strong> />

Nem eu nem ela sabia / sabíamos a verdade so<strong>br</strong>e o crime.<<strong>br</strong> />

Nem o Presidente da Câmara nem o do Senado presidirá /<<strong>br</strong> />

presidirão a sessão de homenagem às mulheres.<<strong>br</strong> />

Ou ela ou o marido estava / estavam mentindo.<<strong>br</strong> />

6.2.2.7 Concordância ideológica<<strong>br</strong> />

A concordância verbal, em certos casos, pode não ocorrer<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> o sujeito gramatical, mas <strong>com</strong> a idéia que dele se pode<<strong>br</strong> />

depreender. Diz-se, então, que há concordância ideológica, e não<<strong>br</strong> />

gramatical.<<strong>br</strong> />

Exemplo de concordância ideológica de gênero (neste<<strong>br</strong> />

exemplo, o adjetivo <strong>com</strong>prometido concorda no masculino <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

o sexo da pessoa e não <strong>com</strong> o sujeito gramatical, no caso o<<strong>br</strong> />

pronome de tratamento V.Exa., que é feminino):


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

V.Exa., no<strong>br</strong>e Deputado, revela-se extremamente<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>prometido <strong>com</strong> os problemas por que passa a educação<<strong>br</strong> />

em seu Estado.<<strong>br</strong> />

Exemplo de concordância ideológica de pessoa (aqui, o<<strong>br</strong> />

verbo conhecemos concorda não <strong>com</strong> o sujeito gramatical os<<strong>br</strong> />

Parlamentares, de 3ª pessoa do plural, mas <strong>com</strong> a idéia de ―nós‖,<<strong>br</strong> />

1ª pessoa do plural, de modo a incluir a pessoa do emissor):<<strong>br</strong> />

Os Parlamentares conhecemos muito bem a dimensão dos<<strong>br</strong> />

problemas em que vivemos.<<strong>br</strong> />

Exemplo de concordância ideológica de número (o verbo,<<strong>br</strong> />

em vez de concordar, no singular – preferiu –, <strong>com</strong> o sujeito<<strong>br</strong> />

expresso a bancada, concorda, no plural – preferiram –, <strong>com</strong> os<<strong>br</strong> />

indivíduos aí agrupados. Além disso, o plural justifica-se pelo<<strong>br</strong> />

distanciamento que há entre o sujeito gramatical e o verbo):<<strong>br</strong> />

A bancada ainda não havia decidido so<strong>br</strong>e o parecer.<<strong>br</strong> />

Preferiram solicitar o adiamento da votação por mais duas<<strong>br</strong> />

sessões.<<strong>br</strong> />

6.2.2.8 Concordância na locução verbal<<strong>br</strong> />

Na locução verbal, é o verbo auxiliar (o primeiro) que<<strong>br</strong> />

concorda <strong>com</strong> o sujeito, e não o principal (o último). Compare-se:<<strong>br</strong> />

Correto: As bancadas costumam definir as pautas das<<strong>br</strong> />

reuniões no início de cada mês.<<strong>br</strong> />

Errado: As bancadas costuma definirem as pautas das<<strong>br</strong> />

reuniões no início de cada mês.<<strong>br</strong> />

Errado: As bancadas costumam definirem as pautas das<<strong>br</strong> />

reuniões no início de cada mês.<<strong>br</strong> />

6.2.2.9 Verbos impessoais<<strong>br</strong> />

Chamam-se impessoais os verbos que não possuem sujeito<<strong>br</strong> />

e, por essa razão, devem permanecer na 3ª pessoa do singular.<<strong>br</strong> />

Quando em locução verbal, esses verbos transmitem a<<strong>br</strong> />

impessoalidade para o auxiliar, que, assim, também deve ficar na<<strong>br</strong> />

3ª pessoa do singular.<<strong>br</strong> />

São verbos impessoais:<<strong>br</strong> />

• os que indicam fenômeno meteorológico ou astronômico:


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

Choveu vinte dias seguidos.<<strong>br</strong> />

Nevou por duas semanas em Santa Catarina.<<strong>br</strong> />

Observação: Usados em sentido figurado, tais verbos deixam de<<strong>br</strong> />

ser impessoais e concordam normalmente <strong>com</strong> o sujeito expresso:<<strong>br</strong> />

Choveram abstenções durante a votação.<<strong>br</strong> />

• haver, fazer, estar e ir indicando tempo decorrido ou clima:<<strong>br</strong> />

Faz meses que não presenciamos sessões tão acaloradas.<<strong>br</strong> />

(não: *Fazem meses)<<strong>br</strong> />

Havia meses não presenciávamos sessões tão acaloradas.<<strong>br</strong> />

(não: *Haviam meses)<<strong>br</strong> />

Deve fazer anos que ela não visita os avós. (não: *Devem<<strong>br</strong> />

fazer anos)<<strong>br</strong> />

Vai em anos que não nos encontramos. (não: *Vão em<<strong>br</strong> />

anos)<<strong>br</strong> />

Faz verões fortíssimos nesta época do ano. (não: *Fazem<<strong>br</strong> />

verões)<<strong>br</strong> />

• haver no sentido de ―existir, acontecer, ocorrer‖:<<strong>br</strong> />

Deve haver muitos oradores no plenário. (não: *Devem<<strong>br</strong> />

haver)<<strong>br</strong> />

Havia muitos oradores no plenário. (não: *Haviam muitos)<<strong>br</strong> />

Nunca houve tantas multas de trânsito em Brasília. (não:<<strong>br</strong> />

*Nunca houveram)<<strong>br</strong> />

Poderá haver duas sessões: uma ordinária e uma solene.<<strong>br</strong> />

(não: *Poderão haver)<<strong>br</strong> />

Observações<<strong>br</strong> />

1. Na língua padrão não se emprega o verbo ter no sentido de<<strong>br</strong> />

―haver‖. Em vez de *Tinham (têm / tiveram, etc.) muitos oradores<<strong>br</strong> />

no plenário, deve-se dizer Há (havia / haverá / houvera / existem /<<strong>br</strong> />

existiam / existiram) muitos oradores no plenário.<<strong>br</strong> />

2. Os verbos existir, acontecer e ocorrer são pessoais, portanto<<strong>br</strong> />

possuem sujeito, <strong>com</strong> o qual concordam em número e pessoa:<<strong>br</strong> />

Existem muitos oradores no plenário; Ocorreram situações<<strong>br</strong> />

constrangedoras entre mim e ela; Aconteceram dois incidentes na<<strong>br</strong> />

sessão de ontem.


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

• passar de indicando tempo:<<strong>br</strong> />

Passa das duas horas, e a sessão ainda não foi iniciada.<<strong>br</strong> />

• a expressão tratar-se de no sentido de ―dizer respeito, fazer<<strong>br</strong> />

referência‖:<<strong>br</strong> />

Trata-se de problemas para os quais ainda não se achou<<strong>br</strong> />

solução. (não: *Tratam-se de)<<strong>br</strong> />

Tratava-se de crimes hediondos, que chocaram toda a<<strong>br</strong> />

cidade. (não: *Tratavam-se de)<<strong>br</strong> />

6.2.2.10 Verbos unipessoais<<strong>br</strong> />

Os verbos unipessoais, <strong>com</strong>o o nome indica, possuem<<strong>br</strong> />

sujeito e, <strong>com</strong>o este é representado por uma oração, devem ficar<<strong>br</strong> />

sempre na 3ª pessoa do singular. São verbos unipessoais: bastar,<<strong>br</strong> />

constar, convir, cumprir, faltar, urgir, etc.:<<strong>br</strong> />

Bastou os parlamentares protestarem para que o Governo<<strong>br</strong> />

recuasse (ou: Bastou aos parlamentares protestar para...).<<strong>br</strong> />

Consta que os terroristas foram identificados e presos.<<strong>br</strong> />

Cumpre-nos lutar <strong>com</strong> todas nossas forças.<<strong>br</strong> />

Falta-lhes assinar os ofícios.<<strong>br</strong> />

Observações<<strong>br</strong> />

1. Nos exemplos acima, o sujeito do primeiro verbo é a oração<<strong>br</strong> />

grifada. Por esse motivo, são erradas concordâncias <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

*Bastaram os parlamentares protestar...<<strong>br</strong> />

2. É importante notar que os verbos unipessoais funcionam<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o tal somente quando o seu sujeito for uma oração. Nos<<strong>br</strong> />

exemplos seguintes, eles não são unipessoais, porque o sujeito é<<strong>br</strong> />

representado por um termo nominal, <strong>com</strong> o qual concordam<<strong>br</strong> />

normalmente: Faltam dois dias para a realização do concurso; Três<<strong>br</strong> />

alunos bastam para fazer a pesquisa.<<strong>br</strong> />

6.2.2.11 Concordância do verbo ser<<strong>br</strong> />

Palavra de concordância <strong>com</strong>plexa, o verbo ser ora<<strong>br</strong> />

concorda <strong>com</strong> o sujeito, ora <strong>com</strong> o predicativo, ora <strong>com</strong> um ou<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> o outro, ora, ainda, é impessoal.


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

a. Quando o verbo ser aparece entre dois nomes de<<strong>br</strong> />

números diferentes, a concordância pode dar-se no singular ou no<<strong>br</strong> />

plural, sendo preferível o plural:<<strong>br</strong> />

Sua atitude são evidentes contradições.<<strong>br</strong> />

Sua atitude é evidentes contradições.<<strong>br</strong> />

O documento eram minúcias.<<strong>br</strong> />

O documento era minúcias.<<strong>br</strong> />

b. Com sujeito representado por expressão indicativa de<<strong>br</strong> />

quantidade, o verbo ser fica no singular:<<strong>br</strong> />

Um é pouco, dois é bom, três é demais.<<strong>br</strong> />

Quinze quilos foi a quantidade de droga que encontraram<<strong>br</strong> />

no veículo.<<strong>br</strong> />

c. Quando o núcleo do sujeito é pronome pessoal ou nome<<strong>br</strong> />

referente a pessoa, o verbo ser concorda <strong>com</strong> essas palavras:<<strong>br</strong> />

Eles eram a mais intensa manifestação de cordialidade.<<strong>br</strong> />

A mais intensa manifestação de cordialidade eram eles.<<strong>br</strong> />

O responsável pelo setor de cargas somos nós.<<strong>br</strong> />

Filipe é as alegrias da casa.<<strong>br</strong> />

Os deputados são o alicerce do partido.<<strong>br</strong> />

d. Em orações interrogativas iniciadas pelos pronomes que,<<strong>br</strong> />

quem, o que, o verbo ser concorda <strong>com</strong> o termo so<strong>br</strong>e o qual se<<strong>br</strong> />

pergunta, seja este sujeito ou predicativo:<<strong>br</strong> />

Que são sistemas bicamerais?<<strong>br</strong> />

Quem eram os culpados pelo crime?<<strong>br</strong> />

e. Diante dos demonstrativos isso, isto, aquilo, o, e do<<strong>br</strong> />

indefinido tudo, o verbo ser, caso seguido de predicativo no<<strong>br</strong> />

plural, concorda no singular ou no plural:<<strong>br</strong> />

Tudo eram / era esperanças na época das Diretas-Já!<<strong>br</strong> />

Isso são / é perguntas que se façam?


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

f. Com expressões de sentido partitivo, <strong>com</strong>o o resto, a<<strong>br</strong> />

maior parte de, o grosso de, o verbo ser concorda <strong>com</strong> o termo<<strong>br</strong> />

seguinte (predicativo):<<strong>br</strong> />

O resto eram novidades.<<strong>br</strong> />

A maior parte dos documentos são coletâneas.<<strong>br</strong> />

O grosso de seus escritos é oratória parlamentar.<<strong>br</strong> />

g. Quando indica tempo ou distância, o verbo ser é<<strong>br</strong> />

impessoal, devendo, no entanto, concordar <strong>com</strong> o predicativo:<<strong>br</strong> />

São duas horas da tarde, e a sessão ainda não se iniciou.<<strong>br</strong> />

Era uma hora da madrugada, e os deputados continuavam<<strong>br</strong> />

no plenário.<<strong>br</strong> />

É meia-noite e meia.<<strong>br</strong> />

Da Rodoviária à Praça dos Três Poderes são dois<<strong>br</strong> />

quilômetros.<<strong>br</strong> />

h. Nas <strong>com</strong>binações ser + perto de, cerca de, em torno de,<<strong>br</strong> />

indicando tempo aproximado, o verbo ser é impessoal e pode<<strong>br</strong> />

permanecer no singular ou, se a expressão permitir, ir ao plural:<<strong>br</strong> />

Era perto de meio-dia e meia quando o almoço foi servido.<<strong>br</strong> />

Era / Eram cerca de três horas da tarde.<<strong>br</strong> />

6.2.2.12 Verbos dar, bater, soar (horas)<<strong>br</strong> />

a. Quando o sujeito é a expressão que indica as horas, o<<strong>br</strong> />

verbo concorda <strong>com</strong> essa expressão:<<strong>br</strong> />

Bateu uma hora no relógio do plenário.<<strong>br</strong> />

Deram duas horas no relógio do plenário.<<strong>br</strong> />

Soaram oito horas na sineta do colégio, e os alunos<<strong>br</strong> />

entraram.<<strong>br</strong> />

Observação: Nessas frases, as expressões no relógio e na sineta<<strong>br</strong> />

não podem ser o sujeito porque estão preposicionadas.<<strong>br</strong> />

b. Quando o sujeito é representado por substantivos <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

relógio, sineta, sino, etc., não preposicionados, o verbo concorda<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> eles:


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

Bateu uma hora o relógio do plenário.<<strong>br</strong> />

Bateu duas horas o relógio do plenário.<<strong>br</strong> />

Deram uma hora os relógios da sala do diretor.<<strong>br</strong> />

6.2.2.13 Verbo parecer na locução verbal<<strong>br</strong> />

Quando o sujeito da oração está no plural ou é <strong>com</strong>posto e<<strong>br</strong> />

o verbo parecer é seguido de infinitivo, tanto este <strong>com</strong>o aquele<<strong>br</strong> />

(mas não ao mesmo tempo) podem flexionar-se para concordar<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> o sujeito:<<strong>br</strong> />

Muitas pessoas parecem não <strong>com</strong>preender que a economia<<strong>br</strong> />

mundial passa por mudanças.<<strong>br</strong> />

Muitas pessoas parece não <strong>com</strong>preenderem que a<<strong>br</strong> />

economia mundial passa por mudanças.<<strong>br</strong> />

A Situação e a Oposição parecem concordar <strong>com</strong> a reforma<<strong>br</strong> />

do Regimento.<<strong>br</strong> />

A Situação e a Oposição parece concordarem <strong>com</strong> a<<strong>br</strong> />

reforma do Regimento.<<strong>br</strong> />

6.2.2.14 Números percentuais<<strong>br</strong> />

a. Percentual plural + substantivo singular ® verbo no<<strong>br</strong> />

plural ou no singular:<<strong>br</strong> />

Segundo se constatou, 13% do eleitorado votaram / votou<<strong>br</strong> />

no candidato da Oposição.<<strong>br</strong> />

Observação: Se o substantivo singular vier anteposto ao<<strong>br</strong> />

percentual, o verbo concordará apenas <strong>com</strong> o percentual: Do<<strong>br</strong> />

eleitorado, 13% votaram no candidato da Oposição.<<strong>br</strong> />

b. Percentual plural + substantivo plural ® verbo apenas<<strong>br</strong> />

no plural:<<strong>br</strong> />

Pelas estatísticas, 15% dos moradores desta região não<<strong>br</strong> />

sabem ler.<<strong>br</strong> />

c. Percentual singular + substantivo singular ® verbo<<strong>br</strong> />

apenas no singular:<<strong>br</strong> />

Conforme os dados, 1% da turma não aprovou o repasse de<<strong>br</strong> />

verbas.


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

d. Percentual singular + substantivo plural ® verbo no<<strong>br</strong> />

singular ou no plural:<<strong>br</strong> />

Pelos dados, 1% das crianças recebe / recebem alimentação<<strong>br</strong> />

adequada.<<strong>br</strong> />

e. Percentual antecedido de artigo plural ® verbo apenas<<strong>br</strong> />

no plural:<<strong>br</strong> />

Os 13% do Orçamento da União devem destinar-se à<<strong>br</strong> />

Educação.<<strong>br</strong> />

Pelos dados, os 15% dos moradores desta região não sabem<<strong>br</strong> />

ler.<<strong>br</strong> />

6.2.2.15 Concordância <strong>com</strong> a palavra milhão<<strong>br</strong> />

A concordância verbal é feita geralmente no plural, mas o<<strong>br</strong> />

substantivo milhão concorda <strong>com</strong> o algarismo a que se refere:<<strong>br</strong> />

Do que constava na fatura, R$ 1,5 milhão foram desviados.<<strong>br</strong> />

Dois milhões de estudantes <strong>br</strong>igam por mensalidades mais<<strong>br</strong> />

baixas.<<strong>br</strong> />

Observação: Se a expressão numérica é seguida de termo no<<strong>br</strong> />

singular, o verbo também pode ficar no singular: 1,5 milhão da<<strong>br</strong> />

população está infectada (ou: 1,5 milhão da população estão<<strong>br</strong> />

infectados).<<strong>br</strong> />

6.2.2.16 Outros casos de concordância verbal<<strong>br</strong> />

Depois de mais de um, mais de uma, o verbo é empregado<<strong>br</strong> />

no singular ou, caso essas expressões indiquem reciprocidade ou<<strong>br</strong> />

venham repetidas, no plural:<<strong>br</strong> />

Durante a votação, mais de um deputado absteve-se.<<strong>br</strong> />

Mais de um veículo entrechocaram-se nas proximidades do<<strong>br</strong> />

Congresso.<<strong>br</strong> />

Mais de um orador, mais de um participante do debate não<<strong>br</strong> />

queriam manifestar opinião so<strong>br</strong>e assunto tão delicado.<<strong>br</strong> />

Na presença das expressões um e outro, uma e outra, nem<<strong>br</strong> />

um nem outro, nem uma nem outra, o verbo concorda no


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

singular ou no plural; porém, caso haja idéia de reciprocidade,<<strong>br</strong> />

concorda necessariamente no plural:<<strong>br</strong> />

Nem um nem outro ofício deveria ter sido encaminhado.<<strong>br</strong> />

Nem um nem outro ofício deveriam ter sido encaminhados.<<strong>br</strong> />

Uma e outra secretária correspondiam-se freqüentemente.<<strong>br</strong> />

(idéia de reciprocidade)<<strong>br</strong> />

Quando o sujeito for constituído pelas expressões quem de<<strong>br</strong> />

nós / vós, qual de nós /vós, algum de nós / vós, nenhum de nós / vós,<<strong>br</strong> />

quem entre eles, qual deles, algum entre eles, o verbo fica na 3ª<<strong>br</strong> />

pessoa do singular, concordando <strong>com</strong> o primeiro pronome:<<strong>br</strong> />

Quem de nós / vós intervirá em favor dos mais necessitados?<<strong>br</strong> />

Algum de nós/vós votou contra o projeto que beneficiava<<strong>br</strong> />

aposentados.<<strong>br</strong> />

Com sujeito constituído pelas locuções quais de nós / vós,<<strong>br</strong> />

alguns de nós / vós, nenhuns de nós / vós, vários de nós / vós, o<<strong>br</strong> />

verbo vai para a 3ª pessoa do plural, concordando <strong>com</strong> o<<strong>br</strong> />

primeiro pronome, ou então para a 1ª / 2ª pessoa do plural,<<strong>br</strong> />

concordando <strong>com</strong> o pronome nós/vós:<<strong>br</strong> />

Quais de nós/vós falarão / falaremos/falareis em favor dos<<strong>br</strong> />

mais necessitados?<<strong>br</strong> />

Quando o sujeito é representado por expressões <strong>com</strong>o a<<strong>br</strong> />

maioria de, a maior parte de, grande parte de, parte de, o grosso<<strong>br</strong> />

de, uma turma de, um grupo de, uma multidão de + um nome<<strong>br</strong> />

no plural, o verbo pode concordar tanto no singular <strong>com</strong>o no<<strong>br</strong> />

plural:<<strong>br</strong> />

A maioria dos parlamentares se pronunciou / pronunciaram<<strong>br</strong> />

a respeito das mudanças na Previdência.<<strong>br</strong> />

Se a palavra cada é parte do sujeito, o verbo deve ir para a<<strong>br</strong> />

3ª pessoa do singular, ainda que o sujeito seja <strong>com</strong>posto:<<strong>br</strong> />

Cada um dos secretários recolheu as assinaturas dos<<strong>br</strong> />

deputados para fazer aprovar a CPI.<<strong>br</strong> />

Cada líder, cada deputado, cada convidado prestou<<strong>br</strong> />

homenagens efusivas ao Presidente.


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

A concordância <strong>com</strong> as expressões um dos que e uma das<<strong>br</strong> />

que é feita <strong>com</strong> o verbo no singular, quando se quer enfatizar a<<strong>br</strong> />

unidade de um grupo, ou no plural, quando se quer realçar os<<strong>br</strong> />

indivíduos que <strong>com</strong>põem o grupo. Compare-se:<<strong>br</strong> />

O Secretário Antônio era um dos que mais ajudava o<<strong>br</strong> />

Presidente.<<strong>br</strong> />

O Secretário Antônio era um dos que mais ajudavam o<<strong>br</strong> />

Presidente.<<strong>br</strong> />

6.3 REGÊNCIA<<strong>br</strong> />

Regência é o mecanismo que regula a relação entre os<<strong>br</strong> />

verbos ou nomes (substantivos e adjetivos) e os seus<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>plementos. Em seu caso, importa saber se a palavra exige ou<<strong>br</strong> />

não outras que <strong>com</strong>plementem o seu sentido e, no caso de exigir,<<strong>br</strong> />

que tipo de <strong>com</strong>plemento é esse.<<strong>br</strong> />

Saliente-se que na regência – na verbal so<strong>br</strong>etudo – são<<strong>br</strong> />

encontradas consideráveis diferenças entre o uso popular ou<<strong>br</strong> />

informal e o uso culto e formal, verificando-se também, em certos<<strong>br</strong> />

casos, divergências entre os próprios gramáticos e dicionaristas,<<strong>br</strong> />

alguns dos quais são menos normativos que descritivos a respeito.<<strong>br</strong> />

6.3.1 REGÊNCIA VERBAL<<strong>br</strong> />

A regência se diz verbal quando o termo regente é um<<strong>br</strong> />

verbo. São a seguir definidos alguns tipos de verbos e indicados<<strong>br</strong> />

aqueles verbos mais propensos a dúvidas.<<strong>br</strong> />

6.3.1.1 Verbos transitivos diretos<<strong>br</strong> />

Um verbo é transitivo quando não tem sentido <strong>com</strong>pleto e<<strong>br</strong> />

por isso exige (rege) um <strong>com</strong>plemento que lhe <strong>com</strong>plete o<<strong>br</strong> />

significado. É chamado transitivo direto quando seu <strong>com</strong>plemento<<strong>br</strong> />

– denominado objeto direto – não vem o<strong>br</strong>igatoriamente<<strong>br</strong> />

precedido de preposição. Em outras palavras, a noção que ele<<strong>br</strong> />

exprime ―transita‖ diretamente para o objeto:


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

―Nenhum Deputado poderá solicitar a palavra quando<<strong>br</strong> />

houver orador na tribuna, exceto para requerer prorrogação de<<strong>br</strong> />

prazo, levantar questão de ordem, ou fazer <strong>com</strong>unicação de<<strong>br</strong> />

natureza urgentíssima.‖ (RICD, art. 169)<<strong>br</strong> />

Nesse exemplo, os termos grifados funcionam <strong>com</strong>o objeto<<strong>br</strong> />

direto porque <strong>com</strong>pletam, sem preposição, o sentido dos verbos<<strong>br</strong> />

solicitar, haver, requerer, levantar e fazer, que são assim<<strong>br</strong> />

transitivos diretos.<<strong>br</strong> />

Observação: Há casos em que o objeto direto ocorre <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

preposição, utilizada por tradição, ênfase ou clareza. Alguns<<strong>br</strong> />

exemplos: Ainda não se conhecem uns aos outros (expressão de<<strong>br</strong> />

reciprocidade um ao outro); É um amigo a quem pouco vejo<<strong>br</strong> />

(pronome relativo quem); A Abel matou Caim (clareza: a preposição<<strong>br</strong> />

evita confusão entre o sujeito e o objeto); Amava a Deus e aos<<strong>br</strong> />

irmãos (ênfase: o uso – estilístico – da preposição <strong>com</strong> verbos que<<strong>br</strong> />

exprimem sentimento dá idéia de encarecimento do beneficiário da<<strong>br</strong> />

ação verbal).<<strong>br</strong> />

Quando pronome átono, o objeto direto tem a forma o, a,<<strong>br</strong> />

os, as, ou as suas variantes lo(s), la(s), no(s), na(s).36 Exemplos:<<strong>br</strong> />

Solicitar a palavra – Solicitá-la; Fez um <strong>com</strong>unicado – Fê-lo;<<strong>br</strong> />

Apurou os votos – Apurou-os; Levantaram uma questão de ordem<<strong>br</strong> />

– Levantaram-na; Dão graças a Deus – Dão-nas.<<strong>br</strong> />

O pronome lhe funciona <strong>com</strong>o objeto indireto;<<strong>br</strong> />

conseqüentemente, não pode ser usado <strong>com</strong>o <strong>com</strong>plemento de<<strong>br</strong> />

verbos transitivos diretos. Deve-se dizer: Nós o ajudamos, e não:<<strong>br</strong> />

*Nós lhe ajudamos; Eu a vi, e não: *Eu lhe vi; Os colegas a<<strong>br</strong> />

respeitam e a admiram, e não: *Os colegas lhe respeitam e lhe<<strong>br</strong> />

admiram.<<strong>br</strong> />

São verbos transitivos diretos:<<strong>br</strong> />

O Deputado adentrou o plenário para votar. (não:<<strong>br</strong> />

*adentrou no)<<strong>br</strong> />

Não os ajudou quando eles mais necessitavam. (não: *lhes<<strong>br</strong> />

ajudou)<<strong>br</strong> />

A bancada apóia o projeto. (não: *apóia ao)<<strong>br</strong> />

36 A grafia lo(s), la(s), no(s) e na(s) é explicada em 6.5.3.1, a e b.


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

A Presidência conclama os Deputados a se dirigirem ao<<strong>br</strong> />

plenário. (não: *conclama aos)<<strong>br</strong> />

A Oposição conclamou-a líder. (não: *conclamou-lhe)<<strong>br</strong> />

Constituí-o meu procurador. (não: *constituí-lhe)<<strong>br</strong> />

O júri condenou a ré. (não: *condenou à)<<strong>br</strong> />

O programa favorece os mais po<strong>br</strong>es. (não: *favorece aos)<<strong>br</strong> />

6.3.1.2 Verbos transitivos indiretos<<strong>br</strong> />

Verbo transitivo indireto é aquele que tem o sentido<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>pletado por <strong>com</strong>plemento precedido de preposição<<strong>br</strong> />

o<strong>br</strong>igatória, o qual, por isso, recebe o nome de objeto indireto.<<strong>br</strong> />

No exemplo abaixo, observe-se que o verbo referir-se tem os seus<<strong>br</strong> />

objetos indiretos regidos pela preposição a:<<strong>br</strong> />

―Nenhum Deputado poderá referir-se, de forma descortês<<strong>br</strong> />

ou injuriosa, a mem<strong>br</strong>os do Poder Legislativo ou às autoridades<<strong>br</strong> />

constituídas deste e dos demais Poderes da República [...].‖<<strong>br</strong> />

(RICD, art. 73, XII)<<strong>br</strong> />

Alguns verbos transitivos indiretos que se constroem <strong>com</strong> a<<strong>br</strong> />

preposição a admitem que o seu objeto indireto tome a forma do<<strong>br</strong> />

pronome lhe(s): Coube ao Diretor decidir – Coube-lhe decidir;<<strong>br</strong> />

Estes bens pertencem ao patrimônio público – Estes bens lhe<<strong>br</strong> />

pertencem. Já outros não admitem o pronome átono lhe, mas sim<<strong>br</strong> />

as formas tônicas a ele(s), a ela(s): Referir-se às autoridades –<<strong>br</strong> />

Referir-se a elas; Procederam à votação – Procederam a ela;<<strong>br</strong> />

Provia a todas as necessidades da casa – Provia a elas.<<strong>br</strong> />

Além de a, o objeto indireto pode ser introduzido por outras<<strong>br</strong> />

preposições, a depender do verbo: apelar para; consistir em;<<strong>br</strong> />

carecer de; contentar-se <strong>com</strong>, de ou em; contribuir para; esforçarse<<strong>br</strong> />

em, para ou por; lutar contra, <strong>com</strong> e por; optar por; simpatizar<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>; etc.<<strong>br</strong> />

6.3.1.3 Verbos transitivos diretos e indiretos<<strong>br</strong> />

Verbo transitivo direto e indireto é aquele que requer dois<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>plementos ao mesmo tempo, um direto e outro indireto:<<strong>br</strong> />

―Ao Presidente da Comissão <strong>com</strong>pete, além do que lhe for<<strong>br</strong> />

atribuído neste Regimento, ou no Regulamento das Comissões,


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

delegar, quando entender conveniente, aos Vice-Presidentes a<<strong>br</strong> />

distribuição das proposições.‖ (RICD, art. 41, XIX)<<strong>br</strong> />

Nesse exemplo, a expressão preposicionada aos Vice-<<strong>br</strong> />

Presidentes é objeto indireto e a distribuição das proposições,<<strong>br</strong> />

objeto direto; ambas <strong>com</strong>pletam o sentido de delegar, que é um<<strong>br</strong> />

verbo transitivo direto e indireto típico, pois quem delega, delega<<strong>br</strong> />

alguma coisa a alguém.<<strong>br</strong> />

Tal <strong>com</strong>o ocorre <strong>com</strong> delegar, o objeto direto dos verbos<<strong>br</strong> />

transitivos diretos e indiretos é em geral coisa e o indireto, pessoa<<strong>br</strong> />

(ou ente a quem se destina ou interessa a ação). Mas não faltam<<strong>br</strong> />

verbos que admitem alternância dos dois objetos (de pessoa e de<<strong>br</strong> />

coisa), <strong>com</strong>o por exemplo avisar: avisa-se alguma coisa a alguém<<strong>br</strong> />

ou avisa-se alguém de alguma coisa. Outros exemplos:<<strong>br</strong> />

A família agradece aos amigos o apoio prestado. (não:<<strong>br</strong> />

*agradece os amigos)<<strong>br</strong> />

O Departamento notificou os servidores da o<strong>br</strong>igatoriedade<<strong>br</strong> />

do uso do crachá. / O Departamento notificou aos servidores a<<strong>br</strong> />

o<strong>br</strong>igatoriedade do uso do crachá.<<strong>br</strong> />

Aviso a V.Exa. que se fará chamada nominal. / Aviso V.Exa.<<strong>br</strong> />

de que se fará chamada nominal.<<strong>br</strong> />

Cientifique-o de que haverá sessão amanhã às 9 horas. /<<strong>br</strong> />

Cientifique-lhe que haverá sessão amanhã às 9 horas.<<strong>br</strong> />

Com pesar, o médico <strong>com</strong>unicou-lhe o resultado do exame.<<strong>br</strong> />

Ensinei-o a respeitar as leis. / Ensinei-lhe o respeito às leis.<<strong>br</strong> />

Felicito V.Exa. pela data de hoje. (não: *felicito a V.Exa.)<<strong>br</strong> />

Sugeriram-lhe que retirasse o projeto. (não: *sugeriram-lhe<<strong>br</strong> />

de que)


6.3.1.4 Verbos intransitivos e verbos pronominais<<strong>br</strong> />

Verbo intransitivo é aquele cuja significação não ―transita‖<<strong>br</strong> />

para um <strong>com</strong>plemento, isso porque já tem o sentido <strong>com</strong>pleto,<<strong>br</strong> />

não necessitando de objeto direto nem indireto:<<strong>br</strong> />

A semente germinou (floresceu / vingou / murchou /<<strong>br</strong> />

apodreceu).<<strong>br</strong> />

O prazo para interpor recurso expirou (prescreveu / acabou<<strong>br</strong> />

/ findou).


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

A criança pula, <strong>br</strong>inca, corre, chora e finalmente adormece.<<strong>br</strong> />

Verbo pronominal é aquele que se usa sempre<<strong>br</strong> />

a<strong>com</strong>panhado de um pronome oblíquo átono (me, te, se, nos,<<strong>br</strong> />

vos) da mesma pessoa que o sujeito, pronome esse que, por fazer<<strong>br</strong> />

parte do verbo, não desempenha função de objeto nem outra<<strong>br</strong> />

qualquer:<<strong>br</strong> />

O repórter se condoeu (se apiedou / se lem<strong>br</strong>ou) das vítimas<<strong>br</strong> />

da inundação.<<strong>br</strong> />

Nós nos arrependemos (nos queixamos / nos esquecemos)<<strong>br</strong> />

de nossos erros.<<strong>br</strong> />

Alguns verbos são sempre pronominais, caso de arrependerse,<<strong>br</strong> />

queixar-se, etc. Já outros podem ser ou não pronominais.<<strong>br</strong> />

Nesse caso, muda a regência do verbo e não raro o seu<<strong>br</strong> />

significado. Compare-se:<<strong>br</strong> />

Debateu-se na água pedindo por socorro. / Debateu o<<strong>br</strong> />

assunto <strong>com</strong> os colegas.<<strong>br</strong> />

Caminhava apoiando-se em uma bengala. / A bancada<<strong>br</strong> />

apoiará o projeto.<<strong>br</strong> />

Observação: Os verbos pronominais quase sempre exigem<<strong>br</strong> />

preposição, à exceção dos intransitivos.<<strong>br</strong> />

6.3.1.5 Verbos <strong>com</strong> regências diferentes e mesmo sentido<<strong>br</strong> />

Alguns verbos se constroem na língua padrão <strong>com</strong> regências<<strong>br</strong> />

diversas – <strong>com</strong> ou sem preposição, ou <strong>com</strong> preposições diferentes<<strong>br</strong> />

–, sem que isso implique mudança de sentido:<<strong>br</strong> />

A maioria dos parlamentares <strong>com</strong>pareceu à / na sessão.<<strong>br</strong> />

Cada um deve cumprir (<strong>com</strong>) o seu dever.<<strong>br</strong> />

Ninguém se dignou de ouvir minhas declarações. /<<strong>br</strong> />

Ninguém se dignou a ouvir... / Ninguém se dignou ouvir...<<strong>br</strong> />

É melhor nos esquecermos desse incidente. / É melhor


esquecermos esse incidente.<<strong>br</strong> />

Lem<strong>br</strong>ou o professor e sentiu gratidão. / Lem<strong>br</strong>ou-se do<<strong>br</strong> />

professor e sentiu gratidão.<<strong>br</strong> />

O Primeiro-Secretário foi quem presidiu a / à sessão.


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

Um caso relaciona-se <strong>com</strong> o / ao outro.<<strong>br</strong> />

6.3.1.6 Verbos que podem despertar dúvidas de regência37<<strong>br</strong> />

Abdicar<<strong>br</strong> />

Significando ―rejeitar, desistir‖ rege, em geral (mas não<<strong>br</strong> />

o<strong>br</strong>igatoriamente), a preposição de:<<strong>br</strong> />

O deputado abdicou da/a homenagem que lhe seria<<strong>br</strong> />

prestada.<<strong>br</strong> />

Abdiquei do/o cargo de presidente.<<strong>br</strong> />

Anteceder<<strong>br</strong> />

Significando ―realizar antes do tempo‖, é transitivo direto:<<strong>br</strong> />

Tendo em vista o final de semana, o chefe antecedeu o<<strong>br</strong> />

pagamento dos funcionários.<<strong>br</strong> />

Significando ―preceder, ficar ou vir antes‖, ―superar‖, é<<strong>br</strong> />

transitivo direto ou indireto, indiferentemente:<<strong>br</strong> />

A votação será realizada nos dias que antecedem o / ao<<strong>br</strong> />

feriado.<<strong>br</strong> />

No início do curso, já antecedia os / aos professores em<<strong>br</strong> />

inteligência.<<strong>br</strong> />

Significando ―ser anterior, antecipar-se‖, é pronominal e<<strong>br</strong> />

transitivo indireto, tanto para coisa quanto para pessoa:<<strong>br</strong> />

Antecedeu-se a todos na entrega dos relatórios.<<strong>br</strong> />

Este fato antecedeu-se a outros que não foram<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>preendidos.<<strong>br</strong> />

Anuir<<strong>br</strong> />

Significando ―concordar, condescender‖, rege as<<strong>br</strong> />

preposições a e em:<<strong>br</strong> />

O Diretor anuiu ao requerimento do servidor.<<strong>br</strong> />

Registram-se apenas os significados para os quais as regências podem<<strong>br</strong> />

apresentar dúvidas na língua culta. Além das regências propriamente ditas<<strong>br</strong> />

registram-se alguns casos em que os termos preposicionados não constituem<<strong>br</strong> />

objeto direto ou indireto mas termo adverbial estritamente ligado ao verbo.


164 C ÂMARA DOS D EPUTADOS<<strong>br</strong> />

Anuímos em participar dos debates.<<strong>br</strong> />

Aspirar<<strong>br</strong> />

Significando ―desejar, almejar‖, rege a preposição a (mais<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>um) ou por:<<strong>br</strong> />

A Nação aspira ao/pelo desenvolvimento social e à/pela<<strong>br</strong> />

liberdade econômica. (Aspira a/por eles.)<<strong>br</strong> />

Observação: O uso sem preposição (transitivo direto) é omitido<<strong>br</strong> />

ou condenado por alguns gramáticos e dicionaristas e aceito por<<strong>br</strong> />

outros, <strong>com</strong>o Houaiss.<<strong>br</strong> />

Assistir<<strong>br</strong> />

Significando ―presenciar, ver‖, rege a preposição a e só<<strong>br</strong> />

aceita pronome tônico <strong>com</strong>o <strong>com</strong>plemento:<<strong>br</strong> />

Todos assistiram às sessões ordinárias? Sim, todos assistiram<<strong>br</strong> />

a elas.<<strong>br</strong> />

Observação: O uso corrente <strong>br</strong>asileiro sem preposição (transitivo<<strong>br</strong> />

direto) é registrado por Houaiss e Aurélio, sem, contudo, merecer<<strong>br</strong> />

abonação no uso da língua culta.<<strong>br</strong> />

Significando ―caber, <strong>com</strong>petir‖, rege a preposição a e admite<<strong>br</strong> />

pronome átono <strong>com</strong>o <strong>com</strong>plemento:<<strong>br</strong> />

O direito de ir e vir assiste a todos.<<strong>br</strong> />

Assiste ao Presidente da República a incumbência de<<strong>br</strong> />

sancionar as leis. / Assiste-lhe a...<<strong>br</strong> />

Significando ―a<strong>com</strong>panhar, ajudar, prestar assistência,<<strong>br</strong> />

socorrer‖, usa-se ou não a preposição a:<<strong>br</strong> />

O Governo deverá assistir os / aos flagelados.<<strong>br</strong> />

Atender<<strong>br</strong> />

Significando ―tomar em consideração, considerar, levar em<<strong>br</strong> />

conta, acatar‖, ―dar solução a, resolver, responder‖, ―dar despacho<<strong>br</strong> />

favorável, deferir, aprovar‖, ―prestar socorro, acudir‖, ―receber em<<strong>br</strong> />

audiência‖, pode-se usar ou não a preposição a:<<strong>br</strong> />

Os grevistas não atenderam os/aos apelos do governo.


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

As características técnicas do produto atendem as/às<<strong>br</strong> />

exigências da licitação.<<strong>br</strong> />

O ministro atendeu as/às reivindicações dos servidores.<<strong>br</strong> />

A Defesa Civil atendeu prontamente as/às vítimas das<<strong>br</strong> />

enchentes.<<strong>br</strong> />

O presidente atenderá a/à <strong>com</strong>issão na sala de reuniões.<<strong>br</strong> />

Observação: a tendência atual da língua culta, registrada por<<strong>br</strong> />

Houaiss, é aceitar as duas regências (transitivo direito ou transitivo<<strong>br</strong> />

indireto) em acepções para as quais a gramática tradicional só<<strong>br</strong> />

aceitava uma única regência.<<strong>br</strong> />

Chamar<<strong>br</strong> />

Significando ―fazer ou mandar ir ou vir‖, é transitivo direto:<<strong>br</strong> />

O Líder chamou os mem<strong>br</strong>os do partido para votarem a<<strong>br</strong> />

emenda. / O Líder chamou-os para...<<strong>br</strong> />

Significando ―apelidar, qualificar, tachar‖, pode-se usar ou<<strong>br</strong> />

não a preposição a. Nessa acepção, vem a<strong>com</strong>panhado de<<strong>br</strong> />

predicativo do objeto, que pode ou não vir antecedido da<<strong>br</strong> />

preposição de:<<strong>br</strong> />

Os colegas chamaram o / ao rapaz (de) traidor. / Os colegas<<strong>br</strong> />

chamaram-no (de) traidor. / Os colegas chamaram-lhe (de)<<strong>br</strong> />

traidor.<<strong>br</strong> />

Significando ―<strong>br</strong>adar, clamar‖, rege a preposição por:<<strong>br</strong> />

A violência chama por medidas imediatas.<<strong>br</strong> />

Significando ―avocar, tomar para si, assumir‖, rege a<<strong>br</strong> />

preposição a:<<strong>br</strong> />

Chamou a si as conseqüências do ato praticado.<<strong>br</strong> />

Chegar, dirigir-se, ir, retornar, voltar<<strong>br</strong> />

Esses verbos regem a preposição a (ir e voltar também a<<strong>br</strong> />

preposição para):<<strong>br</strong> />

Chegamos ao fundo do poço. (não: *no fundo)<<strong>br</strong> />

Aonde pretende chegar agindo dessa forma? (não: *onde)


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

Fomos (Dirigimo-nos / Voltamos / Retornamos) ao plenário<<strong>br</strong> />

para apoiar a proposta. (não: *no plenário)<<strong>br</strong> />

Foi (Voltou) para o Tocantins, onde hoje vive.<<strong>br</strong> />

Observações<<strong>br</strong> />

1. Nas indicações de tempo ou do lugar dentro do qual ocorre a<<strong>br</strong> />

ação, usa-se a preposição em: Chegamos (Fomos / Voltamos /<<strong>br</strong> />

Retornamos) na hora marcada; A <strong>com</strong>itiva chegou (foi / voltou /<<strong>br</strong> />

retornou) no avião presidencial.<<strong>br</strong> />

2. Ir/voltar a denota que não se vai demorar, já ir/voltar para<<strong>br</strong> />

indica que se vai demorar. Cp.: Vai ao Ceará esta semana. / Vai<<strong>br</strong> />

para o Ceará, onde fixará residência; Voltou a Brasília muitas vezes.<<strong>br</strong> />

/ Voltou para Brasília em definitivo.<<strong>br</strong> />

Consistir<<strong>br</strong> />

Rege a preposição em:<<strong>br</strong> />

O programa consiste em promover a cidadania.<<strong>br</strong> />

A bancada de Brasília consiste em oito parlamentares.<<strong>br</strong> />

Observação: A regência <strong>com</strong> a preposição de (―A bancada de<<strong>br</strong> />

Brasília consiste de oito parlamentares‖), embora de uso cada vez<<strong>br</strong> />

mais <strong>com</strong>um, ainda não é aceita pelos modernos dicionaristas.<<strong>br</strong> />

Constar<<strong>br</strong> />

Significando ―ser <strong>com</strong>posto, constituído‖, rege a preposição<<strong>br</strong> />

de:<<strong>br</strong> />

A família constava de cinco crianças e dois adultos.<<strong>br</strong> />

A Ordem do dia consta de dez itens.<<strong>br</strong> />

Significando ―estar escrito, registrado, mencionado‖, rege a<<strong>br</strong> />

preposição de ou em:<<strong>br</strong> />

O referido projeto consta da/na da Ordem do Dia.<<strong>br</strong> />

Significando ―dar-se <strong>com</strong>o certo‖ é intransitivo:<<strong>br</strong> />

Consta que a bancada vai votar contra o projeto.


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

Custar<<strong>br</strong> />

Significando ―ser difícil‖, é usado apenas na 3ª pessoa do<<strong>br</strong> />

singular e rege a preposição a:<<strong>br</strong> />

Custou aos peritos confirmar a falsificação. (não: *Os<<strong>br</strong> />

peritos custaram a confirmar...)<<strong>br</strong> />

Custou-lhe aceitar a derrota. (não: *Ele custou a aceitar...)<<strong>br</strong> />

Significando ―acarretar, causar‖, rege a preposição a:<<strong>br</strong> />

A derrota nas urnas custou-lhe (ou custou a ele) muitos<<strong>br</strong> />

prejuízos.<<strong>br</strong> />

A falta de dinheiro custava-lhe muitos sacrifícios.<<strong>br</strong> />

Observação: As variações do tipo ―Os peritos custaram a<<strong>br</strong> />

confirmar o resultado‖, ―Ele custou a acreditar‖, embora de uso<<strong>br</strong> />

freqüente no Brasil, ainda não são unanimemente aceitas na língua<<strong>br</strong> />

culta pelos gramáticos e dicionaristas.<<strong>br</strong> />

Declinar<<strong>br</strong> />

Significando ―rejeitar, desistir, desviar-se‖, rege, em geral<<strong>br</strong> />

(mas não o<strong>br</strong>igatoriamente), a preposição de:<<strong>br</strong> />

O Deputado declinou da/a homenagem que lhe seria<<strong>br</strong> />

prestada.<<strong>br</strong> />

Declinei do/o cargo de presidente.<<strong>br</strong> />

Significando ―dizer, proferir, revelar‖, é transitivo direto e<<strong>br</strong> />

indireto:<<strong>br</strong> />

Passou cinco minutos declinando as normas da sessão aos<<strong>br</strong> />

oradores.<<strong>br</strong> />

Implicar<<strong>br</strong> />

Significando ―resultar, acarretar, ser a causa de‖, não se usa<<strong>br</strong> />

preposição:<<strong>br</strong> />

O corte orçamentário implica sacrifícios à população. (não:<<strong>br</strong> />

*implica em sacrifícios)


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

Observação: A regência implicar em, tradicionalmente<<strong>br</strong> />

condenada no uso culto da língua, já encontra alguns defensores,<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o Luft e Rocha Lima.<<strong>br</strong> />

Significando ―envolver, <strong>com</strong>prometer‖, é transitivo direto e<<strong>br</strong> />

indireto e rege a preposição em:<<strong>br</strong> />

As denúncias implicam o funcionário na fraude.<<strong>br</strong> />

Significando ―antipatizar, mostrar-se impaciente‖, rege a<<strong>br</strong> />

preposição <strong>com</strong>:<<strong>br</strong> />

Implicava <strong>com</strong> o modo de falar do colega.<<strong>br</strong> />

Morar, residir, situar-se, estabelecer-se, estar situado<<strong>br</strong> />

Esses verbos regem a preposição em:<<strong>br</strong> />

A testemunha mora (reside) na Rua A do Setor Oeste. (não:<<strong>br</strong> />

*mora ou reside à)<<strong>br</strong> />

A loja situa-se (está situada) na Avenida Getúlio Vargas.<<strong>br</strong> />

(não: *situa-se ou está situada à)<<strong>br</strong> />

O <strong>com</strong>erciante estabeleceu-se na Rua Amazonas. (não:<<strong>br</strong> />

*estabeleceu-se à)<<strong>br</strong> />

Obedecer, desobedecer<<strong>br</strong> />

Regem a preposição a, tanto para coisa quanto para pessoa,<<strong>br</strong> />

e aceitam o pronome lhe <strong>com</strong>o <strong>com</strong>plemento para pessoa e a<<strong>br</strong> />

ele(s)/as para coisa:<<strong>br</strong> />

Evita acidentes quem obedece aos sinais de trânsito. / Evita<<strong>br</strong> />

acidentes quem obedece a eles.<<strong>br</strong> />

É um funcionário rebelde: desobedece ao chefe <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

freqüência. / ...desobedece-lhe <strong>com</strong> freqüência.<<strong>br</strong> />

Observação: A construção sem preposição (―O funcionário<<strong>br</strong> />

obedeceu a ordem do chefe‖), embora de uso <strong>com</strong>um, ainda não é<<strong>br</strong> />

plenamente aceita na linguagem culta pelos modernos dicionaristas<<strong>br</strong> />

e gramáticos, embora alguns já admitam a forma passiva (―A ordem<<strong>br</strong> />

foi obedecida pelo funcionário‖).


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> R EDAÇÃO 169<<strong>br</strong> />

Pagar, perdoar<<strong>br</strong> />

Esses verbos são transitivos diretos quando o seu<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>plemento refere-se a coisa, e transitivos indiretos (preposição<<strong>br</strong> />

a) quando o <strong>com</strong>plemento refere-se a pessoa. Podem também ser<<strong>br</strong> />

transitivos diretos e indiretos:<<strong>br</strong> />

Quem pagará o exame? Quem pagará ao médico?<<strong>br</strong> />

A empresa finalmente pagou os atrasados aos funcionários. /<<strong>br</strong> />

A empresa finalmente os pagou aos funcionários. / A empresa<<strong>br</strong> />

finalmente lhes pagou os atrasados.<<strong>br</strong> />

Perdoou aos que o haviam caluniado.<<strong>br</strong> />

Perdoaram o erro que ele <strong>com</strong>eteu.<<strong>br</strong> />

Participar<<strong>br</strong> />

Significando ―tomar parte‖, rege as preposições de ou em:<<strong>br</strong> />

Os servidores participaram da reunião.<<strong>br</strong> />

Alguns participaram na conspiração contra a empresa.<<strong>br</strong> />

Significando ―<strong>com</strong>unicar‖, é transitivo direto e indireto:<<strong>br</strong> />

Participamos a decisão a quem pudesse interessar.<<strong>br</strong> />

Significando ―<strong>com</strong>partilhar‖, rege a preposição de:<<strong>br</strong> />

Participamos das suas decisões.<<strong>br</strong> />

Pedir<<strong>br</strong> />

Pede-se a ou para alguém alguma coisa ou que faça alguma<<strong>br</strong> />

coisa:<<strong>br</strong> />

Esta Presidência pede a / para todos os Deputados que se<<strong>br</strong> />

dirijam ao plenário. (não: *...pede aos Deputados para se<<strong>br</strong> />

dirigirem...)<<strong>br</strong> />

Observação: Quando está implícita a palavra licença, permissão,<<strong>br</strong> />

é correto o uso da preposição para: O Líder pediu ao Presidente<<strong>br</strong> />

(licença / permissão) para sair da sessão, pois não passava bem.<<strong>br</strong> />

Preferir<<strong>br</strong> />

É transitivo direto e indireto e rege a preposição a:


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

Prefiro cinema a teatro.<<strong>br</strong> />

Preferiam falar a calar-se.<<strong>br</strong> />

Observação: Não se empregam, na língua formal, as partículas<<strong>br</strong> />

que, do que, mais, menos, antes: *Prefiro mais cinema que teatro;<<strong>br</strong> />

*Prefiro antes cinema que teatro.<<strong>br</strong> />

Proceder<<strong>br</strong> />

Significando ―dar andamento a, iniciar‖, rege a preposição a:<<strong>br</strong> />

Finalmente, procederemos à votação.<<strong>br</strong> />

Significando ―provir, originar‖, rege a preposição de:<<strong>br</strong> />

Os manifestantes procediam de diferentes regiões do País.<<strong>br</strong> />

Significando ―ter fundamento‖ é intransitivo:<<strong>br</strong> />

As acusações não procediam, e por isso o suspeito foi<<strong>br</strong> />

libertado.<<strong>br</strong> />

Renunciar<<strong>br</strong> />

Significando ―rejeitar, desistir‖, rege, em geral (mas não<<strong>br</strong> />

o<strong>br</strong>igatoriamente), a preposição a:<<strong>br</strong> />

O deputado renunciou à/a homenagem que lhe seria<<strong>br</strong> />

prestada.<<strong>br</strong> />

Renunciei ao/o cargo de presidente<<strong>br</strong> />

Responder<<strong>br</strong> />

Significando ―dar resposta a‖, rege a preposição a:<<strong>br</strong> />

Sem pestanejar, respondeu às questões.<<strong>br</strong> />

O réu respondeu às acusações que lhe foram feitas.<<strong>br</strong> />

É também transitivo direto (responder alguma coisa) e<<strong>br</strong> />

transitivo direto e indireto (responder alguma coisa a alguém):<<strong>br</strong> />

Ele apenas respondeu isso.<<strong>br</strong> />

Respondi-lhe (ou Respondi a ele) que eu não assinaria o<<strong>br</strong> />

contrato.


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

Significando ―pagar‖, rege a preposição por:<<strong>br</strong> />

Injustamente, respondeu pelos crimes que não <strong>com</strong>eteu.<<strong>br</strong> />

So<strong>br</strong>essair<<strong>br</strong> />

Significando ―distinguir-se, salientar-se, destacar-se‖, rege as<<strong>br</strong> />

preposições a ou entre:<<strong>br</strong> />

Ele so<strong>br</strong>essaía entre os / aos demais pela sua eloqüência.<<strong>br</strong> />

Observação: A forma pronominal, tradicionalmente condenada<<strong>br</strong> />

na língua culta, já está abonada em Aurélio e Houaiss: ―Ela se<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>essai <strong>com</strong>o quituteira‖. ―So<strong>br</strong>essaiu-se <strong>com</strong>o escritor‖.<<strong>br</strong> />

Suceder<<strong>br</strong> />

Significando ―acontecer, ocorrer‖ rege a preposição a:<<strong>br</strong> />

Acontecimentos constrangedores sucederam a ele.<<strong>br</strong> />

Significando ―seguir-se, vir depois de, ser o sucessor de‖,<<strong>br</strong> />

tradicionalmente rege a preposição a, embora o uso moderno sem<<strong>br</strong> />

preposição (transitivo direto) já seja abonado por Houaiss e Luft:<<strong>br</strong> />

Lula sucedeu (a) Fernando Henrique Cardoso.<<strong>br</strong> />

Paulo VI sucedeu (a) João XXIII.<<strong>br</strong> />

A democracia sucedeu à/a ditadura<<strong>br</strong> />

Visar<<strong>br</strong> />

Significando ―objetivar, ter em vista‖, rege ou não a<<strong>br</strong> />

preposição a:<<strong>br</strong> />

O projeto visa ao/o estabelecimento de novas diretrizes de<<strong>br</strong> />

política social.<<strong>br</strong> />

As providências visam ao/o interesse coletivo.<<strong>br</strong> />

Observação: Tradicionalistas repudiam o uso sem preposição<<strong>br</strong> />

(transitivo direito) nessa acepção, forma abonada por dicionaristas<<strong>br</strong> />

contemporâneos, <strong>com</strong>o Houaiss e Aurélio, além de gramáticos<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o Luft e Celso Cunha, razão pela qual não cabe condená-la.


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

6.3.1.7 A regência e os pronomes relativos<<strong>br</strong> />

Quando funciona <strong>com</strong>o <strong>com</strong>plemento do verbo, o pronome<<strong>br</strong> />

relativo (que, quem, qual, o qual, a qual, cujo, quanto, onde)<<strong>br</strong> />

deve ser antecedido de preposição caso o verbo a requeira:<<strong>br</strong> />

O cargo a que aspiram é cobiçado por todos. (aspirar a)<<strong>br</strong> />

O projeto de lei de que falaram não foi aprovado. (falar de)<<strong>br</strong> />

Esses são os dados de que o Estado dispõe. (dispor de)<<strong>br</strong> />

Ela é a professora a quem dediquei o livro. (dedicar algo a<<strong>br</strong> />

alguém)<<strong>br</strong> />

Esta é a testemunha a cujo depoimento nos referimos.<<strong>br</strong> />

(referir-se a)<<strong>br</strong> />

O lugar aonde fomos é perigoso à noite. (ir a)<<strong>br</strong> />

6.3.1.8 Verbos de regência diferente coordenados<<strong>br</strong> />

A norma gramatical preceitua que não se dê <strong>com</strong>plemento<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>um a verbos que exigem preposições distintas.<<strong>br</strong> />

Assim, a frase Os deputados entraram e saíram do plenário<<strong>br</strong> />

estaria incorreta, porque o verbo entrar rege a preposição em e<<strong>br</strong> />

sair, a preposição de. Em outras palavras, entra-se em e sai-se de.<<strong>br</strong> />

Portanto, a redação correta é: Os deputados entraram no plenário<<strong>br</strong> />

e dele saíram.<<strong>br</strong> />

De acordo <strong>com</strong> esse mesmo preceito, está incorreta a frase<<strong>br</strong> />

Assisti e não gostei do filme, pois assistir se constrói <strong>com</strong> a e<<strong>br</strong> />

gostar <strong>com</strong> de. Correção: Assisti ao filme e não gostei dele.<<strong>br</strong> />

Entretanto, alguns gramáticos, entre eles Evanildo Bechara,<<strong>br</strong> />

são mais flexíveis em relação ao tema e não repugnam a forma<<strong>br</strong> />

a<strong>br</strong>eviada de dizer. Para Bechara, ―salvo as situações de ênfase e<<strong>br</strong> />

de encarecimento semântico de cada preposição [...], a língua dá<<strong>br</strong> />

preferência às construções a<strong>br</strong>eviadas que a gramática insiste em<<strong>br</strong> />

condenar, sem, contudo, obter grandes vitórias‖.38<<strong>br</strong> />

38 Bechara, 2002, p. 570.


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

6.3.2 REGÊNCIA NOMINAL<<strong>br</strong> />

Assim <strong>com</strong>o os verbos, alguns nomes também podem<<strong>br</strong> />

apresentar dificuldades quanto à regência, muitas vezes pelo fato<<strong>br</strong> />

de admitirem mais de uma preposição que ligue o termo regente<<strong>br</strong> />

ao regido.<<strong>br</strong> />

acessível a, por in<strong>com</strong>patível <strong>com</strong>, entre<<strong>br</strong> />

acostumado a, <strong>com</strong> infiel a<<strong>br</strong> />

adequado a influência em, so<strong>br</strong>e<<strong>br</strong> />

afável <strong>com</strong>, para <strong>com</strong> inútil para, a<<strong>br</strong> />

agradável a junto a, de, <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

análogo a leal a, <strong>com</strong>, para <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

ansioso de, por localização em<<strong>br</strong> />

apto para, a medo a, de<<strong>br</strong> />

atento a, em misericordioso <strong>com</strong>, para <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

ávido de morador em<<strong>br</strong> />

benéfico a nocivo a<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>preensível a obediência a<<strong>br</strong> />

constante em obediente a<<strong>br</strong> />

contíguo a, <strong>com</strong> oblíquo a<<strong>br</strong> />

correspondente a, de obsequioso <strong>com</strong>, de, para, para <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

datado de, em oneroso a, para<<strong>br</strong> />

deputado por opção por<<strong>br</strong> />

desacostumado a, de paixão de, para <strong>com</strong>, por<<strong>br</strong> />

desatento a passível de<<strong>br</strong> />

desconsideração a peculiar a, de<<strong>br</strong> />

desejoso de pernicioso a<<strong>br</strong> />

desgostoso <strong>com</strong>, de po<strong>br</strong>e de, em<<strong>br</strong> />

desleal a, <strong>com</strong>, para <strong>com</strong> poderoso para, em<<strong>br</strong> />

despeito contra preferível a<<strong>br</strong> />

desprezo a, de, por presente a, em<<strong>br</strong> />

devoção a, para <strong>com</strong>, por proeminência so<strong>br</strong>e, de<<strong>br</strong> />

devoto a, de pronto a, para, em<<strong>br</strong> />

dócil a, para <strong>com</strong> propenso a, para<<strong>br</strong> />

dúvida acerca de, de, em, so<strong>br</strong>e próximo a, de<<strong>br</strong> />

empenho de, em, por relacionado a, <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

equivalente a, de respeito a, de, por, <strong>com</strong>, para <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

essencial a, de, em, para rico de, em<<strong>br</strong> />

farto em seguro <strong>com</strong>, contra, de, em, para, por<<strong>br</strong> />

habituado a, <strong>com</strong>, em simpatia a, <strong>com</strong>, para <strong>com</strong>, por<<strong>br</strong> />

hostil a, para, <strong>com</strong> sito em, entre<<strong>br</strong> />

impenetrável a situado, em, entre<<strong>br</strong> />

impotente <strong>com</strong>, para superior a, em<<strong>br</strong> />

imune a, de suspeito a, de


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

incerto de, em último a, de, em<<strong>br</strong> />

vizinho a, <strong>com</strong>, de<<strong>br</strong> />

6.4 INFINITIVO PESSOAL<<strong>br</strong> />

Ao lado do infinitivo impessoal, que não se flexiona, existe<<strong>br</strong> />

no português o infinitivo pessoal, que pode ou não flexionar-se:<<strong>br</strong> />

Viver é lutar. (infinitivo impessoal)<<strong>br</strong> />

Lutamos para vencermos na vida. (infinitivo pessoal<<strong>br</strong> />

flexionado)<<strong>br</strong> />

Lutamos para vencer na vida. (infinitivo pessoal não<<strong>br</strong> />

flexionado)<<strong>br</strong> />

O emprego das formas flexionada e não flexionada do<<strong>br</strong> />

infinitivo pessoal é uma das questões mais controvertidas da<<strong>br</strong> />

língua. Salvo bem poucas regras, o que há são tendências que,<<strong>br</strong> />

por não serem muito firmes, são <strong>com</strong> freqüência postas de lado<<strong>br</strong> />

em favor de efeitos de estilo <strong>com</strong>o expressividade, ritmo,<<strong>br</strong> />

melodia, ênfase e clareza.<<strong>br</strong> />

O segundo e terceiro exemplos fornecidos acima dão a pista<<strong>br</strong> />

de <strong>com</strong>o se usa o infinitivo pessoal. Flexiona-se o infinitivo,<<strong>br</strong> />

fazendo-o concordar <strong>com</strong> o seu sujeito, quando há o intuito de<<strong>br</strong> />

dar maior clareza à frase ou de pôr em evidência o agente da<<strong>br</strong> />

ação. Diversamente, usa-se a forma não flexionada quando é a<<strong>br</strong> />

ação o que mais importa, sendo que muitas vezes o seu agente já<<strong>br</strong> />

está subentendido.<<strong>br</strong> />

Em termos mais genéricos, pode-se afirmar que o infinitivo<<strong>br</strong> />

não flexionado está quase sempre correto gramaticalmente, ao<<strong>br</strong> />

passo que o flexionado pode não ser uma boa escolha, pois nem<<strong>br</strong> />

sempre soa bem e é muitas vezes supérfluo. Por isso, na dúvida, é<<strong>br</strong> />

preferível empregar a forma não flexionada.<<strong>br</strong> />

6.4.1 CASO EM QUE SE <strong>DE</strong>VE FLEXIONAR O INFINITIVO<<strong>br</strong> />

A rigor, há apenas um caso em que se deve, <strong>com</strong>o regra,<<strong>br</strong> />

flexionar o infinitivo: quando ele tem sujeito próprio e diferente<<strong>br</strong> />

do sujeito da oração principal. Exemplos:


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

Nossos pais se sacrificaram para termos uma vida melhor.<<strong>br</strong> />

É melhor vocês chegarem cedo.<<strong>br</strong> />

Está na hora de eles entrarem em cena.<<strong>br</strong> />

Ouvi dizerem o seu nome.<<strong>br</strong> />

Observação: Há casos em que, mesmo tendo sujeito diferente do<<strong>br</strong> />

sujeito da oração principal, o infinitivo não se flexiona ou pode não<<strong>br</strong> />

se flexionar (ver 6.4.3, c e 6.4.4, c).<<strong>br</strong> />

6.4.2 CASOS EM QUE SE TEN<strong>DE</strong> A FLEXIONAR O INFINITIVO<<strong>br</strong> />

Os casos a seguir são tendências – menos, portanto, que<<strong>br</strong> />

regras – que se observam na língua contemporânea. São<<strong>br</strong> />

apresentados <strong>com</strong> o fim de orientação, e não de normatização.<<strong>br</strong> />

a. Quando a oração infinitiva é introduzida por preposição<<strong>br</strong> />

e vem antes da principal:<<strong>br</strong> />

Para chegarmos a tempo, viemos voando.<<strong>br</strong> />

Sem estudarem dia e noite, não passarão no concurso.<<strong>br</strong> />

Ao perceberem o engano, os diretores voltaram atrás em<<strong>br</strong> />

sua decisão.<<strong>br</strong> />

b. Quando a oração infinitiva é passiva:<<strong>br</strong> />

Restam pendências a serem resolvidas.<<strong>br</strong> />

Há a suspeita de os convênios estarem sendo utilizados<<strong>br</strong> />

para lavagem de dinheiro.<<strong>br</strong> />

Os ladrões usavam disfarces para não serem reconhecidos.<<strong>br</strong> />

c. Quando o infinitivo se constrói <strong>com</strong> predicativo:<<strong>br</strong> />

Tudo fizeram para saírem vitoriosos.<<strong>br</strong> />

Às <strong>com</strong>issões temáticas cabe a tarefa de serem precursoras<<strong>br</strong> />

do trabalho legislativo.<<strong>br</strong> />

O programa possibilitará às <strong>com</strong>unidades se tornarem autosuficientes.<<strong>br</strong> />

d. Quando o infinitivo é verbo pronominal, reflexivo ou<<strong>br</strong> />

recíproco:


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

Assumiram a dívida para depois se arrependerem<<strong>br</strong> />

(queixarem / reconciliarem).<<strong>br</strong> />

As pessoas fazem terapia para se curarem (aceitarem /<<strong>br</strong> />

conhecerem).<<strong>br</strong> />

Passaram o dia inteiro juntos sem se falarem<<strong>br</strong> />

(cumprimentarem / entenderem).<<strong>br</strong> />

6.4.3 CASOS EM QUE NÃO SE <strong>DE</strong>VE FLEXIONAR O INFINITIVO<<strong>br</strong> />

a. Nas locuções verbais, inclusive naquelas em que o<<strong>br</strong> />

auxiliar estiver no gerúndio:<<strong>br</strong> />

Costumavam os parlamentares reunir-se pela manhã.<<strong>br</strong> />

Os profissionais que venham a ser contratados deverão<<strong>br</strong> />

antes submeter-se a exame médico.<<strong>br</strong> />

Os conselheiros terão mandato de dois anos, podendo ser<<strong>br</strong> />

reconduzidos.<<strong>br</strong> />

Observação: Além dos auxiliares propriamente (poder, saber,<<strong>br</strong> />

querer, dever, ir, <strong>com</strong>eçar a, costumar, acabar de, tornar a, etc.), há<<strong>br</strong> />

outros verbos que, sendo <strong>com</strong>pletados por verbo no infinitivo, não<<strong>br</strong> />

permitem que este se flexione. Incluem-se nesse grupo verbos <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

acreditar, confirmar, demonstrar, desejar, gostar de, jurar, ousar,<<strong>br</strong> />

prometer, tentar, etc., os quais, no entanto, não impedem o<<strong>br</strong> />

flexionamento do infinitivo que, conforme visto em 6.4.1.1, tenha<<strong>br</strong> />

sujeito próprio e diferente do sujeito da oração principal:<<strong>br</strong> />

Acreditamos serem eles pessoas confiáveis.<<strong>br</strong> />

b. Quando serve de <strong>com</strong>plemento a adjetivos <strong>com</strong>o fácil,<<strong>br</strong> />

possível, bom, raro e outros semelhantes:<<strong>br</strong> />

Há decisões difíceis de tomar.<<strong>br</strong> />

Os pensamentos são possíveis de controlar.<<strong>br</strong> />

Observação: Quando <strong>com</strong> esses adjetivos se emprega a voz<<strong>br</strong> />

passiva, a flexão do infinitivo é opcional: Há decisões difíceis de ser<<strong>br</strong> />

/ serem tomadas.<<strong>br</strong> />

c. Quando o seu sujeito é um pronome oblíquo átono que<<strong>br</strong> />

funciona ao mesmo tempo <strong>com</strong>o objeto do verbo da oração<<strong>br</strong> />

principal:


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

Mandou-as esperar.<<strong>br</strong> />

Ninguém nos viu chegar.<<strong>br</strong> />

Sentimo-los vacilar.<<strong>br</strong> />

Observação: Quando em vez de pronome tem-se um substantivo,<<strong>br</strong> />

a flexão do infinitivo é opcional: Mandou as crianças esperar /<<strong>br</strong> />

esperarem; Ninguém viu os presos fugir / fugirem.<<strong>br</strong> />

6.4.4 CASOS EM QUE SE TEN<strong>DE</strong> A NÃO FLEXIONAR O INFINITIVO<<strong>br</strong> />

a. Quando vem depois de verbo na voz passiva:<<strong>br</strong> />

Todos os convocados serão chamados a depor.<<strong>br</strong> />

Fomos o<strong>br</strong>igados a sair da sala.<<strong>br</strong> />

b. Quando serve de <strong>com</strong>plemento a substantivo, adjetivo<<strong>br</strong> />

ou advérbio:<<strong>br</strong> />

Os acusados têm o direito de permanecer em silêncio.<<strong>br</strong> />

Elas tinham o dom de encantar a todos.<<strong>br</strong> />

Os indivíduos presos são suspeitos de pertencer a uma<<strong>br</strong> />

quadrilha internacional.<<strong>br</strong> />

Todos se mostraram dispostos a cooperar.<<strong>br</strong> />

Estamos longe de chegar a um acordo.<<strong>br</strong> />

c. Quando serve de <strong>com</strong>plemento ao verbo da oração<<strong>br</strong> />

principal:<<strong>br</strong> />

A enchente o<strong>br</strong>igou (forçou / levou) os moradores a<<strong>br</strong> />

abandonar suas casas.<<strong>br</strong> />

O líder aconselhou (instruiu / conclamou) os deputados a<<strong>br</strong> />

votar contra o projeto.<<strong>br</strong> />

A escola convida (estimula / anima) os pais a participar de<<strong>br</strong> />

reuniões mensais.<<strong>br</strong> />

Observação: Dependendo do sentido da frase, o emprego do<<strong>br</strong> />

infinitivo flexionado lhe dá mais ênfase e expressividade: Milcíades<<strong>br</strong> />

levou 11 mil atenienses a derrotarem 20 mil persas, na aldeia de<<strong>br</strong> />

Maratona, Grécia, em 490 a.C.


