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Eucaristia: a Festa dos Corações Agradecidos! - Jovens Redentoristas

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<strong>Jovens</strong> <strong>Redentoristas</strong> Portugal<br />

<strong>Eucaristia</strong>: a <strong>Festa</strong> <strong>dos</strong> <strong>Corações</strong> Agradeci<strong>dos</strong>!<br />

A primeira vez que eu vou a algum sítio, normalmente têm que fazer-me um mapa do caminho, cheio de<br />

cruzinhas, setinhas, bolinhas e legendas… Mesmo assim, tenho que confessar que costumo perder-me mais que<br />

uma vez! Mas a culpa não é <strong>dos</strong> mapas… eu é que sou muito distraído. Tão distraído que há até quem me chame<br />

“o recordista da inversão de marcha”!<br />

Estou a contar-te isto por causa daqueles mapas que me fazem para eu me orientar durante o caminho<br />

quando vou a algum lado pela primeira vez. É o que eu vou tentar fazer-te também… Como que um Guia de<br />

Percurso, uma sinalização do caminho. Agora, já não um mapa de estradas e ruas, mas um Mapa da <strong>Eucaristia</strong>.<br />

Comecemos viagem…<br />

- Comunidade Re-Unida, Corpo de Cristo em <strong>Festa</strong>!<br />

Vimos de muitos lugares, com muitas mentalidades, de muitas condições económicas, culturais, sociais…<br />

mas re-unimo-nos de novo em torno do que nos é comum para fazermos a <strong>Festa</strong> (liturgia). Em comum-unidade no<br />

compromisso de vida com Cristo, na escuta da Sua Palavra, na abertura ao seu Espírito Santo e Santificador. Mas<br />

ainda nos falta descobrir a verdade profunda e a alegria da comum-unidade... ou melhor, falta-nos re-descobrir,<br />

porque a Igreja primitiva era profundamente comunitária! Ninguém “ia a missa”, “assistir ou ouvir missa”. A<br />

<strong>Eucaristia</strong> era a celebração comunitária memorial daquela última Ceia de Jesus, na qual to<strong>dos</strong> tinham vez e voz.<br />

Já reparaste que nunca dizes: “Vou celebrar <strong>Eucaristia</strong>”?... Se lá em casa pegares nas chaves e no casaco e<br />

disseres que vais celebrar <strong>Eucaristia</strong>, vão achar que estás a brincar e perguntar-te se te tornaste padre! Porque na<br />

nossa cabecinha aninhou-se a mentira de que só o padre é que celebra. É o “funcionário do sagrado”. “Celebra a<br />

missa”, “diz a missa”, “dá a missa”, e tu assistes, ouves, recebes…<br />

Quem celebra a <strong>Eucaristia</strong> é a Comunidade!!!<br />

Foram desaparecendo as comunidades que se re-unem para dar lugar aos grupos que se juntam, massas<br />

incógnitas e amorfas, e caiu-se na passividade celebrativa da grandíssima maioria <strong>dos</strong> membros do Corpo de<br />

Cristo! Temos que ter a coragem de mudar(-nos…)! Para isso pedimos em todas as <strong>Eucaristia</strong>s: “Lembrai-vos,<br />

Senhor, da vossa Igreja, dispersa por toda a terra, e tornai-a mais perfeita…” Mas é preciso fazermos a nossa<br />

parte nesta urgência de conversão que é de to<strong>dos</strong>!<br />

- Um Amor que Perdoa, é um Amor que Recria…<br />

Depois de proclamarmos a alegria de estarmos re-uni<strong>dos</strong> em comum-unidade (“Bendito seja Deus que nos<br />

re-uniu no Amor de Cristo!”), pomo-nos olhos nos olhos com Jesus para reconhecer que ainda não somos o que<br />

ele nos chama a ser, tocamos a nossa lepra, colocamos na palma das nossas mãos o nosso pecado. Deus<br />

sonhou-nos e criou-nos “à Sua imagem e semelhança”, Ele que é Amor. Mas não nos criou acaba<strong>dos</strong>. Porque nos<br />

ama, criou-nos criadores de nós próprios (Gn 1, 26-27) no amor, na verdade e na liberdade. Ser pessoa é fazer-se<br />

pessoa. Ser “à imagem de Deus” não é uma realidade estática, não é um selo… é uma Vocação, um<br />

chamamento! SER à imagem de Deus é CONSTRUIR-SE quotidianamente à imagem de Deus, que é Amor. A<br />

marcha da nossa criação é uma marcha de permanente Recriação, como revelou Jesus a Nicodemos: “Tens que<br />

ir nascendo de novo…” (Jo 3, 3)<br />

O pecado é o que há de mais contrário a nós próprios. São as nossas opções, decisões e atitudes<br />

contrárias ao amor. Só em opções marcadas pelo amor o Homem se Humaniza. O pecado é o contrário do amor.<br />

