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elementos sobre anatomia e fisiologia do enraizamento adventicio.pdf

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2004-2005<br />

ARBORICULTURA I<br />

Elementos <strong>sobre</strong> a <strong>anatomia</strong> e<br />

<strong>fisiologia</strong> da formação de raízes<br />

adventícias<br />

Por: Augusto Peixe


2004-2005<br />

Tipos de Estacas<br />

• Estacas Caulinares<br />

– Lenhosas<br />

– Semi-lenhosas<br />

– Herbáceas<br />

• Estacas Foliares<br />

• Estacas de Raiz<br />

Evolução de meristemas caulinares<br />

pré-forma<strong>do</strong>s; formação e<br />

desenvolvimento de raízes adventícias<br />

Formação e desenvolvimento de<br />

meristemas caulinares e de raízes<br />

adventícias<br />

Evolução de meristemas radicais préforma<strong>do</strong>s;<br />

formação e desenvolvimento<br />

de meristemas caulinares


2004-2005<br />

-Estacas Caulinares-<br />

Anatomia <strong>do</strong> Caule e desenvolvimento das raízes<br />

adventícias<br />

Nos caules das plantas<br />

herbáceas, as raízes<br />

adventícias surgem<br />

normalmente na proximidade<br />

<strong>do</strong>s feixes vasculares<br />

Nos caules das plantas<br />

lenhosas, as raízes adventícias<br />

surgem normalmente na região<br />

<strong>do</strong> floema ou <strong>do</strong> câmbio


2004-2005<br />

Tipo de Raízes Adventícias<br />

Raízes pré-formadas<br />

-Evolução natural em caules<br />

-Pode haver ou não evolução enquanto a estaca ainda está ligada à planta<br />

-As raízes mantêm-se latentes até à indução<br />

-São comuns a um grande número de espécies de fácil <strong>enraizamento</strong><br />

Novas Raízes Adventícias<br />

- Só se desenvolvem depois de preparada a estaca<br />

-Formam-se quan<strong>do</strong> células vivas são danificadas<br />

-Resposta das células ao corte<br />

*As células mais superficiais morem e isolam a zona de ferida com uma<br />

camada de suberina.<br />

*As células <strong>do</strong> parenquima dão por vezes origem a um callus de cicatrização<br />

*As células próximas <strong>do</strong> câmbio vascular e <strong>do</strong> floema dividem-se e iniciam o<br />

processo de formação das novas raízes.


2004-2005<br />

Etapas da Formação das Raízes<br />

Adventícias<br />

1. Reacção<br />

histológica de<br />

cicatrização<br />

- Formação <strong>do</strong><br />

callus de<br />

cicatrização


2004-2005<br />

Etapas da Formação das Raízes<br />

Adventícias (Cont.)<br />

O Callus de Cicatrização<br />

• Massa irregular de células <strong>do</strong><br />

parenquima<br />

• Desenvolve-se geralmente na base da<br />

estaca quan<strong>do</strong> esta é colocada em<br />

condições propicias ao <strong>enraizamento</strong><br />

• Origina-se a partir <strong>do</strong> câmbio vascular<br />

• As raízes podem emergir a partir <strong>do</strong><br />

callus<br />

• Pode ocorrer em simultâneo com o<br />

<strong>enraizamento</strong><br />

• Não é essencial para o <strong>enraizamento</strong>


2004-2005<br />

Etapas da Formação das Raízes<br />

Adventícias (Cont.)<br />

2. Desdiferenciação celular<br />

3. Reaquisição <strong>do</strong> estádio<br />

meristemático primário.<br />

Células próximas <strong>do</strong>s<br />

teci<strong>do</strong>s vasculares<br />

adquirem a condição<br />

de células<br />

meristemáticas.<br />

4. Formação <strong>do</strong>s campos<br />

morfogénicos radicais<br />

5. Desenvolvimento <strong>do</strong>s<br />

meristemas radicais<br />

6. Formação das ligações<br />

vasculares


2004-2005<br />

Alguns Factores Capazes de Condicionar a<br />

Formação de Raízes Adventícias<br />

Factores endógenos<br />

Balanço interno <strong>do</strong>s<br />

regula<strong>do</strong>res de crescimento<br />

Anatomia <strong>do</strong> caule<br />

Presença de gomos e<br />

folhas<br />

Idade da planta mãe<br />

Nível nutricional<br />

Factores exógenos<br />

Aplicação externa de<br />

regula<strong>do</strong>res de crescimento<br />

Época <strong>do</strong> ano<br />

Os substratos de<br />

<strong>enraizamento</strong>


2004-2005<br />

Balanço Interno <strong>do</strong>s Regula<strong>do</strong>res<br />

de Crescimento<br />

1. Espécies onde o nível interno de regula<strong>do</strong>res de crescimento e cofactores<br />

é de tal mo<strong>do</strong> equilibra<strong>do</strong> que mesmo sem a sua<br />

