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Isaías - Igreja Batista Vida

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2974<br />

Quinta Estrofe: A Alegria e a Abundância da Nova Era (66.10-11)<br />

66.10<br />

Regozijai-vos juntamente com Jerusalém, e alegrai-vos por ela. No hebraico<br />

há três vocábulos com o sentido de regozijar-se que a maioria das traduções modernas<br />

não reproduz. A tradução inglesa NCV quase consegue esse feito, traduzindo<br />

essas três palavras por "regozijar-se", "estar feliz" e "sentir-se feliz". Nossa versão<br />

portuguesa traduz os termos por "regozijai-vos", "alegrai-vos" e "exultai". A alegria é a<br />

nota-chave da restauração na era do Reino de Deus. Ver no Dicionário o artigo<br />

chamado Alegria. As lamentações do presente serão descontinuadas. O profeta <strong>Isaías</strong><br />

estava exultante quando previu o que aconteceria na Nova Era. Cf. Isa. 57.18; 60.20 e<br />

61.2,3. "Explosões de regozijo caracterizam os poemas dos capítulos 40-66 do livro<br />

de <strong>Isaías</strong>... A situação atual era deprimente, mas Deus estava prestes a trazer a lume<br />

um novo povo. A alegria do profeta era contagiante, e seus ouvintes devem ter<br />

ganhado com isso nova confiança e novo entusiasmo" (Henry Sloane Coffin, in loa,<br />

com algumas adaptações). A alusão pretendida é a de uma nova mãe que convidou<br />

amigos e vizinhos a regozijar-se com ela pelo nascimento de um filho saudável.<br />

66.11<br />

Oh, que alegria! a língua mortal não pode contar,<br />

Visto que a eternidade apenas começou.<br />

Reunirem-se um com o outro,<br />

Para habitarem com o Salvador.<br />

A terra onde o sol não se põe.<br />

(W. C. Martin)<br />

Para que mameis, e vos farteis dos peitos das suas consolações. O simbolismo<br />

torna-se agora muito ousado. Os amigos da mãe (que provavelmente<br />

representam as nações que compartilharão do Reino) são agora convidados a<br />

sugar os seios dela, juntamente com os filhos de Sião, ou seja, Israel. E isso, por<br />

sua vez, significa que Sião é a mãe de todas as nações. (Cf. Isa. 49.17-21; 54.1-6).<br />

Sião será extremamente próspera, material e espiritualmente, e haverá "leite" suficiente<br />

para todos os povos. Os seios da mulher serão, ao mesmo tempo, consoladores<br />

e fontes de prazer. A glória dessa mulher será abundante, e os que se alimentarem<br />

dela compartilharão dessa glória. Os infantes não falam e, assim, não podem dizernos,<br />

mas é justo imaginar que eles se deleitam no seio e no leite materno. Parte do<br />

simbolismo deste versículo está alicerçado sobre essa suposição lógica.<br />

Desejai ardentemente, como crianças recém-nascidas, o<br />

genuíno leite espiritual, para que por ele vos seja dado<br />

crescimento para salvação.<br />

Sexta Estrofe: Prosperidade e Consolação (66.12-14)<br />

66.12<br />

(I Pedro 2.2)<br />

Porque assim diz o Senhor: Eis que estenderei sobre ela a paz como<br />

um rio. Esta sexta estrofe prove outros símbolos que descrevem a prosperidade<br />

de Jerusalém durante a era do Reino. Yahweh promete aqui que fará fluir por<br />

Jerusalém um rio de bênçãos. Quanto à prosperidade comparada a um rio, ver<br />

Isa. 48.18. As riquezas das nações fluirão para Jerusalém como uma poderosa<br />

torrente que inundará suas margens e não poderá ser contida. Cf. Isa. 48.18;<br />

55.12; 60.5,11 e 61.6. A primeira dessas promessas é a paz (shalom), que<br />

também pode dar a idéia de prosperidade. A segunda promessa é a glória ou<br />

riqueza (no hebraico, kabhodh), que inundará Jerusalém como um rio.<br />

Ademais, o autor sagrado retomou à metáfora da alimentação à criança, conforme<br />

visto no versículo anterior. As mulheres têm protrusões convenientes (os quadris)<br />

em seu corpo, que podem ajudá-las a carregar os infantes, uma prática comum nos<br />

países do Oriente Próximo. Esses infantes eram pequenos e ainda mamavam quando<br />

isso acontecia. As crianças pequenas também eram postas sentadas sobre os<br />

joelhos de suas mães, quando elas estavam descansando. A criança estava sempre<br />

na companhia da mãe; sempre bem cuidada; sempre bem alimentada; e, por isso,<br />

não nos devemos admirar que fosse uma criança feliz! Alguns estudiosos vêem aqui<br />

Sião como a mãe que dava de mamar a seus filhinhos, em consonância com o vs. 11,<br />

mas outros intérpretes fazem das nações gentílicas a mãe de Sião, de modo que esta<br />

linha concorde com a primeira parte do presente versículo. Esse é o sentido de Isa.<br />

60.16. Então, no vs. 13, o próprio Yahweh é que aparece como mãe.<br />

66.13<br />

Como alguém a quem sua mãe consola, assim eu vos consolarei. Neste<br />

versículo, Yahweh é a mãe consoladora. As consolações de Israel formam um<br />

ISAÍAS<br />

dos principais temas proféticos sobre o Reino de Deus. Ver Isa. 40.1. Ver no<br />

