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AngloResolve_UFRGS20.. - Anglo RS

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FÍSICA<br />

Instrução: As questões 01 e 02 estão relacionadas ao<br />

enunciado abaixo.<br />

Um objeto é lançado da superfície da Terra verticalmente<br />

para cima e atinge a altura de 7,2 m.<br />

(Considere o módulo da aceleração da gravidade igual a<br />

10 m/s 2 e despreze a resistência do ar.)<br />

1) Qual é o módulo da velocidade com que o objeto foi<br />

lançado?<br />

(A) 144 m/s. (D) 12 m/s.<br />

(B) 72 m/s. (E) 1,2 m/s.<br />

(C) 14,4 m/s.<br />

QUESTÃO 1 – LETRA D<br />

Na altura máxima a velocidade do corpo é<br />

zero. Portanto, podemos calcular a velocidade<br />

de lançamento por:<br />

2) Sobre o movimento do objeto, são feitas as seguintes<br />

afirmações.<br />

I -Durante a subida, os vetores velocidade e aceleração<br />

têm sentidos opostos.<br />

II -No ponto mais alto da trajetória, os vetores velocidade<br />

e aceleração são nulos.<br />

III -Durante a descida, os vetores velocidade e aceleração<br />

têm mesmo sentido.<br />

Quais estão corretas?<br />

(A) Apenas I. (D) Apenas I e III.<br />

(B) Apenas II. (E) Apenas II e III.<br />

(C) Apenas I e II.<br />

QUESTÃO 2 – LETRA D<br />

I e III (corretas) O vetor velocidade sempre<br />

tem a mesma orientação do movimento do<br />

corpo e o vetor aceleração corresponde à<br />

gravidade, que sempre aponta para baixo.<br />

II – (incorreta) Na altura máxima o corpo encontra-se<br />

parado, portanto o vetor velocidade<br />

nesta situação é nulo. Contudo, a aceleração<br />

continua correspondendo à gravidade.<br />

3) Um satélite geoestacionário está em órbita circular<br />

com raio de aproximadamente 42.000 km em relação ao<br />

centro da Terra.<br />

(Considere o período de rotação da Terra em torno de seu<br />

próprio eixo igual a 24h.)<br />

Sobre esta situação, são feitas as seguintes afirmações.<br />

I -O período de revolução do satélite é de 24h.<br />

II -O trabalho realizado pela Terra sobre o satélite é nulo.<br />

III -O módulo da velocidade do satélite é constante e vale<br />

3.5003p km/h.<br />

Quais estão corretas?<br />

(A) Apenas I. (D) Apenas II e III.<br />

(B) Apenas II. (E) I, II e III.<br />

(C) Apenas I e III.<br />

QUESTÃO 3 – LETRA E<br />

I – Um satélite geoestacionário está situado<br />

acima do mesmo ponto da Terra. Assim, seu<br />

período (tempo para dar uma volta) deve<br />

ser igual ao período de rotação da Terra.<br />

II – A força realizada sobre o satélite é o<br />

Peso que possui orientação perpendicular<br />

à trajetória. Quando uma força é<br />

perpendicular à trajetória, o trabalho por<br />

ela realizado é nulo.<br />

III – O módulo da velocidade do satélite<br />

pode ser calculada por v = d/t , onde d é a<br />

distância percorrida numa volta (2pR)<br />

V = 2p.42000/24 = 3500p km/h<br />

4) Um cubo maciço e homogêneo, cuja massa é de 1,0 kg,<br />

está em repouso sobre uma superfície plana horizontal. O<br />

coeficiente de atrito estático entre o cubo e a superfície vale<br />

0,30. Uma força F, horizontal, é então aplicada sobre o centro<br />

de massa do cubo. (Considere o módulo da aceleração<br />

da gravidade igual a 10 m/s 2 .)<br />

Assinale o gráfico que melhor representa a intensidade f<br />

da força de atrito estático em função da intensidade F da<br />

força aplicada.<br />

QUESTÃO 4 – LETRA C<br />

A força normal é, em módulo, igual à força<br />

peso (N = P = m.g = 1.10= 10 N). A força<br />

de atrito estático máximo é dada por:<br />

Isto significa que um corpo, inicialmente em<br />

repouso, entrará em movimento quando a<br />

força F aplicada for maior que 3,0 N. Enquanto<br />

a força F for menor ou igual à força<br />

de atrito estático máximo (Fat ext.max ), o corpo<br />

seguirá em repouso, o que implica F R = 0.<br />

Para esse intervalo a força de atrito terá sempre<br />

o mesmo módulo da força F, logo, o gráfico<br />

correto é o da letra C.<br />

Distribuição gratuita. Venda proibida.


