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CONFORMAÇÃO 1. Processos de conformação podem ser ...

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<strong>CONFORMAÇÃO</strong><br />

<strong>1.</strong> <strong>Processos</strong> <strong>de</strong> <strong>conformação</strong> po<strong>de</strong>m <strong>ser</strong> classificados em:<br />

- processos <strong>de</strong> compressão direta (forjamento, laminação)<br />

- processos <strong>de</strong> compressão indireta (trefilação, extrusão, estampagem profunda)<br />

- processos <strong>de</strong> tração<br />

- processos <strong>de</strong> dobramento<br />

- processos <strong>de</strong> cisalhamento<br />

2. Conformação mecânica: <strong>de</strong>formação plástica do material.<br />

3. Tipos <strong>de</strong> trabalho:<br />

- primário: realizado sobre lingotes para obter placas, tarugos, etc.<br />

- secundário: realizado sobre placas, tarugos, etc, para obter formas <strong>de</strong>finitivas (arames, fios,<br />

peças forjadas, peças estampadas)<br />

4. Objetivo principal do trabalho mecânico: conformar peças.<br />

Objetivo secundário: melhorar proprieda<strong>de</strong>s mecânicas das peças (encruamento).<br />

5. Quanto à temperatura <strong>de</strong> trabalho:<br />

- a quente (acima da temperatura <strong>de</strong> recristalização, há mudança da estrutura cristalina do<br />

aço <strong>de</strong> CCC para CFC )<br />

- a frio (abaixo da temperatura <strong>de</strong> recristalização)<br />

2009A – Conformação – 1


+<br />

-<br />

- menor esforço mecânico<br />

A QUENTE A FRIO<br />

- pre<strong>ser</strong>va tenacida<strong>de</strong> do material<br />

- <strong>de</strong>formação profunda (contínua<br />

recristalização) elimina porosida<strong>de</strong>s<br />

- formação <strong>de</strong> casca <strong>de</strong> óxido<br />

- pior acabamento superficial e tolerâncias<br />

- ferramental <strong>de</strong>ve resistir ao calor<br />

LAMINAÇÃO<br />

<strong>1.</strong> Placa metálica é forçada a passar por dois cilindros<br />

- ferramental não necessita resistir ao calor<br />

- aumenta resistência e dureza<br />

- melhores tolerâncias e acabamentos<br />

superficiais<br />

- maior esforço mecânico<br />

- tenacida<strong>de</strong> diminui<br />

- <strong>de</strong>formação superficial<br />

- po<strong>de</strong> produzir anomalias (casca <strong>de</strong> laranja)<br />

Espessura diminui e comprimento aumenta (largura aproximadamente constante).<br />

2. Forças na laminação<br />

Força normal (<strong>de</strong>formação) e tangencial (atrito, movimento).<br />

2009A – Conformação – 2


Manutenção do volume:<br />

b h 0 v 0 =b h 1 v 1<br />

Como a espessura h 1 é menor que h 0 , tem-se que a velocida<strong>de</strong> v 1 é maior que v 0<br />

Existe somente um ponto do material com velocida<strong>de</strong> igual à velocida<strong>de</strong> periférica dos cilindros,<br />

chamado ponto neutro.<br />

Antes do ponto neutro: atrito empurra material no sentido do movimento<br />

Depois do ponto neutro: atrito empurra material no sentido oposto ao movimento<br />

3. Tipos <strong>de</strong> laminadores<br />

Laminadores: máquinas que executam a laminação. Compostas pelas estruturas (gaiolas),<br />

cilindros, mancais, etc. O conjunto é <strong>de</strong>nominado ca<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> laminação.<br />

Classificação quanto às condições <strong>de</strong> trabalho:<br />

- a quente<br />

- a frio<br />

Classificação quanto à quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cilindros, seus diâmetros e disposição:<br />

- Duo: dois cilindros <strong>de</strong> mesmo diâmetro girando em sentidos opostos<br />

- com retorno por cima (sempre mesmo sentido <strong>de</strong> rotação)<br />

- reversível (sentido <strong>de</strong> rotação é invertido a cada passe)<br />

2009A – Conformação – 3


- conjunto <strong>de</strong> duos: laminação contínua<br />

- Trio: três cilindros laminadores. Peça avança entre cilindros inferior e médio mas retorna<br />

entre cilindros superior e médio (não é necessário reverter o sentido <strong>de</strong> giro dos cilindros)<br />

