17.05.2013 Views

A Pré-História Contada Por Meio dos Objetos - Unesp

A Pré-História Contada Por Meio dos Objetos - Unesp

A Pré-História Contada Por Meio dos Objetos - Unesp

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

A PRÉ-HISTÓRIA CONTADA POR MEIO DOS OBJETOS 1<br />

Faccio, N. B.;<br />

Pereira, D. L. T.;<br />

Pereira, F. L. T.;<br />

Souza, H. C.;<br />

Garcia, R. de C.;<br />

Lino, T. A.;<br />

Di Baco, H. M.;<br />

Lopes, P. R.<br />

Resumo: O Projeto “A <strong>Pré</strong>-<strong>História</strong> <strong>Contada</strong> <strong>Por</strong> <strong>Meio</strong> <strong>dos</strong> <strong>Objetos</strong>” é parte integrante do<br />

Núcleo de Ensino da FCT/UNESP. Este Projeto teve início no ano de 2006 e tem<br />

por objetivo divulgar os conhecimentos produzi<strong>dos</strong> no âmbito do Projeto de<br />

Pesquisa cadastrado no CNPq, sob o título “Arqueologia Guarani”. Entre as ações<br />

produzidas podemos citar: 1) elaboração e distribuição de textos didáticos sobre a<br />

pré-história do Oeste Paulista; 2) realização de palestras sobre “O período préhistórico<br />

do Oeste Paulista”; 3) apresentação de vídeo; 4) organização e<br />

apresentação de exposições itinerantes de peças arqueológicas e 5) realização de<br />

oficinas em argila, utilizando técnicas indígenas. Este artigo trata do relato de um<br />

projeto em vigência, portanto, os resulta<strong>dos</strong> são parciais.<br />

Palavras-chave: Arqueologia; pré-história; educação; ensino público; extroversão do<br />

conhecimento.<br />

HISTÓRICO<br />

O Projeto “A <strong>Pré</strong>-<strong>História</strong> <strong>Contada</strong> <strong>Por</strong> <strong>Meio</strong> <strong>dos</strong> <strong>Objetos</strong>” é desenvolvido junto a<br />

alunos de Escolas Públicas de Ensino Fundamental de cinco municípios do Oeste Paulista<br />

(Iepê, Presidente Prudente, Pirapózinho, Itororó do Paranapanema e Alfredo Marcondes). Este<br />

projeto teve início em abril de 2006, com o objetivo de atender aos pedi<strong>dos</strong> de professores da<br />

rede pública, que constantemente buscam na FCT/UNESP apoio para suas aulas, quando o<br />

tema é o índio brasileiro. Em período anterior a 2006, os atendimentos eram realiza<strong>dos</strong> sem<br />

uma proposta de trabalho definida. Eram realizadas palestras nas escolas e muitas vezes se<br />

fazia a indicação de bibliografias, que o professor raramente chegava a ler, haja vista as<br />

dificuldades para a aquisição do texto, ou a falta de tempo para retirar de uma bibliografia<br />

extensa o necessário para o preparo de suas aulas.<br />

A princípio com dois bolsistas do núcleo de ensino e com uma proposta de<br />

trabalho definida, o projeto iniciou o atendimento aos alunos da quinta série da Escola Estadual<br />

João Antônio Rodrigues, do Município de Iepê, São Paulo. Contudo, no mês de maio, com<br />

mais quatro alunos voluntários e o interesse de outras escolas em participar das atividades do<br />

projeto, foi possível atender alunos de mais quatro escolas, bem como outras séries do ensino<br />

fundamental.<br />

1<br />

Departamento de Planejamento, Urbanismo e Ambiente, FCT/UNESP, área de Ciências Humanas. Etnologia e Etnografia do<br />

