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FERROVIA NORTE-SUL - Oikos Pesquisa Aplicada Ltda.

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VALEC<br />

Engenharia, Construções e Ferrovias S. A.<br />

<strong>FERROVIA</strong> <strong>NORTE</strong>-<strong>SUL</strong><br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS<br />

DE IMPLANTAÇÃO DA <strong>FERROVIA</strong> <strong>NORTE</strong>-<strong>SUL</strong>,<br />

ENTRE OURO VERDE (GO) E ESTRELA D’ OESTE<br />

VOLUME 3<br />

AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS<br />

Outubro / 2009


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE<br />

GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

VOLUME 3<br />

ÍNDICE<br />

APRESENTAÇÃO 1<br />

5.4 - PASSIVOS AMBIENTAIS 4<br />

5.4.1 - MATAS RIPÁRIAS SUPRIMIDAS OU SUBSTITUIDAS 5<br />

5.4.2 - FEIÇÕES EROSIVAS E SOLO EXPOSTO 5<br />

5.4.3 - FICHAS DE IDENTIFICAÇÃO 6<br />

6 - ANÁLISE INTEGRADA 23<br />

6.1- CONDIÇÕES AMBIENTAIS 23<br />

6.2 - QUALIDADE AMBIENTAL 32<br />

7 - PROGNÓSTICO E AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS 37<br />

7.1 - PROGNÓSTICO AMBIENTAL 37<br />

7.1.1 – SITUAÇÃO COM O EMPREENDIMENTO 44<br />

7.1.2 – SITUAÇÃO SEM O EMPREENDIMENTO 50<br />

7.1.3 – ANÁLISE AMBIENTAL DAS ALTERNATIVAS LOCACIONAIS DO<br />

EMPREENDIMENTO<br />

7.1.4 – RISCOS DE ACIDENTES 52<br />

7.1.5 – EMISSÕES DE CARBONO 64<br />

7.2 - IDENTIFICAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS 66<br />

7.2.1 – ASPECTOS METODOLÓGICOS 66<br />

7.2.2 - IMPACTOS AMBIENTAIS POTENCIAIS ASSOCIADOS A IMPLANTAÇÃO E<br />

OPERAÇÃO DO EMPREENDIMENTO<br />

7.2.3 – DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS SIGNIFICATIVOS:<br />

MEIO FÍSICO<br />

7.2.4 – DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS SIGNIFICATIVOS:<br />

MEIO BIÓTICO<br />

7.2.5 – DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS SIGNIFICATIVOS:<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

50<br />

71<br />

76<br />

84<br />

90<br />

i


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE<br />

GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

VOLUME 3<br />

7.2.6 – SÍNTESE E CLASSIFICAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS SIGNIFICATIVOS<br />

7.2.7 – CLASSIFICAÇÃO DOS IMPACTOS 103<br />

8 - MEDIDAS MITIGADORAS, COMPENSATÓRIAS E PROGRAMAS AMBIENTAIS 108<br />

8.1 - MEDIDAS COMPENSATÓRIAS E MITIGADORAS 109<br />

8.1.1 - MEDIDAS COMPENSATÓRIAS 109<br />

8.1.2 - MEDIDAS MITIGADORAS 114<br />

8.1.3 – MEDIDAS DE CORREÇÃO 115<br />

8.2 - PROGRAMAS DE CONTROLE E MONITORAMENTO 116<br />

8.2.1 - MEDIDAS DE PROTEÇÃO CULTURAL E DE APOIO COMUNITÁRIO 116<br />

8.2.2 - PROGRAMAS AMBIENTAIS - CONSOLIDAÇÃO 118<br />

9 - CONCLUSÕES 127<br />

10 - BIBLIOGRAFIA 130<br />

11 - GLOSSÁRIO 162<br />

99<br />

ii


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE<br />

GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

VOLUME 3<br />

ÍNDICE DE FIGURAS<br />

FIGURA 7.1 - GRÁFICO DE COMPARAÇÃO DOS DADOS DO DENATRAN, DO<br />

DATASUS E DO SEGURO DPVAT<br />

FIGURA 7.2 – MODELO CONCEITUAL PARA A CLASSIFICAÇÃO DOS IMPACTOS<br />

AMBIENTAIS 68<br />

FIGURA 7.3 – FLUXO DE INTERAÇÃO ENTRE AS MATRIZES DECORRENTES DO<br />

MODELO DE CLASSIFICAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS 68<br />

FIGURA 8.1- LOCALIZAÇÃO DA APA DA SERRA DA GIBÓIA 113<br />

ÍNDICE DE QUADROS E TABELAS<br />

QUADRO 6.1 - CARACTERIZAÇÃO DOS MEIOS FÍSICO, BIÓTICO E<br />

SOCIOECONÔMICO DA ÁREA DE INFLUÊNCIA<br />

QUADRO 6.2 - QUALIDADE AMBIENTAL DA ÁREA DE INFLUÊNCIA INDIRETA 34<br />

QUADRO 7.1 - PROGNÓSTICO DOS MEIOS BIÓTICO, FÍSICO E ANTRÓPICO NAS<br />

SITUAÇÕES COM E SEM O EMPREENDIMENTO E MEDIDAS PRECONIZADAS<br />

QUADRO 7.2 - ACIDENTES E EMISSÕES DE CO2 – COMPARAÇÃO ENTRE<br />

TRANSPORTE RODOVIÁRIO E FERROVIÁRIO – PRODUÇÃO DO ANO 2025<br />

QUADRO 7.3 - PARÂMETROS DE COMPARAÇÃO DAS ALTERNATIVAS<br />

LOCACIONAIS<br />

TABELA 7.1- INCIDÊNCIA DE ACIDENTES POR ATIVIDADE 52<br />

TABELA 7.2 - MATRIZ DO TRANSPORTES DE CARGAS EM 2006 54<br />

TABELA 7.3 - DADOS DE PRODUÇÃO E ACIDENTES E INDICADORES DE Nº. DE<br />

ACIDENTES / PRODUÇÃO TRANSPORTE FERROVIÁRIO – 2007 e 1999<br />

TABELA 7.4 - GRAVIDADE DOS ACIDENTES E ALCANCE DOS DANOS 57<br />

TABELA 7.5 - ACIDENTES RODOVIÁRIOS COM VÍTIMAS 59<br />

TABELA 7.6 - ACIDENTES OCORRIDOS NAS RODOVIAS FEDERAIS - VEÍCULOS<br />

ENVOLVIDOS<br />

TABELA 7.7 - VEÍCULOS ENVOLVIDOS EM ACIDENTES RODOVIÁRIOS – BRASIL<br />

TABELA 7.8 - DADOS DE PRODUÇÃO E ACIDENTES - INDICADORES DE Nº DE<br />

58<br />

27<br />

38<br />

44<br />

51<br />

56<br />

60<br />

60<br />

iii


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE<br />

GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

VOLUME 3<br />

ACIDENTES / PRODUÇÃO 61<br />

TABELA 7.9 - COMPARATIVO ENTRE OS MODAIS FERROVIÁRIO E RODOVIÁRIO DE<br />

CARGAS<br />

TABELA 7.10 - EMISSÕES DE CARBONO POR MODO DE TRANSPORTE /2005 64<br />

TABELA 7.11 - MOVIMENTAÇÃO TOTAL DE CARGAS EM 2005. 65<br />

TABELA 7.12 - EMISSÕES DE CARBONO POR MILHÃO DE TONELADAS ÚTEIS (TU)<br />

TABELA 7.13 - MOVIMENTAÇÃO TOTAL DE CARGAS NO EIXO DA FNS E EMISSÃO<br />

DE GASES DO EFEITO ESTUFA<br />

TABELA 7.14 - CRITÉRIOS UTILIZADOS NA IDENTIFICAÇÃO DA IMPORTÂNCIA DOS<br />

IMPACTOS AMBIENTAIS<br />

TABELA 7.15 - CRITÉRIOS UTILIZADOS NA IDENTIFICAÇÃO DA MAGNITUDE DOS<br />

IMPACTOS AMBIENTAIS<br />

TABELA 7.16 - LISTAGEM DOS IMPACTOS AMBIENTAIS POTENCIAIS ASSOCIADOS<br />

A IMPLANTAÇÃO E OPERAÇÃO DO EMPREENDIMENTO<br />

TABELA 7.17 - IAS POR FASES DO EMPREENDIMENTO, SIGNIFICÂNCIA E<br />

ATIVIDADES QUE PROVOCAM ALTERAÇÕES<br />

TABELA 7.18 - CLASSIFICAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS SIGNIFICATIVOS (IAS)<br />

QUADRO 8.1 – SEGMENTOS DA EXTENSÃO <strong>SUL</strong> DA FNS QUE INDICAM O INÍCIO E<br />

O FIM DAS ÁREAS POTENCIAIS PARA AMPLIAÇÃO DOS CORREDORES LOCAIS<br />

DE FAUNA<br />

QUADRO 8.2 – IDENTIFICAÇÃO DOS IMPACTOS E DEFINIÇÃO DAS MEDIDAS<br />

COMPENSATÓRIAS<br />

QUADRO 8.3 – IDENTIFICAÇÃO DOS IMPACTOS E DEFINIÇÃO DAS MEDIDAS<br />

MITIGADORAS<br />

QUADRO 8.4 – IDENTIFICAÇÃO DAS MEDIDAS DE MONITORAMENTO E<br />

CONTROLE DA QUALIDADE AMBIENTAL<br />

QUADRO 8.5 – IDENTIFICAÇÃO DAS MEDIDAS DE APOIO COMUNITÁRIO E<br />

PRESERVAÇÃO CULTURAL<br />

63<br />

65<br />

66<br />

69<br />

70<br />

73<br />

100<br />

105<br />

111<br />

122<br />

122<br />

125<br />

126<br />

iv


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE<br />

GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

VOLUME 3<br />

APRESENTAÇÃO<br />

As obras de implantação da Extensão da Ferrovia Norte-Sul (FNS) entre Ouro<br />

Verde de Goiás (GO) e Estrela d´Oeste (SP) são aqui discutidas em seus aspectos<br />

ambientais, na forma de Estudo de Impacto Ambiental – EIA, coordenado e<br />

elaborado por equipe da OIKOS <strong>Pesquisa</strong> <strong>Aplicada</strong> <strong>Ltda</strong>. O relatório segue a<br />

indicação metodológica sugerida no Termo de Referência e em consonância ao<br />

atendimento à legislação pertinente.<br />

O Estudo compreendeu a realização de um conjunto de atividades técnicas<br />

que incluíram o levantamento dos recursos naturais e antrópicos, a elaboração do<br />

diagnóstico ambiental, a identificação, previsão e avaliação dos impactos<br />

significativos, as medidas mitigadoras e compensatórias e o monitoramento dos<br />

impactos ambientais.<br />

A metodologia desenvolvida para os estudos se constituiu em uma<br />

adaptação dos métodos conhecidos de avaliação de impacto ambiental para<br />

permitir a indicação objetiva dos efeitos positivos e negativos das obras de<br />

implantação da FNS. Para cada um dos meios estudados, bem como para os<br />

demais componentes do Estudo Ambiental, foram utilizadas metodologias próprias<br />

que serão apresentadas no início de cada tema.<br />

O diagnóstico ambiental dos meios físico, biótico e antrópico foi elaborado a<br />

partir de levantamentos de dados primários, de campo, apoiados em imagens de<br />

satélite, pesquisa bibliográfica e outras fontes de dados secundários. As<br />

observações e análises reunidas orientaram a determinação e a avaliação do<br />

potencial de interação dos impactos ambientais em relação às particularidades da<br />

Área de Influência.<br />

Este estudo se destina a obtenção da LICENÇA PRÉVIA, segundo as<br />

Resoluções CONAMA 001/86 e 237/97, compreendendo a Avaliação da Viabilidade<br />

Ambiental da Ferrovia Norte-Sul entre Ouro Verde (GO) e Estrela d´Oeste (SP),<br />

conforme determinado na Lei 11.772, de 17 de setembro de 2008. Nesta fase é<br />

definida uma diretriz básica e um corredor, no qual serão estudadas as alternativas<br />

de traçado. O levantamento ambiental enfoca este corredor de forma que as<br />

sugestões e recomendações possam ser contempladas no futuro projeto básico.<br />

A presente análise considerou os impactos de caráter regional e antrópico<br />

como um todo, embora se saiba que o empreendedor não é o responsável<br />

institucional e legal por implantar possíveis programas estratégicos ambientais e de<br />

desenvolvimento associados. A ferrovia também é consequência das demandas<br />

geradas pelo desenvolvimento nacional e regional (da área de influência),<br />

contemplados nos investimentos estratégicos associados às obras de infra-estrutura<br />

incluídas no Programa de Aceleração do Crescimento – PAC.<br />

1


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE<br />

GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

VOLUME 3<br />

O EIA está subdividido em TRÊS VOLUMES, sendo o Volume 2 subdividido em<br />

cinco Tomos, para facilitar sua leitura e manuseio. A correspondência entre o Termo<br />

de Referência e o conteúdo de cada Volume está apresentada no Quadro abaixo.<br />

CORRESPONDÊNCIA ENTRE O TERMO DE REFERÊNCIA E O ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL<br />

VOLUME – TOMO ITENS DO TERMO DE REFERÊNCIA<br />

VOLUME 1<br />

O EMPREENDIMENTO<br />

VOLUME 2 – TOMO IA<br />

MEIO FÍSICO<br />

VOLUME 2 – TOMO IB<br />

MEIO FÍSICO<br />

VOLUME 2 – TOMO IIA<br />

MEIO BIÓTICO - FLORA<br />

VOLUME 2 – TOMO IIB<br />

MEIO BIÓTICO - FAUNA<br />

1 – IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR E DA EMPRESA<br />

CON<strong>SUL</strong>TORA<br />

1.1 – Identificação do Empreendedor<br />

1.2 – Identificação da Empresa Consultora<br />

1.3 – Dados da Equipe Técnica Multidisciplinar<br />

2 – DADOS DO EMPREENDIMENTO<br />

2.1 – Caracterização do Empreendimento<br />

2.2 – Descrição do Projeto<br />

3 – ALTERNATIVAS TECNOLÓGICAS E LOCACIONAIS<br />

3.1 – Alternativas Locacionais<br />

3.2 – Alternativas Tecnológicas<br />

4 – ÁREA DE INFLUÊNCIA DO EMPREENDIMENTO<br />

4.1 – Área Diretamente Afetada<br />

4.2 – Área de Influência Direta<br />

4.3 – Área de Influência Indireta<br />

5 – DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

5.1 – Meio Físico<br />

5.1.1 – Metodologia <strong>Aplicada</strong><br />

5.1.2 – Clima<br />

5.1.3 – Geologia<br />

5.1.4 – Geomorfologia<br />

5.1.5 – Solos<br />

5.1.6 – Recursos Hídricos<br />

5.1.6.1 – Hidrologia<br />

5.1.6.2 – Hidrogeologia<br />

5.1.6.3 – Qualidade da Água<br />

5.2 – Meio Biótico<br />

5.2.1 – Metodologia <strong>Aplicada</strong><br />

5.2.2 – Flora<br />

5.2.3 – Fauna<br />

5.2.4 – Unidades de Conservação<br />

5.2.5 – Corredores Ecológicos<br />

2


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE<br />

GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

VOLUME 3<br />

VOLUME – TOMO ITENS DO TERMO DE REFERÊNCIA<br />

VOLUME 2 – TOMO III<br />

MEIO<br />

SOCIOECONÔMICO<br />

VOLUME 3<br />

AVALIAÇÃO DOS<br />

IMPACTOS AMBIENTAIS<br />

5.2.6 – Bioindicadores<br />

5.2.7 - Síntese<br />

5.3 – Meio Socioeconômico<br />

5.3.1 – Metodologia <strong>Aplicada</strong><br />

5.3.2 – Caracterização Populacional<br />

5.3.3 – Condições de Saúde e Endemias<br />

5.3.4 – Estrutura Produtiva e de Serviços<br />

5.3.5 – Uso e Ocupação do Solo<br />

5.3.6 – Reassentamento e Desapropriação<br />

5.3.7 – Comunidades Tradicionais e/ou Quilombolas<br />

5.3.8 – Comunidades Indígenas<br />

5.3.9 – Patrimônio Histórico, Cultural e Arqueológico<br />

5.4 – Passivos Ambientais<br />

6 – ANÁLISE INTEGRADA<br />

7 – PROGNÓSTICO AMBIENTAL E AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS<br />

AMBIENTAIS<br />

7.1 – Prognóstico Ambiental<br />

7.2 – Identificação dos Impactos Ambientais<br />

8 – MEDIDAS MITIGADORAS, COMPENSATÓRIAS E PROGRAMAS<br />

AMBIENTAIS<br />

8.1 – Medidas Compensatórias e Mitigadoras<br />

8.2 – Programas de Controle e Monitoramento<br />

9 – CONCLUSÕES<br />

10 – BIBLIOGRAFIA<br />

11 - GLOSSÁRIO<br />

RIMA RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL<br />

3


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE<br />

GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

VOLUME 3<br />

5.4 – PASSIVOS AMBIENTAIS<br />

Segundo o Guia de Procedimentos do Licenciamento Ambiental Federal<br />

(IBAMA, 2002), Passivo Ambiental é o “termo utilizado para denominar potenciais<br />

riscos de caráter ambiental, relacionados ao cumprimento da legislação ambiental<br />

vigente na data da avaliação ou a quaisquer obrigações de fazer, de deixar de<br />

fazer, de indenizar, de compensar ou de assumir qualquer outro compromisso de<br />

caráter ambiental. O passivo ambiental tem estreita relação com os aspectos<br />

ambientais do empreendimento e com os respectivos impactos gerados ou<br />

acumulados até a avaliação”.<br />

À luz da definição de Passivo Ambiental apresentada no parágrafo anterior e<br />

considerando que, nesta etapa do empreendimento, é praticamente impossível o<br />

levantamento de todas as obrigações de caráter ambiental das inúmeras pessoas e<br />

empresas que serão confrontantes com a futura faixa de domínio da FNS (ADA),<br />

recomenda-se veementemente a manutenção do procedimento preventivo que<br />

vem sendo adotado pela VALEC em outros trechos da própria Ferrovia Norte-Sul. Tal<br />

procedimento consiste no seguinte:<br />

Todas as construtoras contratadas devem, após a locação do eixo da<br />

Ferrovia no terreno e antes de iniciar o desmatamento, realizar um criterioso<br />

levantamento dos Problemas Ambientais Pré-Existentes e que afetam a faixa de<br />

domínio dos seus respectivos lotes. Tal levantamento deve ser encaminhado à<br />

VALEC que, por sua vez, encaminhará cópia ao IBAMA.<br />

Considera-se mais adequada a utilização do termo Problemas Ambientais<br />

Pré-Existentes para não classificar, a priori, como passivos ambientais, os problemas<br />

ambientais lá existentes e que podem não estar contemplados nas obrigações<br />

oficiais das pessoas e empresas lá instaladas.<br />

Não obstante à impossibilidade, nesta etapa do empreendimento, de realizar<br />

um criterioso levantamento dos problemas ambientais pré-existentes na futura faixa<br />

de domínio da Ferrovia, foram identificados e analisados alguns pontos da provável<br />

ADA nos quais:<br />

• a mata ripária foi suprimida ou substituída por pasto ou lavoura; e<br />

• existem feições erosivas intensas ou o solo está permanentemente exposto às<br />

intempéries.<br />

A identificação e análise desses pontos foi realizada com base na<br />

interpretação de imagens do satélite CBERS (2009) associada à interpretação de<br />

imagens de alta resolução, disponibilizados pelo Google Earth (compiladas em<br />

2007). Além da interpretação de imagens orbitais foram utilizadas as informações<br />

sobre a qualidade ambiental nos locais das coletas de amostras d’água, já<br />

apresentadas no Volume 2 - TOMO IB (Meio Físico) do presente EIA.<br />

A localização e a descrição de cada ponto identificado encontram-se<br />

apresentadas nas fichas de identificação, inseridas na seção 5.4.3 adiante.<br />

4


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE<br />

GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

VOLUME 3<br />

5.4.1 – MATAS RIPÁRIAS SUPRIMIDAS OU SUBSTITUIDAS<br />

Com base nas fichas de identificação (ver seção 5.4.3 adiante) foram<br />

localizados 27 pontos no estado de Goiás, nos quais as matas ripárias foram<br />

suprimidas ou substituídas por atividades agropecuárias e esses pontos serão<br />

interceptados pela provável faixa de domínio da Extensão Sul da Ferrovia Norte-Sul.<br />

Esses pontos encontram-se distribuídos pelas zonas rurais dos municípios de<br />

Brazabrantes (5 pontos), Damolândia (1 ponto), Goianira (4 pontos), Nova Veneza (5<br />

pontos), Palmeiras de Goiás (5 pontos), São Simão (3 ponto) e Trindade (4 pontos).<br />

De modo geral, essa supressão ou substituição das matas ripárias por atividades<br />

agropecuárias se deu em função da inobservância do Código Florestal. Nesse<br />

sentido, para mitigar os efeitos negativos decorrentes dessa substituição, sobretudo<br />

sobre os recursos hídricos e a fauna, torna-se necessária a recomposição das matas<br />

ripárias, contemplando sua proteção contra gado e fogo (vedação) até o pleno<br />

estabelecimento das mudas de árvores nativas ali plantadas.<br />

5.4.2 – FEIÇÕES EROSIVAS E SOLO EXPOSTO<br />

Ainda com base nas fichas de identificação, foram localizados 20 pontos que<br />

podem ser interceptados pela faixa de domínio da Extensão Sul da Ferrovia Norte-<br />

Sul e que estão sofrendo processos erosivos, sobretudo sulcos e ravinas, ou cujos<br />

solos estão total ou parcialmente expostos às intempéries, contribuindo muitas vezes<br />

para o assoreamento dos cursos d’água na AID do empreendimento. Esses pontos<br />

encontram-se distribuídos pelas zonas rurais dos municípios goianos de Acreúna (1<br />

ponto), Brazabrantes (2 pontos), Goianira (4 pontos), Nova Veneza (3 pontos),<br />

Palmeiras de Goiás (1 ponto), Ouro Verde de Goiás (1 ponto), Palmeiras de Goiás (2<br />

pontos) e Trindade (4 pontos), além das zonas rurais de Santa Vitória (MG) e<br />

Populina (SP), 1 ponto cada.<br />

Do total de feições identificadas, observa-se que há uma maior<br />

concentração nos municípios goianos de Goianira e Trindade, ambos com 4 pontos<br />

de feições erosivas e/ou solo exposto interceptados nas suas respectivas zonas<br />

rurais.<br />

De um modo geral as feições erosivas e as áreas com solo exposto<br />

identificadas decorrem de deficiências na utilização de práticas de conservação<br />

do solo nas lavouras e pastagens ali instaladas e, para mitigar os efeitos negativos<br />

dessas deficiências, recomenda-se a conformação do terreno e a adoção de<br />

práticas de conservação do solo, associadas à proteção vegetal dessas áreas,<br />

também contemplando sua proteção contra gado e fogo (vedação) durante o<br />

estabelecimento da vegetação selecionada.<br />

5


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE<br />

GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

VOLUME 3<br />

5.4.3 – FICHAS DE IDENTIFICAÇÃO<br />

PONTO 1<br />

LAT (S)<br />

-16 17’ 7,00’’<br />

LONG (W)<br />

-49 17’ 14,50’’<br />

MUNICÍPIO:<br />

Ouro Verde de Goiás<br />

DESCRIÇÃO DO PROBELMA AMBIENTAL: Erosões das margens e assoreamento do leito do<br />

corpo hídrico.<br />

MEDIDAS RECOMENDADAS: Revegetação das margens do corpo hídrico com a<br />

recomposição da mata ciliar, amenizando assim o processo erosivo e o assoreamento do<br />

leito. Proteção do local do plantio contra gado.<br />

PONTO 2<br />

LAT (S)<br />

-16° 18' 28,67"<br />

Indentificação visual – Foto 1<br />

LONG (W)<br />

-49° 18' 24,42"<br />

MUNICÍPIO:<br />

Damolândia<br />

DESCRIÇÃO DO PROBELMA AMBIENTAL: Área de preservação permanente com grande<br />

parte da vegetação substituída por agropecuária.<br />

MEDIDAS RECOMENDADAS: Recomposição da mata ciliar com o plantio de espécies<br />

vegetais propícias para o local. Proteção do local do plantio contra gado e adoção de<br />

práticas de conservação do solo como proteção para as mudas.<br />

Indentificação visual – Imagem<br />

6


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE<br />

GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

VOLUME 3<br />

PONTO 3<br />

LAT (S)<br />

-16° 20' 2,90"<br />

LONG (W)<br />

-49° 19' 23,9"<br />

MUNICÍPIO:<br />

Nova Veneza<br />

DESCRIÇÃO DO PROBELMA AMBIENTAL: Área de preservação permanente ao longo do<br />

corpo hídrico com vegetação substituída por agropecuária.<br />

MEDIDAS RECOMENDADAS: Recomposição da mata ciliar com o plantio de espécies<br />

vegetais propícias para o local. Proteção do local do plantio contra gado e adoção de<br />

práticas de conservação do solo como proteção para as mudas.<br />

PONTO 4<br />

LAT (S)<br />

-16° 20' 33,20"<br />

Indentificação visual – Imagem<br />

LONG (W)<br />

-49° 19' 32,01"<br />

MUNICÍPIO:<br />

Nova Veneza<br />

DESCRIÇÃO DO PROBELMA AMBIENTAL: Área de preservação permanente ao longo do<br />

corpo hídrico com vegetação substituída por agropecuária.<br />

MEDIDAS RECOMENDADAS: Recomposição da mata ciliar com o plantio de espécies<br />

vegetais propícias para o local. Proteção do local do plantio contra gado e adoção de<br />

práticas de conservação do solo como proteção para as mudas.<br />

Indentificação visual – Imagem<br />

7


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE<br />

GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

VOLUME 3<br />

PONTO 5<br />

LAT (S)<br />

-16° 20' 57,66<br />

LONG (W)<br />

-49° 19' 33,35"<br />

MUNICÍPIO:<br />

Nova Veneza<br />

DESCRIÇÃO DO PROBELMA AMBIENTAL: Área de preservação permanente com grande<br />

parte a vegetação substituida por agropecuária.<br />

MEDIDAS RECOMENDADAS: Recomposição da mata ciliar com o plantio de espécies<br />

vegetais propícias para o local. Proteção do local do plantio contra gado e adoção de<br />

práticas de conservação do solo como proteção para as mudas.<br />

PONTO 6<br />

LAT (S)<br />

-16° 21’ 52,30’’<br />

Indentificação visual – Imagem<br />

LONG (W)<br />

-49° 19’ 23,30’’<br />

MUNICÍPIO:<br />

Nova Veneza<br />

DESCRIÇÃO DO PROBELMA AMBIENTAL: A ausência de vegetação ciliar, associada à<br />

pastagem, causa erosão nas margens do córrego, contribuindo para o processo de<br />

assoreamento<br />

MEDIDAS RECOMENDADAS: Revegetação das margens do corpo hídrico com a<br />

recomposição da mata ciliar. Proteção do local do plantio contra gado. Utilização de<br />

práticas de conservação do solo como terraceamento e bacias de contenção de água<br />

pluvial, amenizando assim o processo erosivo e o assoreamento do leito<br />

Indentificação visual – Foto<br />

8


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE<br />

GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

VOLUME 3<br />

PONTO 7<br />

LAT (S)<br />

-16° 22' 0,96"<br />

LONG (W)<br />

-49° 19' 38,77"<br />

MUNICÍPIO:<br />

Nova Veneza<br />

DESCRIÇÃO DO PROBELMA AMBIENTAL: Área de preservação permanente ao longo do<br />

corpo hídrico com vegetação suprimida por agropecuária, podendo causar processos<br />

erosivos ao leito do corpo hídrico.<br />

MEDIDAS RECOMENDADAS: Recomposição da mata ciliar com o plantio de espécies<br />

vegetais propícias para o local. Proteção do local do plantio contra gado e adoção de<br />

práticas de conservação do solo como proteção para as mudas.<br />

PONTO 8<br />

LAT (S)<br />

-16 23' 6,16"<br />

Indentificação visual – Imagem<br />

LONG (W)<br />

-49 20' 5,58"<br />

MUNICÍPIO:<br />

Nova Veneza<br />

DESCRIÇÃO DO PROBELMA AMBIENTAL: Pastagem com processo erosivo linear, causado por<br />

deficiência de práticas de conservação do solo.<br />

MEDIDAS RECOMENDADAS: Recomposição da mata ciliar com o plantio de espécies<br />

vegetais nativas e adequadas ao local. Vedação do local do plantio contra gado e<br />

adoção de práticas de conservação do solo (terraceamento e bacias de contenção de<br />

água pluvial).<br />

Indentificação visual – Imagem<br />

9


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE<br />

GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

VOLUME 3<br />

PONTO 9<br />

LAT (S)<br />

-16° 23' 9,65"<br />

LONG (W)<br />

-49° 20' 7,65"<br />

MUNICÍPIO:<br />

Nova Veneza<br />

DESCRIÇÃO DO PROBELMA AMBIENTAL: Grande extensão de área de preservação<br />

permanente com vegetação substituída por agropecuária.<br />

MEDIDAS RECOMENDADAS: Recomposição da mata ciliar com o plantio de espécies<br />

vegetais propícias para o local. Proteção do local do plantio contra gado e adoção de<br />

práticas de conservação do solo como proteção para as mudas.<br />

PONTO 10<br />

LAT (S)<br />

-16° 24' 39,59"<br />

Indentificação visual – Imagem<br />

LONG (W)<br />

-49° 20' 29,63"<br />

MUNICÍPIO:<br />

Brazabrantes<br />

DESCRIÇÃO DO PROBELMA AMBIENTAL: Área de preservação permanente com grande<br />

parte a vegetação substituída por agropecuária.<br />

MEDIDAS RECOMENDADAS: Recomposição da mata ciliar com o plantio de espécies<br />

vegetais propícias para o local. Proteção do local do plantio contra gado e adoção de<br />

práticas de conservação do solo como proteção para as mudas.<br />

Indentificação visual – Imagem<br />

10


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE<br />

GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

VOLUME 3<br />

PONTO 11<br />

LAT (S)<br />

-16 25' 1,43"<br />

LONG (W)<br />

-49 20' 54,39"<br />

MUNICÍPIO:<br />

Brazabrantes<br />

DESCRIÇÃO DO PROBELMA AMBIENTAL: Solo em meio a espécies arbóreas com processo<br />

erosivo em evolução.<br />

MEDIDAS RECOMENDADAS: Contenção do processo erosivo e reconformação do terreno e<br />

adoção de práticas de manejo e conservação do solo. Plantio de espécies arbóreas.<br />

PONTO 12<br />

LAT (S)<br />

-16 25’ 31,92’’<br />

Indentificação visual – Imagem<br />

LONG (W)<br />

-49 21’ 9,95’’<br />

MUNICÍPIO:<br />

Brazabrantes<br />

DESCRIÇÃO DO PROBELMA AMBIENTAL: A vegetação ciliar encontra-se ausente em muitos<br />

trechos com margens sujeitas à erosão.<br />

MEDIDAS RECOMENDADAS: Revegetação das margens do corpo hídrico com a<br />

recomposição da mata ciliar, amenizando assim o processo erosivo. Proteção do local do<br />

plantio contra gado.<br />

Indentificação visual – Foto<br />

11


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE<br />

GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

VOLUME 3<br />

PONTO 13<br />

LAT (S)<br />

-16 26' 28,44"<br />

LONG (W)<br />

49 22' 8,32"<br />

MUNICÍPIO:<br />

Brazabrantes<br />

DESCRIÇÃO DO PROBELMA AMBIENTAL: Processo erosivo ao longo de encosta sem mata<br />

ciliar em área de pastagem, margeando o leito do curso hídrico, causado pela falta de<br />

práticas conservação do solo tais como terraceamento e bacias de contenção de águas<br />

pluviais.<br />

MEDIDAS RECOMENDADAS: Reconformação da encosta e recomposição da mata ciliar.<br />

Proteção do local do plantio contra gado. Adoção de práticas de conservação do solo na<br />

área da pastagem como construção de tarraços para contenção das águas pluviais.<br />

PONTO 14<br />

LAT (S)<br />

-16° 26' 59,70<br />

Indentificação visual – Imagem<br />

LONG (W)<br />

-49° 23' 17,03"<br />

MUNICÍPIO:<br />

Brazabrantes<br />

DESCRIÇÃO DO PROBELMA AMBIENTAL: Área de preservação permanente com grande<br />

parte a vegetação suprimida por agropecuária.<br />

MEDIDAS RECOMENDADAS: Recomposição da mata ciliar com o plantio de espécies<br />

vegetais propícias para o local. Proteção do local do plantio contra gado e adoção de<br />

práticas de conservação do solo como proteção para as mudas.<br />

Indentificação visual – Imagem<br />

12


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE<br />

GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

VOLUME 3<br />

PONTO 15<br />

LAT (S)<br />

-16 26' 56,19"<br />

LONG (W)<br />

-49 23' 13,21"<br />

MUNICÍPIO:<br />

Brazabrantes<br />

DESCRIÇÃO DO PROBELMA AMBIENTAL: Solo exposto com processo erosivo em área de mata<br />

ciliar substituída por pastagem, margeando o leito do curso hídrico. Ausência de práticas de<br />

conservação do solo tais como terraceamento e bacias de contenção de águas pluviais.<br />

MEDIDAS RECOMENDADAS: Reconformação do solo erodido e recomposição da mata ciliar.<br />

Proteção do local do plantio contra gado. Adoção de práticas de conservação do solo na<br />

área da pastagem como construção de tarraços para contenção das águas pluviais.<br />

PONTO 16<br />

LAT (S)<br />

-16° 27' 9,08"<br />

Indentificação visual – Imagem<br />

LONG (W)<br />

-49° 23' 19,22"<br />

MUNICÍPIO:<br />

Goianira<br />

DESCRIÇÃO DO PROBELMA AMBIENTAL: Área de preservação permanente com grande<br />

parte a vegetação suprimida por agropecuária.<br />

MEDIDAS RECOMENDADAS: Recomposição da mata ciliar com o plantio de espécies<br />

vegetais propícias para o local. Proteção do local do plantio contra gado e adoção de<br />

práticas de conservação do solo como proteção para as mudas.<br />

Indentificação visual – Imagem<br />

13


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE<br />

GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

VOLUME 3<br />

PONTO 17<br />

LAT (S)<br />

-16 29' 13,31"<br />

LONG (W)<br />

-49 25' 14,43"<br />

MUNICÍPIO:<br />

Goianira<br />

DESCRIÇÃO DO PROBELMA AMBIENTAL: Área de cultura com processo erosivo causado por<br />

deficiência de práticas de conservação do solo.<br />

MEDIDAS RECOMENDADAS: Reconformação o solo e adoção de práticas de manejo e<br />

conservação do solo como terraceamento e bacias de contenção de água pluvial.<br />

Aplicação de cobertura vegetal e proteção do local contra gado.<br />

PONTO 18<br />

LAT (S)<br />

-16 28’ 40,86’’<br />

Indentificação visual – Imagem<br />

LONG (W)<br />

-49 25’ 59,34’’<br />

MUNICÍPIO:<br />

Goianira<br />

DESCRIÇÃO DO PROBELMA AMBIENTAL: Assoreamento do leito do corpo hídrico devido a<br />

inexistência de mata ciliar e práticas de conservação do solo.<br />

MEDIDAS RECOMENDADAS: Revegetação das margens do corpo hídrico com a<br />

recomposição da mata ciliar. Proteção do local do plantio contra gado. Utilização de<br />

práticas de conservação do solo (terraceamento e bacias de contenção de água pluvial),<br />

amenizando assim o processo de assoreamento do corpo hídrico.<br />

Indentificação visual – Foto 1<br />

14


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE<br />

GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

VOLUME 3<br />

PONTO 19<br />

LAT (S)<br />

-16 29' 30,93"<br />

LONG (W)<br />

-49 26' 45,78"<br />

MUNICÍPIO:<br />

Goianira<br />

DESCRIÇÃO DO PROBELMA AMBIENTAL: Área de cultura com processo erosivo causado por<br />

deficiência de práticas de conservação do solo.<br />

MEDIDAS RECOMENDADAS: Reconformação o solo e adoção de práticas de manejo e<br />

conservação do solo como terraceamento e bacias de contenção de água pluvial.<br />

Aplicação de cobertura vegetal e proteção do local contra gado.<br />

PONTO 20<br />

LAT (S)<br />

-16 29' 35,03"<br />

Indentificação visual – Imagem<br />

LONG (W)<br />

-49 26' 58,56"<br />

MUNICÍPIO:<br />

Goianira<br />

DESCRIÇÃO DO PROBELMA AMBIENTAL: Processo erosivo em área com grande parte da<br />

vegetação suprimida.<br />

MEDIDAS RECOMENDADAS: Reconformação o solo e adoção de práticas de manejo e<br />

conservação do solo. Recomposição da mata alterada, com plantio de espécies propícias<br />

para o local. Proteção do local do plantio contra gado<br />

Indentificação visual – Imagem<br />

15


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE<br />

GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

VOLUME 3<br />

PONTO 21<br />

LAT (S)<br />

-16 30' 21,16"<br />

LONG (W)<br />

-49 28' 4,57"<br />

MUNICÍPIO:<br />

Trindade<br />

DESCRIÇÃO DO PROBELMA AMBIENTAL: Pastagem com solo exposto e processo erosivo<br />

causado por deficiência de práticas de conservação do solo.<br />

MEDIDAS RECOMENDADAS: Reconformação e aplicação de cobertura vegetal no local.<br />

Proteção do local do plantio contra gado. Adoção de práticas de manejo e conservação<br />

do solo como terraceamento e bacias de contenção de água pluvial.<br />

PONTO 22<br />

LAT (S)<br />

-16 35' 15,86"<br />

Indentificação visual – Imagem<br />

LONG (W)<br />

-49 32' 26,34"<br />

MUNICÍPIO:<br />

Trindade<br />

DESCRIÇÃO DO PROBELMA AMBIENTAL: Pastagem com processo erosivo linear causado por<br />

deficiência de práticas de conservação do solo.<br />

MEDIDAS RECOMENDADAS: Reconformação o solo e adoção de práticas de manejo e<br />

conservação do solo como terraceamento e bacias de contenção de água pluvial.<br />

Aplicação de cobertura vegetal e proteção do local contra gado.<br />

Indentificação visual – Imagem<br />

16


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE<br />

GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

VOLUME 3<br />

PONTO 23<br />

LAT (S)<br />

-16° 35' 46,93"<br />

LONG (W)<br />

-49° 33' 56,97"<br />

MUNICÍPIO:<br />

Trindade<br />

DESCRIÇÃO DO PROBELMA AMBIENTAL: Área de preservação permanente com grande<br />

parte a vegetação substituída por agropecuária, podendo causar processos erosivos ao<br />

leito do corpo hídrico.<br />

MEDIDAS RECOMENDADAS: Recomposição da mata ciliar com o plantio de espécies<br />

vegetais propícias para o local. Proteção do local do plantio contra gado e adoção de<br />

práticas de conservação do solo como proteção para as mudas.<br />

PONTO 24<br />

LAT (S)<br />

-16 37’ 9,60’’<br />

Indentificação visual – Imagem<br />

LONG (W)<br />

-49 36’ 4,30’’<br />

MUNICÍPIO:<br />

Trindade<br />

DESCRIÇÃO DO PROBELMA AMBIENTAL: Onde a vegetação foi suprimida os barrancos<br />

expostos estão sendo erodidos e contribuindo para o visível processo de assoreamento do<br />

leito do rio.<br />

MEDIDAS RECOMENDADAS: Revegetação das margens do corpo hídrico com a<br />

recomposição da mata ciliar. Proteção do local do plantio contra gado. Utilização de<br />

práticas de conservação do solo (terraceamento e bacias de contenção de água pluvial),<br />

amenizando assim o processo de assoreamento do corpo hídrico e o processo erosivo das<br />

margens.<br />

Indentificação visual – Foto<br />

17


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE<br />

GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

VOLUME 3<br />

PONTO 25<br />

LAT (S)<br />

-16 37' 21,78"<br />

LONG (W)<br />

-49 38' 45,53"<br />

MUNICÍPIO:<br />

Trindade<br />

DESCRIÇÃO DO PROBELMA AMBIENTAL: Processo erosivo ao longo de encosta sem mata<br />

ciliar, em área de pastagem, margeando o leito do curso hídrico. Ausência de práticas<br />

conservação do solo tais como terraceamento e bacias de contenção de águas pluviais.<br />

