Caracterização de Microcápsulas Contendo Caseína e ... - Ital
Caracterização de Microcápsulas Contendo Caseína e ... - Ital
Caracterização de Microcápsulas Contendo Caseína e ... - Ital
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
AUTORES<br />
AUTHORS<br />
Renata MUKAI-CORREA<br />
Ana Silvia PRATA<br />
Izabela Dutra ALVIM<br />
Carlos GROSSO<br />
Departamento <strong>de</strong> Alimentos e Nutrição,<br />
Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Engenharia <strong>de</strong> Alimentos,<br />
Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Campinas,<br />
Rua Monteiro Lobato, 80 - Cida<strong>de</strong> Universitária<br />
13083-862 – Campinas, SP, Brasil<br />
Tel.: (19) 3788-4079 – Fax: (19) 3788-4060<br />
grosso@fea.unicamp.br<br />
PALAVRAS-CHAVE<br />
KEY WORDS<br />
Microencapsulação; Gelificação iônica; Dieta<br />
para larva <strong>de</strong> peixe.<br />
Microencapsulation; Ionic gelation; Fish<br />
larvae feed.<br />
RESUMO<br />
<strong>Caracterização</strong> <strong>de</strong> <strong>Microcápsulas</strong> <strong>Contendo</strong><br />
<strong>Caseína</strong> e Gordura Vegetal Hidrogenada<br />
Obtidas por Gelificação Iônica<br />
Characterisation of Microcapsules<br />
Containing Casein and Hydrogenated<br />
Vegetable Fat, Obtained by Ionic Gelation<br />
<strong>Microcápsulas</strong> contendo caseína e gordura vegetal hidrogenada foram produzidas<br />
por meio <strong>de</strong> gelificação iônica com íons cálcio, utilizando alginato, goma gelana e pectina<br />
como materiais <strong>de</strong> revestimento ou <strong>de</strong> pare<strong>de</strong>. Essas matrizes apresentam restrições quanto à<br />
retenção <strong>de</strong> compostos hidrofílicos <strong>de</strong> baixa massa molar, requerendo a inclusão adicional <strong>de</strong><br />
compostos hidrofóbicos para controlar a liberação do material hidrofílico. Em contrapartida,<br />
algumas características funcionais <strong>de</strong>ssas matrizes como alto conteúdo <strong>de</strong> água, baixa<br />
solubilida<strong>de</strong> aquosa e ter seu tamanho e forma física facilmente ajustados, po<strong>de</strong>m possibilitar<br />
o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> tais matrizes como dieta para alimentação <strong>de</strong> larvas <strong>de</strong> peixe.<br />
As porcentagens <strong>de</strong> encapsulação protéica obtidas foram altas, variando <strong>de</strong> 78,8% para<br />
as microcápsulas produzidas com goma gelana a 95,4% para as microcápsulas produzidas com<br />
alginato, apresentando-se insolúveis em água, com boa flutuabilida<strong>de</strong> quando suspensas em<br />
coluna <strong>de</strong> água, distribuição <strong>de</strong> tamanho unimodal e tamanho médio em torno <strong>de</strong> 150 µm. A<br />
morfologia das microcápsulas úmidas bem como a distribuição e localização da gordura e da<br />
proteína foram bem <strong>de</strong>finidas por meio das microscopias óptica e confocal (MVLC), mostrandose<br />
aproximadamente esféricas e multinucleadas quanto à distribuição das gotas <strong>de</strong> gordura. As<br />
microcápsulas liofilizadas foram observadas por microscopia eletrônica <strong>de</strong> varredura (MEV) e<br />
mantiveram parcialmente sua estrutura. A digestibilida<strong>de</strong> protéica aparente, medida por meio<br />
da queda do pH do sistema, mostrou que a proteína encapsulada foi acessível ao sistema<br />
enzimático utilizado, sugerindo sua avaliação em sistemas in vivo. No entanto, a otimização<br />
do conteúdo <strong>de</strong> recheio em bases nutricionais mais a<strong>de</strong>quadas é requerimento fundamental<br />
para que esse tipo <strong>de</strong> microcápsula possa ser empregado como dieta na alimentação <strong>de</strong><br />
larvas <strong>de</strong> peixe.<br />
SUMMARY<br />
Microcapsules containing casein and hydrogenated vegetable fat were produced by<br />
ionic gelation using alginate, gellan gum and low methoxylated pectin as wall materials. To<br />
control the release of the low molecular mass hydrophilic compounds used as core materials<br />
in these matrices, the addition of hydrophobic compounds such as lipids was also required.<br />
On the other hand, these microcapsules presented some functional properties such as a very<br />
high water content and very low water solubility, and they could be produced in different sizes<br />
and shapes. These characteristics could make their use possible in fish larvae feeding.<br />
Protein encapsulation yields were high, varying from 78.8 to 95.4% for gellan gum<br />
and alginate microcapsules, respectively. The microcapsules were water insoluble, showing<br />
good buoyancy in a column of water. The size of the microcapsules was about 150 µm and the<br />
size distribution was unimodal. The morphology of the moist microcapsules and the location<br />
and distribution of the protein and fat were clearly observed using optical and laser confocal<br />
microscopy (LCM), the fat droplets being approximately spherical and multinucleated. The<br />
freeze dried microcapsules were observed by scanning electronic microscopy (SEM), showing<br />
a partially maintained structure. The apparent digestibility, evaluated from the pH drop of the<br />
system, showed that the encapsulated protein was accessible to the enzyme system used,<br />
suggesting its evaluation using in vivo assays. However, the optimisation of the nutritional<br />
balance of the core material is an essential requirement for the use of this type of microcapsule<br />
in fish larvae feeding.<br />
Braz. J. Food Technol., v.8, n.1, p. 73-80, jan./mar., 2005 73 Recebido / Received: 30/07/2004. Aprovado / Approved: 14/02/2005.
