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FOSFATO - Departamento Nacional de Produção Mineral

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<strong>FOSFATO</strong><br />

Balanço <strong>Mineral</strong> Brasileiro 2001<br />

*Antônio Eleutério <strong>de</strong> Souza<br />

O fósforo é o elemento químico <strong>de</strong> número atômico 15 da Tabela Periódica dos<br />

Elementos, encontrado em abundância no globo terrestre, sendo reativo com diversos<br />

compostos importantes. É um mineral não metálico, que não se encontra livre na natureza<br />

e pelas funções ou papéis que <strong>de</strong>sempenha na vida animal ou vegetal, não tem sucedâneo e<br />

nem reposição para ele.<br />

O fósforo, em termos mundiais, está contido nas rochas <strong>de</strong> <strong>de</strong>pósitos <strong>de</strong> origens<br />

sedimentares, ígneos e biogenéticos.<br />

Os <strong>de</strong>pósitos sedimentares e os <strong>de</strong>pósitos <strong>de</strong> origem ígnea, são os mais importantes do<br />

ponto <strong>de</strong> vista econômico. Os <strong>de</strong>pósitos biogenéticos são concentrações orgânicas<br />

nitrogenadas, originadas pelos <strong>de</strong>jetos <strong>de</strong> aves, e se constituem <strong>de</strong> menos importância<br />

econômica.<br />

Os minérios <strong>de</strong> fosfatos originados <strong>de</strong> sedimentos marinhos estão localizados nos<br />

Estados Unidos, su<strong>de</strong>ste do México, Marrocos, noroeste do Saara e Oriente Médio. Já os<br />

minérios <strong>de</strong> fosfatos originários <strong>de</strong> <strong>de</strong>pósitos ígneos estão presentes na África do Sul,<br />

Rússia, Finlândia e Brasil, entre outras áreas.<br />

No Brasil, cerca <strong>de</strong> 80% das jazidas fosfatados naturais – fosfatos, são em geral, <strong>de</strong><br />

origem ígnea com presença acentuada <strong>de</strong> rocha carbonatítica e minerais micáceos com<br />

baixo teor <strong>de</strong> P 2O 5, enquanto que em termos mundiais esse percentual está em torno <strong>de</strong><br />

17%.<br />

Esses fosfatos recebem a <strong>de</strong>nominação <strong>de</strong> fosfato natural, rocha fosfatada ou mesmo<br />

concentrado fosfático, caso sejam passíveis <strong>de</strong> serem usados (aproveitados) quer<br />

diretamente como material fertilizante, quer como insumo básico da Indústria do Fósforo<br />

ou <strong>de</strong> seus compostos, tal qual se encontram na natureza ou após os minérios sofrerem<br />

concentração por meios físicos nas usinas <strong>de</strong> beneficiamento. Os concentrados fosfáticos<br />

são comercialmente expressos sob a forma <strong>de</strong> pentóxido <strong>de</strong> fósforo (P 2O 5) ou fosfato<br />

tricálcio Ca 3 (PO 4) 2, também conhecido como “Bone Phosphate of Lime – BPL”.<br />

A maioria dos minérios <strong>de</strong> fósforo <strong>de</strong>ssas rochas pertencem ao grupo da apatita,<br />

representado pela fórmula: Ca 5 (F, Cl, OH) (PO 4) 3 – que é um fosfato cristalino <strong>de</strong> cálcio<br />

com flúor, <strong>de</strong> cor variável, brilho vítreo, dureza cinco, <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> entre 3,1 a 3,2 g/cm3,<br />

apresentando fratura conchoidal, com teor <strong>de</strong> P 2O 5 nesse tipo <strong>de</strong> <strong>de</strong>pósito oscilando <strong>de</strong> 4 a<br />

15%. Às vezes, mostra fluorescência amarela–laranjada e termoluminoscência branco–<br />

azulada. Quando bem cristalizada po<strong>de</strong> chegar ao estágio <strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rada como gema e<br />

ser confundida com outros minerais. Os <strong>de</strong>pósitos <strong>de</strong> apatita têm uma minerologia<br />

extremamente complexa, tendo impurezas (contaminantes) <strong>de</strong> influência marcante no<br />

rendimento (recuperação) <strong>de</strong> fósforo nas plantas (usinas) <strong>de</strong> beneficiamento <strong>de</strong>sses<br />

minérios, resultando em altos custos <strong>de</strong> produção, muito embora já tenha ocorrido muitas<br />

melhorias tecnológicas para aproveitamento <strong>de</strong>ssa apatita.<br />

A fosforita é uma varieda<strong>de</strong> fibrosa da apatita se constituindo num fosfato tricálcio <strong>de</strong><br />

origem sedimentar, geralmente associada a carbonatos <strong>de</strong> cálcio e magnésio, óxidos <strong>de</strong><br />

ferro e alumínio e traço <strong>de</strong> urânio. É amorfa ou criptocristalina, <strong>de</strong> consistência arenosa ou<br />

argilosa, ocorrendo em ban<strong>de</strong>amentos <strong>de</strong> folhelhos, calcários e arenitos. Os <strong>de</strong>pósitos <strong>de</strong><br />

fosforita geralmente são <strong>de</strong> forma tabular <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> extensão lateral e espessura variável,<br />

<strong>de</strong>correntes estas características <strong>de</strong> sua própria origem.<br />

1


Balanço <strong>Mineral</strong> Brasileiro 2001<br />

<strong>FOSFATO</strong><br />

Além dos <strong>de</strong>pósitos <strong>de</strong> apatita e fosforita, são explorados como material fertilizante os<br />

jazimentos <strong>de</strong> alumínio fosfato e os <strong>de</strong> guano.<br />

Os alumínio–fosfatos são materiais igualmente amorfos, constituídos por fosfato <strong>de</strong><br />

alumínio hidratado, com presença <strong>de</strong> fosfato <strong>de</strong> ferro, e que são originados pela ação <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>jetos <strong>de</strong> aves sobre bauxitas, lateritas ou rochas contendo feldspato. Os fosfatos <strong>de</strong>sse<br />

tipo são assimiláveis, necessitando ser previamente tratados para sua posterior aplicação<br />

como fertilizante.<br />

O guano, fosfato <strong>de</strong> origem orgânica, usado para incorporação direta em adubos nos<br />

quais se preten<strong>de</strong> misturas <strong>de</strong> matéria orgânica e nitrogênio, em adição ao fósforo, são <strong>de</strong><br />

pouca importância comercial, pois, com exceção <strong>de</strong> algumas poucas regiões, formam<br />

<strong>de</strong>pósitos <strong>de</strong> pequena expressão.<br />

Aproveitar o fósforo sob a forma <strong>de</strong> pentóxido <strong>de</strong> fósforo (P 2O 5) é uma necessida<strong>de</strong><br />

única e imperiosa, para que se possa através <strong>de</strong> processos mecânicos, após utilizar esse<br />

produto em várias proporções bem <strong>de</strong>finidas com outros compostos, resultar numa<br />

mistura <strong>de</strong>nominada <strong>de</strong> fertilizantes (adubos) minerais ou orgânicos, que levado ao solo,<br />

substitua as quantida<strong>de</strong>s dos elementos vitais – nutrientes (oxigênio, carbono, nitrogênio,<br />

fósforo, potássio, cálcio, magnésio, enxofre, ferro, cobre, zinco, manganês, boro,<br />

molibdênio e hidrogênio – água) que foram retirados pelas plantas, tornando-o apto para<br />

novas plantações ou utilizações. E assim se proce<strong>de</strong>ndo, no Brasil e no mundo, possam<br />

garantir solos férteis para gerar e manter uma indústria agro - pecuária mundial, capaz <strong>de</strong><br />

sustentar o contingente <strong>de</strong> quase 9 bilhões <strong>de</strong> seres humanos e manter as condições vitais<br />

da fauna e flora no globo terrestre.<br />

2. RESERVAS<br />

A natureza privilegiou o hemisfério norte, notadamente os Estados Unidos, Marrocos e<br />

Rússia, com gran<strong>de</strong>s concentrações <strong>de</strong> rocha fosfática (67% do mundo), países estes<br />

tradicionais na produção e exportação <strong>de</strong>ssa matéria-prima. O Brasil é um país situado na<br />

faixa intertropical, tendo sido lhe reservado um clima úmido, solos ácidos e mineralmente<br />

pobres dos nutrientes principais. Essas características geológicas condicionam ao país a<br />

necessida<strong>de</strong> do emprego maciço <strong>de</strong> fertilizantes, não só dos fosfatados, para repor as<br />

quantida<strong>de</strong>s dos elementos vitais retirados do solo pelos processos <strong>de</strong> intemperismos<br />

durante bilhões <strong>de</strong> anos.<br />

As reservas totais <strong>de</strong> rocha fosfática no país, em 2000, chegam a casa dos quatro bilhões<br />

<strong>de</strong> toneladas e evoluiram numa taxa real <strong>de</strong> crescimento <strong>de</strong> 3,3% a.a. entre 1988-2000.<br />

Dessas, cerca <strong>de</strong> 3,3 bilhões representam a soma das reservas medidas (56,6%) e indicadas<br />

(24,3% do total), com 222,3 milhões <strong>de</strong> toneladas <strong>de</strong> P 2O 5 contido na reserva medida.<br />

Comparando-se a evolução do período <strong>de</strong> 1988 a 2000, verifica-se que a indústria <strong>de</strong> rocha<br />

fosfática investiu na <strong>de</strong>scoberta <strong>de</strong> novos <strong>de</strong>pósitos e também na reavaliação <strong>de</strong> jazidas,<br />

caracterizando taxas reais <strong>de</strong> crescimento <strong>de</strong> 5,6% a.a., 5,0% a.a. e <strong>de</strong> 2,7% a.a.,<br />

respectivamente das reservas medidas, do contido P 2O 5, e da soma <strong>de</strong> medida mais<br />

indicada.<br />

Esse patrimônio fosfático está distribuído nos Estados produtores <strong>de</strong> Minas Gerais com<br />

73,8%, Goiás com 8,3% e São Paulo com 7,3%, que juntos participam com 89,4% das<br />

reservas totais do país, seguido dos Estados <strong>de</strong> Santa Catarina, Ceará, Pernambuco, Bahia e<br />

Paraíba, com os 10,6% restantes.<br />

2


Balanço <strong>Mineral</strong> Brasileiro 2001<br />

<strong>FOSFATO</strong><br />

As reservas medidas <strong>de</strong> rocha fosfática atingem 222 milhões <strong>de</strong> toneladas <strong>de</strong> P2O5<br />

contido em 2.288 milhões <strong>de</strong> t <strong>de</strong> minério, concentradas principalmente nos Estados <strong>de</strong><br />

Minas Gerais, Santa Catarina, São Paulo e Goiás, sendo a maioria relacionado à ambientres<br />

geológicos vulcânicos.<br />

Os <strong>de</strong>pósitos cubados relacionados a carbonatitos dos complexos <strong>de</strong> Araxá / Tapira<br />

(MG), Catalão / Ouvidor (GO), Jacupiranga / Cajati (SP) e o complexo alcalino<br />

carbonatítico <strong>de</strong> Mairicuru (MA) ainda em estudo, estão relacionados aos ambientes<br />

geológicos, on<strong>de</strong> ocorreram intensa ativida<strong>de</strong> vulcânica, representando os <strong>de</strong>nominados<br />

<strong>de</strong>pósitos ígneos.<br />

Depósitos <strong>de</strong> origem sedimentar também ocorrem no país, em Estados do Nor<strong>de</strong>ste,<br />

principalmente em Pernambuco, po<strong>de</strong>ndo ser ainda encontrado em locais <strong>de</strong> outros<br />

Estados, como Minas Gerais – municípios <strong>de</strong> Lagamar, on<strong>de</strong> ocorre <strong>de</strong>pósito com rochas<br />

mineralizadas em fosfato nas unida<strong>de</strong>s litológicas da formação PARAOPEBA, integrante<br />

do Grupo Bambuí, on<strong>de</strong> a seqüência fosfática está encaixada em siltitos e folhelhos<br />

calcíferos, mostrando-se localmente pouco metamorfizada do Grupo Bambuí.<br />

Tem-se conhecimento <strong>de</strong> jazidas <strong>de</strong> concentração residual em Anitápolis (SC), Pirocaua<br />

e Trauira no Maranhão e do tipo guano em Fernando <strong>de</strong> Noronha.<br />

Tabela 01 Reservas Oficionalmente Aprovadas <strong>de</strong> Rocha Fosfática – 2000<br />