MEDIDAS RECOMENDADAS: Reconformação da encosta com a suavização da inclinação e<br />

recomposição da mata ciliar. Proteção do local do plantio contra gado. Adoção de<br />

práticas de conservação do solo na área da pastagem como construção de tarraços para<br />

contenção das águas pluviais.<br />

PONTO 26<br />

LAT (S)<br />

-16 40' 25,25"<br />

Indentificação visual – Imagem<br />

LONG (W)<br />

-49 44' 0,75"<br />

MUNICÍPIO:<br />

Palmeiras de Goiás<br />

DESCRIÇÃO DO PROBELMA AMBIENTAL: Processo erosivo ao longo de encosta sem mata<br />

ciliar, em área de pastagem, margeando o leito do curso hídrico. Ausência de práticas<br />

conservação do solo tais como terraceamento e bacias de contenção de águas pluviais.<br />

MEDIDAS RECOMENDADAS: Reconformação do local erodido e recomposição da mata ciliar<br />

com espécies arbóreas propícias para o local. Proteção do local do plantio contra gado.<br />

Adoção de práticas de conservação do solo na área da pastagem como construção de<br />

tarraços para contenção das águas pluviais.<br />

Indentificação visual – Imagem<br />

18


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE<br />

GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

VOLUME 3<br />

PONTO 27<br />

LAT (S)<br />

-16 42’ 27,90’’<br />

LONG (W)<br />

-49 44’ 49,80’’<br />

MUNICÍPIO:<br />

Palmeiras de Goiás<br />

DESCRIÇÃO DO PROBELMA AMBIENTAL: Com o período de seca, bancos de areia começam<br />

a aparecer devido ao processo de assoreamento do rio.<br />

MEDIDAS RECOMENDADAS: Revegetação das margens do corpo hídrico com a<br />

recomposição da mata ciliar. Proteção do local do plantio contra gado. Utilização de<br />

práticas de conservação do solo (terraceamento e bacias de contenção de água pluvial)<br />

amenizando assim o processo de assoreamento do corpo hídrico e o processo erosivo das<br />

margens.<br />

PONTO 28<br />

LAT (S)<br />

-16° 45' 43,70"<br />

Indentificação visual – Foto<br />

LONG (W)<br />

-49° 46' 39,50"<br />

MUNICÍPIO:<br />

Palmeiras de Goiás<br />

DESCRIÇÃO DO PROBELMA AMBIENTAL: Área de preservação permanente com grande<br />

parte a vegetação substituída por agropecuária.<br />

MEDIDAS RECOMENDADAS: Recomposição da mata ciliar com o plantio de espécies<br />

vegetais propícias para o local. Proteção do local do plantio contra gado e adoção de<br />

práticas de conservação do solo como proteção para as mudas.<br />

Indentificação visual – Imagem<br />

19


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE<br />

GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

VOLUME 3<br />

PONTO 29<br />

LAT (S)<br />

-16° 46' 30,42"<br />

LONG (W)<br />

-49° 47' 27,01"<br />

MUNICÍPIO:<br />

Palmeiras de Goiás<br />

DESCRIÇÃO DO PROBELMA AMBIENTAL: Área de preservação permanente com grande<br />

parte a vegetação substituída por agropecuária, podendo causar processos erosivos ao<br />

leito do corpo hídrico.<br />

MEDIDAS RECOMENDADAS: Recomposição da mata ciliar com o plantio de espécies<br />

vegetais propícias para o local. Proteção do local do plantio contra gado e adoção de<br />

práticas de conservação do solo como proteção para as mudas.<br />

PONTO 30<br />

LAT (S)<br />

-16 48' 31,95"<br />

Indentificação visual – Imagem<br />

LONG (W)<br />

-49 51' 33,04"<br />

MUNICÍPIO:<br />

Palmeiras de Goiás<br />

DESCRIÇÃO DO PROBELMA AMBIENTAL: Pastagem com processo erosivo causado por<br />

deficiência de práticas de conservação do solo.<br />

MEDIDAS RECOMENDADAS: Reconformação o solo e adoção de práticas de manejo e<br />

conservação do solo como terraceamento e bacias de contenção de água pluvial.<br />

Aplicação de cobertura vegetal e proteção do local contra gado.<br />

Indentificação visual – Imagem<br />

20


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE<br />

GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

VOLUME 3<br />

PONTO 31<br />

LAT (S)<br />

-17 29’ 13,40’’<br />

LONG (W)<br />

-50 4’ 12,90’’<br />

MUNICÍPIO:<br />

Acreuna<br />

DESCRIÇÃO DO PROBELMA AMBIENTAL: Onde a vegetação foi suprimida os barrancos<br />

expostos estão sendo erodidos e contribuindo para o visível processo de assoreamento do<br />

leito do rio.<br />

MEDIDAS RECOMENDADAS: Revegetação das margens do corpo hídrico com a<br />

recomposição da mata ciliar. Proteção do local do plantio contra gado. Utilização de<br />

práticas de conservação do solo (terraceamento e bacias de contenção de água pluvial)<br />

amenizando assim o processo de assoreamento do corpo hídrico e o processo erosivo das<br />

margens.<br />

PONTO 32<br />

LAT (S)<br />

-18° 54' 57,78"<br />

Indentificação visual – Foto<br />

LONG (W)<br />

-50° 32' 47,33"<br />

MUNICÍPIO:<br />

São Simão<br />

DESCRIÇÃO DO PROBELMA AMBIENTAL: Área de preservação permanente com parte da<br />

vegetação substituída por agropecuária.<br />

MEDIDAS RECOMENDADAS: Recomposição da mata ciliar com o plantio de espécies<br />

vegetais propícias para o local. Proteção do local do plantio contra gado e adoção de<br />

práticas de conservação do solo como proteção para as mudas.<br />

Indentificação visual – Imagem<br />

21


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE<br />

GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

VOLUME 3<br />

PONTO 33<br />

LAT (S)<br />

-19 6’ 42,46’’<br />

LONG (W)<br />

-50 31’ 14,33’’<br />

MUNICÍPIO:<br />

Santa Vitória (MG)<br />

DESCRIÇÃO DO PROBELMA AMBIENTAL: água corrente, sobre cascalhos e sedimento arenoso<br />

MEDIDAS RECOMENDADAS: Revegetação das margens do corpo hídrico com a<br />

recomposição da mata ciliar. Proteção do local do plantio contra gad. Utilização de<br />

práticas de conservação do solo (terraceamento e bacias de contenção de água pluvial)<br />

amenizando assim o processo de assoreamento do corpo hídrico e erosão das margens.<br />

PONTO 34<br />

LAT (S)<br />

-19 48’ 59,70’’<br />

Indentificação visual – Foto<br />

LONG (W)<br />

-50 28’ 34,60’’<br />

MUNICÍPIO:<br />

Populina (SP)<br />

DESCRIÇÃO DO PROBELMA AMBIENTAL: Margens com barrancos de até 2 m de altura,<br />

sujeitos à erosão, com vegetação ciliar estreita e fragmentada<br />

MEDIDAS RECOMENDADAS: Revegetação das margens do corpo hídrico com a<br />

recomposição da mata ciliar. Proteção do local do plantio contra gado. Utilização de<br />

práticas de conservação do solo (terraceamento e bacias de contenção de água pluvial)<br />

amenizando assim o processo erosivo nas margens e o assoreamento do corpo hídrico.<br />

Indentificação visual – Foto<br />

22


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE<br />

GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

VOLUME 3<br />

6 – ANÁLISE INTEGRADA<br />

6.1 – CONDIÇÕES AMBIENTAIS<br />

A ampla ocupação humana da AII com a conseqüente densidade da<br />

apropriação dos recursos naturais é a principal característica regional,<br />

destacada logo a primeira vista. A AII é caracterizada por uma estrutura<br />

produtiva bastante desenvolvida e dinâmica, sobretudo, no que se refere aos<br />

setores industriais e agropecuários, que se encontram intensamente articulados<br />

em alguns dos municípios, formando, nesses casos, um grande e produtivo<br />

complexo agroindustrial, que emprega tecnologia avançada e mão-de-obra<br />

qualificada principalmente.<br />

Esse complexo agroindustrial é bastante diversificado, abarcando<br />

diferentes ramos e atividades econômicas, dentre as quais se destacam o setor<br />

de grãos (soja, sorgo e milho) e carnes (bovinos, suínos e aves); a cadeia<br />

produtiva do açúcar e do álcool; o setor de laticínios (leite e derivados); dentre<br />

outros. Sua produção está voltada para o abastecimento dos grandes centros<br />

consumidores brasileiros, Região Sudeste (São Paulo, Rio de Janeiro e Minas<br />

Gerais), Centro-Oeste (Goiânia e Brasília), assim como o mercado exterior.<br />

A presença de duas importantes Usinas Hidrelétricas na AII, São Simão e<br />

Água Vermelha, além de tornar a região geradora de energia elétrica, influencia<br />

o perfil setorial de alguns dos municípios da AII, sobretudo, em termos do seu<br />

produto per capita.<br />

Agricultura em Turvelândia (GO) Represa de São Simão divisa entre GO/MG<br />

23


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE<br />

GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

VOLUME 3<br />

A população da AII alcançou 705 mil habitantes em 2007. A maior parte<br />

desse contingente populacional localizava-se nos municípios goianos (71,1%). Por<br />

sua vez, os municípios paulistas da AII continham 19,4%, enquanto que os mineiros,<br />

apenas 9,2%.<br />

No que se refere à evolução demográfica, verificou-se que, no período de<br />

1991 a 2000, os municípios da AII, em seu conjunto alcançaram uma taxa de<br />

crescimento anual média de 1,7% a.a., resultado semelhante às tendências<br />

observadas nos estados de São Paulo (1,8% a.a.) e Minas Gerais (1,4% a.a.), assim<br />

como no Brasil (1,6% a.a.). Esse comportamento diverge relativamente do verificado<br />

no estado de Goiás, onde a expansão demográfica foi mais acentuada, com base<br />

numa taxa de crescimento anual média de 2,3% a.a.<br />

A tendência geral no Brasil, na década de 1990, foi a de decréscimo das<br />

populações rurais relativamente às urbanas, o que significou um aumento no grau<br />

de urbanização no país, de 75,8%, em 1991, para 81,2%, em 2000. Na AII, a<br />

tendência foi semelhante à brasileira, à goiana e à mineira, onde o grau de<br />

urbanização acelerou-se ao longo do período em questão, passando de 81,3%, em<br />

1991, para 87,5%, em 2000.<br />

Em linhas gerais, são três as principais concentrações populacionais da AII, a saber:<br />

os municípios pertencentes à Região Metropolitana de Goiânia (sobretudo,<br />

Trindade e Goianira); Rio Verde na Região Sudoeste do Estado de Goiás; e<br />

Fernandópolis e Jales no Estado de São Paulo.<br />

A Região Metropolitana de Goiânia é uma conurbação urbana ao redor da capital<br />

do estado. Criada em 30 de dezembro de 1999 pela Lei Complementar Estadual nº<br />

27, a Região Metropolitana de Goiânia é a primeira e, até hoje, única do Centro-<br />

Oeste do Brasil. Engloba 13 municípios e ocupa uma área de 5.787 km². Dos treze<br />

municípios que a constituem 1 , quatro fazem parte da AII: Trindade, Goianira,<br />

Nerópolis e Santo Antônio de Goiás.<br />

A cidade de Goianira está situada apenas a 22 km de Goiânia e, além de<br />

consolidar-se como um Parque Agro-industrial, tem presenciado uma expansão<br />

urbana e demográfica consideravelmente grande decorrente de sua proximidade<br />

com a capital do estado.<br />

O desenvolvimento e a expansão demográfica e urbana de Rio Verde<br />

ocorreram na década de 1970. Com a abertura dos cerrados à agricultura e a<br />

chegada das estradas pavimentadas que a ligam a Goiânia (BR-060) e a Itumbiara<br />

1 São eles: Abadia de Goiás; Aparecida de Goiânia; Aragoiânia; Bela Vista de Goiás;<br />

Goiânia; Goianápolis; Goianira; Guapó; Hidrolândia; Nerópolis; Santo Antônio de Goiás; Senador<br />

Canedo; e Trindade.<br />

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GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

VOLUME 3<br />

(BR-452), a agricultura começou a<br />

consolidar e atraiu produtores do sul e<br />

do sudeste do país. O município se<br />

transformou no maior produtor de<br />

grãos de Goiás e um dos destaques do<br />

País.<br />

AII %<br />

Jales e Fernandópolis, em São<br />

Paulo são, centros geograficamente<br />

privilegiados, localizados no noroeste<br />

do estado de São Paulo, na região dos<br />

grandes lagos formados pelas<br />

Hidrelétricas, próximo a Mato Grosso<br />

do Sul, Minas Gerais e Goiás. Grande<br />

parte da produção desses Estados<br />

passa pelas cidades de Jales e<br />

Fernandópolis, canalizada pela ponte<br />

rodoferroviária sobre o Rio Paraná, que LAVOURAS PASTAGENS MATAS<br />

liga São Paulo ao Mato Grosso do Sul,<br />

(conexão entre a FERRO<strong>NORTE</strong> e a FERROBAN).<br />

Do ponto de vista da utilização dos solos, dos 40 municípios que compõem a AII, em<br />

35 predominam as pastagens. Na AII goiana as pastagens ocupam 64% do total, na<br />

porção mineira 57% e na paulista atinge 47% da utilização das terras.<br />

Alguns poucos municípios, no entanto, apresentaram um perfil diferente ao<br />

característico da AII. Em Edéia, Rio Verde, Santa Helena de Goiás, União de Minas e<br />

Estrela d’Oeste, as lavouras foram, em 2006, a principal forma de uso do solo. Rio<br />

Verde é o principal destaque. Em 2006, eram 281.870 hectares dedicados às<br />

atividades agrícolas, o que correspondia a 56,7% da área utilizada dos<br />

estabelecimentos rurais do município. A soja atualmente é o principal produto<br />

agrícola de Rio Verde, muito embora o município se caracterize por possuir uma<br />

produção agrícola bastante diversificada e eficiente como, por exemplo, de arroz,<br />

milho, algodão, sorgo, feijão e girassol.<br />

Os conflitos relativos à propriedade e ao acesso à terra não são significativos<br />

na região. De acordo com o acompanhamento efetuado pela Comissão Pastoral<br />

da Terra não foram identificados conflitos fundiários na AII no período 2005 a 2008.<br />

Quanto aos padrões de migração, o percentual médio de naturais residentes<br />

na Área de Influência corresponde a 96,1% da população e o percentual médio de<br />

migrantes corresponde a 3,9% da população. Nesta medida não se observa na AII<br />

pressão demográfica atual representada em fluxos migratórios que possam<br />

comprometer a infra-estrutura urbana ou de serviços. Infere-se que a implantação<br />

1996<br />

2006<br />

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GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

VOLUME 3<br />

da Ferrovia também não causará obstáculos no sentido de representar um aumento<br />

na demanda por serviços e infra-estrutura.<br />

As partes dos Estados de Goiás, Minas Gerais e São Paulo que integram a AII<br />

não estão enquadrados como áreas endêmicas da malária (SIVEP-Malária, SINAN,<br />

2008).<br />

As pesquisas arqueológicas realizadas e as que estão em desenvolvimento<br />

na região indicaram a existência de um valioso patrimônio arqueológico,<br />

provavelmente indicativo da presença das Culturas Arqueológicas (Tradições) Una,<br />

Aratu e Tupi-Guarani.<br />

Não foram identificadas interferências com relação aos Patrimônios Culturais,<br />

Históricos, Paisagísticos. Quanto ao patrimônio espeleológico, considerando os<br />

diversos estudos relacionados às cavidades naturais subterrâneas e os dados<br />

geoespacializados pelo Núcleo de Geoprocessamento do CECAV/ICMBio 2 , os<br />

registros levantados na área de influência estão inseridas em áreas de baixas<br />

potencialidade espeleológica.<br />

Dentre os registros levantados, somente a Caverna da Sucuri na localidade<br />

Fazenda Goiascal (município de Palmeiras de Goiás) encontra-se na Área de<br />

Influencia Direta. Como orientação a VALEC deverá alterar o traçado proposto,<br />

deslocando o eixo, e respectivamente a faixa de domínio, pelo menos 500m da<br />

referida caverna.<br />

Portanto, com relação aos impactos de maior monta, não foram identificadas<br />

interferências com o Patrimônio Cultural, Histórico, Paisagístico e Espeleológico e<br />

nem com comunidades quilombolas e tradicionais. Registra-se que inexistem Terras<br />

Indígenas na área de influência.<br />

2 Foram analisadas as classificações litológicas (litologia1) disponíveis no mapa geológico<br />

da Companhia de <strong>Pesquisa</strong> de Recursos Minerais - Serviço Geológico do Brasil (CPRM/MME), na<br />

escala de 1:2.500.000, e foram definidas cinco classes de potencialidade de ocorrência de<br />

cavernas no Brasil<br />

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GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

VOLUME 3<br />

ELEMENTOS<br />

Estrutura<br />

Produtiva<br />

Crescimento<br />

Demográfico<br />

Estrutura<br />

Fundiária<br />

Potencialidade<br />

Arqueológica<br />

QUADRO 6.1. – CARACTERIZAÇÃO DOS MEIOS FÍSICO, BIÓTICO E<br />

SOCIOECONÔMICO DA ÁREA DE INFLUÊNCIA.<br />

CARACTERÍSTICAS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA<br />

GOIÁS MINAS GERAIS SÃO PAULO<br />

Complexo<br />

agroindustrial<br />

diversificado incluindo<br />

o setor de grãos (soja,<br />

sorgo e milho) e carnes<br />

(bovino, suínos e aves);<br />

a cadeia produtiva do<br />

açúcar e do álcool; o<br />

setor de laticínios (leite<br />

e derivados);<br />

Crescimento<br />

populacional positivo<br />

(2,2% a.a.) e acima da<br />

média regional e<br />

nacional<br />

De Ouro Verde a<br />

Trindade predominam<br />

propriedades menores<br />

(até 50 ha)<br />

De Trindade até São<br />

Simão o perfil é de<br />

propriedades maiores<br />

(até 300ha)<br />

Alta<br />

Pecuária; cadeia<br />

produtiva do açúcar e<br />

do álcool; laticínios (leite<br />

e derivados);<br />

Baixo crescimento<br />

populacional (0,4% a.a.)<br />

Perfil fundiário composto<br />

por propriedades<br />

maiores (até 200 ha)<br />

Cadeia produtiva do<br />

açúcar e do álcool e<br />

fruticultura<br />

Baixo crescimento<br />

populacional (0,2%<br />

a.a.)<br />

Perfil composto por<br />

propriedades menores<br />

(até 50ha)<br />

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GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

VOLUME 3<br />

ELEMENTOS<br />

Áreas Especiais<br />

Formações<br />

Vegetais<br />

Estado de<br />

Conservação<br />

da Flora<br />

Estado de<br />

Conservação<br />

da Fauna<br />

Recursos<br />

Hídricos /<br />

águas<br />

superficiais<br />

Recursos<br />

Hídricos /águas<br />

subterrâneas<br />

CARACTERÍSTICAS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA<br />

GOIÁS MINAS GERAIS SÃO PAULO<br />

APA da Serra da Jibóia<br />

RPPN Fazenda<br />

Palmeira<br />

Parque Estadual<br />

Altamiro de Moura<br />

Pacheco<br />

RPPN Arizona Não há<br />

Domínio do bioma Cerrado e Áreas de Tensão Ecológica Cerrado-<br />

Floresta Estacional. Predominam formações florestais como o cerradão e<br />

a floresta estacional.<br />

Desmatamentos intensos desrespeitando inclusive a legislação que<br />

estabelece a Área de Preservação Permanente. A quase totalidade das<br />

matas ciliares foram suprimidas e/ou substituídas por pastagens e<br />

lavouras.<br />

O quadro de degradação da flora limita a existência e manutenção de<br />

espécies da fauna mais sensíveis a alterações ambientais, como aquelas<br />

dependentes dos ambientes florestados mais extensos do bioma<br />

Cerrado. A maior parte das espécies da fauna registradas em campo é<br />

independente ou semi-dependente desses ambientes, utilizando assim as<br />

áreas de bordas, as capoeiras e áreas semi-abertas como parte de seus<br />

habitats.<br />

O nível de intensa degradação em todas as bacias estudadas resulta na<br />

ausência de rios de classe especial e no domínio de rios de classe 2 (54%<br />

do total das coletas). Rios de classe 1 representam 43% do total das<br />

coletas e há a ocorrência de apenas um rio de classe 3. Observa-se a<br />

erosão das margens e o assoreamento do leito dos cursos de água.<br />

Não comprometidos. A maioria absoluta dos poços perfurados<br />

concentra-se nos municípios de Rio Verde (GO), Jales (SP) e<br />

Fernandópolis (SP) e tem sua produção destinada à pecuára,<br />

abastecimento urbano e abastecimento doméstico.<br />

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VOLUME 3<br />

ELEMENTOS<br />

Uso do solo<br />

CARACTERÍSTICAS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA<br />

GOIÁS MINAS GERAIS SÃO PAULO<br />

Uso do solo Intenso<br />

63,7% destinado a<br />

pastagens e 14,7%<br />

para lavoura<br />

Uso do solo Intenso<br />

56,7% destinado a<br />

pastagens e 19,1% para<br />

lavoura<br />

Uso do solo Intenso<br />

46,8% destinado a<br />

pastagens e 40,6%<br />

para lavoura<br />

A caracterização da Flora revelou um cenário de intensa degradação da<br />

paisagem na maior parte da Área de Influência. Os poucos fragmentos que restam<br />

de vegetação nativa estão inseridos numa matriz agropecuária. Além do<br />

isolamento entre eles, destaca-se que são alvo de pressão adicional pela retirada<br />

de madeira, presença de gado e uso do fogo na limpeza de pastagens.<br />

A AII está inserida no domínio do bioma Cerrado e em Áreas de Tensão<br />

Ecológica Cerrado-Floresta Estacional. Predominam formações florestais como o<br />

cerradão e a floresta estacional, embora estejam presentes, em menor proporção,<br />

grande parte das 11 fitofisionomias descritas para o bioma Cerrado.<br />

Considerando as diversas paisagens abrangidas ao longo da Área de<br />

Influência Direta, foram registradas 277 espécies da flora fanerógama (arbórea,<br />

palmeiras, arbustiva, herbácea, lianas e hepífitas) pertencentes a 173 gêneros e 65<br />

famílias. Em se tratando de um bioma com tamanha expressividade florística no<br />

contexto mundial e detentor de elevada riqueza de fisionomias, este número de<br />

espécies é considerado baixo. Tal fato pode ser atribuído à extensa fragmentação<br />

e mudança de paisagem, contribuindo para a imersão dos fragmentos restantes no<br />

que foi denominado de matriz agropecuária.<br />

A histórica produção agropecuária nessa região vem comprometendo<br />

funções básicas dos ecossistemas naturais e aumentando o número de áreas<br />

degradadas e remanescentes em estágios iniciais de regeneração natural.<br />

Tal cenário limita a existência e manutenção de espécies mais sensíveis a<br />

alterações ambientais, como aquelas dependentes de ambientes florestais. De<br />

fato, a maior parte das espécies da fauna registradas em campo é independente<br />

ou semidependente desses ambientes, utilizando as áreas de bordas, as capoeiras<br />

e áreas semiabertas como parte de seus habitats.<br />

Tal cenário limita a existência e manutenção de espécies da fauna que são<br />

mais sensíveis a alterações ambientais, como aquelas dependentes de ambientes<br />

florestais. De fato, a maior parte das espécies da fauna registradas em campo é<br />

29


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE<br />

GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

VOLUME 3<br />

independente ou semidependente desses ambientes, utilizando as áreas de bordas,<br />

as capoeiras e áreas semiabertas como parte de seus habitats.<br />

A riqueza de espécies de mamíferos no trecho diretamente amostrado foi de<br />

72 espécies na Floresta Estacional, 43 na Savana (Cerrado) e 55 no contato Savana/<br />

Floresta. No geral, a fauna de mamíferos registrada neste estudo foi composta por<br />

espécies generalistas com alta capacidade de adaptação a diferentes tipos de<br />

cobertura vegetal.<br />

A lista de aves registradas na Floresta Estacional totalizou 261 espécies. Isto<br />

representa entre 87% e 91% das espécies de aves esperadas para esta<br />

fitofisionomia. Na Savana o total atingiu 224 espécies. Este montante representa<br />

entre 89% e 91% das espécies de aves esperadas para esta fitofisionomia. No<br />

Contato Savana / Floresta foram assinaladas 269 espécies. Esta riqueza representa<br />

entre 89,4% das espécies de aves esperadas para esta área de tensão ecológica.<br />

Os totais verificados representam a avifauna que se mantém nos ambientes nativos<br />

fragmentados do bioma Cerrado.<br />

Durante essa campanha foram registradas 81 espécies de anfíbios e répteis.<br />

O grupo de anfíbios foi o mais representativo (55,56% das espécies registradas),<br />

seguido por serpentes (24,69%), lagartos (16,05%). Os crocodilianos, testudines e<br />

anfisbênias foram os grupos menos representativos com 1,23% das espécies<br />

amostradas. Nenhuma espécie registrada nesse estudo (anfíbio ou réptil) encontrase<br />

nas listas oficiais de espécies de anfíbios e répteis ameaçadas de extinção do<br />

Ibama e IUCN.<br />

O levantamento de dados primários indiretos (entrevistas e observações)<br />

registrou 62 espécies de peixes, pertencentes a cinco ordens e 18 famílias. Com o<br />

incremento de informações proporcionadas por estudos realizados na Área de<br />

Influência Direta do empreendimento, estes números cresceram consideravelmente,<br />

alcançando 188 espécies, pertencentes a seis ordens e 29 famílias. Na Área de<br />

Influencia Direta e Indireta são encontradas diversas bacias de pequeno porte, com<br />

fauna relativamente semelhante. A Área está inserida na alta porção da bacia do<br />

rio Paraná e compreende as bacias tributárias dos seguintes rios: Meia Ponte, dos<br />

Bois, Preto, Claro, Corrente e Paranaíba e Grande. Esta drenagem, que<br />

compreende o rio Paraná a montante das Sete Quedas, apresenta uma rica<br />

ictiofauna com cerca de 310 espécies descritas para toda a bacia, distribuídas em<br />

11 ordens e 38 famílias.<br />

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ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE<br />

GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

VOLUME 3<br />

Cerradão cortado por estrada de terra, Palmeiras<br />

de Goiás, GO.<br />

Tamanduá bandeira (Myrmecophaga tridactyla)<br />

registrado em armadilha fotográfica em GO.<br />

Cerradão no Município de Iturama, MG.<br />

Emas, Rhea americana<br />

Na AII ocorrem dois tipos climáticos (IBGE, 1997): Subquente que predomina<br />

ao norte (trecho compreendido entre os municípios de Ouro Verde/GO e Santa<br />

Helena de Goiás/GO) e Quente que predomina ao sul (de Santa Helena de<br />

Goiás/GO a Fernandópolis/SP). Nessa região ocorrem duas estações bem definidas:<br />

uma seca (maio a setembro) e outra chuvosa (outubro a abril), sendo que os<br />

menores valores de precipitação pluviométrica ocorrem no trimestre junho - agosto<br />

e os maiores valores no trimestre dezembro - fevereiro<br />

31


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE<br />

GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

VOLUME 3<br />

A diretriz está assentada sobre morfoesculturas do Planalto Central Goiano,<br />

dos Planaltos e Chapadas da Bacia Sedimentar do Paraná e Depósitos<br />

Sedimentares, apresentando relativa diversidade quanto aos tipos de solos.<br />

Na AII predominam os LATOSSOLOS VERMELHOS (Eutrófico / Eutroférrico /<br />

Distrófico), que recobrem cerca de 79% da área de estudo. A região apresenta<br />

grande área recoberta por água (aproximadamente 7%) e outros diferentes tipos<br />

de solos, com destaque para os ARGISSOLOS e NEOSSOLOS.<br />

O sistema hidrográfico compreende dez bacias hidrográficas, sendo elas, de<br />

norte a sul: Bacia hidrográfica do Rio Pari, Bacia Hidrográfica do Rio Meia Ponte,<br />

Bacia Hidrográfica do Rio dos Bois, Bacia Hidrográfica do Rio Turvo, Bacia do Rio<br />

Verde, Bacia Hidrográfica do Rio Claro, Bacia do Médio Paranaíba, Bacia do Rio<br />

Arantes e Bacia do Médio Rio Grande e Bacia Hidrográfica do Rio São José dos<br />

Dourados.<br />

No tocante ao enquadramento dos corpos d’água segundo a Resolução<br />

CONAMA 357/05, o nível de intensa degradação em todas as bacias estudadas<br />

resulta na ausência de rios de classe especial e no domínio de rios de classe 2 (54%<br />

do total das coletas). Rios de classe 1 representam 43% do total das coletas e há a<br />

ocorrência de apenas um rio de classe 3.<br />

A principal variável que determinou a classificação da qualidade da água<br />

foi a concentração de coliformes termotolerantes, seguida da concentração de<br />

oxigênio dissolvido. Tal fato indica que se os municípios exercessem um maior<br />

controle do despejo de esgoto doméstico, seria possível alçar diversos rios à classe1.<br />

A Área de Influência está inserida nos seguintes domínios hidrogeológicos:<br />

Domínio Formações Cenozóicas da Bacia do Paraná, compreendendo<br />

os Aquíferos: Bauru, Guarani, Passa Dois;<br />

Domínio Vulcânico - Aquífero Serra Geral;<br />

Domínio Poroso/Fissural compreendendo Aquífero Complexo Granulítico,<br />

Aquífero Terciário-Quaternário, Aquífero Quaternário, Aquífero<br />

Coberturas Detrítico-Lateríticas.<br />

A maioria absoluta dos poços perfurados concentra-se nos municípios de Rio<br />

Verde (GO), Jales (SP) e Fernandópolis (SP) e tem sua produção destinada à<br />

pecuára, abastecimento urbano e abastecimento doméstico.<br />

6.2 – QUALIDADE AMBIENTAL<br />

O Quadro 6.2 apresenta, de forma sintética, os principais elementos de<br />

análise sobre a qualidade ambiental atual da Área de Influência. Para a avaliação<br />

da qualidade ambiental, foram considerados os efeitos das atividades humanas<br />

atuais sobre os meios: físico (ar, água e solo) e biótico (flora e fauna). No caso do<br />

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ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE<br />

GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

VOLUME 3<br />

meio antrópico destacou-se a evolução da ocupação até a situação atual e as<br />

perspectivas futuras, independentes do empreendimento ora proposto.<br />

Desta síntese é possível depreender que a área se encontra sob pressão das<br />

atividades antrópicas, em especial aquelas relacionadas ao complexo<br />

agroindustrial, incluindo do setor de grãos (soja, sorgo e milho) e carnes (bovino,<br />

suínos e aves), da cadeia produtiva do açúcar e do álcool, e do setor de laticínios<br />

(leite e derivados).<br />

A degradação dos habitats naturais já provocou uma intensa espoliação da<br />

fauna nativa, onde as espécies mais abundantes são aquelas com maior<br />

flexibilidade ecológica. A Vegetação também está comprometida em sua<br />

diversidade devido ao corte de madeira e a abertura de áreas para pastos e<br />

culturas agrícolas.<br />

Enfatiza-se que o nível de intensa degradação encontrado em todas as<br />

bacias estudadas resultou na ausência de rios de classe especial e no domínio de<br />

rios de classe 2 (54% do total das coletas). Rios de classe 1 representam 43% do total<br />

das coletas e há a ocorrência de apenas um rio de classe 3. As matas ciliares<br />

encontram-se degradadas e fragmentadas. Observa-se a erosão das margens e o<br />

assoreamento dos leitos dos cursos d’água.<br />

Os aquíferos da AID são predominantemente utilizados no abastecimento<br />

urbano, doméstico e industrial, e não há evidências de degradação.<br />

O uso do solo é intenso, predominando as pastagens, seguidas de culturas, e<br />

sendo muito diminutos e isolados os fragmentos de mata.<br />

33


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

Região Goiás<br />

QUADRO 6.2 – QUALIDADE AMBIENTAL DA ÁREA DE INFLUÊNCIA INDIRETA<br />

Minas Gerais São Paulo<br />

Meio Biótico<br />

Meio Físico<br />

Na parte goiana da área de influência ocorre o predomínio de<br />

formações florestais como o cerradão e a floresta estacional, porém<br />

com poucas áreas preservadas em extensão significativa (apenas 3,1%<br />

da região, tomando como amostra a AID). Nela ocorrem manchas da<br />

região denominada “Mato Grosso de Goiás”, outrora coberta<br />

predominantemente por florestas estacionais. Atualmente essas<br />

florestas ocupam apenas 1,9% da AID goiana, aproximadamente.<br />

O atual baixo nível de diversidade de espécies da flora é resultante do<br />

corte seletivo de árvores e subsequente avanço das pastagens e<br />

lavouras.<br />

A fauna que ali ocorre é, sobretudo, formada por espécies generalistas<br />

e de ampla distribuição. Uma fauna composta, em sua maioria, por<br />

espécies independentes ou semi-dependentes das fitofisionomias<br />

nativas.<br />

Aqui a área de influência do empreendimento é caracterizada por<br />

uma estação seca (maio a setembro) e outra chuvosa (outubro a abril),<br />

sendo que os menores valores de precipitação pluviométrica ocorrem<br />

no trimestre junho – agosto, e os maiores valores no trimestre dezembro<br />

– fevereiro. Os recursos hídricos da região encontram-se sob forte<br />

pressão antrópica, caracterizada, sobretudo, pela supressão e/ou<br />

substituição das matas ciliares por pastagens ou lavouras e pelo seu<br />

intenso uso na dessedentação animal e irrigação. Existe ainda o<br />

barramento do Rio Paranaíba para a geração de energia elétrica na<br />

UHE São Simão.<br />

Considerando as formações geológicas, geomorfológicas e<br />

pedológicas que ali ocorrem, verifica-se que não existem grandes<br />

problemas com movimentos de massa tais como erosões,<br />

escorregamentos e quedas de blocos. Os pontos mais sensíveis são<br />

coincidentes com as áreas inundáveis e as áreas com potencial para a<br />

ocorrência de cavernas situadas nos municípios de Palmeiras de Goiás,<br />

Quirinópolis e Indiara.<br />

As ocorrências minerais se concentram, sobretudo, na parte norte<br />

dessa área, desde o Município de Ouro Verde de Goiás até Jandaia.<br />

Nesse trecho, destacam-se com direito de lavra, ocorrências de:<br />

minério de níquel, manganês, minério de manganês, ouro, minério de<br />

ouro, ardósia, basalto, gnaise, granito, granodiorito, mármore, minério<br />

de titânio, ilmenita, calcário calcítico e calcário dolomítico.<br />

Na parte mineira da área de influência também predominam as<br />

formações florestais como o cerradão e a floresta estacional. Ela é<br />

inteiramente ocupada por fazendas que, há muitos anos, exercem<br />

pressões sobre a vegetação nativa para a implantação e operação<br />

de empreendimentos agropecuários. Tomando como amostra a AID,<br />

atualmente restam apenas 5,1% da região coberta com vegetação<br />

nativa (5,0% de cerradão e outras formações não florestais e 0,1% de<br />

Floresta Estacional).<br />

Nesta região foram registradas duas espécies de anfíbios endêmicas<br />

do Triângulo Mineiro: as rãs Ischnocnema pentaxavantinho e<br />

Leptodactylus sertanejo.<br />

Face à escassez da cobertura vegetal original, a fauna que ali ocorre<br />

é, sobretudo, formada por espécies generalistas, de ampla<br />

distribuição e composta, em sua maioria, por espécies independentes<br />

ou semi-dependentes das fitofisionomias nativas.<br />

Na área de influência coincidente com o território mineiro ocorre<br />

apenas o clima quente e úmido, sendo junho, julho e agosto os três<br />

meses mais secos.<br />

Analogamente à porção goiana, os recursos hídricos também se<br />

encontram sob forte pressão antrópica, caracterizada pela supressão<br />

e/ou substituição das matas ciliares e seu intenso uso na<br />

dessedentação animal e irrigação. Existem ainda os barramentos do<br />

Rio Paranaíba para a geração de energia elétrica na UHE São Simão<br />

e do Rio Grande para a geração de energia elétrica nas UHEs Ilha<br />

Solteira e Água Vermelha.<br />

Aqui também não existem grandes problemas com movimentos de<br />

massa, tais como erosões, escorregamentos e quedas de blocos,<br />

sendo os pontos mais sensíveis coincidentes com as áreas inundáveis.<br />

Os empreendimentos de mineração com direito de lavra se<br />

concentram principalmente no município de União de Minas, com<br />

destaque para as ocorrências de ardósia, basalto, gnaisse, granito,<br />

granodiorito e mármore.<br />

VOLUME 3<br />

No território paulista coincidente com a AII predomina a floresta<br />

estacional. Contudo, face à intensidade e extensão dos cultivos<br />

comerciais ali instalados, apresenta cobertura vegetal nativa<br />

bastante reduzida, apenas 3,1% da região tomando como<br />

amostra a AID.<br />

Analogamente às porções goiana e mineira, a fauna que ali<br />

ocorre é, sobretudo, formada por espécies generalistas e de<br />

ampla distribuição. Uma fauna composta, em sua maioria, por<br />

espécies independentes ou semi-dependentes das<br />

fitofisionomias nativas.<br />

A parte paulista da área de influência do empreendimento é<br />

caracterizada por uma estação seca (maio a setembro) e outra<br />

chuvosa (outubro a abril), sendo que os menores valores de<br />

precipitação pluviométrica ocorrem no trimestre junho – agosto,<br />

e os maiores valores no trimestre dezembro – fevereiro. Os<br />

recursos hídricos encontram-se sob forte pressão antrópica,<br />

caracterizada pela supressão e/ou substituição das matas<br />

ciliares e seu intenso uso na dessedentação animal e irrigação.<br />

Existem ainda os barramentos do Rio Grande para a geração<br />

de energia elétrica nas UHEs Ilha Solteira e Água Vermelha.<br />

Aqui também não existem grandes problemas com movimentos<br />

de massa, tais como erosões, escorregamentos e quedas de<br />

blocos, sendo os pontos mais sensíveis coincidentes com as<br />

áreas inundáveis.<br />

Os empreendimentos de mineração com direito de lavra se<br />

concentram principalmente nos municípios de Populina e<br />

Ouroeste, com destaque para as ocorrências de ardósia,<br />

basalto, gnaisse, granito, granodiorito, mármore, argila vermelha<br />

e areia.<br />

34


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

Meio Antrópico<br />

A parte goiana da AII se caracteriza como um dos principais agropólos<br />

do Centro-Oeste, pela estreita associação entre os principais<br />

segmentos das cadeias produtivas agropecuárias e agroindustriais e a<br />

ênfase na inovação tecnológica, que a torna competitiva e eficiente<br />

no aproveitamento das potencialidades, sinergias, ganhos de escala e<br />

de escopo. No entanto, toda essa pujança agroindustrial estabelecida<br />

resultou no quadro ambiental atual, onde a vegetação nativa ficou<br />

reduzida a cerca de 20% da região e os recursos hídricos têm sido<br />

profundamente prejudicados em termos de quantidade e qualidade.<br />

Do ponto de vista dos transportes, o modal rodoviário ainda exerce<br />

papel central para o escoamento da produção, e para o<br />

desenvolvimento econômico, porém muitas vezes se configurando<br />

como principal barreira ao alcance de melhores níveis de<br />

competitividade nos mercados nacional e internacional. Nesse<br />

contexto, a média das expectativas com relação ao empreendimento<br />

é francamente positiva porque, uma vez estendida a Ferrovia Norte-Sul,<br />

até Belém (PA), ao norte, e para o sul até Estrela d’Oeste (SP), haverá a<br />

integração dos sistemas hidroviários da bacia Amazônica com a bacia<br />

do Rio Paraná, permitindo finalmente a integração das regiões Norte,<br />

Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil, independentemente do modal<br />

rodoviário, com todas as suas desvantagens econômicas (preço do<br />

frete e perda da competitividade internacional); sociais<br />

(atropelamentos de pessoas e animais, poluição, maior preço dos<br />

produtos transportados) e ambientais (consumo de combustíveis fósseis,<br />

emissão de CO2 para a atmosfera, maior frequência de acidentes com<br />

cargas perigosas, etc.).<br />

Os levantamentos efetuados para o reconhecimento local<br />

demonstraram a existência de numerosos e importantes sítios<br />

arqueológicos que merecerão levantamentos detalhados e,<br />

possivelmente, salvamentos. Excetuados os sítios arqueológicos, o<br />

Patrimônio Cultural é composto exclusivamente pelo Patrimônio<br />

Imaterial, ou seja, saberes, celebrações, formas de expressão e lugares,<br />

com destaque especialmente para as festividades religiosas, dentre as<br />

quais estão incluídas as Cavalhadas.<br />

A parte mineira da AII também se caracteriza por uma agricultura<br />

moderna, marcada pela prioridade aos cultivos comerciais, com<br />

grande aplicação de insumos e mecanização. Tal modo de<br />

apropriação dos recursos naturais também resultou em um quadro<br />

ambiental bastante desfavorável, em que a vegetação nativa ficou<br />

reduzida a cerca de 24% da região e os recursos hídricos têm sido<br />

profundamente prejudicados, em termos de quantidade e<br />

qualidade.<br />

Do ponto de vista dos transportes, o modal rodoviário também<br />

exerce papel central, porém com importante contribuição do modal<br />

hidroviário (Hidrovia Tietê-Paraná), para o escoamento da produção<br />

e desenvolvimento econômico. Aqui, a média das expectativas com<br />

relação ao empreendimento também é francamente positiva pelos<br />

mesmos motivos já expostos para a porção goiana.<br />

Os levantamentos efetuados para o reconhecimento do território<br />

mineiro na AII demonstraram a existência de numerosos sítios<br />

arqueológicos que também merecerão levantamentos detalhados e,<br />

possivelmente, salvamentos. Excetuados os sítios arqueológicos, o<br />

Patrimônio Cultural é composto exclusivamente pelo Patrimônio<br />

Imaterial, ou seja, saberes, celebrações, formas de expressão e<br />

lugares, com destaque especial para as festividades religiosas.<br />

VOLUME 3<br />

Esta parte da AII constitui um importante pólo de agricultura<br />

moderna da Região Sudeste do Brasil, também com prioridade<br />

aos cultivos comerciais e intensa aplicação de capital em<br />

insumos e mecanização. Não obstante aos vigorosos benefícios<br />

econômicos, todo esse sucesso agroindustrial também resultou<br />

em um quadro ambiental extremamente desfavorável, em que<br />

a vegetação nativa foi reduzida a cerca de 13% da região e os<br />

recursos hídricos têm sido profundamente prejudicados em<br />

termos de quantidade e qualidade.<br />

Do ponto de vista dos transportes, o modal rodoviário ainda<br />

exerce papel central, porém com importante contribuição dos<br />

modais hidroviário (Hidrovia Tietê-Paraná) e ferroviário (Ferroban)<br />

para o escoamento da produção e desenvolvimento<br />

econômico. De maneira análoga ao exposto para as porções<br />

goiana e mineira da AII, aqui também a média das expectativas<br />

com relação ao empreendimento é francamente positiva.<br />

Novamente, os levantamentos efetuados demonstraram a<br />

existência de numerosos sítios arqueológicos que merecerão<br />

levantamentos detalhados e, possivelmente, salvamentos.<br />

Adicionalmente, excetuados os sítios arqueológicos, o<br />

Patrimônio Cultural é composto exclusivamente pelo Patrimônio<br />

Imaterial, ou seja, saberes, celebrações, formas de expressão e<br />

lugares, com destaque especial para as festividades religiosas.<br />

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ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