1. INTRODUÇÃO<br />
Dietas microencapsuladas estão sendo largamente<br />
utilizadas no cultivo <strong>de</strong> algumas espécies <strong>de</strong> peixes, porém<br />
a completa substituição do alimento vivo tem se mostrado<br />
limitada em conseqüência da baixa assimilação e digestão<br />
<strong>de</strong>ssas dietas (KOLKOVSKI & TANDLER, 1995; YÚFERA et al.,<br />
1999; KOLKOVSKI, 2001).<br />
Os maiores problemas apresentados por dietas<br />
microparticuladas para alimentação <strong>de</strong> larvas <strong>de</strong> peixe incluem<br />
a aceitabilida<strong>de</strong>, a digestibilida<strong>de</strong>, o tamanho, a flutuabilida<strong>de</strong>,<br />
a lixiviação <strong>de</strong> nutrientes e a equivalência nutricional, com<br />
relação à composição do alimento vivo (TESHIMA et al., 2000;<br />
ÖNAL & LANGDON, 2000; CAHU & ZAMBONINO-INFANTE,<br />
2001; LANGDON, 2003; WALFORD & LAM, 1992; HAMRE et<br />
al., 2001).<br />
O processo <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> microcápsulas por gelificação<br />
iônica é simples e <strong>de</strong> baixo custo, ocorrendo quando uma solução<br />
polimérica contendo os nutrientes é gotejada sobre uma solução<br />
iônica em concentrações a<strong>de</strong>quadas, po<strong>de</strong>ndo-se obter razoáveis<br />
níveis <strong>de</strong> recheio e cápsulas <strong>de</strong> diferentes formas e tamanhos<br />
(WILLAERT & BARON, 1996). Dietas microencapsuladas<br />
produzidas com agar, carragena ou alginato, por meio <strong>de</strong><br />
gelificação iônica utilizando íons cálcio como agente <strong>de</strong><br />
reticulação, apresentaram-se estáveis em água, sendo quebradas<br />
e digeridas por algumas espécies <strong>de</strong> peixes <strong>de</strong> água doce<br />
(LOPEZ-ALVARADO et al., 1994; GUTHRIE et al., 2000). Larvas<br />
<strong>de</strong> Pennaeus japonicus alimentadas com microcápsulas à base<br />
<strong>de</strong> carragena, contendo caseína como principal fonte protéica,<br />
apresentaram resultados <strong>de</strong> crescimento e sobrevivência similares<br />
aos <strong>de</strong> larvas alimentadas com artemias e rotíferos (KOSHIO et<br />
al., 1989, apud KOVALENKO et al., 2002).<br />
Experimentos in vitro têm-se mostrado a<strong>de</strong>quados<br />
para avaliações preliminares <strong>de</strong> proteínas usadas em dietas<br />
microencapsuladas para larvas <strong>de</strong> peixe (ALARCON et al.,<br />
1999; GARCIA-ORTEGA et al., 2000), apresentando boa<br />
correlação com valores da digestibilida<strong>de</strong> in vivo (LAZO et<br />
al., 1998; BRUNSON et al., 1997). Entre os métodos in vitro<br />
para estimar a digestibilida<strong>de</strong> protéica, o método <strong>de</strong> queda<br />
<strong>de</strong> pH vem sendo bastante utilizado (ALARCON et al., 1999;<br />
YÚFERA et al., 2000; SHIPTON & BRITZ, 2002). Esse método<br />
tem como vantagem a facilida<strong>de</strong> e rapi<strong>de</strong>z da estimativa da<br />
taxa <strong>de</strong> hidrólise da proteína, entretanto a queda <strong>de</strong> pH durante<br />
o período <strong>de</strong> digestão po<strong>de</strong> interferir na ativida<strong>de</strong> da enzima<br />
(EZQUERRA et al., 1998).<br />
No presente estudo foram produzidas microcápsulas<br />
contendo caseína e gordura vegetal hidrogenada por gelificação<br />
iônica com íons cálcio, usando alginato, pectina <strong>de</strong> baixo teor<br />
<strong>de</strong> esterificação e goma gelana, como materiais <strong>de</strong> pare<strong>de</strong>. As<br />
microcápsulas foram avaliadas quanto à solubilida<strong>de</strong> em água,<br />
flutuabilida<strong>de</strong>, distribuição do tamanho <strong>de</strong> partículas, morfologia<br />
e digestibilida<strong>de</strong> relativa in vitro para verificar a acessibilida<strong>de</strong><br />
da proteína encapsulada por enzimas proteolíticas. A secagem<br />
