ANDANDO COMO JESUS ANDOU... SOFRIMENTO Isaías 53.3 ...

SÉRIE: Andando como Jesus andou - 1 João 2.6
Sermão 09 | Sofrimento
ANDANDO COMO JESUS ANDOU...
SOFRIMENTO
Isaías 53.3
Foi desprezado e rejeitado pelos homens, um homem de dores e
experimentado no sofrimento. Como alguém de quem os homens
escondem o rosto, foi desprezado, e nós não o tínhamos em estima.
MANUAL DO SOFRIMENTO
Calma! Não se aflija. A lição de hoje não é buscar sofrer como Jesus sofreu.
Primeiro, porque não suportaríamos tamanho sofrimento. Segundo, porque
correríamos o risco de blasfemar, pois o sofrimento de Jesus tinha como propósito
único a propiciação pelo nosso pecado. Logo, nós jamais conseguiríamos pagar
por eles!
Isaías 53.10 - Contudo, foi da vontade do Senhor esmagá-lo e fazê-lo
sofrer, e, embora o Senhor tenha feito da vida dele uma oferta pela
culpa, ele verá sua prole e prolongará seus dias, e a vontade do Senhor
prosperará em sua mão.
Deus não é Deus que tem prazer no sofrimento de seu povo!
Isaías 64.4 - Desde os tempos antigos ninguém ouviu, nenhum ouvido
percebeu, e olho nenhum viu outro Deus, além de ti, que trabalha para
aqueles que nele esperam.
A lição de hoje é sobre como enfrentar o sofrimento que a vida, manchada pelo
pecado, nos impõe naturalmente. Nada de correr atras do sofrimento, mas de
enfrentar o sofrimento que nos é imposto natural e inevitavelmente.
O texto de Isaías que lemos no início nos diz claramente, 700 anos antes de o
Messias nascer em Belém, que Jesus Cristo de fato sabia o que era sofrer, pois
era “um homem de dores e experimentado no sofrimento” (Is 53.3).
Durante seus trinta e três anos neste mundo caído, Jesus sofreu muito,
especialmente em seus últimos três anos de vida, quando ele passou a exercer o
ministério para o qual o Pai o havia enviado. Desta forma, podemos olhar para a
sua vida como um legítimo “Manual do Sofrimento” e aprender muito sobre como
enfrentar e superar as agruras desta vida, para a glória de Deus.
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Jesus experimentou o sofrimento físico
Jesus conheceu o sofrimento físico de vários modos: fome (Mc 11.12), sede (Jo
19.28), exaustão física (Mc 4.37-38) e, por fim, dor extenuante até a morte
(crucificação).
Jesus experimentou a dor da rejeição
Nosso Senhor também conheceu a dor da rejeição. Ele conhecia bem
pessoalmente o sofrimento de ser rejeitado.
João 1.11 - Veio para o que era seu, mas os seus não o receberam.
João 6.66 - Daquela hora em diante, muitos dos seus discípulos
voltaram atrás e deixaram de segui-lo.
Mateus 27.46 - Por volta das três horas da tarde, Jesus bradou em alta
voz: “Eloí, Eloí, lamá sabactâni?”, que significa “Meu Deus! Meu Deus!
Por que me abandonaste?”
Jesus experimentou o sofrimento espiritual
Jesus também experimentou um tipo de sofrimento espiritual que eu e você jamais
conheceremos. Ele não possuía pecado, ainda que tivesse de viver num mundo
poluído pelo pecado. Antes de vir a esta terra, Ele vivia em um céu livre de pecado
e maldição. Aqui, no entanto, deve ter sofrido profundamente na alma, ao ver e
sentir no próprio corpo os efeitos da maldição e do pecado que estavam ao seu
redor, enquanto ministrava, no dia-a-dia de sua vida.
Efésios 4.8-9 - 8 Por isso é que foi dito: “Quando ele subiu em triunfo às
alturas, levou cativos muitos prisioneiros, e deu dons aos homens”. 9
(Que significa “ele subiu”, senão que também havia descido às
profundezas da terra?)
Nota de rodapé da BENVI - É provável que o texto não signifique (como
pensam alguns e como querem algumas traduções) que Cristo desceu
ao inferno, mas que esteja descrevendo a sua encarnação.