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

6.4.5 ALGUMAS ORIENTAÇÕES SOBRE O EMPREGO DO INFINITIVO<<strong>br</strong> />

PESSOAL<<strong>br</strong> />

a. Havendo numa frase choque de tendências, uma<<strong>br</strong> />

favorável e a outra desfavorável ao flexionamento do infinitivo,<<strong>br</strong> />

cabe usar a forma que for mais harmônica (em geral é a não<<strong>br</strong> />

flexionada). Compare-se:<<strong>br</strong> />

Todos têm o direito de ser tratados <strong>com</strong> respeito.<<strong>br</strong> />

Todos têm o direito de serem tratados <strong>com</strong> respeito.<<strong>br</strong> />

A oração infinitiva de ser(em) tratados <strong>com</strong> respeito é<<strong>br</strong> />

passiva (tendência favorável) e serve de <strong>com</strong>plemento ao<<strong>br</strong> />

substantivo direito (tendência desfavorável). Pode-se, assim,<<strong>br</strong> />

empregar tanto o infinitivo não flexionado – que parece ser<<strong>br</strong> />

preferível – <strong>com</strong>o o flexionado. Trata-se não de uma questão<<strong>br</strong> />

gramatical de certo ou errado, mas de uma opção de estilo.<<strong>br</strong> />

b. Mesmo quando coordenados entre si, os infinitivos<<strong>br</strong> />

podem ser empregados cada qual segundo a sua tendência<<strong>br</strong> />

respectiva, podendo assim ocorrer as formas flexionada e não<<strong>br</strong> />

flexionada na mesma frase:<<strong>br</strong> />

Quando admiram seus líderes políticos, os cidadãos<<strong>br</strong> />

encontram inspiração para manterem-se unidos e solidários e<<strong>br</strong> />

para trabalhar pelo bem <strong>com</strong>um.<<strong>br</strong> />

O tenente o<strong>br</strong>igou os recrutas a ajoelharem-se e a repetir<<strong>br</strong> />

palavras de ordem.<<strong>br</strong> />

Nessas frases, as formas flexionadas manterem-se (infinitivo<<strong>br</strong> />

reflexivo seguido de predicativo) e ajoelharem-se (infinitivo<<strong>br</strong> />

pronominal) justificam-se seja pelas tendências desses infinitivos<<strong>br</strong> />

de se flexionarem, seja pela necessidade estilística de ênfase e<<strong>br</strong> />

clareza, ou simplesmente de maior expressividade.<<strong>br</strong> />

c. Frases infinitivas passivas sintéticas podem pecar por<<strong>br</strong> />

inexpressividade ou falta de clareza. Evitem-se construções <strong>com</strong>o:<<strong>br</strong> />

A reforma universitária foi uma boa oportunidade para<<strong>br</strong> />

discutirem-se os problemas da educação.<<strong>br</strong> />

A melhor maneira para evitarem-se doenças é alimentar-se<<strong>br</strong> />

bem.


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

A sessão foi levantada sem se votarem os projetos.<<strong>br</strong> />

Entre outras possibilidades, fica melhor dizer:<<strong>br</strong> />

A reforma universitária foi uma boa oportunidade para a<<strong>br</strong> />

discussão dos problemas da educação.<<strong>br</strong> />

A melhor maneira para evitar doenças é alimentar-se bem.<<strong>br</strong> />

A sessão foi levantada sem que os projetos fossem votados.<<strong>br</strong> />

6.5 COLOCAÇÃO <strong>DE</strong> PRONOMES<<strong>br</strong> />

A colocação ou topologia pronominal trata da correta<<strong>br</strong> />

posição dos pronomes oblíquos átonos (me, te, se, nos, vos, o, a,<<strong>br</strong> />

os, as, lhe, lhes) e do pronome demonstrativo o em relação ao<<strong>br</strong> />

verbo. O que a determina é tanto a eufonia (fator fonético) quanto<<strong>br</strong> />

a disposição das palavras na frase (fator sintático).<<strong>br</strong> />

Há três possibilidades de colocação dos pronomes: antes do<<strong>br</strong> />

verbo (próclise), no meio do verbo (mesóclise) e depois do verbo<<strong>br</strong> />

(ênclise).<<strong>br</strong> />

6.5.1 PRÓCLISE<<strong>br</strong> />

Colocação dominante no português do Brasil, a próclise<<strong>br</strong> />

muitas vezes é determinada pela presença de palavras, chamadas<<strong>br</strong> />

atrativas, que requerem a colocação do pronome átono antes do<<strong>br</strong> />

verbo e junto de si. Outras vezes, é o tipo de oração que a<<strong>br</strong> />

condiciona.<<strong>br</strong> />

Casos em que se usa a próclise:<<strong>br</strong> />

a. Depois de palavras de sentido negativo (jamais, nada,<<strong>br</strong> />

não, nem, ninguém, nunca, tampouco):<<strong>br</strong> />

Os problemas nunca se resolviam a contento.<<strong>br</strong> />

Não o cumprimentou, tampouco o convidou para entrar.<<strong>br</strong> />

Ninguém lhe chamou de indigente.<<strong>br</strong> />

b. Depois de vocábulos interrogativos (<strong>com</strong>o, onde, por<<strong>br</strong> />

que, qual, quando, quanto, que, quem):<<strong>br</strong> />

Quem se habilita a redigir o relatório?


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

Quanto se gastará no projeto?<<strong>br</strong> />

Quando nos será entregue o certificado?<<strong>br</strong> />

c. Depois de pronomes relativos (que, quem, o qual, a<<strong>br</strong> />

qual, onde, quanto, quanta, <strong>com</strong>o):<<strong>br</strong> />

Trabalho para empregador que me respeite.<<strong>br</strong> />

No plenário da Câmara, onde se realizam as sessões, é<<strong>br</strong> />

o<strong>br</strong>igatório o uso de terno e gravata.<<strong>br</strong> />

A emenda à qual se refere a Presidência foi vetada.<<strong>br</strong> />

Tudo quanto nos prometeram foi cumprido.<<strong>br</strong> />

d. Depois de pronomes indefinidos (alguém, pouco, tudo,<<strong>br</strong> />

vários, etc.) e demonstrativos (aquele, essa, isto, etc.):<<strong>br</strong> />

Alguém se contradisse no depoimento.<<strong>br</strong> />

As emendas, estas se revelaram inadequadas.<<strong>br</strong> />

Aquilo nos dizia respeito.<<strong>br</strong> />

e. Depois de conjunções subordinativas (conforme, <strong>com</strong>o,<<strong>br</strong> />

embora, quando, que, se, etc.):<<strong>br</strong> />

Embora se quisessem bem, não viviam juntos.<<strong>br</strong> />

Se te ameaçarem, procura a polícia.<<strong>br</strong> />

Espero que se saiam bem no julgamento.<<strong>br</strong> />

Observação: Ainda que a conjunção que esteja elíptica, faz-se a<<strong>br</strong> />

próclise: Espero se saiam bem no julgamento.<<strong>br</strong> />

f. Depois dos advérbios em geral (agora, apenas, aqui, ali,<<strong>br</strong> />

hoje, amanhã, já, só, sempre, também, talvez, os terminados em<<strong>br</strong> />

-mente, etc.), não isolados por vírgula:<<strong>br</strong> />

Sempre os recebemos <strong>com</strong> cortesia.<<strong>br</strong> />

Antigamente se vivia <strong>com</strong> segurança nas cidades grandes.<<strong>br</strong> />

Aqui se votam leis decisivas para o destino da população.<<strong>br</strong> />

Observação: Usa-se a ênclise quando entre o advérbio e o verbo<<strong>br</strong> />

há pausa marcada por vírgula: Antigamente, vivia-se <strong>com</strong> segurança<<strong>br</strong> />

nas cidades grandes; Aqui, votam-se leis decisivas para o destino da<<strong>br</strong> />

população.


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

g. Depois do numeral ambos:<<strong>br</strong> />

Ambos se conheceram nessa ocasião.<<strong>br</strong> />

h. Diante de verbos proparoxítonos:<<strong>br</strong> />

Nós o censurávamos pelo <strong>com</strong>portamento impróprio.<<strong>br</strong> />

i. Quando o verbo está no gerúndio e antecedido da<<strong>br</strong> />

preposição em:<<strong>br</strong> />

Em se tratando de safra, a de 2002 foi melhor que a de<<strong>br</strong> />

2003.<<strong>br</strong> />

Em o encontrando, avise-lhe que a pauta da sessão já está<<strong>br</strong> />

pronta.<<strong>br</strong> />

j. Diante de infinitivo pessoal flexionado regido de<<strong>br</strong> />

preposição:<<strong>br</strong> />

Por se estimarem, preferiram evitar a disputa.<<strong>br</strong> />

Ao se verem flagradas, as mulheres co<strong>br</strong>iram o rosto.<<strong>br</strong> />

k. Nas orações subordinadas substantivas:<<strong>br</strong> />

Confesso que o problema me in<strong>com</strong>odava so<strong>br</strong>emaneira.<<strong>br</strong> />

l. Nas orações exclamativas:<<strong>br</strong> />

Como nos irritamos <strong>com</strong> discussões fúteis!<<strong>br</strong> />

m. Nas orações optativas (orações que exprimem desejo):<<strong>br</strong> />

Bons ventos o levem!<<strong>br</strong> />

Deus o abençoe nesta votação, no<strong>br</strong>e Deputado!<<strong>br</strong> />

Observação: Quando o sujeito da oração optativa vem posposto<<strong>br</strong> />

ao verbo, dá-se a ênclise: Levem-no bons ventos!; Abençoe-o Deus<<strong>br</strong> />

nesta votação, no<strong>br</strong>e Deputado!<<strong>br</strong> />

6.5.2 MESÓCLISE<<strong>br</strong> />

A mesóclise, colocação do pronome átono no meio do<<strong>br</strong> />

verbo, é pouco usada no Brasil. Restringe-se, praticamente, à<<strong>br</strong> />

linguagem escrita formal e ocorre unicamente <strong>com</strong> as formas


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

verbais do futuro do presente e do futuro do pretérito do<<strong>br</strong> />

indicativo, mesmo assim se não houver palavra atrativa que exija<<strong>br</strong> />

a próclise:<<strong>br</strong> />

Iniciar-se-ão os trabalhos da CPI na próxima semana.<<strong>br</strong> />

Dir-lhe-ia umas verdades se o encontrasse.<<strong>br</strong> />

Observações<<strong>br</strong> />

1. O futuro do presente e o futuro do pretérito do indicativo não<<strong>br</strong> />

aceitam a ênclise. São incorretas frases <strong>com</strong>o: *Iniciarão-se os<<strong>br</strong> />

trabalhos na próxima semana; *Diria-lhe umas verdades se o<<strong>br</strong> />

encontrasse.<<strong>br</strong> />

2. Nas frases <strong>com</strong> sujeito expresso anteposto a verbo no futuro<<strong>br</strong> />

do presente ou do pretérito, pode usar-se tanto a mesóclise quanto a<<strong>br</strong> />

próclise (esta é mais usual): A adversidade o fortalecerá ou A<<strong>br</strong> />

adversidade fortalecê-lo-á. No entanto, se houver palavra atrativa, a<<strong>br</strong> />

próclise é o<strong>br</strong>igatória: A adversidade não o fortalecerá.<<strong>br</strong> />

6.5.3 ÊNCLISE<<strong>br</strong> />

Ênclise é a colocação do pronome após o verbo. Nunca<<strong>br</strong> />

ocorre <strong>com</strong> o futuro do subjuntivo,39 nem <strong>com</strong> o futuro do<<strong>br</strong> />

presente e do pretérito do indicativo, <strong>com</strong>o já visto, nem <strong>com</strong> oparticípio, conforme se verá.<<strong>br</strong> />

É usada nos seguintes casos:<<strong>br</strong> />

a. No início de frase (jamais se inicia frase <strong>com</strong> pronome<<strong>br</strong> />

oblíquo átono na linguagem escrita formal):<<strong>br</strong> />

Dirijo-me a V.Exa. para um esclarecimento. (não: *Me<<strong>br</strong> />

dirijo)<<strong>br</strong> />

Vendem-se terrenos a preços acessíveis. (não: *Se vendem)<<strong>br</strong> />

b. Após pausa marcada por vírgula, ponto-e-vírgula ou doispontos:<<strong>br</strong> />

Em tempos de radicalização, <strong>com</strong>pete-nos negociar sempre.<<strong>br</strong> />

Os dados eram imprecisos; fazia-se necessária uma<<strong>br</strong> />

reavaliação.<<strong>br</strong> />

39 Diga-se: Quando nós os fizermos, e não: *fizermo-los; Se eles o virem, e<<strong>br</strong> />

não: *virem-no; Quando os congressistas se reunirem, e não: *reunirem-se.


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

Não é mais possível continuar <strong>com</strong>o está: necessita-se de<<strong>br</strong> />

mudanças urgentes na economia.<<strong>br</strong> />

c. Preferencialmente, nas orações coordenadas,<<strong>br</strong> />

introduzidas ou não por conjunção:<<strong>br</strong> />

Ainda não fiz nenhum <strong>com</strong>entário so<strong>br</strong>e a matéria, mas<<strong>br</strong> />

faço-o a partir de agora.<<strong>br</strong> />

O orador considerou exemplar a atitude do operário e<<strong>br</strong> />

incluiu-o na lista dos homenageados.<<strong>br</strong> />

6.5.3.1 Grafia de verbos e pronomes na ênclise<<strong>br</strong> />

a. Verbos terminados por r, s ou z perdem essas letras finais<<strong>br</strong> />

e os pronomes o, a, os, as passam a lo, la, los, las:<<strong>br</strong> />

realizar + o = realizá-lo ; fiz + a = fi-la<<strong>br</strong> />

demos + os = demo-los ; reténs + o = retém-lo<<strong>br</strong> />

Observação: Os pronomes nos e vos também perdem o s quando<<strong>br</strong> />

a eles se juntam os oblíquos o, a, os, as: nos + as = no-las; vos +<<strong>br</strong> />

os = vo-los.<<strong>br</strong> />

b. Verbos terminados em som nasal (final -m ou vogal <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

til) mantêm a grafia, enquanto os pronomes o, a, os, as são<<strong>br</strong> />

acrescentados da letra n:<<strong>br</strong> />

deram + o = deram-no ; mantém + a = mantém-na<<strong>br</strong> />

põe + os = põe-nos ; dão + as = dão-nas<<strong>br</strong> />

c. Por motivo de eufonia, elimina-se o s final dos verbos na<<strong>br</strong> />

1ª pessoa do plural seguidos do pronome nos:<<strong>br</strong> />

subscrevemos + nos = subscrevemo-nos<<strong>br</strong> />

conservemos + nos = conservemo-nos<<strong>br</strong> />

d. Nos demais casos, apenas se agrega o pronome oblíquo<<strong>br</strong> />

átono ao verbo, não se fazendo nenhuma modificação:<<strong>br</strong> />

demos + lhe = demos-lhe ; apraz + nos = apraz-nos<<strong>br</strong> />

manda + o = manda-o ; continue + a = continue-a


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

6.5.4 PRÓCLISE OU ÊNCLISE: COLOCAÇÃO FACULTATIVA<<strong>br</strong> />

São corretas a próclise e a ênclise nos seguintes casos:<<strong>br</strong> />

a. Quando o verbo é antecedido de substantivo ou de<<strong>br</strong> />

expressão que tenha um substantivo <strong>com</strong>o núcleo:<<strong>br</strong> />

A notícia nos causou profunda indignação.<<strong>br</strong> />

A notícia causou-nos profunda indignação.<<strong>br</strong> />

Os deputados recém-empossados se felicitaram no plenário.<<strong>br</strong> />

Os deputados recém-empossados felicitaram-se no plenário.<<strong>br</strong> />

b. Com o infinitivo impessoal antecedido de palavra<<strong>br</strong> />

atrativa ou de preposição:<<strong>br</strong> />

Tudo fez para não nos desagradar.<<strong>br</strong> />

Tudo fez para não desagradar-nos.<<strong>br</strong> />

Tive receio de te magoar.<<strong>br</strong> />

Tive receio de magoar-te.<<strong>br</strong> />

Observação: Neste último caso, se a preposição for a ou por e o<<strong>br</strong> />

pronome for o(s) ou a(s), deve-se usar a ênclise: Ficamos a esperá-la;<<strong>br</strong> />

Tudo fez por consegui-lo.<<strong>br</strong> />

c. Quando o verbo é antecedido de pronome pessoal do<<strong>br</strong> />

caso reto (eu, tu, ele, ela, nós, vós, eles, elas):<<strong>br</strong> />

Eu a auxiliei <strong>com</strong> as estatísticas.<<strong>br</strong> />

Eu auxiliei-a <strong>com</strong> as estatísticas.<<strong>br</strong> />

Ele se dirigiu imediatamente à Presidência.<<strong>br</strong> />

Ele dirigiu-se imediatamente à Presidência.<<strong>br</strong> />

Observação: Com verbos monossilábicos, a eufonia ordena que<<strong>br</strong> />

se use a próclise. Cp.: Eu a vi ontem / *Eu vi-a ontem.<<strong>br</strong> />

6.5.5 COLOCAÇÃO PRONOMINAL NAS LOCUÇÕES VERBAIS<<strong>br</strong> />

Há locução verbal quando dois (ou mais) verbos formam<<strong>br</strong> />

uma unidade sintática e semântica tal que um não pode ser usado<<strong>br</strong> />

sem o outro. O último verbo da locução, chamado principal,<<strong>br</strong> />

apresenta-se na forma de infinitivo impessoal, gerúndio ou


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

particípio; o anterior, ou anteriores, é chamado auxiliar.<<strong>br</strong> />

Exemplos:<<strong>br</strong> />

Podemos iniciar a sessão agora?<<strong>br</strong> />

A Câmara está debatendo a questão dos transgênicos.<<strong>br</strong> />

Já havíamos encerrado a sessão quando o apitaço <strong>com</strong>eçou.<<strong>br</strong> />

Regras para colocação dos pronomes oblíquos átonos nas<<strong>br</strong> />

locuções verbais:<<strong>br</strong> />

• Verbo principal no infinitivo ou no gerúndio<<strong>br</strong> />

a. Se não houver palavra atrativa, coloca-se o pronome<<strong>br</strong> />

depois do verbo auxiliar ou depois do verbo principal:<<strong>br</strong> />

Podemos-lhe enviar um ofício.<<strong>br</strong> />

Podemos enviar-lhe um ofício.<<strong>br</strong> />

Estava-se discutindo o parecer.<<strong>br</strong> />

Estava discutindo-se o parecer.<<strong>br</strong> />

Observação: Quando o verbo auxiliar está no futuro do presente<<strong>br</strong> />

ou no futuro do pretérito, deve-se usar a mesóclise <strong>com</strong> ele (jamais a<<strong>br</strong> />

ênclise), ou então a ênclise <strong>com</strong> o verbo principal: Estar-se-ia<<strong>br</strong> />

discutindo o parecer ou Estaria discutindo-se o parecer (não:<<strong>br</strong> />

*Estaria-se).<<strong>br</strong> />

b. Se a locução vier precedida de palavra atrativa,<<strong>br</strong> />

substantivo ou pronome pessoal do caso reto, coloca-se o<<strong>br</strong> />

pronome antes do verbo auxiliar ou depois do verbo principal:<<strong>br</strong> />

Não lhe podemos enviar um ofício.<<strong>br</strong> />

Um assessor lhe pode enviar um ofício.<<strong>br</strong> />

Nós lhe podemos enviar um ofício.<<strong>br</strong> />

Não podemos enviar-lhe um ofício.<<strong>br</strong> />

Um assessor pode enviar-lhe um ofício.<<strong>br</strong> />

Nós podemos enviar-lhe um ofício.<<strong>br</strong> />

Observação: Tratando-se de infinitivo impessoal regido pela<<strong>br</strong> />

preposição a ou por, os pronomes o(s) e a(s) devem ser usados<<strong>br</strong> />

enclíticos: Começo a <strong>com</strong>preendê-la; Tudo fez por consegui-lo.<<strong>br</strong> />

• Verbo principal no particípio<<strong>br</strong> />

Com o particípio jamais se usa a ênclise. Assim:


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

c. Se não houver palavra atrativa, coloca-se o pronome<<strong>br</strong> />

depois do verbo auxiliar:<<strong>br</strong> />

Haviam-me informado o horário da sessão.<<strong>br</strong> />

d. Se a locução vier precedida de palavra atrativa,<<strong>br</strong> />

substantivo ou pronome pessoal do caso reto, coloca-se o<<strong>br</strong> />

pronome antes do verbo auxiliar:<<strong>br</strong> />

Não me haviam informado o horário da sessão.<<strong>br</strong> />

Um assessor me havia informado o horário da sessão.<<strong>br</strong> />

Ele me havia informado o horário da sessão.<<strong>br</strong> />

Observações<<strong>br</strong> />

1. Evitem-se, na redação oficial, construções próprias da<<strong>br</strong> />

linguagem oral, ou escrita informal, <strong>com</strong>o: Haviam me informado o<<strong>br</strong> />

horário da sessão; Não podemos lhe enviar um ofício (pronomes<<strong>br</strong> />

soltos no meio da locução); Não podemos-lhe enviar um ofício<<strong>br</strong> />

(ênclise <strong>com</strong> o auxiliar quando há palavra atrativa).<<strong>br</strong> />

2. Como já se disse, o particípio não admite a ênclise. Estão<<strong>br</strong> />

erradas frases <strong>com</strong>o: *Suas atitudes têm surpreendido-nos; *Ela teria<<strong>br</strong> />

ajudado-o a redigir o texto. Correção: Suas atitudes têm-nos (ou nos<<strong>br</strong> />

têm) surpreendido; Ela o teria (ou tê-lo-ia) ajudado a redigir o texto.<<strong>br</strong> />

6.5.6 REPETIÇÃO E OMISSÃO <strong>DE</strong> PRONOMES<<strong>br</strong> />

Tratando-se de verbos coordenados, são possíveis as<<strong>br</strong> />

seguintes construções <strong>com</strong> os pronomes oblíquos átonos:<<strong>br</strong> />

Os atletas dedicam-se, rivalizam-se e superam-se a cada<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petição. (ênclise: repetição o<strong>br</strong>igatória dos pronomes)<<strong>br</strong> />

Os atletas se dedicam, rivalizam e superam a cada<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petição. (próclise: desnecessário repetição dos pronomes)<<strong>br</strong> />

Os atletas se dedicam, se rivalizam e se superam a cada<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petição. (próclise: repetição dos pronomes <strong>com</strong>o recurso<<strong>br</strong> />

de ênfase ou clareza)<<strong>br</strong> />

6.6 PONTUAÇÃO<<strong>br</strong> />

Os sinais de pontuação são utilizados <strong>com</strong> a finalidade de:<<strong>br</strong> />

a) orientar a leitura, indicando as pausas, o ritmo e a entoação


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> que se deve ler a frase; b) separar palavras, expressões e<<strong>br</strong> />

orações que devem ser distinguidas ou que se deseja destacar; c)<<strong>br</strong> />

esclarecer o sentido da frase, evitando dubiedades e<<strong>br</strong> />

truncamentos.<<strong>br</strong> />

6.6.1 VÍRGULA<<strong>br</strong> />

A vírgula ( , ) indica pausa <strong>br</strong>eve. Entretanto, deve-se estar<<strong>br</strong> />

atento ao fato de que nem toda pausa <strong>br</strong>eve da fala corresponde a<<strong>br</strong> />

uma vírgula na escrita, do mesmo modo que nem toda vírgula<<strong>br</strong> />

corresponde, necessariamente, a uma pausa.<<strong>br</strong> />

Isso porque a vírgula tem o seu emprego determinado<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>etudo por fatores de ordem sintática. Dois desses fatores são a<<strong>br</strong> />

ordem direta e a ordem inversa.<<strong>br</strong> />

A ordem direta consiste em enunciar os termos da oração<<strong>br</strong> />

segundo a seguinte progressão: sujeito – verbo – <strong>com</strong>plementos<<strong>br</strong> />

do verbo (objetos) – adjunto adverbial. Quando se tem essa<<strong>br</strong> />

seqüência, o uso da vírgula é, de modo geral, desnecessário.<<strong>br</strong> />

Exemplo:<<strong>br</strong> />

O Presidente da Câmara<<strong>br</strong> />

encerrou<<strong>br</strong> />

a sessão<<strong>br</strong> />

às vinte horas.<<strong>br</strong> />

sujeito<<strong>br</strong> />

verbo<<strong>br</strong> />

obj. dir.<<strong>br</strong> />

adj. adv.<<strong>br</strong> />

Quando a ordem direta é que<strong>br</strong>ada por deslocamentos<<strong>br</strong> />

(inversões ou intercalações) dos termos, tem-se a ordem inversa.<<strong>br</strong> />

Neste caso, a vírgula se faz, quase sempre, necessária, devendo-se<<strong>br</strong> />

usar uma só vírgula para separar os termos invertidos (no início da<<strong>br</strong> />

oração) e duas para isolar os termos intercalados (no meio da<<strong>br</strong> />

oração). Exemplos:


Às vinte horas, o Presidente da Câmara encerrou a sessão.<<strong>br</strong> />

(inversão do adj. adv.)<<strong>br</strong> />

O Presidente da Câmara, às vinte horas, encerrou a sessão.<<strong>br</strong> />

(intercalação do adj. adv.)<<strong>br</strong> />

As regras que se passa a apresentar, embora a<strong>br</strong>angentes,<<strong>br</strong> />

não esgotam todas as possibilidades de emprego ou não da<<strong>br</strong> />

vírgula. Nos casos omissos, nos de vírgula facultativa e naqueles<<strong>br</strong> />

eventualmente conflitantes, deve o redator guiar-se por critérios


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o: eufonia, ritmo da frase, clareza do enunciado, necessidade<<strong>br</strong> />

de ênfase (a vírgula realça os elementos que separa).<<strong>br</strong> />

6.6.1.1 Casos em que não se usa vírgula<<strong>br</strong> />

a. Entre sujeito e predicado; entre verbo e seus objetos;<<strong>br</strong> />

entre nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) e <strong>com</strong>plemento<<strong>br</strong> />

nominal; entre nome e adjunto adnominal:<<strong>br</strong> />

Todos os parlamentares presentes no plenário<<strong>br</strong> />

aplaudiram o orador.<<strong>br</strong> />

sujeito<<strong>br</strong> />

predicado<<strong>br</strong> />

O Presidente<<strong>br</strong> />

desejou<<strong>br</strong> />

sucesso<<strong>br</strong> />

aos servidores recém-empossados.<<strong>br</strong> />

verbo<<strong>br</strong> />

obj. dir.<<strong>br</strong> />

obj. ind.<<strong>br</strong> />

O contundente<<strong>br</strong> />

pronunciamento<<strong>br</strong> />

do Deputado<<strong>br</strong> />

contra o Ministro<<strong>br</strong> />

adj. adn.<<strong>br</strong> />

nome<<strong>br</strong> />

adj. adn.<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>pl. nom.


foi prontamente rebatido pelo Governo.<<strong>br</strong> />

Observação: Tão sintaticamente estreita é a ligação dos termos de<<strong>br</strong> />

cada par referido, que não se usa vírgula entre eles nem mesmo<<strong>br</strong> />

quando são longos e <strong>com</strong>plexos ou estão na ordem inversa:<<strong>br</strong> />

Aplaudiram o orador todos os parlamentares presentes no plenário;<<strong>br</strong> />

Aos servidores recém-empossados o Presidente desejou sucesso.<<strong>br</strong> />

b. Entre a oração principal e a subordinada substantiva, por<<strong>br</strong> />

ser estreito o vínculo sintático entre elas (as orações substantivas,<<strong>br</strong> />

grifadas abaixo, <strong>com</strong>pletam a principal, exercendo a função de<<strong>br</strong> />

sujeito, objeto, etc.):<<strong>br</strong> />

É necessário que Vossa Senhoria esteja presente.<<strong>br</strong> />

Todos acreditam que o resultado será positivo.<<strong>br</strong> />

Chegamos à conclusão de que o projeto pode ser<<strong>br</strong> />

aperfeiçoado.<<strong>br</strong> />

Observação: Se a subordinada substantiva estiver deslocada, usase<<strong>br</strong> />

vírgula: Que o resultado será positivo, todos acreditam.<<strong>br</strong> />

c. Com o período na ordem direta, antes das orações<<strong>br</strong> />

subordinadas adverbiais proporcionais, conformativas e<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>parativas, so<strong>br</strong>etudo quando a oração principal é curta:


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong> 189<<strong>br</strong> />

Os parlamentares iam saindo à medida que seus votos eram<<strong>br</strong> />

registrados.<<strong>br</strong> />

Todos votaram conforme se tinha acordado.<<strong>br</strong> />

O novo funcionário é tão eficiente <strong>com</strong>o o que saiu.<<strong>br</strong> />

d. Antes de oração adverbial reduzida de gerúndio que<<strong>br</strong> />

denote meio, modo ou instrumento:<<strong>br</strong> />

Fez a viagem despachando os processos.<<strong>br</strong> />

Participamos do evento representando nosso País.<<strong>br</strong> />

e. Quando, num período simples, as conjunções mas e<<strong>br</strong> />

porém ligam termos equivalentes sintaticamente:<<strong>br</strong> />

Ele sentiu cansaço mas satisfação.<<strong>br</strong> />

É a<strong>com</strong>odado porém inteligente.<<strong>br</strong> />

6.6.1.2 Casos em que se usa a vírgula<<strong>br</strong> />

Entre termos da oração<<strong>br</strong> />

a. Para isolar o aposto explicativo:40<<strong>br</strong> />

O criador de Capitu, Machado de Assis, é um dos maiores<<strong>br</strong> />

escritores <strong>br</strong>asileiros.<<strong>br</strong> />

Amanhã, sexta-feira, será feriado.<<strong>br</strong> />

b. Para isolar expressões de natureza explicativa,<<strong>br</strong> />

retificativa, continuativa, conclusiva ou enfáticas, tais <strong>com</strong>o além<<strong>br</strong> />

disso, aliás, a propósito, a saber, assim, <strong>com</strong> efeito, digo, em<<strong>br</strong> />

suma, enfim, isto é, isto sim, não, ou antes, ou melhor, ou seja,<<strong>br</strong> />

por assim dizer, por exemplo, realmente, sim, vale dizer:<<strong>br</strong> />

Com efeito, os problemas foram solucionados.<<strong>br</strong> />

Os projetos foram, sim, aprovados.<<strong>br</strong> />

40<<strong>br</strong> />

Aposto explicativo é o termo que explica o nome a que se associa sem<<strong>br</strong> />

restringir-lhe o significado. É em geral marcado por pausa e, por não ser<<strong>br</strong> />

essencial, pode ser suprimido sem prejuízo para o sentido da frase, conforme<<strong>br</strong> />

se pode depreender dos exemplos acima. Não se confunde <strong>com</strong> o aposto<<strong>br</strong> />

especificativo, que, ao contrário do explicativo, jamais se isola <strong>com</strong> vírgulas,<<strong>br</strong> />

pois aplica-se, sem pausa, diretamente ao nome e restringe seu significado de


valor genérico, individualizando-o. Exemplos: O ex-Presidente Itamar Franco é<<strong>br</strong> />

mineiro de Juiz de Fora; Os Soldados Ananias e Cardoso foram promovidos.


190 CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

O que foi dito há pouco, isso sim, não procede.<<strong>br</strong> />

c. Para isolar o vocativo:<<strong>br</strong> />

A palavra, Deputado, está agora <strong>com</strong> Vossa Excelência.<<strong>br</strong> />

Boa sorte, candidato!41<<strong>br</strong> />

d. Para separar o predicativo deslocado:<<strong>br</strong> />

Os manifestantes, lentos e tristes, desfilaram em frente ao<<strong>br</strong> />

palácio.<<strong>br</strong> />

Satisfeitos, os homens voltaram ao trabalho.<<strong>br</strong> />

e. Para separar o adjunto adverbial deslocado:<<strong>br</strong> />

No momento da explosão, toda a cidade estava dormindo.<<strong>br</strong> />

As metrópoles <strong>br</strong>asileiras, por causa do êxodo rural, não<<strong>br</strong> />

param de crescer.<<strong>br</strong> />

Observações<<strong>br</strong> />

1. Tratando-se de adjunto adverbial deslocado de curta extensão,<<strong>br</strong> />

pode-se omitir a vírgula: Amanhã à tarde não haverá sessão; Aqui<<strong>br</strong> />

se vive em paz; A situação naquele momento era de tensão;<<strong>br</strong> />

Pronunciou corajosamente o seu discurso.<<strong>br</strong> />

2. Na situação acima, usa-se a vírgula quando se quer realçar o<<strong>br</strong> />

adjunto adverbial: Aqui, vive-se em paz; A situação, naquele<<strong>br</strong> />

momento, era de tensão.<<strong>br</strong> />

3. Também se re<strong>com</strong>enda a vírgula quando o adjunto adverbial,<<strong>br</strong> />

deslocado ou não, refere-se à oração inteira: Infelizmente, a<<strong>br</strong> />

situação é crítica; Neste caso, cabe recurso ao Plenário.<<strong>br</strong> />

f. Para isolar conjunções que aparecem no meio da frase:<<strong>br</strong> />

O Deputado foi atingido em sua imagem; cabe-lhe,<<strong>br</strong> />

portanto, o direito de resposta.<<strong>br</strong> />

Não chove há meses. O gramado, todavia, continua verde.<<strong>br</strong> />

g. Para indicar a elipse (supressão) de uma palavra,<<strong>br</strong> />

geralmente um verbo:<<strong>br</strong> />

Como nesta frase, a pausa antes do vocativo, não obstante a vírgula<<strong>br</strong> />

o<strong>br</strong>igatória, é muitas vezes imperceptível. Outros exemplos: Fala, Brasil!;<<strong>br</strong> />

Adeus, Maria!; Sim, senhor.


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

Nós falamos de fatos concretos e vocês, de hipóteses<<strong>br</strong> />

remotas. (= e vocês falam de hipóteses remotas)<<strong>br</strong> />

As ruas estão esburacadas; os postes, sem luz. (= os postes<<strong>br</strong> />

estão sem luz)<<strong>br</strong> />

h. Para separar o <strong>com</strong>plemento verbal quando anteposto ao<<strong>br</strong> />

verbo e repetido pleonasticamente:<<strong>br</strong> />

O Parlamento, às vezes a imprensa o critica injustamente.<<strong>br</strong> />

(o = objeto direto pleonástico)<<strong>br</strong> />

i. Para separar entre si termos coordenados dispostos em<<strong>br</strong> />

enumeração:<<strong>br</strong> />

O Presidente, o Líder, o Relator ressaltaram a importância<<strong>br</strong> />

da matéria.<<strong>br</strong> />

Votaram-se os requerimentos, as emendas, os projetos.<<strong>br</strong> />

Observação: Se, antes do último termo, houver a conjunção e ou<<strong>br</strong> />

ou, não se usa a vírgula: O Presidente, o Líder e o Relator<<strong>br</strong> />

ressaltaram a importância da matéria; O Presidente, o Líder ou o<<strong>br</strong> />

Relator da matéria fará uso da palavra agora. (Ver alínea seguinte.)<<strong>br</strong> />

j. Quando as conjunções e, ou e nem aparecem repetidas<<strong>br</strong> />

vezes (geralmente, para efeito de ênfase):<<strong>br</strong> />

Neste momento, devem-se votar os requerimentos, e o<<strong>br</strong> />

parecer, e as respectivas emendas.<<strong>br</strong> />

Nem a promessa, nem o discurso feito em plenário, nem a<<strong>br</strong> />

apresentação de emenda foram suficientes para acalmar os<<strong>br</strong> />

ânimo dos manifestantes.<<strong>br</strong> />

k. Para separar as locuções tanto mais ... quanto mais<<strong>br</strong> />

(quanto menos), tanto menos ... quanto menos (quanto mais):<<strong>br</strong> />

Parece que quanto menos nos preocupamos, (tanto) mais os<<strong>br</strong> />

problemas são solucionados naturalmente.<<strong>br</strong> />

l. Para separar os nomes de lugar nas datas e nos<<strong>br</strong> />

endereços:<<strong>br</strong> />

Brasília, 1º de outu<strong>br</strong>o de 2004.<<strong>br</strong> />

Rua João Batista, 150.


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

• Entre orações<<strong>br</strong> />

m. Entre orações coordenadas não unidas por conjunção:<<strong>br</strong> />

Subiu à tribuna, <strong>com</strong>eçou a falar, fez um lindo discurso.<<strong>br</strong> />

Certos modismos vêm, passam, tornam a voltar.<<strong>br</strong> />

n. Para separar orações iniciadas por conjunções<<strong>br</strong> />

coordenativas adversativas (mas, porém, contudo, etc.),<<strong>br</strong> />

conclusivas (logo, portanto, etc.) ou alternativas (ou, quer ... quer,<<strong>br</strong> />

ora ... ora, etc.):<<strong>br</strong> />

A sessão <strong>com</strong>eçou tarde, mas foi muito produtiva.<<strong>br</strong> />

Já esgotamos a pauta, portanto podemos encerrar a sessão.<<strong>br</strong> />

Devemos suspender a sessão agora, ou haverá tumulto.<<strong>br</strong> />

o. Antes da conjunção e, quando inicia oração cujo sujeito<<strong>br</strong> />

é diferente do sujeito da oração anterior (para evitar leitura<<strong>br</strong> />

incorreta):<<strong>br</strong> />

O Presidente chamou à tribuna o homenageado, e o<<strong>br</strong> />

Deputado iniciou seu discurso.<<strong>br</strong> />

Observação: Quando as orações têm o mesmo sujeito, pode-se<<strong>br</strong> />

também usar a vírgula antes do e, neste caso para realçar a oração<<strong>br</strong> />

por ele iniciada: Ele sonhou um mundo melhor, e foi capaz de<<strong>br</strong> />

concretizá-lo.<<strong>br</strong> />

p. Antes das conjunções e, ou e nem, quando se repetem<<strong>br</strong> />

no início de cada oração:<<strong>br</strong> />

Ou vota-se, ou discute-se, ou encerra-se a apreciação da<<strong>br</strong> />

matéria.<<strong>br</strong> />

Não apareceu, nem telefonou, nem mandou recado.<<strong>br</strong> />

q. Para separar as orações adverbiais deslocadas, inclusive<<strong>br</strong> />

as reduzidas:<<strong>br</strong> />

Quando o professor entrou, os alunos se levantaram.<<strong>br</strong> />

Ao entrar o professor, os alunos se levantaram.<<strong>br</strong> />

Superado o mal-entendido, todos voltaram a sorrir.<<strong>br</strong> />

Assim <strong>com</strong>o está agora, essa imagem relem<strong>br</strong>a-me alguém.


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong> 193<<strong>br</strong> />

Os deputados, à medida que se apuravam os votos,<<strong>br</strong> />

vi<strong>br</strong>avam de alegria.<<strong>br</strong> />

r. Para isolar as orações adjetivas explicativas:42<<strong>br</strong> />

Lem<strong>br</strong>e-se de nós, que sempre o apoiamos.<<strong>br</strong> />

O Brasil, cuja economia chegou a ser a oitava do mundo,<<strong>br</strong> />

precisa voltar a crescer.<<strong>br</strong> />

O Presidente, <strong>com</strong> quem conversamos demoradamente,<<strong>br</strong> />

está a par da situação.<<strong>br</strong> />

s. Para isolar frases intercaladas ou parentéticas:<<strong>br</strong> />

As leis, não custa lem<strong>br</strong>ar, são feitas para ser cumpridas.<<strong>br</strong> />

Os resultados, esperamos, serão conhecidos ainda hoje.<<strong>br</strong> />

Observação: As frases parentéticas também podem ser isoladas<<strong>br</strong> />

por parênteses (daí o seu nome) ou travessões.<<strong>br</strong> />

6.6.1.3 Vírgula facultativa<<strong>br</strong> />

Relem<strong>br</strong>e-se aqui que, nas intercalações, ou se empregam<<strong>br</strong> />

duas vírgulas, ou não se emprega nenhuma.<<strong>br</strong> />

A vírgula é opcional:<<strong>br</strong> />

a. Antes da conjunção nem, quando usada uma só vez:<<strong>br</strong> />

Não achou nada(,) nem ninguém.<<strong>br</strong> />

Não redigiu o ofício(,) nem parece que irá fazê-lo.<<strong>br</strong> />

b. Com as expressões pelo menos e no mínimo:<<strong>br</strong> />

Oração adjetiva explicativa é aquela que se liga a um nome da oração<<strong>br</strong> />

principal sem particularizá-lo, sem restringir a sua significação. Apenas<<strong>br</strong> />

acrescenta uma informação que pode ser suprimida sem prejuízo para a<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>preensão da frase. É sempre marcada por pausa na fala. Diversamente, a<<strong>br</strong> />

oração adjetiva restritiva restringe a significação do nome a que se refere,<<strong>br</strong> />

particularizando-o. Não é precedida de pausa e, por ser indispensável ao<<strong>br</strong> />

sentido da frase, não pode ser suprimida. Por exemplo, em A água, que é<<strong>br</strong> />

essencial à vida, deve ser ingerida diariamente, a oração adjetiva é explicativa<<strong>br</strong> />

pois não particulariza o substantivo água, podendo ser omitida. Já em A água<<strong>br</strong> />

que contém impurezas não deve ser ingerida, a oração adjetiva é restritiva pois<<strong>br</strong> />

particulariza um subconjunto (água que contém impurezas) dentro de um<<strong>br</strong> />

conjunto (água), não podendo ser omitida.


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

Chegaram atrasados, mas(,) pelo menos(,) trouxeram o<<strong>br</strong> />

trabalho pronto.<<strong>br</strong> />

Pode-se dizer(,) no mínimo(,) que sua reação foi<<strong>br</strong> />

imprudente.<<strong>br</strong> />

c. Nos adjuntos adverbiais deslocados de pequena<<strong>br</strong> />

extensão:<<strong>br</strong> />

Aqui(,) são elaboradas as leis federais.<<strong>br</strong> />

A doença(,) àquela altura(,) era irreversível.<<strong>br</strong> />

d. Com o período na ordem direta, diante de orações<<strong>br</strong> />

subordinadas adverbiais, so<strong>br</strong>etudo quando a oração principal é<<strong>br</strong> />

longa ou a adverbial é reduzida:<<strong>br</strong> />

O Presidente considerou os requerimentos anti-regimentais<<strong>br</strong> />

e inconstitucionais(,) no momento em que foram apresentados<<strong>br</strong> />

à Mesa.<<strong>br</strong> />

Tão forte foi a pressão de sua base eleitoral, que o<<strong>br</strong> />

parlamentar se viu forçado a mudar o seu voto.<<strong>br</strong> />

Ele protestou(,) objetivando demonstrar seu inconformismo.<<strong>br</strong> />

e. Antes das conjunções explicativas (pois, porque, etc.):<<strong>br</strong> />

Chega de barulho(,) pois muito estrago já foi feito.<<strong>br</strong> />

f. Após as conjunções conclusivas (logo, portanto, etc.) e<<strong>br</strong> />

as adversativas, <strong>com</strong> exceção de mas ( entretanto, no entanto,<<strong>br</strong> />

todavia, etc.), quando iniciam a oração:<<strong>br</strong> />

Todos trabalharam muito; assim(,) merecem descanso.<<strong>br</strong> />

A discussão está atrasada, portanto(,) devemos nos apressar.<<strong>br</strong> />

O Deputado protestou da tribuna. Porém(,) ninguém lhe<<strong>br</strong> />

deu atenção.<<strong>br</strong> />

Provei o equívoco. No entanto(,) o erro não foi corrigido.<<strong>br</strong> />

6.6.2 PONTO-E-VÍRGULA<<strong>br</strong> />

Sinal intermediário entre a vírgula e o ponto, o ponto-evírgula<<strong>br</strong> />

( ; ) indica uma pausa mais sensível que a vírgula e menosque o ponto. É empregado:


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

a. Para separar partes de um período que já tenha<<strong>br</strong> />

elementos separados por vírgula(s):<<strong>br</strong> />

No dia 10, estavam presentes no plenário 490 deputados;<<strong>br</strong> />

no dia 12, 510.<<strong>br</strong> />

O projeto passou primeiro pela Comissão de Constituição e<<strong>br</strong> />

Justiça e de Cidadania; depois foi para a de Agricultura,<<strong>br</strong> />

Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; está agora<<strong>br</strong> />

na da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento<<strong>br</strong> />

Regional.<<strong>br</strong> />

b. Para separar orações coordenadas de sentido contrário,<<strong>br</strong> />

não unidas por conjunção:<<strong>br</strong> />

Alguns são dedicados, interessados pelo assunto; outros são<<strong>br</strong> />

desinteressados, alienados <strong>com</strong>pletos.<<strong>br</strong> />

c. Para separar orações coordenadas, em geral adversativas<<strong>br</strong> />

e conclusivas, de modo a dar destaque a sua idéia:<<strong>br</strong> />

O número de votos assegurados já era suficiente, <strong>com</strong> folga,<<strong>br</strong> />

para a aprovação do projeto; o Presidente, no entanto,<<strong>br</strong> />

continuava tentando construir um consenso geral.<<strong>br</strong> />

Os líderes partidários parece terem chegado a um acordo; o<<strong>br</strong> />

impasse, portanto, está superado.<<strong>br</strong> />

d. Para separar os itens de uma enumeração, so<strong>br</strong>etudo<<strong>br</strong> />

quando precedidos de letras ou números. Esta é a praxe, por<<strong>br</strong> />

exemplo, dos atos normativos em relação aos incisos, alíneas e<<strong>br</strong> />

itens:<<strong>br</strong> />

―Art. 96. Os veículos classificam-se em:<<strong>br</strong> />

I - quanto à tração:<<strong>br</strong> />

a) automotor;<<strong>br</strong> />

b) elétrico;<<strong>br</strong> />

c) de propulsão humana; [...]<<strong>br</strong> />

II - quanto à espécie:<<strong>br</strong> />

a) de passageiros:<<strong>br</strong> />

1 - bicicleta;<<strong>br</strong> />

2 - ciclomotor;<<strong>br</strong> />

3 - motoneta; [...].‖ (Código de Trânsito Brasileiro)


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

6.6.3 DOIS-PONTOS<<strong>br</strong> />

Os dois-pontos ( : ) marcam uma pausa repentina e indicam<<strong>br</strong> />

que a frase não está concluída. São empregados:<<strong>br</strong> />

a. Para introduzir uma citação:<<strong>br</strong> />

O leiloeiro bateu o martelo e declarou: ―Arrematada a<<strong>br</strong> />

mercadoria!‖<<strong>br</strong> />

b. Para introduzir uma enumeração:<<strong>br</strong> />

Votaram-se duas emendas: a aglutinativa e a modificativa.<<strong>br</strong> />

c. Para introduzir uma explicação, uma <strong>com</strong>plementação<<strong>br</strong> />

ou uma conclusão:<<strong>br</strong> />

O Brasil respira aliviado: a inflação galopante foi debelada.<<strong>br</strong> />

Existe apenas uma saída: recorrer à Mesa.<<strong>br</strong> />

6.6.4 TRAVESSÃO<<strong>br</strong> />

O travessão ( – ), traço que se distingue do hífen ( -) por ser<<strong>br</strong> />

mais <strong>com</strong>prido,43 é usado:<<strong>br</strong> />

a. Para indicar, nos diálogos, a fala dos interlocutores:<<strong>br</strong> />

– Questão de Ordem, Presidente.<<strong>br</strong> />

– Concedida a palavra, Deputado.<<strong>br</strong> />

b. Para isolar termos ou orações no interior de um período,<<strong>br</strong> />

caso em que deve ser usado duplamente, à semelhança dos<<strong>br</strong> />

parênteses:<<strong>br</strong> />

A Região Sudeste – Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais<<strong>br</strong> />

e Espírito Santo – é a que possui a maior densidade<<strong>br</strong> />

demográfica do País.<<strong>br</strong> />

Observação: O sinal de pontuação que se poria antes do primeiro<<strong>br</strong> />

travessão transfere-se para depois do segundo: Quando a cidade era<<strong>br</strong> />

apenas um povoado – hoje ela é quase uma metrópole --, os<<strong>br</strong> />

43 É importante salientar a dessemelhança, pois trata-se de sinais distintos que,<<strong>br</strong> />

no entanto, vêm sendo confundidos, pelo fato de o travessão nem sempre estar<<strong>br</strong> />

facilmente disponível no teclado dos <strong>com</strong>putadores.


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

cavalos pastavam livremente em suas ruas (não: *Quando a cidade<<strong>br</strong> />

era apenas um povoado, – hoje ela...).<<strong>br</strong> />

c. Para dar realce a uma explicação, <strong>com</strong>plementação ou<<strong>br</strong> />

conclusão (neste caso, substitui os dois pontos):<<strong>br</strong> />

Trabalham todos em prol do mesmo objetivo – a reforma<<strong>br</strong> />

do Estado.<<strong>br</strong> />

6.6.5 PARÊNTESES<<strong>br</strong> />

Os parênteses ( ( ) ) são utilizados para isolar palavras,<<strong>br</strong> />

expressões ou frases intercaladas no período ou a ele justapostas.<<strong>br</strong> />

Servem assim:<<strong>br</strong> />

a. Para incluir uma reflexão ou um <strong>com</strong>entário incidental:<<strong>br</strong> />

A situação (tinha consciência disso) exigia dele pulso firme.<<strong>br</strong> />

Proferiu o discurso (quando lhe foi concedida a<<strong>br</strong> />

oportunidade) e defendeu <strong>com</strong> <strong>br</strong>ilhantismo a proposta.<<strong>br</strong> />

b. Para encaixar uma explicação, um esclarecimento, uma<<strong>br</strong> />

definição ou um exemplo:<<strong>br</strong> />

Os países que fazem parte do Mercosul (Brasil, Argentina,<<strong>br</strong> />

Paraguai e Uruguai) vêm intensificando suas trocas <strong>com</strong>erciais.<<strong>br</strong> />

c. Para indicar a fonte (autor, bibliografia, etc.) do que se<<strong>br</strong> />

afirma ou transcreve:<<strong>br</strong> />

―Progresso é a realização de utopias.‖ (Oscar Wilde)<<strong>br</strong> />

6.6.6 RETICÊNCIAS<<strong>br</strong> />

As reticências ( ... ) são utilizadas para denotar emoções<<strong>br</strong> />

variadas (uso so<strong>br</strong>etudo literário), para assinalar a interrupção de<<strong>br</strong> />

uma frase ou para indicar a omissão de partes de um texto. Nesses<<strong>br</strong> />

dois últimos casos, são usadas:<<strong>br</strong> />

a. Quando o emissor deixa o pensamento em suspenso ou<<strong>br</strong> />

quando a frase está in<strong>com</strong>pleta:<<strong>br</strong> />

Se o projeto será aprovado? Bem...


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

b. Para indicar hesitação:<<strong>br</strong> />

Pensamos que... Achamos que... Que isso não é certo.<<strong>br</strong> />

c. Quando um interlocutor é interrompido por outro (nos<<strong>br</strong> />

pronunciamentos, quando o orador é interrompido):<<strong>br</strong> />

– O Presidente da República está ciente...<<strong>br</strong> />

– Um aparte, por favor...<<strong>br</strong> />

– ...ciente do problema. Concedo o aparte ao no<strong>br</strong>e<<strong>br</strong> />

Deputado.<<strong>br</strong> />

d. Para indicar, nas citações, que uma parte da frase ou do<<strong>br</strong> />

texto foi omitida, re<strong>com</strong>endando-se neste caso o seu emprego<<strong>br</strong> />

entre colchetes:44<<strong>br</strong> />

―A política de desenvolvimento urbano [...] tem por objetivo<<strong>br</strong> />

ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da<<strong>br</strong> />

cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes.‖ (CF, art. 182)<<strong>br</strong> />

Observações<<strong>br</strong> />

1. No <strong>com</strong>eço e no fim das citações, usam-se as reticências quando<<strong>br</strong> />

o trecho citado não formar uma frase <strong>com</strong>pleta ou não<<strong>br</strong> />

apresentar coerência sintática no início ou no final:<<strong>br</strong> />

―[...] tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das<<strong>br</strong> />

funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus<<strong>br</strong> />

habitantes.‖<<strong>br</strong> />

44 Neste caso, segundo alguns autores, não se trata mais das reticências. Para o<<strong>br</strong> />

gramático Celso Cunha, por exemplo, ―não se devem confundir reticências,<<strong>br</strong> />

que têm valor estilístico apreciável, <strong>com</strong> os três pontos que se empregam,<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o simples sinal tipográfico, para indicar que foram suprimidas palavras no<<strong>br</strong> />

início, no meio ou no fim de uma citação. Modernamente, para evitar qualquer<<strong>br</strong> />

dúvida, tende a generalizar-se o uso de quatro pontos para marcar tais<<strong>br</strong> />

supressões, ficando os três pontos <strong>com</strong>o sinal exclusivo das reticências‖<<strong>br</strong> />

(CUNHA, 2001, p. 662). Note-se, a propósito, que o uso de quatro pontos não<<strong>br</strong> />

está ainda muito difundido, ao passo que o uso dos três pontos ressente-se de<<strong>br</strong> />

falta de padronização, sendo vistos ora entre parênteses, ora entre colchetes,<<strong>br</strong> />

ora soltos e, neste último caso, ora colados à palavra, ora separados. Com a<<strong>br</strong> />

re<strong>com</strong>endação que aqui se faz, busca-se disciplinar o uso desse sinal nas<<strong>br</strong> />

citações.


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

―A política de desenvolvimento urbano, executada pelo<<strong>br</strong> />

poder público municipal, conforme diretrizes fixadas em lei,<<strong>br</strong> />

tem por objetivo ordenar [...].‖<<strong>br</strong> />

2. Quando a citação se unir sintaticamente à oração anterior,<<strong>br</strong> />

dispensam-se as reticências:<<strong>br</strong> />

O orador, citando o artigo 182 da Constituição, mencionou<<strong>br</strong> />

que a referida política ―tem por objetivo ordenar o pleno<<strong>br</strong> />

desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o<<strong>br</strong> />

bem-estar de seus habitantes.‖<<strong>br</strong> />

6.6.7 LINHA PONTILHADA<<strong>br</strong> />

Em textos legais que modificam outros textos legais, usam-se<<strong>br</strong> />

linhas pontilhadas para indicar a omissão de texto do caput, de<<strong>br</strong> />

parágrafo, de inciso, de alínea ou de item de determinado artigo.<<strong>br</strong> />

Deve-se usar uma linha pontilhada para indicar todo o texto<<strong>br</strong> />

suprimido, além da linha pontilhada que se segue ao número do<<strong>br</strong> />

artigo modificado. Usa-se ainda uma linha pontilhada no final da<<strong>br</strong> />

emenda se o artigo modificado não encerrar no texto emendado.<<strong>br</strong> />

Exemplos:<<strong>br</strong> />

Emenda no caput:<<strong>br</strong> />

Art. 1º O caput do art. 42 do Ato das Disposições<<strong>br</strong> />

Constitucionais Transitórias passa a vigorar <strong>com</strong> a seguinte<<strong>br</strong> />

redação:<<strong>br</strong> />

―Art. 42. Durante 25 (vinte e cinco) anos, a União aplicará,<<strong>br</strong> />

dos recursos destinados à irrigação:<<strong>br</strong> />

...................................................................................‖ (EC<<strong>br</strong> />

43/04)<<strong>br</strong> />

Emenda alterando partes do artigo:<<strong>br</strong> />

Art. 1º Os arts. 48, 57, 61, 62, 64, 66, 84, 88 e 246 da<<strong>br</strong> />

Constituição Federal passam a vigorar <strong>com</strong> as seguintes<<strong>br</strong> />

alterações:<<strong>br</strong> />

―Art. 48. .......................................................................<<strong>br</strong> />

....................................................................................<<strong>br</strong> />

X - criação, transformação e extinção de cargos, empregos e<<strong>br</strong> />

funções públicas, observado o que estabelece o art. 84, VI, b;<<strong>br</strong> />

XI - criação e extinção de Ministérios e órgãos da<<strong>br</strong> />

administração pública;


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

...................................................................................‖<<strong>br</strong> />

―Art. 57. ......................................................................<<strong>br</strong> />

...................................................................................<<strong>br</strong> />

§ 7º Na sessão legislativa extraordinária, o Congresso<<strong>br</strong> />

Nacional somente deliberará so<strong>br</strong>e a matéria para a qual foi<<strong>br</strong> />

convocado, ressalvada a hipótese do § 8º, vedado o<<strong>br</strong> />

pagamento de parcela indenizatória em valor superior ao<<strong>br</strong> />

subsídio mensal.<<strong>br</strong> />

§ 8º Havendo medidas provisórias em vigor na data de<<strong>br</strong> />

convocação extraordinária do Congresso Nacional, serão elas<<strong>br</strong> />

automaticamente incluídas na pauta da convocação.‖<<strong>br</strong> />

―Art. 61. .......................................................................<<strong>br</strong> />

§ 1º .............................................................................<<strong>br</strong> />

....................................................................................<<strong>br</strong> />

II - ..............................................................................<<strong>br</strong> />

....................................................................................<<strong>br</strong> />

e) criação e extinção de Ministérios e órgãos da<<strong>br</strong> />

administração pública, observado o disposto no art. 84, VI;<<strong>br</strong> />

...................................................................................‖ (EC<<strong>br</strong> />

32/01)<<strong>br</strong> />

Observações<<strong>br</strong> />

1. Quando houver necessidade, para evitar dúvidas a qual<<strong>br</strong> />

dispositivo se refere a emenda, menciona-se, além do número do<<strong>br</strong> />

artigo, o número dos parágrafos e das alíneas não modificados<<strong>br</strong> />

(marcados <strong>com</strong> a linha corrida), <strong>com</strong>o acima, na referência ao art.<<strong>br</strong> />

61.<<strong>br</strong> />

2. Nas emendas acrescentando ou modificando artigo no todo,<<strong>br</strong> />

não se usa a linha pontilhada.<<strong>br</strong> />

Exemplo de emenda acrescentando artigo:<<strong>br</strong> />

Art. 1º A Constituição Federal passa a vigorar acrescida do<<strong>br</strong> />

seguinte art. 149-A:<<strong>br</strong> />

―Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão<<strong>br</strong> />

instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o


custeio do serviço de iluminação pública, observado o<<strong>br</strong> />

disposto no art. 150, I e III.<<strong>br</strong> />

Parágrafo único. É facultada a co<strong>br</strong>ança da contribuição a<<strong>br</strong> />

que se refere o caput, na fatura de consumo de energia<<strong>br</strong> />

elétrica.‖ (EC 39/02)


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

Exemplo de emenda alterando artigo no todo:<<strong>br</strong> />

Artigo único. O art. 16 da Constituição Federal passa a<<strong>br</strong> />

vigorar <strong>com</strong> a seguinte redação:<<strong>br</strong> />

―Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em<<strong>br</strong> />

vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição<<strong>br</strong> />

que ocorra até um ano da data de sua vigência.‖ (EC 4/93)


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong> 203<<strong>br</strong> />

7 PADRONIZAÇÕES<<strong>br</strong> />

O presente item abarca o emprego dos recursos gráficos de<<strong>br</strong> />

destaque, a escrita de números e o uso de siglas. Trata-se de<<strong>br</strong> />

elementos editoriais cujo disciplinamento muitas vezes varia<<strong>br</strong> />

conforme o órgão de imprensa ou a casa publicadora, sendo por<<strong>br</strong> />

isso causa freqüente de dúvidas e de falta de uniformidade. Os<<strong>br</strong> />

padrões ora propostos baseiam-se em regras já assentadas e, na<<strong>br</strong> />

falta destas, na praxe dominante.<<strong>br</strong> />

7.1 <strong>DE</strong>STAQUES<<strong>br</strong> />

7.1.1 ASPAS<<strong>br</strong> />

As aspas são empregadas:<<strong>br</strong> />

a. Em citações textuais diretas:<<strong>br</strong> />

O Ministro declarou: ―As reformas só trarão benefícios.‖<<strong>br</strong> />

O Deputado indagou: ―Quais serão os benefícios?‖<<strong>br</strong> />

Alguém <strong>com</strong>entou: ―Não acredito!‖<<strong>br</strong> />

Quando a citação ocupar quatro ou mais linhas, deve-se<<strong>br</strong> />

optar pelo parágrafo recuado, sem aspas:45<<strong>br</strong> />

No Capítulo I do Manual de redação da Presidência da<<strong>br</strong> />

República, intitulado Aspectos Gerais da Redação Oficial, lê-se<<strong>br</strong> />

a seguinte observação, a respeito da redação de textos oficiais:<<strong>br</strong> />

Não se concebe que um ato normativo de<<strong>br</strong> />

qualquer natureza seja redigido de forma obscura,<<strong>br</strong> />

que dificulte ou impossibilite sua <strong>com</strong>preensão. A<<strong>br</strong> />

transparência do sentido dos atos normativos, bem<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o sua inteligibilidade, são requisitos do próprio<<strong>br</strong> />

Estado de Direito: é inaceitável que um texto legal<<strong>br</strong> />

Esta re<strong>com</strong>endação não se aplica aos discursos parlamentares, quando são<<strong>br</strong> />

redigidos nas máscaras próprias da Câmara dos Deputados.


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

não seja entendido pelos cidadãos. A publicidade<<strong>br</strong> />

implica, pois, necessariamente, clareza e concisão.<<strong>br</strong> />

Em citações indiretas, não há necessidade de aspas, mas<<strong>br</strong> />

podem ser usadas quando se quiser dar destaque a todo o texto,<<strong>br</strong> />

ou a algum termo em particular:<<strong>br</strong> />

O Ministro declarou que as reformas só trarão benefícios.<<strong>br</strong> />

(sem nenhuma ênfase ou destaque)<<strong>br</strong> />

O ministro declarou que ―as reformas só trarão benefício‖.<<strong>br</strong> />

(ênfase nas palavras usadas pelo Ministro)<<strong>br</strong> />

O Ministro declarou que as reformas só trarão ―benefícios‖.<<strong>br</strong> />

(ênfase específica numa palavra, so<strong>br</strong>essaindo uma idéia)<<strong>br</strong> />

b. Para indicar sentido irônico, figurado ou impróprio de<<strong>br</strong> />

uma palavra:<<strong>br</strong> />

O Ministro declarou que as reformas só trarão ―benefícios‖:<<strong>br</strong> />

aumento da carga tributária, arrocho salarial, alta da inflação,<<strong>br</strong> />

perda do poder de <strong>com</strong>pra...<<strong>br</strong> />

Observação: Muitas vezes apenas o contexto ou a entonação, no<<strong>br</strong> />

caso de pronunciamento, indicarão a ironia ou impropriedade.<<strong>br</strong> />

c. Com gírias, neologismos ou criações vocabulares de<<strong>br</strong> />

qualquer tipo ainda não incorporados ao vocabulário da língua,<<strong>br</strong> />

quando couber o seu uso no texto (em geral, devem ser evitados):<<strong>br</strong> />

Essa mano<strong>br</strong>a tem ar de ―maracutaia‖.<<strong>br</strong> />

O conferencista falou em puro ―economês‖, o que não<<strong>br</strong> />

agradou à maioria dos presentes, que era de leigos.<<strong>br</strong> />

d. Para destacar títulos, termos técnicos, expressões fixas,<<strong>br</strong> />

definições, exemplificações e assemelhados:<<strong>br</strong> />

Foi discutida a ―privatização das universidades federais‖ no<<strong>br</strong> />

encontro de reitores.<<strong>br</strong> />

O maior inteiro que divide simultaneamente cada mem<strong>br</strong>o<<strong>br</strong> />

de um conjunto é o ―máximo divisor <strong>com</strong>um‖.<<strong>br</strong> />

Não confundir o prefixo ante, que significa ―anterior‖, <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

anti, ―contra‖.


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> R EDAÇÃO 205<<strong>br</strong> />

Para efeitos deste estudo, entenda-se por ―pessoa<<strong>br</strong> />

superdotada‖ aquela que...<<strong>br</strong> />

Nem sempre se pode aplicar uma ―normal ideal‖ no lugar<<strong>br</strong> />

de uma ―norma real‖.<<strong>br</strong> />

7.1.1.1 Posição das aspas<<strong>br</strong> />

Quanto à correta posição das aspas em frase contendo<<strong>br</strong> />

citação, valem as seguintes regras:<<strong>br</strong> />

a. Quando o fim da citação, assinalado por ponto-final,<<strong>br</strong> />

ponto-de-interrogação ou ponto-de-exclamação, coincidir <strong>com</strong> o<<strong>br</strong> />

término da frase, as aspas se colocam após esses pontos e não se<<strong>br</strong> />

usa mais nenhum sinal de pontuação:<<strong>br</strong> />

O Presidente anunciou: ―Está encerrada a sessão.‖<<strong>br</strong> />

O Deputado perguntou: ―Haverá sessão extraordinária<<strong>br</strong> />

amanhã?‖<<strong>br</strong> />

O Ministro declarou, indignado: ―Isto não pode acontecer!‖<<strong>br</strong> />

Os presentes se perguntaram, incrédulos: ―É possível uma<<strong>br</strong> />

coisa dessas?!‖<<strong>br</strong> />

A platéia gritou, extasiada: ―Bravo!!!‖<<strong>br</strong> />

Observação: Quando não fizerem parte da citação, o ponto-deinterrogação<<strong>br</strong> />

e o ponto-de-exclamação deverão vir depois das aspas:<<strong>br</strong> />

De quem é a famosa frase ―Conhece-te a ti mesmo‖?<<strong>br</strong> />

É dos dominicanos ou dos beneditinos o lema ―Ora et<<strong>br</strong> />

labora‖?<<strong>br</strong> />

b. Quando a frase continuar após a citação, usar-se-á o<<strong>br</strong> />

ponto-de-interrogação ou de-exclamação desta, mas não o pontofinal:<<strong>br</strong> />

―Está encerrada a sessão‖ – anunciou o Presidente.<<strong>br</strong> />

O Presidente anunciou: ―Está encerrada a sessão‖; o<<strong>br</strong> />

plenário logo se esvaziou.<<strong>br</strong> />

―Haverá sessão extraordinária amanhã?‖ – perguntou o<<strong>br</strong> />

Deputado.<<strong>br</strong> />

O Deputado perguntou: ―Haverá sessão extraordinária<<strong>br</strong> />

amanhã?‖; o Presidente respondeu afirmativamente.<<strong>br</strong> />

―Isto não pode acontecer!‖, declarou, indignado, o Ministro.


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

A máxima ―Todo poder emana do povo‖ nunca deve ser<<strong>br</strong> />

esquecida pelos governantes.<<strong>br</strong> />

A máxima expressa no primeiro artigo da Constituição<<strong>br</strong> />

(―Todo poder emana do povo, que o exerce por meio de<<strong>br</strong> />

representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta<<strong>br</strong> />

Constituição‖) nunca deve ser esquecida pelos governantes.46<<strong>br</strong> />

A indagação histórica ―Até tu?‖ ainda hoje é usada para<<strong>br</strong> />

indicar grande surpresa e indignação <strong>com</strong> alguém.<<strong>br</strong> />

Com uma frase que indicava altivez e fidelidade – ―Ave<<strong>br</strong> />

Caesar, morituri te salutant!‖ –, os gladiadores se dirigiam à<<strong>br</strong> />

luta e, quase sempre, à morte.<<strong>br</strong> />

7.1.1.2 Aspas simples<<strong>br</strong> />

Quando alguma expressão que deva vir <strong>com</strong> aspas se<<strong>br</strong> />

encontra dentro de uma frase aspeada, essa expressão virá entre<<strong>br</strong> />

aspas simples:<<strong>br</strong> />

Disse o Ministro: ―Estou repetindo agora tudo o que escrevi<<strong>br</strong> />

no artigo ‗Os problemas da Previdência‘, publicado em vários<<strong>br</strong> />

jornais, recentemente.‖<<strong>br</strong> />

O quanto possível, deve-se evitar, por não ser visualmente<<strong>br</strong> />

favorável, o encontro de aspas simples e duplas:<<strong>br</strong> />

O Presidente declarou: ―Sua proposta está prejudicada, pois<<strong>br</strong> />

fui enfático ao proclamar ‗Está encerrada a discussão‘‖.<<strong>br</strong> />

7.1.2 ITÁLICO<<strong>br</strong> />

Casos em que se emprega o itálico:<<strong>br</strong> />

a. Em títulos de publicações (livros, revistas, jornais,<<strong>br</strong> />

periódicos, etc.):<<strong>br</strong> />

Dom Casmurro, de Machado de Assis, é uma o<strong>br</strong>a-prima da<<strong>br</strong> />

literatura <strong>br</strong>asileira.<<strong>br</strong> />

Saiu a nova edição da Gramática do português<<strong>br</strong> />

contemporâneo, de Celso Cunha.<<strong>br</strong> />

A revista Veja publicou a notícia <strong>com</strong> exclusividade.<<strong>br</strong> />

46 Neste caso, não seria erro pôr o ponto-final na frase citada se se pretendesse<<strong>br</strong> />

indicar <strong>com</strong> precisão que ela está transcrita no todo.