- Quádruo: quatro cilindros, dois <strong>de</strong> trabalho e dois <strong>de</strong> apoio. Obtém espessura uniforme em<br />

toda a seção transversal<br />

- Laminador Universal: combinação <strong>de</strong> cilindros horizontais e verticais. Por exemplo o tipo<br />

“Grey” (laminação <strong>de</strong> perfilados duplo T). Cilindros verticais conformam material mas são<br />

rotacionados pelo próprio movimento do material.<br />

2009A – Conformação – 4


- laminador Sendzimir: dois cilindros <strong>de</strong> trabalho suportados por dois cilindros <strong>de</strong> apoio<br />

cada um. Permite maiores reduções <strong>de</strong> espessura por passe.<br />

Perguntas:<br />

<strong>1.</strong> Quais as vantagens e <strong>de</strong>svantagens e se utilizar ca<strong>de</strong>iras <strong>de</strong> laminação do tipo duo com<br />

retorno por cima, duo reversível, trio e quádruo?<br />

2. Para laminação contínua, todas as ca<strong>de</strong>iras <strong>de</strong> laminação <strong>de</strong>vem rotacionar na mesma<br />

velocida<strong>de</strong>?<br />

4. Operações <strong>de</strong> Laminação<br />

4.1 Desbaste e acabamento<br />

- <strong>de</strong>sbaste (laminador primário): laminação a quente<br />

- acabamento (laminador acabador/secundário): iniciado a quente, finalizado a frio.<br />

2009A – Conformação – 5


4.2 Cilindro com canais<br />

passe.<br />

Cilindro <strong>de</strong> laminação po<strong>de</strong> <strong>ser</strong> liso ou apresentar vários canais, cada um relativo a um<br />

Cilindros com vários canais<br />

(nesse caso, do tipo trio)<br />

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4.3 Chapas<br />

A partir <strong>de</strong> lingotes, realiza-se vários passes (parte-se do lingote reaquecido acima da<br />

temperatura <strong>de</strong> recristalização):<br />

- passe por laminador tipo duo para quebra <strong>de</strong> casca <strong>de</strong> óxido (sob jato d'água <strong>de</strong> alta<br />

pressão)<br />

- passes <strong>de</strong> <strong>de</strong>sbaste em laminadores do tipo quádruo (quatro passes, por exemplo)<br />

- outro passe por laminador tipo duo para quebra <strong>de</strong> casca <strong>de</strong> óxido<br />

- passes <strong>de</strong> acabamentos em laminadores do tipo quádruo (seis passes, por exemplo)<br />

No acabamento po<strong>de</strong>-se realizar reduções <strong>de</strong> 50%, 40%, 40%, 35%, 15%, 10% . Placa com<br />

28mm no início do acabamento ficaria com 2,5 mm ao final do acabamento.<br />

Depois <strong>de</strong> acabadas as chapas são enroladas em bobinas por bobina<strong>de</strong>iras.<br />

A laminação continua a frio em laminadores quádruos mas antes as bobinas passam por<br />

processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>capagem (remoção química da casca <strong>de</strong> óxido em solução <strong>de</strong> ácido sulfúrico).<br />

Espessura final: 0,20 – 0,35 mm<br />

Bobinas po<strong>de</strong>m <strong>ser</strong> recozidas (aquecidas acima da temperatura <strong>de</strong> recristalização) para<br />

aumentar a tenacida<strong>de</strong> das chapas (se <strong>de</strong>sejável).<br />

Perguntas:<br />

3. Em que tipo <strong>de</strong> operação <strong>de</strong> laminação realiza-se maior redução <strong>de</strong> espessura: <strong>de</strong>sbaste ou<br />

acabamento? Por que?<br />

4. O que é <strong>de</strong>capagem?<br />

FORJAMENTO<br />

<strong>1.</strong> Introdução<br />

Forjamento: <strong>conformação</strong> mecânica pelo martelamento ou prensagem.<br />

Tipos <strong>de</strong> equipamentos:<br />

- martelo <strong>de</strong> forja: golpes rápidos e sucessivos, <strong>de</strong>formação superficial<br />

- prensas: compressão a baixa velocida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>formação profunda e regular<br />

Geralmente são realizadas a quente (acima da temperatura <strong>de</strong> recristalização, mas não muito<br />

acima para não acelerar o processo <strong>de</strong> oxidação – 800 a 1000 C para aços).<br />