Jesus é o único que não conhecia pecado realmente e se fez pecado por nós (2Co
5.21). Que angústia, portanto, não deve ter sido para ele esta experiência, ao
fazer-se carne e habitar entre nós (Jo 1.14)!?
Jesus experimentou como ninguém a dor do sofrimento espiritual!
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Jesus experimentou as angústias da alma
Os problemas emocionais são a marca desse tempo. Depressão e angústia nunca
atingiram tanta gente como nas últimas décadas. Jesus, mais do que ninguém
experimentou as angústias profundas da alma.
Mateus 26.37-39 - 37 Levando consigo Pedro e os dois filhos de
Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se. 38 Disse-lhes
então: “A minha alma está profundamente triste, numa tristeza mortal.
Fiquem aqui e vigiem comigo”. 39 Indo um pouco mais adiante, prostrouse
com o rosto em terra e orou: “Meu Pai, se for possível, afasta de mim
este cálice; contudo, não seja como eu quero, mas sim como tu queres”.
Como Jesus poderia ter respondido ao sofrimento
Jesus poderia ter respondido a todo este sofrimento de pelo menos duas maneiras:
(1) Usar a sua prerrogativa divina e revidar àqueles que o feriram; ou
(2) Supervalorizar a sua natureza humana e usar algum tipo de anestésico
espiritual.
Jesus não lançou mão de nenhum desses artifícios. Ele agiu como o ser humano
perfeito. Ele soube manter em equilíbrio todas as suas emoções. Mas, ele também
soube ser Deus na hora que tinha de ser Deus. Além de ter sido homem na hora
que tinha de ter sido homem.
É fantástico tudo isso, pois Jesus passou pelos vários tipos de
sofrimentos, de modo perfeito. Nenhum pecado estraçalhou seus
sentimentos. Nenhuma couraça envolveu seu coração.
Portanto, entender como Jesus respondeu ao sofrimento e seguir os seus passos,
irá revolucionar a maneira como nós, cristãos, vivemos neste mundo caído e
repleto de sofrimentos. Assim como Jesus (mesmo que, sem dúvida, num grau
mais baixo), nós, crentes, também estamos familiarizados como o sofrimento.
Vivemos no mundo que foi permeado pelo pecado e dominado pela maldição -
sofremos fisicamente, emocionalmente, espiritualmente, em nossos
relacionamentos, etc. Portanto...
Como nós devemos receber e lidar com o sofrimento? Deixemos Jesus nos
ensinar! Abra sua Bíblia em 1 Pedro 2.19-23.
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COMO JESUS RESPONDEU AO SOFRIMENTO
Pedro escreveu para crentes que estavam passando por muito sofrimento e dor.
Que tipo de esperança - que tipo de direcionamento - o Espírito Santo deu, através
do apóstolo, a estes preciosos sofredores? Pedro escreveu:
1 Pedro 2.19-23
19 Porque é louvável que, por motivo de sua consciência para com
Deus, alguém suporte aflições sofrendo injustamente. 20 Pois, que
vantagem há em suportar açoites recebidos por terem cometido o mal?
Mas se vocês suportam o sofrimento por terem feito o bem, isso é
louvável diante de Deus. 21 Para isso vocês foram chamados, pois
também Cristo sofreu no lugar de vocês, deixando-lhes exemplo, para
que sigam os seus passos. 22 “Ele não cometeu pecado algum, e
nenhum engano foi encontrado em sua boca.” 23 Quando insultado, não
revidava; quando sofria, não fazia ameaças, mas entregava-se àquele
que julga com justiça.
1. Jesus não revidou!
Pedro, que viveu bem de perto com Jesus, por pelo menos três anos, dá um
belíssimo testemunho de nosso Senhor e Salvador. Ele diz assim:
Que vantagem há em ser perseguido e sofrer por consequência do erro?
Nenhuma! Principalmente para o crente.
Jesus, entretanto, sofreu muito. Muito mesmo. Eu vi de perto! Bem de perto. E
sabe por que ele sofreu tanto? Por fazer o bem! Isso mesmo, por fazer o bem!
Por isso, se vocês tiverem que sofrer, sofram por fazerem o bem e não o mal.
Agora, quando sofrerem pelo bem, ajam como Jesus agiu...
Eu nunca vi o Senhor revidar!