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

O jornal Correio Braziliense passou por uma reforma gráfica<<strong>br</strong> />

e editorial.<<strong>br</strong> />

A última edição da Revista de Informação Legislativa, do<<strong>br</strong> />

Senado Federal, publica artigo so<strong>br</strong>e...<<strong>br</strong> />

Observações<<strong>br</strong> />

1. A Constituição Federal, constituições estaduais, leis orgânicas,<<strong>br</strong> />

códigos e semelhantes, bem <strong>com</strong>o a Bíblia, a Torá, o Alcorão e<<strong>br</strong> />

assemelhados são referidos ora <strong>com</strong>o a o<strong>br</strong>a em si, <strong>com</strong> ênfase no<<strong>br</strong> />

seu valor legal ou espiritual, ora <strong>com</strong>o a edição impressa, ora <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

o livro tomado <strong>com</strong>o objeto, ora em sentido figurado. No primeiro<<strong>br</strong> />

caso, a referência se faz em redondo, <strong>com</strong> inicial maiúscula; no<<strong>br</strong> />

segundo, em itálico; e nos demais, em redondo, em minúsculas:<<strong>br</strong> />

A Constituição de 1988 declara que ―todo poder emana do<<strong>br</strong> />

povo‖.<<strong>br</strong> />

A Constituição Federal editada pela Câmara dos Deputados<<strong>br</strong> />

incorpora as últimas emendas constitucionais.<<strong>br</strong> />

O Deputado rasgou uma constituição em público, em<<strong>br</strong> />

protesto contra a aprovação da emenda.<<strong>br</strong> />

A Bíblia tem sido, por séculos, o mais importante guia<<strong>br</strong> />

espiritual no mundo ocidental, do mesmo modo que o Alcorão<<strong>br</strong> />

no mundo árabe.<<strong>br</strong> />

A Bíblia Sagrada da Editora Mariana traz preciosas<<strong>br</strong> />

introduções para cada livro e bons estudos so<strong>br</strong>e a Bíblia em<<strong>br</strong> />

geral.<<strong>br</strong> />

Várias sociedades distribuem bíblias em hotéis e lugares<<strong>br</strong> />

públicos.<<strong>br</strong> />

A revista Wine Spectator é a bíblia dos amantes do vinho.<<strong>br</strong> />

2. Os títulos de matérias, artigos, editoriais e reportagens vêm<<strong>br</strong> />

em redondo <strong>com</strong> aspas (<strong>com</strong> inicial maiúscula apenas na primeira<<strong>br</strong> />

palavra e nas que a exigem):<<strong>br</strong> />

O Correio Braziliense de hoje, em matéria intitulada<<strong>br</strong> />

―Executivo e Legislativo chegam a acordo‖, destaca as últimas<<strong>br</strong> />

negociações pela aprovação da reforma.<<strong>br</strong> />

Está muito interessante e didático o artigo ―O Senado e as<<strong>br</strong> />

instituções políticas no século XIX‖, publicado na última<<strong>br</strong> />

edição da Revista de Informação Legislativa.


208 CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

3. Os títulos de capítulos, documentos, painéis, simpósios,<<strong>br</strong> />

congressos, conferências, slogans, lemas vêm em redondo sem<<strong>br</strong> />

aspas (<strong>com</strong> inicial maiúscula em todas as palavras):<<strong>br</strong> />

O Agregado, capítulo de Dom Casmurro, traça o perfil de<<strong>br</strong> />

João Dias.<<strong>br</strong> />

O documento Programa de Ação Mundial para Pessoas <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

Deficiência, aprovado recentemente pela ONU...<<strong>br</strong> />

b. Em títulos de filmes, peças teatrais e musicais, programas<<strong>br</strong> />

de televisão, vídeo, o<strong>br</strong>as de arte, navios, aviões e assemelhados:<<strong>br</strong> />

E o vento levou... foi um dos maiores sucessos do cinema.<<strong>br</strong> />

O fantasma da ópera está há anos em cartaz na Broadway.<<strong>br</strong> />

Entrevistado no Roda Viva, da TV Cultura, o escritor disse...<<strong>br</strong> />

O cantor apresentou-se no Domingão do Faustão.<<strong>br</strong> />

O Abaporu é a o<strong>br</strong>a mais conhecida de Tarsila do Amaral.<<strong>br</strong> />

O Presidente americano chegou a bordo do Air Force One.<<strong>br</strong> />

O Presidente da República <strong>com</strong>pareceu às solenidades a<<strong>br</strong> />

bordo do Minas Gerais.<<strong>br</strong> />

Observação: Não confundir nome próprio dado a embarcações,<<strong>br</strong> />

aviões, etc. <strong>com</strong> o nome do modelo ou da <strong>com</strong>panhia. Assim, em<<strong>br</strong> />

redondo, <strong>com</strong> inicial maiúscula: Boeing 747, Airbus, Concorde,<<strong>br</strong> />

Bandeirante, Corcel, Opala, Varig, Air France, Alitalia.<<strong>br</strong> />

c. Em palavras estrangeiras não incorporadas ao uso<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>um da língua ou não aportuguesadas:<<strong>br</strong> />

Os bailarinos foram muito aplaudidos após o pas-de-deux.<<strong>br</strong> />

Na época da inflação, o overnight era uma boa aplicação.<<strong>br</strong> />

O excesso de pop-ups e banners muitas vezes irrita o<<strong>br</strong> />

internauta.<<strong>br</strong> />

O <strong>com</strong>unismo depois da glasnost e da perestróica47 nunca<<strong>br</strong> />

mais foi o mesmo.<<strong>br</strong> />

Forma registrada por Houaiss, não consignada no Volp; Aurélio registra<<strong>br</strong> />

perestroika.


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong> 209<<strong>br</strong> />

Observações<<strong>br</strong> />

1. Em palavras estrangeiras ou de formação hí<strong>br</strong>ida de uso<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>um ou aportuguesadas, não há necessidade de destaque: show,<<strong>br</strong> />

showmício48, check-in, mouse, skate, réveillon, ateliê, buquê,<<strong>br</strong> />

abajur, royalties, chester.<<strong>br</strong> />

2. Nos textos técnicos dispensa-se o itálico, para não<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>ecarregar visualmente o texto e dificultar a leitura, <strong>com</strong>o em<<strong>br</strong> />

relatórios ou pareceres técnicos na área de informática ou<<strong>br</strong> />

economia, por exemplo.<<strong>br</strong> />

3. Nomes de instituições estrangeiras e citações em línguas<<strong>br</strong> />

estrangeiras vêm em redondo:<<strong>br</strong> />

O Empire State Building voltou a ser o mais alto edifício de<<strong>br</strong> />

Nova Iorque após a destruição do World Trade Center.<<strong>br</strong> />

A frase ―To be or not to be‖ é, provavelmente, a mais<<strong>br</strong> />

céle<strong>br</strong>e de toda a dramaturgia mundial.<<strong>br</strong> />

d. Nos nomes científicos de Botânica, Zoologia e<<strong>br</strong> />

Paleontologia: Coffea arabica, Carica papaya, Felis catus,<<strong>br</strong> />

Panthera leo, Homo sapiens, Homo erectus (apenas o primeiro<<strong>br</strong> />

nome em maiúscula).<<strong>br</strong> />

7.1.3 NEGRITO E SUBLINHADO<<strong>br</strong> />

O negrito e o sublinhado são utilizados para realce de<<strong>br</strong> />

palavras e trechos e em títulos e subtítulos (o sublinhado menos<<strong>br</strong> />

freqüentemente). Devem, no entanto, ser empregados <strong>com</strong> muito<<strong>br</strong> />

critério, pois o uso abusivo para realçar palavras e trechos dentro<<strong>br</strong> />

de um texto, além de poluir a página visualmente, tira-lhes o<<strong>br</strong> />

efeito de destaque.49<<strong>br</strong> />

48 Forma registrada por Houaiss, não consignada no Volp nem em Aurélio.<<strong>br</strong> />

A esse respeito, vale lem<strong>br</strong>ar a lição de Umberto Eco: ―Sublinhar muito é<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o gritar ‗fogo‘ a todo instante, ninguém dá mais atenção. O ato de<<strong>br</strong> />

sublinhar deve corresponder sempre àquela entonação especial que você daria<<strong>br</strong> />

à voz se lesse o texto; deve chamar a atenção do seu destinatário mesmo que,<<strong>br</strong> />

por acaso, ele estivesse distraído.‖ (ECO, Umberto. Como se faz uma tese. São<<strong>br</strong> />

Paulo: Perspectiva, 1983. p. 149)


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

O sublinhado deve substituir o itálico ou o negrito quando<<strong>br</strong> />

este não estiver disponível (caso, por exemplo, de máquinas de<<strong>br</strong> />

escrever).<<strong>br</strong> />

Desaconselha-se o uso de caixa alta (letras maiúsculas)<<strong>br</strong> />

contínua <strong>com</strong>o elemento de destaque dentro do texto.<<strong>br</strong> />

7.2 GRAFIA <strong>DE</strong> NÚMEROS<<strong>br</strong> />

Tratando-se de tabelas, gráficos, mapas e assemelhados, ou<<strong>br</strong> />

texto eminentemente técnico, em que se exija linguagem própria,<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o, por exemplo, pareceres nas áreas de informática ou<<strong>br</strong> />

economia, os numerais deverão em princípio ser escritos em<<strong>br</strong> />

algarismos arábicos (ou romanos, conforme o caso). É importante<<strong>br</strong> />

ter sempre em vista as normas a respeito baixadas pelo Conselho<<strong>br</strong> />

Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial<<strong>br</strong> />

(Conmetro), so<strong>br</strong>etudo a Resolução n. 12, de 12/10/88, disponível<<strong>br</strong> />

em http://www.inmetro.gov.<strong>br</strong>/resc/ pdf/RESC000114.pdf .<<strong>br</strong> />

7.2.1 NÚMEROS NOS TEXTOS EM GERAL<<strong>br</strong> />

Tratando-se de texto genérico, não intimamente ligado às<<strong>br</strong> />

áreas da matemática e do cálculo, <strong>com</strong>o é o caso da maioria dos<<strong>br</strong> />

pareceres e pronunciamentos, ou quando não couber ou não se<<strong>br</strong> />

quiser dar-lhes caráter mais técnico, os numerais deverão ser<<strong>br</strong> />

escritos, no âmbito da Câmara dos Deputados, conforme<<strong>br</strong> />

indicações a seguir.<<strong>br</strong> />

7.2.1.1 Por extenso<<strong>br</strong> />

a. Quando todos os numerais (cardinais ou ordinais) na<<strong>br</strong> />

frase são formados <strong>com</strong> uma única palavra:<<strong>br</strong> />

Foram debatidas quinze proposições, oito das quais<<strong>br</strong> />

projetos de lei.<<strong>br</strong> />

O Plenário votou duzentos projetos de lei e cem projetos de<<strong>br</strong> />

resolução.<<strong>br</strong> />

Foram aprovados mil candidatos; o primeiro classificado<<strong>br</strong> />

tirou nota máxima.<<strong>br</strong> />

O projeto foi aprovado no qüinquagésimo dia de discussão.


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

Observação: A expressão um mil (escrita muitas vezes, por<<strong>br</strong> />

segurança, hum mil) é cabível apenas no preenchimento de<<strong>br</strong> />

cheques.<<strong>br</strong> />

b. Os números fracionários, quando nenhum dos<<strong>br</strong> />

elementos passar de 10: dois terços, quatro quintos, nove<<strong>br</strong> />

décimos.<<strong>br</strong> />

7.2.1.2 Em algarismos<<strong>br</strong> />

a. Quando os numerais, cardinais ou ordinais, são<<strong>br</strong> />

formados por mais de uma palavra (neste caso, havendo numeral<<strong>br</strong> />

de apenas uma palavra na mesma frase, também ele será grafado<<strong>br</strong> />

em algarismos):<<strong>br</strong> />

O Deputado apresentou 21 projetos de lei e 13 de<<strong>br</strong> />

resolução.<<strong>br</strong> />

Compareceram ao jogo 75.834 torcedores.<<strong>br</strong> />

Foram aprovados 20 candidatos para a área I e 23 para a<<strong>br</strong> />

área II.<<strong>br</strong> />

O 12º projeto foi aprovado.<<strong>br</strong> />

O Plenário aprovou o 7º e o 12º item da pauta.<<strong>br</strong> />

b. Os números fracionários, quando um dos elementos é<<strong>br</strong> />

maior de 10 (ou seja, quando se usa a expressão avos): 1/11,<<strong>br</strong> />

2/30, 12/24.<<strong>br</strong> />

c. As frações decimais, em qualquer caso: 0,3; 12,35.<<strong>br</strong> />

d. Na indicação de valores monetários não redondos (o<<strong>br</strong> />

valor deve ser precedido do símbolo da moeda, <strong>com</strong> espaço entre<<strong>br</strong> />

eles): R$ 92,35; US$ 346,75; € 2.345,50.<<strong>br</strong> />

e. Na indicação de porcentagens (sem espaço entre o<<strong>br</strong> />

número e o símbolo): 1%, 12%, 132%.<<strong>br</strong> />

Observação: Em contextos e linguagem não técnicos, deve-se<<strong>br</strong> />

optar pela informação sem o percentual sempre que possível: um<<strong>br</strong> />

quarto (em vez de 25%), metade (em vez de 50%), um terço (em<<strong>br</strong> />

vez de 33,33%).<<strong>br</strong> />

f. Na indicação de escores de jogos, vereditos, contagem<<strong>br</strong> />

de votos e assemelhados:


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

O Brasil venceu a Alemanha por 2 x 0 na final da Copa de<<strong>br</strong> />

2000.<<strong>br</strong> />

O réu foi condenado por 5 a 2.<<strong>br</strong> />

O projeto foi aprovado por 300 votos a favor, 125 contra e<<strong>br</strong> />

13 abstenções.<<strong>br</strong> />

g. Sempre que a referência for ao número em si (e não a<<strong>br</strong> />

quantitativos), <strong>com</strong>o em numerações, códigos, etc. Incluem-se<<strong>br</strong> />

neste caso números de endereços, telefones, páginas,<<strong>br</strong> />

documentos, caixas postais, etc.:<<strong>br</strong> />

Foi sorteado o número 7.<<strong>br</strong> />

Av. Brasil, 1240, ap. 1402, C.P. 23683<<strong>br</strong> />

CEP: 70160-900; CPF: 123.456.789-00; Telefone: 318-5555<<strong>br</strong> />

Observação: Deve-se respeitar a notação própria (emprego ou<<strong>br</strong> />

não de pontos, traços e outros sinais) para certos tipos de códigos e<<strong>br</strong> />

numerações, <strong>com</strong>o exemplificado acima.<<strong>br</strong> />

h. Os números das leis (na primeira menção, <strong>com</strong> ou sem a<<strong>br</strong> />

a<strong>br</strong>eviação n. e o mês por extenso; nas menções seguintes,<<strong>br</strong> />

a<strong>br</strong>evia-se <strong>com</strong>o exemplificado):<<strong>br</strong> />

A redação do texto legal deve seguir as normas estabelecidas<<strong>br</strong> />

pela Lei Complementar (n.) 95, de 26 de fevereiro de 1998. [...]<<strong>br</strong> />

Segundo o art. 3º da Lei Complementar (n.) 95, de 1998 (LC 95,<<strong>br</strong> />

de 1998 / LC 95/98), a lei deve apresentar três partes básicas.<<strong>br</strong> />

Observação: A bem da uniformidade, evite-se empregar<<strong>br</strong> />

diferentes formas de referência a<strong>br</strong>eviada num mesmo texto.50<<strong>br</strong> />

7.2.1.3 Em algarismos e por extenso (forma mista)<<strong>br</strong> />

a. Números redondos de 2 mil em diante:<<strong>br</strong> />

Foram assentados 2 mil sem-terra.<<strong>br</strong> />

A população do Estado subiu para 32 milhões de<<strong>br</strong> />

habitantes.<<strong>br</strong> />

50 Como nos atuais processadores de texto não está facilmente disponível o o<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>escrito <strong>com</strong> ponto, vem-se consagrando a a<strong>br</strong>eviatura n. em substituição a<<strong>br</strong> />

nº.


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

A população mundial está perto dos 7 bilhões.<<strong>br</strong> />

Observação: Para indicar aproximação, deve-se usar apenas<<strong>br</strong> />

número redondo: Cerca de 2 mil servidores entraram na Justiça<<strong>br</strong> />

contra a medida (não: *Cerca de 1.980 servidores...).<<strong>br</strong> />

b. Quando o número, de milhar em diante, tiver uma casa<<strong>br</strong> />

decimal depois da vírgula:<<strong>br</strong> />

Cerca de 1,3 bilhão de pessoas vivem em miséria absoluta<<strong>br</strong> />

no mundo.<<strong>br</strong> />

Foram atendidos pelo programa 2,4 milhões de pessoas.<<strong>br</strong> />

Observação: Números de 1,1 a 1,9 exigem a palavra milhão,<<strong>br</strong> />

bilhão, trilhão no singular: 1,1 milhão de pessoas; 1,4 bilhão de<<strong>br</strong> />

dólares; 1,9 trilhão de reais. Já o verbo deve ser empregado no<<strong>br</strong> />

plural: Em 2002, 1,1 milhão de pessoas foram atendidas pelo<<strong>br</strong> />

programa; Foram gastos 1,9 milhão de reais na o<strong>br</strong>a.<<strong>br</strong> />

c. Na indicação de valores monetários redondos ou<<strong>br</strong> />

aproximados (pode-se designar a moeda por extenso ou <strong>com</strong> o<<strong>br</strong> />

símbolo correspondente, <strong>com</strong> espaço entre este e o número): 20<<strong>br</strong> />

mil reais ou R$ 20 mil; 2,7 milhões de reais ou R$ 2,7 milhões;<<strong>br</strong> />

1,250 bilhão de dólares ou US$ 1,250 bilhão; 132.000 euros ou<<strong>br</strong> />

€ 132 mil.<<strong>br</strong> />

Observação: Moedas pouco conhecidas devem ter o seu nome<<strong>br</strong> />

referenciado por extenso na primeira menção, podendo-se, a partir<<strong>br</strong> />

de então, usar o símbolo respectivo.<<strong>br</strong> />

7.2.1.4 Em algarismos romanos<<strong>br</strong> />

a. Na designação de séculos, dinastias, papas, reis,<<strong>br</strong> />

imperadores (e assemelhados), grandes divisões das Forças<<strong>br</strong> />

Armadas, acontecimentos repetidos periodicamente: século III,<<strong>br</strong> />

século XX, os faraós da IV dinastia, João XXIII, João Paulo II, D.<<strong>br</strong> />

João VI, D. Pedro I, D. Pedro II, I Exército, II Distrito Naval, VI<<strong>br</strong> />

Comar, II Bienal de São Paulo, XII Copa do Mundo.<<strong>br</strong> />

Observação: Nos casos acima, os algarismos, quando pospostos<<strong>br</strong> />

ao nome, são lidos <strong>com</strong>o ordinais do primeiro ao décimo e <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

cardinais de 11 em diante: D. Pedro I (= primeiro), D. João VI (=<<strong>br</strong> />

sexto), Pio XI (= onze), João XXIII (= vinte e três). Quando


214 CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

antepostos ao nome, são lidos sempre <strong>com</strong>o ordinais: III século (=<<strong>br</strong> />

terceiro), IV dinastia (= quarta), VI Comar (= sexto), XII Copa do<<strong>br</strong> />

Mundo (= décima segunda).<<strong>br</strong> />

b. Quando o intitulativo for conhecido ou registrado <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

romanos: Clube XV de Piracicaba, Centro Acadêmico XI de<<strong>br</strong> />

Agosto.<<strong>br</strong> />

7.2.2 NÚMEROS EM TEXTOS LEGAIS E ADMINISTRATIVOS<<strong>br</strong> />

a. Nos textos legais e documentos administrativos que<<strong>br</strong> />

demandem segurança especial, valores monetários, porcentagens<<strong>br</strong> />

e demais quantitativos devem ser escritos duplamente, em<<strong>br</strong> />

algarismos e por extenso entre parênteses:51<<strong>br</strong> />

Fica aprovado o crédito de R$ 1.000.000,00 (um milhão de<<strong>br</strong> />

reais).<<strong>br</strong> />

Art. 1º Esta Lei estima a receita da União para o exercício<<strong>br</strong> />

financeiro de 2004, no montante de R$ 1.502.129.012.295,00<<strong>br</strong> />

(um trilhão, quinhentos e dois bilhões, cento e vinte e nove<<strong>br</strong> />

milhões, doze mil e duzentos e noventa e cinco reais), e [...].<<strong>br</strong> />

(Lei 1.837, de 16.1.04)<<strong>br</strong> />

A licitação foi ganha pela referida <strong>com</strong>panhia <strong>com</strong> o valor<<strong>br</strong> />

de R$ 2.354.456,32 (dois milhões, trezentos e cinqüenta e<<strong>br</strong> />

quatro mil, quatrocentos e cinqüenta e seis reais e trinta e dois<<strong>br</strong> />

centavos).<<strong>br</strong> />

A empresa <strong>com</strong> cem ou mais empregados está o<strong>br</strong>igada a<<strong>br</strong> />

preencher de 2% (dois por cento) a 5% (cinco por cento)<<strong>br</strong> />

dos seus cargos <strong>com</strong> pessoas portadoras de deficiência.<<strong>br</strong> />

Ficam desapropriados 2.350 ha (dois mil trezentos e<<strong>br</strong> />

cinqüenta hectares) da Fazenda X para fins de reforma agrária.<<strong>br</strong> />

Esta licitação refere-se à <strong>com</strong>pra de 235 (duzentas e trinta e<<strong>br</strong> />

cinco) impressoras e 128 (cento e vinte e oito) monitores.<<strong>br</strong> />

b. Na numeração dos dispositivos dos textos legais, usamse<<strong>br</strong> />

algarismos ordinais do primeiro ao nono artigo e parágrafo (no<<strong>br</strong> />

caso de um único parágrafo, usa-se apenas a expressão ―Parágrafo<<strong>br</strong> />

Nos textos legais, conforme já referido (item 3.2.1.2), a praxe vem<<strong>br</strong> />

consagrando a grafia dupla dos números que indicam quantitativos, valores<<strong>br</strong> />

monetários e percentuais.


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

único.‖) e cardinais de 10 em diante (os itens, desdo<strong>br</strong>amentos de<<strong>br</strong> />

alíneas, são grafados <strong>com</strong> cardinais inclusive de 1 a 9): Art. 1º,<<strong>br</strong> />

Art. 2º, Art. 9º, Art. 10, Art. 11; § 1º, § 2º, § 9º, § 10, § 11.52<<strong>br</strong> />

7.2.3 GRAFIA <strong>DE</strong> DATAS<<strong>br</strong> />

a. No texto corrente, as datas e os anos devem ser escritos<<strong>br</strong> />

de forma plena; o primeiro dia do mês é designado <strong>com</strong> ordinal:<<strong>br</strong> />

O Brasil proclamou a independência em 7 de setem<strong>br</strong>o de<<strong>br</strong> />

1822.<<strong>br</strong> />

Entre 1986 e 1988, o Congresso elaborou a atual<<strong>br</strong> />

Constituição <strong>br</strong>asileira, assinada em 8 de outu<strong>br</strong>o de 1988.<<strong>br</strong> />

O Brasil foi campeão mundial de futebol em 1958, 1962,<<strong>br</strong> />

1970, 1994 e 2002.<<strong>br</strong> />

O documento foi assinado em 1º de a<strong>br</strong>il de 2004.<<strong>br</strong> />

Observações<<strong>br</strong> />

1. São admitidas certas grafias sintéticas consagradas, <strong>com</strong>o:<<strong>br</strong> />

Opala 84/85, Safra 97, Lei 10.675/03, Portaria 102/98.<<strong>br</strong> />

2. Nos textos correntes em que for cabível o uso a<strong>br</strong>eviado da<<strong>br</strong> />

data, não se deve pôr zero à esquerda do número (salvo quando<<strong>br</strong> />

referente ao ano) nem usar o símbolo de ordinal: 1/6/04, 8/10/88<<strong>br</strong> />

(não: 01º/06/04, 08/10/88). Re<strong>com</strong>enda-se ainda, para um uso<<strong>br</strong> />

padronizado, apenas o emprego de barra: 1/6/04 (não: 1.6.04 ou 16-<<strong>br</strong> />

04).<<strong>br</strong> />

b. Datas que se tornaram efemérides são escritas por<<strong>br</strong> />

extenso: o Sete de Setem<strong>br</strong>o, o Quinze de Novem<strong>br</strong>o, o Dois de<<strong>br</strong> />

Julho. Mas (dia 1º): o 1º de Janeiro, o 1º de Maio.<<strong>br</strong> />

c. As décadas devem ser mencionadas sem a referência ao<<strong>br</strong> />

século (salvo quando houver possibilidade de confusão);<<strong>br</strong> />

admitindo-se a expressão anos XY:<<strong>br</strong> />

O ―milagre econômico‖ da década de 70 caracterizou-se...<<strong>br</strong> />

Os anos 20 foram fortemente influenciados pela Semana de<<strong>br</strong> />

Arte Moderna de 1922.<<strong>br</strong> />

52 A grafia dos dispositivos dos textos legais é explicada <strong>com</strong> detalhes em 3.2.2.


216 CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

Na década de 1850, o Rio de Janeiro vivia...<<strong>br</strong> />

7.2.4 GRAFIA <strong>DE</strong> HORAS<<strong>br</strong> />

As horas serão grafadas segundo o que segue:<<strong>br</strong> />

a. O símbolo de horas é h, o de minutos é min e o de<<strong>br</strong> />

segundos é s, sem ponto nem s indicativo de plural, sem espaço<<strong>br</strong> />

entre o número e o símbolo.<<strong>br</strong> />

b. Na menção de horas apenas, não se usa o símbolo, mas<<strong>br</strong> />

a palavra hora(s), por extenso.<<strong>br</strong> />

c. Na menção de horas e minutos, usa-se o símbolo de<<strong>br</strong> />

horas mas não o de minutos.<<strong>br</strong> />

d. Na menção de horas, minutos e segundos, usam-se os<<strong>br</strong> />

símbolos de horas e minutos, mas não o de segundos.<<strong>br</strong> />

Exemplos<<strong>br</strong> />

A reunião será realizada às 14 horas.<<strong>br</strong> />

A Ordem do Dia iniciou às 16h32.<<strong>br</strong> />

O eclipse está previsto para as 7h23min40.<<strong>br</strong> />

Observações<<strong>br</strong> />

1. Quando a referência for a período de tempo e não a hora, não<<strong>br</strong> />

se usa o símbolo, mas as palavras hora(s), minuto(s), segundo(s), por<<strong>br</strong> />

extenso, seguindo-se as regras de 7.2.1.1 e 7.2.1.2 para a grafia dos<<strong>br</strong> />

números:<<strong>br</strong> />

A reunião se estendeu por quatro horas e vinte minutos.<<strong>br</strong> />

A viagem dura dezoito horas.<<strong>br</strong> />

As inscrições encerrarão em 24 horas.<<strong>br</strong> />

O terremoto <strong>com</strong>eçou às 10h35min22 e durou 43<<strong>br</strong> />

segundos.<<strong>br</strong> />

2. Na linguagem formal devem-se seguir as instruções acima,<<strong>br</strong> />

mesmo que a leitura não corresponda exatamente à grafia:<<strong>br</strong> />

A sessão terminou às 12h30. (na leitura: às doze horas e<<strong>br</strong> />

trinta minutos; às doze e trinta; ao meio dia e meia)


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong> 217<<strong>br</strong> />

3. As regras acima não se aplicam quando, em linguagem<<strong>br</strong> />

estritamente técnica, não corresponderem à praxe ou a instruções<<strong>br</strong> />

específicas.<<strong>br</strong> />

7.2.5 PARTICULARIDA<strong>DE</strong>S DA GRAFIA E LEITURA DOS NÚMEROS<<strong>br</strong> />

a. As centenas se separam por ponto, exceto em anos e<<strong>br</strong> />

endereços:53 1.234.567.890; 1822; 2003; Av. Brasil, 1240, ap.<<strong>br</strong> />

1402, Caixa postal 23683, CEP 70160-900.<<strong>br</strong> />

b. Quando o quantitativo está expresso de forma sintética,<<strong>br</strong> />

usa-se a vírgula para separar casas: 2,7 milhões de reais (não: 2.7<<strong>br</strong> />

milhões); 1,250 bilhão de dólares (não: 1.250 bilhão).<<strong>br</strong> />

c. Não se deve pôr zero antes dos números de um único<<strong>br</strong> />

algarismo: 1/5/04 (não: 01/05/04), R$ 7 mil (não: R$ 07 mil).<<strong>br</strong> />

Observação: Fazem exceção formulários e casos de uso técnico<<strong>br</strong> />

estabelecido e os já consagrados pelo uso, <strong>com</strong>o, por exemplo,<<strong>br</strong> />

resultados de loteria (ex.: 02-05-08-32-46-49) e numeração de<<strong>br</strong> />

processos e assemelhados (ex.: fls. 01 a 09).<<strong>br</strong> />

d. Devem-se repetir as ordens de grandeza, mesmo quando<<strong>br</strong> />

na leitura a primeira delas é <strong>com</strong>umente omitida:<<strong>br</strong> />

Compareceram à convenção entre 4 mil e 5 mil pessoas.<<strong>br</strong> />

(na leitura <strong>com</strong>um: entre quatro e cinco mil pessoas)<<strong>br</strong> />

O Município tem de 100 mil a 120 mil habitantes. (na<<strong>br</strong> />

leitura <strong>com</strong>um: de cem a cento e vinte mil habitantes)<<strong>br</strong> />

A inflação ficará entre 2% e 3,5%. (na leitura <strong>com</strong>um: entre<<strong>br</strong> />

dois e três e meio por cento)<<strong>br</strong> />

e. Os números 1 e 2 e as centenas a partir de 200 variam<<strong>br</strong> />

em gênero, o que exige atenção na hora de ler ou escrevê-los por<<strong>br</strong> />

extenso: 200.352 UFIRs = duzentas mil trezentas e cinqüenta e<<strong>br</strong> />

duas UFIRs; 435.891 ações preferenciais = quatrocentas e trinta<<strong>br</strong> />

e cinco mil oitocentas e noventa e uma ações preferenciais.<<strong>br</strong> />

Para o uso técnico, ver item 3.4 da Resolução n. 12, de 12/10/88, do<<strong>br</strong> />

Conselho de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Conmetro),<<strong>br</strong> />

disponível em http://www.inmetro.gov.<strong>br</strong>/resc/pdf/RESC000114.pdf.


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

f. Devem-se observar as seguintes regras na escrita dos<<strong>br</strong> />

numerais por extenso:<<strong>br</strong> />

• usa-se e entre as centenas, as dezenas e as unidades: 128 =<<strong>br</strong> />

cento e vinte e oito; 341 = trezentos e quarenta e um;<<strong>br</strong> />

• só se usa e entre o milhar e as centenas quando o número<<strong>br</strong> />

terminar <strong>com</strong> uma centena <strong>com</strong> 00 (caso contrário, não se usa<<strong>br</strong> />

e nem vírgula): 2.100 = dois mil e cem; 2.101 = dois mil<<strong>br</strong> />

cento e um; 300.100 = trezentos mil e cem; 300.101 =<<strong>br</strong> />

trezentos mil cento e um;<<strong>br</strong> />

• usa-se e entre o milhar e a dezena e entre o milhar e a<<strong>br</strong> />

unidade: 1.021 = mil e vinte e um; 1.001 = mil e um;<<strong>br</strong> />

• nos números muito grandes, não se usa e entre os mem<strong>br</strong>os da<<strong>br</strong> />

mesma ordem de unidades, isto é, os grupos de três<<strong>br</strong> />

algarismos, separando-os por vírgula: 123.456.789.123 =<<strong>br</strong> />

cento e vinte e três bilhões, quatrocentos e cinqüenta e seis<<strong>br</strong> />

milhões, setecentos e oitenta e nove mil, cento e vinte e três.<<strong>br</strong> />

g. Concordância: milhão, bilhão, trilhão, etc., e milhar são<<strong>br</strong> />

masculinos, enquanto o numeral que se junta a mil concorda <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

o referente:<<strong>br</strong> />

Entre os dois milhões (Entre os milhares / Entre os milhões)<<strong>br</strong> />

de eleitoras, poucas votaram em mulheres.<<strong>br</strong> />

Entre os dois mil eleitores... ; Entre as duas mil eleitoras...<<strong>br</strong> />

h. Não se deve iniciar período <strong>com</strong> números, exceto em<<strong>br</strong> />

casos inevitáveis:<<strong>br</strong> />

2001 – Uma odisséia no espaço é a o<strong>br</strong>a-prima de Stanley<<strong>br</strong> />

Ku<strong>br</strong>ick.<<strong>br</strong> />

O ano de 1985 foi marcante para a história da democracia<<strong>br</strong> />

<strong>br</strong>asileira. (não: 1985 foi um ano...)<<strong>br</strong> />

Receberam o benefício 22,4% dos aposentados. (não:<<strong>br</strong> />

22,4% dos aposentados...)


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

7.2.6 TABELA COMPARATIVA <strong>DE</strong> NÚMEROS<<strong>br</strong> />

Cardinais Ordinais Multiplicativos Fracionários<<strong>br</strong> />

I 1 um primeiro --<<strong>br</strong> />

II 2 dois segundo duplo, do<strong>br</strong>o,<<strong>br</strong> />

dúplice<<strong>br</strong> />

meio, metade<<strong>br</strong> />

III 3 três terceiro triplo, tríplice terço<<strong>br</strong> />

IV 4 quatro quarto quádruplo quarto<<strong>br</strong> />

V 5 cinco quinto quíntuplo quinto<<strong>br</strong> />

VI 6 seis sexto sêxtuplo sexto<<strong>br</strong> />

VII 7 sete sétimo séptuplo sétimo<<strong>br</strong> />

VIII 8 oito oitavo óctuplo oitavo<<strong>br</strong> />

IX 9 nove nono nônuplo nono<<strong>br</strong> />

X 10 dez décimo décuplo décimo<<strong>br</strong> />

XI 11 onze undécimo, décimo<<strong>br</strong> />

primeiro<<strong>br</strong> />

undécuplo undécimo, onze<<strong>br</strong> />

avos<<strong>br</strong> />

XII 12 doze duodécimo, décimo<<strong>br</strong> />

segundo<<strong>br</strong> />

duodécuplo duodécimo, doze<<strong>br</strong> />

avos<<strong>br</strong> />

XIII 13 treze décimo terceiro --<<strong>br</strong> />

XIV 14 catorze décimo quarto --<<strong>br</strong> />

XV 15 quinze décimo quinto --<<strong>br</strong> />

XVI 16 dezesseis décimo sexto --<<strong>br</strong> />

XVII 17 dezessete décimo sétimo --<<strong>br</strong> />

XVIII 18 dezoito décimo oitavo --<<strong>br</strong> />

XIX 19 dezenove décimo nono --<<strong>br</strong> />

XX 20 vinte vigésimo vinteno<<strong>br</strong> />

XXI 21 vinte e um vigésimo primeiro --<<strong>br</strong> />

XXX 30 trinta trigésimo -trintena<<strong>br</strong> />

XL 40 quarenta quadragésimo -quadragésimo<<strong>br</strong> />

L 50 cinqüenta qüinquagésimo -qüinquagésimo<<strong>br</strong> />

LX 60 sessenta sexagésimo -sexagésimo<<strong>br</strong> />

LXX 70 setenta septuagésimo -septuagésimo<<strong>br</strong> />

LXXX 80 oitenta octogésimo -octogésimo<<strong>br</strong> />

XC 90 noventa nonagésimo -nonagésimo<<strong>br</strong> />

C 100 cem centésimo cêntuplo centésimo<<strong>br</strong> />

CC 200 duzentos ducentésimo -ducentésimo<<strong>br</strong> />

CCC 300 trezentos trecentésimo -trecentésimo<<strong>br</strong> />

CD 400 quatrocentos quadringentésimo -quadringentésimo<<strong>br</strong> />

D 500 quinhentos qüingentésimo -qüingentésimo<<strong>br</strong> />

DC 600 seiscentos sexcentésimo -sexcentésimo


DCC 700 setecentos setingentésimo -setingentésimo<<strong>br</strong> />

DCCC 800 oitocentos octingentésimo -oitocentésimo<<strong>br</strong> />

CM 900 novecentos nongentésimo -noningentésimo<<strong>br</strong> />

M 1.000 mil milésimo -milésimo


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

7.3 SIGLAS<<strong>br</strong> />

As siglas devem ser grafadas conforme as regras aqui<<strong>br</strong> />

apresentadas, observando-se as seguintes re<strong>com</strong>endações:<<strong>br</strong> />

• Salvo nos casos em que a sigla é bastante vulgarizada, ou seja,<<strong>br</strong> />

quando a instituição a que ela se refere é mais conhecida pela<<strong>br</strong> />

própria sigla do que pelo nome <strong>com</strong>pleto (Petro<strong>br</strong>as, SBT,<<strong>br</strong> />

etc.), o nome da instituição deve ser escrito por extenso, antes<<strong>br</strong> />

da sigla (que deve vir a seguir, entre parênteses), na primeira<<strong>br</strong> />

menção, usando-se apenas a sigla nas menções seguintes54:<<strong>br</strong> />

O Mercado Comum e Comunidade do Caribe (Cari<strong>com</strong>) é<<strong>br</strong> />

um bloco de cooperação econômica e política, criado em<<strong>br</strong> />

1973, formado por catorze países e quatro territórios da região<<strong>br</strong> />

caribenha. Em 1998, Cuba foi admitida <strong>com</strong>o observadora do<<strong>br</strong> />

Cari<strong>com</strong>.<<strong>br</strong> />

Observações<<strong>br</strong> />

1. No caso de a sigla não se referir a uma instituição, só se<<strong>br</strong> />

escreverá o seu significado por extenso se o contexto o exigir:<<strong>br</strong> />

O imposto foi estabelecido em 500 Ufirs.<<strong>br</strong> />

A Aids (do inglês Acquired Immunodeficiency Syndrome) é<<strong>br</strong> />

conhecida em Portugal <strong>com</strong>o Sida (de Síndrome de<<strong>br</strong> />

Imunodeficiência Adquirida).<<strong>br</strong> />

2. Não se usam aspas nem pontos de separação entre as letras<<strong>br</strong> />

que formam a sigla.<<strong>br</strong> />

3. Com sigla empregada no plural, admite-se o uso de s<<strong>br</strong> />

(minúsculo) de plural, sem apóstrofo: os TREs (Tribunais Regionais<<strong>br</strong> />

Eleitorais), 300 UPCs, 850 Ufirs (não: *TRE‘s, *Ufir‘s).<<strong>br</strong> />

Esta regra não se aplica a sigla terminada <strong>com</strong> a letra s, caso em que<<strong>br</strong> />

o plural é definido pelo artigo: os DVS (Destaques para Votação em<<strong>br</strong> />

Separado).<<strong>br</strong> />

54 O mesmo deve ser observado na redação do texto de lei, <strong>com</strong>o referido em<<strong>br</strong> />

3.2.1.2 (LC 95/98, art. 11, II, e).


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

Regras para o emprego de maiúsculas e minúsculas:<<strong>br</strong> />

a. Siglas formadas por até três letras são grafadas <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

maiúsculas: ONU, PIS, OMC.<<strong>br</strong> />

b. Siglas formadas por quatro ou mais letras, cuja leitura<<strong>br</strong> />

seja feita letra por letra, são grafadas <strong>com</strong> maiúsculas: PMDB,<<strong>br</strong> />

INPC, INSS.<<strong>br</strong> />

c. Siglas formadas por quatro ou mais letras, que formem<<strong>br</strong> />

palavra pronunciável, são grafadas <strong>com</strong>o nome próprio (apenas a<<strong>br</strong> />

primeira letra é maiúscula): Otan, Unesco, Inamps, Petro<strong>br</strong>as.<<strong>br</strong> />

d. Siglas em que haja leitura mista (parte é pronunciada<<strong>br</strong> />

pela letra e parte <strong>com</strong>o palavra) são grafadas <strong>com</strong> todas as letras<<strong>br</strong> />

em maiúsculas: DNIT (Departamento Nacional de Infra-Estrutura<<strong>br</strong> />

de Transportes), MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria<<strong>br</strong> />

e Comércio Exterior), DPVAT (Danos Pessoais Causados por<<strong>br</strong> />

Veículos Automotores de Via Terrestre), HRAN (Hospital Regional<<strong>br</strong> />

da Asa Norte).<<strong>br</strong> />

Observações<<strong>br</strong> />

1. No caso de siglas consagradas que fogem às regras acima,<<strong>br</strong> />

deve-se obedecer à sua grafia própria: CNPq (Conselho Nacional de<<strong>br</strong> />

Pesquisas), MinC (Ministério da Cultura), SESu (Secretaria de<<strong>br</strong> />

Educação Superior do Ministério da Educação), UnB (Universidade<<strong>br</strong> />

de Brasília), UFSCar (Universidade Federal de São Carlos).<<strong>br</strong> />

2. Siglas que não mais correspondam <strong>com</strong> exatidão ao nome por<<strong>br</strong> />

extenso também devem ser acatadas, se forem as siglas usadas<<strong>br</strong> />

oficialmente: Em<strong>br</strong>atur (Instituto Brasileiro de Turismo), MDS<<strong>br</strong> />

(Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome), MEC<<strong>br</strong> />

(Ministério da Educação).


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

CAPÍTULO III<<strong>br</strong> />

DOCUMENTOS ADMINISTRATIVOS


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

8 DOCUMENTOS ADMINISTRATIVOS55<<strong>br</strong> />

8.1 ORIENTAÇÕES GERAIS<<strong>br</strong> />

8.1.1 ASSINATURAS<<strong>br</strong> />

A assinatura é a garantia de validade dos documentos e por<<strong>br</strong> />

isso requer legitimidade. Em documento administrativo, o<<strong>br</strong> />

servidor deve indicar o nome e a qualificação funcional abaixo da<<strong>br</strong> />

assinatura. Caso esteja assinando <strong>com</strong>o representante de órgão da<<strong>br</strong> />

administração ou de deputado, o servidor deverá identificar um<<strong>br</strong> />

ou outro e evidenciar a sua qualificação.56 Cuidado especial deve<<strong>br</strong> />

ser dedicado às cópias, pois sem assinatura elas perdem o valor<<strong>br</strong> />

legal.<<strong>br</strong> />

Observe-se que não se deve deixar a assinatura em página<<strong>br</strong> />

isolada do expediente. Nesse caso, aconselha-se a transferência<<strong>br</strong> />

para a página seguinte de parte do texto juntamente <strong>com</strong> o fecho<<strong>br</strong> />

e a assinatura.<<strong>br</strong> />

A assinatura e a data vêm sempre centralizadas.<<strong>br</strong> />

8.1.2 CABEÇALHOS<<strong>br</strong> />

Ao lado das Armas Nacionais, deverá constar, nos<<strong>br</strong> />

documentos emitidos por órgão oficial da Câmara dos Deputados,<<strong>br</strong> />

o seguinte cabeçalho:<<strong>br</strong> />

CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS (Arial 12)<<strong>br</strong> />

ÓRGÃO PRINCIPAL (Arial 11)<<strong>br</strong> />

Órgão Secundário (Arial 11)<<strong>br</strong> />

55 Padrões, modelos e exemplos de documentos legislativos encontram-se em<<strong>br</strong> />

publicação específica (Manual de elaboração legislativa) editada pela Câmara<<strong>br</strong> />

dos Deputados.<<strong>br</strong> />

56 Cf. Instrução 1/79, da DG (Anexo 2).


226 CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

8.1.3 CIRCULAR<<strong>br</strong> />

O termo aplica-se aos documentos para vários destinatários,<<strong>br</strong> />

gerando ou não numeração específica, segundo a necessidade da<<strong>br</strong> />

unidade emitente. Assim, usar-se-ão as expressões ―Memorando<<strong>br</strong> />

Circular‖, ―Ofício Circular‖, etc. na identificação: Mem. Circular<<strong>br</strong> />

n. ..../..../Sigla; Of. Circular n. ..../..../Sigla.<<strong>br</strong> />

8.1.4 DIAGRAMAÇÃO – PADRÃO BÁSICO57<<strong>br</strong> />

1. Tamanho do papel: A4 (29,7 cm x 21,0 cm).<<strong>br</strong> />

2. Fonte: Arial 12 no texto em geral, 11 nas citações e nas<<strong>br</strong> />

ementas da Ordem de Serviço, do Parecer e da Portaria, e 10 nas<<strong>br</strong> />

notas de rodapé.<<strong>br</strong> />

3. Nos casos de símbolos inexistentes na fonte Arial,<<strong>br</strong> />

utilizam-se as fontes Symbol e Wingdings.<<strong>br</strong> />

4. Numeração das páginas: o<strong>br</strong>igatória a partir da segunda.<<strong>br</strong> />

5. Numeração dos parágrafos: todos numerados, <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

exceção do primeiro e do fecho.<<strong>br</strong> />

6. Espaçamento entre linhas: simples e de 6 pontos após<<strong>br</strong> />

cada parágrafo.<<strong>br</strong> />

7. Margem lateral esquerda: no mínimo, 3,0 cm de largura.<<strong>br</strong> />

8. Margem lateral direita: 1,5 cm.<<strong>br</strong> />

9. Margens superior e inferior: 2 cm.<<strong>br</strong> />

10. Alínea dos parágrafos: 2,0 cm.<<strong>br</strong> />

11. Na correspondência oficial, a impressão pode ocorrer<<strong>br</strong> />

em ambas as faces do papel. Nesse caso, as margens esquerda e<<strong>br</strong> />

direita terão as distâncias invertidas nas páginas pares (―margem<<strong>br</strong> />

espelho‖).<<strong>br</strong> />

Nos modelos e exemplos apresentados no item 8.3, por questões de<<strong>br</strong> />

editoração, foi mantida a diagramação padrão básico, <strong>com</strong> exceção das<<strong>br</strong> />

margens.


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

12. Os textos devem ser impressos na cor preta em papel<<strong>br</strong> />

<strong>br</strong>anco, reservando-se, se necessário, a impressão colorida para<<strong>br</strong> />

gráficos e ilustrações.<<strong>br</strong> />

8.1.5 FECHO<<strong>br</strong> />

1. Para autoridades superiores: ―Respeitosamente,‖;<<strong>br</strong> />

2. Para autoridades da mesma hierarquia ou de hierarquia<<strong>br</strong> />

inferior: ―Atenciosamente,‖.<<strong>br</strong> />

Observação: Os fechos para as cartas particulares ficam a critério<<strong>br</strong> />

do remetente, não demandando modelo específico; sugere-se,<<strong>br</strong> />

contudo, o uso de ―Cordialmente,‖ para fecho sucinto de<<strong>br</strong> />

correspondência informal.<<strong>br</strong> />

8.1.6 FORMULÁRIOS<<strong>br</strong> />

Devem ser mantidos os formulários já existentes, elaborados<<strong>br</strong> />

para assuntos rotineiros. Nada impede, também, que os órgãos da<<strong>br</strong> />

Câmara dos Deputados criem formulários próprios para rotinas<<strong>br</strong> />

específicas, à medida do necessário; neste caso o órgão terá o<<strong>br</strong> />

cuidado, antes, de verificar se já não existe formulário que<<strong>br</strong> />

responda à necessidade, a fim de evitar a criação desnecessária de<<strong>br</strong> />

formulário. O memorando e os outros expedientes adequados<<strong>br</strong> />

servirão, portanto, para as <strong>com</strong>unicações que não se enquadrem<<strong>br</strong> />

dentro da rotina dos formulários.<<strong>br</strong> />

8.1.7 LOGOMARCAS<<strong>br</strong> />

O uso de logomarca dos órgãos da Câmara dos Deputados<<strong>br</strong> />

deve ser evitado na correspondência oficial, para não se so<strong>br</strong>epor<<strong>br</strong> />

às Armas Nacionais. Em material de divulgação e assemelhados,<<strong>br</strong> />

não há impedimento para o emprego de logomarcas.


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

8.1.8 SIGLAS<<strong>br</strong> />

As siglas devem ser usadas segundo os critérios expostos em<<strong>br</strong> />

7.3. Na primeira menção, deve-se grafar o nome do órgão por<<strong>br</strong> />

extenso <strong>com</strong> a respectiva sigla entre parênteses, e, a partir de<<strong>br</strong> />

então, fazer referência apenas à sigla.


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

8.2 FORMAS <strong>DE</strong> TRATAMENTO58<<strong>br</strong> />

Destinatário Tratamento A<strong>br</strong>eviatura Vocativo Endereçamento<<strong>br</strong> />

· Presidente da CD<<strong>br</strong> />

· Presidente da República<<strong>br</strong> />

· Presidente do Senado<<strong>br</strong> />

· Presidente do STF<<strong>br</strong> />

Vossa Excelência Não se usa Excelentíssimo(a) Senhor(a) + cargo Ao(À)<<strong>br</strong> />

Excelentíssimo(a) Senhor(a)<<strong>br</strong> />

Nome<<strong>br</strong> />

Cargo<<strong>br</strong> />

Endereço<<strong>br</strong> />

· Advogado-Geral da União<<strong>br</strong> />

· Chefe de Estado-Maior<<strong>br</strong> />

· Chefe do Gabinete Civil da PR<<strong>br</strong> />

· Chefe do Gabinete Militar da PR<<strong>br</strong> />

· Deputado Distrital<<strong>br</strong> />

· Deputado Estadual<<strong>br</strong> />

· Deputado Federal<<strong>br</strong> />

· Desembargador<<strong>br</strong> />

· Embaixador<<strong>br</strong> />

· Governador de Estado<<strong>br</strong> />

· Governador do DF<<strong>br</strong> />

· Ministro de Estado<<strong>br</strong> />

· Ministro de Tribunal Superior<<strong>br</strong> />

· Oficial-General das Forças Armadas<<strong>br</strong> />

· Prefeito Municipal<<strong>br</strong> />

· Presidente da Câmara Distrital (DF)<<strong>br</strong> />

· Presidente de Assembléia Legislativa<<strong>br</strong> />

· Presidente de Câmara de Vereadores<<strong>br</strong> />

· Presidente de Tribunal<<strong>br</strong> />

· Procurador-Geral da República<<strong>br</strong> />

· Procurador-Geral de Estado<<strong>br</strong> />

· Procurador-Geral do DF<<strong>br</strong> />

· Secretário de Estado<<strong>br</strong> />

(Governos estaduais e do DF)<<strong>br</strong> />

· Secretário-Geral da PR<<strong>br</strong> />

· Senador<<strong>br</strong> />

· Vereador<<strong>br</strong> />

· Vice-Prefeito Municipal<<strong>br</strong> />

· Vice-Presidente da República<<strong>br</strong> />

Vossa Excelência V.Exa. Senhor(a) + cargo A Sua Excelência o(a) Senhor(a)<<strong>br</strong> />

Nome<<strong>br</strong> />

Cargo<<strong>br</strong> />

Endereço


58 Pela dificuldade que existe na maioria dos atuais processadores de texto de formatar<<strong>br</strong> />

fontes so<strong>br</strong>escritas em corpo menor <strong>com</strong> ponto ou barra embaixo, optou-se por padronizar<<strong>br</strong> />

as a<strong>br</strong>eviaturas das<<strong>br</strong> />

formas de tratamento sem o referido so<strong>br</strong>escrito, <strong>com</strong>o em Exa. Revma., etc.


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

Destinatário Tratamento A<strong>br</strong>eviatura Vocativo Endereçamento<<strong>br</strong> />

· Auditor da Justiça Vossa Excelência V.Exa. Meritíssimo(a) Senhor(a) + cargo Ao(À)<<strong>br</strong> />

Meritíssimo(a) Senhor(a)<<strong>br</strong> />

· Juiz Meritíssimo(a) + cargo Nome<<strong>br</strong> />

Senhor + cargo Juiz(a) d...<<strong>br</strong> />

Endereço<<strong>br</strong> />

· Autoridades em geral<<strong>br</strong> />

· Funcionários graduados<<strong>br</strong> />

· Oficiais das Forças Armadas<<strong>br</strong> />

(Coronel inclusive)<<strong>br</strong> />

· Particulares<<strong>br</strong> />

Vossa Senhoria V.Sa. Senhor(a) + cargo Ao(À) Senhor(a)<<strong>br</strong> />

Nome<<strong>br</strong> />

Cargo<<strong>br</strong> />

Endereço<<strong>br</strong> />

· Reitor de Universidade Vossa Magnificência<<strong>br</strong> />

ou<<strong>br</strong> />

V.Maga.<<strong>br</strong> />

ou<<strong>br</strong> />

Magnífico(a) Reitor(a)<<strong>br</strong> />

ou<<strong>br</strong> />

A Sua Magnificência o(a) Senhor(a)<<strong>br</strong> />

Nome<<strong>br</strong> />

Vossa Excelência V.Exa. Excelentíssimo(a) Senhor(a) Reitor(a) Magnífico(a) Reitor(a) da<<strong>br</strong> />

Universidade...<<strong>br</strong> />

Endereço<<strong>br</strong> />

· Imperador<<strong>br</strong> />

· Rei<<strong>br</strong> />

Vossa Majestade Não se usa Sua Majestade A Sua Majestade o(a) Rei(Rainha)<<strong>br</strong> />

Nome<<strong>br</strong> />

Endereço<<strong>br</strong> />

· Arquiduque<<strong>br</strong> />

· Duque<<strong>br</strong> />

· Príncipe<<strong>br</strong> />

Vossa Alteza Não se usa Sua Alteza A Sua Alteza o(a) Príncipe(Princesa)<<strong>br</strong> />

Nome<<strong>br</strong> />

Endereço<<strong>br</strong> />

· Papa Vossa Santidade V.S. Santíssimo Padre A Sua Santidade o Papa<<strong>br</strong> />

Nome<<strong>br</strong> />

Endereço<<strong>br</strong> />

· Cardeal Vossa Eminência Reverendíssima<<strong>br</strong> />

ou<<strong>br</strong> />

Vossa Eminência<<strong>br</strong> />

V.Ema. Revma.


ou<<strong>br</strong> />

V.Ema.<<strong>br</strong> />

Reverendíssimo<<strong>br</strong> />

ou<<strong>br</strong> />

Eminentíssimo e Reverendíssimo Senhor<<strong>br</strong> />

A Sua Eminência Reverendíssima<<strong>br</strong> />

Dom Nome<<strong>br</strong> />

Título<<strong>br</strong> />

Cardeal Endereço<<strong>br</strong> />

· Arcebispo<<strong>br</strong> />

· Bispo<<strong>br</strong> />

Vossa Excelência Reverendíssima V.Exa. Revma. Excelentíssimo ou Reverendíssimo<<strong>br</strong> />

Senhor<<strong>br</strong> />

(Título)<<strong>br</strong> />

A Sua Excelência Reverendíssima<<strong>br</strong> />

Dom Nome<<strong>br</strong> />

Título<<strong>br</strong> />

Endereço<<strong>br</strong> />

· Monsenhor<<strong>br</strong> />

· Cônego<<strong>br</strong> />

· Superior Religioso<<strong>br</strong> />

Vossa Reverendíssima<<strong>br</strong> />

ou<<strong>br</strong> />

Vossa Senhoria Reverendíssima<<strong>br</strong> />

V.Revma.<<strong>br</strong> />

ou<<strong>br</strong> />

V.Sa. Revma.<<strong>br</strong> />

Reverendíssimo Senhor (Título) A Sua Reverendíssima<<strong>br</strong> />

ou<<strong>br</strong> />

A Sua Eminência Reverendíssima<<strong>br</strong> />

Dom<<strong>br</strong> />

Endereço<<strong>br</strong> />

· Religiosos em geral Vossa Reverência V.Reva. Reverendo (Título) A Sua Reverência<<strong>br</strong> />

Título Nome<<strong>br</strong> />

Endereço


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

8.3 DOCUMENTOS59<<strong>br</strong> />

8.3.1 Apostila<<strong>br</strong> />

8.3.2 Ata<<strong>br</strong> />

8.3.3 Carta<<strong>br</strong> />

8.3.4 Declaração<<strong>br</strong> />

8.3.5 Despacho<<strong>br</strong> />

8.3.6 Memorando<<strong>br</strong> />

8.3.7 Ofício<<strong>br</strong> />

8.3.8 Ordem de Serviço<<strong>br</strong> />

8.3.9 Parecer<<strong>br</strong> />

8.3.10 Portaria<<strong>br</strong> />

8.3.11 Relatório<<strong>br</strong> />

8.3.12 Requerimento<<strong>br</strong> />

Neste item apresentam-se a definição do documento e sua estrutura,<<strong>br</strong> />

seguindo-se o modelo padrão e exemplos. Estes foram extraídos de<<strong>br</strong> />

documentos constantes dos arquivos da Câmara dos Deputados, alguns se<<strong>br</strong> />

apresentando em sua forma original, outros modificados, para se adequarem às<<strong>br</strong> />

normas deste Manual; em muitos usaram-se nomes fictícios para órgãos e<<strong>br</strong> />

titulares.


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

8.3.1 APOSTILA<<strong>br</strong> />

É o aditamento que se faz a um documento <strong>com</strong> o objetivo<<strong>br</strong> />

de efetuar retificação, atualização, esclarecimento ou fixar<<strong>br</strong> />

vantagens, evitando-se assim a expedição de um novo título ou<<strong>br</strong> />

documento.<<strong>br</strong> />

8.3.1.1 Estrutura<<strong>br</strong> />

1. Título: APOSTILA, centralizado.<<strong>br</strong> />

2. Texto: exposição sucinta da retificação, esclarecimento,<<strong>br</strong> />

atualização ou fixação da vantagem, <strong>com</strong> a menção, se for o caso,<<strong>br</strong> />

onde o documento foi publicado.<<strong>br</strong> />

3. Local e data.<<strong>br</strong> />

4. Assinatura: nome e função ou cargo da autoridade que<<strong>br</strong> />

constatou a necessidade de se efetuar a apostila.<<strong>br</strong> />

Observações<<strong>br</strong> />

1. Não deve receber numeração, sendo que, em caso de<<strong>br</strong> />

documento arquivado, a apostila deve ser feita abaixo dos textos ou<<strong>br</strong> />

no verso do documento.<<strong>br</strong> />

2. Em caso de publicação do ato administrativo originário, a<<strong>br</strong> />

apostila deve ser publicada <strong>com</strong> a menção expressa do ato, número,<<strong>br</strong> />

dia, página e no mesmo meio de <strong>com</strong>unicação oficial no qual o ato<<strong>br</strong> />

administrativo foi originalmente publicado, a fim de que se preserve<<strong>br</strong> />

a data de validade.


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

8.3.1.2 Modelo<<strong>br</strong> />

APOSTILA<<strong>br</strong> />

O (Função) .....................................................<<strong>br</strong> />

esclarece/declara que.........................................................<<strong>br</strong> />

Brasília, em .......................<<strong>br</strong> />

Nome<<strong>br</strong> />

Função ou Cargo


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

8.3.1.3 Exemplos<<strong>br</strong> />

APOSTILA<<strong>br</strong> />

A Diretora da Coordenação de Secretariado<<strong>br</strong> />

Parlamentar do Departamento de Pessoal declara que o<<strong>br</strong> />

servidor José da Silva, nomeado pela Portaria CD-CC-RQ001/<<strong>br</strong> />

2004, publicada no Suplemento ao Boletim<<strong>br</strong> />

Administrativo de 30 de março de 2004, teve sua situação<<strong>br</strong> />

funcional alterada, de Secretário Parlamentar Requisitado,<<strong>br</strong> />

ponto n. 123, para Secretário Parlamentar sem vínculo<<strong>br</strong> />

efetivo <strong>com</strong> o serviço público, ponto n. 105.123, a partir de<<strong>br</strong> />

1º de a<strong>br</strong>il de 2004, em face de decisão contida no<<strong>br</strong> />

Processo n. 25.001/2004.<<strong>br</strong> />

Brasília, em 26/5/2004.<<strong>br</strong> />

Maria da Silva<<strong>br</strong> />

Diretora


236 CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

8.3.2 ATA<<strong>br</strong> />

É o instrumento utilizado para o registro expositivo dos fatos<<strong>br</strong> />

e deliberações ocorridos em uma reunião, sessão ou assembléia.<<strong>br</strong> />

8.3.2.1 Estrutura<<strong>br</strong> />

1. Título – ATA. Em se tratando de atas elaboradas<<strong>br</strong> />

seqüencialmente, indicar o respectivo número da reunião ou<<strong>br</strong> />

sessão, em caixa alta.<<strong>br</strong> />

2. Texto, incluindo:<<strong>br</strong> />

a) Preâmbulo – registro da situação espacial e temporal e<<strong>br</strong> />

participantes;<<strong>br</strong> />

b) Registro dos assuntos abordados e de suas decisões, <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

indicação das personalidades envolvidas, se for o caso; e<<strong>br</strong> />

c) Fecho – termo de encerramento <strong>com</strong> indicação, se<<strong>br</strong> />

necessário, do redator, do horário de encerramento, de<<strong>br</strong> />

convocação de nova reunião, etc.<<strong>br</strong> />

Observações60<<strong>br</strong> />

1. A ata será assinada e/ou ru<strong>br</strong>icada por todos os presentes à<<strong>br</strong> />

reunião ou apenas pelo Presidente e Relator, dependendo das<<strong>br</strong> />

exigências regimentais do órgão.<<strong>br</strong> />

2. A fim de se evitarem rasuras nas atas manuscritas, deve-se, em<<strong>br</strong> />

caso de erro, utilizar o termo ―digo‖, seguida da informação correta<<strong>br</strong> />

a ser registrada. No caso de omissão de informações ou de erros<<strong>br</strong> />

constatados após a redação, usa-se a expressão ―Em tempo‖ ao final<<strong>br</strong> />

da ata, <strong>com</strong> o registro das informações corretas.<<strong>br</strong> />

Quanto às atas das sessões da Câmara, plenárias e <strong>com</strong>issões, ver o<<strong>br</strong> />

Regimento Interno, Seção XI, arts. 62 a 98.


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

8.3.2.2 Modelo<<strong>br</strong> />

CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

ÓRGÃO PRINCIPAL<<strong>br</strong> />

Órgão Secundário<<strong>br</strong> />

ATA DA REUNIÃO n. ..... /.....<<strong>br</strong> />

Aos ..... dias do mês de ....................... de<<strong>br</strong> />

............., [ou: às (horas) do dia (data)] no (local)<<strong>br</strong> />

........................., às ........ horas, reuniram-se os mem<strong>br</strong>os<<strong>br</strong> />

da ............................................... estando presentes:<<strong>br</strong> />

(indicar os presentes à reunião <strong>com</strong> os respectivos cargos<<strong>br</strong> />

ou funções): ....................................... O (indicar o<<strong>br</strong> />

Presidente da Reunião) ................................... apresentou<<strong>br</strong> />

...........................................................................<<strong>br</strong> />

Em seguida, o (indicar o responsável)................................<<strong>br</strong> />

.........................................................................................<<strong>br</strong> />

Nada mais havendo a tratar, o (indicar o Presidente da<<strong>br</strong> />

reunião) ................................................... declarou<<strong>br</strong> />

encerrada a reunião e ......................................................<<strong>br</strong> />

Presidente<<strong>br</strong> />

Relator


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

8.3.2.3 Exemplos<<strong>br</strong> />

CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

CENTRO <strong>DE</strong> DOCUMENTAÇÃO E INFORMAÇÃO<<strong>br</strong> />

Coordenação de Publicações<<strong>br</strong> />

ATA<<strong>br</strong> />

Às 10h15, do dia 24 de maio de 2004, na Sala de<<strong>br</strong> />

Reunião do Cedi, a Sra. Maria da Silva, Diretora da<<strong>br</strong> />

Coordenação, deu início aos trabalhos <strong>com</strong> a leitura da ata da<<strong>br</strong> />

reunião anterior, que foi aprovada, sem alterações. Em<<strong>br</strong> />

prosseguimento, apresentou a pauta da reunião, <strong>com</strong> a<<strong>br</strong> />

inclusão do item ―Projetos Concluídos‖, sendo aprovada sem o<<strong>br</strong> />

acréscimo de novos itens. Tomou a palavra o Sr. José da Silva,<<strong>br</strong> />

Chefe da Seção de Marketing, que apresentou um <strong>br</strong>eve relato<<strong>br</strong> />

das atividades desenvolvidas no trimestre, incluindo o<<strong>br</strong> />

lançamento dos novos produtos. Em seguida, o Sr. Mário dos<<strong>br</strong> />

Santos, Chefe da Tipografia, ressaltou que nos últimos meses<<strong>br</strong> />

os trabalhos enviados para publicação estavam de acordo <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

as normas estabelecidas, parabenizando a todos pelos<<strong>br</strong> />

resultados alcançados. Com relação aos projetos concluídos, a<<strong>br</strong> />

Diretora esclareceu que todos mantiveram-se dentro do<<strong>br</strong> />

cronograma de trabalho preestabelecido e que serão<<strong>br</strong> />

encaminhados à Gráfica na próxima semana. Às 11h45 a<<strong>br</strong> />

Diretora encerrou os trabalhos, antes convocando reunião para<<strong>br</strong> />

o dia 2 de junho, quarta-feira, às 10 horas, no mesmo local.<<strong>br</strong> />

Nada mais havendo a tratar, a reunião foi encerrada,


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

e eu, Ana de Souza, lavrei a presente ata que vai assinada por<<strong>br</strong> />

mim e pela Diretora.<<strong>br</strong> />

Diretora<<strong>br</strong> />

Secretária


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

<strong>DE</strong>PARTAMENTO <strong>DE</strong> COMISSÕES<<strong>br</strong> />

Comissão Permanente de Assuntos Estratégicos<<strong>br</strong> />

ATA DA 5ª REUNIÃO ORDINÁRIA <strong>DE</strong> 2004, DA<<strong>br</strong> />

COMISSÃO PERMANENTE <strong>DE</strong> ASSUNTOS<<strong>br</strong> />

ESTRATÉGICOS DA CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

Aos treze dias do mês de a<strong>br</strong>il de dois mil e<<strong>br</strong> />

quatro, às nove horas e quarenta e cinco minutos, no<<strong>br</strong> />

Plenário 2 da Câmara dos Deputados, Brasília, Distrito<<strong>br</strong> />

Federal, reuniram-se a Sra. Presidente Ana Maria da<<strong>br</strong> />

Silva, os Mem<strong>br</strong>os José Aroldo, Plínio da Silva, o Suplente<<strong>br</strong> />

João Pereira e o Mem<strong>br</strong>o ad hoc Caio dos Santos. Após<<strong>br</strong> />

lida e aprovada a ata da sessão anterior, foi apresentada a<<strong>br</strong> />

pauta. 1. Coube à Presidente proceder à leitura do estudo<<strong>br</strong> />

realizado pelos Mem<strong>br</strong>os da Comissão. Em votação, o<<strong>br</strong> />

estudo foi aprovado. 2. A Presidente concedeu a palavra<<strong>br</strong> />

aos Srs. José Aroldo e Plínio da silva, que discorreram<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>e o agendamento dos trabalhos para o próximo<<strong>br</strong> />

semestre, a curto, médio e longo prazo, o qual foi<<strong>br</strong> />

aprovado por unanimidade. 3. Ainda fazendo uso da<<strong>br</strong> />

palavra, o Sr. José Aroldo discorreu so<strong>br</strong>e os estudos<<strong>br</strong> />

orçamentários para a implantação do programa de<<strong>br</strong> />

inclusão digital, a ser iniciado no próximo trimestre. 4.<<strong>br</strong> />

Outros assuntos. O Sr. Plínio da Silva <strong>com</strong>unicou que, na<<strong>br</strong> />

próxima semana, estará a<strong>com</strong>panhando, por dez dias,<<strong>br</strong> />

uma <strong>com</strong>itiva, em missão oficial ao Japão. Às onze horas


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

e vinte e cinco minutos, a Sra. Presidente encerrou os<<strong>br</strong> />

trabalhos, antes convocando sessão para o próximo dia<<strong>br</strong> />

vinte e oito de a<strong>br</strong>il, no mesmo horário e local.<<strong>br</strong> />

Presidente<<strong>br</strong> />

Mem<strong>br</strong>o<<strong>br</strong> />

Mem<strong>br</strong>o<<strong>br</strong> />

Suplente<<strong>br</strong> />

Mem<strong>br</strong>o ad hoc


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

8.3.3 CARTA<<strong>br</strong> />

É a forma de correspondência emitida por particular, ou<<strong>br</strong> />

autoridade <strong>com</strong> objetivo particular, não se confundindo <strong>com</strong> o<<strong>br</strong> />

memorando (correspondência interna) ou o ofício<<strong>br</strong> />

(correspondência externa), nos quais a autoridade que assina<<strong>br</strong> />

expressa uma opinião ou dá uma informação não sua, mas, sim,<<strong>br</strong> />

do órgão pelo qual responde. Em grande parte dos casos da<<strong>br</strong> />

correspondência enviada por deputados, deve-se usar a carta, não<<strong>br</strong> />

o memorando ou ofício, por estar o parlamentar emitindo parecer,<<strong>br</strong> />

opinião ou informação de sua responsabilidade, e não<<strong>br</strong> />

especificamente da Câmara dos Deputados. O parlamentar deverá<<strong>br</strong> />

assinar memorando ou ofício apenas <strong>com</strong>o titular de função<<strong>br</strong> />

oficial específica (presidente de <strong>com</strong>issão ou mem<strong>br</strong>o da Mesa,<<strong>br</strong> />

por exemplo).<<strong>br</strong> />

8.3.3.1 Estrutura<<strong>br</strong> />

1. Local e data.<<strong>br</strong> />

2. Endereçamento, <strong>com</strong> forma de tratamento, destinatário,<<strong>br</strong> />

cargo e endereço.<<strong>br</strong> />

3. Vocativo.<<strong>br</strong> />

4. Texto.<<strong>br</strong> />

5. Fecho.<<strong>br</strong> />

6. Assinatura: nome e, quando necessário, função ou cargo.<<strong>br</strong> />

Observações<<strong>br</strong> />

1. Se o gabinete usar cartas <strong>com</strong> freqüência, poderá numerá-las.<<strong>br</strong> />

Nesse caso, a numeração poderá apoiar-se no padrão básico de<<strong>br</strong> />

diagramação.<<strong>br</strong> />

2. O fecho da carta segue, em geral, o padrão da<<strong>br</strong> />

correspondência oficial, mas outros fechos podem ser usados, a<<strong>br</strong> />

exemplo de ―Cordialmente‖, quando se deseja indicar relação de<<strong>br</strong> />

proximidade ou igualdade de posição entre os correspondentes.


