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Prof Collier - DCC

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138 4. CONCEITOS BÁSICOS<br />

Outro subespaço associado a uma transformação linear T : V → W é seu núcleo,<br />

definido por<br />

N(T ) = {v ∈ V | T v = 0}.<br />

Note que N(T ) é um subespaço do domínio de T , ao passo que a imagem é um subespaço<br />

do seu contradomínio. Para provar que o núcleo é um subespaço de V , tomamos v, v ′ ∈<br />

N(T ) e lembramos que isto significa que a imagem de ambos é igual a zero. Mas isto<br />

implica que<br />

T (v + v ′ ) = T (v) + T (v ′ ) = 0 + 0 = 0 e que T (λv) = λT (v) = λ · 0 = 0,<br />

mostrando que v + v ′ e λv também são elementos de N(T ).<br />

À primeira vista pode parecer que o núcleo apresenta um novo tipo de subespaço vetorial<br />

sem contrapartida óbvia no capítulo anterior, mas isto não é verdade. Lembre-se que<br />

se T : R n → R m for uma transformação linear e A for sua matriz relativamente à base<br />

canônica, então T (v) = Av. Portanto, T v = 0 equivale a dizer que Av = 0, de modo que<br />

o núcleo de T corresponde ao conjunto solução do sistema linear homogêneo AX = 0.<br />

O núcleo de uma transformação linear desempenha um papel bastante importante, já<br />

que mede a fidelidade da imagem de uma transformação linear. Mais precisamente, uma<br />

transformação cujo núcleo é nulo copia o domínio fielmente dentro de seu contra-domínio.<br />

Tais aplicações são chamadas de injetivas. Formalmente, uma transformação linear T :<br />

V → W do espaço vetorial V no espaço vetorial W é injetivas se dois vetores distintos de<br />

V sempre têm imagens distintas sob T . A relação entre núcleo e injetividade é expressa<br />

pela seguinte afirmação:<br />

T é injetiva se, e somente se, N(T ) = 0.<br />

A demonstração é extremamente simples. Sejam v, v ′ ∈ V . Então, pela definição do<br />

núcleo,<br />

T (v) − T (v ′ ) = T (v − v ′ ) = 0,<br />

se, e somente se, v − v ′ ∈ N(T ); donde o resultado desejado segue imediatamente.<br />

Finalmente, fixados um escalar λ e um operador linear T : V → V , podemos definir o<br />

subespaço<br />

Vλ = {v ∈ V | T v = λv}.<br />

Note que o núcleo de T é o caso especial desta construção para o qual λ = 0. A bem<br />

da verdade, para quase qualquer escolha de λ teremos Vλ = {0} que é um subespaço<br />

sem nenhum interesse. Como no caso dos operadores lineares do R n diremos que λ é um<br />

autovalor de T sempre que Vλ = {0}. Naturalmente, isto equivale a dizer que λ é um<br />

autovalor de T quando existe um vetor não nulo v ∈ V que satisfaz<br />

T (v) = λv.

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