UF<br />

MEDIDA<br />

MINÉRIO CONTIDO<br />

TEOR<br />

(% P2O5)<br />

INDICADA INFERIDA TOTAL<br />

BA 19.736.103 3.016.889 15,29 6.289.518 4.173.276 30.198.897<br />

CE 89.178.080 9.809.589 11,00 3.806.723 1.279.485 94.264.288<br />

GO 287.820.974 31.352.991 10,89 17.636.000 32.207.000 337.663.974<br />

MG 1.484.767.359 138.016.256 9,30 681.011.119 815.911.128 2.981.689.606<br />

PB 9.693.081 11.567.764 11,93 10.278.705 - 19.971.786<br />

PE 21.467.344 4.528.312 21,09 6.496.584 5.572.863 33.536.791<br />

SC 247.770.000 15.336.963 6,19 - - 247.770.000<br />

SP 127.765.030 8.746.745 6,85 167.580.000 - 295.345.030<br />

TOTAL 2.288.197.971 222.375.509 9,71 983.098.649 859.143.752 4.040.440.372<br />

Fonte :DNPM / DIRIN<br />

3


mil toneladas<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

0<br />

0<br />

0<br />

Fonte: DNPM / DIRIN<br />

Em milhões <strong>de</strong> toneladas<br />

4.500<br />

4.000<br />

3.500<br />

3.000<br />

2.500<br />

2.000<br />

1.500<br />

1.000<br />

500<br />

Fonte: DNPM/DIRIN<br />

Balanço <strong>Mineral</strong> Brasileiro 2001<br />

Gráfico 01 - Evolução das Reservas <strong>de</strong> Rocha Fosfática<br />

(P 2O 5 contido) 1986-2000<br />

1986<br />

Gráfico 01-B - Evolução das Reservas <strong>de</strong> Rocha Fosfática - 1986-2000<br />

<strong>FOSFATO</strong><br />

0<br />

1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000<br />

MEDIDA MEDIDA + INDICADA TOTAL (MEDIDA + INDICADA + INFERIDA)<br />

4


Balanço <strong>Mineral</strong> Brasileiro 2001<br />

<strong>FOSFATO</strong><br />

Tabela 1-A Reservas Economicamente Explotáveis <strong>de</strong> Fosfato - 2000<br />

UF<br />

Reserva<br />

Provada<br />

(Medida)<br />

MINÉRIO<br />

Reserva<br />

Provável<br />

(Medida)<br />

Teor Médio<br />

no Minério<br />

(% P2O5)<br />

CONTIDO<br />

RESERVA<br />

BASE TOTAL<br />

GO 287.820.974 17.636.000 10,9 3.329.481 305.456.974<br />

MG 1.484.767.359 681.011.119 9,3 201.417.398 2.165.778.478<br />

SP 127.765.030 167.580.000 6,9 20.378.807 295.345.030<br />

Total 1.900.355.363 866.227.119 225.125.686 2.766.580.482<br />

Fonte: DNPM/DIRIN<br />

Fonte: DNPM/DIRIN<br />

Gráfico 1-C – Reservas Economicamente Explotáveis <strong>de</strong> Fosfato – 2000<br />

2.165.778.478<br />

78 %<br />

3. PRODUÇÃO<br />

CONCENTRADO<br />

RESERVA TOTAL<br />

295.345.030<br />

11 %<br />

MG GO SP<br />

305.456.974<br />

11 %<br />

201.417.398<br />

CONTIDO<br />

O parque industrial <strong>de</strong> fosfatados brasileiro, ocupa a 8ª colocação <strong>de</strong>ntre os produtores<br />

mundiais <strong>de</strong> concentrado <strong>de</strong> rocha com 3,4% <strong>de</strong> participação, produzindo ainda ácido<br />

fosfórico, produtos intermediários para fertilizantes, além <strong>de</strong> outros insumos da complexa<br />

indústria <strong>de</strong> fertilizantes.<br />

Todo o patrimônio fosfático <strong>de</strong> Minas Gerais, São Paulo e Goiás são controladas pelas<br />

empresas FOSFÉRTIL, COPEBRÁS, BUNGE FERTILIZANTES, FERTILIZANTES<br />

SERRANA e ULTRAFÉRTIL que representam 95% do total rocha produzida no país.<br />

Atualmente as empresas COPEBRÁS e FOSFÉRTIL / ULTRAFÉRTIL disputam uma<br />

nova mina <strong>de</strong> fosfato no município <strong>de</strong> Catalão / GO, estratégica aos projetos <strong>de</strong> expansão<br />

do processamento <strong>de</strong> matérias-primas para fertilizantes <strong>de</strong>stinados à região do cerrado do<br />

Brasil Central. Ambas as empresas <strong>de</strong>tém vultosos capitais em moeda forte para investir e<br />

90%<br />

,<br />

3.329.481<br />

1%<br />

20.378.807<br />

MG SP GO<br />

9%<br />

5


Balanço <strong>Mineral</strong> Brasileiro 2001<br />

<strong>FOSFATO</strong><br />

aguardam <strong>de</strong>cisão do Governo Fe<strong>de</strong>ral, através do DNPM / MME, sobre quem terá direito<br />

à mina <strong>de</strong>nominada <strong>de</strong> área 5. Segundo analistas, o Governo Fe<strong>de</strong>ral e Estadual <strong>de</strong>vem<br />

optar pela saída negociada <strong>de</strong> um consórcio mineiro formada pelas empresas<br />

FOSFÉRTIL/COPEBRÁS. para explorar essa área,<br />

Outra ação que <strong>de</strong>veria ser empreendida pelo Governo Fe<strong>de</strong>ral é no sentido <strong>de</strong><br />

fomentar o <strong>de</strong>senvolvimento / aproveitamento <strong>de</strong> jazidas no sul (Anitápolis / SC) e no<br />

nor<strong>de</strong>ste (Estados <strong>de</strong> Pernambuco e Ceará principalmente), <strong>de</strong> modo a reativar o<br />

crescimento da produção regionalizada <strong>de</strong> fosfato nos extremos do país.<br />

De 1988 a 1990, por problemas econômicos, altíssima inflação, recessão e mudança <strong>de</strong><br />

Governo, se verificou queda acentuada da <strong>de</strong>manda, causando redução <strong>de</strong> oferta que<br />

perdurou até 1992, quando voltou a crescer a taxas menores, chegando ao ano <strong>de</strong> 2000<br />

com níveis <strong>de</strong> produção praticamente os <strong>de</strong> 1987. No período <strong>de</strong> 1987-2000, todo o parque<br />

<strong>de</strong> rocha foi totalmente privatizado, o que gerou uma forte consciência empresarial <strong>de</strong><br />

recuperação e reestruturação, combinado com a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sobrevivência e<br />

competitivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mercado, tendo a produção <strong>de</strong> rocha crescido a uma taxa média <strong>de</strong><br />

5,6% a.a.<br />

No ano <strong>de</strong> 2000, cinco empresas, movimentaram 29,5 milhões <strong>de</strong> toneladas/ano <strong>de</strong><br />

minério, operando com 96% da capacida<strong>de</strong> instalada do Setor <strong>de</strong> Rocha, produzindo juntas<br />

4,7 milhões <strong>de</strong> toneladas <strong>de</strong> concentrado fosfático através das empresas: COPEBRÁS S.A.,<br />

com 11,9% e ULTRAFÉRTIL S.A. com 17,2% em Goiás; FOSFÉRTIL - Fertilizantes<br />

Fosfatados S.A., com 33,1%, SERRANA FERTILIZANTES com 11,3% e ADUBOS<br />

TREVO com 4,5%, em Minas Gerais; e a BUNGE FERTILIZANTES, com 11,4%, em<br />

São Paulo.<br />

A origem <strong>de</strong>ssa produção nacional está relacionada às áreas <strong>de</strong> concessão <strong>de</strong> lavra e/ou<br />

manifesto <strong>de</strong> mina on<strong>de</strong> essas empresas explotam minério <strong>de</strong> fosfato em mina à céu aberto,<br />

produzindo concentrados <strong>de</strong> rocha com média nacional <strong>de</strong> 35,5% <strong>de</strong> P 2O 5 contido, quais<br />

sejam: Araxá, Tapira, e Lagamar em Minas Gerais; Catalão e Ouvidor no Estado <strong>de</strong> Goiás e<br />

Cajati em São Paulo.<br />

ÁCIDO FOSFÓRICO<br />

A produção <strong>de</strong> ácido fosfórico (H 3PO 4) - principal matéria-prima para fertilizantes<br />

advém <strong>de</strong> dois processos distintos. No primeiro processo obtém-se o fósforo elementar (P)<br />

através da redução térmica do fosfato <strong>de</strong> cálcio em forno elétrico, o qual é posteriormente<br />

oxidado e absorvido em água, resultando o ácido fosfórico. O segundo processo, via<br />

úmida, é baseado na reação <strong>de</strong> ácido sulfúrico com o concentrado fosfático.<br />

No período <strong>de</strong> 1988 a 2000, as empresas produtoras <strong>de</strong> ácido fosfórico para fertilizantes<br />

foram as mesmas responsáveis pela produção <strong>de</strong> concentrado fosfático, que a cada ano<br />

ampliam <strong>de</strong>graus na verticalização também para os produtos intermediários fosfatados e <strong>de</strong><br />

insumos, como ácido sulfúrico, amônia anidra e outros da ca<strong>de</strong>ia produtiva. No período <strong>de</strong><br />

1988 a 1992, a oferta doméstica <strong>de</strong> fosfatados, entre eles, o ácido fosfórico apresentou<br />

queda média <strong>de</strong> 15,5% ao ano, em virtu<strong>de</strong> dos problemas econômicos vivido pelo País,<br />

aliado à abertura brusca do mercado, com redução <strong>de</strong> alíquotas <strong>de</strong> importações pelo<br />

Governo Collor em 1990, política <strong>de</strong> privatização, congelamento <strong>de</strong> créditos da poupança<br />

interna e aliado a queda do Governo em 1992. Com a entrada do Governo Itamar Franco,<br />

a política econômica mais estruturada provocou o crescimento da economia, e a indústria<br />

base <strong>de</strong> ácido fosfórico se recuperou, apresentando no período <strong>de</strong> 1992 a 2000 um<br />

crescimento médio <strong>de</strong> 11% a.a.<br />

6


Balanço <strong>Mineral</strong> Brasileiro 2001<br />

<strong>FOSFATO</strong><br />

Sendo <strong>de</strong>staque 1998, como um ano próspero para o Parque Industrial <strong>de</strong> Rocha no<br />

Brasil, que recuperou os preços e a margem <strong>de</strong> lucro nas vendas industriais. Houve<br />

aumento da <strong>de</strong>manda interna por fertilizantes, por parte da agricultura, que neste ano, teve<br />

um aporte do Governo Fe<strong>de</strong>ral com <strong>de</strong>stinação <strong>de</strong> 10 bilhões <strong>de</strong> reais para o plano <strong>de</strong><br />

custeio da safra agrícola 1998/99, somada a queda das taxas <strong>de</strong> juros <strong>de</strong> 9,5% para 8,75% e<br />

<strong>de</strong> 6,5% para 5,75% ao ano, para gran<strong>de</strong>s e médios produtores e pequenos agricultores<br />

respectivamente. E teve ainda a favor dos agricultores melhoria dos preços dos produtos<br />

agrícolas em relação a 1997 que geraram vendas industriais crescentes entre 3 a 5% naquele<br />

ano.<br />

Alguns técnicos do Setor Agrícola afirmaram que a agricultura brasileira no momento<br />

não está sofrendo com a crise do país, pois continuará exportando cada vez mais as<br />

commodities soja, milho e outros. O país tem hoje cerca <strong>de</strong> 4 milhões <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong>s<br />

agrícolas, on<strong>de</strong> os agricultores, pulverizados e com ausência quase total <strong>de</strong> organização,<br />

vêem os gastos com fertilizantes (adubos) como um custo e não como um investimento em<br />

produtivida<strong>de</strong>, como <strong>de</strong>veria ser consi<strong>de</strong>rado, haja vista nossos solos, na sua maior parte,<br />

serem pobres, <strong>de</strong>gradados e carentes <strong>de</strong> nutrientes, que são ou foram exauridos pelo uso,<br />

lixiviação ou pelas intempéries naturais. Para corrigir esses solos utiliza-se os corretivos<br />

agrícolas apropriados, e para as lavouras aplicação dos superfosfatos simples (18 a 20% <strong>de</strong><br />

P 2O 5), fosfatos bicálcio com (20 a 40% <strong>de</strong> P 2O 5), superfosfato triplo com (42 a 48% <strong>de</strong><br />

