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A BOMBAR - Junta Regional de Leiria

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II Secção em Penela<br />

GLORIOSOS MALUCOS<br />

DAS MÁQUINAS ROLADORAS<br />

Texto: Falcão esquecido<br />

Quase sem querer, os exploradores e os seus bóli<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

rolamentos foram a sensação mais electrizante <strong>de</strong> Penela,<br />

nos últimos dois dias.<br />

A construção dos super rápidos veículos no castelo da vila,<br />

treinos livres e a gran<strong>de</strong> prova agendada para o dia <strong>de</strong><br />

ontem animaram o que, <strong>de</strong> outra maneira, teriam sido dias<br />

muito aborrecidos para os milhares <strong>de</strong> habitantes locais.<br />

Até aqui se conseguiu perceber a preocupação dos escu-<br />

teiros em fazer a Boa Acção. Neste caso, animar e proporcionar<br />

alguns momentos <strong>de</strong> boa disposição aos penelenses.<br />

O Trovas não conseguiu <strong>de</strong>scortinar bem quem foi o vencedor,<br />

mas <strong>de</strong>s<strong>de</strong> já ficam os parabéns e o convite para ele<br />

(ou ela) vir conhecer a nossa redacção: “Parabéns! Estás<br />

convidado a vir conhecer a nossa redacção. Ainda temos<br />

kit-kat... quer dizer, temos dois... mas um é para nós.”\´<br />

BLUE BOOK ATÉ AO UMBIGO DO PAÍS<br />

Era 6 <strong>de</strong> Agosto, dia em que o enorme azul do XIX Acareg participaria num rai<strong>de</strong>. Era dia <strong>de</strong> levantar às 3 da manhã. O aroma a <strong>de</strong>scoberta,<br />

o medo do frio e o pressentimento <strong>de</strong> sofrimento dominavam este momento.<br />

Os autocarros <strong>de</strong>ixaram-nos numa espécie <strong>de</strong> terminal, algures em Ferreira do Zêzere. Dali até ao lago fluvial, <strong>de</strong>veríamos passar por <strong>de</strong>z<br />

postos em 300 minutos. O período da manhã foi longo, passado em cima <strong>de</strong> terra batida e <strong>de</strong>baixo do sol forte.<br />

Da lagoa até à nova missão, o verda<strong>de</strong>iro rai<strong>de</strong> <strong>de</strong> sobrevivência, estávamos ligados por umas simples carrinhas. A provação começava levemente.<br />

Neste momento escrevo que nenhum pioneiro pensou que seria fácil, pois imaginávamos algo duro e forte.<br />

Entre <strong>de</strong>safios, dinheiro e Bad chiefs caía a noite sobre o tal azul. Chegava fria e discreta, mas com ela a esperança do novo dia, um dia<br />

mais “folgado”.<br />

experiências passadas com os mais novos.<br />

Para isso, foram-nos <strong>de</strong>volvidas as cartas escritas por cada<br />

um <strong>de</strong> nós nas activida<strong>de</strong>s regionais do último ano. Não<br />

sabíamos o que íamos fazer, apenas que alguém nos esperava<br />

ao início da tar<strong>de</strong><br />

Uns mais cedo, outros bem mais tar<strong>de</strong>, todos lá encontraram<br />

a sua “tia”, “avó”, “mãe”, nomes carinhosos para pessoas<br />

que iriam partilhar as suas experiencias e saberes. O<br />

objectivo <strong>de</strong>sta activida<strong>de</strong> era o <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>rmos alguns<br />

ofícios e culturas regionais, como fazer arroz doce, morcelas<br />

e pão.<br />

Praticar a arte xávega, resinar, fazer esteiras e rodilhas, danças<br />

e cantares. Já na localida<strong>de</strong> da Passagem, na vila da Vieira,<br />

houve tempo para uns banhos quentes (ou não!) e umas<br />

jogatanas <strong>de</strong> futebol. E após o jantar, um fogo <strong>de</strong> conselho<br />

<strong>de</strong> partilha <strong>de</strong> experiência e on<strong>de</strong> os caminheiros que farão<br />

a partida pu<strong>de</strong>ram <strong>de</strong>ixar mensagens aos que ficam. Contudo,<br />

nem tudo são rosas...<br />

“Esta caminhada foi uma oportunida<strong>de</strong> para transmitir alguns<br />

ensinamentos sobre o caminheirismo. Foi também um momento<br />

para reflectir sobre a mística da secção e o papel e<br />

missão dos caminheiros no escutismo.”<br />

sic Ivo Viegas, chefe do <strong>de</strong>partamento regional da IV<br />

Texto: Francisco Guerra – 989 Pataias<br />

A panóplia <strong>de</strong> dormidas ao relento foi total. Pouco mais <strong>de</strong> três horas. Isto tornava-nos<br />

cada vez mais cansados e frágeis. Depois das 6 horas, do dia 7, veio<br />

a ida ao centro geográfico do País, Vila <strong>de</strong> Rei. A ascensão foi dificultada pela<br />

falta <strong>de</strong> <strong>de</strong>scanso, mas teríamos que aceitar, sem talões, sermões, ou outras<br />

complicações, pois o mérito <strong>de</strong> chegar ao fim, era a nossa recompensa.<br />

Chegavam as pinguinhas azuis ao topo do monte. Eram do Canadá, da Tailândia,<br />

<strong>de</strong> Marrocos e da chefia, todos com uma cara brutalmente <strong>de</strong>slavada<br />

e com um sono imenso e tenso a pesar nos olhos. Neste momento, antecipava-se<br />

a tar<strong>de</strong> e a hora do almoço, para nós um <strong>de</strong>sejo. Estávamos numa<br />

lagoa novamente a repousar e a almoçar. Sentimos que o esforço era passado,<br />

esquecido. A intensida<strong>de</strong> dos dois dias vividos foi <strong>de</strong>veras uma gran<strong>de</strong> experiência.<br />

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