Áreas Especiais<br />

No território goiano da AII, existem três unidades de conservação: duas<br />

pertencentes à categoria de uso sustentável (uma APA e uma RPPN) e<br />

uma pertencente à categoria de proteção integral (Parque Estadual).<br />

Somente a APA Serra da Jibóia será interceptada pela Ferrovia.<br />

A APA Serra da Jibóia está localizada nos municípios de Palmeiras de<br />

Goiás e Nazário e compreende 21.751ha de diversas feições do<br />

Cerrado que protegem numerosas nascentes importantes para os<br />

recursos hídricos regionais. Destaca-se que sua gestão não tem obtido<br />

resultados satisfatórios uma vez que pelo menos 30% da sua cobertura<br />

vegetal foi suprimida ou substituída por pastagens e lavouras nos últimos<br />

cinco anos. A APA Serra da Jibóia será interceptada pela Ferrovia por<br />

cerca de 13km, nas proximidades do seu limite leste.<br />

A RPPN Fazenda Palmeira está localizada no município de Palmeiras de<br />

Goiás e compreende 2.178ha de feições do Cerrado.<br />

Por fim, o Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco está localizado<br />

em partes dos municípios de Goiânia, Goianápolis, Nerópolis e<br />

Terezópolis de Goiás e abrange 4.123 hectares. Essa unidade foi criada<br />

para proteger um dos últimos remanescentes da vegetação<br />

característica da região central do Estado de Goiás, o denominado<br />

“Mato Grosso de Goiás”. A vegetação apresenta grande variedade de<br />

espécies de alto valor econômico e sua gestão tem obtido resultados<br />

francamente satisfatórios, uma vez que sua cobertura vegetal não<br />

apresentou decréscimos significativos nos últimos cinco anos e mantém<br />

bom estado de conservação.<br />

Segundo o INCRA existem 16 projetos de assentamentos na AII, sendo 9<br />

em Rio Verde, 3 em Santa Helena de Goiás, 2 em Jandaia, 1 em<br />

Palmeiras de Goiás e 1 em Acreúna, totalizando 805 famílias<br />

assentadas. Ainda segundo o INCRA existem duas comunidades<br />

quilombolas presentes na AII cujas áreas encontram-se em fase de<br />

regularização, são elas: Comunidade Palmeiras e Comunidade<br />

Trindade. Contudo, o INCRA prefere não informar a localização das<br />

áreas reivindicadas, de modo a “evitar conflitos desnecessários”.<br />

Não há comunidades indígenas na área de influência do<br />

empreendimento.<br />

No território mineiro da AII, existe apenas uma unidade de<br />

conservação, a RPPN Arizona, que está localizada no município de<br />

Santa Vitória, e compreende 179,40ha de distintas feições do bioma<br />

Cerrado.<br />

Segundo o INCRA existem 8 projetos de assentamentos na AII, sendo 5<br />

em Santa Vitória, 2 em Limeira do Oeste e 1 em União de Minas,<br />

totalizando 676 famílias assentadas.<br />

Não há comunidades quilombolas nem comunidades indígenas na<br />

área de influência do empreendimento.<br />

Não existem unidades de conservação no território paulista<br />

coincidente com a AII.<br />

VOLUME 3<br />

Segundo o INCRA, existe 1 projeto de assentamento na AII, o<br />

qual se localiza no município de Turmalina.<br />

Não há comunidades quilombolas nem comunidades indígenas<br />

na área de influência do empreendimento.<br />

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ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE<br />

GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

7 – PROGNÓSTICO E AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS<br />

7.1 – PROGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

VOLUME 3<br />

A maior parte da população residente na Área de Influência localiza-se nos<br />

municípios goianos que dela fazem parte. São três as principais concentrações<br />

populacionais na AII: os municípios pertencentes à Região Metropolitana de<br />

Goiânia (sobretudo, Trindade e Goianira); Rio Verde, na Região Sudoeste do Estado<br />

de Goiás; e Fernandópolis e Jales, no Estado de São Paulo. Individualmente, o<br />

município de Rio Verde é o principal destaque, único da AII com uma população<br />

acima dos 100 mil habitantes, sendo sua sede municipal o maior núcleo urbano da<br />

AII, excetuada a Região Metropolitana de Goiânia.<br />

As áreas interceptadas pela Ferrovia são constituídas por pastagens, áreas<br />

de cultivo e fragmentos florestais e de cerrado, com estrutura produtiva bastante<br />

desenvolvida e dinâmica, sobretudo no que se refere aos setores agroindustriais e<br />

agropecuários, que se encontram intensamente articulados em alguns dos<br />

municípios da AII, formando nesses casos um grande e produtivo complexo<br />

agroindustrial, que emprega tecnologia avançada e mão de obra qualificada<br />

principalmente. Tal estrutura produtiva culminou por atrair e ampliar a população<br />

de forma intensiva e desordenada, num processo profundamente modificador do<br />

meio ambiente de todo o Cerrado e Floresta Estacional e significativos impactos<br />

ambientais negativos nos recursos hídricos e no solo.<br />

Com a intensificação das atividades do agronegócio, industrial e imobiliária,<br />

o quadro regional pode ser caracterizado como de amplo uso humano, com<br />

inclusões de áreas ainda conservadas, mas, certamente, sem áreas preservadas<br />

onde se pudesse contar com todo o patrimônio genético original.<br />

Nesse contexto, observa-se que, ao longo do tempo, a ocupação humana<br />

tem sido contínua e com intensidade de atuação crescente, independentemente<br />

das facilidades de acesso que são oferecidas.<br />

Tais observações permitem que, para a ocupação do espaço e crescimento da<br />

produção comercializável, a diferença principal entre as situações sem o projeto e<br />

com o projeto será o ritmo em que as apropriações dos recursos naturais e<br />

ambientais serão realizadas.<br />

O Quadro 7.1, inserido a seguir, mostra a situação dos meios biótico, físico e<br />

antrópico nas situações com e sem o empreendimento. Acrescentou-se uma<br />

coluna a mais neste quadro para detalhar as medidas que a VALEC pode ou deve<br />

tomar, conforme o caso, para que o meio ambiente também seja beneficiado com<br />

o processo de implantação e operação do empreendimento.<br />

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ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

QUADRO 7.1 – PROGNÓSTICO DOS MEIOS BIÓTICO, FÍSICO E ANTRÓPICO NAS SITUAÇÕES COM E SEM O EMPREENDIMENTO E MEDIDAS PRECONIZADAS<br />

MEIO AFETADO PRINCIPAIS TEMAS SEM O EMPREENDIMENTO COM O EMPRENDIMENTO MEDIDAS PRECONIZADAS<br />

Biótico<br />

Ocupação Regional e uso do<br />

solo<br />

Unidades de Conservação<br />

A ocupação do espaço já está consolidada,<br />

contudo a intensificação da produção, sobretudo<br />

na agroindústria, continuará ocorrendo<br />

principalmente em função da demanda por<br />

alimentos, biocombustíveis e minérios. Essa<br />

intensificação na produção tende a contribuir com<br />

a manutenção do nível de competitividade atual<br />

da região, um tanto prejudicado pelos elevados<br />

custos do transporte rodoviário, além de,<br />

esporadicamente, criar oportunidades para a<br />

recuperação de áreas degradadas, em especial<br />

de matas que protegem os cursos d’água.<br />

A implantação e operação de Unidades de<br />

Conservação são dependentes dos recursos de<br />

compensação ambiental tratados na Resolução<br />

CONAMA no 371/2006. Sem o empreendimento, a<br />

depredação sobre as áreas que ainda mantêm um<br />

patrimônio significativo acabará por eliminar a<br />

possibilidade de sua preservação efetiva, com<br />

perda total do patrimônio genético natural original.<br />

O processo de desmatamento continuará<br />

ocorrendo, a exemplo da supressão ou substituição<br />

por pastagens e lavouras de cerca de 30% da<br />

cobertura vegetal da APA Serra da Jibóia, ocorrida<br />

nos últimos cinco anos.<br />

A ocupação do espaço já está consolidada,<br />

contudo a intensificação da produção, sobretudo<br />

na agroindústria, continuará ocorrendo<br />

principalmente em função da demanda por<br />

alimentos, biocombustíveis e minérios. Essa<br />

intensificação na produção aliada à alternativa de<br />

escoamento da produção pela Ferrovia tende a<br />

tornar a região ainda mais competitiva nos<br />

mercados nacional e internacional e, certamente,<br />

representa uma grande oportunidade para a<br />

recuperação de áreas degradadas, em especial<br />

de matas que protegem os cursos d’água.<br />

O processo de transformação em Unidades de<br />

Conservação das áreas que ainda contêm um<br />

patrimônio genético significativo pode ser realizado<br />

(no mínimo acelerado) com o uso dos recursos de<br />

compensação que serão pagos pelo(s)<br />

empreendimento(s) programado(s) na região, com<br />

base na Resolução CONAMA n° 371/2006.<br />

VOLUME 3<br />

Implantação de unidade de conservação de<br />

Proteção integral na região da Serra da Jibóia,<br />

protegendo fitofisionomias do Cerrado e as<br />

cabeceiras localizadas nessa serrania.<br />

Implantação de unidade de conservação de<br />

Proteção integral na região da Serra da Jibóia,<br />

protegendo fitofisionomias do Cerrado e as<br />

cabeceiras localizadas nessa serrania.<br />

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ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

Físico<br />

APP e Reserva Legal<br />

Queimadas<br />

Recursos Hídricos<br />

As matas que protegem os cursos d’água (APPs) e<br />

as Áreas de Reserva Legal (ARLs) de propriedades<br />

rurais ocupam uma reduzida extensão da região,<br />

situação que tende a continuar sem o<br />

empreendimento. A conversão de áreas produtivas<br />

em ARLs e para a recuperação de APPs enfrentará<br />

grande resistência por parte das pessoas que há<br />

décadas fazem investimentos para torná-las<br />

produtivas, nos moldes convencionais.<br />

As queimadas para reduzir a palha da cana e para<br />

limpeza das áreas de cultivo são formas de manejo<br />

comuns e arraigadas culturalmente. Prevê-se que<br />

as queimadas continuarão a ser usadas ainda por<br />

muito tempo.<br />

Os processos erosivos e de instabilidade das áreas<br />

marginais dos cursos hídricos tendem a continuar<br />

desde que não seja implantada uma política<br />

efetiva para a recuperação e preservação dos<br />

recursos hídricos da região.<br />

O processo indiscriminado de apropriação e<br />

utilização dos recursos hídricos para a irrigação<br />

crescerá proporcionalmente à demanda para<br />

produção de alimentos e geração de energia, o<br />

que contribuirá para a deflagração de conflitos de<br />

uso.<br />

A construção da Ferrovia certamente afetará a<br />

vegetação que deveria estar preservada nas APPs<br />

e ARLs. Contudo, será garantida uma<br />

compensação por esses desmatamentos,<br />

conforme determinado na Resolução CONAMA n°<br />

369/2006.<br />

As queimadas para reduzir a palha da cana e para<br />

limpeza das áreas de cultivo são formas de manejo<br />

comuns e arraigadas culturalmente. Prevê-se que<br />

continuarão a ser usadas ainda por muito tempo,<br />

apesar do uso de recursos de educação ambiental<br />

do empreendimento visando sua redução.<br />

O empreendimento não afetará o processo de<br />

apropriação dos recursos hídricos em andamento,<br />

pois não é usuário de grande porte da energia<br />

elétrica (os trens serão rebocados por locomotivas<br />

movidas a óleo diesel) e, mesmo na construção de<br />

grandes aterros, utiliza pequenos volumes d’água e<br />

por curtos períodos de tempo, face aos usos já<br />

instalados na região.<br />

VOLUME 3<br />

Dentre as medidas mitigadoras previstas está a<br />

realização do Programa de Proteção da Flora, por<br />

meio dos Subprogramas de Resgate da Flora e de<br />

Reprodução e Multiplicação de Mudas em Viveiros,<br />

para a realização do Programa de Plantios<br />

Compensatórios vinculado ao atendimento da<br />

Resolução CONAMA 369/2006, fazendo a<br />

revegetação das APP, dos taludes e das áreas de<br />

Reserva Legal desmatadas durante a construção. A<br />

reprodução e a multiplicação de mudas deverão<br />

ser feita em viveiros especializados conforme o<br />

bioma dominante (Cerrado e Mata Atlântica), a<br />

partir da coleta de sementes e mudas antes das<br />

operações de remoção da vegetação. A VALEC<br />

propõe, também, que as desapropriações para<br />

implantação da Ferrovia ao longo dos cursos<br />

d’água tenham a faixa alargada em até 350m,<br />

incorporando a margem mais próxima e<br />

transformando tais espaços em “corredores de<br />

fauna”, cuja revegetação deve compor o<br />

Programa de Compensação pela Emissão de<br />

Gases do Efeito Estufa, como uma continuidade dos<br />

Programas citados acima. Também fará parte das<br />

medidas mitigadoras a realização do Programa de<br />

Proteção da Fauna, por meio de seus subprogramas<br />

de Resgate da Fauna nas Frentes de Serviço e de<br />

Implantação de Passagens Inferiores de Fauna no<br />

sentido de melhorar o desempenho dos corredores.<br />

A VALEC procurará aplicar Medidas Mitigadoras a<br />

partir do Subprograma de Educação Ambiental e<br />

no treinamento constante dos empregados com o<br />

Subprograma de Prevenção de Queimadas.<br />

Aplicação do Programa de Proteção contra Erosão,<br />

implantando os subprogramas:<br />

• de Drenagem Superficial e Proteção Contra<br />

Erosão;<br />

• de Cobertura Vegetal para Recuperação de<br />

Áreas Degradadas.<br />

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ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

Poluição do Ar<br />

Solo<br />

Recursos Minerais<br />

Em toda a AII a poluição do ar tem caráter pontual<br />

(uso de aviões agrícolas, industriais, atividades<br />

minerarias, queimadas, etc.).<br />

O uso do recurso solo tende a continuar nos níveis<br />

atuais, caracterizado pelo manejo para a<br />

produção agropecuária e extração pontual de<br />

materiais de construção.<br />

Os minérios de uso agrícola (calcário e fosfatos),<br />

bem como os de alto valor unitário (refratários,<br />

níquel, magnésio, talco, etc.) têm valor de<br />

mercado suficiente para suportar os custos do<br />

transporte rodoviário e essas minerações<br />

continuarão suas explorações e lavra, pois não<br />

dependem do transporte ferroviário.<br />

A extração de Materiais de Construção (pedreiras,<br />

areais, cascalheiras, solos granulares, etc.)<br />

continuará crescendo aproximadamente no ritmo<br />

do crescimento do produto regional.<br />

A operação da ferrovia deve acelerar o processo<br />

de instalação de projetos industriais, agroindustriais<br />

e mineiros, além do incremento de produção das<br />

indústrias já instaladas.<br />

A construção da Ferrovia deverá ocasionar ruídos e<br />

poeira durante o período de obras.<br />

A construção da Ferrovia acelerará o processo de<br />

uso do solo, além de permitir, ou ao menos facilitar,<br />

a implantação de indústrias de grande porte ao<br />

longo do traçado.<br />

Na fase de construção haverá movimentos de<br />

grandes volumes de solos durante a execução dos<br />

cortes e aterros.<br />

Além de influir no mercado de produtos minerais<br />

como o calcário, os fosfatos, o níquel, etc.,<br />

tornando a produção local mais competitiva e<br />

permitindo aos concessionários acumular capital<br />

mais rapidamente acelerando o crescimento da<br />

produção, a Ferrovia viabilizará também a lavra de<br />

minerais de menor valor unitário.<br />

A extração de Materiais de Construção (pedreiras,<br />

areais, cascalheiras, solos granulares, etc.) será<br />

acelerada com a aceleração do ritmo do<br />

crescimento do produto regional.<br />

A Extração de Materiais de Construção para as<br />

obras da Ferrovia tem um impacto significativo, mas<br />

temporário, sobre o mercado local/regional. A<br />

construção pode, também, gerar erosões,<br />

assoreamentos e outras formas de degradação.<br />

VOLUME 3<br />

Na medida em que a poluição do ar, se ocorrer,<br />

terá autores definidos, não há medidas a serem<br />

tomadas pela VALEC.<br />

A VALEC deverá aplicar o Plano Ambiental de<br />

Construção (ver Capítulo 8) para o controle da<br />

poluição sobre terceiros e seus bens, especialmente<br />

os derivados da degradação ambiental na<br />

Construção; da Extração de Materiais de<br />

Construção e da Instalação e Operação de<br />

Acampamentos e de Canteiros de Serviços.<br />

A ação é o processo de construção e operação,<br />

pois esse é o objetivo da Ferrovia.<br />

A VALEC aplicará suas Normas Ambientais (NAVAS)<br />

pertinentes para minimizar ou controlar os impactos<br />

provenientes da movimentação dos solos.<br />

A ação é o processo de construção e operação,<br />

pois esse é o objetivo da Ferrovia.<br />

A ação é o processo de construção e operação,<br />

pois esse é o objetivo da Ferrovia.<br />

A VALEC deverá aplicar o Plano Ambiental de<br />

Construção (ver Capítulo 8) para o controle da<br />

poluição sobre terceiros e seus bens, especialmente<br />

os derivados da degradação ambiental na<br />

Construção; da Extração de Materiais de<br />

Construção e da Instalação e Operação de<br />

Acampamentos e de Canteiros de Serviços.<br />

40


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

Antrópico<br />

Economia Nacional<br />

Economia Regional<br />

Áreas Indígenas<br />

Quilombolas<br />

Populações Tradicionais<br />

Áreas de Assentamentos<br />

O Brasil paga caro por ter estradas intransitáveis,<br />

ferrovias obsoletas, aeroportos sobrecarregados,<br />

hidrovias subutilizadas e portos entupidos. Segundo<br />

pesquisa do centro de estudos de logística do<br />

Instituto Coppead, da Universidade Federal do Rio<br />

de Janeiro (UFRJ), o total gasto pelas empresas<br />

com logística atingiu R$ 271 bilhões entre 2006 e<br />

2007, o que representa cerca de 11,5% do Produto<br />

Interno Bruto (PIB). Em relação à pesquisa anterior,<br />

feita em 2004, houve aumento de mais de 27%.<br />

(publicado pelo jornal Primeira Edição, em<br />

09/06/2009)<br />

Todas as regiões atravessadas pelo projeto<br />

manterão seu ritmo de crescimento médio da<br />

última década, na medida em que continuarão a<br />

despender recursos significativos com a logística de<br />

transportes, dificultando ou reduzindo a<br />

acumulação de capital.<br />

Não existem comunidades indígenas na área de<br />

influência do empreendimento.<br />

Os dois únicos grupos quilombolas localizados na<br />

área de influência encontram-se com terras em<br />

processo de regularização pelo INCRA e devem<br />

continuar seu desenvolvimento sem acelerar o<br />

ritmo.<br />

Não foram identificadas populações tradicionais na<br />

área de influência do empreendimento.<br />

Atualmente, as áreas de assentamentos<br />

dependem do transporte rodoviário e tendem a<br />

continuar dependendo por muito tempo.<br />

A Ferrovia Norte-Sul tem como objetivos principais:<br />

(i) a redução dos custos logísticos com o<br />

consequente (ii) aumento da competitividade dos<br />

produtos brasileiros no exterior, além de (iii) reduzir<br />

as perdas sociais por acidentes, entre outros<br />

objetivos apresentados no volume 1 deste EIA.<br />

A possibilidade de acumular mais capital a partir<br />

da redução dos custos de transportes (como o<br />

agronegócio) e o potencial desenvolvimento de<br />

empreendimentos com alta demanda de<br />

transportes e, por isso, dependentes de uma<br />

logística muito econômica (como a mineração de<br />

metais ferrosos e a siderurgia) permitem prever que<br />

esses segmentos encontrarão naquela região um<br />

terreno fértil para a instalação e o crescimento,<br />

com a consequente geração de empregos e<br />

renda.<br />

Não existem comunidades indígenas na área de<br />

influência do empreendimento.<br />

A construção da Ferrovia e o seu potencial efeito<br />

multiplicador na economia da região representam<br />

um impacto pouco significativo nas pressões em<br />

curso sobre essas comunidades quilombolas.<br />

Não foram identificadas populações tradicionais na<br />

área de influência do empreendimento.<br />

Um impacto negativo significativo é a possibilidade<br />

de seccionamento e comprometimento de<br />

parcelas. As interferências nesses casos devem ser<br />

consideradas nos procedimentos de<br />

desapropriações visando à redução dos impactos<br />

negativos. Entretanto, do ponto de vista de<br />

dinamização da economia, o impacto da Ferrovia<br />

é positivo, uma vez que uma maior atividade<br />

econômica significa uma maior demanda para os<br />

produtos agrícolas produzidos nos projetos.<br />

VOLUME 3<br />

A ação é o processo de construção e operação,<br />

pois esses são os objetivos da Ferrovia.<br />

A ação é o processo de construção e operação,<br />

pois esses são os objetivos da Ferrovia.<br />

Não se aplica.<br />

A VALEC deverá regular a contratação de mão de<br />

obra, inclusive a indígena, através do Programa de<br />

Gerenciamento da Mão de Obra.<br />

Não se aplica<br />

A VALEC aplicará as suas normas, destinadas a<br />

regular o processo de desapropriação e/ou de<br />

reassentamento, conforme o caso. A VALEC prevê<br />

diversas situações em que são negociados<br />

remanescentes de terrenos tornados inservíveis,<br />

acessos a mananciais e outros procedimentos<br />

voltados à manutenção econômica das parcelas<br />

atingidas.<br />

41


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

Bens culturais<br />

Risco de Acidentes<br />

Os saberes, celebrações (incluindo as cavalhadas),<br />

formas de expressão e lugares continuarão sua<br />

existência tal como estão, sendo repassados de<br />

uma geração para outra. Contudo, os sítios<br />

arqueológicos continuarão sendo paulatinamente<br />

destruídos devido à intensificação da ocupação<br />

do solo.<br />

Com base em dados da CNT, DENATRAN, PRF e<br />

ANTT, neste EIA estima-se que:<br />

• a ocorrência de acidentes no modal<br />

rodoviário é 23 vezes maior que no modal<br />

ferroviário;<br />

• o risco dos acidentes serem graves é 61<br />

vezes maior do que no modal ferroviário; e<br />

• os acidentes no modal rodoviário que<br />

resultam em lesões graves e/ou mortes é 150 vezes<br />

maior do que no modal ferroviário.<br />

Sem o empreendimento não haverá redução na<br />

produção e o transporte das cerca de 6 milhões de<br />

toneladas úteis previstas para 2012 implicará nos<br />

seguintes números de acidentes nas rodovias por<br />

elas percorridas:<br />

Acidentes/ano (2012): 584<br />

Acidentes Graves/ano (2012): 412<br />

Mortes e Lesões Graves/ano (2012): 641<br />

Ao menos na faixa que comporá a área<br />

diretamente afetada (ADA), serão feitas duas<br />

campanhas de pesquisa arqueológica: (i) a<br />

primeira, junto com os serviços de topografia<br />

(dependente da licença para realizar as picadas<br />

correspondentes) e que visa prospectar sítios<br />

arqueológicos intactos, antes da introdução das<br />

máquinas que executam os serviços de<br />

desmatamento; e (ii) a segunda, acompanhando<br />

os serviços das máquinas que executam o<br />

desmatamento, em busca de alguma evidência<br />

de sítios que não tenham sido detectados<br />

inicialmente.<br />

Na medida em que a implantação da FNS não<br />

atinge locais tradicionais de celebração de<br />

eventos religiosos, artísticos, ou de manifestações<br />

culturais, não há como estabelecer qualquer<br />

relação de impacto – positivo ou negativo – sobre<br />

o patrimônio imaterial existente na Área de<br />

Influência.<br />

Com o empreendimento, as 6 milhões de toneladas<br />

úteis previstas para 2012 já serão transportadas por<br />

trem, implicando nos seguintes números de<br />

acidentes:<br />

Acidentes/ano (2012): 25<br />

Acidentes Graves/ano (2012): 7<br />

Mortes e Lesões Graves/ano (2012): 4<br />

VOLUME 3<br />

A VALEC mantém contratos e convênios com<br />

instituições especializadas para a realização das<br />

pesquisas arqueológicas e do salvamento de sítios<br />

através do Programa de Prospecção e Resgate<br />

Arqueológico<br />

A Ferrovia representa inquestionável fator de<br />

aumento da segurança em todo o sistema de<br />

transportes, seja no que se refere aos acidentes<br />

com cargas, seja no que se refere aos acidentes<br />

envolvendo a população e o meio ambiente. Tal<br />

afirmação é ainda mais importante quando se tem<br />

em conta que as ferrovias atualmente construídas<br />

pela VALEC seguem normas e têm características<br />

técnicas modernas (dormentes de concreto, trilhos<br />

soldados em barras longas, isolamento da faixa de<br />

domínio e evitando a grande maioria dos centros<br />

urbanos dos municípios que fazem parte das áreas<br />

de influência direta), o que permite prever que seus<br />

índices de acidentes serão muito inferiores aos<br />

números apresentados, em torno de 10% dos<br />

mesmos (nível de segurança equivalente aos já<br />

obtidos pela EFC e pela EFVM).<br />

Na fase de construção, quando o número de<br />

contratados é mais elevado (consultores,<br />

construtores, fornecedores, fiscais, etc) e<br />

aumentam as probabilidades de acidente, a<br />

VALEC aplicará os Programas de Gerenciamento<br />

da Mão de Obra, especialmente o Subprograma<br />

de Segurança, Saúde e Mão de Obra, bem como<br />

seus Planos de Gerenciamento de Riscos<br />

Ambientais e de Ação em Emergências.<br />

42


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

Mudanças<br />

Climáticas<br />

FONTE: Elaboração OIKOS (2009)<br />

Emissão de Carbono<br />

Com base em informações do Balanço de<br />

Carbono (2005), publicado pela revista Economia &<br />

Energia, associado a informações da CNT e da<br />

própria VALEC, estima-se que o transporte<br />

rodoviário do volume de cargas quantificado nos<br />

estudos de demanda implicará nas seguintes<br />

emissões (mil toneladas de CO2):<br />

Emissões em 2012: 299,21<br />

Emissões em 2018: 632,75<br />

Emissões em 2025: 897,62<br />

Emissões em 2035: 1.039,86<br />

A implantação e operação da Extensão Sul da<br />

Ferrovia Norte-Sul pode representar a não emissão<br />

de quase 18 milhões de toneladas de CO2 na<br />

atmosfera no período 2012 – 2035. O transporte<br />

pela Ferrovia do volume de cargas quantificado<br />

nos estudos de demanda implicará nas seguintes<br />

emissões (mil toneladas CO2):<br />

Emissões em 2012: 6,96<br />

Emissões em 2018: 14,72<br />

Emissões em 2025: 20,86<br />

Emissões em 2035: 24,17<br />

VOLUME 3<br />

Além de representar uma sensível economia nas<br />

emissões de gases do efeito estufa, considera-se<br />

que a recuperação das áreas relacionadas como<br />

compensação de APPs e de Reserva legal,<br />

juntamente com a formação de corredores locais<br />

de fauna são compensações suficientes para as<br />

emissões residuais calculadas.<br />

43


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE<br />

GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

7.1.1 – SITUAÇÃO COM O EMPREENDIMENTO:<br />

IMPACTOS POSITIVOS E MEDIDAS MAXIMIZADORAS<br />

VOLUME 3<br />

Conforme já foi exposto na seção anterior, o principal efeito que o<br />

empreendimento terá na AII será o de acelerar os processos de ocupação e/ou<br />

modernização da apropriação dos recursos naturais ali disponíveis, a partir da<br />

redução dos custos de transporte, proporcionando maior e mais rápida<br />

acumulação de capital. Nesse mesmo sentido, devem ser destacados os impactos<br />

positivos representados pela redução de acidentes graves, com vítimas, e a<br />

redução da emissão de gases do efeito estufa.<br />

O quadro apresentado a seguir compara os números dos acidentes/ano<br />

esperados nos modos rodoviário e ferroviário, segundo o estudo de riscos de<br />

acidentes apresentado neste mesmo capítulo, com a realização do transporte<br />

equivalente a aproximadamente 18,3 bilhões de TKU (produção de transporte<br />

estimada para o ano 2025 no eixo logístico da FNS).<br />

QUADRO 7.2 – ACIDENTES E EMISSÕES DE CO2 – COMPARAÇÃO ENTRE<br />

TRANSPORTE RODOVIÁRIO E FERROVIÁRIO – PRODUÇÃO DO ANO 2025<br />

ITEM DE COMPARAÇÃO RODOVIÁRIO FERROVIÁRIO<br />

TOTAL DE ACIDENTES 1.780 76<br />

ACIDENTES GRAVES 1.235 20<br />

MORTOS E FERIDOS<br />

GRAVES<br />

1.922 13<br />

EMISSÕES DE CO2<br />

(em 10 6 t/ano) 906 21<br />

FONTE: Elaboração OIKOS (2009)<br />

Com efeito, a ferrovia representa inquestionável fator de aumento da<br />

segurança em todo o sistema de transportes, seja no que se refere aos acidentes<br />

com cargas, seja no que se refere aos acidentes envolvendo a população e o meio<br />

ambiente. Tal afirmação é ainda mais importante quando se tem em conta que as<br />

ferrovias que vem sendo construídas atualmente pela VALEC seguem normas e tem<br />

características técnicas modernas (dormentes de concreto, trilhos soldados em<br />

barras longas, isolamento de faixa de domínio e traçados que evitam os centros<br />

urbanos dos municípios interceptados), o que permite prever que seus índices de<br />

acidentes serão muito inferiores às médias utilizadas para os cálculos comparativos,<br />

44


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE<br />

GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

VOLUME 3<br />

devendo se situar em torno daqueles que vem sendo obtidos pela Estrada de Ferro<br />

Carajás (EFC) e pela Estrada de Ferro Vitória – Minas (EFVM), que não vão muito<br />

além de 1/10 das médias de todo o modo ferroviário no Brasil.<br />

Os resultados mostram uma marcante diferença entre os modais, sendo o<br />

índice de acidentes do transporte rodoviário de carga cerca de 23 vezes maior do<br />

que o do transporte ferroviário, e de mais de 60 vezes se considerados apenas os<br />

acidentes graves. A geração de vítimas de acidentes mostra uma diferença ainda<br />

maior, em que o modo rodoviário se apresenta quase 150 vezes mais letal do que o<br />

modo ferroviário.<br />

Quanto a emissão dos gases do efeito estufa, registra-se que, além da<br />

redução das emissões, o empreendedor programou compensar o resíduo de<br />

emissões como medida para maximizar os efeitos positivos da operação da<br />

Ferrovia. A compensação 1 será feita através da recuperação das áreas de APPs,<br />

junto com a formação de corredores locais de fauna (ver seção 8, neste mesmo<br />

volume).<br />

IMPACTOS NEGATIVOS E MEDIDAS MITIGADORAS<br />

Aspectos Gerais<br />

Por outro lado, a área diretamente afetada (ADA) será submetida às ações<br />

de construção, na fase de implantação, que causarão impactos ambientais, que<br />

podem ser atenuadas por meio da aplicação de processos construtivos criteriosos,<br />

fiscalização e implementação de medidas mitigadoras, por meio dos programas e<br />

subprogramas ambientais propostos neste EIA.<br />

No curto prazo, durante as obras, as principais mudanças esperadas ao<br />

longo do traçado referem-se:<br />

• Às ações de supressão de vegetação na faixa delimitada pelo<br />

projeto e nas demais áreas de apoio;<br />

• A contratação de mão-de-obra local e a transferência de pessoal<br />

especializado;<br />

• A obtenção de materiais de construção;<br />

• A terraplenagem; e<br />

• As interferências com os cursos d’água.<br />

1 Programa de Compensação pela Emissão de Gases do Efeito Estufa e Programa de Plantios<br />

Compensatórios<br />

45


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE<br />

GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

Recursos Hídricos<br />

VOLUME 3<br />

Um aspecto da fase de construção que deve ser tratado com atenção é a<br />

modificação da drenagem natural para a instalação de cortes, aterros e obras de<br />

arte. A alteração efetuada com cuidados insuficientes ou inadequados pode gerar<br />

erosões, assoreamentos e alagamentos. As erosões e os assoreamentos são<br />

fenômenos associados e, como conseqüência, o controle dos processos erosivos<br />

normalmente interrompe os processos de assoreamento, embora não recupere as<br />

áreas já atingidas. Os alagamentos são causados pela implantação de bueiros –<br />

tubulares e celulares – com cotas de montante superiores às do fundo dos talvegues<br />

aos quais deveriam dar continuidade; pela implantação de bueiros que permitem<br />

vazão inferior às necessidades das bacias que deveriam escoar, seja pelo seu<br />

pequeno número, seja por terem seção de vazão insuficiente; e pela inexistência ou<br />

insuficiência dos dispositivos que deveriam conduzir as águas até os pontos de<br />

escoamento seguro. Registra-se a presença de áreas inundáveis nas planícies dos<br />

rios, as quais podem ser impactadas pela supressão de vegetação e lançamento<br />

de aterros.<br />

Na bacia do Rio Paraná observam-se pronunciados períodos secos, em geral<br />

entre os meses de abril e setembro. Estima-se que mais da metade dos rios<br />

interceptados pela Ferrovia sejam intermitentes. Este fato é de extrema importância<br />

para a execução das obras de interceptação, uma vez que, normalmente<br />

realizadas em períodos de estiagem, as atividades de construção devem evitar a<br />

obstrução do leito, além de fazer com que os envolvidos na implantação da<br />

ferrovia se comprometam com a óbvia necessidade de economizar água.<br />

Nas áreas com terrenos mais frágeis, as interceptações que necessitarão de<br />

supressão da vegetação ripária podem provocar a alteração temporária da<br />

qualidade da água e também colocar a segurança da Ferrovia em risco, caso não<br />

seja implantado criteriosos programa de proteção contra erosões 2 .<br />

Devido a distância entre os poços perfurados na AII e o eixo da Ferrovia (no<br />

mínimo 5km), além da natureza das atividades de construção e operação<br />

ferroviárias, não são vislumbrados conflitos entre o empreendimento e as pessoas<br />

que residem na AII quanto ao uso das águas subterrâneas.<br />

Considerando que na fase de construção é muito baixo o risco de acidentes<br />

com cargas perigosas e que, se existirem, serão muito poucas as instalações de<br />

apoio cujo abastecimento será feito por poço profundo, eventuais conflitos do<br />

empreendimento com pessoas residentes na AID, quanto ao uso das águas<br />

subterrâneas, só tem chance de ocorrerem nos locais onde forem construídos cortes<br />

2 Já previsto e complementado pelas Normas Ambientais da VALEC (NAVAs) n o 1 – Controle da<br />

poluição e da degradação ambiental na construção; e n o 19 – Drenagem Superficial e Controle de<br />

Erosões.<br />

46


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE<br />

GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

VOLUME 3<br />

que interfiram com a superfície do lençol freático. Destaca-se que esses locais<br />

deverão receber especial atenção quando da elaboração do Programa de<br />

Gerenciamento de Riscos de Acidentes com Cargas Perigosas e respectivo Plano<br />

de Ações Emergenciais (também já previsto na seção 8 desse volume).<br />

Extração de Materiais de Construção<br />

A VALEC, em obediência à legislação que a criou, está impedida de instalar<br />

e operar atividades de mineração, onde se incluem as pedreiras e os areais. Este<br />

fato transfere a decisão entre comprar ou produzir, e onde fazê-lo, para as<br />

empreiteiras que forem contratadas para cada lote de construção, as quais<br />

poderão agir segundo seus interesses particulares, e que só podem ser limitados<br />

pela VALEC no que diz respeito à origem dos materiais, que deve ser<br />

comprovadamente legal. Como conseqüência, a VALEC estabeleceu, em suas<br />

normas ambientais, que a aceitação dos fornecimentos de materiais de construção<br />

para a Ferrovia estará vinculada à apresentação prévia dos licenciamentos<br />

ambientais que autorizam a extração dos citados materiais.<br />

Mão de Obra e Transferência de Pessoal<br />

A contratação de pessoal está estimada em 650 empregos diretos e a<br />

geração de mais 1950 empregos indiretos na AII, para cada 100 km da ferrovia. Dos<br />