das microcápsulas foi testada por liofilização como alternativa<br />
para extensão <strong>de</strong> sua vida útil.<br />
Braz. J. Food Technol., v.8, n.1, p. 73-80, jan./mar., 2005 74<br />
MUKAI-CORREA, R. et al. <strong>Caracterização</strong> <strong>de</strong> <strong>Microcápsulas</strong><br />
<strong>Contendo</strong> <strong>Caseína</strong> e Gordura Vegetal<br />
Hidrogenada Obtidas por Gelificação<br />
Iônica<br />
2. MATERIAL E MÉTODOS<br />
2.1 Materiais<br />
Alginato <strong>de</strong> sódio, Manugel-DMB (alto peso molecular,<br />
alto conteúdo <strong>de</strong> ácido gulurônico, lote 500771) e goma gelana<br />
(alto peso molecular lote 9L0020A) fornecidos pela Nutrasweet<br />
Kelco/Monsanto (São Paulo); pectina cítrica <strong>de</strong> baixo teor <strong>de</strong><br />
esterificação (BTM, tipo 8002/R, grau <strong>de</strong> metoxilação <strong>de</strong> 26-<br />
30%, grau <strong>de</strong> amidação <strong>de</strong> 15-21%, lote 11655), doada pela<br />
Ind. Braspectina S.A. (Limeira, SP); gordura vegetal hidrogenada<br />
comercial, produzida a partir <strong>de</strong> óleo <strong>de</strong> soja, comprada no<br />
comércio local; caseína comercial (# 60, Nar<strong>de</strong>n, Ucrânia, 82,4%<br />
<strong>de</strong> proteína), fornecida pela M. Cassab Ind. Ltda. (São Paulo);<br />
hidróxido <strong>de</strong> sódio e ácido clorídrico fornecido pela Vetec (São<br />
Paulo); cloreto <strong>de</strong> cálcio dihidratado (CaCl 2.2H 2O, lote 64271)<br />
fornecido pela Merck (São Paulo); isotiocianato <strong>de</strong> fluoresceína<br />
(FITC, lote 90K5316) , Nile Red (lote 47H3445), tripsina porcina<br />
(lote T7409), base Trizma para preparo-tampão tris-HCl (lote<br />
T1503) provenientes da Sigma Chemical Co. (St. Louis, MO,<br />
USA); e isolado protéico <strong>de</strong> soja fornecido pela Solae Company<br />
(94,7% <strong>de</strong> proteína, Esteio, RS).<br />
2.2 Métodos<br />
2.2.1. Produção <strong>de</strong> microcápsulas contendo proteína<br />
e gordura vegetal hidrogenada<br />
<strong>Microcápsulas</strong> foram preparadas conforme <strong>de</strong>scrito por<br />
MUKAI-CORREA et al. (2004). As soluções poliméricas aquosas<br />
foram preparadas à concentração <strong>de</strong> 1% (p/p), ao passo que o<br />
material <strong>de</strong> recheio consistiu em uma mistura <strong>de</strong> 60% <strong>de</strong> gordura<br />
vegetal hidrogenada (fundida a 70 °C) e 40% <strong>de</strong> uma solução<br />
aquosa <strong>de</strong> caseína (pH 9, 11,5% p/p). A solução polimérica e<br />
o material <strong>de</strong> recheio na proporção <strong>de</strong> 9:1 foram mantidos a<br />
65 °C e homogeneizados em Ultra Turrax T50 (IKA, Works do<br />
Brasil, RJ) a 10.000 rpm, durante 1 minuto. Essa solução foi<br />
pulverizada em uma solução <strong>de</strong> CaCl 2 (1% p/p), mantida a 23 °C<br />
com agitação lenta constante, com o auxílio <strong>de</strong> um pulverizador<br />
capilar <strong>de</strong> vidro com pressão <strong>de</strong> ar <strong>de</strong> 0,90 kgf/cm 2 e altura entre<br />
o pulverizador e o banho <strong>de</strong> 18 cm. As microcápsulas foram<br />
mantidas no banho iônico por 30 minutos, e então separadas<br />
em peneira (0,125 mm) e lavadas com 700 mL <strong>de</strong> água. Todas<br />
as preparações foram feitas em triplicata. O pH das soluções<br />
poliméricas foi medido imediatamente antes da formação das<br />
microcápsulas.<br />
2.2.2. Secagem das microcápsulas<br />
As microcápsulas foram inicialmente congeladas<br />
(–18 °C), e transferidas à câmara <strong>de</strong> secagem do liofilizador<br />
(Edwards Pirani 501), on<strong>de</strong> a temperatura foi abaixada a –40 °C,<br />
sob uma pressão <strong>de</strong> 0,1 mmHg para liofilização. O material<br />
seco foi passado por peneira, e frações entre 0,60 e 0,125 mm<br />
foram misturadas e mantidas em <strong>de</strong>ssecador com sílica gel à<br />
temperatura ambiente para uso posterior.