aplicação externa formam raízes quan<strong>do</strong> submetidas às condições<br />

necessárias ao desenrolar <strong>do</strong> processo.<br />

2. Espécies onde só com a aplicação externa de auxinas se<br />

consegue o <strong>enraizamento</strong>, sen<strong>do</strong> portanto os níveis internos desta<br />

o factor limitante.<br />

3. Espécies onde nem mesmo com a aplicação exógena de auxina<br />

se consegue o <strong>enraizamento</strong>. Neste caso, existe para além da<br />

auxina um outro factor limitante (Cofactores).


2004-2005<br />

Cofactores<br />

• A sua identificação e forma de actuação não estão<br />

convenientemente explicadas<br />

– Protecção das Auxinas? Auxinas Conjugadas?<br />

• Alguns compostos fenólicos parecem ter uma acção de<br />

protecção da auxina impedin<strong>do</strong> a sua degradação através<br />

da enzima oxidativa <strong>do</strong> Áci<strong>do</strong> In<strong>do</strong>l-acético<br />

Renovação <strong>do</strong> conceito de Rizocalina<br />

-Três compostos que<br />

interactuam conduzin<strong>do</strong> à<br />

formação das raízes<br />

adventícias<br />

Um factor específico<br />

produzi<strong>do</strong> nas folhas.<br />

Um factor não especifico<br />

também produzi<strong>do</strong> nas folhas<br />

Um enzima especifico


2004-2005<br />

Anatomia <strong>do</strong> Caule<br />

Ainda que as razões para a dificuldade de <strong>enraizamento</strong><br />

sejam normalmente de natureza bioquímica, a presença de<br />

uma barreira continua de esclerenquima entre o córtex e o<br />

floema pode ser um factor impeditivo à emergência <strong>do</strong>s<br />

primórdios radicais


2004-2005<br />

Variação das<br />

taxas de<br />

<strong>enraizamento</strong><br />

em função da<br />

continuidade <strong>do</strong><br />

anel de<br />

esclerenquima<br />

em algumas<br />

pomóideas


2004-2005<br />

Mesmo quan<strong>do</strong><br />

implanta<strong>do</strong>s por<br />

enxertia em<br />

variedades de difícil<br />

<strong>enraizamento</strong>, os<br />

teci<strong>do</strong>s de espécies<br />

com facilidade de<br />

<strong>enraizamento</strong> mantêm<br />

esta característica<br />

intacta


2004-2005<br />

Presença de gomos e folhas<br />

São os principais locais<br />

de produção das auxinas<br />

e <strong>do</strong>s cofactores <strong>do</strong><br />

<strong>enraizamento</strong><br />

A sua influência difere entre espécies e<br />

variedades, sen<strong>do</strong> mais evidente nos<br />

casos em que não existem raízes préformadas.<br />

Uma proximidade excessiva da base<br />

da estaca pode ser inibi<strong>do</strong>ra da<br />

rizogénese<br />

A sua remoção ou inexistência pode<br />

condicionar o <strong>enraizamento</strong> mesmo com a<br />

aplicação externa de auxinas


2004-2005<br />

Efeito conjunto <strong>do</strong> tratamento com auxinas e da<br />

presença de gomo e folhas<br />

Exemplo da influência da aplicação<br />

externa de auxinas e da presença<br />

de gomos e folhas, nas taxas de<br />

<strong>enraizamento</strong> de estacas de pereira,<br />

cv.’Hold Home’<br />

A,B,C,D – Estacas tratadas com IBA<br />

4000ppm<br />

E,F,G,H – Estacas não tratadas<br />

A e E – Estacas com gomos e folhas<br />

B e F – Estacas sem folhas<br />

C e G – Estacas sem gomos<br />

D e H – Estacas com o limbo da folha<br />

reduzi<strong>do</strong> a ¼.<br />

A B C D<br />

E F G H


2004-2005<br />

Idade da planta mãe e da estaca<br />