Brasil. Projeto do Núcleo de Ensino, nfaccio@terra.com.br<br />

761


Os textos prepara<strong>dos</strong> e disponibiliza<strong>dos</strong>, as palestras, os vídeos, as exposições<br />

itinerantes e as oficinas em argila são ações integradas que buscam mostrar, para a clientela<br />

alvo, a história de grupos indígenas por meio <strong>dos</strong> elementos de sua cultura material<br />

conserva<strong>dos</strong> nos sítios arqueológicos. Depois do trabalho na escola, o professor tem o material<br />

e a metodologia utilizada para trabalhar nos próximos anos com outras turmas. Diante das<br />

atuais dificuldades que enfrentam as escolas públicas de ensino fundamental e médio, a<br />

Universidade não pode deixar de contribuir, na forma de ações.<br />

Essa proposta é apresentada não com o intuito de esgotar o assunto, ditando o<br />

que é verdadeiro ou falso acerca de aspectos do modo de vida da população guarani pré-<br />

histórica que ocupou o Oeste Paulista, mas sim, com o objetivo de procurar mostrar a<br />

diversidade presente na produção de artefatos cerâmicos feitos por grupos guarani que, hoje,<br />

não podem contar suas histórias com palavras.<br />

Nesse sentido, temos como foco a relação ambiente e tecnologia, a função <strong>dos</strong><br />

elementos presentes na cerâmica guarani, o significado <strong>dos</strong> motivos pinta<strong>dos</strong> ou incisos nas<br />

faces <strong>dos</strong> vasos cerâmicos e por fim, uma tentativa de traçar um panorama, ainda que de<br />

forma preliminar, do que a oleira guarani produziu na área do Oeste Paulista.<br />

DESENVOLVIMENTO<br />

O Projeto conta com a participação desta coordenação, dois bolsistas e quatro<br />

voluntários. To<strong>dos</strong> os alunos estão matricula<strong>dos</strong> no Curso de Geografia da FCT/UNESP e<br />

realizam pesquisa na área da arqueologia, etno-história ou geoarqueologia. Com o objetivo de<br />

instrumentalizar o grupo de alunos bolsistas e voluntários para uma atuação de qualidade junto<br />

a comunidade alvo (alunos do ensino fundamental) organizamos um grupo de estudo. Nas<br />

reuniões semanais do grupo de estudo são realizadas discussões de textos que auxiliam na<br />

realização e aperfeiçoamento das ações do projeto.<br />

O texto distribuído nas escolas (20 páginas) foi elaborado pela coordenadora do<br />

projeto e serve como base para os professores das escolas usarem em suas aulas (Foto 1).<br />

762


O texto, elaborado pela coordenação do Projeto do Núcleo de Ensino,<br />

aborda a pré-história do Oeste Paulista e serve de base para aulas das disciplinas<br />

<strong>História</strong> e Geografia. Foram distribuí<strong>dos</strong> 6.000 textos, até o momento, na forma<br />

impressa, nas escolas públicas de ensino fundamental e médio. O texto na forma digital<br />

é disponibilizado para as coordenações das escolas alvo do projeto e para outras<br />

escolas, quando solicitado. De acordo com as dúvidas ou sugestões <strong>dos</strong> professores e/ou<br />

alunos do ensino fundamental, o texto é revisado e/ou complementado.<br />

Contudo, os alunos bolsistas e voluntários do Projeto também elaboraram um<br />

texto sobre o assunto a ser tratado nas escolas, que serve de base para as suas atuações<br />

junto às escolas. Este procedimento, além de estimular a pesquisa, ampliar o conhecimento<br />

<strong>dos</strong> alunos e dá uma maior segurança no momento em que estes precisam expor suas idéias.<br />

A palestra sobre “O Período-<strong>Pré</strong>-Histórico do Oeste Paulista” é proferida com o<br />

auxílio do Power Point ou de transparências, pelo coordenador e estagiários. Nas salas de<br />

aula de escolas foram proferidas 51 palestras. Foram atendi<strong>dos</strong>, no ano de 2006, 2031 alunos<br />

