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Pré-teste Morfologia

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Aluno(a) __________________________________Nº.____ Série:______ Turma:_____<br />

Ensino Médio Trimestre [ x ] <strong>Pré</strong>-<strong>teste</strong> Data:___/___/___<br />

Disciplina: Língua Portuguesa Professor: Cláudio Ribeiro<br />

<strong>Pré</strong>-<strong>teste</strong> sobre <strong>Morfologia</strong> Interna<br />

A COLONIZAÇÃO DO CIBERESPAÇO<br />

Fratura digital<br />

Segundo o último relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), de 1999, a<br />

população mundial contava apenas 2,4% de usuários de Internet. Ou seja, 97,6% nunca tinham utilizado Internet!<br />

Eram apenas 0,8% na América Latina e no Caribe; 0,1 na África sub-saariana; 0,004% no Sudeste Asiático. O<br />

mesmo relatório afirma: "Até o momento, a Internet é utilizada apenas por indivíduos relativamente abastados e<br />

instruídos: 88% dos internautas vivem em países industrializados que, juntos, representam apenas 17% da<br />

população mundial". As pessoas "ligadas" dispõem de uma vantagem enorme em relação aos pobres que não têm<br />

acesso a esses meios e que, consequentemente, não podem fazer com que sejam ouvidas suas vozes na<br />

conversação mundial. As redes mundiais ligam os que têm recursos e, silenciosamente, quase imperceptivelmente,<br />

excluem todos os outros. O número de computadores pessoais em uso no mundo é de cerca de 200 milhões, para<br />

uma população global de 6 bilhões de indivíduos. A possibilidade de acessar a Internet, portanto, é limitada a 3% de<br />

pessoas.<br />

..........................................................................<br />

Mais da metade do planeta nunca usou um telefone. Em 47 países, um quarto dos Estados do mundo, não<br />

há sequer uma linha de telefone para cem habitantes! Em toda a África negra, há menos linhas telefônicas do que<br />

na única cidade de Tóquio, ou do que na única ilha de Manhattan, em Nova York. E não falamos da falta de acesso<br />

à eletricidade (mais de 2 bilhões de pessoas em todo o planeta), ou da desastrosa situação em matéria de<br />

alfabetização. Em janeiro de 2000, estimava-se que mais da metade dos computadores conectados à Internet<br />

pertenciam a norte-americanos. A linguagem dominante no ciberespaço? O inglês.<br />

A "fratura digital" e as disparidades provocadas pela era da eletrônica podem ser comparáveis às<br />

desigualdades resultantes dos investimentos financeiros transnacionais. Quanto às forças econômicas que tomaram<br />

conta das redes, estas estão se generalizando, e pior, estão reforçando os obstáculos que impedem o acesso ao<br />

comum dos mortais.<br />

Nos países pobres, nada menos que 26 companhias de telefonia foram colocadas à venda ao longo dos<br />

três últimos anos. A norma global do futuro é a propriedade privada de todas as estruturas que constituem a<br />

plataforma do ciberespaço.<br />

..........................................................................<br />

A batalha decisiva, em escala planetária, tem como meta o controle dos três setores industriais<br />

"computadores, televisão, telefonia" que estão se fusionando agora na Internet. O grupo que reinará na Internet<br />

dominará o mundo da comunicação, da cultura e da educação de amanhã, com todos os riscos que isso trará para<br />

a liberdade de espírito dos cidadãos e para a democracia.<br />

RAMONET, Ignácio. Cadernos Le Monde Diplomatique. São Paulo, Fundação Abaporu S/C / Editora UNESP. Nº 3,<br />

Janeiro 2002, p. 41.<br />

1. (Ufrj 2006) O vocábulo "ciberespaço", empregado no texto, é um neologismo que ilustra bem a necessidade de<br />

criarmos novas palavras à medida que a humanidade e sua tecnologia evoluem. Explique a formação desse<br />

vocábulo:<br />

a) destacando os principais morfemas que o constituem;<br />

b) indicando o processo morfológico empregado.<br />

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2) (PUC-RJ) Assinale a alternativa em que todos os itens são formados a partir de um verbo.<br />

a) sentimento, ventania, extinção, mofo<br />

b) resistência, regressar, cerebral, preocupação<br />

c) facilidade, pacificar, regularmente, alimentício<br />

d) fumaça, intimidade, prática, inexplorado<br />

e) explicável, sabedor, sofrimento, contemplação<br />

3) Assinale a opção em que há erro na identificação do elemento mórfico grifado:<br />