1Pe 2.23 - Quando insultado, não revidava
Eu, Pedro, até saquei da espada e tentei cortar a cabeça de um soldado. Ele
se esquivou e eu acertei só a orelha! Mas, Jesus, me impediu de fazer o pior e
ainda colou a orelha do soldado de volta. Você acredita?! Pois pode acreditar!
Quando insultado, ele nunca revidava! Aliás, até curava quem o perseguia!
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Na noite de maior insulto e ofensas, o testemunho de Jesus é impressionante!
Marcos 15.3-5 - 3 Os chefes dos sacerdotes o acusavam de muitas
coisas. 4 Então Pilatos lhe perguntou novamente: “Você não vai
responder? Veja de quantas coisas o estão acusando”. 5 Mas Jesus não
respondeu nada, e Pilatos ficou impressionado.
Quando Jesus estava pregado na cruz, aquelas mesmas pessoas corruptas
continuaram as suas agressões, desta vez, junto com as multidões que vinham
observar e vomitar verbalmente seu ódio sobre o Senhor.
Imagine-se no lugar de Cristo. Bullying (assédio escolar) é fichinha perto do que
Jesus passou. Imagine você com tanto poder nas mãos, sendo insultado e
ofendido sem trégua!
Marcos 15.29-32 - 29 Os que passavam lançavam-lhe insultos,
balançando a cabeça e dizendo: “Ora, você que destrói o templo e o
reedifica em três dias, 30 desça da cruz e salve-se a si mesmo!” 31 Da
mesma forma, os chefes dos sacerdotes e os mestres da lei zombavam
dele entre si, dizendo: “Salvou os outros, mas não é capaz de salvar a si
mesmo! 32 O Cristo, o Rei de Israel... Desça da cruz, para que o
vejamos e creiamos!” Os que foram crucificados com ele também o
insultavam.
O que você teria feito? Além de manter-se calado, observe o que Jesus fez...
Ao invés de revidar, ele orou!
Lucas 23.34 - Jesus disse: “Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que
estão fazendo”. Então eles dividiram as roupas dele, tirando sortes.
2. Jesus não ameaçou!
A maioria não revida, mas ameaça. É triste, mas é a verdade. Crente é bom em
ameaças. Jesus nunca ameaçou. Pedro testemunha o seguinte:
1Pe 2.23 - Quando insultado, não revidava; quando sofria, não fazia
ameaças,
Mateus nos diz que Jesus foi torturado, despido, escarnecido, cuspido, além de
baterem em sua cabeça coroada de espinhos (Mt 27.26-31). Ele não merecia nada
disso! Nós sim. E mais, lembre-se de que os seus “não o receberam”!
Todavia, mesmo que Jesus sofresse severamente - e injustamente - ele “não fazia
ameaças”. É impressionante!
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COMO NÓS RESPONDEMOS AO SOFRIMENTO?
Vivemos em um mundo repleto de pecado, povoado por pecadores e, portanto,
sofreremos as consequências. Mesmo quando buscamos fazer o bem. Aliás,
principalmente quando buscarmos fazer o bem.
Sofrimentos físicos, emocionais, espirituais, relacionais, financeiros, etc.
Como devemos responder ao sofrimento?
Será que deveríamos ficar indiferentes em meio à dor?
Será que deveríamos agir como se a dor não afetasse os verdadeiros
crentes?
Será que deveríamos viver murmurando, reclamando e mal-humorados
por causa da dor?
Será que deveríamos retaliar ou revidar: “Não sou capacho de
ninguém!”. “Quem ele pensa que é?!”.
Será que deveríamos ameaçar: “Você verá como será de agora em
diante!”. “Aquele *&$%@#!^ me paga! Você vai ver.”.
Nada disso irmãos! Se somos crentes, e espero que todos que me ouvem sejam, o
caminho é o caminho que Pedro descreveu:
1Pe 2.20-23 - 20 Pois, que vantagem há em suportar açoites recebidos
por terem cometido o mal? Mas se vocês suportam o sofrimento por
terem feito o bem, isso é louvável diante de Deus. 21 Para isso vocês
foram chamados, pois também Cristo sofreu no lugar de vocês,
deixando-lhes exemplo, para que sigam os seus passos. 22 “Ele não
cometeu pecado algum, e nenhum engano foi encontrado em sua
boca.” 23 Quando insultado, não revidava; quando sofria, não fazia
ameaças, mas entregava-se àquele que julga com justiça.