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

8.3.3.2 Modelo<<strong>br</strong> />

CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

GABINETE DO <strong>DE</strong>PUTADO .............<<strong>br</strong> />

Brasília, .....de .........de 2004.<<strong>br</strong> />

Forma de Tratamento<<strong>br</strong> />

Nome<<strong>br</strong> />

Cargo<<strong>br</strong> />

Endereço<<strong>br</strong> />

Senhor(a) .....................................(cargo),<<strong>br</strong> />

................................................................................<<strong>br</strong> />

..............................................................................................<<strong>br</strong> />

..............................................................................................<<strong>br</strong> />

.............................................................................................<<strong>br</strong> />

...................................(fecho),<<strong>br</strong> />

Nome<<strong>br</strong> />

Função ou Cargo


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

8.3.3.3 Exemplos<<strong>br</strong> />

CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

GABINETE DA <strong>DE</strong>PUTADA MARIA DA SILVA<<strong>br</strong> />

Brasília, 4 de maio de 2004.<<strong>br</strong> />

Ao Senhor<<strong>br</strong> />

José Maria da Silva<<strong>br</strong> />

Rua Bulhões de Carvalho, 293, Copacabana<<strong>br</strong> />

20350-070 Rio de Janeiro - RJ<<strong>br</strong> />

Prezado Senhor,<<strong>br</strong> />

Em atenção à carta de V. Sa., informo que o processo de<<strong>br</strong> />

transferência de estudantes para as escolas técnicas federais é<<strong>br</strong> />

feito de forma pública, <strong>com</strong> normas estabelecidas em editais e<<strong>br</strong> />

divulgadas pelas instituições. Cabe ao candidato pleitear a vaga<<strong>br</strong> />

de acordo <strong>com</strong> os critérios estabelecidos.<<strong>br</strong> />

Contando <strong>com</strong> a <strong>com</strong>preensão de V. Sa., coloco-me à disposição<<strong>br</strong> />

para sanar eventuais dúvidas quanto a esse assunto.<<strong>br</strong> />

Cordialmente,<<strong>br</strong> />

Maria da Silva<<strong>br</strong> />

Deputada Federal


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

GABINETE DO <strong>DE</strong>PUTADO JOSÉ DA SILVA<<strong>br</strong> />

Brasília, 4 de a<strong>br</strong>il de 2004.<<strong>br</strong> />

À Senhora<<strong>br</strong> />

Maria da Silva<<strong>br</strong> />

Coordenadora do Curso de Pedagogia<<strong>br</strong> />

Faculdade Santo Antônio<<strong>br</strong> />

Rua Bulhões de Carvalho, 123 – Copacabana<<strong>br</strong> />

20350-070 Rio de Janeiro – RJ<<strong>br</strong> />

Senhora Coordenadora,<<strong>br</strong> />

Agradeço e aceito o honroso convite para ser<<strong>br</strong> />

patrono da Turma de 2004 do Curso de Pedagogia da<<strong>br</strong> />

Faculdade Santo Antônio.<<strong>br</strong> />

Desde já, desejo aos formandos um início<<strong>br</strong> />

auspicioso de carreira, <strong>com</strong> a certeza de que a boa<<strong>br</strong> />

formação recebida será decisiva para a sua atuação<<strong>br</strong> />

profissional.<<strong>br</strong> />

Cordialmente,<<strong>br</strong> />

José da Silva<<strong>br</strong> />

Deputado Federal


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

8.3.4 <strong>DE</strong>CLARAÇÃO<<strong>br</strong> />

É o documento em que se informa, sob responsabilidade,<<strong>br</strong> />

algo so<strong>br</strong>e pessoa ou acontecimento.<<strong>br</strong> />

8.3.4.1 Estrutura<<strong>br</strong> />

1. Título: <strong>DE</strong>CLARAÇÃO, centralizado.<<strong>br</strong> />

2. Texto: exposição do fato ou situação declarada, <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

finalidade, nome do interessado em destaque (em maiúsculas) e<<strong>br</strong> />

sua relação <strong>com</strong> a Câmara nos casos mais formais.<<strong>br</strong> />

3. Local e data.<<strong>br</strong> />

4. Assinatura: nome da pessoa que declara e, no caso de<<strong>br</strong> />

autoridade, função ou cargo.<<strong>br</strong> />

Observações<<strong>br</strong> />

1. A declaração documenta uma informação prestada por<<strong>br</strong> />

autoridade ou particular. No caso de autoridade, a <strong>com</strong>provação do<<strong>br</strong> />

fato ou o conhecimento da situação declarada deve ser em razão do<<strong>br</strong> />

cargo que ocupa ou da função que exerce.<<strong>br</strong> />

2. Declarações que possuam características específicas podem<<strong>br</strong> />

receber uma qualificação, a exemplo da ―declaração funcional‖.


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

8.3.4.2 Modelo<<strong>br</strong> />

CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

ÓRGÃO PRINCIPAL<<strong>br</strong> />

Órgão Secundário<<strong>br</strong> />

<strong>DE</strong>CLARAÇÃO<<strong>br</strong> />

Declaro, para fins de .......................................,<<strong>br</strong> />

que (interessado) ...........................................................,<<strong>br</strong> />

(relação <strong>com</strong> a Câmara), .....................................................<<strong>br</strong> />

..............................................................................................<<strong>br</strong> />

...................................<<strong>br</strong> />

Brasília, ...... de ...............de 200...<<strong>br</strong> />

Nome<<strong>br</strong> />

Cargo


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

8.3.4.3 Exemplos<<strong>br</strong> />

CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

<strong>DE</strong>PARTAMENTO <strong>DE</strong> PESSOAL<<strong>br</strong> />

Coordenação de Registro Funcional<<strong>br</strong> />

<strong>DE</strong>CLARAÇÃO<<strong>br</strong> />

Declaro, para fins de prova junto ao Supremo<<strong>br</strong> />

Tribunal Federal, que JOSÉ DA SILVA, ex-servidor da<<strong>br</strong> />

Câmara dos Deputados, teve declarada a vacância do<<strong>br</strong> />

cargo de Analista Legislativo – atribuição Assistente<<strong>br</strong> />

Técnico, a partir de 2/1/2004 (DCD de 3/1/2004). O<<strong>br</strong> />

referido ex-servidor não usufruiu das férias relativas ao<<strong>br</strong> />

exercício de 2003 e, em seus assentos funcionais, consta<<strong>br</strong> />

a concessão de 30 (trinta) dias de licença para<<strong>br</strong> />

capacitação, referente ao qüinqüênio 13/1/1995 a<<strong>br</strong> />

26/1/2000 (Processo n. 5.777/2003, publicado no Boletim<<strong>br</strong> />

Administrativo n. 15, de 7/1/2004).<<strong>br</strong> />

Brasília, 10 de fevereiro de 2004.<<strong>br</strong> />

Maria José da Silva<<strong>br</strong> />

Diretora


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

<strong>DE</strong>PARTAMENTO <strong>DE</strong> PESSOAL<<strong>br</strong> />

Coordenação de Registro Funcional<<strong>br</strong> />

<strong>DE</strong>CLARAÇÃO FUNCIONAL<<strong>br</strong> />

Declaro, para os devidos fins, que MARIA JOSÉ<<strong>br</strong> />

DA SILVA, ponto n. 123, servidora do quadro permanente<<strong>br</strong> />

da Câmara dos Deputados, admitida em 1º/10/1981,<<strong>br</strong> />

ocupa o cargo de Analista Legislativo – atribuição Técnica<<strong>br</strong> />

Legislativa, sob o regime jurídico instituído pela Lei 8.112,<<strong>br</strong> />

de 11/12/90, e está no exercício de suas funções. A<<strong>br</strong> />

referida servidora está sujeita ao regime de 40 (quarenta)<<strong>br</strong> />

horas semanais de trabalho, de acordo <strong>com</strong> o Ato da<<strong>br</strong> />

Mesa 28, de 1995.<<strong>br</strong> />

Brasília, 10 de março de 2004.<<strong>br</strong> />

José da Silva<<strong>br</strong> />

Diretor


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

CENTRO <strong>DE</strong> FORMAÇÃO, TREINAMENTO E<<strong>br</strong> />

APERFE APERFEIÇOAMENTO<<strong>br</strong> />

Coordenação Técnico-Pedagógica<<strong>br</strong> />

<strong>DE</strong>CLARAÇÃO<<strong>br</strong> />

Declaro, para fins de <strong>com</strong>provação curricular, quea Profa. Dra. MARIA JOSÉ DA SILVA<<strong>br</strong> />

proferiu palestra<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>e o tema Gestão Estratégica em Administração<<strong>br</strong> />

Pública, para servidores de nível gerencial da Câmara dos<<strong>br</strong> />

Deputados, no dia 5 de março de 2004, no Plenário 14,<<strong>br</strong> />

das 9h30 às 11h30.<<strong>br</strong> />

Brasília, 12 de março de 2004.<<strong>br</strong> />

José da Silva<<strong>br</strong> />

Diretor


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

<strong>DE</strong>CLARAÇÃO<<strong>br</strong> />

Declaro, para fins de atendimento ao disposto no<<strong>br</strong> />

artigo 67,I,‖d‖, do Ato da Mesa n. 41 de 2000, que não<<strong>br</strong> />

estou respondendo a processo administrativo ou judicial.<<strong>br</strong> />

Brasília, 10 de a<strong>br</strong>il de 2004.<<strong>br</strong> />

José Maria da Silva


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

8.3.5 <strong>DE</strong>SPACHO<<strong>br</strong> />

É o pronunciamento de autoridade administrativa em<<strong>br</strong> />

petição que lhe é dirigida, ou ato relativo ao andamento do<<strong>br</strong> />

processo. Pode ter caráter decisório ou apenas de expediente.<<strong>br</strong> />

8.3.5.1 Estrutura<<strong>br</strong> />

1. Nome do órgão principal e secundário.<<strong>br</strong> />

2. Número do processo.<<strong>br</strong> />

3. Data.<<strong>br</strong> />

4. Texto.<<strong>br</strong> />

5. Assinatura e função ou cargo da autoridade.<<strong>br</strong> />

Observação: O despacho pode constituir-se de uma palavra, de<<strong>br</strong> />

uma expressão ou de um texto mais longo.


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

8.3.5.2 Modelo<<strong>br</strong> />

CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

ÓRGÃO PRINCIPAL<<strong>br</strong> />

Órgão Secundário<<strong>br</strong> />

Processo n. ...........<<strong>br</strong> />

Em..../..../200...<<strong>br</strong> />

(Texto).........................................................................<<strong>br</strong> />

.....................................................................................................<<strong>br</strong> />

.................................<<strong>br</strong> />

Nome<<strong>br</strong> />

Função ou Cargo


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

8.3.5.3 Exemplos<<strong>br</strong> />

CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

PRIMEIRA SECRETARIA<<strong>br</strong> />

Processo n. .......<<strong>br</strong> />

Em ..../..../200...<<strong>br</strong> />

Autorizo. Ao Senhor Diretor-Geral para as<<strong>br</strong> />

devidas providências.<<strong>br</strong> />

Deputado José da Silva<<strong>br</strong> />

Primeiro-Secretário


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

PRIMEIRA-SECRETARIA<<strong>br</strong> />

Processo n. .........<<strong>br</strong> />

Em ..../..../200...<<strong>br</strong> />

Ao Senhor Presidente da Câmara dos Deputados,<<strong>br</strong> />

por força do disposto no inciso I do art. 70 do Regimento do<<strong>br</strong> />

Cefor, c/c o art. 95, da Lei n. 8.112/90, <strong>com</strong> parecer<<strong>br</strong> />

favorável desta Secretaria, nos termos das informações e<<strong>br</strong> />

manifestações dos órgãos técnicos da Casa.<<strong>br</strong> />

Deputado José da Silva<<strong>br</strong> />

Primeiro-Secretário


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

8.3.6 Memorando<<strong>br</strong> />

É a correspondência interna empregada entre as unidades<<strong>br</strong> />

administrativas de um órgão, sem restrições hierárquicas e<<strong>br</strong> />

temáticas.<<strong>br</strong> />

8.3.6.1 Estrutura<<strong>br</strong> />

1. Título a<strong>br</strong>eviado, em minúsculas, número de ordem e<<strong>br</strong> />

sigla do órgão de origem.<<strong>br</strong> />

2. Data.<<strong>br</strong> />

3. Indicação do destinatário, cargo e sigla do órgão de<<strong>br</strong> />

destino.<<strong>br</strong> />

4. Assunto: síntese do texto (em negrito).<<strong>br</strong> />

5. Texto <strong>com</strong> parágrafos numerados a partir do segundo.<<strong>br</strong> />

6. Fecho: ―Respeitosamente‖ ou ―Atenciosamente‖, segundo<<strong>br</strong> />

a relação hieráquica entre os órgãos.<<strong>br</strong> />

Observações:<<strong>br</strong> />

1. Trata-se de correspondência ágil que demanda simplicidade e<<strong>br</strong> />

concisão tanto na redação quanto no trâmite. Por isso, os despachos<<strong>br</strong> />

ao memorando devem ser feitos no próprio documento e, em caso<<strong>br</strong> />

de falta de espaço, em uma folha de continuação.<<strong>br</strong> />

2. No caso de circular, observe-se o prescrito em 8.1.3.


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

8.3.6.2 Modelo<<strong>br</strong> />

CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

ÓRGÃO PRINCIPAL<<strong>br</strong> />

Órgão Secundário<<strong>br</strong> />

Mem. n. ..../..../sigla<<strong>br</strong> />

Em .... de ......... de 200....<<strong>br</strong> />

Ao Sr. Cargo/Sigla do órgão.<<strong>br</strong> />

Assunto: Síntese.<<strong>br</strong> />

Senhor (Cargo),<<strong>br</strong> />

Texto.......................................................................<<strong>br</strong> />

..............................................................................................<<strong>br</strong> />

2. Texto........................................................................<<strong>br</strong> />

Atenciosamente,<<strong>br</strong> />

Nome<<strong>br</strong> />

Função ou Cargo


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

8.3.6.3 Exemplo<<strong>br</strong> />

CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

COOR<strong>DE</strong>NAÇÃO <strong>DE</strong> ARQUITETURA E<<strong>br</strong> />

ENGENHARIA<<strong>br</strong> />

Seção de Fiscalização e Controle<<strong>br</strong> />

Mem. n. 10/04/Sefic<<strong>br</strong> />

Em 15 de março de 2004.<<strong>br</strong> />

Ao Sr. Diretor da Caenge.<<strong>br</strong> />

Assunto: Prorrogação de estágio.<<strong>br</strong> />

Solicitamos a V.Sa. a prorrogação do estágio da<<strong>br</strong> />

estudante de Arquitetura Maria José dos Santos nesta<<strong>br</strong> />

Seção por mais um semestre, conforme os termos da<<strong>br</strong> />

cláusula quarta do convênio cele<strong>br</strong>ado entre a Câmara<<strong>br</strong> />

dos Deputados e a Fundação Universidade de Brasília.<<strong>br</strong> />

2. A estagiária tem desempenhado suas atividades<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> extrema eficiência, sendo do interesse desta Seção a<<strong>br</strong> />

prorrogação solicitada.<<strong>br</strong> />

Atenciosamente,<<strong>br</strong> />

José Maria da Silva<<strong>br</strong> />

Chefe


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

CENTRO <strong>DE</strong> FORMAÇÃO, TREINAMENTO E<<strong>br</strong> />

APERFEIÇOAMENTO<<strong>br</strong> />

Núcleo de Desenvolvimento Pedagógico<<strong>br</strong> />

Mem. n. 10/04/Nudep<<strong>br</strong> />

Em 15 de a<strong>br</strong>il de 2004.<<strong>br</strong> />

À Sra. Chefe do Nuade.<<strong>br</strong> />

Assunto: Substituição de instrutoria.<<strong>br</strong> />

Informamos a substituição da instrutora Maria da<<strong>br</strong> />

Silva, Ponto XXXX, pelo instrutor José Antônio Souza,<<strong>br</strong> />

Ponto XXXX, no curso de ―Iniciação à Informática‖, Turma<<strong>br</strong> />

A, a realizar-se dia 17 de maio, segunda-feira, das 10 às<<strong>br</strong> />

12h, na sala 1707.<<strong>br</strong> />

2. Esclareçemos que a mudança foi realizada a<<strong>br</strong> />

pedido dos instrutores.<<strong>br</strong> />

Atenciosamente,<<strong>br</strong> />

José Maria dos Santos<<strong>br</strong> />

Chefe


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

8.3.7 OFÍCIO<<strong>br</strong> />

É o documento destinado à <strong>com</strong>unicação oficial entre<<strong>br</strong> />

órgãos da administração pública e de autoridades para<<strong>br</strong> />

particulares.<<strong>br</strong> />

8.3.7.1 Estrutura<<strong>br</strong> />

1. Título a<strong>br</strong>eviado (―Of.‖), número de ordem e sigla do<<strong>br</strong> />

órgão de origem.<<strong>br</strong> />

2. Local e data.<<strong>br</strong> />

3. Endereçamento: forma de tratamento, cargo ou função<<strong>br</strong> />

seguido do nome do destinatário, instituição quando necessário e<<strong>br</strong> />

endereço.<<strong>br</strong> />

4. Vocativo: função ou cargo.<<strong>br</strong> />

5. Assunto: síntese do texto (em negrito).<<strong>br</strong> />

6. Texto <strong>com</strong> parágrafos numerados a partir do segundo.<<strong>br</strong> />

7. Fecho: ―Respeitosamente‖ ou ―Atenciosamente‖, segundo<<strong>br</strong> />

a relação hieráquica entre o remetente e o destinatário.<<strong>br</strong> />

Observações<<strong>br</strong> />

1. Trata-se de documento formalmente semelhante ao<<strong>br</strong> />

memorando, sendo a diferença básica o destino: enquanto o<<strong>br</strong> />

memorando é uma correspondência interna, o ofício tem por fim a<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>unicação externa.<<strong>br</strong> />

2. Na <strong>com</strong>unicação externa deve ser usada a carta, em vez do<<strong>br</strong> />

ofício, quando o assunto for eminentemente particular<<strong>br</strong> />

(correspondência entre Deputado e eleitores, por exemplo), <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

expresso em 8.3.3.<<strong>br</strong> />

3. Nos ofícios de cunho judicial devem ser adotadas algumas<<strong>br</strong> />

precauções em relação à observância dos prazos estipulados pela<<strong>br</strong> />

autoridade solicitante da informação ou providência e daqueles que<<strong>br</strong> />

decorrem de previsão legal. Especial atenção deve ser dada aos<<strong>br</strong> />

registros que devem constar do ofício, no âmbito do órgão<<strong>br</strong> />

administrativo, durante a instrução, e, posteriormente, quando esse<<strong>br</strong> />

for encaminhado à esfera judicial solicitante. Assim, sem prejuízo


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

dos elementos <strong>com</strong>uns a qualquer documento dessa espécie,<<strong>br</strong> />

importante que constem ainda os seguintes dados: número do<<strong>br</strong> />

processo, vara de origem, nome <strong>com</strong>pleto do autor e do réu, tipo de<<strong>br</strong> />

ação, dia em que foi protocolizado o ofício, menção expressa a<<strong>br</strong> />

documentos anexos, definição precisa do objeto do pedido, além de<<strong>br</strong> />

todos os elementos fáticos e jurídicos que possam ser deduzidos em<<strong>br</strong> />

defesa do ente público.<<strong>br</strong> />

4. No caso de circular, observe-se o prescrito em 8.1.3.


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

8.3.7.2 Modelo<<strong>br</strong> />

CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

ÓRGÃO PRINCIPAL<<strong>br</strong> />

Órgão Secundário<<strong>br</strong> />

Of. n. ..../..../sigla<<strong>br</strong> />

Brasília, .... de ......... de 200....<<strong>br</strong> />

A(o) (forma de tratamento)<<strong>br</strong> />

(Cargo ou função) (Nome)<<strong>br</strong> />

(Instituição)<<strong>br</strong> />

(Endereço<<strong>br</strong> />

CEP – Cidade)<<strong>br</strong> />

Assunto: Síntese.<<strong>br</strong> />

Senhor (Cargo ou função),<<strong>br</strong> />

Texto....................................................................<<strong>br</strong> />

..............................................................<<strong>br</strong> />

2. Texto ..................................................................<<strong>br</strong> />

..............................................................<<strong>br</strong> />

Atenciosamente,<<strong>br</strong> />

Nome<<strong>br</strong> />

Cargo ou Função


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

8.3.7.3 Exemplos<<strong>br</strong> />

CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

CENTRO <strong>DE</strong> FORMAÇÃO, TREINAMENTO E<<strong>br</strong> />

APERFEIÇOAMENTO<<strong>br</strong> />

Coordenação Ténico-Pedagógica<<strong>br</strong> />

Of. n. 22/04/Cefor<<strong>br</strong> />

Brasília, 18 de junho de 2004.<<strong>br</strong> />

À Senhora<<strong>br</strong> />

Coordenadora Maria Paulina da Silva<<strong>br</strong> />

Colégio Brasil<<strong>br</strong> />

Av. Pará, 473<<strong>br</strong> />

22799-001 Rio de Janeiro - RJ<<strong>br</strong> />

Assunto: Palestra so<strong>br</strong>e Tabagismo.<<strong>br</strong> />

Senhora Coordenadora,<<strong>br</strong> />

Solicitamos a indicação de dois professores a fim<<strong>br</strong> />

de atuarem <strong>com</strong>o mediadores da palestra so<strong>br</strong>e<<strong>br</strong> />

tabagismo, promovida por esta Coordenação. A palestra<<strong>br</strong> />

será proferida pela Dra. Maria dos Santos, do Instituto do<<strong>br</strong> />

Coração, nos próximos dias 6 e 7 de julho, no Auditório<<strong>br</strong> />

Nereu Ramos, no Anexo II, da Câmara dos Deputados.<<strong>br</strong> />

2. Considerando que essa instituição de ensino vem<<strong>br</strong> />

desenvolvendo importante trabalho na luta contra o<<strong>br</strong> />

tabagismo, <strong>com</strong>unicamos que poderá ser cedido espaço<<strong>br</strong> />

no hall do Auditório onde poderá ser distribuído material<<strong>br</strong> />

promocional das instituições participantes.


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

3. Informamos, ainda, que o evento poderá dispor de<<strong>br</strong> />

equipamento audiovisual se assim for do interesse de<<strong>br</strong> />

Vossa Senhoria.<<strong>br</strong> />

Atenciosamente,<<strong>br</strong> />

José da Silva<<strong>br</strong> />

Diretor


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

8.3.8 OR<strong>DE</strong>M <strong>DE</strong> SERVIÇO<<strong>br</strong> />

É o instrumento que encerra orientações detalhadas e/ou<<strong>br</strong> />

pontuais para a execução de serviços por órgãos subordinados da<<strong>br</strong> />

administração.<<strong>br</strong> />

8.3.8.1 Estrutura<<strong>br</strong> />

1. Título: OR<strong>DE</strong>M <strong>DE</strong> SERVIÇO, numeração e data.<<strong>br</strong> />

2. Preâmbulo e fundamentação: denominação da autoridade<<strong>br</strong> />

que expede o ato (em maiúsculas) e citação da legislação<<strong>br</strong> />

pertinente ou por força das prerrogativas do cargo, seguida da<<strong>br</strong> />

palavra ―resolve‖.<<strong>br</strong> />

3. Texto: desenvolvimento do assunto, que pode ser<<strong>br</strong> />

dividido em itens, incisos, alíneas, etc.<<strong>br</strong> />

4. Assinatura: nome da autoridade <strong>com</strong>petente e indicação<<strong>br</strong> />

da função.<<strong>br</strong> />

Observação: A Ordem de Serviço se assemelha à Portaria, porém<<strong>br</strong> />

possui caráter mais específico e detalhista. Objetiva,<<strong>br</strong> />

essencialmente, a otimização e a racionalização de serviços.


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

8.3.8.2 Modelo<<strong>br</strong> />

CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

ÓRGÃO PRINCIPAL<<strong>br</strong> />

Órgão Secundário<<strong>br</strong> />

OR<strong>DE</strong>M <strong>DE</strong> SERVIÇO N. ......, <strong>DE</strong> ..... / ...... /200...<<strong>br</strong> />

O (FUNÇÃO), no uso de suas atribuições e/ou<<strong>br</strong> />

tendo em vista o disposto (legislação),<<strong>br</strong> />

resolve..................................................................................<<strong>br</strong> />

..............................................................................................<<strong>br</strong> />

......................................<<strong>br</strong> />

Nome<<strong>br</strong> />

Função


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

8.3.8.3 Exemplos<<strong>br</strong> />

CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

PRIMEIRA SECRETARIA<<strong>br</strong> />

OR<strong>DE</strong>M <strong>DE</strong> SERVIÇO N.95, <strong>DE</strong> 22/1/1990<<strong>br</strong> />

O PRIMEIRO SECRETÁRIO DA CÂMARA<<strong>br</strong> />

DOS <strong>DE</strong>PUTADOS, no uso de suas atribuições e tendo<<strong>br</strong> />

em vista o disposto no art. 4º do Ato da Mesa n. 125, de<<strong>br</strong> />

1989, resolve:<<strong>br</strong> />

1. O credenciamento especial para acesso ao<<strong>br</strong> />

plenário de que trata o art. 4º do Ato da Mesa n. 125, de<<strong>br</strong> />

1989, será efetuado mediante uso de identificação visível,<<strong>br</strong> />

distribuída nos termos desta Ordem de Serviço.<<strong>br</strong> />

2. As identificações serão distribuídas aos órgãos<<strong>br</strong> />

especificados, <strong>com</strong>o a seguir:<<strong>br</strong> />

I - 2 (duas) credenciais aos Gabinetes dos<<strong>br</strong> />

Mem<strong>br</strong>os da Mesa, Diretoria-Geral, Secretaria-Geral da<<strong>br</strong> />

Mesa e Lideranças <strong>com</strong> bancadas constituídas de 50<<strong>br</strong> />

(cinqüenta) ou mais Deputados;<<strong>br</strong> />

II - a Secretaria-Geral da Mesa, além das 2 (duas)<<strong>br</strong> />

credenciais referidas no inciso I, disporá de tantos<<strong>br</strong> />

crachás quantos forem necessários, mediante expressa<<strong>br</strong> />

solicitação do Secretário-Geral da Mesa, para utilização do<<strong>br</strong> />

seu pessoal em serviço, de caráter permanente, no<<strong>br</strong> />

plenário, devendo tais crachás apresentar, além dareferência ―PLENÁRIO‖, a fotografia e o<<strong>br</strong> />

número de ponto<<strong>br</strong> />

do funcionário;


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

III - 1 (uma) credencial para as demais lideranças;<<strong>br</strong> />

............................................................<<strong>br</strong> />

3. A Coordenação de Segurança Legislativa<<strong>br</strong> />

fiscalizará o ingresso no plenário, dando conhecimento<<strong>br</strong> />

imediato ao Secretário-Geral da Mesa de qualquer<<strong>br</strong> />

irregularidade verificada no cumprimento desta Ordem de<<strong>br</strong> />

Serviço.<<strong>br</strong> />

Deputado José da Silva<<strong>br</strong> />

Primeiro-Secretário


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

CONSULTORIA TÉCNICA<<strong>br</strong> />

OR<strong>DE</strong>M <strong>DE</strong> SERVIÇO N. 3, <strong>DE</strong> 6/6/2004<<strong>br</strong> />

O DIRETOR DA CONSULTORIA TÉCNICA DA<<strong>br</strong> />

CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS, no uso de suas atribuições,<<strong>br</strong> />

resolve:<<strong>br</strong> />

1. As salas 3 e 4 da Consultoria Técnica ficam<<strong>br</strong> />

destinadas a reuniões de trabalho <strong>com</strong> deputados,<<strong>br</strong> />

consultores e servidores dos setores de apoio da<<strong>br</strong> />

Consultoria Técnica.<<strong>br</strong> />

2. As reuniões de trabalho serão agendadas<<strong>br</strong> />

previamente pela Diretoria da Coordenação de Serviços<<strong>br</strong> />

Gerais.<<strong>br</strong> />

.............................................................................<<strong>br</strong> />

6. Havendo mais de uma solicitação de uso para<<strong>br</strong> />

o mesmo horário, será adotada a seguinte ordem de<<strong>br</strong> />

preferência:<<strong>br</strong> />

I - reuniões de trabalho <strong>com</strong> a participação de<<strong>br</strong> />

deputados;<<strong>br</strong> />

II - reuniões de trabalho da diretoria;<<strong>br</strong> />

III - reuniões de trabalho dos consultores<<strong>br</strong> />

IV - .............................................<<strong>br</strong> />

V - ..............................................


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

7. O cancelamento de reunião deverá ser<<strong>br</strong> />

imediatamente <strong>com</strong>unicado à Diretoria da Coordenação<<strong>br</strong> />

de Serviços Gerais.<<strong>br</strong> />

José da Silva<<strong>br</strong> />

Diretor


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

<strong>DE</strong>PARTAMENTO <strong>DE</strong> APOIO PARLAMENTAR<<strong>br</strong> />

OR<strong>DE</strong>M <strong>DE</strong> SERVIÇO N. 1, <strong>DE</strong> 18/6/2003<<strong>br</strong> />

A DIRETORA DO <strong>DE</strong>PARTAMENTO <strong>DE</strong> APOIO<<strong>br</strong> />

PARLAMENTAR DA CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS, no<<strong>br</strong> />

uso das suas atribuições, resolve:<<strong>br</strong> />

A distribuição de publicações aos gabinetes<<strong>br</strong> />

parlamentares, a título de cortesia, quando devidamente<<strong>br</strong> />

autorizada, obedecerá aos seguintes critérios:<<strong>br</strong> />

1. Da solicitação de autorização, endereçada ao<<strong>br</strong> />

Diretor- Geral da Câmara dos Deputados, deverá constar<<strong>br</strong> />

o tipo de publicação, cópia ou exemplar da mesma, o<<strong>br</strong> />

período de distribuição e a freqüência de sua edição.<<strong>br</strong> />

2. A distribuição de publicação periódica será<<strong>br</strong> />

efetuada pela Câmara dos Deputados por período<<strong>br</strong> />

determinado e de acordo <strong>com</strong> a freqüência da publicação.<<strong>br</strong> />

................................................................................


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

6. A distribuição de publicação institucional<<strong>br</strong> />

relativamente às ações governamentais, destacando-se as<<strong>br</strong> />

promovidas pelo Poder Legislativo, terá prioridade so<strong>br</strong>e<<strong>br</strong> />

as demais.<<strong>br</strong> />

Maria Helena Pinheiro Monteiro<<strong>br</strong> />

Diretora


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

<strong>DE</strong>PARTAMENTO MÉDICO<<strong>br</strong> />

OR<strong>DE</strong>M <strong>DE</strong> SERVIÇO N. 84, <strong>DE</strong> 12/12/2002<<strong>br</strong> />

O DIRETOR DO <strong>DE</strong>PARTAMENTO MÉDICO DA<<strong>br</strong> />

CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS, no uso das atribuições que<<strong>br</strong> />

lhe confere [...], resolve:<<strong>br</strong> />

1. Todos os atendimentos, no âmbito do<<strong>br</strong> />

Departamento Médico, somente poderão ser realizados a:<<strong>br</strong> />

I - usuários legalmente definidos na Resolução n.<<strong>br</strong> />

25/79, regulamentados pelo Ato da Mesa n. 44/92:<<strong>br</strong> />

parlamentares, servidores ativos e inativos, jornalistas<<strong>br</strong> />

credenciados e seus respectivos dependentes;<<strong>br</strong> />

II - emergências médicas, <strong>com</strong> risco iminente de<<strong>br</strong> />

morte, graves sinistros, ocorrências <strong>com</strong> múltiplas vítimas,<<strong>br</strong> />

desastres, catástrofes, acidentes em serviço ou nas<<strong>br</strong> />

dependências da Câmara dos Deputados envolvendo<<strong>br</strong> />

pacientes não autorizados<<strong>br</strong> />

III - nos demais casos, <strong>com</strong> autorização do<<strong>br</strong> />

Diretor-Geral, por delegação da Mesa.<<strong>br</strong> />

2. Compete ao dirigente e aos chefes da unidade<<strong>br</strong> />

divulgar junto aos servidores e fazer cumprir esta Ordem<<strong>br</strong> />

de Serviço.


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

3. O descumprimento desta Ordem de Serviço<<strong>br</strong> />

será considerado falta grave, respondendo os infratores<<strong>br</strong> />

pelas sanções previstas na legislação.<<strong>br</strong> />

4. Esta Ordem de Serviço entra em vigor no dia 2<<strong>br</strong> />

de janeiro de 2003.<<strong>br</strong> />

José Luiz Veloso Barbosa<<strong>br</strong> />

Diretor


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

8.3.9 Parecer<<strong>br</strong> />

É a opinião fundamentada, emitida em nome pessoal ou de<<strong>br</strong> />

órgão administrativo, so<strong>br</strong>e tema que lhe haja sido submetido<<strong>br</strong> />

para análise e <strong>com</strong>petente pronunciamento. Visa a fornecer<<strong>br</strong> />

subsídios para tomada de decisão.<<strong>br</strong> />

8.3.9.1 Estrutura<<strong>br</strong> />

1. Número de ordem (quando necessário).<<strong>br</strong> />

2. Número do processo de origem.<<strong>br</strong> />

3. Ementa (resumo do assunto).<<strong>br</strong> />

4. Texto, <strong>com</strong>preendendo:<<strong>br</strong> />

a) Histórico ou relatório (introdução);<<strong>br</strong> />

b) Parecer (desenvolvimento <strong>com</strong> razões e justificativas);<<strong>br</strong> />

c) Fecho opinativo (conclusão).<<strong>br</strong> />

5. Local e data.<<strong>br</strong> />

6. Assinatura, nome e função ou cargo do parecerista.<<strong>br</strong> />

Observações:<<strong>br</strong> />

1. Além do Parecer Administrativo, acima conceituado, existe o<<strong>br</strong> />

Parecer Legislativo, que é uma proposição, e, <strong>com</strong>o tal, definido no<<strong>br</strong> />

art. 126 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados.<<strong>br</strong> />

2. O desenvolvimento do parecer pode ser dividido em tantos<<strong>br</strong> />

itens (e estes intitulados) quantos bastem ao parecerista para o fim<<strong>br</strong> />

de melhor organizar o assunto, imprimindo-lhe clareza e didatismo.


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

8.3.9.2 Modelo<<strong>br</strong> />

CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

ÓRGÃO PRINCIPAL<<strong>br</strong> />

Órgão Secundário<<strong>br</strong> />

(Parecer n.)<<strong>br</strong> />

Processo n. .........<<strong>br</strong> />

Ementa.........................<<strong>br</strong> />

........................................<<strong>br</strong> />

Texto.......................................................................<<strong>br</strong> />

..............................................................................................<<strong>br</strong> />

...........................................................................................<<strong>br</strong> />

Brasília,..........de......................de 200 ..<<strong>br</strong> />

Nome<<strong>br</strong> />

Função ou Cargo


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

8.3.9.3 Exemplos<<strong>br</strong> />

CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

DIRETORIA-GERAL<<strong>br</strong> />

Assessoria Técnica<<strong>br</strong> />

Parecer n. ............<<strong>br</strong> />

Processo n. .............<<strong>br</strong> />

Revisão de Pensão<<strong>br</strong> />

I – RELATÓRIO<<strong>br</strong> />

Trata o presente processo de consulta formulada<<strong>br</strong> />

pela Coordenação de Seguridade Parlamentar, do<<strong>br</strong> />

Departamento de Pessoal, acerca dos procedimentos a<<strong>br</strong> />

serem adotados pela administração da Casa para o<<strong>br</strong> />

cumprimento da Decisão da Mesa Diretora da Câmara dos<<strong>br</strong> />

Deputados no processo n. ........, relativamente ao<<strong>br</strong> />

pagamento de pensionistas do extinto Instituto de<<strong>br</strong> />

Previdência dos Congressistas, em face da orientação do<<strong>br</strong> />

Tribunal de Contas da União <strong>com</strong> base na Súmula n. ........<<strong>br</strong> />

daquele Tribunal.<<strong>br</strong> />

..............................................................................................<<strong>br</strong> />

..............................................................................................<<strong>br</strong> />

É o relatório.


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

II - PARECER<<strong>br</strong> />

A referida Decisão da Mesa Diretora está<<strong>br</strong> />

assentada nos termos seguintes [...], e a orientação citada<<strong>br</strong> />

da Egrégia Corte de Contas é esta:<<strong>br</strong> />

..............................................................................................<<strong>br</strong> />

..............................................................................................<<strong>br</strong> />

Conforme levantamento feito pela Coordenação<<strong>br</strong> />

de Seguridade Parlamentar, há ......... segurados do<<strong>br</strong> />

extinto IPC alcançados por tais medidas, havendo<<strong>br</strong> />

divergência, porém, naquele órgão técnico, quanto à data<<strong>br</strong> />

de início da aplicação do desconto citado na decisão do<<strong>br</strong> />

Colegiado.<<strong>br</strong> />

Nesse particular, a inteligência dos textos<<strong>br</strong> />

transcritos supra leva ao entendimento de que<<strong>br</strong> />

..............................................................................................<<strong>br</strong> />

Em reforço a essa tese, cite-se a jurisprudência<<strong>br</strong> />

dos tribunais superiores, em especial a do Superior<<strong>br</strong> />

Tribunal de Justiça e a do Tribunal de Contas da União,<<strong>br</strong> />

nestes termos:<<strong>br</strong> />

..............................................................................................<<strong>br</strong> />

..............................................................................................


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

3<<strong>br</strong> />

Também a doutrina, no magistério do professor<<strong>br</strong> />

Hely Lopes Meirelles, conduz à certeza de<<strong>br</strong> />

que........................................................................................<<strong>br</strong> />

.............................................................................................<<strong>br</strong> />

Ora, o caso em exame, muito embora reúna<<strong>br</strong> />

singularidades próprias de uma casa de leis, <strong>com</strong>o a de<<strong>br</strong> />

ter o seu período de atividades segmentado em mandatos<<strong>br</strong> />

parlamentares, sessão legislativa e legislatura, não pode<<strong>br</strong> />

fugir ao império da norma, ainda menos quando<<strong>br</strong> />

respaldada na jurisprudência e doutrina. Excetuar o caso<<strong>br</strong> />

pelas circunstâncias apontadas seria criar embaraço para<<strong>br</strong> />

a administração, quando não pelo precedente inoportuno<<strong>br</strong> />

que se estaria a inaugurar, pela infringência mesma dos<<strong>br</strong> />

princípios da administração conforme assinalados no art.<<strong>br</strong> />

37 da Lei Maior.<<strong>br</strong> />

III - CONCLUSÃO<<strong>br</strong> />

Diante de todo o exposto, entendemos que o que<<strong>br</strong> />

se deve levar em consideração, acima de tudo, é a farta<<strong>br</strong> />

jurisprudência, que demonstra o posicionamento firmado<<strong>br</strong> />

pelos tribunais no sentido de não permitir efeito retroativo<<strong>br</strong> />

a [...]. Assim, os procedimentos a serem adotados pela<<strong>br</strong> />

Coordenação de Benefícios não podem ser outros senão<<strong>br</strong> />

os já descritos na própria Decisão da Mesa, a partir de


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

cuja data deverão vigorar os efeitos financeiros em favor<<strong>br</strong> />

dos pensionistas do referido Instituto ..................................<<strong>br</strong> />

..............................................................................................<<strong>br</strong> />

É o parecer.<<strong>br</strong> />

Brasília, ...... de .......... de 200.......<<strong>br</strong> />

José da Silva<<strong>br</strong> />

Técnico Legislativo


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

8.3.10 PORTARIA<<strong>br</strong> />

É o ato administrativo pelo qual a autoridade estabelece<<strong>br</strong> />

regras, baixa instruções para aplicação de leis ou trata da<<strong>br</strong> />

organização e do funcionamento de serviços dentro de sua esfera<<strong>br</strong> />

de <strong>com</strong>petência.<<strong>br</strong> />

8.3.10.1 Estrutura<<strong>br</strong> />

1. Título: PORTARIA, numeração e data.<<strong>br</strong> />

2. Ementa: síntese do assunto.<<strong>br</strong> />

3. Preâmbulo e fundamentação: denominação da autoridade<<strong>br</strong> />

que expede o ato e citação da legislação pertinente, seguida da<<strong>br</strong> />

palavra ―resolve‖.<<strong>br</strong> />

4. Texto: desenvolvimento do assunto, que pode ser<<strong>br</strong> />

dividido em artigos, parágrafos, incisos, alíneas e itens.<<strong>br</strong> />

5. Assinatura: nome da autoridade <strong>com</strong>petente e indicação<<strong>br</strong> />

do cargo.<<strong>br</strong> />

Observações<<strong>br</strong> />

1. Certas portarias contêm considerandos, <strong>com</strong> as razões que<<strong>br</strong> />

justificam o ato. Neste caso, a palavra ―resolve‖ vem depois deles.<<strong>br</strong> />

2. A Ementa justifica-se em portarias de natureza normativa.<<strong>br</strong> />

3. Em portarias de matéria rotineira, <strong>com</strong>o nos casos de<<strong>br</strong> />

nomeação e exoneração, por exemplo, suprime-se a ementa.


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

8.3.10.2 Modelo<<strong>br</strong> />

CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

ÓRGÃO PRINCIPAL<<strong>br</strong> />

Órgão Secundário<<strong>br</strong> />

PORTARIA N. ....., de.. ../ .... /200...<<strong>br</strong> />

(Ementa)<<strong>br</strong> />

O (FUNÇÃO), no uso das atribuições que lhe<<strong>br</strong> />

confere o (legislação), resolve:<<strong>br</strong> />

Art. 1º .....................................................................<<strong>br</strong> />

.............................................................................................<<strong>br</strong> />

Nome<<strong>br</strong> />

Função


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

8.3.10.3 Exemplos<<strong>br</strong> />

CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

DIRETORIA-GERAL<<strong>br</strong> />

PORTARIA N. 1, de 13/1/2004<<strong>br</strong> />

Disciplina a utilização da chancela<<strong>br</strong> />

eletrônica nas requisições de<<strong>br</strong> />

passagens aéreas e diárias de<<strong>br</strong> />

viagens, autorizadas em processos<<strong>br</strong> />

administrativos no âmbito da Câmara<<strong>br</strong> />

dos Deputados e assinadas pelo<<strong>br</strong> />

Diretor-Geral.<<strong>br</strong> />

O DIRETOR-GERAL DA CÂMARA DOS<<strong>br</strong> />

<strong>DE</strong>PUTADOS, no uso das atribuições que lhe confere o<<strong>br</strong> />

artigo 147, item XV, da Resolução n. 20, de 30 de<<strong>br</strong> />

novem<strong>br</strong>o de 1971 , resolve:<<strong>br</strong> />

Art. 1º Fica instituído o uso da chancela eletrônica<<strong>br</strong> />

nas requisições de passagens aéreas e diárias de<<strong>br</strong> />

viagens, autorizadas em processos administrativos pela<<strong>br</strong> />

autoridade <strong>com</strong>petente e assinadas pelo Diretor-Geral,<<strong>br</strong> />

para parlamentar, servidor ou convidado, no âmbito da<<strong>br</strong> />

Câmara dos Deputados.<<strong>br</strong> />

Art. 2º A chancela eletrônica, de acesso restrito,<<strong>br</strong> />

será válida se autenticada mediante código de segurança<<strong>br</strong> />

e a<strong>com</strong>panhada do atesto do Chefe de Gabinete da<<strong>br</strong> />

Diretoria-Geral ou do seu primeiro substituto.


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

Art. 3º Esta portaria entra em vigor na data de sua<<strong>br</strong> />

publicação.<<strong>br</strong> />

Sérgio Sampaio Contreiras de Almeida<<strong>br</strong> />

Diretor-Geral


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

DIRETORIA-GERAL<<strong>br</strong> />

PORTARIA N. 15, de 11/2/2004<<strong>br</strong> />

Disciplina a utilização de telefones<<strong>br</strong> />

celulares e as despesas <strong>com</strong> as<<strong>br</strong> />

ligações telefônicas desses aparelhos<<strong>br</strong> />

no âmbito da Câmara dos Deputados.<<strong>br</strong> />

O DIRETOR-GERAL DA CÂMARA DOS<<strong>br</strong> />

<strong>DE</strong>PUTADOS, no uso das atribuições que lhe confere o<<strong>br</strong> />

artigo 147, item XV, da Resolução n. 20, de 30 de<<strong>br</strong> />

novem<strong>br</strong>o de 1971, resolve:<<strong>br</strong> />

Art. 1º A operação, manutenção, guarda e as<<strong>br</strong> />

despesas telefônicas dos aparelhos celulares postos à<<strong>br</strong> />

disposição da Câmara dos Deputados serão regidas na<<strong>br</strong> />

conformidade desta Portaria.<<strong>br</strong> />

Art. 2º É vedada a utilização dos aparelhos<<strong>br</strong> />

celulares disponibilizados a servidores, pela Câmara dos<<strong>br</strong> />

Deputados, sob a modalidade de permissão de uso, <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

objetivos de <strong>com</strong>ércio ou de prática de atos prejudiciais à<<strong>br</strong> />

moral.<<strong>br</strong> />

Art. 3º Compete ao permissionário:<<strong>br</strong> />

a) esmerar-se na conservação e guarda do<<strong>br</strong> />

aparelho a seu serviço;


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

b) indenizar os prejuízos oriundos de avarias e<<strong>br</strong> />

desgastes do aparelho, excetuados os decorrentes de uso<<strong>br</strong> />

normal;<<strong>br</strong> />

c) substituir, ou responder pelas despesas de<<strong>br</strong> />

substituição, em caso de perda, furto ou roubo do<<strong>br</strong> />

aparelho telefônico, independentemente de culpa ou dolo;<<strong>br</strong> />

d) restituir o aparelho telefônico à Câmara dos<<strong>br</strong> />

Deputados, mediante lavratura do termo de devolução,<<strong>br</strong> />

nos casos de exoneração da função que ensejou a<<strong>br</strong> />

permissão de uso ou de bloqueio da linha telefônica.<<strong>br</strong> />

Art. 4º Os permissionários de uso de aparelho e<<strong>br</strong> />

linha telefônica celular da Câmara dos Deputados serão,<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> base na natureza das atribuições exercidas,<<strong>br</strong> />

enquadrados nos seguintes grupos:<<strong>br</strong> />

I - Diretor-Geral e Secretário-Geral da Mesa;<<strong>br</strong> />

II - Demais servidores não relacionados no inciso<<strong>br</strong> />

anterior.<<strong>br</strong> />

Art. 5º É fixada, para os permissionários de uso<<strong>br</strong> />

de aparelho e linha telefônica celular da Câmara dos<<strong>br</strong> />

Deputados enquadrados no grupo definido no inciso I do<<strong>br</strong> />

art. 4º desta Portaria, a cota mensal no valor de R$ 200,00<<strong>br</strong> />

(duzentos reais) e, para os enquadrados no grupo definido<<strong>br</strong> />

no inciso II, a cota mensal no valor de R$ 55,00 (cinqüenta<<strong>br</strong> />

e cinco reais).<<strong>br</strong> />

§ 1º O valor das cotas fixadas no caput deste<<strong>br</strong> />

artigo será reajustado automaticamente sempre que<<strong>br</strong> />

houver reajuste nos preços do contrato de prestação do


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

Serviço Móvel Pessoal (SMP), na mesma proporção<<strong>br</strong> />

percentual da majoração efetivada.<<strong>br</strong> />

§ 2º Os permissionários de uso de aparelho e<<strong>br</strong> />

linha telefônica celular da Câmara dos Deputados que<<strong>br</strong> />

ultrapassarem o limite das cotas mensais, fixadas no<<strong>br</strong> />

caput deste artigo, terão automaticamente descontado o<<strong>br</strong> />

valor excedente de suas folhas de pagamento, no mês<<strong>br</strong> />

subseqüente à apuração da diferença.<<strong>br</strong> />

§ 3º No ato de recebimento do telefone celular, os<<strong>br</strong> />

permissionários de uso assinarão termo de autorização de<<strong>br</strong> />

desconto em folha dos valores excedentes a que se refere<<strong>br</strong> />

o parágrafo anterior.<<strong>br</strong> />

Art. 6º Implicará o bloqueio das ligações<<strong>br</strong> />

telefônicas, total ou parcial, a não-observância dos<<strong>br</strong> />

procedimentos estabelecidos no art. 2º desta Portaria,<<strong>br</strong> />

bem <strong>com</strong>o a recusa da assinatura do termo de<<strong>br</strong> />

autorização.<<strong>br</strong> />

Parágrafo único. Caberá ao Departamento<<strong>br</strong> />

Técnico (Detec) o encaminhamento à Diretoria-Geral,<<strong>br</strong> />

trimestralmente, de relatório detalhado da despesa<<strong>br</strong> />

decorrente das ligações telefônicas dos permissionários<<strong>br</strong> />

de uso de aparelho e linha telefônica celular da Câmara<<strong>br</strong> />

dos Deputados, podendo o Diretor-Geral determinar a<<strong>br</strong> />

suspensão da permissão de uso, <strong>com</strong> o conseqüente<<strong>br</strong> />

bloqueio da linha, no caso de utilização da permissão em<<strong>br</strong> />

desacordo <strong>com</strong> esta Portaria.<<strong>br</strong> />

Art. 7º O crédito mensal não utilizado, total ou<<strong>br</strong> />

parcialmente, não será acumulado para utilização em<<strong>br</strong> />

meses seguintes.


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

Art. 8º Os permissionários de uso de aparelho e<<strong>br</strong> />

linha telefônica celular da Câmara dos Deputados<<strong>br</strong> />

utilizarão sempre, nas ligações de longa distância<<strong>br</strong> />

(interurbanas e internacionais), o código de seleção de<<strong>br</strong> />

prestadora (CSP) contratado pela Câmara dos Deputados.<<strong>br</strong> />

§ 1º A utilização pelo permissionário de outro<<strong>br</strong> />

CSP que não o contratado pela Câmara dos Deputados<<strong>br</strong> />

implicará o bloqueio da linha para ligações de longa<<strong>br</strong> />

distância.<<strong>br</strong> />

§ 2º Caberá ao Departamento Técnico informar<<strong>br</strong> />

ao usuário o CSP contratado e a forma de sua utilização.<<strong>br</strong> />

Art. 9º Revogam-se as Portarias ns. 75 e 110, de<<strong>br</strong> />

2002, e a de n. 39, de 2003.<<strong>br</strong> />

Art. 10. Esta Portaria entra em vigor a partir de 16<<strong>br</strong> />

de fevereiro de 2004.<<strong>br</strong> />

Sérgio Sampaio Contreiras de Almeida<<strong>br</strong> />

Diretor-Geral


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

DIRETORIA <strong>DE</strong> RECURSOS HUMANOS<<strong>br</strong> />

PORTARIA N. 1, de 9/2/2004<<strong>br</strong> />

Subdelega <strong>com</strong>petência ao Diretor do<<strong>br</strong> />

Centro de Formação, Treinamento e<<strong>br</strong> />

Aperfeiçoamento.<<strong>br</strong> />

O DIRETOR <strong>DE</strong> RECURSOS HUMANOS DA<<strong>br</strong> />

CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS, no uso das suas<<strong>br</strong> />

atribuições e considerando o disposto no § 1º do art. 274<<strong>br</strong> />

do Regimento Interno da Câmara dos Deputados e na<<strong>br</strong> />

Portaria n. 107, de 2003, do Diretor-Geral, resolve:<<strong>br</strong> />

Art. 1º Subdelegar ao Diretor do Centro de Formação,<<strong>br</strong> />

Treinamento e Aperfeiçoamento e, em seus impedimentos,<<strong>br</strong> />

a seus substitutos legais, as seguintes atribuições:<<strong>br</strong> />

I - autorizar o afastamento de servidores quando<<strong>br</strong> />

se tratar de cursos, estágios, congressos, seminários,<<strong>br</strong> />

feiras, simpósios e demais atividades, na forma do inciso<<strong>br</strong> />

II, do art. 66, c/c o inciso III, do art. 70, do Regulamento do<<strong>br</strong> />

Cefor, aprovado pelo Ato da Mesa n. 41, de 2000 e<<strong>br</strong> />

alterações;<<strong>br</strong> />

II - autorizar licença-capacitação;<<strong>br</strong> />

III - autorizar o fornecimento de cópias de<<strong>br</strong> />

processos da sua área de <strong>com</strong>petência.


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de<<strong>br</strong> />

sua publicação.<<strong>br</strong> />

Fábio Rodrigues Pereira<<strong>br</strong> />

Diretor


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

PRESIDÊNCIA<<strong>br</strong> />

PORTARIA N. 7, de 27/5/2004<<strong>br</strong> />

Indisponibiliza, para movimentação e<<strong>br</strong> />

empenho no orçamento da Câmara<<strong>br</strong> />

dos Deputados, valor especificado<<strong>br</strong> />

O PRESI<strong>DE</strong>NTE DA CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS,<<strong>br</strong> />

no uso de suas atribuições e tendo em vista o disposto<<strong>br</strong> />

nos arts. 9° da Lei Complementar n. 101, de 4/5/2000, e<<strong>br</strong> />

70 da Lei n. 10.707, de 30/7/2003 , resolve:<<strong>br</strong> />

Art. 1° O valor indisponibilizado para empenho emovimentação financeira no orçamento<<strong>br</strong> />

do Órgão 01.000 –<<strong>br</strong> />

Câmara dos Deputados, por meio da Portaria n. 5, de<<strong>br</strong> />

31/3/2004 , fica reduzido de R$ 1.027.785,00 (um milhão,<<strong>br</strong> />

vinte e sete mil, setecentos e oitenta e cinco reais),<<strong>br</strong> />

permanecendo ainda bloqueados R$ 3.723.260,00 (três<<strong>br</strong> />

milhões, setecentos e vinte e três mil, duzentos e sessenta<<strong>br</strong> />

reais).<<strong>br</strong> />

Art. 2° O cronograma anual de desembolso<<strong>br</strong> />

mensal da Câmara dos Deputados para gastos nos<<strong>br</strong> />

grupos Outras Despesas Correntes e Investimentos,<<strong>br</strong> />

alterado pela Portaria n. 5, de 31/3/2004, passa a ser o<<strong>br</strong> />

constante do Anexo.


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

Art. 3° Esta Portaria entra em vigor na data de<<strong>br</strong> />

sua publicação.<<strong>br</strong> />

João Paulo Cunha<<strong>br</strong> />

Presidente


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

8.3.11 Relatório<<strong>br</strong> />

É o relato expositivo, detalhado ou não, do funcionamento<<strong>br</strong> />

de uma instituição, do exercício de atividades ou acerca do<<strong>br</strong> />

desenvolvimento de serviços específicos num determinado<<strong>br</strong> />

período.<<strong>br</strong> />

8.3.11.1 Estrutura<<strong>br</strong> />

1. Título – RELATÓRIO ou RELATÓRIO <strong>DE</strong>...<<strong>br</strong> />

2. Texto – registro em tópicos das principais atividades<<strong>br</strong> />

desenvolvidas, podendo ser indicados os resultados parciais e<<strong>br</strong> />

totais, <strong>com</strong> destaque, se for o caso, para os aspectos positivos e<<strong>br</strong> />

negativos do período a<strong>br</strong>angido. O cronograma de trabalho a ser<<strong>br</strong> />

desenvolvido, os quadros, os dados estatísticos e as tabelas<<strong>br</strong> />

poderão ser apresentados <strong>com</strong>o anexos.<<strong>br</strong> />

3. Local e data.<<strong>br</strong> />

4. Assinatura e função ou cargo do(s) funcionário(s)<<strong>br</strong> />

relator(es).<<strong>br</strong> />

Observações<<strong>br</strong> />

1. No caso de Relatório de Viagem61, aconselha-se registrar uma<<strong>br</strong> />

descrição sucinta da participação do servidor no evento (seminário,<<strong>br</strong> />

curso, missão oficial e outras), indicando o período e o trecho<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>preendido. Sempre que possível, o Relatório de Viagem deverá<<strong>br</strong> />

ser elaborado <strong>com</strong> vistas ao aproveitamento efetivo das informações<<strong>br</strong> />

tratadas no evento para os trabalhos legislativos e administrativos da<<strong>br</strong> />

Casa.<<strong>br</strong> />

2. Quanto à elaboração de Relatório de Atividades 62, deve-se<<strong>br</strong> />

atentar para os seguintes procedimentos:<<strong>br</strong> />

61Ver Ato da Mesa n. 35, de 12/11/2003 (Anexo 5), que dispõe so<strong>br</strong>e a<<strong>br</strong> />

apresentação de relatório de participação em missão oficial <strong>com</strong> ônus e sua<<strong>br</strong> />

divulgação. Considerar, ainda, instruções específicas da DG so<strong>br</strong>e<<strong>br</strong> />

divulgação do relatório na Internet.<<strong>br</strong> />

62Ver Instrução n. 2, de 21/12/98 (Anexo 3) e Ordem de Serviço n. 1, de<<strong>br</strong> />

17/01/00 (Anexo 4).


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

a. abster-se de transcrever a <strong>com</strong>petência formal das<<strong>br</strong> />

unidades administrativas já descritas nas normas internas;<<strong>br</strong> />

b. relatar apenas as principais atividades do Órgão;<<strong>br</strong> />

c. evitar o detalhamento excessivo das tarefas executadas<<strong>br</strong> />

pelas unidades administrativas que lhe são subordinadas;<<strong>br</strong> />

d. priorizar a apresentação de dados agregados, grandes<<strong>br</strong> />

metas realizadas e problemas a<strong>br</strong>angentes que foram<<strong>br</strong> />

solucionados;<<strong>br</strong> />

e. destacar propostas que não puderam ser concretizadas,<<strong>br</strong> />

identificando as causas e indicando as prioridades para os<<strong>br</strong> />

próximos anos;<<strong>br</strong> />

f. gerar um relatório final consolidado, limitado, se<<strong>br</strong> />

possível, ao máximo de 10 (dez) páginas para o conjunto da<<strong>br</strong> />

Diretoria, Departamento ou unidade equivalente.


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

8.3.11.2 Modelo<<strong>br</strong> />

CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

ÓRGÃO PRINCIPAL<<strong>br</strong> />

Órgão Secundário<<strong>br</strong> />

RELATÓRIO<<strong>br</strong> />

Introdução<<strong>br</strong> />

Apresentar um <strong>br</strong>eve resumo das temáticas a<<strong>br</strong> />

serem abordadas. Em se tratando de relatório de viagem,<<strong>br</strong> />

indicar a denominação do evento, local e período<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>preendido.<<strong>br</strong> />

Tópico 1<<strong>br</strong> />

Atribuir uma temática para o relato a ser<<strong>br</strong> />

apresentado.<<strong>br</strong> />

................................................................................<<strong>br</strong> />

..............................................................................................<<strong>br</strong> />

Tópico 1.1<<strong>br</strong> />

Havendo subdivisões, os assuntos subseqüentes<<strong>br</strong> />

serão apresentados hierarquizados à temática geral.<<strong>br</strong> />

................................................................................<<strong>br</strong> />

..............................................................................................<<strong>br</strong> />

Tópico 2<<strong>br</strong> />

Atribuir uma temática para o relato a ser<<strong>br</strong> />

apresentado.<<strong>br</strong> />

................................................................................<<strong>br</strong> />

..............................................................................................


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

Tópico 3<<strong>br</strong> />

Atribuir uma temática para o relato a ser<<strong>br</strong> />

apresentado.<<strong>br</strong> />

................................................................................<<strong>br</strong> />

..............................................................................................<<strong>br</strong> />

Tópico 3.1<<strong>br</strong> />

................................................................................<<strong>br</strong> />

..............................................................................................<<strong>br</strong> />

4. Considerações finais<<strong>br</strong> />

................................................................................<<strong>br</strong> />

..............................................................................................<<strong>br</strong> />

Brasília, .....de .... de 200...<<strong>br</strong> />

Nome<<strong>br</strong> />

Função ou Cargo


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

8.3.11.3 Exemplo<<strong>br</strong> />

CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

CENTRO <strong>DE</strong> DOCUMENTAÇÃO E<<strong>br</strong> />

INFORMAÇÃO<<strong>br</strong> />

Coordenação de Publicações<<strong>br</strong> />

RELATÓRIO <strong>DE</strong> VIAGEM<<strong>br</strong> />

A Fundação Oliveira realizou o 2º Seminário<<strong>br</strong> />

Gestão do Conhecimento, em São Paulo, SP, no período<<strong>br</strong> />

de 23 a 25 de março de 2004. Estiveram presentes<<strong>br</strong> />

profissionais de diversas instituições, nacionais e<<strong>br</strong> />

estrangeiras.<<strong>br</strong> />

A Câmara dos Deputados se fez representar <strong>com</strong> o trabalho<<strong>br</strong> />

―Gerenciamento de Informações‖, por nós elaborado, na Sessão<<strong>br</strong> />

de Comunicações Livres.<<strong>br</strong> />

1. Abertura<<strong>br</strong> />

A solenidade de abertura foi presidida pelo Sr.<<strong>br</strong> />

José da Silva, Presidente da Fundação, que discursou<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>e o impacto da implantação da gestão do<<strong>br</strong> />

conhecimento nas instituições públicas e privadas.<<strong>br</strong> />

2. Apresentação das Plenárias<<strong>br</strong> />

2.1 – 1ª Sessão Plenária<<strong>br</strong> />

A 1ª Sessão Plenária, apresentada pela Profa.<<strong>br</strong> />

Maria José Soares, da Universidade de Brasília, teve<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o tema ―Gestão de Documentos: Aspectos Relevantes


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

no Processo de Implantação‖. A professora discorreu<<strong>br</strong> />

acerca das ações proativas a serem observadas quando<<strong>br</strong> />

da implantação de programas de gestão de documentos.<<strong>br</strong> />

2.2. – 2ª Sessão Plenária<<strong>br</strong> />

O tema desenvolvido na 2ª Plenária, ―Descripción<<strong>br</strong> />

de Fondos Fotográficos‖, foi apresentado pela Profa. Ana<<strong>br</strong> />

Lucía Hernandez, da Universidad de Sevilla. Mereceu<<strong>br</strong> />

destaque a divulgação do projeto ―Fondo Ramón de la<<strong>br</strong> />

Torre‖, coordenado pela professora, que tem <strong>com</strong>o base a<<strong>br</strong> />

adoção da Norma ISAD-G, do Conselho Internacional de<<strong>br</strong> />

Arquivos.<<strong>br</strong> />

2.3 – 3ª Sessão Plenária<<strong>br</strong> />

Coube ao Prof. Willian Hanks, da Universidade de<<strong>br</strong> />

Montreal, apresentar a última Plenária, <strong>com</strong> o tema<<strong>br</strong> />

―Preservação de Acervos Arquivísticos‖, quando primou<<strong>br</strong> />

por destacar as medidas adotadas mundialmente para a<<strong>br</strong> />

preservação dos documentos. Por meio de um vídeo<<strong>br</strong> />

institucional, revelou-nos os procedimentos existentes nas<<strong>br</strong> />

salas dos depósitos de documentos do International<<strong>br</strong> />

Center of Documentation and Research, da Lions‘s<<strong>br</strong> />

Foundation, no que se refere à aeração, iluminação,<<strong>br</strong> />

acondicionamento e armazenamento dos documentos.<<strong>br</strong> />

3. Comunicações livres<<strong>br</strong> />

O Seminário contou <strong>com</strong> a apresentação de<<strong>br</strong> />

quinze trabalhos, individuais e em grupos, na sessão de<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>unicações livres, distribuídos em três tardes. Os<<strong>br</strong> />

apresentadores relataram diversos estudos e casos,


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

3<<strong>br</strong> />

destacando as ações empreendidas nas instituições,<<strong>br</strong> />

assim <strong>com</strong>o os projetos e pesquisas em andamento.<<strong>br</strong> />

Apresentamos o trabalho ―Gerenciamento de<<strong>br</strong> />

Informações‖, produto de pesquisa realizada no âmbito da<<strong>br</strong> />

Casa, no qual destacamos os trabalhos que vêm sendo<<strong>br</strong> />

desenvolvidos pelas diversas coordenações deste Centro.<<strong>br</strong> />

Aproveitamos a oportunidade para divulgar os produtos e<<strong>br</strong> />

serviços do Cedi disponibilizados na Internet.<<strong>br</strong> />

4. Considerações finais<<strong>br</strong> />

O Seminário nos proporcionou conhecimentos<<strong>br</strong> />

que, <strong>br</strong>evemente, vamos disseminar para todos os<<strong>br</strong> />

servidores da Casa. Uma palestra foi agendada <strong>com</strong> o<<strong>br</strong> />

Cefor para o próximo mês.<<strong>br</strong> />

Brasília, 31 de março de 2004.<<strong>br</strong> />

Maria José da Silva<<strong>br</strong> />

Analista Legislativo


300 CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

8.3.12 REQUERIMENTO63<<strong>br</strong> />

É o instrumento por meio do qual o interessado requer a<<strong>br</strong> />

uma autoridade administrativa um direito do qual se julga<<strong>br</strong> />

detentor.<<strong>br</strong> />

8.3.12.1 Estrutura<<strong>br</strong> />

1. Vocativo, cargo ou função (e nome do destinatário), ou<<strong>br</strong> />

seja, da autoridade <strong>com</strong>petente.<<strong>br</strong> />

2. Texto, incluindo:<<strong>br</strong> />

a) Preâmbulo, contendo nome do requerente (grafado em<<strong>br</strong> />

letras maiúsculas) e respectiva qualificação: nacionalidade, estado<<strong>br</strong> />

civil, profissão, documento de identidade, idade (se maior de 60<<strong>br</strong> />

anos, para fins de preferência na tramitação do processo, segundo<<strong>br</strong> />

a Lei 10.741/03), e domicílio (caso o requerente seja servidor da<<strong>br</strong> />

Câmara dos Deputados, precedendo à qualificação civil deve ser<<strong>br</strong> />

colocado o número do registro funcional e a lotação);<<strong>br</strong> />

b) Exposição do pedido, de preferência indicando os<<strong>br</strong> />

fundamentos legais do requerimento e os elementos probatórios<<strong>br</strong> />

de natureza fática.<<strong>br</strong> />

3. Fecho:<<strong>br</strong> />

―Nestes termos,<<strong>br</strong> />

Pede deferimento‖.<<strong>br</strong> />

4. Local e data.<<strong>br</strong> />

5. Assinatura e, se for o caso de servidor, função ou cargo.<<strong>br</strong> />

Observações:<<strong>br</strong> />

Para a maioria dos requerimentos em tramitação na Câmara dos<<strong>br</strong> />

Deputados existem formulários próprios disponíveis na Intranet, que<<strong>br</strong> />

deverão ser usados prioritariamente, ficando o modelo aqui apresentado<<strong>br</strong> />

apenas para casos neles não incluídos.


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

1. Quando mais de uma pessoa fizer uma solicitação,<<strong>br</strong> />

reivindicação ou manifestação, o documento utilizado será um<<strong>br</strong> />

abaixo-assinado, <strong>com</strong> estrutura semelhante à do requerimento,<<strong>br</strong> />

devendo haver identificação das assinaturas.<<strong>br</strong> />

2. A Constituição Federal assegura a todos, independentemente<<strong>br</strong> />

do pagamento de taxas, o direito de petição aos Poderes Públicos<<strong>br</strong> />

em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder (art.<<strong>br</strong> />

5º, XXXIV, ―a‖), sendo que o exercício desse direito se<<strong>br</strong> />

instrumentaliza por meio de requerimento. No que concerne<<strong>br</strong> />

especificamente aos servidores públicos, a lei que institui o Regime<<strong>br</strong> />

Único estabelece que o requerimento deve ser dirigido à autoridade<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petente para decidi-lo e encaminhado por intermédio daquela a<<strong>br</strong> />

que estiver imediatamente subordinado o requerente (Lei 8.112/90,<<strong>br</strong> />

art. 105).


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

8.3.12.2 Modelo<<strong>br</strong> />

CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

ÓRGÃO PRINCIPAL<<strong>br</strong> />

Órgão Secundário<<strong>br</strong> />

(Vocativo)<<strong>br</strong> />

(Cargo ou função e nome do destinatário)<<strong>br</strong> />

........................ (nome do requerente, em<<strong>br</strong> />

maiúsculas) ....................... (demais dados de<<strong>br</strong> />

qualificação), requer ............................................................<<strong>br</strong> />

.............................................................................................<<strong>br</strong> />

Nestes termos,<<strong>br</strong> />

Pede deferimento.<<strong>br</strong> />

Brasília, ...... de .............. de 200..<<strong>br</strong> />

Nome<<strong>br</strong> />

Cargo ou Função


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

8.3.12.3 Exemplos<<strong>br</strong> />

CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

CENTRO <strong>DE</strong> FORMAÇÃO, TREINAMENTO E<<strong>br</strong> />

APERFEIÇOAMENTO<<strong>br</strong> />

Coordenação Técnico-Pedagógica<<strong>br</strong> />

Senhor Carlos Augusto da Silva<<strong>br</strong> />

Diretor da Cotep<<strong>br</strong> />

MARIA JOSÉ <strong>DE</strong> SOUZA, servidora da Câmara<<strong>br</strong> />

dos Deputados, ponto XXXX, lotada na Cotep, requer a V.<<strong>br</strong> />

Sa. licença para participar do XVI Congresso da<<strong>br</strong> />

Associação Nacional de Pós-Graduação em Educação<<strong>br</strong> />

(ANPED), a se realizar no período de 20 a 23 de<<strong>br</strong> />

setem<strong>br</strong>o de 2003, na cidade Caxambu, Minas Gerais.<<strong>br</strong> />

Conforme programação em anexo, o Congresso<<strong>br</strong> />

abordará os processos educativos em ambientes nãoescolares,<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o os que se desenvolvem no Cefor. Por<<strong>br</strong> />

essa razão, julga-se de grande importância a participação<<strong>br</strong> />

de um mem<strong>br</strong>o da equipe da Cotep nas discussões <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

especialistas da área.<<strong>br</strong> />

Nestes termos,<<strong>br</strong> />

Pede deferimento.<<strong>br</strong> />

Brasília, 14 de julho de 2003.<<strong>br</strong> />

Maria José de Souza


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

8.4 MEIOS <strong>DE</strong> TRANSMISSÃO<<strong>br</strong> />

O telegrama, o fax e o e-mail (correio eletrônico) são meios<<strong>br</strong> />

de transmissão de mensagens, não se constituindo em<<strong>br</strong> />

documentos propriamente ditos.<<strong>br</strong> />

8.4.1 TELEGRAMA<<strong>br</strong> />

É o nome dado a toda <strong>com</strong>unicação expedida por meio de<<strong>br</strong> />

telegrafia, telex, etc. Por seu alto custo, vem sendo substituído,<<strong>br</strong> />

progressivamente, pelo fax e pelo e-mail, que são meios mais<<strong>br</strong> />

modernos e eficientes de transmissão, devendo-se, por isso,<<strong>br</strong> />

restringir o seu uso a mensagens urgentes que não possam ser<<strong>br</strong> />

enviadas de outro modo ou quando se precisa da confirmação<<strong>br</strong> />

identificada de recebimento.<<strong>br</strong> />

Não há estrutura rígida para o telegrama, que, contudo,<<strong>br</strong> />

deve pautar-se pela concisão e adequar-se aos formulários<<strong>br</strong> />

disponíveis nas agências dos Correios e em sua página na<<strong>br</strong> />

Internet.64 Modernamente, vem caindo em desuso a linguagem<<strong>br</strong> />

a<strong>br</strong>eviada (apropriadamente qualificada de ―telegráfica‖), dando<<strong>br</strong> />

ela lugar ao texto corrido <strong>com</strong>um, devendo este, portanto, ser<<strong>br</strong> />

redigido <strong>com</strong> pontuação e acentuação normais.<<strong>br</strong> />

64 www.correiosonline.<strong>com</strong>.<strong>br</strong>/pt_telegrama_sel.asp (O telegrama via Internet é<<strong>br</strong> />

debitado em cartão de crédito.)


