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Museu Afro Brasil comemora o centenário de Carybé e recebe em ...

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<strong>Museu</strong> <strong>Afro</strong> <strong>Brasil</strong> <strong>com<strong>em</strong>ora</strong> o <strong>centenário</strong> <strong>de</strong> <strong>Carybé</strong> e <strong>recebe</strong> <strong>em</strong><br />

São Paulo o Gran<strong>de</strong> Mural dos Orixás<br />

Dia 28 <strong>de</strong> abril inaugura as exposições “Gran<strong>de</strong> Mural dos Orixás – <strong>Carybé</strong>” e<br />

“Deuses D’África – Visualida<strong>de</strong>s <strong>Brasil</strong>eiras”<br />

Dia: 28 <strong>de</strong> abril<br />

Hora: 19h30<br />

Local: <strong>Museu</strong> <strong>Afro</strong> <strong>Brasil</strong> – Parque Ibirapuera (Portão 10)<br />

Classificação: Livre<br />

Grátis<br />

Em homenag<strong>em</strong> ao <strong>centenário</strong> <strong>de</strong> nascimento do artista <strong>Carybé</strong> o <strong>Museu</strong> <strong>Afro</strong><br />

<strong>Brasil</strong>, instituição da Secretaria <strong>de</strong> Estado da Cultura <strong>de</strong> São Paulo inaugura no próximo<br />

dia 28 <strong>de</strong> abril, às 19h30 duas exposições Deuses D’África – Visualida<strong>de</strong>s <strong>Brasil</strong>eiras e<br />

Gran<strong>de</strong> Mural dos Orixás – <strong>Carybé</strong>, apresentando 19 painéis vindos <strong>de</strong> Salvador (BA)<br />

para o evento <strong>com<strong>em</strong>ora</strong>tivo. Com curadoria do artista plástico e Diretor-Curador do<br />

<strong>Museu</strong> <strong>Afro</strong> <strong>Brasil</strong>, Emanoel Araujo, as exposições faz<strong>em</strong> parte da programação que o<br />

museu <strong>de</strong>dicará ao Ano Internacional dos <strong>Afro</strong><strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes (ONU) até o mês <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro.<br />

28/04 a 29/05 – Exposição Gran<strong>de</strong> Mural dos Orixás – <strong>Carybé</strong> - a mostra<br />

homenageia o <strong>centenário</strong> <strong>de</strong> nascimento do artista <strong>Carybé</strong>, incluindo 19 painéis<br />

representando os <strong>de</strong>uses d’África no Candomblé da Bahia, on<strong>de</strong> estão representados<br />

orixás como I<strong>em</strong>anjá, Oxossi, Oxum, Xangô e Ogum entre outros . As obras pertenc<strong>em</strong><br />

à coleção do Banco do <strong>Brasil</strong> BBM S/A, <strong>em</strong> comodato no <strong>Museu</strong> <strong>Afro</strong>-<strong>Brasil</strong>eiro da<br />

Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Bahia. O argentino, radicado no <strong>Brasil</strong>, Hector Julio Pari<strong>de</strong><br />

Bernabó, nasceu <strong>em</strong> 7 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 1911, na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lanús. Inquieto e<br />

irreverente, tornou-se o famoso <strong>Carybé</strong>. A exposição apresenta fotos <strong>de</strong> pinturas,<br />

<strong>de</strong>senhos, esculturas, ilustrações e esboços que marcaram a arte brasileira do século<br />

XX e a trajetória <strong>de</strong>ste artista que viveu parte <strong>de</strong> sua vida na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Salvador,<br />

Bahia. A arquitetura, o negro, as yalorixás, os orixás. A ele são creditadas as principais<br />

representações simbólicas e míticas do universo africano da Bahia, resultado <strong>de</strong> sua<br />

vivência e <strong>de</strong>dicação à terra que adotou. <strong>Carybé</strong> morreu no dia 2 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 1997,<br />

<strong>em</strong> Salvador.<br />

28/04 a 29/05 – Exposição Deuses d’África. Visualida<strong>de</strong>s <strong>Brasil</strong>eiras – a<br />

representação das divinda<strong>de</strong>s afro-religiosas cultuadas no Candomblé da Bahia, a<br />

partir <strong>de</strong> uma visão ampla <strong>de</strong>sta representação simbólicas, une a arte <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s<br />

artistas como <strong>Carybé</strong>, Mario Cravo Junior, Osmundo Teixeira, Zélia Pólvoa, Reginaldo<br />

e Hélio Oliveira. Para representar a arte dos terreiros, esculturas, objetos e bonecas<br />

sagradas <strong>de</strong> Detinha <strong>de</strong> Xangô e Bezita <strong>de</strong> Oxum, que foram trazidas do interior do


<strong>centenário</strong> Ilê Opó Afonjá, tombado Patrimônio Histórico, e o mais antigo terreiro <strong>de</strong><br />

candomblé que se t<strong>em</strong> notícia, servindo <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lo para a criação <strong>de</strong> todos os outros<br />

que surgiram a partir <strong>de</strong> 1910, quando foi fundado por Eugenia Anna dos Santos<br />