2. <strong>Processos</strong> <strong>de</strong> forjamento<br />

2.1 Prensagem<br />

Utilizado na <strong>de</strong>formação inicial <strong>de</strong> lingotes, forjamento <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s eixos (navio), forjamento<br />

<strong>de</strong> peças simétricas.<br />

Prensas são acionadas hidraulicamente (ou mecanicamente) e po<strong>de</strong>m atingir 50000<br />

toneladas. Pressão controlada, ausência <strong>de</strong> choque, menor manutenção que martelamento<br />

2009A – Conformação – 7


Em matrizes fechadas conforma-se apenas metais e ligas não ferrosas.<br />

Pressões geralmente aplicadas (t/cm2)<br />

- latão: 0,7 a 2,8<br />

- alumínio: 1,4 a 2,8<br />

- aço: 2,1 a 4,2<br />

- titânio: 2,8 a 5,6<br />

2.2 Forjamento livre (ou simples)<br />

Operação preliminar <strong>de</strong> forjamento, esboça formas.<br />

Exemplos: esmagamento, <strong>conformação</strong> <strong>de</strong> flange, dobramento <strong>de</strong> barra e <strong>de</strong> chapa,<br />

dobramento <strong>de</strong> peça previamente esboçada, corte (com auxílio <strong>de</strong> cunha), estiramento, perfuração a<br />

quente, estrangulamento <strong>de</strong> barra e <strong>de</strong> chapa.<br />

Esmagamento<br />

Conformação <strong>de</strong> flange<br />

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Dobramento <strong>de</strong> barra e chapa<br />

Corte<br />

Perfuração<br />

2.3 Forjamento em Matriz<br />

Forjamento em matrizes fechadas: forma <strong>de</strong>finida e precisa<br />

Meta<strong>de</strong> da matriz é presa na bigorna, outra meta<strong>de</strong> no martelo <strong>de</strong> queda que aplica golpes<br />

sucessivos.<br />

Cavida<strong>de</strong> periférica existe para conter excesso <strong>de</strong> material, que <strong>de</strong>ve <strong>ser</strong> previsto para<br />

preenchimento total da matriz. Há formação <strong>de</strong> rebarba.<br />

Corte <strong>de</strong> rebarba é realizado em matrizes <strong>de</strong> corte.<br />

Dobramento <strong>de</strong> peça já esboçada<br />

Estiramento<br />

Estrangulamento<br />

2009A – Conformação – 9


Forjamento em Matriz<br />

Cuidados a <strong>ser</strong>em tomados:<br />

- <strong>de</strong>ixar sobre metal para posterior usinagem<br />

- fazer peças com conicida<strong>de</strong> (aprox 7 graus para permitir retirada da matriz)<br />

- evitar cantos vivos (para evitar fissuras)<br />

- estabelecer tolerâncias <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocamento entre matrizes<br />

Corte <strong>de</strong> rebarba<br />

2009A – Conformação – 10


- prever a contração do metal (pois é conformado a quente, aproximadamente 1% <strong>de</strong><br />

contração linear)<br />

- utilizar sistemas <strong>de</strong> referência para alinhamento das matrizes (formatos macho e<br />

fêmea)<br />

2.4 Forjamento Rotativo<br />

- prever canais <strong>de</strong> rebarba<br />

Redução da área da seção transversal <strong>de</strong> barras e tubos por aplicação <strong>de</strong> golpes radiais.<br />

Ou a peça, ou a matriz possui movimento <strong>de</strong> rotação.<br />

Peça avança para o interior da matriz enquanto que a matriz realiza o martelamento.<br />

2009A – Conformação – 11


Perguntas:<br />

5. Qual são as diferenças <strong>de</strong> movimentação da ferramenta nos forjamentos por prensagem e<br />

forjamentos por martelamento (livre e matriz)? O que isso implica na durabilida<strong>de</strong> das ferramentas?<br />

6. Em que tipo <strong>de</strong> operação <strong>de</strong> forjamento são utilizados canais <strong>de</strong> rebarba? Para que <strong>ser</strong>vem<br />

esses canais?<br />

7. O se faz para evitar o <strong>de</strong>salinhamento das duas partes <strong>de</strong><br />

uma matriz <strong>de</strong> forjamento em matriz?<br />

3. Forças <strong>de</strong> Forjamento<br />

3.1 Prensagem<br />

Deduz-se a fórmula da força <strong>de</strong> prensagem pelo trabalho realizado por essa força na<br />