P 2O 5) e o fosfato <strong>de</strong> amônio com 55 a 62% <strong>de</strong> P 2O 5.<br />

No ano 2000, a FOSFÉRTIL, em Minas Gerais, participou com 53,9% da produção <strong>de</strong><br />

ácido fosfórico, seguido das empresas COPEBRÁS e ULTRAFÉRTIL, em Goiás, com<br />

cerca <strong>de</strong> 29,1%, e pela empresa FERTILIZANTES SERRANA, no Estado <strong>de</strong> São Paulo,<br />

com 17%.<br />

PRODUTOS INTERMEDIÁRIOS PARA FERTILIZANTES<br />

Compõem a cesta dos produtos intermediários para fertilizantes fosfatados, os fosfatos<br />

diamônio, monoamônio, superfosfato simples, superfosfato triplo, termofosfato e fosfato<br />

natural <strong>de</strong> aplicação direta.<br />

As empresas produtoras <strong>de</strong>sses produtos fosfatados são as mesmas que produzem as<br />

matérias-primas (concentrado <strong>de</strong> rocha e ácido fosfórico), que a cada ano se verticalizam<br />

mais e com melhorias <strong>de</strong> processos tecnológicos, produzindo também a matéria-prima<br />

ácido sulfúrico a partir do enxofre importado, que é utilizado na fabricação <strong>de</strong> fertilizantes<br />

industriais e na <strong>de</strong> ácido fosfórico. Dentro <strong>de</strong>ssa verticalização, essas empresas ou parte<br />

<strong>de</strong>las já trabalham com a hipótese <strong>de</strong> participar da fase <strong>de</strong> produzir as próprias misturas<br />

(adubos NPK), hoje atendida por um gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> misturadoras em todo o país.<br />

No período <strong>de</strong> 1988 a 1991, houve retração na produção da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 5% ao ano, e <strong>de</strong><br />

1992 a 2000, a oferta nacional <strong>de</strong>sses produtos para fertilizantes cresceu a uma taxa <strong>de</strong><br />

4,7% ao ano, com forte tendência <strong>de</strong> crescimento em ritmo maior já a partir do ano <strong>de</strong><br />

2001 em curso.<br />

Em 1975, segundo a FAO, o mundo tinha 4 bilhões <strong>de</strong> habitantes e 1,3 bilhão vivendo<br />

em estado <strong>de</strong> fome crônica, e os Estados Unidos sozinho, na época produzia 2/3 das<br />

exportações mundiais <strong>de</strong> cereais. Nesse ano, após o início efetivo da implantação do<br />

Programa <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Fertilizantes e Calcário Agrícola do Governo Fe<strong>de</strong>ral em 1974, que<br />

objetivou ampliar, mo<strong>de</strong>rnizar e <strong>de</strong>senvolver a Indústria <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Fertilizantes, para<br />

aten<strong>de</strong>r o impulso <strong>de</strong> <strong>de</strong>manda provocado com os reflexos da elevação dos preços, dos<br />

produtos agrícolas no Mercado Internacional. Nessa época, o Estado admitiu em bom tom,<br />

7


Balanço <strong>Mineral</strong> Brasileiro 2001<br />

<strong>FOSFATO</strong><br />

que o Brasil estaria pre<strong>de</strong>stinado a se constituir num verda<strong>de</strong>iro celeiro <strong>de</strong> alimentos do<br />

mundo.<br />

A Tabela 02, a seguir, mostra o Parque Industrial Brasileiro <strong>de</strong> Rocha Fosfática e<br />

Fertilizantes, suas empresas produtoras no país, bem como os grupos empresariais, que as<br />

controlam, e as áreas/municípios on<strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenham suas ativida<strong>de</strong>s principais. Até 1991,<br />

praticamente todo o patrimônio produtivo <strong>de</strong> fertilizantes era <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong> do Estado, e<br />

entre 1992 a 1994 o Governo Fe<strong>de</strong>ral resolveu privatizar o setor.<br />

Tabela 02 Parque Industrial Brasileiro <strong>de</strong> Rocha Fosfática / Fertilizantes - 2000<br />

Razão Social Ativida<strong>de</strong> Principal<br />

UF /<br />

Município<br />

Produtor<br />

Grupo<br />

Empresarial<br />

Adubos Trevo S.A. Extração <strong>de</strong> Rocha Fosfática MG - Lagamar Norsk Hydro<br />

Ultrafértil S.A.<br />

Mineração, Beneficiamento e Fabricação<br />

<strong>de</strong> matérias-primas para Fertilizantes<br />

Fosfatados e Amoniados, além <strong>de</strong> Produtos<br />

Químicos<br />

GO - Catalão Fosfértil<br />

Bunge Fertilizantes S.A. Fertilizantes Fosfatados e Nutrição Animal MG – Araxá Bunge<br />

Bunge Fertilizantes S.A. Fertilizantes Fosfatados e Nutrição Animal SP – Cajati Bunge<br />

Fertilizantes Fosfatados<br />

S.A. – Fosfértil<br />

Mineração (Lavra e Beneficiamento) e<br />

Fabricação <strong>de</strong> matérias-primas básicas<br />

para Fertilizantes Fosfatados<br />

Copebrás Ltda <strong>Produção</strong> <strong>de</strong> Fosfatos Industriais GO – Catalão<br />

SOCAL S.A. Mineração e<br />

Intercâmbio Comercial e<br />

Industrial<br />

Fonte: DNPM/DIRIN<br />

MG – Tapira Fosfértil<br />

Sul Africano<br />

Angloamerican<br />

Extração <strong>de</strong> Minerais não-metálicos SP – Registro -<br />

8


Balanço <strong>Mineral</strong> Brasileiro 2001<br />

<strong>FOSFATO</strong><br />

Tabela 03 Produtos produzidos pela Indústria <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Fertilizantes – 2000<br />

I – Fosfatados<br />

II – Nitrogenados<br />

Natural<br />

- Fosfato natural<br />

(aplicação direta como<br />

material fertilizante)<br />

- Concentrado fosfático<br />

/ ou rocha (30 - 36%<br />

P 2O 5) para indústria <strong>de</strong><br />

fosfato e seus<br />

componentes<br />

Solúveis Químicos<br />

- MAP – Fosfato monoamônio<br />

- DAP – Fosfato diamônio (55-62% P 2O 5)<br />

- Superfosfatos amoniados<br />

- SSP/SS - Superfosfato simples<br />

(18-20% P 2O 5)<br />

- Ácido fosfórico (30,2; 50 e/ou<br />

54% P 2O 5)<br />

- FSP - Superfosfato simples (44 -<br />

52% P 2O 5)<br />

- FB - Fosfato bicálcio (20-40%<br />

P 2O 5)<br />

- Fosfato parcialmente acidulado<br />

- STPP - Tripoli fosfato <strong>de</strong> sódio<br />

- Superfosfato concentrado (até<br />

30% <strong>de</strong> P 2O 5)<br />

- SSG - Super simples granulado<br />

- GTSP - Superfosfato triplo<br />

granulado<br />

- NP - Fertilizantes mistos em P e N<br />

- NP – Fertilizantes formulados com nitrogênio e fósforo<br />

III – Potássicos - KCl – Cloreto <strong>de</strong> potássio<br />

IV – Outros<br />

Produtos<br />

(Insumos)<br />

- Ácido sulfúrico<br />

- Ácido fluossilícico<br />

- Amônia anidra<br />

- Nitrato <strong>de</strong> amônia<br />

- Uréia<br />

- Fertilizantes NK, NPK – empresas misturadoras<br />

Fonte: Empresas <strong>de</strong> Mineração (Lavra e Beneficiamento) do Setor <strong>de</strong> Fertilizantes. Elaboração: DNPM/DIRIN.<br />

Solúveis<br />

Térmicos<br />

TF - Termofosfato<br />

A Tabela 03 acima, por si só, elenca todos os produtos que saem das áreas produtivas<br />

do gran<strong>de</strong> Parque Industrial <strong>de</strong> fertilizantes que o país dispõe nos segmentos fosfatados,<br />

nitrogenados e potássicos, classificados nas suas especificações químicos que o mercado<br />

consumidor <strong>de</strong>manda.<br />

9


Tabela 04<br />

ANOS Minério<br />

Bruto (1)<br />

Balanço <strong>Mineral</strong> Brasileiro 2001<br />

<strong>FOSFATO</strong><br />

Evolução da <strong>Produção</strong> <strong>de</strong> Concentrado <strong>de</strong> Rocha e <strong>de</strong> Compostos<br />

Químicos Fosfatados - 1988- 1988 2000<br />

Matérias-Primas - Bens Primários Compostos Químicos<br />

Concentrado<br />

Fosfático (2)<br />

FósforoC<br />

ontido<br />

(P2O5) (2)<br />

Ácido<br />

Fosfórico<br />

Nutriente<br />

(P2O5)<br />

Produtos (*)<br />

Intermediários<br />

10<br />

Nutriente<br />

(P2O5)<br />

1988 26.457.696 4.610.023 1.645.317 1.368.399 684.378 4.587.687 1.356.905<br />

1989 23.102.604 3.676.933 1.305.311 1.264.418 631.835 3.818.524 1.109.432<br />

1990 19.694.675 3.118.378 1.110.142 1.026.774 515.034 3.711.668 1.056.984<br />

1991 20.797.233 3.280.000 1.160.000 1.065.288 535.612 3.930.132 1.096.789<br />

1992 18.162.416 2.859.043 1.010.958 696.548 349.883 3.965.945 1.075.663<br />

1993 22.888.866 3.461.196 1.230.802 881.708 440.483 4.502.608 1.230.770<br />

1994 24.729.404 3.937.000 1.387.000 983.783 498.293 5.398.337 1.393.190<br />

1995 24.760.555 3.888.270 1.365.554 1.395.458 702.111 4.452.865 1.242.125<br />

1996 24.455.388 3.823.246 1.353.451 1.488.193 746.898 4.583.432 1.268.854<br />

1997 25.840.938 4.275.609 1.509.993 1.516.570 757.275 5.025.530 1.318.941<br />

1998 25.706.963 4.422.903 1.561.869 1.553.799 778.798 5.349.304 1.368.991<br />

1999 26.334.043 4.343.638 1.542.764 1.716.090 861.795 5.208.039 1.357.784<br />

2000 29.469.106 4.725.106 1.686.723 1.843.219 922.633 5.750.799 1.476.028<br />

Unida<strong>de</strong>: t<br />

Fonte: ANDA, SIMPRIFERT – DNPM / DIRIN.<br />

(1)AMB / DNPM / DIRIN<br />

(2) De 1988 a 1994 – AMB / DNPM / DIRIN<br />

* DAP, MAP, Superfosfato Simples, Superfosfato Triplo, Termofosfato, Fosfato parcialmente Acidulado, Cloreto <strong>de</strong> Potássio,<br />

Complexos, Rochas Fosfáticas – Aplicação Direta.


mil toneladas<br />

2.000<br />

1.800<br />

1.600<br />

1.400<br />

1.200<br />

1.000<br />

800<br />

600<br />

400<br />

200<br />

0<br />

Fonte: AMB / DNPM / DIRIN<br />

Gráfico 02 - Evolução da <strong>Produção</strong> <strong>de</strong> Concentrado <strong>de</strong> Rocha e Compostos<br />

Químicos Fosfatados 1988-2000<br />

Balanço <strong>Mineral</strong> Brasileiro 2001<br />

<strong>FOSFATO</strong><br />

1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000<br />

CONCENTRADO NUTRIENTE (P2O5) ÁCIDO FOSFÓRICO NUTRIENTE (P2O5)<br />

PRODUTOS INTERMEDIÁRIOS NUTRIENTE (P2O5)<br />

4. COMÉRCIO EXTERIOR<br />

Como componente necessária ao consumo, <strong>de</strong>manda não atendida pela oferta interna,<br />

as importações foram crescentes, principalmente <strong>de</strong>vido ao câmbio fixo e às medidas <strong>de</strong><br />

abertura econômica que, a partir <strong>de</strong> 1989, eliminaram todas as proibições <strong>de</strong> importação e<br />

as restrições não-tarifárias (CONCEX-MF). As importações ganharam competitivida<strong>de</strong> e<br />

passaram a ser, novamente, uma componente <strong>de</strong> importância no consumo intermediário<br />

da Indústria <strong>de</strong> Rocha / Fertilizantes, que chegaram a ter uma variação expressiva, <strong>de</strong> cerca<br />