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Por isso, temos que entender o pecado como uma profunda Descriação de nós próprios, um desconfigurarmo-nos<br />

como imagem de Deus. Agora, o fundamental é saborear o Perdão de Deus como dom incondicional e gratuito do<br />

Seu Amor. O Perdão de Deus não é uma “declaração de inocência”, um simples “estás desculpado” e um passar a<br />

mão pelas costas. E muito menos implica uma mudança em Deus, como tantas vezes se diz. Não é Deus que<br />

passa do estado de ofendido e amuado connosco, para o estado de reconciliado e novamente benévolo… Deus<br />

não precisa de mudar! É Amor, e não há pecado que anule o Seu Amor, para depois termos que o reconquistar.<br />

Mas nós… nós é que precisamos de mudanças… O pecado é a descriação de nós próprios, porque é a atitude<br />

contrária ao amor que nos constrói, é a recusa aos apelos da nossa humanização. O Perdão de Deus é uma Recriação<br />

operada por Deus em nós pelas mãos do Espírito Santo e da Sua Palavra, do que em nós foi desfigurado<br />

pelo pecado. O Perdão de Deus não é uma “declaração de cessar-fogo” entre Deus e nós, mas é “acção de Deus”<br />

em nós, acção de Recriação do que o nosso pecado vai descriando<br />

Em cada <strong>Eucaristia</strong> descobrimo-nos como Criação de Deus sonhada para se construir à Sua imagem e<br />

semelhança no amor…<br />

Reconhecemos as nossas atitudes de pecado como Descriação do que estamos chama<strong>dos</strong> a construir…<br />

Acolhemos na Fé o Perdão de Deus como Recriação interior operada em nós pela Sua Palavra e pelo<br />

Seu Espírito Santo, fonte de Vida!<br />

- Das palavras à Palavra…<br />

Talvez nunca te tenham dito o que significa no Novo Testamento ser Igreja. A palavra bíblica para dizer<br />

Igreja é Ecclesia (do grego ex: sair de…; kaléô: chamar, convocar, convidar…) que significa literalmente “o que<br />

brota de um chamamento”. A Igreja é a Comunidade convocada, a comum-união de to<strong>dos</strong> num mesmo<br />

chamamento. A Igreja brota da escuta de uma Palavra, existe em torno dessa Palavra para a saborear, acolher,<br />

encarnar e celebrar e, depois, ser voz profética dessa Palavra transformadora do mundo pelo anúncio e pelo<br />

testemunho.<br />

Mas, não te parece que esta dimensão da Igreja como Comunidade da Palavra está há muito esquecida?<br />

A mim, sinceramente, sim…<br />

E, afinal, de que Palavra estamos a falar? Da Palavra de Deus, que não é um som, uma vocalização ou<br />

uma codificação linguística. Não podemos confundir a Palavra de Deus com as nossas palavras. Quando dizemos<br />

Palavra de Deus, habituámo-nos a pensar em alguma coisa que Deus diz, uma declaração mais ou menos<br />

evidente: “Deus hoje diz-nos que blá, blá, blá”… Mas a Palavra de Deus não se ouve com os ouvi<strong>dos</strong> nem se lê<br />

com os olhos! A Palavra de Deus é Deus-Palavra. Deus é Palavra, não palavras… “Palavra” significa encontro,<br />

comunicação, diálogo, aliança, revelação… As palavras são codificação linguística; a Palavra é uma relação<br />

pessoal.<br />

Devemos entender que Deus não diz coisas (palavras); Deus vem ao nosso encontro como Amor e<br />

proposta de Aliança, Deus diz-Se a nós, em nós (Palavra). Por isso, quando na <strong>Eucaristia</strong> dizemos que “chega a<br />

hora de escutar a Palavra de Deus”, não podemos pensar que isso significa simplesmente ouvir as palavras da<br />

