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PCCR, uma luta histórica dos compesianos outubro de

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Jornal<br />

URBANITÁRIOS<br />

Compesa<br />

CELPE • CHESF COMPESA<br />

SAAE ONS TRACOL TERMO-PE<br />

Recife, <strong>outubro</strong><strong>de</strong> 2008<br />

<strong>PCCR</strong>, <strong>uma</strong> <strong>luta</strong> <strong>histórica</strong> <strong>dos</strong><br />

<strong>compesianos</strong><br />

A atual estrutura <strong>de</strong> cargos<br />

e salários da COMPESA<br />

está em vigência <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

1990, mas, no período,<br />

nenh<strong>uma</strong> política foi<br />

utilizada para sua dinâmica<br />

em relação às perspectivas<br />

<strong>de</strong> crescimento <strong>dos</strong><br />

trabalhadores, o que é<br />

fundamental em qualquer<br />

plano <strong>de</strong> cargos, carreiras<br />

e remuneração.<br />

1998: categoria<br />

conquista 1 letra<br />

Em 1998, no último ano do<br />

Governo Arraes, a empresa<br />

conce<strong>de</strong>u 1 (<strong>uma</strong>) letra a<br />

título <strong>de</strong> promoção. Porém,<br />

a partir <strong>de</strong> 1999, com o início<br />

do Governo Jarbas<br />

Vasconcelos a situação ficou<br />

crítica na COMPESA.<br />

O governo Jarbas, aliado<br />

do Presi<strong>de</strong>nte FHC, tentou<br />

<strong>de</strong> todas as formas privatizar<br />

a COMPESA. Para isso,<br />

sucateou a empresa,<br />

arrochou salário <strong>dos</strong><br />

trabalhadores e abandonou<br />

até mesmo a saú<strong>de</strong> do<br />

compesiano, falindo o plano<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e <strong>de</strong>ixando a<br />

categoria <strong>de</strong>sesperada.<br />

Barramos privatização<br />

da COMPESA<br />

Com muita perseverança<br />

e organização, o Sindicato a<br />

categoria conseguiram<br />

barrar a maior ameaça <strong>de</strong><br />

privatização da COMPESA:<br />

o PL 4.147/01.<br />

Neste mesmo período,<br />

enfrentamos também o<br />

maior racionamento <strong>de</strong> água<br />

da história do Estado, em<br />

que Pernambuco entrou em<br />

colapso e foi fundamental a<br />

<strong>de</strong>dicação <strong>de</strong> to<strong>dos</strong> os<br />

<strong>compesianos</strong> para aten<strong>de</strong>r a<br />

população da melhor forma<br />

possível e minimizar o<br />

drama do racionamento.<br />

Depois <strong>de</strong> barrarmos a<br />

privatização, que era a<br />

maior ameaça à própria<br />

existência da empresa e ao<br />

emprego <strong>dos</strong> <strong>compesianos</strong>,<br />

voltamos nossa <strong>luta</strong> por<br />

melhores salários e pelo<br />

PCCS (sigla utilizada na<br />

época - Plano <strong>de</strong> Cargo<br />

Carreira e Salário)<br />

2006: categoria volta a<br />

conquistar 1 letra<br />

Na campanha salarial <strong>de</strong><br />

2005 a COMPESA aceitou<br />

formar comissão para<br />

discutir o assunto. Em<br />

2006, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> <strong>uma</strong> das<br />

mais difíceis campanhas, a<br />

empresa voltou a conce<strong>de</strong>r<br />

1 (<strong>uma</strong>) letra, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> oito<br />

anos. Foi, sem dúvida, <strong>uma</strong><br />

gran<strong>de</strong> vitória da categoria.<br />

2007: fechado ACT com<br />

PCCS<br />

Em 2007, em negociação<br />

no Ministério Público do<br />

Trabalho, foi fechado ACT<br />

com a cláusula do PCCS,<br />

estabelecendo prazos para<br />

os estu<strong>dos</strong> e implantação<br />

do PCCS.<br />

Existem cargos<br />

auxiliares, operacionais,<br />

técnicos e <strong>de</strong> nível<br />

universitário na COMPESA.<br />

Estes trabalhadores foram<br />

sacrifica<strong>dos</strong>, passaram<br />

anos na mesma faixa<br />

salarial, sem progressão ou<br />

promoção, sem mobilida<strong>de</strong>.<br />

Luta continua<br />

É fundamental implantar<br />

um PCCS com ferramentas<br />

que corrijam as distorções<br />

salariais, a exemplo da<br />

implantação imediata da<br />

curva <strong>de</strong> maturida<strong>de</strong>.<br />

Por isso, nossa <strong>luta</strong><br />

continua e mais forte do<br />

que nunca.<br />

Passeata pela implantação do <strong>PCCR</strong> em 2007 - ano em que a COMPESA<br />