<strong>de</strong> 200 a 265%, entre 1989-98.<br />

As importações brasileiras <strong>de</strong> fosfato nacional bruto (concentrado <strong>de</strong> rocha), no período<br />

<strong>de</strong> 1988-2000, representaram cerca <strong>de</strong> 290 milhões <strong>de</strong> dólares <strong>de</strong> dispêndios, cifra<br />

relativamente mo<strong>de</strong>sta, graças ao <strong>de</strong>sempenho da oferta doméstica das empresas<br />

produtoras <strong>de</strong>sse setor <strong>de</strong> matérias-primas fosfatadas.<br />

Nossas importações tiveram um crescimento <strong>de</strong> 21,2% no período. Esse crescimento se<br />

justificou pela oferta internacional abundante somada com redução a zero das alíquotas <strong>de</strong><br />

importação, facilida<strong>de</strong>s alfan<strong>de</strong>gárias e, principalmente, para aten<strong>de</strong>r o consumo do<br />

norte/nor<strong>de</strong>ste do país (não suprido pela produção interna que está localizada nas regiões<br />

Centro - Centro-Oeste do Brasil).<br />

Ressalta-se que nesse período, o Brasil manteve relações comerciais <strong>de</strong> importação com<br />

cerca <strong>de</strong> trinta e seis países, on<strong>de</strong> Israel, Marrocos, Tunísia, Estados Unidos, República<br />

Fe<strong>de</strong>rativa da Rússia, África do Sul, México, Alemanha e Austrália, são os que<br />

representaram maiores participações em volume e valores, relativos a nossas <strong>de</strong>pendências<br />

<strong>de</strong> concentrado <strong>de</strong> rocha, ácido fosfórico e produtos intermediários para fertilizantes<br />

(fosfatados).<br />

Na balança comercial para rocha fosfática, o país apresentou saldo negativo anual<br />

durante todo o período da série, da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 520 mil ton/ano, com dispêndio médio <strong>de</strong><br />

divisas <strong>de</strong> 22,1 milhões <strong>de</strong> dólares/ano.<br />

11


Balanço <strong>Mineral</strong> Brasileiro 2001<br />

<strong>FOSFATO</strong><br />

Ressaltamos que nos três últimos anos, mais <strong>de</strong> 80% dos bens primários (rocha<br />

fosática), vieram <strong>de</strong> Israel, Marrocos, Tunísia, Togo e Argélia, num volume <strong>de</strong> 2,5 milhões<br />

<strong>de</strong> toneladas, a um preço médio FOB <strong>de</strong> US$56,10/t.<br />

Já as exportações <strong>de</strong> rocha fosfática pelo Brasil, são inexpressivas, e geralmente<br />

<strong>de</strong>stinadas ao Paraguai, Argentina, Uruguai e Chile.<br />

As importações <strong>de</strong> ácido fosfórico realizadas pelo Brasil totalizaram cerca <strong>de</strong> 3,94<br />

milhões <strong>de</strong> toneladas, com dispêndio <strong>de</strong> 856 milhões <strong>de</strong> dólares FOB durante todo o<br />

período <strong>de</strong> 1988-2000, provenientes principalmente dos países: Estados Unidos, Marrocos,<br />

Rússia, Israel, África do Sul, México e Bélgica. Já as exportações brasileiras são mo<strong>de</strong>stas e<br />

90% se <strong>de</strong>stinaram aos países do MERCOSUL, alcançando pouco mais <strong>de</strong> 2% do que é<br />

importado. Desse confronto gerou uma balança comercial cujo saldo é negativo no<br />

período, na or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 296,4 mil toneladas ano e com dispêndio anual <strong>de</strong> 62,83 milhões <strong>de</strong><br />

dólares FOB.<br />

No período 1991-93, ocorreu a <strong>de</strong>sativação <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> 110 mil toneladas/ano <strong>de</strong><br />

ácido fosfórico que era ofertada pela ICC/no RS, que gerou na época uma queda <strong>de</strong> cerda<br />

<strong>de</strong> 11% na capacida<strong>de</strong> instalada <strong>de</strong>ssa matéria-prima para fertilizantes. Esse problema gerou<br />

a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> maior importação no período <strong>de</strong> 1992 a 1994, quando essa <strong>de</strong>pendência<br />

cresceu a uma média <strong>de</strong> 32% no período, em relação a 1991, com dispêndios <strong>de</strong> divisas <strong>de</strong><br />

219,7 milhões <strong>de</strong> dólares, a um preço médio <strong>de</strong> US$ FOB 178,38/t.<br />

No ano <strong>de</strong> 2000 as importações nacionais <strong>de</strong>ssa matéria-prima vieram dos Estados<br />

Unidos (30%), Rússia (26%), Israel (12%) e Marrocos (10%).<br />

Tabela 05<br />

Comércio Exterior <strong>de</strong> Concentrado Fosfático para Fertilizantes –<br />

1988- 1988 2000 (Matérias- (Matérias Primas - Bens Primários)<br />

Exportação<br />

(A)<br />

Anos Concentrado<br />

(t)<br />

Valor<br />

US$ FOB<br />

(10³)<br />

Importação<br />

(B)<br />

Concentrado<br />

(t)<br />

Valor<br />

US$ FOB<br />

(10³)<br />

Saldo<br />

(A - B)<br />

Concentrado<br />

(t)<br />

Valor<br />

US$<br />

FOB<br />

(10³)<br />

1988 - - 142.339 7.574 (142.339) (7.574)<br />

1989 - - 146.348 8.412 (146.348) (8.412)<br />

1990 - - 205.182 11.085 (205.182) (11.085)<br />

1991 3.000 228 212.533 7.912 (209.533) (7.684)<br />

1992 - - 304.811 10.719 (304.811) (10.719)<br />

1993 41 10 404.333 13.448 (404.292) (13.438)<br />

1994 27 1 562.953 20.720 (562.926) (20.719)<br />

1995 128 17 532.744 22.932 (532.616) (22.915)<br />

1996 39 8 1.001.459 35.738 (1.001.420) (35.730)<br />

1997 5.557 1.293 784.254 41.859 (778.697) (40.566)<br />

1998 2.110 418 826.892 47.517 (824.782) (47.099)<br />

1999 423 60 672.598 37.672 (672.175) (37.612)<br />

2000 314 44 980.529 53.942 (980.215) (53.898)<br />

Unida<strong>de</strong>: t<br />

Fonte: F-SRF-SECEX, DNPM / DIRIN, ANDA / SIACESP / SIMPRIFERT.<br />

12


Tabela 06<br />

Anos<br />

Ácido<br />

Fosfórico<br />

(t)<br />

Balanço <strong>Mineral</strong> Brasileiro 2001<br />

<strong>FOSFATO</strong><br />

Comércio Exterior <strong>de</strong> Ácido Fosfórico para Fertilizantes<br />

– 1988- 1988 2000 (Matérias- (Matérias Primas - Compostos Químicos)<br />

Exportação<br />

(A)<br />

Valor<br />

Us$ FOB<br />

(10³)<br />

Ácido<br />

Fosfórico<br />

(t)<br />

Importação<br />

(B)<br />

Valor<br />

Us$ FOB<br />

(10³)<br />

Ácido<br />

Fosfórico<br />

(t)<br />

Saldo<br />

(A - B)<br />

Valor<br />

Us$ FOB<br />

(10³)<br />

1988 51 15 428.845 99.072 (428.794) (99.057)<br />

1989 479 245 131.421 33.149 (130.942) (32.904)<br />

1990 1.217 673 210.054 35.461 (208.837) (34.788)<br />

1991 1.988 1.074 300.603 48.725 (298.615) (47.651)<br />

1992 9.292 4.191 413.611 61.285 (404.319) (57.094)<br />

1993 17.237 7.135 399.589 79.200 (382.352) (72.065)<br />

1994 12.697 5.280 418.648 79.260 (405.951) (73.980)<br />

1995 3.427 1.682 396.431 79.276 (393.004) (77.594)<br />

1996 7.297 3.518 359.439 73.953 (352.142) (70.435)<br />

1997 12.885 6.255 340.119 75.839 (327.234) (69.584)<br />

1998 9.710 4.698 322.614 73.067 (312.904) (68.369)<br />

1999 4.704 2.749 253.208 60.792 (248.504) (58.043)<br />

2000 3.695 1.653 269.505 56.839 (265.810) (55.186)<br />

Fonte: F-SRF-SECEX, DNPM / DIRIN, ANDA / SIACESP / SIMPRIFERT.<br />

PRODUTOS INTERMEDIÁRIOS FOSFATADOS<br />

As importações brasileiras <strong>de</strong> produtos intermediários fosfatados, representaram cerca<br />

<strong>de</strong> 2,8 bilhões <strong>de</strong> dólares <strong>de</strong> dispêndios <strong>de</strong> divisas no período <strong>de</strong> 1988-2000, enquanto que<br />

as exportações <strong>de</strong>sses produtos ficaram na casa dos 342 milhões <strong>de</strong> dólares, o que gerou<br />

um saldo negativo anual médio <strong>de</strong> 190 milhões <strong>de</strong> dólares para a série referida. Analisandose<br />

o Setor constatamos que nos últimos três anos o país teve mais <strong>de</strong> 85% <strong>de</strong> sua <strong>de</strong>manda<br />

suprida pelos seguintes países: Estados Unidos, Rússia, Israel, Marrocos, Tunísia e México.<br />

Nesse período, em termos <strong>de</strong> volume, importou-se 14,4 milhões <strong>de</strong> toneladas a um<br />

preço médio <strong>de</strong> US$ FOB 194,81/t, enquanto que as exportações representaram apenas<br />

10,2% da quantida<strong>de</strong> importada <strong>de</strong>sses produtos, a um preço médio <strong>de</strong> US$ 231,67 FOB<br />

por tonelada, <strong>de</strong>stinadas principalmente aos países do MERCOSUL.<br />

13


Tabela 07<br />

Anos Produtos (*)<br />

(t)<br />

Balanço <strong>Mineral</strong> Brasileiro 2001<br />

<strong>FOSFATO</strong><br />

Comércio Exterior <strong>de</strong> Produtos Intermediários Fosfatados<br />

1988- 1988 2000 (Compostos Químicos)<br />

Exportação<br />

(A)<br />

Valor<br />

US$ FOB<br />

(10³)<br />

Produtos (*)<br />

(t)<br />

Importação<br />

(B)<br />

Valor<br />

US$ FOB<br />

(10³)<br />

Produtos (*)<br />

(t)<br />

Saldo<br />

(A - B)<br />

Valor<br />

US$ FOB<br />

(10³)<br />

1988 61.133 12.968 269.477 51.258 (208.344) (38.290)<br />

1989 57.638 11.208 219.630 51.150 (161.992) (39.942)<br />

1990 26.140 6.414 311.680 59.350 (285.540) (52.936)<br />

1991 55.933 13.740 416.673 80.061 (360.740) (66.321)<br />

1992 28.932 10.388 2.159.142 97.362 (2.130.210) (86.974)<br />

1993 51.384 11.148 965.640 119.552 (914.256) (108.404)<br />

1994 67.099 15.524 1.199.414 232.564 (1.132.315) (217.040)<br />

1995 198.002 47.087 753.666 210.803 (555.664) (163.716)<br />

1996 190.440 51.925 1.442.292 322.498 (1.251.852) (270.573)<br />

1997 184.344 46.991 1.579.131 377.946 (1.394.787) (330.955)<br />

1998 168.114 37.030 1.573.143 410.658 (1.405.029) (373.628)<br />

1999 146.564 30.198 1.423.871 368.175 (1.277.307) (337.977)<br />

2000 240.143 47.288 2.327.154 463.001 (2.087.011) (415.713)<br />

Unida<strong>de</strong>: t<br />

Fonte: F-SRF-SECEX, DNPM / DIRIN, ANDA / SIACESP / SIMPRIFERT.<br />

( * ) DAP, MAP, Superfosfato Simples, Superfosfato Triplo, Termofosfato, Fosfato parcialmente Acidulado, Cloreto <strong>de</strong> Potássio,<br />

Complexos, Rochas Fosfáticas - Aplicação Direta<br />

A Tabela 08 mostra a evolução das alíquotas <strong>de</strong> importação <strong>de</strong> fertilizantes e <strong>de</strong> suas<br />

matérias-primas no período 1988 a 2000. Observa-se que em 1994 o país se globalizou com<br />

o mundo, abrindo suas portas aos produtos internacionais, quando reduziu ao máximo suas<br />

alíquotas. Neste ano em que encerrou-se a privatização do Setor o Parque Industrial <strong>de</strong><br />