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

Exemplo de telegrama:<<strong>br</strong> />

Senhor José da Silva,<<strong>br</strong> />

Solicito a V.Sa. o urgente <strong>com</strong>parecimento na Câmara dos<<strong>br</strong> />

Deputados – Coordenação de Contratos – Anexo I, 13º andar,<<strong>br</strong> />

sala 1306, para tratar de assinatura de contrato de prestação de<<strong>br</strong> />

serviços.<<strong>br</strong> />

Cordialmente,<<strong>br</strong> />

João dos Santos<<strong>br</strong> />

Diretor<<strong>br</strong> />

8.4.2 FAX<<strong>br</strong> />

Forma a<strong>br</strong>eviada e já consagrada de fac-símile, é o meio de<<strong>br</strong> />

transmissão a ser utilizado, preferencialmente, em situações de<<strong>br</strong> />

urgência ou necessidade de envio de cópias de documentos. Para<<strong>br</strong> />

o arquivamento, quando necessário, deve-se atentar quanto à<<strong>br</strong> />

qualidade do papel, que, em certos modelos, se deteriora<<strong>br</strong> />

rapidamente.<<strong>br</strong> />

Os documentos são enviados por fax em sua estrutura<<strong>br</strong> />

original, mas é conveniente que sejam a<strong>com</strong>panhados de uma<<strong>br</strong> />

folha de rosto, <strong>com</strong> dados de identificação do remetente, do<<strong>br</strong> />

destinatário e da mensagem (quantidade de páginas e, conforme o<<strong>br</strong> />

caso, assunto).


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

Modelo folha de rosto para fax:<<strong>br</strong> />

ÓRGÃO EXPEDIDOR<<strong>br</strong> />

Setor do Órgão Expedidor<<strong>br</strong> />

Endereço do Órgão Expedidor<<strong>br</strong> />

Destinatário: .....................................................................................................<<strong>br</strong> />

Número do fax de destino:............................ Data:............./............./.............<<strong>br</strong> />

Remetente:.........................................................................................................<<strong>br</strong> />

Telefone do remetente:.........................Fax/correio eletrônico:..........................<<strong>br</strong> />

N. de páginas: esta +........................N. do documento:....................................<<strong>br</strong> />

Assunto:.............................................................................................................<<strong>br</strong> />

Observações:.....................................................................................................<<strong>br</strong> />

..........................................................................................................................<<strong>br</strong> />

..........................................................................................................................<<strong>br</strong> />

8.4.3 E-MAIL<<strong>br</strong> />

É a principal forma utilizada na transmissão de informações,<<strong>br</strong> />

em razão de seu baixo custo e da rapidez de sua veiculação.<<strong>br</strong> />

Embora cada vez mais difundido, ainda é usado apenas para<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>unicações informais ou oficiais que não requeiram<<strong>br</strong> />

confirmação de assinatura, <strong>com</strong>o, por exemplo, para divulgação<<strong>br</strong> />

interna de boletins de órgãos da Câmara dos Deputados (Sumário<<strong>br</strong> />

de Periódicos e Livros Novos, do Cedi, Revista da Casa, da DG,<<strong>br</strong> />

entre outros).<<strong>br</strong> />

Ao se fazer uso do e-mail, deve-se preencher sempre o<<strong>br</strong> />

campo ―Assunto‖, pois esse dado é importante para a organização<<strong>br</strong> />

das mensagens. Do mesmo modo, quando se anexa um arquivo,<<strong>br</strong> />

é regra de cortesia indicar minimamente o seu conteúdo. Leve-se<<strong>br</strong> />

em conta, também, que, ao se valer do e-mail <strong>com</strong>o forma de<<strong>br</strong> />

envio de informações, ainda que não oficial, deve-se usar da<<strong>br</strong> />

linguagem formal que se usaria em qualquer outro documento<<strong>br</strong> />

oficial, evitando-se a linguagem descontraída que caracteriza o e-<<strong>br</strong> />

mail pessoal.


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

A<strong>DE</strong>NDOS


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

1 DÚVIDAS E ERROS <strong>DE</strong> LINGUAGEM E <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

ALÉM / TAMBÉM<<strong>br</strong> />

O emprego do primeiro elimina o uso do segundo, porque<<strong>br</strong> />

redundante: Além de mal redigido, o projeto é inconstitucional<<strong>br</strong> />

(não: Além de mal redigido, o projeto também é inconstitucional).<<strong>br</strong> />

Às vezes, ambos podem ser usados <strong>com</strong> o propósito de<<strong>br</strong> />

ênfase ou, em frases longas, quando distantes um do outro.<<strong>br</strong> />

ALTERNATIVA / OPÇÃO<<strong>br</strong> />

Houaiss já consigna o uso moderno, ampliado, de<<strong>br</strong> />

alternativa <strong>com</strong>o ―uma de duas ou mais possibilidades‖, enquanto<<strong>br</strong> />

Aurélio registra apenas o uso mais tradicional de ―opção entre<<strong>br</strong> />

duas coisas‖. Preferível este último, por ser mais preciso. Assim, é<<strong>br</strong> />

re<strong>com</strong>endável o uso de alternativa para se referir a duas<<strong>br</strong> />

possibilidades, e opção para se referir a várias. Nesse sentido,<<strong>br</strong> />

evite-se a expressão várias alternativas, dando preferência a várias<<strong>br</strong> />

opções.<<strong>br</strong> />

Exemplos: A alternativa foi aprovar o projeto original (uma<<strong>br</strong> />

escolha entre duas: o original ou o emendado); A opção, entre as<<strong>br</strong> />

muitas sugestões que foram apresentadas na Comissão, foi<<strong>br</strong> />

aprovar o projeto apenas <strong>com</strong> as emendas do PT (uma escolha<<strong>br</strong> />

entre várias).<<strong>br</strong> />

São, portanto, redundantes expressões <strong>com</strong>o outra<<strong>br</strong> />

alternativa ou única alternativa: Não teve outra alternativa senão<<strong>br</strong> />

aprovar o projeto; A única alternativa foi aprovar o projeto.<<strong>br</strong> />

Preferível: Não teve alternativa senão aprovar o projeto; ou: Não<<strong>br</strong> />

teve outra opção senão aprovar o projeto.<<strong>br</strong> />

A MEU VER<<strong>br</strong> />

Não existe artigo nestas expressões: a meu ver (não: *ao<<strong>br</strong> />

meu ver), a seu ver, a nosso ver.


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

AMPLIAR<<strong>br</strong> />

É pleonástica a forma ampliado por mais um mês, porque o<<strong>br</strong> />

verbo já tem o sentido de ―aumentar‖. Portanto, em vez de O<<strong>br</strong> />

prazo foi ampliado por mais um mês, usa-se O prazo foi<<strong>br</strong> />

ampliado em um mês.<<strong>br</strong> />

*A NÍVEL <strong>DE</strong> / AO NÍVEL <strong>DE</strong> / EM NÍVEL <strong>DE</strong><<strong>br</strong> />

A expressão ao nível de significa ―à mesma altura‖: O<<strong>br</strong> />

microfone foi ajustado ao nível da cabeça do orador. Com o<<strong>br</strong> />

sentido de ―instância‖, a expressão adequada é em nível de: Essa<<strong>br</strong> />

é questão a ser resolvida em nível de Ministro de Estado. A<<strong>br</strong> />

locução a nível de, <strong>com</strong>o equivalente a ―na qualidade de,<<strong>br</strong> />

enquanto‖, é incorreta e deve ser evitada: *Julgou-se, a nível de<<strong>br</strong> />

militante histórico, no direito de contestar a direção.<<strong>br</strong> />

ANÔNIMO / APÓCRIFO<<strong>br</strong> />

Ambas as palavras têm significados específicos e diversos.<<strong>br</strong> />

Não se deve, portanto, usar uma no lugar da outra. Anônimo<<strong>br</strong> />

significa ―sem assinatura‖, de ―autoria desconhecida‖. Apócrifo<<strong>br</strong> />

aplica-se a documento em que não é possível aferir a<<strong>br</strong> />

autenticidade da autoria.<<strong>br</strong> />

AO INVÉS <strong>DE</strong> / EM VEZ <strong>DE</strong><<strong>br</strong> />

Ao invés de significa ―ao contrário de‖: Ao invés de aprovar,<<strong>br</strong> />

rejeitou. Em vez de significa ―no lugar de‖, sem a idéia de<<strong>br</strong> />

contrário: Em vez de votar, adiou a decisão.<<strong>br</strong> />

A PARTIR <strong>DE</strong><<strong>br</strong> />

Essa expressão é empregada para designar o início de um<<strong>br</strong> />

período ou prazo. Tem o sentido de ―a <strong>com</strong>eçar de, desde‖. É<<strong>br</strong> />

redundância, portanto, usá-la juntamente <strong>com</strong> <strong>com</strong>eça, <strong>com</strong>o em:<<strong>br</strong> />

As inscrições <strong>com</strong>eçarão a partir da próxima semana. Na verdade,<<strong>br</strong> />

elas <strong>com</strong>eçarão na próxima semana.<<strong>br</strong> />

Não deve ser usada <strong>com</strong> o significado de ―<strong>com</strong> base em‖:<<strong>br</strong> />

Votarei contra essa proposta, *a partir de minhas convicções.


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

À(S) CUSTA(S) <strong>DE</strong><<strong>br</strong> />

Houaiss já consigna o uso opcional de à custa de ou às<<strong>br</strong> />

custas de no sentido de ―a expensas de‖. Na exemplificação,<<strong>br</strong> />

porém, ele cita somente a primeira forma, mais tradicional,<<strong>br</strong> />

preferível, dado que custas designa ―despesas feitas em processo<<strong>br</strong> />

judicial‖. Assim, dê-se preferência a à custa de, no singular: Vive<<strong>br</strong> />

à custa dos pais.<<strong>br</strong> />

ATRAVÉS <strong>DE</strong><<strong>br</strong> />

Tradicionalmente, tem-se condenado o emprego de através<<strong>br</strong> />

de quando não significando ―por entre‖. Aurélio registra, s.v., 4,<<strong>br</strong> />

além do significado original tradicional, o uso moderno de ―por<<strong>br</strong> />

intermédio de‖, <strong>com</strong>o também Houaiss, s.v., 6, ―fig. por meio de;<<strong>br</strong> />

mediante ‖. Tal emprego não deve ser condenável, portanto,<<strong>br</strong> />

visto encontrar a<strong>br</strong>igo nos dicionários padrão do português do<<strong>br</strong> />

Brasil. O redator pode optar pelo uso mais tradicional, purista –<<strong>br</strong> />

restrito ao sentido primeiro de ―por entre‖ (através da janela,<<strong>br</strong> />

através dos séculos) –, ou mais evoluído, <strong>com</strong>o consignado em<<strong>br</strong> />

Aurélio e Houaiss.<<strong>br</strong> />

O uso de através exige o a<strong>com</strong>panhamento da preposição<<strong>br</strong> />

de: através do muro (nunca através o muro).<<strong>br</strong> />

BASTANTE<<strong>br</strong> />

Todo advérbio é invariável, e este não foge à regra. Quando<<strong>br</strong> />

aplicado para intensificar o verbo ou o adjetivo, não se flexiona:<<strong>br</strong> />

Elas se esforçaram bastante para ter os mesmos direitos que os<<strong>br</strong> />

homens; Eles ficaram bastante cansados.<<strong>br</strong> />

Como pronome indefinido adjetivo (―muito‖) ou <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

adjetivo (―suficiente‖), concorda <strong>com</strong> o substantivo: O Primeiro-<<strong>br</strong> />

Secretário da Mesa tem bastantes projetos para encaminhar; As<<strong>br</strong> />

evidências são bastantes para embasar o pedido de arquivamento<<strong>br</strong> />

da proposição.<<strong>br</strong> />

Uma regra prática consiste em substituir bastante por muito<<strong>br</strong> />

para verificar a concordância: se este último for para o plural, é


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

sinal de que se deve usar bastantes; do contrário, usa-se bastante,<<strong>br</strong> />

no singular.<<strong>br</strong> />

BEM COMO<<strong>br</strong> />

Tradicionalmente, tem-se re<strong>com</strong>endado evitar o seu uso, em<<strong>br</strong> />

favor de e, <strong>com</strong>o, também, igualmente, da mesma forma. A<<strong>br</strong> />

expressão, porém, já está consignada em Aurélio (―assim <strong>com</strong>o;<<strong>br</strong> />

da mesma forma que: Naquele dia, bem <strong>com</strong>o nos seguintes,<<strong>br</strong> />

esteve mal‖) e Houaiss (―da mesma forma que; assim <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

‖), bem <strong>com</strong>o em dicionários mais antigos <strong>com</strong>o Morais,<<strong>br</strong> />

Laudelino Freire e Caldas Aulete.<<strong>br</strong> />

BOREAL / SETENTRIONAL / AUSTRAL / MERIDIONAL<<strong>br</strong> />

Boreal e setentrional significam ―situado ao norte‖, ―do lado<<strong>br</strong> />

norte‖. Austral e meridional significam ―situado ao sul‖.<<strong>br</strong> />

*BREVE ALOCUÇÃO<<strong>br</strong> />

O significado de alocução é ―discurso <strong>br</strong>eve‖. Empregar o<<strong>br</strong> />

adjetivo <strong>br</strong>eve <strong>com</strong> esse substantivo é redundância.<<strong>br</strong> />

CARO / BARATO<<strong>br</strong> />

Quando essas palavras modificam substantivos, são<<strong>br</strong> />

adjetivos – portanto, variáveis: vestido caro, roupas baratas.<<strong>br</strong> />

Quando modificam verbos, são advérbios – portanto,<<strong>br</strong> />

invariáveis: Pagou caro pelos vestidos; Comprou barato as<<strong>br</strong> />

roupas.<<strong>br</strong> />

É incorreto o uso de caro ou barato em relação a preços. Os<<strong>br</strong> />

preços são altos (elevados) ou baixos. As mercadorias é que são<<strong>br</strong> />

caras ou baratas.<<strong>br</strong> />

CERCA <strong>DE</strong><<strong>br</strong> />

Essa expressão é usada para indicar número aproximado,<<strong>br</strong> />

arredondamento de valores, não devendo, portanto, aparecer <strong>com</strong>


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

números que não sejam redondos. Diz-se cerca de quinhentas<<strong>br</strong> />

pessoas (não: *cerca de 487 pessoas).<<strong>br</strong> />

CHANCE<<strong>br</strong> />

Tradicionalmente, tem o significado de ―ocasião favorável,<<strong>br</strong> />

oportunidade‖, e Aurélio registra apenas esses sentidos. Houaiss,<<strong>br</strong> />

contudo, já consigna o significado muito difundido e usado de:<<strong>br</strong> />

―1. possibilidade de (alguma coisa que independe da intenção<<strong>br</strong> />

humana ou causa observável) acontecer 2. indício que deixa presumir que<<strong>br</strong> />

há condições para (um fato favorável a alguém) se produzir<<strong>br</strong> />

‖. Assim, não devem ser condenadas frases <strong>com</strong>o O<<strong>br</strong> />

projeto não tem nenhuma chance de ser aprovado; Há 80% de<<strong>br</strong> />

chances de as emendas serem acolhidas pelo relator, ficando para<<strong>br</strong> />

o redator escolher entre este emprego e o de um sinônimo <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

possibilidade.<<strong>br</strong> />

COLOCAR / COLOCAÇÃO<<strong>br</strong> />

Deve ser evitado o uso no sentido de ―argumentar, declarar,<<strong>br</strong> />

ponderar‖, <strong>com</strong>o na expressão fazer uma colocação, ou colocar<<strong>br</strong> />

que..., por não estar ainda devidamente abonado pelos grandes<<strong>br</strong> />

dicionaristas. Aurélio, embora defina colocar, s.v., <strong>com</strong>o ―9.<<strong>br</strong> />

Trazer à baila ou à discussão, apresentar, expor: colocar um<<strong>br</strong> />

problema, uma questão‖, apresenta colocação, s.v., <strong>com</strong>o ―7.<<strong>br</strong> />

Bras. Pop. Apresentação, exposição (de fatos ou idéias)‖, donde se<<strong>br</strong> />

deduz que, por ser de uso popular, não deve se estender à<<strong>br</strong> />

linguagem formal. Já Houaiss define colocar, s.v., <strong>com</strong>o ―3. trazer<<strong>br</strong> />

à baila, propor, aventar ‖, não<<strong>br</strong> />

consignando o mesmo sentido, substantivamente, no verbete<<strong>br</strong> />

colocação.<<strong>br</strong> />

DADO / VISTO<<strong>br</strong> />

Os particípios dado e visto têm valor passivo e concordam<<strong>br</strong> />

em gênero e número <strong>com</strong> o substantivo a que se referem: Dados<<strong>br</strong> />

o interesse e o esforço demonstrados, optou-se pela permanência


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

do servidor em sua função; Dadas as circunstâncias...; Os<<strong>br</strong> />

discursos foram dados <strong>com</strong>o lidos; Vistas as evidências, o<<strong>br</strong> />

parlamentar desistiu de sua argumentação.<<strong>br</strong> />

É invariável nas locuções conjuntivas dado que, visto que:<<strong>br</strong> />

Dado que (visto que) as servidoras demonstraram interesse e<<strong>br</strong> />

esforço, optou-se pela sua permanência na função.<<strong>br</strong> />

DAR / BATER / SOAR (APLICADO A HORAS)<<strong>br</strong> />

O verbo concorda <strong>com</strong> o número de horas: Deram dez<<strong>br</strong> />

horas; Bateu uma hora.<<strong>br</strong> />

Quando o sujeito é o objeto de onde partem as batidas, o<<strong>br</strong> />

verbo concorda <strong>com</strong> ele: O relógio deu dez horas; Os sinos<<strong>br</strong> />

bateram doze horas.<<strong>br</strong> />

<strong>DE</strong> ENCONTRO A / AO ENCONTRO <strong>DE</strong><<strong>br</strong> />

A expressão de encontro a representa idéia de oposição, de<<strong>br</strong> />

confronto: O menino perdeu o controle da bicicleta e foi de<<strong>br</strong> />

encontro ao muro; Essa teoria vai de encontro ao que eu penso (é<<strong>br</strong> />

contra o que eu penso).<<strong>br</strong> />

A expressão ao encontro de significa concordância,<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>patibilidade: Seu argumento vai ao encontro do que eu dizia<<strong>br</strong> />

(o argumento reforça o que eu dizia).<<strong>br</strong> />

<strong>DE</strong> FORMA (MANEIRA, MODO) QUE / <strong>DE</strong> FORMA (MANEIRA, MODO) A / <strong>DE</strong><<strong>br</strong> />

MODO A QUE<<strong>br</strong> />

De forma que, de maneira que, de modo que e de modo a<<strong>br</strong> />

que aplicam-se nas orações desenvolvidas: Deu amplas<<strong>br</strong> />

explicações, de forma (maneira / modo) que tudo ficou claro.<<strong>br</strong> />

De forma a, de maneira a e de modo a são expressões<<strong>br</strong> />

admissíveis usadas <strong>com</strong> orações reduzidas de infinitivo, embora<<strong>br</strong> />

puristas as considerem galicismos: Deu amplas explicações, de<<strong>br</strong> />

forma (maneira / modo) a deixar tudo claro.<<strong>br</strong> />

Não são admitidas as pluralizações: *de formas que, *de<<strong>br</strong> />

maneiras que, *de modos que.


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

<strong>DE</strong>MAIS / POR <strong>DE</strong>MAIS / <strong>DE</strong> MAIS<<strong>br</strong> />

O advérbio demais e a locução por demais significam<<strong>br</strong> />

―excessivamente, em demasia‖: A discussão deixou-a irritada<<strong>br</strong> />

demais (ou por demais irritada). A expressão de mais significa ―a<<strong>br</strong> />

mais‖: No troco, ele recebeu cinco reais de mais; Acredito que<<strong>br</strong> />

haja um erro nessa conta: o garçom está co<strong>br</strong>ando de mais. Para<<strong>br</strong> />

eliminar dúvidas, o antônimo de de mais é de menos.<<strong>br</strong> />

<strong>DE</strong> O / <strong>DE</strong> ELE<<strong>br</strong> />

Embora alguns gramáticos já o admitam, não se aconselha<<strong>br</strong> />

empregar expressões em que o sujeito é regido por preposição,<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o em O Deputado julgou ser hora dele fazer um aparte e É<<strong>br</strong> />

hora do Presidente dar início à sessão. Nas duas frases, o indicado<<strong>br</strong> />

são as formas de ele e de o, porque os sujeitos são ele e o<<strong>br</strong> />

Presidente, que não podem ser regidos pela preposição de<<strong>br</strong> />

(dele = de + ele; do = de + o).<<strong>br</strong> />

<strong>DE</strong>SCENDÊNCIA, <strong>DE</strong>SCEN<strong>DE</strong>NTES / ASCENDÊNCIA, ASCEN<strong>DE</strong>NTES<<strong>br</strong> />

Descendência refere-se às gerações que se seguem, e<<strong>br</strong> />

ascendência às anteriores: Na Câmara há vários deputados de<<strong>br</strong> />

ascendência italiana (= são filhos, netos, etc., de italianos); Os<<strong>br</strong> />

descendentes consolidaram a o<strong>br</strong>a do fundador (= os filhos,<<strong>br</strong> />

netos, etc., do fundador).<<strong>br</strong> />

<strong>DE</strong>SAPERCEBIDO / <strong>DE</strong>SPERCEBIDO<<strong>br</strong> />

Tradicionalmente, tem-se dado a desapercebido o sentido<<strong>br</strong> />

único de ―desprevenido, desprovido, desguarnecido‖, enquanto a<<strong>br</strong> />

despercebido o significado exclusivo de ―sem ser notado‖.<<strong>br</strong> />

Modernos dicionários, no entanto, <strong>com</strong>o Aurélio e Houaiss, já<<strong>br</strong> />

consignam os dois termos <strong>com</strong>o opções de grafia, chegando<<strong>br</strong> />

Houaiss a <strong>com</strong>entar, s.v. desapercebido: ―Os parônimos<<strong>br</strong> />

desapercebido e despercebido foram objeto de censura purista,<<strong>br</strong> />

acoimados de falsa sinonímia (na acp. 3), em que o contraste<<strong>br</strong> />

entre aperceber ‗aparelhar‘ e perceber ‗notar, observar‘,<<strong>br</strong> />

prefixados <strong>com</strong> des-(negativo, privativo), era transferido para os<<strong>br</strong> />

seus derivados; no entanto, ante o emprego desses dois vocábulos


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o sinônimos por autores de grande expressão quer no s.XIX<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o em inícios do s.XX, <strong>com</strong>o Castilho, Camilo, Rebelo da<<strong>br</strong> />

Silva, Garcia Redondo, etc., a rejeição faz-se inaceitável.‖ Cabe,<<strong>br</strong> />

portanto, ao redator a escolha pelo uso tradicional, mais purista,<<strong>br</strong> />

ou pelo uso mais moderno.<<strong>br</strong> />

<strong>DE</strong>S<strong>DE</strong><<strong>br</strong> />

Não se emprega desde <strong>com</strong> referência a localização<<strong>br</strong> />

geográfica, mas apenas a tempo: Não: Nosso repórter está falando<<strong>br</strong> />

*desde Paris. Sim: ...de Paris. Nosso repórter está em Paris desde<<strong>br</strong> />

o início do ano.<<strong>br</strong> />

DIA-A-DIA / DIA A DIA<<strong>br</strong> />

Com hífen <strong>com</strong>o substantivo (= a sucessão dos dias; a<<strong>br</strong> />

labuta diária, o viver cotidiano, a rotina): O dia-a-dia do<<strong>br</strong> />

trabalhador <strong>br</strong>asileiro é uma seqüência de dificuldades da manhã<<strong>br</strong> />

à noite. Sem hífen, <strong>com</strong>o expressão temporal, significando todos<<strong>br</strong> />

os dias, cada dia, cotidianamente, à medida que os dias passam,<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> o correr dos dias: Dia a dia, o trabalhador <strong>br</strong>asileiro fica<<strong>br</strong> />

mais po<strong>br</strong>e.<<strong>br</strong> />

DIGNITÁRIO / DIGNATÁRIO<<strong>br</strong> />

Tradicionalmente, só se admite a primeira forma, embora a<<strong>br</strong> />

segunda já seja consagrada e aceita por dicionaristas <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

Houaiss, que, a respeito, informa ser às vezes rejeitada pelos<<strong>br</strong> />

puristas, mas ressaltando que ―não é errônea e ocorre desde o<<strong>br</strong> />

s.XIX‖. Morais registra dignatário <strong>com</strong>o o mesmo que dignitário, e<<strong>br</strong> />

menos correto, apresentando exemplificação de Camilo Castelo<<strong>br</strong> />

Branco, o que parece corroborar a observação de Houaiss. Assim,<<strong>br</strong> />

fica o seu emprego à escolha do redator, que pode optar por uma<<strong>br</strong> />

forma mais tradicional e mais amplamente aceita ou outra mais<<strong>br</strong> />

corriqueira e moderna.<<strong>br</strong> />

EMENDAR<<strong>br</strong> />

Significa ―apresentar emenda a‖ (emendar a lei) ou ―corrigir‖<<strong>br</strong> />

(emendar o colega, que disse algo errado). Não deve ser usado


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o simples verbo declarativo, mas, sim, <strong>com</strong> a idéia expressa<<strong>br</strong> />

em Houaiss: ―5. dizer em acréscimo para corrigir; acrescentar,<<strong>br</strong> />

retificar‖. Ex.: Emendou rápido a frase da mulher para evitar um<<strong>br</strong> />

mal-entendido.<<strong>br</strong> />

EM FUNÇÃO <strong>DE</strong><<strong>br</strong> />

Originalmente, essa expressão servia para designar relação<<strong>br</strong> />

funcional entre duas coisas. Mais tarde, passou a indicar relação<<strong>br</strong> />

de causa e efeito, acepção aceita por Aurélio e Houaiss. Em<<strong>br</strong> />

benefício do estilo, não é re<strong>com</strong>endado empregá-la em frases<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o A sessão foi suspensa em função do adiantado da hora (=<<strong>br</strong> />

em razão de; dado o).<<strong>br</strong> />

EMIGRAR / IMIGRAR / MIGRAR<<strong>br</strong> />

Emigrar (emigração) significa deixar um país ou região para<<strong>br</strong> />

estabelecer-se em outro local: O nordestino emigra somente<<strong>br</strong> />

quando a seca se torna insuportável.<<strong>br</strong> />

Imigrar (imigração) tem o significado de chegar a um país ou<<strong>br</strong> />

região para estabelecer-se em definitivo: A imigração japonesa<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>eçou há cem anos.<<strong>br</strong> />

Migrar (migrar) expressa a idéia de ―mudança periódica,<<strong>br</strong> />

passagem de uma região para outra, de um país para outro‖: No<<strong>br</strong> />

inverno, as aves tendem a migrar para regiões mais quentes.<<strong>br</strong> />

EMINENTE / IMINENTE<<strong>br</strong> />

Eminente (eminência) é tratamento respeitoso, <strong>com</strong> a idéia<<strong>br</strong> />

de ―no<strong>br</strong>e, insigne‖: o eminente presidente, o eminente prelado,<<strong>br</strong> />

Vossa Eminência (usado para cardeais).<<strong>br</strong> />

Iminente (iminência) significa ―aquilo que está em via de<<strong>br</strong> />

acontecer, que representa possibilidade de ocorrência imediata‖:<<strong>br</strong> />

golpe iminente (= golpe que está para acontecer a qualquer<<strong>br</strong> />

hora), risco de desabamento iminente.


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

EMPREITADA<<strong>br</strong> />

Ato de executar o<strong>br</strong>a en<strong>com</strong>endada por terceiros, sob<<strong>br</strong> />

pagamento.<<strong>br</strong> />

É incorreto empregar a palavra <strong>com</strong>o sinônimo de tarefa ou<<strong>br</strong> />

missão a cumprir, quando não houver re<strong>com</strong>pensa em dinheiro<<strong>br</strong> />

ou espécie. A frase O deputado lançou-se à empreitada, certo de<<strong>br</strong> />

estar cumprindo seu dever é, por isso, imprópria.<<strong>br</strong> />

EM VIA <strong>DE</strong><<strong>br</strong> />

A expressão em via de tem o significado de ―a caminho de‖.<<strong>br</strong> />

A forma correta é no singular: As baleias azuis estão em via de<<strong>br</strong> />

extinção; Os relatórios estão em via de conclusão.<<strong>br</strong> />

ENCONTRAR<<strong>br</strong> />

Houaiss registra o significado de ―estar em determinado<<strong>br</strong> />

lugar, condição, situação ou estado; achar-se, situar-se, localizarse‖,<<strong>br</strong> />

muito <strong>com</strong>um na linguagem formal: O projeto encontra-se na<<strong>br</strong> />

Comissão para análise. Deve-se, contudo, evitar o seu uso em<<strong>br</strong> />

construções que possam ter conotações insólitas, <strong>com</strong>o: O menor<<strong>br</strong> />

encontra-se perdido; O Deputado encontra-se ausente.<<strong>br</strong> />

ENQUANTO<<strong>br</strong> />

Conjunção equivalente a ―ao passo que, à medida que‖.<<strong>br</strong> />

Não se deve usar a construção coloquial enquanto que. O sentido<<strong>br</strong> />

de ―na qualidade de, na condição de, <strong>com</strong>o‖, embora criticado<<strong>br</strong> />

por alguns puristas, encontra-se devidamente consignado nos dois<<strong>br</strong> />

mais importantes dicionários atuais da língua portuguesa. Aurélio:<<strong>br</strong> />

―4. Sob o aspecto de; considerado <strong>com</strong>o: ‗A gramática é o estudo<<strong>br</strong> />

da língua enquanto sistema, independentemente da mentalidade<<strong>br</strong> />

do grupo ou da do sujeito falante.‘ (Sílvio Elia, Orientações da<<strong>br</strong> />

lingüística moderna, p. 25); É grande homem, não enquanto<<strong>br</strong> />

político, mas enquanto escritor.‖ Houaiss: ―1.3. conjunção<<strong>br</strong> />

conformativa - conformidade: na qualidade de; <strong>com</strong>o. ‖.


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> R EDAÇÃO 319<<strong>br</strong> />

ENTRAR / SAIR / SUBIR (PLEONASMOS VICIOSOS)<<strong>br</strong> />

Verbos <strong>com</strong>o entrar, subir e sair dispensam o<<strong>br</strong> />

a<strong>com</strong>panhamento de palavras ou expressões que levem a<<strong>br</strong> />

redundâncias. Assim, não devem ser usadas expressões <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

subir para cima, entrar para dentro, sair para fora. Outras<<strong>br</strong> />

redundâncias: elo de ligação, monopólio exclusivo, viúva do<<strong>br</strong> />

morto, ganhar de graça, já não há mais.<<strong>br</strong> />

ENTRE / <strong>DE</strong>NTRE<<strong>br</strong> />

A preposição entre significa ―meio-termo, intermédio,<<strong>br</strong> />

intervalo que separa as pessoas ou coisas, umas das outras‖. Não<<strong>br</strong> />

é sinônimo de dentre, que significa ―do meio de‖. O uso correto<<strong>br</strong> />

da palavra dentre depende de o verbo exigir a palavra de: As<<strong>br</strong> />

bandeiras vermelhas surgiram dentre a multidão (surgiram de<<strong>br</strong> />

entre).<<strong>br</strong> />

É QUE / *É <strong>DE</strong> QUE/ *É A (O) <strong>DE</strong> QUE<<strong>br</strong> />

Em frases do tipo A expectativa da Comissão é que o projeto<<strong>br</strong> />

seja aprovado, é <strong>com</strong>um encontrar as versões incorretas A<<strong>br</strong> />

expectativa da Comissão*é de que o projeto... ou *é a de que o<<strong>br</strong> />

projeto... Outros exemplos: O desejo do Governo é que os<<strong>br</strong> />

governadores aceitem a proposta (não: *é de que ou é o de que);<<strong>br</strong> />

O <strong>com</strong>promisso da Coordenação é que todos os requerimentos<<strong>br</strong> />

sejam analisados (não: *é de que ou *é o de que).<<strong>br</strong> />

Compare-se, no entanto: A expectativa da Comissão de que<<strong>br</strong> />

o projeto fosse aprovado não se concretizou; O desejo do<<strong>br</strong> />

Governo de que os governadores aceitem a proposta não foi bem<<strong>br</strong> />

recebido pela maioria; O <strong>com</strong>promisso da Coordenação de que<<strong>br</strong> />

todos os requerimentos sejam analisados foi feito pelo Diretor no<<strong>br</strong> />

dia da posse.<<strong>br</strong> />

ESTE, ISTO / ESSE, ISSO / AQUELE, AQUILO<<strong>br</strong> />

O uso do pronome demonstrativo obedece às<<strong>br</strong> />

circunstâncias, que podem ser três:


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

Situação no espaço<<strong>br</strong> />

Emprega-se este / isto quando o objeto ou pessoa está perto<<strong>br</strong> />

de quem fala (eu, nós): Este foi o meu primeiro romance; Esta é a<<strong>br</strong> />

pessoa de quem lhe falei; Recolho-me nesta cama, todas as noites,<<strong>br</strong> />

antes das 23 horas.<<strong>br</strong> />

Emprega-se esse / isso quando o objeto está perto de pessoa<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> quem se fala (você, tu): Essa é a sala onde você trabalha?;<<strong>br</strong> />

Quanto custou esse carro?; Desde quando você namora essa<<strong>br</strong> />

garota?<<strong>br</strong> />

Emprega-se aquele / aquilo quando o objeto ou pessoa está<<strong>br</strong> />

distante tanto do falante quanto do ouvinte: Aquelas montanhas,<<strong>br</strong> />

no inverno, ficam cobertas de neve (as montanhas estão longe das<<strong>br</strong> />

duas pessoas); Aquilo que se vê no horizonte são montanhas<<strong>br</strong> />

cobertas de neve (idem).<<strong>br</strong> />

Situação no tempo<<strong>br</strong> />

Emprega-se este / isto no tempo presente: esta semana (a<<strong>br</strong> />

semana em que estamos), este outono (a presente estação do<<strong>br</strong> />

ano), neste ano (o corrente).<<strong>br</strong> />

Emprega-se esse / isso referindo-se ao tempo passado já<<strong>br</strong> />

mencionado: Por esse tempo, percorri o interior da Espanha;<<strong>br</strong> />

Vimo-nos pela última vez em 1998. Nesse ano, eu ainda era<<strong>br</strong> />

solteiro; Isso aconteceu quando eu ainda era solteiro.<<strong>br</strong> />

Emprega-se aquele / aquilo em relação a um tempo passado<<strong>br</strong> />

já mencionado, porém <strong>com</strong> a idéia de um tempo mais longínquo,<<strong>br</strong> />

ou histórico: ―Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos.‖<<strong>br</strong> />

Situação no texto<<strong>br</strong> />

Usa-se este / isto para introduzir referência que, no texto,<<strong>br</strong> />

vem a seguir: A grande dúvida é esta: vamos conseguir superar a<<strong>br</strong> />

crise?; O Deputado iniciou o discurso <strong>com</strong> esta estranha<<strong>br</strong> />

declaração: a partir de hoje, não me considero parlamentar.<<strong>br</strong> />

Emprega-se esse / isso quando o fato é citado antes,<<strong>br</strong> />

havendo posterior referência a ele: O Governo não pode baixar as<<strong>br</strong> />

taxas de juros, no curto prazo. Essa declaração foi feita pelo<<strong>br</strong> />

Presidente da República; O Líder <strong>com</strong>unicou que o partido votará


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

contra. Essa decisão foi tomada em reunião da bancada realizada<<strong>br</strong> />

hoje cedo; O País precisa voltar a crescer, mas no momento não<<strong>br</strong> />

há condições objetivas para isso. Esse desabafo foi feito ontem<<strong>br</strong> />

pelo Ministro da Fazenda.<<strong>br</strong> />

ESTAR EM (INDICANDO QUANTIDA<strong>DE</strong>, GRUPO)<<strong>br</strong> />

Na frase Estávamos em quatro à mesa, a preposição em está<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>ando. O certo é Estávamos quatro à mesa. Da mesma forma,<<strong>br</strong> />

Éramos seis; Ficamos trinta no plenário.<<strong>br</strong> />

ETC.<<strong>br</strong> />

A a<strong>br</strong>eviação etc. deriva do latim et cetera, que significa ―e<<strong>br</strong> />

outras coisas‖. Não costuma vir precedida da conjunção e.<<strong>br</strong> />

Segundo registra Aurélio, embora normalmente se devesse usar<<strong>br</strong> />

apenas <strong>com</strong> referência a coisas, <strong>com</strong>o se vê do seu sentido<<strong>br</strong> />

etimológico, aparece freqüentes vezes, inclusive nos melhores<<strong>br</strong> />

autores, aplicado a pessoas. Quanto ao uso ou não de vírgula<<strong>br</strong> />

antes dela, as opiniões são divergentes: as Instruções do Volp<<strong>br</strong> />

usam sempre vírgula antes de etc., assim <strong>com</strong>o re<strong>com</strong>enda Luft e<<strong>br</strong> />

usa Aurélio. Já Houaiss, na introdução ao dicionário, esclarece:<<strong>br</strong> />

―por desnecessário, não se usou de vírgula antes de etc. – a não<<strong>br</strong> />

ser que houvesse alguma causa precípua para tanto.‖ Este Manual<<strong>br</strong> />

adota <strong>com</strong>o norma o uso da vírgula.<<strong>br</strong> />

EVENTUAL / POSSÍVEL / PROVÁVEL / POTENCIAL<<strong>br</strong> />

Esses adjetivos não são sinônimos.<<strong>br</strong> />

Eventual tem o significado de ―casual, fortuito, acidental‖.<<strong>br</strong> />

Assim, está incorreto o seu emprego na frase A banda rebelde do<<strong>br</strong> />

partido preocupa-se <strong>com</strong> a *eventual queda do índice de<<strong>br</strong> />

desemprego, devido à alta dos juros. Ela se preocupa, certamente,<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> o possível aumento do desemprego.<<strong>br</strong> />

Possível é o ―que pode acontecer‖; provável é o ―que deve<<strong>br</strong> />

acontecer, o que tem aparência de verdadeiro‖: A classificação do<<strong>br</strong> />

time, no Campeonato Brasileiro, é possível mas não provável.


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

EVIDÊNCIA<<strong>br</strong> />

Qualidade do que é evidente, do que não <strong>com</strong>porta dúvidas<<strong>br</strong> />

quanto à sua verdade ou falsidade: As evidências apontam para a<<strong>br</strong> />

inocência do réu. Situa-se, valorativamente, entre prova e indício ,<<strong>br</strong> />

mas não deve ser empregado <strong>com</strong>o sinônimo desses substantivos.<<strong>br</strong> />

EX<<strong>br</strong> />

Prefixo latino, <strong>com</strong> significado de ―separação,<<strong>br</strong> />

transformação‖. É empregado para designar, no presente,<<strong>br</strong> />

condição passada, daí ser incorreto usá-lo quando a condição<<strong>br</strong> />

ainda estava presente à época em que a ação se desenvolveu: O<<strong>br</strong> />

ex-Presidente Costa e Silva editou o Ato Institucional n.º 5 em 13<<strong>br</strong> />

de dezem<strong>br</strong>o de 1968 (na ocasião ele era presidente, não ex;<<strong>br</strong> />

deve-se, nesse caso, usar uma expressão <strong>com</strong>o à época, então: O<<strong>br</strong> />

então Presidente...).<<strong>br</strong> />

EXCETO / EXCETUADO<<strong>br</strong> />

Exceto significa ―<strong>com</strong> exceção de, afora‖, é preposição e,<<strong>br</strong> />

portanto, invariável; excetuado é adjetivo e varia normalmente:<<strong>br</strong> />

Votaram todos os deputados, exceto os que se encontravam em<<strong>br</strong> />

obstrução; Votaram todos os deputados, excetuados os que se<<strong>br</strong> />

encontravam em obstrução.<<strong>br</strong> />

EXISTIR<<strong>br</strong> />

Ao contrário de haver e fazer (quando empregados no<<strong>br</strong> />

sentido de ―existir‖), o verbo existir é pessoal e se flexiona,<<strong>br</strong> />

concordando <strong>com</strong> o sujeito: Existem muitos carros; Existirão<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>plicações se... (mas Há muitos carros; Haverá <strong>com</strong>plicações<<strong>br</strong> />

se...; Faz anos que estive aqui).<<strong>br</strong> />

EXPLODIR<<strong>br</strong> />

Esse verbo só se conjuga nas formas pessoais em que depois<<strong>br</strong> />

do d vem e ou i: explode, explodiram, etc. Portanto, não se<<strong>br</strong> />

escreve nem se fala exploda ou expluda. O verbo deve ser<<strong>br</strong> />

substituído por outro, <strong>com</strong>o detonar, rebentar.


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

EXTORQUIR<<strong>br</strong> />

Tem o significado de ―obter algo de alguém mediante<<strong>br</strong> />

violência, ameaça ou ardil‖. Não se usa extorquir o empresário ,<<strong>br</strong> />

mas, sim, extorquir dinheiro do empresário. A respeito, <strong>com</strong>enta<<strong>br</strong> />

Houaiss que ―o uso, embora freqüente no Brasil, de extorquir<<strong>br</strong> />

(alguém) [talvez por influência de verbos <strong>com</strong>o coagir, ameaçar,<<strong>br</strong> />

constranger, que podem ter por <strong>com</strong>plemento direto uma pessoa]<<strong>br</strong> />

não é aceito na norma culta da língua.‖<<strong>br</strong> />

*FACE A / EM FACE <strong>DE</strong><<strong>br</strong> />

A expressão em face de é empregada para significar ―diante<<strong>br</strong> />

de‖: Em face da ameaça, retirou-se (não: *Face à ameaça, retirouse).<<strong>br</strong> />

FAZER<<strong>br</strong> />

Como haver, o verbo fazer, empregado <strong>com</strong> referência à<<strong>br</strong> />

passagem do tempo, é impessoal e não se flexiona: Faz três meses<<strong>br</strong> />

(não: *Fazem três meses); Havia duas semanas que eles tinham<<strong>br</strong> />

partido.<<strong>br</strong> />

FEMININO<<strong>br</strong> />

Os cargos públicos exercidos por mulheres flexionam-se no<<strong>br</strong> />

gênero – ou seja, são grafados no feminino: a deputada, a<<strong>br</strong> />

ministra, a embaixadora (embaixatriz é a mulher do embaixador),<<strong>br</strong> />

a presidenta (ou a presidente). Uma exceção é a palavra chefe,<<strong>br</strong> />

cujo feminino chefa é registrado em Aurélio <strong>com</strong>o ―popular‖ e em<<strong>br</strong> />

Houaiss <strong>com</strong>o ―informal‖, devendo, portanto, ser evitado nos<<strong>br</strong> />

textos formais.<<strong>br</strong> />

FIGADAL / *FIDAGAL<<strong>br</strong> />

Figadal é adjetivo derivado do substantivo fígado.<<strong>br</strong> />

Empregado para classificar sentimento profundo, intenso, que<<strong>br</strong> />

vem das entranhas: Nutria ódio figadal ao vizinho.<<strong>br</strong> />

Fidagal não existe.


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

FREI / FRA<strong>DE</strong><<strong>br</strong> />

Frei é redução de freire, sinônimo de frade, e deve ser usado<<strong>br</strong> />

quando antecedido do nome: Frei Damião é tido no Nordeste<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o um verdadeiro santo. O frade capuchinho, falecido em<<strong>br</strong> />

1997, chegou ao Brasil em 1931 e dedicou o resto de sua vida ao<<strong>br</strong> />

povo da região.<<strong>br</strong> />

FRONTEIRA / DIVISA / LIMITE<<strong>br</strong> />

Usa-se fronteira para designar os limites territoriais entre<<strong>br</strong> />

países. E divisa, entre Estados. Não se emprega nem um, nem<<strong>br</strong> />

outro, para expressar separação entre municípios. Nesse caso, a<<strong>br</strong> />

palavra correta é limite.<<strong>br</strong> />

FURTAR / ROUBAR<<strong>br</strong> />

Furtar é tomar ou reter bens de outro, sem que ele o saiba.<<strong>br</strong> />

Roubar é tomar bens à vista da vítima ou por meios violentos.<<strong>br</strong> />

GANHAR<<strong>br</strong> />

Esse verbo não deve ser empregado em situações negativas<<strong>br</strong> />

ou desfavoráveis, pois sua conotação é sempre positiva. São<<strong>br</strong> />

impróprias, portanto, frases <strong>com</strong>o O jogador ganhou cartão<<strong>br</strong> />

vermelho; O motorista imprudente ganhou uma multa; O aluno<<strong>br</strong> />

irrequieto ganhou uma advertência da professora. As pessoas<<strong>br</strong> />

recebem ou sofrem punições, nunca as ganham.<<strong>br</strong> />

HAJA VISTA<<strong>br</strong> />

Há grande divergência entre os dicionaristas e gramáticos<<strong>br</strong> />

quanto à forma correta dessa locução.<<strong>br</strong> />

Houaiss: ―haja vista pode reger ou não a partícula a<<strong>br</strong> />

(lutaremos, haja vista [a] o armamento que já reunimos) ou a<<strong>br</strong> />

partícula de (haja vista das razões expostas); também pode<<strong>br</strong> />

manter-se invariável (haja vista as armas que já reunimos) ou pode<<strong>br</strong> />

flexionar o substantivo vista (haja vistas as armas; haja visto o<<strong>br</strong> />

armamento que reunimos) ou o verbo haver (hajam vista os


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> R EDAÇÃO 325<<strong>br</strong> />

argumentos apresentados); quando rege a partícula em,<<strong>br</strong> />

permanece invariável (haja em vista as armas).‖<<strong>br</strong> />

Aurélio: ―Que se oferece à vista, aos olhos: É rico, haja vista<<strong>br</strong> />

o quanto gastou na última eleição. [Evite-se a construção haja<<strong>br</strong> />

visto, incorreta.]‖<<strong>br</strong> />

Bechara: ―A construção mais natural e freqüente da<<strong>br</strong> />

expressão haja vista, <strong>com</strong> o valor de veja, é ter invariável o verbo,<<strong>br</strong> />

qualquer que seja o número do substantivo seguinte. Pode-se<<strong>br</strong> />

construir <strong>com</strong> o verbo no singular e substantivo seguinte à<<strong>br</strong> />

expressão precedido das preposições a ou de.‖<<strong>br</strong> />

Napoleão: Após arrazoar so<strong>br</strong>e as interpretações das outras<<strong>br</strong> />

construções, aconselha apenas a construção impessoal haja vista.<<strong>br</strong> />

Re<strong>com</strong>enda-se adotar a seguinte regra geral: quando a<<strong>br</strong> />

locução for a<strong>com</strong>panhada de preposição, o verbo haver fica no<<strong>br</strong> />

singular (haja vista aos...; haja vista dos...); sem preposição, o<<strong>br</strong> />

verbo varia (hajam vista os acontecimentos...; hajam vista as<<strong>br</strong> />

razões...)<<strong>br</strong> />

HAVER<<strong>br</strong> />

Quando empregado <strong>com</strong> o sentido de ―existir‖, é impessoal<<strong>br</strong> />

(não tem sujeito) e não se flexiona (fica sempre na terceira pessoa<<strong>br</strong> />

do singular): Houve tantos problemas no plenário que... (não:<<strong>br</strong> />

*houveram); Há dias em que tudo sai errado; Havia altas ondas<<strong>br</strong> />

durante a tempestade; Haverá festas (não: *haverão).<<strong>br</strong> />

Também nas formas <strong>com</strong>postas, o verbo haver transmite a<<strong>br</strong> />

sua impessoalidade ao verbo a<strong>com</strong>panhante: Deve haver<<strong>br</strong> />

problemas; Pode haver dúvidas.<<strong>br</strong> />

Emprega-se, o<strong>br</strong>igatoriamente, havia quando se referir a<<strong>br</strong> />

verbo no pretérito imperfeito: Estava no cargo havia três anos<<strong>br</strong> />

(não: *Estava no cargo há três anos).<<strong>br</strong> />

Quando empregado para designar tempo passado, o verbo<<strong>br</strong> />

haver dispensa o uso da palavra atrás ou passado: Há dois anos,<<strong>br</strong> />

estive em São Luís (não: *Há dois anos atrás estive em São Luís.<<strong>br</strong> />

Essa forma é pleonástica).


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

Emprega-se há (verbo) para designar tempo passado e a<<strong>br</strong> />

(preposição) para indicar tempo futuro ou significar distâncias<<strong>br</strong> />

relativas: Estive no estúdio há três dias; Estarei no estúdio daqui a<<strong>br</strong> />

uma semana; Minha casa fica a três quilômetros daqui; O mirante<<strong>br</strong> />

está localizado a trinta metros de altura.<<strong>br</strong> />

ILEGAL<<strong>br</strong> />

Usado para significar que determinado ato é contrário à lei,<<strong>br</strong> />

ilegítimo. Aplica-se sempre a situações, <strong>com</strong>portamentos,<<strong>br</strong> />

situações, nunca a pessoas. Assim, pode-se dizer que alguém<<strong>br</strong> />

praticou ato ilegal, mas nunca que alguém está ilegal (<strong>com</strong>o em<<strong>br</strong> />

*O <strong>br</strong>asileiro estava ilegal nos Estados Unidos; correto: O<<strong>br</strong> />

<strong>br</strong>asileiro estava em situação ilegal...).<<strong>br</strong> />

IMISSÃO / EMISSÃO<<strong>br</strong> />

Imissão é o ato de ―fazer entrar, pôr para dentro, investir<<strong>br</strong> />

em‖: O Relator defende a imissão imediata de posse da terra<<strong>br</strong> />

desapropriada.<<strong>br</strong> />

Emissão representa o ato de ―emitir, lançar para fora‖: A<<strong>br</strong> />

emissão de moeda, neste mês, fez a base monetária expandir-se<<strong>br</strong> />

em 10 por cento.<<strong>br</strong> />

IMPLICAR<<strong>br</strong> />

Quando exprime idéia de ―produzir, ser causa de, originar‖,<<strong>br</strong> />

o verbo implicar é transitivo direto – e, portanto, dispensa<<strong>br</strong> />

preposição: Pediu desculpas, mas advertiu que isso não implicava<<strong>br</strong> />

reconhecer o erro (em vez de implicava em reconhecer); A<<strong>br</strong> />

mudança do sistema de governo implicará grandes<<strong>br</strong> />

transformações (não: *implicará em grandes). Aurélio registra o<<strong>br</strong> />

verbo <strong>com</strong>o transitivo direto ou indireto; e Houaiss somente<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o transitivo direto.<<strong>br</strong> />

IMPUGNAR<<strong>br</strong> />

Impugnar significa ―contrariar <strong>com</strong> razões; refutar,<<strong>br</strong> />

contestar‖. Não se faz, por isso, pedido de impugnação. Nessa<<strong>br</strong> />

acepção, o interessado apresenta impugnação ou apenas


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

impugna /ú/: O candidato derrotado impugnou, no TRE, a<<strong>br</strong> />

candidatura do vencedor, sob a alegação de abuso de poder<<strong>br</strong> />

econômico.<<strong>br</strong> />

IN<strong>DE</strong>PEN<strong>DE</strong>NTE / IN<strong>DE</strong>PEN<strong>DE</strong>NTEMENTE<<strong>br</strong> />

Independente é adjetivo, e serve para qualificar um<<strong>br</strong> />

substantivo: Vera é uma mulher independente.<<strong>br</strong> />

Independentemente é advérbio e se associa a adjetivo ou<<strong>br</strong> />

verbo: Ele trabalhou independentemente de receber ordens.<<strong>br</strong> />

Evite-se usar o adjetivo em lugar do advérbio: *Ele trabalhou<<strong>br</strong> />

independente de receber ordens.<<strong>br</strong> />

INICIAR / INICIAR-SE<<strong>br</strong> />

É gramaticalmente incorreta a frase A exposição inicia na<<strong>br</strong> />

quarta-feira. O verbo iniciar, nesse sentido, exige o pronome<<strong>br</strong> />

reflexivo: A exposição inicia-se na quarta-feira.<<strong>br</strong> />

IPSIS LITTERIS / IPSIS VERBIS<<strong>br</strong> />

Ipsis litteris significa ―pelas mesmas letras‖. Só se emprega<<strong>br</strong> />

quando disser respeito à reprodução textual de algo na linguagem<<strong>br</strong> />

escrita.<<strong>br</strong> />

Ipsis verbis significa ―pelas mesmas palavras‖. Só se<<strong>br</strong> />

emprega quando em referência à linguagem oral.<<strong>br</strong> />

É incorreto dizer *O orador repetiu ipsis litteris a informação<<strong>br</strong> />

do Ministro. Ele o fez ipsis verbis.<<strong>br</strong> />

IR A / IR PARA<<strong>br</strong> />

Usa-se a forma ir a quando a frase tem o sentido de<<strong>br</strong> />

deslocamento por curto período: Vou ao cinema; Amanhã<<strong>br</strong> />

pretendo ir à praia; O Deputado foi à tribuna (em todos os casos,<<strong>br</strong> />

está subentendido que o retorno será <strong>br</strong>eve).<<strong>br</strong> />

Usa-se a forma ir para quando o sentido da frase expressa<<strong>br</strong> />

período de tempo mais longo, ou definitivo: Pretendo mudar-me


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

para o Nordeste (vou e não pretendo voltar tão cedo); E que tudo<<strong>br</strong> />

o mais vá para o inferno.<<strong>br</strong> />

Na linguagem formal, não se emprega a forma ir no(a),<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o em *Hoje cedo fui no banco pagar umas contas (o certo é ir<<strong>br</strong> />

ao banco). O Presidente foi ao México (não: foi no México).<<strong>br</strong> />

JUNTO A(O)<<strong>br</strong> />

Embora usual nos meios forenses, é impróprio o emprego da<<strong>br</strong> />

expressão junto a(o) em frases <strong>com</strong>o O processo deu entrada<<strong>br</strong> />

junto ao tribunal. Fica melhor dizer O processo deu entrada no<<strong>br</strong> />

tribunal. Da mesma forma, O Flamengo conseguiu contratar<<strong>br</strong> />

Edílson do Corínthians (não:*junto ao Corínthians); A imagem do<<strong>br</strong> />

Congresso Nacional precisa ser melhorada entre os cidadãos (não:<<strong>br</strong> />

*junto aos cidadãos); A reclamação foi apresentada ao Procon<<strong>br</strong> />

(não: *junto ao Procon).<<strong>br</strong> />

JURISTA<<strong>br</strong> />

Jurista é o profissional, versado na ciência do Direito, que<<strong>br</strong> />

emite pareceres acerca de questões jurídicas. Não é sinônimo de<<strong>br</strong> />

advogado.<<strong>br</strong> />

MAIS ABSOLUTO<<strong>br</strong> />

Absoluto significa ―sem limites, infinito‖. O emprego do<<strong>br</strong> />

advérbio mais é uma impropriedade, pois não se pode aumentar<<strong>br</strong> />

o que já é infinito.<<strong>br</strong> />

Assim, em vez de tem o mais absoluto poder so<strong>br</strong>e o<<strong>br</strong> />

partido, usa-se tem absoluto poder so<strong>br</strong>e o partido.<<strong>br</strong> />

MAIOR / MAIS GRAN<strong>DE</strong>, MENOR / MAIS PEQUENO, MELHOR / MAIS<<strong>br</strong> />

BOM, PIOR / MAIS RUIM / MAIS MAU<<strong>br</strong> />

Usam-se maior, menor, melhor, pior quando se <strong>com</strong>para a<<strong>br</strong> />

mesma qualidade em duas coisas ou pessoas: Esta casa é maior do<<strong>br</strong> />

que aquela; Aquela casa é menor do que esta; Este projeto é<<strong>br</strong> />

melhor do que o anterior; O projeto anterior é pior do que este;<<strong>br</strong> />

João é pior do que Paulo.


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

Usam-se mais grande, mais pequeno, mais bom, mais ruim,<<strong>br</strong> />

mais mau quando se <strong>com</strong>param qualidades de uma mesma coisa<<strong>br</strong> />

ou pessoa: A casa é mais grande do que confortável; Alguns<<strong>br</strong> />

acharam a casa grande, outros a acharam pequena, mas eu a<<strong>br</strong> />

considero mais pequena do que grande; O projeto tem muitas<<strong>br</strong> />

falhas, mas creio que é mais bom do que ruim para os servidores;<<strong>br</strong> />

Pedrinho tem suas qualidades, mas é mais mau do que bom.<<strong>br</strong> />

Nesse segundo caso, para evitar tais expressões, nem<<strong>br</strong> />

sempre bem soantes, modifique-se o fraseado: A casa vale mais<<strong>br</strong> />

pelo tamanho do que pelo conforto; Alguns acharam a casa [...],<<strong>br</strong> />

mas eu a considero antes pequena do que grande; O projeto tem<<strong>br</strong> />

muitas falhas, mas so<strong>br</strong>essaem as qualidades; Pedrinho tem suas<<strong>br</strong> />

qualidades, mas suas más características superam as boas.<<strong>br</strong> />

MANDATO / MANDADO<<strong>br</strong> />

Como substantivo, mandado significa ordem escrita que<<strong>br</strong> />

emana de autoridade judicial ou administrativa: mandado de<<strong>br</strong> />

segurança.<<strong>br</strong> />

Mandato tem o significado de ―procuração, delegação,<<strong>br</strong> />

autorização para a prática de atos em nome de terceiros‖:<<strong>br</strong> />

mandato parlamentar.<<strong>br</strong> />

*MASSIVO<<strong>br</strong> />

Embora de uso freqüente (<strong>com</strong> o sentido de ―grande<<strong>br</strong> />

quantidade‖), o adjetivo correto é maciço.<<strong>br</strong> />

MAU / MAL<<strong>br</strong> />

Mau é adjetivo, palavra variável, modifica substantivo. Tem<<strong>br</strong> />

feminino (má) e plural (maus, más).<<strong>br</strong> />

Mal é advérbio, palavra invariável, modifica verbo, adjetivo<<strong>br</strong> />

ou outro advérbio.<<strong>br</strong> />

Em caso de dúvida quanto ao emprego de uma ou outra<<strong>br</strong> />

palavra, substituí-la pelo seu antônimo. O antônimo de mau é


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

bom; o de mal, bem: O garoto tem o mau hábito de escrever nos<<strong>br</strong> />

muros. Não percebe que, <strong>com</strong> isso, faz o mal à coletividade.<<strong>br</strong> />

MEDIAR<<strong>br</strong> />

Cinco verbos terminados em -iar não têm conjugação<<strong>br</strong> />

regular. É fácil memorizá-los – suas primeiras letras formam a<<strong>br</strong> />

palavra MARIO: Mediar, Ansiar, Remediar, Incendiar e Odiar. Em<<strong>br</strong> />

alguns tempos, existe um ei (<strong>com</strong>o em medeio ); em outros,<<strong>br</strong> />

apenas i (<strong>com</strong>o em mediou). A regra é: quando a sílaba tônica é a<<strong>br</strong> />

que inclui o d, aparece o grupo de vogais ei (medeio, medeie);<<strong>br</strong> />

quando a sílaba tônica é a seguinte, o verbo conjuga-se de<<strong>br</strong> />

maneira regular (apenas <strong>com</strong> o i, <strong>com</strong>o em mediava, mediaria,<<strong>br</strong> />

mediassem, mediando).<<strong>br</strong> />

MEIO (ADVÉRBIO)<<strong>br</strong> />

A expressão Ela era meia vesga é inadequada. Embora<<strong>br</strong> />

Aurélio registre exemplos, no português antigo <strong>com</strong>o no<<strong>br</strong> />

moderno, desse advérbio flexionado (caso de concordância por<<strong>br</strong> />

atração), e por registrar apenas exemplos literários, deve-se adotar<<strong>br</strong> />

sempre a forma invariável: meio louca, meio surda.<<strong>br</strong> />

Como adjetivo ou substantivo, flexiona-se: meia taça de<<strong>br</strong> />

vinho, meio-dia e meia, meias <strong>br</strong>ancas.<<strong>br</strong> />

MELHOR, PIOR, MAIS BEM, MAIS MAL<<strong>br</strong> />

Melhor e pior podem ser os <strong>com</strong>parativos dos adjetivos bom<<strong>br</strong> />

e mau/ruim (O projeto original era bom, mas este é ainda melhor;<<strong>br</strong> />

O projeto original era ruim, mas este é ainda pior) ou dos<<strong>br</strong> />

advérbios bem e mal (O primeiro orador falou bem, mas o<<strong>br</strong> />

segundo falou ainda melhor; O primeiro orador falou mal, mas o<<strong>br</strong> />

segundo falou ainda pior).<<strong>br</strong> />

Quando os advérbios melhor e pior modificam um<<strong>br</strong> />

particípio, é lícito, segundo gramáticos modernos, o uso dessas<<strong>br</strong> />

formas ou de mais bem e mais mal, indistintamente; a gramática<<strong>br</strong> />

tradicional, contudo, prefere o uso de mais bem e mais mal: Este<<strong>br</strong> />

é o projeto mais mal elaborado de todos quantos passaram na<<strong>br</strong> />

Comissão; A proposta deve ser mais bem elaborada; O caso deve


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

ser mais bem estudado antes de tomarmos uma decisão. Porém,<<strong>br</strong> />

se o advérbio vier posposto ao particípio, usa-se a forma sintética<<strong>br</strong> />

melhor/pior: O caso deve ser estudado melhor.<<strong>br</strong> />

Atenção especial deve ser dada na definição de melhor e<<strong>br</strong> />

pior <strong>com</strong>o adjetivo ou advérbio, pois, no primeiro caso, variará<<strong>br</strong> />

em número; e, no segundo, ficará invariável: Os projetos estavam<<strong>br</strong> />

bons, mas ficaram melhores <strong>com</strong> as emendas; Os redatores do<<strong>br</strong> />

jornal X escrevem bem, mas os do jornal Y escrevem melhor.<<strong>br</strong> />

MESMO<<strong>br</strong> />

Mesmo, quando equivale a ―próprio, idêntico ou igual‖, é<<strong>br</strong> />

variável: Ela mesma (própria) arrumou a sala; As vítimas mesmas<<strong>br</strong> />

recorreram à polícia; O mesmo Deputado apresentou parecer; Ele<<strong>br</strong> />

insistiu nas mesmas idéias.<<strong>br</strong> />

Não se emprega a expressão o mesmo no lugar de pronome<<strong>br</strong> />

pessoal: Chamei o garagista e ele não atendeu (não: *o mesmo<<strong>br</strong> />

não atendeu).<<strong>br</strong> />

MILITÂNCIA<<strong>br</strong> />

Embora de uso corrente, esse substantivo não é coletivo de<<strong>br</strong> />

militante – sendo, por isso, indevido seu uso <strong>com</strong> tal sentido<<strong>br</strong> />

(<strong>com</strong>o em *A militância do PT <strong>com</strong>pareceu em massa ao<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>ício). A palavra expressa o exercício, a prática, a atuação do<<strong>br</strong> />

militante. Exemplo de emprego correto: A militância política é<<strong>br</strong> />

dever do cidadão consciente.<<strong>br</strong> />

MISTER /É/<<strong>br</strong> />

No sentido de ―ofício, profissão‖, ou de ―necessidade,<<strong>br</strong> />

exigência‖, é palavra portuguesa <strong>com</strong> acento tônico na última<<strong>br</strong> />

sílaba: O direito era o seu mister (/é/), e ele o exerceu <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

nenhum outro; É mister (/é/) que a Câmara represente o povo em<<strong>br</strong> />

sua totalidade.


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

MORADOR<<strong>br</strong> />

É a pessoa que reside numa casa, numa rua, num bairro,<<strong>br</strong> />

numa cidade. Os Estados, regiões, países, continentes, têm<<strong>br</strong> />

habitantes.<<strong>br</strong> />

MORAL<<strong>br</strong> />

No masculino, representa o conjunto das nossas faculdades<<strong>br</strong> />

morais, <strong>br</strong>io, vergonha, ânimo, disposição: O moral da tropa caiu<<strong>br</strong> />

muito após o bombardeio. No feminino, representa o conjunto<<strong>br</strong> />

das regras de conduta consideradas <strong>com</strong>o válidas, seja de modo<<strong>br</strong> />

absoluto para qualquer tempo ou lugar, seja para grupo ou pessoa<<strong>br</strong> />

determinada: A moral protestante foi importante para o<<strong>br</strong> />

desenvolvimento do capitalismo.<<strong>br</strong> />

NADA<<strong>br</strong> />

Pronome indefinido, significa ―nenhuma coisa, coisa<<strong>br</strong> />

alguma‖. Quando empregado antes do verbo, dispensa outra<<strong>br</strong> />

negativa: O Deputado nada acrescentou em seu parecer. Quando<<strong>br</strong> />

empregado depois do verbo, uma segunda palavra negativa é<<strong>br</strong> />

indispensável: Embora acusado, o motorista não alegou nada em<<strong>br</strong> />

sua defesa; Ninguém lhe perguntou nada; O Ministério não<<strong>br</strong> />

gastou quase nada do orçamento.<<strong>br</strong> />

É incorreta a orientação de que duas negativas juntas sempre<<strong>br</strong> />

resultam no seu contrário (ou seja, dariam numa afirmação<<strong>br</strong> />

positiva).<<strong>br</strong> />

NA MEDIDA EM QUE / À MEDIDA QUE<<strong>br</strong> />

Usa-se a locução à medida que para exprimir o<<strong>br</strong> />

desenvolvimento de ação simultânea a outra: Permaneceu absorto<<strong>br</strong> />

a contemplar a paisagem, à medida que a noite chegava; Ficava<<strong>br</strong> />

mais nervoso, à medida que a velocidade do carro aumentava.<<strong>br</strong> />

Emprega-se na medida em que para significar a idéia de<<strong>br</strong> />

utilização de dado preexistente ou para exprimir relação de causaefeito:<<strong>br</strong> />

Na medida em que o relator apresentar seu parecer,


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

a <strong>com</strong>issão poderá votá-lo imediatamente; Devemos usar nossas<<strong>br</strong> />

prerrogativas de cidadãos, na medida em que elas existem.<<strong>br</strong> />

É incorreta a expressão *à medida em que.<<strong>br</strong> />

NEM / E NEM<<strong>br</strong> />

Nem é conjunção aditiva que significa ―e não, tampouco‖.<<strong>br</strong> />

Dispensa, portanto, a conjunção e antes dela: Não foram feitos<<strong>br</strong> />

reparos à proposta inicial nem à nova versão do projeto. Evite-se<<strong>br</strong> />

a dupla negação e nem, nem não, nem tampouco, <strong>com</strong>o no<<strong>br</strong> />

exemplo Não pôde encaminhar o trabalho no prazo e nem (ou<<strong>br</strong> />

nem tampouco) teve tempo de revisá-lo. Correto: Não pôde<<strong>br</strong> />

encaminhar o trabalho no prazo nem teve tempo de revisá-lo.<<strong>br</strong> />

Outra possibilidade: Não pôde encaminhar o trabalho no prazo;<<strong>br</strong> />

tampouco teve tempo de revisá-lo.<<strong>br</strong> />

Segundo Cegalla, ―o conjunto aditivo e nem só é cabível<<strong>br</strong> />

quando equivale a mas não, e também nas expressões e nem<<strong>br</strong> />

sequer, e nem por isso, e nem assim, e nem sempre, ou quando<<strong>br</strong> />

essas idéias de ênfase estiverem presentes na frase. Recebeu um<<strong>br</strong> />

ótimo relatório e nem [=mas não] o leu; Não pôde encaminhar o<<strong>br</strong> />

trabalho no prazo e nem (sequer) se deu ao trabalho de <strong>com</strong>eçálo.‖<<strong>br</strong> />

NOMES PRÓPRIOS (PLURAL)<<strong>br</strong> />

Nomes próprios flexionam-se <strong>com</strong>o qualquer outra palavra.<<strong>br</strong> />

Mas nem todos vão para o plural. A regra é aplicada somente aos<<strong>br</strong> />

nomes próprios terminados <strong>com</strong> vogal: os Limas, os Figueiredos.<<strong>br</strong> />

Aqueles que se encerram <strong>com</strong> consoante ficam no singular, assim<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o os duplos e os estrangeiros: os Maciel, os Lima e Silva, os<<strong>br</strong> />

Schimidt, os Nakamura.<<strong>br</strong> />

NOTA OFICIAL<<strong>br</strong> />

Essa expressão pode ser empregada somente quando se<<strong>br</strong> />

referir a <strong>com</strong>unicado emitido por autoridade. No caso de empresa<<strong>br</strong> />

particular ou pessoa física, é emitida nota à imprensa ou<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>unicado, nunca nota oficial.