Como crentes, nós não fomos chamados para viver livres da dor, do sofrimento, da
injustiça, da perseguição, etc.; mas fomos chamados para responder
piedosamente a tudo isso, como Cristo fez, andando como Jesus andou.
Sem retaliar
Ser ameaçar
Confiando em Deus! A fé é a arma da nossa vitória.
1Jo 5.4 - O que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória
que vence o mundo: a nossa fé. Mas, fé em quê? Ouçamos a Pedro...
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1Pe 2.23 - Quando insultado, não revidava; quando sofria, não fazia
ameaças, mas entregava-se àquele que julga com justiça.
Deus julgará com justiça. Portanto...
Você que insulta, faz sofrer e é injusto, cuidado! Repense suas atitudes.
Você que é insultado, sofre e é injustiçado, confie. Descanse em Deus.
A forma prática de começar? Fique em silêncio diante de Deus!
Lamentações 3.25-29 - 25 O Senhor é bom para com aqueles cuja
esperança está nele, para com aqueles que o buscam; 26 é bom esperar
tranqüilo pela salvação do Senhor. 27 É bom que o homem suporte o
jugo enquanto é jovem. 28. Leve-o sozinho e em silêncio, porque o
Senhor o pôs sobre ele. 29 Ponha o seu rosto no pó; talvez ainda haja
esperança.
Mas, por que “ficando em silêncio”?
Tiago 3.2-5 - 2 Todos tropeçamos de muitas maneiras. Se alguém não
tropeça no falar, tal homem é perfeito, sendo também capaz de dominar
todo o seu corpo. 3 Quando colocamos freios na boca dos cavalos para
que eles nos obedeçam, podemos controlar o animal todo. 4 Tomem
também como exemplo os navios; embora sejam tão grandes e
impelidos por fortes ventos, são dirigidos por um leme muito pequeno,
conforme a vontade do piloto. 5 Semelhantemente, a língua é um
pequeno órgão do corpo, mas se vangloria de grandes coisas. Vejam
como um grande bosque é incendiado por uma simples fagulha.
Não fale! Seu silêncio diante de Deus impedirá você de maldizer, ameaçar, retaliar
e muito, muito mais. Leve a Deus sua dor e sofrimento em oração.
Ande como Jesus andou...
! Entregue-se àquele que julga com justiça (1Pe 2.23)
Jerry Bridges
“Toda ideia de confiarmos em Deus é, certamente, baseada no fato de
que Deus é absolutamente fidedigno”. [Quem assim não procede, diz,
na prática, que Deus não é confiável. -- Percebeu a gravidade de toda
ansiedade e falta de confiança em Deus?]
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Encorajamento: O valor do sofrimento e das perseguições - 1Pe 4.12-14, 19
12 Amados, não se surpreendam com o fogo que surge entre vocês para
os provar, como se algo estranho lhes estivesse acontecendo. 13 Mas
alegrem-se à medida que participam dos sofrimentos de Cristo, para
que também, quando a sua glória for revelada, vocês exultem com
grande alegria. 14 Se vocês são insultados por causa do nome de Cristo,
felizes são vocês, pois o Espírito da glória, o Espírito de Deus, repousa
sobre vocês. (...) 19 Por isso mesmo, aqueles que sofrem de acordo com
a vontade de Deus devem confiar sua vida ao seu fiel Criador e praticar
o bem. (1Pe 4.12-14, 19)
ANAMNESE ESPIRITUAL
Andando como Jesus andou... no Sofrimento
1. Que aspectos da vida de Jesus “experimentado no sofrimento” tocaram você?
2. Quais seriam alguns exemplos de como sofremos por causa de nossas
próprias escolhas pecaminosas?
3. Quais seriam alguns exemplos de maneiras pelas quais sofremos sem que haja
falta de nossa parte?
4. Quais seriam algumas respostas comuns que daríamos ao sofrermos sem que
isso envolva alguma falta de nossa parte?
5. Por que às vezes nós relutamos em “entregarmo-nos àquele que julga com
justiça” quando passamos por tempos difíceis?
6. De que maneira podemos, com nossa dor, crescer em confiança em Deus?
7. Pense em algum aspecto do sofrimento que está em seu próprio coração. Fale
com Deus abertamente a respeito disso. Peça a ele que o ajude a entregar-lhe
este sofrimento. “Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem
cuidado de vós” (1Pe 5.7).
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