se comprometeu a implantá-lo. A <strong>luta</strong> valeu a pena!<br />

<strong>PCCR</strong>: Importante para os trabalhadores e<br />

para a socieda<strong>de</strong><br />

A <strong>luta</strong> <strong>dos</strong> trabalhadores da COMPESA pela implantação <strong>de</strong> um PCCS é<br />

<strong>histórica</strong>, já persiste há 18 anos, e é <strong>uma</strong> das maiores <strong>luta</strong>s da categoria. É<br />

inquestionável que <strong>uma</strong> a<strong>de</strong>quada política <strong>de</strong> Recursos H<strong>uma</strong>nos apresenta<br />

reflexos positivos imediatos para os trabalhadores no que diz respeito a<br />

motivação, qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida, melhoria <strong>dos</strong> serviços e, conseqüentemente, melhor<br />

atendimento da população. Portanto, o PCCS é fundamental não só para os<br />

trabalhadores, mas para toda a socieda<strong>de</strong>.<br />

Acompanhe neste jornal toda a trajetória <strong>de</strong> <strong>luta</strong> <strong>dos</strong> <strong>compesianos</strong><br />

Pág. 2<br />

Em 2005, já<br />

haviam<br />

distorções<br />

no <strong>PCCR</strong> da<br />

COMPESA<br />

Pág. 3<br />

COMPESA<br />

tentou misturar<br />

ACT 2008 e<br />

<strong>PCCR</strong> pen<strong>de</strong>nte<br />

<strong>de</strong> 2007<br />

Pág. 4<br />

Veja as<br />

propostas e os<br />

encaminhamentos<br />

da comissão<br />

<strong>PCCR</strong>


Diagnóstico em 2005/2006<br />

Em 2005, Sindurb fez diagnóstico e propostas para reformulação do <strong>PCCR</strong><br />

Em 2005, a direção do Sindicato realizou um gran<strong>de</strong> seminário <strong>de</strong><br />

planejamento da campanha salarial <strong>dos</strong> <strong>compesianos</strong>, reunindo<br />

<strong>compesianos</strong> <strong>de</strong> todo o estado.<br />

No seminário, o Sindicato apresentou um estudo que apontava <strong>uma</strong><br />

<strong>de</strong>fasagem salarial <strong>de</strong> até 40% na categoria.<br />

Depois <strong>de</strong> três dias <strong>de</strong> discussões, avaliações e reflexões, to<strong>dos</strong><br />

chegaram ao consenso que o maior <strong>de</strong>safio da categoria era a<br />

implantação do PCCS.<br />

Des<strong>de</strong> então, tem sido esta a maior <strong>luta</strong> da categoria e do Sindicato.<br />

Acompanhe abaixo as análises efetuadas na época.<br />

1) DESCRIÇÕES E ANÁLISE DE CARGOS<br />

Encontram-se <strong>de</strong>satualizadas, quanto ao conteúdo ocupacional, sumário<br />

e atribuições <strong>de</strong>talhadas, e, requisitos necessários, para as <strong>de</strong>vidas<br />

ocupações, tais como experiência e escolarida<strong>de</strong>;<br />

2) ESTRUTURA SALARIAL<br />

A tabela salarial, também <strong>de</strong>nominada “Estrutura Salarial”, que apresenta<br />

as seguintes características: a) 13 (treze) classes salariais, b) 9 (nove)<br />

estágios na horizontal c) percentuais entre estágios variando entre 5,30%<br />

a 8,00%, intervalos entre classes variando <strong>de</strong> 8,10% a 38,53% e amplitu<strong>de</strong><br />

salarial variando entre 35,75% a 59,94% estão incompatíveis diante do<br />

tempo <strong>de</strong> implantação do plano atual, ou seja <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1990, 17 (<strong>de</strong>zessete)<br />

anos aproximadamente, tempo suficiente para <strong>de</strong>sestruturar a coerência<br />