Envelhecimento ontogénico<br />

•Idade fisiológica<br />

•Idade cronológica<br />

Teoria das Células Alvo<br />

Possibilidades de<br />

Rejuvenescimento<br />

•Podas vigorosas<br />

•Enxertia em cascata<br />

•Aplicação de regula<strong>do</strong>res de<br />

crescimento à planta mãe<br />

•Cultura in vitro


2004-2005<br />

Relação C/N<br />

Nível Nutricional<br />

+Elevada><strong>enraizamento</strong><br />

+Baixa


2004-2005<br />

Regula<strong>do</strong>res de crescimento<br />

AUXINAS<br />

–IAA – Áci<strong>do</strong> in<strong>do</strong>l-3-acético.<br />

–IBA – Áci<strong>do</strong> in<strong>do</strong>l-3-butírico.<br />

- Aplicação exógena -<br />

–NAA – Áci<strong>do</strong> naftaleno acético.<br />

–2,4-D –Áci<strong>do</strong> 2,4 –Diclorofenoxiacetico<br />

Transporte<br />

– Polar; -Dos ápices para a base<br />

Metabolismo<br />

– Varia com o tipo de auxina:<br />

IAA>IBA>NAA>2,4 D<br />

Degradação<br />

– Luz e Calor


2004-2005<br />

Polaridade<br />

Os rebentos surgem sempre na<br />

zona distal da estaca, próximo <strong>do</strong><br />

topo<br />

As raízes formam-se na zona<br />

proximal da estaca próximo da base<br />

O oposto é verdadeiro para as<br />

estacas de radiculares<br />

A posição relativa <strong>do</strong>s redentos da parte aérea e das raízes não se<br />

altera devi<strong>do</strong> a uma inversão de polaridade da estaca<br />

É aceite que este tipo de resposta se relaciona directamente com o<br />

movimento polar das auxinas <strong>do</strong> topo para a base.


2004-2005<br />

Citocininas<br />

• BAP (BA) - 6-benzilaminopurina (benziladenina)<br />

• 2iP - 2-isopentiladenina<br />

• Zeatina<br />

• Cinetina<br />

• TDZ - tidiazurão<br />

Estimulam a rebentação axilar – Inibem a<br />

formação de raízes<br />

–Podem estimular o <strong>enraizamento</strong> quan<strong>do</strong> utilizadas<br />

em concentrações muito baixas<br />

Rejuvenescimento<br />

– Estimulação indirecta <strong>do</strong> <strong>enraizamento</strong>


2004-2005<br />

Giberelinas<br />

•GA 3 – A mais conhecida<br />

– De um mo<strong>do</strong> geral inibe a rizogénese<br />

• Anti-giberelinas<br />

–Por vezes promovem o <strong>enraizamento</strong> por:<br />

• Inibirem a acção das giberelinas<br />

• Reduzirem a desenvolvimento da parte aérea<br />

(competição por nutrientes)<br />

•Têm si<strong>do</strong> utilizadas para promover o<br />

desenvolvimento radical após a formação<br />

das raízes em estacas lenhosas.


2004-2005<br />

Época Do Ano<br />

A resposta conseguida<br />

varia com a espécie<br />

Para cada espécie a<br />

variação anual deve-se a<br />

alterações nas condições<br />

fisiológicas <strong>do</strong> pé-mãe<br />

resultantes de variações na:<br />

Intensidade luminosa<br />

Fotoperío<strong>do</strong><br />

Temperatura<br />

Humidade<br />

Generalização Possível<br />

•Espécies de Folha caduca:<br />

-Estacas lenhosas: durante a <strong>do</strong>rmência<br />

-Estacas semi-lenhosas e herbáceas: Primavera e Verão<br />

•Espécies de Folha Perene:<br />

- Durante os fluxos anuais de crescimento


2004-2005<br />

Substratos<br />

Acção de suporte e fixação<br />

Manutenção da humidade com boa<br />

drenagem (mínimo 20%)<br />

Fácil circulação <strong>do</strong> ar (mínimo 10%)<br />

Principais Substratos<br />

e Suas Características<br />

Areia<br />

Turfa<br />

Vermiculite<br />

Perlite

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