650 empregos diretos, praticamente a quarta parte (entre 150 e 160 pessoas)<br />

formam o contingente de mão de obra especializada que será transferida para<br />

cada lote de obras. Evidentemente, as construtoras de cada lote buscarão situar<br />

seus escritórios, oficinas, ambulatórios, etc., junto das maiores cidades existentes ao<br />

longo da ferrovia, o que faz prever que, por ser muito pequeno, o contingente<br />

transferido não causará maiores problemas nas cidades hospedeiras.<br />

Em outra vertente, a oferta instantânea de novos empregos poderá atrair<br />

novos contingentes populacionais para a AII no início das obras. Dentre as<br />

alterações possíveis de ocorrer no cotidiano das comunidades locais podem ser<br />

citados:<br />

• O aumento da ocorrência de doenças sexualmente transmissíveis;<br />

• O aumento da prática de prostituição; e<br />

• O aumento dos índices de violência.<br />

Essas alterações, caso se concretizem, não devem ser provenientes da<br />

circulação de pessoas ligadas diretamente às obras, mas sim daquelas que<br />

estariam prestando indiretamente algum tipo de serviço, ou daqueles atraídos à<br />

região na expectativa de conseguir emprego, uma vez que o regime de<br />

contratação define que o trabalhador fique restrito aos locais de trabalho e<br />

canteiros, e cumpra as determinações do Programa de Gerenciamento da Mão de<br />

Obra. Espera-se, ainda, que a atração de pessoal seja minimizada pela<br />

47


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE<br />

GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

VOLUME 3<br />

implementação do Programa de Comunicação Social, no qual deverá constar<br />

mecanismos de informação e esclarecimento quanto ao tipo, regime e<br />

temporalidade dos empregos gerados.<br />

A economia da região sofrerá um discreto incremento no curto prazo, uma<br />

vez que, além de gerar empregos, a implantação da obra aumentará a demanda<br />

e a oferta de serviços e produtos. Essas alterações nas comunidades terão durações<br />

limitadas à fase de implantação, visto que, no longo prazo, durante a operação da<br />

Ferrovia, não estão previstos atrativos que justifiquem um fluxo migratório para a<br />

área de influência. Nesse contexto, após a implantação, o atual ritmo de vida da<br />

população será retomado, incorporando gradativamente os benefícios<br />

econômicos que serão catalisados pela maior competitividade do setor produtivo<br />

regional.<br />

Vegetação e Plantios Compensatórios<br />

Com relação à vegetação, a alteração não se limitará ao curto prazo,<br />

devendo permanecer durante toda a vida útil da Ferrovia, visto que não será<br />

permitida a regeneração natural da vegetação na faixa que será ocupada pela<br />

plataforma, mas apenas uma regeneração parcial, com gramíneas e herbáceas<br />

rasteiras. Para compensar a perda da vegetação nessa faixa, a exemplo do que já<br />

ocorre em outros trechos da Ferrovia Norte-Sul, a VALEC implantará viveiros 3<br />

vinculados a cada um dos lotes de construção, onde devem ser multiplicados os<br />

exemplares da flora objeto do resgate 4 . Conforme está preconizado nas Normas<br />

Ambientais da VALEC, a produção de mudas nesses viveiros deverá ser em<br />

quantidade suficiente para cobrir o dobro das áreas objeto de remoção da<br />

vegetação para construção da ferrovia. Com este mesmo objetivo, de compensar<br />

o desmatamento efetuado e atendendo a Resolução CONAMA n o 369/2006, a<br />

VALEC, onde possível, deverá desapropriar e incorporar ao seu patrimônio as faixas<br />

de terra que se situarem entre o eixo ferroviário e cursos d’água que estiverem a<br />

menos de 350m de distância. Estas faixas – que adicionarão até 300m a mais na<br />

própria faixa domínio - deverão usar os cursos d’água como barreira natural de<br />

proteção das áreas incorporadas, facilitando para que se constituam em<br />

corredores locais de fauna.<br />

Entende-se que a implantação de tais faixas não é viável em todos os casos,<br />

e um exemplo são as áreas ocupadas por pequenas propriedades, que sofreriam<br />

restrições significativas na sua operação. Assim, a implantação dos corredores<br />

locais de fauna, dependerá de análises que só poderão ser feitas após a locação<br />

definitiva do eixo da ferrovia, o que ocorrerá como precedência aos trabalhos de<br />

construção.<br />

3 Subprograma de Reprodução e Multiplicação de Mudas em Viveiros<br />

4 Subprograma de Resgate da Flora<br />

48


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE<br />

GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

VOLUME 3<br />

Na seção 8 desse mesmo volume está inserido o quadro 8.1, que relaciona as<br />

áreas onde, possivelmente, poderão ser implantadas as faixas adicionais para<br />

constituírem corredores locais de fauna. Todas elas deverão ser analisadas na fase<br />

de implantação do empreendimento e justificados todos os casos de implantação<br />

e de não implantação.<br />

Com relação às áreas desmatadas para a construção de acessos e<br />

instalações de apoio, após o término das obras e da desmobilização da mão de<br />

obra, a VALEC providenciará as medidas previstas na Subprograma de Cobertura<br />

Vegetal para Recuperação de Áreas Degradadas, que fará parte do Plano<br />

Ambiental de Construção.<br />

A Fauna<br />

As atividades de caça não deverão sofrer acréscimo significativo durante as<br />

obras, já que a sua prática será proibida aos trabalhadores que estiverem direta ou<br />

indiretamente vinculados à Ferrovia, sendo também proibido o consumo de carne<br />

de caça nas instalações de apoio à construção.<br />

Os desmatamentos que serão efetuados contribuirão com o grau de<br />

ameaça e acentuarão a redução das já incipientes populações de plantas e<br />

animais que ainda subsistem na região. É inescapável que haja uma sinergia entre<br />

os impactos pré-existentes e aqueles a serem criados pela implementação do<br />

empreendimento. Desta forma, é possível inferir ainda que as alterações ambientais<br />

oriundas do processo de instalação e operação da Ferrovia Norte-Sul (e.g., perda<br />

de habitat por supressão vegetal) ao longo da AID poderão favorecer ainda mais<br />

as espécies animais generalistas e/ou típicas de áreas antropizadas.<br />

É importante lembrar que o quadro de intensa fragmentação do cerrado e<br />

das florestas (Mato Grosso de Goiás) antecede o empreendimento, e que o impacto<br />

direto a ser gerado pela obra é relativamente pequeno quando comparado com<br />

outras atividades produtivas em curso e que operam na região há várias décadas.<br />

Bens Culturais<br />

Dentre os bens culturais, o único em que se prevêem riscos de perdas é o<br />

patrimônio arqueológico. Como precaução, a VALEC implementará o Programa de<br />

Prospecção e Resgate Arqueológico, o qual possibilitará a identificação de novos<br />

sítios arqueológicos, caso existam na faixa de domínio, contribuindo assim para um<br />

acréscimo de conhecimento sobre o nosso patrimônio cultural e sua respectiva<br />

preservação.<br />

49


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE<br />

GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

7.1.2 – SITUAÇÃO SEM O EMPREENDIMENTO<br />

VOLUME 3<br />

O ritmo de ocupação da área de influência acelerou-se significativamente,<br />

por conta, sobretudo, da política de expansão da fronteira agrícola, ocorrida com<br />

o aproveitamento dos cerrados (até então tidos como inaproveitáveis) e a abertura<br />

de novas terras para exploração agrícola e pecuária havidas na segunda metade<br />

do século XX. Como resultado, esse processo de ocupação produziu um fluxo<br />

migratório expressivo e desordenado.<br />

A particularidade fundamental desse processo foi que a incorporação<br />

espacial se deu de forma associada a uma rápida modernização da agricultura,<br />

que esteve fundada em um modelo caracterizado pela prioridade dos cultivos<br />

comerciais, com intensa aplicação de insumos modernos e mecanização. De tal<br />

modo, a região se consolidou, primeiramente, como uma economia baseada na<br />

pecuária extensiva de corte e de leite, na produção intensiva de grãos,<br />

especialmente milho, soja e, mais recentemente, no cultivo da cana-de-açúcar e<br />

produção de álcool.<br />

Nos últimos anos, principalmente graças à proximidade com o mercado<br />

consumidor, desenvolvimento da tecnologia de produção e a concessão de<br />

incentivos fiscais pelos governos estaduais e Federal, o desenvolvimento dos<br />

municípios que integram a AII tem ocorrido com base em sua capacidade de<br />

agregação de valor aos produtos agropecuários, consolidando uma estrutura<br />

produtiva fundada num complexo agroindustrial moderno e integrado.<br />

Em síntese, a AII se caracteriza como uma das regiões mais desenvolvidas do<br />

Centro-Oeste brasileiro, pela sua enorme capacidade de produção agroindustrial<br />

com tecnologia de ponta, mostrando-se extremamente competitiva e eficiente no<br />

aproveitamento das potencialidades, sinergias, ganhos de escala e de escopo.<br />

Caso o empreendimento não seja realizado, o prognóstico é que este<br />

processo se mantenha em crescimento constante ao longo do tempo, porém sem<br />

auferir as vantagens que podem ser proporcionadas pelo transporte ferroviário, as<br />

quais podem ser medidas em termos de:<br />

• Redução dos custos de transportes,<br />

• Redução dos custos sociais e ambientais impostos pelos acidentes, e<br />

• Redução das emissões de gases do efeito estufa para a atmosfera.<br />

7.1.3 – ANÁLISE AMBIENTAL DAS ALTERNATIVAS LOCACIONAIS DO<br />

EMPREENDIMENTO<br />

Conforme a descrição efetuada na seção 3.1 do Volume 1 do presente EIA<br />

(Alternativas Locacionais), foram estudados dois traçados para a Extensão Sul da<br />

50


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE<br />

GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

VOLUME 3<br />

FNS: a Alternativa 1 (Ouro Verde de Goiás/GO – Estrela D’Oeste/SP) e a Alternativa 2<br />

(Ouro Verde de Goiás/GO – Aparecida do Taboado/MS).<br />

Conforme pode ser observado no Quadro 7.3 a seguir, a comparação dos<br />

parâmetros técnicos e econômicos, em especial a interceptação de reservatórios<br />

de UHEs, indicaram uma maior viabilidade da Alternativa I, em detrimento da<br />

Alternativa II.<br />

Muito embora a alternativa II tenha uma menor extensão, ela foi preterida<br />

devido à quantidade e complexidade das obras de arte especiais que seriam<br />

necessárias para as travessias dos sete reservatórios interceptados. Adicionalmente,<br />

a Alternativa I também implicará em menores áreas de supressão de matas ciliares<br />

em bom estado de conservação e de formações florestais, além de beneficiar<br />

diretamente mais estados e municípios e, portanto, mais pessoas.<br />

QUADRO 7.3 – PARÂMETROS DE COMPARAÇÃO DAS ALTERNATIVAS<br />

LOCACIONAIS<br />

PARÂMETROS ALTERNATIVA I ALTERNATIVA II<br />

Extensão da Ferrovia 665,8 km 649,0 km<br />

Supressão estimada de matas ciliares<br />

alteradas<br />

Supressão estimada de matas ciliares em<br />

bom estado de conservação<br />

302,7 ha 144,6 ha<br />

14,4 ha 61,6 ha<br />

Cursos d'água interceptados 260 268<br />

Reservatórios de UHEs interceptados 1 (Ilha Solteira)<br />

Supressão estimada de formações<br />

florestais<br />

7 (Pontal, Caçu, Barra<br />

dos Coqueiros,<br />

Itaguassu, Guariroba,<br />

Foz do Corrente e Ilha<br />

Solteira)<br />

111,8 ha 221,8 ha<br />

UCs interceptadas 1 (APA Serra da Jibóia) 0<br />

51


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE<br />

GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

PARÂMETROS ALTERNATIVA I ALTERNATIVA II<br />

Municípios interceptados<br />

Estimativa de reassentamentos<br />

40 (26 em GO, 5 em<br />

MG e 9 em SP)<br />

7 famílias (Santa<br />

Helena de Goiás / GO)<br />

VOLUME 3<br />

29 (27 em GO e 2 em<br />

MS)<br />

9 famílias (Caçu / GO)<br />

Tempo estimado de execução 2,5 anos 2,5 anos<br />

Custo estimado de execução 2,5 bi 3,1 bi<br />

7.1.4 – RISCOS DE ACIDENTES<br />

Considerando que as ferrovias operam em faixas de terreno que,<br />

normalmente, são isoladas, observa-se que fica muito reduzido o risco de<br />

envolvimento da população e de terceiros nos casos de acidentes e vazamentos<br />

de cargas. Admite-se, também, que reduzindo a interferência de terceiros, o<br />

número total de acidentes sempre diminui, conferindo maior segurança no<br />

transporte ferroviário frente a outros modos, especialmente frente ao modo<br />

rodoviário. Essa maior segurança também significa menos mortes e despesas com<br />

acidentados, menos avarias e derramamentos de cargas e, portanto, um menor<br />

risco para o meio ambiente. A Tabela 7.1 mostra a incidência relativa entre os 7.687<br />

acidentes atendidos pela CETESB de 1978 até março de 2009 – mais de 30 anos –<br />

que demonstra a segurança relativa das ferrovias perante outros modos de<br />

transporte.<br />

TABELA 7.1- INCIDÊNCIA DE ACIDENTES POR ATIVIDADE<br />

(7.687 OCORRÊNCIAS ATENDIDAS DE 1978 A MARÇO DE 2009 PELA CETESB)<br />

ATIVIDADE % DOS ACIDENTES<br />

Armazenamento<br />

2,5<br />

Descarte<br />

5,3<br />

Indústria<br />

7,1<br />

Mancha Órfã<br />

1,6<br />

Nada Constatado<br />

9,2<br />

52


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ATIVIDADE % DOS ACIDENTES<br />

Não Identificada<br />

5,1<br />

Outras<br />

11,4<br />

Postos e Sistemas Retalhistas de Combustíveis<br />

8,9<br />

Transporte Rodoviário<br />

40,4<br />

Transporte Aquaviário<br />

4,7<br />

Transporte Dutoviário<br />

2,6<br />

Transporte Ferroviário<br />

Fonte: CETESB<br />

1,1<br />

VOLUME 3<br />

A comparação feita na tabela 7.1, entretanto, não pondera frequências,<br />

nem intensidades, nem o trabalho realizado nas atividades. Ela apenas quantifica<br />

os acidentes. Assim, para que sejam comparadas, as incidências de acidentes<br />

devem ser convertidas numa mesma unidade de trabalho, o que é feito nesta<br />

avaliação de riscos.<br />

Parâmetro de comparação da ocorrência de acidentes<br />

A tentativa de comparar a ocorrência de acidentes nos transportes<br />

rodoviário e ferroviário exige que sejam selecionados parâmetros que possam,<br />

efetivamente, servir como elementos de comparação para a análise da questão.<br />

Inicialmente observa-se que os modos rodoviário e ferroviário apresentam<br />

grande diferença na dimensão do veículo de transporte. Cada caminhão chega a<br />

transportar 40 t, enquanto um único trem pode transportar mais de 10.000 t numa só<br />

viagem. Como a análise do risco nas modalidades de transporte deve ser feita com<br />

grandezas comparáveis, foi abandonada a possibilidade de usar o número<br />

absoluto de acidentes em cada modo. Nesse caso, ficou evidente que apenas a<br />

quantidade de carga transportada serviria como parâmetro comum a ambos os<br />

modos de transporte, resultando na possibilidade de utilização de dois índices:<br />

• TKU – toneladas x distância em km, úteis (ou em uso); ou<br />

• TU – toneladas úteis, sem referência às distâncias.<br />

O fator que melhor representa a produção de cada modal é a quantidade<br />

de toneladas x quilômetro, úteis (TKU). Ou seja, o somatório do produto das<br />

toneladas transportadas, multiplicadas pela distância de transporte (unidade de<br />

trabalho), sem considerar o peso de cada um dos veículos. Assim, o parâmetro de<br />

comparação ideal foi definido como sendo o número de acidentes por TKU.<br />

Definido o parâmetro, passou-se à fase de levantamento dos dados que<br />

possibilitariam a comparação, atividade que evidenciou diferenças importantes na<br />

precisão dos dados sobre cada modo de transporte.<br />

53


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE<br />

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VOLUME 3<br />

Verificou-se que os dados disponíveis para as ferrovias são bastante precisos,<br />

porque envolvem apenas onze grandes empresas, cujos respectivos contratos de<br />

concessão determinam que todos os acidentes sejam relatados ao poder<br />

concedente, ao mesmo tempo em que elas devem atender a legislação<br />

trabalhista, apoiando seus colaboradores durante todo o período necessário à sua<br />

recuperação.<br />

Por outro lado, os dados disponíveis para rodovias envolvem, apenas para o<br />

transporte de cargas, em torno de 160 mil empresas 5 e 817 mil caminhoneiros<br />

autônomos 6 . Fato que evidencia a grande dificuldade das autoridades<br />

competentes para o controle preciso do número de acidentes envolvendo essas<br />

empresas e caminhoneiros e, mais ainda, para o controle preciso das<br />

conseqüências desses acidentes.<br />

Dada a dificuldade apresentada no parágrafo anterior, o levantamento dos<br />

acidentes rodoviários foi realizado com base nos dados de três instituições: o<br />

DENATRAN, o Ministério da Saúde e a Seguradora Líder (gestora do Seguro<br />

Obrigatório DPVAT) e, mesmo assim, restaram dúvidas quanto à sua precisão,<br />

indicando uma importante subnotificação. Contudo, para fins do calculo do índice<br />

de acidentes, tal subnotificação deve estar compensada, ao menos parcialmente,<br />

pela possibilidade – bastante real – da produção do transporte rodoviário estar<br />

subestimada também.<br />

Com efeito, no Boletim Estatístico da CNT (março de 2009), consta que a<br />

Matriz do Transportes de Cargas em 2006 era a que está apresentada na Tabela 7.2.<br />

Observa-se, na tabela, que a produção do transporte ferroviário registrada pela<br />

CNT era estimada em apenas 164 bilhões de TKU, enquanto os relatórios das<br />

empresas ferroviárias já registravam 258 bilhões de TKU no ano seguinte, ou seja,<br />

quase 60% a mais. Como a participação dos modais no total transportado deve ter<br />

sido ligeiramente alterada em favor do modo ferroviário, pode-se inferir que as 485<br />

bilhões de TKU, indicadas como a produção do modo rodoviário, também estão<br />

subestimadas.<br />

TABELA 7.2 – MATRIZ DO TRANSPORTES DE CARGAS EM 2006<br />

MODAL TRANSPORTE (10 6 TKU) PARTICIPAÇÃO (%)<br />

Transporte Rodoviário 485.625 61,1<br />

5 Boletim Estatístico – CNT mar-2009<br />

6 idem<br />

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Transporte Ferroviário 164.809 20,7<br />

Transporte Aquaviário 108.000 13,6<br />

Transporte Dutoviário 33.300 4,2<br />

Transporte Aéreo 3.169 0,4<br />

Total Transporte de cargas em 2006 794.903 100,0<br />

Fonte: CNT<br />

Acidentes no transporte ferroviário<br />

VOLUME 3<br />

O transporte ferroviário de cargas, hoje quase totalmente conduzido pela<br />

iniciativa privada na forma de concessões, é objeto de controle da ANTT, que<br />

divulga os relatórios anuais das concessionárias em seu site www.antt.gov.br. Os<br />

contratos de concessão estabeleceram metas de produção e de redução de<br />

acidentes para as concecionárias, razão pela qual os dados de produção e de<br />

acidentes, dentre outros, são coletados e divulgados mensalmente.<br />

Assim, os dados acerca do transporte ferroviário de cargas foram obtidos nos<br />

relatórios das concessionárias disponíveis no site da ANTT, abrangendo o período de<br />

1999 até 2007, anos escolhidos para a análise comparativa com a alternativa<br />

rodoviária e para a comparação de cada modal isoladamente, em dois anos<br />

distintos. Os dados desses anos extremos estão apresentados na Tabela 7.3.<br />

Chama muito a atenção, na Tabela 7.3, a fortíssima redução do número de<br />

acidentes nos oito anos decorridos entre 1999 e 2007, algo da ordem de 73%,<br />

apesar da produção ter subido mais de 83% (de 140,9 x 10 9 TKU para 258,0 x 10 9 TKU).<br />

Esses números evidenciam que a privatização das concessões, iniciada 1996, exigiu<br />

das concessionárias fortes investimentos em treinamento de pessoal, modernização<br />

de equipamentos e melhoramento das linhas, pois trouxe no seu bojo a<br />

responsabilização das empresas e dos seus dirigentes quanto às consequências da<br />

operação.<br />

55


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TABELA 7.3 – DADOS DE PRODUÇÃO E ACIDENTES E INDICADORES DE Nº.<br />

DE ACIDENTES / PRODUÇÃO TRANSPORTE FERROVIÁRIO – 2007 E 1999.<br />

CONCECIONÁRIAS<br />

TKU<br />

(10 9 )<br />

2007 1999<br />

ACIDENTES<br />

ACID. / TKU<br />

(109) TKU<br />

(10 9 )<br />

ACIDENTES<br />

VOLUME 3<br />

ACID. / TKU<br />

(109) EFC -Estrada de Ferro Carajás 83,3 40 0,48 40,0 235 5,88<br />

EFVM - Estrada de Ferro Vitória-Minas 75,5 54 0,72 52,7 399 7,57<br />

ALL - América Latina Logística S.A. 17,0 145 8,53 9,6 495 51,56<br />

CFN - Companhia Ferroviária do Nordeste S.A. 1,9 193 101,58 0,9 879 976,67<br />

FCA - Ferrovia Centro-Atlântica S.A. 14,4 191 13,26 7,4 735 99,32<br />

FERROBAN - Ferrovias Bandeirantes S.A 1,9 139 73,16 6,0 568 94,67<br />

FERRO<strong>NORTE</strong> - Ferrovias Norte Brasil 9,4 67 7,13 0,1 4 40,00<br />

FERROPAR - Ferrovia Paraná S.A. 0,6 2 3,33 0,2 3 15,00<br />

FTC - Ferrovia Tereza Cristina S.A. 0,2 4 20,00 0,2 6 30,00<br />

MRS - Logística S.A. 52,6 100 1,90 22,2 367 16,53<br />

NOVOESTE - Ferrovia Novoeste S.A. 1,2 133 110,83 1,6 243 151,88<br />

TODAS 258,0 1.068 4,14 140,9 3.934 27,92<br />

Elaboração: OIKOS (2009). Fonte: ANTT, Relatórios Anuais das Concessionárias<br />

A redução evidencia também que, a Tabela 7.1, ao se referir ao período de<br />

quase 30 anos, não levou em conta a forte redução do número de acidentes<br />

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VOLUME 3<br />

ferroviários ocorrida no Brasil, podendo-se inferir que, hoje, os acidentes ferroviários<br />

representem bem menos do que aqueles 1,1% indicados na tabela supracitada.<br />

A Tabela 7.4, por sua vez, destaca que, de um total de 1068 acidentes, 295<br />

(27%) foram classificados como acidentes graves e em 191 (17%) deles houve<br />

vítima. Também destaca que 68 deles (6%) envolveram produtos perigosos, mas só 2<br />

(0,2%) acidentes afetaram o meio ambiente, sendo que nenhum deles atingiu as<br />

comunidades lindeiras. Os dados da Tabela 7.4 ratificam a redução de riscos<br />

representada pelo transporte em faixas de domínio isoladas do público.<br />

ACIDENTES GRAVES E DANOS<br />

TABELA 7.4 – GRAVIDADE DOS ACIDENTES E ALCANCE DOS DANOS<br />

ALL<br />

Ferropar<br />

FTC<br />

Ferroban<br />

CONCESSIONÁRIAS<br />

TOTAIS<br />

Total de acidentes 145 2 4 139 67 133 191 54 100 193 40 1068<br />

Acidentes graves 66 1 1 28 8 14 64 19 54 28 12 295<br />

Número com vítimas 47<br />

Número de mortes ou lesões graves 47<br />

Número com danos ao meio ambiente 0<br />

Número com danos à comunidade 0<br />

Número com produto perigoso 19<br />

Ferronorte<br />

Novoeste<br />

FCA<br />

EFVM<br />

MRS<br />

CFN<br />

EFC<br />

1 8 8 2 32 14 53 17 9 191<br />

1 8 8 2 27 14 52 16 9 184<br />

1 0 0 0 0 0 0 0 1 2<br />

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0<br />

0 9 0 12 27 1 0 0 0 68<br />

Elaboração: OIKOS (2009). Fonte: ANTT, Relatórios Anuais das Concessionárias<br />

Acidentes no transporte rodoviário<br />

O total de acidentes rodoviários com vítimas foi obtido no site do DENATRAN,<br />

que publica Anuários Estatísticos a partir dos Boletins de Ocorrência estabelecidos<br />

pela Polícia. O Ministério da Saúde, através do DATASUS, fornece estatísticas de<br />

óbitos e de internações decorrentes de acidentes de trânsito, a partir da<br />

documentação do Sistema Único de Saúde. A Seguradora Líder (gestora do seguro<br />

obrigatório), fornece estatísticas referentes às indenizações pagas por morte ou por<br />

invalidez. Os dados fornecidos por estas três fontes são diferentes, porém<br />

complementares.<br />

Em função das indenizações pagas no âmbito do seguro DPVAT até<br />

Dezembro 2007, pode se avaliar que o número de vítimas fatais de acidentes de<br />

trânsito passou de 46.000 em 2002 a 51.000 em 2005. Para a avaliação global do<br />

número de vítimas fatais, o DENATRAN recomenda adotar o dado do seguro DPVAT:<br />

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VOLUME 3<br />

51.000 mortos em 2005. A Figura 7.1 compara os dados do DENATRAN, do DATASUS<br />

e do SEGURO DPVAT.<br />

Os principais dados do anuário estatístico do DENATRAN – RENAEST (2006) são<br />

apresentados na Tabela 7.5. A Tabela 7.6 relaciona os acidentes ocorridos nas<br />

rodovias federais entre 2004 e 2006, identificando os tipos de veículos envolvidos<br />

nestes acidentes. A Tabela 7.7 mostra a tipologia dos veículos envolvidos nos<br />

acidentes graves em todos os tipos de vias de circulação rodoviária e, por fim, a<br />

Tabela 7.8 apresenta o cálculo dos índices de acidentes graves ocorridos com trens<br />

e com caminhões de carga no ano de 2006, em relação ao total transportado em<br />

cada modo.<br />

FIGURA 7.1 - GRÁFICO DE COMPARAÇÃO DOS DADOS DO DENATRAN, DO<br />

DATASUS E DO SEGURO DPVAT.<br />

Fonte: DENATRAN<br />

58


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TABELA 7.5 – ACIDENTES RODOVIÁRIOS COM VÍTIMAS7 8<br />

UF Total<br />

Urbana<br />

Área<br />

Rural<br />

Não<br />

Informado<br />

BRASIL 320.333 245.350 49.035 25.948<br />

Acre 1.912 1.909 3 0<br />

Alagoas 1.940 1.282 658 0<br />

Amazonas 4.338 3.638 700 0<br />

Bahia 10.668 8.867 1.795 6<br />

Ceará 8.819 7.249 652 918<br />

Distrito Federal 9.358 9.358 0 0<br />

Espírito Santo 11.369 7.454 1.949 1.966<br />

Goiás 7.990 5.086 2.904 0<br />

Maranhão 5.692 2.617 1.187 1.888<br />

Mato Grosso 1.545 951 203 391<br />

Mato Grosso do Sul 9.236 7.819 1.417 0<br />

Minas Gerais 19.638 18.257 1.364 17<br />

Pará 2.509 2.335 4 170<br />

Paraíba 2.915 2.308 607 0<br />

Paraná 38.919 29.499 7.112 2.308<br />

Pernambuco 3.734 3.009 670 55<br />

Piauí 2.861 2.279 582 0<br />

Rio de Janeiro 3.886 2.652 157 1.077<br />

Rio Grande do Norte 15.877 2.618 45 13.214<br />

Rio Grande do Sul 23.265 20.349 99 2.817<br />

Rondônia 4.929 3.339 599 991<br />

Roraima 1.900 1.733 167 0<br />

Santa Catarina 1.942 1.408 457 77<br />

São Paulo 120.564 95.532 25.032 0<br />

Sergipe 1.092 900 147 45<br />

Tocantins 3.435 2.902 525 8<br />

Fonte: DENATRAN – RENAEST (2006)<br />

7 Todos estes dados são incompletos, em decorrência do fato que vários órgãos de trânsito não<br />

fornecem a sua parte de estatísticas.<br />

VOLUME 3<br />

8 Os números de vítimas fatais constando nestas estatísticas correspondem aos falecimentos ocorridos<br />

no local dos acidentes.<br />

59


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TABELA 7.6 – ACIDENTES OCORRIDOS NAS RODOVIAS FEDERAIS - VEÍCULOS<br />

ENVOLVIDOS<br />

VOLUME 3<br />

CLASSE DO VEÍCULO 2004 2005 2006<br />

Passeio (Automóveis, Caminhonetas e Motocicletas.) 120.080 111.393 120.671<br />

Coletivo 8.005 7.960 7.968<br />

Cargas 50.498 46.871 46.511<br />

Outros(Bicicletas, Outros e Ignorados) 8.876 18.519 11.169<br />

Fonte:ANTT e DPRF/MJ.<br />

TOTAL 187.459 184.743 186.319<br />

TABELA 7.7 – VEÍCULOS ENVOLVIDOS EM ACIDENTES RODOVIÁRIOS – BRASIL<br />

UF Total<br />

Automóvel /<br />

Camioneta<br />

Ônibus/<br />

Microônibus<br />

Caminhão/<br />

Caminhonete<br />

Tipo de Veículo<br />

BRASIL 473.399 195.325 14.969 32.809 2.827 132.993 32.491 6.497 55.488<br />

Acre 3.380 950 64 424 1 1.444 463 7 27<br />

Alagoas 3.324 1.509 235 334 117 704 182 97 146<br />

Amazonas 6.399 1.970 307 279 21 2.225 780 83 734<br />

Bahia 16.140 6.978 1.014 1.410 135 4.575 645 205 1.178<br />

Ceará 14.596 5.141 647 1.448 4 5.149 1.105 274 828<br />

Distrito Federal 16.259 8.908 1.141 1.182 0 3.886 1.066 67 9<br />

Espírito Santo 18.374 7.889 749 1.638 72 5.263 1.786 780 197<br />

Goiás 10.400 4.211 304 2.249 0 2.734 691 207 4<br />

Maranhão 7.262 2.033 407 770 129 1.721 693 231 1.278<br />

Mato Grosso 1.674 503 55 268 11 610 44 25 158<br />

Mato Grosso<br />

do Sul 16.422 5.826 223 1.874 77 6.635 1.492 163 132<br />

Minas Gerais 31.635 15.345 1.867 1.096 64 10.695 2.046 204 318<br />

Pará 4.016 1.250 420 351 65 1.146 578 96 110<br />

Paraíba 4.619 1.846 161 374 4 1.545 217 169 303<br />

Paraná 66.049 30.051 1.678 3.707 778 20.137 3.844 1.741 4.113<br />

Pernambuco 6.144 2.630 293 428 22 2.168 301 116 186<br />

Piauí 4.920 1.940 208 358 3 1.839 308 31 233<br />

Rio de Janeiro 4.770 1.795 206 317 0 2.109 197 27 119<br />

Rio Grande do 22.147 2.458 301 164 0 1.288 208 41 17.687<br />

Reboque<br />

Motocicleta<br />

Bicicleta<br />

Outros<br />

Não Inform<br />

60


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE<br />

GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

VOLUME 3<br />

Norte<br />

Rio Grande do<br />

Sul 30.639 2.388 164 325 0 865 248 126 26.523<br />

Rondonia 8.956 3.060 128 485 108 3.798 1.013 99 265<br />

Roraima<br />

Santa<br />

3.447 1.209 43 108 4 1.637 345 24 77<br />

Catarina 3.006 1.246 63 86 225 1.174 149 24 39<br />

São Paulo 158.628 79.992 3.828 12.228 960 46.104 13.332 1.500 684<br />

Sergipe 4.526 2.347 376 513 16 955 176 76 67<br />

Tocantins<br />

Fontes: DETRANS.<br />

5.667 1.850 87 393 11 2.587 582 84 73<br />

TABELA 7.8 - DADOS DE PRODUÇÃO E ACIDENTES - INDICADORES DE Nº DE ACIDENTES<br />

/ PRODUÇÃO 9<br />

TRANSPORTE RODOVIÁRIO<br />

DADO/INDICADOR<br />

2006<br />

TRANSPORTE RODOVIÁRIO TKU (10 9 ) 485,6<br />

TOTAL DE ACIDENTES GRAVES EM RODOVIAS FEDERAIS 113.947<br />

IDEM, APENAS COM VEÍCULOS DE CARGA 46.511<br />

TOTAL DE ACIDENTES NO BRASIL 473.399<br />

IDEM, APENAS COM VEÍCULOS DE CARGA 32.809<br />

ACIDENTES RODOVIAS FEDERAIS / (10 9 )TKU 234,6<br />

ACIDENTES RODOVIAS FEDERAIS / (10 9 )TKU – APENAS VEÍCULOS DE CARGA 95,7<br />

TOTAL ACIDENTES / (10 9 )TKU 974,8<br />

TOTAL ACIDENTES / (10 9 )TKU – APENAS VEÍCULOS DE CARGA 67,5<br />

Elaboração: OIKOS (2009). Fontes: ANTT e DENATRAN<br />

9 Os índices de acidentes rodoviários foram calculados considerando-se a ton x km útil total. Portanto,<br />

ao se considerar apenas os acidentes em rodovias federais, o índice estará subestimado. Por outro<br />

lado, o total de acidentes que foi considerado leva em conta os acidentes urbanos sem contabilizar<br />

aqueles sem vítimas.<br />

61


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GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

Avaliação dos indicadores ferroviários<br />

VOLUME 3<br />

A análise dos índices de acidentes ferroviários calculados segundo a Tabela<br />

7.9 mostra uma grande dispersão entre os resultados obtidos pelas empresas,<br />

variando entre menos de 1 acidente por bilhão de TKU (como é o caso da EFC e da<br />

EFVM), até mais de 100, como é o caso da CFN.<br />

Na realidade esse indicador é um reflexo do estado de conservação das<br />

linhas, precário em boa parte da malha, em função da falta de manutenção<br />

imposta ao sistema ferroviário a partir da década de 1980, gerando grande número<br />

de descarrilhamentos, choques e vazamentos. Esses descarrilhamentos, choques e<br />

vazamentos atingiram proporções alarmantes em algumas malhas, como a do<br />

nordeste, que foi a mais abandonada devido sua menor importância em termos de<br />

volume de carga transportada, situação que se mantém até hoje.<br />

Entretanto, pode-se verificar que as linhas de melhor padrão de<br />

manutenção, principalmente os sistemas da VALE, constituídas pela EFC - Estrada<br />

de Ferro Carajás e EFVM – Estrada de Ferro Vitória-Minas, apresentam excelentes<br />

indicadores, compatíveis com as principais ferrovias mundiais. De todo modo,<br />

conforme pode ser constatado na Tabela 7.3, ao se comparar a situação em 2007<br />

com a situação em 1999, fica evidente que a tendência atual no conjunto da<br />

malha ferroviária brasileira é de redução do índice de acidentes.<br />

Avaliação dos indicadores rodoviários<br />

Primeiramente, é preciso registrar que os acidentes rodoviários também<br />

sofrem o impacto da falta de manutenção e de investimentos nas rodovias<br />

brasileiras, tendência acentuada nas últimas duas décadas, contribuindo com a<br />

produção de índices de acidentes muito acima da média mundial.<br />

Foram realizados quatro cálculos do indicador de acidentes / bilhão de TKU,<br />

sendo os dois primeiros realizados considerando o TKU total, ou seja, o transporte<br />

rodoviário geral no Brasil e não somente a malha rodoviária federal, por absoluta<br />

falta de dados sobre a alocação das cargas. Com isso, os valores dos índices<br />

obtidos são certamente subestimados. O segundo cálculo levou em conta o total<br />

de acidentes rodoviários obtido no DENATRAN, ressalvando-se que a informação<br />

não inclui as ocorrências que não geraram feridos (não gerar feridos constitui a<br />

maior parte das estatísticas dos acidentes ferroviários). Por outro lado, considera os<br />

acidentes urbanos envolvendo, em boa parte, veículos de passageiros, significando<br />

que o total real de acidentes rodoviários é maior do que o número apurado nas<br />

rodovias federais.<br />

Nos dois casos, calculou-se o índice de acidentes/bilhão de TKU levando em<br />

conta o numero total de acidentes e o número de acidentes envolvendo veículos<br />

de carga.<br />

62


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE<br />

GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

Comparação entre os modais<br />

VOLUME 3<br />

A comparação dos valores do indicador selecionado, representado pelo<br />

número de acidentes por bilhão de TKU transportados (ver Tabela 7.9), foi realizada<br />

considerando os dados de 2006 para o modo rodoviário e os dados de 2007 para o<br />

modo ferroviário, por serem esses dados os mais recentes publicados até agora<br />

sobre os dois assuntos.<br />

TABELA 7.9 – COMPARATIVO ENTRE OS MODAIS FERROVIÁRIO E RODOVIÁRIO DE<br />

CARGAS<br />

DADO/INDICADOR<br />

<strong>FERROVIA</strong>RIO RODOVIARIO<br />

2007 2006<br />

TKU x10 9 258,0 485,6<br />

TOTAL ACIDENTES/BILHÃO DE TKU 4,14 95,7<br />

ACIDENTES GRAVES/BILHÃO DE TKU 1,1 67,5<br />

MORTOS E LESÕES GRAVES/BILHÃO DE TKU 0,7 105<br />

Os resultados apresentados na Tabela 7.9 mostram uma marcante diferença<br />

entre os modais rodoviário e ferroviário, sendo o índice de acidentes do transporte<br />

rodoviário de cargas cerca de 23 vezes maior que o do transporte ferroviário.<br />

Analogamente, se considerados apenas os acidentes graves, o índice de acidentes<br />

do transporte rodoviário é mais de 60 vezes maior que o do transporte ferroviário. A<br />

ocorrência de mortes e lesões graves mostra uma diferença ainda mais alarmante:<br />

os acidentes no transporte rodoviário de cargas se apresentam 150 vezes mais letais<br />

que os acidentes no transporte ferroviário de cargas.<br />

Como conclusão, portanto, pode-se afirmar que a ferrovia representa<br />

inquestionável fator de aumento da segurança em todo o sistema de transportes,<br />

seja no que se refere aos acidentes com cargas, seja no que se refere aos<br />

acidentes envolvendo a população.<br />

Tal afirmação é ainda mais importante quando se tem em conta que as<br />

ferrovias que vem sendo construídas atualmente pela VALEC seguem normas e<br />

especificações técnicas modernas (dormentes de concreto, trilhos soldados em<br />

barras longas, isolamento de faixa de domínio, afastamento de núcleos urbanos,<br />

etc), o que permite prever que seus índices de acidentes serão muito inferiores às<br />

médias usadas para os cálculos comparativos apresentados, devendo apresentar<br />

63


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GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

VOLUME 3<br />

valores em torno daqueles que vem sendo obtidos pela EFC e pela EFVM, que não<br />

vão muito além de 1/10 das médias.<br />

Finalmente, tendo em conta que as cargas principais das ferrovias da VALEC<br />

serão grãos e minérios e, eventualmente, álcool (dependendo da evolução do uso<br />

do mesmo como combustível), pode-se afirmar que:<br />

o índice de acidentes será inferior a 0,5 por bilhão de TKU, desde que<br />

mantidas as condições técnicas estabelecidas na construção;<br />

estes acidentes provavelmente manterão suas características de não terem<br />

conseqüências sobre a população vizinha, nem sobre o meio ambiente.<br />

7.1.5 – EMISSÕES DE CARBONO<br />

O prognóstico da região com e sem o empreendimento mostra que sua<br />

evolução futura deverá ocorrer com o mesmo modo de uso dos recursos naturais,<br />

apenas acelerando a velocidade de apropriação caso a ferrovia seja implantada.<br />

Nesta perspectiva, é importante verificar a contribuição que se dará à economia<br />

de emissões dos gases do efeito estufa, caso seja substituído o previsível transporte<br />

rodoviário pelo ferroviário. A estimativa a seguir foi efetuada agregando as<br />

emissões como carbono emitido para a atmosfera, segundo o método “Botton-Up”.<br />