(Fotos 2 a 7).<br />

763


$<br />

! "# # $ % &<br />

' ( & ) * + , !<br />

764


- . / ! 0 & 1 # ! 2 (<br />

!<br />

. 3 ( & ) * + , !<br />

Durante as palestras muitas perguntas são feitas pelos alunos, o que demonstra<br />

grande interesse pelo tema. No pátio das escolas são expostos os artefatos líticos elabora<strong>dos</strong><br />

por povos caçadores-coletores e material cerâmico/pedra polida, confecciona<strong>dos</strong> por povos<br />

horticultores-ceramistas. A presença das peças arqueológicas desperta o interesse <strong>dos</strong> alunos<br />

para a funcionalidade <strong>dos</strong> instrumentos e para o reconhecimento da genialidade do grupo<br />

humano, muitas vezes classifica<strong>dos</strong> erroneamente como primitivos.<br />

O Power Point ou transparências utilizadas nas palestras são disponibiliza<strong>dos</strong><br />

para que o professor possa usar em outras turmas. O conjunto de slides dessa apresentação<br />

foi preparado por esta coordenação, em conjunto com os alunos bolsistas e voluntários para<br />

que servisse de guia nas palestras e para despertar o interesse <strong>dos</strong> alunos do ensino<br />

fundamental, haja vista o rico material iconográfico que contém (Foto 8).<br />

765


4 5 6 ,<br />

Sempre, antes da atuação nas escolas, os alunos do Núcleo de Ensino passam<br />

por um treinamento. Primeiro, observam a atuação da coordenadora do projeto expondo o<br />

tema e, em seguida, são observa<strong>dos</strong> pela coordenadora, enquanto expõem o tema. A partir<br />

desta observação, a coordenadora aponta os pontos positivos e os negativos. Diante <strong>dos</strong><br />

pontos negativos, novas leituras e discussões são propostas e realizadas dentro do grupo de<br />

estu<strong>dos</strong>. Dessa forma, as atualizações são freqüentes dentro do grupo.<br />

A apresentação de um vídeo, após a realização da palestra, serve para ilustrar o<br />

conteúdo trabalhado e constitui-se em mais um recurso didático que o professor pode usar em<br />

suas aulas. Após a realização desta atividade, notou-se que a maior parte <strong>dos</strong> professores não<br />

sabia como explorar em sala de aula este importante recurso (Foto 9).<br />

7 & 0% 8& " 9 : 6 ; 0%<br />

766


oficina em argila.<br />

No término das etapas anteriormente descritas, passamos para a realização da<br />

Para a realização da oficina em argila utilizamos a técnica desenvolvida pelos<br />

grupos guarani que ocuparam o Oeste Paulista a partir de 205 D.C.. Estes índios elaboraram<br />

uma cerâmica caracterizada pela presença de uma decoração policrômica com traços ou faixas<br />

retos ou curvos em preto ou vermelho, aplica<strong>dos</strong> com pincel ou com o dedo, sobre fundo<br />

engobado branco ou creme. Os pontos associa<strong>dos</strong> às linhas curvas em preto ou vermelho<br />

sobre engobo branco também são comuns. O antiplástico utilizado por excelência foi o mineral<br />

associado ao caco moído, sendo esse último elemento identificador da Tradição Tupiguarani e<br />

aflora na parede das vasilhas. O carvão como antiplástico foi identificado em poucos sítios e<br />

em pequena porcentagem, estando presente na área do baixo e médio paranapanema (Faccio,<br />

1998).<br />

As vasilhas dessa tradição são confeccionadas a partir de cordéis superpostos<br />

em espiral, da base em direção a borda. Contudo, algumas peças parecem ter a base moldada<br />

a mão e o corpo acordelado. E ainda, as miniatuaturas são confeccionadas por modelagem a<br />

mão.<br />

Quanto aos tipos cerâmicos, podemos destacar o simples, o pintado, o<br />

engobado, o corrugado, o corrugado-ungulado, o ungulado, o escovado, o ponteado, o inciso, o<br />

acanelado, o digitado, o digitungulado, o nodulado, o pinçado, o beliscado e o roletado. A<br />

associação desses tipos em um mesmo vaso é bastante comum. Geralmente a metade inferior<br />

do vaso é lisa ou escovada.<br />

Os tipos mais comuns são os decora<strong>dos</strong> com técnicas plásticas, realizadas com<br />

as unhas (unguladas), com as pontas <strong>dos</strong> de<strong>dos</strong> (corrugadas), com auxílio de objetos como<br />

sabugo de milho (escovadas) ou espatulas (entalhado). Essas decorações são realizadas logo<br />

após a confecção do vaso, enquanto a argila está mole. O entalhe realizado por esse grupo<br />

indígena estão sempre localiza<strong>dos</strong> no lábio do vaso.<br />

As decorações pintadas são realizadas na parte interna e/ou externa <strong>dos</strong> vasos,<br />

respeitando a forma. Nos pratos e tigelas rasas é comum a pintura nas faces interna e externa.<br />