5) Considere o raio médio da órbita de Júpiter em torno<br />

do Sol igual a 5 vezes o raio médio da órbita da Terra.<br />

Segundo a 3 a Lei de Kepler, o período de revolução de<br />

Júpiter em torno do Sol é de aproximadamente<br />

(A) 5 anos. (D) 110 anos.<br />

(B) 11 anos. (E) 125 anos.<br />

(C) 25 anos.<br />

QUESTÃO 5 – LETRA B<br />

A terceira lei de Kepler relaciona o período de<br />

revolução com o raio médio através da relação<br />

=constante. Sendo o raio médio de<br />

Júpiter cinco vezes maior que o da Terra,<br />

temos: , que é aproximadamente<br />

11 anos.<br />

6) Assinale a alternativa que preenche corretamente as<br />

lacunas no fim do enunciado que segue, na ordem em<br />

que aparecem.<br />

Um objeto desloca-se de um ponto A até um ponto B do<br />

espaço seguindo um determinado caminho. A energia<br />

mecânica do objeto nos pontos A e B assume, respectivamente,<br />

os valores E A e E B , sendo E B < E A . Nesta situação,<br />

existem forças ........ atuando sobre o objeto, e a diferença<br />

de energia E B -E A ........ do ........ entre os pontos A e B.<br />

(A) dissipativas – depende – caminho<br />

(B) dissipativas – depende – deslocamento<br />

(C) dissipativas – independe – caminho<br />

(D) conservativas – independe – caminho<br />

(E) conservativas – depende – deslocamento<br />

QUESTÃO 6 – LETRA A<br />

Como ocorreu diminuição no valor da energia<br />

mecânica existem forças dissipativas<br />

(atrito) agindo no objeto. A energia dissipada<br />

pela força de atrito é calculada subtraindo-se<br />

a energia mecânica no ponto B pela<br />

energia mecânica no ponto A. O trabalho<br />

da força de atrito, que é dissipativa, depende<br />

da trajetória (caminho).<br />

7) AO resgate de trabalhadores presos em uma mina<br />

subterrânea no norte do Chile foi realizado através de uma<br />

cápsula introduzida numa perfuração do solo até o local<br />

em que se encontravam os mineiros, a uma profundidade<br />

da ordem de 600 m. Um motor com potência total aproximadamente<br />

igual a 200,0 kW puxava a cápsula de 250<br />

kg contendo um mineiro de cada vez.<br />

Considere que para o resgate de um mineiro de 70 kg<br />

de massa a cápsula gastou 10 minutos para completar o<br />

percurso e suponha que a aceleração da gravidade local<br />

é 9,8 m/s 2 .<br />

Não se computando a potência necessária para compensar<br />

as perdas por atrito, a potência efetivamente fornecida pelo<br />

motor para içar a cápsula foi de<br />

(A) 686 W. (D) 18.816 W.<br />

(B) 2.450 W. (E) 41.160 W.<br />

(C) 3.136 W.<br />

QUESTÃO 7 – LETRA C<br />

A potência utilizada pelo motor será dada por:<br />

8) Duas bolas de bilhar colidiram de forma completamente<br />

elástica. Então, em relação à situação anterior à colisão,<br />

(A) suas energias cinéticas individuais permaneceram iguais.<br />

(B) suas quantidades de movimento individuais permaneceram<br />

iguais.<br />

(C) a energia cinética total e a quantidade de movimento<br />

total do sistema permaneceram iguais.<br />

(D) as bolas de bilhar se movem, ambas, com a mesma<br />

velocidade final.<br />

2<br />

<strong>Anglo</strong> Resolve<br />

Vestibular UFRGS - 2011<br />

(E) apenas a quantidade de movimento total permanece igual.<br />

QUESTÃO 8 – LETRA C<br />

As duas bolas de bilhar, ao colidirem, sofrem<br />

variações nas suas velocidades, logo,<br />

a quantidade de movimento e a energia cinética<br />

de cada partícula variam.<br />

Por se tratar de um sistema isolado, pois<br />

só atuam forças internas, a quantidade de<br />

movimento total do sistema se conserva.<br />

Ademais, a energia cinética total do sistema<br />

também não varia, uma vez que a colisão é<br />

perfeitamente elástica.<br />

9) Considere as afirmações abaixo, referentes a um líquido<br />

incompressível em repouso.<br />

I -Se a superfície do líquido, cuja densidade é r, está<br />

submetida a uma pressão p a , a pressão p no interior desse<br />

líquido, a uma profundidade h, é tal que p = p a + rgh,<br />

onde g é a aceleração da gravidade local.<br />

II -A pressão aplicada em um ponto do líquido, confinado<br />

a um recipiente, transmite-se integralmente a todos os<br />

pontos do líquido.<br />

III-O módulo do empuxo sobre um objeto mergulhado no<br />

líquido é igual ao módulo do peso do volume de líquido<br />

deslocado.<br />

Quais estão corretas?<br />

(A) Apenas I. (D) Apenas I e III.<br />

(B) Apenas II. (E) I, II e III.<br />

(C) Apenas III.<br />

QUESTÃO 9 – LETRA E<br />

Afirmação I – Correta, pelo teorema de Stevin,<br />

a pressão em um ponto localizado a<br />

uma profundidade h é a soma da pressão<br />

hidrostática (r.g.h) com a pressão na superfície<br />

do líquido.<br />

Afirmação II – Correta, líquidos em equilíbrio<br />

hidrostático só trocam forças normais e<br />

transmitem variações de pressão para todos<br />

os pontos do líquido.<br />

Afirmação III – Correta, pois pelo teorema<br />

de Arquimedes temos:<br />

10) Uma mesma quantidade de calor Q é fornecida a<br />

massas iguais de dois líquidos diferentes, 1 e 2. Durante<br />

o aquecimento, os líquidos não alteram seu estado físico<br />

e seus calores específicos permanecem constantes, sendo<br />

tais que c 1 = 5 c 2<br />

Na situação acima, os líquidos 1 e 2 sofrem, respectivamente,<br />

variações de temperatura DT 1 e DT 2 , tais que DT 1 é igual a<br />

(A) DT 2 /5.<br />

(B) 2 DT 2 /5.<br />

(C) DT 2 .<br />

(D) 5 DT 2 /2.<br />

(E) 5DT 2 .<br />

QUESTÃO 10 – LETRA A<br />

Como durante o aquecimento os líquidos<br />

não alteram seu estado físico, todo calor fornecido<br />

a eles é empregado para variar suas<br />

temperaturas. Como os dois líquidos recebem<br />

a mesma quantidade de calor, temos:<br />

11) Um balão meteorológico fechado tem volume de<br />

50,0 m 3 ao nível do mar, onde a pressão atmosférica é de<br />

1,0x10 5 Pa e a temperatura é de 27°C. Quando o balão<br />

atinge a altitude de 25 km na atmosfera terrestre, a pressão<br />

e a temperatura assumem, respectivamente, os valores de<br />

5,0 x 10 3 Pa e –63°C.<br />

Considerando-se que o gás contido no balão se comporta<br />

como um gás ideal, o volume do balão nessa altitude é de<br />

(A) 14,0 m 3 . (D) 1.428,6 m 3 .<br />

(B) 46,7 m 3 . (E) 2.333,3 m 3 .<br />

(C) 700,0 m 3 .<br />

QUESTÃO 11 – LETRA C<br />

Como consideramos o gás ideal, podemos<br />

determinar o volume do balão através<br />

da equação dos gases ideais. Entretanto,<br />

devemos utilizar as temperaturas em kelvin,<br />

logo T i = 300 K e T f = 210 K.<br />

12) A figura abaixo apresenta o diagrama da pressão p(Pa)<br />

em função do volume V(m 3 ) de um sistema termodinâmico<br />

que sofre três transformações sucessivas: XY, YZ e ZX.<br />

O trabalho total realizado pelo sistema após as três transformações<br />

é igual a<br />

(A) 0. (D) 3,2 x 105 J.<br />

(B) 1,6 x 105 J. (E) 4,8 x 105 J.<br />

(C) 2,0 X105 J.<br />

QUESTÃO 12 – LETRA B<br />

Em um gráfico de pressão x volume, a<br />

área interna do ciclo representa o trabalho<br />

realizado pelo sistema. Tem-se, então, a<br />

área de um triângulo:<br />

13) Uma amostra de uma substância encontra-se, inicialmente,<br />

no estado sólido na temperatura T 0 . Passa, então,<br />

a receber calor até atingir a temperatura final T f , quando<br />

toda a amostra já se transformou em vapor.<br />

O gráfico abaixo representa a variação da temperatura<br />

T da amostra em função da quantidade de calor Q por<br />

ela recebida .<br />

Considere as seguintes afirmações, referentes ao gráfico.<br />

I - T 1 e T 2 são, respectivamente, as temperaturas de fusão<br />

e de vaporização da substância.<br />

II - No intervalo X, coexistem os estados sólido e líquido<br />

da substância.<br />

III - No intervalo Y, coexistem os estados sólido, líquido e<br />

gasoso da substância.<br />

Quais estão corretas?<br />

(A) Apenas I. (D) Apenas I e II.<br />

(B) Apenas II. (E) I, II e III.<br />

(C) Apenas III.<br />

QUESTÃO 13 – LETRA D<br />

I – (correta) T 1 é a temperatura de fusão,<br />

pois se situa entre os estados sólido e líquido<br />

onde a substância absorve calor para<br />

mudar de estado físico, sem sofrer variação<br />

de temperatura. Da mesma forma, T 2 é a<br />

temperatura de vaporização, pois está entre<br />

os estados líquido e de vapor.<br />

II – (correta) No intervalo X, durante a fusão,<br />

estados sólido e líquido se misturam, pois a<br />

fase sólida está em processo de mudança<br />

para a fase líquida.<br />

III – (incorreta) no intervalo Y, têm-se os<br />

estados líquido e gasoso, pois a fase líquida<br />

está passando para a fase gasosa.<br />

14) Assinale a alternativa que preenche corretamente as<br />

lacunas no fim do enunciado que segue, na ordem em<br />

que aparecem.<br />

Três esferas metálicas idênticas, A, B e C, são montadas em<br />

suportes isolantes. A esfera A está positivamente carregada<br />

com carga Q, enquanto as esferas B e C estão eletricamente<br />

neutras. Colocam-se as esferas B e C em contato uma com<br />

a outra e, então, coloca-se a esfera A em contato com a<br />

esfera B, conforme representado na figura.<br />

Depois de assim permanecerem por alguns instantes, as três<br />

esferas são simultaneamente separadas. Considerando-se<br />

que o experimento foi realizado no vácuo (k 0 = 9 x 10 9<br />

N.m 2 /C 2 ) e que a distância final (d) entre as esferas A e<br />

B é muito maior que seu raio, a força eletrostática entre<br />

essas duas esferas é ........ e de intensidade igual a .........<br />

(A) repulsiva – k 0 Q 2 /(9d 2 )<br />

(B) atrativa – k 0 Q 2 /(9d 2 )<br />

(C) repulsiva – k 0 Q 2 /(6d 2 )<br />

(D) atrativa – k 0 Q 2 /(4d 2 )<br />

(E) repulsiva – k 0 Q 2 /(4d 2 )<br />

QUESTÃO 14 – LETRA A<br />

Sendo as esferas metálicas e idênticas, ao<br />

serem postas em contato, a carga Q se<br />

distribui igualmente entre elas. Após serem<br />

separadas, cada uma possui carga Q/3,<br />

aplicando a lei de Coulomb, temos:<br />

15) Considere uma casca condutora esférica eletricamente<br />

carregada e em equilíbrio eletrostático. A respeito dessa<br />

casca, são feitas as seguintes afirmações.<br />

I -A superfície externa desse condutor define uma superfície<br />

equipotencial.<br />

II -O campo elétrico em qualquer ponto da superfície<br />

externa do condutor é perpendicular à superfície. .<br />

III -O campo elétrico em qualquer ponto do espaço interior<br />

à casca é nulo.<br />

Quais estão corretas?<br />

(A) Apenas I. (D) Apenas II e III.<br />

(B) Apenas II. (E) I, II e III.<br />

(C) Apenas I e III.<br />

QUESTÃO 15 – LETRA E<br />

Em um condutor eletricamente carregado e<br />

em equilíbrio eletrostático as cargas elétricas<br />

em excesso localizam-se na superfície do<br />

condutor. Sendo assim, o campo elétrico no<br />

interior dele é nulo e o potencial elétrico é<br />

constante.<br />

Por se tratar de uma casca esférica o poten-<br />

cial elétrico pode ser dado por<br />

Onde Q é a carga elétrica do corpo e d a<br />

distância entre o centro da esfera e o ponto<br />

em questão. Como todos os pontos da<br />

superfície são equidistantes ao centro do<br />

corpo (d=raio) a superfície externa da casca<br />

caracteriza uma superfície equipotencial.<br />

Como o campo elétrico é sempre perpendicular<br />

às superfícies equipotenciais e a casca<br />

esférica constitui uma superfície equipotencial<br />

o vetor campo elétrico em qualquer<br />

ponto da superfície externa do condutor será<br />

perpendicular a ela.<br />

Desta forma, todas as afirmações são<br />

corretas.<br />

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.


16) Considere o circuito abaixo.<br />

Neste circuito, todos os resistores são idênticos, e C 1 e C 2<br />

são dois interruptores que podem estar abertos ou fechados,<br />

de acordo com os esquemas numerados a seguir.<br />

Assinale a alternativa que apresenta corretamente o ordenamento<br />

dos esquemas de ligação, em ordem crescente<br />

da corrente elétrica que passa no resistor R 4 .<br />

(A) (4) – (2) – (3) – (1) (D) (2) – (3) – (4) – (1)<br />

(B) (1) – (3) – (2) – (4) (E) (3) – (2) – (1) – (4)<br />

(C) (2) – (4) – (3) – (1)<br />

QUESTÃO 16 – LETRA C<br />

Interpretando o circuito, verificamos que<br />

em R 4 , passa a corrente total. Ao ligar ou<br />

desligar uma chave, podemos acrescentar<br />

ou retirar resistores do circuito.<br />

Pelas características das associações de<br />

resistores, em série o valor da resistência<br />

aumenta, e em paralelo diminui. A corrente<br />

elétrica varia de modo inversamente<br />

proporcional à resistência.<br />

Na situação 1, R 2 estará em curto (não<br />

passará corrente) e R 1 e R 3 estarão em<br />

paralelo. A resistência total será 0,5R (do<br />

paralelo) mais R (do R 4 ) = 1,5R.<br />

Na situação 2, R1, R2 e R4 estão em série.<br />

Resistência total 3R.<br />

Na situação 3, temos R 1 em série com R 2 ,<br />

e os dois em paralelo com R 3 , resultando<br />

numa resistência total 1,67R.<br />

Na situação 4, R 2 está em curto e R 1 em série<br />

com R 4 . Resistência total 2R.<br />

A ordem crescente da corrente é a ordem<br />

decrescente da resistência, (2), (4), (3), (1).<br />

17) Assinale a alternativa que preenche corretamente as<br />

lacunas no fim do enunciado que segue, na ordem em<br />

que aparecem.<br />

Um elétron atravessa, com velocidade constante de módulo<br />

v, uma região do espaço onde existem campos elétrico e<br />

magnético uniformes e perpendiculares entre si. Na figura<br />

abaixo, estão representados o campo magnético, de módulo<br />

B, e a velocidade do elétron, mas o campo elétrico<br />

não está representado.<br />

Desconsiderando-se qualquer outra interação, é correto<br />

afirmar que o campo elétrico ........ página, perpendicularmente,<br />

e que seu módulo vale ........ .<br />

(A) penetra na – vB (D) emerge da – eB<br />

(B) emerge da – vB (E) penetra na – E/B<br />

(C) penetra na – eB<br />

QUESTÃO 17 – LETRA B<br />

Aplicando-se a regra do tapa, a força<br />

magnética estará saindo do plano da página,<br />

porque o elétron é uma carga negativa.<br />

Para o elétron continuar a movimentarse<br />

em MRU (força resultante nula), a força<br />

elétrica deve ter o mesmo módulo e direção,<br />

porém o sentido será oposto a essa força<br />

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magnética. Para que isso ocorra, o campo<br />