(13.07.1869 a 03.01.1938), a Mãe Aninha, Obá Biyi.<br />

Outras Exposições<br />

- Exposição Elos da Lusofonia - apresenta a arte dos países <strong>de</strong> língua portuguesa a<br />

partir da obra <strong>de</strong> artistas cont<strong>em</strong>porâneos do <strong>Brasil</strong>, Portugal e Angola e a ligação com<br />

a arte ancestral africana, passando pela tradição dos bijagós, da Guiné-Bissau; dos<br />

quiocos <strong>de</strong> Angola; e dos macon<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Moçambique. Todos os países <strong>de</strong> língua<br />

portuguesa estão representados nesta mostra que apresenta cerca <strong>de</strong> 200 obras, entre<br />

fotografias, pinturas, esculturas (máscaras, cerâmica e ma<strong>de</strong>ira) e bidimensionais<br />

(pinturas, gravuras e colagens) <strong>de</strong> artistas que compõe a Arte Tradicional dos países <strong>de</strong><br />

Angola, Cabo Ver<strong>de</strong>, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor<br />

Leste. A Arte Cont<strong>em</strong>porânea apresenta o trabalho <strong>de</strong> Agnaldo M. dos Santos<br />

(<strong>Brasil</strong>), António Olé (Angola), Fernando L<strong>em</strong>os (Portugal/<strong>Brasil</strong>), Francisco Brennand<br />

(<strong>Brasil</strong>), José Tarcísio (<strong>Brasil</strong>), José <strong>de</strong> Guimarães (Portugal), Matias Ntundu<br />

(Moçambique), Maurino Araujo (<strong>Brasil</strong>), Mestre Didi (<strong>Brasil</strong>), Renato Spin<strong>de</strong>l (<strong>Brasil</strong>) e<br />

Rub<strong>em</strong> Valentim (<strong>Brasil</strong>). Até 29 <strong>de</strong> maio.<br />

– Exposição Lutadores do Mundo - <strong>de</strong> Cesare Pergola - São 30 pinturas <strong>em</strong> óleo sobre<br />

tela retratando lutadores posicionados para ação, <strong>de</strong> diversas localida<strong>de</strong>s e<br />

modalida<strong>de</strong>s, on<strong>de</strong> o artista faz uma analogia ao esforço pela sobrevivência, tão<br />

s<strong>em</strong>elhante nos cinco continentes. Entre os movimentos retratados estão a luta<br />

indígena Huka-Huka, Capeoria e Lutadores <strong>de</strong> Angola. Com curadoria <strong>de</strong> Emanoel<br />

Araujo, o pintor e artista visual italiano faz uma metáfora, às lutas da humanida<strong>de</strong><br />

tanto antiga como cont<strong>em</strong>porânea. Durante o período da mostra serão exibidos dois<br />

ví<strong>de</strong>os <strong>de</strong> autoria do artista sobre Sumô e Muay-Thai, b<strong>em</strong> como um objeto<br />

luminoso. Até 29 <strong>de</strong> maio.<br />

- Exposição Panos e Tapas. Joias e Adornos d’Africa – Revela a importância dos<br />

tecidos <strong>em</strong> muitas culturas do continente africano, <strong>de</strong>stacando a produção têxtil <strong>de</strong><br />

dois importantes povos da África Central: os kuba e os imbuti, mais conhecidos como<br />

Pigmeus.<br />

O povo kuba (República D<strong>em</strong>ocrática do Congo), é famoso por sua produção <strong>de</strong><br />

tecidos <strong>de</strong> ráfia, predominant<strong>em</strong>ente feito por homens, enquanto as mulheres se<br />

ocupam dos bordados e apliques. Os painéis <strong>de</strong> ráfia são unidos para formar enormes<br />

saias, usadas por homens e mulheres. São tecidos conhecidos pela ausência <strong>de</strong><br />

representação naturalista e marcados pelos sist<strong>em</strong>as gráficos e combinação <strong>de</strong> figuras<br />

geométricas, muitas vezes <strong>em</strong>prestados das cestarias, on<strong>de</strong> os animais tambéms são<br />

referências. Já os imbutis (pigmeus) da floresta Ituri do noroeste do Congo faz<strong>em</strong><br />

tecidos a partir da casca da figueira tropical. São <strong>de</strong>corados com padrões geométricos<br />

ou figurativos, <strong>de</strong>senhados muitas vezes com uma vareta ou com os <strong>de</strong>dos. As<br />

mulheres preparam os tecidos para os dias <strong>de</strong> festivida<strong>de</strong>s e os padrões po<strong>de</strong>m ser<br />

pintados também no corpo. Os belos tecidos dão extensão ao culto da beleza. Nesta


amplitu<strong>de</strong> inser<strong>em</strong>-se os Adornos, mostrando como a mulher se enfeita, numa<br />

extraoridinária necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reinventar sua própria beleza. Entre os tecidos e<br />

adornos figuram peças indispensáveis no culto à beleza: as joias africanas (anéis,<br />

brincos, colares e tornozeleiras...) <strong>de</strong> diversas regiões, sobretudo da Costa Oci<strong>de</strong>ntal<br />

africana. As tapas, são tipos <strong>de</strong> tecidos produzidos a partir <strong>de</strong> “entrecascas” <strong>de</strong><br />

árvores. Essa técnica Essa técnica tradicional é comum também nas ilhas Samoa e é<br />

<strong>de</strong>senvolvida a partir <strong>de</strong> estamparia monocromática com intrincados <strong>de</strong>senhos<br />

geométricos e riscados que se ass<strong>em</strong>elham aos traçados das gravuras <strong>em</strong> metal. Até<br />

29 <strong>de</strong> maio.<br />

Maio<br />

12/05 a 24/07 - Exposição Hereros <strong>de</strong> Angola - <strong>de</strong> Sérgio Guerra<br />