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

OBRIGADO (AGRA<strong>DE</strong>CIMENTO)<<strong>br</strong> />

O adjetivo o<strong>br</strong>igado, na acepção de agradecimento,<<strong>br</strong> />

concorda <strong>com</strong> a pessoa: ―O<strong>br</strong>igada‖, disse a Ministra; ―O<strong>br</strong>igado<<strong>br</strong> />

por ter me ouvido‖, disse o Ministro.<<strong>br</strong> />

ÓCULOS<<strong>br</strong> />

Substantivos <strong>com</strong>o óculos, núpcias, parabéns, pêsames<<strong>br</strong> />

exigem concordância no plural: os óculos, meus óculos, felizes<<strong>br</strong> />

núpcias, meus parabéns, meus pêsames.<<strong>br</strong> />

ON<strong>DE</strong> / AON<strong>DE</strong><<strong>br</strong> />

A distinção entre onde e aonde, segundo ensinam Cegalla e<<strong>br</strong> />

Aurélio, nem sempre foi respeitada pelos clássicos, mas o<<strong>br</strong> />

primeiro registra que é da norma culta atual a diferença entre os<<strong>br</strong> />

dois advérbios: aonde <strong>com</strong> verbos que indicam movimento e<<strong>br</strong> />

onde sem a indicação de movimento: Onde estão os projetos no<<strong>br</strong> />

momento?; Aonde vai o Brasil?<<strong>br</strong> />

Onde e aonde também se usam <strong>com</strong>o pronomes relativos: A<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>issão onde (= em que / na qual) se encontram os projetos<<strong>br</strong> />

deverá analisá-los no prazo regimental; A <strong>com</strong>issão aonde (= à<<strong>br</strong> />

qual / para a qual) foram encaminhados os projetos deverá<<strong>br</strong> />

analisá-los no prazo regimental.<<strong>br</strong> />

Evite-se o emprego de onde quando não houver idéia de<<strong>br</strong> />

lugar mas sim de tempo, <strong>com</strong>o no exemplo O Presidente falará à<<strong>br</strong> />

Nação amanhã,*onde (= quando) detalhará as novas medidas.<<strong>br</strong> />

OPERACIONALIZAR<<strong>br</strong> />

Neologismo cujo emprego tem sido abusivo. Pode ser<<strong>br</strong> />

substituído por realizar, fazer, executar, praticar, cumprir,<<strong>br</strong> />

desempenhar, produzir. É da mesma família de agilizar, objetivar<<strong>br</strong> />

e outros, cujo problema está antes no uso excessivo do que na<<strong>br</strong> />

forma, pois o acréscimo dos sufixos izar e ar é uma possibilidade<<strong>br</strong> />

aceita pelos dicionaristas para construção de novos verbos a partir<<strong>br</strong> />

de adjetivos.


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

OPERAR<<strong>br</strong> />

Verbo usado <strong>com</strong> prodigalidade, e incorretamente, em<<strong>br</strong> />

referência a cirurgia sofrida por alguém: A cantora *operou o<<strong>br</strong> />

apêndice; Ronaldinho *operou o joelho na semana passada. O<<strong>br</strong> />

sujeito está empregado erroneamente. A cantora e Ronaldinho<<strong>br</strong> />

não são os cirurgiões; portanto, não poderiam realizar as cirurgias.<<strong>br</strong> />

Nesses casos, deve-se empregar o particípio passado: A cantora<<strong>br</strong> />

foi operada do apêndice; Ronaldinho foi operado do joelho. O<<strong>br</strong> />

mesmo se aplica ao verbo fazer: Clara Nunes morreu enquanto se<<strong>br</strong> />

submetia a uma cirurgia de lipoaspiração (não: Clara Nunes<<strong>br</strong> />

morreu enquanto*fazia uma lipoaspiração).<<strong>br</strong> />

OPORTUNISTA<<strong>br</strong> />

No senso <strong>com</strong>um, essa palavra adquiriu conotação<<strong>br</strong> />

pejorativa: José não conhece princípios éticos para subir na<<strong>br</strong> />

carreira, é um oportunista. Se o sentido que se pretende<<strong>br</strong> />

introduzir na frase é positivo ou neutro, melhor usar tem senso de<<strong>br</strong> />

oportunidade.<<strong>br</strong> />

OPOR VETO<<strong>br</strong> />

É esta a expressão correta (assim <strong>com</strong>o opor embargos /<<strong>br</strong> />

recursos a), não *apor veto: O Presidente opôs veto a dois artigos<<strong>br</strong> />

da lei. Por sua vez, opor-se a significa ―ser contrário a‖: O<<strong>br</strong> />

Congresso opôs-se aos vetos do Presidente e tentará derrubá-los.<<strong>br</strong> />

OU SEJA<<strong>br</strong> />

Locução invariável. Permanece no singular quando seguida<<strong>br</strong> />

de nome ou expressão no plural: Dois mil milhões, ou seja, dois<<strong>br</strong> />

bilhões.<<strong>br</strong> />

PANORAMA<<strong>br</strong> />

Palavra derivada do grego (pan = tudo, todo; orama =<<strong>br</strong> />

visão, espetáculo), exprime a idéia de visão total, vista geral.<<strong>br</strong> />

Por definição, não existe panorama parcial; em<<strong>br</strong> />

contrapartida, constitui pleonasmo falar em panorama geral.


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

PARECER (VERBO)<<strong>br</strong> />

Com o sentido de ―dar a impressão‖, admite duas espécies<<strong>br</strong> />

de concordância quando seguido de infinitivo: parecer no plural e<<strong>br</strong> />

infinitivo no singular, ou parecer no singular e infinitivo<<strong>br</strong> />

flexionado: Os deputados parecem estar (ou parece estarem)<<strong>br</strong> />

irritados <strong>com</strong> o resultado da votação; Parecem ter (ou parece<<strong>br</strong> />

terem) razão os que votaram a favor. Escolha-se a forma que<<strong>br</strong> />

melhor soar.<<strong>br</strong> />

No sentido de ―assemelhar-se‖ é sempre pronominal: Este<<strong>br</strong> />

projeto se parece <strong>com</strong> outro apresentado no início da legislatura;<<strong>br</strong> />

O Ministro se parece <strong>com</strong> seu antecessor.<<strong>br</strong> />

Assim <strong>com</strong>o os outros verbos de ligação, quando o sujeito<<strong>br</strong> />

for isto, isso, aquilo, tudo, que, parecer pode concordar tanto <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

o sujeito quanto <strong>com</strong> o predicativo: Tudo parecia/pareciam flores<<strong>br</strong> />

no início do mandato; Aquilo que ele contou parece/parecem<<strong>br</strong> />

histórias para enganar o povo; Isso parece/parecem contas de<<strong>br</strong> />

vidro, não pedras preciosas.<<strong>br</strong> />

PARTICULARMENTE / PESSOALMENTE<<strong>br</strong> />

Quando se trata de texto, o que abunda prejudica. É o caso<<strong>br</strong> />

desses advérbios, que geralmente so<strong>br</strong>am em frases <strong>com</strong>o Eu,<<strong>br</strong> />

particularmente, não acredito na inocência do réu. A palavra não<<strong>br</strong> />

acrescenta rigorosamente nada à oração. Não se deve empregá-la,<<strong>br</strong> />

portanto, a menos que cumpra a função de valor enfático.<<strong>br</strong> />

PEDIR PARA / PEDIR PARA QUE<<strong>br</strong> />

A construção pedir para deve ser usada somente no sentido<<strong>br</strong> />

de ―pedir permissão, licença ou autorização‖: O Deputado pediu<<strong>br</strong> />

ao Presidente para se retirar da reunião, pois tinha um<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>promisso (= pediu licença para se retirar); O Deputado pediu<<strong>br</strong> />

para falar em primeiro lugar, pois tinha que sair mais cedo<<strong>br</strong> />

(= pediu autorização para falar).<<strong>br</strong> />

Empregado <strong>com</strong> o sentido de solicitar a alguém que faça<<strong>br</strong> />

algo, o verbo pedir não deve ser a<strong>com</strong>panhado de para ou para<<strong>br</strong> />

que, mas sim de que: O Presidente pede aos deputados que<<strong>br</strong> />

votem (não: O Presidente pede aos deputados *para que votem,


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

ou *para votarem); O Governo pede que o Congresso aprove as<<strong>br</strong> />

reformas (não: O Governo *pede para o Congresso aprovar). Esta<<strong>br</strong> />

última construção é encontrada em autores consagrados, mas,<<strong>br</strong> />

conforme indica Cegalla, ―<strong>com</strong>o se trata de um caso<<strong>br</strong> />

controvertido, re<strong>com</strong>endamos que, pelo menos na linguagem<<strong>br</strong> />

culta formal, se siga, acerca do verbo pedir, a doutrina tradicional,<<strong>br</strong> />

podendo-se usar as construções incriminadas na <strong>com</strong>unicação<<strong>br</strong> />

familiar do dia-a-dia.‖<<strong>br</strong> />

O mesmo vale para outros verbos em construção análoga,<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o determinar, re<strong>com</strong>endar, solicitar: O Diretor determinou<<strong>br</strong> />

que os funcionários entrem pelo Anexo I; Re<strong>com</strong>enda-se que os<<strong>br</strong> />

funcionários ponham o crachá em lugar visível; O Secretário<<strong>br</strong> />

solicitou que os funcionários dêem preferência ao estacionamento<<strong>br</strong> />

2.<<strong>br</strong> />

PERDA / PERCA<<strong>br</strong> />

Perda é substantivo: Houve uma perda irreparável.<<strong>br</strong> />

Perca é verbo: É preciso que você perca dois quilos.<<strong>br</strong> />

É preciso cuidado para não usar formas indevidas: Houve<<strong>br</strong> />

uma*perca irreparável.<<strong>br</strong> />

*POR CAUSA (<strong>DE</strong>) QUE<<strong>br</strong> />

As locuções por causa que e por causa de que são de uso<<strong>br</strong> />

estritamente informal, não se admitindo na língua culta formal:<<strong>br</strong> />

Ficou contente porque seu projeto foi aprovado (não: *por causa<<strong>br</strong> />

que seu projeto foi aprovado).<<strong>br</strong> />

POR ISSO<<strong>br</strong> />

A expressão é formada por duas palavras, não se admitindo<<strong>br</strong> />

sua fusão (*porisso).


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

POR ORA<<strong>br</strong> />

Significa ―por agora, por enquanto‖: Não vejo, por ora,<<strong>br</strong> />

qualquer possibilidade de entendimento. Por hora é quantidade<<strong>br</strong> />

de tempo (= 60 minutos).<<strong>br</strong> />

POSAR / POUSAR<<strong>br</strong> />

O verbo posar deriva de pose, enquanto pousar, de pouso:<<strong>br</strong> />

A modelo posou o dia todo; O rapaz posava de bom moço,<<strong>br</strong> />

quando, na verdade, era um bandido; O avião pousou <strong>com</strong> atraso<<strong>br</strong> />

de duas horas.<<strong>br</strong> />

POSSUIR<<strong>br</strong> />

Os verbos terminados em uir formam o presente do<<strong>br</strong> />

indicativo <strong>com</strong> a terminação ui, não ue. Assim: ele possui (não<<strong>br</strong> />

possue); ele conclui (não conclue); ele inclui (não inclue); ele<<strong>br</strong> />

atribui (não atribue); ele polui (não polue). Esse erro deriva da<<strong>br</strong> />

confusão <strong>com</strong> a terminação ue dos verbos em uar no presente do<<strong>br</strong> />

subjuntivo: que ele continue; que ele recue; que ele atue; que ele<<strong>br</strong> />

atenue.<<strong>br</strong> />

POSTO QUE<<strong>br</strong> />

É conjunção concessiva (sinônimo de ―embora, apesar de<<strong>br</strong> />

que, ainda que, se bem que‖): Vivia modestamente, posto que (=<<strong>br</strong> />

embora) tivesse muito dinheiro. O uso da locução posto que<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o causal não é registrado em Aurélio, e Houaiss registra <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

regionalismo <strong>br</strong>asileiro de uso informal, observando que ―é<<strong>br</strong> />

rejeitado pelos gramáticos‖, o que desaconselha o seu uso nesta<<strong>br</strong> />

acepção na linguagem formal.<<strong>br</strong> />

PRA<<strong>br</strong> />

Redução da preposição para. De uso informal, deve ser<<strong>br</strong> />

evitado na língua escrita formal.


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

PRATICAR PREÇOS<<strong>br</strong> />

Embora de uso corrente, não é acepção registrada nem em<<strong>br</strong> />

Aurélio, nem em Houaiss, devendo, portanto, ficar restrita ao<<strong>br</strong> />

jargão da economia. Na linguagem não-técnica, é preferível<<strong>br</strong> />

remanejar a frase: Os bancos vêm impondo (no lugar de<<strong>br</strong> />

praticando) taxas de juros abusivas; As distribuidoras de<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>bustíveis vêm aumentando abusivamente os preços (no lugar<<strong>br</strong> />

de vêm praticando preços abusivos).<<strong>br</strong> />

PRECAVER<<strong>br</strong> />

Defectivo, esse verbo não é conjugado no presente do<<strong>br</strong> />

subjuntivo; no presente do indicativo, só possui a primeira e a<<strong>br</strong> />

segunda pessoas do plural. Assim, não existem as formas<<strong>br</strong> />

precavejo, precavês, precavém, precavenho, precavenha,<<strong>br</strong> />

precaveja, etc.<<strong>br</strong> />

PREFERIR<<strong>br</strong> />

Como ensina Houaiss, ―o uso, embora freqüente no Brasil,<<strong>br</strong> />

de preferir seguido de do que (provavelmente por influência da<<strong>br</strong> />

construção <strong>com</strong>parativa mais ... (do) que [gosto mais deste do que<<strong>br</strong> />

daquele; prefiro este do que aquele]) não é aceito pela norma<<strong>br</strong> />

culta da língua‖. Assim, deve-se usar a regência preferir isto a<<strong>br</strong> />

aquilo: Preferiu ser condenado a pedir clemência (não: ...do que<<strong>br</strong> />

pedir clemência); Preferiu votar pela sua consciência a seguir a<<strong>br</strong> />

indicação do líder (não: ...*do que seguir...).<<strong>br</strong> />

PROTESTO CONTRA / PROTESTO AO<<strong>br</strong> />

Na acepção de ―rebelar-se, insurgir-se‖, é preferível adotar a<<strong>br</strong> />

forma protesto contra: Recusou-se a votar, em protesto contra o<<strong>br</strong> />

que considerou atitude arbitrária da Presidência da Mesa (não:<<strong>br</strong> />

em protesto ao que considerou, embora essa regência seja<<strong>br</strong> />

admitida por Luft).


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

QUALQUER / NENHUM / ALGUM (EM NEGATIVAS)<<strong>br</strong> />

Em frases negativas, tradicionalmente usa-se nenhum: O<<strong>br</strong> />

Presidente não viu nenhuma inconstitucionalidade na proposta.<<strong>br</strong> />

Como consigna Houaiss, algum, ―quando posposto, mesmo<<strong>br</strong> />

quando não ocorre partícula negativa (não, sem, etc.), tem o<<strong>br</strong> />

sentido de nenhum (p. ex.: dinheiro algum acalmará sua<<strong>br</strong> />

consciência; não tinha motivo algum para insultá-lo).‖ Assim, o<<strong>br</strong> />

mesmo exemplo poderá ser alterado para: O Presidente não viu<<strong>br</strong> />

inconstitucionalidade alguma na proposta. Quanto ao uso de<<strong>br</strong> />

qualquer, no mesmo sentido negativo, é uso condenado pelos<<strong>br</strong> />

mais puristas e aceito por gramáticos mais modernos <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

Cegalla. Assim: O Presidente não viu qualquer<<strong>br</strong> />

inconstitucionalidade na proposta.<<strong>br</strong> />

QUANDO<<strong>br</strong> />

Deve ser usado apenas <strong>com</strong> referência a tempo. É muitas<<strong>br</strong> />

vezes usado erroneamente em relação a lugar ou evento, <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

neste exemplo: Cerca de 20 mil pessoas assistiram à parada<<strong>br</strong> />

militar, *quando desfilaram 5 mil homens (= na qual, em que,<<strong>br</strong> />

ocasião em que).<<strong>br</strong> />

QUESTIONAR<<strong>br</strong> />

Esse verbo significa ―levantar questão acerca de, pôr em<<strong>br</strong> />

dúvida, discutir, retorquir‖. Preferível não empregá-lo <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

sinônimo de perguntar, embora essa acepção seja abonada por<<strong>br</strong> />

Houaiss.<<strong>br</strong> />

RAPTO / SEQÜESTRO<<strong>br</strong> />

Rapto é o ato ou efeito de arrebatar, de roubar uma pessoa<<strong>br</strong> />

por violência ou sedução. Seu objetivo é, geralmente, sexual.<<strong>br</strong> />

Seqüestro significa o ato de reter ilegalmente a alguém,<<strong>br</strong> />

privando-o de sua liberdade. Pode referir-se também a objetos<<strong>br</strong> />

materiais. Existe, finalmente, a figura do seqüestro judicial.<<strong>br</strong> />

Consiste na apreensão de objeto sob litígio, o qual é entregue a<<strong>br</strong> />

seu legítimo proprietário após decisão da Justiça.


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

REAVER<<strong>br</strong> />

A frase Governo reavê confiança é incorreta. O verbo reaver<<strong>br</strong> />

tem a mesma conjugação de haver, mas apenas nos casos em que<<strong>br</strong> />

este tem a letra v: reavemos, reouve, reaverá, reouvesse. Por isso,<<strong>br</strong> />

não existem reavejo, reavê.<<strong>br</strong> />

RECEAR<<strong>br</strong> />

Em várias conjugações desses verbos, não existe a letra i:<<strong>br</strong> />

receassem (não receiassem), passeemos, enfearam, ceaste,<<strong>br</strong> />

receeis. Só existe o i quando o acento cai no e que precede a<<strong>br</strong> />

terminação ear: receiem, passeias, enfeiam.<<strong>br</strong> />

REPETIR OUTRA VEZ<<strong>br</strong> />

Expressão redundante. Repetir significa ―tornar a praticar a<<strong>br</strong> />

mesma ação‖. Dispensa-se, por isso, o <strong>com</strong>plemento outra vez.<<strong>br</strong> />

Exceção: se o sujeito já havia repetido uma vez a ação, ele<<strong>br</strong> />

pode, sim, repeti-la outra vez, ou de novo: Após reiterar o pedido<<strong>br</strong> />

de aparte, o Deputado irritou-se: ―Repito outra vez, Deputado.<<strong>br</strong> />

Posso acrescentar uma explicação ao seu discurso?‖<<strong>br</strong> />

RIVAL / ADVERSÁRIO<<strong>br</strong> />

Rival é adjetivo que significa ―aquele que disputa o amor de<<strong>br</strong> />

outrem, que deseja as mesmas posições ou vantagens de outra<<strong>br</strong> />

pessoa, que rivaliza‖. Não é sinônimo de adversário , que significa<<strong>br</strong> />

―aquele que luta, que se opõe a, que é contrário, adverso‖.<<strong>br</strong> />

Portanto, um deputado que se opõe a outro vê nele um<<strong>br</strong> />

adversário, não um rival.<<strong>br</strong> />

SEÇÃO / SESSÃO / CESSÃO<<strong>br</strong> />

Seção significa parte de um todo, segmento, divisão: Cada<<strong>br</strong> />

volume da o<strong>br</strong>a está dividido em três seções; Seção de roupas<<strong>br</strong> />

masculinas; A reta foi dividida em três seções.<<strong>br</strong> />

Sessão é o período de tempo que dura a reunião de um<<strong>br</strong> />

corpo deliberativo, consultivo, etc.: A sessão do Congresso durou


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

quarenta minutos. Empregado também para designar cada um dos<<strong>br</strong> />

programas sucessivos, em cinema ou teatro: Vou ao cinema,<<strong>br</strong> />

sessão das dez.<<strong>br</strong> />

Cessão é o ato de ceder: Durante a sessão matinal da<<strong>br</strong> />

Câmara dos Deputados, houve três cessões de tempo por parte do<<strong>br</strong> />

parlamentar que discursava da tribuna.<<strong>br</strong> />

SENSO / CENSO<<strong>br</strong> />

A palavra senso diz respeito à capacidade de julgamento, de<<strong>br</strong> />

entendimento: Sempre alegre, o Deputado é conhecido pelo seu<<strong>br</strong> />

aguçado senso de humor.<<strong>br</strong> />

A palavra censo significa levantamento estatístico do<<strong>br</strong> />

conjunto de indivíduos de um dado grupo ou que vivem em certo<<strong>br</strong> />

espaço (= recenseamento).<<strong>br</strong> />

SENTAR<<strong>br</strong> />

Deve-se cuidar para a circunstância em que o sujeito toma<<strong>br</strong> />

assento:<<strong>br</strong> />

Sentou-se na cadeira ao pé do fogo (so<strong>br</strong>e a cadeira).<<strong>br</strong> />

Sentou-se à mesa (sentar na mesa é falta de educação).<<strong>br</strong> />

Sentou-se à beira do rio para descansar (ninguém se senta<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>e a beira do rio).<<strong>br</strong> />

SEQUER<<strong>br</strong> />

No sentido de ―nem ao menos‖, vem sempre a<strong>com</strong>panhada<<strong>br</strong> />

de expressão negativa: O pai nem sequer foi avisado da morte do<<strong>br</strong> />

filho; Não disse sequer o que pretendia; Partiu sem sequer nos<<strong>br</strong> />

avisar. Mais raramente, no sentido de ―ao menos, pelo menos‖<<strong>br</strong> />

pode aparecer em frases afirmativas: O plano do Governo teria<<strong>br</strong> />

dado certo se os sindicatos sequer tivessem exigido menos<<strong>br</strong> />

vantagens.


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

SOB / SOBRE<<strong>br</strong> />

Sob significa ―debaixo de‖. So<strong>br</strong>e quer dizer ―em cima de‖<<strong>br</strong> />

ou ―a respeito de‖. Assim, são incorretas as frases Ficou so<strong>br</strong>e a<<strong>br</strong> />

mira do assaltante; So<strong>br</strong>e esse ponto de vista, você está certo (o<<strong>br</strong> />

certo é sob a mira e sob esse ponto de vista).<<strong>br</strong> />

SOBRESSAIR<<strong>br</strong> />

Embora a forma pronominal desse verbo (so<strong>br</strong>essair-se) seja<<strong>br</strong> />

de uso <strong>com</strong>um (Aurélio já a consigna), deve-se evitá-la, pois,<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o afirma Houaiss, ela não é aceita na norma culta da língua.<<strong>br</strong> />

Assim, não se empregam expressões <strong>com</strong>o So<strong>br</strong>essaiu-se na<<strong>br</strong> />

multidão; Ela se so<strong>br</strong>essai por sua beleza. Usa-se: Fulano<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>essai por sua cultura; O orador so<strong>br</strong>essaiu no discurso pela<<strong>br</strong> />

erudição e o conhecimento profundo do assunto.<<strong>br</strong> />

SUSPENSÃO / CANCELAMENTO / ADIAMENTO<<strong>br</strong> />

Só pode ser suspenso o que já teve início, o que está em<<strong>br</strong> />

andamento: A sessão foi suspensa cinco minutos após iniciada,<<strong>br</strong> />

devido ao falecimento de um deputado. Se não houver início do<<strong>br</strong> />

evento, haverá cancelamento (sem definição de nova data), ou<<strong>br</strong> />

adiamento (já <strong>com</strong> nova data definida): A reunião da Comissão,<<strong>br</strong> />

que estava prevista para as 10 horas, foi cancelada; A reunião da<<strong>br</strong> />

Comissão, que estava prevista para as 10 horas, foi adiada para as<<strong>br</strong> />

15 horas.<<strong>br</strong> />

TALVEZ<<strong>br</strong> />

O advérbio talvez, quando anteposto ao verbo, leva-o ao<<strong>br</strong> />

modo subjuntivo: Talvez convenha encerrar a leitura do parecer,<<strong>br</strong> />

concluiu o Relator; O Presidente da Mesa talvez inicie o processo<<strong>br</strong> />

de votação daqui a pouco. Quando posposto, é o<strong>br</strong>igatório o<<strong>br</strong> />

modo indicativo: Irei talvez à sessão solene, disse o Deputado.<<strong>br</strong> />

TER LUGAR EM<<strong>br</strong> />

Expressão considerada galicismo por Aurélio, no sentido de<<strong>br</strong> />

―realizar-se, efetuar-se, ocorrer‖. Rejeitada também por


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

gramáticos, que em troca sugerem o emprego de realizar-se,<<strong>br</strong> />

efetuar-se, verificar-se, ocorrer, suceder, cele<strong>br</strong>ar-se.<<strong>br</strong> />

TODO / TODO O<<strong>br</strong> />

Todo o (toda a) significa inteiro: Andou por toda a cidade<<strong>br</strong> />

(pela cidade inteira); Toda a bancada (a bancada inteira) foi<<strong>br</strong> />

advertida.<<strong>br</strong> />

Sem o artigo, todo (toda) quer dizer cada, qualquer: Em toda<<strong>br</strong> />

cidade (qualquer cidade) por onde andou, obteve expressivo<<strong>br</strong> />

apoio; Todo homem (cada homem) é mortal; Toda nação<<strong>br</strong> />

(qualquer nação) tem inimigos.<<strong>br</strong> />

No plural, todos exige o artigo os: Todos os eleitores<<strong>br</strong> />

depositaram seus votos na urna; Era difícil apontar todas as<<strong>br</strong> />

contradições do texto.<<strong>br</strong> />

TRATA-SE <strong>DE</strong> / *TRATAM-SE <strong>DE</strong><<strong>br</strong> />

No sentido de ―referir-se a, dizer respeito a, ser‖, usa-se<<strong>br</strong> />

sempre trata-se de, no singular: Trata-se de questões que devem<<strong>br</strong> />

ser debatidas em profundidade (não: *tratam-se de questões). Os<<strong>br</strong> />

longos anos do regime militar foram marcados por problemas de<<strong>br</strong> />

terrorismo, tortura e guerrilha; tratava-se, à época, de casos<<strong>br</strong> />

delicados (não: *tratavam-se de casos delicados). Nas reuniões,<<strong>br</strong> />

tratou-se de todas as questões que envolvem a reforma (não:<<strong>br</strong> />

*trataram-se de todas as questões...).<<strong>br</strong> />

No sentido de ―discorrer so<strong>br</strong>e, discutir, debater‖, entre<<strong>br</strong> />

outros, tratar concorda normalmente <strong>com</strong> seu sujeito gramatical:<<strong>br</strong> />

Os deputados trataram de todas as questões que envolvem a<<strong>br</strong> />

reforma; Tratarei de um assunto de extrema importância para o<<strong>br</strong> />

País: a reforma política.<<strong>br</strong> />

UNÂNIME<<strong>br</strong> />

Significa ―relativo a todos‖. Por isso, constituem pleonasmo<<strong>br</strong> />

vicioso exemplos do tipo: *Todos os mem<strong>br</strong>os da Comissão<<strong>br</strong> />

foram unânimes em apoiar a moção (certo: Os mem<strong>br</strong>os da<<strong>br</strong> />

Comissão foram unânimes...).


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

*VÍTIMA FATAL<<strong>br</strong> />

Impropriedade lingüística, de uso <strong>com</strong>um. A palavra fatal é<<strong>br</strong> />

adjetivo, que no caso confere ao substantivo vítima uma<<strong>br</strong> />

qualidade, um caráter, um modo de ser. Seu significado é<<strong>br</strong> />

―funesto, nocivo, que pode produzir a morte‖. No caso, a<<strong>br</strong> />

impropriedade consiste em que a expressão fatal significa que a<<strong>br</strong> />

vítima pode produzir a morte, e não que ela morreu. Fatal é o<<strong>br</strong> />

acidente, o golpe, o tiro que matou a vítima, não ela própria.


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong> 347<<strong>br</strong> />

2 GLOSSÁRIO <strong>DE</strong> TERMOS DIVERSOS 65<<strong>br</strong> />

ADMINISTRAÇÃO DIRETA<<strong>br</strong> />

Área da administração pública vinculada ao Poder Executivo<<strong>br</strong> />

(federal, estadual ou municipal). Compreende serviços estatais<<strong>br</strong> />

dependentes, encarregados de atividades típicas de governo.<<strong>br</strong> />

Pertencem a essa categoria, no plano federal, a Presidência da<<strong>br</strong> />

República, os ministérios e os órgãos a eles vinculados<<strong>br</strong> />

diretamente, tais <strong>com</strong>o autarquias e empresas públicas.<<strong>br</strong> />

ADMINISTRAÇÃO INDIRETA<<strong>br</strong> />

Compreende serviços instituídos para limitar a expansão da<<strong>br</strong> />

administração direta ou aperfeiçoar sua ação executiva no<<strong>br</strong> />

desempenho de atividades de interesse público, de cunho<<strong>br</strong> />

econômico ou social. Possui independência funcional. Pertencem<<strong>br</strong> />

a essa categoria instituições <strong>com</strong>o a Caixa Econômica Federal, o<<strong>br</strong> />

Brasil do Brasil, a Petro<strong>br</strong>as.<<strong>br</strong> />

ADMISSIBILIDA<strong>DE</strong><<strong>br</strong> />

Análise dos pressupostos de constitucionalidade e<<strong>br</strong> />

juridicidade e de adequação financeira e orçamentária de uma<<strong>br</strong> />

proposição.<<strong>br</strong> />

APARTE<<strong>br</strong> />

Interrupção, <strong>br</strong>eve e oportuna, do orador para indagação ou<<strong>br</strong> />

esclarecimento, relativo à matéria em debate.<<strong>br</strong> />

Registram-se termos de uso freqüente na redação parlamentar e<<strong>br</strong> />

administrativa referentes a assuntos legislativos (so<strong>br</strong>etudo no âmbito da<<strong>br</strong> />

Câmara dos Deputados), políticos e da administração pública.


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

APENSAÇÃO<<strong>br</strong> />

Instrumento regimental que permite a tramitação conjunta<<strong>br</strong> />

de proposições da mesma espécie que disponham so<strong>br</strong>e matéria<<strong>br</strong> />

idêntica ou correlata. (RICD, art. 142)<<strong>br</strong> />

APRECIAÇÃO CONCLUSIVA<<strong>br</strong> />

Poder conferido às Comissões pelo qual estas podem<<strong>br</strong> />

deliberar so<strong>br</strong>e matérias submetidas à apreciação da Câmara,<<strong>br</strong> />

dispensada a manifestação do Plenário. A <strong>com</strong>petência para<<strong>br</strong> />

decidir se o projeto terá tramitação conclusiva é da Mesa<<strong>br</strong> />

Diretora, observadas as normas do Regimento Interno. (CF, art.<<strong>br</strong> />

58; RICD, art. 24, II)<<strong>br</strong> />

Observação: No Senado Federal, a denominação desse poder<<strong>br</strong> />

conferido às <strong>com</strong>issões é terminativo.<<strong>br</strong> />

APRECIAÇÃO PRELIMINAR<<strong>br</strong> />

Espécie de recurso, em que são apreciadas, pelo Plenário, as<<strong>br</strong> />

preliminares de inconstitucionalidade ou injuridicidade (CCJC) e<<strong>br</strong> />

de inadequação ou in<strong>com</strong>patibilidade financeira ou orçamentária<<strong>br</strong> />

(CFT), quando emitidos pareceres terminativos pelas Comissões<<strong>br</strong> />

ou por Comissão Especial (RICD, art. 34, II), na forma do art. 54<<strong>br</strong> />

do Regimento Interno da Câmara dos Deputados. Reconhecidas<<strong>br</strong> />

pelo Plenário a constitucionalidade e a juridicidade ou a<<strong>br</strong> />

adequação orçamentária e financeira da proposição, não poderão<<strong>br</strong> />

essas preliminares ser novamente argüidas em contrário. O<<strong>br</strong> />

recurso deverá ser apresentado por um décimo dos mem<strong>br</strong>os da<<strong>br</strong> />

Casa, na forma do art. 132, § 2º. (RICD, art. 144)<<strong>br</strong> />

AUDIÊNCIA PÚBLICA<<strong>br</strong> />

Reunião realizada por <strong>com</strong>issão técnica, a pedido de<<strong>br</strong> />

deputado dela integrante ou de entidade interessada, <strong>com</strong> o<<strong>br</strong> />

objetivo de instruir matéria legislativa em tramitação, bem <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

tratar de assunto de interesse público relevante relativo à área de<<strong>br</strong> />

atuação da Comissão. O requerimento para convocação de


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

audiência pública deve ser encaminhado ao Presidente da<<strong>br</strong> />

Comissão. Cabe ao Plenário deliberar se o aprova ou rejeita.<<strong>br</strong> />

AVULSO<<strong>br</strong> />

Exemplar das proposições, pareceres, relatórios, etc.,<<strong>br</strong> />

publicado oficialmente pela Câmara. É uma das formas de dar<<strong>br</strong> />

conhecimento oficial ao parlamentar so<strong>br</strong>e determinada matéria.<<strong>br</strong> />

Os sistemas de informação da Câmara têm buscado reduzir a<<strong>br</strong> />

publicação de avulsos em papel.<<strong>br</strong> />

BANCADA<<strong>br</strong> />

Nome pelo qual é conhecido o conjunto de parlamentares<<strong>br</strong> />

que se unem em nome de objetivos <strong>com</strong>uns. Pode ser bancada<<strong>br</strong> />

partidária (quando sob ela se agregam deputados de um mesmo<<strong>br</strong> />

partido) ou bancada informal (no caso de reunir deputados que se<<strong>br</strong> />

unem para representar e defender interesse social, profissional,<<strong>br</strong> />

religioso, cultural ou outros – p. ex., bancada evangélica, bancada<<strong>br</strong> />

ruralista, bancada do Centro-Oeste, etc).<<strong>br</strong> />

BLOCO PARLAMENTAR<<strong>br</strong> />

Aliança das bancadas de dois ou mais partidos políticos para<<strong>br</strong> />

constituir urna bancada <strong>com</strong>um.<<strong>br</strong> />

CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

Uma das duas casas legislativas que <strong>com</strong>põem o CongressoNacional. É formada por 513<<strong>br</strong> />

deputados federais, eleitos para<<strong>br</strong> />

mandato de quatro anos, segundo critério proporcional relativo ao<<strong>br</strong> />

tamanho das populações dos estados. Cada estado elege no<<strong>br</strong> />

máximo 70 deputados e no mínimo 8. De acordo <strong>com</strong> a<<strong>br</strong> />

Constituição, a Câmara dos Deputados representa o povo.<<strong>br</strong> />

CÂMARA REVISORA<<strong>br</strong> />

É assim conhecida uma das duas casas legislativas, a quem<<strong>br</strong> />

cabe examinar proposição já aprovada pela outra. Esse papel é,<<strong>br</strong> />

quase sempre, exercido pelo Senado Federal, pois as propostas


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

geralmente <strong>com</strong>eçam a tramitar pela Câmara. A exceção é<<strong>br</strong> />

quando a proposição é de iniciativa de senador. Nesse caso, ela<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>eça a tramitar no Senado, e a Câmara assume a função de<<strong>br</strong> />

revisora.<<strong>br</strong> />

CASA LEGISLATIVA<<strong>br</strong> />

Termo (muitas vezes reduzido apenas a ―Casa‖) pelo qual é<<strong>br</strong> />

conhecida cada uma das assembléias que <strong>com</strong>põem o Congresso<<strong>br</strong> />

Nacional: Câmara dos Deputados e Senado Federal.<<strong>br</strong> />

COLÉGIO <strong>DE</strong> LÍ<strong>DE</strong>RES<<strong>br</strong> />

É formado pelos líderes da Maioria, da Minoria, dos<<strong>br</strong> />

partidos, dos blocos parlamentares e do Governo. Entre outras,<<strong>br</strong> />

tem a atribuição de organizar a pauta das matérias que são<<strong>br</strong> />

levadas a votação em Plenário.<<strong>br</strong> />

COMISSÃO<<strong>br</strong> />

Órgão temático encarregado de apreciar e deliberar so<strong>br</strong>e<<strong>br</strong> />

determinado assunto submetido ao seu exame; é permanente<<strong>br</strong> />

quando integra a estrutura institucional da Casa e temporária<<strong>br</strong> />

quando criada para apreciar determinado assunto (especiais e de<<strong>br</strong> />

inquérito) ou para o cumprimento de missão temporária<<strong>br</strong> />

autorizada (externas). A <strong>com</strong>issão temporária extingue-se ao<<strong>br</strong> />

término da legislatura, ou quando alcançado o fim a que se<<strong>br</strong> />

destina ou, ainda, quando expirado o seu prazo de duração.<<strong>br</strong> />

COMISSÃO GERAL<<strong>br</strong> />

Nome que recebe a sessão plenária da Câmara quando<<strong>br</strong> />

interrompe seus trabalhos ordinários para, sob o <strong>com</strong>ando do seu<<strong>br</strong> />

Presidente, debater matéria relevante – por proposta conjunta dos<<strong>br</strong> />

líderes ou a requerimento de um terço dos Deputados; discutir<<strong>br</strong> />

projeto de lei de iniciativa popular; ou receber Ministro de Estado.<<strong>br</strong> />

(RICD, Art. 91)


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

COMISSÃO PARLAMENTAR <strong>DE</strong> INQUÉRITO (CPI)<<strong>br</strong> />

Tipo de <strong>com</strong>issão temporária destinada a apurar fato<<strong>br</strong> />

determinado e por prazo certo, tendo poderes de investigação<<strong>br</strong> />

próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos em<<strong>br</strong> />

lei.<<strong>br</strong> />

COMISSÃO REPRESENTATIVA<<strong>br</strong> />

Tem <strong>com</strong>o função representar o Congresso Nacional no<<strong>br</strong> />

recesso parlamentar. Seus mem<strong>br</strong>os são eleitos por ambas as<<strong>br</strong> />

Casas e sua atuação limitada ao período de recesso para o qual<<strong>br</strong> />

foram eleitos. Mesmo em caso de convocação extraordinária, a<<strong>br</strong> />

Comissão é eleita para o exame das demais matérias não<<strong>br</strong> />

constantes da pauta da convocação. (CF, art. 58, § 4º)<<strong>br</strong> />

COMPARECIMENTO <strong>DE</strong> MINISTRO <strong>DE</strong> ESTADO<<strong>br</strong> />

O Ministro de Estado poderá <strong>com</strong>parecer perante a Câmara<<strong>br</strong> />

ou suas <strong>com</strong>issões nas seguintes hipóteses: a) quando convocado<<strong>br</strong> />

para prestar, pessoalmente, informações so<strong>br</strong>e assunto<<strong>br</strong> />

previamente determinado; b) por sua iniciativa, mediante<<strong>br</strong> />

entendimentos <strong>com</strong> a Mesa ou a Presidência de Comissão,<<strong>br</strong> />

respectivamente, para expor assunto de relevância de seu<<strong>br</strong> />

ministério. A convocação será feita pela Câmara ou Comissão, por<<strong>br</strong> />

deliberação da maioria da respectiva <strong>com</strong>posição plenária, a<<strong>br</strong> />

requerimento de qualquer deputado ou mem<strong>br</strong>o da <strong>com</strong>issão,<<strong>br</strong> />

conforme o caso. Se não for atendida a convocação, feita nos<<strong>br</strong> />

termos do art. 50, caput, da Constituição Federal, o Presidente da<<strong>br</strong> />

Câmara promoverá a instauração do procedimento legal cabível.<<strong>br</strong> />

(RICD, art. 219)<<strong>br</strong> />

COMUNICAÇÕES PARLAMENTARES<<strong>br</strong> />

Parte da sessão ordinária. É destinada a discursos de<<strong>br</strong> />

representantes dos partidos e blocos parlamentares, indicados<<strong>br</strong> />

pelos respectivos líderes.


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

CONGRESSO NACIONAL<<strong>br</strong> />

Exerce o Poder Legislativo e é <strong>com</strong>posto pela Câmara dos<<strong>br</strong> />

Deputados (que representa o povo, sendo seus integrantes eleitos<<strong>br</strong> />

pelo voto proporcional) e pelo Senado Federal (que representa os<<strong>br</strong> />

Estados e o Distrito Federal e é <strong>com</strong>posto por eleitos pelo voto<<strong>br</strong> />

majoritário). Cabe ao Presidente dessa última Casa exercer a<<strong>br</strong> />

Presidência da Mesa do Congresso Nacional. (CF, art. 44)<<strong>br</strong> />

CONTAGEM <strong>DE</strong> PRAZOS NA CÂMARA<<strong>br</strong> />

Salvo disposição em contrário, os prazos regimentais<<strong>br</strong> />

assinalados em dias ou sessões serão <strong>com</strong>putados<<strong>br</strong> />

respectivamente <strong>com</strong>o dias corridos ou por sessões ordinárias da<<strong>br</strong> />

Câmara efetivamente realizadas. Os prazos ficarão suspensos<<strong>br</strong> />

durante os períodos de recesso do Congresso Nacional,<<strong>br</strong> />

resguardadas as exceções. (RICD, art. 280)<<strong>br</strong> />

CONVOCAÇÃO EXTRAORDINÁRIA<<strong>br</strong> />

Funcionamento do Congresso Nacional em período diverso<<strong>br</strong> />

daquele previsto constitucionalmente. Pode ocorrer nas seguintes<<strong>br</strong> />

situações: a) decretação de estado de defesa ou de intervenção<<strong>br</strong> />

federal; pedido de autorização para a decretação de estado de<<strong>br</strong> />

sítio e para o <strong>com</strong>promisso e a posse do Presidente e do Vice-<<strong>br</strong> />

Presidente da República, hipóteses em que a convocação será<<strong>br</strong> />

feita pelo Presidente do Senado Federal; b) caso de urgência ou<<strong>br</strong> />

interesse público relevante, em que a convocação poderá ser feita<<strong>br</strong> />

pelo Presidente da República, pelos Presidentes da Câmara dos<<strong>br</strong> />

Deputados e do Senado Federal, ou a requerimento da maioria<<strong>br</strong> />

absoluta dos mem<strong>br</strong>os de ambas as Casas. Durante a convocação<<strong>br</strong> />

extraordinária, o Congresso Nacional deliberará somente so<strong>br</strong>e a<<strong>br</strong> />

matéria para a qual foi convocado. Havendo medidas provisórias,<<strong>br</strong> />

elas serão incluídas automaticamente na pauta. (CF, art. 57, § 6º;<<strong>br</strong> />

RICD, art. 2º, § 4º)


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

<strong>DE</strong>CRETO LEGISLATIVO<<strong>br</strong> />

Espécie normativa que regula matérias de <strong>com</strong>petência<<strong>br</strong> />

exclusiva do Poder Legislativo, sem que haja necessidade de<<strong>br</strong> />

sanção do Presidente da República.<<strong>br</strong> />

<strong>DE</strong>MOCRACIA DIRETA<<strong>br</strong> />

Forma de organização política do Estado, pelo qual a<<strong>br</strong> />

população manifesta diretamente sua vontade so<strong>br</strong>e assuntos de<<strong>br</strong> />

interesse público, sem a intermediação de representantes. Na<<strong>br</strong> />

Grécia Antiga, as ―assembléias do povo‖ reuniam-se numa praça,<<strong>br</strong> />

conhecida <strong>com</strong>o Ágora. No Estado contemporâneo, duas formas<<strong>br</strong> />

de exercício da democracia direta são o plebiscito e o referendo.<<strong>br</strong> />

<strong>DE</strong>MOCRACIA REPRESENTATIVA<<strong>br</strong> />

Forma de organização política do Estado, pela qual a<<strong>br</strong> />

população elege representantes que passam a exercer autoridade<<strong>br</strong> />

em seu nome.<<strong>br</strong> />

<strong>DE</strong>PUTADO FE<strong>DE</strong>RAL<<strong>br</strong> />

Representante da população de um Estado da Federação,<<strong>br</strong> />

escolhido em eleição proporcional (ver verbete). Sua missão é<<strong>br</strong> />

representar, no Congresso Nacional, o povo residente no Estado<<strong>br</strong> />

que o elegeu. O número de deputados federais é proporcional à<<strong>br</strong> />

população em cada Estado – sendo que nenhum pode eleger mais<<strong>br</strong> />

de 70 parlamentares e menos de 8.<<strong>br</strong> />

<strong>DE</strong>STAQUE<<strong>br</strong> />

É instrumento do processo legislativo, que permite o<<strong>br</strong> />

fracionamento de uma votação. Poderá ser concedido destaque,<<strong>br</strong> />

mediante requerimento aprovado pelo Plenário, para: a) votar em<<strong>br</strong> />

separado parte de proposição, desde que requerida por um<<strong>br</strong> />

décimo dos deputados (52) ou líderes que representem esse<<strong>br</strong> />

número; b) votar emenda, subemenda, parte de emenda ou de<<strong>br</strong> />

subemenda; c) tornar emenda ou parte de uma proposição projeto<<strong>br</strong> />

autônomo; d) votar projeto ou substitutivo, ou parte deles,


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

quando a preferência recair so<strong>br</strong>e o outro ou so<strong>br</strong>e proposição<<strong>br</strong> />

apensada; e) suprimir, total ou parcialmente, dispositivo de<<strong>br</strong> />

proposição.<<strong>br</strong> />

Independerá de aprovação do Plenário o requerimento de<<strong>br</strong> />

destaque apresentado por bancada de partido, observada a<<strong>br</strong> />

seguinte proporcionalidade:<<strong>br</strong> />

• de 5 até 24 deputados, um destaque;<<strong>br</strong> />

• de 25 até 49 deputados, dois destaques;<<strong>br</strong> />

• de 50 até 74 deputados, três destaques;<<strong>br</strong> />

• de 75 ou mais deputados, quatro destaques.<<strong>br</strong> />

(RICD, arts. 161 e 162)<<strong>br</strong> />

<strong>DE</strong>STAQUE PARA VOTAÇÃO EM SEPARADO (DVS)<<strong>br</strong> />

Recurso pelo qual pode ser votada em separado parte de<<strong>br</strong> />

proposição submetida ao exame da Câmara. Cabe ao Plenário<<strong>br</strong> />

decidir se o DVS será aceito. Podem requerê-lo um décimo dos<<strong>br</strong> />

deputados (52) ou líderes que representem esse número. (RICD,<<strong>br</strong> />

art. 161)<<strong>br</strong> />

DISCUSSÃO<<strong>br</strong> />

Fase dos trabalhos destinada ao debate entre os<<strong>br</strong> />

parlamentares, acerca de determinada proposição.<<strong>br</strong> />

DISTRIBUIÇÃO<<strong>br</strong> />

Fase que dá início ao processo legislativo, consubstanciada<<strong>br</strong> />

no despacho às <strong>com</strong>issões <strong>com</strong>petentes, pelo Presidente da<<strong>br</strong> />

Câmara, das proposições apresentadas à Casa, observado o<<strong>br</strong> />

disposto no art. 24, II, e no art. 32 e seus incisos. (RICD, art. 139)<<strong>br</strong> />

DOIS TURNOS<<strong>br</strong> />

Consiste na discussão e votação de proposição pelo Plenário<<strong>br</strong> />

por duas vezes, nos casos especificados na Constituição (emenda<<strong>br</strong> />

constitucional) ou no Regimento da Casa (projeto de lei


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>plementar ou alteração do Regimento Interno). Cada turno é<<strong>br</strong> />

constituído de discussão e votação.<<strong>br</strong> />

EFEITO SUSPENSIVO<<strong>br</strong> />

Previsão regimental que possibilita, nas hipóteses de recurso<<strong>br</strong> />

contra decisão da Presidência em questão de ordem, que essa<<strong>br</strong> />

decisão tenha sua eficácia suspensa até que se aprecie o Recurso.<<strong>br</strong> />

Poderá ser requerido por parlamentar, <strong>com</strong> o apoiamento de um<<strong>br</strong> />

terço dos presentes, cabendo ao Plenário decidir so<strong>br</strong>e ele. (RICD,<<strong>br</strong> />

art. 95, § 9º)<<strong>br</strong> />

ELEIÇÃO DA MESA<<strong>br</strong> />

Ocorre na segunda sessão preparatória da primeira sessão<<strong>br</strong> />

legislativa de cada legislatura. São eleitos o presidente e demais<<strong>br</strong> />

mem<strong>br</strong>os da Mesa e os suplentes dos secretários, para mandato de<<strong>br</strong> />

dois anos, vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição<<strong>br</strong> />

subseqüente. Porém não se considera recondução a eleição para<<strong>br</strong> />

o mesmo cargo em legislaturas diferentes, ainda que sucessivas. A<<strong>br</strong> />

eleição dos mem<strong>br</strong>os da Mesa se dá por escrutínio secreto,<<strong>br</strong> />

exigida maioria absoluta de votos, em primeiro escrutínio, e<<strong>br</strong> />

maioria simples, em segundo escrutínio, presente a maioria<<strong>br</strong> />

absoluta dos deputados. (RICD, art. 5º)<<strong>br</strong> />

ELEIÇÃO MAJORITÁRIA<<strong>br</strong> />

Pleito em que é considerado eleito o candidato que obtiver a<<strong>br</strong> />

maioria dos votos. Esse sistema é adotado nas eleições para<<strong>br</strong> />

presidente da República, governador de estado, senador e<<strong>br</strong> />

prefeito.<<strong>br</strong> />

ELEIÇÃO PROPORCIONAL<<strong>br</strong> />

Sistema pelo qual são eleitos os deputados federais, assim<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o os deputados estaduais e vereadores. Para que um<<strong>br</strong> />

candidato seja eleito, é preciso que o partido ou coligação<<strong>br</strong> />

partidária a que ele pertence tenha obtido o chamado quociente<<strong>br</strong> />

eleitoral. Esse quociente é obtido pela divisão do total de votos


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

válidos apurados pelo número de vagas em disputa. São<<strong>br</strong> />

considerados eleitos tantos candidatos registrados por partido ou<<strong>br</strong> />

coligação quantos o respectivo quociente eleitoral indicar.<<strong>br</strong> />

Exemplo:<<strong>br</strong> />

Num determinado estado, que elege oito deputados<<strong>br</strong> />

federais, são apurados 800 mil votos válidos. E as votações totais<<strong>br</strong> />

dos partidos foram as seguintes:<<strong>br</strong> />

Partido A, 400 mil votos (candidato a, 350 mil votos;<<strong>br</strong> />

candidato b, 30 mil votos; candidato c, 15 mil votos; e candidato<<strong>br</strong> />

d, 5 mil votos).<<strong>br</strong> />

Partido B, 200 mil votos (candidato e, 100 mil votos;<<strong>br</strong> />

candidato f, 55 mil votos; candidato g, 45 mil votos)<<strong>br</strong> />

Partido C, 100 mil (candidato h, 40 mil votos; candidato i,<<strong>br</strong> />

35 mil votos; candidato j, 25 mil votos)<<strong>br</strong> />

Partido D, 100 mil votos (candidato k, 55 mil votos;<<strong>br</strong> />

candidato l, 44 mil votos; candidato m, 1 mil votos)<<strong>br</strong> />

O Partido A elegerá quatro deputados (dividindo-se 800 mil<<strong>br</strong> />

por 8, tem-se o quociente 100. Como o partido recebeu 400 mil<<strong>br</strong> />

votos, tem 4 vezes o quociente (400 mil divididos por 100, igual<<strong>br</strong> />

a 4). E os quatro mais votados preencherão esses lugares, mesmo<<strong>br</strong> />

que a votação dos últimos colocados seja pequena. O Partido B<<strong>br</strong> />

elegerá dois deputados (teve 200 mil votos, duas vezes o<<strong>br</strong> />

quociente de 100). O Partido C elegerá um deputado. E o Partido<<strong>br</strong> />

D, também um.<<strong>br</strong> />

Assim, serão considerados eleitos:<<strong>br</strong> />

4 deputados do Partido A, respectivamente <strong>com</strong> 350 mil, 30<<strong>br</strong> />

mil, 15 mil e 5 mil votos<<strong>br</strong> />

2 deputados do Partido B, respectivamente <strong>com</strong> 100 mil e<<strong>br</strong> />

55 mil votos<<strong>br</strong> />

1 deputado do Partido C, <strong>com</strong> 40 mil votos;<<strong>br</strong> />

1 deputado do Partido D, <strong>com</strong> 55 mil votos.


Note-se que os candidatos g, i, j, l não se elegeram, embora<<strong>br</strong> />

tenham recebido, respectivamente, 45 mil, 35 mil, 25 mil e 44


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

mil votos; enquanto os candidatos b, c, d e h conquistaram a<<strong>br</strong> />

vaga, embora <strong>com</strong> menor número de votos (respectivamente, 30<<strong>br</strong> />

mil, 15 mil, 5 mil e 40 mil votos).<<strong>br</strong> />

Essa distorção acontece porque a eleição é proporcional –<<strong>br</strong> />

vale mais o número de votos recebidos pelos partidos que os<<strong>br</strong> />

atribuídos aos candidatos.<<strong>br</strong> />

EMENDA<<strong>br</strong> />

É a proposição apresentada <strong>com</strong>o acessória de outra, sendo<<strong>br</strong> />

a principal um projeto de lei ordinária, <strong>com</strong>plementar, projeto de<<strong>br</strong> />

código, emenda à Constituição, projeto de decreto legislativo, etc.<<strong>br</strong> />

A emenda pode ser supressiva (quando elimina parte de<<strong>br</strong> />

outra proposição); aglutinativa (quando resulta da fusão de outras<<strong>br</strong> />

emendas, ou destas <strong>com</strong> o texto, <strong>com</strong> o propósito de aproximá-las<<strong>br</strong> />

dos respectivos objetos); substitutiva (quando se apresenta <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

sucedânea de parte ou partes de outra proposição; na hipótese de<<strong>br</strong> />

a alteração ser substancial, no seu conjunto, passa a denominar-se<<strong>br</strong> />

substitutivo); modificativa (quando altera outra proposição sem<<strong>br</strong> />

modificá-la substancialmente); aditiva (a que se acrescenta a outra<<strong>br</strong> />

proposição); subemenda (trata-se de emenda apresentada em<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>issão a outra emenda); e de redação (emenda modificativa,<<strong>br</strong> />

cujo objetivo é sanar vício de linguagem, incorreção de técnica<<strong>br</strong> />

legislativa ou lapso manifesto).<<strong>br</strong> />

EMENDA CONSTITUCIONAL<<strong>br</strong> />

Modificação imposta ao texto da Constituição Federal após<<strong>br</strong> />

sua promulgação, em outu<strong>br</strong>o de 1988. Sua aprovação é da<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petência da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, e<<strong>br</strong> />

depende de que obtenha, em cada uma das duas casas<<strong>br</strong> />

legislativas, três quintos dos votos (308 na Câmara e 49 no<<strong>br</strong> />

Senado). Até a<strong>br</strong>il de 2004, haviam sido acrescentadas 43<<strong>br</strong> />

Emendas ao texto constitucional.


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

ESTADO<<strong>br</strong> />

Nação politicamente organizada, que ocupa um território<<strong>br</strong> />

determinado e é dirigido por governo próprio. Por exemplo: O<<strong>br</strong> />

Estado <strong>br</strong>asileiro. Essa denominação também serve para designar<<strong>br</strong> />

unidade político-administrativa em que se divide uma nação<<strong>br</strong> />

organizada em sistema federativo. Essa unidade ocupa um<<strong>br</strong> />

território determinado e tem governo próprio. Por exemplo:<<strong>br</strong> />

Estado do Pará; Estado do Amazonas.<<strong>br</strong> />

ESTADO AUTOCRÁTICO<<strong>br</strong> />

Nação cujo governo exerce poderes ilimitados, absolutos.<<strong>br</strong> />

ESTADO <strong>DE</strong>MOCRÁTICO<<strong>br</strong> />

Forma particular <strong>com</strong>o uma Nação se organiza<<strong>br</strong> />

politicamente, na qual predominam, especialmente, os princípios<<strong>br</strong> />

da soberania popular e da possibilidade de revezamento no<<strong>br</strong> />

exercício do poder conforme a vontade popular, manifestada por<<strong>br</strong> />

intermédio do voto universal.<<strong>br</strong> />

FE<strong>DE</strong>RAÇÃO<<strong>br</strong> />

Forma particular <strong>com</strong>o se organiza politicamente um Estado.<<strong>br</strong> />

Na Federação, o território nacional é subdividido em estados ou<<strong>br</strong> />

províncias, que possuem relativa autonomia políticoadministrativa<<strong>br</strong> />

e se associam sob um governo central. Brasil e<<strong>br</strong> />

Estados Unidos são exemplos de Estados federativos. Uma<<strong>br</strong> />

contrapartida a eles são os Estados unitários – em que o poder<<strong>br</strong> />

politico é exercido exclusivamente por um governo central.<<strong>br</strong> />

GRAN<strong>DE</strong> EXPEDIENTE<<strong>br</strong> />

Segunda das quatro partes em que se divide a sessão<<strong>br</strong> />

ordinária, reservada a pronunciamentos de oradores previamente<<strong>br</strong> />

inscritos, cada qual <strong>com</strong> direito a discursar pelo tempo máximo<<strong>br</strong> />

de 25 minutos.


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

IMUNIDA<strong>DE</strong> PARLAMENTAR<<strong>br</strong> />

Direito do parlamentar de exercer livremente seu mandato,<<strong>br</strong> />

sem o risco de ser processado por atos passíveis de serem<<strong>br</strong> />

classificados <strong>com</strong>o antijurídicos, em decorrência de suas opiniões,<<strong>br</strong> />

palavras e votos. O oferecimento de denúncia contra deputado é<<strong>br</strong> />

feito perante o Supremo Tribunal Federal, que <strong>com</strong>unica o fato à<<strong>br</strong> />

Câmara dos Deputados, que tem o poder de sustar o andamento<<strong>br</strong> />

da ação. O mesmo acontece <strong>com</strong> os senadores.<<strong>br</strong> />

INDICAÇÃO<<strong>br</strong> />

Proposição pela qual o parlamentar sugere a manifestação<<strong>br</strong> />

de uma ou mais <strong>com</strong>issões, ou do Poder Executivo, acerca de<<strong>br</strong> />

determinado assunto, visando a elaboração de projeto so<strong>br</strong>e a<<strong>br</strong> />

matéria, ou a adoção de providência, realização de ato<<strong>br</strong> />

administrativo ou de gestão.<<strong>br</strong> />

INTERSTÍCIO<<strong>br</strong> />

Intervalo de tempo necessário entre atos do procedimento<<strong>br</strong> />

legislativo. O interstício é contado por sessões ordinárias ou por<<strong>br</strong> />

dias úteis, conforme determinam os Regimentos Internos de cada<<strong>br</strong> />

Casa. Por exemplo, é de três dias úteis, no Senado, e de duas<<strong>br</strong> />

sessões, na Câmara, o interstício entre a distribuição de avulsos<<strong>br</strong> />

dos pareceres das <strong>com</strong>issões e o início da discussão ou votação<<strong>br</strong> />

correspondente.<<strong>br</strong> />

LEGISLATURA<<strong>br</strong> />

Período de quatro anos coincidente <strong>com</strong> o mandato<<strong>br</strong> />

parlamentar. A contagem é idêntica no Senado Federal, embora o<<strong>br</strong> />

mandato dos senadores seja de oito anos.<<strong>br</strong> />

LEI COMPLEMENTAR<<strong>br</strong> />

Dispositivo legal destinado a regulamentar norma prevista<<strong>br</strong> />

na Constituição Federal.


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

LEI <strong>DE</strong> DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS (LDO)<<strong>br</strong> />

De iniciativa do Executivo, essa lei estabelece as metas e<<strong>br</strong> />

prioridades da administração pública federal a serem observadas<<strong>br</strong> />

na Lei Orçamentária Anual (LOA). É <strong>com</strong> base na LDO aprovada<<strong>br</strong> />

pelo Legislativo que a Secretaria de Orçamento Federal elabora a<<strong>br</strong> />

proposta orçamentária para o ano seguinte, em conjunto <strong>com</strong> os<<strong>br</strong> />

ministérios e as unidades orçamentárias do Legislativo e do<<strong>br</strong> />

Judiciário. Ela também dispõe so<strong>br</strong>e alterações na legislação<<strong>br</strong> />

tributária e estabelece a política de aplicação das agências<<strong>br</strong> />

financeiras de fomento. A LDO deve ser encaminhada até o dia<<strong>br</strong> />

15 de a<strong>br</strong>il ao Congresso Nacional, que tem prazo até 30 de<<strong>br</strong> />

junho para aprová-la. Se isso não ocorrer, o Congresso não pode<<strong>br</strong> />

entrar em recesso em julho.<<strong>br</strong> />

LEI <strong>DE</strong>LEGADA<<strong>br</strong> />

O Congresso Nacional pode votar resolução que delega ao<<strong>br</strong> />

Presidente da República poderes para elaboração de leis em casos<<strong>br</strong> />

expressos. Essas leis delegadas, porém, não podem versar so<strong>br</strong>e<<strong>br</strong> />

atos de <strong>com</strong>petência exclusiva do Congresso Nacional, so<strong>br</strong>e<<strong>br</strong> />

matéria reservada à lei <strong>com</strong>plementar, nem a legislação so<strong>br</strong>e<<strong>br</strong> />

planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos, entre<<strong>br</strong> />

outros.<<strong>br</strong> />

LEI <strong>DE</strong> RESPONSABILIDA<strong>DE</strong> FISCAL<<strong>br</strong> />

Aprovada em 2000 pelo Congresso Nacional, a Lei de<<strong>br</strong> />

Responsabilidade Fiscal define as responsabilidades e deveres do<<strong>br</strong> />

administrador público em relação, respectivamente, aos<<strong>br</strong> />

orçamentos da União, dos estados e dos municípios. Entre outras,<<strong>br</strong> />

ela define os limites de gastos <strong>com</strong> pessoal e proíbe a criação de<<strong>br</strong> />

despesas de duração continuada sem uma fonte segura de<<strong>br</strong> />

receitas. Assim, a Lei introduziu restrições orçamentárias na<<strong>br</strong> />

legislação <strong>br</strong>asileira e criou a disciplina fiscal para os três poderes<<strong>br</strong> />

(Executivo, Legislativo e Judiciário).


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL (LOA)<<strong>br</strong> />

É a lei que fixa os recursos públicos a serem aplicados, a<<strong>br</strong> />

cada ano, nas ações de governo. O Executivo tem o prazo de 31<<strong>br</strong> />

de agosto para enviá-la ao Congresso. O Orçamento da União se<<strong>br</strong> />

divide em três peças: Fiscal; de Seguridade Social; e de<<strong>br</strong> />

Investimentos das empresas em que ela detém a maioria do<<strong>br</strong> />

capital social <strong>com</strong> direito a voto. O projeto de Lei Orçamentária<<strong>br</strong> />

Anual deve observar as prioridades contidas no Plano Plurianual<<strong>br</strong> />

(PPA) e as metas que deverão ser atingidas naquele ano. A Lei<<strong>br</strong> />

Orçamentária disciplina todas as ações do governo federal.<<strong>br</strong> />

Nenhuma despesa pública pode ser executada fora do<<strong>br</strong> />

Orçamento, mas nem tudo que está ali previsto é executado pelo<<strong>br</strong> />

governo federal. A Lei Orçamentária <strong>br</strong>asileira estima as receitas e<<strong>br</strong> />

autoriza as despesas de acordo <strong>com</strong> a previsão de arrecadação.<<strong>br</strong> />

Havendo a necessidade de realização de despesas acima do limite<<strong>br</strong> />

previsto na lei, o Poder Executivo submete ao Congresso Nacional<<strong>br</strong> />

projeto de lei de crédito adicional. O Poder Executivo pode,<<strong>br</strong> />

ainda, editar decretos de contingenciamento, em que são<<strong>br</strong> />

autorizadas apenas despesas no limite das receitas arrecadadas.<<strong>br</strong> />

LEI ORDINÁRIA<<strong>br</strong> />

Quando a<strong>com</strong>panhada do adjetivo ―ordinária‖, significa que<<strong>br</strong> />

a lei é <strong>com</strong>um, habitual. Distingue-se, entre outras, da ―lei<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>plementar‖, que regula dispositivo da Constituição Federal<<strong>br</strong> />

(que, por sua vez, é a ―lei básica‖ ou ―lei maior‖).<<strong>br</strong> />

LÍ<strong>DE</strong>R<<strong>br</strong> />

Parlamentar escolhido para representar sua bancada<<strong>br</strong> />

partidária ou bloco parlamentar que integre.<<strong>br</strong> />

MAIORIA<<strong>br</strong> />

Constitui a Maioria o partido ou bloco parlamentar<<strong>br</strong> />

integrado pela maioria absoluta dos mem<strong>br</strong>os da Casa. (RICD, art.<<strong>br</strong> />

13)


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

MAIORIA ABSOLUTA<<strong>br</strong> />

Quórum de aprovação de determinadas matérias, <strong>com</strong>o os<<strong>br</strong> />

projetos de lei <strong>com</strong>plementar, segundo o qual a proposição é<<strong>br</strong> />

considerada aprovada se obtiver votos favoráveis de metade mais<<strong>br</strong> />

um dos mem<strong>br</strong>os da Casa (257).<<strong>br</strong> />

MAIORIA SIMPLES<<strong>br</strong> />

Quórum de aprovação para as matérias em geral. Presente a<<strong>br</strong> />

maioria absoluta dos mem<strong>br</strong>os da Casa (257), as deliberações são<<strong>br</strong> />

tomadas por maioria de votos.<<strong>br</strong> />

MANDATO<<strong>br</strong> />

Poderes políticos que o povo entrega, por meio de voto, a<<strong>br</strong> />

um cidadão, para que governe a nação, estado ou município, ou<<strong>br</strong> />

o represente nas respectivas assembléias legislativas.<<strong>br</strong> />

MEDIDA PROVISÓRIA (MP)<<strong>br</strong> />

Instrumento, <strong>com</strong> força de lei, adotado pelo Presidente da<<strong>br</strong> />

República, em casos de relevância e urgência, cujo prazo de<<strong>br</strong> />

vigência é de sessenta dias; prorrogável, nos termos do § 7º do<<strong>br</strong> />

art. 62 da Constituição Federal, uma vez por igual período,<<strong>br</strong> />

devendo o Congresso Nacional disciplinar, por decreto<<strong>br</strong> />

legislativo, as relações jurídicas dela decorrentes, quando for<<strong>br</strong> />

rejeitada ou perder a eficácia por decurso de prazo.<<strong>br</strong> />

MINORIA<<strong>br</strong> />

Constitui a Minoria a representação imediatamente inferior<<strong>br</strong> />

que, em relação ao Governo, expresse posição diversa da<<strong>br</strong> />

defendida pela Maioria. (RICD, art. 13)<<strong>br</strong> />

MESA DIRETORA<<strong>br</strong> />

Órgão que dirige a Câmara dos Deputados. É <strong>com</strong>posto de<<strong>br</strong> />

sete titulares (Presidente, 1º Vice-Presidente, 2º Vice-Presidente,<<strong>br</strong> />

1º Secretário, 2º Secretário, 3º Secretário e 4º Secretário) e quatro


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

suplentes. Os integrantes da Mesa Diretora são eleitos a cada dois<<strong>br</strong> />

anos pelo conjunto dos 513 deputados.<<strong>br</strong> />

OLIGARQUIA<<strong>br</strong> />

Governo exercido por reduzido número de pessoas,<<strong>br</strong> />

pertencentes ao mesmo partido, classe ou família. Em sentido<<strong>br</strong> />

figurado, é a preponderância de uma facção ou de um grupo na<<strong>br</strong> />

direção dos negócios públicos.<<strong>br</strong> />

ORÇAMENTO<<strong>br</strong> />

Instrumento legal que fixa os recursos públicos a serem<<strong>br</strong> />

aplicados, a cada ano, nas ações de governo. Nenhuma despesa<<strong>br</strong> />

pública pode ser executada fora dele, mas nem tudo que ele<<strong>br</strong> />

prevê é executado pelo governo federal. A lei que fixa o<<strong>br</strong> />

Orçamento é aprovada pelo Congresso Nacional, mas tem caráter<<strong>br</strong> />

autorizativo – não sendo, portanto, imposição legal. Sempre que<<strong>br</strong> />

houver a necessidade de realização de despesas acima do limite<<strong>br</strong> />

previsto na lei, o Poder Executivo submete ao Congresso Nacional<<strong>br</strong> />

projeto de lei de crédito adicional.<<strong>br</strong> />

OBSTRUÇÃO<<strong>br</strong> />

Instrumento mediante o qual o parlamentar se recusa a votar<<strong>br</strong> />

determinada matéria, em obediência a determinação aprovada<<strong>br</strong> />

pelas bancadas ou lideranças e <strong>com</strong>unicada à Mesa. (RICD, art.<<strong>br</strong> />

82, § 6º)<<strong>br</strong> />

OR<strong>DE</strong>M DO DIA<<strong>br</strong> />

Período da sessão ordinária ou extraordinária ou das<<strong>br</strong> />

reuniões das Comissões da Câmara ou do Senado destinado à<<strong>br</strong> />

apreciação das proposições em pauta.<<strong>br</strong> />

ORGANIZAÇÃO NÃO-GOVERNAMENTAL (ONG)<<strong>br</strong> />

Grupo organizado que visa colaborar na solução de<<strong>br</strong> />

problemas da <strong>com</strong>unidade, seja no sentido de mobilizar, educar e<<strong>br</strong> />

conscientizar, seja no de organizar serviços ou programas para o


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

atendimento de necessidades <strong>com</strong>unitárias. Esse conceito, porém,<<strong>br</strong> />

não é aceito por todos, havendo amplo debate so<strong>br</strong>e a natureza<<strong>br</strong> />

dessas organizações.<<strong>br</strong> />

OUVIDORIA PARLAMENTAR<<strong>br</strong> />

Órgão que tem <strong>com</strong>o atribuições principais receber,<<strong>br</strong> />

examinar e encaminhar aos setores <strong>com</strong>petentes as reclamações<<strong>br</strong> />

ou representações de pessoas físicas ou jurídicas. (RICD, art.<<strong>br</strong> />

21-A)<<strong>br</strong> />

PARECER<<strong>br</strong> />

Proposição pela qual uma <strong>com</strong>issão se pronuncia so<strong>br</strong>e<<strong>br</strong> />

qualquer matéria sujeita a seu estudo. (RICD, art. 126)<<strong>br</strong> />

PARECER TERMINATIVO<<strong>br</strong> />

É terminativo o parecer da Comissão de Constituição e Justiça<<strong>br</strong> />

e de Cidadania (quanto à constitucionalidade e juridicidade da<<strong>br</strong> />

matéria), da Comissão de Finanças e Tributação (quanto à<<strong>br</strong> />

adequação financeira ou orçamentária) e da Comissão Especial<<strong>br</strong> />

constituída quando a proposição for submetida, no mérito, a três<<strong>br</strong> />

ou mais <strong>com</strong>issões permanentes no que concerne a ambas as<<strong>br</strong> />

preliminares. O parecer contrário de qualquer dessas <strong>com</strong>issões<<strong>br</strong> />

resulta no arquivamento da proposição, a menos que haja<<strong>br</strong> />

recurso, apresentado no prazo de cinco sessões a contar da<<strong>br</strong> />

publicação do parecer, subscrito por um décimo dos deputados<<strong>br</strong> />

(52 assinaturas).<<strong>br</strong> />

PARLAMENTAR<<strong>br</strong> />

Pertencente ou relativo ao Parlamento. No caso <strong>br</strong>asileiro,<<strong>br</strong> />

recebe essa designação todo deputado federal ou senador.<<strong>br</strong> />

PARTIDO<<strong>br</strong> />

Organização política que possui programa e diretrizes<<strong>br</strong> />

próprios, e cujos mem<strong>br</strong>os programam e realizam uma ação<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>um <strong>com</strong> fins políticos e sociais.