elétrico deve estar emergindo do plano da<br />

página, oposto à força elétrica.<br />

18) Observe a figura abaixo.<br />

Esta figura representa dois circuitos, cada um contendo<br />

uma espira de resistência elétrica não nula. O circuito A<br />

está em repouso e é alimentado por uma fonte de tensão<br />

constante V. O circuito B aproxima-se com velocidade<br />

constante de módulo v, mantendo-se paralelos os planos<br />

das espiras. Durante a aproximação, uma força eletromotriz<br />

(f.e.m.) induzida aparece na espira do circuito B, gerando<br />

uma corrente elétrica que é medida pelo galvanômetro G.<br />

Sobre essa situação, são feitas as seguintes afirmações.<br />

I -A intensidade da f.e.m. induzida depende de v.<br />

II -A corrente elétrica induzida em B também gera campo<br />

magnético.<br />

III -O valor da corrente elétrica induzida em B independe<br />

da resistência elétrica deste circuito.<br />

Quais estão corretas?<br />

(A) Apenas I. (D) Apenas I e II.<br />

(B) Apenas II. (E) I, II e III.<br />

(C) Apenas III.<br />

QUESTÃO 18 – LETRA D<br />

Afirmação I – Correta, conforme o circuito<br />

B se aproxima do circuito A ele fica sujeito<br />

ao campo magnético gerado pelo circuito<br />

A que varia de acordo com a distância<br />

deste. Assim, dependendo da velocidade do<br />

circuito B, ele sofre uma variação temporal<br />

do fluxo magnético distinta, o que resulta<br />

em uma f.e.m induzida também diferente.<br />

Afirmação II – Correta, qualquer movimento<br />

de carga elétrica gera um campo magnético.<br />

Afirmação III – Incorreta, pois o valor da<br />

corrente elétrica induzida é inversamente<br />

proporcional à resistência elétrica do circuito.<br />

f.e.m = R. i ind<br />

19) Uma corda é composta de dois segmentos de densidades<br />

de massa bem distintas. Um pulso é criado no segmento<br />

de menor densidade e se propaga em direção à junção<br />

entre os segmentos, conforme representa a figura abaixo.<br />

Assinale, entre as alternativas, aquela que melhor representa<br />

a corda quando o pulso refletido está passando pelo<br />

mesmo ponto x indicado no diagrama acima.<br />

QUESTÃO 19 – LETRA E<br />

A onda sofre reflexão e refração, na interface<br />

das cordas. Como a onda incidente se<br />

propaga na corda de densidade menor, ao<br />

ser refletida, sofre inversão de fase. A parte<br />

da onda refratada para o meio mais denso<br />

terá sua velocidade reduzida, percorrendo<br />

neste meio uma distância menor.<br />

20) Em cada uma das imagens abaixo, um trem de ondas<br />

planas move-se a partir da esquerda.<br />

Os fenômenos ondulatórios apresentados nas figuras 1, 2<br />

e 3 são, respectivamente,<br />

(A) refração – interferência – difração.<br />

(B) difração – interferência – refração.<br />

(C) interferência – difração – refração.<br />

(D) difração – refração – interferência.<br />

(E) interferência – refração – difração.<br />

QUESTÃO 20 – LETRA B<br />

(1) Difração ⇒ Capacidade da onda de<br />

contornar um obstáculo ou uma fenda<br />

tornando-se neste caso uma fonte puntual.<br />

(2) Interferência ⇒ Ao passar pelas<br />

fendas teremos duas fontes puntuais com<br />

mesma frequência, mesma velocidade se<br />

propagando no mesmo meio. A interferência<br />

ocorre devido à sobreposição das duas<br />

ondas.<br />

(3) Refração ⇒ É possível observar uma<br />

mudança no comprimento de onda o que<br />

indica mudança de velocidade e meio,<br />

característica do fenômeno de refração.<br />

Instrução: As questões 21 e 22 estão relacionadas ao<br />

enunciado abaixo.<br />

A nanotecnologia, tão presente nos nossos dias, disseminou<br />

o uso do prefixo nano (n) junto a unidades de medida. Assim,<br />

comprimentos de onda da luz visível são, modernamente,<br />

expressos em nanômetros (nm), sendo 1 nm = 1 x 10 -9 m.<br />

(Considere a velocidade da luz no ar igual a 3 x 10 8 m/s.)<br />

21) Um feixe de luz monocromática de comprimento de<br />

onda igual a 600 nm, propagando-se no ar, incide sobre<br />

um bloco de vidro, cujo índice de refração é 1,5. O comprimento<br />

de onda e a frequência do feixe que se propaga<br />

dentro do vidro são, respectivamente,<br />

(A) 400 nm e 5,0 x 10 14 Hz.<br />

(B) 400 nm e 7,5 x 10 14 Hz.<br />

(C) 600 nm e 5,0 x 10 14 , Hz.<br />

(D) 600 nm e 3,3 x 10 14 Hz.<br />

(E) 900 nm e 3,3 x 10 14 Hz.<br />

QUESTÃO 21 – LETRA A<br />

Quando a luz passa de um meio com menor<br />

índice de refração para um meio com maior<br />

índice (caso da questão) a velocidade<br />

diminui, reduzindo também o comprimento<br />

de onda. Assim, de acordo com as opções,<br />

a única resposta possível é 400 nm.<br />

A frequência da onda, por depender da<br />

fonte emissora, não se altera ao mudar de<br />

meio, assim ela pode ser calculada com o<br />

mesmo valor no ar pela equação v = λ.f<br />

3.10 8 = 600.10 -9 .f<br />

f = 5.10 14 Hz<br />

22) Cerca de 60 fótons devem atingir a córnea para que o<br />

olho humano perceba um flash de luz, e aproximadamente<br />

metade deles são absorvidos ou refletidos pelo meio ocular.<br />

Em média, apenas 5 dos fótons restantes são realmente<br />

absorvidos pelos fotorreceptores (bastonetes) na retina,<br />

sendo os responsáveis pela percepção luminosa.<br />

(Considere a constante de Planck h igual a 6,6 x 10 -34 J.s.)<br />

Com base nessas informações, é correto afirmar que, em<br />

média, a energia absorvida pelos fotorreceptores quando<br />

luz verde com comprimento de onda igual a 500 nm atinge<br />

o olho humano é igual a<br />

(A) 3,30 x 10 -41 J. (D) 3,96 x 10 -19 J.<br />

(B) 3,96 x 10 -33 J. (E) 1,98 x 10 -18 J.<br />

(C) 1,98 X 10 -32 J.<br />

QUESTÃO 22 – LETRA E<br />

A energia de cada fóton é E =h.f, onde h é a<br />

constante de Planck é f a frequência.<br />

Calculando a frequência pela equação v = λ.f<br />

3.10 8 = 500.10 -9 .f<br />

f = 6.10 14 Hz<br />

Calculando a energia dos 5 fótons; E = 5xhf<br />

= 5 x 6,6 x 10 -34 x 6.10 14 = 1,98 x 10 -18 J<br />

23) Assinale a alternativa que preenche corretamente as<br />

lacunas no fim do enunciado que segue, na ordem em<br />

que aparecem.<br />

O olho humano é um sofisticado instrumento óptico. Todo<br />

o globo ocular equivale a um sistema de lentes capaz de<br />

focalizar, na retina, imagens de objetos localizados desde<br />

distâncias muito grandes até distâncias mínimas de cerca<br />

de 25 cm.<br />

O olho humano pode apresentar pequenos defeitos, como<br />

a miopia e a hipermetropia, que podem ser corrigidos com<br />

o uso de lentes externas. Quando raios de luz paralelos<br />

incidem sobre um olho míope, eles são focalizados antes<br />

da retina, enquanto a focalização ocorre após a retina, no<br />

caso de um olho hipermétrope.<br />

Portanto, o globo ocular humano equivale a um sistema<br />

de lentes ........ . As lentes corretivas para um olho míope<br />

e para um olho hipermétrope devem ser, respectivamente,<br />

........ e .........<br />

(A) convergentes – divergente – divergente<br />

(B) convergentes – divergente – convergente<br />

(C) convergentes – convergente – divergente<br />

(D) divergentes – divergente – convergente<br />

(E) divergentes – convergente – divergente<br />

QUESTÃO 23 – LETRA B<br />

Como o olho humano deve formar imagens<br />

reais na retina, o sistema óptico ocular<br />

deve ser convergente. No míope, a imagem<br />

nítida se forma antes da retina, assim,<br />

a lente utilizada deve ser divergente. No<br />

hipermetrope, a imagem nítida se forma<br />

depois da retina e a lente utilizada deve ser<br />

convergente.<br />

24) De acordo com a Teoria da Relatividade, quando objetos<br />

se movem através do espaço-tempo com velocidades<br />

da ordem da velocidade da luz, as medidas de espaço e<br />

tempo sofrem alterações. A expressão da contração espacial<br />

é dada por L = L 0 (1-v 2 /c 2 ) 1/2 ,<br />

onde v é a velocidade relativa entre o objeto observado<br />

e o observador, c é a velocidade de propagação da luz<br />

no vácuo, L é o comprimento medido para o objeto em<br />

movimento, e L 0 é o comprimento medido para o objeto<br />

em repouso.<br />

A distância Sol-Terra para um observador fixo na Terra é<br />

L 0 = 1,5x10 11 m. Para um nêutron com velocidade v = 0,6 c,<br />

essa distância é de<br />

(A) 1,2 x 10 10 m. (D) 1,2 x 10 11 m.<br />

(B) 7,5 x 10 10 m. (E) 1,5 x 10 11 m.<br />

(C) 1,0 x 10 11 m.<br />

QUESTÃO 24 – LETRA D<br />

A partir da equação<br />

substituindo os valores de L0 e v, temos<br />

25) Em 2011, Ano Internacional da Química, comemorase<br />

o centenário do Prêmio Nobel de Química concedido<br />

a Marie Curie pela descoberta dos elementos radioativos<br />

Rádio (Ra) e Polônio (Po).<br />

Os processos de desintegração do 224Ra em 220Rn e do<br />

216 212 Po em Pb são acompanhados, respectivamente, da<br />

emissão de radiação<br />

(A) a e a. (D) b e g.<br />

(B) a e b. (E) g e g.<br />

(C) b e b.<br />

QUESTÃO 25 – LETRA A<br />

Nos dois processos de desintegração, os<br />

elementos químicos resultantes possuem<br />

4 unidades a menos de massa atômica.<br />

Portanto, eles emitiram uma partícula<br />

alfa(a), que é composta por dois prótons e<br />

dois nêutrons, tendo massa atômica 4.<br />

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Vestibular UFRGS - 2011<br />

3<br />

,


LITERATURA DE L. PORTUGUESA<br />

26) Leia os seguintes fragmentos.<br />

1.<br />

Viu, um deles, umas contas de rosário, brancas, e acenou<br />

que lhas dessem; folgou muito com elas e lançou-as ao<br />

pescoço; depois tirou-as e enrolou-as no braço e acenava<br />

para a terra e então para as contas e para o colar do<br />

Capitão, como [a dizer] que dariam ouro por aquilo. Isso<br />

entendíamos nós, por assim desejarmos; mas se ele queria<br />

dizer que levaria as contas e mais o colar, isto não queríamos<br />

nós entender porque não havíamos de dar.<br />

Extraído de: Pero Vaz de Caminha, Carta ao Rei D. Manuel,<br />

do século XVI.<br />

2.<br />

Velas baixaram. E desembarcaram.<br />

- Terra, como é teu nome?<br />

Cortaram pau. Saiu sangue.<br />

- Isso é Brasil!<br />

No outro dia<br />

O sol do lado de fora assistiu missa.<br />

Terra em que Deus anda de pé no chão!<br />

Outros chegaram depois. Outros. Mais outros.<br />

- Queremos ouro!<br />

A floresta não respondeu.<br />

Então<br />

Eles marcharam por uma geografia-do-sem-Ihe-achar-fim.<br />

Rios enigmáticos apontavam o Oeste.<br />

A água obediente conduziu o homem.<br />

Começou daí um Brasil sem-história-certa.<br />

A terra acordou-se com o alarido de caça<br />

De animais e de homens.<br />

Mato-grande foi cúmplice de novas plantações de sangue.<br />

Extraído de: Raul Bopp, História, parte de Poemas brasileiros,<br />

de 1946.<br />

Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as seguintes afirmações<br />

sobre esses fragmentos.<br />

( ) O eu-lírico do poema de Bopp denuncia a forma violenta<br />

como se deu a colonização do Brasil, o que pode<br />

ser evidenciado nas duas ocorrências da palavra "sangue".<br />

( ) O fragmento da carta de Caminha expõe a intenção<br />

dos portugueses de trocar colares por metais preciosos<br />

existentes na nova terra.<br />

( ) O texto de Bopp, ao referir que começou "um Brasil<br />

sem-história-certa", exemplifica a perspectiva modernista<br />

de releitura crítica do passado nacional.<br />

( ) Ambos os fragmentos, embora pertencentes a épocas<br />

distintas, reafirmam a supremacia do interesse religioso<br />

da conquista ao referirem, respectivamente, "contas do<br />

rosário" e "missa".<br />

A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de<br />

cima para baixo, é<br />

(A) V - V - V - F. (D) F - V - F - V.<br />

(B) F - F - V - V. (E) V - F - F - F.<br />

(C) V - F - V - F.<br />

QUESTÃO 26 – LETRA C<br />

Mantendo a tendência de mesclar textos e<br />

autores de épocas diferentes, a prova apresenta<br />

uma questão de interpretação comparando<br />

um texto de Informação e um Modernista,<br />

o que, de certa forma, demonstra a<br />

aproximação que a escola de 1922 fez em<br />

relação aos textos do Quinhentismo. O fragmento<br />

selecionado da carta de Pero Vaz de<br />

Caminha (1450-1500) é famoso por apresentar<br />

o contato entre o português e o nativo<br />

e o desejo de interpretar aprioristicamente os<br />

gestos deste. Apesar da leitura tradicional ser<br />

de que há uma intencionalidade da prática<br />

do escambo, não está exposto no texto quais<br />

itens seriam trocados e nem em quais condições.<br />

Já no poema de Raul Bopp (1898-<br />

1984), o foco é a crítica à violência (real ou<br />

metafórica) do processo civilizatório, não<br />

tendo, desta forma, nenhum dos dois textos<br />

reafirmado uma supremacia religiosa, já que<br />

o interesse é de caráter econômico.<br />

Instrução: As questões 27 e 28 estão relacionadas ao<br />

trecho abaixo, extraído do Sermão de Santo Antônio,<br />

de padre Antônio Vieira.<br />

Ver texto no site www.anglors.com<br />

27) Considere as seguintes afirmações, sobre o trecho.<br />

I - Vieira transforma os três AAA que manifestaram a dúvida<br />

de Jeremias nas iniciais dos três continentes (África, Ásia<br />

e América), onde se desenvolvia a missão dvilizadora e<br />

catequética dos portugueses.<br />

II - É possível identificar a índole militante e nacionalista do<br />

padre e uma enfática defesa da ação violenta de Portugal<br />

4<br />

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Vestibular UFRGS - 2011<br />

