Curso Vocacional - Tema 4 - Congregação dos Sagrados Estigmas
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seu irmão Pedro a Jesus (Cf. João 1,42); Eli, que ajuda Samuel a discernir a voz do Senhor<br />
(Cf. 1Samuel 3,18); Felipe, que chamou Natanael (Cf. João 1,45-51). Esses são alguns<br />
exemplos que devem ser segui<strong>dos</strong>. Portanto, nossa tarefa fundamental na Pastoral <strong>Vocacional</strong><br />
é promover o encontro. Para tanto, o agente vocacional deve ser uma pessoa de<br />
Deus e um "expert em humanidade".<br />
Vale insistir nesse aspecto de promover o encontro, porque vocação é<br />
fundamentalmente fruto de duas liberdades: a liberdade de Deus, que na sua pura<br />
gratuidade chama, e a liberdade humana, que com generosidade responde.<br />
A experiência do encontro tem distintas manifestações: uma é a experiência de<br />
Abraão, outra é a experiência de Moisés, outra é a de Maria e outra é a de Paulo. Abraão é<br />
chamado a ser o Pai de uma multidão, Moisés para ser o Libertador do povo oprimido, os<br />
Profetas para anunciar uma mensagem de conversão, Paulo para ser o Mestre <strong>dos</strong><br />
Gentios, Maria para ser a Mãe do Filho de Deus.<br />
O terceiro aspecto que cabe ao agente vocacional é fazer a articulação entre Jesus<br />
Cristo e a Igreja, visto que "Jesus Cristo é o mesmo, ontem e hoje, e será sempre o mesmo<br />
(Cf. Hebreus 13,8)". E é este mesmo Jesus que continua chamando e a concretização<br />
deste chamado se dá na Comunidade Eclesial.<br />
O quarto aspecto é a articulação entre a Pastoral <strong>Vocacional</strong> e a Pastoral Familiar.<br />
Pois a família, como nos afirma Santo Domingo, é "Santuário de Vida".<br />
"Fortalecer a vida da Igreja e sociedade a partir da família: enriquecê-la a partir da<br />
catequese familiar, a oração no lar, a Eucaristia, a participação no sacramento da<br />
Reconciliação, o conhecimento da Palavra de Deus, para ser fermento na Igreja e<br />
sociedade" (Cf. SD. 225).<br />
A Escolha<br />
O fundamento de toda vocação está na iniciativa de Deus. Tanto no Antigo<br />
Testamento como no Novo Testamento vemos esta manifestação da gratuidade do amor<br />
de Deus que chama. Assim é com Jeremias: "Antes de formar você no ventre de sua mãe,<br />
eu o conheci; antes que você fosse dado à luz, eu o consagrei, para fazer de você profeta<br />
das nações" (Cf. Jeremias 1,5); assim foi com Paulo: "Deus, porém, me escolheu antes de<br />
eu nascer e me chamou por sua graça. Quando ele resolveu revelar em mim o seu Filho,<br />
para que eu o anunciasse entre os pagãos..." (Cf. Gálatas 1,15-16); igualmente Isaías: "...<br />
Eu ainda estava no ventre materno, e Javé me chamou; eu ainda estava nas entranhas de<br />
minha mãe e ele pronunciou o meu nome" (Cf. Isaías 49,1). No Novo Testamento vemos a<br />
bela página do Evangelho de João: "Eu já não chamo vocês de emprega<strong>dos</strong>, pois o empregado<br />
não sabe o que o seu patrão faz; eu chamo vocês de amigos, porque eu comuniquei<br />
a vocês tudo o que ouvi de meu Pai. Não foram vocês que em escolheram, mas fui eu que<br />
escolhi vocês. Eu os destinei para ir e dar fruto, e para que o fruto de vocês permaneça..."<br />
(Cf. João 15,15-16).<br />
Neste aspecto do chamado, o que gostaríamos de destacar é que a iniciativa é<br />
sempre de Deus, e por isso fizemos questão de frisar como fundamentação básica a<br />
vocação na Bíblia.<br />
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