2.2.3. Composição das microcápsulas<br />
As microcápsulas foram caracterizadas quanto ao<br />
conteúdo <strong>de</strong> nitrogênio total pelo método <strong>de</strong> Kjeldahl (AOAC,<br />
1998), quanto à umida<strong>de</strong> (AOAC, 1998) e quanto à eficiência <strong>de</strong><br />
encapsulação, a qual foi calculada por meio da <strong>de</strong>terminação da<br />
proteína (N% x 6,25) que permaneceu nas microcápsulas, após o<br />
processo <strong>de</strong> cura, comparada com a quantida<strong>de</strong> inicial presente<br />
na solução formadora das microcápsulas, sendo expressa em<br />
porcentagem (%).<br />
2.2.4. Solubilida<strong>de</strong><br />
A solubilida<strong>de</strong> das microcápsulas em água foi avaliada<br />
utilizando método similar ao <strong>de</strong>scrito por PEDROZA-ISLAS<br />
et al. (2000). Foram pesados 3 g <strong>de</strong> microcápsulas <strong>de</strong> cada<br />
tratamento, transferindo-as para tubos contendo água <strong>de</strong>stilada<br />
(25±1 °C). Um tubo <strong>de</strong> cada tratamento foi retirado do banho<br />
aos 15, 30, 60, 120, 180 e 240 minutos, sendo o material filtrado<br />
a vácuo em papel Whatman nº 40. O papel então foi seco em<br />
estufa com circulação forçada <strong>de</strong> ar (60 °C) até peso constante.<br />
A porcentagem <strong>de</strong> solubilida<strong>de</strong> foi obtida pela diferença entre os<br />
pesos secos finais e iniciais. Para essa avaliação as microcápsulas<br />
utilizadas foram produzidas sem a adição da proteína e da<br />
gordura vegetal hidrogenada.<br />
2.2.5. Flutuabilida<strong>de</strong><br />
A flutuabilida<strong>de</strong> foi medida em uma cubeta <strong>de</strong> quartzo<br />
(4,0 x 2,0 x 23,0 cm), contendo água <strong>de</strong>stilada (24±1 °C). Foram<br />
pesados aproximadamente 2 g <strong>de</strong> microcápsulas úmidas, e<br />
estas colocadas na superfície da coluna <strong>de</strong> água da cubeta.<br />
Um registro <strong>de</strong> imagens foi realizado ao longo do tempo, com<br />
câmera Pentax K-1000 (lente macro100 mm), em intervalos<br />
pre<strong>de</strong>terminados: t = 0 (imediatamente após as microcápsulas<br />
serem colocadas na superfície da coluna <strong>de</strong> água), 0,75, 1, 5, 10,<br />
30 e 60 minutos. O experimento foi conduzido em triplicata.<br />
2.2.6. Morfologia<br />
A morfologia geral das microcápsulas quando úmidas<br />
foi feita em microscópio óptico Nikon (Eclipse E800 – Japan)<br />
utilizando objetivas <strong>de</strong> 10x e 20x. As imagens foram registradas<br />
e salvas utilizando o software Image Pro Plus 4.0 (Media<br />
Cibernetics, USA).<br />
Microscopia eletrônica <strong>de</strong> varredura (MEV) (Jeol mod.<br />
JMS – T300, Japan) foi usada a 5 e 10kV para observar as<br />
microcápsulas liofilizadas. As partículas foram fixadas em “stubs”<br />
<strong>de</strong> alumínio sobre fitas <strong>de</strong> cobre a<strong>de</strong>sivas, com dupla face, e<br />
posteriormente recobertas com uma fina camada <strong>de</strong> ouro em<br />
evaporador Balzer (Baltec SCD50, Liechtenstein, Alemanha), a<br />
40 mA/150 segundos.<br />
A morfologia no interior das microcápsulas úmidas foi<br />
também observada em microscópio <strong>de</strong> varredura laser confocal<br />
Olympus LSM (Olympus, Tóquio, Japão). O laser foi ajustado<br />
para o modo <strong>de</strong> fluorescência ver<strong>de</strong>/vermelho, que produziu<br />
dois comprimentos <strong>de</strong> onda <strong>de</strong> excitação (488 e 514 nm).<br />
Imagens fluorescentes ver<strong>de</strong> e vermelha foram obtidas a partir<br />
<strong>de</strong> dois canais separados e posteriormente foram superpostas.<br />
Braz. J. Food Technol., v.8, n.1, p. 73-80, jan./mar., 2005 75<br />
MUKAI-CORREA, R. et al. <strong>Caracterização</strong> <strong>de</strong> <strong>Microcápsulas</strong><br />
<strong>Contendo</strong> <strong>Caseína</strong> e Gordura Vegetal<br />
Hidrogenada Obtidas por Gelificação<br />
Iônica<br />
Foram também coletadas imagens utilizando o modo Differential<br />
Interfacial Contrast (DIC). Para todas as observações, a altura <strong>de</strong><br />
captação das imagens foi ajustada para a meta<strong>de</strong> da altura das<br />
cápsulas. As imagens foram analisadas utilizando o software<br />
Fluoview versão 3.2.5 (Olympus, Tóquio, Japão). Para esta<br />
técnica a solução protéica foi colorida com FITC, <strong>de</strong> acordo<br />
com metodologia <strong>de</strong>scrita por LAMPRECHT et al. (2000), com<br />
modificação da concentração (50 µL/2,5 g <strong>de</strong> proteína). Após<br />
a adição do corante à solução protéica, a solução resultante<br />