a) compostas: desinência de feminino;<br />

b) quadrar: radical;<br />

c) adotei vogal temática;<br />

d) pareceram: vogal temática;<br />

e) influência: desinência de feminino.<br />

4) Assinale a opção em que o processo de formação de palavras está indevidamente caracterizado:<br />

a) vaga-lume: composição;<br />

b) cruzeiro: sufixação;<br />

c) palmeira: sufixação;<br />

d) irritação: sufixação;<br />

e) baunilha: sufixação.<br />

5) Assinale o grupo de três palavras formadas por DERIVAÇÃO:<br />

a) pesaroso, apelo (subst.), refazer;<br />

b) pontapé, introduzir, cipoal;<br />

c) passatempo, casamento, namoro (subst.);<br />

d) cine, guarda-roupa, infiel;<br />

e) infelizmente, amolecer,paraquedas.<br />

6) (Unifesp 2013) Examine a tira.<br />

O efeito de humor na situação apresentada decorre do fato de a personagem, no segundo quadrinho, considerar<br />

que “carinho” e “caro” sejam vocábulos


a) derivados de um mesmo verbo.<br />

b) justapostos.<br />

c) derivados de vocábulos distintos.<br />

d) cognatos.<br />

e) formados por composição.<br />

7) (Insper 2013) Paralimpíadas é a mãe<br />

Certamente eu descobriria no Google, mas me deu preguiça de pesquisar e, além disso, não tem importância<br />

saber quem inventou essa palavra grotesca, que agora a gente ouve nos noticiários de televisão e lê nos jornais. O<br />

surpreendente não é a invenção, pois sempre houve besteiras desse tipo, bastando lembrar os que se empenharam<br />

em não jogarmos futebol, mas ludopédio ou podobálio. O impressionante é a quase universalidade da adoção<br />

dessa palavra (ainda não vi se ela colou em Portugal, mas tenho dúvidas; os portugueses são bem mais ciosos de<br />

nossa língua do que nós), cujo uso parece ter sido objeto de um decreto imperial e faz pensar em por que não<br />

classificamos isso imediatamente como uma aberração deseducadora, desnecessária e inaceitável, além de<br />

subserviente a ditames saídos não se sabe de que cabeça desmiolada ou que interesse obscuro. Imagino que<br />

temos autonomia para isso e, se não temos, deveríamos ter, pois jornal, telejornal e radiojornal implicam deveres<br />

sérios em relação à língua. Sua escrita e sua fala são imitadas e tidas como padrão e essa responsabilidade não<br />

pode ser encarada de forma leviana.<br />

Que cretinice é essa? Que quer dizer essa palavra, cuja formação não tem nada a ver com nossa língua? Faz<br />

muitos e muitos anos, o então ministro do Trabalho, Antônio Magri, usou a palavra "imexível" e foi gozado a torto e<br />

a direito, até porque ele não era bem um intelectual e era visto como um alvo fácil. Mas, no neologismo que talvez<br />

tenha criado, aplicou perfeitamente as regras de derivação da língua e o vocábulo resultante não está nada<br />

"errado", tanto assim que hoje é encontrado em dicionários e tem uso corrente. Já o vi empregado muitas vezes,<br />

sem alusão ao ex-ministro. Infutucável, inesculhambável e impaquerável, por exemplo, são palavras que não se<br />

acham no dicionário, mas qualquer falante da língua as entende, pois estão dentro do espírito da língua, exprimem<br />

bem o que se pretende com seu uso e constituem derivações perfeitamente legítimas.<br />

Por que será que aceitamos sem discutir uma excrescência como "paralimpíada"?(João Ubaldo Ribeiro, O Estado<br />

de S. Paulo, 23/09/2012)<br />

O que motivou a indignação do autor com a palavra “paralimpíadas” foi o(a):<br />

a) imposição da palavra, formada por um mecanismo que dispensa elementos conhecidos da língua.<br />

b) aceitação irrestrita do termo por parte da mídia, especialmente pela televisão.<br />

c) fato de que, ao contrário do neologismo “imexível”, a palavra não foi incorporada aos dicionários.<br />

d) tentativa de resgatar palavras arcaicas tal como se fossem decretos imperiais.<br />

e) recusa à adoção do neologismo pelos portugueses, cuja atitude revela-se conservadora.<br />