Uma série <strong>de</strong> imagens, vestimentas e objetos dos povos Hereros, que viv<strong>em</strong> entre<br />

Huíla e Namibe, <strong>em</strong> Angola mostram a paixão do fotógrafo e publicitário pela cultura<br />

africana. Pouco ainda se sabe sobre esta etnia que se divi<strong>de</strong> <strong>em</strong> subgrupos: mukubais,<br />

muhimbas, muhacaonas, mudimbas e muchavícuas. A viag<strong>em</strong> resultou <strong>em</strong> mais <strong>de</strong> 10<br />

mil imagens, sendo que 200 foram selecionadas pelo curador Emanoel Araujo, para<br />

esta exposição. Os hereros são um povo mítico, com uma história marcada por sangue.<br />

Resistiram à escravidão e se opuseram à dominação al<strong>em</strong>ã, o que os tornou vítimas <strong>de</strong><br />

um dos maiores genocídios da história. Hoje faz<strong>em</strong> parte <strong>de</strong> uma extensão batu <strong>de</strong><br />

cultura pastoril, e ocupam a região s<strong>em</strong>i-<strong>de</strong>sértica, da província Namibe, no Sudoeste<br />

<strong>de</strong> Angola.<br />

24/05 a 28/08 - Exposição As Mulheres Negras da Irmanda<strong>de</strong> da Boa Morte <strong>de</strong><br />

Cachoeira - O trabalho dos fotógrafos A<strong>de</strong>nor Gondim, Pierre Verger e Valter<br />

Fraga, se misturam às suntosas roupas, jóias e a arte sagrada das mulheres da<br />

confraria religiosa da Boa Morte para compor esta exposição que t<strong>em</strong> curadoria do<br />

artista plástico, Emanoel Araujo. Imagens, peças e objetos r<strong>em</strong>ontam uma história que<br />

se confun<strong>de</strong> com a maciça importação <strong>de</strong> escravos da costa da África para o<br />

Recôncavo canavieiro da Bahia, <strong>em</strong> particular para a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Cachoeira, a segunda<br />

<strong>em</strong> importância econômica na Capitania da Bahia durante três séculos. O fato <strong>de</strong> ser<br />

constituída apenas por mulheres negras, numa socieda<strong>de</strong> patriarcal e marcada por<br />

forte contraste racial e étnico, <strong>em</strong>prestou a esta manifestação afro-católica, como<br />

quer<strong>em</strong> alguns autores, notável fama, seja pelo que expressa do catolicismo barroco<br />

brasileiro, <strong>de</strong> in<strong>de</strong>clinável presença processional nas ruas, seja por certa tendência<br />

para a incorporação aos festejos propriamente religiosos <strong>de</strong> rituais profanos<br />

pontuados <strong>de</strong> muito samba e comida.<br />

24/05 a 27/05 - S<strong>em</strong>inário Internacional: I Encontro <strong>Afro</strong>-Atlântico na Perspectiva dos<br />

<strong>Museu</strong>s - Em <strong>com<strong>em</strong>ora</strong>ção ao Dia da África (25 <strong>de</strong> maio), o <strong>Museu</strong> <strong>Afro</strong> <strong>Brasil</strong>,<br />

instituição da Secretaria <strong>de</strong> Estado da Cultura <strong>de</strong> São Paulo promoverá <strong>de</strong> 24 a 27 <strong>de</strong><br />

maio, o I Encontro <strong>Afro</strong> Atlântico na Perspectiva dos <strong>Museu</strong>s. Especialistas <strong>de</strong> vários<br />

países estarão reunidos para refletir a forma como os museus estão representando o<br />

continente africano por meio <strong>de</strong> suas elaborações conceituais-curatoriais. Um t<strong>em</strong>a<br />

que envolve discutirá também as diversas possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> interpretar a arte africana


tradicional e cont<strong>em</strong>porânea e sua inserção <strong>em</strong> museus nacionais e internacionais.<br />

Entre os t<strong>em</strong>as que serão discutidos estão: A Arte Africana: Como <strong>de</strong>cifrar seus<br />

enigmas?; Arte africana e o Conceito <strong>de</strong> Arte; Arte Cont<strong>em</strong>porânea: Artistas<br />

Africanos e <strong>Museu</strong>s; e Coleções <strong>em</strong> Debate.<br />

Os especialistas confirmados: Abdou Sylla (IFAN-Senegal); Constantine Petridis (<strong>Museu</strong><br />

<strong>de</strong> Arte <strong>de</strong> Cleveland); George Preston (<strong>Museu</strong> <strong>de</strong> Arte e Origens – EUA); Henry<br />

Drewal (Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Wisconsin-Madison); Karen Meildoune (<strong>Museu</strong> <strong>de</strong> Arte<br />

Africana do Instituto Smithsonian); Lisa Bin<strong>de</strong>r (<strong>Museu</strong> para a Arte Africana – EUA);<br />

Robert Farris Thompson (Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Yale); Samuel Sibidé (<strong>Museu</strong> Nacional do<br />

Mali); Susan Vogel (Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Columbia) e Emanoel Araujo (<strong>Museu</strong> <strong>Afro</strong> <strong>Brasil</strong>).<br />

Junho<br />

02/06 a 24/07 - Exposição Dia Mundial do Meio Ambiente com Frans Kracjberg e<br />

Orlando Azevedo - Em <strong>com<strong>em</strong>ora</strong>ção ao Dia Mundial do Meio Ambiente,<br />