foi agitada lentamente por 1 hora a 40 °C, antes do uso. Em<br />
paralelo, a gordura vegetal hidrogenada foi corada com Nile<br />
Red (1 mg/30 g <strong>de</strong> substância hidrofóbica), também <strong>de</strong> acordo<br />
com metodologia proposta por LAMPRECHT et al. (2000). Após<br />
o tempo necessário para corar a proteína, o procedimento<br />
<strong>de</strong> fabricação das microcápsulas foi o mesmo <strong>de</strong>scrito<br />
anteriormente. Após a cura e a lavagem das microcápsulas<br />
foi feita a observação confocal <strong>de</strong>stas, suspensas em água,<br />
utilizando lâmina e lamínula.<br />
2.2.7. Tamanho médio e distribuição <strong>de</strong> tamanho das<br />
partículas úmidas<br />
O tamanho médio e a distribuição <strong>de</strong> tamanho das<br />
microcápsulas úmidas foram <strong>de</strong>terminados em Laser Light<br />
Scattering Analyzer LA-900 (Horiba Instruments, Inc., Japan).<br />
A quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> amostra foi ajustada a um nível a<strong>de</strong>quado <strong>de</strong><br />
refração para se obter leitura no aparelho.<br />
2.2.8. Digestibilida<strong>de</strong> relativa in vitro<br />
Os ensaios <strong>de</strong> digestibilida<strong>de</strong> foram conduzidos para<br />
as amostras úmidas, utilizando o método <strong>de</strong> queda <strong>de</strong> pH, <strong>de</strong><br />
acordo com LAZO et al. (1998). <strong>Microcápsulas</strong> úmidas foram<br />
dispersas a uma concentração <strong>de</strong> proteína <strong>de</strong> 312,5 mg/100 mL<br />
<strong>de</strong> água <strong>de</strong>stilada. O pH da solução foi corrigido para 8,0, com<br />
a adição <strong>de</strong> NaOH ou HCl (0,1N). A suspensão foi mantida sob<br />
agitação em béquer encamisado, mantendo-se a temperatura<br />
da solução em 37±1 °C. A seguir foram adicionados 5 mL<br />
<strong>de</strong> solução <strong>de</strong> tripsina (tampão Tris-HCl 50 mM CaCl 2, pH<br />
8,0 e 1,5 mg/mL) e o monitoramento do pH feito durante<br />
10 minutos. O valor do pH, após esse tempo <strong>de</strong> reação, foi<br />
medido e comparado com o valor obtido para caseína livre em<br />
solução (3,12 mg <strong>de</strong> proteína/mL, pH 8,0). Os ensaios foram<br />
feitos em triplicata. O valor da digestibilida<strong>de</strong> foi calculado<br />
<strong>de</strong> acordo com a Equação 1. Embora tenham sido mantidas<br />
as mesmas relações enzima/substrato, para todos o ensaios<br />
efetuados, o método sofreu uma adaptação quanto ao volume<br />
<strong>de</strong> água utilizado, em razão da dificulda<strong>de</strong> para suspen<strong>de</strong>r as<br />
microcápsulas rapidamente. <strong>Caseína</strong> e isolado protéico <strong>de</strong> soja<br />
(3,12 mg/mL, pH 8,0) foram também avaliados e os resultados<br />
obtidos foram comparados com os valores observados por<br />
LAZO et al. (1998).<br />
% D<br />
on<strong>de</strong>:<br />
∆pHamostra<br />
= . 100<br />
Equação 1<br />
∆pH<br />
caseína<br />
∆pH amostra = variação <strong>de</strong> pH da amostra<br />
∆pH caseína = variação <strong>de</strong> pH da caseína
2.2.9. Análise estatística<br />
O programa Statistica® 5.5 (Statsoft, Tulsa, OK, USA)<br />
foi utilizado para a análise <strong>de</strong> variância (ANOVA) e o teste <strong>de</strong><br />
Tukey foi utilizado para <strong>de</strong>terminar diferenças significativas entre<br />
os valores obtidos para a medida <strong>de</strong> digestibilida<strong>de</strong> entre as<br />
diferentes microcápsulas (p
3.4. Morfologia das microcápsulas<br />
As microcápsulas apresentaram forma aproximadamente<br />
esférica, multinucleadas, com distribuição das gotas <strong>de</strong> gordura<br />
por todo o seu volume. Variações <strong>de</strong> tamanho entre as gotas<br />
foram também observadas. A morfologia das microcápsulas,<br />
incluindo o tamanho e a distribuição das gotas <strong>de</strong> gordura, foi<br />
facilmente observável por meio <strong>de</strong> microscopia óptica, como<br />
apresentado na Figura 2a, por intermédio <strong>de</strong> uma microcápsula<br />
<strong>de</strong> goma gelana, caseína e gordura. Entre os sistemas estudados,<br />
as microcápsulas produzidas com goma gelana mostraram-se<br />
ligeiramente mais transparentes que as obtidas com pectina<br />
ou alginato. Ainda na Figura 2(b), po<strong>de</strong> ser observada uma<br />
microcápsula contendo alginato, caseína e gordura, por meio<br />
<strong>de</strong> microscopia confocal no modo DIC obtida na meta<strong>de</strong> da<br />
altura da microcápsula. Nesse modo <strong>de</strong> captação, o recurso<br />
