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SIMULADOR DE EEG.pdf

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2.1. Fundamentação teórica<br />

CAPÍTULO 2 - ESTUDO TEÓRICO<br />

Quando o psiquiatra austríaco Hans Berger (1873 – 1941) descobriu que um par de fios<br />

metálicos colocados sobre o crânio de uma pessoa e ligados a um amplificador era capaz de<br />

mover para cima e para baixo uma pena escritora sobre um papel em movimento, foi desprezado<br />

pelos céticos por ter descoberto um traçado sem significado, e saudado pelos otimistas como o<br />

descobridor das bases fisiológicas do pensamento humano. Nem uma coisa nem outra. O<br />

eletroencefalograma (<strong>EEG</strong>) transformou-se em um exame complementar bastante útil para o<br />

diagnóstico de algumas doenças, principalmente a epilepsia, e um registro fisiológico muito<br />

utilizado nos estudos sobre sono (LENT, 2001).<br />

Ninguém sabe exatamente o que significam as ondas do <strong>EEG</strong>, mas sabe-se que são geradas<br />

pela atividade sináptica, principalmente proveniente do tálamo, sobre os neurônios piramidais do<br />

córtex e as informações provenientes dos sistemas sensoriais, ou mesmo as que vêm de outras<br />

regiões corticais. O número e a variedade de potenciais sinápticos gerados são tão grandes que<br />

os eletródios posicionados do lado de fora do crânio só conseguem captar a sua soma algébrica<br />

que se aproxima de zero. O resultado é um traçado dessincronizado, isto é, composto por ondas<br />

de baixa voltagem e alta freqüência (ritmos alpha e beta). É o que ocorre quando o indivíduo está<br />

acordado. Mas quando o tálamo não deixa passar tão facilmente a informação que recebe,<br />

tornam-se menores, menos variados e mais sincronizados os potenciais sinápticos no córtex.<br />

Resulta um traçado sincronizado, composto por ondas de alta voltagem e baixa freqüência<br />

(LENT, 2001).<br />

As vantagens do <strong>EEG</strong> são o seu custo baixo, a natureza inócua e prática do exame e a sua<br />

boa resolução temporal, isto é, a capacidade de detectar variações muito rápidas (milissegundos a<br />

segundos) da atividade encefálica. Sua grande desvantagem é a baixa resolução espacial, ou seja,<br />

a grande área sob os eletródios que geram os traçados em cada ponto. Localizar um fenômeno<br />

fisiológico ou patológico através do <strong>EEG</strong> significa admitir um erro de vários centímetros.<br />

Atualmente, o uso de microcomputadores acoplados ao <strong>EEG</strong> permite realizar o “mapeamento<br />

cerebral”, isto é, gerar um mapa que representa a posição aproximada dos diversos ritmos na<br />

superfície cortical. Computadores também podem ser empregados para promediar (tirar a média<br />

ponto a ponto) vários traçados dos mesmos indivíduos em cada ponto do crânio, relacionando as<br />

ondas obtidas com eventos psicológicos ou fisiológicos: são os potenciais evocados e os<br />

potenciais relacionados a eventos (LENT, 2001).<br />

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