<strong>de</strong>formação da peça.<br />

On<strong>de</strong>:<br />

- P: força <strong>de</strong> prensagem<br />

-Vc: volume da peça (constante)<br />

- Rd: resistência à <strong>de</strong>formação à prensagem<br />

- h0 e h1: alturas inicial e final da peça<br />

Exemplo: peça <strong>de</strong> entrada: 100mm altura, 100mm <strong>de</strong> diâmetro<br />

peça <strong>de</strong> saída: 50mm <strong>de</strong> altura.<br />

Material: aço, Rd = 25 Kgf/mm2<br />

Resposta:<br />

P= V c R d ln h 0 /h 1 <br />

h 0 −h 1<br />

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3.3 Martelamento<br />

Transferência <strong>de</strong> energia cinética do martelo para energia <strong>de</strong> <strong>de</strong>formação plástica da peça.<br />

On<strong>de</strong>:<br />

Exemplo:<br />

Resposta:<br />

- H: altura <strong>de</strong> queda<br />

-Vc: volume da peça (constante)<br />

- Rd: resistência à <strong>de</strong>formação ao martelamento<br />

- h0 e h1: alturas inicial e final da peça<br />

- : rendimento<br />

- Q: massa do martelo<br />

Cubo: h0 = 70mm, h1 = 65 mm, Rd = 15 Kgf/mm2<br />

Martelo: Q = 1000Kg, rendimento=0,7<br />

H = V c R d lnh 0 /h 1 <br />

Q<br />

Obs: para martelamento com matriz fechada multiplicar o Rd por coeficiente (1,3 a 1,5).<br />

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ESTAMPAGEM<br />

<strong>1.</strong> Introdução<br />

Estampagem: <strong>conformação</strong> mecânica <strong>de</strong> chapas, geralmente a frio.<br />

Tipos <strong>de</strong> operação:<br />

- corte<br />

- dobramento e encurvamento<br />

- estampagem profunda (as vezes a quente)<br />

2. Corte<br />

Utilização <strong>de</strong> prensa, matriz e punção <strong>de</strong> corte.<br />

Experimentalmente percebe-se que para melhor acabamento a espessura da chapa <strong>de</strong>ve <strong>ser</strong><br />

menor que o diâmetro do punção.<br />

Po<strong>de</strong>-se obter diversas formas utilizando punção e matriz a<strong>de</strong>quados (geometria similar à<br />

peça). Procura-se otimizar a distribuição <strong>de</strong> peças sobre a chapa.<br />

É necessário estabelecer um valor <strong>de</strong> folga entre punção e matriz. Na figura abaixo, cada<br />

curva é relativa a um tipo <strong>de</strong> material. A curva superior se refere a aço duro, a do meio a aço doce e<br />

latão e a inferior a alumínio.<br />

2009A – Conformação – 14


Esforço necessário para o corte:<br />

Q= p e c<br />

Q: esforço <strong>de</strong> corte ou cisalhamento<br />

p: perímetro da figura da peça<br />

e: espessura da chapa<br />

c : resistência ao cisalhamento, igual a 3/4 a 4/5 <strong>de</strong> e<br />

Exemplo:<br />

3. Dobramento e encurvamento<br />

c =30 Kgf /mm 2<br />

Resposta:<br />

, e=2mm , d =100mm<br />

Espessura da chapa é mantida aproximadamente constante.<br />

Dobramento Encurvamento<br />

3.1 Raios <strong>de</strong> curvatura e ângulos<br />

Deve-se evitar cantos vivos e utilizar raios <strong>de</strong> curvatura <strong>de</strong>:<br />

- 1 a 2 vezes a espessura da chapa (materiais moles)<br />

- 3 a 4 vezes a espessura da chapa (materiais duros)<br />

O ângulo <strong>de</strong> dobramento na matriz <strong>de</strong>ve <strong>ser</strong> mais acentuado que o ângulo final da peça pois<br />

a chapa tente a voltar para forma anterior.<br />

2009A – Conformação – 15


3.2 Linha Neutra<br />

Linha neutra: não há <strong>de</strong>formação<br />

Comprimento necessário antes da dobra: igual ao comprimento da linha neutra do elemento<br />

dobrado.<br />

3.3 Força <strong>de</strong> Dobramento<br />

c=ab/ 2r y<br />

y=e/2 para chapas <strong>de</strong> até 1mm<br />

y=e/3 para chapas maiores<br />

P= 2 f be2<br />

3l<br />

; f =2 e<br />

On<strong>de</strong>:<br />

P: força <strong>de</strong> dobramento<br />

b: largura da placa<br />

e: espessura da chapa<br />

l: distância entre apoios<br />

f : tensão <strong>de</strong> flexão necessária<br />

e : tensão <strong>de</strong> escoamento<br />

Note que a tensão <strong>de</strong> dobramento necessária é igual a duas vezes a tensão <strong>de</strong> escoamento<br />

para melhor <strong>conformação</strong> da chapa.<br />

Exemplo:<br />

l=75mm , b=50mm , e=3mm , e =40Kgf /mm 2<br />

Resposta:<br />

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4. Estampagem profunda<br />