<strong>com<strong>em</strong>ora</strong>do <strong>em</strong> 05 <strong>de</strong> junho. O <strong>Museu</strong> <strong>Afro</strong> <strong>Brasil</strong> abre espaço para o trabalho <strong>de</strong> dois<br />

gran<strong>de</strong>s artistas, que faz<strong>em</strong> da natureza a principal obra prima. Do pintor, escultor e<br />

fotógrafo polonês Frans Krajcberg, a criação figurativa da natureza brasileira através<br />

das maravilhosas esculturas. Do fotógrafo Orlando Azevedo imagens que resultaram<br />

<strong>de</strong> sua recente viag<strong>em</strong> à Roraima, on<strong>de</strong> registrou as belezas naturais das extensas<br />

áreas <strong>de</strong> floresta tropical, num trabalho inédito.<br />

Sobre o <strong>Museu</strong> <strong>Afro</strong> <strong>Brasil</strong><br />

O <strong>Museu</strong> <strong>Afro</strong> <strong>Brasil</strong>, instituição da Secretaria <strong>de</strong> Estado da Cultura <strong>de</strong> São Paulo, é um<br />

espaço <strong>de</strong> preservação e celebração da cultura, m<strong>em</strong>ória e da história do <strong>Brasil</strong> na<br />

perspectiva negro africana, assim como na difusão das artes clássicas e<br />

cont<strong>em</strong>porâneas, populares e eruditas, nacionais e internacionais.<br />

Localizado no Parque Ibirapuera, <strong>em</strong> São Paulo, foi inaugurado <strong>em</strong> 23 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong><br />

2004 e possui um acervo <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 5 mil obras. Parte <strong>de</strong>stas obras, cerca <strong>de</strong> 2.100,<br />

foram doadas à Secretaria <strong>de</strong> Cultura do Estado <strong>de</strong> São Paulo pelo artista plástico e<br />

curador, Emanoel Araujo, i<strong>de</strong>alizador e atual Diretor-Curador do <strong>Museu</strong>. A biblioteca<br />

do museu, cujo nome homenageia a escritora, "Carolina Maria <strong>de</strong> Jesus", possui cerca<br />

<strong>de</strong> 6.800 publicações com especial <strong>de</strong>staque para a coleção <strong>de</strong> obras raras sobre o<br />

t<strong>em</strong>a do Tráfico Atlântico e Abolição da Escravatura no <strong>Brasil</strong>, América Latina, Caribe e<br />

Estados Unidos. A presença negra africana nas artes, na vida cotidiana, na<br />

religiosida<strong>de</strong>, nas instituições sociais são t<strong>em</strong>as presentes na biblioteca.<br />

O museu mantém um sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> visitação gratuita para todas as exposições e<br />

ativida<strong>de</strong>s que oferece; um Núcleo <strong>de</strong> Educação com profissionais que <strong>recebe</strong>m grupos<br />

pré-agendados, instituições diversas, além <strong>de</strong> escolas públicas e particulares. Através<br />

do Núcleo <strong>de</strong> Educação também mantém o programa "Singular Plural: Educação<br />

Inclusiva e Acessibilida<strong>de</strong>", aten<strong>de</strong>ndo exclusivamente pessoas com necessida<strong>de</strong>s<br />

especiais e promovendo a interação <strong>de</strong>ste público com as ativida<strong>de</strong>s oferecidas.<br />

Em 2009, a Associação <strong>Museu</strong> <strong>Afro</strong> <strong>Brasil</strong>, que administra o museu tornou-se uma das<br />

Organizações Sociais ligadas à Secretaria <strong>de</strong> Estado da Cultura. A gestão<br />

compartilhada do <strong>Museu</strong> <strong>Afro</strong> <strong>Brasil</strong> aten<strong>de</strong> a uma resolução da Secretaria que<br />

regulamenta parcerias entre o governo e pessoas jurídicas <strong>de</strong> direito privado para<br />

ações na área cultural.


Outras Exposições<br />

As Exposições<br />

Antífona – A mostra <strong>de</strong>staca o trabalho do fotógrafo ensaísta, Gal Oppido. São 27<br />

registros <strong>de</strong> rostos e corpos <strong>de</strong> intensa f<strong>em</strong>inilida<strong>de</strong> produzidos como forma <strong>de</strong><br />

retomar a discussão sobre o papel da mulher da atualida<strong>de</strong>. Cada uma das fotos<br />

apresenta mulheres com personalida<strong>de</strong>s e características diferentes, traduzindo<br />

a visão do artista sobre o f<strong>em</strong>inino liberto. “ A mulher que recent<strong>em</strong>ente t<strong>em</strong> sua<br />

sexualida<strong>de</strong> afirmada igualitariamente perante uma socieda<strong>de</strong> até então <strong>de</strong><br />

acento masculino, abrindo um horizonte para a compreensão dos inúmeros<br />

vínculos afetivos possíveis entre os humanos”, explica Gal. Para conceituar este<br />

novo trabalho, e o sentido <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong> que ele impõe, o<br />

fotógrafo mergulhou na obra do poeta Cruz e Souza, <strong>de</strong> on<strong>de</strong> <strong>em</strong>prestou o<br />

título da exposição. “Ele (Cruz e Souza) <strong>de</strong> vasta erudição dirige sua crítica para<br />

esta socieda<strong>de</strong> serpenteada pelo racismo, preconceito e discriminação, s<strong>em</strong><br />

abandonar o seu fazer poético, don<strong>de</strong> escolhi o po<strong>em</strong>a Antífona, para animar as<br />

imagens resultantes <strong>de</strong>ste ensaio”, conclui. Fotógrafo ensaísta, Marcos Aurélio<br />