Rocha Fosfática competiu em <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s com o mercado internacional. De 1994 até o<br />

presente, as empresas se situaram nesse contexto reduzindo custos, melhorando a<br />

eficiência, produtivida<strong>de</strong>, competitivida<strong>de</strong> no próprio mercado interno e se verticalizando<br />

sempre mais numa economia cada vez mais globalizada em tudo.<br />

14


Tabela 08<br />

Matérias-primas e<br />

fertilizantes simples<br />

Balanço <strong>Mineral</strong> Brasileiro 2001<br />

<strong>FOSFATO</strong><br />

Evolução das alíquotas <strong>de</strong> importação (CIF) dos produtos<br />

fertilizantes e <strong>de</strong> suas matérias- matérias primas<br />

Até<br />

jun<br />

1988<br />

jul.<br />

1988<br />

set.<br />

1989<br />

ago.<br />

1990<br />

set.<br />

1990<br />

jan.<br />

1991<br />

out.<br />

1992<br />

out.<br />

1993<br />

<strong>de</strong>z.<br />

1994<br />

Rocha fosfática 30 15 15 10 0 5 5 0 0 2,5<br />

Enxofre 0 5 ( ¹ ) 0 0 0 0 0 0 0 2,5<br />

Ácido sulfúrico 30 5 5 0 0 0 0 0 4 ( * ) 6,5<br />

Ácido fosfórico 45 15 15 10 5 10 5 5 4 ( * ) 6,5<br />

Amônia Anidra 45 10 5 0 0 0 0 0 4 ( * ) 4<br />

Superfosfato simples (SSP) 5 5 5 0 0 5 5 5 6 6<br />

Superfosfato triplo (TSP) 40 25 25 20 10 15 10 10 6 6<br />

Fosfato monoamônio (MAP) 50 25 25 20 10 15 10 10 6 6<br />

Fosfato Diamônio (DAP) 50 25 25 20 10 15 10 10 6 6<br />

Termofosfato 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0<br />

Fertilizantes mistos (NPK) 80 30 30 20 10 15 10 10 6 6<br />

Fonte: CARMO, 1994; TARIFA aduaneira do Brasil, 1994; TARIFA externa comum, 1995; TARIFA EXTERNA COMUM –<br />

Aduaneiras, 2000<br />

Notas: (1) A tarifa era zero para o enxofre importado dos países signatários do GATT.<br />

( * ) Itens incluídos nas listas <strong>de</strong> exceções à TEC do MERCOSUL.<br />

5. CONSUMO APARENTE<br />

Em termos <strong>de</strong> concentrado <strong>de</strong> rocha, os consumidores nacionais são as unida<strong>de</strong>s<br />

químicas <strong>de</strong> fertilizantes e as <strong>de</strong> ácido fosfórico, uma vez que as quantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>ssa matériaprima<br />

aplicadas diretamente ao solo, ainda, são <strong>de</strong> reduzida participação.<br />

Atualmente, a estrutura <strong>de</strong> consumo no Brasil é assim distribuida: em fertilizantes<br />

(44%), ácido fosfórico (54%) e o restante para produtos químicos e ração animal. Nos<br />

Estados Unidos é mais <strong>de</strong> 94% para fertilizantes e o restante para ácido fosfórico e outros<br />

produtos químicos.<br />

44%<br />

Fonte: DNPM/DIRIN<br />

Gráfico 03 – Consumo Setorial <strong>de</strong> Rocha Fosfática – 2000<br />

BRASIL<br />

2%<br />

54%<br />

Ácido Fosfórico Fertilizantes Produtos Químicos e Ração Animal<br />

ESTADOS UNIDOS<br />

6%<br />

94%<br />

Fertilizantes Ácidos Fosfóricos, Produtos Químicos e Ração Animal<br />

15<br />

<strong>de</strong>z.<br />

2000


Balanço <strong>Mineral</strong> Brasileiro 2001<br />

<strong>FOSFATO</strong><br />

Cotejando os dados <strong>de</strong> consumo aparente <strong>de</strong> rocha, no período do 1988-2000, observase<br />

o comportamento <strong>de</strong> queda entre 1989 a 1993, coinci<strong>de</strong>nte com o fenômeno político e<br />

econômico analisado na oferta, e em 1999 o <strong>de</strong>créscimo está ligado a <strong>de</strong>svalorização do<br />

real, que encareceu os fertilizantes e ocasionou retração no consumo pelos agricultores.<br />

A participação da produção doméstica nesse período foi <strong>de</strong> 88,2%, o que mostra que a<br />

indústria nacional <strong>de</strong> rocha, produz praticamente toda a sua <strong>de</strong>manda. O pequeno déficit<br />

ocorre por problemas na produção doméstica em aten<strong>de</strong>r o consumo regional do país<br />

(alguns Estados do Nor<strong>de</strong>ste e o Estado do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul), face aos custos <strong>de</strong><br />

transporte e <strong>de</strong> outras facilida<strong>de</strong>s, e que se justificou a importação.<br />

No período consi<strong>de</strong>rado, 1988-2000, o consumo brasileiro <strong>de</strong> rocha fosfática, ácido<br />

fosfórico e produtos intermediários para fertilizantes (este em termos <strong>de</strong> P 2O 5 contido)<br />

cresceram 20%, 17,3% e 63,4%, respectivamente, enquanto que a produção nacional, no<br />

mesmo período, apresentou os percentuais <strong>de</strong> 2,5%, 34,7% e 25,3%, respectivamente, o<br />

que explica as importações <strong>de</strong> concentrado <strong>de</strong> rocha (P 2O 5) crescentes durante todo o<br />

período, a uma taxa média <strong>de</strong> 17,4% a.a.. Em termos <strong>de</strong> ácido fosfórico observou-se que a<br />

relação percentual entre o crescimento da produção e do consumo foi <strong>de</strong> 2:1.<br />

O consumo <strong>de</strong> ácido fosfórico apresentou uma evolução crescente no período referido<br />

em 18,5%. A indústria nacional que participava com 62,5% da consumo aparente no<br />

período 1978-87 contribuiu com 81,3% no período analisado, apresentando um<br />

<strong>de</strong>sempenho bastante significativo e indicando o atual grau <strong>de</strong> maturida<strong>de</strong> das indústrias do<br />

Setor <strong>de</strong> Fertilizantes.<br />

Consi<strong>de</strong>rando o componente Produtos Intermediários Fosfatados, não incluído na<br />

edição do Balanço <strong>Mineral</strong> anterior, verificamos que as indústrias <strong>de</strong>sse segmento <strong>de</strong><br />

fertilizantes evoluem e crescem a cada ano. No período 1988-2000 apresentaram uma<br />

participação no consumo aparente total <strong>de</strong> fosfatados <strong>de</strong> 80,9%, e uma variação <strong>de</strong><br />

crescimento no período <strong>de</strong> 63,4%, contra uma variação da oferta doméstica <strong>de</strong> 34,3%.<br />

Dentro dos produtos intermediários fosfatados se incluem os fosfatos solúveis (adubos).<br />

Esses produtores se caracterizam como empresas misturadoras pulverizadas no país em<br />

torno <strong>de</strong> duzentas unida<strong>de</strong>s.<br />

Os dados da Tabela 9 e Gráfico 5, mostram os principais países fornecedores <strong>de</strong><br />

matérias-primas para fertilizantes no Brasil no ano 2000. O Potássio apresenta uma<br />

<strong>de</strong>pendência <strong>de</strong> subsolo alheio <strong>de</strong> 88%, seguido do enxofre com 94% e Nitrogênio com<br />

58%. O Ácido Fosfórico e os fertilizantes <strong>de</strong> maneira geral mantiveram um balanço<br />

comercial em 2000 <strong>de</strong>sfavorável ao país, com dispêndio <strong>de</strong> divisas <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 94,2 milhões<br />

<strong>de</strong> dólares.<br />

Em 2000, os países Canadá, Rússia, Alemanha e Israel exportaram para o Brasil 84% <strong>de</strong><br />

nossa <strong>de</strong>pendência externa <strong>de</strong> Potássio (KCl) e 79% do Enxofre. Produtos nitrogenados <strong>de</strong><br />

Israel e Rússia e produtos fosfatados e amônia anidra vindo principalmente <strong>de</strong> Israel,<br />

Marrocos, Estados Unidos e Rússia, completaram o leque da origem das importações<br />

<strong>de</strong>ssas matérias-primas da Indústria <strong>de</strong> Adubos / Fertilizantes para o Brasil.<br />

A comercialização <strong>de</strong> adubos à nível nacional está distribuída com base no consumo<br />

agrícola das regiões agricultáveis do país, representado da seguinte maneira: a região Centro<br />

consome atualmente entre 61 a 65% dos fertilizantes comercializados no país; o Sul<br />

absorve cerca <strong>de</strong> 35% e o restante dos estados com 5 a 8% dos adubos consumidos.<br />

Portanto, é fundamental que o Governo Fe<strong>de</strong>ral (DNPM / MME) formule estudos <strong>de</strong><br />

política <strong>de</strong> aproveitamento <strong>de</strong> <strong>de</strong>pósitos minerais <strong>de</strong> fosfato, principalmente para os<br />

estados Santa Catarina, Pernambuco, Ceará e Amazonas e também do potássio do<br />

16


Balanço <strong>Mineral</strong> Brasileiro 2001<br />

<strong>FOSFATO</strong><br />

Amazonas e <strong>de</strong> Sergipe (carnalita), para que o país melhore sua posição no Balanço<br />

Comercial <strong>de</strong> Fertilizantes, e venha gerar riqueza <strong>de</strong> alimentos no futuro próximo.<br />

Tabela 09<br />

Anos<br />

Unida<strong>de</strong>: t<br />

Fonte: DNPM/DIRIN.<br />

mil toneladas<br />

Evolução do Consumo Aparente <strong>de</strong> Matérias-Primas Matérias Primas e<br />

Compostos Químicos Fosfatados – 1988- 1988 2000<br />

Concentrado<br />

Fosfático<br />

Ácido Fosfórico<br />

Produtos Intermediários<br />

(Contido <strong>de</strong> P2O5)<br />

1988 4.752.362 1.797.193 4.796.031<br />

1989 3.823.281 1.395.360 3.770.095<br />

1990 3.323.560 1.235.608 3.997.208<br />

1991 3.489.533 1.363.903 4.290.872<br />

1992 3.163.854 1.100.867 6.096.155<br />

1993 3.865.488 1.264.060 5.416.864<br />

1994 4.499.926 1.389.734 6.530.652<br />

1995 4.420.886 1.788.462 5.008.529<br />

1996 4.824.666 1.840.335 5.835.284<br />

1997 5.054.306 1.843.804 6.420.317<br />

1998 5.247.685 1.866.703 6.754.333<br />

1999 5.015.813 1.964.594 6.485.346<br />

2000 5.705.321 2.109.029 7.837.810<br />

9.000<br />

8.000<br />

7.000<br />

6.000<br />

5.000<br />

4.000<br />

3.000<br />

2.000<br />

1.000<br />

Gráfico 04 - Evolução do Consumo Aparente <strong>de</strong> Matérias-Primas e<br />

Compostos Químicos Fosfatados - 1988-2000<br />

0<br />

1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000<br />

Fonte: DNPM/DIRIN<br />

CONCENTRADO FOSFÁTICO<br />

ÁCIDO FOSFÓRICO<br />

PRODUTOS INTERMEDIÁRIOS (contido P2O5)<br />

17


Tabela 10<br />

Potássio<br />

(K2O)<br />

Balanço <strong>Mineral</strong> Brasileiro 2001<br />

<strong>FOSFATO</strong><br />

Principais Países fornecedores <strong>de</strong> matérias-primas matérias primas para Fertilizantes<br />

– 2000 (Dependência <strong>de</strong> subsolo alheio – via importação)<br />

(%) Percentagem<br />

Enxofre Nitrogênio( ¹ )<br />

(N)<br />

Fósforo Total*<br />

(P2O5)<br />

Ácido<br />

Fosfórico<br />

(Produto)<br />

Amônia<br />

Anidra<br />

88% 94% 58% 27% 14% 18%<br />

2.623 mil t 1.580 mil t 1.456 mil t 1.450 mil t 300 mil t 250 mil t<br />

Países Exportadores (% <strong>de</strong> participação)<br />

Países % Países % Países % Países % Países % Países %<br />

Canadá 29 Canadá 66 Israel 54 Israel 47 Marrocos 41 USA 30<br />

Rússia 20 USA 13 Rússia 24 Marrocos 30 USA 41 Rússia 26<br />

Alemanha 20 Polônia 7 Uruguai 8 Tunísia 10 África do Sul 11 Israel 12<br />

Israel 15 Alemanha 6 Venezuela 8 Togo 4 Israel 4 Marrocos 10<br />

Rep. Da<br />

Belarus<br />

8 Rússia 3 USA 1 Argélia 4 Holanda 1 Tunísia 5<br />

Outros 16 outros 5 outros 5 outros 5 Outros 2 outros 17<br />

Fonte: ANDA, MICT/SECEX, Gazeta Mercantil – Agrobusiness (27/06/2001 – pg B-16). Elaboração: DNPM/DIRIN.<br />