e de seus aliados.<br />

III - O sermonista justifica eventos históricos, como a<br />

grandeza do Império português no período da expansão<br />

ultramarina, a partir de casos exemplares extraídos da<br />

Bíblia, como a escolha que Deus fez de Jeremias para a<br />

difícil missão de profetizar.<br />

Quais estão corretas?<br />

(A) Apenas I. (D) Apenas I e III.<br />

(B) Apenas II. (E) I, II e III.<br />

(C) Apenas III.<br />

QUESTÃO 27 – LETRA D<br />

O trecho ilustra um procedimento típico do<br />

sermonário do Padre António Vieira (1608-<br />

1697): o paralelo entre eventos da história<br />

de Portugal e episódios bíblicos. No caso, a<br />

missão profética de Jeremias e a expansão<br />

ultramarina portuguesa pelos continentes<br />

onde mantiveram colônias (América, África e<br />

Ásia). Expansão justificada pela propagação<br />

da Fé e ampliação do Império, mas da qual<br />

estava presente a violência, essa, porém, não<br />

era defendida por Vieira. Também a relação<br />

entre os tamanhos é exposta (os "pequenos"<br />

Portugal e Jeremias empreenderam feitos<br />

grandiosos). E é nesse sentido que expressões<br />

como "cantinho de terra" são usadas. Por sua<br />

vez, quando o pregador usa a expressão<br />

"celeiros da Igreja", o faz para indicar que<br />

atingiram o objetivo que buscavam com tanto<br />

esforço, mesmo sendo pequenos, expandir o<br />

catolicismo pelo mundo.<br />

28) Considere as seguintes afirmações, sobre o mesmo<br />

trecho.<br />

I - Ao referir-se a elementos como "cantinho de terra pura e<br />

mimosa de Deus" e "celeiros da Igreja", Vieira celebra a capacidade<br />

de Portugal de suprir a carência europeia de alimentos.<br />

II - Jeremias, por sentir-se frágil, questiona sua capacidade<br />

de empreender com sucesso a ação profética.<br />

III - A intenção do sermão é exaltar a conquista de três<br />

continentes por um reino tão pequeno como o português.<br />

Quais estão corretas?<br />

(A) Apenas I. (D) Apenas II e III.<br />

(B) Apenas II. (E) I, II e III.<br />

(C) Apenas I e III.<br />

QUESTÃO 28 – LETRA D<br />

Ver comentário na questão 27.<br />

29) Assinale a alternativa correta sobre o poema O Uraguai,<br />

de Basílio da Gama.<br />

(A) Lindoia espera por Cacambo, mas é assediada pelo<br />

perverso padre Balda, que procura seduzi-Ia com presentes<br />

e carícias insinuantes.<br />

(B) Cacambo, ao retornar ao aldeamento, é interceptado<br />

por emissários dos jesuítas que o desviam do caminho e<br />

tratam de envenená-lo.<br />

(C) Lindoia, tomada de dor pela morte de seu amado,<br />

retira-se para uma choça longe da aldeia, onde tem visões<br />

que prenunciam a guerra na Europa.<br />

(D) Lindoia, um pouco antes da morte de cacambo, morre<br />

atingida por uma flecha, e seu corpo é carregado por<br />

Caitutu.<br />

(E) Cacambo, depois de atear fogo ao acampamento<br />

inimigo, retorna para sua terra, onde espera encontrar<br />

Lindoia e dar notícia do seu feito.<br />

QUESTÃO 29 – LETRA E<br />

A questão sobre a leitura obrigatória O Uraguai<br />

(1769) de Basílio da Gama (1745-1791?)<br />

evocava o destino do par amoroso na história.<br />

Entre o final do canto II e o Canto IV Cacambo,<br />

após ver o espírito de Sepé e incendiar o<br />

acampamento Luso-espanhol, volta para a<br />

missão, porém não encontra Lindóia, mas sim<br />

seu destino – o envenenamento – através da<br />

ação do Pe Balda. Já Lindóia, posteriormente<br />

a isso, e a ter a sua própria visão sobrenatural<br />

na qual surge o elogio ao Marquês de Pombal<br />

– reconstrutor de Lisboa, busca o suicídio,<br />

através de envenenamento por uma serpente,<br />

já que não suportava a ideia de casar-se com<br />

Baldeta – “afilhado” do Pe Balda.<br />

30) Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as seguintes<br />

afirmações, sobre Memórias de um Sargento de Milícias,<br />

de Manuel Antônio de Almeida.<br />

( ) Leonardo Pataca é o pai de um jovem indisciplinado,<br />

mas generoso, cujas aventuras e desacertos compõem a<br />

maior parte do romance.<br />

( ) A narrativa é marcada pelo humor com que são caracterizados<br />

os personagens que percorrem as ruas do<br />

Rio de Janeiro.<br />

( ) O romance expõe o tratamento que era dispensado aos<br />

escravos no século XIX e propõe o fim do tráfico escravista.<br />

( ) Vidigal tem a tarefa de manter o respeito à ordem no<br />

romance, mas não apela para a violência física e faz uso<br />

do diálogo e do convencimento.<br />

A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de<br />

cima para baixo, é<br />

(A) V - F - F - F. (D) F - F - V - V.<br />

(B) F - V - V - F. (E) V - V - F - F.<br />

(C) V - V - F - V.<br />

QUESTÃO 30 – LETRA E<br />

O romance Memórias de um Sargento de<br />

Milícias (1853), de Manuel Antonio de<br />

Almeida (1831-1861) revela-se um caso<br />

à parte dentro da estética romântica, visto<br />

que seu protagonista, Leonardo, não é o<br />

protótipo do herói romântico. Ele traz em si<br />

alguns “defeitos” de caráter, sendo, inclusive,<br />

“filho de uma pisadela e de um beliscão”. A<br />

narrativa é marcada pelo humor com que<br />

os personagens são caracterizados na busca<br />

de representar caracteres populares típicos<br />

da sociedade do Rio de Janeiro “no tempo<br />

do rei” (1808 - 1821). Leonardo terá como<br />

antagonista o Major Vidigal, que representa<br />

a ordem (embora os limites entre ordem e<br />

desordem no romance sejam tênues) e a<br />

executa de forma violenta. Não há qualquer<br />

manifesto abolicionista no romance, até<br />

porque o narrador centra-se nas camadas<br />

subalternas brasileiras, o que hoje pode ser<br />

chamado de classe média baixa.<br />

31) Leia os fragmentos abaixo. O primeiro é de Luiz Gama,<br />

um ex-escravo que se tornou militante do abolicionismo. O<br />

segundo é de Castro Alves, conhecido poeta abolicionista.<br />

Ver texto no site www.anglors.com<br />

Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as seguintes afirmações,<br />

sobre esses fragmentos.<br />

( ) Ambos os poemas foram escritos por abolicionistas<br />

que confrontam o passado, vivido em liberdade, com o<br />

presente, vivido sob a tirania da escravidão.<br />

( ) A opção pela primeira pessoa, no excerto de Gama,<br />

simboliza a resistência do escravo que, mesmo com o corpo<br />

preso, mantém o espírito livre.<br />

( ) As reticências do poema de Castro Alves reforçam o<br />

tom dramático que o eu-lírico imprime à cena descrita, da<br />

qual ele não participa, posto que é apenas um observador.<br />

( ) O segundo texto, ao descrever o movimento do escravo<br />

açoitado como uma dança, suaviza a violência do chicote<br />

e da própria condição servil.<br />

A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de<br />

cima para baixo, é<br />

(A) V - V - V - F. (D) F - V - F - F.<br />

(B) F - V - V - V. (E) V - F - F - V.<br />

(C) V - F - V - F.<br />

QUESTÃO 31 – LETRA A<br />

A questão propõe a comparação entre dois<br />

poemas. O primeiro de Luiz Gama (1830-<br />

1882), poeta romântico de biografia interessante,<br />

tendo sido, inclusive, vendido ilegalmente,<br />

aos dez anos, por seu próprio pai<br />

como escravo; afirma-se que devido a uma<br />

dívida de jogo). O segundo, de Castro Alves<br />

(1847-1871), o mais representativo poeta<br />

abolicionista do Brasil, autor de poesias famosas<br />

como O Navio Negreiro, do qual é retirado<br />

o excerto. Os dois poemas trabalham com<br />

a dimensão do confronto entre um passado e<br />

um lugar diferentes da situação atual de escravidão.<br />

A diferença central entre os poemas<br />

reside na construção em primeira pessoa do<br />

primeiro (escrito, de fato, por um ex-escravo) e<br />

a de terceira pessoa do segundo poema. Há a<br />

perspectiva de dramatização do "observador"<br />

no poema de Castro Alves. Também aqui, a<br />

descrição do movimento do açoite no escravo<br />

como uma dança não suaviza as marcas da<br />

violência, ao contrário, ilustra o paralelo que<br />

já havia sido feito entre o navio negreiro e o<br />

inferno dantesco na parte anterior.<br />

32) Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as seguintes<br />

afirmações, sobre Lucíola, de José de Alencar.<br />

( ) Paulo, recém-chegado ao Rio de Janeiro, sente-se atraído<br />

por uma jovem na Festa da Glória, ainda sem saber que se<br />

trata de uma bela prostituta chamada Lucíola.<br />

( ) Lucíola, prostituta muito solicitada, recusa as propostas de exclusividade<br />

de seus serviços, seja quem for o autor da proposta.<br />

( ) Paulo apaixona-se por Lucíola, mas reprova sua vida<br />

dissoluta; por isso, tenta convencê-Ia a abandonar o Rio<br />

de Janeiro e partir com ele para a Europa.<br />

( ) Lucíola é o nome forjado de Maria da Glória, moça que<br />

foi violentada por seu padrasto e obrigada a se prostituir<br />

depois de expulsa de casa.<br />

A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de<br />

cima para baixo, é<br />

(A) V - V - F - V. (D) F - F - V - V.<br />

(B) F - V - V - F. (E) V - F - F - V.<br />

(C) V - V - F - F.<br />

QUESTÃO 32 – LETRA C<br />

Mais uma vez a prova se equivoca num conceito<br />

simples de confundir o nome da personagem<br />

central do livro e o título simbólico<br />

dado pela organizadora das cartas enviadas<br />

por Paulo (a senhora GM). Em nenhum momento<br />

da narrativa a personagem central<br />

recebe o nome de Lucíola (pirilampo dos<br />

charcos) e sim de Lúcia, o que invalidaria as<br />

afirmações. O aluno atento, e lembrando-se<br />

do mesmo equívoco cometido no ano anterior,<br />

acabou desviando desse entrave, por não<br />

haver uma alternativa em que todas as afirmações<br />

estivessem erradas. Assim, apesar do<br />

erro, poderíamos chegar à resposta proposta<br />

como correta sabendo, que Lúcia se prostituiu<br />

pela primeira vez com Couto, por pressão da<br />

sua condição social (pobreza e doença da família).<br />

Na relação de Lúcia e Paulo, que foram<br />

apresentados na festa da Glória, temos que<br />

o jovem pernambucano não propõe uma ida<br />

para a Europa e precisa lidar com a forte personalidade<br />

da amante, que tinha fama de não<br />

ser exclusiva de ninguém.<br />

33) Considere as seguintes afirmações, sobre Memórias<br />

Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis.<br />

I - Brás Cubas manteve um caso amoroso com Marcela<br />

na juventude e, depois de conhecer a filosofia de Quincas<br />

Borba, voltou a tentar conquistar a antiga namorada.<br />

II - Virgília conheceu Brás Cubas antes de casar-se com Lobo<br />

Neves; não resistindo aos encantos do antigo namorado, manteve<br />

um caso com Brás Cubas depois da morte de Nhã-Loló.<br />

III - Brás Cubas conheceu Quincas Borba quando eram crianças,<br />

mas a convivência estabeleceu-se mais tarde, quando<br />

Quincas Borba veio a apresentar sua filosofia ao amigo.<br />

Quais estão corretas?<br />

(A) Apenas I. (D) Apenas II e III.<br />

(B) Apenas III. (E) I, II e III.<br />

(C) Apenas I e II.<br />

QUESTÃO 33 – LETRA B<br />

Mais uma vez a UFRGS dedica duas questões<br />

para uma mesma leitura obrigatória.<br />

As questões 33 e 34, que envolvem a<br />

obra Memórias Póstumas de Brás Cubas<br />

(1881), de Machado de Assis (1839-1908),<br />

referem-se ao enredo do romance que<br />

inaugura o Realismo brasileiro. Brás, em<br />

sua vida amorosa, relaciona-se com quatro<br />

mulheres. Marcela, seu amor na juventude,<br />

era uma cortesã espanhola, sendo que o pai<br />

do protagonista impede a continuidade da<br />

relação enviando o filho à Europa. O jovem,<br />

ao retornar, irá relacionar-se com Eugênia,<br />

a coxa, com Virgília, cujo relacionamento<br />

não vinga, visto que ela prefere casar-se<br />

com Lobo Neves. Todavia, após casada,<br />

ambos viverão uma relação adúltera.<br />

Após romper com Virgília, é que Brás, a<br />

pedido de sua irmã Sabina, irá noivar com<br />

Eulália, a Nhá Loló, cujo casamento não<br />

ocorre em virtude da morte da jovem. Em<br />

nenhum momento, Brás tenta retomar sua<br />

relação com Marcela. Ele a encontra por<br />

acaso: ela está “acabada”, o rosto coberto<br />

de marcas de bexiga. Promete retornar<br />

para vê-la e nunca mais aparece. Convém<br />

destacar também que Brás, embora deseje a<br />

nomeada, não atinge a fama desejada, não<br />

galgando nenhum grande cargo político em<br />

sua vida, embora tenha estudado Direito em<br />

Coimbra, curso que o próprio autor-defunto<br />

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evela pouco ter acrescentado em sua<br />

formação e tenha sido um pífio deputado.<br />

São personagens secundários do romance:<br />

Quincas Borba, que frequenta a mesma<br />

escola que Brás, quando crianças, e que o<br />

reencontra quando adultos, apresentando<br />

ao amigo a filosofia do Humanitas; Dona<br />

Plácida, a alcoviteira, que, após o término<br />

da relação de Brás e Virgília, acaba<br />

perdendo o pouco que lucrou para um<br />

pretendente que lhe enganou ao propor<br />

casamento; e Cotrim, marido de Sabina,<br />

homem desagradável e mau pagador.<br />

34) Assinale a alternativa correta, sobre Memórias Póstumas<br />

de Brás Cubas, de Machado de Assis.<br />

(A) Brás Cubas candidatou-se a deputado, foi eleito e<br />

proferiu discursos que causaram impacto a ponto de ter<br />

seu nome considerado para o cargo de ministro.<br />

(B) Brás Cubas estudou Direito em Coimbra, como outros<br />

brasileiros de sua classe, mas confessa ter aprendido pouco<br />

ao longo do curso.<br />

(C) Dona Plácida, depois que um pretendente lhe propôs<br />

casamento, abandonou a tarefa de alcoviteira do amor<br />

clandestino entre Brás e Virgília.<br />

(D) Quincas Borba considera Brás Cubas seu discípulo,<br />

mas só lhe revela alguns aspectos de sua filosofia para<br />

não causar mal-estar ao amigo.<br />

(E) O cunhado Cotrim é um homem desagradável, mas<br />

bom pagador, e discreto a ponto de evitar que suas ações<br />

de caridade venham a ser divulgadas.<br />

QUESTÃO 34 – LETRA B<br />

Ver comentário na questão 33.<br />

35) Considere as seguintes afirmações, sobre contos de<br />

Machado de Assis indicados como leitura obrigatória.<br />

I - O fato de Candinho percorrer ruas de nomes como da<br />

Ajuda e do Parto antecipa, com ironia, o destino da escrava<br />

por ele capturada.<br />

II - O riso para dentro e as cicatrizes na pele são marcas da<br />

violência da Sinhá sobre o espírito e o corpo de Lucrécia.<br />

III - A futilidade da personagem Mariana demonstra que<br />

Machado escrevia para agredir seu público leitor, basicamente<br />

feminino e burguês.<br />

Quais estão corretas?<br />

(A) Apenas I. (D) Apenas II e III.<br />

(B) Apenas II. (E) I, II e III.<br />

(C) Apenas I e II.<br />

QUESTÃO 35 – LETRA C<br />

A questão apresenta três afirmativas, uma<br />

para cada um dos contos de Machado de<br />

Assis (1839 - 1908) escolhidos como leituras<br />

obrigatórias para esse ano. Na primeira,<br />

sobre O pai contra a mãe, temos a referência<br />

a uma forma sutil da manifestação da ironia<br />

machadiana. Nesse conto, o nome das<br />

ruas "Ajuda" e "Parto", antecipam, de fato,<br />

o desfecho da narrativa; já que a escrava<br />

Arminda precisa e não obtém ajuda, sendo<br />

capturada por Cândido Neves e perdendo<br />

seu filho em um aborto. Sobre O caso da vara<br />

- conto em que Damião, que acabara de fugir<br />

do seminário, termina por entregar a vara<br />

a Sinhá Rita para que ela bata em Lucrécia<br />

-, a afirmativa se volta para as formas de<br />

manifestação do autoritarismo exercidas pela<br />

mulher sobre a menina. O controle do riso e<br />

a contensão da tosse são marcas da violência<br />

interior a que a menina Lucrécia estava<br />

sujeita que encontram par nas cicatrizes<br />

da menina, indicadoras da violência física<br />

que também sofria. O comentário sobre O<br />

capítulo dos chapéus se dá em função da<br />

forma como o conto é construído em relação<br />

à expectativa de leitura do público da época.<br />

O erro da afirmativa não está na referência<br />

empírica à classificação do público de que<br />

Machado dispunha, porque de fato a mulher<br />

da classe dita burguesa no Brasil novecentista<br />

compunha a maior parte desse público. O<br />

tom não é agressivo. Ao contrário, a visão<br />

sobre a futilidade dos hábitos de Mariana é<br />

compartilhada com o leitor sem manifestação<br />

ofensiva - apesar de irônica - por parte do<br />

narrador. Da mesma forma, a reação de<br />

Mariana ao despeito sofrido pelo marido não<br />

a leva à prática de nenhum ato que pudesse<br />

ser considerado escandaloso. Cabe lembrar<br />

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que a primeira publicação desse conto não<br />