A notícia saiu no The Wall Street Journal: a "ansiedade 1 superou a depressão como problema 2 de saúde<br />

mental predominante nos EUA". Para justificar o absurdo, o autor da matéria recorre a 3 um psicoterapeuta e a um<br />

4 5<br />

sociólogo. O primeiro descreve "ansiedade como condição dos privilegiados" que, livres de ameaças reais, se dão<br />

ao luxo de "olhar para dentro" e criar medos irracionais; o segundo diz que "vivemos na era mais segura da<br />

humanidade" e, no entanto, "desperdiçamos bilhões de dólares 6 em medos bem mais ampliados do que seria<br />

7 8<br />

justificável". Sem meias palavras, os peritos dizem algo mais ou menos assim: os americanos estão nadando em<br />

9 10 11 12<br />

riqueza e, como não têm do que se queixar, adquiriram o costume neurótico de desentocar medos irracionais<br />

para projetá-los no 13 admirável mundo novo ao redor.<br />

A explicação impressiona pela ingenuidade ou pela má-fé. Ninguém contrai o 14 "Mau hábito" 15 de olhar para<br />

16 17<br />

dentro de si do dia para a noite. A obsessão consigo não é um efeito colateral do modo de vida atual; é um dos<br />

seus mais 18 indispensáveis ingredientes. O crescimento exagerado do interesse pelo "mundo interno" e pelo 19 corpo<br />

é a 20 contrapartida do desinteresse ou hostilidade pelo "mundo externo" e pelos outros. Diz o 21 catecismo: só confie<br />

em seu corpo e sua mente. 22 O resto é 23 concorrente; o resto está sempre cobiçando e disputando seu emprego,<br />

seu sucesso, seu patrimônio e sua saúde. Sentir medo e ansiedade, em condições semelhantes, é um estado<br />

emocional perfeitamente racional e inteligível.<br />

Em bom português, sentir-se condenado a 24 jamais ter repouso físico ou 25 mental, sob pena de perder a saúde,<br />

a 26 longevidade, a forma física, o desempenho 27 sexual, o emprego, a casa, a segurança na velhice, pode ser um<br />

inferno em vida para os pobres ou para os ricos. Os 28 candidatos à ansiedade são, assim, bem mais numerosos e


em menos ociosos do que pensam o 29 psicoterapeuta e o sociólogo.<br />

(Adaptado de: COSTA, J.F. A ansiedade da opulência. Folha de São Paulo, 19 de março de 2000.)<br />

8) (Ufrgs 2001) Abaixo são feitas três afirmações sobre a formação de palavras do texto.<br />

I - As palavras "justificável" (ref. 7) e "admirável" (ref. 13) são adjetivos formados a partir de verbos.<br />

II - As palavras "irracionais" (ref. 12) e "indispensáveis" (ref. 18) apresentam o mesmo prefixo.<br />

III - Nas palavras "mental" (ref. 25) e "sexual" (ref. 27) sufixo utilizado forma adjetivos a partir de substantivos.<br />

Quais estão corretas?<br />

a) Apenas I.<br />

b) Apenas II.<br />

c) Apenas I e III.<br />

d) Apenas II e III.<br />

e) I, II e III.<br />

A Felicidade<br />

"Quem pôde, neste mundo, até hoje, definir a felicidade? Desde que a atenção do homem se concentrou da<br />

natureza visível para a natureza interior, a ciência, a poesia, a religião, debruçadas sobre o coração humano,<br />

revolvem o impenetrável problema, esgotando em vão a sagacidade, a inspiração, a eloquência. Todas as<br />

influências que compõem a alma contraditória do homem, que o obscurecem ou explicam, que o regeneram ou<br />

degradam, os sentimentos que fortalecem, ou deprimem, os que criam ou destroem, os que repelem, ou encantam,<br />

vão passando sucessivamente pelo fundo misterioso do vaso, onde a humanidade bebe, desde o princípio de sua<br />

criação, a ambrosia e o fel. E a eterna interrogação continua a preocupar eternamente as cabeças, que meditam, as<br />

imaginações que cismam: onde está a felicidade? No amor ou na indiferença? Na obediência ou no poder? No<br />

orgulho ou na humildade? Na investigação ou na fé?<br />

Na celebridade ou no esquecimento? Na nudez ou na prosperidade? Na ambição ou no sacrifício? Risível<br />

pretensão fora a minha, se me propusesse a entrar com uma fórmula nova na multidão inumerável dos escavadores<br />

deste enigma."(Rui Barbosa)<br />

9) (Unirio 1998) Marque a opção correta quanto à classificação dos elementos mórficos destacados nos vocábulos<br />

a seguir.<br />

a) mundO: desinência de gênero<br />

b) sagacIDADE: sufixo formador de substantivo<br />

c) compÕem: vogal temática<br />

d) destroEM: desinência modo-temporal<br />

e) AMOR: radical<br />

10) ( FURG) Indique a alternativa em que o elemento estrutural foi mal identificado:<br />