Já nas tigelas fundas e nos vasos profun<strong>dos</strong> o comum é a pintura na face externa. No caso <strong>dos</strong><br />

vasos carena<strong>dos</strong>, a única parte pintada costuma ser a superior, do ombro até os lábios, de<br />

forma policrômica.<br />

Os pigmentos são aplica<strong>dos</strong>, na maior parte das vezes, antes da queima,<br />

tornando a pintura resistente. A análise <strong>dos</strong> pigmentos utiliza<strong>dos</strong> na pintura tem indicado uma<br />

origem mineral (Faccio, 1998).<br />

767


Usualmente, a pintura preta ou vermelha é aplicada sobre engobo branco<br />

formando uma diversificada gama de desenhos geométricos. Os desenhos são constituí<strong>dos</strong> por<br />

linhas ou faixas, retas ou curvas.<br />

A queima <strong>dos</strong> vasos foi realizada em fornos a céu aberto, por isso as paredes<br />

nunca são totalmente oxidadas. Quanto às classes de vasilhas, podemos destacar as panelas<br />

para cozinhar (yapepó, figura 1), as caçarolas para cozinhar (naetá, figura 2), as jarras para<br />

bebidas em geral, especialmente bebidas fermentadas alcoólicas (cambuchí, figura 3), os<br />

pratos para comer (ñaembé ou teembiru, figura 4) e as tigela para beber (cambuchi caguaba,<br />

figura 5 2 . Cada uma dessas formas possui uma função distinta e por issofornecem<br />

informações sobre o preparo <strong>dos</strong> alimentos em cada sítio.<br />

9 < 1 = 1<br />

9 < 1 " ><br />

' 9 < 1 ( ? ? ? #<br />

- 9 < 1 > ? ?<br />

2 As formas apresentadas, nas figuras de 1 a 5) foram adaptadas de Brochado & Monticelli, 1994.<br />

768


@ 9 < 1 ? ?<br />

? # ?<br />

Diante do conhecimento da técnica utilizada pela índias guarani do Oeste<br />

Paulista e da variedade de formas produzidas, o grupo do Núcleo de Ensino passou a<br />

reproduzir a técnica e a forma das vasilhas guarani. O aluno voluntário Hiuri Marcel di Baco<br />

(artísta plástico) estudou as técnicas e as formas e, em seguida, passou a treinar o grupo do<br />

Núcleo de Ensino (Foto 10).<br />

A B # ! % & < 1 & # !<br />

Adquirida a habilidade para confeccção das vasilhas guarani, o grupo de alunos<br />

passou a oferecer oficinas de cerâmica guarani nas Escolas de Ensino Médio e Fundamental.<br />

A oficina em argila serve para mostrar quão aperfeiçoada é a tecnologia<br />

indígena pré-histórica, ao mesmo tempo em que despertam os alunos para a importância da<br />

arte, que nas sociedades indígenas não era privilégio de poucos.<br />

A oficina cerâmica também serve para se refletir sobre a importância <strong>dos</strong> vasos<br />

cerâmicos na vida <strong>dos</strong> povos sedentários que, com o advento da agricultura, encontraram,<br />

nestes recipientes, um meio prático e eficaz para o armazenamento de alimentos e bebidas.<br />

Além do armazenamento, a cerâmica também serviu para cozinhar ou torrar alimentos.<br />