Oppido é nome marcante quando o assunto é a fotografia aplicada às áreas <strong>de</strong><br />

artes cênicas, expressão corporal e arquitetura. Expondo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1981, seus<br />

trabalhos integram acervos do MASP, MAM e MIS. Gal inicia sua carreia aliando a<br />

fotografia ao <strong>de</strong>senho, fortalecendo-se anos <strong>de</strong>pois como fotógrafo<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte. Conhecido por seu trabalho extr<strong>em</strong>amente autoral explora o<br />

corpo, a ef<strong>em</strong>erida<strong>de</strong> do t<strong>em</strong>po, a simbologia <strong>de</strong> objetos abandonados e a<br />

relação do hom<strong>em</strong> com a matéria. De 26 <strong>de</strong> fevereiro a 17 <strong>de</strong> abril.<br />

A Natureza Viva <strong>de</strong> Frans Krajcberg – <strong>de</strong> 25 <strong>de</strong> janeiro a 27 <strong>de</strong> fevereiro. Uma<br />

seleção <strong>de</strong> fotos que revelam a gran<strong>de</strong> paixão do artista, que é também um<br />

assumido <strong>de</strong>fensor da natureza. Da visão <strong>de</strong>ste amante solitário surg<strong>em</strong> imagens<br />

<strong>de</strong> beleza sedutora. As folhas, as flores, as matas e as florestas. Para esta mostra,<br />

o curador Emanoel Araujo selecionou 16 imagens que faz<strong>em</strong> parte do Calendário<br />

2011 da Imprensa Oficial do Estado <strong>de</strong> São Paulo. Frans Krajcberg é escultor,<br />

gravador e fotógrafo polonês, naturalizado brasileiro e radicado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1972, no<br />

Sul da Bahia , on<strong>de</strong> vive e trabalha entre milhares <strong>de</strong> espécies nativas que ele<br />

mesmo plantou <strong>em</strong> seu sítio. “ Ele é um <strong>de</strong>scobridor da beleza e do po<strong>de</strong>r <strong>de</strong><br />

fazer surgir, no meio das mais profundas florestas carregadas do silêncio e da<br />

intocabilida<strong>de</strong>, a sua voz <strong>de</strong> <strong>de</strong>fensor eterno e apaixonado. Ele é um cultivador<br />

dos seres vivos, que acolhidos pelo seu olhar, se abr<strong>em</strong> para o Sol e se mostram<br />

<strong>em</strong> seu esplendor...”, disse Emanoel Araújo.<br />

As Ban<strong>de</strong>iras do Vodu e os Primeiros Momentos do Terr<strong>em</strong>oto”- A exposição<br />

apresenta objetos sagrados haitianos ao lado do trabalho fotográfico dos<br />

brasileiros An<strong>de</strong>rson Schnei<strong>de</strong>r e Caio Guatelli, jornalistas que foram à capital<br />

Porto Príncipe para a cobertura da catástrofe que assolou o país <strong>em</strong> janeiro <strong>de</strong><br />

2010. A mostra <strong>com<strong>em</strong>ora</strong> o lançamento do catálogo “O Haiti Está Vivo Ainda


Lá”, da exposição apresentada no ano passado com 350 peças – entre ban<strong>de</strong>iras,<br />

garrafas e recortes sagrados. A publicação, lançada <strong>em</strong> parceria com a Imprensa<br />

Oficial do Estado <strong>de</strong> São Paulo, apresenta o colorido da arte religiosa e dos<br />

símbolos sagrados do Vodu, com ban<strong>de</strong>iras bordadas, garrafas estampadas,<br />

bonecas rituais, recortes <strong>de</strong> chapas <strong>de</strong> metal e <strong>de</strong> borracha. Nesta mostra<br />

objetos e imagens colocam lado a lado o sagrado e a resistência do povo<br />

haitiano marcado por traumas e infortúnios. A arte religiosa é representada por<br />

cerca <strong>de</strong> 70 objetos sagrados presentes nos rituais <strong>de</strong> Vodu. Já as imagens<br />

reflet<strong>em</strong> o caos, a dor e a resistência <strong>de</strong> um povo diante da <strong>de</strong>struição <strong>de</strong> sua<br />

terra natal. São 70 fotos <strong>de</strong> An<strong>de</strong>rson Schnei<strong>de</strong>r e Caio Guatelli que mostram as<br />

ruas <strong>de</strong> Porto Príncipe tomadas por escombros, sobreviventes, cadáveres,<br />

equipes <strong>de</strong> socorro e militares. “Espessas colunas <strong>de</strong> fumaça ergu<strong>em</strong>-se <strong>de</strong><br />

todos os cantos da cida<strong>de</strong> como legiões <strong>de</strong> valquírias negras, levando aos céus as<br />

feridas da terra – feridas que <strong>de</strong>ixaram com ainda menos os que já quase nada<br />

tinham”, narrou An<strong>de</strong>rson. As fotos <strong>de</strong> Caio traduz<strong>em</strong> momentos <strong>de</strong> angústia<br />

vividos no cumprimento do <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> repórter. “O cenário da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong>struída<br />

pelo terr<strong>em</strong>oto fica ainda mais caótico, quando barulhos <strong>de</strong> tiros soam no meio<br />

da correria. O cheiro <strong>de</strong> cadáveres agora se mistura ao <strong>de</strong> pólvora, e a tragédia<br />

parece só aumentar”disse. De 25 <strong>de</strong> janeiro a 24 <strong>de</strong> abril<br />