(A)andavas: desinência de pessoa<br />

(B)amarás : desinência de tempo verbal<br />

(C)menina : desinência de gênero<br />

(D)carros: radical<br />

(E)pires : desinência de número<br />

11) ( UFRGS)- Todas as palavras abaixo possuem o mesmo prefixo, com exceção de<br />

(A)insinuações<br />

(B)indireta


(C)incompetentes<br />

(D)incapazes<br />

(E)inconscientemente<br />

UMA OUTRA EUCARISTIA<br />

1 Em 1592, inspirado nas descrições do viajante Hans Staden, o alemão De Bry desenhou as cerimônias de<br />

canibalismo de índios brasileiros. São documentos de 2 alto valor histórico (...). Porém, não podem ser vistos como<br />

retratos exatos: o artista, sob a influência do Renascimento, mitigou a violência 1 antropofágica com imagens<br />

idealizadas de índios, que ganharam traços e corpos esbeltos de europeus. As índias ficaram rechonchudas como<br />

as divas sensuais do pintor holandês Rubens.<br />

2 No século XX, o pintor brasileiro Portinari trabalhou o mesmo tema. Utilizando formas densas, rudes e nada<br />

idealizadas, Portinari evitou o ângulo do colonizador e procurou não fazer julgamentos. A Antropologia persegue a<br />

mesma coisa: investigar, descrever e interpretar as culturas em toda a sua diversidade desconcertante.<br />

3 Assim, ela é capaz de revelar que o canibalismo é uma experiência simbólica e transcendental - jamais<br />

alimentar.<br />

4 Até os anos 50, waris e kaxinawás comiam pedaços dos corpos de seus mortos. Ainda hoje, os yanomamis<br />

misturam as cinzas dos amigos no purê de banana. Ao observar esses rituais, a Antropologia aprendeu que, na<br />

antropofagia que chegou ao século XX, o que há é um ato amoroso e religioso, destinado a ajudar a alma do morto<br />

a alcançar o céu. A SUPER, ao contar toda a história para você, pretende superar os olhares preconceituosos,<br />

ampliar o conhecimento que os brasileiros têm do Brasil e estimular o respeito às culturas indígenas. Você vai ver<br />

que o canibalismo, para os índios, é tão digno quanto a eucaristia para os católicos. É sagrado.<br />

(Adaptado de: SUPERINTERESSANTE. Agosto, 1997, p.4.)<br />

12) (Ufrgs 1998) Considere as seguintes afirmações sobre a derivação de algumas palavras do texto.<br />

I - As palavras "Renascimento", "rechonchudas" e "preconceituosos" são formadas, simultaneamente, por prefixo e<br />

sufixo.<br />

II - Pela leitura da frase "A antropologia ..." (par. 2), podemos inferir que o significado do elemento comum de<br />

"antropologia" e "antropofagia" é "cultura".<br />

III - Em "antropofágica" (ref. 1), há um sufixo cuja função é transformar um substantivo em adjetivo.<br />

Quais estão corretas?<br />

a) Apenas I<br />

b) Apenas II<br />

c) Apenas III<br />

d) Apenas I e II<br />

e) I, II e III<br />

13) Assinale, nas séries que se seguem, aquela em que pelo menos uma palavra apresenta erro de grafia:<br />

a) hipermercado – intermunicipal – superproteção<br />

b) anti-higiênico – coerdeiro – sobre-humano<br />

c) super-homem – autoescola – infra-estrutura<br />

d) infravermelho – anteontem – autoestrada.<br />

e) semiaberto – anteontem – autoescola.<br />

Respostas<br />

1) a) ciber (radical) + espaço (radical). b) Composição (por justaposição).<br />

2) E 3) E 4)E 5) A 6)D 7) A 8) E 9) E 10) E 11) A 12)C 13)C

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