bíblia que vão ser lidas ou as palavras da homilia. A Palavra de Deus é a acção transformante que Deus quer<br />

fazer em nós, a Aliança que nos quer propor, a partir daquelas palavras. As palavras são sua mediação. A bíblia<br />

não é a “Palavra de Deus encadernada e paginada”, mas uma mediação privilegiada para poder fazer experiência<br />

da Palavra de Deus, na medida em que a sua leitura e escuta for consagrada pela Fé e auxiliada por outras<br />

mediações que nos façam entendê-la melhor (no caso da <strong>Eucaristia</strong>, tem um papel fundamental a homilia…). É<br />

uma mediação privilegiada porque contém narrações e catequeses de homens e mulheres que foram fazendo<br />

experiência da Palavra de Deus nas suas vidas, na sua história, nas andanças e desandanças do seu povo…<br />

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Entre os primeiros e os últimos escritos da bíblia decorrem cerca de 1100 anos (1000 a.C. – 100 d. C.)! Em todo<br />

este tempo há muito quilómetros caminha<strong>dos</strong>, muitas experiências feitas… e Deus a caminhar com os seus, como<br />

connosco, fazendo-Se Palavra, Encontro, Revelação...<br />

Destas experiências de Deus-Palavra, foram surgindo palavras de anúncio, testemunho, oração,<br />

catequese, palavras que hoje se encontram juntas na bíblia como mediação para a Palavra. Mas a Palavra de<br />

Deus não é um som, nem uma linha escrita… a Palavra de Deus é uma Experiência pessoal de encontro com<br />

Deus. Escutar a Palavra de Deus não é um exercício de audição, mas de Transformação. Ler a Palavra de Deus<br />

não é um exercício de visão, mas de Disponibilidade a que Deus se revele.<br />

E, acima de tudo, ser convocado pela Palavra de Deus, reunir-se em torno dela como Ecclesia, significa<br />

encontrar-se à roda de Jesus Cristo, Ele que é a Palavra de Deus incarnada, manifestada na carne da nossa<br />

carne, vida da nossa vida (Jo 1, 14). Não é um som nem umas letras… é Alguém! Jesus Cristo é a Palavra<br />

definitiva e plena de Deus à Humanidade. Jesus é a Palavra de Deus porque nele Deus diz-Se, revela-Se, faz-Se<br />

“Deus connosco” (Mt 1, 23). E pelo “Espírito Santo que foi derramado nos nossos corações” na ressurreição de<br />

Jesus (Rom 5, 5), Deus continua a querer marcar encontro connosco em qualquer recanto da nossa interioridade<br />

que nós lhe disponhamos. É pelo Espírito Santo, Aquele que Jesus nos disse que nos faria “entender todas as<br />

coisas” (Jo 14, 26), que nós nos tornamos capazes de passar das palavras à Palavra.<br />

- Crer e Querer!<br />

Atenção! Jesus de Nazaré não nos deixou uma nova filosofia, doutrina ou ética. A sua Revelação é a<br />

novidade de uma Relação! Por isso, quando dizemos “Creio!”, não estamos a proclamar uma fé em verdades ou<br />

uma religião de doutrinas. Estamos a proclamar Relações, porque a Fé cristã é uma Relação de Confiança. O<br />

cristão não “crê que…” (verdades aprendidas), mas “crê em…” (pessoas, relação de confiança). Creio em Deus-<br />

Família de três Pessoas em Plena e Perfeita Comunhão no Amor, Pai, Filho e Espírito Santo.<br />

Creio em Deus-Pai, Criador por Amor, que desde o princípio me sonhou como filho Seu…<br />

Creio em Deus-Filho, Salvador por Amor, que “na plenitude <strong>dos</strong> tempos” se revelou em Jesus de Nazaré<br />

como meu irmão, anunciando-me a Boa Nova e prometendo-me o dom recriador do Espírito Santo pela sua<br />

ressurreição…<br />

Creio em Deus-Espírito Santo, Divinizador por Amor, que em mim clama “Abba! Papá!” (Gal 4, 4-7), que<br />

me introduz na própria Família de Deus como filho de Deus-Pai e irmão de Deus-Filho, que diviniza o que eu<br />

humanizo para um dia me fazer nascer, pleno, na <strong>Festa</strong> da Vida de Deus.<br />