foi em livro, foi na revista A Estação, cujo<br />

público era basicamente feminino.<br />

36) Leia o trecho abaixo, extraído do romance O Primo<br />

Basílio, de Eça de Queirós.<br />

Estavam parados ao pé da confeitaria. Na vidraça, por trás<br />

deles, emprateleirava-se uma exposição de garrafas de malvasia<br />

com os seus letreiros muito coloridos, transparências<br />

avermelhadas de gelatinas, amarelidões enjoativas de doces<br />

de ovos, e queques de um castanho-escuro tendo espetados<br />

cravos tristes de papel branco ou cor-de-rosa. Velhas natas<br />

lívidas amolentavam-se no oco dos folhados; ladrilhos grossos<br />

de marmelada esbeiçavam-se ao calor; as empadinhas<br />

de marisco aglomeravam as suas crostas ressequidas.<br />

Com relação a este trecho, assinale a alternativa que<br />

preenche corretamente as lacunas do enunciado abaixo,<br />

na ordem em que aparecem.<br />

No trecho do romance, percebe-se a preocupação do<br />

escritor com a ........ dos pormenores do ambiente, característica<br />

própria do estilo ........ . Termos como "enjoativas",<br />

"tristes" e "ressequidas", empregados neste contexto, concretizam<br />

a visada ........ que o narrador expressa sobre a<br />

sociedade lisboeta.<br />

(A) descrição - realista - crítica<br />

(B) narração - impressionista - crítica<br />

(C) descrição - realista - nostálgica<br />

(D) narração - realista - nostálgica<br />

(E) descrição - impressionista - crítica<br />

QUESTÃO 36 – LETRA A<br />

No fragmento de O primo Basílio (1878), de<br />

Eça de Queirós (1845-1900), destacado na<br />

questão, nota-se uma das características da<br />

estética real-naturalista: a descrição minuciosa<br />

do ambiente, como se percebe, por exemplo,<br />

no trecho “...emprateleirava-se uma<br />

exposição de garrafas de malvasia com os<br />

seus letreiros muito coloridos”. Há no romance<br />

uma intenção clara de crítica em relação<br />

à pequena burguesia lisboeta, sobretudo no<br />

que diz respeito à hipocrisia das relações familiares<br />

e amorosas. Todavia, no fragmento,<br />

a crítica, embora o trecho seja preponderantemente<br />

descritivo, revela-se no uso de adjetivos<br />

depreciativos em relação ao que é visto<br />

através da vidraça da confeitaria. A questão,<br />

apesar de ser feita sobre uma leitura obrigatória,<br />

dispensa a leitura prévia e integral do<br />

texto, visto que exige do aluno um conhecimento<br />

superficial do momento literário em<br />

que a obra se insere.<br />

37) Considere as seguintes afirmações sobre obras de três<br />

escritores do século XIX.<br />

I - O Ateneu, de Raul Pompeia, examina e avalia, mediante<br />

narrador em primeira pessoa, a experiênda do menino Sérgio,<br />

que tenta adaptar-se, contestar, estabelecer amizades, etc.,<br />

no ambiente hostil do colégio, sob a autoridade de Aristarco.<br />

II - O Cortiço, de Aluísio Azevedo, registra o árduo cotidiano<br />

das camadas populares, na segunda metade do<br />

século XIX, através de um relato pontuado de comentários<br />

irônicos quanto às explicações pretensamente dentíficas do<br />

comportamento humano.<br />

III - Triste Fim de PoIicarpo Quaresma, de Lima Barreto,<br />

narra as desventuras de um burocrata patriota que, antes<br />

de combater a Revolta da Armada, tenta incrementar a<br />

produtividade rural mediante distribuição de terras e diálogo<br />

com os lavradores.<br />

Quais estão corretas?<br />

(A) Apenas I. (D) Apenas II e III.<br />

(B) Apenas III. (E) I, II e III.<br />

(C) Apenas I e II.<br />

QUESTÃO 37 – LETRA A<br />

A questão centra-se fundamentalmente no<br />

reconhecimento de enredos de livros relevantes<br />

do final do século XIX e início do XX. Em<br />

O Ateneu (1888), de Raul Pompéia (1863-<br />

1895), narrativa em primeira pessoa feita<br />

por Sérgio, o ambiente do colégio é efetivamente<br />

hostil, exigindo do protagonista uma<br />

tentativa de adaptação. Já em O Cortiço<br />

(1890), de Aluísio de Azevedo (1857-1913),<br />

pelo seu caráter cientificista, não abre margem<br />

a comentários irônicos sobre convicções<br />

científicas da época. Em Triste Fim de Policarpo<br />

Quaresma (1911) de Lima Barreto (1881-<br />

1922), o protagonista, apesar da sua empresa<br />

agrícola, não propõe distribuição de<br />

terras, tampouco diálogo com os lavradores.<br />

38) Assinale a alternativa que preenche corretamente as<br />

lacunas do enunciado abaixo, na ordem em que aparecem.<br />

Contos Gauchescos, de Simões Lopes Neto, são narrados<br />

por ......., gaúcho ......, que conta suas estórias para ......; o<br />

conjunto revela um extraordinário painel da vida campeira.<br />

(A) Romualdo - jovem e rebelde - uma plateia<br />

(B) Blau Nunes - maduro e altivo - uma plateia<br />

(C) Blau Nunes - jovem e rebelde - um interlocutor silencioso<br />

(D) Romualdo - maduro e altivo - um interlocutor silencioso<br />

(E) Blau Nunes - maduro e altivo - um interlocutor silencioso<br />

QUESTÃO 38 – LETRA E<br />

Nos Contos Gauchescos (1912), Simões<br />

Lopes Neto (1865-1916) cria uma pequena<br />

revolução narrativa de temática regionalista,<br />

ao associar a cultura oral com a letrada.<br />

Blau Nunes, narrador de todos os 19 contos<br />

do livro, não escreve suas histórias, mas as<br />

transmite numa situação de diálogo. Quando<br />

velho serviu de guia a um moço anônimo,<br />

como se percebe no prefácio do livro. Já este<br />

interlocutor (narratário) escuta as palavras de<br />

Blau e as transcreve em texto, porém nunca<br />

suas próprias palavras aparecem, o que o<br />

configura como silencioso.<br />

39) Leia os seguintes fragmentos, o primeiro extraído do<br />

poema Ode Triunfal, e o segundo, do poema Tabacaria,<br />

ambos de Fernando Pessoa.<br />

Ver texto no site www.anglors.com<br />

Sobre esses fragmentos, são feitas as seguintes afirmações.<br />

I - Como representante da corrente futurista, Ode Triunfal celebra<br />

o progresso, a velocidade, a máquina, em suma, o novo.<br />

II - No segundo fragmento, o eu-lírico define sua existência<br />

a partir de negatividades e impossibilidades.<br />

III - O eu-lírico do segundo fragmento associa-se a grandes<br />

vultos históricos com vistas a superar o caráter provinciano<br />

português.<br />

Quais estão corretas?<br />

(A) Apenas I. (D) Apenas I e II.<br />

(B) Apenas II. (E) I, II e III.<br />

(C) Apenas III.<br />

QUESTÃO 39 – LETRA D<br />

A questão sobre os poemas de Álvaro de<br />

Campos, heterônimo de Fernando Pessoa<br />

(1888-1935), acabou desprezando oito dos<br />

dez textos propostos e, talvez, até mesmo<br />

todos os dez, por colocar dois fragmentos<br />

e cobrar uma interpretação de texto que<br />

praticamente nada pedia além do que<br />

estava nos fragmentos. Sendo a Ode Triunfal<br />

da fase Futurista de Campos ele realmente<br />

celebra a máquina e o progresso como se<br />

percebe nas expressões Ser completo como<br />

uma máquina ou Poder ir na vida como um<br />

automóvel último modelo!.<br />

Já na Tabacaria o tom melancólico<br />

(“negatividades e impossibilidades”) está<br />

presente na comparação com vultos<br />

históricos que servem apenas para ampliar<br />

o isolamento nihilista de Campos (mas<br />

sou, e talvez seja sempre, o da mansarda)<br />

e não como superação do provincianismo<br />

português.<br />

40) Considere as seguintes afirmações, sobre obras de<br />

dois escritores do século XX.<br />

I - Em O Retrato, de Erice Verissimo, prossegue a saga do<br />

clã Terra Cambará, tendo por foco principal a trajetória de<br />

Rodrigo Cambará, bisneto do célebre capitão.<br />

II - Em Angústia, de Graciliano Ramos, Luís da Silva tem<br />

parcos rendimentos como funcionário público e obtém<br />

algum dinheiro escrevendo artigos sob encomenda.<br />

III - Em São Bernardo, de Graciliano Ramos, Paulo Honório<br />

entra em crise depois que sua mulher foge da fazenda para<br />

voltar a ser professora.<br />

Quais estão corretas?<br />

(A) Apenas I. (D) Apenas II e III.<br />

(B) Apenas III. (E) I, II e III.<br />

(C) Apenas I e II.<br />

QUESTÃO 40 – LETRA C<br />

A questão 40 aborda os enredos de três<br />

textos representativos do Romance de 30: um<br />

de Erico Veríssimo (1905-1975), O retrato,<br />

segundo volume da trilogia O tempo e o vento<br />

(1949 a 1961), em que é dada continuidade<br />

à saga da família Terra-Cambará (famíliasímbolo<br />

da formação do <strong>RS</strong>), tendo como foco<br />

central a figura sedutora de Rodrigo Cambará,<br />

médico formado que retorna à Santa Fé;<br />

e dois de Graciliano Ramos (1892-1953):<br />

Angústia (1936), em que o protagonista,<br />

Luís da Silva, funcionário público, que busca<br />

ampliar seus rendimentos escrevendo alguns<br />

artigos. O personagem, no entanto, ao não se<br />

adaptar à cidade, visto que é oriundo de uma<br />

família de latifundiários, acaba por tornar-se<br />

um criminoso e São Bernardo (1934), em que<br />

Paulo Honório escreve suas memórias, após a<br />

morte de sua esposa, Madalena, que expressa<br />

uma visão socialista em relação ao trato com<br />

os empregados, o que conflituará a relação<br />

do casal e culminará com o seu suicídio.<br />

É interessante destacar o caráter de verossimilhança,<br />

de denúncia e de crítica expresso<br />

pelo conjunto de narrativas publicadas no<br />

Brasil no período de 1930 a 1970.<br />

41) Considere as seguintes afirmações, sobre Porteira<br />

Fechada, de Cyro Martins.<br />

I - O narrador em terceira pessoa é distanciado e não se<br />

permite muitos comentários e avaliações sobre os personagens<br />

da obra, no que se assemelha ao narrador do<br />

romance Os Ratos, de Dyonélio Machado.<br />

II - Há uma nítida diferença entre o registro de linguagem<br />

do narrador e o registro de linguagem dos personagens<br />

incultos, cujos desvios em relação à norma gramatical são<br />

reproduzidos com algum detalhe.<br />

III - João Guedes é a encarnação do peão de estância que,<br />