<strong>de</strong> fluorescência não é utilizado, sendo possível observar a<br />
distribuição e o tamanho das gotas <strong>de</strong> gordura ao longo<br />
da área ocupada pela microcápsula. Embora apresentando<br />
resultados semelhantes aos observados na microscopia óptica,<br />
a microscopia confocal é mais cara comparativamente.<br />
<strong>Microcápsulas</strong> obtidas por gelificação iônica contendo<br />
gordura vegetal hidrogenada, apesar <strong>de</strong> apresentarem boas<br />
proprieda<strong>de</strong>s funcionais como a liberação controlada da<br />
proteína, contêm um alto teor <strong>de</strong> umida<strong>de</strong> e, portanto, po<strong>de</strong>m<br />
apresentar uma vida útil curta. A secagem das microcápsulas<br />
po<strong>de</strong> aumentar sua durabilida<strong>de</strong>, estocagem e facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
manuseio, no entanto a manutenção da estrutura, em razão do<br />
alto conteúdo <strong>de</strong> água, é um problema ainda a ser resolvido. As<br />
microcápsulas liofilizadas usadas neste trabalho apresentaram<br />
consi<strong>de</strong>rável reidratação após o contato com água, o que<br />
po<strong>de</strong> facilitar a ingestão simulando o alimento vivo. Altas taxas<br />
<strong>de</strong> reidratação foram observadas para microcápsulas secas<br />
<strong>de</strong> alginato e alginato-quitosana, que readquiriram 75% do<br />
diâmetro original, após 30 minutos <strong>de</strong> imersão (POLK et al.,<br />
1994) .<br />
Braz. J. Food Technol., v.8, n.1, p. 73-80, jan./mar., 2005 77<br />
MUKAI-CORREA, R. et al. <strong>Caracterização</strong> <strong>de</strong> <strong>Microcápsulas</strong><br />
<strong>Contendo</strong> <strong>Caseína</strong> e Gordura Vegetal<br />
Hidrogenada Obtidas por Gelificação<br />
Iônica<br />
FIGURA 1. Flutuabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> microcápsulas <strong>de</strong> pectina, caseína e gordura vegetal hidrogenada em cubeta <strong>de</strong> quartzo com dimensões<br />
<strong>de</strong> 4 x 2 x 23,0 cm.<br />
FIGURA 2. a) Microcápsula <strong>de</strong> goma gelana contendo caseína e<br />
gordura observada por microscopia óptica (barra = 50 µm) e b)<br />
microcápsula <strong>de</strong> alginato contendo caseína e gordura observada<br />
por microscopia confocal no modo DIC (barra = 100 µm).
A morfologia das microcápsulas secas por liofilização,<br />
observada por microscopia eletrônica <strong>de</strong> varredura (Figura<br />
3a), aparentemente indicou um alto grau <strong>de</strong> aglomeração,<br />
o que po<strong>de</strong> promover a perda da forma das partículas,<br />
FIGURA 3. Micrografias obtidas por MEV para microcápsulas<br />
<strong>de</strong> alginato contendo proteína e gordura vegetal hidrogenada<br />
secas por liofilização: a) Vista geral (100x); b) <strong>Microcápsulas</strong><br />
(800x); c) Detalhe da pare<strong>de</strong> (2.000x).<br />
Braz. J. Food Technol., v.8, n.1, p. 73-80, jan./mar., 2005 78<br />
MUKAI-CORREA, R. et al. <strong>Caracterização</strong> <strong>de</strong> <strong>Microcápsulas</strong><br />
<strong>Contendo</strong> <strong>Caseína</strong> e Gordura Vegetal<br />
Hidrogenada Obtidas por Gelificação<br />
Iônica<br />
in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente do material <strong>de</strong> pare<strong>de</strong> utilizado. Entretanto,<br />
quando um aumento maior <strong>de</strong> observação foi utilizado (Figura<br />
3b), po<strong>de</strong> ser observado que algumas microcápsulas mantiveram<br />
um contorno próximo do esférico, com esferas internas bem<br />
<strong>de</strong>finidas, correspon<strong>de</strong>ndo às gotas <strong>de</strong> gordura incrustadas<br />
no material <strong>de</strong> pare<strong>de</strong>. A integrida<strong>de</strong> da microcápsula parece<br />
ter se mantido pela presença da gordura vegetal hidrogenada<br />
na matriz, produzindo microcápsulas com proprieda<strong>de</strong>s<br />
interessantes para a liberação controlada da proteína, conforme<br />
observado anteriormente por MUKAI-CORREA et al. (2004).<br />
A microscopia confocal das microcápsulas úmidas<br />
contendo proteína e gordura complementa as observações<br />
morfológicas efetuadas neste trabalho. A técnica permite<br />
observar o interior das amostras, sem danificar a matriz<br />
gelificada. Na Figura 4a, a proteína foi corada com FITC, ao<br />
passo que, na Figura 4b, a gordura vegetal hidrogenada foi<br />
corada com Nile Red. Na Figura 4c, as imagens anteriores são<br />
superpostas pelo software do aparelho, permitindo observar<br />
toda a superfície da microcápsula, sendo possível observar a<br />
