Geografia do Brasil 2 - Einsteen 10
Geografia do Brasil 2 - Einsteen 10
Geografia do Brasil 2 - Einsteen 10
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
94. Urca-CE<br />
O uso inadequa<strong>do</strong> <strong>do</strong>s recursos naturais gera uma<br />
série de problemas ecológicos e sociais e, por sua vez,<br />
a degradação <strong>do</strong> meio ambiente. (...) A degradação<br />
ambiental não decorre <strong>do</strong> fato de o homem utilizar<br />
os recursos naturais, mas sim da maneira como é<br />
feita essa utilização (...). No esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Ceará é fato<br />
reconheci<strong>do</strong> que o meio ambiente natural encontra-se<br />
bastante altera<strong>do</strong>, devi<strong>do</strong> à expansão das atividades<br />
agropecuárias, <strong>do</strong> extrativismo vegetal e mineral e mais<br />
recentemente da atividade urbana e industrial<br />
54<br />
SILVA, J.B. da e CAVALCANTE, T.C. Atlas escolar, Ceará: espaço<br />
geo-histórico e cultural. João Pessoa: GRAFSET, 2000. p. 69.<br />
Dentro <strong>do</strong> quadro das degradações no meio ambiente<br />
no Ceará, temos como pontos importantes a<br />
constatar:<br />
a) A vegetação primitiva encontra-se inalterada em<br />
to<strong>do</strong> o esta<strong>do</strong>, principalmente no litoral e nos tabuleiros<br />
costeiros, devi<strong>do</strong> à especulação imobiliária<br />
e às transformações <strong>do</strong> espaço em função <strong>do</strong><br />
turismo.<br />
b) A retirada da cobertura vegetal original repercute<br />
em outros elementos da paisagem, sofren<strong>do</strong> o<br />
clima alterações positivas significativas em seus<br />
índices pluviométricos e, em especial, na intensificação<br />
<strong>do</strong>s perío<strong>do</strong>s chuvosos.<br />
c) Os solos têm sofri<strong>do</strong> tanto perdas de constituintes<br />
minerais importantes para a sua fertilidade (empobrecimento)<br />
quanto de quantidades significativas<br />
de massas, ocasionadas pelas erosões que se<br />
instalam principalmente nos relevos mais acidenta<strong>do</strong>s<br />
das serras úmidas.<br />
d) A degradação <strong>do</strong>s recursos hídricos através da<br />
poluição gerada pelos esgotos e pelas atividades<br />
agrícolas, com destaque para o baixo Jaguaribe<br />
e a região metropolitana, respectivamente.<br />
e) A exploração mineral que provoca grandes alterações<br />
na dinâmica da paisagem devi<strong>do</strong> à retirada<br />
de areia e granito na zona litorânea.<br />
95. UEL-PR<br />
Ainda hoje, no <strong>Brasil</strong>, vastas extensões territoriais<br />
sofrem processos intensos de exploração, evoluin<strong>do</strong><br />
para um quadro típico de degradação ambiental generalizada.<br />
O <strong>do</strong>mínio <strong>do</strong> semi-ári<strong>do</strong> se configura como<br />
um ambiente de fragilidades e está submeti<strong>do</strong>, desde<br />
longa data, a uma exploração indiscriminada, por isso<br />
é considerada uma zona de alto risco ambiental.<br />
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a degradação<br />
ambiental nos <strong>do</strong>mínios morfoclimáticos brasileiros,<br />
assinale a alternativa que indica corretamente<br />
o risco ambiental pre<strong>do</strong>minante no semi-ári<strong>do</strong>.<br />
a) Intensificação <strong>do</strong> processo de desertificação<br />
b) Alastramento das queimadas no perío<strong>do</strong> de preparo<br />
<strong>do</strong> terreno para a agricultura<br />
c) Substituição de espécies nativas por outras mais<br />
resistentes, em função de reflorestamentos<br />
d) Exploração ilegal de madeira de lei para exportação<br />
e) Poluição <strong>do</strong> leito de seus rios temporários por<br />
mercúrio<br />
96. UERJ<br />
No <strong>Brasil</strong> um grupo de técnicos e assessores <strong>do</strong><br />
Ibama – Instituto <strong>Brasil</strong>eiro <strong>do</strong> Meio Ambiente e <strong>do</strong>s<br />
Recursos Naturais Renováveis – vem propon<strong>do</strong> (...) a<br />
criação <strong>do</strong> salário-defeso. O defeso é um instrumento<br />
de proteção de uma determinada espécie quan<strong>do</strong> se<br />
estabelecem limitações à pesca nos perío<strong>do</strong>s de reprodução<br />
<strong>do</strong>s peixes. Com a instituição <strong>do</strong> salário-defeso,<br />
os pesca<strong>do</strong>res passam a receber um salário mínimo<br />
durante to<strong>do</strong> o perío<strong>do</strong> <strong>do</strong> defeso. Nesse perío<strong>do</strong>, os<br />
pesca<strong>do</strong>res desenvolvem o aprendiza<strong>do</strong> de uma série<br />
de atividades visan<strong>do</strong> a diversificar suas fontes de<br />
sustentação. A proposta <strong>do</strong> salário-defeso é extremamente<br />
interessante porque supera a falsa dicotomia<br />
que separa a natureza da sociedade, essa verdadeira<br />
armadilha ideológica <strong>do</strong> pensamento ocidental.<br />
GONÇALVES, Carlos W. P. In: Território Territórios / Programa de Pós-<br />
Graduação em <strong>Geografia</strong>. Niterói: UFF/AGB, 2002.<br />
O texto remete a uma nova concepção <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> em<br />
relação ao uso <strong>do</strong>s recursos naturais.<br />
Ao longo da história, a exploração <strong>do</strong>s recursos<br />
naturais em nosso país foi pre<strong>do</strong>minantemente caracterizada<br />
como:<br />
a) ambientalista, por criar leis de proteção <strong>do</strong> ambiente.<br />
b) predatória, por priorizar a exploração <strong>do</strong>s ecossistemas.<br />
c) excludente, por estatizar a extração das riquezas<br />
naturais.<br />
d) conservacionista, por propor o uso racional <strong>do</strong>s<br />
recursos naturais.<br />
97. UFF-RJ<br />
Estima-se que hoje, no <strong>Brasil</strong>, as perdas de solo, em<br />
função da erosão, sejam da ordem de 822,7 milhões de<br />
toneladas, sen<strong>do</strong> cerca de 91% em áreas de lavouras<br />
e 9% em áreas de pastagens.<br />
SANTOS, Thereza C. C. & CÂMARA, Jõao B. (org), Geo<strong>Brasil</strong> 2002,<br />
Ibama, p. 63.<br />
Áreas sujeiras à erosão devi<strong>do</strong> ao uso agrícola, resultante<br />
<strong>do</strong> cruzamento entre a pressão <strong>do</strong> uso das terras<br />
e a suscetibilidade <strong>do</strong>s solos à erosão.<br />
Adapta<strong>do</strong> de GeoBrazil, 2002, página 63.<br />
A partir da análise <strong>do</strong> mapa, pode-se concluir que:<br />
a) as áreas <strong>do</strong>minadas pelo clima subtropical, embora<br />
bastante exploradas, são as que apresentam a<br />
menor disposição aos processos erosivos.<br />
b) as áreas com a exploração baseada numa agricultura<br />
altamente mecanizada têm experimenta<strong>do</strong> a<br />
redução de sua disposição à erosão.