A Arte do Povo <strong>Brasil</strong>eiro. Quatro Olhares. Uma Homenag<strong>em</strong> - <strong>de</strong>staca a<br />

espetacular e autêntica arte popular brasileira. São cerca <strong>de</strong> 100 obras feitas <strong>em</strong><br />

barro, ma<strong>de</strong>ira e tecido com colorido e lirismo que representam cenas do<br />

cotidiano religioso, <strong>de</strong> festas populares e do imaginário do povo brasileiro. Com<br />

curadoria do artista plástico, Emanoel Araujo, Diretor-Curador do <strong>Museu</strong> <strong>Afro</strong><br />

<strong>Brasil</strong> apresenta obras <strong>de</strong> Maurino Araujo (esculturas <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira), Lafaiete<br />

Rocha (esculturas <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira), Madalena Reinbolt (tapeçarias), Agnaldo<br />

Manoel dos Santos (esculturas <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira), Maria Cândido Monteiro (barro),<br />

Heitor dos Prazeres (pintura), Nhô Caboclo (esculturas <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira), Nino<br />

(esculturas <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira), No<strong>em</strong>isa (barro), Mestre Vitalino (barro), Nino<br />

(esculturas <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira), Família Julião (esculturas <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira), entre outros.<br />

Nesta exposição 30 obras são assinadas por Maria Cândido Monteiro (1961-<br />

2010), uma das principais artesãs brasileiras, que morreu <strong>em</strong> agosto <strong>de</strong>ste ano, e<br />

tão b<strong>em</strong> soube representar através da arte a vida <strong>de</strong> sua gente. Até 24 <strong>de</strong> abril.<br />

Mostra <strong>de</strong> Arte Cont<strong>em</strong>porânea com Almir Mavignier, Delmar Mavignier e<br />

Gerárd Quenum – mostra paralela à 29ª Bienal <strong>de</strong> São Paulo, com três<br />

importantes nomes da arte cont<strong>em</strong>porânea. A exposição apresenta a obra<br />

gráfica do artista brasileiro, resi<strong>de</strong>nte na Al<strong>em</strong>anha, Almir Mavignier, um dos<br />

fundadores do movimento da arte concreta, que esteve por muito t<strong>em</strong>po<br />

ausente dos espaços artísticos do <strong>Brasil</strong>. Aos 84 anos t<strong>em</strong> merecido<br />

reconhecimento internacional pela gran<strong>de</strong> produção artística e pelos<br />

extraordinários cartazes publicados na Europa. Ser um discípulo <strong>de</strong> Max Bill e sua<br />

atuação como professor da escola ULM enriquec<strong>em</strong> seu extraordinário currículo.<br />

Ao lado <strong>de</strong> suas obras t<strong>em</strong> nesta mostra as produções <strong>de</strong> seu filho Delmar<br />

Mavignier já consolidado como artista gráfico na Al<strong>em</strong>anha, on<strong>de</strong> também<br />

resi<strong>de</strong>. Já Gérard Quenum é um dos principais artistas francófonos e representa


uma nova geração da arte cont<strong>em</strong>porânea do Benin, que <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o inicio dos anos<br />

90 venceu os limites <strong>de</strong> África, ganhando a atenção <strong>de</strong> colecionadores do<br />

Oci<strong>de</strong>nte. É uma arte <strong>de</strong> criação excêntrica on<strong>de</strong> <strong>de</strong>staca o singular estilo<br />

escultural com objetos reciclados e o uso <strong>de</strong> bonecas <strong>de</strong>scartadas trabalhadas<br />

com misturas <strong>de</strong> objetos e materiais diversos. Até 27 <strong>de</strong> março<br />

Guernica Esteve Aqui – Com curadoria <strong>de</strong> Emanoel Araujo, a mostra apresenta<br />

duas releituras da mais importante obra do século XX, o painel Guernica, <strong>de</strong><br />

Pablo Picasso, a mais política <strong>de</strong> todas <strong>de</strong> suas obras, já que narra um episódio<br />

da guerra Civil Espanhola , quando os al<strong>em</strong>ães bombar<strong>de</strong>aram a pequena cida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Guernica, 1937. No <strong>Museu</strong> <strong>Afro</strong> <strong>Brasil</strong> a homenag<strong>em</strong> está na visão<br />

cont<strong>em</strong>porânea do artista plástico Fernando Ribeiro e na ampliação do cartaz da<br />

exposição da obra <strong>em</strong> Milão (1953). Des<strong>de</strong> sua fundação <strong>em</strong> 23 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong><br />

2004, o <strong>Museu</strong> <strong>Afro</strong> <strong>Brasil</strong> ocupa o imponente Pavilhão Manoel da Nóbrega, o<br />

antigo Palácio das Nações, se<strong>de</strong> da Segunda Bienal Internacional <strong>de</strong> São<br />

Paulo. Um evento que teve a iniciativa do industrial Francisco Matarazzo<br />

Sobrinho, que criou este importante evento <strong>de</strong>dicado às artes plásticas<br />

internacionais, atraindo para a capital paulista os olhos do mundo. A Bienal<br />

trouxe para o Ibirapuera a obra <strong>de</strong> Pablo Picasso. Sim, o Guernica esteve aqui, no<br />