Chapas são conformadas na forma <strong>de</strong> copo.<br />

Fundo do copo não sofre alteração, lateral<br />

cilíndrica é <strong>de</strong>formada. A altura final do copo é maior<br />

que a dimensão h 0 inicial.<br />

A figura a seguir mostra estágios da estampagem profunda. Note que é necessário utilizar<br />

um disco <strong>de</strong> retenção na parte superior (em torno do punção) para evitar enrugamento da chapa.<br />

4.1 Diâmetro do disco inicial<br />

D=d 2 4dh<br />

D: diâmetro do disco inicial<br />

d: diâmetro do cilindro do copo<br />

h: altura do copo<br />

Cálculo aproximado, necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> verificação prática das dimensões obtidas. Para formas<br />

variadas, chapa inicial é obtida basicamente por tentativa e erro.<br />

2009A – Conformação – 17


5. Reestampagem<br />

Para estampagem <strong>de</strong> peças mais complexas ou para estampagem profunda <strong>de</strong> copos com<br />

altura maior que o diâmetro é necessário realizar mais <strong>de</strong> um passe.<br />

Perguntas:<br />

8. Quais são os tipos <strong>de</strong> operação <strong>de</strong> estampagem?<br />

9. Or<strong>de</strong>ne os processos em função do esforço necessário na prensa: forjamento por<br />

prensagem, dobramento <strong>de</strong> chapas, corte <strong>de</strong> chapas.<br />

EXTRUSÃO<br />

<strong>1.</strong> Introdução<br />

10. Para que <strong>ser</strong>ve o disco <strong>de</strong> retenção na estampagem profunda?<br />

Bloco <strong>de</strong> metal (tarugo) é forçado a passar por orifício <strong>de</strong> uma matriz (utiliza-se prensas<br />

horizontais com capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 1500 a 5000 toneladas).<br />

Produção <strong>de</strong> perfis <strong>de</strong> seção transversal variada (sólidos ou tubulares). Exemplo: tubos,<br />

perfis para estruturas <strong>de</strong> janelas.<br />

Realizado tanto a quente como a frio (<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo do material e do grau <strong>de</strong> <strong>de</strong>formação).<br />

Metais normalmente processados: alumínio e cobre (alta ductibilida<strong>de</strong>). Também é possível<br />

processar ligas <strong>de</strong> aço (a quente).<br />

Reduções <strong>de</strong> área da seção transversal: normalmente 1:20 (máximo 1:100 com materiais<br />

bastante dúcteis).<br />

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2. Tipos <strong>de</strong> extrusão<br />

- direta: êmbolo empurra e movimenta material para interior da matriz<br />

- indireta: êmbolo empurra e movimenta matriz contra o material (menor esforço <strong>de</strong>vido à<br />

redução do atrito, mas <strong>de</strong> difícil implementação).<br />

Na extrusão direta utiliza-se um acessório <strong>de</strong>nominado falso pistão: peça cilíndrica <strong>de</strong> aço<br />

in<strong>ser</strong>ida entre êmbolo e tarugo para evitar <strong>de</strong>sgaste do êmbolo.<br />

3. Temperatura e velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> extrusão<br />

A temperatura é uma variável <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância no processo <strong>de</strong> extrusão.<br />

Quanto mais elevada diminui a resistência à <strong>de</strong>formação e aumenta a produtivida<strong>de</strong> porém<br />

aumenta a taxa <strong>de</strong> oxidadação do material e po<strong>de</strong> comprometer a qualida<strong>de</strong> do produto (acabamento<br />

superficial e resistência mecânica).<br />

Ao mesmo tempo, há aumento <strong>de</strong> temperatura causado pelo atrito do tarugo com a câmara<br />

<strong>de</strong> extrusão e pela <strong>de</strong>formação, que são <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes da velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> extrusão.<br />