Creio na Igreja, Sacramento do Amor, que tem no mundo a missão de continuar a presença profética,<br />

reveladora e libertadora de Cristo, esta Igreja que também sou eu, chamado a alimentar-me da Palavra de Cristo e<br />

a saciar-me da Água Viva do Seu Espírito para não esmorecer pelo caminho…<br />

Mas, no fim de tudo, temos que ter viva a consciência de que estamos a proclamar três relações de<br />

confiança e uma missão no mundo. Não basta Crer… é preciso Querer viver ao jeito desta Fé. Passar do Crer ao<br />

Querer é o decisivo para que sejamos o que estamos chama<strong>dos</strong> a ser. Por isso é que logo em seguida fazemos a<br />

“Oração <strong>dos</strong> Fiéis”, porque Queremos ser o que Cremos, ou seja, estamos comprometi<strong>dos</strong> na fidelidade e Deus<br />

está comprometido connosco.<br />

- Ofertório de Vida…<br />

Ofertório significa Oferta, Dom. Temos sempre que olhar mais longe do que costumamos, para<br />

reconhecermos a presença do Deus que “nos ama sempre primeiro” (1Jo 4, 10), e de Graça. Ele é o primeiro a<br />

fazer-Se ofertório, dom para nós, e a ofertar-nos tudo o que é: Fonte de Vida, de Amor e de Verdade. É no<br />

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acolhimento do Seu ofertório, revelado de maneira plena no ofertório de Jesus Cristo que também se fez dom<br />

incondicional a Deus e a to<strong>dos</strong> nós, que surge a nossa resposta de ofertório. Deus não tem nada para nos dar<br />

senão aquilo que é. E também não pode receber nada de nós senão aquilo que somos! O que eu sou é o único<br />

que posso ofertar a Deus. Esta comunhão de vida manifesta-se sacramentalmente sobretudo nos sinais do pão e<br />

do vinho, sinais escolhi<strong>dos</strong> por Jesus Cristo para dizer a sua Vida-Vitalidade Ressuscitada e Ressuscitadora.<br />

“Corpo e Sangue” são linguagem bíblica para dizer Vida Pessoal.<br />

- A Consagração é um Mistério da Fé, não um truque de magia…<br />

Depois de acolhermos Deus que Se faz ofertório incondicional em Jesus Cristo e nos colocarmos em<br />

atitude de ofertório de nós mesmos, depois de proclamarmos a grandeza do projecto e do Amor de Deus (prefácio<br />

eucarístico: motivos para o louvor…) e cantarmos a perfeição da Sua Bondade e Santidade (o Santo é o canto<br />

jubiloso que brota desses motivos, razão pela qual é introduzido assim: “Por isso, nós proclamamos a vossa glória<br />

cantando”…), entramos no contexto celebrativo da Consagração. Começamos por pedir: “Santificai, Senhor, estes<br />

dons derramando sobre eles o vosso Espírito, de modo que eles se convertam, para nós, no Corpo e Sangue de<br />

Jesus Cristo…”. E terminamos proclamando: “Mistério da Fé!” A consagração do pão e do vinho não é um mistério<br />

de magia, mas um mistério de Fé. Um pedaço de pão consagrado e outro não consagrado, analisa<strong>dos</strong> em<br />

laboratório não apresentam diferença rigorosamente nenhuma. É um mistério de Fé, não de magia. “Mistério”, na<br />

linguagem bíblica, não significa o que é desconhecido, mas sim aquilo que é conhecido por revelação, o<br />

conhecimento na Fé. A grande consagração acontece no coração <strong>dos</strong> crentes (“para nós”) que se deixam<br />

consagrar (viver em relação de comunhão com-o-sagrado, que é Deus). É “para nós” que o pão e o vinho deixam<br />

de ser para comer e beber, e passam a ser para SIGNIFICAR a presença de Jesus Ressuscitado.<br />