Palácio das Nações, hoje <strong>em</strong> exposição no <strong>Museu</strong> Reina Sofia, <strong>em</strong> Madrid, <strong>de</strong>pois<br />

<strong>de</strong> longos anos <strong>de</strong> exílio no <strong>Museu</strong> <strong>de</strong> Arte mo<strong>de</strong>rna <strong>de</strong> Nova York. Foi realmente<br />

um gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>safio a vinda para a América do Sul da mais importante obra do<br />

pintor espanhol.<br />

A história do Parque – O IV Centenário - Nas <strong>com<strong>em</strong>ora</strong>ções dos 56 anos do<br />

Parque Ibirapuera esta mostra apresenta boa parte dos milhares <strong>de</strong> objetos<br />

produzidos para o IV Centenário <strong>de</strong> São Paulo, tendo <strong>em</strong> vista que o próprio<br />

Parque foi uma das obras para a dita <strong>com<strong>em</strong>ora</strong>ção. São publicações<br />

<strong>com<strong>em</strong>ora</strong>tivas das revistas “O Cruzeiro” e “Manchete”; álbuns <strong>de</strong> figurinha;<br />

coleções <strong>de</strong> lenços <strong>de</strong> seda estampados com imagens <strong>de</strong> São Paulo; miniaturas e<br />

coleções <strong>de</strong> objetos <strong>de</strong> porcelana com imagens da <strong>com<strong>em</strong>ora</strong>ção dos 400 anos<br />

da cida<strong>de</strong>. Objetos curiosos foram selecionados para mostra como a ban<strong>de</strong>ja<br />

com a pintura <strong>de</strong> Oscar Pereira da Silva com cenas da Fundação <strong>de</strong> São Paulo; o<br />

projeto <strong>de</strong> Marcos Concílio, que <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma mala antiga reproduziu o<br />

símbolo do IV Centenário (2004) e ainda um original do “Álbum do IV<br />

Centenário da Fundação <strong>de</strong> São Paulo”, um presente da Colônia Japonesa à<br />

cida<strong>de</strong> editado com ilustrações coloridas, fotos <strong>em</strong> preto e branco (capa <strong>de</strong><br />

couro, 79 páginas, <strong>em</strong> português-japonês).<br />

A mostra também homenageia dois personagens da historia <strong>de</strong> São Paulo, Francisco<br />

Matarazzo Sobrinho, Presi<strong>de</strong>nte da comissão do IV Centenário e gran<strong>de</strong><br />

i<strong>de</strong>alizador da Bienal Internacional <strong>de</strong> São Paulo, e Diretor do <strong>Museu</strong> <strong>de</strong> Arte<br />

Mo<strong>de</strong>rna, na sua orig<strong>em</strong>, e o arquiteto Oscar Ni<strong>em</strong>eyer autor do extraordinário<br />

projeto arquitetônico. Até 27 <strong>de</strong> fevereiro<br />

A Arte Ancestral e Cont<strong>em</strong>porânea do Benin – exposição <strong>em</strong> torno da produção<br />

artística e cultural do Benin que reforça a influência <strong>de</strong>cisiva da nação africana<br />

sobre a formação histórica e civilizatória brasileira. Obras <strong>de</strong> artistas convidados


participantes da mostra ‘O Benin está Vivo Ainda Lá” (2008), representantes <strong>de</strong><br />

uma nova geração que optou pela arte cont<strong>em</strong>porânea. E quando se pensa <strong>em</strong><br />

arte cont<strong>em</strong>porânea neste caso, se pensa também no sentido da ancestralida<strong>de</strong>.<br />

Entre os artistas estão Charles Codjo Placi<strong>de</strong> Tossou (fotografia),Tchif (acrílica<br />

com pigmentos naturais), Aston (instalação), Ladis (giz sobre tela) e Dominique<br />

Antonin Zinkpè (pintura e escultura), entre outros. A exposição apresenta a<br />

África como um mosaico <strong>de</strong> etnias, culturas e línguas <strong>de</strong> imensa varieda<strong>de</strong>. O<br />

Benin, com 110 mil quilômetros quadrados (menor que o estado do Acre), é<br />

habitado por 6,5 milhões <strong>de</strong> pessoas espalhados <strong>em</strong> 60 etnias e línguas. O país<br />

situa-se no Golfo <strong>de</strong> Benin, no oceano Atlântico.<br />

Exposição “De Arthur Frie<strong>de</strong>nreich a Edson Arantes do Nascimento. O Negro no<br />

Futebol <strong>Brasil</strong>eiro” – Fotos, ilustrações, objetos e publicações <strong>de</strong> época retratam<br />

os gran<strong>de</strong>s negros do futebol brasileiro. Leônidas, Garrincha, Pelé e Arthur<br />

Frie<strong>de</strong>nreich, futebolista que brilhou entre as décadas <strong>de</strong> 20 e 30, quando o<br />

futebol era esporte amador estão entre os personagens importantes<br />

que figuram entre as caricaturas, imagens, entrevistas e reportagens da<br />

imprensa especializada que brilhavam nas páginas das revistas “O Cruzeiro”,<br />

“Manchete” e “Placar”. A exposição também homenageia o escritor e jornalista<br />

Mario Filho, autor do livro “O Negro no Futebol <strong>Brasil</strong>eiro”. Mario Filho era irmão<br />

mais velho do cronista e dramaturgo Nelson Rodrigues. Textos <strong>de</strong> Nelson<br />