entre as amplitu<strong>de</strong>s, intervalos e níveis salariais, posiciona<strong>dos</strong> em suas<br />

respectivas classes;<br />

3) ESTRUTURA DE CARREIRAS<br />

As estruturas <strong>de</strong> carreiras, ou linhas <strong>de</strong> acesso, necessitam serem<br />

revisadas pelo fato <strong>de</strong> alguns cargos, estarem incompatíveis, diante <strong>de</strong><br />

seu conteúdo ocupacional, não existindo <strong>uma</strong> coerência entre eles nos<br />

seus respectivos grupos, em razão <strong>dos</strong> processos <strong>de</strong> trabalho serem<br />

dinâmicos;<br />

4) AVALIAÇÃO DE CARGOS<br />

Também <strong>de</strong>nominada hierarquização <strong>de</strong> cargos, cuja finalida<strong>de</strong> é manter<br />

os cargos em equilíbrio diante <strong>de</strong> seus níveis <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> e<br />

complexida<strong>de</strong>, posicionando-os em or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> importância, na estrutura<br />

salarial, estão incompatíveis em razão das pon<strong>de</strong>rações <strong>dos</strong> fatores <strong>de</strong><br />

avaliação, relativos aos pesos e graus, estarem <strong>de</strong>fasa<strong>dos</strong>, necessitando<br />

assim, serem revistos;<br />

5) COERÊNCIA INTERNA<br />

Há <strong>uma</strong> visível discrepância nos níveis salariais e <strong>de</strong> atribuições <strong>dos</strong><br />

emprega<strong>dos</strong>, relativas aos seus posicionamentos nos seus cargos em<br />

relação aos grupos ocupacionais, ou seja, emprega<strong>dos</strong> exercendo<br />

ativida<strong>de</strong>s que não estão <strong>de</strong>scritas no conteúdo do seu cargo e percebendo<br />

salários, também não previsto na classe salarial do seu cargo, evi<strong>de</strong>nciando<br />

assim, <strong>de</strong>svio <strong>de</strong> funções e distorções quando comparamos com os<br />

<strong>de</strong>mais emprega<strong>dos</strong> em um mesmo processo <strong>de</strong> trabalho;<br />

6) COERÊNCIA EXTERNA<br />

Diante do tempo <strong>de</strong> implantação do plano atual 17 (<strong>de</strong>zessete) anos quando<br />

comparamos os salários da Compesa consi<strong>de</strong>rando empresas <strong>de</strong> seu<br />

mesmo porte, verificamos que praticamente todas as classes salariais,<br />

relativas às faixas, iniciais, médias e finais, encontram-se <strong>de</strong>fasadas, em<br />

relação à média aritmética, explica-se este fato pelo não acompanhamento<br />

a<strong>de</strong>quado diante do mercado externo.<br />

Constatadas as distorções acima, o Sindicato, na época, fez alg<strong>uma</strong>s<br />

sugestões para a revisão do Plano, que não foram consi<strong>de</strong>radas pela<br />

diretoria da COMPESA. Por isso, as referidas distorções ainda estão em<br />

prática na empresa.<br />

Mobilização <strong>de</strong> 2005<br />

Em 2005, Sindicato e categoria enfrentam o Governo Jarbas e<br />

consolidam a <strong>luta</strong> pela implantação do PCCS, consi<strong>de</strong>rada <strong>uma</strong><br />

priorida<strong>de</strong> pela categoria<br />

Mobilização <strong>de</strong> 2006<br />

Em 2006, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> <strong>uma</strong> <strong>histórica</strong> mobilização em todo o Estado,<br />

a categoria supera a intransigência do Governo Mendoncinha e<br />

conquista 1 letra<br />

Mobilização <strong>de</strong> 2007<br />

Em 2007, Sindicato e categoria conseguem fechar acordo com<br />

um cronograma para implantação do PCCS. Porém, plano<br />

apresentado pela COMPESA não corrige distorções e nem<br />

contempla as reivindicações da categoria. Por isso, <strong>compesianos</strong><br />