As estimativas de emissões de carbono por modo de transporte, em 2005,<br />

consideradas as fontes não renováveis e a biomassa, toma a forma da Tabela 7.10.<br />

Já a produção, em toneladas, transportadas nesse mesmo ano, está apresentada<br />

na Tabela 7.11.<br />

TABELA 7.10 - EMISSÕES DE CARBONO POR MODO DE TRANSPORTE /2005<br />

Modo Gg %<br />

Rodoviário 38.760 87,48<br />

Ferroviário 472 1,07<br />

Aéreo 2.097 4,73<br />

Hidroviário 971 2,19<br />

TOTAL 44.305 100,00<br />

Fonte: “O Balanço de Carbono” - Rev. Economia & Energia – N o 62, jun-jul 2007 (disponível<br />

em HTTP://ecen.com)<br />

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TABELA 7.11 - MOVIMENTAÇÃO TOTAL DE CARGAS EM 2005.<br />

Fonte: CNT (Boletim Estatístico edição 2006, disponível em www.cnt.org.br)<br />

VOLUME 3<br />

Para calcular o consumo unitário, dividiu-se as emissões (em Gg ou 1000t)<br />

pela produção em milhões de t, obtendo-se o resultado em toneladas de carbono<br />

emitidas por milhão de toneladas transportadas, conforme consta na Tabela 7.12.<br />

Finalmente, multiplicando os valores unitários pela produção esperada para a FNS<br />

no estudo de viabilidade, e considerando um congelamento das tecnologias<br />

utilizadas em 2005 até o ano de 2035, pode-se construir a Tabela 7.13, inserida<br />

adiante.<br />

TABELA 7.12 – EMISSÕES DE CARBONO POR MILHÃO DE TONELADAS ÚTEIS (TU)<br />

Modo Emissões (t) Produção (10 6 t) Emissão/Produção (10 3 t)<br />

Rodoviário 38.760 790,15 49,05<br />

Ferroviário 472 413,71 1,14<br />

Aéreo 2.097 1,36 1.541,91<br />

Hidroviário 971 459,30 2,11<br />

TOTAL/MÉDIA 42.300 1.664,52 25,41<br />

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VOLUME 3<br />

TABELA 7.13 - MOVIMENTAÇÃO TOTAL DE CARGAS NO EIXO DA FNS E EMISSÃO DE<br />

GASES DO EFEITO ESTUFA<br />

Total de cargas (milhões toneladas<br />

úteis anuais)<br />

Emissões de Carbono (tecnologia<br />

congelada)<br />

ANOS<br />

2013 2018 2025 2035<br />

7,07 12,90 18,30 21,20<br />

• por Ferrovia (10 3 t) 8,07 14,72 20,86 24,17<br />

• por Rodovia (10 3 t) 346,86 632,75 897,62 1.039,86<br />

Diferença (10 3 t) -338,79 -618,03 -876,75 -1015,69<br />

Como pode ser constatado, pode-se reduzir as emissões, anualmente, em<br />

mais de 97%, apenas com a troca do modo rodoviário pelo ferroviário, o que resulta<br />

na nada desprezível economia anual que supera 2.000t/ano logo nos primeiros anos<br />

de operação.<br />

Além de representar uma sensível economia nas emissões de gases do efeito<br />

estufa (quase 18 milhões de toneladas de carbono no período 2012 – 2035),<br />

considera-se que a recuperação das áreas relacionadas como compensação de<br />

APPs e de Reserva Legal junto com a ampliação de corredores locais de fauna são<br />

compensações suficientes para as emissões residuais calculadas.<br />

7.2 – IDENTIFICAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS<br />

7.2.1 – ASPECTOS METODOLÓGICOS<br />

Os impactos ambientais do empreendimento foram avaliados com base na<br />

sua classificação quanto ao Potencial de Impacto e Significância.<br />

O Potencial de Impacto foi determinado considerando a análise de cada<br />

impacto quanto a sua adversidade (positiva ou negativa); forma de ocorrência<br />

(direta ou indireta); duração (temporário ou permanente); reversibilidade (reversível<br />

ou irreversível); e abrangência (local ou regional). Assim, enquanto a adversidade<br />

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VOLUME 3<br />

apenas diferencia impactos positivos e negativos, pode-se afirmar que aqueles de<br />

ocorrência direta, com duração permanente, irreversíveis e de maior abrangência<br />

possuem maior potencial de impacto.<br />

A Significância foi determinada segundo a importância e a magnitude dos<br />

impactos, sendo que, quanto maior a importância do impacto, maior a sua<br />

Significância e, analogamente, quanto maior a magnitude do impacto, também<br />

maior é a sua significância (grandezas diretamente proporcionais).<br />

Uma representação esquemática desse modelo e o fluxo de interação entre<br />

as matrizes dele decorrentes podem ser visualizados nas figuras 7.2 e 7.3,<br />

respectivamente.<br />

A avaliação do potencial de impacto baseou-se na literatura especializada<br />

em impactos ambientais de projetos de infra-estrutura e na experiência e dados<br />

levantados em campo pela equipe da OIKOS.<br />

Por outro lado, os critérios para a avaliação de um potencial impacto<br />

ambiental segundo a sua importância e magnitude estão indicados nas Tabelas<br />

7.14 e 7.15, respectivamente. Vale registrar que importância caracteriza a relação<br />

entre o potencial impacto e o conjunto ambiental da área, enquanto magnitude<br />

caracteriza o grau de interferência do potencial impacto com um determinado<br />

fator ambiental.<br />

A aplicação do modelo resultou na elaboração, análise e interação das<br />

seguintes matrizes:<br />

Listagem dos impactos ambientais potenciais associados a implantação<br />

e operação do empreendimento (Tabela 7.16);<br />

Impactos ambientais significativos segundo as fases e atividades do<br />

empreendimento (Tabela 7.17); e<br />

Matriz de classificação dos impactos segundo seu Potencial e<br />

Significância (Tabela 7.18).<br />

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VOLUME 3<br />

FIGURA 7.2 – MODELO CONCEITUAL PARA A CLASSIFICAÇÃO DOS IMPACTOS<br />

AMBIENTAIS<br />

OCORRÊNCIA<br />

Direta ou Indireta<br />

DURAÇÃO OCORRÊNCIA DO EFEITO<br />

Direta Tmeporário ou Indireta ou Permanente<br />

REVERSIBILIDADE<br />

Reversível ou Irreversível<br />

IMPORTÂNCIA<br />

Caracteriza a relação entre o Impacto<br />

e o conjunto ambiental da área<br />

MAGNITUDE<br />

Caracteriza o grau de interferência<br />

com um determinado fator ambiental<br />

Fonte: Elaboração OIKOS, 2008<br />

FIGURA 7.3 – FLUXO DE INTERAÇÃO ENTRE AS MATRIZES DECORRENTES DO MODELO DE<br />

CLASSIFICAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS<br />

Fonte: elaboração OIKOS, 2008<br />

POTENCIAL DE<br />

IMPACTO<br />

ABRANGÊNCIA<br />

OCORRÊNCIA<br />

Direta Local, Regional ou Indireta ou Nacional CLASSIFICAÇÃO DO<br />

IMPACTO<br />

SIGNIFICÂNCIA<br />

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VOLUME 3<br />

TABELA 7.14 – CRITÉRIOS UTILIZADOS NA IDENTIFICAÇÃO DA IMPORTÂNCIA DOS<br />

IMPACTOS AMBIENTAIS<br />

BAIXA<br />

IMPORTÂNCIA<br />

MÉDIA<br />

IMPORTÂNCIA<br />

ALTA<br />

IMPORTÂNCIA<br />

BAIXA<br />

IMPORTÂNCIA<br />

MÉDIA<br />

IMPORTÂNCIA<br />

ALTA<br />

IMPORTÂNCIA<br />

BAIXA<br />

IMPORTÂNCIA<br />

IMPACTOS SOBRE O MEIO FÍSICO<br />

As induções de processos erosivos e/ou instabilidade não alteram a situação.<br />

Os recursos hídricos se encontram degradados.<br />

As alterações na qualidade do ar e da poluição sonora não alteram as<br />

condições pré-existentes.<br />

A indução de processos erosivos e de instabilidade de encostas é pontual, mas<br />

expressiva para a região.<br />

Os recursos hídricos já se encontram degradados, mas são importantes para a<br />

região.<br />

As mudanças nos parâmetros de qualidade das águas serão pequenas, mas<br />

significativas para a região.<br />

As alterações na qualidade do ar e da poluição sonora são pequenas, mas<br />

alteram as condições pré-existentes, trazendo incômodos para a população ou<br />

a fauna.<br />

A indução de processos erosivos e de instabilidade é significativa.<br />

Os recursos hídricos afetados são de grande importância e encontram-se em<br />

boas condições.<br />

A qualidade das águas possíveis de serem afetadas é boa.<br />

As alterações na qualidade do ar e da poluição sonora são grandes e alteram<br />

as condições pré-existentes.<br />

IMPACTOS SOBRE O MEIO BIÓTICO<br />

A fauna afetada não é endêmica, rara ou ameaçada de extinção.<br />

As formações florestais afetadas já se encontram degradadas<br />

As formações afetadas são matas secundárias.<br />

A fauna afetada é significativa, mas não envolve espécies endêmicas, raras ou<br />

ameaçadas de extinção.<br />

Os remanescentes florestais afetados não possuem expressão ecológica, mas<br />

representam parcela significativa dos recursos florestais.<br />

As formações florestais afetadas possuem qualidades ecológicas intrínsecas,<br />

mas as interferências são pontuais tornando-as pouco significativos para a<br />

região.<br />

A fauna afetada é endêmica, ou rara, ou ameaçada de extinção.<br />

Os remanescentes florestais afetados são habitats de elementos da fauna raros,<br />

endêmicos e/ou ameaçados de extinção.<br />

As formações florestais afetadas são importantes remanescentes para a região.<br />

IMPACTOS SOBRE O MEIO ANTRÓPICO<br />

Alterações na oferta de empregos são insignificantes.<br />

A pressão sobre a infra-estrutura já existente é insignificante.<br />

As interferências com as atividades agropecuárias são insignificantes para a<br />

região.<br />

As interferências no cotidiano da população são insignificantes para a região.<br />

MÉDIA A criação de empregos tem uma importância relativa para a região.<br />

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VOLUME 3<br />

IMPORTÂNCIA As interferências com as atividades agropecuárias são pontuais, mas<br />

significativas para a região.<br />

A pressão sobre a infra-estrutura existente é pequena, mas a região não tem<br />

possibilidade de atendê-la.<br />

A interferência no cotidiano da população é significativa, mas extremamente<br />

localizada.<br />

As interferências com as atividades econômicas têm uma importância relativa<br />

para a região.<br />

A capacidade de indução de processos migratórios é de pouca monta em<br />

relação à população presente.<br />

ALTA<br />

IMPORTÂNCIA<br />

FONTE: ELABORAÇÃO OIKOS, 2008<br />

BAIXA<br />

IMPORTÂNCIA<br />

MÉDIA<br />

IMPORTÂNCIA<br />

ALTA<br />

IMPORTÂNCIA<br />

BAIXA<br />

IMPORTÂNCIA<br />

MÉDIA<br />

IMPORTÂNCIA<br />

A criação de empregos é de grande significado.<br />

A interferência com os cultivos e/ou com a pecuária é significativa.<br />

A interferência no cotidiano da população representa uma mudança<br />

significativa.<br />

As atividades econômicas afetadas são de grande importância para a região.<br />

TABELA 7.15 – CRITÉRIOS UTILIZADOS NA IDENTIFICAÇÃO DA MAGNITUDE DOS<br />

IMPACTOS AMBIENTAIS<br />

IMPACTOS SOBRE O MEIO FÍSICO<br />

Moderada indução de processos erosivos e de instabilidade.<br />

Pequenas mudanças na morfologia dos rios.<br />

Pequenas mudanças na qualidade das águas.<br />

Pequenos efeitos sobre a qualidade do ar e a poluição sonora<br />

Média indução de processos erosivos e de instabilidade.<br />

Moderada mudança na morfologia dos rios.<br />

Moderada mudança nos parâmetros de qualidade das águas.<br />

Os efeitos sobre a qualidade do ar e a poluição sonora são médios.<br />

Indução muito forte de processos erosivos e de instabilidade.<br />

Forte mudança na morfologia dos rios.<br />

Grande mudança nos parâmetros de água.<br />

Os efeitos sobre a qualidade do ar e a poluição sonora são altos e afetam<br />

áreas ocupadas ou zonas de concentração de fauna.<br />

IMPACTOS SOBRE O MEIO BIÓTICO<br />

Alteração no habitat e comportamento de elementos da fauna que não<br />

implicam em redução significativa de efetivos populacionais.<br />

Desmatamento de áreas ocupadas por formações florestais secundárias.<br />

Redução significativa de espécies florestais e aumento da probabilidade de<br />

extinção local<br />

Possibilidade de dizimação de indivíduos da fauna, excluindo espécies raras ou<br />

ameaçadas de extinção.<br />

Desmatamento de áreas ocupadas por formações florestais secundárias e de<br />

áreas ocupadas por formações florestais em bom estado de conservação.<br />

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ALTA<br />

IMPORTÂNCIA<br />

BAIXA<br />

IMPORTÂNCIA<br />

MÉDIA<br />

IMPORTÂNCIA<br />

ALTA<br />

IMPORTÂNCIA<br />

FONTE: ELABORAÇÃO OIKOS, 2008<br />

VOLUME 3<br />

Alta probabilidade de extinção local de espécies florestais.<br />

Perda de indivíduos de espécies raras/endêmicas ou ameaçada de extinção.<br />

Perda de ecossistemas florestais, habitats de elementos da fauna rara,<br />

endêmica e/ou ameaçada de extinção.<br />

Desmatamento de áreas ocupadas por formações florestais em bom estado de<br />

conservação.<br />

IMPACTOS SOBRE O MEIO ANTRÓPICO<br />

Baixa oferta de empregos.<br />

Pequena pressão sobre a infra-estrutura existente.<br />

Interferência moderada nos cultivos agrícolas e atividades pecuárias.<br />

Pequena interferência no cotidiano da população.<br />

Baixa influência na indução de processos migratórios<br />

Média oferta de empregos.<br />

Média Interferência nas atividades pecuárias e agrícolas.<br />

Média pressão sobre a infra-estrutura existente.<br />

Média interferência no cotidiano da população.<br />

Média influência na indução de processos migratórios<br />

Criação de um grande número de empregos.<br />

Interferência muito forte nos cultivos agrícolas e nas atividades pecuárias<br />

Alta interferência no cotidiano da população.<br />

Alta influência na indução de processos migratórios<br />

Perda de Patrimônio Arqueológico eventualmente existente.<br />

7.2.2 - IMPACTOS AMBIENTAIS POTENCIAIS ASSOCIADOS A IMPLANTAÇÃO E<br />

OPERAÇÃO DO EMPREENDIMENTO<br />

Verificou-se que os componentes ambientais afetados estão concentrados<br />

na fase de implantação, e que os impactos ambientais potenciais são de<br />

ocorrência direta na fase de implantação e associados às obras de engenharia.<br />

No meio biótico deve ser destacado que o empreendimento atuará em<br />

sinergia com a já existente e disseminada fragmentação de habitats. Trata-se de<br />

uma região que se encontra sob pressão antrópica severa no qual apenas<br />

remanescentes muito pequenos e dissociados de vegetação nativa persistem. A<br />

fauna nativa dependente dessas formações originais encontra-se muito reduzida ou<br />

sofreu extinção local. Os poucos blocos florestais e de vegetação nativa aberta<br />

remanescentes e sua biota correspondente devem ser tratados com extremo<br />

cuidado.<br />

No levantamento efetuado para a elaboração do Estudo Ambiental<br />

constatou-se que a Ferrovia irá interceptar a APA Serra da Jibóia, em Palmeiras de<br />

Goiás/GO.<br />

71


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE<br />

GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

VOLUME 3<br />

No meio antrópico são previstos impactos positivos decorrentes das<br />

facilidades logísticas que a implantação da extensão ferroviária propiciará para o<br />

escoamento da produção.<br />

Não são conhecidos monumentos históricos e naturais na AID (passíveis de<br />

serem afetados pela implantação da Ferrovia). Os levantamentos efetuados para o<br />

reconhecimento local demonstraram a existência de numerosos e importantes sítios<br />

na AII, o que faz prever que, potencialmente, existirão sítios na faixa de construção<br />

da futura ferrovia, os quais merecerão levantamentos detalhados e, possivelmente,<br />

salvamentos.<br />

Para tanto, na fase de implantação do empreendimento, o detalhamento<br />

do Projeto de Engenharia deverá ser seguida imediatamente pela pesquisa<br />

arqueológica, seguindo as picadas abertas pelas equipes de topografia para a<br />

locação do eixo. A limpeza do terreno (desmatamentos e remoção do solo<br />

superficial), que precede as obras propriamente ditas, só poderá iniciar após a<br />

liberação de cada trecho estudado pela equipe responsável pela pesquisa e<br />

salvamento arqueológico, obedecendo ao Plano que for aprovado pelo IPHAN.<br />

Não foi possível encontrar as indicações e localizar as populações<br />

quilombolas objeto dos processos no INCRA, o que impediu a avaliação do<br />

impacto que o empreendimento poderá, ou não, exercer sobre eles. Registra-se,<br />

ainda, a inexistência de grupos ou Terras Indígenas na AII.<br />

A extensão sul da FNS tem interferências potenciais com quatro cidades<br />

goianas (Nova Veneza, Goianira, Santa Helena de Goiás e São Simão), e em<br />

apenas uma delas, Santa Helena de Goiás, poderão ser atingidas edificações.<br />

Mesmo assim, serão apenas sete, se o detalhamento do Projeto Básico confirmar a<br />

construção da estrada exatamente no mesmo local escolhido nesta fase do<br />

projeto.<br />

A listagem dos impactos ambientais potenciais, associados à implantação e<br />

operação do empreendimento, baseou-se na literatura especializada em impactos<br />

ambientais de projetos de infra-estrutura e na experiência e dados levantados em<br />

campo pela equipe da OIKOS. A Tabela 7.16 a seguir apresenta a referida listagem.<br />

Foram consideradas nove atividades centrais associadas à fase de<br />

Implantação da Ferrovia e duas associadas à fase de Operação:<br />

Implantação:<br />

• Operação de Máquinas e Equipamentos;<br />

• Terraplanagem, empréstimos e bota-foras;<br />

• Exploração de Materiais de Construção;<br />

• Cortes e Aterros, Drenagem e Obras de Arte;<br />

72


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE<br />

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Operação:<br />

• Abertura de Caminhos de Serviço;<br />

• Instalação e Operação de Alojamentos e Canteiros de Obras;<br />

• Desmatamento e Limpeza do Terreno;<br />

• Contratação de Mão de Obra;<br />

• Desapropriações.<br />

• Conservação e Restauração; e<br />

• Tráfego.<br />

VOLUME 3<br />

TABELA 7.16 – LISTAGEM DOS IMPACTOS AMBIENTAIS POTENCIAIS ASSOCIADOS<br />

A IMPLANTAÇÃO E OPERAÇÃO DO EMPREENDIMENTO<br />

I M P L A N T A Ç Ã O<br />

ATIVIDADE MEIO FÍSICO<br />

Contratação de<br />

Mão de Obra<br />

Instalação e<br />

Operação de<br />

Alojamentos e<br />

Canteiros de Obras<br />

Abertura de<br />

Caminhos de<br />

Serviço<br />

Desmatamento e<br />

Limpeza do Terreno<br />

Operação de<br />

Máquinas e<br />

Equipamentos<br />

Terraplanagem,<br />

empréstimos e<br />

bota-foras<br />

Não aplicável<br />

Contaminação dos solos e das águas superficiais e subterrâneas por esgotos, óleos, graxas<br />

e por acidentes envolvendo cargas perigosas<br />

Poluição aérea por particulados e gases<br />

Alagamentos e Represamentos<br />

Erosão, assoreamento, compactação dos solos, instabilidade estrutural (escorregamentos,<br />

deslizamentos)<br />

Poluição aérea por particulados e gases<br />

Contaminação dos solos e das águas superficiais e subterrâneas por esgotos, óleos, graxas<br />

e por acidentes envolvendo cargas perigosas<br />

Erosão, assoreamento, compactação dos solos, instabilidade estrutural (escorregamentos,<br />

deslizamentos)<br />

Poluição aérea por particulados e gases<br />

Alteração do nível de ruídos e vibrações<br />

Contaminação dos solos e das águas superficiais e subterrâneas por esgotos, óleos, graxas<br />

e por acidentes envolvendo cargas perigosas<br />

Erosão, assoreamento, compactação dos solos, instabilidade estrutural (escorregamentos,<br />

deslizamentos)<br />

Poluição aérea por particulados e gases<br />

Alteração do nível de ruídos e vibrações<br />

Contaminação dos solos e das águas superficiais e subterrâneas por esgotos, óleos, graxas<br />

e por acidentes envolvendo cargas perigosas<br />

Erosão, assoreamento, compactação dos solos, instabilidade estrutural (escorregamentos,<br />

deslizamentos)<br />

73


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE<br />

GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

Exploração de<br />

Materiais de<br />

Construção<br />

Cortes e Aterros,<br />

Drenagem e Obras<br />

de Arte<br />

Desapropriações Não aplicável<br />

Poluição aérea por particulados e gases<br />

VOLUME 3<br />

Alteração do nível de ruídos e vibrações<br />

Contaminação dos solos e das águas superficiais e subterrâneas por esgotos, óleos, graxas<br />

e por acidentes envolvendo cargas perigosas<br />

Degradação das áreas exploradas<br />

Erosão, assoreamento, compactação dos solos, instabilidade estrutural (escorregamentos,<br />

deslizamentos)<br />

Poluição aérea por particulados e gases<br />

Alagamentos e Represamentos nas áreas inundáveis e nos talvegues próximos a morros e<br />

escarpas<br />

Suspensão temporária de sedimentos nos cursos d’água atravessados<br />

Risco de rebaixamento do lençol freático<br />

Contaminação dos solos e das águas superficiais e subterrâneas por esgotos, óleos, graxas<br />

e por acidentes envolvendo cargas perigosas<br />

Erosão, assoreamento, compactação dos solos, instabilidade estrutural (escorregamentos,<br />

deslizamentos)<br />

ATIVIDADE MEIO BIÓTICO<br />

Contratação de<br />

Mão de Obra<br />

Instalação e<br />

Operação de<br />

Alojamentos e<br />

Canteiros de Obras<br />

Abertura de<br />

Caminhos de<br />

Serviço<br />

Desmatamento e<br />

Limpeza do Terreno<br />

Operação de<br />

Máquinas e<br />

Equipamentos<br />

Terraplanagem,<br />

empréstimos e<br />

bota-foras<br />

Exploração de<br />

Materiais de<br />

Construção<br />

Cortes e Aterros,<br />

Drenagem e Obras<br />

Risco de intensificação da caça<br />

Subtração da cobertura vegetal e espoliação da fauna nativa<br />

Redução de biodiversidade provocada por incêndios<br />

Subtração da cobertura vegetal e espoliação da fauna nativa<br />

Atropelamento de animais<br />

Colonização por espécies ruderais e introdução de espécies exóticas<br />

Criação do efeito barreira<br />

Subtração da cobertura vegetal e espoliação da fauna nativa<br />

Atropelamento de animais<br />

Colonização por espécies ruderais e introdução de espécies exóticas<br />

Redução de biodiversidade provocada por incêndios<br />

Subtração da cobertura vegetal e espoliação da fauna nativa<br />

Atropelamento de animais<br />

Colonização por espécies ruderais e introdução de espécies exóticas<br />

Subtração da cobertura vegetal e espoliação da fauna nativa<br />

Atropelamento de animais<br />

Colonização por espécies ruderais e introdução de espécies exóticas<br />

Subtração da cobertura vegetal e espoliação da fauna nativa<br />

Atropelamento de animais<br />

Colonização por espécies ruderais e introdução de espécies exóticas<br />

Subtração da cobertura vegetal e espoliação da fauna nativa<br />

Colonização por espécies ruderais e introdução de espécies exóticas<br />

Criação do efeito barreira<br />

74


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE<br />

GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

de Arte<br />

Desapropriações Não aplicável<br />

ATIVIDADE MEIO ANTRÓPICO<br />

Contratação de<br />

Mão de Obra<br />

Instalação e<br />

Operação de<br />

Alojamentos e<br />

Canteiros de Obras<br />

Abertura de<br />

Caminhos de<br />

Serviço<br />

Desmatamento e<br />

Limpeza do Terreno<br />

Operação de<br />

Máquinas e<br />

Equipamentos<br />

Terraplanagem,<br />

empréstimos e<br />

bota-foras<br />

Exploração de<br />

Materiais de<br />

Construção<br />

Cortes e Aterros,<br />

Drenagem e Obras<br />

de Arte<br />

Desapropriações<br />

Geração de empregos para a mão de obra local não especializada<br />

Aumento na demanda por moradias e serviços de saúde e educação<br />

Risco de perda de patrimônio arqueológico<br />

Risco de acidentes e à segurança das populações<br />

Redução da vida útil das áreas de disposição final do lixo<br />

Risco de perda de patrimônio arqueológico<br />

Risco de acidentes e à segurança das populações<br />

Risco de perda de patrimônio espeleológico<br />

Risco de perda de patrimônio arqueológico<br />

Risco de acidentes e à segurança das populações<br />

Risco de perda de patrimônio arqueológico<br />

Risco de acidentes e à segurança das populações<br />

Risco de perda de patrimônio espeleológico<br />

Risco de perda de patrimônio arqueológico<br />

Risco de acidentes e à segurança das populações<br />

Risco de perda de patrimônio espeleológico<br />

Risco de perda de patrimônio arqueológico<br />

Risco de acidentes e à segurança das populações<br />

Risco de perda de patrimônio espeleológico<br />

Risco de acidentes e à segurança das populações<br />

Risco de perda de patrimônio espeleológico<br />

VOLUME 3<br />

Alterações no uso do solo e deslocamento de contingentes populacionais<br />

seccionamento da propriedade rural e interferências em áreas especiais de acesso à<br />

terra<br />

O P E R A Ç Ã O<br />

ATIVIDADE MEIO FÍSICO<br />

Conservação e<br />

restauração<br />

Tráfego<br />

Não aplicável<br />

Contaminação dos solos e das águas superficiais e subterrâneas por esgotos, óleos, graxas<br />

e por acidentes envolvendo cargas perigosas<br />

Alteração dos níveis de ruídos e vibrações<br />

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ATIVIDADE MEIO BIÓTICO<br />

Conservação e<br />

restauração<br />

Tráfego<br />

Colonização por espécies ruderais e introdução de espécies exóticas<br />

Atropelamento de animais<br />

Intensificação do efeito barreira<br />

ATIVIDADE MEIO ANTRÓPICO<br />

Conservação e<br />

restauração<br />

Tráfego<br />

FONTE: Elaboração OIKOS (2008)<br />

Geração de emprego para mão de obra local especializada<br />

Risco de acidentes e à segurança das populações<br />

Alterações no uso do solo e deslocamento de contingentes populacionais<br />

Dinamização econômica<br />

Redução do emprego rodoviário<br />

Geração de emprego para mão de obra local especializada<br />

VOLUME 3<br />

7.2.3 – DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS SIGNIFICATIVOS:<br />

MEIO FÍSICO<br />

Os principais impactos que podem ocorrer no Meio Físico estão relacionados<br />

ao processo construtivo e à fase de implantação do empreendimento. Contudo,<br />

estes impactos associados à construção e à conservação são elimináveis ou<br />

mitigáveis, especialmente por meio de processos licitatórios elaborados com base<br />

em especificações redigidas com clareza e fiscalização exercida com rigidez.<br />

O conjunto de atividades construtivas pode ameaçar vários componentes<br />

ambientais se realizadas de forma descuidada. São exemplos, entre outros, os rios e<br />

córregos que podem ser danificados por assoreamentos e contaminações.<br />

Os desmatamentos devem ser amplos o suficiente para garantir a insolação<br />

da obra e restrito, ao mesmo tempo, às necessidades mínimas exigidas para as<br />

operações de construção evitando a exposição dos solos e dos taludes naturais à<br />

erosão, que podem evoluir facilmente para a formação de extensas voçorocas.<br />

A exploração de materiais de construção tem causado perdas ambientais<br />

consideráveis, tanto por sua condição predatória, como pelo desperdício e, ainda,<br />

pela recorrente falta de recuperação da área das escavações. Estas atividades<br />

costumam exigir o desmatamento e a remoção do solo orgânico de extensas<br />

áreas, tornando-as inaptas a muitos outros usos, quando não se tomam medidas<br />

visando sua recuperação.<br />

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A – SOLOS<br />

A.1– DEGRADAÇÃO DAS ÁREAS EXPLORADAS<br />

Atividades relacionadas:<br />

▪ Exploração de materiais de construção.<br />

Descrição:<br />

VOLUME 3<br />

A exploração de materiais de construção tem causado perdas ambientais<br />

consideráveis, tanto por sua condição predatória, como pelo desperdício e, ainda,<br />

pela recorrente falta de recuperação das áreas das escavações. Estas atividades<br />

costumam exigir o desmatamento e a remoção do solo orgânico de extensas<br />

áreas, tornando-as inaptas a qualquer uso, quando não se tomam medidas visando<br />

sua recuperação. As cavas resultantes tornam-se lagos que, se não drenados, têm<br />

as mesmas conseqüências daqueles criados pelas caixas de empréstimos.<br />

Classificação:<br />

▪ Negativo;<br />

▪ Direto;<br />

▪ Temporário;<br />

▪ Reversível;<br />

▪ Local;<br />

▪ Baixa significância.<br />

Ocorrência por Fase da Obra:<br />

▪ Implantação.<br />

Medidas Mitigadoras:<br />

▪ Implantação criteriosa do Plano Ambiental de Construção, com<br />

destaque dos Programas:<br />

o Programa de Controle da Poluição e da Degradação<br />

Ambiental na Construção;<br />

o Programa de Proteção da Flora; e<br />

o Programa de Proteção Contra Erosão.<br />

77


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VOLUME 3<br />

A.2 – EROSÃO, ASSOREAMENTO, COMPACTAÇÃO DOS SOLOS, INSTABILIDADE<br />

ESTRUTURAL (ESCORREGAMENTOS, DESLIZAMENTOS)<br />

Atividades relacionadas:<br />

▪ Operação de máquinas e equipamentos;<br />

▪ Terraplenagem, empréstimos e bota-foras;<br />

▪ Instalação e operação de alojamentos e canteiros de obras;<br />

▪ Desmatamento e limpeza do terreno;<br />

▪ Cortes e aterros, drenagem e obras de artes;<br />

▪ Exploração de materiais de construção;<br />

▪ Abertura de caminhos de serviço.<br />

Descrição:<br />

Diversas atividades realizadas no processo de obras em ferrovias, envolvendo<br />

as áreas de apoio como os canteiros de obras, exploração de áreas de empréstimo<br />

para a obtenção de materiais de construção, bota-foras, terraplanagem e<br />

movimentação de solos e rochas, resultam na degradação do ambiente. Tais<br />

atividades favorecem os processos erosivos laminares e lineares, e em<br />

conseqüência contribuem para o assoreamento dos canais de drenagem e<br />

degradação dos terrenos, às vezes gerando locais propícios à proliferação de<br />

vetores biológicos.<br />

Classificação:<br />

▪ Negativo;<br />

▪ Direto e indireto;<br />

▪ Temporário;<br />

▪ Reversível;<br />

▪ Local e regional;<br />

▪ Média significância.<br />

Ocorrência por Fase da Obra:<br />

▪ Implantação.<br />

Medidas Mitigadoras:<br />

▪ Implantação criteriosa do Plano Ambiental de Construção e,<br />

especialmente:<br />

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B - ÁGUA<br />

VOLUME 3<br />

o Programa de Controle da Poluição e da Degradação<br />

Ambiental na Construção;<br />

o Programa de Redução de Impactos na Instalação e Operação<br />

de Acampamentos e de Canteiros de Serviços;<br />

o Programa de Proteção Contra Erosão;<br />

o Programa de Proteção da Flora; e<br />

o Programa de Proteção da Fauna.<br />

B.1 – ALAGAMENTOS, REPRESAMENTOS E EVENTUAIS REBAIXAMENTOS DO LENÇOL<br />

FREÁTICO<br />

Atividades relacionadas:<br />

▪ Cortes e aterros, drenagem e obras de arte;<br />

▪ Abertura de caminhos de serviço.<br />

Descrição:<br />

A modificação da drenagem natural para a instalação de cortes e aterros<br />

deve ser tratada com atenção. A alteração efetuada com cuidados insuficientes<br />

ou inadequados pode gerar erosões, assoreamentos, alagamentos e eventuais<br />

rebaixamentos do lençol freático. As erosões e os assoreamentos são fenômenos<br />

associados e, como conseqüência, o controle dos processos erosivos normalmente<br />

interrompe os processos de assoreamento, embora não recupere as áreas já<br />

atingidas. Eventuais interferências com o lençol freático só ocorrerão nos locais<br />

onde forem executados cortes mais profundos em coincidência com lençol freático<br />

pouco profundo.<br />

Os alagamentos são causados:<br />

▪ Pela implantação de bueiros (tubulares e celulares) com cotas de<br />

montante superiores às do fundo dos talvegues que devem dar<br />

continuidade;<br />

▪ Pela implantação de bueiros (tubulares e celulares) que permitem<br />

vazão inferior às necessidades das bacias que devem escoar, seja<br />

pelo seu pequeno número, seja por terem seção de vazão insuficiente;<br />

▪ Pela inexistência ou pela insuficiência dos dispositivos que deveriam<br />

conduzir as águas até os pontos de escoamento seguro.<br />

79


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GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

Classificação:<br />

▪ Negativo;<br />

▪ Direto;<br />

▪ Temporário;<br />

▪ Reversível;<br />

▪ Local;<br />

▪ Média significância.<br />

Ocorrência por Fase da Obra:<br />

▪ Implantação.<br />

Medidas Mitigadoras:<br />

VOLUME 3<br />

▪ Ataque cauteloso das obras de arte corrente e dos cortes nos locais<br />

com ocorrência de lençol freático pouco profundo.<br />

▪ Implantação criteriosa do Programa de Proteção Contra Erosão<br />

B.2 – CONTAMINAÇÃO DOS SOLOS E DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS E SUBTERRÂNEAS POR<br />

ESGOTOS, ÓLEOS, GRAXAS E POR ACIDENTES ENVOLVENDO CARGAS PERIGOSAS<br />

Atividades relacionadas:<br />

▪ Operação de máquinas e equipamentos;<br />

▪ Terraplenagem, empréstimos e bota-foras;<br />

▪ Instalação e operação de alojamentos e canteiros de obras;<br />

▪ Desmatamento e limpeza do terreno;<br />

▪ Cortes e aterros, drenagem e obras de artes;<br />

▪ Exploração de materiais de construção;<br />

▪ Tráfego.<br />

Descrição:<br />

Na implantação, a contaminação do solo, dos mananciais e dos aqüíferos só<br />

poderá ocorrer em função das instalações industriais que serão implantadas. Na<br />

operação, as possibilidades de contaminação só poderão ocorrer em função de<br />

acidentes envolvendo cargas perigosas.<br />

Classificação:<br />

▪ Negativo;<br />

80


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GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

C - AR<br />

▪ Direto e indireto;<br />

▪ Temporário;<br />

▪ Reversível;<br />

▪ Local;<br />

▪ Média significância.<br />

Ocorrência por Fase da Obra:<br />

▪ Implantação;<br />

▪ Operação.<br />

Medidas Mitigadoras:<br />

VOLUME 3<br />

▪ Implantação criteriosa do Plano Ambiental de Construção, e em<br />

especial:<br />

o Programa de Controle da Poluição e da Degradação<br />

Ambiental na Construção;<br />

o Programa de Redução de Impactos na Instalação e Operação<br />

de Acampamentos e de Canteiros de Serviços;<br />

o Programa de Gerenciamento da Mão-de-Obra;<br />

o Programa de Gerenciamento de Riscos Ambientais e Plano de<br />

Ações Emergenciais;<br />

o Programa de Educação Ambiental.<br />

C.1 – ALTERAÇÃO DOS NÍVEIS DE RUÍDOS E VIBRAÇÕES<br />

Atividades relacionadas:<br />

▪ Operação de máquinas e equipamentos;<br />

▪ Terraplenagem, empréstimos e bota-foras;<br />

▪ Exploração de materiais de construção;<br />

▪ Tráfego.<br />

Descrição:<br />

Durante a fase de implantação do Empreendimento, o trânsito de<br />

equipamentos pesados e as operações construtivas deverão aumentar o nível de<br />

81


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GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

VOLUME 3<br />

ruído observado no entorno da Ferrovia. Como grande parte do Traçado atravessa<br />

áreas rurais, o impacto é de baixa significância para as populações humanas. Em<br />

áreas florestadas pode ocorrer o afastamento de comunidades animais, porém este<br />

fato ainda não foi criteriosamente observado, sendo, portanto de baixa<br />

significância.<br />

Na operação da ferrovia prevê-se que a superestrutura seja montada usando<br />

trilhos soldados em barras longas (256m cada), fator que reduz significativamente as<br />

vibrações geradas na passagem dos truques ferroviários pelas juntas dos trilhos (nas<br />

ferrovias antigas, não soldadas, as barras tinham – e ainda tem nas estradas que<br />

ainda não foram modernizadas – apenas 12m). Nesta medida, as emissões de ruídos<br />

pelos vagões e sistemas de engate ficam extremamente reduzidas. O ruído residual<br />

emitido durante o percurso dos trens, com as barras longas, é praticamente<br />

desprezível tanto em termos de intensidade como em termos de duração, haja vista<br />

a velocidade de 80km/h das composições, permitindo que o trem passe por um<br />

ponto qualquer da Ferrovia em apenas 81 segundos.<br />

Quanto aos ruídos dos motores, os manuais das locomotivas indicam que,<br />

com a manutenção adequada, a intensidade raramente ultrapassará 60 dB(A),<br />

próximo da saída do sistema de descarga dos motores das locomotivas diesel, com<br />

duração inferior a 2min, tempo de passagem dos trens a cada duas horas, com<br />

velocidade média de 60km/h.<br />

Classificação:<br />

▪ Negativo;<br />

▪ Direto;<br />

▪ Temporário;<br />

▪ Reversível;<br />

▪ Local;<br />

▪ Baixa significância.<br />

Ocorrência por Fase da Obra:<br />

▪ Implantação;<br />

▪ Operação.<br />

Medidas Mitigadoras:<br />

▪ Implementação criteriosa do Plano Ambiental de Construção<br />

82


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GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

C.2 – POLUIÇÃO AÉREA POR PARTICULADOS E GASES<br />

Atividades relacionadas:<br />

▪ Operação de máquinas e equipamentos;<br />

▪ Terraplenagem, empréstimos e bota-foras;<br />

▪ Instalação e operação de alojamentos e canteiros de obras;<br />

▪ Desmatamento e limpeza do terreno;<br />

▪ Exploração de materiais de construção;<br />

▪ Abertura de caminhos de serviço.<br />

Descrição:<br />

VOLUME 3<br />

Durante a fase de implantação do Empreendimento, o trânsito de<br />

equipamentos e as movimentações de terra deverão aumentar a emissão de<br />

partículas (poeira) no ar.<br />

Classificação:<br />

▪ Negativo;<br />

▪ Direto;<br />

▪ Temporário;<br />

▪ Reversível;<br />

▪ Local;<br />

▪ Baixa significância.<br />

Ocorrência por Fase da Obra:<br />

▪ Implantação.<br />

Medidas Mitigadoras:<br />

▪ Implantação criteriosa do Plano Ambiental de Construção e,<br />

especialmente, dos seguintes programas:<br />

o Programa de Controle da Poluição e da Degradação<br />

Ambiental na Construção; e<br />

o Programa de Redução dos Impactos na Instalação e Operação<br />

de Acampamentos e Canteiros de Serviços.<br />

83


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VOLUME 3<br />

7.2.4 – DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS SIGNIFICATIVOS:<br />

