Capítulo 22 - Instituto de Matemática - UFRJ
Capítulo 22 - Instituto de Matemática - UFRJ
Capítulo 22 - Instituto de Matemática - UFRJ
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
306 Cap. <strong>22</strong>. O Teorema Fundamental do Cálculo e Integrais In<strong>de</strong>finidas<br />
(a) Para que valores <strong>de</strong> x esta função tem máximos locais.<br />
(b) Em que intervalos esta função é côncava para cima?<br />
Solução (a) A primeira parte do teorema fundamental do Cálculo nos mostra que<br />
S ′ ( ) 2 π x<br />
(x) = sen .<br />
2<br />
A partir <strong>de</strong>sta informação, po<strong>de</strong>mos aplicar os métodos do cálculo diferencial para analisar esta função. Como S ′ é<br />
contínua em toda a reta, os pontos críticos <strong>de</strong> S só po<strong>de</strong>rão ocorrer on<strong>de</strong> S ′ ( )<br />
2<br />
π x (x) = 0, ou seja, on<strong>de</strong> sen = 0. Daí,<br />
<strong>de</strong>corre que x = ± √ 2 k, para k = 0, 1, 2 . . ..<br />
Para <strong>de</strong>cidir quais <strong>de</strong>stes pontos são máximos locais, vamos aplicar o teste da <strong>de</strong>rivada segunda. Assim, como<br />
S ′′ ( )<br />
2<br />
π x (x) = π x cos , temos que, para valores ímpares <strong>de</strong> k, S ′′ ( √ 2 k) será negativa e, portanto, os pontos x = √ 2 k<br />
2<br />
(k ímpar) serão máximos locais da função S.<br />
A análise é análoga para o caso em que x = − √ 2 k. O ponto (0, 0) é um ponto <strong>de</strong> inflexão da função S. (Confira!)<br />
O item (b) é <strong>de</strong>ixado como exercício para o leitor.<br />
Veja abaixo, à esquerda o gráfico <strong>de</strong>sta função traçado com a ajuda do Maple e abaixo à direita um <strong>de</strong>talhe do<br />
mesmo (para x variando <strong>de</strong> 0 até 2,5) traçado em conjunto com a sua <strong>de</strong>rivada. Observe que as conclusões obtidas<br />
acima coinci<strong>de</strong>m com os gráficos apresentados.<br />
0.6<br />
0.4<br />
0.2<br />
–4 –3 –2 –1 0 1 2 3 4<br />
x<br />
–0.2<br />
–0.4<br />
–0.6<br />
<strong>22</strong>.3 Integrais in<strong>de</strong>finidas<br />
Uma integral como<br />
∫ b<br />
a<br />
0.8<br />
0.6<br />
0.4<br />
0.2<br />
0<br />
–0.2<br />
–0.4<br />
–0.6<br />
–0.8<br />
1<br />
–1<br />
0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6 1.8 2 2.2 2.4<br />
x<br />
f(x) dx é chamada integral <strong>de</strong>finida <strong>de</strong> f. Uma função F , tal que F ′ (x) = f(x) é uma primitiva<br />
<strong>de</strong> f(x), assim como F (x) + C, on<strong>de</strong> C é uma constante real qualquer. À medida que variamos C, obtemos o conjunto<br />
<strong>de</strong> todas as primitivas <strong>de</strong> f. Po<strong>de</strong>mos representar este conjunto por<br />
∫<br />
f(x) dx = F (x) + C.<br />
A integral que aparece nesta expressão é chamada integral in<strong>de</strong>finida <strong>de</strong> f e é usada para especificar a primitiva<br />
mais geral <strong>de</strong> f. Assim, ∫<br />
f(x) dx = F (x) + C se e somente se F ′ (x) = f(x)<br />
e po<strong>de</strong>mos escrever que<br />
∫<br />
d<br />
dx<br />
f(x) dx = d<br />
(F (x) + C) = f(x)<br />
dx<br />
e<br />
∫<br />
f(x) dx =<br />
∫<br />
d<br />
F (x) dx = F (x) + C .<br />
dx<br />
A constante C é chamada <strong>de</strong> constante <strong>de</strong> integração. Para cada valor <strong>de</strong> C temos uma primitiva <strong>de</strong> f. Veja a<br />
figura a seguir, on<strong>de</strong> traçamos o gráfico <strong>de</strong> várias primitivas da função f(x) = (x − 2) 2 , obtidas pela variação do valor<br />
da constante C.<br />
4<br />
y<br />
2<br />
0<br />
–2<br />
–4<br />
c =3<br />
c = 2<br />
c = 1<br />
c = 0<br />
c = –1<br />
1 2<br />
x<br />
3 4<br />
c = –2<br />
2