continuam em <strong>luta</strong>


COMPESA tentou misturar<br />

ACT 2008 e <strong>PCCR</strong><br />

Depois <strong>de</strong> muita <strong>luta</strong>,<br />

finalmente, no ACT <strong>de</strong><br />

2007, a COMPESA se<br />

comprometeu a implantar o<br />

<strong>PCCR</strong> em 2008. Conforme<br />

negociado, na campanha<br />

<strong>de</strong> 2008, no dia 06/06, a<br />

empresa apresentou o<br />

mo<strong>de</strong>lo do Plano para a<br />

mesa <strong>de</strong> negociação do<br />

acordo coletivo.<br />

Na apresentação, a<br />

diretoria da COMPESA foi<br />

incisiva ao dizer que tinha<br />

apenas um caixa para a<br />

Campanha e para a<br />

implantação do Plano.<br />

Ao perceberem a clara<br />

tentativa <strong>de</strong> enrolação, pois<br />

o <strong>PCCR</strong> é item pen<strong>de</strong>nte<br />

do ACT 2007, os<br />

trabalhadores, logo na<br />

primeira Assembléia (dia<br />

26/05), exigiram<br />

negociação separada do<br />

<strong>PCCR</strong> e pauta <strong>de</strong><br />

reivindicações.<br />

Assim, ficou <strong>de</strong>cidido que<br />

seriam criadas comissões<br />

paritárias para negociarem<br />

a implantação do Plano. A<br />

comissão <strong>dos</strong><br />

trabalhadores ficou<br />

formada por Luciano<br />

Santana, Ana Paula Costa,<br />

Antônio Clóvis Siqueira,<br />

Antônio Xavier <strong>de</strong> Morais,<br />

Rubem <strong>de</strong> Melo Silva,<br />

Madalena Oliveira, Gercino<br />

Alves e Geórgio Araújo.<br />

A COMPESA contratou<br />

<strong>uma</strong> empresa para<br />

formular o mo<strong>de</strong>lo do<br />

<strong>PCCR</strong>, a Deloitte, e gastou<br />

um valor exorbitante.<br />

A comissão <strong>dos</strong><br />

trabalhadores, formada por<br />

respresentantes do<br />

Sindicato e trabalhadores<br />

da COMPESA, analisou<br />

<strong>de</strong>talhadamente o mo<strong>de</strong>lo<br />

apresentado pela<br />

COMPESA e constatou<br />

alg<strong>uma</strong>s falhas que foram<br />

comunicadas a categoria<br />

imediatamente.<br />

Em reunião com<br />

representantes da<br />

categoria, a comissão<br />

paritária do <strong>PCCR</strong><br />

construiu <strong>uma</strong> lista <strong>de</strong><br />

exigências, para que o<br />

plano aten<strong>de</strong>sse às<br />

necessida<strong>de</strong>s <strong>dos</strong><br />

trabalhadores.<br />

A lista <strong>de</strong> exigências foi<br />

aprovada em Assembléia,<br />

sendo encaminhada para<br />

a direção da COMPESA<br />

no dia 18/07.<br />

A mais importante <strong>de</strong><br />

todas as exigências feitas<br />

pela categoria é a<br />

implantação da curva <strong>de</strong><br />

maturida<strong>de</strong>. Existem<br />

<strong>compesianos</strong> com mais <strong>de</strong><br />

20 anos <strong>de</strong> empresa que<br />

nunca receberam<br />

promoção, com a<br />

implantação da curva <strong>de</strong><br />

maturida<strong>de</strong> injustiças como<br />

essas po<strong>de</strong>rão ser<br />

corrigidas.<br />

Recentemente, no dia<br />

18/09, em reunião com a<br />

comissão <strong>dos</strong><br />

trabalhadores, a direção<br />

da COMPESA não acatou<br />

as sugestões <strong>dos</strong><br />

<strong>compesianos</strong> e manteve<br />

praticamente a mesma<br />

proposta construída pela<br />

Deloitte.<br />

Os trabalhadores já<br />

sofreram por muito tempo<br />

sem <strong>PCCR</strong>, é injusto que<br />

após tanta <strong>luta</strong> venham a<br />

aceitar que a empresa<br />

implante um Plano aquém<br />

do que a categoria merece.<br />

Sindicato e <strong>compesianos</strong> pressionam Presi<strong>de</strong>nte LULA<br />

No dia 12 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 2007, o Presi<strong>de</strong>nte Lula esteve em Pernambuco e os<br />

<strong>compesianos</strong> lotaram o Centro <strong>de</strong> Convenções para pressionar e sensibilizar<br />

o Presi<strong>de</strong>nte Lula para a importante <strong>luta</strong> da categoria. A mobilização <strong>dos</strong><br />