localização, forma física e distribuição <strong>de</strong> tamanho das gotas<br />
<strong>de</strong> gordura ligadas ao Nile Red, apresentando cor vermelha, ao<br />
longo da superfície interna utilizada para a captação da imagem.<br />
A proteína ligada ao corante FITC, apresentando cor ver<strong>de</strong> na<br />
micrografia, distribuiu-se uniformemente por toda a superfície<br />
<strong>de</strong> captação, observando-se também que a microcápsula é<br />
aproximadamente esférica.<br />
3.5. Tamanho das partículas<br />
A distribuição do tamanho das partículas, como<br />
ilustrado na Figura 5, para as microcápsulas produzidas com<br />
goma gelana, mostrou-se unimodal como também observado<br />
para microcápsulas produzidas com outros materiais <strong>de</strong><br />
pare<strong>de</strong> contendo proteína e gordura vegetal hidrogenada. O<br />
tamanho médio das microcápsulas ficou em torno <strong>de</strong> 150 µm.<br />
O ajuste para outros tamanhos <strong>de</strong> microcápsula é relativamente<br />
simples e po<strong>de</strong> ser obtido por meio do ajuste do diâmetro do<br />
capilar do sistema <strong>de</strong> aspersão. Entretanto, a polidispersida<strong>de</strong><br />
apresentada em muitos casos por polissacarí<strong>de</strong>os, po<strong>de</strong> conferir<br />
alguma aglomeração entre as microcápsulas, o que por sua vez<br />
po<strong>de</strong> representar alguma dificulda<strong>de</strong> na correta <strong>de</strong>terminação<br />
do tamanho das microcápsulas, por meio da técnica do laser<br />
scattering.<br />
3.6. Digestibilida<strong>de</strong> relativa in vitro<br />
A digestibilida<strong>de</strong> in vitro foi avaliada por intermédio do<br />
acompanhamento da queda do pH. O resultado é expresso com<br />
relação à digestibilida<strong>de</strong> medida para a caseína, consi<strong>de</strong>rada<br />
referência em virtu<strong>de</strong> da sua alta digestibilida<strong>de</strong> in vivo, ao<br />
redor <strong>de</strong> 99%, conforme <strong>de</strong>terminado para camarões Penaeus<br />
vannamei (AKIYAMA et al., 1989, apud LAZO et al., 1998), e <strong>de</strong><br />
100% e 96% para salmão do Atlântico e truta, respectivamente<br />
(GLENCROSS et al., 2004).<br />
A Tabela 1 apresenta os valores <strong>de</strong> digestibilida<strong>de</strong><br />
relativa in vitro das microcápsulas contendo caseína e gordura<br />
vegetal hidrogenada obtidas com os materiais poliméricos<br />
estudados. <strong>Microcápsulas</strong> produzidas com alginato ou com<br />
pectina BTM não apresentaram diferença significativa entre si
(p
AOAC – Association of Official Analytical Chemistry. Official methods<br />
of analysis, 16 th ed. v. 1-2. Arlington, 1998.<br />
BASKERVILLE-BRIDGES, B.; KLING, L.J. Development and evaluation<br />
of microparticulate diets for early weaning of Atlantic cod Gadus<br />
morhua larvae. Aquaculture Nutrition, v. 6, n. 3, p.171-182,<br />
2000.<br />
BRUNSON, J.; ROMAIRE, R.; REIGH, R. Apparent digestibility of selected<br />
ingredients in diets for white shrimp Penaeus setiferus L. Aquaculture<br />
Nutrition, v. 1, n. 3, p. 9-16, 1997.<br />
CAHU, C.; ZAMBONINO-INFANTE, J. Substitution of live food by<br />
formulated diets in marine fish larvae. Aquaculture, v. 200,n. 1-2,<br />
p.161-180, 2001.<br />
EL FATTAH, A.; GRANT, D.J.W.; GABR, K.E.; MESHALI, M.M. Physical<br />
characteristics and release behaviour of salbutamol sulfate beads<br />
prepared with different ionic polysacchari<strong>de</strong>s. Drug Development<br />
and Industrial Pharmacy, v. 24, n. 6, p. 541-547, 1998.<br />
EZQUERRA, J.M.; GARCIA-CARRENO, F.L.; CARRILLO, O. In vitro<br />
digestibility of dietary protein sources for white shrimp Penaeus<br />
vannamei. Aquaculture, v. 163, n. 1-2, p. 123-136, 1998.<br />
GARCIA-ORTEGA, A.; KOUSSOULAKI, A.; BOER, H.; VERRETH, J. In vitro<br />
protein digestibility of Artemia <strong>de</strong>scapsulated cysts and nauplii, and<br />
of microbound diets for larval fish. Aquaculture Research, v. 31,<br />
n. 5, p. 475-477, 2000.<br />
GLENCROSS, B.; EVANS, D.; HAWKINS, W.; JONES, B. Evaluation of<br />
dietary inclusion of yellow lupin (Lupinus luteus) kernel meal on<br />
the growth, feed utilisation and tissue histology of rainbow trout<br />
(Oncorhynchus mykiss). Aquaculture, v. 235, n. 1-4, p. 411-422,<br />
2004.<br />
GUTHRIE, K.M.; RUST, M.B.; L ANGDON, C.J.; BARROWS, F.T.<br />
Acceptability of various microparticulate diets to first-feeding walleye<br />
Stizostedion vitreum larvae. Aquaculture Nutrition, v. 6, n. 3, p.<br />
153-158, 2000.<br />
HAMRE, K.; NAESS, T.; ESPE, M.; HOLM, J.C.; LIE, O. A formulated diet for<br />
Atlantic halibut (Hippoglossus hippoglossus, L.) larvae. Aquaculture<br />