MEIO BIÓTICO<br />

Os impactos sobre o meio biótico são negativos e iniciam-se com o corte da<br />

vegetação para a implantação do empreendimento. A presença física da linha<br />

férrea irá se constituir em uma barreira para a fauna. Nesse contexto, deverão ser<br />

implantadas medidas de proteção durante a construção e visando a operação da<br />

ferrovia como: construção de passagens de animais, implantação de bloqueio nos<br />

trechos em que a ferrovia corta os remanescentes florestais; estudo da redução do<br />

desmatamento nestes trechos; adaptação do sistema de drenagem para<br />

incorporar características que permitam o fluxo de animais e recomposição da<br />

vegetação (quando for o caso) na faixa de domínio com espécies nativas.<br />

D– FLORA E FAUNA/PERDA DE POPULAÇÕES<br />

D.1 – SUBTRAÇÃO DA COBERTURA VEGETAL E ESPOLIAÇÃO DA FAUNA NATIVA<br />

Atividades relacionadas:<br />

▪ Operação de máquinas e equipamentos;<br />

▪ Terraplenagem, empréstimos e bota-foras;<br />

▪ Instalação e operação de alojamentos e canteiros de obras;<br />

▪ Desmatamento e limpeza do terreno;<br />

▪ Cortes e aterros, drenagem e obras de artes;<br />

▪ Exploração de materiais de construção;<br />

▪ Abertura de caminhos de serviço.<br />

Descrição:<br />

O principal impacto causado sobre a flora pela implantação da Ferrovia é a<br />

supressão de vegetação, como primeiro passo para o início das obras de<br />

terraplanagem e demais obras de engenharia civil dentro da faixa de domínio, que<br />

deverá atingir, em média, 80 m de largura.<br />

A diretriz atravessa diversos pequenos e médios fragmentos de cerrado,<br />

floresta estacional, áreas de contato cerrado / floresta estacional e matas ripárias<br />

(APPs). A supressão ou descaracterização dessa vegetação pode alterar a<br />

dinâmica das comunidades animais ali existentes, restringindo ou, muitas vezes,<br />

inviabilizando sua permanência nas paisagens alteradas.<br />

84


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GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

VOLUME 3<br />

Esse é um problema de perda irreversível de biodiversidade, porém de<br />

abrangência localizada, limitada ao fragmento afetado e, na grande maioria das<br />

vezes, não traz ameaça grave ao restante dos fragmentos da mesma formação,<br />

localizados fora da Área Diretamente Afetada (ADA).<br />

Classificação:<br />

▪ Negativo;<br />

▪ Direto;<br />

▪ Permanente;<br />

▪ Reversível;<br />

▪ Regional;<br />

▪ Alta significância.<br />

Ocorrência por Fase da Obra:<br />

▪ Implantação.<br />

Medidas Mitigadoras:<br />

▪ Implantação criteriosa dos programas de Proteção da Flora e da<br />

Fauna, e em especial dos seguintes subprogramas:<br />

o Subprograma de Resgate da Flora;<br />

o Subprograma de Reprodução e Multiplicação de Mudas em<br />

Viveiros;<br />

o Subprograma de Proteção Vegetal para Recuperação de<br />

Áreas Degradadas;<br />

o Subprograma de Plantios Compensatórios; e<br />

o Subprograma de Instalação de Passagens Inferiores de Fauna.<br />

▪ Implantação criteriosa das seguintes medidas:<br />

o Programa de Redução de Impactos na Instalação e Operação<br />

de Acampamentos e de Canteiros de Serviços;<br />

o Programa de Educação Ambiental;<br />

o Subprograma de Prevenção Contra Queimadas; e<br />

o Programa de Gerenciamento da Mão-de-Obra.<br />

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VOLUME 3<br />

D.2 – COLONIZAÇÃO POR ESPÉCIES RUDERAIS E INTRODUÇÃO DE ESPÉCIES EXÓTICAS<br />

Atividades relacionadas:<br />

▪ Operação de máquinas e equipamentos;<br />

▪ Terraplenagem, empréstimos e bota-foras;<br />

▪ Desmatamento e limpeza do terreno;<br />

▪ Cortes e aterros, drenagem e obras de artes;<br />

▪ Exploração de materiais de construção;<br />

▪ Abertura de caminhos de serviço;<br />

▪ Conservação e Restauração.<br />

Descrição:<br />

Um conjunto de espécies vegetais é beneficiado diretamente pelas<br />

atividades humanas, sobretudo aquele conjunto relacionado com a remoção ou<br />

descaracterização da cobertura vegetal nativa. As plantas ruderais são aquelas<br />

que se espalham por solos devassados, cercanias de construções e terrenos baldios.<br />

Tais espécies, geralmente ervas daninhas ou plantas exóticas – têm grande poder<br />

de ocupação e dispersão e impedem a recomposição natural da vegetação. Essa<br />

capacidade de ocupação e competição está relacionada com altas taxas de<br />

reprodução, rapidez de crescimento, eficientes mecanismos de polinização e baixa<br />

exigência de qualidade do solo.<br />

Classificação:<br />

▪ Negativo;<br />

▪ Direto e indireto;<br />

▪ Permanente;<br />

▪ Reversível;<br />

▪ Local e regional;<br />

▪ Média significância.<br />

Ocorrência por Fase da Obra:<br />

▪ Implantação;<br />

▪ Operação.<br />

Medidas Mitigadoras:<br />

▪ Implantação criteriosa dos programas de Proteção da Flora e da<br />

Fauna, e em especial dos seguintes subprogramas:<br />

86


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE<br />

GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

o Subprograma de Resgate da Flora;<br />

VOLUME 3<br />

o Subprograma de Reprodução e Multiplicação de Mudas em<br />

Viveiros;<br />

o Subprograma de Proteção Vegetal para Recuperação de<br />

Áreas Degradadas; e<br />

o Subprograma de Plantios Compensatórios.<br />

▪ Implantação criteriosa das seguintes medidas:<br />

o Programa de Redução de Impactos na Instalação e Operação<br />

de Acampamentos e de Canteiros de Serviços;<br />

o Programa de Educação Ambiental;<br />

o Subprograma de Prevenção Contra Queimadas; e<br />

o Programa de Gerenciamento da Mão-de-Obra.<br />

D.3 – ATROPELAMENTO DE ANIMAIS<br />

Atividades relacionadas:<br />

▪ Operação de máquinas e equipamentos;<br />

▪ Terraplenagem, empréstimos e bota-foras;<br />

▪ Desmatamento e limpeza do terreno;<br />

▪ Exploração de materiais de construção;<br />

▪ Abertura de caminhos de serviço;<br />

▪ Tráfego.<br />

Descrição:<br />

Na implantação, atropelamentos podem ter um impacto extremamente<br />

negativo sobre algumas populações animais. Esses atropelamentos são causados,<br />

predominantemente, pelo excesso de velocidade nos acessos e caminhos de<br />

serviço, aliado ao vandalismo.<br />

Na operação, devido à baixa freqüência de trânsito de trens e a velocidade<br />

dos mesmos, os atropelamentos não devem constituir um impacto severo sobre<br />

espécies animais, embora contribua para a perda de mais alguns indivíduos, esses<br />

já expostos a diversos outros problemas.<br />

87


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE<br />

GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

Classificação:<br />

▪ Negativo;<br />

▪ Direto;<br />

▪ Temporário e permanente;<br />

▪ Irreversível;<br />

▪ Local;<br />

▪ Média significância.<br />

Ocorrência por Fase da Obra:<br />

▪ Implantação;<br />

▪ Operação.<br />

Medidas Mitigadoras:<br />

VOLUME 3<br />

▪ Implantação criteriosa dos Programas de Proteção da Flora e da<br />

Fauna que prevêem, entre outras medidas, a construção de<br />

passagens de fauna nos fragmentos florestais interceptados.<br />

D.4 – REDUÇÃO DE BIODIVERSIDADE PROVOCADA POR INCÊNDIOS<br />

Atividades relacionadas:<br />

▪ Instalação e operação de alojamentos e canteiros de obras;<br />

▪ Desmobilização dos canteiros de obras;<br />

▪ Desmatamento e limpeza do terreno;<br />

Descrição:<br />

Não se prevê qualquer incremento na freqüência e intensidade das<br />

queimadas que costumam assolar a região durante a época menos chuvosa, já<br />

que a ferrovia não trará aumento da ocupação humana nas regiões atravessadas.<br />

Os incêndios, entretanto, podem ser deflagrados acidentalmente durante a<br />

remoção da vegetação na faixa de domínio, fato que deve ser rigorosamente<br />

evitado pelas construtoras e supervisoras da Ferrovia.<br />

Classificação:<br />

▪ Negativo;<br />

▪ Direto e indireto;<br />

▪ Temporário;<br />

▪ Reversível;<br />

88


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE<br />

GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

▪ Local;<br />

▪ Baixa significância.<br />

Ocorrência por Fase da Obra:<br />

▪ Implantação.<br />

Medidas Mitigadoras:<br />

VOLUME 3<br />

▪ Implantação criteriosa do Subprograma de Prevenção Contra<br />

Queimadas; e<br />

▪ Implantação criteriosa do Programa de Educação Ambiental<br />

FLORA E FAUNA/INTERRUPÇÃO DE PROCESSOS ECOLÓGICOS<br />

D.5 – CRIAÇÃO DO EFEITO BARREIRA<br />

Atividades relacionadas:<br />

▪ Instalação e operação de alojamentos e canteiros de obras;<br />

▪ Desmatamento e limpeza do terreno;<br />

▪ Cortes e aterros, drenagem e obras de artes;<br />

▪ Abertura de caminhos de serviço;<br />

▪ Tráfego.<br />

Descrição:<br />

A implantação da FNS, constituindo-se em uma barreira física à travessia de<br />

animais, poderá provocar alterações no comportamento das espécies que, em<br />

última instância, podem afetar a diversidade biológica. As mudanças nos padrões<br />

de deslocamento da fauna, acarretadas pela barreira física representada pela<br />

Ferrovia e a retirada de vegetação, deverá refletir-se em mudanças no<br />

comportamento espacial de uso dos mosaicos de hábitat, podendo vir a afetar o<br />

sucesso reprodutivo das espécies.<br />

A construção de um empreendimento linear como uma ferrovia inclui obras<br />

de engenharia como o nivelamento de solo e transposição de cursos d’água,<br />

efetivamente criando um hiato nos habitats existentes. Esse impacto é mais notável<br />

nos trechos onde extensos fragmentos de floresta ou matas ripárias são<br />

interceptados.<br />

Para a maior parte das espécies voadoras (aves, morcegos e boa parte dos<br />

invertebrados), este não é um impacto significativo. Para comunidades de espécies<br />

89


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE<br />

GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

VOLUME 3<br />

terrícolas e/ou semi-arborícolas, entretanto, este pode constituir um fator<br />

importante. A barreira física criada é constituída, na verdade, não só pela estrutura<br />

física da ferrovia, mas também pela descaracterização da cobertura vegetal nas<br />

adjacências do traçado.<br />

Classificação:<br />

▪ Negativo;<br />

▪ Direto;<br />

▪ Permanente;<br />

▪ Irreversível;<br />

▪ Local e regional;<br />

▪ Alta significância.<br />

Ocorrência por Fase da Obra:<br />

▪ Implantação;<br />

▪ Operação.<br />

Medidas Mitigadoras:<br />

▪ Implantação criteriosa dos Programas de Proteção da Flora e da<br />

Fauna.<br />

▪ Uso preferencial de pontes e viadutos para a transposição de cursos<br />

d’água, reduzindo a substituição de matas ripárias por aterros.<br />

7.2.5 – DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS SIGNIFICATIVOS:<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

Na fase de implantação da Ferrovia será necessário proceder à<br />

desapropriação de (principalmente) áreas rurais para o estabelecimento da Faixa<br />

de Domínio que é feita por meio de um Decreto de Utilidade Pública. Não são<br />

previstos impactos significativos na medida em que a maior parte da área de<br />

Influência é constituída por propriedades de porte médio a grande.<br />

Como o processo de implantação da Ferrovia é feito em lotes de até 100 km<br />

num total de 6 a 7 lotes, não se estima um aumento na circulação de pessoas<br />

capaz de alterar a dinâmica das comunidades rurais (poucas ao longo do<br />

traçado).<br />

90


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE<br />

GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

VOLUME 3<br />

A operação da Ferrovia poderá desencadear, ainda, o surgimento de uma<br />

nova expectativa de crescimento econômico para a região, devido o incremento<br />

da estrutura produtiva e de serviço, geração de impostos e tributos e melhoria das<br />

condições de acessibilidade à região.<br />

E – ATIVIDADES ECONÔMICAS<br />

E.1 – GERAÇÃO DE EMPREGOS PARA A MÃO DE OBRA LOCAL NÃO ESPECIALIZADA<br />

Atividades relacionadas:<br />

▪ Contratação de mão de obra.<br />

Descrição:<br />

A contração de mão-de-obra tende a ser restrita ao pessoal não<br />

especializado, tendo em vista que as empreiteiras contratadas para a execução da<br />

obra, geralmente, contam com um quadro técnico formado. A mão de obra local<br />

não especializada poderá ser mobilizada com impactos positivos, ainda que de<br />

pequena magnitude, sobre o emprego e a renda.<br />

As empreiteiras contratadas deverão receber, junto com o Edital de<br />

Concorrência, um Anexo especial onde estão incluídas as instruções para a<br />

contratação de mão de obra.<br />

Classificação:<br />

▪ Positivo;<br />

▪ Direto e indireto;<br />

▪ Temporário;<br />

▪ Reversível;<br />

▪ Local;<br />

▪ Baixa significância.<br />

Ocorrência por Fase da Obra:<br />

▪ Implantação.<br />

Medidas Preconizadas<br />

Embora reconhecendo-se de difícil execução por interferir na liberdade<br />

econômica dos indivíduos e das empresas brasileiras recomenda-se buscar:<br />

▪ A contratação do maior número possível de trabalhadores nas<br />

localidades próximas à obra;<br />

91


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE<br />

GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

VOLUME 3<br />

▪ A contratação do maior número possível de serviços e aquisição de<br />

produtos disponíveis nos mercados locais;<br />

▪ A criteriosa execução do Programa de Gerenciamento da Mão de<br />

Obra.<br />

E.2 – ALTERAÇÕES NO USO DO SOLO E DESLOCAMENTO DE CONTINGENTES<br />

POPULACIONAIS<br />

Atividades relacionadas:<br />

▪ Desapropriações;<br />

▪ Tráfego.<br />

Descrição:<br />

Na etapa de implantação da Ferrovia será necessária a desapropriação de<br />

diversas propriedades, o que poderá causar alterações no uso do solo e<br />

deslocamento de contingentes populacionais.<br />

As alterações no uso do solo ocorrerão devido à necessidade de serem<br />

desapropriadas áreas que já estão sendo utilizadas para produção ou residência e<br />

que devem ceder lugar à faixa de domínio.<br />

A proximidade do leito ferroviário, onde os efeitos negativos do tráfego<br />

ferroviário, mesmo que não muito significativos, são mais percebidos, tende a<br />

afastar o uso residencial. Entretanto, o estabelecimento de faixas de domínio, se<br />

não forem adequadamente fiscalizadas, acabam, paradoxalmente, por atrair a<br />

construção de moradias precárias para populações de baixa renda. Desta forma,<br />

embora as alterações no uso do solo sejam mais sentidas na fase de implantação<br />

do Empreendimento, também podem ocorrer em sua fase de operação.<br />

Uma ferramenta eficiente para o ordenamento do uso e ocupação do solo é<br />

a elaboração e efetiva implementação do Plano Diretor. Neste sentido, a VALEC<br />

deverá estabelecer parceria com as Prefeituras Municipais em que ocorram<br />

travessias de núcleos urbanos para o desenvolvimento do Plano Diretor,<br />

direcionando o crescimento da cidade no sentido de sítios onde o efeito da<br />

travessia do ambiente urbano pela Ferrovia não seja percebido. Da mesma<br />

maneira, a elaboração e implementação do Plano Diretor disciplinará a ocupação<br />

das áreas limítrofes à faixa de domínio, evitando ocupações irregulares.<br />

Os deslocamentos populacionais estão associados à interceptação de<br />

aglomerados rurais ou sedes municipais. Esses deslocamentos, quando necessários,<br />

devem ter seus efeitos minimizados por meio de medidas e obras compensatórias,<br />

como a construção de vias de acesso paralelas para abrigar o tráfego local,<br />

92


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE<br />

GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

VOLUME 3<br />

equipadas com passarelas, iluminação pública e outros dispositivos que facilitem a<br />

ligação entre as áreas residenciais.<br />

A extensão sul da FNS tem interferências potenciais com quatro cidades<br />

(Nova Veneza, Goianira, Santa Helena de Goiás e São Simão), e em apenas uma<br />

delas, Santa Helena de Goiás, poderão ser atingidas edificações. Mesmo assim,<br />

serão apenas sete, se o detalhamento do Projeto Básico confirmar a construção da<br />

estrada exatamente no mesmo local escolhido nessa fase do projeto.<br />

Classificação:<br />

▪ Negativo;<br />

▪ Direto e indireto;<br />

▪ Temporário e Permanente;<br />

▪ Irreversível;<br />

▪ Local e regional;<br />

▪ Alta significância.<br />

Ocorrência por Fase da Obra:<br />

▪ Implantação;<br />

▪ Operação.<br />

Medidas Mitigadoras<br />

▪ Implantação criteriosa dos seguintes programas:<br />

o Programa de Indenização, Reassentamento e Desapropriação;<br />

e<br />

o Programa de Comunicação Social.<br />

E.3 – DINAMIZAÇÃO ECONÔMICA<br />

Atividades relacionadas:<br />

▪ Tráfego.<br />

Descrição:<br />

Um dos principais benefícios decorrentes da operação da Ferrovia será o de<br />

tornar o transporte da produção mais barato, permitindo o aumento da<br />

competitividade, sobretudo, das agroindústrias instaladas na Área de Influência<br />

Indireta. Atualmente o transporte é feito pelas rodovias que é, de um modo geral,<br />

bastante desfavorável devido ao alto custo. Deverá ocorrer, portanto, um<br />

93


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GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

VOLUME 3<br />

aquecimento da produção agroindustrial que, com a operação ferroviária, terá seu<br />

acesso aos mercados mais facilitado.<br />

Classificação:<br />

▪ Positivo;<br />

▪ Direto e indireto;<br />

▪ Permanente;<br />

▪ Irreversível;<br />

▪ Local e regional;<br />

▪ Alta significância.<br />

Ocorrência por Fase da Obra:<br />

▪ Operação.<br />

Medidas Preconizadas<br />

▪ Não se aplica.<br />

E.4 – REDUÇÃO DO EMPREGO RODOVIÁRIO<br />

Atividades relacionadas:<br />

▪ Tráfego.<br />

Descrição:<br />

Um impacto negativo associado à operação se refere à redução do número<br />

de empregos, essencialmente de motoristas, em virtude da troca dos caminhões,<br />

que seriam subtraídos do tráfego nas rodovias. Certamente não há uma destinação<br />

segura para emprego desses motoristas, cuja origem e residência estão espalhadas<br />

pelo país de forma atomizada, o que, se por um lado impede o estabelecimento de<br />

programas de relocação, por outro lado facilita a absorção no mercado de<br />

trabalho.<br />

Formando um contingente menor de indivíduos afetados pela modernização<br />

logística dos transportes, supõe-se que, durante um período de tempo, poderá<br />

haver certa superoferta de prestadores de serviços dependentes dos caminhões e<br />

caminhoneiros (mecânicos, borracheiros, frentistas de postos de serviços,<br />

cozinheiros, outros). Entretanto, pode-se esperar que, ao menos parte dessa mão de<br />

obra, seja ocupada pela dinamização da economia regional.<br />

Por outro lado é necessário considerar o impacto positivo derivado da<br />

redução drástica da emissão de poluentes na atmosfera.<br />

94


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE<br />

GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

Classificação:<br />

▪ Positivo e negativo;<br />

▪ Indireto;<br />

▪ Permanente;<br />

▪ Irreversível;<br />

▪ Local e regional;<br />

▪ Média significância.<br />

Ocorrência por Fase da Obra:<br />

▪ Operação.<br />

Medidas Mitigadoras<br />

▪ Não se aplica.<br />

F – BENS CULTURAIS<br />

F.1 – RISCOS DE PERDA DE PATRIMÔNIO ARQUEOLÓGICO E ESPELEOLÓGICO<br />

Atividades relacionadas:<br />

▪ Operação de máquinas e equipamentos;<br />

▪ Instalação e operação de alojamentos e canteiros de obras;<br />

▪ Terraplenagem, empréstimos e bota-foras;<br />

▪ Desmatamento e limpeza do terreno;<br />

▪ Exploração de materiais de construção;<br />

▪ Abertura de caminhos de serviço;<br />

Descrição:<br />

VOLUME 3<br />

Potencialmente, os sítios arqueológicos há muito tempo vem sofrendo<br />

impacto das intempéries (lixiviação e erosão), da manutenção das estradas, das<br />

atividades humanas rurais (roçados, construção de edificações e cultivos) e das<br />

atividades agropecuárias. Quanto ao patrimônio espeleológico, considerando o<br />

disposto no Decreto 99.556/19990 (com redação alterada pelo Decreto 6640/2008)<br />

e demais normas relacionadas ao tema (IBAMA, ICMBIO, IPHAN,etc), e ainda, as<br />

peculiaridades do ambiente cavernícola que necessita de tratamento diferenciado<br />

do ponto de ambiental, a VALEC foi orientada a deslocar o eixo pelo menos 500m<br />

95


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE<br />

GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

VOLUME 3<br />

da única caverna identificada com base nos dados do CECAV/ICMBIO (Caverna<br />

da Sucuri, em Palmeiras de Goiás).<br />

Adicionalmente, a VALEC também foi orientada a incorporar no escopo dos<br />

seus levantamentos de campo (anteriores ao desmatamento) a análise da<br />

ocorrência de cavernas não cadastradas no CECAV e coincidentes total ou<br />

parcialmente com a faixa de domínio proposta.<br />

O risco de perda de patrimônio arqueológico e/ou espeleológico ocorre em<br />

praticamente todas as fases de implantação do Empreendimento e são<br />

praticamente inexistentes na fase de operação do mesmo.<br />

Classificação:<br />

▪ Negativo;<br />

▪ Direto;<br />

▪ Temporário;<br />

▪ Irreversível;<br />

▪ Local;<br />

▪ Alta significância.<br />

Ocorrência por Fase da Obra:<br />

▪ Implantação.<br />

Medidas Mitigadoras:<br />

G - BENS PESSOAIS<br />

▪ Implantação criteriosa dos seguintes programas:<br />

o Programa de Prospecção e Resgate Arqueológico; e<br />

o Programa de Comunicação Social.<br />

▪ Afastamento do eixo da Ferrovia de quaisquer cavernas identificadas<br />

ao longo traçado, pelo menos 500m da sua projeção na superfície do<br />

terreno.<br />

G.1 – SECIONAMENTO DA PROPRIEDADE RURAL<br />

Atividades relacionadas:<br />

▪ Desapropriações.<br />

96


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GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

Descrição:<br />

VOLUME 3<br />

Em regiões caracterizadas por propriedades ou estabelecimentos rurais de<br />

tamanho pequeno, as desapropriações, ao secionar tais propriedades, podem<br />

inviabilizar ou alterar profundamente o modo de vida e as fontes de sobrevivência<br />

de populações residentes. Deve-se evitar, em princípio, qualquer impedimento a,<br />

por exemplo, acesso aos cursos d’água em locais usados como pastagens,<br />

isolamento do abastecimento de água, ou redução da propriedade inviabilizando<br />

a produção comercial. As desapropriações deverão ser feitas caso a caso,<br />

detalhando cada projeto de forma a atingir:<br />

▪ A menor perda possível de áreas de uso agropastoris para evitar a<br />

pressão sobre as áreas que ainda guardam vegetação nativa; e<br />

▪ A manutenção do emprego e renda gerados nos imóveis, antes e<br />

após as desapropriações.<br />

Estas áreas estão concentradas no início da Ferrovia, de Ouro Verde de<br />

Goiás até aproximadamente Trindade, no estado de Goiás. Como ocorre<br />

comumente, haverá a perda de áreas hoje destinadas à produção agropastoril, e<br />

que serão ocupadas pela faixa de domínio. Todavia, em virtude da área restrita das<br />

propriedades rurais, há possibilidades reais de algumas das áreas remanescentes<br />

das desapropriações também serem perdidas para a produção na propriedade<br />

original, ou por terem ficado isoladas dos cursos d’água, ou por serem muito<br />

pequenas para permitir o uso que o produtor rural fazia dela, ou por terem sido<br />

atingidas, também, a sede ou outras benfeitorias.<br />

À medida que as propriedades rurais de pequeno porte normalmente são<br />

exploradas pela mão de obra familiar, será necessário que, ao atingir estas<br />

pequenas propriedades, o detalhamento do projeto básico envolva:<br />

▪ Estudo do modelo agrícola conduzido pelo proprietário ou ocupante<br />

do estabelecimento rural, incluindo a renda líquida estimada;<br />

▪ Avaliação das condições de exploração e de geração de renda da<br />

propriedade após as desapropriações e indenizações previstas,<br />

usando o mesmo modelo agrícola encontrado;<br />

▪ Estudo caso a caso das soluções de desapropriação, detalhando um<br />

projeto que deve buscar:<br />

o Melhor aproveitamento possível dos estabelecimentos após<br />

as desapropriações (ou seja, a menor perda possível de<br />

áreas de uso agropastoril), como forma de evitar a pressão<br />

sobre as áreas ainda florestadas; e<br />

o Manutenção dos empregos e da renda gerada nos<br />

estabelecimentos rurais, antes e após as desapropriações.<br />

97


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GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

Classificação:<br />

▪ Negativo;<br />

▪ Direto;<br />

▪ Permanente;<br />

▪ Irreversível;<br />

▪ Local;<br />

▪ Alta significância.<br />

Ocorrência por Fase da Obra:<br />

▪ Implantação.<br />

Medidas Mitigadoras<br />

H - ACIDENTES<br />

▪ Implantação criteriosa dos seguintes programas:<br />

VOLUME 3<br />

o Programa de Indenização, Reassentamento e Desapropriação;<br />

e<br />

o Programa de Comunicação Social.<br />

H.1 – RISCOS DE ACIDENTES E À SEGURANÇA DAS POPULAÇÕES<br />

Atividades relacionadas:<br />

▪ Operação de máquinas e equipamentos;<br />

▪ Terraplenagem, empréstimos e bota-foras;<br />

▪ Instalação e operação de alojamentos e canteiros de obras;<br />

▪ Desmatamento e limpeza do terreno;<br />

▪ Cortes e aterros, drenagem e obras de artes;<br />

▪ Exploração de materiais de construção;<br />

▪ Abertura de caminhos de serviço.<br />

▪ Tráfego.<br />

Descrição:<br />

Na fase de implantação, diversas atividades construtivas podem aumentar o<br />

risco de acidentes. As obras de terraplenagem, por exemplo, exigem o movimento<br />

de grandes volumes, gerando tráfego intenso de veículos pesados. As nuvens de<br />

98


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GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

VOLUME 3<br />

poeira e a lama, nos trechos rurais, e a interferência com o público nas áreas mais<br />

povoadas completam o quadro necessário e suficiente para a ocorrência de<br />

acidentes.<br />

Já na fase de operação, como o traçado intercepta áreas com a presença<br />

de populações residentes, o tráfego de composições pode causar acidentes se<br />

não forem implantadas as obras necessárias para evitar ou minimizar o cruzamento<br />

da Ferrovia pelas pessoas. Nesses casos, devem estar previstas alternativas de<br />

cruzamento viáveis e adequadas à realidade das pessoas.<br />

Classificação:<br />

▪ Negativo;<br />

▪ Direto;<br />

▪ Temporário e Permanente;<br />

▪ Reversível;<br />

▪ Local;<br />

▪ Média significância.<br />

Ocorrência por Fase da Obra:<br />

▪ Implantação;<br />

▪ Operação.<br />

Medidas mitigadoras:<br />

▪ Implantação das seguintes medidas:<br />

o Programa de Comunicação Social;<br />

o Plano Ambiental de Construção;<br />

o Programa de Gerenciamento da Mão de Obra<br />

o Programa de Gerenciamento de Riscos Ambientais e Plano de<br />

Ações Emergenciais.<br />

7.2.6 – SÍNTESE E CLASSIFICAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS SIGNIFICATIVOS<br />

A Tabela 7.17 a seguir, apresenta uma síntese dos impactos ambientais<br />

significativos relacionando-os a fase de ocorrência, se na implantação, na<br />

operação, ou implantação e operação. Apresenta também as principais<br />

atividades que provocam as alterações ambientais bem como a sua<br />

significância.<br />

99


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GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

VOLUME 3<br />

TABELA 7.17 – IAS SEGUNDO AS ATIVIDADES QUE PODEM PROVOCÁ-LOS, FASES<br />

DO EMPREENDIMENTO E RESPECTIVAS SIGNIFICÂNCIAS<br />

FASE IAS ATIVIDADES<br />

IMPLANTAÇÃO E<br />

OPERAÇÃO<br />

IMPLANTAÇÃO<br />

IMPLANTAÇÃO<br />

IMPLANTAÇÃO<br />

Alteração dos níveis de<br />

ruídos e vibrações<br />

IMPACTOS DE BAIXA SIGNIFICÂNCIA<br />

MEIO FÍSICO<br />

• Operação de máquinas e equipamentos<br />

• Terraplenagem, empréstimos e bota-foras<br />

• Exploração de materiais de construção<br />

• Tráfego<br />

Degradação das áreas<br />

exploradas • Exploração de materiais de construção<br />

Poluição aérea por<br />

particulados e gases<br />

Redução de<br />

Biodiversidade<br />

Provocada por Incêndios<br />

Geração de empregos<br />

para a mão de obra local<br />

não especializada<br />

• Operação de máquinas e equipamentos<br />

• Terraplenagem, empréstimos e bota-foras<br />

• Inst. e operação de alojamentos e canteiros de obras<br />

• Desmatamento e limpeza do terreno<br />

• Exploração de materiais de construção<br />

• Abertura de caminhos de serviço<br />

MEIO BIÓTICO<br />

• Inst. e operação de alojamentos e canteiros de obras<br />

• Desmatamento e limpeza do terreno<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

• Contratação de mão de obra<br />

100


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FASE IAS ATIVIDADES<br />

IMPLANTAÇÃO E<br />

OPERAÇÃO<br />

IMPLANTAÇÃO<br />

IMPLANTAÇÃO<br />

IMPLANTAÇÃO E<br />

OPERAÇÃO<br />

Contaminação dos solos<br />

e das águas superficiais e<br />

subterrâneas por esgotos,<br />

óleos, graxas e por<br />

acidentes envolvendo<br />

cargas perigosas<br />

Erosão, assoreamento,<br />

compactação dos solos,<br />

instabilidade estrutural<br />

(escorregamentos,<br />

deslizamentos)<br />

Alagamentos,<br />

represamentos e<br />

eventuais rebaixamentos<br />

do lençol freático<br />

Colonização por espécies<br />

ruderais e introdução de<br />

espécies exóticas<br />

IMPACTOS DE MÉDIA SIGNIFICÂNCIA<br />

MEIO FÍSICO<br />

VOLUME 3<br />

• Operação de máquinas e equipamentos<br />

• Terraplenagem, empréstimos e bota-foras<br />

• Inst. e operação de alojamentos e canteiros de obras<br />

• Desmatamento e limpeza do terreno<br />

• Cortes e aterros, drenagem e obras de artes<br />

• Exploração de materiais de construção<br />

• Tráfego<br />

• Operação de máquinas e equipamentos<br />

• Terraplenagem, empréstimos e bota-foras<br />

• Inst. e operação de alojamentos e canteiros de obras<br />

• Desmatamento e limpeza do terreno<br />

• Cortes e aterros, drenagem e obras de artes<br />

• Exploração de materiais de construção<br />

• Abertura de caminhos de serviço<br />

• Cortes e aterros, drenagem e obras de arte<br />

• Abertura de caminhos de serviço<br />

MEIO BIÓTICO<br />

• Operação de máquinas e equipamentos<br />

• Terraplenagem, empréstimos e bota-foras<br />

• Desmatamento e limpeza do terreno<br />

• Cortes e aterros, drenagem e obras de artes<br />

• Exploração de materiais de construção<br />

• Abertura de caminhos de serviço<br />

• Conservação e Restauração<br />

101


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GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

FASE IAS ATIVIDADES<br />

IMPLANTAÇÃO E<br />

OPERAÇÃO<br />

OPERAÇÃO<br />

IMPLANTAÇÃO E OPERAÇÃO<br />

IMPLANTAÇÃO<br />

Atropelamento de<br />

Animais<br />

Redução do emprego<br />

rodoviário<br />

Riscos de Acidentes e à<br />

segurança das<br />

populações<br />

Subtração da cobertura<br />

vegetal e espoliação da<br />

fauna nativa<br />

• Operação de máquinas e equipamentos<br />

• Terraplenagem, empréstimos e bota-foras<br />

• Desmatamento e limpeza do terreno<br />

• Exploração de materiais de construção<br />

• Abertura de caminhos de serviço<br />

• Tráfego<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

• Tráfego<br />

VOLUME 3<br />

• Operação de máquinas e equipamentos<br />

• Terraplenagem, empréstimos e bota-foras<br />

• Inst. e operação de alojamentos e canteiros de obras<br />

• Desmatamento e limpeza do terreno<br />

• Cortes e aterros, drenagem e obras de artes<br />

• Exploração de materiais de construção<br />

• Abertura de caminhos de serviço<br />

• Tráfego<br />

IMPACTOS DE ALTA SIGNIFICÂNCIA<br />

MEIO BIÓTICO<br />

• Operação de máquinas e equipamentos<br />

• Terraplenagem, empréstimos e bota-foras<br />

• Inst. e operação de alojamentos e canteiros de obras<br />

• Desmatamento e limpeza do terreno<br />

• Cortes e aterros, drenagem e obras de artes<br />

• Exploração de materiais de construção<br />

• Abertura de caminhos de serviço<br />

102


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GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

FASE IAS ATIVIDADES<br />

IMPLANTAÇÃO E<br />

OPERAÇÃO<br />

IMPLANTAÇÃO<br />

IMPLANTAÇÃO<br />

E OPERAÇÃO<br />

OPERAÇÃO<br />

Criação do efeito barreira<br />

Riscos de perda de<br />

patrimônio arqueológico<br />

e espeleológico<br />

seccionamento da<br />

propriedade rural<br />

Alterações no uso do solo<br />

e deslocamento de<br />

contingentes<br />

populacionais<br />

Dinamização Econômica<br />

Fonte: Elaboração OIKOS, 2008<br />

VOLUME 3<br />

• Ins. e operação de alojamentos e canteiros de obras<br />

• Desmatamento e limpeza do terreno<br />

• Cortes e aterros, drenagem e obras de artes<br />

• Abertura de caminhos de serviço<br />

• Tráfego<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

• Operação de máquinas e equipamentos<br />

• Inst. e operação de alojamentos e canteiros de obras<br />

• Terraplenagem, empréstimos e bota-foras<br />

• Desmatamento e limpeza do terreno<br />

• Exploração de materiais de construção<br />

• Abertura de caminhos de serviço<br />

• Desapropriações<br />

• Desapropriações<br />

• Tráfego<br />

• Tráfego<br />

7.2.7 – CLASSIFICAÇÃO DOS IMPACTOS<br />

Os efeitos dos IAS devem ser avaliados por meio do prognóstico de suas<br />

consequências, no tempo e no espaço, sobre os ambientes naturais e sobre as<br />

populações atingidas. Para atender a esse pressuposto os IAS foram qualificados<br />

(Tabela 7.18) a partir de duas categorias: o potencial de impacto e a significância.<br />

A primeira categoria descreve a adversidade (positiva ou negativa); a forma de<br />

ocorrência (direta ou indireta); a duração (temporário ou permanente); a<br />

reversibilidade (reversível ou irreversível); a abrangência (local ou regional); a<br />

103


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE<br />

GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

VOLUME 3<br />

segunda qualifica a importância (caracterizando a relação entre o impacto e o<br />

conjunto ambiental da área), e a magnitude dos impactos (caracterizando o grau<br />

de interferência com um determinado fator ambiental) cujo resultado é o<br />

significado do IAS.<br />

O resultado dessa Classificação indicou que 50,0% dos IAS ocorrem na fase<br />

de implantação e cerca de 66,0% são de baixa ou média significância para o<br />

conjunto da Área de Influência. Os IAS com baixo e médio significado ocorrerão<br />

com maior intensidade na fase de implantação e poderão ser revertidos se as<br />

atividades construtivas obedecerem de forma estrita as recomendações<br />

ambientais. A fragmentação de habitats provocada pela existência física da<br />

plataforma ferroviária poderá ser minimizada com a implantação de passagens de<br />

fauna.<br />

São negativos e de alto significado o risco ao patrimônio arqueológico e<br />

espeleológico, o seccionamento da propriedade rural, a alteração do uso do solo e<br />

a retirada da cobertura vegetal e a conseqüente espoliação da fauna nativa. É<br />

positivo e de alto significado a dinamização da economia regional.<br />

104


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

IMPACTOS AMBIENTAIS SIGNIFICATIVOS –<br />

IAS<br />

TABELA 7.18 – CLASSIFICAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS SIGNIFICATIVOS (IAS)<br />

FASE<br />

POTENCIAL DE IMPACTO SIGNIFICÂNCIA<br />

VOLUME 3<br />

Adversidade Ocorrência Duração Reversibilidade Abrangência Importância Magnitude Significância<br />

MEIO FÍSICO<br />

A.1 – Degradação áreas exploradas I Negativo Direto Temporário Reversível Local Baixa Baixa Baixa<br />

A.2 – Erosão, assoreamento,<br />

compactação dos solos, instabilidade<br />

estrutural (escorregamentos,<br />

deslizamentos)<br />

B.1 – Alagamentos e represamentos e<br />

eventuais rebaixamentos do lençol<br />

freático<br />

B.2 – Contaminação dos solos e das<br />

águas superficiais e subterrâneas por<br />

esgotos, óleos, graxas e por acidentes<br />

envolvendo cargas perigosas<br />

C.1 – Alterações dos níveis de ruídos e<br />

vibrações<br />

C.2 – Poluição aérea por particulados e<br />

gases<br />

D.1 – Subtração da cobertura vegetal e<br />

espoliação da fauna nativa<br />

I Negativo<br />

Direto/<br />

Indireto<br />

Temporário Reversível<br />

Local/<br />

Regional<br />

Média Média Média<br />

I Negativo Direto Temporário Reversível Local Baixa Baixa Média<br />

I/O Negativo<br />

Direto/<br />

Indireto<br />

Temporário Reversível Local Média Média Média<br />

I/O Negativo Direto Temporário Reversível Local Baixa Baixa Baixa<br />

I Negativo Direto Temporário Reversível Local Baixa Baixa Baixa<br />

MEIO BIÓTICO<br />

I Negativo Direto Permanente Reversível Regional Alta Alta Alta<br />

105


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IMPACTOS AMBIENTAIS SIGNIFICATIVOS –<br />

IAS<br />

D.2– Colonização por espécies ruderais e<br />

introdução de espécies exóticas<br />

FASE<br />

POTENCIAL DE IMPACTO SIGNIFICÂNCIA<br />

VOLUME 3<br />

Adversidade Ocorrência Duração Reversibilidade Abrangência Importância Magnitude Significância<br />

I/O Negativo<br />

Direto/<br />

Indireto<br />

D.3 – Atropelamento de animais I/O Negativo Direto<br />

D.4– Redução da biodiversidade<br />

provocada por incêndios<br />

I Negativo<br />

Direto/<br />

Indireto<br />

Permanente Reversível<br />

Temporário /<br />

Permanente<br />

D.5– Criação do Efeito Barreira I/O Negativo Direto Permanente Irreversível<br />

E.1 – Geração de empregos para a mão<br />

de obra local não especializa<br />

E.2 – Alterações no uso do solo e<br />

deslocamento de contingentes<br />

populacionais<br />

I Positivo<br />

I/O Negativo<br />

E.3– Dinamização economia regional O Positivo<br />

E.4 – Redução empregos rodoviários O<br />

F.1 – Riscos perda de patrimônio<br />

arqueológico e espeleológico<br />

Positivo /<br />

Negativo<br />

Direto/<br />

Indireto<br />

Direto/<br />

Indireto<br />

Direto/<br />

Indireto<br />

Local /<br />

Regional<br />

Média Média Média<br />

Irreversível Local Baixa Baixa Média<br />

Temporário Reversível Local Baixa Baixa Baixa<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