Dicionário o artigo chamado Consolação. Temos um amor matemal-paternal que<br />

é suficiente para a tarefa. As antigas tribulações estarão terminadas. E serão<br />

esquecidas (ver Isa. 65.16).<br />

66.14<br />

Nascerá o sol da justiça, trazendo salvação nas suas asas.<br />

Cf. este versículo com Isa. 49.15.<br />

(Malaquias 4.2)<br />

Vós o vereis e o vosso coração se regozijará. Quando chegarem as consolações<br />

de Sião, então o coração de seus habitante se regozijará. Ver o tríplice regozijo<br />

do vs. 10: regozijai-vos; alegrai-vos; exultai (conforme diz nossa versão portuguesa).<br />

Os ossos deles florescerão como a erva. Os ossos representam o ser inteiro, pois é<br />

do arcabouço dos ossos que o corpo inteiro depende. Ver no Dicionário e em Sal.<br />

102.3 o verbete intitulado Osso(s). A causa eficaz disso será a mão do Senhor, que<br />

pode ser extremamente destruidora, mas, neste caso, curará e consolará. Ver no<br />

Dicionário e em Sal. 81.14 o verbete chamado Mão. Ver sobre mão direita em Sal.<br />

20.6; e sobre braço em Sal. 77.15; 89.10 e 98.1. O profeta <strong>Isaías</strong> misturou à<br />

vontade seu material e as metáfora psíquicas, o que, afinal de contas, é uma das<br />

características da poesia dos hebreus. O estado feliz de Sião insuflará nova vida<br />

e vigor em seus muitos cidadãos (cf. Sal. 32.3; 42.10; 102.3; Jó 21.24; Pro.<br />

15.30). "Coração e ossos representam, respectivamente, a vida interior e a vida<br />

exterior" (Ellicott, in loa). "Vossos ossos, que antes foram ressecados pelo fogo da<br />

ira de Deus (ver Lam. 1.13), reviverão (Pro. 3.8; 15.30; Eze. 37.1)" (Fausset, in loa).<br />

Sétima Estrofe: O Juiz que Vem (66.15-16)<br />

66.15<br />

Porque, eis que o Senhor virá em fogo, e os seus carros como um<br />

torveiinho. Cf. os vss. 2-5. As facções em luta da sociedade judaica são<br />

novamente apresentadas. Enquanto um dos lados será consolado e se tornará<br />

próspero, o outro lado cairá, sujeito à ira de Deus; e podemos presumir<br />

que essa será uma purificação necessária antes da inauguração da era do<br />

milênio. Yahweh é aqui retratado como o Cocheiro divino, montado sobre um<br />

torveiinho e chegando como se fosse um fogo consumidor. O fogo é o símbolo<br />

de julgamento e purificação e, na teologia judaica posterior, era referido<br />

como existente no sheol, atormentando as almas que ali estivessem. Mas<br />

não há aqui nenhum desses pensamentos. A purificação mencionada processar-se-á<br />

sobre a terra. No livro de I Enoque, foram acesas, pela primeira vez,<br />

as chamas do inferno, e no Novo Testamento, em alguns poucos lugares,<br />

essa chamas permanecem acesas.<br />

A presente estrofe representa a resposta para a oração fervorosa de Isa.<br />

64.1-3. Quanto a outras teofanias de fogo, ver Isa. 10.17,18; 29.6; 30.27,28; 64.1-<br />

3; Sal. 50.3,4; 97.1-15. A cena do monte Sinai é a principal inspiradora do símbolo<br />

aqui usado. Quanto a outras passagens que retratam Yahweh a cavalgar as<br />

nuvens, ver Sal. 18.10; 68.33; 104.3; Deu. 33.26. Quanto ao fato de que Deus<br />

cavalga sobre ventos tempestuosos, ver Isa. 27.1; 31.8; 34.5; Deu. 32.41,42; Jer.<br />

46.10; Eze. 21.3-5. Descrições similares têm sido encontradas para descrever<br />

divindades ugaríticas.<br />

66.16<br />

Porque com fogo e com a sua espada entrará o Senhor em juízo com<br />

toda a carne. Ao símbolo do fogo, é adicionado agora outro símbolo extremamente<br />

comum, a espada divina. Cf. Isa. 27.1; 42.13; 52.10; 59.17; Êxo. 15.3. Aqui Yahweh<br />

aparece como o Senhor dos Exércitos, Guerreiro Destruidor. Nessa qualidade,<br />

Yahweh executa um juízo necessário e justo. Ver Isa. 27.1; 31.8; 34.5; Deu. 32.41,42;<br />

Jer. 46.10; Eze. 21.3-5; 38.21.0 julgamento divino será universal porque a rebeldia<br />

e a apostasia são universais. Ver Isa. 40.5; 60.12; 63.6. Uma grande purificação<br />

ocorrerá antes da inauguração da época áurea. Cf. Apo. 19.17-21.<br />

Sumário Escatológico (66.17-24)<br />

66.17<br />

Os que se santificam e se purificam para entrarem nos jardins... serão<br />

consumidos. Isso pode ser a declaração de conclusão de um redator que assim<br />

prove apta conclusão para os capítulos 56-66. Novamente encontramos aqui os<br />

jardins idolatras mencionados. Ver Isa. 1.29 e 65.3. Os idolatras passam por<br />

várias cerimônias de purificação e então dirigem-se em procissão aos lugares de<br />

seus cultos falsos. Os pagãos sacrificam o porco e então se banqueteiam com a<br />

carne do animal, da mesma maneira que os judeus faziam com a carne de touros

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