* P 2O 5 contido em concentrado <strong>de</strong> rocha, ácido fosfórico e produtos intermediários.<br />

Nitrogênio (N) – total nos produtos nitrogenados.<br />

%<br />

100<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

Gráfico 05 - Oferta Doméstica e Dependência Externa <strong>de</strong> matérias-primas para<br />

Fertilizantes - 2000<br />

352 mil t<br />

2.623 mil t<br />

101 mil t<br />

1.580 mil t<br />

1.054 mil t<br />

1.456 mil t<br />

3.920 mil t<br />

1.450 mil t<br />

Potássio Enxofre Nitrogênio Fósforo Total<br />

(P2O5)<br />

Fonte: ANDA, MICT-SECEX. Elaboração: DNPM/DIRIN.<br />

1.843 mil t<br />

300 mil t<br />

1.126 mil t<br />

247 mil t<br />

Ácido Fosfórico Amônia Anidra<br />

Dependência <strong>de</strong> subsolo alheio Oferta Doméstica<br />

18


6. PREÇOS<br />

Balanço <strong>Mineral</strong> Brasileiro 2001<br />

<strong>FOSFATO</strong><br />

Os preços mostrados nessas tabelas para concentrado <strong>de</strong> rocha, ácido fosfórico e para<br />

produtos intermediários para fertilizantes, foram levantados dos anuários estatísticos -<br />

Setor Fertilizantes – ANDA, edições 1988 a 2000. Nessas publicações tem-se os preços<br />

FOB vigentes das matérias-primas das vendas industriais das empresas e os preços FOB<br />

correntes no mercado Internacional, todos em dólar americano e à nível mensal a cada ano.<br />

No caso específico do mercado internacional é fornecido os preços máximos e mínimo dos<br />

produtos.<br />

De posse <strong>de</strong>ssas informações foram elaboradas via média aritmética, para o período<br />

consi<strong>de</strong>rado, todos os preços correntes em dólar FOB por tonelada para os três produtos<br />

<strong>de</strong>sse Balanço.<br />

CONCENTRADO DE ROCHA<br />

Os preços correntes no mercado brasileiro para concentrado <strong>de</strong> rocha no período 1989-<br />

98 foram crescentes a taxa média <strong>de</strong> 11,2% a.a, exceto em 1992 que apresentou uma queda<br />

<strong>de</strong> 9,1%.<br />

A grosso modo observa-se que o preço corrente <strong>de</strong> 2000, comparado ao <strong>de</strong> 1988 teve<br />

um crescimento <strong>de</strong> 91,7%, enquanto que o dos Estados Unidos foi <strong>de</strong> apenas 6,1%,<br />

embora em ambos os países tenha ocorrido variações anuais para mais ou para menos<br />

<strong>de</strong>ntro do período<br />

Comparando os preços médios FOB do período 1988-2000, entre Brasil e Estados<br />

Unidos, verificamos que nossos preços foram em média 47% maior. Em parte esse<br />

diferencial existente <strong>de</strong>corre <strong>de</strong> nossos custos <strong>de</strong> extração serem maiores, visto que as<br />

características mineralógicas do nosso mineral-minério são <strong>de</strong> origem magmática, enquanto<br />

nos Estados Unidos e Marrocos são sedimentares e <strong>de</strong> teores bem elevados.<br />

Nos preços <strong>de</strong> fertilizantes, concentrado <strong>de</strong> rocha ou mesmo <strong>de</strong> ácido fosfórico, não<br />

havia uma correlação entre a formação dos preços no mercado interno e o nível dos preços<br />

praticados internacionalmente e, por outro lado, havia uma oscilação nos preços internos<br />

ao longo do mesmo ano. Entre 1992 e 1993, porém, houve uma recomposição dos preços<br />

nacionais que, ao mesmo tempo em que pararam <strong>de</strong> oscilar mês a mês, estacionaram em<br />

1995 em um patamar <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 25% superior à média dos preços FOB internacionais.<br />

Atualmente os preços internos no Brasil são os praticados pela livre concorrência – leis<br />

<strong>de</strong> mercado da oferta e da procura, enquanto que nos Estados Unidos os preços são<br />

<strong>de</strong>finidos diretamente entre produtores e consumidores através do Phosrock Ltda,<br />

organismo que publica sistematicamente um preço <strong>de</strong> referência para os diversos teores <strong>de</strong><br />

P 2O 5. O mesmo ocorre em Marrocos através <strong>de</strong> um organismo semelhante.<br />

19


Tabela 11<br />

Balanço <strong>Mineral</strong> Brasileiro 2001<br />

Evolução dos Preços Médios <strong>de</strong> Concentrado<br />

Fosfático osfático – 1988-2000 1988 2000 (Matérias-Primas<br />

(Matérias Primas - Bens<br />

Primários) Primários<br />

BRASIL<br />

Anos Corrente<br />

US$/t FOB (2)<br />

Constante<br />

US$ FOB*<br />

Corrente<br />

US$/t FOB (3)<br />

USA (1)<br />

Constante<br />

US$ FOB*<br />

1988 37,17 54,71 35,25 51,88<br />

1989 32,42 45,50 39,25 55,09<br />

1990 46,75 62,27 39,50 52,61<br />

1991 47,59 60,83 44,17 56,46<br />

1992 43,25 53,64 43,00 53,33<br />

1993 46,80 56,36 41,50 49,98<br />

1994 53,00 62,20 33,00 38,73<br />

1995 54,50 62,26 36,88 42,13<br />

1996 71,72 79,54 38,79 43,02<br />

1997 81,20 88,01 39,00 42,27<br />

1998 84,95 90,16 39,00 41,39<br />

1999 58,28 60,27 39,00 40,33<br />

2000 71,26 71,26 37,40 37,40<br />

Fonte: ANDA, Empresas do Setor. Elaborado por DNPM/DIRIN.<br />

(1) 74 / BPL.<br />

(2) Preço FOB Local; Anuário Estatístico Setor <strong>de</strong> Fertilizantes 2000.<br />

(3) Preço FOB Local; Anuário Estatístico Setor <strong>de</strong> Fertilizantes 2000, ANDA (Boletins Green Market e FMB).<br />

* Valores <strong>de</strong>flacionados com base no IGP-DI – USA (ano base: 2000 = 100)<br />

US$/t<br />

100<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

-<br />

Gráfico 06 - Evolução dos Preços Constante do Concentrado Fosfático - 1988-2000<br />

1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000<br />

Fonte: ANDA. Elaborado por DNPM/DIRIN<br />

Brasil USA<br />

<strong>FOSFATO</strong><br />

20


ÁCIDO FOSFÓRICO<br />

Balanço <strong>Mineral</strong> Brasileiro 2001<br />

<strong>FOSFATO</strong><br />

No período consi<strong>de</strong>rado os preços correntes médios FOB do ácido fosfórico brasileiro<br />

alternaram quedas e subidas entre 1988 e 1993 e daí para frente tiveram preços crescentes<br />

a uma taxa <strong>de</strong> 6,7% ao ano, até 1998, enquanto que nos Estados Unidos foi <strong>de</strong> 8,7% ao ano<br />

e queda nos anos <strong>de</strong> 1999 e 2000. Em 2000apresentou queda <strong>de</strong> 4,1%.<br />

A grosso modo, o preço médio corrente do ácido fosfórico no Brasil foi <strong>de</strong> 429,25<br />

dólares FOB por tonelada no período <strong>de</strong> 1988-2000, enquanto que nos Estados Unidos<br />

ficou em US$ FOB 301,65/t.<br />

PRODUTOS INTERMEDIÁRIOS PARA FERTILIZANTES<br />

Os preços correntes médios FOB da cesta composta por diversos produtos químicos<br />

fosfatados, no período 1988-2000, apresentaram várias alternâncias <strong>de</strong> quedas e subidas,<br />

tendo ocorrido os menores preços <strong>de</strong> US$159,20/t e US$169,40/t em 1993 e 1989,<br />

respectivamente, enquanto que os maiores (mais altos) foram <strong>de</strong> US$232,08/t e<br />

US$254,86/t nos anos <strong>de</strong> 1996 e 1990, respectivamente. Não foi possível <strong>de</strong>tectar as causas<br />

<strong>de</strong>ssas variações, mas se <strong>de</strong>duz que elas existiram em função das peculiarida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cada<br />

produto componente, logo, com preços muito diferentes e que, a cada ano, alguns <strong>de</strong>sses<br />

po<strong>de</strong>m ou não estarem participando do conjunto consi<strong>de</strong>rado no cálculo <strong>de</strong>sses preços<br />

médios.<br />

21


Tabela 12<br />

Anos<br />

Ácido Fosfórico<br />

Corrente<br />

US$/t (2)<br />

Balanço <strong>Mineral</strong> Brasileiro 2001<br />

<strong>FOSFATO</strong><br />

Evolução dos Preços Médios <strong>de</strong> Ácido Fosfórico e Produtos Intermediários<br />

Fosfatados – 1988- 1988 2000 (Compostos Químicos)<br />

BRASIL USA (1)<br />

Constante<br />

US$ FOB*<br />

Produtos<br />

Intermediários<br />

Fosfatados<br />

Corrente<br />

US$/t (2)<br />

Constante<br />

US$ FOB*<br />

Ácido Fosfórico<br />

Corrente<br />

US$/t (3)<br />

Constante<br />

US$ FOB*<br />

Produtos<br />

Intermediários<br />

Fosfatados<br />

Corrente<br />

US$/t (3)<br />

22<br />

Constante<br />

US$ FOB*<br />

1988 453,12 666,91 177,54 261,31 321,65 473,41 174,16 256,33<br />

1989 421,12 591,08 169,40 237,77 352,17 494,30 153,60 215,59<br />

1990 446,29 594,46 254,86 339,47 298,92 398,16 131,46 175,10<br />

1991 420,40 537,40 216,92 277,29 295,42 377,64 156,95 200,63<br />

1992 383,00 475,01 196,00 243,08 264,96 328,61 134,00 166,19<br />

1993 343,00 413,09 159,20 191,73 223,65 269,35 122,62 147,68<br />

1994 398,00 467,08 217,00 254,66 260,00 305,13 155,00 181,90<br />

1995 448,00 511,78 228,00 260,46 297,50 339,85 184,00 210,20<br />

1996 456,75 506,57 232,08 257,39 317,50 352,13 195,20 216,49<br />

1997 460,42 499,01 219,42 237,81 334,38 362,40 171,45 185,82<br />

1998 475,20 504,36 229,55 243,63 339,37 360,19 186,39 197,83<br />

1999 446,50 461,75 198,20 204,97 319,50 330,41 165,00 170,64<br />

2000 428,42 428,42 188,00 188,00 296,46 296,46 149,79 149,79<br />

Fonte: ANDA / Empresas do Setor, Boletins Green Market e FMB. Elaborado por DNPM/DIRIN.<br />

(1) 74 / BPL. (2) Preço FOB Local; Anuário Estatístico Setor <strong>de</strong> Fertilizantes 2000.<br />

(3) Preço FOB Local; Anuário Estatístico Setor <strong>de</strong> Fertilizantes 2000, ANDA (Boletins Green Market e FMB).<br />

* Valores <strong>de</strong>flacionados com base no IGP-DI – USA (ano base: 2000 = 100)<br />

US$/t<br />

800<br />

700<br />

600<br />

500<br />

400<br />

300<br />

200<br />

100<br />

0<br />

Gráfico 07 - Evolução dos Preços Constantes do Ácido Fosfórico - 1988-<br />

2000<br />

1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000<br />

Fonte: Elaborado por DNPM/DIRIN<br />

Brasil USA


US$/t<br />

400<br />

350<br />

300<br />

250<br />

200<br />

150<br />

100<br />

50<br />

-<br />

7. BALANÇO CONSUMO/PRODUÇÃO<br />

7.1. METODOLOGIA<br />

Balanço <strong>Mineral</strong> Brasileiro 2001<br />

<strong>FOSFATO</strong><br />

Gráfico 08 - Evolução dos Preços Constantes dos Produtos Intermediários<br />

- 1988-2000<br />

1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000<br />

Fonte: Elaborado por DNPM/DIRIN<br />

A metodologia adotada para se <strong>de</strong>senvolver o balanço Consumo – <strong>Produção</strong> para<br />

fosfato concentrado (rocha) e ácido fosfórico, em termos <strong>de</strong> P 2O 5 contido, constituiu em<br />