Local /<br />

Regional<br />

Alta Alta Alta<br />

Temporário Reversível Local Baixa Baixa Baixa<br />

Temporário /<br />

Permanente<br />

Irreversível<br />

Permanente Irreversível<br />

Indireto Permanente Irreversível<br />

Local /<br />

Regional<br />

Local /<br />

Regional<br />

Local /<br />

Regional<br />

Alta Alta Alta<br />

Alta Alta Alta<br />

Média Média Média<br />

I Negativo Direto Temporário Irreversível Local Alta Alta Alta<br />

G.1 – Seccionamento da propriedade I Negativo Direto Permanente Irreversível Local Alta Alta Alta<br />

106


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IMPACTOS AMBIENTAIS SIGNIFICATIVOS –<br />

IAS<br />

rural<br />

H.1 – Riscos de acidentes e à segurança<br />

das populações<br />

I – IMPLANTAÇÃO, O – OPERAÇÃO<br />

Fonte: Elaboração OIKOS, 2008<br />

FASE<br />

POTENCIAL DE IMPACTO SIGNIFICÂNCIA<br />

VOLUME 3<br />

Adversidade Ocorrência Duração Reversibilidade Abrangência Importância Magnitude Significância<br />

I/O Negativo Direto<br />

Temporário/<br />

Permanente<br />

Reversível Local Média Média Baixa<br />

107


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE<br />

GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

VOLUME 3<br />

8 – MEDIDAS MITIGADORAS, COMPENSATÓRIAS E PROGRAMAS<br />

AMBIENTAIS<br />

A experiência da VALEC demonstrou que o estabelecimento de Planos e<br />

Projetos Básicos Ambientais (PBAs) isolados dos projetos de engenharia acabavam<br />

por reduzi-los a apêndices de importância secundária e, frequentemente, eram<br />

protelados e até esquecidos em algum desvão das atividades de construção, pois<br />

não faziam parte dos contratos de obras. Para superar esta desvantagem, a VALEC<br />

resolveu incorporá-los (internalizá-los) como parte dos projetos de engenharia,<br />

inserindo seus custos na própria construção ou na conservação da via, tornando-os<br />

parte das atividades contratadas ou com as construtoras, ou com as supervisoras,<br />

ou, em último caso, em atividades da própria VALEC, diretamente ou sob a<br />

responsabilidade de terceiros especialmente contratados, naqueles casos em que<br />

os Programas Ambientais não se referem especificamente a obras.<br />

Esta internalização atende perfeitamente o Pay Pollution Principle (PPP) e, nas<br />

obras hoje em execução pela VALEC, ela foi materializada através da<br />

transformação de parte dos PBAs em Normas Ambientais da VALEC (NAVA) 1 , de<br />

aplicação ampla e obrigatória nos empreendimentos capitaneados pelo<br />

empreendedor. Seus custos são pagos pela VALEC seja de forma direta – quando<br />

os quantitativos são individualizáveis, como ocorre com a proteção vegetal de<br />

taludes, por exemplo, seja de forma indireta – quando os custos são incorporados<br />

no BDI 2 das contratadas, como ocorre com os programas relacionados com a<br />

administração da mão-de-obra, também citados apenas como exemplo.<br />

Essas constatações levam a recomendar que todos os Programas e<br />

Subprogramas Ambientais que puderem ser adaptados ou transformados em<br />

Normas Ambientais devem sê-lo antes das licitações das obras do trecho ferroviário<br />

em análise, e devem, obrigatoriamente, ser incluídos nos editais de licitação, como<br />

já ocorre com as NAVAs hoje existentes, garantindo a internalização das ações de<br />

cunho ambiental e de seus custos nos projetos e nas obras de engenharia ferroviária<br />

conduzidas pela VALEC.<br />

Evidentemente existem atividades que, por não fazerem parte das<br />

obrigações que podem ser delegadas para as construtoras e supervisoras, estarão<br />

ausentes da relação de NAVAS, tal como ocorrerá, por exemplo, com o Programa<br />

1 Denominadas Normas Ambientais VALEC – NAVAs, que fazem parte dos editais de concorrência para<br />

projetos e obras promovidos pela VALEC, exigindo-se dos concorrentes que antecipadamente<br />

declarem conhecê-las integralmente e que se comprometem a obedecê-las durante a realização dos<br />

serviços contratados.<br />

2<br />

BDI: parcela da composição dos custos referente á cobertura do benefício (lucro) e das despesas<br />

indiretas próprias das empreiteiras de obras e serviços<br />

108


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GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

VOLUME 3<br />

de Prospecção e Resgate Arqueológico, que sempre será conduzido de modo<br />

independente em relação aos outros componentes.<br />

8.1 – MEDIDAS COMPENSATÓRIAS E MITIGADORAS<br />

8.1.1 - MEDIDAS COMPENSATÓRIAS<br />

As medidas compensatórias visam atender as Resoluções CONAMA de<br />

números 369/2006, 371/2006 e, ainda, as emissões de carbono para a atmosfera<br />

derivadas da operação do empreendimento. No primeiro caso (Resolução<br />

369/2006) são tratadas as compensações pela ocupação de matas ripárias (áreas<br />

de preservação permanente - APP) e áreas compreendidas e registradas como<br />

reservas legais de propriedades rurais, bem como da supressão permanente da<br />

vegetação nativa e não ripária dentro do off-set, impacto que não pode ser<br />

evitado e nem mitigado. No segundo caso, as compensações serão destinadas à<br />

implantação de unidades de conservação de proteção integral. No terceiro caso,<br />

vincula-se o empreendedor a um programa permanente de compensação pelas<br />

emissões de carbono para a atmosfera, com o objetivo de anulá-las mediante o<br />

reflorestamento das áreas reservadas para corredores locais de fauna, conforme<br />

exposto a seguir.<br />

PROGRAMA DE PLANTIOS COMPENSATÓRIOS – ATENDIMENTO À RESOLUÇÃO<br />

CONAMA 369/2006<br />

Para atender a Resolução CONAMA n o 369/2006, a VALEC deverá implantar<br />

o Programa de Plantios Compensatórios, que é composto por quatro Subprogramas<br />

Básicos:<br />

• Subprograma de Resgate da Flora;<br />

Subprograma de Reprodução e Multiplicação de Mudas em Viveiros;<br />

• Subprograma de Cobertura Vegetal para Recuperação de Áreas<br />

Degradadas; e<br />

• Subprograma de Averbação e Relocação de Reservas Legais<br />

Interceptadas.<br />

O Subprograma de Resgate da Flora, que destacará o salvamento das<br />

espécies arbustivas e arbóreas protegidas, também se voltará ao resgate das<br />

bromeliáceas, orquidáceas e epífitas em geral. Para efetuar o resgate, antes dos<br />

desmatamentos devem ser realizadas as tarefas de coleta de sementes e mudas da<br />

flora local, trecho por trecho e bioma por bioma, para reprodução e multiplicação.<br />

Em decorrência, e também como parte das medidas compensatórias, a<br />

VALEC implantará o Subprograma de Reprodução e Multiplicação de Mudas em<br />

Viveiro. Para tanto contratará, junto com a obra, a implantação de um viveiro em<br />

cada lote de obras (intervalos entre 100 e 150km), nos quais serão produzidas pelo<br />

109


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE<br />

GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

VOLUME 3<br />

menos o dobro das mudas necessárias para o recobrimento das áreas desmatadas<br />

durante a construção e necessárias ao plantio nos locais onde a faixa de domínio<br />

for alargada para fins de compensação das emissões de carbono para a atmosfera.<br />

O excesso de mudas será doado a prefeituras e proprietários rurais interessados em<br />

executar ações de recuperação de áreas degradadas, sobretudo, em matas<br />

ripárias.<br />

O Subprograma de Cobertura Vegetal para Recuperação de Áreas<br />

Degradadas, que complementa o atendimento da Resolução 369/2006, será<br />

composto pelo futuro revestimento das áreas expostas pelo desmatamento que<br />

não serão objeto de uso operacional (taludes de cortes e de aterros, áreas de<br />

jazidas esgotadas e assim por diante), bem como das compensações das áreas de<br />

Reservas Legais interceptadas e reduzidas pela implantação da ferrovia.<br />

O conjunto desses três primeiros subprogramas (de Resgate da Flora; de<br />

Reprodução e Multiplicação de Mudas e de Cobertura Vegetal para Recuperação<br />

de Áreas Degradadas) também tem como objetivo reduzir significativamente a<br />

introdução de espécies exóticas na recuperação das áreas trabalhadas e na<br />

prevenção/controle de processos erosivos.<br />

O Subprograma de Averbação e Relocação de Reservas Legais<br />

Interceptadas fará parte dos processos de desapropriação, e se destinará a regular<br />

os procedimentos voltados às Desapropriações, Compensações e Indenizações<br />

necessárias à implantação da Ferrovia. Nesse processo, além das medições e<br />

relocação, a VALEC deverá acordar com os proprietários atingidos o modo de<br />

relocar (com ou sem reflorestamento), bem como arcar com os custos legais<br />

referentes à nova averbação de cada Reserva Legal que for alterada.<br />

O Programa de Plantios Compensatórios, voltado a atender a Resolução<br />

CONAMA 369/2006, se dirige essencialmente à proteção da biota e deve ser<br />

conduzido desde o início das lides da construção com o Resgate da Flora, que<br />

começará e terminará antes das operações de supressão da vegetação, dado o<br />

caráter preventivo da sua realização. As atividades de resgate e salvamento de<br />

flora serão conduzidas pelas empresas construtoras e nesta mesma etapa serão<br />

desenvolvidos os procedimentos de medição e relocação dos trechos de Reserva<br />

Legal interceptados, acompanhando pari passu os processos de desapropriação. A<br />

produção de mudas e a cobertura vegetal para recuperação de áreas<br />

degradadas, entretanto, embora iniciem junto com os procedimentos de Resgate<br />

da Flora, terão duração indeterminada, visto que tais subprogramas devem ser<br />

mantidos por toda a vida útil da ferrovia, visando compensar também a emissão de<br />

gases do efeito estufa, segundo está exposto a seguir.<br />

PROGRAMA DE COMPENSAÇÃO PELA EMISSÃO DE GASES DO EFEITO ESTUFA<br />

Para efetuar a compensação pela emissão de carbono para a atmosfera<br />

(gases do efeito estufa), pevê-se que a VALEC desapropriará uma faixa adicional<br />

de terras ao longo dos rios que se situarem a menos de 350m do eixo ferroviário,<br />

110


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE<br />

GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

VOLUME 3<br />

visando ampliar as faixas de vegetação que podem funcionar como corredores<br />

locais de fauna. As faixas escolhidas para detalhamento estão apresentadas no<br />

Quadro 8.1 adiante inserido, e buscaram evitar os trechos onde predominam<br />

pequenas propriedades.<br />

As áreas de alargamento da faixa de domínio serão declaradas e averbadas<br />

como Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN), e serão usadas para o<br />

plantio de árvores e arbustos de origem local, o que deve ter como mínimo anual o<br />

equivalente às emissões a compensar. O Programa de Compensação pela Emissão<br />

de Gases do Efeito Estufa deve ser revisado anualmente segundo o tráfego apurado<br />

num ano e projetado para o ano seguinte, além de constar do balanço social da<br />

operadora, demonstrando as compensações efetivamente efetuadas.<br />

QUADRO 8.1 – SEGMENTOS DA EXTENSÃO <strong>SUL</strong> DA FNS QUE INDICAM O<br />

INÍCIO E O FIM DAS ÁREAS POTENCIAIS PARA AMPLIAÇÃO DOS CORREDORES<br />

LOCAIS DE FAUNA<br />

Inicio (km) Fim (km) IDENTIFICAÇÃO – CORPO D’ÁGUA MAIS PRÓXIMO<br />

3,212 4,920 Ribeirão dos Gonçalves<br />

12,160 13,070 Ribeirão dos Gonçalves<br />

24,955 30,710 Ribeirão Cachoeira / Rio da Meia Ponte<br />

34,081 36,870 Sem identificação<br />

39,112 41,150 Sem identificação<br />

51,112 54,370 Sem identificação<br />

60,520 68,290 Sem identificação<br />

74,970 97,950 Rio Santa Maria<br />

131,380 135,090 Rio Capivari<br />

149,400 153,230 Sem identificação<br />

157,600 159,215 Margem esquerda do Rio Capivari<br />

177,208 192,380 Margem esquerda do Rio Capivari<br />

201,770 204,440 Margem direita do Rio Turvo<br />

207,180 210,090 Margem direita do Rio Turvo<br />

235,417 240,860 Sem identificação<br />

247,150 255,170 Rio Verde ou Verdão<br />

265,650 266,930 Sem identificação<br />

111


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VOLUME 3<br />

Inicio (km) Fim (km) IDENTIFICAÇÃO – CORPO D’ÁGUA MAIS PRÓXIMO<br />

283,882 285,155 Rio São Tomás<br />

291,650 294,860 Rio São Tomás<br />

312,290 325,465 Sem identificação<br />

340,960 341,770 Rio Preto<br />

356,700 369,900 Rio Preto<br />

379,081 391,625 Rio Preto<br />

418,521 422,216 Sem identificação<br />

444,181 453,043 Lago UHE São Simão (Rio Paranaíba)<br />

465,180 467,621 Lago UHE São Simão (Rio Paranaíba)<br />

493,936 505,575 Jusante da UHE São Simão (Rio Paranaíba)<br />

510,381 514,318 Tributário do Rio Arantes<br />

517,640 528,640 Rio Arantes<br />

545,000 549,733 Rio São Domingos<br />

599,845 605,066 Lago UHE Ilha Solteira (Rio Paraná)<br />

FONTE: Elaboração OIKOS (2009)<br />

PROGRAMA DE APOIO A UNIDADES DE CONSERVAÇÃO – ATENDIMENTO À<br />

RESOLUÇÃO CONAMA 371/2006<br />

Para atendimento à Resolução CONAMA 371/2006 recomenda-se que parte<br />

dos recursos destinados às obras de implantação da Extensão da Ferrovia Norte Sul<br />

entre Ouro Verde de Goiás (GO) e Estrela D´Oeste (SP), não inferior a 0,5% do valor<br />

da obra, seja destinada à implantação de uma Unidade de Conservação de<br />

Proteção Integral na região da Serra da Jibóia.<br />

Tal recomendação visa contribuir com a manutenção de trechos<br />

conservados de floresta estacional (incluindo matas ripárias) localizados nessa<br />

serrania que, de forma relevante, concentra numerosas nascentes que abastecem<br />

dezenas de córregos, como por exemplo as cabeceiras dos rios Confusão,<br />

Lagoinha e Guariroba, que são tributários de três importantes rios do Estado de<br />

Goiás: Rio dos Bois, Santa Maria e Anicuns.<br />

112


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE<br />

GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

VOLUME 3<br />

FIGURA 8.1 – LOCALIZAÇÃO DA APA SERRA DA JIBÓIA<br />

113


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE<br />

GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

VOLUME 3<br />

8.1.2 - MEDIDAS MITIGADORAS<br />

MEDIDAS MITIGADORAS DOS PROCESSOS DE CONSTRUÇÃO<br />

São medidas mitigadoras dos impactos gerados pelas atividades de<br />

construção os procedimentos previstos nos futuros programas e subprogramas<br />

organizados sob o título de Plano Ambiental de Construção.<br />

O Plano Ambiental de Construção será tratado pela VALEC através dos<br />

seguintes Programas e Subprogramas:<br />

• Programa de Controle da Poluição e da Degradação Ambiental na<br />

Construção<br />

o Subprograma de Qualidade Ambiental na Construção;<br />

o Subprograma de Recuperação de Áreas Degradadas;<br />

o Subprograma de Redução de Impactos na Extração de Materiais<br />

de Construção 3 .<br />

• Programa de Redução de Impactos na Instalação e Operação de<br />

Acampamentos e de Canteiros de Serviços;<br />

o Subprograma de Instalação e Operação de Canteiros de Obras;<br />

o Subprograma de Gerenciamento de Resíduos Sólidos;<br />

o Subprograma de Gerenciamento de Resíduos Sanitários;<br />

o Subprograma de Gerenciamento de Resíduos Industriais;<br />

o Subprograma de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de<br />

Saúde.<br />

• Programa de Proteção da Flora<br />

o Subprograma de Resgate da Flora;<br />

o Subprograma de Reprodução e Multiplicação de Mudas em<br />

Viveiros;<br />

o Subprograma de Plantios Compensatórios;<br />

o Subprograma de Transplante de Espécimes Vegetais Selecionados.<br />

• Programa de Proteção da Fauna<br />

o Subprograma de Proteção da Fauna nas Frentes de<br />

Desmatamento;<br />

3 Destaca-se que as especificações do Subprograma de Redução de Impactos na Extração de<br />

Materiais de Construção referem-se a todas as atividades de extração de materiais que se dêem fora<br />

da faixa de domínio.<br />

114


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE<br />

GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

VOLUME 3<br />

o Subprograma de Implantação de Passagens Inferiores de Fauna.<br />

• Programa de Proteção Contra Erosão<br />

o Subprograma de Drenagem Superficial e Proteção Contra Erosão;<br />

o Subprograma de Plantios Paisagísticos;<br />

o Subprograma de Cobertura Vegetal para Recuperação de Áreas<br />

Degradadas.<br />

• Programa de Gerenciamento da Mão-de-Obra<br />

o Subprograma de Administração da Mão de Obra;<br />

o Subprograma de Educação Ambiental;<br />

o Subprograma de Segurança e Saúde da Mão de Obra;<br />

o Subprograma de Capacitação dos Trabalhadores no Plano<br />

Ambiental de Construção.<br />

• Programa de Gerenciamento de Riscos Ambientais e Plano de Ações<br />

Emergenciais, que será implantado na VALEC por meio:<br />

o Dos Planos de Contingências para Evitar e/ou Mitigar Impactos<br />

Acidentais com o Meio Ambiente – Respostas a Emergências, que<br />

deve ser implementado primeiramente pelas construtoras<br />

contratadas e, após a construção, pelas equipes responsáveis pela<br />

manutenção da via permanente; e<br />

o Do Subprograma de Prevenção Contra Queimadas.<br />

Como os Programas e Subprogramas do Programa de Gerenciamento de<br />

Riscos Ambientais e Plano de Ações Emergenciais são dirigidos a mitigar impactos<br />

negativos de processos construtivos e acidentes durante a construção, eles devem<br />

ser incorporados aos projetos e obras através da transformação em Normas<br />

Ambientais da VALEC. Sua aplicação terá início com a mobilização das<br />

construtoras que forem contratadas para executar as obras, terminando com a<br />

desmobilização total que se dará somente após a recuperação ambiental das<br />

áreas utilizadas como canteiros de obras, oficinas, fábricas de pré-moldados e<br />

outras instalações industriais que se tornem inservíveis no final da construção.<br />

8.1.3 - MEDIDAS DE CORREÇÃO<br />

As medidas de correção ocorrem a partir da formação e acumulação de<br />

passivos ambientais, derivados geralmente da ação das chuvas ao longo do tempo<br />

e que, a partir de certo dano, precisam de correções para que deixem de<br />

prejudicar áreas e benfeitorias limítrofes com a faixa de domínio e/ou de ameaçar<br />

a própria Ferrovia e, consequentemente, o meio ambiente. Na VALEC as correções<br />

115


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE<br />

GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

VOLUME 3<br />

são tratadas através do Levantamento Anual e Recuperação do Passivo Ambiental<br />

e serão objetos do Programa de Recuperação de Passivos Ambientais.<br />

8.2 – PROGRAMAS DE CONTROLE E MONITORAMENTO<br />

O Plano de Gestão e Supervisão Ambiental, onde serão estabelecidos os<br />

procedimentos para desenvolvimento, monitoramento e supervisão das ações<br />

constantes nas Medidas Mitigadoras e Compensatórias, será tratado na VALEC por<br />

meio dos seguintes Programas e Subprogramas:<br />

• Programa de Gestão, Monitoramento e Controle da Qualidade Ambiental<br />

o Subprograma de Procedimentos e Rotinas de Acompanhamento<br />

dos Compromissos Ambientais;<br />

o Subprograma de Monitoramento e Controle dos Impactos<br />

Ambientais nas Obras;<br />

o Subprograma de Monitoramento e Controle de Efluentes Sanitários<br />

e Industriais;<br />

o Subprograma de Monitoramento e Controle dos Resíduos Sólidos,<br />

Líquidos e de Serviços de Saúde;<br />

o Subprograma de Monitoramento e Controle de Processos Erosivos;<br />

o Subprograma de Monitoramento e Controle da Qualidade da<br />

Água;<br />

o Subprograma de Monitoramento e Controle de Emissões<br />

Atmosféricas, Ruídos e Vibrações na Fase de Construção;<br />

o Subprograma de Monitoramento e Mitigação de Atropelamentos<br />

da Fauna;<br />

o Subprograma de Monitoramento da Fauna e de Bioindicadores;<br />

o Subprograma de Controle e Minimização da Supressão da<br />

Vegetação.<br />

8.2.1 - MEDIDAS DE PROTEÇÃO CULTURAL E DE APOIO COMUNITÁRIO<br />

Fazem parte destas medidas os projetos de proteção cultural e de proteção<br />

do cidadão frente às operações de grande porte que bem caracterizam a<br />

construção pesada, onde se incluem as obras ferroviárias.<br />

Na medida em que os estudos de traçado procuraram evitar áreas urbanas,<br />

áreas de ocorrência de cavernas, áreas indígenas, áreas ocupadas por populações<br />

tradicionais e áreas quilombolas, até o presente momento não estão previstos<br />

Programas Especiais de Apoio a Populações Frágeis, nem Programas Especiais de<br />

Proteção e Resgate Cultural.<br />

116


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE<br />

GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

VOLUME 3<br />

Entretanto, tendo em vista as reivindicações de áreas por grupos humanos<br />

diferenciados que despontam em todo o país, julgamos necessário manter atenção<br />

sobre o tema, pois tais reivindicações podem surgir a qualquer tempo, desde o<br />

início da construção até o fim da vida útil da ferrovia. É neste sentido que, apesar de<br />

ainda não previstos, tais programas são mantidos na relação geral.<br />

No caso da Proteção Cultural será necessário dar prosseguimento às<br />

pesquisas arqueológicas realizadas em superfície durante os Estudos de Impacto<br />

Ambiental, realizando agora sondagens exploratórias para prospecção ao longo<br />

dos trechos à medida que for realizada a locação topográfica do eixo de projeto. É<br />

este trabalho que permitirá programar trabalhos de resgate arqueológico<br />

atendendo a Portaria IPHAN 230/02. Estes serviços deverão ser instruídos através da<br />

proposição de um Programa de Prospecção e Resgate Arqueológico, o qual<br />

deverá ser aprovado pelo IPHAN.<br />

Deverão ser implantados também quatro medidas com características de<br />

apoio comunitário:<br />

• Programa de Comunicação Social;<br />

• Programa de Relocação de Infraestrutura;<br />

• Programa de Indenização, Reassentamento e Desapropriação; e<br />

o Subprograma de Averbação e Relocação de Reservas Legais<br />

interceptadas.<br />

No primeiro caso, o Programa de Comunicação Social proposto deverá ter<br />

como objetivos:<br />

o Garantir o diálogo entre a VALEC e seus prepostos (construtores,<br />

supervisores e operadores) com todos os segmentos sociais<br />

interessados no empreendimento, com especial atenção aos<br />

residentes em áreas confrontantes com a faixa de domínio e às<br />

populações das pequenas cidades e vilas que estejam nas<br />

proximidades das obras ou das suas instalações de apoio.<br />

o Manter um sistema de divulgação que, usando da transparência e<br />

procurando se antecipar, evite a propagação de boatos e notícias<br />

que possam gerar intranquilidade na população mais próxima das<br />

tarefas de construção;<br />

o Manter uma ouvidoria permanente, disponível em cada<br />

acampamento de construção, treinada para ouvir os problemas<br />

dos moradores lindeiros e dar solução aos casos mais simples,<br />

encaminhando a Assessoria de Comunicação (ASCOM) da VALEC<br />

as dúvidas que não puderam ser dirimidas no próprio local em que<br />

foram apresentadas;<br />

117


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE<br />

GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

VOLUME 3<br />

o Promover boas relações com as comunidades afetadas, se<br />

mostrando disponível para atender seus reclames e instruindo a<br />

forma de minimizar e compensar prováveis prejuízos ou incômodos.<br />

Em busca de tal objetivo deverão ser promovidas visitas guiadas às<br />

obras e eventos culturais junto às escolas, destacando as funções<br />

da ferrovia, os processos construtivos e operacionais e,<br />

especialmente, eventos demonstrativos dos procedimentos de<br />

proteção ambiental.<br />

No segundo caso, o Programa de Relocação de Infraestrutura tem como<br />

objetivo a relocação de infraestrutura atingida pelas obras tendo em vista que a<br />

futura Ferrovia teve seu traçado escolhido evitando as áreas urbanas. Esse<br />

programa é denominado nos projetos de engenharia como Remoção de<br />

Interferências, e visa garantir a circulação viária, o acesso a água e operação de<br />

linhas de transmissão de energia elétrica e de comunicações, principalmente por<br />

meio de viadutos rodoviários e ferroviários; passagens inferiores, normalmente<br />

construídas com estruturas tipo “ARMCO”; e a relocação de postes e linhas de<br />

transmissão e de comunicações. O leque de situações e padrões encontrados não<br />

incentiva a elaboração de Normas específicas, o que exigirá projetos específicos<br />

para cada caso.<br />

No terceiro e no quarto casos, o Programa de Indenização, Reassentamento<br />

e Desapropriação deverá seguir os processos hoje conduzidos sob o título<br />

Desapropriações, Compensações e Indenizações, o qual deve ser complementado<br />

com o Subprograma de Averbação e Relocação de Reservas Legais Interceptadas.<br />

8.2.2 - PROGRAMAS AMBIENTAIS - CONSOLIDAÇÃO<br />

Nas especificações gerais e nas planilhas de orçamento para as obras de<br />

implantação da FNS deverão estar incluídos itens e recursos para os serviços<br />

correspondentes à Proteção ao Meio Ambiente, propostos nos Programas<br />

Ambientais indicados neste capítulo. Esses programas deverão ser detalhados,<br />

como Planos Básicos Ambientais, após a obtenção da Licença Prévia (LP).<br />

Os Programas Ambientais são derivados dos diagnósticos ambientais (meios<br />

físico, biótico e antrópico) da área de influência da Ferrovia, frente à introdução do<br />

empreendimento naqueles meios. Eles se traduzem em um conjunto de ações,<br />

destinadas basicamente a evitar ou a mitigar as consequências negativas dos<br />

impactos provocados pelas obras e pelas instalações de apoio, buscando soluções<br />

para alguns dos processos potenciais de degradação ambiental que podem ser<br />

deflagrados por elas. Os Programas previstos podem ser classificados em quatro<br />

conjuntos:<br />

MEDIDAS COMPENSATÓRIAS, voltadas ao atendimento das Resoluções<br />

CONAMA 369/2006 e 371/2006, além da compensação pela emissão de gases do<br />

efeito estufa (ver Quadro 8.2). São elas:<br />

118


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE<br />

GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

VOLUME 3<br />

• Programa de Plantios Compensatórios - Atendimento à Resolução CONAMA<br />

369/2006<br />

o Subprograma de Resgate da Flora;<br />

o Subprograma de Reprodução e Multiplicação de Mudas em<br />

Viveiros;<br />

o Subprograma de Cobertura Vegetal para Recuperação de Áreas<br />

Degradadas; e<br />

o Subprograma de Averbação e Relocação de Reservas Legais<br />

Interceptadas.<br />

• Programa de Compensação pela Emissão de Gases do Efeito Estufa<br />

o Subprograma de Resgate da Flora;<br />

o Subprograma de Reprodução e Multiplicação de Mudas em<br />

Viveiros;<br />

o Subprograma de Plantios Compensatórios; e<br />

o Subprograma de Cobertura Vegetal para Recuperação de Áreas<br />

Degradadas.<br />

• Programa de Apoio a Unidades de Conservação - Atendimento à Resolução<br />

CONAMA 371/2006, o qual será definido detalhadamente apenas no plano<br />

de trabalho referente à aplicação dos recursos.<br />

MEDIDAS MITIGADORAS, que são instrumentos destinados ao<br />

equacionamento das situações de impacto que podem ser evitados ou<br />

minimizados com ações preventivas, incluindo as Medidas de Correção adotadas<br />

segundo o Plano de Recuperação dos Passivos Ambientais (ver Quadro 8.3). São<br />

elas:<br />

• PLANO AMBIENTAL DE CONSTRUÇÃO<br />

• Programa de Controle da Poluição e da Degradação Ambiental na<br />

Construção<br />

o Subprograma de Qualidade Ambiental da Construção;<br />

o Subprograma de Recuperação de Áreas Degradadas;<br />

o Subprograma de Redução de Impactos na Extração de Materiais<br />

de Construção.<br />

• Programa de Redução de Impactos na Instalação e Operação de<br />

Acampamentos e de Canteiros de Serviços<br />

119


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE<br />

GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

VOLUME 3<br />

o Subprograma de Instalação e Operação de Canteiros de Obras;<br />

o Subprograma de Gerenciamento de Resíduos Sólidos;<br />

o Subprograma de Gerenciamento de Resíduos Sanitários;<br />

o Subprograma de Gerenciamento de Resíduos Industriais;<br />

o Subprograma de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de<br />

Saúde.<br />

• Programa de Proteção da Flora<br />

o Subprograma de Resgate da Flora;<br />

o Subprograma de Reprodução e Multiplicação de Mudas em<br />

Viveiros;<br />

o Subprograma de Plantios Compensatórios;<br />

o Subprograma de Transplantes de Espécimes Vegetais Selecionados.<br />

• Programa de Proteção da Fauna<br />

o Subprograma de Resgate da Fauna nas Frentes de Desmatamento;<br />

o Subprograma de Implantação de Passagens Inferiores de Fauna.<br />

• Programa de Proteção Contra Erosão<br />

o Subprograma de Drenagem Superficial e Proteção Contra Erosão;<br />

o Subprograma de Plantios Paisagísticos;<br />

o Subprograma de Cobertura Vegetal para Recuperação de Áreas<br />

Degradadas;<br />

o Subprograma de Transplante de Espécimes Vegetais Selecionados.<br />

• Programa de Gerenciamento da Mão-de-Obra<br />

o Subprograma de Administração da Mão de Obra;<br />

o Subprograma de Educação Ambiental;<br />

o Subprograma de Segurança, Saúde e Mão de Obra;<br />

o Subprograma de Capacitação dos Trabalhadores no Plano<br />

Ambiental de Construção.<br />

• Programa de Recuperação de Passivos Ambientais<br />

MEDIDAS DE MONITORAMENTO E CONTROLE DA QUALIDADE AMBIENTAL, que<br />

são os instrumentos efetivos de medição dos resultados obtidos frente as metas<br />

estabelecidas pelos programas estabelecidos (ver Quadro 8.4). São elas:<br />

120


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE<br />

GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

VOLUME 3<br />

• Programa Gestão, Monitoramento e Controle da Qualidade Ambiental<br />

o Subprograma de Procedimentos e Rotinas de Acompanhamento<br />

de Compromissos Ambientais;<br />

o Subprograma de Monitoramento e Controle dos Impactos<br />

Ambientais nas Obras<br />

o Subprograma de Monitoramento e Controle de Efluentes Sanitários<br />

e Industriais;<br />

o Subprograma de Monitoramento e Controle dos Resíduos Sólidos,<br />

Líquidos e de Serviços de Saúde<br />

o Subprograma de Monitoramento e Controle de Processos Erosivos;<br />

o Subprograma de Monitoramento e Controle da Qualidade da<br />

Água;<br />

o Subprograma de Monitoramento e Controle de Emissões<br />

Atmosféricas, Ruídos e Vibrações na Fase de Construção;<br />

o Subprograma de Monitoramento e Mitigação de Atropelamentos<br />

de Fauna;<br />

o Subprograma de Monitoramento da Fauna e de Bioindicadores;<br />

o Subprograma de Controle e Minimização da Supressão da<br />

Vegetação.<br />

MEDIDAS DE PROTEÇÃO CULTURAL E DE APOIO COMUNITÁRIO, voltados para a<br />

conservação dos recursos de infraestrutura e repasse de informações à população<br />