embora nunca tenha possuído terra e bens, orgulha-se de<br />

manter seu cavalo e de prestar serviços na lide pecuária e<br />

na atividade guerreira.<br />

Quais estão corretas?<br />

(A) Apenas I. (D) Apenas II e III.<br />

(B) Apenas lI. (E) I, II e III.<br />

(C) Apenas I e III.<br />

QUESTÃO 41 – LETRA B<br />

Tratando do livro Porteira Fechada (1944)<br />

do escritor e psicanalista gaúcho Cyro<br />

Martins (1908-1995), três afirmativas são<br />

feitas. Questão muito curiosa, já que pela<br />

primeira vez temos a comparação de uma<br />

leitura obrigatória com outro texto. Mesmo<br />

que ambos estejam em terceira pessoa e<br />

sejam oniscientes, os narradores de Os Ratos<br />

(1935), do também gaúcho e psicanalista<br />

Dyonélio Machado (1895-1985), e do<br />

Porteira são bastante diferentes. No livro de<br />

Dyonélio, o enredo é focalizado pela perspectiva<br />

de Naziazeno, o personagem principal.<br />

Já no Porteira, a onisciência do narrador<br />

se manifesta de forma mais evidente.<br />

Conhecemos a identificação que o narrador<br />

manifesta em relação a João Guedes, por<br />

exemplo, cujos atos - inclusive os roubos<br />

das ovelhas - são justificados por essa visão<br />

do narrador que concentra sua crítica<br />

no contexto social que não deixa alternativas<br />

para os indivíduos, podendo levar inclusive<br />

os íntegros à degradação. Quanto à linguagem,<br />

como um típico romance de 30, a do<br />

narrador é padrão e urbana. O que marca<br />

um contraste com os personagens de estrato<br />

social menos privilegiado.<br />

42) A Com base no texto Campo Geral, da obra Manuelzão<br />

e Miguilim, de João Guimarães Rosa, associe adequadamente<br />

cada uma das descrições da coluna da esquerda, abaixo,<br />

ao respectivo personagem, citado na coluna da direita.<br />

1 - Dito 4 - Miguilim<br />

2 - Patori 5 - Vovó Izidra<br />

3 - Maitiña<br />

( ) Tinha má índole; pregava peças nos outros e tinha<br />

interesse nos assuntos da sexualidade.<br />

( ) Destacava-se pela sensatez e pela coragem; queria tudo<br />

observar e dava respostas sábias.<br />

( ) Vestia-se de preto e chamava atenção pela magreza;<br />

gostava do escuro e de rezar.<br />

( ) Pensava muito na morte; era sensível, solitário e não<br />

compreendia o mundo dos adultos.<br />

A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de<br />

cima para baixo, é<br />

(A) 3 - 4 - 5 - 2. (D) 2 - 1 - 5 - 4.<br />

(B) 4 - 1 - 3 - 5. (E) 2 - 4 - 1 - 3.<br />

(C) 5 - 2 - 3 - 4.<br />

<strong>Anglo</strong> Resolve<br />

Vestibular UFRGS - 2011<br />

5


QUESTÃO 42 – LETRA D<br />

Sobre o livro Manuelzão e Miguilim (1956)<br />

de Guimarães Rosa (1908-1967), mais<br />

uma vez, apareceram duas questões para<br />

uma leitura com alto grau de complexidade.<br />

A primeira, dedicada à narrativa Campo<br />

Geral exigia dos alunos o reconhecimento<br />

de personagens do texto. Sendo assim,<br />

precisava-se perceber Miguilim, pela sua<br />

sensibilidade e incompreensão do mundo<br />

adulto, marcadamente violento; Dito, como<br />

o que tinha respostas filosóficas e era<br />

capaz de atos de sensatez; Patori, como<br />

um contraponto aos dois irmãos, pela sua<br />

relação com a sexualidade e a maldade; e<br />

Vovó Izidra, que representava a religiosidade<br />

“oficial” e mantinha um certo luto, ao<br />

contrário de Mãitina (que foi grafado errado<br />

na prova), a negra que representava a<br />

religiosidade popular.<br />

43) Considere as seguintes afirmações, sobre o texto Uma<br />

Estória de Amor, da obra Manuelzão e Miguilim, de João<br />

Guimarães Rosa.<br />

I - Como numa romaria, o povo dirigia-se à fazenda Samarra<br />

para oferecer presentes para a inauguração da capela de Nossa<br />

Senhora do Socorro: apareceram desde conchas, plantas<br />

e bichos até objetos bizarros e artesanatos de folha de buriti.<br />

II - Manuelzão construiu a casa da fazenda à margem de<br />

um riachinho que secou misteriosamente; na mesma época,<br />

o vaqueiro passou a sentir-se doente, com medo da morte.<br />

III - A força da história do Boi Bonito, que era tido como<br />

invencível e misterioso, contada pelo velho Camilo, seduziu<br />

Manuelzão e o fez compreender seu destino.<br />

Quais estão corretas?<br />

(A) Apenas I. (D) Apenas II e III.<br />

(B) Apenas II. (E) I, II e III.<br />

(C) Apenas III.<br />

QUESTÃO 43 – LETRA E<br />

Na questão, todas as afirmativas estavam<br />

corretas sobre Uma estória de amor. A<br />

inauguração da capela, que antecede<br />

à festa, é realizada com grande sucesso<br />

e os visitantes trazem muitos presentes.<br />

Essa narrativa tem como um de seus<br />

focos o envelhecimento de Manuelzão e<br />

sua dificuldade em aceitá-lo. Assim como<br />

em Campo Geral, os paralelos entre a<br />

trajetória dos personagens e a natureza<br />

está posta, é o caso do riacho que seca,<br />

indicando o fim do ciclo (construído<br />

em paralelo com a idade avançada de<br />

Manuelzão). Elemento central na narrativa<br />

é a valorização das estórias, do hábito de<br />

contá-las. Sobre isso Manuelzão reflete na<br />

noite que antecede à festa. Quase ao final<br />

do livro, a história do Boi Bonito é a última<br />

a ser contada. Em dado momento todos<br />

param para pôr atenção no velho Camilo<br />

que conta a estória, cujo término antecede<br />

a partida de Manuelzão, que vai viajar<br />

tocando a boiada.<br />

44) Considere o poema abaixo, de carlos Drummond<br />

de Andrade.<br />

Ver texto no site www.anglors.com<br />

Com base neste poema, é correto afirmar que o eu-lírico<br />

(A) declara que proferiu alguns poemas depois de ter<br />

tentado diminuir o sofrimento do semelhante.<br />

(B) declara que procurou tesouros desaparecidos apesar<br />

da cegueira provocada pela sombra do catre.<br />

(C) se pergunta como admirar um homem, se ele se esconde<br />

sob concordâncias vegetais e murmúrios de riso.<br />

(D) se pergunta sobre murmúrios de riso, entrega e piedade,<br />

os quais esconderiam a mulher amada.<br />

(E) declara que não amou a si mesmo nem a ninguém,<br />

a não ser o pássaro que colidiu contra a asa do avião.<br />

QUESTÃO 44 – LETRA E<br />

Em mais uma questão de compreensão de<br />

texto, o aluno deveria perceber, especialmente<br />

na última estrofe do poema Confissão, do livro<br />

Claro Enigma (1951), de Carlos Drummond<br />

de Andrade, que o poeta faz exatamente o<br />

que o título propõe, percebendo-se alguém<br />

que não amou o suficiente nem os outros nem<br />

a ele mesmo e termina com certa ironia de<br />

que teria amado apenas o pássaro que colidiu<br />

com a asa do avião.<br />

6<br />

<strong>Anglo</strong> Resolve<br />

Vestibular UFRGS - 2011<br />

45) Assinale a alternativa correta em relação à peça O<br />

Pagador de Promessas, de Dias Gomes.<br />

(A) O padre recusou a entrada de zé-do-Burro na igreja<br />

por entender que, realizando sua promessa, o camponês<br />

entregaria a alma ao Diabo.<br />

(B) O repórter explicita os interesses de Zé-do-Burro ao descrevê-lo<br />

no jornal como um Messias que pregava a revolução.<br />

(C) Zé-do-Burro mantém-se coerente ao longo de todo seu<br />

percurso, que culmina com a morte, quando, carregado pelos<br />

capoeiristas, finalmente consegue entrar na igreja com a cruz.<br />

(D) Zé-do-Burro é um herói épico porque desafiou os<br />

poderes da Igreja e do Estado quando deu o exemplo de<br />

distribuir as terras entre seus empregados.<br />

(E) Com o fracasso de Zé-do-Burro, o autor defende a<br />

inviabilidade do sincretismo religioso no Brasil, pois uma promessa<br />

feita num terreiro nunca poderia ser paga numa igreja.<br />

QUESTÃO 45 – LETRA C<br />

Percebe-se também na questão que envolve<br />

a leitura de O pagador de promessa (1959),<br />

de Dias Gomes (1922-1999) uma ênfase<br />

da prova no enredo dos textos de leitura<br />

obrigatória. Único representante do gênero<br />

dramático, O pagador de promessas aborda<br />

a história de Zé do Burro, homem honesto,<br />

humilde, que acompanhado por sua esposa<br />

Rosa chega à praça em frente à igreja de Santa<br />

Bárbara, a fim de completar sua promessa<br />

de colocar uma cruz, tão pesada quanto à de<br />

Cristo, diante do altar. Todavia, por ter feito a<br />

promessa num terreiro de candomblé e com<br />

a intenção de salvar Nicolau, seu burro, Zé<br />

é hostilizado por Pe. Olavo, que não permite<br />

que ele cumpra sua promessa. Zé mantémse<br />

firme em seu propósito, não cedendo a<br />

nenhum apelo da sociedade como um todo:<br />

mídia, comércio, religião, lei. O protagonista<br />

aproxima-se a um herói trágico, visto que<br />

suas ações, apesar de bem-intencionadas, o<br />

encaminham para um final catastrófico, em<br />

que, por não abrir mão de sua verdade, será<br />

assassinado e, só assim, entrará na igreja e<br />

atingirá seu objetivo.<br />

É interessante ressaltar também que a peça<br />

obedece fielmente à regra das três unidades:<br />

tempo (um dia), espaço (praça em frente á<br />

igreja) e ação (cumprimento da promessa).<br />

46) Assinale a alternativa correta em relação a poemas<br />

de Estrela da Vida Inteira, de Manuel Bandeira.<br />

(A) Ao defender o poeta sórdido como "aquele em cuja<br />

poesia há a marca suja da vida", Bandeira expressa sua<br />

crítica ao uso de temas vulgares na poesia modernista.<br />

(B) No poema Trem de Ferro, versos como "Vou depressa /<br />

Vou correndo / Vou na roda / Que só levo / Pouca gente<br />

/ Pouca gente / Pouca gente ... " reproduzem o ritmo e a<br />

rotina repetitivos do trem.<br />

(C) Nos versos "Andarei de bicideta / Montarei em burro<br />

brabo / Subirei no pau-de-sebo / Tomarei banhos de mar",<br />

de Vou-me embora pra pasárgada, o eu-lírico quer realizar<br />

no lugar idealizado coisas típicas do mundo desenvolvido.<br />

(D) Ao mencionar "Perdi o jeito de sofrer. / Ora essa. / Não<br />

sinto mais aquele gosto cabotino da tristeza", percebe-se a<br />

inclinação de Bandeira pelo ideal romântico que entende<br />

