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“Não poderá haver o necessário para a sobrevivência de todos,
se nós não reduzirmos os nossos consumos, quer eliminando o
desperdício, quer habituando-nos a um estilo de vida mais
simples. Consumir menos não é fácil, implica a inversão de uma
tendência, uma profunda revisão crítica dos nossos consumos
para percebermos de que é que realmente precisamos e o que é
que, pelo contrário, consumimos por mero hábito ou porque a
isso somos induzidos pela sociedade. Significa mudar de
mentalidade, afirmar que o bem-estar não coincide com o
consumo; significa ter claro o conceito de limite, utilizando os
recursos de uma forma racional e controlada.
Talvez de início nos assuste a ideia de ter menos, mas na
realidade estamos a falar de viver melhor: com mais relações,
mais tempo, mais saúde, mais alegria.”
(A. Saroldi, Giusto Movimento)