Rodrigues sobre o t<strong>em</strong>a também po<strong>de</strong>m ser vistos na mostra. Arthur<br />

Frie<strong>de</strong>nreich, filho <strong>de</strong> um comerciante al<strong>em</strong>ão e <strong>de</strong> uma lava<strong>de</strong>ira negra<br />

brasileira, nasceu no bairro da Luz <strong>em</strong> São Paulo, <strong>em</strong> 18 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 1892 e<br />

morreu, <strong>em</strong> 1969, aos 77 anos.<br />

T<strong>em</strong>pos <strong>de</strong> Escravidão, T<strong>em</strong>pos <strong>de</strong> Abolição: Iconografias e Textos - A mostra<br />

revisita dois diferentes t<strong>em</strong>pos, apresentando documentos históricos, fotografias<br />

<strong>de</strong> época, aquarelas, pinturas, publicações e esculturas <strong>de</strong> ícones negros<br />

abolicionistas. Primeiro, um t<strong>em</strong>po não <strong>de</strong>finido, do começo da escravidão no<br />

<strong>Brasil</strong> e <strong>em</strong> outros países das Américas, mostrando as atrocida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sta<br />

instituição infame, através <strong>de</strong> narrativas <strong>de</strong> negros e sobre navios negreiros. São<br />

narrativas <strong>em</strong> célebres poesias como “O Navio Negreiro” <strong>de</strong> Castro Alves, que<br />

também inspirou Cassiano Ricardo e o poeta americano Langston Hughes e,<br />

também “O Escravo” <strong>de</strong> Joaquim Nabuco. Depois, os T<strong>em</strong>pos da Abolição,<br />

<strong>de</strong>stacando gran<strong>de</strong>s personagens da vida pública brasileira, envolvidos com o<br />

abolicionismo. O poeta Luiz Gama; o escritor, romancista e jornalista José do<br />

Patrocínio; Joaquim Nabuco; o engenheiro André Rebouças; o Antonio Bento,<br />

do Grupo Abolicionista “Os Caifazes” ; o poeta Castro Alves; o médico baiano,<br />

Luiz Anselmo da Fonseca, autor do livro “A Escravidão, o Clero e o<br />

Abolicionismo” (1887). Destaque para as mulheres nor<strong>de</strong>stinas da Socieda<strong>de</strong><br />

Abolicionista F<strong>em</strong>inina: Olegária Carneiro da Cunha, Maria Augusta Generoso<br />

Estrela e Carolina Ferraz. Até 24 <strong>de</strong> abril.<br />

São Paulo, Terra, Alma e M<strong>em</strong>ória - a exposição apresenta três gran<strong>de</strong>s<br />

panoramas fotográficos inéditos, com imagens <strong>de</strong> Theodor Preising e Valério<br />

Vieira; 24 postais <strong>de</strong> Guilherme Gaensly, publicações e homenag<strong>em</strong> a


personalida<strong>de</strong>s que marcaram época. As fotos retratam a São Paulo <strong>de</strong> 1912,<br />

com fotos <strong>de</strong> Theodor Preising,; <strong>de</strong> 1925, um panorama com seis fotos <strong>de</strong> parte<br />

da região central da cida<strong>de</strong>; e <strong>de</strong> 1930, um outro panorama da Coleção <strong>de</strong> Ruy<br />

<strong>de</strong> Souza e Silva. A mostra t<strong>em</strong> painéis que homenageiam a cantora Carmen<br />

Miranda, o abolicionista Luís Gama, o lí<strong>de</strong>r da Revolta da Chibata João Candido,<br />

o cartunista Ângelo Agostini e o compositor Adoniran Barbosa. A mostra<br />

apresenta ainda A M<strong>em</strong>ória Editada da Imprensa Oficial do Estado <strong>de</strong> São Paulo<br />

uma homenag<strong>em</strong> à <strong>em</strong>presa gráfica <strong>de</strong>fensora e propagadora da m<strong>em</strong>ória social,<br />

artística e cultural do Estado <strong>de</strong> São Paulo e do <strong>Brasil</strong>.<br />

Formas e Pulos – O Saci no Imaginário - Símbolo <strong>de</strong> mestiçag<strong>em</strong> e resistência<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> os t<strong>em</strong>pos da Colônia e do Império, quando os negros enfrentavam os<br />

capitães do mato com golpes ágeis <strong>de</strong> capoeira, o Saci congrega a cultura<br />

multirracial que forma o povo brasileiro e plasma sua i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>, resgatando as<br />

representações <strong>de</strong> um duen<strong>de</strong> genuinamente nacional <strong>em</strong> esculturas, objetos,<br />

publicações, gravuras e cartazes <strong>de</strong> diversos artistas, <strong>em</strong> suportes e técnicas<br />

variadas. Curador: Vladimir Sacchetta. Longa duração<br />

Secretario <strong>de</strong> Estado da Cultura: Andrea Matarazzo<br />

Diretor Curador: Emanoel Araujo<br />

Diretor Executivo: Luiz Henrique Marcon Neves<br />

En<strong>de</strong>reço: Av. Pedro Álvares Cabral, s/ nº<br />

Parque Ibirapuera- Portão 10<br />

São Paulo- SP - <strong>Brasil</strong><br />

CEP: 040094-050<br />

Fone: 55 11 3320-8900<br />

Assessoria <strong>de</strong> Imprensa: Claudia Alexandre<br />

Contato: comunicacao@museuafrobrasil.org.br<br />

www.museuafrobrasil.org.br

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