<strong>compesianos</strong> foi <strong>de</strong>staque em toda a imprensa.<br />

Compesianos<br />

aguardaram a<br />

chegada do<br />

Presi<strong>de</strong>nte Lula e<br />

realizaram <strong>uma</strong><br />

gran<strong>de</strong> mobilização<br />

Dia 25/09, a Comissão do <strong>PCCR</strong> eleita pelos trabalhadores<br />

votou, por unanimida<strong>de</strong>, o encaminhamento <strong>de</strong> levar o<br />

caso à Procuradoria do Trabalho<br />

Reunião da comissão paritária do <strong>PCCR</strong>. Mesa composta<br />

por Gercino Alves, José Barbosa e Goretti Lima<br />

Luta continua mais forte<br />

do que nunca<br />

Os <strong>compesianos</strong><br />

sempre vestiram a camisa<br />

da empresa, trabalham <strong>de</strong><br />

sol a sol, mesmo sendo<br />

<strong>de</strong>svaloriza<strong>dos</strong> com<br />

baixos salários e sem<br />

promoções. Com tudo<br />

isso, os trabalhadores<br />

ainda enten<strong>de</strong>ram a<br />

situação da companhia na<br />

época do racionamento,<br />

ficando sem reajuste<br />

salarial compreen<strong>de</strong>ndo a<br />

situação <strong>de</strong> crise da<br />

empresa.<br />

Depois <strong>de</strong> tanta<br />

<strong>de</strong>dicação e esforço <strong>dos</strong><br />

<strong>compesianos</strong>, o mínimo<br />

que a categoria <strong>de</strong>veria<br />

receber da empresa seria<br />

um <strong>PCCR</strong> digno, que<br />

corrija tantos anos <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>svalorização<br />

profissional.<br />

Encaminhamento<br />

A comissão <strong>dos</strong><br />

trabalhadores voltará ao<br />

Ministério Público do<br />

Trabalho, on<strong>de</strong> estavam<br />

sendo mediadas as<br />

negociações do <strong>PCCR</strong>, para<br />

tentar chegar num acordo<br />

com a empresa.<br />

Os trabalhadores estão<br />

se mobilizando junto a<br />

li<strong>de</strong>ranças políticas na<br />

Assembléia Legislativa do<br />

Estado e, se preciso for,<br />

acionaremos o Governo.<br />

Vamos procurar o Ministério<br />

Público e a Justiça do<br />

Trabalho.<br />

Nossa <strong>luta</strong> não será em<br />

vão companheiros, <strong>de</strong> um<br />

forma ou <strong>de</strong> outra,<br />

conquistaremos <strong>de</strong> <strong>uma</strong><br />

vez por todas um <strong>PCCR</strong><br />

digno <strong>de</strong> nossa <strong>luta</strong>!<br />

Acompanhe no verso as<br />

distorções do plano e as<br />

propostas da categoria<br />

para corrigir as falhas.<br />

Importância do critério <strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong><br />

Após a <strong>de</strong>terminação da estrutura <strong>de</strong> Cargos e<br />

ajustamento das <strong>de</strong>fasagens em relação ao mercado<br />

pesquisado, faz-se necessário que se estabeleça o<br />

critério <strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong>, através do normativo do <strong>PCCR</strong>,<br />

explicando quais os critérios e periodicida<strong>de</strong> que os<br />

emprega<strong>dos</strong> irão progredir, tanto na faixa salarial <strong>de</strong> seu<br />

cargo, <strong>de</strong> um estágio para o outro (horizontal) , como<br />

também, na linha vertical <strong>de</strong> um cargo para o outro.<br />

EXPEDIENTE: Mais notícias <strong>de</strong> interesse <strong>dos</strong> <strong>compesianos</strong><br />

Acesse: www.urbanitários-pe.org.br<br />

Fone: (81) 3231 2156 Fax: (81) 3221 3919<br />

Sindicato <strong>dos</strong> Urbanitários <strong>de</strong> Pernambuco<br />

Rua Barão <strong>de</strong> São Borja, 218/226 - Boa Vista - Recife-PE<br />

Fone: (081) 3231 2156 - www.urbanitarios-pe.org.br


Distorções no mo<strong>de</strong>lo apresentado pela COMPESA<br />

O diretor do Sindurb, Gercino Alves, analista <strong>de</strong> Recursos H<strong>uma</strong>nos - Remuneração e Carreiras, avaliou o mo<strong>de</strong>lo<br />

apresentado pela COMPESA neste ano e constatou, entre outras, as distorções abaixo:<br />