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

PAUTA<<strong>br</strong> />

Relação das matérias que devem ser submetidas ao exame<<strong>br</strong> />

do Plenário ou de <strong>com</strong>issão técnica. A apreciação da pauta, no<<strong>br</strong> />

Plenário, obedece à seguinte ordem: 1 – redações finais; 2 –<<strong>br</strong> />

requerimentos de urgência; 3 – requerimentos de <strong>com</strong>issão<<strong>br</strong> />

sujeitos a votação; 4 – requerimentos de deputados dependentes<<strong>br</strong> />

de votação imediata; 5 – matérias constantes da Ordem do Dia.<<strong>br</strong> />

Essa ordem pode ser alterada mediante aprovação de<<strong>br</strong> />

requerimento de preferência; de adiamento; de retirada da Ordem<<strong>br</strong> />

do Dia; ou de inversão da pauta.<<strong>br</strong> />

PEQUENO EXPEDIENTE<<strong>br</strong> />

Primeira parte da sessão ordinária do Plenário, tem duração<<strong>br</strong> />

máxima de 60 minutos e é destinado às <strong>com</strong>unicações de<<strong>br</strong> />

deputados previamente inscritos.<<strong>br</strong> />

PERÍODO <strong>DE</strong> FUNCIONAMENTO DO CONGRESSO NACIONAL<<strong>br</strong> />

Lapso de tempo em que ocorrem as reuniões anuais do<<strong>br</strong> />

Congresso Nacional, assim dividido: de 15 de fevereiro a 30 de<<strong>br</strong> />

junho; e de 1º de agosto a 15 de dezem<strong>br</strong>o. Os meses de julho e<<strong>br</strong> />

janeiro e as demais datas não coincidentes <strong>com</strong> o funcionamento<<strong>br</strong> />

são considerados períodos de recesso parlamentar. (Ver Sessão<<strong>br</strong> />

legislativa.) (CF, art. 57; RICD, art. 2º)<<strong>br</strong> />

PLANO PLURIANUAL (PPA)<<strong>br</strong> />

O PPA define as prioridades do governo por um período de<<strong>br</strong> />

quatro anos, e estabelece ligação entre elas e a Lei Orçamentária<<strong>br</strong> />

Anual. O Presidente da República deve encaminhá-lo ao<<strong>br</strong> />

Congresso Nacional até o dia 31 de agosto do primeiro ano de<<strong>br</strong> />

sua posse.<<strong>br</strong> />

PLENÁRIO<<strong>br</strong> />

Conjunto (total ou parcial) dos deputados federais, reunidos<<strong>br</strong> />

em sessão para debater matérias de interesse público ou para<<strong>br</strong> />

deliberar so<strong>br</strong>e proposições legislativas em pauta.


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

PO<strong>DE</strong>R CONCLUSIVO<<strong>br</strong> />

Prerrogativa das <strong>com</strong>issões permanentes de discutir e votar<<strong>br</strong> />

projetos de lei, dispensada a <strong>com</strong>petência do Plenário, o qual só<<strong>br</strong> />

se manifesta se houver recurso de 10% dos mem<strong>br</strong>os da Casa<<strong>br</strong> />

nesse sentido. Essa prerrogativa é definida pela Mesa, quando é<<strong>br</strong> />

feita a distribuição das proposições. (RICD, art. 24, II)<<strong>br</strong> />

PO<strong>DE</strong>R EXECUTIVO<<strong>br</strong> />

Instância de poder encarregada de executar as leis. No<<strong>br</strong> />

sistema presidencialista <strong>com</strong>o o <strong>br</strong>asileiro, concentra-se no<<strong>br</strong> />

Presidente da República, nos órgãos de sua assessoria direta<<strong>br</strong> />

(ministérios), nas autarquias e em outros órgãos auxiliares.<<strong>br</strong> />

PO<strong>DE</strong>R JUDICIÁRIO<<strong>br</strong> />

Estrutura da organização do Estado, à qual <strong>com</strong>pete<<strong>br</strong> />

determinar e assegurar a aplicação das leis. A<strong>br</strong>ange a Justiça<<strong>br</strong> />

Federal, a Justiça Estadual, a Justiça Eleitoral, a Justiça Trabalhista<<strong>br</strong> />

e a Justiça Militar. Os tribunais superiores são: Supremo Tribunal<<strong>br</strong> />

Federal, Superior Tribunal de Justiça, Tribunal Superior Eleitoral,<<strong>br</strong> />

Tribunal Superior do Trabalho e Superior Tribunal Militar.<<strong>br</strong> />

PO<strong>DE</strong>R LEGISLATIVO<<strong>br</strong> />

Aquele a que, segundo a Constituição Federal, <strong>com</strong>pete<<strong>br</strong> />

elaborar as leis e fiscalizar os atos do Poder Executivo. No Brasil,<<strong>br</strong> />

esse poder concentra-se no Congresso Nacional, formado pela<<strong>br</strong> />

Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal.<<strong>br</strong> />

POLÍTICAS PÚBLICAS<<strong>br</strong> />

Conjunto de objetivos que se relacionam a segmentos ou<<strong>br</strong> />

áreas específicas da população, cuja execução depende de que<<strong>br</strong> />

sejam incluídos em programa de ação governamental. Por<<strong>br</strong> />

exemplo: Política habitacional; política de saúde; política de<<strong>br</strong> />

segurança; política do idoso.


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

PREFERÊNCIA<<strong>br</strong> />

É a primazia na discussão ou votação de uma matéria so<strong>br</strong>e<<strong>br</strong> />

as outras.<<strong>br</strong> />

PREJUDICIALIDA<strong>DE</strong><<strong>br</strong> />

Declaração, pelo Presidente da Casa, ou de Comissão, de<<strong>br</strong> />

que determinada matéria pendente de deliberação está<<strong>br</strong> />

prejudicada em virtude da perda de oportunidade de apreciação<<strong>br</strong> />

ou de prejulgamento pelo Plenário ou <strong>com</strong>issão; da declaração de<<strong>br</strong> />

prejudicialidade cabe recurso para o Plenário. (RICD, arts. 163 e<<strong>br</strong> />

164)<<strong>br</strong> />

PRIORIDA<strong>DE</strong><<strong>br</strong> />

Dispensa das exigências regimentais para que determinada<<strong>br</strong> />

proposição seja incluída na Ordem do Dia da sessão seguinte,<<strong>br</strong> />

logo após as proposições que se encontrem em regime de<<strong>br</strong> />

urgência.<<strong>br</strong> />

PROCESSO LEGISLATIVO<<strong>br</strong> />

Compreende a elaboração de emendas à Constituição, leis<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>plementares, leis ordinárias, leis delegadas, medidas<<strong>br</strong> />

provisórias, decretos legislativos e resoluções. Todo projeto de lei<<strong>br</strong> />

ordinária aprovado por uma Casa é revisto pela outra, em um só<<strong>br</strong> />

turno de discussão e votação, e enviado à sanção, se a Casa<<strong>br</strong> />

revisora o aprovar, ou arquivado, se o rejeitar. Na hipótese de a<<strong>br</strong> />

Casa revisora emendar a proposição, ela voltará à Casa iniciadora.<<strong>br</strong> />

PROCURADORIA PARLAMENTAR<<strong>br</strong> />

Órgão que tem por finalidade promover, em colaboração<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> a Mesa, a defesa da Câmara, de seus órgãos e mem<strong>br</strong>os<<strong>br</strong> />

quando atingidos em sua honra ou imagem perante a sociedade,<<strong>br</strong> />

em razão do exercício do mandato ou de suas funções<<strong>br</strong> />

institucionais. (RICD, art. 21)


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

PROJETO <strong>DE</strong> <strong>DE</strong>CRETO LEGISLATIVO<<strong>br</strong> />

Destina-se a regular as matérias de exclusiva <strong>com</strong>petência<<strong>br</strong> />

do Poder Legislativo, sem a sanção do Presidente da República.<<strong>br</strong> />

(RICD, art. 109, II)<<strong>br</strong> />

PROJETO <strong>DE</strong> LEI<<strong>br</strong> />

É a proposição que regula matérias de <strong>com</strong>petência do<<strong>br</strong> />

Poder Legislativo, <strong>com</strong> a sanção do Presidente da República.<<strong>br</strong> />

(RICD, art. 109, I)<<strong>br</strong> />

PROJETO <strong>DE</strong> LEI COMPLEMENTAR<<strong>br</strong> />

É destinado a regulamentar dispositivo da Constituição,<<strong>br</strong> />

quando este não é auto-aplicável. Para sua aprovação, é<<strong>br</strong> />

necessária a maioria absoluta dos votos dos mem<strong>br</strong>os da Câmara.<<strong>br</strong> />

Também são exigidos dois turnos de discussão e votação. (RICD,<<strong>br</strong> />

art. 109)<<strong>br</strong> />

PROJETO <strong>DE</strong> LEI <strong>DE</strong> CONVERSÃO (PLV)<<strong>br</strong> />

Substitutivo que o relator apresenta a medida provisória<<strong>br</strong> />

submetida à sua apreciação. O PLV é exigido quando o relator<<strong>br</strong> />

introduz qualquer alteração no texto original da MP.<<strong>br</strong> />

PROJETO <strong>DE</strong> RESOLUÇÃO<<strong>br</strong> />

Destina-se a regular, <strong>com</strong> eficácia de lei ordinária, matérias<<strong>br</strong> />

de <strong>com</strong>petência privativa da Câmara dos Deputados, de caráter<<strong>br</strong> />

político, processual, legislativo ou administrativo, ou quando a<<strong>br</strong> />

Casa deva pronunciar-se em um dos seguintes casos: perda de<<strong>br</strong> />

mandato de deputado; criação de Comissão Parlamentar de<<strong>br</strong> />

Inquérito; conclusões de Comissão Parlamentar de Inquérito;<<strong>br</strong> />

conclusões de Comissão Permanente so<strong>br</strong>e proposta de<<strong>br</strong> />

fiscalização e controle; conclusões so<strong>br</strong>e as petições,<<strong>br</strong> />

representações ou reclamações da sociedade civil; matéria de<<strong>br</strong> />

natureza regimental; assuntos de sua economia interna e dos<<strong>br</strong> />

serviços administrativos. (RICD, art. 109)


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

PROMULGAÇÃO<<strong>br</strong> />

Ato do Legislativo mediante o qual se <strong>com</strong>unica aos<<strong>br</strong> />

destinatários da lei a sua feitura e respectivo conteúdo. Por ele,<<strong>br</strong> />

um projeto transforma-se em lei ou em dispositivo constitucional.<<strong>br</strong> />

Tem o mesmo efeito de sanção, que é ato do Poder Executivo.<<strong>br</strong> />

PROPOSIÇÃO<<strong>br</strong> />

Toda matéria sujeita à deliberação da Casa. Considera-se<<strong>br</strong> />

proposição a proposta de emenda à Constituição, os projetos, a<<strong>br</strong> />

emenda, a indicação, o requerimento, o recurso, o parecer, e a<<strong>br</strong> />

proposta de fiscalização e controle. (RICD, art. 100)<<strong>br</strong> />

São as seguintes as siglas das proposições legislativas na<<strong>br</strong> />

Câmara dos Deputados:<<strong>br</strong> />

COM Consulta solicitada por parlamentar a <strong>com</strong>issão técnica, relativa<<strong>br</strong> />

a aspecto de constitucionalidade, juridicidade ou adequação<<strong>br</strong> />

financeira ou orçamentária<<strong>br</strong> />

DCR Denúncia por crime de responsabilidade<<strong>br</strong> />

<strong>DE</strong>N Denúncia<<strong>br</strong> />

DTQ Destaque<<strong>br</strong> />

DVS Destaque para Votação em Separado<<strong>br</strong> />

DVT Declaração de Voto<<strong>br</strong> />

EMC Emenda Apresentada na Comissão<<strong>br</strong> />

EMD Emenda<<strong>br</strong> />

EML Emenda à LDO<<strong>br</strong> />

EMO Emenda ao Orçamento<<strong>br</strong> />

EMP Emenda de Plenário<<strong>br</strong> />

EMR Emenda de Relator<<strong>br</strong> />

Sem Emenda/Substitutivo do Senado<<strong>br</strong> />

ERD Emenda de Redação<<strong>br</strong> />

ESB Emenda ao Substitutivo<<strong>br</strong> />

EXP Exposição<<strong>br</strong> />

INA Indicação de Autoridade<<strong>br</strong> />

INC Indicação


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

MPV Medida Provisória<<strong>br</strong> />

MSC Mensagem<<strong>br</strong> />

PAR Parecer de Comissão<<strong>br</strong> />

PDC Projeto de Decreto Legislativo<<strong>br</strong> />

PEC Proposta de Emenda à Constituição<<strong>br</strong> />

PET Petição<<strong>br</strong> />

PFC Proposta de Fiscalização e Controle<<strong>br</strong> />

PL Projeto de Lei<<strong>br</strong> />

PLP Projeto de Lei Complementar<<strong>br</strong> />

PLV Projeto de Lei de Conversão<<strong>br</strong> />

PRC Projeto de Resolução (CD)<<strong>br</strong> />

PRF Projeto de Resolução do Senado Federal<<strong>br</strong> />

PRN Projeto de Resolução (CN)<<strong>br</strong> />

PRO Proposta<<strong>br</strong> />

RCP Requerimento de Instituição de Comissão Parlamentar de<<strong>br</strong> />

Inquérito<<strong>br</strong> />

REC Recurso<<strong>br</strong> />

REL Relatório<<strong>br</strong> />

REM Reclamação<<strong>br</strong> />

REP Representação<<strong>br</strong> />

REQ Requerimento<<strong>br</strong> />

RIC Requerimento de Informação<<strong>br</strong> />

RPR Representação


SBE Subemenda<<strong>br</strong> />

SBT Substitutivo<<strong>br</strong> />

SDL Sugestão de Emenda à LDO<<strong>br</strong> />

SIT Solicitação de Informação ao TCU<<strong>br</strong> />

SOA Sugestão de Emenda ao Orçamento<<strong>br</strong> />

STF Ofício dirigido à Câmara dos Deputados, em que o Supremo<<strong>br</strong> />

Tribunal Federal solicita da Casa alguma ação legislativa<<strong>br</strong> />

SUG Sugestão de entidade da sociedade civil à Câmara, para que<<strong>br</strong> />

adote alguma ação legislativa<<strong>br</strong> />

SUM Súmula de jurisprudência emitida pela CCJC<<strong>br</strong> />

TER Termo de Implementação


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

TVR Ato do Poder Executivo que submete à Câmara a concessão de<<strong>br</strong> />

serviços de radiodifusão, sonora e de imagens<<strong>br</strong> />

VTS Voto em Separado<<strong>br</strong> />

PROPOSTA <strong>DE</strong> FISCALIZAÇÃO E CONTROLE<<strong>br</strong> />

Proposição que tem o objetivo de fiscalizar os atos do Poder<<strong>br</strong> />

Executivo, incluídos os da administração indireta.<<strong>br</strong> />

PUBLICAÇÃO<<strong>br</strong> />

Ato mediante o qual se transmite a promulgação da lei aos<<strong>br</strong> />

seus destinatários, por publicação no Diário Oficial. É condição<<strong>br</strong> />

de eficácia e de vigência da lei.<<strong>br</strong> />

QUESTÃO <strong>DE</strong> OR<strong>DE</strong>M<<strong>br</strong> />

Toda dúvida so<strong>br</strong>e a interpretação do Regimento Interno na<<strong>br</strong> />

sua prática exclusiva ou relacionada <strong>com</strong> a Constituição; da<<strong>br</strong> />

decisão do Presidente cabe recurso ao Plenário, ouvida a<<strong>br</strong> />

Comissão de Constituição e Justiça, no caso de apresentação em<<strong>br</strong> />

sessão. Em Comissão, a questão de ordem é resolvida pelo seu<<strong>br</strong> />

Presidente, cabendo recurso ao Presidente da Casa.<<strong>br</strong> />

QUÓRUM<<strong>br</strong> />

Exigência constitucional ou regimental de número mínimo<<strong>br</strong> />

de parlamentares que devem estar presentes para a prática de<<strong>br</strong> />

determinado ato ou que devam se manifestar a respeito de<<strong>br</strong> />

determinada matéria.<<strong>br</strong> />

QUÓRUM <strong>DE</strong> ABERTURA<<strong>br</strong> />

Número mínimo de deputados (52) para que as sessões<<strong>br</strong> />

plenárias sejam abertas.<<strong>br</strong> />

QUÓRUM <strong>DE</strong> APROVAÇÃO<<strong>br</strong> />

Número mínimo de votos necessários para que determinada<<strong>br</strong> />

matéria seja aprovada; salvo disposição constitucional em<<strong>br</strong> />

contrário, as deliberações são tomadas por maioria de votos,


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

presente a maioria absoluta dos mem<strong>br</strong>os da Casa (257<<strong>br</strong> />

deputados). No caso de proposta de emenda à Constituição, o<<strong>br</strong> />

quórum de aprovação é de três quintos, ou seja, 308 votos; já os<<strong>br</strong> />

projetos de lei <strong>com</strong>plementar precisam ser aprovados pela<<strong>br</strong> />

maioria absoluta.<<strong>br</strong> />

QUÓRUM <strong>DE</strong> <strong>DE</strong>LIBERAÇÃO<<strong>br</strong> />

Número mínimo de parlamentares que devem estar<<strong>br</strong> />

presentes na sessão para que se delibere so<strong>br</strong>e as matérias da<<strong>br</strong> />

Ordem do Dia.<<strong>br</strong> />

RECLAMAÇÃO<<strong>br</strong> />

Uso da palavra pelo parlamentar, durante sessão plenária ou<<strong>br</strong> />

reunião de <strong>com</strong>issão, para reclamar quanto à inobservância de<<strong>br</strong> />

expressa disposição regimental.<<strong>br</strong> />

REGIME <strong>DE</strong> TRAMITAÇÃO<<strong>br</strong> />

Conforme sua natureza, as proposições podem ser: urgentes;<<strong>br</strong> />

de tramitação <strong>com</strong> prioridade; e de tramitação ordinária. Os<<strong>br</strong> />

prazos de tramitação nas <strong>com</strong>issões variam, na forma prevista no<<strong>br</strong> />

art. 52: cinco sessões, quando se tratar de matéria em regime de<<strong>br</strong> />

urgência; dez sessões, quando se tratar de matéria em regime de<<strong>br</strong> />

prioridade; quarenta sessões, quando se tratar de matéria em<<strong>br</strong> />

regime de tramitação ordinária. As emendas apresentadas em<<strong>br</strong> />

Plenário seguem o prazo da proposição principal, correndo, nesse<<strong>br</strong> />

caso, em conjunto para todas as <strong>com</strong>issões. (RICD, art. 151)<<strong>br</strong> />

REGIME POLÍTICO<<strong>br</strong> />

Forma <strong>com</strong>o o Estado se organiza. P.ex.: ―A democracia é<<strong>br</strong> />

regime que exige plena liberdade de expressão.‖ / ―Os regimes<<strong>br</strong> />

capitalista e socialista tendem, <strong>com</strong> o tempo, a igualar-se nosmétodos, segundo a visão de<<strong>br</strong> />

George Orwell.‖ É diferente de<<strong>br</strong> />

sistema político, que define a forma particular <strong>com</strong>o se organiza o<<strong>br</strong> />

Governo. P.ex.: ―Os partidários do sistema parlamentarista de<<strong>br</strong> />

governo reuniram-se no último sábado.‖ / ―O sistema


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

presidencialista é responsabilizado, no Brasil, pelas sucessivas<<strong>br</strong> />

crises por que passa o regime republicano.‖<<strong>br</strong> />

RELATOR<<strong>br</strong> />

Deputado encarregado de examinar determinada proposição<<strong>br</strong> />

legislativa, em sua forma e conteúdo, e de elaborar relatório so<strong>br</strong>e<<strong>br</strong> />

esses aspectos, no qual re<strong>com</strong>enda sua aprovação ou rejeição.<<strong>br</strong> />

Também tem a responsabilidade de acatar ou rejeitar emendas ao<<strong>br</strong> />

projeto sob seu exame, apresentadas por outros parlamentares.<<strong>br</strong> />

RELATÓRIO<<strong>br</strong> />

Documento elaborado pelo relator, em que ele re<strong>com</strong>enda a<<strong>br</strong> />

aprovação ou rejeição de matéria legislativa. Cabe ao plenário da<<strong>br</strong> />

respectiva <strong>com</strong>issão técnica acatá-lo ou não. Após votação do<<strong>br</strong> />

relatório, ele passa a constituir parecer da <strong>com</strong>issão.<<strong>br</strong> />

REQUERIMENTO<<strong>br</strong> />

Proposição por meio da qual o parlamentar pede a adoção<<strong>br</strong> />

de alguma providência.<<strong>br</strong> />

RESOLUÇÃO<<strong>br</strong> />

Dispositivo legal que diz respeito a assuntos de interesse<<strong>br</strong> />

interno da Câmara dos Deputados.<<strong>br</strong> />

REUNIÃO RESERVADA<<strong>br</strong> />

As reuniões podem ser reservadas, a juízo da Comissão,<<strong>br</strong> />

para apreciação de matéria na qual, além de seus integrantes,<<strong>br</strong> />

somente podem estar presentes funcionários em serviço e<<strong>br</strong> />

autoridades convidadas. (RICD, art. 48, § 1º)<<strong>br</strong> />

REUNIÃO SECRETA<<strong>br</strong> />

São secretas as reuniões do Plenário nos casos previstos na<<strong>br</strong> />

Constituição Federal ou por decisão dos deputados, a<<strong>br</strong> />

requerimento de um décimo dos mem<strong>br</strong>os da Casa (52


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

parlamentares) ou de líderes que representem esse número.<<strong>br</strong> />

Também são secretas as reuniões em que as <strong>com</strong>issões sejam<<strong>br</strong> />

chamadas a deliberar so<strong>br</strong>e declaração de guerra, acordo de paz<<strong>br</strong> />

ou passagem de forças estrangeiras pelo território nacional ou sua<<strong>br</strong> />

permanência nele. (RICD, art. 48, § 2º, I e II)<<strong>br</strong> />

SANÇÃO<<strong>br</strong> />

É o ato do Executivo pelo qual um projeto aprovado pelo<<strong>br</strong> />

Legislativo é transformado em lei. Não confundir <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

promulgação, que tem o mesmo efeito, mas é ato privativo do<<strong>br</strong> />

Congresso Nacional.<<strong>br</strong> />

Também tem o significado de medida repressiva infligida<<strong>br</strong> />

por autoridade.<<strong>br</strong> />

SANÇÃO PRESI<strong>DE</strong>NCIAL<<strong>br</strong> />

Ato legislativo de <strong>com</strong>petência exclusiva do Presidente da<<strong>br</strong> />

República mediante o qual se expressa adesão ao texto de projeto<<strong>br</strong> />

de lei aprovado pelo Poder Legislativo.<<strong>br</strong> />

SENADO FE<strong>DE</strong>RAL<<strong>br</strong> />

Também chamada ―Câmara Alta‖, <strong>com</strong>põe, juntamente <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

a Câmara dos Deputados, o Congresso Nacional. É integrado por<<strong>br</strong> />

81 senadores, eleitos para mandato de oito anos segundo critério<<strong>br</strong> />

majoritário – ou seja, é considerado eleito quem tiver maior<<strong>br</strong> />

número de votos. São eleitos três senadores para cada uma das 27<<strong>br</strong> />

unidades federadas (26 estados e o Distrito Federal),<<strong>br</strong> />

independentemente do tamanho das respectivas populações.<<strong>br</strong> />

Enquanto os deputados federais representam o povo no<<strong>br</strong> />

Legislativo, os senadores são representantes dos estados. A<<strong>br</strong> />

representação de cada estado e do Distrito Federal é renovada de<<strong>br</strong> />

quatro em quatro anos, alternadamente, por um e dois terços. Por<<strong>br</strong> />

isso, se numa eleição são eleitos dois senadores por uma unidade<<strong>br</strong> />

da Federação, na seguinte – quatro anos depois – é eleito apenas<<strong>br</strong> />

um (já que aqueles dois ainda continuam exercendo o mandato,<<strong>br</strong> />

que é de oito anos).


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

SENADOR<<strong>br</strong> />

Cada um dos representantes dos estados ou do Distrito<<strong>br</strong> />

Federal, eleitos para o Senado Federal. Cada unidade da<<strong>br</strong> />

Federação elege três senadores, cujo mandato tem a duração de<<strong>br</strong> />

oito anos.<<strong>br</strong> />

SESSÃO<<strong>br</strong> />

Reunião dos parlamentares em Plenário para debate ou<<strong>br</strong> />

deliberação de matérias. As sessões da Câmara podem ser:<<strong>br</strong> />

preparatórias, ordinárias, extraordinárias e solenes.<<strong>br</strong> />

SESSÃO CONJUNTA<<strong>br</strong> />

Reunião conjunta do Congresso Nacional, podendo ser<<strong>br</strong> />

convocada para inaugurar a sessão legislativa; elaborar o<<strong>br</strong> />

Regimento Comum e regular a criação de serviços <strong>com</strong>uns às<<strong>br</strong> />

duas Casas; receber o <strong>com</strong>promisso do Presidente e do Vice-<<strong>br</strong> />

Presidente da República; conhecer do veto e so<strong>br</strong>e ele deliberar.<<strong>br</strong> />

(CF, art. 57, § 3º)<<strong>br</strong> />

SESSÃO <strong>DE</strong> <strong>DE</strong>BATES<<strong>br</strong> />

Reunião dos parlamentares em Plenário sem que haja<<strong>br</strong> />

matérias a serem objeto de deliberação. Normalmente, é<<strong>br</strong> />

realizada às segundas e sextas-feiras e constam de Pequeno<<strong>br</strong> />

Expediente, Grande Expediente e Comunicações Parlamentares.<<strong>br</strong> />

Esse período também pode ser aproveitado para <strong>com</strong>unicações de<<strong>br</strong> />

liderança.<<strong>br</strong> />

SESSÃO <strong>DE</strong>LIBERATIVA<<strong>br</strong> />

Reunião dos parlamentares em Plenário para deliberação de<<strong>br</strong> />

matérias. Normalmente, é realizada às terças, quartas e quintasfeiras.<<strong>br</strong> />

É constituída de Pequeno Expediente, Grande Expediente,<<strong>br</strong> />

Ordem do Dia e Comunicações Parlamentares.


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

SESSÃO EXTRAORDINÁRIA<<strong>br</strong> />

Reunião que se realiza em dia ou hora diversos dos préfixados<<strong>br</strong> />

para as sessões ordinárias. Tem a duração de quatro horas<<strong>br</strong> />

e é destinada exclusivamente à discussão e votação das matérias<<strong>br</strong> />

constantes da Ordem do Dia. (RICD, art. 65, III)<<strong>br</strong> />

SESSÃO LEGISLATIVA<<strong>br</strong> />

Ano parlamentar que a<strong>br</strong>ange o período de 15 de fevereiro a<<strong>br</strong> />

30 de junho e de 1° de agosto a 15 de dezem<strong>br</strong>o, e é<<strong>br</strong> />

denominado sessão legislativa ordinária. A sessão legislativa<<strong>br</strong> />

extraordinária ocorre quando o Congresso é convocado fora do<<strong>br</strong> />

período ordinário. Numa legislatura há quatro sessões legislativas<<strong>br</strong> />

ordinárias.<<strong>br</strong> />

SESSÃO LEGISLATIVA EXTRAORDINÁRIA<<strong>br</strong> />

Período de convocação extraordinária no recesso.<<strong>br</strong> />

SESSÃO ORDINÁRIA<<strong>br</strong> />

Leva essa nome qualquer reunião legislativa, realizada<<strong>br</strong> />

apenas uma vez ao dia, em todos os dias úteis, de segunda a<<strong>br</strong> />

sexta-feira. A sessão ordinária tem a duração de cinco horas e<<strong>br</strong> />

consta de: Pequeno Expediente, Grande Expediente, Ordem do<<strong>br</strong> />

Dia, Comunicações Parlamentares. (RICD, art. 65, II)<<strong>br</strong> />

SESSÃO PÚBLICA<<strong>br</strong> />

É assim conhecida toda sessão que não seja secreta ou<<strong>br</strong> />

reservada. Além dos parlamentares, podem estar presentes, em<<strong>br</strong> />

plenário, os suplentes, ex-parlamentares, e funcionários em<<strong>br</strong> />

serviço. A imprensa deve ficar em local próprio e o público em<<strong>br</strong> />

geral no lugar que lhe for reservado, conservando-se em silêncio e<<strong>br</strong> />

sem qualquer sinal de aplauso ou reprovação ao que nela se<<strong>br</strong> />

passar.


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> R EDAÇÃO 377<<strong>br</strong> />

SESSÃO SECRETA<<strong>br</strong> />

Aquela realizada <strong>com</strong> a presença somente dos<<strong>br</strong> />

parlamentares. É o<strong>br</strong>igatória no caso de declaração de guerra,<<strong>br</strong> />

acordo de paz, perda do mandato ou suspensão de imunidade<<strong>br</strong> />

parlamentar ou a requerimento dos parlamentares e deliberação<<strong>br</strong> />

do Plenário, para outros fins.<<strong>br</strong> />

SESSÃO SOLENE<<strong>br</strong> />

A que se realiza para <strong>com</strong>emorações ou homenagens<<strong>br</strong> />

especiais, ou, ainda, recepção de altas personalidades. (RICD, art.<<strong>br</strong> />

65, IV)<<strong>br</strong> />

SESSÕES PREPARATÓRIAS<<strong>br</strong> />

Precedem a inauguração dos trabalhos das Casas do<<strong>br</strong> />

Congresso, na primeira e terceira sessões legislativas, <strong>com</strong> vista à<<strong>br</strong> />

solenidade de posse dos novos parlamentares e à eleição da Mesa<<strong>br</strong> />

de cada Casa.<<strong>br</strong> />

SOBRESTAMENTO<<strong>br</strong> />

Suspensão temporária de deliberação de matéria constante<<strong>br</strong> />

da pauta, em virtude da ocorrência de fato motivador, <strong>com</strong>o a<<strong>br</strong> />

apreciação de medida provisória <strong>com</strong> prazo vencido.<<strong>br</strong> />

SUBCOMISSÃO<<strong>br</strong> />

Sem poder decisório, é constituída no âmbito de <strong>com</strong>issão<<strong>br</strong> />

temática. Pode ser permanente, quando lhe é reservada parte das<<strong>br</strong> />

matérias do respectivo campo temático ou área de atuação; ou<<strong>br</strong> />

temporária, quando destinada ao desempenho de atividades<<strong>br</strong> />

específicas ou ao trato de assuntos definidos no respectivo ato de<<strong>br</strong> />

criação.<<strong>br</strong> />

SUPREMO TRIBUNAL FE<strong>DE</strong>RAL<<strong>br</strong> />

É a mais alta corte judiciária do País. Compete-lhe a guarda<<strong>br</strong> />

da Constituição, ou seja, entre outras atribuições, manifestar-se


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>e a constitucionalidade de leis ou ato normativo federal ou<<strong>br</strong> />

estadual.<<strong>br</strong> />

TRAMITAÇÃO<<strong>br</strong> />

Curso de uma proposição legislativa, de acordo <strong>com</strong> as<<strong>br</strong> />

normas constitucionais e as estabelecidas pelo Regimento Interno.<<strong>br</strong> />

TRANCAMENTO <strong>DE</strong> PAUTA<<strong>br</strong> />

Termo empregado para designar a interrupção do<<strong>br</strong> />

cumprimento da pauta, até que se remova o obstáculo que o<<strong>br</strong> />

provocou. Também é conhecido <strong>com</strong>o so<strong>br</strong>estamento. Há o<<strong>br</strong> />

trancamento de pauta, entre outras hipóteses, quando vence o<<strong>br</strong> />

prazo (120 dias) para que a Casa se manifeste so<strong>br</strong>e medida<<strong>br</strong> />

provisória em tramitação, ou enquanto ela não delibera so<strong>br</strong>e<<strong>br</strong> />

matéria em regime de urgência já <strong>com</strong> o prazo vencido.<<strong>br</strong> />

TURMA<<strong>br</strong> />

Sem poder decisório, é constituída no âmbito de Comissão<<strong>br</strong> />

temática, desde que a Comissão não tenha constituído<<strong>br</strong> />

sub<strong>com</strong>issão permanente. Cada Comissão poderá se dividir em<<strong>br</strong> />

duas turmas.<<strong>br</strong> />

TURNO<<strong>br</strong> />

De acordo <strong>com</strong> o Regimento Interno, na Câmara dos<<strong>br</strong> />

Deputados as proposições em tramitação são subordinadas a<<strong>br</strong> />

turno único – ou seja, são votadas uma única vez. As exceções<<strong>br</strong> />

são as propostas de emenda à Constituição, os projetos de lei<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>plementar e outros casos previstos no Regimento Interno, que<<strong>br</strong> />

são votados em dois turnos.<<strong>br</strong> />

TURNO ÚNICO (Ver Dois turnos.)<<strong>br</strong> />

URGÊNCIA<<strong>br</strong> />

A Câmara dos Deputados pode adotar regime de urgência<<strong>br</strong> />

para acelerar a tramitação de proposições. Há quatro hipóteses<<strong>br</strong> />

para sua ocorrência:


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

a. Em projetos de lei de iniciativa do Presidente da<<strong>br</strong> />

República, desde que a mensagem de encaminhamento expresse<<strong>br</strong> />

o desejo de que seja adotado esse rito de urgência. Essa<<strong>br</strong> />

disposição é constitucional e está prevista no art. 64 da Carta; é<<strong>br</strong> />

chamada de urgência constitucional;<<strong>br</strong> />

b. Quando dois terços dos mem<strong>br</strong>os da Mesa a requererem,<<strong>br</strong> />

em se tratando de matéria de sua <strong>com</strong>petência;<<strong>br</strong> />

c. Quando houver apoio de um terço dos deputados<<strong>br</strong> />

(mínimo de 171 assinaturas) ou de líderes que representem esse<<strong>br</strong> />

número;<<strong>br</strong> />

d. A requerimento de dois terços dos mem<strong>br</strong>os de <strong>com</strong>issão<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petente para apreciar o mérito da proposição.<<strong>br</strong> />

Definido o regime de urgência, a matéria deverá tramitar no<<strong>br</strong> />

prazo máximo de 45 dias, após o que a Ordem do Dia será<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>estada – ou seja, nada poderá ser votado antes dela.<<strong>br</strong> />

URGÊNCIA URGENTÍSSIMA<<strong>br</strong> />

Mecanismo de deliberação instantânea de matéria<<strong>br</strong> />

considerada de relevante e inadiável interesse nacional. Por ele,<<strong>br</strong> />

são dispensadas todas as formalidades regimentais – exceto as<<strong>br</strong> />

exigências de quórum, pareceres e publicações –, <strong>com</strong> o objetivo<<strong>br</strong> />

de conferir rapidez ao andamento da proposição. O requerimento<<strong>br</strong> />

para adoção do rito de urgência urgentíssima deve ser<<strong>br</strong> />

apresentado pela maioria absoluta dos deputados (mínimo de 257<<strong>br</strong> />

assinaturas) ou por líderes que representem esse número.<<strong>br</strong> />

Aprovado o requerimento, a proposição, também por maioria<<strong>br</strong> />

absoluta, poderá entrar automaticamente na Ordem do Dia para<<strong>br</strong> />

discussão e votação imediata, ainda que já tenha sido iniciada a<<strong>br</strong> />

votação de outra matéria.<<strong>br</strong> />

VETO<<strong>br</strong> />

Recusa do Presidente da República de sancionar uma lei<<strong>br</strong> />

votada pelo Congresso Nacional. O veto pode ser parcial ou total,<<strong>br</strong> />

e é necessariamente submetido à deliberação do Congresso, que<<strong>br</strong> />

pode rejeitá-lo. Nessa hipótese, o texto da proposição vetada


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

volta à forma original, tal <strong>com</strong>o havia sido aprovada<<strong>br</strong> />

anteriormente pelos parlamentares. O mesmo poder é exercido<<strong>br</strong> />

pelos governadores e prefeitos, nas respectivas esferas de<<strong>br</strong> />

influência.<<strong>br</strong> />

VOTAÇÃO<<strong>br</strong> />

Fase do processo legislativo que <strong>com</strong>pleta o turno<<strong>br</strong> />

regimental da discussão. Pode ser ostensiva, adotando-se o<<strong>br</strong> />

processo simbólico ou nominal; ou secreta, por meio do sistema<<strong>br</strong> />

eletrônico ou de cédulas. Anunciada uma votação, é lícito o uso<<strong>br</strong> />

da palavra para encaminhá-la, ainda que se trate de matéria não<<strong>br</strong> />

sujeita a discussão ou que esteja em regime de urgência. Cada<<strong>br</strong> />

líder poderá manifestar-se para orientar sua bancada ou indicar<<strong>br</strong> />

deputado para fazê-lo em nome da Liderança. (RICD, art. 180)


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

ANEXOS


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

ANEXO 1 – LEI COMPLEMENTAR N.95/98<<strong>br</strong> />

Dispõe so<strong>br</strong>e a elaboração, a redação, a<<strong>br</strong> />

alteração e a consolidação das leis,<<strong>br</strong> />

conforme determina o parágrafo único do<<strong>br</strong> />

art. 59 da Constituição Federal, e<<strong>br</strong> />

estabelece normas para a consolidação<<strong>br</strong> />

dos atos normativos que menciona.<<strong>br</strong> />

O PRESI<strong>DE</strong>NTE DA REPÚBLICA<<strong>br</strong> />

Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono<<strong>br</strong> />

a seguinte Lei Complementar:<<strong>br</strong> />

CAPÍTULO I<<strong>br</strong> />

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES<<strong>br</strong> />

Art. 1o A elaboração, a redação, a alteração e a consolidação<<strong>br</strong> />

das leis obedecerão ao disposto nesta Lei Complementar.<<strong>br</strong> />

Parágrafo único. As disposições desta Lei Complementar<<strong>br</strong> />

aplicam-se, ainda, às medidas provisórias e demais atos<<strong>br</strong> />

normativos referidos no art. 59 da Constituição Federal, bem<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o, no que couber, aos decretos e aos demais atos de<<strong>br</strong> />

regulamentação expedidos por órgãos do Poder Executivo.<<strong>br</strong> />

Art. 2o (VETADO)<<strong>br</strong> />

§ 1o(VETADO)<<strong>br</strong> />

§ 2o Na numeração das leis serão observados, ainda, os<<strong>br</strong> />

seguintes critérios:<<strong>br</strong> />

I - as emendas à Constituição Federal terão sua numeração<<strong>br</strong> />

iniciada a partir da promulgação da Constituição;


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

II - as leis <strong>com</strong>plementares, as leis ordinárias e as leis<<strong>br</strong> />

delegadas terão numeração seqüencial em continuidade às séries<<strong>br</strong> />

iniciadas em 1946.<<strong>br</strong> />

CAPÍTULO II<<strong>br</strong> />

DAS TÉCNICAS <strong>DE</strong> ELABORAÇÃO, <strong>REDAÇÃO</strong> E<<strong>br</strong> />

ALTERAÇÃO DAS LEIS<<strong>br</strong> />

Seção I<<strong>br</strong> />

Da Estruturação das Leis<<strong>br</strong> />

Art. 3o A lei será estruturada em três partes básicas:<<strong>br</strong> />

I - parte preliminar, <strong>com</strong>preendendo a epígrafe, a ementa, o<<strong>br</strong> />

preâmbulo, o enunciado do objeto e a indicação do âmbito de<<strong>br</strong> />

aplicação das disposições normativas;<<strong>br</strong> />

II - parte normativa, <strong>com</strong>preendendo o texto das normas de<<strong>br</strong> />

conteúdo substantivo relacionadas <strong>com</strong> a matéria regulada;<<strong>br</strong> />

III - parte final, <strong>com</strong>preendendo as disposições pertinentes às<<strong>br</strong> />

medidas necessárias à implementação das normas de conteúdo<<strong>br</strong> />

substantivo, às disposições transitórias, se for o caso, a cláusula de<<strong>br</strong> />

vigência e a cláusula de revogação, quando couber.<<strong>br</strong> />

Art. 4o A epígrafe, grafada em caracteres maiúsculos,<<strong>br</strong> />

propiciará identificação numérica singular à lei e será formada<<strong>br</strong> />

pelo título designativo da espécie normativa, pelo número<<strong>br</strong> />

respectivo e pelo ano de promulgação.<<strong>br</strong> />

Art. 5o A ementa será grafada por meio de caracteres que a<<strong>br</strong> />

realcem e explicitará, de modo conciso e sob a forma de título, o<<strong>br</strong> />

objeto da lei.<<strong>br</strong> />

Art. 6o O preâmbulo indicará o órgão ou instituição<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petente para a prática do ato e sua base legal.<<strong>br</strong> />

Art. 7o O primeiro artigo do texto indicará o objeto da lei e o<<strong>br</strong> />

respectivo âmbito de aplicação, observados os seguintes<<strong>br</strong> />

princípios:


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

I - excetuadas as codificações, cada lei tratará de um único<<strong>br</strong> />

objeto;<<strong>br</strong> />

II - a lei não conterá matéria estranha a seu objeto ou a este<<strong>br</strong> />

não vinculada por afinidade, pertinência ou conexão;<<strong>br</strong> />

III - o âmbito de aplicação da lei será estabelecido de forma<<strong>br</strong> />

tão específica quanto o possibilite o conhecimento técnico ou<<strong>br</strong> />

científico da área respectiva;<<strong>br</strong> />

IV - o mesmo assunto não poderá ser disciplinado por mais<<strong>br</strong> />

de uma lei, exceto quando a subseqüente se destine a<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>plementar lei considerada básica, vinculando-se a esta por<<strong>br</strong> />

remissão expressa.<<strong>br</strong> />

Art. 8o A vigência da lei será indicada de forma expressa e<<strong>br</strong> />

de modo a contemplar prazo razoável para que dela se tenha<<strong>br</strong> />

amplo conhecimento, reservada a cláusula "entra em vigor na<<strong>br</strong> />

data de sua publicação" para as leis de pequena repercussão.<<strong>br</strong> />

§ 1o A contagem do prazo para entrada em vigor das leis<<strong>br</strong> />

que estabeleçam período de vacância far-se-á <strong>com</strong> a inclusão da<<strong>br</strong> />

data da publicação e do último dia do prazo, entrando em vigor<<strong>br</strong> />

no dia subseqüente à sua consumação integral. (Parágrafo<<strong>br</strong> />

incluído pela Lei Complementar n. 107, de 26/4/2001)<<strong>br</strong> />

§ 2o As leis que estabeleçam período de vacância deverão<<strong>br</strong> />

utilizar a cláusula ‗esta lei entra em vigor após decorridos (o<<strong>br</strong> />

número de) dias de sua publicação oficial‘. (Parágrafo incluído<<strong>br</strong> />

pela Lei Complementar no 107, de 26/4/2001)<<strong>br</strong> />

Art. 9o A cláusula de revogação deverá enumerar,<<strong>br</strong> />

expressamente, as leis ou disposições legais revogadas. (Parágrafo<<strong>br</strong> />

incluído pela Lei Complementar no 107, de 26/4/2001)<<strong>br</strong> />

Seção II<<strong>br</strong> />

Da Articulação e da Redação das Leis<<strong>br</strong> />

Art. 10. Os textos legais serão articulados <strong>com</strong> observância<<strong>br</strong> />

dos seguintes princípios:


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

I - a unidade básica de articulação será o artigo, indicado<<strong>br</strong> />

pela a<strong>br</strong>eviatura "Art.", seguida de numeração ordinal até o nono<<strong>br</strong> />

e cardinal a partir deste;<<strong>br</strong> />

II - os artigos desdo<strong>br</strong>ar-se-ão em parágrafos ou em incisos;<<strong>br</strong> />

os parágrafos em incisos, os incisos em alíneas e as alíneas em<<strong>br</strong> />

itens;<<strong>br</strong> />

III - os parágrafos serão representados pelo sinal gráfico "§",<<strong>br</strong> />

seguido de numeração ordinal até o nono e cardinal a partir<<strong>br</strong> />

deste, utilizando-se, quando existente apenas um, a expressão<<strong>br</strong> />

"parágrafo único" por extenso;<<strong>br</strong> />

IV - os incisos serão representados por algarismos romanos,<<strong>br</strong> />

as alíneas por letras minúsculas e os itens por algarismos arábicos;<<strong>br</strong> />

V - o agrupamento de artigos poderá constituir Subseções; o<<strong>br</strong> />

de Subseções, a Seção; o de Seções, o Capítulo; o de Capítulos, o<<strong>br</strong> />

Título; o de Títulos, o Livro e o de Livros, a Parte;<<strong>br</strong> />

VI - os Capítulos, Títulos, Livros e Partes serão grafados em<<strong>br</strong> />

letras maiúsculas e identificados por algarismos romanos,<<strong>br</strong> />

podendo estas últimas desdo<strong>br</strong>ar-se em Parte Geral e Parte<<strong>br</strong> />

Especial ou ser subdivididas em partes expressas em numeral<<strong>br</strong> />

ordinal, por extenso;<<strong>br</strong> />

VII - as Subseções e Seções serão identificadas em<<strong>br</strong> />

algarismos romanos, grafadas em letras minúsculas e postas em<<strong>br</strong> />

negrito ou caracteres que as coloquem em realce;<<strong>br</strong> />

VIII - a <strong>com</strong>posição prevista no inciso V poderá também<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>preender agrupamentos em Disposições Preliminares, Gerais,<<strong>br</strong> />

Finais ou Transitórias, conforme necessário.<<strong>br</strong> />

Art. 11. As disposições normativas serão redigidas <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

clareza, precisão e ordem lógica, observadas, para esse propósito,<<strong>br</strong> />

as seguintes normas:<<strong>br</strong> />

I - para a obtenção de clareza:<<strong>br</strong> />

a) usar as palavras e as expressões em seu sentido <strong>com</strong>um,<<strong>br</strong> />

salvo quando a norma versar so<strong>br</strong>e assunto técnico, hipótese em<<strong>br</strong> />

que se empregará a nomenclatura própria da área em que se<<strong>br</strong> />

esteja legislando;


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> R EDAÇÃO 387<<strong>br</strong> />

b) usar frases curtas e concisas;<<strong>br</strong> />

c) construir as orações na ordem direta, evitando<<strong>br</strong> />

preciosismo, neologismo e adjetivações dispensáveis;<<strong>br</strong> />

d) buscar a uniformidade do tempo verbal em todo o texto<<strong>br</strong> />

das normas legais, dando preferência ao tempo presente ou ao<<strong>br</strong> />

futuro simples do presente;<<strong>br</strong> />

e) usar os recursos de pontuação de forma judiciosa,<<strong>br</strong> />

evitando os abusos de caráter estilístico;<<strong>br</strong> />

II - para a obtenção de precisão:<<strong>br</strong> />

a) articular a linguagem, técnica ou <strong>com</strong>um, de modo a<<strong>br</strong> />

ensejar perfeita <strong>com</strong>preensão do objetivo da lei e a permitir que<<strong>br</strong> />

seu texto evidencie <strong>com</strong> clareza o conteúdo e o alcance que o<<strong>br</strong> />

legislador pretende dar à norma;<<strong>br</strong> />

b) expressar a idéia, quando repetida no texto, por meio das<<strong>br</strong> />

mesmas palavras, evitando o emprego de sinonímia <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

propósito meramente estilístico;<<strong>br</strong> />

c) evitar o emprego de expressão ou palavra que confira<<strong>br</strong> />

duplo sentido ao texto;<<strong>br</strong> />

d) escolher termos que tenham o mesmo sentido e<<strong>br</strong> />

significado na maior parte do território nacional, evitando o uso<<strong>br</strong> />

de expressões locais ou regionais;<<strong>br</strong> />

e) usar apenas siglas consagradas pelo uso, observado o<<strong>br</strong> />

princípio de que a primeira referência no texto seja a<strong>com</strong>panhada<<strong>br</strong> />

de explicitação de seu significado;<<strong>br</strong> />

f) grafar por extenso quaisquer referências a números e<<strong>br</strong> />

percentuais, exceto data, número de lei e nos casos em que<<strong>br</strong> />

houver prejuízo para a <strong>com</strong>preensão do texto; (Redação dada pela<<strong>br</strong> />

Lei Complementar n. 107, de 26/4/2001)<<strong>br</strong> />

g) indicar, expressamente o dispositivo objeto de remissão,<<strong>br</strong> />

em vez de usar as expressões "anterior", "seguinte" ou<<strong>br</strong> />

equivalentes; (Alínea incluída pela Lei Complementar n. 107, de<<strong>br</strong> />

26/4/2001)


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

III - para a obtenção de ordem lógica:<<strong>br</strong> />

a) reunir sob as categorias de agregação – subseção, seção,<<strong>br</strong> />

capítulo, título e livro - apenas as disposições relacionadas <strong>com</strong> o<<strong>br</strong> />

objeto da lei;<<strong>br</strong> />

b) restringir o conteúdo de cada artigo da lei a um único<<strong>br</strong> />

assunto ou princípio;<<strong>br</strong> />

c) expressar por meio dos parágrafos os aspectos<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>plementares à norma enunciada no caput do artigo e as<<strong>br</strong> />

exceções à regra por este estabelecida;<<strong>br</strong> />

d) promover as discriminações e enumerações por meio dos<<strong>br</strong> />

incisos, alíneas e itens.<<strong>br</strong> />

Seção III<<strong>br</strong> />

Da Alteração das Leis<<strong>br</strong> />

Art. 12. A alteração da lei será feita:<<strong>br</strong> />

I - mediante reprodução integral em novo texto, quando se<<strong>br</strong> />

tratar de alteração considerável;<<strong>br</strong> />

II - mediante revogação parcial; (Redação dada pela Lei<<strong>br</strong> />

Complementar n. 107, de 26/4/2001)<<strong>br</strong> />

III - nos demais casos, por meio de substituição, no próprio<<strong>br</strong> />

texto, do dispositivo alterado, ou acréscimo de dispositivo novo,<<strong>br</strong> />

observadas as seguintes regras:<<strong>br</strong> />

a) não poderá ser modificada a numeração dos dispositivos<<strong>br</strong> />

alterados;<<strong>br</strong> />

b) é vedada, mesmo quando re<strong>com</strong>endável, qualquer<<strong>br</strong> />

renumeração de artigos e de unidades superiores ao artigo,<<strong>br</strong> />

referidas no inciso V do art. 10, devendo ser utilizado o mesmo<<strong>br</strong> />

número do artigo ou unidade imediatamente anterior, seguido de<<strong>br</strong> />

letras maiúsculas, em ordem alfabética, tantas quantas forem<<strong>br</strong> />

suficientes para identificar os acréscimos; (Redação dada pela Lei<<strong>br</strong> />

Complementar n. 107, de 26/4/2001)<<strong>br</strong> />

c) é vedado o aproveitamento do número de dispositivo


evogado, vetado, declarado inconstitucional pelo Supremo


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

Tribunal Federal ou de execução suspensa pelo Senado Federal<<strong>br</strong> />

em face de decisão do Supremo Tribunal Federal, devendo a lei<<strong>br</strong> />

alterada manter essa indicação, seguida da expressão ‗revogado‘,<<strong>br</strong> />

‗vetado‘, ‗declarado inconstitucional, em controle concentrado,<<strong>br</strong> />

pelo Supremo Tribunal Federal‘, ou ‗execução suspensa pelo<<strong>br</strong> />

Senado Federal, na forma do art. 52, X, da Constituição Federal‘;<<strong>br</strong> />

(Redação dada pela Lei Complementar n. 107, de 26/4/2001)<<strong>br</strong> />

d) é admissível a reordenação interna das unidades em que<<strong>br</strong> />

se desdo<strong>br</strong>a o artigo, identificando-se o artigo assim modificado<<strong>br</strong> />

por alteração de redação, supressão ou acréscimo <strong>com</strong> as letras<<strong>br</strong> />

‗NR‘ maiúsculas, entre parênteses, uma única vez ao seu final,<<strong>br</strong> />

obedecidas, quando for o caso, as prescrições da alínea c.<<strong>br</strong> />

(Redação dada pela Lei Complementar n. 107, de 26/4/2001)<<strong>br</strong> />

Parágrafo único. O termo "dispositivo" mencionado nesta<<strong>br</strong> />

Lei refere-se a artigos, parágrafos, incisos, alíneas ou itens.<<strong>br</strong> />

(Parágrafo incluído pela Lei Complementar n. 107, de 26/4/2001)<<strong>br</strong> />

CAPÍTULO III<<strong>br</strong> />

DA CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS E OUTROS ATOS<<strong>br</strong> />

NORMATIVOS<<strong>br</strong> />

Seção I<<strong>br</strong> />

Da Consolidação das Leis<<strong>br</strong> />

Art. 13. As leis federais serão reunidas em codificações e<<strong>br</strong> />

consolidações, integradas por volumes contendo matérias<<strong>br</strong> />

conexas ou afins, constituindo em seu todo a Consolidação da<<strong>br</strong> />

Legislação Federal. (Redação dada pela Lei Complementar n. 107,<<strong>br</strong> />

de 26/4/2001)<<strong>br</strong> />

§ 1o A consolidação consistirá na integração de todas as leis<<strong>br</strong> />

pertinentes a determinada matéria num único diploma legal,<<strong>br</strong> />

revogando-se formalmente as leis incorporadas à consolidação,<<strong>br</strong> />

sem modificação do alcance nem interrupção da força normativa<<strong>br</strong> />

dos dispositivos consolidados. (Parágrafo incluído pela Lei<<strong>br</strong> />

Complementar n. 107, de 26/4/2001)


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

§ 2o Preservando-se o conteúdo normativo original dos<<strong>br</strong> />

dispositivos consolidados, poderão ser feitas as seguintes<<strong>br</strong> />

alterações nos projetos de lei de consolidação: (Parágrafo incluído<<strong>br</strong> />

pela Lei Complementar n. 107, de 26/4/2001)<<strong>br</strong> />

I - introdução de novas divisões do texto legal base; (Inciso<<strong>br</strong> />

incluído pela Lei Complementar n. 107, de 26/4/2001)<<strong>br</strong> />

II -diferente colocação e numeração dos artigos<<strong>br</strong> />

consolidados; (Inciso incluído pela Lei Complementar n. 107, de<<strong>br</strong> />

26/4/2001)<<strong>br</strong> />

III - fusão de disposições repetitivas ou de valor normativo<<strong>br</strong> />

idêntico; (Inciso incluído pela Lei Complementar n. 107, de<<strong>br</strong> />

26/4/2001)<<strong>br</strong> />

IV - atualização da denominação de órgãos e entidades da<<strong>br</strong> />

administração pública; (Inciso incluído pela Lei Complementar n.<<strong>br</strong> />

107, de 26/4/2001)<<strong>br</strong> />

V - atualização de termos antiquados e modos de escrita<<strong>br</strong> />

ultrapassados; (Inciso incluído pela Lei Complementar no 107, de<<strong>br</strong> />

26/4/2001)<<strong>br</strong> />

VI - atualização do valor de penas pecuniárias, <strong>com</strong> base em<<strong>br</strong> />

indexação padrão; (Inciso incluído pela Lei Complementar no<<strong>br</strong> />

107, de 26/4/2001)<<strong>br</strong> />

VII - eliminação de ambigüidades decorrentes do mau uso<<strong>br</strong> />

do vernáculo; (Inciso incluído pela Lei Complementar no 107, de<<strong>br</strong> />

26/4/2001)<<strong>br</strong> />

VIII -homogeneização terminológica do texto; (Inciso<<strong>br</strong> />

incluído pela Lei Complementar n.107, de 26/4/2001)<<strong>br</strong> />

IX - supressão de dispositivos declarados inconstitucionais<<strong>br</strong> />

pelo Supremo Tribunal Federal, observada, no que couber, a<<strong>br</strong> />

suspensão pelo Senado Federal de execução de dispositivos, na<<strong>br</strong> />

forma do art. 52, X, da Constituição Federal; (Inciso incluído pela<<strong>br</strong> />

Lei Complementar n. 107, de 26/4/2001)<<strong>br</strong> />

X -indicação de dispositivos não recepcionados pela<<strong>br</strong> />

Constituição Federal; (Inciso incluído pela Lei Complementar n.<<strong>br</strong> />

107, de 26/4/2001)


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

XI -declaração expressa de revogação de dispositivos<<strong>br</strong> />

implicitamente revogados por leis posteriores. (Inciso incluído<<strong>br</strong> />

pela Lei Complementar n. 107, de 26/4/2001)<<strong>br</strong> />

§ 3o As providências a que se referem os incisos IX, X e XI<<strong>br</strong> />

do § 2o deverão ser expressa e fundadamente justificadas, <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

indicação precisa das fontes de informação que lhes serviram de<<strong>br</strong> />

base. (Parágrafo incluído pela Lei Complementar n. 107, de<<strong>br</strong> />

26/4/2001)<<strong>br</strong> />

Art. 14. Para a consolidação de que trata o art. 13 serão<<strong>br</strong> />

observados os seguintes procedimentos: (Redação dada pela Lei<<strong>br</strong> />

Complementar n. 107, de 26/4/2001)<<strong>br</strong> />

I - O Poder Executivo ou o Poder Legislativo procederá ao<<strong>br</strong> />

levantamento da legislação federal em vigor e formulará projeto<<strong>br</strong> />

de lei de consolidação de normas que tratem da mesma matéria<<strong>br</strong> />

ou de assuntos a ela vinculados, <strong>com</strong> a indicação precisa dos<<strong>br</strong> />

diplomas legais expressa ou implicitamente revogados; (Redação<<strong>br</strong> />

dada pela Lei Complementar n. 107, de 26/4/2001)<<strong>br</strong> />

II - a apreciação dos projetos de lei de consolidação pelo<<strong>br</strong> />

Poder Legislativo será feita na forma do Regimento Interno de<<strong>br</strong> />

cada uma de suas Casas, em procedimento simplificado, visando<<strong>br</strong> />

a dar celeridade aos trabalhos; (Redação dada pela Lei<<strong>br</strong> />

Complementar n. 107, de 26/4/2001)<<strong>br</strong> />

III - a Mesa do Congresso Nacional adotará todas as medidas<<strong>br</strong> />

necessárias para, no prazo máximo de cento e oitenta dias a<<strong>br</strong> />

contar do recebimento dos textos de que tratam os incisos I e II,<<strong>br</strong> />

ser efetuada a primeira publicação da Consolidação das Leis<<strong>br</strong> />

Federais Brasileiras.<<strong>br</strong> />

§ 1o Não serão objeto de consolidação as medidas<<strong>br</strong> />

provisórias ainda não convertidas em lei. (Parágrafo incluído pela<<strong>br</strong> />

Lei Complementar n. 107, de 26/4/2001)<<strong>br</strong> />

§ 2o A Mesa Diretora do Congresso Nacional, de qualquer<<strong>br</strong> />

de suas Casas e qualquer mem<strong>br</strong>o ou Comissão da Câmara dos<<strong>br</strong> />

Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional poderá<<strong>br</strong> />

formular projeto de lei de consolidação. (Parágrafo incluído pela<<strong>br</strong> />

Lei Complementar n. 107, de 26/4/2001)


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

§ 3o Observado o disposto no inciso II do caput, será<<strong>br</strong> />

também admitido projeto de lei de consolidação destinado<<strong>br</strong> />

exclusivamente à: (Parágrafo incluído pela Lei Complementar n.<<strong>br</strong> />

107, de 26/4/2001)<<strong>br</strong> />

I -declaração de revogação de leis e dispositivos<<strong>br</strong> />

implicitamente revogados ou cuja eficácia ou validade encontrese<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>pletamente prejudicada; (Inciso incluído pela Lei<<strong>br</strong> />

Complementar n. 107, de 26/4/2001)<<strong>br</strong> />

II - inclusão de dispositivos ou diplomas esparsos em leis<<strong>br</strong> />

preexistentes, revogando-se as disposições assim consolidadas nos<<strong>br</strong> />

mesmos termos do § 1o do art. 13. (Inciso incluído pela Lei<<strong>br</strong> />

Complementar n. 107, de 26/4/2001)<<strong>br</strong> />

Art. 15. Na primeira sessão legislativa de cada legislatura, a<<strong>br</strong> />

Mesa do Congresso Nacional promoverá a atualização da<<strong>br</strong> />

Consolidação das Leis Federais Brasileiras, incorporando às<<strong>br</strong> />

coletâneas que a integram as emendas constitucionais, leis,<<strong>br</strong> />

decretos legislativos e resoluções promulgadas durante a<<strong>br</strong> />

legislatura imediatamente anterior, ordenados e indexados<<strong>br</strong> />

sistematicamente.<<strong>br</strong> />

Seção II<<strong>br</strong> />

Da Consolidação de Outros Atos Normativos<<strong>br</strong> />

Art. 16. Os órgãos diretamente subordinados à Presidência<<strong>br</strong> />

da República e os Ministérios, assim <strong>com</strong>o as entidades da<<strong>br</strong> />

administração indireta, adotarão, em prazo estabelecido em<<strong>br</strong> />

decreto, as providências necessárias para, observado, no que<<strong>br</strong> />

couber, o procedimento a que se refere o art. 14, ser efetuada a<<strong>br</strong> />

triagem, o exame e a consolidação dos decretos de conteúdo<<strong>br</strong> />

normativo e geral e demais atos normativos inferiores em vigor,<<strong>br</strong> />

vinculados às respectivas áreas de <strong>com</strong>petência, remetendo os<<strong>br</strong> />

textos consolidados à Presidência da República, que os examinará<<strong>br</strong> />

e reunirá em coletâneas, para posterior publicação.<<strong>br</strong> />

Art. 17. O Poder Executivo, até cento e oitenta dias do início<<strong>br</strong> />

do primeiro ano do mandato presidencial, promoverá a<<strong>br</strong> />

atualização das coletâneas a que se refere o artigo anterior,


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

incorporando aos textos que as integram os decretos e atos de<<strong>br</strong> />

conteúdo normativo e geral editados no último quadriênio.<<strong>br</strong> />

CAPÍTULO IV<<strong>br</strong> />

DISPOSIÇÕES FINAIS<<strong>br</strong> />

Art. 18. Eventual inexatidão formal de norma elaborada<<strong>br</strong> />

mediante processo legislativo regular não constitui escusa válida<<strong>br</strong> />

para o seu descumprimento.<<strong>br</strong> />

Art. 19. Esta Lei Complementar entra em vigor no prazo de<<strong>br</strong> />

noventa dias, a partir da data de sua publicação.<<strong>br</strong> />

Brasília, 26 de fevereiro de 1998; 177o da Independência e<<strong>br</strong> />

110o da República.<<strong>br</strong> />

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO<<strong>br</strong> />

Iris Rezende


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

ANEXO 2 – INSTRUÇÃO N. 1/79<<strong>br</strong> />

O Diretor-Geral da Câmara dos Deputados, no uso das<<strong>br</strong> />

atribuições que lhe confere o art. 147, item XV, da Resolução n.<<strong>br</strong> />

20, de 30 de novem<strong>br</strong>o de 1971, resolve baixar as seguintes<<strong>br</strong> />

instruções:<<strong>br</strong> />

1. Sempre que subscrever documento administrativo,<<strong>br</strong> />

qualquer que seja, deve o servidor indicar claramente o nome e a<<strong>br</strong> />

respectiva qualificação funcional.<<strong>br</strong> />

2. Quando o signatário subscrever documento na qualidade<<strong>br</strong> />

de representante de órgão da administração ou de deputado, será<<strong>br</strong> />

um ou outro necessariamente identificado e evidenciada a<<strong>br</strong> />

qualificação do signatário.<<strong>br</strong> />

Diretoria-Geral, 11 de junho de 1979. – JOSÉ FERREIRA <strong>DE</strong><<strong>br</strong> />

AQUINO, Diretor-Geral.


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

ANEXO 3 – INSTRUÇÃO N. 2/98<<strong>br</strong> />

O DIRETOR-GERAL DA CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS , no<<strong>br</strong> />

uso de suas atribuições e tendo em vista o que dispõe o item VI<<strong>br</strong> />

do art. 147 da Resolução n. 20, de 30 de novem<strong>br</strong>o de 1971, que<<strong>br</strong> />

trata do relatório das atividades da Câmara dos Deputados,<<strong>br</strong> />

RESOLVE:<<strong>br</strong> />

Com vistas a subsidiar a elaboração do relatório<<strong>br</strong> />

mencionado no caput desta instrução, os órgãos administrativos<<strong>br</strong> />

da Câmara dos Deputados, observada sua respectiva<<strong>br</strong> />

subordinação, deverão apresentar, por meio dos titulares da<<strong>br</strong> />

Secretaria-Geral da Mesa, Secretaria de Controle Interno,<<strong>br</strong> />

Diretorias Administrativa e Legislativa e as unidades<<strong>br</strong> />

administrativas subordinadas diretamente à Diretoria-Geral,<<strong>br</strong> />

relatório anual de suas atividades, no formato e de acordo <strong>com</strong> as<<strong>br</strong> />

seguintes orientações:<<strong>br</strong> />

I - ASSUNTOS<<strong>br</strong> />

a) Objetivos<<strong>br</strong> />

Relacionar os objetivos do exercício, indicando quais foram<<strong>br</strong> />

alcançados parcial ou totalmente, e que benefícios foram gerados<<strong>br</strong> />

a partir dessas realizações. Listar também os objetivos que não<<strong>br</strong> />

foram alcançados e explicar as causas e analisar, se for o caso, os<<strong>br</strong> />

problemas decorrentes desta situação. Informar, também, as metas<<strong>br</strong> />

fixadas para o próximo exercício.<<strong>br</strong> />

b) Atividades Desenvolvidas<<strong>br</strong> />

Informar as principais atividades desenvolvidas no período,<<strong>br</strong> />

destacando os aspectos positivos e negativos, <strong>com</strong> dados<<strong>br</strong> />

estatísticos e análise crítica e <strong>com</strong>parativa em relação a exercícios<<strong>br</strong> />

anteriores.<<strong>br</strong> />

c) Estrutura Administrativa<<strong>br</strong> />

1 - Apresentar uma análise so<strong>br</strong>e:


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

1.1 - Recursos humanos disponíveis;<<strong>br</strong> />

1.2 - Treinamentos;<<strong>br</strong> />

1.3 - Equipamentos, recursos tecnológicos e informatização;<<strong>br</strong> />

1.4 - O<strong>br</strong>as e instalações;<<strong>br</strong> />

1.5 - Cooperação e/ou trabalhos conjuntos realizados <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

outros órgãos.<<strong>br</strong> />

2 - Propor projetos especiais que tragam soluções para<<strong>br</strong> />

problemas de natureza organizacional e conjuntural do próprio<<strong>br</strong> />

órgão, bem <strong>com</strong>o de outros órgãos da Casa <strong>com</strong>o um todo,<<strong>br</strong> />

especificando os objetivos e benefícios a serem alcançados.<<strong>br</strong> />

II - ESTRUTURA DO RELATÓRIO<<strong>br</strong> />

a) Arquivo Eletrônico<<strong>br</strong> />

Os textos deverão ser apresentados em mídia magnética,<<strong>br</strong> />

disquete de 3 1/2", no formato "... .doc" gerados pelo software<<strong>br</strong> />

Word, <strong>com</strong> estilo "normal", fonte "Times New Roman", tamanho<<strong>br</strong> />

12 e espaçamento entre linhas de 1,5. Os quadros, tabelas e<<strong>br</strong> />

gráficos deverão ser gerados em arquivos à parte.<<strong>br</strong> />

b) Apresentação<<strong>br</strong> />

Os títulos e subtítulos deverão obedecer à seqüência<<strong>br</strong> />

especificada no item I (ASSUNTOS), e ser desenvolvidos de forma<<strong>br</strong> />

sucinta, evitando-se a indicação excessiva do volume de trabalhos<<strong>br</strong> />

realizados e, principalmente, daqueles que não estejam<<strong>br</strong> />

diretamente ligados à atividade fim do órgão.<<strong>br</strong> />

c) Prazo de Entrega<<strong>br</strong> />

Os relatórios deverão ser entregues até o dia 15 de fevereiro<<strong>br</strong> />

do exercício subseqüente.<<strong>br</strong> />

Câmara dos Deputados, 21 de dezem<strong>br</strong>o de 1998. – JOSÉ<<strong>br</strong> />

WILSON BARBOSA JUNIOR , Diretor-Geral, em exercício.