a poesia como sofrimento.<br />

(E) No trecho "O meu reino pelas três mulheres do sabonete<br />

Araxá", o eu¬lírico critica o poder da propaganda sobre<br />

sua existência.<br />

QUESTÃO 46 – LETRA B<br />

Infelizmente e novamente, a leitura obrigatória<br />

composta por centenas de poemas de Manuel<br />

Bandeira (1886-1968), foi relegada a uma<br />

sequência de fragmentos que estavam muito<br />

mais próximos do reconhecimento temático e<br />

da interpretação do que qualquer outra coisa.<br />

Bandeira em Nova Poética reconhece que<br />

é preciso “sujar” a poesia com os temas da<br />

sociedade. Já em Trem de ferro a musicalidade<br />

se faz presente reproduzindo o barulho do<br />

veículo do título. Em Vou-me embora pra<br />

Pasárgada, os desejos expressos na terceira<br />

estrofe evocam a simplicidade das atividades<br />

da juventude que um tuberculoso não pode<br />

realizar. No poema Oração a Teresinha do<br />

Menino Jesus, não se percebe a idealização<br />

romântica. Por fim, em Balada das três<br />

mulheres do Sabonete Araxá, o encantamento<br />

se dá pela imagem das três mulheres e não<br />

por estarem ou não num rótulo comercial.<br />

47) Considere os seguintes trechos de canções.<br />

SAMBA E AMOR<br />

Chico Buarque<br />

Eu faço samba e amor até mais tarde E tenho muito sono de<br />

manhã Escuto a correria da cidade, que arde E apressa o dia<br />

de amanhã<br />

De madrugada a gente ainda se ama E a fábrica começa a<br />

buzinar O trânsito contorna a nossa cama, reclama Do nosso<br />

eterno espreguiçar<br />

SAMPA<br />

Caetano Veloso<br />

Alguma coisa acontece no meu coração Que só quando<br />

cruza a Ipiranga e a avenida São João É que quando eu<br />

cheguei por aqui eu nada entendi Da dura poesia concreta<br />

de tuas esquinas Da deselegância discreta de tuas meninas<br />

Ainda não havia para mim Rita Lee A tua mais completa<br />

tradução Alguma coisa acontece no meu coração Que só<br />

quando cruza a Ipiranga e a avenida São João<br />

Considere as seguintes afirmações, sobre os trechos destas<br />

canções.<br />

I - Em Samba e Amor, encontra-se estabelecida uma situação<br />

em que o eu-lírico se entrega à arte e ao amor, em oposição<br />

ao movimento urbano que vai associado à velocidade e a<br />

apelos ao trabalho.<br />

II - Em Sampa, o eu-lírico está imerso no quadro urbano,<br />

cruzando ruas e avenidas, ao mesmo tempo em que enuncia<br />

sua recusa e protesto contra a deselegânda das meninas e<br />

a música de Rita Lee.<br />

III - Nas duas canções, o ambiente urbano faz contraste<br />

com as declarações do eu-lírico, que podem oscilar entre<br />

a crítica às más condições de tráfego e a idealização de<br />

símbolos cosmopolitas.<br />

Quais estão corretas?<br />

(A) Apenas I. (D) Apenas I e III.<br />

(B) Apenas II. (E) I, II e III.<br />

(C) Apenas III.<br />

QUESTÃO 47 – LETRA A<br />

Ambas canções constroem-se através da<br />

oposição entre os elementos da rotina e do<br />

meio urbano e formas de arte e o amor. Na<br />

primeira canção, "samba" e "amor" contrapõem-se<br />

à "correria da cidade", à "fábrica",<br />

à "buzina"... Na segunda, há a declaração<br />

de que o sujeito se emociona diante da "deselegância<br />

discreta das meninas" e que Rita<br />

Lee é a "mais completa tradução" da cidade<br />

de São Paulo para o eu-lírico. Dessa forma,<br />

a ênfase recai na situação de encantamento<br />

do sujeito e não se volta para criticar os problemas<br />

do trânsito e muito menos a cantora<br />

Rita Lee e as meninas da cidade.<br />

48) Considere as seguintes afirmações, sobre o livro de contos Feliz<br />

Ano Novo, de Rubem Fonseca.<br />

I - O conto Agruras de um Jovem Escritor é um dos poucos escrito<br />

em terceira pessoa; seu personagem principal é certo escritor pouco<br />

conhecido, mas premiado, que tenta livrar-se de Lígia, sua namorada<br />

impertinente e talentosa.<br />

II - O conto Feliz Ano Novo apresenta um violento assalto ocorrido<br />

em uma mansão do Rio de Janeiro: três assaltantes perpetram<br />

brutalidades que incluem estupro, espancamento e assassinato,<br />

narrados por um dos criminosos.<br />

III - O conto Intestino Grosso é composto pela entrevista de um<br />

escritor famoso que responde às perguntas de outro ficcionista, o<br />

qual se mostra satisfeito com as respostas que ostentam cinismo<br />

pedante, arrogância exibicionista e desrespeito pelo público leitor.<br />

Quais estão corretas?<br />

(A) Apenas I. (D) Apenas II e III.<br />

(B) Apenas II. (E) I, II e III.<br />

(C) Apenas I e III.<br />

QUESTÃO 48 – LETRA B<br />

A questão sobre o livro Feliz Ano Novo (1975),<br />

de Rubem Fonseca (1925), embora a prova<br />

exigisse a leitura do livro na íntegra (quinze<br />

contos), enfocou apenas três, abordando<br />

seus aspectos de enredo e de foco narrativo.<br />

Convém lembrar que há apenas dois contos<br />

no livro cujo narrador não está em primeira<br />

pessoa: Entrevista e O pedido. Assim, os três<br />

contos abordados na questão: Agruras de um<br />

jovem escritor, Feliz Ano Novo e Intestino grosso<br />

são escritos em primeira pessoa, expressando<br />

a visão dos protagonistas e respeitando a voz<br />

própria de cada personagem de acordo com<br />

o lugar social que ocupam.<br />

Feliz Ano Novo, conto que abre a coletânea<br />

homônima de Rubem Fonseca, com certeza,<br />

é aquele em que a violência é narrada de<br />

forma mais explícita, com cenas de estupros,<br />

de assassinatos, de mutilação, sem qualquer<br />

expressão de remorso por parte do narrador.<br />

Em Intestino grosso, conto que fecha o livro,<br />

um repórter narra o acerto feito com escritor<br />

nominado de Autor, em que este receberá<br />

cachê de acordo com o número de palavras<br />

que a entrevista contiver. Convém destacar<br />

que o entrevistador não é um ficcionista, ou<br />

seja, um escritor como o Autor, mas sim um<br />

repórter, que, após a entrevista, revela certa<br />

crítica ao material coletado, comparando-o a<br />

um Dialogue dês Morts do classicismo francês,<br />

ficando, também, bastante irritado, quando,<br />

ao telefonar para o Autor dizendo que lhe<br />

enviaria o cheque do pagamento, este lhe<br />

bate o telefone na cara.<br />

49) Assinale a alternativa correta, sobre o romance O Filho<br />

Eterno, de Cristóvão Tezza.<br />

(A) O pai de Felipe narra sua complexa relação com o filho<br />

portador de deficiência e, ao mesmo tempo, repassa sua<br />

carreira de escritor e de professor.<br />

(B) O menino Felipe passa por um tratamento psicomotor<br />

que o deixa três anos afastado do pai, o qual só o encontra<br />

nos fins de semana.<br />

(C) O menino Felipe passa os primeiros dez anos de vida<br />

reduzido ao círculo familiar, uma vez que as creches e<br />

escolas não o recebem.<br />

(D) O pai de Felipe, o narrador da estória, engaja-se no<br />

tratamento do filho depois do episódio em que o menino<br />

se perdeu ao sair de casa.<br />

(E) O menino Felipe demonstra serenidade e maturidade<br />

no episódio em que o pai, descontrolado, se envolve em<br />

uma briga de trânsito.<br />

QUESTÃO 49 – LETRA A<br />

Embora a banca da UFRGS aponte a<br />

alternativa A como correta em relação ao<br />

romance de Cristóvão Tezza (1952), O filho<br />

eterno (2007), percebe-se que ela está em<br />

desacordo com o foco narrativo do livro,<br />

visto que afirma que a história é narrada<br />

pelo “pai de Felipe”, quando, na verdade, a<br />

narração é feita em terceira pessoa. Temos<br />

um narrador onisciente focado, é claro,<br />

no pai de Felipe, mas este NÃO é o pai de<br />

Felipe, como se pode perceber no fragmento<br />

abaixo retirado do livro: “O pai começa a<br />

se sentir melhor. Na verdade, começa a ser<br />

tomado pela ideia de normalidade. É uma<br />

corrida, ele pensa prosaicamente.” (p. 89)<br />

As demais questões também apresentam<br />

incoerências em relação ao livro, visto que:<br />

• Alternativa B: o afastamento do pai e do<br />

filho não se dá em virtude de este estar<br />

realizando tratamento de saúde, mas pelo<br />

fato de o pai ter passado em um concurso<br />

público em outro estado: Santa Catarina<br />

• Alternativa C: Felipe frequenta a mesma<br />

creche que sua irmã até os 8 anos, momento<br />

em que a família terá dificuldade de inserilo<br />

em escolas, devido à sua síndrome;<br />

• Alternativa D: O pai de Felipe NÃO<br />

narra a história e seu engajamento no<br />

tratamento do filho ocorre desde o início,<br />

visto que busca estimular o menino, a fim<br />

de que as sequelas da síndrome possam ser<br />

minimizadas.<br />

• Alternativa E: No episódio em que o pai se<br />

descontrola no trânsito e agride verbalmente<br />

um outro motorista, Felipe não demonstra<br />

serenidade e nem maturidade (visto que não<br />

a tem). Ele agita-se e repete um palavrão<br />

pronunciado pelo pai.<br />

50) Leia o fragmento abaixo, de História do Cerco de Lisboa,<br />

de José Saramago, único autor de língua portuguesa<br />

que, até o presente, recebeu o prêmio Nobel de Literatura.<br />

[...] com a mão Jirme segura a esferográfica e acrescenta<br />

uma palavra à página, uma palavra que o historiador não<br />

escreveu, que em nome da verdade histórica não poderia<br />

ter escrito nunca, a palavra Não, agora o que o livro passou<br />

a dizer é que os cruzados Não auxiliarão os portugueses<br />

a conquistar Lisboa, assim está escrito e portanto passou<br />

a ser verdade, ainda que diferente, o que chamamos falso<br />

prevaleceu sobre o que chamamos verdadeiro, tomou o<br />

seu lugar [ ...].<br />

Considere as seguintes afirmações, sobre esse fragmento.<br />

I - Evidencia-se um modelo de narrador que se intromete no<br />

relato colocando em evidência seus modos de construção.<br />

II - O historiador substitui o narrador na tarefa de relatar<br />

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o episódio do cerco de Lisboa, porque a história tem o<br />

