Teste FPF - Árbitros de 2ª Categoria - Apaf

FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE FUTEBOL
CONSELHO DE ARBITRAGEM
ACÇÃO INTERMÉDIA DE AVALIAÇÃO E REFLEXÃO
ÁRBITROS DE 2.ª CATEGORIA
Futebol de 11
Tomar, 13 de Janeiro de 2007 ÉPOCA 2006/2007
TESTE ESCRITO
Duração – 60 minutos Não responder Sim ou Não
PERGUNTAS
1. No Inverno pode acontecer que o campo esteja coberto de neve.
Diga duas situações que podem levar o árbitro a suspender o jogo por considerar o
terreno de jogo em condições de não poder prosseguir.
2. Um suplente, que entrou no terreno de jogo sem autorização do árbitro, marca um
golo. O árbitro apercebe-se desta situação antes de recomeçar o jogo.
Como deve proceder?
3. Um jogador suplente alinha de início no lugar de um colega que se sentiu
adoentado.
Outro jogador suplente penetra no terreno já com este a decorrer para ocupar o lugar
de um colega que saiu lesionado.
Explique a razão porque no primeiro caso o árbitro pode, se necessário, aplicar a lei
da vantagem e no segundo não pode aplicá-la, devendo interromper imediatamente o
jogo.
4. Um suplente, que não participa no jogo, entra dentro do terreno de jogo e agride um
adversário.
O árbitro interrompeu o jogo, expulsou o suplente e mandou recomeçar o jogo com
um pontapé-livre indirecto contra a sua equipa no local em que a bola se encontrava
no momento da interrupção.
Porque razão agiu tecnicamente daquele modo em vez de punir com um pontapélivre
directo no local da agressão, já que o suplente agrediu um adversário?
5. Um jogador que se encontrava a ser assistido fora do terreno de jogo, junto à linha
de baliza próximo da baliza defendida pela sua equipa, ao ver a bola encaminhar-se
para golo já com todos os seus colegas batidos, entra rapidamente no terreno de jogo
e afasta a bola para canto, evitando assim um golo certo.
Como deve agir o árbitro se aquele jogador evitou o golo, pontapeando a bola para
fora?
6. O árbitro ordena que um jogador tire um colar que traz no pescoço. Passados alguns
minutos o árbitro apercebe-se que o jogador continua com ele e interrompe o jogo.
Como deve proceder o árbitro?

7. Concede a Lei 5 poderes discricionários ao árbitro quando este tem de tomar
medidas disciplinares? Porquê?
8. Poderá haver lei da vantagem quando um jogador que foi expulso regressar
ao terreno de jogo com o jogo a decorrer? Porquê?
9. São seis os casos em que os árbitros devem advertir os jogadores que retardem o
recomeço do jogo, recorrendo a diversos artifícios.
Três deles são:
• executar um pontapé-livre de local errado com a exclusiva intenção de
obrigar o árbitro à sua repetição;
• simular pretender efectuar um lançamento lateral e de repente deixar a bola
para outro colega de equipa o efectuar;
• chutar a bola para longe ou levá-la nas mãos depois do árbitro ter
interrompido o jogo.
Cite agora os outros três casos.
10. O princípio geral das faltas cometidas à distância sobre um adversário é de que a
infracção deve ser punida no local do contacto ou possível contacto.
Como explica que este princípio não seja aplicado num arremesso de um objecto
sobre um adversário que acidentalmente se encontre fora do terreno de jogo?
11. Um defensor mete as mãos à bola numa clara tentativa de cortar um passe entre dois
adversários, mas deixa escapar a bola, que chega ao jogador para quem se dirigia, o
qual, de imediato, enceta um rápido ataque, conseguindo entrar com a bola na área
contrária e aplicar um forte remate, sendo a bola defendida pelo guarda-redes que,
num voo espectacular, a soca para canto.
O árbitro aponta o canto, mas antes da sua execução, vem atrás e adverte o jogador
que tentara cortar o ataque.
Concorda com o árbitro? Justifique.
12. Um espectador dá uma apitadela e um defensor, no interior da sua área de grande
penalidade, agarra a bola com as mãos, supondo tratar-se do apito do árbitro.
Como deve proceder o árbitro?
13. O guarda-redes, após defender a bola, corre com ela nas mãos até ao limite da área e
aí solta-a para a pontapear para a frente. Nesse momento, um adversário, com um
toque subtil, sem tocar no guarda-redes, consegue desviar a bola antes que ela toque
no chão.
O árbitro considera que o jogador cometeu uma infracção e então apita e assinala
um pontapé-livre indirecto favorável à equipa do guarda-redes.
Porque é que o árbitro tem razão na sua decisão?
14. Um jogador impede a progressão de um adversário através de contacto físico.
O árbitro puniu com um pontapé-livre directo.
Em qual das faltas previstas na Lei 12 se baseou para tomar aquela decisão?
15. Na marcação de um pontapé-livre quando é que os jogadores adversários podem
tentar jogar a bola?