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

ANEXO 4 – OR<strong>DE</strong>M <strong>DE</strong> SERVIÇO N. 1/00<<strong>br</strong> />

Considerando a necessidade de aperfeiçoar o relatório anual<<strong>br</strong> />

de atividades dos órgãos administrativos da Casa, conforme<<strong>br</strong> />

dispõe o item VI do art. 147 da Resolução n. 20, de 30 de<<strong>br</strong> />

novem<strong>br</strong>o, de 1971, e a Instrução DG n. 1, de 1998;<<strong>br</strong> />

Considerando que, na avaliação dos relatórios apresentados<<strong>br</strong> />

durante o exercício de 1999 e relativos às atividades do ano de<<strong>br</strong> />

1998, verificou-se, em alguns casos, um número excessivo de<<strong>br</strong> />

páginas, determino aos órgãos mencionados no § 2º da Instrução<<strong>br</strong> />

n. 1/98 , sejam observadas, ainda, as seguintes orientações:<<strong>br</strong> />

a) abster-se de transcrever a <strong>com</strong>petência formal das<<strong>br</strong> />

unidades administrativas já previstas nas normas internas;<<strong>br</strong> />

b) relatar apenas as principais atividades do Órgão;<<strong>br</strong> />

c) evitar o detalhamento excessivo das tarefas executadas<<strong>br</strong> />

pelas unidades administrativas que lhe são subordinadas;<<strong>br</strong> />

d) primar pela objetividade, clareza e capacidade de síntese;<<strong>br</strong> />

e) priorizar a apresentação de dados agregados, grandes<<strong>br</strong> />

metas realizadas, problemas significativos e a<strong>br</strong>angentes que<<strong>br</strong> />

foram solucionados;<<strong>br</strong> />

f) destacar propostas que não puderam ser concretizadas em<<strong>br</strong> />

virtude de causas especificamente identificadas, mas que seria de<<strong>br</strong> />

todo interessante para a Casa que pudessem receber maior<<strong>br</strong> />

prioridade nos próximos anos;<<strong>br</strong> />

g) gerar um relatório final consolidado, limitado, se possível,<<strong>br</strong> />

ao máximo de 10 (dez) páginas para o conjunto da Diretoria,<<strong>br</strong> />

Departamento ou unidade equivalente;<<strong>br</strong> />

h) obedecer rigorosamente as especificações e os prazos<<strong>br</strong> />

constantes das letras "a", "b" e "c" do item II da Instrução<<strong>br</strong> />

n.2/98-DG , de maneira a evitar a exclusão de unidades<<strong>br</strong> />

administrativas do relatório final a ser apresentado à Mesa e


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

permitir que as informações possam servir de instrumento para o<<strong>br</strong> />

replanejamento e a viabilização de ações futuras.<<strong>br</strong> />

Câmara dos Deputados, 17 de janeiro de 2000.<<strong>br</strong> />

– A<strong>DE</strong>LMAR SILVEIRA SABINO, Diretor-Geral


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

ANEXO 5 – ATO DA MESA N. 35/03<<strong>br</strong> />

Dispõe so<strong>br</strong>e a apresentação de relatório<<strong>br</strong> />

de participação em missão oficial <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

ônus e sua divulgação<<strong>br</strong> />

A MESA DA CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS, no uso das suas<<strong>br</strong> />

atribuições regimentais, resolve:<<strong>br</strong> />

Art. 1º O deputado ou servidor que viajar em missão oficial<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> ônus de passagem área ou de diária para a Câmara dos<<strong>br</strong> />

Deputados, deverá encaminhar à Presidência da Casa, em até 15<<strong>br</strong> />

(quinze) dias a contar da data final do evento, relatório<<strong>br</strong> />

circunstanciado das atividades desenvolvidas.<<strong>br</strong> />

§ 1º As entidades que recebem contribuição financeira da<<strong>br</strong> />

Câmara dos Deputados, conforme previsão na Lei Orçamentária<<strong>br</strong> />

Anual, além das informações referidas no art. 4º do Ato da Mesa<<strong>br</strong> />

n. 15, de 1975 , encaminhadas por ocasião da prestação de<<strong>br</strong> />

contas, ficarão também o<strong>br</strong>igadas a apresentar o relatório<<strong>br</strong> />

circunstanciado, nos moldes acima indicados, quando utilizarem<<strong>br</strong> />

os recursos repassados para custear viagens.<<strong>br</strong> />

§ 2º Esgotado o prazo, serão divulgados os dados relativos à<<strong>br</strong> />

viagem, <strong>com</strong> a ressalva expressa de que a apresentação do<<strong>br</strong> />

relatório encontra-se pendente.<<strong>br</strong> />

Art. 2º O relatório tratado neste Ato informará as despesas<<strong>br</strong> />

relativas à viagem custeadas pela Câmara dos Deputados e<<strong>br</strong> />

receberá ampla publicidade, inclusive <strong>com</strong> sua divulgação por<<strong>br</strong> />

meio da página desta Casa na Internet.


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

Art. 3º As demais missões oficiais sem ônus para a Câmara<<strong>br</strong> />

dos Deputados poderão ter seus relatórios divulgados nos termos<<strong>br</strong> />

do art. 2º a critério do deputado participante e a qualquer tempo.<<strong>br</strong> />

Art. 4º Este Ato entra em vigor na data de sua publicação.<<strong>br</strong> />

Sala de Reuniões, em 12 de novem<strong>br</strong>o de 2003.<<strong>br</strong> />

– Deputado JOÃO PAULO CUNHA, Presidente da Câmara dos<<strong>br</strong> />

Deputados.


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

BIBLIOGRAFIA<<strong>br</strong> />

ACA<strong>DE</strong>MIA BRASILEIRA <strong>DE</strong> LETRAS. Vocabulário ortográfico da<<strong>br</strong> />

língua portuguesa. 2. ed. Brasília: Imprensa Nacional, 1998.<<strong>br</strong> />

_____. _____. 3. ed. 1999. Disponível em:<<strong>br</strong> />

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ARAÚJO, Emanuel. A construção do livro: princípios da técnica<<strong>br</strong> />

de editoração. Rio de Janeiro: Nova Fronteira; Brasília: INL, 2000.<<strong>br</strong> />

BECHARA, Evanildo. Moderna gramática portuguesa. 37. ed. Rio<<strong>br</strong> />

de Janeiro: Lucerna, 2003.<<strong>br</strong> />

BRASIL. Arquivo Público Mineiro. Manual de redação oficial:<<strong>br</strong> />

Governo do Estado de Minas Gerais. Belo Horizonte: Imprensa<<strong>br</strong> />

Oficial , 1997.<<strong>br</strong> />

BRASIL. Congresso. Câmara dos Deputados. Manual de redação<<strong>br</strong> />

da Secretaria de Comunicação Social da Câmara dos Deputados.<<strong>br</strong> />

Brasília: Câmara dos Deputados, Se<strong>com</strong>, 2004.<<strong>br</strong> />

_____. Técnica legislativa. Brasília: Câmara dos Deputados, Cefor,<<strong>br</strong> />

2002.<<strong>br</strong> />

BRASIL. Congresso. Senado Federal. Manual de correspondência<<strong>br</strong> />

oficial da Subsecretaria de Administração de Pessoal do Senado<<strong>br</strong> />

Federal: normas básicas para a elaboração de documentos<<strong>br</strong> />

oficiais. Brasília: Senado Federal, Subsecretaria de Administração<<strong>br</strong> />

de Pessoal, 2000.<<strong>br</strong> />

_____. Manual de padronização de textos: normas básicas de<<strong>br</strong> />

editoração para elaboração de originais, <strong>com</strong>posição e revisão.<<strong>br</strong> />

Brasília: Senado Federal, Secretaria Especial de Editoração e<<strong>br</strong> />

Publicações, 2002.<<strong>br</strong> />

BRASIL. Departamento Estadual de Arquivo Público. Manual de<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>unicação escrita oficial do Estado do Paraná. Curitiba: Deap,


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

2001. (Disponível em .<<strong>br</strong> />

BRASIL. Presidência da República. Manual de redação da<<strong>br</strong> />

Presidência da República. 2. ed. Brasília: Presidência da<<strong>br</strong> />

República, 2002. Disponível em .<<strong>br</strong> />

BRASIL. Tribunal de Contas do Distrito Federal. Manual de<<strong>br</strong> />

redação oficial. Brasília: Diplan, 2002. Disponível em<<strong>br</strong> />

.<<strong>br</strong> />

CARVALHO, Kildare Gonçalves. Técnica legislativa. 3. ed. Belo<<strong>br</strong> />

Horizonte: Del Rey, 2003.<<strong>br</strong> />

CEGALLA, Domingos Paschoal. Dicionário de dificuldades da<<strong>br</strong> />

língua portuguesa. 2 ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.<<strong>br</strong> />

CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima gramática da língua<<strong>br</strong> />

portuguesa. 39. ed. São Paulo: Nacional, 1996.<<strong>br</strong> />

CUNHA, Celso; CINTRA, Luís F. Lindley. Nova gramática do<<strong>br</strong> />

português contemporâneo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001.<<strong>br</strong> />

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Aurélio século<<strong>br</strong> />

XXI: o dicionário da língua portuguesa. 3. ed. Rio de Janeiro:<<strong>br</strong> />

Nova Fronteira, 1999.<<strong>br</strong> />

FREIRE, Natália de Miranda. Técnica e processo legislativo:<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>entários à Lei Complementar n. 95/98, <strong>com</strong> as alterações<<strong>br</strong> />

introduzidas pela Lei Complementar n. 107/01. Belo Horizonte:<<strong>br</strong> />

Del Rey, 2002.<<strong>br</strong> />

GARCIA, Othon M. Comunicação em prosa moderna. 22. ed. Rio<<strong>br</strong> />

de Janeiro: FGV, 2002.<<strong>br</strong> />

HOUAISS, Antonio. Elementos de bibliologia. Rio de Janeiro:<<strong>br</strong> />

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HOUAISS, Antônio; VILLAR, Mauro de Salles. Dicionário Houaiss<<strong>br</strong> />

da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.<<strong>br</strong> />

KASPARY, Adalberto José. O português das <strong>com</strong>unicações<<strong>br</strong> />

administrativas. 9. ed. Porto Alegre: Fundação para o<<strong>br</strong> />

Desenvolvimento de Recursos Humanos, 1985.


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

KURY. Para falar e escrever melhor o português. Rio de Janeiro:<<strong>br</strong> />

Nova Fronteira, 2002.<<strong>br</strong> />

LIMA, Rocha. Gramática normativa da língua portuguesa. 22. ed.<<strong>br</strong> />

Rio de Janeiro: José Olympio, 1982.<<strong>br</strong> />

LUFT, Celso Pedro. A vírgula: considerações so<strong>br</strong>e o seu ensino e<<strong>br</strong> />

o seu emprego. São Paulo: Ática, 2002.<<strong>br</strong> />

LUFT, Celso Pedro. Dicionário prático de regência verbal. 8. ed.<<strong>br</strong> />

São Paulo: Ática, 2002.<<strong>br</strong> />

LUFT, Celso Pedro. Grande manual de ortografia Globo. 2. ed.<<strong>br</strong> />

rev. e atual. São Paulo: Globo, 2002.<<strong>br</strong> />

NEVES, Maria Helena de Moura. Gramática dos usos do<<strong>br</strong> />

português. São Paulo: Unesp, 2000.<<strong>br</strong> />

NEVES, Maria Helena de Moura. Guia de uso do português:<<strong>br</strong> />

confrontando regras e usos. São Paulo: Unesp, 2003.<<strong>br</strong> />

NEY, João Luiz. Prontuário de redação oficial. 13. ed. Rio de<<strong>br</strong> />

Janeiro: Nova Fronteira, 1988.<<strong>br</strong> />

<strong>MANUAL</strong> de estilo Editora A<strong>br</strong>il: <strong>com</strong>o escrever bem para nossas<<strong>br</strong> />

revistas. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1990.<<strong>br</strong> />

<strong>MANUAL</strong> de redação: Folha de S. Paulo. 3. ed. São Paulo:<<strong>br</strong> />

Publifolha, 2001.<<strong>br</strong> />

<strong>MANUAL</strong> de redação e estilo: O Estado de S. Paulo. São Paulo: O<<strong>br</strong> />

Estado de S. Paulo, 1990.<<strong>br</strong> />

<strong>MANUAL</strong> de redação e estilo: O Globo. 2. ed. São Paulo: Globo,<<strong>br</strong> />

1992.<<strong>br</strong> />

PERINI, Mário A. Gramática descritiva do português. 4. ed. São<<strong>br</strong> />

Paulo: Ática, 2001.<<strong>br</strong> />

PIACENTINI, Maria Tereza de Queiroz. Só palavras <strong>com</strong>postas:<<strong>br</strong> />

manual de consulta de auto-aprendizagem. São Carlos:<<strong>br</strong> />

EDUFSCar; Curitiba: Instituto Euclides da Cunha, 2000.<<strong>br</strong> />

PIACENTINI, Maria Tereza de Queiroz. Só vírgula: método fácil<<strong>br</strong> />

em vinte lições. São Carlos: EDUFSCar, 1996.


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

RODRIGUES, Vera Cristina. Dicionário Houaiss de verbos da<<strong>br</strong> />

língua portuguesa: conjugação e uso de preposições. Rio de<<strong>br</strong> />

Janeiro: Objetiva, 2003.<<strong>br</strong> />

SAVIOLI, Francisco; FIORIN, José Luiz. Manual do candidato:<<strong>br</strong> />

português. Brasília: Funag, 1995.


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

ÍNDICE <strong>DE</strong> ASSUNTOS


ÍNDICE <strong>DE</strong> ASSUNTOS<<strong>br</strong> />

A<<strong>br</strong> />

A, 97<<strong>br</strong> />

cerca de, 98<<strong>br</strong> />

fim de, 99<<strong>br</strong> />

À, 97<<strong>br</strong> />

medida que, 99<<strong>br</strong> />

/ na medida em que, 332<<strong>br</strong> />

A meu ver, 309<<strong>br</strong> />

A nível de / ao nível de / em nível de, 310<<strong>br</strong> />

A partir de, 310À(s) custa(s) de, 311<<strong>br</strong> />

Abaixo assinado, 98<<strong>br</strong> />

Abaixo-assinado, 98<<strong>br</strong> />

Abdicar, 163<<strong>br</strong> />

Abertura<<strong>br</strong> />

quórum, 372<<strong>br</strong> />

Abjeção, 96<<strong>br</strong> />

Abolir, banir, colorir, demolir, explodir,<<strong>br</strong> />

121<<strong>br</strong> />

Absolver, 98<<strong>br</strong> />

Absorver, 98<<strong>br</strong> />

Acender, 98<<strong>br</strong> />

Acento, 98<<strong>br</strong> />

Acentuação gráfica, 58-62<<strong>br</strong> />

regras, 58<<strong>br</strong> />

Acerca de, 98<<strong>br</strong> />

Acessório, 98<<strong>br</strong> />

Acidente, 99<<strong>br</strong> />

Adaptar, designar, impugnar, obstar,<<strong>br</strong> />

ritmar, 121-122<<strong>br</strong> />

Adequar, 122<<strong>br</strong> />

Aderir, advertir, <strong>com</strong>petir, deferir, repelir,<<strong>br</strong> />

122<<strong>br</strong> />

Adiamento / suspensão / cancelamento,<<strong>br</strong> />

343<<strong>br</strong> />

Adjetivo<<strong>br</strong> />

cor<<strong>br</strong> />

concordância, 139<<strong>br</strong> />

predicativo


concordância, 139<<strong>br</strong> />

substantivo<<strong>br</strong> />

concordância, 137, 138<<strong>br</strong> />

Administração<<strong>br</strong> />

direta, 347<<strong>br</strong> />

indireta, 347<<strong>br</strong> />

Admissibilidade, 347<<strong>br</strong> />

Adversário / rival, 341<<strong>br</strong> />

Advertir, <strong>com</strong>petir, deferir, repelir, aderir,<<strong>br</strong> />

122<<strong>br</strong> />

Afim (de), 99<<strong>br</strong> />

Aguar, apropinquar, desaguar, enxaguar,<<strong>br</strong> />

minguar, 122<<strong>br</strong> />

Além / também, 309<<strong>br</strong> />

Algarismo ver Número<<strong>br</strong> />

Algum / qualquer / nenhum (em negativas),<<strong>br</strong> />

340<<strong>br</strong> />

Alternativa / opção, 309<<strong>br</strong> />

Alto, 99<<strong>br</strong> />

Ambigüidade, 131<<strong>br</strong> />

Amoral, 99<<strong>br</strong> />

Ampliar, 310<<strong>br</strong> />

Anacoluto, 135<<strong>br</strong> />

Anônimo / apócrifo, 310<<strong>br</strong> />

Ante, 99<<strong>br</strong> />

Anteceder, 163<<strong>br</strong> />

Anti, 100


Anuir, 163<<strong>br</strong> />

Ao encontro de, 100<<strong>br</strong> />

/ de encontro a, 314<<strong>br</strong> />

Ao invés de, 100<<strong>br</strong> />

/ em vez de, 310<<strong>br</strong> />

Ao nível de / a nível de / em nível de, 310<<strong>br</strong> />

Aonde, 100<<strong>br</strong> />

/ onde, 334<<strong>br</strong> />

Aparte, 347<<strong>br</strong> />

Apaziguar, averiguar, obliquar, 123<<strong>br</strong> />

Apensação, 348<<strong>br</strong> />

Apócrifo / anônimo, 310<<strong>br</strong> />

Apostila, 232<<strong>br</strong> />

exemplo, 234<<strong>br</strong> />

modelo, 233<<strong>br</strong> />

Aprazer, <strong>com</strong>prazer, desprazer,<<strong>br</strong> />

des<strong>com</strong>prazer, 121


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

Apreciação<<strong>br</strong> />

conclusiva, 348<<strong>br</strong> />

preliminar, 348<<strong>br</strong> />

Apropinquar, desaguar, enxaguar,<<strong>br</strong> />

minguar, aguar, 122<<strong>br</strong> />

Aprovação<<strong>br</strong> />

quórum, 371<<strong>br</strong> />

Aquele, aquilo / este, isto / esse, isso, 319<<strong>br</strong> />

Aquilo, aquele / este, isto / esse, isso, 319<<strong>br</strong> />

Argüir, redargüir, 123<<strong>br</strong> />

Arrizotônico ver Verbo<<strong>br</strong> />

Ascendência, ascendentes / descendência,<<strong>br</strong> />

descendentes, 315<<strong>br</strong> />

Ascendentes, ascendência / descendência,<<strong>br</strong> />

descendentes, 315<<strong>br</strong> />

Ascender, 98<<strong>br</strong> />

Aspas, 203-206<<strong>br</strong> />

posição, 205<<strong>br</strong> />

simples, 206<<strong>br</strong> />

Aspirar, 164<<strong>br</strong> />

Assento, 98<<strong>br</strong> />

Assessório, 98<<strong>br</strong> />

Assinatura<<strong>br</strong> />

documento administrativo, 225<<strong>br</strong> />

Assistir, 164<<strong>br</strong> />

Ata<<strong>br</strong> />

conceito, 235<<strong>br</strong> />

exemplo, 237-240<<strong>br</strong> />

modelo, 236<<strong>br</strong> />

Atender, 164-165<<strong>br</strong> />

Ato da Mesa n. 35/2003, 399-400<<strong>br</strong> />

Através de, 311<<strong>br</strong> />

Audiência pública, 348<<strong>br</strong> />

Austral / meridional / boreal / setentrional,<<strong>br</strong> />

312<<strong>br</strong> />

Auto, 99<<strong>br</strong> />

Averiguar, obliquar, apaziguar, 123<<strong>br</strong> />

Avulso, 349<<strong>br</strong> />

Bater / soar / dar (aplicado a horas), 314<<strong>br</strong> />

concordância, 154-155<<strong>br</strong> />

Bem <strong>com</strong>o, 312<<strong>br</strong> />

Bloco parlamentar, 349<<strong>br</strong> />

Boreal / setentrional / austral / meridional,<<strong>br</strong> />

312


Breve alocução<<strong>br</strong> />

redundância, 312<<strong>br</strong> />

C<<strong>br</strong> />

Cabeçalho<<strong>br</strong> />

documento administrativo, 225-226<<strong>br</strong> />

Cacófato, 136<<strong>br</strong> />

Câmara dos Deputados, 349<<strong>br</strong> />

prazo, 352<<strong>br</strong> />

pronunciamento parlamentar, 40<<strong>br</strong> />

Câmara Revisora, 349-350<<strong>br</strong> />

Cancelamento / suspensão / adiamento,<<strong>br</strong> />

343<<strong>br</strong> />

Caro / barato, 312<<strong>br</strong> />

Carta<<strong>br</strong> />

conceito, 241<<strong>br</strong> />

exemplo, 243-244<<strong>br</strong> />

modelo, 242<<strong>br</strong> />

Casa legislativa, 350<<strong>br</strong> />

Censo / senso, 342<<strong>br</strong> />

Cerca de, 312-313<<strong>br</strong> />

Cessão / seção / sessão, 341-342<<strong>br</strong> />

Chamar, 165<<strong>br</strong> />

Chance, 313<<strong>br</strong> />

Chegar, dirigir-se, ir, retornar, voltar, 165<<strong>br</strong> />

Circular<<strong>br</strong> />

documento administrativo, 226<<strong>br</strong> />

Clareza, 47<<strong>br</strong> />

redaçao oficial, 34<<strong>br</strong> />

Colégio de Líderes, 350<<strong>br</strong> />

Colocação / colocar, 313<<strong>br</strong> />

Colocar / colocação, 313<<strong>br</strong> />

Colorir, demolir, explodir, abolir, banir,<<strong>br</strong> />

121<<strong>br</strong> />

Combalir, remir, ressarcir, ressequir, falir,<<strong>br</strong> />

124<<strong>br</strong> />

Comissão, 350<<strong>br</strong> />

geral, 350<<strong>br</strong> />

parlamentar de inquérito (CPI), 351<<strong>br</strong> />

representativa, 351<<strong>br</strong> />

B<<strong>br</strong> />

Bancada partidária, 349<<strong>br</strong> />

Banir, colorir, demolir, explodir, abolir,<<strong>br</strong> />

121<<strong>br</strong> />

Barato / caro, 312<<strong>br</strong> />

Bastante, 311


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

Comparação<<strong>br</strong> />

erro, 134<<strong>br</strong> />

Comparecimento de ministro de Estado,<<strong>br</strong> />

351<<strong>br</strong> />

Competir, deferir, repelir, aderir, advertir,<<strong>br</strong> />

122<<strong>br</strong> />

Comprazer, desprazer, des<strong>com</strong>prazer,<<strong>br</strong> />

aprazer, 123<<strong>br</strong> />

Comunicação oficial, 31-37<<strong>br</strong> />

Comunicações Parlamentares, 351<<strong>br</strong> />

Concisão<<strong>br</strong> />

redação oficial, 35<<strong>br</strong> />

Concordância, 137-158<<strong>br</strong> />

adjetivo<<strong>br</strong> />

cor, 139-140<<strong>br</strong> />

predicativo, 139<<strong>br</strong> />

substantivo, 137-138<<strong>br</strong> />

ideológica, 149-150<<strong>br</strong> />

locução verbal, 150<<strong>br</strong> />

nominal, 137<<strong>br</strong> />

casos particulares, 141-144<<strong>br</strong> />

número, 140-141<<strong>br</strong> />

percentual, 155-156<<strong>br</strong> />

palavra milhão, 156<<strong>br</strong> />

pronome, 141<<strong>br</strong> />

que, 148-149<<strong>br</strong> />

quem, 148-149<<strong>br</strong> />

tratamento, 147<<strong>br</strong> />

substantivo<<strong>br</strong> />

adjetivo, 137-138<<strong>br</strong> />

sujeito<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>posto, 144-147<<strong>br</strong> />

ligados pelas conjunções ou e nem,<<strong>br</strong> />

149<<strong>br</strong> />

simples, 144<<strong>br</strong> />

verbo, 144<<strong>br</strong> />

dar, bater, soar (horas), 154-155<<strong>br</strong> />

impessoal, 150-152<<strong>br</strong> />

outros casos, 156-158<<strong>br</strong> />

parecer (locução verbal), 155<<strong>br</strong> />

ser, 152-154<<strong>br</strong> />

unipessoal, 152<<strong>br</strong> />

Congresso Nacional, 352


período de funcionamento, 365<<strong>br</strong> />

Consistir, 166<<strong>br</strong> />

Constar, 166<<strong>br</strong> />

Construção de frase<<strong>br</strong> />

problemas, 131-136<<strong>br</strong> />

Contagem de prazos na Câmara, 352<<strong>br</strong> />

Convocação extraordinária, 352<<strong>br</strong> />

Coordenação<<strong>br</strong> />

regência verbal diversa, 172<<strong>br</strong> />

Correio eletrônico ver E-mail<<strong>br</strong> />

Correspondência oficial, 225-228<<strong>br</strong> />

CPI ver Comissão<<strong>br</strong> />

Crase, 62-68<<strong>br</strong> />

Crer, descrer, 122<<strong>br</strong> />

Custar, 167<<strong>br</strong> />

D<<strong>br</strong> />

Dado / visto, 313<<strong>br</strong> />

Dar / bater / soar (aplicado a horas), 314<<strong>br</strong> />

concordância, 154-155<<strong>br</strong> />

Data<<strong>br</strong> />

grafia, 215-216<<strong>br</strong> />

De ele / de o, 315<<strong>br</strong> />

De encontro a, 100<<strong>br</strong> />

/ ao encontro de, 314<<strong>br</strong> />

De forma (maneira, modo)<<strong>br</strong> />

a / de modo a que / de forma (maneira,<<strong>br</strong> />

modo) que, 314<<strong>br</strong> />

que / de forma (maneira, modo) a / de<<strong>br</strong> />

modo a que, 314<<strong>br</strong> />

De mais / demais / por demais, 314<<strong>br</strong> />

De modo a que / de forma (maneira,<<strong>br</strong> />

modo) que / de forma (maneira, modo)<<strong>br</strong> />

a, 314<<strong>br</strong> />

De o / de ele, 315<<strong>br</strong> />

Debate<<strong>br</strong> />

sessão, 375<<strong>br</strong> />

Declaração<<strong>br</strong> />

conceito, 245<<strong>br</strong> />

exemplo, 247<<strong>br</strong> />

modelo, 246<<strong>br</strong> />

Declinar, 167<<strong>br</strong> />

Decreto legislativo, 353<<strong>br</strong> />

projeto, 368


Deferir, repelir, aderir, advertir, <strong>com</strong>petir,<<strong>br</strong> />

122


Deformação<<strong>br</strong> />

grafia, 91-95<<strong>br</strong> />

pronúncia, 91-95<<strong>br</strong> />

Deliberação<<strong>br</strong> />

quórum, 372<<strong>br</strong> />

sessão, 375<<strong>br</strong> />

Demais / por demais / de mais, 315<<strong>br</strong> />

Democracia<<strong>br</strong> />

direta, 353<<strong>br</strong> />

representativa, 353<<strong>br</strong> />

Demolir, explodir, abolir, banir, colorir,<<strong>br</strong> />

121<<strong>br</strong> />

Dentre / entre, 319<<strong>br</strong> />

Deputado Federal ver também Parlamentar<<strong>br</strong> />

Deputado Federal, 354<<strong>br</strong> />

discurso, 39-41<<strong>br</strong> />

imunidade, 359<<strong>br</strong> />

Desaguar, enxaguar, minguar, aguar,<<strong>br</strong> />

apropinquar, 122<<strong>br</strong> />

Desapercebido / despercebido, 315<<strong>br</strong> />

Descendência, descendentes /<<strong>br</strong> />

ascendência, ascendentes, 315<<strong>br</strong> />

Descendente ver Descendência<<strong>br</strong> />

Des<strong>com</strong>prazer, aprazer, <strong>com</strong>prazer,<<strong>br</strong> />

desprazer, 123<<strong>br</strong> />

Descrer, crer, 123-124<<strong>br</strong> />

Desde, 316<<strong>br</strong> />

Designar, impugnar, obstar, ritmar,<<strong>br</strong> />

adaptar, 121<<strong>br</strong> />

Desobedecer, obedecer, 168<<strong>br</strong> />

Despacho<<strong>br</strong> />

conceito, 251<<strong>br</strong> />

exemplo, 253-254<<strong>br</strong> />

modelo, 252<<strong>br</strong> />

Despercebido / desapercebido, 315<<strong>br</strong> />

Desprazer, des<strong>com</strong>prazer, aprazer,<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>prazer, 123<<strong>br</strong> />

Destaque, 353-354<<strong>br</strong> />

para votação em separado (DVS), 354<<strong>br</strong> />

texto, 203-209


Dia a dia / dia-a-dia, 316<<strong>br</strong> />

Dia-a-dia / dia a dia, 316<<strong>br</strong> />

Diagramação<<strong>br</strong> />

padrão básico, 226-227<<strong>br</strong> />

Dignatário / dignitário, 316<<strong>br</strong> />

Dignitário / dignatário, 316<<strong>br</strong> />

CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

Dirigir-se, ir, retornar, voltar, chegar, 165<<strong>br</strong> />

Discurso parlamentar, 39-41<<strong>br</strong> />

Discussão, 354<<strong>br</strong> />

Distribuição, 354<<strong>br</strong> />

Ditongo, 59, 128<<strong>br</strong> />

Divisa / limite / fronteira, 324<<strong>br</strong> />

Documento administrativo, 225-306<<strong>br</strong> />

assinatura, 225<<strong>br</strong> />

cabeçalho, 225<<strong>br</strong> />

número, 214<<strong>br</strong> />

orientações gerais, 225-228<<strong>br</strong> />

Dois turnos, 354<<strong>br</strong> />

Dois-pontos, 196<<strong>br</strong> />

DVS ver Destaque para votação em<<strong>br</strong> />

separado (DVS)<<strong>br</strong> />

E<<strong>br</strong> />

*É a (o) de que / é que / *é de que, 319<<strong>br</strong> />

É de que/ é a (o) de que / é que, 319<<strong>br</strong> />

E nem / nem, 333<<strong>br</strong> />

É que / *é de que/ *é a (o) de que, 319<<strong>br</strong> />

Elemento prefixado ver Prefixo<<strong>br</strong> />

Efeito suspensivo, 355<<strong>br</strong> />

Eleição<<strong>br</strong> />

majoritária, 355<<strong>br</strong> />

Mesa, 355<<strong>br</strong> />

proporcional, 355<<strong>br</strong> />

Elemento prefixado ver Prefixo<<strong>br</strong> />

E-mail, 305<<strong>br</strong> />

Em face de / face a, 323<<strong>br</strong> />

Em função de, 317<<strong>br</strong> />

Em nível de / a nível de / ao nível de, 310<<strong>br</strong> />

Em vez de / ao invés de, 100, 310<<strong>br</strong> />

Em via de, 318<<strong>br</strong> />

Emenda, 357<<strong>br</strong> />

constitucional, 357


Emendar, 316-317<<strong>br</strong> />

Emigrar / imigrar / migrar, 317<<strong>br</strong> />

Eminente / iminente, 317<<strong>br</strong> />

Emissão / imissão, 326<<strong>br</strong> />

Emprego de siglas<<strong>br</strong> />

lei<<strong>br</strong> />

exemplo, 49-50<<strong>br</strong> />

Empreitada, 318


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

Ênclise, 182-183<<strong>br</strong> />

colocação facultativa, 184<<strong>br</strong> />

verbo e pronome<<strong>br</strong> />

grafia, 183<<strong>br</strong> />

Encontrar, 318<<strong>br</strong> />

Enquanto, 318<<strong>br</strong> />

Entrar / sair / subir<<strong>br</strong> />

pleonasmo vicioso, 319<<strong>br</strong> />

Entre / dentre, 319<<strong>br</strong> />

Enxaguar, minguar, aguar, apropinquar,<<strong>br</strong> />

desaguar, 122<<strong>br</strong> />

Erro<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>paração, 134<<strong>br</strong> />

paralelismo, 132<<strong>br</strong> />

Esse, isso / aquele, aquilo / este, isto, 319321<<strong>br</strong> />

Estabelecer-se, estar situado, morar, residir,<<strong>br</strong> />

situar-se, 168<<strong>br</strong> />

Estado, 358<<strong>br</strong> />

autocrático, 358<<strong>br</strong> />

democrático, 358<<strong>br</strong> />

Estar<<strong>br</strong> />

em, 321<<strong>br</strong> />

situado, morar, residir, situar-se,<<strong>br</strong> />

estabelecer-se, 168<<strong>br</strong> />

Este, isto / esse, isso / aquele, aquilo, 319<<strong>br</strong> />

321<<strong>br</strong> />

Etc., 321<<strong>br</strong> />

Eventual / possível / provável / potencial,<<strong>br</strong> />

321


Evidência, 322<<strong>br</strong> />

Ex (prefixo), 322<<strong>br</strong> />

Exceto / excetuado, 322<<strong>br</strong> />

Excetuado / exceto, 322<<strong>br</strong> />

Exemplo<<strong>br</strong> />

apostila, 234<<strong>br</strong> />

ata, 237-240<<strong>br</strong> />

carta, 243-244<<strong>br</strong> />

declaração, 247-250<<strong>br</strong> />

despacho, 253-254<<strong>br</strong> />

fax<<strong>br</strong> />

folha de rosto, 305<<strong>br</strong> />

memorando, 257-258<<strong>br</strong> />

ofício, 262-263<<strong>br</strong> />

ordem de serviço, 266-273<<strong>br</strong> />

parecer, 276-279<<strong>br</strong> />

portaria, 282-291<<strong>br</strong> />

relatório de viagem, 296-298<<strong>br</strong> />

requerimento, 302<<strong>br</strong> />

telegrama, 304<<strong>br</strong> />

Existir, 322<<strong>br</strong> />

Explodir<<strong>br</strong> />

abolir, banir, colorir, demolir, 121<<strong>br</strong> />

dúvidas, 322<<strong>br</strong> />

Extorquir, 323<<strong>br</strong> />

F<<strong>br</strong> />

Face a / em face de, 323<<strong>br</strong> />

Fac-símile ver Fax<<strong>br</strong> />

Falir, <strong>com</strong>balir, remir, ressarcir, ressequir,<<strong>br</strong> />

124<<strong>br</strong> />

Fax, 304<<strong>br</strong> />

folha de rosto<<strong>br</strong> />

modelo, 305<<strong>br</strong> />

Fazer, 323


Fecho<<strong>br</strong> />

documento administrativo, 227<<strong>br</strong> />

Federação, 359<<strong>br</strong> />

Feminino<<strong>br</strong> />

emprego, 323<<strong>br</strong> />

*Fidagal / Figadal, 323<<strong>br</strong> />

Figadal / *fidagal, 323<<strong>br</strong> />

Fiscalização e controle<<strong>br</strong> />

proposta, 371<<strong>br</strong> />

Flexão<<strong>br</strong> />

verbo<<strong>br</strong> />

dúvidas, 121<<strong>br</strong> />

Forma<<strong>br</strong> />

arrizotônica ver Arrizotônico<<strong>br</strong> />

de tratamento, 229<<strong>br</strong> />

rizotônica ver Rizotônico<<strong>br</strong> />

Formalidade<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>unicação oficial, 33<<strong>br</strong> />

Formulários<<strong>br</strong> />

documento administrativo, 227<<strong>br</strong> />

Frade / frei, 324<<strong>br</strong> />

Fragmentação<<strong>br</strong> />

frase, 134-135<<strong>br</strong> />

Frase<<strong>br</strong> />

construção<<strong>br</strong> />

problemas de, 131-137<<strong>br</strong> />

fragmentação, 134-135


Frei / frade, 324<<strong>br</strong> />

Fronteira / divisa / limite, 324<<strong>br</strong> />

Furtar / roubar, 324<<strong>br</strong> />

G<<strong>br</strong> />

Ganhar, 324<<strong>br</strong> />

Glossário, 347-380<<strong>br</strong> />

Grafia<<strong>br</strong> />

datas, 215-216<<strong>br</strong> />

deformação, 91<<strong>br</strong> />

ênclise<<strong>br</strong> />

verbo e pronome, 183<<strong>br</strong> />

hífen<<strong>br</strong> />

particularidades, 79<<strong>br</strong> />

horas, 216-217<<strong>br</strong> />

número, 210-219<<strong>br</strong> />

lei, 50-51<<strong>br</strong> />

particularidades na leitura, 217-218<<strong>br</strong> />

palavras, 87-96<<strong>br</strong> />

Grande Expediente, 358<<strong>br</strong> />

H<<strong>br</strong> />

Há, 97<<strong>br</strong> />

cerca de, 98<<strong>br</strong> />

Haja vista, 324<<strong>br</strong> />

Harmonia<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>unicação oficial, 35-37<<strong>br</strong> />

Haver, 325<<strong>br</strong> />

Hífen, 68-80<<strong>br</strong> />

grafia<<strong>br</strong> />

particularidades, 79<<strong>br</strong> />

número, 78<<strong>br</strong> />

palavra <strong>com</strong>posta, 69<<strong>br</strong> />

prefixo, 73<<strong>br</strong> />

vocábulo, 78<<strong>br</strong> />

Homófono, 97<<strong>br</strong> />

Homógrafo, 97<<strong>br</strong> />

Homônimo, 97-110<<strong>br</strong> />

Horas<<strong>br</strong> />

grafia, 216-217<<strong>br</strong> />

I<<strong>br</strong> />

Ilegal


dúvidas, 326<<strong>br</strong> />

Imigrar / migrar / emigrar, 317<<strong>br</strong> />

Iminente / eminente, 317<<strong>br</strong> />

CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

Imissão / emissão, 326<<strong>br</strong> />

Imoral<<strong>br</strong> />

dúvidas, 99<<strong>br</strong> />

Imperativo, 118<<strong>br</strong> />

Impessoalidade<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>unicação oficial, 32<<strong>br</strong> />

Implicar, 167-168, 326<<strong>br</strong> />

Impugnar<<strong>br</strong> />

dúvidas, 327<<strong>br</strong> />

obstar, ritmar, adaptar, designar, 121<<strong>br</strong> />

Imunidade parlamentar, 359<<strong>br</strong> />

Incidente, 99<<strong>br</strong> />

Independente / independentemente, 327<<strong>br</strong> />

Independentemente / independente, 327<<strong>br</strong> />

Indicação, 359<<strong>br</strong> />

Infinitivo<<strong>br</strong> />

flexão, 175<<strong>br</strong> />

proibições, 176<<strong>br</strong> />

tendências, 176-177<<strong>br</strong> />

não-flexão<<strong>br</strong> />

tendências, 177<<strong>br</strong> />

pessoal, 174-179<<strong>br</strong> />

emprego (orientações), 178-179<<strong>br</strong> />

Infligir, 106<<strong>br</strong> />

Infringir, 106<<strong>br</strong> />

Iniciais maiúsculas ver Maiúsculas<<strong>br</strong> />

Iniciar / Iniciar-se, 327<<strong>br</strong> />

Iniciar-se / iniciar, 327<<strong>br</strong> />

Instrução<<strong>br</strong> />

n. 1/1979, 394<<strong>br</strong> />

n. 2/1998, 395<<strong>br</strong> />

Intemerato, 106<<strong>br</strong> />

Intercessão, 106<<strong>br</strong> />

Interse(c)ção, 106<<strong>br</strong> />

Interstício, 359<<strong>br</strong> />

Ipsis litteris / ipsis verbis, 327<<strong>br</strong> />

Ipsis verbis / ipsis litteris, 327


Ir<<strong>br</strong> />

a / ir para, 327-328<<strong>br</strong> />

para / ir a, 327-328<<strong>br</strong> />

retornar, voltar, chegar, dirigir-se, 165166<<strong>br</strong> />

Isso, esse / aquele, aquilo / este, isto, 319321<<strong>br</strong> />

Isto, este / esse, isso / aquele, aquilo, 319321


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

Itálico, 206-209<<strong>br</strong> />

M<<strong>br</strong> />

J<<strong>br</strong> />

Maior / mais grande, menor / mais<<strong>br</strong> />

pequeno, melhor / mais bom, pior /<<strong>br</strong> />

Junto a(o), 328<<strong>br</strong> />

mais ruim / mais mau, 328-329<<strong>br</strong> />

Jurista, 328<<strong>br</strong> />

Maioria, 361<<strong>br</strong> />

L<<strong>br</strong> />

absoluta, 362<<strong>br</strong> />

simples, 362<<strong>br</strong> />

LDO ver Lei de Diretrizes Orçamentárias<<strong>br</strong> />

Mais absoluto, 328<<strong>br</strong> />

(LDO)<<strong>br</strong> />

Mais bem, mais mal, melhor, pior, 330<<strong>br</strong> />

Legislatura, 359<<strong>br</strong> />

Mais bom, pior / mais ruim / mais mau /<<strong>br</strong> />

Lei<<strong>br</strong> />

maior / mais grande, menor / mais<strong>com</strong>plementar<<strong>br</strong> />

pequeno, melhor, 328-329<<strong>br</strong> />

conceito, 359<<strong>br</strong> />

Mais grande, menor / mais pequeno,<<strong>br</strong> />

projeto, 368


melhor / mais bom, pior / mais ruim /<<strong>br</strong> />

conversão (PLV)<<strong>br</strong> />

mais mau / maior, 328-329<<strong>br</strong> />

projeto, 368<<strong>br</strong> />

Mais mal, melhor, pior, mais bem, 330delegada, 360<<strong>br</strong> />

Mais mau / maior / mais grande, menor /<<strong>br</strong> />

estrutura do texto, 43-46<<strong>br</strong> />

mais pequeno, melhor / mais bom, piornúmero, 214<<strong>br</strong> />

/ mais ruim, 328-329<<strong>br</strong> />

ordenação, 51-55<<strong>br</strong> />

Mais pequeno, melhor / mais bom, pior /<<strong>br</strong> />

ordinária, 361<<strong>br</strong> />

mais ruim / mais mau / maior / maisprojeto, 368<<strong>br</strong> />

grande, menor, 328-329<<strong>br</strong> />

qualidades, 47-51<<strong>br</strong> />

Mais ruim / mais mau / maior / mais<<strong>br</strong> />

redação<<strong>br</strong> />

grande, menor / mais pequeno, melhor<<strong>br</strong> />

organização, 47-51<<strong>br</strong> />

/ mais bom, pior, 328-329<<strong>br</strong> />

texto, 43-55<<strong>br</strong> />

Maiúscula<<strong>br</strong> />

Lei Complementar n. 95, de 1998, 383<<strong>br</strong> />

emprego, 81-87


Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO),<<strong>br</strong> />

convencional, 82<<strong>br</strong> />

360<<strong>br</strong> />

inicial, 81<<strong>br</strong> />

Lei de Responsabilidade Fiscal, 360<<strong>br</strong> />

notacional, 84Lei Orçamentária Anual (LOA), 361<<strong>br</strong> />

situacional, 82Líder, 361<<strong>br</strong> />

minúsculas em siglas, 221<<strong>br</strong> />

colégio ver Colégio de Líderes<<strong>br</strong> />

Mal, 106Limite / fronteira / divisa, 324<<strong>br</strong> />

/ mau, 329-330<<strong>br</strong> />

Linguagem<<strong>br</strong> />

Mandado, 106<<strong>br</strong> />

dúvidas e erros, 309-345<<strong>br</strong> />

/ mandato, 329Linha pontilhada, 199-201<<strong>br</strong> />

Mandato, 106, 362<<strong>br</strong> />

LOA ver Lei Orçamentária Anual (LOA)<<strong>br</strong> />

/ mandado, 329Locução verbal<<strong>br</strong> />

*Massivo, 329<<strong>br</strong> />

colocação<<strong>br</strong> />

Mau, 106<<strong>br</strong> />

pronome, 184-185<<strong>br</strong> />

/ mal, 329<<strong>br</strong> />

concordância, 150


Mediar, 330<<strong>br</strong> />

Logomarcas<<strong>br</strong> />

Medida provisória (MP), 362<<strong>br</strong> />

documento administrativo, 227<<strong>br</strong> />

Meio (advérbio), 330<<strong>br</strong> />

Meios de transmissão, 303


Melhor, mais pequeno / mais bom, pior /<<strong>br</strong> />

mais ruim / mais mau maior / mais<<strong>br</strong> />

grande, menor, 328-329<<strong>br</strong> />

Melhor, pior, mais bem, mais mal, 330331<<strong>br</strong> />

Melhora, 107<<strong>br</strong> />

Melhoria, 107<<strong>br</strong> />

Memorando<<strong>br</strong> />

conceito, 227<<strong>br</strong> />

exemplo, 257-258<<strong>br</strong> />

modelo, 256<<strong>br</strong> />

Menor, mais grande / mais pequeno,<<strong>br</strong> />

melhor / mais bom, pior / mais ruim /<<strong>br</strong> />

mais mau / maior, 328-329<<strong>br</strong> />

Meridional / boreal / setentrional / austral,<<strong>br</strong> />

312<<strong>br</strong> />

Mesa Diretora, 362-363<<strong>br</strong> />

eleição, 355<<strong>br</strong> />

Mesmo, 331<<strong>br</strong> />

Mesóclise, 181-182<<strong>br</strong> />

Migrar / emigrar / imigrar, 317<<strong>br</strong> />

Milhão (palavra)<<strong>br</strong> />

concordância, 156<<strong>br</strong> />

Militância, 331<<strong>br</strong> />

Minguar, aguar, apropinquar, desaguar,<<strong>br</strong> />

enxaguar, 122<<strong>br</strong> />

Ministro de Estado<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>parecimento, 351<<strong>br</strong> />

Minoria, 362<<strong>br</strong> />

Minúscula<<strong>br</strong> />

emprego em siglas, 221<<strong>br</strong> />

Mister /é/, 331<<strong>br</strong> />

Modelo<<strong>br</strong> />

apostila, 233<<strong>br</strong> />

ata, 236<<strong>br</strong> />

carta, 242<<strong>br</strong> />

declaração, 246<<strong>br</strong> />

despacho, 252<<strong>br</strong> />

fax<<strong>br</strong> />

folha de rosto, 305<<strong>br</strong> />

memorando, 256<<strong>br</strong> />

ofício, 261<<strong>br</strong> />

ordem de serviço, 265<<strong>br</strong> />

parecer, 275<<strong>br</strong> />

portaria, 281<<strong>br</strong> />

relatório, 294-295


CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

requerimento, 301<<strong>br</strong> />

Morador, 332<<strong>br</strong> />

Moral<<strong>br</strong> />

dúvidas, 99, 332<<strong>br</strong> />

Morar, residir, situar-se, estabelecer-se,<<strong>br</strong> />

estar situado, 168<<strong>br</strong> />

Morfologia, 113-130<<strong>br</strong> />

MP ver Medida provisória (MP)<<strong>br</strong> />

N<<strong>br</strong> />

Na medida em que, 99<<strong>br</strong> />

/ à medida que, 332<<strong>br</strong> />

Nada, 332<<strong>br</strong> />

Negrito, 209-210<<strong>br</strong> />

Nem / e nem, 333<<strong>br</strong> />

Nenhum / algum / qualquer (em negativas),<<strong>br</strong> />

340<<strong>br</strong> />

Nome próprio<<strong>br</strong> />

plural, 333<<strong>br</strong> />

uso<<strong>br</strong> />

artigo, 68<<strong>br</strong> />

hífen, 78-79<<strong>br</strong> />

maiúscula, 81, 82<<strong>br</strong> />

Nota oficial, 333<<strong>br</strong> />

Numeral ver Número<<strong>br</strong> />

Número<<strong>br</strong> />

algarismos, 211-212<<strong>br</strong> />

romanos, 213-214<<strong>br</strong> />

concordância, 140<<strong>br</strong> />

documento administrativo, 214-215<<strong>br</strong> />

extenso, 210-211<<strong>br</strong> />

forma mista, 212-213<<strong>br</strong> />

grafia, 210-219<<strong>br</strong> />

exemplos, 50-51<<strong>br</strong> />

particularidades, 217-218<<strong>br</strong> />

hífen, 78<<strong>br</strong> />

lei, 214-215<<strong>br</strong> />

leitura<<strong>br</strong> />

particularidades, 217-218<<strong>br</strong> />

percentual<<strong>br</strong> />

concordância, 155


tabela <strong>com</strong>parativa, 219<<strong>br</strong> />

textos em geral, 210<<strong>br</strong> />

valores monetários, 213


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong> 415<<strong>br</strong> />

O P<<strong>br</strong> />

Obedecer, desobedecer, 168 Paço, 107<<strong>br</strong> />

Objeção, 98 Padronização, 203-221<<strong>br</strong> />

Obliquar, apaziguar, averiguar, 123 Pagar, perdoar, 169<<strong>br</strong> />

O<strong>br</strong>igado (agradecimento), 334 Palavra<<strong>br</strong> />

Obstar, ritmar, adaptar, designar, <strong>com</strong>posta<<strong>br</strong> />

impugnar, 121 hífen, 69-73<<strong>br</strong> />

Obstrução, 363 plural, 113-115<<strong>br</strong> />

Obviar, 124 grafia, 87-95Óculos, 334 milhão<<strong>br</strong> />

Ofício concordância, 156<<strong>br</strong> />

conceito, 259-260 pronúncia, 87-95<<strong>br</strong> />

exemplo, 262-263 Panorama, 335<<strong>br</strong> />

modelo, 261 Paralelismo<<strong>br</strong> />

Oligarquia, 363 erro, 132<<strong>br</strong> />

Onde / aonde, 334 semântico, 135<<strong>br</strong> />

ONG ver Organização Nãosintático,<<strong>br</strong> />

134<<strong>br</strong> />

Governamental (ONG) Parecer<<strong>br</strong> />

Opção / alternativa, 309 conceito, 274, 364<<strong>br</strong> />

Operacionalizar, 334 exemplo, 276-279<<strong>br</strong> />

Operar, 335 modelo, 275<<strong>br</strong> />

Opor veto, 335 terminativo, 364<<strong>br</strong> />

Oportunista, 335Parecer<<strong>br</strong> />

Óptico, 107 verbo, 335<<strong>br</strong> />

Orçamento, 363 locução verbal<<strong>br</strong> />

Ordem de serviço concordância, 155<<strong>br</strong> />

conceito, 264 Parênteses, 197<<strong>br</strong> />

exemplo, 266-273 Parlamentar ver também Senador,<<strong>br</strong> />

modelo, 265 Deputado Federal<<strong>br</strong> />

Ordem de Serviço n. 1/2000, 397 Parlamentar, 364<<strong>br</strong> />

Ordem do Dia, 363 discurso ver Discurso parlamentar<<strong>br</strong> />

Ordenação imunidade ver Imunidade parlamentar<<strong>br</strong> />

lei, 51-55 ouvidoria ver Ouvidoria Parlamentar<<strong>br</strong> />

Ordinal, 107 procuradoria ver Procuradoria<<strong>br</strong> />

Ordinário, 107 Parlamentar<<strong>br</strong> />

Organização Não-Governamental (ONG), Parônimo, 97-110<<strong>br</strong> />

363-364 Participar, 169<<strong>br</strong> />

Original, 107 Particípio duplo, 119-120<<strong>br</strong> />

Originário, 107 Particularmente / pessoalmente, 336<<strong>br</strong> />

Ortografia, 59-112 Partido, 364<<strong>br</strong> />

variante, 95-96 Passo, 107<<strong>br</strong> />

Ótico, 107 Pauta, 365<<strong>br</strong> />

Ou seja, 335 trancamento, 378<<strong>br</strong> />

Ouvidoria Parlamentar, 364 Pedir, 169<<strong>br</strong> />

/ pedir para que, 336


para que / pedir para, 336


Pequeno Expediente, 365<<strong>br</strong> />

Perca / perda, 337<<strong>br</strong> />

Percentual ver Número<<strong>br</strong> />

Perda / Perca, 337<<strong>br</strong> />

Perdoar, pagar, 169<<strong>br</strong> />

Período de funcionamento<<strong>br</strong> />

Congresso Nacional, 365<<strong>br</strong> />

Pesar, 124<<strong>br</strong> />

Pessoalmente / particularmente, 336<<strong>br</strong> />

Pior, mais bem, mais mal, melhor, 330<<strong>br</strong> />

Pior, mais bom / mais ruim / mais mau /<<strong>br</strong> />

maior / mais grande, menor / mais<<strong>br</strong> />

pequeno, melhor, 328-329<<strong>br</strong> />

Plano Plurianual (PPA), 365<<strong>br</strong> />

Pleitear, 107<<strong>br</strong> />

Pleito, 107<<strong>br</strong> />

Plenário, 365<<strong>br</strong> />

Pleonasmo, 135-136<<strong>br</strong> />

vicioso<<strong>br</strong> />

entrar / sair / subir, 319<<strong>br</strong> />

Plural<<strong>br</strong> />

nome próprio, 333<<strong>br</strong> />

palavra <strong>com</strong>posta, 113-115<<strong>br</strong> />

PLV ver Projeto de lei de conversão (PLV)<<strong>br</strong> />

Poder<<strong>br</strong> />

conclusivo, 366<<strong>br</strong> />

Executivo, 366<<strong>br</strong> />

Judiciário, 366<<strong>br</strong> />

Legislativo, 366<<strong>br</strong> />

Políticas públicas, 366<<strong>br</strong> />

Ponto-e-vírgula, 194-195<<strong>br</strong> />

Pontuação, 186-201<<strong>br</strong> />

Pontilhado ver Linha pontilhada<<strong>br</strong> />

Pôr, 124-125<<strong>br</strong> />

Por causa (de) que, 337<<strong>br</strong> />

Por demais / de mais / demais, 315<<strong>br</strong> />

Por isso, 337


Por ora, 338<<strong>br</strong> />

Por que, Por quê, Porque, Porquê, 110<<strong>br</strong> />

Portaria<<strong>br</strong> />

conceito, 280<<strong>br</strong> />

exemplo, 282-291<<strong>br</strong> />

modelo, 281<<strong>br</strong> />

Posar, 107<<strong>br</strong> />

/ pousar, 338<<strong>br</strong> />

Posição das aspas, 205-206<<strong>br</strong> />

CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

Possível / provável / potencial / eventual,<<strong>br</strong> />

321<<strong>br</strong> />

Possuir, 338<<strong>br</strong> />

Posto que, 338<<strong>br</strong> />

Potencial / eventual / possível / provável,<<strong>br</strong> />

321<<strong>br</strong> />

Pousar, 106<<strong>br</strong> />

/ posar, 338<<strong>br</strong> />

PPA ver Plano Plurianual (PPA)<<strong>br</strong> />

Pra (preposição), 338<<strong>br</strong> />

Praticar preços, 339<<strong>br</strong> />

Prazos na Câmara dos Deputados<<strong>br</strong> />

contagem, 352<<strong>br</strong> />

Precaver, 339<<strong>br</strong> />

-se, 125<<strong>br</strong> />

Preceder, 107<<strong>br</strong> />

Precisão<<strong>br</strong> />

lei, 48<<strong>br</strong> />

redação oficial, 34<<strong>br</strong> />

Preeminente, 107<<strong>br</strong> />

Preferência, 367<<strong>br</strong> />

Preferir, 169-170, 339<<strong>br</strong> />

Prefixo<<strong>br</strong> />

ex-, 322


hífen, 73<<strong>br</strong> />

Preito, 107<<strong>br</strong> />

Prejudicialidade, 367<<strong>br</strong> />

Prescrever, 108<<strong>br</strong> />

Prever, 108<<strong>br</strong> />

Prioridade, 367<<strong>br</strong> />

Proceder, 107, 170<<strong>br</strong> />

Processo legislativo, 367<<strong>br</strong> />

Próclise<<strong>br</strong> />

pronome<<strong>br</strong> />

colocação, 179<<strong>br</strong> />

colocação facultativa, 184<<strong>br</strong> />

Procuradoria Parlamentar, 367<<strong>br</strong> />

Proeminente, 107<<strong>br</strong> />

Projeto<<strong>br</strong> />

decreto legislativo, 368<<strong>br</strong> />

lei, 368<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>plementar, 368<<strong>br</strong> />

conversão (PLV), 368<<strong>br</strong> />

resolução, 368<<strong>br</strong> />

Promulgação, 369, 374


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

Pronome Qualquer / nenhum / algum (em<<strong>br</strong> />

colocação, 179-186 negativas), 340<<strong>br</strong> />

locução verbal, 185 Quando, 340<<strong>br</strong> />

concordância, 141 Questão de ordem, 371<<strong>br</strong> />

demonstrativo, 319-321 Questionar, 340<<strong>br</strong> />

ênclise Quórum, 371<<strong>br</strong> />

grafia, 183 abertura, 371<<strong>br</strong> />

omissão, 186 aprovação, 372-373<<strong>br</strong> />

que deliberação, 372<<strong>br</strong> />

concordância, 148-149<<strong>br</strong> />

quem<<strong>br</strong> />

concordância, 148-149<<strong>br</strong> />

repetição, 186<<strong>br</strong> />

relativo<<strong>br</strong> />

regência, 172<<strong>br</strong> />

se, 147<<strong>br</strong> />

indeterminação do sujeito, 148<<strong>br</strong> />

voz passiva, 148<<strong>br</strong> />

tratamento<<strong>br</strong> />

concordância, 147<<strong>br</strong> />

Pronúncia<<strong>br</strong> />

deformação, 91-93<<strong>br</strong> />

palavras, 87-95<<strong>br</strong> />

verbo<<strong>br</strong> />

dúvidas, 121-130<<strong>br</strong> />

Pronunciamento parlamentar<<strong>br</strong> />

Câmara dos Deputados, 40<<strong>br</strong> />

linguagem, 39-41<<strong>br</strong> />

Proposição, 369<<strong>br</strong> />

Proposta de fiscalização e controle, 371<<strong>br</strong> />

Proscrever, 108<<strong>br</strong> />

Prosódia, 59-112<<strong>br</strong> />

variante, 95-96<<strong>br</strong> />

Protesto<<strong>br</strong> />

ao / protesto contra, 339<<strong>br</strong> />

contra / protesto ao, 339<<strong>br</strong> />

Provável / potencial / eventual / possível,<<strong>br</strong> />

321<<strong>br</strong> />

Prover, 108<<strong>br</strong> />

Provir, 108<<strong>br</strong> />

Publicação, 371<<strong>br</strong> />

R<<strong>br</strong> />

Rapto / seqüestro, 340<<strong>br</strong> />

Ratificar, 108


Reaver, 125, 341<<strong>br</strong> />

Recear, 341<<strong>br</strong> />

Reclamação, 372<<strong>br</strong> />

Recrear, 108<<strong>br</strong> />

Recriar, 108<<strong>br</strong> />

Redação<<strong>br</strong> />

dúvidas, 309-346<<strong>br</strong> />

erros, 309-346<<strong>br</strong> />

lei<<strong>br</strong> />

texto, 43-55<<strong>br</strong> />

organização, 47<<strong>br</strong> />

padronização, 203-221<<strong>br</strong> />

Redargüir, argüir, 123<<strong>br</strong> />

Redundância<<strong>br</strong> />

*<strong>br</strong>eve alocução, 312<<strong>br</strong> />

repetir outra vez, 341<<strong>br</strong> />

*vítima fatal, 345<<strong>br</strong> />

Regência, 158-174<<strong>br</strong> />

nominal, 173<<strong>br</strong> />

pronome relativo, 172<<strong>br</strong> />

verbal, 158-171<<strong>br</strong> />

diferente na coordenação, 172<<strong>br</strong> />

diversa e mesmo sentido, 162<<strong>br</strong> />

dúvidas, 163-171<<strong>br</strong> />

Regime<<strong>br</strong> />

tramitação, 372<<strong>br</strong> />

político, 372<<strong>br</strong> />

Regras de acentuação gráfica, 59-61<<strong>br</strong> />

Reincidir, 108<<strong>br</strong> />

Relator, 373Q<<strong>br</strong> />

Qualidade<<strong>br</strong> />

lei, 47-50


Relatório<<strong>br</strong> />

atividades, 292-293<<strong>br</strong> />

conceito, 292-293, 373<<strong>br</strong> />

modelo, 294-295<<strong>br</strong> />

viagem, 292<<strong>br</strong> />

exemplo, 296-298<<strong>br</strong> />

regulamentação, 399-400<<strong>br</strong> />

Remição, 108<<strong>br</strong> />

Remir, ressarcir, ressequir, falir, <strong>com</strong>balir,<<strong>br</strong> />

124<<strong>br</strong> />

Remissão, 108<<strong>br</strong> />

Renunciar, 170<<strong>br</strong> />

Repelir, aderir, advertir, <strong>com</strong>petir, deferir,<<strong>br</strong> />

122<<strong>br</strong> />

Repetir outra vez<<strong>br</strong> />

redundância, 341<<strong>br</strong> />

Repreensão, 108<<strong>br</strong> />

Repressão, 108<<strong>br</strong> />

Requerer, 126<<strong>br</strong> />

Requerimento<<strong>br</strong> />

conceito, 299-300, 373<<strong>br</strong> />

exemplo, 302<<strong>br</strong> />

modelo, 301<<strong>br</strong> />

Rescindir, 108<<strong>br</strong> />

Residir, situar-se, estabelecer-se, estar<<strong>br</strong> />

situado, morar, 168<<strong>br</strong> />

Resolução, 373<<strong>br</strong> />

projeto, 368<<strong>br</strong> />

Responder, 170-171<<strong>br</strong> />

Ressarcir, ressequir, falir, <strong>com</strong>balir, remir,<<strong>br</strong> />

124<<strong>br</strong> />

Ressequir, falir, <strong>com</strong>balir, remir, ressarcir,<<strong>br</strong> />

124<<strong>br</strong> />

Reticências, 197-198<<strong>br</strong> />

Retificar, 108


Retornar, voltar, chegar, dirigir-se, ir, 165<<strong>br</strong> />

Reunião<<strong>br</strong> />

reservada, 373<<strong>br</strong> />

secreta, 373-374<<strong>br</strong> />

Ritmar, adaptar, designar, impugnar,<<strong>br</strong> />

obstar, 121<<strong>br</strong> />

Rival / adversário, 341<<strong>br</strong> />

Rizotônico ver Verbo<<strong>br</strong> />

Roubar / furtar, 324<<strong>br</strong> />

CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

S<<strong>br</strong> />

Sair / subir / entrar<<strong>br</strong> />

pleonasmo vicioso, 319<<strong>br</strong> />

Saldar, 108<<strong>br</strong> />

Sanção, 374<<strong>br</strong> />

presidencial, 374<<strong>br</strong> />

Saudar, 108, 126<<strong>br</strong> />

Se<<strong>br</strong> />

índice de indeterminação do sujeito,<<strong>br</strong> />

148<<strong>br</strong> />

pronome apassivador, 148<<strong>br</strong> />

Se não, 109<<strong>br</strong> />

Seção / sessão / cessão, 341<<strong>br</strong> />

Segmento, 108<<strong>br</strong> />

Seguimento, 108<<strong>br</strong> />

Senado Federal, 374<<strong>br</strong> />

Senador ver também Parlamentar<<strong>br</strong> />

Senador, 375<<strong>br</strong> />

Senão, 108<<strong>br</strong> />

Senso / censo, 342<<strong>br</strong> />

Sentar, 342<<strong>br</strong> />

Sequer, 342<<strong>br</strong> />

Seqüestro / rapto, 340<<strong>br</strong> />

Ser


concordância, 152-154<<strong>br</strong> />

Sessão<<strong>br</strong> />

/ cessão / seção, 341<<strong>br</strong> />

conjunta, 375<<strong>br</strong> />

debates, 375<<strong>br</strong> />

deliberativa, 375<<strong>br</strong> />

extraordinária, 376<<strong>br</strong> />

legislativa, 376<<strong>br</strong> />

extraordinária, 376<<strong>br</strong> />

ordinária, 375<<strong>br</strong> />

preparatória, 377<<strong>br</strong> />

pública, 376<<strong>br</strong> />

secreta, 377<<strong>br</strong> />

solene, 377<<strong>br</strong> />

Setentrional / austral / meridional / boreal,<<strong>br</strong> />

312<<strong>br</strong> />

Siglas, 220-221, 228<<strong>br</strong> />

emprego<<strong>br</strong> />

lei, 49<<strong>br</strong> />

Silabada, 93-95<<strong>br</strong> />

Sintaxe, 131-201


<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>REDAÇÃO</strong><<strong>br</strong> />

Situar-se, estabelecer-se, estar situado,<<strong>br</strong> />

Tampouco, 109<<strong>br</strong> />

morar, residir, 168<<strong>br</strong> />

Tão pouco, 109<<strong>br</strong> />

Soar / dar / bater (aplicado a horas), 314<<strong>br</strong> />

Taxar, 109<<strong>br</strong> />

concordância, 154-155<<strong>br</strong> />

Telegrama<<strong>br</strong> />

Sob, 109<<strong>br</strong> />

conceito, 303<<strong>br</strong> />

/ so<strong>br</strong>e, 343<<strong>br</strong> />

exemplo, 304<<strong>br</strong> />

So<strong>br</strong>e, 109<<strong>br</strong> />

Tempo verbal ver Verbo<<strong>br</strong> />

/ sob, 343<<strong>br</strong> />

Ter<<strong>br</strong> />

So<strong>br</strong>escrever, 109<<strong>br</strong> />

e seus derivados, 127<<strong>br</strong> />

So<strong>br</strong>escritar, 109<<strong>br</strong> />

lugar em, 343-344<<strong>br</strong> />

So<strong>br</strong>essair, 171, 343 Texto<<strong>br</strong> />

So<strong>br</strong>estamento, 377<<strong>br</strong> />

administrativo ver Documento<<strong>br</strong> />

So<strong>br</strong>estar, 126 administrativo<<strong>br</strong> />

Sortir, 109


destaque, 203-210<<strong>br</strong> />

STF ver Supremo Tribunal Federal (STF)<<strong>br</strong> />

legal ver Lei<<strong>br</strong> />

Sub<strong>com</strong>issão, 377<<strong>br</strong> />

Todo / todo o, 344<<strong>br</strong> />

Subir / entrar / sair<<strong>br</strong> />

Todo o / todo, 344<<strong>br</strong> />

pleonasmos viciosos, 319<<strong>br</strong> />

Tráfego, 110<<strong>br</strong> />

Sublinhado, 209-210<<strong>br</strong> />

Tráfico, 110<<strong>br</strong> />

Subscrever, 109<<strong>br</strong> />

Tramitação, 378<<strong>br</strong> />

Subscritar, 109<<strong>br</strong> />

regime, 372<<strong>br</strong> />

Substantivo<<strong>br</strong> />

Trancamento de pauta, 378<<strong>br</strong> />

adjetivo<<strong>br</strong> />

Translineação, 68-69<<strong>br</strong> />

concordância, 137, 138<<strong>br</strong> />

Trás, 110<<strong>br</strong> />

Suceder, 171<<strong>br</strong> />

Tratamento<<strong>br</strong> />

Sujeito<<strong>br</strong> />

formas, 229<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>posto<<strong>br</strong> />

Tratar-se de, 344


concordância, 144-147<<strong>br</strong> />

Travessão, 196-197<<strong>br</strong> />

indeterminado<<strong>br</strong> />

Traz, 110<<strong>br</strong> />

pronome se, 148<<strong>br</strong> />

Turma, 378<<strong>br</strong> />

ligados pelas conjunções ou e nem<<strong>br</strong> />

Turno, 378<<strong>br</strong> />

concordância, 149<<strong>br</strong> />

dois turnos, 354-355<<strong>br</strong> />

preposicionado, 131<<strong>br</strong> />

único, 354-355<<strong>br</strong> />

simples<<strong>br</strong> />

U<<strong>br</strong> />

concordância, 144<<strong>br</strong> />

Supremo Tribunal Federal (STF),<<strong>br</strong> />

Unânime, 344<<strong>br</strong> />

377-378<<strong>br</strong> />

Uniformidade<<strong>br</strong> />

Surtir, 109<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>unicação oficial, 33-34<<strong>br</strong> />

Suspensão<<strong>br</strong> />

Urgência, 378<<strong>br</strong> />

/ cancelamento / adiamento, 343


urgentíssima, 379<<strong>br</strong> />

efeito, 355<<strong>br</strong> />

V<<strong>br</strong> />

T<<strong>br</strong> />

Valor monetário<<strong>br</strong> />

Tachar, 109<<strong>br</strong> />

números<<strong>br</strong> />

Talvez, 343<<strong>br</strong> />

lei, 214<<strong>br</strong> />

Também / além, 309


Variante<<strong>br</strong> />

ortográfica, 95-96<<strong>br</strong> />

prosódica, 95-96<<strong>br</strong> />

Ver e demais derivados, 127<<strong>br</strong> />

Verbo, 115-130<<strong>br</strong> />

abundante, 116<<strong>br</strong> />

concordância ver Concordância verbal<<strong>br</strong> />

defectivo, 116<<strong>br</strong> />

ênclise<<strong>br</strong> />

grafia, 183<<strong>br</strong> />

flexão<<strong>br</strong> />

dúvidas, 121<<strong>br</strong> />

forma<<strong>br</strong> />

arrizotônica, 117<<strong>br</strong> />

forma rizotônica, 117<<strong>br</strong> />

impessoal<<strong>br</strong> />

concordância, 150-151<<strong>br</strong> />

intransitivo, 161-162<<strong>br</strong> />

irregular, 115-116<<strong>br</strong> />

locução ver Locução verbal<<strong>br</strong> />

particípio duplo, 119-120<<strong>br</strong> />

pronominal, 161-162<<strong>br</strong> />

pronúncia<<strong>br</strong> />

dúvidas, 121-130<<strong>br</strong> />

regência ver Regência verbal<<strong>br</strong> />

regular, 115-116<<strong>br</strong> />

ser<<strong>br</strong> />

concordância, 152-154<<strong>br</strong> />

tempo<<strong>br</strong> />

derivado, 117<<strong>br</strong> />

imperativo, 118<<strong>br</strong> />

primitivo, 115


terminados em<<strong>br</strong> />

-ear e -iar, 128<<strong>br</strong> />

-oar, 128<<strong>br</strong> />

-uar, 129<<strong>br</strong> />

-uir, 129-130<<strong>br</strong> />

-zer e -zir, 130<<strong>br</strong> />

transitivo<<strong>br</strong> />

direto, 158-160<<strong>br</strong> />

direto e indireto, 160-161<<strong>br</strong> />

indireto, 160<<strong>br</strong> />

unipessoal<<strong>br</strong> />

concordância, 152<<strong>br</strong> />

CÂMARA DOS <strong>DE</strong>PUTADOS<<strong>br</strong> />

Vestiário, 110<<strong>br</strong> />

Vestuário, 110<<strong>br</strong> />

Veto, 379-380<<strong>br</strong> />

Viger, 128<<strong>br</strong> />

Vir e seus derivados, 128<<strong>br</strong> />

Vírgula, 187-194<<strong>br</strong> />

uso<<strong>br</strong> />

facultativo, 193-194<<strong>br</strong> />

o<strong>br</strong>igatório, 189-193<<strong>br</strong> />

proibido, 188-189<<strong>br</strong> />

Visar, 171<<strong>br</strong> />

Visto / dado, 313-314<<strong>br</strong> />

Vítima fatal<<strong>br</strong> />

redundância, 345<<strong>br</strong> />

Vocábulos<<strong>br</strong> />

hífen, 78-79<<strong>br</strong> />

Vocativo, 190<<strong>br</strong> />

Voltar, 166<<strong>br</strong> />

chegar, dirigir-se, ir, retornar, 165


Votação, 380<<strong>br</strong> />

Voz passiva<<strong>br</strong> />

pronome se, 148<<strong>br</strong> />

Vultoso, 110<<strong>br</strong> />

Vultuoso, 110

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