<strong>de</strong>terminar a oferta interna prevista em função da capacida<strong>de</strong> instalada das sete empresas<br />

mineradoras do país. Para tanto foi solicitada das empresas, o preenchimento <strong>de</strong> uma<br />

planilha on<strong>de</strong> seriam fornecidas todas as informações necessárias ao conhecimento da<br />

oferta, tais como: investimentos, capacida<strong>de</strong>s instaladas, estrutura <strong>de</strong> consumo, principais<br />

consumidores, e linhas <strong>de</strong> outros produtos <strong>de</strong>ssa indústria consi<strong>de</strong>rados importantes para o<br />

diagnóstico da Indústria <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> rocha e fertilizantes, no período 2000 e 2010.<br />

Na <strong>de</strong>terminação do consumo, utilizou-se a curva <strong>de</strong> <strong>de</strong>manda (com alguns ajustes que<br />

se fizeram necessários) fornecida no documento, Mineração no Brasil – Revisão <strong>de</strong><br />

Demanda e Necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Investimentos 2000, elaborado pelos técnicos da SMM / MME<br />

e CPRM / DIECOM.<br />

Com base nos números indicadores do período 1988-2000, e na sinalização recebida<br />

com as tendência do setor para o período 2000-2010, <strong>de</strong>finiu-se os parâmetros para<br />

<strong>de</strong>terminação da curva balanço consumo – produção, dos produtos Rocha Fosfática e<br />

Ácido Fosfórico (nutrientes P 2O 5) para o <strong>de</strong>cênio 2000-2010.<br />

7.2. ANÁLISE TÉCNICA SETORIAL<br />

FOSFÉRTIL<br />

Brasil USA<br />

Nos dois últimos anos da série, 1999/2000 – a gigante FOSFÉRTIL em Minas Gerais,<br />

investiu por volta <strong>de</strong> US$60 milhões para elevar a produção das minas <strong>de</strong> rocha fosfática <strong>de</strong><br />

Tapira (MG) e a ampliação do seu complexo industrial químico em Uberaba, no Triângulo<br />

23


Balanço <strong>Mineral</strong> Brasileiro 2001<br />

<strong>FOSFATO</strong><br />

Mineiro. Essas obras que serão concluídas em agosto 2001, permitirão a FOSFÉRTIL<br />

ampliar sua produção anual <strong>de</strong> 1,56 para 1,93 milhões <strong>de</strong> toneladas <strong>de</strong> rocha. Esse projeto,<br />

efetivamente implantado no final <strong>de</strong> 2000, <strong>de</strong>mandou investimento complementar, feito<br />

entre janeiro e setembro <strong>de</strong> 2000, da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> US$67 milhões <strong>de</strong> dólares para a expansão<br />

da Unida<strong>de</strong> Uberaba. A FOSFÉRTIL que se mantém na li<strong>de</strong>rança no mercado nacional <strong>de</strong><br />

rocha/fertilizantes e, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> sua privatização em 1993, já recebeu investimentos em seus<br />

empreendimentos produtivos superiores a US$210 milhões <strong>de</strong> dólares. Em 2001 a empresa<br />

fará abertura <strong>de</strong> uma nova Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Fertilizantes em Goiás, incrementando em 25% sua<br />

produção anual <strong>de</strong> 1,3 milhão <strong>de</strong> toneladas <strong>de</strong> adubos no país, o que abre as perspectivas <strong>de</strong><br />

produção <strong>de</strong> concentrados para fertilizantes ser maior em 2002.<br />

7.3 CONCENTRADO DE ROCHA (P 2O 5)<br />

A produção <strong>de</strong> concentrado fosfático (em termos <strong>de</strong> nutriente P 2O 5) no período 1988-<br />

92 supriu a maioria da <strong>de</strong>manda nacional, exceto para os estados do norte-nor<strong>de</strong>ste e sul<br />

(RS) que não foram atendidos <strong>de</strong>vido aos custos elevados que seriam incrementados pelo<br />

transporte das regiões produtivas centro / centro-oeste. As importações nesse intervalo,<br />

foram menores que 80 mil toneladas ano.<br />

No restante do período, <strong>de</strong> 1993-2000 o mesmo problema prevaleceu, <strong>de</strong> modo que os<br />

déficits crescentes, variando <strong>de</strong> 118 mil a 337 mil toneladas <strong>de</strong> P 2O 5, ocorreram em<br />

<strong>de</strong>corrência do aumento da <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> fertilizantes nessas áreas distantes dos centros<br />

produtivos.<br />

Analisando os 13 anos da série, po<strong>de</strong>-se verificar ter ocorrido um crescimento no<br />

consumo <strong>de</strong> fósforo a uma taxa <strong>de</strong> 1,4% a.a., enquanto que a produção cresceu apenas a<br />

0,2% a.a. Observa-se que o consumo foi crescente na maior parte do período, com taxas<br />

mais altas <strong>de</strong> crescimento entre 1992 e 1994. Em 1994 o consumo <strong>de</strong> fertilizantes cresceu<br />

24,3% <strong>de</strong>vido a estabilida<strong>de</strong> gerada pelo Plano Real a partir do meio <strong>de</strong>sse ano, o que <strong>de</strong>u<br />

novo impulso e condições para que os produtores agrícolas tivessem um incremento<br />

substancial da área nacional <strong>de</strong> plantio e gastassem mais na utilização <strong>de</strong> mais adubos. Em<br />

1995, o consumo foi cerca <strong>de</strong> 18% menor do que 1994, em <strong>de</strong>corrência direta da adoção <strong>de</strong><br />

linhas <strong>de</strong> crédito a custos consi<strong>de</strong>rados elevados pelos agricultores, o que gerou redução da<br />

área plantada e da utilização em menor escala <strong>de</strong> fertilizantes e outros insumos para a<br />

agricultura. Contribuiu ainda para a queda referida a baixa dos preços agrícolas no<br />

mercado, a eliminação da equivalência para empréstimos ao produtor rural, bem como da<br />

garantia <strong>de</strong> preços mínimos para o trigo, que foi responsável por 12% no consumo <strong>de</strong><br />

fertilizantes em 1994 e 1995.<br />

Fazendo-se uma análise dos últimos 5 anos, a produção e o consumo, em termos <strong>de</strong><br />

P 2O 5, cresceram a uma taxa <strong>de</strong> 5,6% e 4,8% a.a., respectivamente. Mesmo assim, no<br />

período 1996-2000 apresentou um saldo negativo em média <strong>de</strong> 282 mil toneladas/ano,<br />

contra um déficit médio <strong>de</strong> 121,5 mil toneladas/ano no período <strong>de</strong> 1988-1995. Essas taxas<br />

<strong>de</strong> crescimento 1996-2000, <strong>de</strong> produção e consumo <strong>de</strong> P 2O 5, estão <strong>de</strong>ntro da realida<strong>de</strong> da<br />

economia do país, que apresentou uma taxa <strong>de</strong> inflação <strong>de</strong> 5,9%, um crescimento do PIB<br />

<strong>de</strong> 4,46%, e da Indústria <strong>de</strong> 5,01%. A Indústria Extrativa <strong>Mineral</strong> cresceu a uma taxa <strong>de</strong><br />

11,5%, e a <strong>de</strong> transformação 5,7%.<br />

Consi<strong>de</strong>rando o crescimento da produção dos últimos cinco anos para concentrado <strong>de</strong><br />

rocha e ácido fosfórico superiores a 5,4% a.a., e também os investimentos programados<br />

(Tabela 14) pelo Parque Industrial Rocha Fosfática / Fertilizantes superiores a 540 milhões<br />

<strong>de</strong> dólares até 2010, on<strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 85% se <strong>de</strong>stinam a expansão da oferta <strong>de</strong>sses produtos,<br />

24


Balanço <strong>Mineral</strong> Brasileiro 2001<br />

<strong>FOSFATO</strong><br />

se caracterizam muito mais do que suficientes para justificar a mo<strong>de</strong>sta projeção <strong>de</strong><br />

crescimento da produção em 3,6% a.a para o próximo <strong>de</strong>cênio.<br />

O estudo da <strong>de</strong>manda nacional para fosfato, expresso em P 2O 5, elaborado pelo grupo<br />

SMM/MME/CPRM, sinalizou para 2010 um consumo da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 2.930 mil/t, com uma<br />

taxa <strong>de</strong> crescimento <strong>de</strong> 4,57% a.a.. Os investimentos necessários para aten<strong>de</strong>r essa<br />

<strong>de</strong>manda são estimados em 334 milhões <strong>de</strong> dólares. Verificou-se ainda que os<br />

investimentos projetados, comparado com a produção que será incrementada, no período<br />

2000-2010, chegou-se um custo <strong>de</strong> US$119/t produzida no período, contra os US$280/t,<br />

observado para o período histórico (1988-2000).<br />

Com base nas informações das empresas do setor sobre consumo <strong>de</strong> fosfato nos<br />

projetos <strong>de</strong> expansão da produção, foi possível e justificou-se aplicar ajustes na taxa <strong>de</strong><br />

crescimento <strong>de</strong> consumo <strong>de</strong> rocha para 4% a.a., alcançando em 2005 uma quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

2,46 milhões <strong>de</strong> toneladas e <strong>de</strong> 2,99 milhões <strong>de</strong> toneladas em 2010, praticamente os<br />

mesmos resultados a que chegou o estudo básico da SMM/CPRM.<br />

Esse resultado, se reveste <strong>de</strong> um grau <strong>de</strong> segurança bastante consistente, apesar do<br />

consumo ser sensível a fatores externos, a influência da estrutura do mercado, a variação <strong>de</strong><br />

estoques das empresas, a elevações <strong>de</strong> preços <strong>de</strong>sses produtos <strong>de</strong>correntes da componente<br />

cambial (aumento do dólar), e a falta <strong>de</strong> cobertura <strong>de</strong> custeio <strong>de</strong> safras, entre outros.<br />

7.4 ÁCIDO FOSFÓRICO (P 2O 5)<br />

No que se refere ao balanço produção – consumo <strong>de</strong> ácido fosfórico, a indústria<br />

brasileira está <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da produção <strong>de</strong> rocha fosfática. Em 1987 observou-se que 25%<br />

da produção <strong>de</strong> rochas se <strong>de</strong>stinava a ácido fosfórico e 73% para fertilizantes. Em 2000<br />

esses percentuais passaram a ser <strong>de</strong> 54% e 44%, respectivamente, que mostra atualmente<br />

ser a <strong>de</strong>manda <strong>de</strong>sse produto bem maior .<br />

As empresas do setor <strong>de</strong> ácido fosfórico, que são as mesmas que produzem rocha<br />

fosfática, sinalizaram um crescimento da produção <strong>de</strong> ácido fosfórico da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 2,5%<br />

a.a. até 2010, quando alcançarão 1.355 mil toneladas (em termos <strong>de</strong> nutriente P 2O 5).<br />

Consi<strong>de</strong>rando a mesma taxa <strong>de</strong> crescimento do consumo aplicado para rocha fosfática <strong>de</strong><br />

4% a.a., obtém-se em 2005 e 2010 uma <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> 1.365 mil e 1.660 mil toneladas,<br />

respectivamente, que confrontada com a oferta prevista pelo setor, projeta um déficit para<br />

o ácido fosfórico <strong>de</strong> 206 mil e 305 mil toneladas, respectivamente.<br />

25


Tabela 13<br />

Anos<br />

Balanço <strong>Mineral</strong> Brasileiro 2001<br />

<strong>FOSFATO</strong><br />

Projeção Balanço Consumo-<strong>Produção</strong> Consumo <strong>Produção</strong> das Matérias-Primas<br />