- Pai Nosso – Pão Nosso…<br />

A oração cristã não pode ser um debitar de fórmulas aprendidas. O Pai-Nosso não é uma fórmula a<br />

recitar, uma reza a decorar e repetir! Se duvidas, abre a tua bíblia e vê o que Jesus diz aos discípulos antes de<br />

rezar as palavras do Pai-Nosso (Mt 6, 7-13)…<br />

A oração cristã implica uma profunda atitude de compromisso com o Deus de Jesus e com o mundo em<br />

que vivemos. No Pai-Nosso, conversamos com Deus-Pai com familiaridade de filhos, e conversamos com Ele<br />

sobre o que O interessa e nos interessa: o conhecimento do Seu Nome (Ser) Santo, a construção do Seu Reino, o<br />

acolhimento da Sua Vontade; as nossas necessidades quotidianas para sermos (pão), a urgência da nossa<br />

permanente recriação (perdão), o esforço para sermos livres (mais fortes que a tentação do mal). E, se quisermos<br />

resumir o Pai-Nosso como atitude, resume-se assim, num diálogo de compromisso e confiança: “Pai, podes contra<br />

comigo; eu também conto contigo!”<br />

Pai, podes contar comigo para:<br />

• proclamar a santidade-perfeição do teu Nome-Ser, e viver à Tua imagem…<br />

• anunciar e construir o Teu Reino de Fraternidade universal…<br />

• acolher e viver segundo a Tua Vontade…<br />

Pai, conto contigo para:<br />

• viver seguro no acolhimento quotidiano do Pão da Tua Palavra e do Teu Amor…<br />

• me recriares no Teu Perdão e me fazeres forte para viver em atitudes de perdão…<br />

• ser livre de tudo o que interior ou exteriormente me oprime e me convida a caminhos<br />

de descriação de mim próprio e do mundo que sou chamado a construir…<br />

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Estas atitudes e este compromisso de Aliança de Vida, ficam depois bem explícitos nos dois ritos-Sinais<br />

que fazemos. Dizemos PAI-NOSSO, e em seguida nos abraçamos como irmãos, construtores de paz. Dizemos<br />

PÃO-NOSSO, e em seguida saímos <strong>dos</strong> nossos lugares para nos encontrarmos na comunhão (comum-união) de<br />

um mesmo Pão, Sinal de Jesus Cristo Fonte de Vida!<br />

- Envia<strong>dos</strong> a fazer Acção de Graças…<br />

Temos que ter claro que a Celebração da <strong>Eucaristia</strong> é apenas uma parte da <strong>Eucaristia</strong>! Se não passarmos<br />

da <strong>Eucaristia</strong> Celebrada à <strong>Eucaristia</strong> Vivida, deixámo-la ficar a meio! Depois da comunhão no Pão, já te habituaste<br />

a ouvir falar da acção de graças. Costuma ser espaço para uma música bonitinha, ou um silenciozinho… e, às<br />

vezes, fica-se por aí. Mas não se diz “oração de graças”, nem “musiquinha de graças”, nem sequer “silêncio de<br />

graças”… diz-se ACÇÃO de graças! É necessário Actuar a Graça, assumir acções, opções, decisões, atitudes que<br />

manifestem a Graça de Deus acolhida e a Gratidão (eucaristia) celebrada! A Acção de Graças começa depois da<br />

comunhão e prolonga-se até… até… até ao início da <strong>Eucaristia</strong> seguinte!!! Por isso é que a <strong>Eucaristia</strong> celebrada<br />

não termina, mas nos Envia: acolhemos a Bênção de Deus, certeza da Sua presença em nós, para irmos em<br />

missão, pois de cada vez que nos abençoa, Deus diz-nos o que disse a Abraão: “Vai, e Sê uma bênção!” (Gn 12,<br />

2). Acolhemos a Bênção de Deus para nos tornarmos uma bênção de Deus para os outros. Isto assim é bem mais<br />

exigente do que traçar uma cruz com a mão no corpo, não é?... mas só assim é que tem Graça!...<br />

E, então, abençoa<strong>dos</strong> para sermos uma bênção, Agracia<strong>dos</strong> para fazermos acções de Graça, somos<br />

envia<strong>dos</strong>: “Ide em paz!”. Ir para onde? Não é para onde que interessa…o que interessa é como vamos e a quem<br />

vamos…<br />

O mapa está traçado. Não é perfeito, mas já dá para não te perderes. O caminho, esse… já depende de ti.<br />

Já agora, aqui entre nós, desvendo-te ainda dois segre<strong>dos</strong>: a verdade verdadinha é que não há caminho; faz-se<br />

caminho ao andar… e nas andanças e desandanças <strong>dos</strong> caminhos da tua Fé, nunca desistas à primeira… é<br />

sempre boa altura para fazer uma “inversão de marcha” em qualquer lado. Confia em mim... Olha que há quem<br />

me chame “o recordista da inversão de marcha”…<br />

Rui Santiago cssr<br />

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