Assim, <strong>de</strong>ve-se escolher temperaturas iniciais do tarugo e velocida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> extrusão que sejam<br />

compatíveis com a temperatura final do extrudado (temperatura emergente).<br />

4. Obtenção <strong>de</strong> tubos sem costura por extrusão<br />

2009A – Conformação – 19


ESTIRAMENTO (TREFILAÇÃO)<br />

Obtenção <strong>de</strong> fios (elétricos) e arames (construção) a partir do fio-máquina (produto semiacabado<br />

<strong>de</strong> aproximadamente 6,4 mm <strong>de</strong> diâmetro, obtido por laminação).<br />

Fio-máquina é forçado a passar por matriz (fieira) que reduz seu diâmetro. Diferentemente<br />

da extrusão, forças <strong>de</strong> tração são aplicadas no produto que está saindo da matriz.<br />

Aplica-se forças <strong>de</strong> até 100 toneladas e velocida<strong>de</strong>s variantes entre 9 e 1500 m/min.<br />

Estiramento seco: aplica-se lubrificante (graxa ou pó <strong>de</strong> sabão) sobre o fio.<br />

Estiramento úmido: fio é submerso em fluido lubrificante.<br />

Ocorre o encruamento do material, melhorando as proprieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> resistência e dureza. Mas<br />

a tenacida<strong>de</strong> é diminuída, então po<strong>de</strong> <strong>ser</strong> realizado um recozimento, se <strong>de</strong>sejado.<br />

Perguntas<br />

1<strong>1.</strong> Quais as diferenças entre as geometrias das peças extrudadas e estiradas?<br />

12. O que ocasiona o efeito <strong>de</strong> encruamento? Quais são as conseqüências em relação as<br />

proprieda<strong>de</strong>s mecânicas das peças? Esse efeito é <strong>de</strong>sejado para peças estiradas?<br />

2009A – Conformação – 20


13. É possível fazer tubos sem costura por extrusão?<br />

14. Qual é a redução obtida na extrusão <strong>de</strong> um tarugo <strong>de</strong> 200 mm <strong>de</strong> diâmetro a um tubo <strong>de</strong><br />

diâmetro externo <strong>de</strong> 120 mm e interno <strong>de</strong> 108 mm ?<br />

15. Para o caso do exercício anterior, admitindo que o tarugo <strong>de</strong> 2,4 m <strong>de</strong> comprimento<br />

tenha sido inteiramente extrudado, qual é aproximadamente o comprimento final do tubo?<br />

OUTROS PROCESSOS DE <strong>CONFORMAÇÃO</strong><br />

<strong>1.</strong> Cunhagem<br />

Prensagem a frio em matrizes <strong>de</strong> alta precisão. Aplicada a peças semi-prontas para obtenção<br />

<strong>de</strong> medalhas, moedas, talheres, etc.<br />

Materiais passíveis à cunhagem: aços <strong>de</strong> baixo carbono (até 0,30%), aços inoxidáveis, cobre,<br />

prata, outro, etc.<br />

2. Repuxamento<br />

Conformação <strong>de</strong> chapas em cilindros, cones, semi-esferas, sinos, em que a peça sofre<br />

movimento <strong>de</strong> rotação enquanto é conformada.<br />

2009A – Conformação – 21


3. Conformação com três cilindros<br />

Encurvamento a frio <strong>de</strong> barras, chapas e tubos pela passagem entre três cilindros<br />

4. Mandrilagem<br />

Outro método para obtenção <strong>de</strong> tubos sem costura. Utilizado também para modificar<br />

diâmetro <strong>de</strong> tubos sem costura. Note que existe limitação física no comprimento do tubo (limitado<br />

ao comprimento da haste do mandril).<br />

Perguntas:<br />

16. Por que o processo <strong>de</strong> cunhagem é sempre realizado a frio?<br />

17. Compare as características dos processos <strong>de</strong> estampagem profunda e <strong>de</strong> repuxamento<br />

aplicados na fabricação <strong>de</strong> uma panela.<br />

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS<br />

- Chiaverini, V. - Tecnologia Mecânica, Volume II, 2a ed., Makron Books, 1986<br />

- Kalpakjian, S., Manufacturing Engineering & Tecnology, 4 th ed, Addison Wesley, 2000<br />

- Groover, M. P., Fundamentals of Mo<strong>de</strong>r Manufacturing, Prentice Hall, 1996<br />

2009A – Conformação – 22

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