Matérias Primas<br />

para Fertilizantes 2001- 2001 2010<br />

(Concentrado Fosfático e Ácido Fosfórico)<br />

Rocha Fosfática<br />

PRODUÇÃO CONSUMO<br />

Ácido<br />

Fosfórico<br />

Rocha<br />

Fosfática<br />

Ácido Fosfórico<br />

Minério * Concentrado¹ Produto¹ Concentrado Produto<br />

2003 37.887 5.721 2.188 6.373 2.517<br />

2005 37.671 5.726 2.316 6.891 2.727<br />

2007 37.893 5.718 2.328 7.452 2.946<br />

2010 44.183 6.760 2.707 8.376 3.317<br />

Unida<strong>de</strong>:1000 t<br />

Fonte: DNPM/DIRIN, ¹ Empresas do Setor – Elaboração DNPM / DIRIN<br />

Run of mine<br />

mi toneladas<br />

9.000<br />

8.000<br />

7.000<br />

6.000<br />

5.000<br />

4.000<br />

3.000<br />

2.000<br />

1.000<br />

0<br />

Fonte: DNPM/DIRIN<br />

Gráfico 09 - Projeção das Matérias-Primas para Fertilizantes - 2001-2010<br />

(Concentrado Fosfático e Ácido Fosfórico)<br />

2001 2003 2005 2007 2010<br />

PRODUÇÃO Concentrado PRODUÇÃO Ácido Fosfórico<br />

CONSUMO Concentrado CONSUMO Ácido Fosfórico<br />

26


Tabela 14<br />

Períodos<br />

Balanço <strong>Mineral</strong> Brasileiro 2001<br />

Investimentos previstos a serem aplicados pelo Parque Industrial <strong>de</strong> Rocha Fosfática / Fertilizantes<br />

no período 2001- 2001 2010<br />

Processos<br />

Tecnológicos Rocha<br />

Expansão <strong>Produção</strong><br />

Ácido<br />

Fosfórico<br />

Pesquisa<br />

<strong>Mineral</strong><br />

Fosfato<br />

Meio<br />

Ambiente<br />

Mo<strong>de</strong>rnização do<br />

Circuito <strong>de</strong><br />

Beneficiamento<br />

(USINA)<br />

Estocagem<br />

<strong>de</strong> Produtos<br />

2001/2003 2.050 130.000 130.800 720,5 12.040 24.900 8.700 309.410,50<br />

2004/2005 8.200 - 98.000 500,5 3.000 8.400 - 118.600,50<br />

2006/2007 - 6.000 - - - 5.800 - 11.500,00<br />

2008/2010 - 43.000 60.000 - - 500 - 103.500,00<br />

>2011 - - - - - 6.000* - -<br />

Total 10.250 179.000 288.800 1.221 15.040 39.300 8.700 543.011<br />

Unida<strong>de</strong>: US$ 1.000<br />

Fonte: Empresas do Setor – Elaboração DNPM/DIRIN<br />

* Valor nõ incluído por ser acima 2010<br />

Total<br />

<strong>FOSFATO</strong><br />

27


Tabela 15<br />

Anos<br />

Balanço <strong>Mineral</strong> Brasileiro 2001<br />

<strong>FOSFATO</strong><br />

Balanço Consumo – <strong>Produção</strong> <strong>de</strong> Concentrado Fosfático<br />

(Matérias-Primas<br />

(Matérias Primas – Bens Primários) e <strong>Produção</strong> <strong>de</strong> Ácido Fosfórico<br />

(Matérias- (Matérias Primas - Compostos Químicos) 1988- 1988 2010<br />

<strong>Produção</strong> <strong>de</strong> Concentrado Fosfático<br />

(Matérias-Primas - Bens Primários)<br />

<strong>Produção</strong><br />

Nutriente<br />

(P2O5)<br />

(A)<br />

Consumo<br />

Nutriente<br />

(P2O5)<br />

(B)<br />

Saldo<br />

Nutriente<br />

(P2O5)<br />

(A – B)<br />

HISTÓRICO<br />

<strong>Produção</strong> <strong>de</strong> Ácido Fosfórico<br />

(Matérias-Primas - Compostos<br />

Químicos)<br />

<strong>Produção</strong><br />

Nutriente<br />

(P2O5)<br />

(A)<br />

Consumo<br />

Nutriente<br />

(P2O5)<br />

(B)<br />

Saldo<br />

Nutriente<br />

(P2O5)<br />

(A – B)<br />

1988 1.645.317 1.710.129 (64.812) 684.378 997.153 (312.775)<br />

1989 1.305.311 1.326.838 (21.527) 631.835 779.573 (17.738)<br />

1990 1.110.142 1.115.772 (5.630) 515.034 706.216 (191.182)<br />

1991 1.160.000 1.235.296 (75.296) 535.612 762.818 (227.206)<br />

1992 1.010.958 1.090.909 (79.951) 349.883 627.398 (277.515)<br />

1993 1.230.802 1.348.676 (117.874) 440.483 800.892 (360.409)<br />

1994 1.387.000 1.678.057 (291.057) 498.293 897.146 (398.853)<br />

1995 1.365.554 1.559.990 (194.436) 702.111 903.343 (201.232)<br />

1996 1.353.451 1.675.183 (321.732) 746.898 926.490 (179.592)<br />

1997 1.509.993 1.739.700 (229.707) 757.275 923.889 (166.614)<br />

1998 1.561.869 1.851.327 (289.458) 778.798 990.776 (211.978)<br />

1999 1.542.764 1.774.655 (231.891) 861.795 1.043.679 (181.884)<br />

2000 1.686.723 2.023.725 (337.002) 922.633 1.118.691 (196.058)<br />

PROJEÇÃO<br />

2003 2.031.000 2.275.000 (244.000) 1.094.000 1.260.000 (166.000)<br />

2005 2.033.000 2.460.000 (427.000) 1.159.000 1.365.000 (206.000)<br />

2007 2.034.000 2.660.000 (626.000) 1.165.000 1.475.000 (310.000)<br />

2010 2.400.000 2.990.000 (590.000) 1.355.000 1.660.000 (305.000)<br />

Unida<strong>de</strong>: t<br />

Fonte: DNPM / DIRIN.<br />

28


Mil toneladas<br />

Mil toneladas<br />

3.500<br />

3.000<br />

2.500<br />

2.000<br />

1.500<br />

1.000<br />

500<br />

0<br />

-500<br />

-1.000<br />

Gráfico 10 - CONSUMO - PRODUÇÃO DE CONCENTRADO FOSFÁTICO<br />

Balanço <strong>Mineral</strong> Brasileiro 2001<br />

<strong>FOSFATO</strong><br />

1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2003 2005 2007 2010<br />

Fonte: DNPM/DIRIN<br />

2.000<br />

1.750<br />

1.500<br />

1.250<br />

1.000<br />

750<br />

500<br />

250<br />

0<br />

-250<br />

-500<br />

PRODUÇÃO CONSUMO SALDO<br />

Gráfico 11 - CONSUMO - PRODUÇÃO DE ÁCIDO FOSFÓRICO 1988-2010<br />

1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2003 2005 2007 2010<br />

Fonte: DNPM/DIRIN<br />

PRODUÇÃO CONSUMO SALDO<br />

29


8. APÊNDICE<br />

BIBLIOGRAFIA<br />

Balanço <strong>Mineral</strong> Brasileiro 2001<br />

<strong>FOSFATO</strong><br />

Gazeta Mercantil – pág. 3 <strong>de</strong> 20/06/2000 – FERRONORTE faz experiência piloto com<br />

transporte <strong>de</strong> fertilizantes no MT.<br />

Gazeta Mercantil – pág. C-1 <strong>de</strong> 18/02/2000 – Título: A meta audaciosa da<br />

ANGLOAMERICAN no Brasil.<br />

Gazeta Mercantil – pág. B-16 – AGRIBUSINESS <strong>de</strong> 27/06/2001 – Importação <strong>de</strong><br />

matéria-prima para adubo será menor.<br />

Kulaif, Y – A nova configuração da Indústria <strong>de</strong> Fertilizantes Fosfatados no Brasil – Págs.<br />

67,76,112,117.<br />

Anuário Estatístico do Setor <strong>de</strong> Fertilizantes – ANDA - Edições 1988 a 2000 – São Paulo.<br />

Anuário <strong>Mineral</strong> Brasileiro – Edições 1989 a 2000 – DNPM/MME – Brasília-DF.<br />

Sumário <strong>Mineral</strong> – Edições 1989-2001 – Texto Fertilizantes Fosfatados Naturais.<br />

Balanço <strong>Mineral</strong> – Edição 1988 – DNPM/MME – Brasília – Texto <strong>FOSFATO</strong>.<br />

Perfil Analítico dos Fertilizantes Fosfatados - Boletim n° 39.<br />

Adubos Trevo – Fol<strong>de</strong>r sobre Fosfato Lagamar.<br />

Gazeta Mercantil <strong>de</strong> 11/07/2001 – Telma Pinto/BH – Título: FOSFÉRTIL vai inaugurar<br />

indústria em Goiás.<br />

Almeida, Luiz Otávio Afonso <strong>de</strong> – Eng° <strong>de</strong> Minas – FOSFÉRTIL – Complexo <strong>de</strong><br />

Mineração <strong>de</strong> Tapira (CMT) Dados Gerais – Fev. 2001 – Tapira / MG – Bem <strong>Mineral</strong>/<br />

Reservas – BMB 2001.<br />

Projeto Carbonatito com fonte alternativa na adubação <strong>de</strong> solos – Resultados Obtidos –<br />

Convênio EMBRAPA / UNB.<br />

COEFICIENTES TÉCNICOS<br />

Fosfato natural moído – teor <strong>de</strong> 24% P2O5.<br />

Fosfato natural bruto (médio) teor <strong>de</strong> 36% P2O5<br />

% P2O5x2,1853=%BPL.<br />

% P2O5x0,4364=%P<br />

% BPLx0,4576=%P2O5<br />

% BPLx0,1997=%P<br />

% Px5,0073=%BPL<br />

30


SIGLAS<br />

Balanço <strong>Mineral</strong> Brasileiro 2001<br />

<strong>FOSFATO</strong><br />

COPEBRÁS S/A – Companhia Petroquímica Brasileira<br />

Copebrás S/A – Companhia Petroquímica Brasileira<br />

FOSFÉRTIL – Fertilizantes Fosfatados S/A<br />

IBRAFOS – Instituto Brasileiro do Fosfato<br />

ICC – Indústria Carboquímica Catarinense S/A<br />

SERRANA – Serrana S/A <strong>de</strong> Mineração<br />

SIASCESP – Sindicato da Indústria <strong>de</strong> Adubos e Corretivos Agrícolas, no Estado <strong>de</strong> São<br />

Paulo<br />

ULTRAFÉRTIL – Ultrafértil S/A – Indústria e Comércio <strong>de</strong> Fertilizantes<br />

ANDA – Associação <strong>Nacional</strong> para divusão <strong>de</strong> adubos<br />

SÍMBOLOS<br />

BPL – “Bone Phosphate of Lime”<br />

8.4 METODOLOGIA DAS PROJEÇÕES.<br />

A metodologia adotada para se <strong>de</strong>senvolver o balanço Consumo – produção para<br />

fosfato concentrado (rocha) e ácido fosfórico, em termos <strong>de</strong> P 2O 5 contido, constituiu em<br />

<strong>de</strong>terminar a oferta interna prevista em função da capacida<strong>de</strong> instalada das sete empresas<br />

mineradoras do país. Para tanto foi solicitado das empresas, o preenchimento <strong>de</strong> uma<br />

planilha on<strong>de</strong> seriam fornecidas todas as informações necessárias ao conhecimento da<br />

oferta, tais como: investimentos, capacida<strong>de</strong>s instaladas, estrutura <strong>de</strong> consumo, principais<br />

consumidores, e linhas <strong>de</strong> outros produtos <strong>de</strong>ssa indústria, consi<strong>de</strong>rados importantes para<br />

o diagnóstico da Indústria <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> rocha e fertilizantes, no período 2000 e 2010.<br />

Na <strong>de</strong>terminação do consumo, utilizou-se a curva <strong>de</strong> <strong>de</strong>manda (com alguns ajustes que<br />

se fizeram necessários) fornecida no documento, Mineração no Brasil – Revisão <strong>de</strong><br />

Demanda e Necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> investimentos 2000, elaborado pelos técnicos da SMM / MME<br />

e CPRM / DIECOM.<br />

Com base nos números indicadores do período 1988-2000, e na sinalização recebida<br />

com as tendências do setor para o período 2000-2010, <strong>de</strong>finiu-se os parâmetros para<br />

<strong>de</strong>terminação da curva balanço consumo – produção, dos produtos Rocha Fosfática e<br />

Ácido Fosfórico (P 2O 5) para o <strong>de</strong>cênio 2000-2010.<br />

*DNPM, Brasília – Tel: (61)226-9025 – Fax (61)224-02948<br />

E-mail: eleuterio@dnpm.gov.br<br />

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