compromisso com a verdade dos fatos.<br />

III - Questionam-se os limites entre história e ficção, bastando,<br />

nesse caso, uma palavra para modificar uma visão<br />

anteriormente estabelecida sobre o passado.<br />

Quais estão corretas?<br />

(A) Apenas I. (D) Apenas I e III.<br />

(B) Apenas II. (E) I, II e III.<br />

(C) Apenas III.<br />

QUESTÃO 50 – LETRA D<br />

Tal questão exige do vestibulando apenas a<br />

capacidade interpretativa em relação a um<br />

fragmento do romance História do cerco de<br />

Lisboa, de José Saramago (1922-2010), um<br />

dos autores portugueses contemporâneos<br />

mais reverenciados e recentemente falecido. O<br />

romance em questão funde duas histórias: a<br />

de um revisor de textos que resolve acrescentar<br />

a palavra não numa obra intitulada História<br />

do cerco de Lisboa, fazendo com que os<br />

cruzados não ajudem o rei lisboeta a lutar<br />

contra os muçulmanos (fragmento expresso na<br />

questão) e a história da tomada de Lisboa aos<br />

muçulmanos em que o auxílio dos cruzados<br />

não irá ocorrer. Assim, a negativa proposta<br />

pelo revisor é motivo para que o autor<br />

reescreva a história do cerco de Lisboa.<br />

Em relação à alternativa I, percebe-se que, de<br />

fato, o narrador emite juízo de valor sobre o ato<br />

do personagem ao escrever a palavra “não”,<br />

colocando que, apesar de falso, o escrito<br />

passou a ser verdade, visto que se trata de um<br />

relato histórico, questionando os limites entre<br />

ficção e realidade, revelando que, por vezes,<br />

a escolha de determinadas palavras pode<br />

construir uma “outra” verdade factual (III). Já<br />

em relação à afirmativa II, nota-se que ocorre<br />

uma inversão, visto que o narrador assume o<br />

papel do historiador na tarefa de recontar o<br />

cerco de Lisboa, problematizando o papel da<br />

história como detentora da verdade.<br />

ESPANHOL<br />

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QUESTÃO 51 – LETRA A<br />

No texto, o personagem-sujeito percebe a<br />

alteridade desde si próprio. Ele se coloca<br />

como o ponto de partida para uma análise de<br />

cotejamento étnico, isso faz com que se erga<br />

uma percepção unilateral da situação. “Aos<br />

homens falta ver-se como os outros” é a frase<br />

que sintetiza toda ação do personagem, todas<br />

as outras estabelecem um juízo de valor, o que<br />

não está em questão.<br />

QUESTÃO 52 – LETRA C<br />

A alternativa A apresenta o verbo da oração<br />

no Presente do Subjuntivo e o que está entre<br />

parênteses, no Pretérito Indefinido.<br />

A alternativa B apresenta o verbo da oração,<br />

no Presente do Indicativo e o que está entre<br />

parênteses, no Presente do Subjuntivo ou na<br />

forma do Imperativo Afirmativo da terceira<br />

pessoa do plural.<br />

A alternativa C é a resposta, pois as duas<br />

formas verbais estão no Presente do Indicativo.<br />

A alternativa D apresenta o verbo da oração,<br />

no Futuro e o que está entre parênteses, no<br />

Pretérito Imperfeito do Subjuntivo.<br />

A alternativa E apresenta o verbo da oração<br />

no Infinitivo acompanhado do pronome da<br />

primeira pessoa do plural e o que está entre<br />

parênteses, no Presente do Indicativo.<br />

QUESTÃO 53 – LETRA E<br />

A palavra Fácil é acentuada pela regra<br />

das paroxítonas, já o vocábulo Cuánto<br />

é acentuado por ser um pronome<br />

interrogativo, o que o diferencia do adjetivo<br />

relativo. Assim, o acento de Cuánto chamase<br />

diferencial ou diacrítico.<br />

QUESTÃO 54 – LETRA E<br />

As alternativas A, B e C sofrem variação de<br />

gênero e número. A opção D sofre variação<br />

de número. A alternativa E traz um pronome<br />

demostrativo neutro que, por sua vez, não<br />

sofre variação alguma.<br />

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QUESTÃO 55 – LETRA A<br />

Y también necesitan música para expresarse,<br />

bailar y divertirse, como nosotros.<br />

Na frase temos a locução comparativa “como<br />

nosotros”, o que evidencia a resposta contida<br />

na letra A. As demais alternativas trazem<br />

possibilidades de inferências que levam a<br />

interpretações subjetivas.<br />

QUESTÃO 56 – LETRA D<br />

A afirmativa II não é verdadeira, pois os<br />

vocábulos muecas e carcajadas não têm o<br />

mesmo sentido. Muecas tem como tradução<br />

“caretas”, enquanto carcajadas significa<br />

“gargalhadas”.<br />

QUESTÃO 57 – LETRA A<br />

A palavra hasta tem como substituição<br />

possível o vocábulo “incluso” quando na<br />

oração trazem a ideia de inserção.<br />

QUESTÃO 58 – LETRA B<br />

A palavra distintos tem como sinônimo o<br />

vocábulo “diferentes”. Importante lembrar<br />

que é um falso cognato.<br />

QUESTÃO 59 – LETRA B<br />

Esta questão é determinada pelo uso correto<br />

dos conectores semânticos! Además pode<br />

ser traduzido por “além disso”. En cuanto<br />

a tem como tradução “a respeito de” ou<br />

“em relação a”. Já según é traduzido como<br />

“conforme”. Em questões acomo esta, fazse<br />

importante analisar as possibilidades<br />

singulares de uso, como vemos na terceira<br />

lacuna onde a única possibilidade seria a<br />

colocação da preposição según.<br />

QUESTÃO 60 – LETRA D<br />

Entre as linhas 8 e 13 o texto atenta para o<br />

descuido com a vida virtual no que se refere a<br />

informações pessoais. As demais alternativas<br />

não estão evidenciadas no corpo do texto,<br />

podem ser inferidas, mas não estão presentes.<br />

QUESTÃO 61 – LETRA C<br />

A afirmativa I está evidente nas linhas 36 e<br />

37. A afirmativa II está compreendida nas<br />

linhas 7 e 8. Já a alternativa III não está<br />

compreendida no texto. O que há é a ideia<br />

oposta à afirmação quando o texto, entre<br />

as linhas 8 e 11, diz “Esto permite pensar<br />

que la gente no maneja su vida virtual con el<br />

cuidado con que maneja su vida cotidiana”<br />

QUESTÃO 62 – LETRA E<br />

Questão fácil na qual temos a substituição<br />

imediata do Pretérito Perfecto Compuesto<br />

pelo Pretérito Indefinido.<br />

QUESTÃO 63 – LETRA A<br />

Esta questão exige um conhecimento<br />

mais amplo da língua espanhola, faz-se<br />

necessário que o leitor transite entre as<br />

possibilidades de sentidos da língua. O<br />

vocábulo Suministrando é sinônimo de<br />

“proporcionando” e maneja, “conduce”.<br />

Mas se nos remontássemos ao texto, não<br />

haveria outra possibilidade de uso que a<br />

alternativa A.<br />

QUESTÃO 64 – LETRA B<br />

O verbo alertan, destacado no enunciado,<br />

está no Presente do Indicativo. a) sintió<br />

(pretérito Indefinido), b) puede (presente do<br />

indicativo), c) sea (presente do subjuntivo, d)<br />

pretenda (presente do subjuntivo) e e) hubo<br />

(pretérito indefinido). Importante perceber<br />

que o verbo do enunciado é regular<br />

enquanto a resposta B, tem irregularidade<br />

vocálica de O – UE.<br />

QUESTÃO 65 – LETRA B<br />

A alternativa I é falsa, pois o pronome<br />

“LE” se refere a 59% , e não a un extraño.<br />

A alternativa II é verdadeira, uma vez que<br />

estão corretas as relações dos adjetivos<br />

possessivos. Já a III está errada porque o<br />

pronome “SE” não se refere a hacker, mas<br />

ao indefinido alguien (linha 32).<br />

QUESTÃO 66 – LETRA C<br />

Nesta questão, uma vez mais, aparece-nos<br />

um falso cognato: “sitio”. Este vocábulo se<br />

traduz como “lugar”, e não como “chácara”.<br />

O verbo “soler”, na afirmação conjugado<br />

na terceira pessoa do plural do presente<br />

do indicativo, significa “costumam” e não<br />

pode ser traduzido por “habituam-se”. E a<br />

resposta está na alternativa 3, quando temos<br />

a tradução de “encuesta” por “pesquisa”.<br />

QUESTÃO 67 – LETRA D<br />

Nesta questão têm-se, outra vez, as<br />

possibilidades de tradução. Importante que<br />

se contextualize cada uma delas, voltando<br />

ao texto e inserindo-as em cada estrutura<br />

dada. Assim, temos suplantación para<br />

“substituição” e hogares para “moradias”.<br />

QUESTÃO 68 – LETRA A<br />

Nesta questão, extremamente fácil, temos a<br />

solicitação de uso de uma locução adverbial<br />

de tempo, o que está evidente no contexto<br />

não só por ser a única possível na estrutura,<br />

mas por ser igual ao português.<br />

QUESTÃO 69 – LETRA E<br />

Embora questões deste tipo nos ofereçam o<br />

risco de cairmos nas inferências subjetivas,<br />

as alternativas que se apresentam além da<br />

E são incoerentes com o desenvolvimento da<br />

narrativa. A única que poderia proporcionar<br />

alguma dúvida seria a alternativa A, mas que<br />

é llimitada quando pensamos que ignora a<br />

existência do narrador.<br />

QUESTÃO 70 – LETRA D<br />

Das afirmações podemos dizer que:<br />

A Primeira é falsa, pois o narrador encontrou<br />

uma senhora no tren, mas não era amiga<br />

de sua mãe. (linhas 11-15); a Segunda é<br />

verdadeira, está no texto entre as linhas 9 -11),<br />

pois o narrador fala sobre o medo instintivo<br />

ao desconhecido; a Terceira é também<br />

verdadeira, já que é evidente que o narrador<br />

aprecia, pela janela do trem, vales, morros,<br />

mercados etc. (linhas 28-32); e a Quarta é<br />

falsa porque no texto aparece referência à<br />

polícia, mas não no sentido apresentado pela<br />

afirmação. (linhas 15-17)<br />

QUESTÃO 71 – LETRA C<br />

Nesta questão de verbo, temos a solicitação<br />

de transformação das formas verbais, que<br />

estão no Pretérito Indefinido, para o futuro. As<br />

substituições 1 e 3 estão corretas, o que não<br />

acontece com a 2, na qual o verbo dado para<br />

a substituição está no Pretérito Imperfeito.<br />

QUESTÃO 72 – LETRA B<br />

Nesta questão solicita-se as traduções das<br />

palavras pregones (propagandas), nudo (nó)<br />

y pantalla (tela). Neste tipo de questão, fazse<br />

importante a contextualização, o que é<br />

fundamental para a visualização semântica<br />

da narrativa dos conectores. Por exemplo,<br />

a palavra pregones apresenta mais de<br />

uma possibilidade de tradução: “reclames”<br />

e “avisos”. Já a palavra pantalla poderia<br />

remeter-nos à tela e televisão. O que vai<br />

definir esta questão é o vocábulo nudo que<br />

significa “nó”.<br />

QUESTÃO 73 – LETRA E<br />

O vocábulo frente traz na frase uma ideia de<br />

espaço, a mesma ideia que está contemplada<br />

na frase da alternativa E na qual aparece a<br />

frase: “Todo pasó frente a mí”.<br />

QUESTÃO 74 – LETRA D<br />

Aqui temos o caso das palavras que derivam<br />

dos advérbios “cerca” (perto) e “lejos”<br />

(longe). Neste caso solicita-se a oposição do<br />

verbo acercarse que é alejarse.<br />

QUESTÃO 75 – LETRA C<br />

Quando são muitas as possibilidades oferecidas<br />

para o preenchimento das lacunas, faz-se<br />

importante que eliminemos as impossibilidades.<br />

Por exemplo: o texto inicia em discurso indireto<br />

com o verbo principal no pretérito, o que nos<br />

faz trabalhar com o passado e, imediatamente,<br />

eliminarmos as alternativas A, D e E. Logo<br />

após, a terceira pessoa do singular vai definir<br />

a questão com a forma do pretérito indefinido<br />

QUISO. Eliminamos a alternativa B, porque<br />

QUISE é a forma da primeira pessoa do singular<br />

e a lacuna se refere a senhora (ella).<br />

INGLÊS<br />

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QUESTÃO 51 – LETRA D<br />

Pelo contexto, a primeira lacuna deve ser<br />

preenchida com a ideia de “estar sem<br />

grana” (broke ou penniless). Porém, a última<br />

lacuna é precedida do verbo let, que exige<br />

o infinitivo sem “to” ou “ing”.<br />

QUESTÃO 52 – LETRA B<br />

A primeira asserção é falsa, uma vez que<br />

Beetle e Plato compram um lanche para<br />

Zero. A segunda e a terceira asserções são<br />

verdadeiras, de acordo com os quadrinhos<br />

3 e 6 – 8, respectivamente.<br />

QUESTÃO 53 – LETRA A<br />

Uma vez que a asserção 1 seja verdadeira,<br />

a 3 é automaticamente falsa. A proposta<br />

de número 2 é falsa, pois eles acabam<br />

comprando um lanche para Zero (quadrinho<br />

9).<br />

QUESTÃO 54 – LETRA E<br />

De acordo com o texto, as expressões go<br />

barefoot, forgive a mistake e erase worry<br />

significam, respectivamente, ande descalço,<br />

perdoe um erro e livre-se da preocupação.<br />

QUESTÃO 55 – LETRA B<br />

Nas opções A, C e E, ´s = has; na opção<br />

D, `s = is.<br />

QUESTÃO 56 – LETRA D<br />

Pelo contexto, a primeira lacuna deve ser<br />

preenchida com a ideia de “dados” (data<br />

ou figures). Porém, a última lacuna deve ser<br />

preenchida com a ideia de situação, cenário,<br />

e não uma única característica.<br />

QUESTÃO 57 – LETRA C<br />

É a única alternativa que encontra respaldo<br />

no texto, nas linhas 1 e 2.<br />

QUESTÃO 58 – LETRA E<br />

A única alternativa verdadeira encontra<br />

respaldo no texto, nas linhas 24-26.<br />

QUESTÃO 59 – LETRA D<br />

A opção pelo tempo verbal denominado<br />

Present Perfect, se dá devido à presença do<br />

advérbio since.<br />

QUESTÃO 60 – LETRA A<br />

De acordo com o comando da questão, a<br />

única opção que de fato apresenta uma<br />

relação de sinonímia é a primeira.<br />

QUESTÃO 61 – LETRA B<br />

O pronome “it”, mencionado na primeira<br />

proposta, refere-se a danger (linha 1); o<br />

pronome “we”, mencionado na terceira<br />

proposta, refere-se ao porta-voz da<br />

companhia de seguros, em nome da<br />

companhia.<br />

QUESTÃO 62 – LETRA C<br />

A única proposta adequada de tradução<br />

para braking é freada, o que nos leva às<br />

opções A e C num primeiro momento. O<br />

contexto, então, se torna fundamental para<br />

a definição de shunts (=desvios).<br />

QUESTÃO 63 – LETRA A<br />

A forma verbal looking se dá por ser<br />

precedida da preposição without; da mesma<br />

forma, a forma verbal stepping é definida<br />

pela preposição of.<br />

QUESTÃO 64 – LETRA B<br />

<strong>Anglo</strong> Resolve<br />

Vestibular UFRGS - 2011<br />

7


O contexto em que compounded está<br />

inserido nos permite inferir que a ideia está<br />

relacionada a uma piora, ou seja, worsened.<br />

QUESTÃO 65 – LETRA C<br />

Após realização da leitura do texto como<br />

um todo, se percebe que as primeiras<br />

três lacunas devem ser preenchidas com<br />

preposições que designem ideia de<br />

deslocamento. A última lacuna, porém,<br />

dever ser preenchida conforme a regência<br />

da expressão take a look.<br />

QUESTÃO 66 – LETRA E<br />

Nas linhas 40-42, encontramos a<br />

confirmação para a expressão earned<br />

(receber pagamento/salário por serviço<br />

prestado).<br />

QUESTÃO 67 – LETRA D<br />

Embora o texto apresente, nas linhas 1-24,<br />

uma descrição do narrador na sua fase<br />

pobre, a partir de então, o mesmo enfatiza<br />

sua situação atual como sendo de orgulho,<br />

satisfação e contentamento, presentes<br />

somente no termo fullfilment.<br />

8<br />

<strong>Anglo</strong> Resolve<br />

Vestibular UFRGS - 2011<br />

QUESTÃO 68 – LETRA C<br />

Essa opção encontra justificativa na leitura<br />

nas linhas 46-48.<br />

QUESTÃO 69 – LETRA C<br />

Na proposta 1, a oração condicional está<br />

no passado simples, o que exige a oração<br />

principal na estrutura com would+verbo .<br />

Na proposta 4, a oração condicional está<br />

no presente simples, o que exige a oração<br />

principal no futuro simples ou no imperativo.<br />

QUESTÃO 70 – LETRA A<br />

the train engines = sujeito; belch = verbo<br />

transitivo direto; smoke = objeto direto<br />

(representado por um substantivo). As opções<br />

B e E apresentam verbo de ligação. A opção D<br />

apresenta verbo transitivo direto e indireto. A<br />

opção C, por sua vez, apresenta uma estrutura<br />

semelhante à opção A, porém o objeto direto<br />

é representado por um substantivo + adjetivo.<br />

QUESTÃO 71 – LETRA D<br />

De acordo com o comando da questão,<br />

as palavras principais estão todas sendo<br />

caracterizadas, de algum modo, pelas<br />

outras palavras (não principais) presentes<br />

nos três segmentos.<br />

QUESTÃO 72 – LETRA A<br />

O modal might não pode expressar habilidade,<br />

necessidade, obrigação e/ou solicitação.<br />

QUESTÃO 73 – LETRA D<br />

O termo sleeper tem função de adjetivo,<br />

enquanto slumber, sweeper, passenger e<br />

three-wheeler são substantivos.<br />

QUESTÃO 74 – LETRA D<br />

Uma leitura atenciosa do contexto que se<br />

inicia na linha 37, até 42, permite inferir que<br />

o pronome relativo that está relacionando<br />

o segmento em questão ao termo robbers<br />

(ladrões), mencionado na linha 38.<br />

QUESTÃO 75 – LETRA B<br />

O preenchimento das lacunas deve obedecer<br />

às leis do discurso indireto, quando presente<br />

simples torna-se passado simples, e will<br />

torna-se would.<br />

EXPEDIENTE<br />

Física:<br />

Alexandre De Maria,<br />

Luciano Denardin,<br />

Luciano Mentz,<br />

Marlla Valério,<br />

Ronaldo Diniz e<br />

Walter Fuzer<br />

Literatura de Língua Portuguesa:<br />

Caio Ritter,<br />

Fernando Brum e<br />

William Boanevides<br />

Espanhol:<br />

Daniel Conte e<br />

Alexandre Menendez<br />

Inglês:<br />

Bárbara Barros da Silva e<br />

Rubia Fernandes<br />

Coordenador: André Fozzy<br />

<strong>Anglo</strong> Vestibulares<br />

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