Nutrition, v. 7, n. 2, p. 123-132, 2001.<br />
KOLKOVSKI, S. Digestive enzymes in fish larvae and juveniles<br />
– implications and applications to formulated diets. Aquaculture,<br />
v. 200, n. 1-2, p. 181-201, 2001.<br />
KOLKOVSKI, S.; TANDLER, A. Why microdiets are still ina<strong>de</strong>quate as a<br />
viable alternative to live zooplankters for <strong>de</strong>veloping marine fish<br />
larvae. In: LAVENS, P.; JASPERS, E.; ROELANTS, I. (Eds.). LAVI 95<br />
– Fish and Shellfish Symp. Europ. Aquaculture Society Special<br />
Publication, Gent, Belgium, v. 24, p. 265-267, 1995.<br />
KOVALENKO, E.E.; D’ABRAMO, L.R.; OHS, C.L.; BUDDINGTON, R.K.<br />
A successful microbound diet for the larval culture of freshwater<br />
prawn Macrobrachium rosenbergii. Aquaculture, v. 210, n. 1-4,<br />
p. 385-395, 2002.<br />
LAMPRECHT, A.; SCHÄFER, U.F.; LEHR, C.M. Characterization of<br />
microcapsules by confocal laser scanning microscopy: structure,<br />
capsule wall composition and encapsulation rate. European<br />
Journal of Pharmaceutical and Biopharmaceuticals, v. 49, n. 1,<br />
p. 1-9, 2000.<br />
Braz. J. Food Technol., v.8, n.1, p. 73-80, jan./mar., 2005 80<br />
MUKAI-CORREA, R. et al. <strong>Caracterização</strong> <strong>de</strong> <strong>Microcápsulas</strong><br />
<strong>Contendo</strong> <strong>Caseína</strong> e Gordura Vegetal<br />
Hidrogenada Obtidas por Gelificação<br />
Iônica<br />
LANGDON, C. Microparticle types for <strong>de</strong>livering nutrients to marine fish<br />
larvae. Aquaculture, v. 227, n. 1-4, p. 259-275, 2003.<br />
LAZO, J.; ROMAIRE, R.; REIGH, R. Evaluation of the in vitro enzyme<br />
assays for estimating protein digestibility in the pacific white shrimp<br />
Penaeus vannamei. Journal of the World Aquaculture Society, v.<br />
29, p. 441-450, 1998.<br />
LIU, L.S.; LIU, S.Q.; NG, S.Y.; FROIX, M.; OHNO, T.; SÉLLER, J. Controlled<br />
release of interleukin-2 for tumour immunotherapy using alginate/<br />
chitosan porous microspheres. Journal of Controlled Release, v.<br />
43, n. 1, p. 65-74, 1997.<br />
LOPEZ-ALVARADO, J.; LANGDON, C.J.; TESHIMA, S.; KANAZAWA,<br />
A. Effects of coating and encapsulation of crystalline amino acids<br />
on leaching in larval feeds. Aquaculture, v. 122, n. 4, p.335-346,<br />
1994.<br />
MUKAI-CORREA, R.; PRATA, A.S.; ALVIM, I.D.; GROSSO, C.R.F. Controlled<br />
release of protein from hydrocolloid gel microbeads before and after<br />
drying. Current Drug Delivery, v. 1, n. 3, p. 265-273, 2004.<br />
ÖNAL, U.; LANGDON, C. Characterization of two microparticle types<br />
for <strong>de</strong>livery of food to altricial fish larvae. Aquaculture Nutrition,<br />
v. 6, n. 3, p. 159-170, 2000.<br />
PEDROZA-ISLAS, R.; ALVAREZ-RAMÍREZ, J.; VERNON-CARTER, E.J.<br />
Using biopolymer blends for shrimp feed-stuff microencapsulation.<br />
II. Dissolution and floatability kinetics as selection criteria. Food<br />
Research International, v. 33, n. 2, p. 119-124, 2000.<br />
POLK, A.; AMSDEN, B.; DEYAO, K.; PENG, T.; GOOSEN, M.F.A. Controlledrelease<br />
of albumin from chitosan-alginate microcapsules. Journal of<br />
Pharmaceutical Sciences, v. 83, n. 2, p. 178-185,1994.<br />
SHIPTON, T. A.; BRITZ, P. J. Evaluation of an in vitro digestibility<br />
technique for the prediction of protein digestibility in the South<br />
African abalone, Haliotis midae L. Aquaculture Nutrition, v. 8, n.<br />
1, p. 15-21, 2002.<br />
TESHIMA, S.; ISHIKAWA, M.; KOSHIO, S. Nutritional assessment and feed<br />
intake of microparticulate diets in crustaceans and fish. Aquaculture<br />
Research, v. 31, n. 8-9, p. 691-702, 2000.<br />
VILLAMAR, D.F.; LANGDON, C.J. Delivery of dietary components to larval<br />
shrimps (Penaeus vannamei) by means of complex microcapsules.<br />
Marine Biology, v. 11, p. 635-642, 1993.<br />
WALFORD, J.; LAM, T.J. Development of digestive-tract and proteolyticenzyme<br />
activity in sea-bass (lates-calcarifer) larvae and juveniles.<br />
Aquaculture, v. 109, n. 2, p. 187-205, 1992.<br />
WILLAERT, R.G.; BARON, G.V. Gel entrapment and microencapsulation:<br />
methods, applications and engineering principles. Reviews in<br />
Chemical Engineering, v. 12, n. 1-2, p. 5-205, 1996.<br />
YÚFERA, M.; PASCUAL, E.; FERNÁNDEZ-DÍAZ, C. A highly efficient<br />
microencapsulated food for rearing early larvae of marine fish.<br />
Aquaculture, v. 177, n. 1-4, p. 249-256, 1999.<br />
YÚFERA, M.; FERNÁNDEZ-DÍAZ, C.; PASCUAL, E.; SARASQUETE, M.C.;<br />
MOYANO, F.J.; DÍAZ, M.; ALARCÓN, F.L.; GARCIA-GALLEGO, M.;<br />
PARRA, G. Towards an inert diet for first-feeding gilthead seabream<br />
Sparus aurata L. larvae. Aquaculture Nutrition, n. 6, p. 143-152,<br />
2000.