16. No desempate por pontapés da marca de grande penalidade, as equipas continuam
empatadas ao fim de 12 grandes penalidades para cada uma.
Quem poderá, numa das equipas, executar o 13.º pontapé?
17. Está tudo a postos para ser executada uma grande penalidade. O árbitro apita para a
sua execução. Entretanto, fora da área de grande penalidade, dois jogadores
procuram ganhar a melhor posição e o defesa agride o adversário com um pontapé.
O árbitro vê a agressão, mas deixa executar o pontapé que saiu ao lado da baliza.
Então expulsa o agressor por conduta violenta.
Diga a forma como o jogo deve ser recomeçado.
18. Um jogador, executa correctamente um lançamento lateral, mas atira a bola
intencionalmente contra um adversário.
Poderá o árbitro limitar-se a exibir-lhe o cartão amarelo? Justifique.
19. No caso da pergunta anterior, diga como e onde deveria ser recomeçado o jogo.
20. A bola, após bater na bandeira de canto, saiu pela linha de baliza, não sabendo o
árbitro quem a jogou em último lugar. O assistente também não lhe dá qualquer
sinal.
Como deverá então proceder?
RESPOSTAS
1. As marcações deixarem de estar visíveis sem possibilidades de serem novamente
marcadas ou o terreno gelado oferecer perigo para a integridade física dos
jogadores.
2. O golo não é válido.
O jogador deverá ser advertido por comportamento antidesportivo e sair do terreno
de jogo. Executar correctamente o processo da substituição, se for caso disso.
O jogo deverá recomeçar com um pontapé-livre indirecto contra a equipa do jogador
suplente na área de baliza da equipa defensora.
3. No primeiro caso pode aplicar a lei da vantagem, porque o jogador entrou antes do
jogo começar, fazendo, portanto, parte integrante do onze inicial, enquanto que no
segundo caso, como ele penetrou no terreno de jogo já com este a decorrer, a
interrupção torna-se obrigatória, segundo o primeiro ponto das Infracções/Sanções
previstas na Lei 3.
(Em qualquer dos casos o jogador deve ser advertido por comportamento
antidesportivo e, se o jogo for interrompido para fazer a advertência, deve
recomeçar com um pontapé-livre indirecto no local em que a bola se encontrava no
momento da interrupção).
4. Porque, tratando-se de um jogador suplente, a sua equipa nunca poderia ser punida
com um livre directo, mesmo cometendo duas infracções de diferente gravidade,
pois o livres directos só são aplicáveis quando as infracções sejam cometidas por
jogadores efectivos sobre adversários também efectivos.
Neste caso é a primeira infracção que deve ser punida.

5. O árbitro deve advertir o jogador que penetrou no terreno de jogo sem sua
autorização e recomeçar o jogo com um pontapé-livre indirecto contra a equipa do
infractor no local em que a bola se encontrava no momento da interrupção, ou seja
onde ele a pontapeou para fora.
6. O árbitro deve advertir o jogador por comportamento antidesportivo e mandá-lo sair
do terreno de jogo para retirar o colar. O jogo deve ser recomeçado com um
pontapé-livre indirecto a executar no local em que a bola se encontrava no momento
da interrupção.
7. Não, porque o árbitro tem de advertir ou expulsar os jogadores que o mereçam, não
o podendo fazer à sua discrição.
8. Pode ser aplicada a lei da vantagem, porque, para efeitos técnicos, esse jogador é
considerado um elemento estranho.
9. - Retardar excessivamente a execução de um lançamento lateral ou de um pontapélivre;
- Demorar a saída do campo quando for substituído;
- Provocar um confronto, tocando deliberadamente a bola após o árbitro ter
interrompido o jogo.
10. Precisamente por se encontrar fora do campo, já que os livres não podem ser
marcados fora do terreno de jogo. Neste caso o livre terá de ser marcado no local
onde se iniciou a acção faltosa.
11. Concordo, porque apesar do jogador não ter conseguido cortar o passe, não deixou
de ter um comportamento antidesportivo merecedor de advertência.
12. O árbitro deve considerar o som do apito como uma interferência externa no jogo,
devendo interromper a partida e recomeçar com uma bola ao solo no local onde esta
se encontrava no momento em que o jogo foi interrompido, salvo as circunstâncias
particulares da Lei 8.
13. Tem razão porque o soltar a bola das mãos e o pontapear a bola é considerado como
um acto único, devendo ser punido por impedir o guarda-redes de soltar a bola das
mãos.
14. Baseou-se na infracção de “agarrar um adversário”.
15. Logo que a bola entre em jogo, isto é, que seja pontapeada e se mova, à excepção
dos livres marcados dentro da área de grande penalidade, favoráveis à equipa que
defende, em que a bola só pode ser jogada quando sair daquela área para terreno de
jogo.
16. O 13.º pontapé pode ser executado por qualquer jogador da mesma equipa, à
excepção do que executou o 12.º pontapé.

17. O pontapé de grande penalidade deve ser repetido, pois a agressão foi praticada por
um defensor.
18. Sim, desde que verifique tratar-se de um acto de comportamento antidesportivo e
não de uma agressão.
19. O jogo deverá recomeçar com um pontapé-livre directo no local onde ocorreu a
infracção, isto é, no local onde a bola atingiu o adversário.
20. Nestas circunstâncias, o árbitro deve favorecer a equipa que defende, concedendolhe
um pontapé de baliza.