local acerca dos aspectos ambientais do empreendimento (ver Quadro 8.5).<br />

• Programa de Prospecção e Resgate Arqueológico;<br />

• Programa de Comunicação Social;<br />

• Programa de Relocação de Infraestrutura; e<br />

• Programa de Indenização, Reassentamento e Desapropriação.<br />

o Subprograma de Averbação e Relocação de Reservas Legais<br />

interceptadas<br />

121


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

ATIVIDADES PRINCIPAIS IMPACTOS<br />

Realização do<br />

Empreendimento<br />

Desmatamentos<br />

Operação da<br />

Ferrovia<br />

QUADRO 8.2 – IDENTIFICAÇÃO DOS IMPACTOS E DEFINIÇÃO DAS MEDIDAS COMPENSATÓRIAS<br />

Construção e operação<br />

do novo<br />

empreendimento,<br />

gerando incentivo ao<br />

crescimento econômico e<br />

implantação de novos<br />

empreendimentos<br />

Remoção definitiva da<br />

vegetação e<br />

fragmentação de<br />

habitats<br />

Emissão de Gases do<br />

Efeito Estufa<br />

ATIVIDADES PRINCIPAIS IMPACTOS<br />

Operação de<br />

máquinas e<br />

equipamentos<br />

Terraplenagem,<br />

empréstimos,<br />

bota-foras e<br />

extração de<br />

materiais de<br />

construção<br />

PRINCIPAIS RECURSOS<br />

ATINGIDOS<br />

Populção, fauna,<br />

flora, recursos<br />

hídricos, solos e<br />

rochas.<br />

Fauna e flora<br />

População, fauna,<br />

flora e recursos<br />

hídricos – mudanças<br />

climáticas<br />

MEDIDAS COMPENSATÓRIAS<br />

Pagamento da Compensação prevista<br />

pela Resolução CONAMA 371/2006<br />

Compensação prevista na Resolução<br />

369/2006;<br />

Programa de Proteção da Flora<br />

Subprograma de Averbação e<br />

Relocação de Reservas Legais<br />

Interceptadas.<br />

Programa de Compensação pela<br />

Emissão de Gases do Efeito Estufa.<br />

QUADRO 8.3 – IDENTIFICAÇÃO DOS IMPACTOS E DEFINIÇÃO DAS MEDIDAS MITIGADORAS<br />

Alterações nos níveis de<br />

ruídos e vibrações;<br />

Contaminação dos solos e<br />

das águas superficiais e<br />

subterrâneas por esgotos,<br />

óleos e graxas;<br />

Risco de atropelamento<br />

de animais;<br />

Poluição aérea por<br />

partículas e gases;<br />

Risco de atropelamento<br />

de animais; e<br />

Risco de acidentes e à<br />

segurança das pessoas.<br />

Alterações nos níveis de<br />

ruídos e vibrações;<br />

Contaminação dos solos e<br />

das águas superficiais e<br />

subterrâneas por esgotos,<br />

óleos e graxas;<br />

Erosão, assoreamento,<br />

compactação dos solos e<br />

instabilidade estrutural<br />

(escorregamentos,<br />

deslizamentos);<br />

Poluição aérea por<br />

partículas e gases;<br />

Risco de interferência com<br />

cavernas<br />

Risco de atropelamento<br />

de animais;<br />

Risco de redução de<br />

habitats da fauna<br />

subterrânea;<br />

Risco de perda de<br />

patrimônio arqueológico;<br />

Risco de acidentes e à<br />

PRINCIPAIS RECURSOS<br />

ATINGIDOS<br />

Ar;<br />

Águas superficiais e<br />

subterrâneas;<br />

Fauna silvestre e<br />

doméstica; e<br />

População.<br />

Ar;<br />

Águas superficiais e<br />

subterrâneas;<br />

Solos e rochas;<br />

Cavernas;<br />

Fauna silvestre e<br />

doméstica;<br />

Patrimônio<br />

arqueológico; e<br />

População.<br />

MEDIDAS MITIGADORAS<br />

Programa de Controle da Poluição e da<br />

Degradação Ambiental na Construção;<br />

Subprograma de Educação Ambiental;<br />

Subprograma de Segurança, Saúde e<br />

Mão de Obra;<br />

Subprograma de Capacitação dos<br />

Trabalhadores no Plano Ambiental de<br />

Construção;<br />

Subprograma de Gerenciamento de<br />

Resíduos Sólidos;<br />

Subprograma de Gerenciamento de<br />

Resíduos Sanitários; e<br />

Programa de Proteção da Fauna.<br />

Programa de Controle da Poluição e da<br />

Degradação Ambiental na Construção;<br />

Programa de Proteção da Flora;<br />

Programa de Proteção Contra Erosão;<br />

Subprograma de Cobertura Vegetal<br />

para Recuperação de Áreas<br />

Degradadas;<br />

Subprograma de Educação Ambiental;<br />

Subprograma de Segurança, Saúde e<br />

Mão de Obra;<br />

Subprograma de Capacitação dos<br />

Trabalhadores no Plano Ambiental de<br />

Construção<br />

Subprograma de Gerenciamento de<br />

Resíduos Sólidos;<br />

Subprograma de Gerenciamento de<br />

Resíduos Sanitários<br />

Programa de Proteção da Fauna<br />

Alteração do traçado projetado,<br />

distando-o pelo menos 250m a partir do<br />

perímetro que representaria a projeção<br />

da caverna na superfície do terreno, em<br />

todos os locais onde forem confirmados<br />

VOLUME 3<br />

FASE DE<br />

IMPLEMENTAÇÃO<br />

Acordo de pagamento<br />

assinado com o<br />

Beneficiário como<br />

condição de<br />

recebimento da<br />

Licença de Instalação<br />

(LI)<br />

Fase de Construção<br />

Fase de Operação, por<br />

toda a vida útil<br />

FASE DE<br />

IMPLEMENTAÇÃO<br />

Fase de Construção e<br />

Fase de Operação<br />

(conservação da via<br />

permanente)<br />

Fase de Construção<br />

122


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

ATIVIDADES PRINCIPAIS IMPACTOS<br />

Drenagem e obras<br />

de arte<br />

Abertura de<br />

caminhos de<br />

serviço<br />

Instalação e<br />

operação de<br />

alojamentos e<br />

canteiros de obras<br />

segurança das pessoas;<br />

Alteração na circulação<br />

das pessoas;<br />

Risco de interferência com<br />

cabeceiras que<br />

abastecem habitações<br />

rurais.<br />

Risco de alagamentos e<br />

represamentos;<br />

Contaminação dos solos e<br />

das águas superficiais e<br />

subterrâneas por esgotos,<br />

óleos e graxas;<br />

Risco de redução de<br />

habitats da fauna<br />

aquática;<br />

Alteração temporária da<br />

circulação da fauna<br />

aquática;<br />

Risco de acidentes e à<br />

segurança das pessoas.<br />

Risco de alagamentos e<br />

represamentos;<br />

Erosão, assoreamento,<br />

compactação dos solos e<br />

instabilidade estrutural<br />

(escorregamentos,<br />

deslizamentos);<br />

Poluição aérea por<br />

partículas e gases;<br />

Risco de interferência com<br />

cavernas<br />

Risco de atropelamento<br />

de animais;<br />

Risco de redução de<br />

habitats da fauna<br />

aquática;<br />

Risco da geração de<br />

criatórios de insetos que<br />

proliferam doenças<br />

endêmicas;<br />

Risco de acidentes e à<br />

segurança das pessoas; e<br />

Risco de interferência com<br />

cabeceiras que<br />

abastecem habitações<br />

rurais.<br />

Contaminação dos solos e<br />

das águas superficiais e<br />

subterrâneas por esgotos,<br />

óleos e graxas;<br />

Risco de contaminação<br />

dos solos e das águas<br />

superficiais e subterrâneas<br />

devido a disposição<br />

inadequada de lixo;<br />

Subtração da cobertura<br />

vegetal com redução da<br />

biodiversidade;<br />

Alterações na circulação<br />

da fauna silvestre devido<br />

ao efeito barreira;<br />

PRINCIPAIS RECURSOS<br />

ATINGIDOS<br />

Águas superficiais e<br />

subterrâneas<br />

Águas superficiais e<br />

subterrâneas;<br />

Solos e rochas;<br />

Cavernas;<br />

Fauna silvestre e<br />

doméstica; e<br />

População.<br />

Águas superficiais e<br />

subterrâneas;<br />

Solos;<br />

Flora;<br />

Fauna; e<br />

Patrimônio<br />

arqueológico<br />

MEDIDAS MITIGADORAS<br />

riscos de interferência com cavernas,<br />

conforme determinado na Resolução<br />

CONAMA 347/2004.<br />

Programa de Controle da Poluição e da<br />

Degradação Ambiental na Construção;<br />

Programa de Proteção Contra Erosão;<br />

Programa de Proteção da Flora;<br />

Subprograma de Cobertura Vegetal<br />

para Recuperação de Áreas<br />

Degradadas;<br />

Subprograma de Educação Ambiental;<br />

Subprograma de Segurança, Saúde e<br />

Mão de Obra;<br />

Subprograma de Capacitação dos<br />

Trabalhadores no Plano Ambiental de<br />

Construção; e<br />

Programa de Proteção da Fauna.<br />

Programa de Controle da Poluição e da<br />

Degradação Ambiental na Construção;<br />

Programa de Proteção da Flora;<br />

Programa de Proteção Contra Erosão;<br />

Subprograma de Cobertura Vegetal<br />

para Recuperação de Áreas<br />

Degradadas;<br />

Subprograma de Educação Ambiental;<br />

Subprograma de Segurança, Saúde e<br />

Mão de Obra;<br />

Subprograma de Capacitação dos<br />

Trabalhadores no Plano Ambiental de<br />

Construção;<br />

Programa de Proteção da Fauna;<br />

Utilizar preferencialmente manilhas nas<br />

travessias de cursos d’água e de suas<br />

cabeceiras pelo caminho de serviço, em<br />

detrimento da utilização das<br />

denominadas “pinguelas”.<br />

Garantir a quantidade e a qualidade da<br />

água necessária ao abastecimento das<br />

habitações e propriedades rurais<br />

limítrofes à faixa de domínio.<br />

Programa de Controle da Poluição e da<br />

Degradação Ambiental na Construção;<br />

Programa de Proteção da Flora;<br />

Programa de Proteção Contra Erosão;<br />

Subprograma de Cobertura Vegetal<br />

para Recuperação de Áreas<br />

Degradadas;<br />

Subprograma de Educação Ambiental;<br />

Subprograma de Segurança, Saúde e<br />

Mão de Obra;<br />

Subprograma de Capacitação dos<br />

Trabalhadores no Plano Ambiental de<br />

Construção;<br />

Programa de Redução de Impactos na<br />

VOLUME 3<br />

FASE DE<br />

IMPLEMENTAÇÃO<br />

Fase de Construção<br />

Fase de Construção<br />

Fase de Construção e<br />

Fase de Operação<br />

(conservação da via<br />

permanente)<br />

123


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

ATIVIDADES PRINCIPAIS IMPACTOS<br />

Desmatamento e<br />

limpeza do terreno<br />

Contratação de<br />

mão de obra<br />

Desapropriações<br />

Conservação e<br />

restauração<br />

Colonização por espécies<br />

ruderais e introdução de<br />

espécies exóticas;<br />

Risco de perda de<br />

patrimônio arqueológico.<br />

Erosão, assoreamento,<br />

compactação dos solos e<br />

instabilidade estrutural<br />

(escorregamentos,<br />

deslizamentos);<br />

Subtração da cobertura<br />

vegetal com redução da<br />

biodiversidade;<br />

Risco de atropelamento<br />

de animais;<br />

Colonização por espécies<br />

ruderais e introdução de<br />

espécies exóticas;<br />

Alterações na circulação<br />

da fauna silvestre devido<br />

ao efeito barreira;<br />

Risco de incêndio devido<br />

o grande volume de<br />

biomassa seca<br />

(inflamável);<br />

Risco de perda de<br />

patrimônio arqueológico;<br />

e<br />

Risco de acidentes e à<br />

segurança das pessoas.<br />

Geração de empregos<br />

para a mão de obra local<br />

não especializada<br />

Alterações no uso do solo<br />

e deslocamento de<br />

contingentes<br />

populacionais;<br />

Seccionamento da<br />

propriedade rural e<br />

interferências em áreas<br />

especiais de acesso à<br />

terra;<br />

Perdas de habitações;<br />

Perda do acesso a fontes<br />

de água;<br />

Perdas de áreas de<br />

reserva legal.<br />

Alterações nos níveis de<br />

ruídos e vibrações;<br />

Degradação das áreas de<br />

extração de materiais de<br />

construção;<br />

Erosão, assoreamento,<br />

compactação dos solos e<br />

instabilidade estrutural<br />

(escorregamentos,<br />

deslizamentos);<br />

Poluição aérea por<br />

partículas e gases;<br />

Colonização por espécies<br />

ruderais e introdução de<br />

espécies exóticas;<br />

PRINCIPAIS RECURSOS<br />

ATINGIDOS<br />

Solos;<br />

Flora;<br />

Fauna;<br />

Patrimônio<br />

arqueológico; e<br />

População.<br />

População<br />

População<br />

Ar;<br />

Solos e rochas;<br />

Fauna; e<br />

População<br />

MEDIDAS MITIGADORAS<br />

Instalação e Operação de<br />

Acampamentos e Canteiros de Serviços;<br />

e<br />

Programa de Proteção da Fauna.<br />

Programa de Controle da Poluição e da<br />

Degradação Ambiental na Construção;<br />

Programa de Proteção Contra Erosão;<br />

Compensação prevista na Resolução<br />

369/2006;<br />

Programa de Proteção da Flora;<br />

Subprograma de Averbação e<br />

Relocação de Reservas Legais<br />

Interceptadas; e<br />

Programa de Prospecção e Resgate<br />

Arqueológico.<br />

Programa de Gerenciamento da Mão<br />

de Obra<br />

Programa de Indenização,<br />

Reassentamento e Desapropriação.<br />

Subprograma de Averbação e<br />

Relocação de Reservas Legais<br />

interceptadas<br />

Programa de Recuperação de Passivos<br />

Ambientais<br />

Programa de Controle da Poluição e da<br />

Degradação Ambiental na Construção;<br />

Programa de Proteção da Flora;<br />

Programa de Proteção Contra Erosão;<br />

Subprograma de Cobertura Vegetal<br />

para Recuperação de Áreas<br />

Degradadas;<br />

Subprograma de Educação Ambiental;<br />

Subprograma de Segurança, Saúde e<br />

Mão de Obra;<br />

Subprograma de Capacitação dos<br />

Trabalhadores no Plano Ambiental de<br />

VOLUME 3<br />

FASE DE<br />

IMPLEMENTAÇÃO<br />

Fase de Construção<br />

Fase de Construção e<br />

Fase de Operação<br />

(conservação da via<br />

permanente)<br />

Inicio da Fase de<br />

Construção, trecho a<br />

trecho<br />

Fase de Operação<br />

(conservação da via<br />

permanente)<br />

124


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

ATIVIDADES PRINCIPAIS IMPACTOS<br />

Tráfego<br />

Acidentes<br />

ATIVIDADE<br />

Gerenciamento<br />

Ambiental da<br />

VALEC<br />

Fiscalização de<br />

Campo<br />

Análise de<br />

contaminações /<br />

poluições<br />

Alterações na circulação<br />

das pessoas.<br />

Contaminação dos solos e<br />

das águas superficiais e<br />

subterrâneas por esgotos,<br />

óleos e graxas;<br />

Risco de contaminação<br />

dos solos e das águas<br />

superficiais e subterrâneas<br />

devido a acidentes com<br />

cargas perigosas;<br />

Poluição aérea por<br />

partículas e gases;<br />

Alterações nos níveis de<br />

ruídos e vibrações;<br />

Risco de atropelamento<br />

de animais;<br />

Alterações na circulação<br />

da fauna silvestre devido<br />

ao efeito barreira;<br />

Risco de acidentes e à<br />

segurança das pessoas;<br />

Dinamização da<br />

economia regional; e<br />

Redução do emprego no<br />

modo rodoviário.<br />

Contaminações por<br />

derramamento de cargas<br />

Explosões<br />

PRINCIPAIS RECURSOS<br />

ATINGIDOS<br />

População, fauna e<br />

flora<br />

Todos<br />

Construção;<br />

MEDIDAS MITIGADORAS<br />

Subprograma de Gerenciamento de<br />

Resíduos Sólidos;<br />

Subprograma de Gerenciamento de<br />

Resíduos Sanitários; e<br />

Programa de Proteção da Fauna.<br />

Programa de Controle da Poluição e da<br />

Degradação Ambiental na Construção;<br />

Programa de Proteção da Flora;<br />

Programa de Proteção Contra Erosão;<br />

Subprograma de Cobertura Vegetal<br />

para Recuperação de Áreas<br />

Degradadas;<br />

Subprograma de Educação Ambiental;<br />

Subprograma de Segurança, Saúde e<br />

Mão de Obra;<br />

Subprograma de Capacitação dos<br />

Trabalhadores no Plano Ambiental de<br />

Construção;<br />

Subprograma de Gerenciamento de<br />

Resíduos Sólidos;<br />

Subprograma de Gerenciamento de<br />

Resíduos Sanitários; e<br />

Programa de Proteção da Fauna.<br />

Programa de Gerenciamento de Riscos<br />

Ambientais e Plano de Ações<br />

Emergenciais<br />

VOLUME 3<br />

FASE DE<br />

IMPLEMENTAÇÃO<br />

Fase de Operação<br />

(conservação dos<br />

equipamentos)<br />

Fase de Construção e<br />

de Operação<br />

QUADRO 8.4 – IDENTIFICAÇÃO DAS MEDIDAS DE MONITORAMENTO E CONTROLE DA QUALIDADE AMBIENTAL<br />

IMPACTOS SOB<br />

CONTROLE<br />

Todos Todos<br />

Execução de Obras e<br />

Serviços de Construção e<br />

Manutenção<br />

Operação de Máquinas,<br />

equipamentos,<br />

Acampamentos e<br />

Instalações Industriais<br />

PRINCIPAIS MEIOS<br />

Todos<br />

CONTROLADOS<br />

Água, Solo, Ar<br />

MEDIDAS DE MONITORAMENTO E<br />

CONTROLE<br />

Subprograma de Procedimentos e Rotinas<br />

de Acompanhamento de Compromissos<br />

Ambientais.<br />

Programa Gestão, Monitoramento e<br />

Controle da Qualidade Ambiental;<br />

Subprograma de Monitoramento e<br />

Controle dos Impactos Ambientais nas<br />

Obras;<br />

Subprograma de Monitoramento e<br />

Controle de Processos Erosivos;<br />

Subprograma de Monitoramento e<br />

Mitigação de Atropelamentos de Fauna;<br />

Subprograma de Controle e Minimização<br />

da Supressão da Vegetação.<br />

Subprograma de Monitoramento e<br />

Controle de Efluentes sanitários e<br />

industriais;<br />

Subprograma de Monitoramento e<br />

Controle dos Resíduos Sólidos, Líquidos e<br />

de Serviços de saúde;<br />

Subprograma de Monitoramento e<br />

FASES DE<br />

IMPLEMENTAÇÃO<br />

Fase de Construção e<br />

Fase de Operação<br />

Fase de Construção e<br />

Fase de Operação<br />

Fase de Construção e<br />

Fase de Operação<br />

125


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

ATIVIDADE<br />

IMPACTOS SOB<br />

CONTROLE<br />

PRINCIPAIS MEIOS<br />

CONTROLADOS<br />

MEDIDAS DE MONITORAMENTO E<br />

CONTROLE<br />

Controle da Qualidade da Água;<br />

Subprograma de Monitoramento e<br />

Controle de Emissões Atmosféricas, Ruídos<br />

e Vibrações na Fase de Construção; e<br />

Subprograma de Monitoramento da<br />

Fauna e de Bioindicadores.<br />

QUADRO 8.5 – IDENTIFICAÇÃO DAS MEDIDAS DE APOIO COMUNITÁRIO E PRESERVAÇÃO CULTURAL<br />

VOLUME 3<br />

FASES DE<br />

IMPLEMENTAÇÃO<br />

ATIVIDADE PRINCIPAIS IMPACTOS MEDIDAS DE MONITORAMENTO E CONTROLE FASES DE IMPLEMENTAÇÃO<br />

Informação e<br />

Ouvidoria<br />

Construção da<br />

Ferrovia<br />

Construção da<br />

Ferrovia<br />

Construção da<br />

Ferrovia<br />

Construção e<br />

operação da Ferrovia<br />

Construção e<br />

operação da Ferrovia<br />

Desinformação, boataria Programa de Comunicação Social Construção e Operação<br />

Perda de infraestrutura Programa de Relocação da Infraestrutura Construção<br />

Perda de bens culturais Programa de Prospecção e Resgate Arqueológico<br />

Perda de Moradia; e<br />

Redução ou perda de<br />

capacidade produtiva.<br />

Efeitos sobre a estratégia de<br />

sobrevivência de populações<br />

frágeis, no que se refere a<br />

habitação, saúde, educação<br />

e alimentação.<br />

Efeitos sobre bens culturais<br />

materiais e imateriais,<br />

envolvendo os locais e objetos<br />

de veneração, bem como os<br />

usos e costumes das<br />

comunidades afetadas.<br />

Programa de Indenização, Reassentamento e<br />

Desapropriação.<br />

Subprograma de Averbação e Relocação de Reservas<br />

Legais interceptadas<br />

Imediatamente antes da<br />

Construção<br />

Construção<br />

Programas Especiais de Apoio a Populações Frágeis Construção e Operação<br />

Programas Especiais de Proteção e Resgate Cultural Construção e Operação<br />

126


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE<br />

GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

VOLUME 3<br />

9 – CONCLUSÕES<br />

As prováveis modificações ambientais na Área de Influência (naturais e<br />

socioeconômicas) decorrentes da implantação da Extensão da Ferrovia Norte Sul<br />

atuarão em sinergia com os processos de degradação já existentes e, ainda, com<br />

outras iniciativas econômicas para a região. Esta potencialização deverá estar<br />

associada aos impactos de alta significância provocados pela Ferrovia.<br />

Os impactos de alta significância são:<br />

(i) a subtração da cobertura vegetal e espoliação da fauna nativa;<br />

(ii) a criação do efeito barreira;<br />

(iii) riscos de perda de patrimônio arqueológico e espeleológico;<br />

(iv) dinamização da economia regional;<br />

(v) Alteração do uso do solo; e<br />

(vi) seccionamento da propriedade rural.<br />

São negativos e de alto significado o risco ao patrimônio arqueológico, o<br />

seccionamento da propriedade rural, a alteração do uso do solo e a retirada da<br />

cobertura vegetal e a consequente espoliação da fauna nativa.<br />

Os dois primeiros impactos afetam mais o meio biótico, ambos considerados<br />

de adversidade negativa. Os demais afetam o meio antrópico, e apenas a<br />

dinamização da economia regional é considerada positiva.<br />

A potencialização desses impactos por outros empreendimentos depende<br />

diretamente da natureza de tais iniciativas. Os principais programas/investimentos<br />

previstos são: (i) investimentos oriundos do PAC (Programa de Aceleração do<br />

Crescimento) nas áreas logística, energética, e social e urbana; (ii) os Programas<br />

estaduais de recuperação de infra-estrutura rodoviária e energética; (iii) os<br />

programas estaduais de fomento a agricultura familiar.<br />

Os investimentos privados se destinam à consolidação do setor agroindustrial<br />

e são em grande escala, tais como:<br />

• Em Goiás: a Usina Boa Vista de açúcar e álcool, que encontra-se em fase<br />

de construção. Trata-se da terceira unidade do Grupo São Martinho. Para<br />

a sua instalação, serão investidos R$ 406 milhões, mais os incentivos fiscais<br />

do Programa Produzir Goiás, do Governo de Goiás, e financiamento do<br />

Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A Usina,<br />

que teve suas obras iniciadas em 2006, estará concluída em 2010. O<br />

empreendimento deve gerar cerca de 1.800 empregos diretos e será<br />

voltado exclusivamente para a produção de álcool.<br />

• Em Minas Gerais, encontra-se em fase de implantação a Usina de Biodiesel<br />

Triângulo, em Iturama. Em Santa Vitória será instalado o primeiro pólo<br />

alcoolquímico integrado do mundo. A cidade deverá receber aportes de<br />

pelo menos R$ 2,5 bilhões até 2012 para a instalação de três usinas de<br />

127


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE<br />

GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

VOLUME 3<br />

etanol, uma planta para produção de etileno e uma unidade para<br />

polietileno.<br />

Esses investimentos e programas na região têm diferentes efeitos nos<br />

impactos ambientais significativos previstos para a Extensão Sul da Ferrovia Norte-<br />

Sul. No caso dos empreendimentos focados na área logística, como ocorre com os<br />

projetos previstos no PAC e com os investimentos privados, os seguintes impactos<br />

serão potencializados:<br />

• Subtração da cobertura vegetal e espoliação da fauna nativa;<br />

• Riscos de perda de patrimônio arqueológico e espeleológico;<br />

• Dinamização da economia regional; e<br />

• Alteração do uso do solo.<br />

Por outro lado, a adoção das medidas mitigadoras e compensatórias<br />

propostas, significará a implantação dos mecanismos de prevenção, recuperação<br />

e controle atualmente inexistentes ou pouco atuantes na região.<br />

Para minimizar os efeitos sobre a fauna e a flora deverão ser implantadas<br />

medidas de proteção durante a construção e visando a operação da Ferrovia<br />

como: construção de passagens de fauna, adaptação do sistema de drenagem<br />

para incorporar características que permitam o trânsito de animais e a<br />

recomposição da vegetação na faixa de domínio, sobretudo das matas ripárias,<br />

com espécies nativas regionais.<br />

Para mitigar os impactos sobre os habitantes, em especial no meio rural, que<br />

terão benfeitorias e áreas de plantio e/ou pastagens, estradas vicinais e de fazenda<br />

afetados deverá ser implantado um rigoroso programa de desapropriações para<br />

garantir:<br />

• A menor perda possível de áreas de uso agropastoris para evitar a<br />

pressão sobre os fragmentos de vegetação nativa existentes; e<br />

• A manutenção do emprego e renda gerados nos imóveis, antes e<br />

após as desapropriações.<br />

A maior parte dos componentes do meio físico (solos, recursos minerais, ar e<br />

águas) ou recebem impactos de pequena monta, ou as obras de implantação<br />

situam-se em posição de neutralidade.<br />

O processo de dinamização econômica que deverá ocorrer com a<br />

implantação da Ferrovia será positivo no que se refere ao desenvolvimento humano<br />

e às condições de vida das populações. Nesta medida as entrevistas realizadas na<br />

pesquisa de campo evidenciaram uma expectativa bastante positiva por parte da<br />

população em relação ao Empreendimento.<br />

128


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE<br />

GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

VOLUME 3<br />

O prognóstico realizado aponta para a viabilidade ambiental da Extensão da<br />

Ferrovia Norte Sul de Ouro Verde (GO) a Estrela d´Oeste (SP), considerando,<br />

sobretudo, que os principais processos de degradação ambiental já estão<br />

instalados atualmente e que a obra, em si, pouco irá contribuir diretamente para a<br />

intensificação dos processos instalados e/ou para a introdução de novos processos<br />

de degradação.<br />

Adicionalmente, a implantação pela VALEC dos Programas Ambientais<br />

voltados à Compensação e à Mitigação dos impactos negativos que estão<br />

indicados nesse EIA deve representar importante redução na significância deles<br />

perante a qualidade ambiental esperada para a região no futuro.<br />

Finalmente, destaca-se a importância ambiental da substituição de parte do<br />

atual transporte rodoviário por ferroviário, devido à redução dos acidentes em mais<br />

de 95%, especialmente aqueles com cargas perigosas e/ou com vítimas, e também<br />

devido à redução, em mais de 90%, da emissão de gases do efeito estufa.<br />

129


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DA FNS ENTRE OURO VERDE DE<br />

GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

VOLUME 3<br />

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131


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do riio<br />

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1522


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VOLUME 3<br />

11 – GLOSSÁRIO<br />

SIGLAS<br />

ADA: Área Diretamente Afetada<br />

AGDR: Agência Goiana de Desenvolvimento Regional<br />

Agetop: Agência Goiana de Transportes e Obras<br />

AID: Área de Influência Direta<br />

AII: Área de Influência Indireta<br />

ALL: América Latina Logistica<br />

ANA: Agência Nacional de Águas<br />

ANEEL: Agência Nacional de Energia Elétrica<br />

APA: Área de Proteção Ambiental<br />

APP: Áreas de Preservação Permanente<br />

BNDES: Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social<br />

CANG: Colônia Agrícola Nacional de Goiás<br />

CNA: Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil<br />

CBERS: China-Brazil Earth Resource Satellite (Satélite Sino-Brasileiro de Recursos<br />

Terrestres)<br />

CECAV: Centro Nacional de Estudo, Proteção e Manejo de Cavernas<br />

CERH: Conselho Estadual de Recursos Hídricos<br />

COMIGO: Cooperativa Mista de Produtores Rurais do Sudeste Goiano<br />

CONAMA: Conselho Nacional do Meio Ambiente<br />

CONDEPHAAT: Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e<br />

Turístico do Estado de São Paulo<br />

CONTAG: Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura<br />

CPRM: Companhia de <strong>Pesquisa</strong> de Recursos Minerais<br />

CVRD: Companhia Vale do Rio Doce, atual VALE<br />

162


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GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

VOLUME 3<br />

DAIA: Distrito Agroindustrial de Anápolis<br />

Datasus: Banco de dados do Sistema Único de Saúde<br />

DBO: Demanda Biológica (ou Bioquímica) de Oxigênio<br />

DQO: Demanda Química de Oxigênio<br />

DNPM: Departamento Nacional de Produção Mineral<br />

EFC: Estrada de Ferro Carajás<br />

EIA: Estudos de Impacto Ambiental<br />

EMBRAPA: Empresa Brasileira de <strong>Pesquisa</strong> Agropecuária<br />

FCO: Fundo Constitucional do Centro-Oeste<br />

FEAM: Fundação Estadual do Meio Ambiente, Minas Gerais.<br />

FLONA: Floresta Nacional<br />

FAEG: Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Goiás<br />

FAEMG: Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais<br />

FAESP: Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais<br />

FETA: Federações de Trabalhadores na Agricultura<br />

Fetraf: Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar<br />

FNS: Ferrovia Norte-Sul<br />

FUNAI: Fundação Nacional do Índio<br />

FUNASA: Fundação Nacional de Saúde<br />

GEIPOT: Grupo Executivo de Integração da Política de Transportes<br />

IAS: Impacto Ambiental Significativo<br />

IBAMA: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis<br />

IBGE: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística<br />

ICMBio: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade<br />

IDH: Índice de Desenvolvimento Humano<br />

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GOIÁS (GO) E ESTRELA D’OESTE (SP)<br />

VOLUME 3<br />

IEF: Instituto Estadual de Florestas<br />

IEPHA/MG: Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais<br />

INCRA: Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária<br />

IPEA: Instituto de <strong>Pesquisa</strong> Econômica <strong>Aplicada</strong><br />

IPHAN: Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional<br />

MMA: Ministério do Meio Ambiente<br />

MME: Ministério de Minas e Energia<br />

NASA: National Aeronautics and Space Administration (Agência Espacial Norte<br />

Americana)<br />

NAVA: Norma Ambiental da VALEC<br />

NBR: Norma da Associação Brasileira de Normas Técnicas<br />

PA: Projeto de Assentamento<br />

PAC: Programa de Aceleração do Crescimento<br />

PE: Parque Estadual<br />

PEA: População Economicamente Ativa<br />

PIA: População em Idade Ativa<br />

PIB: Produto Interno Bruto<br />

PNUD: Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento<br />

PRODOESTE: Plano de Desenvolvimento da Região Centro-Oeste<br />

PROVALE: Programa Especial para o Vale do São Francisco<br />

RFFSA: Rede Ferroviária Federal Sociedade Anônima<br />

PRONAF: Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar<br />

RPPN: Reserva Particular do Patrimônio Natural<br />

RIMA: Relatório de Impacto Ambiental<br />

SAD: South American Datum - sistema geodésico regional para a América do Sul<br />

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VOLUME 3<br />

SAF: Secretaria de Agricultura Familiar<br />

SDT: Secretaria de Desenvolvimento Territorial<br />

SINAN: Sistema Nacional de Agravos de Notificação<br />

SINE: Sistema Nacional Emprego<br />

SRA: Secretaria de Reordenamento Agrário<br />

SANEAGO: Saneamento de Goias S/A<br />

SBCS: Sistema Brasileiro de Classificação de Solos<br />

Seagro: Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento<br />

SIAGAS: Sistema de Informações de Águas Subterrâneas<br />

SISNAMA: Sistema Nacional do Meio Ambiente<br />

SNUC: Sistema Nacional de Unidades de Conservação<br />

SPI: Serviço de Proteção ao Índio<br />

SRTM: Shuttle Radar Topography. Mission (Missão Topográfica Radar Shuttle)<br />

TI: Terra Indígena<br />

TKU: Toneladas transportadas por quilômetro útil<br />

UC: Unidade de Conservação<br />

UCG: Universidade Católica de Goiás<br />

UFG: Universidade Federal de Goiás<br />

UFMG: Universidade Federal de Minas Gerais<br />

UFPE: Universidade Federal de Pernambuco<br />

UFPR: Universidade Federal do Paraná<br />

UFSC: Universidade Federal de Santa Catarina<br />

UNICAMP: Universidade Estadual de Campinas<br />

UHE: Usina hidrelétrica<br />

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VOLUME 3<br />

TERMOS<br />

AMBIENTE ANTRÓPICO: o uso e a ocupação do solo, o uso das águas, a<br />

organização econômica, política, social e cultural das populações regionais, a<br />

demografia e as migrações, os sítios e patrimônio histórico e arqueológico, as<br />

relações das comunidades com os recursos ambientais e a utilização potencial<br />

desses recursos (Resolução 001/86 - CONAMA).<br />

AMBIENTE FÍSICO E NATURAL: de acordo com a Resolução 001/86 do CONAMA<br />

engloba o subsolo, as águas, a geologia e o relevo, os tipos e aptidões do solo, os<br />

corpos de água, o regime hidrológico, os ecossistemas, a vegetação e a fauna.<br />

BIODIVERSIDADE: ou diversidade biológica, representa a variedade de organismos<br />

vivos de todas as origens, compreendendo, dentre outros, os ecossistemas terrestres,<br />

marinhos e outros ecossistemas aquáticos e os complexos ecológicos de que fazem<br />

parte; compreendendo ainda à diversidade dentro de espécies; entre espécies e<br />

de ecossistemas.<br />

BIOMASSA: biomassa é um material constituído por substâncias de origem orgânica<br />

(vegetal, animal e microrganismos). Plantas, animais e seus derivados são biomassa.<br />

A utilização como combustível pode ser feita a partir de sua forma bruta, como<br />

madeira, produtos e resíduos agrícolas, resíduos florestais, resíduos pecuários,<br />

excrementos de animais e lixo. Ao contrário das fontes fósseis de energia, como o<br />

petróleo e o carvão mineral, a biomassa é renovável em curto intervalo de tempo.<br />

BIOTA: conjunto de seres vivos que habitam um determinado ambiente ecológico,<br />

em estreita correspondência com as características físicas, químicas e biológicas<br />

deste ambiente. Conjunto dos componentes vivos (bióticos) de um ecossistema.<br />

BITOLA DA <strong>FERROVIA</strong>: é a distância que separa os boletos dos trilhos de uma via<br />

férrea.<br />

BOLETO DO TRILHO: parte superior do trilho, onde há o contato com as rodas do<br />

trem.<br />

BROMELIÁCEAS: família de plantas floríferas pertencentes à ordem Poales,<br />

representada pelas bromélias<br />

CENTRO DE ENDEMISMO: os biomas não são homogêneos, pois cada setor do<br />

enorme bioma possui o seu próprio conjunto de espécies endêmicas, ou seja,<br />

espécies que não ocorrem em nenhuma outra região do planeta. As áreas que<br />

possuem duas ou mais espécies endêmicas são denominadas de centros de<br />

endemismo.<br />

CORREDORES ECOLÓGICOS: porções de ecossistemas naturais ou seminaturais,<br />

ligando unidades de conservação, que possibilitam entre elas o fluxo de genes e o<br />

movimento da biota, facilitando a dispersão de espécies e a recolonização de<br />

áreas degradadas, bem como a manutenção de populações que demandam<br />

para sua sobrevivência áreas com extensão maior do que aquela das unidades<br />

individuais.<br />

DIRETRIZ: projeção ortogonal em plano horizontal do eixo da plataforma de uma<br />

via.<br />

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VOLUME 3<br />

EFEITO BARREIRA: diz-se das conseqüências sobre a fauna local a partir da<br />

construção de barreiras físicas (estradas, ferrovias, construções diversas etc) que<br />

interrompem a conectividade entre ambientes naturais. A barreira pode reduzir os<br />

acessos a habitats vitais e obstar processos de manutenção da população regional<br />

como a dispersão. A impossibilidade de migração dos indivíduos pode levar à<br />

fragmentação das populações, ao isolamento e a diminuição do fluxo gênico<br />

EFEITO DE BORDA: o efeito de borda é o conjunto de alterações físicas e biológicas<br />

que se observa na faixa de mata em contato com outro tipo de ambiente<br />

(geralmente pastagens ou áreas abertas). Os ecossistemas florestais sofrem<br />

adaptações na sua interface com sistemas não florestais, como campos naturais ou<br />

áreas agrícolas. Nestas interfaces há maior exposição do espaço sub-dossel ao<br />

vento e à luz solar, com conseqüente perda de umidade relativa do ar e do solo.<br />

Estas alterações no microclima causam a substituição de espécies florestais por<br />

lianas e arbustos, além da maior exposição aos ventos aumentarem em muito as<br />

quedas de árvores. O resultado é a gradual perda de espécies dependentes de<br />

ambientes florestados e sua substituição por espécies oportunistas ou de áreas<br />

abertas, com o eventual colapso dos fragmentos menores, transformados em<br />

paliteiros recobertos por cipós.<br />

EFEITOS SINÉRGICOS: são aqueles amplificados ou potencializados pela associação<br />

de diferentes impactos.<br />

EMPRÉSTIMO: volume de material que se escava para suprir a deficiência ou<br />

insuficiência do destinado ao aterro.<br />

EPÍFITAS: plantas que crescem sobre as árvores, usando-as somente como apoio<br />

para buscar luz; não são plantas parasitas, nutrindo-se apenas de material em<br />

decomposição que cai das árvores e acumula-se ao emaranhar-se em suas raízes.<br />

ESPÉCIES EXÓTICAS (ou invasoras): uma espécie é considerada invasora se o seu<br />

estabelecimento percorre as seguintes etapas:<br />

• a espécie é introduzida por acção humana, propositada (por exemplo, para<br />

cultura), ou acidental (por exemplo, agarrada aos cascos de navios), numa<br />

determinada região ou localização onde antes não ocorria naturalmente (ou<br />

seja, não é nativa);<br />

• a espécie estabelece uma população reprodutora nesse local sem mais<br />

intervenção humana;<br />

• a espécie torna-se uma praga nessa nova localização, ameaçando<br />

a biodiversidade local. Segundo a IUCN, as invasões biológicas são a<br />

segunda maior causa de perda de biodiversidade à escala global.<br />

ESPÉCIES RUDERAIS: são representadas por plantas que colonizam áreas<br />

degradadas ou sítios perturbados.<br />

ESPÉCIE GUARDA-CHUVA (umbrella species): é uma espécie cuja conservação in<br />

situ implica/resulta na conservação das outras espécies componentes do<br />

ecossistema em que ocorre. Comumente são espécies como predadores de topo<br />

ou grandes mamíferos e aves (em geral megavertebrados carismáticos) que<br />

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VOLUME 3<br />

necessitam de grandes extensões de habitat para manter populações viáveis, sua<br />

conservação implicando na de espécies com requisitos menos extensos. Espécies<br />

guarda-chuva também podem ser endemismos localizados que indicam<br />

comunidades biológicas geograficamente restritas.<br />

EROSÃO: compreende a destruição da estrutura do solo e sua remoção, pela ação<br />

das águas de escoamento superficial.<br />

FAIXA DE DOMÍNIO: base física sobre a qual se assenta a ferrovia, constituída pela<br />

superestrutura, obras de arte, espaçamentos laterais, sinalização, até o alinhamento<br />

das cercas que separam a ferrovia dos imóveis marginais.<br />

FLORESTA NACIONAL (FLONA): é uma área com cobertura florestal de espécies<br />

predominantemente nativas cuja demarcação objetiva o uso múltiplo sustentável<br />

dos recursos florestais e a pesquisa científica.<br />

HABITAT: total de características ecológicas do lugar específico habitado por um<br />

organismo ou população.<br />

ICTIOFAUNA: totalidade das espécies de peixes de uma região.<br />

IMPACTO AMBIENTAL: é definido pela Resolução 001/86 do CONAMA como<br />

qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio<br />

ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das<br />

atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam a saúde, a segurança e o<br />

bem estar da população; as atividades sociais e econômicas; as biotas; as<br />

condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; e a qualidade dos recursos<br />

ambientais.<br />

INTEGRAÇÃO MODAL: refere-se à integração entre os diversos modos de transporte,<br />

no caso da ferrovia especialmente entre o modo ferroviário e o rodoviário, nas<br />

rodovias federais.<br />

INTERFLÚVIO: níveis de relevos que separam os fundos de vales.<br />

LASTRO: compreende a camada resistente e permeável, de pedra britada, sobre a<br />

qual estão assentados os dormentes da ferrovia, com a função de suportar e<br />

distribuir à plataforma os esforços por eles transmitidos.<br />

LICENÇA DE INSTALAÇÃO: constitui a autorização formal do IBAMA (nesse caso)<br />

para a instalação da Ferrovia.<br />

LICENÇA DE OPERAÇÃO: constitui a autorização formal do IBAMA (nesse caso) para<br />

a operação (funcionamento) da Ferrovia.<br />

LICENÇA PRÉVIA: constitui a concordância formal do IBAMA (nesse caso) com a<br />

viabilidade ambiental da Ferrovia.<br />

MACRÓFITAS AQUÁTICAS: é uma designação geral para os vegetais que habitam<br />

desde brejos até ambientes totalmente submersos, sendo esta terminologia<br />

baseada no contexto ecológico, independentemente, em primeira instância, de<br />

aspectos taxonômicos.<br />

MANEJO: todo e qualquer procedimento que vise assegurar a conservação da<br />

diversidade biológica e dos ecossistemas.<br />

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VOLUME 3<br />

MATRIZ: termo utilizado nas análises do meio biótico para designar a cobertura<br />

vegetal preponderante numa dada região.<br />

MEDIDAS COMPENSATÓRIAS: medidas tomadas pelos responsáveis pela execução<br />

de um projeto, destinadas a compensar impactos ambientais negativos, não<br />

reversíveis nem mitigáveis, notadamente alguns custos sociais que não podem ser<br />

evitados ou uso de recursos ambientais não renováveis. São reguladas<br />

essencialmente pelas Resoluções do CONAMA de números 369/2006 e 371/2006.<br />

MEDIDAS DE CORREÇÃO: medidas de recuperação de passivos ambientais,<br />

caracterizados principalmente pela ocorrência de áreas desmatadas, depósitos<br />

de lixo e de materiais de construções, áreas erodidas e áreas assoreadas.<br />

MEDIDAS DE MONITORAMENTO E CONTROLE DA QUALIDADE AMBIENTAL: programas<br />

propostos para efetuar o controle de qualidade das obras de instalação da Ferrovia<br />

sob o ponto de vista ambiental.<br />

MEDIDAS DE PROTEÇÃO CULTURAL E DE APOIO COMUNITÁRIO: fazem parte dessas<br />

medidas os projetos de proteção cultural e de proteção do cidadão frente às<br />

operações de grande porte que bem caracterizam a construção pesada, onde se<br />

incluem as obras ferroviárias.<br />

MEDIDAS MITIGADORAS: são as ações voltadas a controlar ou reduzir os efeitos<br />

negativos das obras de implantação, ou do movimento de trens, típico da<br />

operação ferroviária.<br />

MULCHING ou Cobertura Morta: consiste na colocação de fileiras de matéria<br />

orgânica, bem dispostas no terreno, para servir como linhas de re-fertilização e<br />

revitalização dos solos.<br />

OBRA DE ARTE: designação tradicional de estruturas, tais como pontes, viadutos,<br />

túneis, muros de arrimo e bueiros, necessários a implantação de uma via.<br />

OBRA DE ARTE CORRENTE: obra-de-arte de pequeno porte, tal como bueiro,<br />

pontilhão e muro, que normalmente se repete ao longo da via, obedecendo<br />

geralmente a projeto padronizado.<br />

OBRA DE ARTE ESPECIAL: estrutura, tal como ponte, viaduto ou túnel que, pelas suas<br />

proporções e características peculiares, requer um projeto específico.<br />

ORQUIDÁCEAS: família de plantas das orquideas, uma das maiores famílias de<br />

plantas existentes. Apresentam muitíssimas e variadas formas, cores e tamanhos e<br />

existem em todos os continentes, exceto na Antártida, predominando nas áreas<br />

tropicais.<br />

PARTICULADOS: resíduos sólidos de pequena dimensão lançado ao ar, tal como o<br />

pó, gerado pelas atividades de construção, e como a fumaça, emitida pela<br />

queima de combustíveis de máquinas e motores.<br />

PEDIMENTAÇÃO: diz-se das superfícies aplainadas por um sistema de erosão devido<br />

ao clima quente.<br />

PLATAFORMA: parte da faixa de domínio compreendida entre os pés de cortes e/<br />

ou cristas de aterro.<br />

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VOLUME 3<br />

RAMPA ENTRE DOIS PONTOS: é um valor numérico que se obtém pela divisão da<br />

diferença de nível entre dois pontos pela distância horizontal entre os mesmos,<br />

expressa em porcentagem.<br />

RAMPA MÁXIMA: é a maior rampa, admitida pelas normas, entre dois pontos<br />

consecutivos de uma ferrovia.<br />

RAIO MÍNIMO: é o menor raio de curvatura, admitido pelas normas, para as curvas<br />

de uma ferrovia.<br />

RESERVA LEGAL: consiste na destinação obrigatória de uma porção contínua<br />

de cada propriedade rural para a preservação da vegetação e do solo, conforme<br />

o Código Florestal brasileiro.<br />

SOLOS HIDROMÓRFICOS: são aqueles com potencial de recalques sob o efeito de<br />

cargas.<br />

TALUDE: plano que imita lateralmente tanto um aterro como uma escavação.<br />

TALVEGUE: a linha formada pela intersecção das duas superfícies formadoras das<br />

vertentes de um vale. É o local mais profundo do vale, onde correm as águas das<br />

chuvas e dos cursos d’água.<br />

TRIBUTÁRIO: nome dado aos rios menores que desaguam em rios principais.<br />

UNIDADE DE CONSERVAÇÃO: áreas naturais protegidas e sítios ecológicos de<br />

relevância cultural, criadas pelo Poder Público.<br />

UNIDADE DE CONSERVAÇÃO DE USO SUSTENTÁVEL: são unidades de conservação<br />

cujo objetivo é compatibilizar a conservação da natureza com o uso sustentável de<br />

parcela dos seus recursos naturais.<br />

UNIDADE DE CONSERVAÇÃO DE PROTEÇÃO INTEGRAL: são unidades de conservação<br />

cujo objetivo básico é preservar a natureza, sendo admitido apenas o uso indireto<br />

dos seus recursos naturais, com exceção dos casos previstos na Lei que criou o<br />

Sistema Nacional de Unidades de Conservação - SNUC.<br />

ZONAS DE AMORTECIMENTO: são estabelecidas no entorno das zonas núcleo das<br />

Unidades de Conservação de Proteção Integral, ou entre elas, e tem por objetivos<br />

minimizar os impactos negativos sobre estes núcleos e promover a qualidade de<br />

vida das populações da área, especialmente as comunidades tradicionais.<br />

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