Salários iniciais propostos (inferior aos atuais)<br />

EXEMPLOS:<br />

SITUAÇÃO ATUAL PROPOSTA COMPESA<br />

Diferença<br />

Cargo Salário Cargo Salário Em %<br />

Mecânico <strong>de</strong> Manutenção 920,52 Auxiliar <strong>de</strong> Manutenção 613,00 -50,17%<br />

Encanador II 803,25 Auxiliar <strong>de</strong> Manutenção 613,00 -31,04%<br />

Aten<strong>de</strong>nte Comercial II 803,25 Auxiliar <strong>de</strong> Serviços Comerciais 613,00 -31,04%<br />

Eleteicista II 920,52 Eletricista 730,00 -26,10%<br />

Operador <strong>de</strong> Sistemas I 604,85 Operador <strong>de</strong> Saneamento 516,00 -17,22%<br />

Operador <strong>de</strong> Sistemas II 803,25 Operador <strong>de</strong> Saneamento 516,00 -55,67%<br />

Auxiliar Administrativo III 1.121,37 Assistente <strong>de</strong> Gestão 774,00 -44,88%<br />

Supervisor <strong>de</strong> Operação 1.273,07 Assistente <strong>de</strong> Operação 774,00 -64,48%<br />

Técnico <strong>de</strong> Contabilida<strong>de</strong> I 1.121,37 Técnico <strong>de</strong> Contabilida<strong>de</strong> 1.004,00 -11,69%<br />

Técnico <strong>de</strong> Contabilida<strong>de</strong> II 1.529,19 Técnico <strong>de</strong> Segurança do Trabalho 1.004,00 -52,31%<br />

Assistente Técnico I 1.121,37 Técnico Operacional 1.004,00 -11,69%<br />

Variação na proposta apresentada <strong>de</strong> menos 11,69 a menos 64,48 no exemplo acima<br />

Comparação com média <strong>dos</strong> mínimos (Pesquisa <strong>de</strong> Salários)<br />

GRUPO Mercado Pesquisado Compesa Proposto Desvio %<br />

Fundamental 870,89 516,00 -68,78%<br />

2º Grau 971,14 774,00 -25,47%<br />

2º Grau Técnico 1.290,30 1.004,00 -28,52%<br />

Nível Superior 2.814,31 2.271,00 -23,92%<br />

Nível Superior Engenheiro 2.958,00 3.617,00 22,28%<br />

Lista <strong>de</strong> exigências da categoria<br />

No dia 18/07, conforme<br />

votado em Assembléia, a<br />

comissão <strong>dos</strong><br />

trabalhadores encaminhou<br />

ofício ao Ministério Público<br />

do Trabalho e à empresa<br />

contendo todas as<br />

sugestões (relacionadas<br />

abaixo) construídas pelos<br />

<strong>compesianos</strong> a serem<br />

consi<strong>de</strong>ra<strong>dos</strong> no mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />

<strong>PCCR</strong> da COMPESA.<br />

1) Piso salarial <strong>de</strong> R$ 740,00;<br />

2) Faixa salarial do nível<br />

superior igual para to<strong>dos</strong> os<br />

cargos;<br />

Salário Inicial e intervalo <strong>de</strong> classes<br />

O salário inicial proposto R$ 516,00, representa apenas 1,2 Salários Mínimos<br />

Os intervalos <strong>de</strong> classes encontram-se distorci<strong>dos</strong> em relação as faixas<br />

salariais iniciais propostas pela Compesa a exemplo <strong>de</strong>:<br />

Analista <strong>de</strong> Saneamento ..............Proposta Compesa = R$ 3.617,00<br />

Analista <strong>de</strong> Gestão........................Proposta Compesa = R$ 2.271,00<br />

Diferença em Percentual ............................................................ 59,27%<br />

Nota: O intervalo <strong>de</strong> classe praticado é <strong>de</strong> 12% a 15%<br />

3) Salário inicial do nível<br />

técnico equivalente a 50% do<br />

salário inicial do nível<br />

superior;<br />

4) O salário <strong>de</strong> Laboratorista<br />

seja o mesmo <strong>dos</strong> <strong>de</strong>mais<br />

técnicos da área industrial da<br />

empresa;<br />

5) Salário inicial do nível<br />

médio (2º grau), equivalente<br />

ao piso proposto acrescido<br />

<strong>de</strong> 50%;<br />

6) Faixa salarial do motorista<br />

equivalente ao antigo<br />

motorista II;<br />

7) Aplicar curva <strong>de</strong><br />

maturida<strong>de</strong> na implantação<br />

do plano, observando o<br />

tempo <strong>de</strong> serviço versus<br />

quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> estágios<br />

salariais, referente aos<br />

cargos consolida<strong>dos</strong>;<br />

8) Na ocasião do<br />

enquadramento do plano,<br />

corrigir <strong>de</strong>svios <strong>de</strong> funções ,<br />

<strong>de</strong> um cargo para outro, ou<br />

seja, quando as atribuições<br />

atuais estiverem<br />

incompatíveis com o cargo<br />

atual;<br />

PROPOSTAS EM DESTAQUE<br />

1) CORRIGIR DESVIOS<br />

Os emprega<strong>dos</strong> encontramse<br />

exercendo ativida<strong>de</strong>s<br />

diferentes daquelas<br />

estabelecidas no seu cargo<br />

atual<br />

Exemplo:<br />

. Encanador (exercendo<br />

ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Operador)<br />

. Motorista (exercendo<br />

ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Aten<strong>de</strong>nte).<br />

O que fazer<br />

- Verificar as atribuições<br />

atuais <strong>dos</strong> emprega<strong>dos</strong><br />

- Fazer enquadramento na<br />

estrutura <strong>de</strong><br />

cargos e tabela salarial<br />

proposta e consolidada<br />

2) APLICAÇÃO DA CURVA<br />

DE MATURIDADE<br />

Há muito tempo não se<br />

aplica o critério <strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong><br />

Exemplo:<br />

(promoção por mérito,<br />

acesso para outro nível)<br />

9) Criação do critério <strong>de</strong><br />

promoção por atingüida<strong>de</strong>,<br />

<strong>de</strong> acordo com a exigência<br />

do artigo 461 da CLT.<br />

No dia 05/09, quase dois<br />

meses <strong>de</strong>pois, a empresa<br />

enviou ofício ao Sindurb<br />

negando to<strong>dos</strong> estes itens<br />

com respostas vazias, a<br />

exemplo do 8º item, que a<br />

empresa respon<strong>de</strong>u o<br />

seguinte:“A implantação <strong>de</strong><br />

um novo Plano <strong>de</strong> Cargos<br />

visa dar um marco para as<br />

carreiras e suas evoluções”.<br />

. Os emprega<strong>dos</strong> encontramse<br />

no mesmo nível salarial<br />

. É fato relevante as<br />

distorções internas<br />

O que fazer<br />

- Ver mo<strong>de</strong>lo aplicado na<br />

Chesf e outras empresas<br />

- Fazer adaptação à<br />

Compesa<br />

- Estabelecer critérios (Tempo<br />

cargo x quant. estágios)<br />

- Fazer enquadramento (na<br />

faixa salarial)<br />

3) AJUSTAR SALÁRIOS<br />

A maioria <strong>dos</strong> salários iniciais,<br />

médios e finais propostos<br />

encontram-se <strong>de</strong>fasa<strong>dos</strong> em<br />

relação ao mercado pesquisado.<br />

Exemplo:<br />

Nível fundamental = - 68,78%<br />

Nível técnico = - 28,52%<br />

O que fazer<br />

Corrigir salários <strong>de</strong>fasa<strong>dos</strong>,<br />

<strong>de</strong>ixando-os no mesmo nível<br />

do mercado pesquisado.<br />

O que a direção da<br />

COMPESA quis dizer com<br />

essa resposta? Irá corrigir<br />

os <strong>de</strong>svios <strong>de</strong> funções ou<br />

não?<br />

Parece que após gastar um<br />

valor exorbitante na<br />

contratação <strong>de</strong> <strong>uma</strong><br />

empresa para formular o<br />

novo Plano <strong>de</strong> Cargos da<br />

empresa, a COMPESA não<br />

tem interesse em implantar<br />

um mo<strong>de</strong>lo que atenda os<br />

anseios <strong>de</strong> seus<br />

emprega<strong>dos</strong>.

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