Para a realização das oficinas de argila, os alunos das Escolas contaram com a<br />

disposição <strong>dos</strong> materiais de trabalho, como argila branca, copos plásticos, palitos de dente e<br />

papelão. Dessa maneira, a oficina de argila possui às seguintes etapas:<br />

769


1) preparação do bloco de argila;<br />

2) preparação do rolete;<br />

3) colocação do rolete I (base);<br />

4) colocação do rolete II (parede);<br />

5) junção <strong>dos</strong> roletes;<br />

6) alisamento da parede;<br />

7) decoração.<br />

<strong>Por</strong> meio do manuseio <strong>dos</strong> materiais, os participantes praticaram o método<br />

utilizado pelas índias guarani (Fotos de 11 a 22).<br />

2 # 0 / ! 0 &<br />

# !<br />

' - C ! "# #<br />

$ % & $<br />

770


@ . $ # 2 < # D 0<br />

$ # !<br />

3 4 C # * ? !<br />

7 A & $ !<br />

771


C ( & ) * + , !<br />

As exposições itinerantes apresentam peças arqueológicas (pedras lascadas,<br />

polidas e cerâmicas arqueológicas). Os alunos podem manusear as peças. Esta atividade tem<br />

por objetivo levar um pouco do acervo do museu para as escolas, principalmente, quando não<br />

é possível que os alunos visitem o museu (Foto 23).<br />

'<br />

772


CONSIDERAÇÕES PARCIAIS<br />

As ações realizadas, até o momento, exprimem, de forma parcial, o que já foi<br />

feito pelo Projeto “A <strong>Pré</strong>-<strong>História</strong>: A <strong>História</strong> <strong>dos</strong> Homens <strong>Contada</strong> por meio <strong>dos</strong> <strong>Objetos</strong> no<br />

Oeste Paulista”, com o apoio logístico do Núcleo de Ensino da FCT/UNESP.<br />

De fato, com a realização deste Projeto, pretende-se trabalhar em prol da<br />

conscientização da sociedade brasileira em relação à cultura e os costumes <strong>dos</strong> grupos<br />

indígenas e contribuir para a formação de alunos de escolas públicas. Com certeza, o<br />

conhecimento científico produzido na Universidade pode contribuir para esse fim.<br />

Os professores, de modo geral, afirmaram que o projeto abriu novas alternativas<br />

de trabalho em sala de aula. Com o projeto, apreenderam novas formas de ensinar a história<br />

do índio, de mostrar, a partir de da<strong>dos</strong> concretos, que os índios não eram preguiçosos. Ao<br />

contrário, possuíam técnicas elaboradíssimas.<br />

A Professora Maria Estela de Almeida (da Escola Estadual Doutor José Foz de<br />

Presidente Prudente) fez o seguinte relato: “aprendi a usar o espaço da escola e o seu entorno,<br />

a ensinar a história do índio de uma forma que convence o aluno”.<br />

Cabe ressaltar, ainda, que o Programa “Núcleo de Ensino” proporciona aos<br />

estudantes da Universidade contato com o mercado de trabalho, contribuindo para a formação<br />

de profissionais prepara<strong>dos</strong>, seguros, capazes de por a teoria em prática e com melhores<br />

condições para pleitearem trabalho.<br />

No período de vigência do projeto em epígrafe, constatamos que os alunos<br />

bolsistas ou voluntários apreenderam a se portarem em público, a escrever corretamente, a ter<br />

responsabilidade, a preparar textos, a organizar o tempo, a refletir sobre o tema em estudo.<br />

Com este projeto aprendemos que a teoria produzida na Universidade é<br />

apreendida na sala de aula pode ser aplicada no ensino fundamental público com o objetivo de<br />

servir de meio para o avanço na qualidade da escola pública brasileira.<br />

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS<br />

BROCHADO, J. J. Alimentação na floresta tropical. IFCH. UFRGS. <strong>Por</strong>to Alegre: Grafosul,<br />

1978.103 p.<br />

______.; LA SALVIA. Cerâmica Guarani. <strong>Por</strong>to Alegre: Posenato Arte & Cultura, 1989. 175 p.<br />

______.; MONTICELLI, G. Regras práticas na reconstituição gráfica das vasilhas de cerâmica<br />

Guarani a partir <strong>dos</strong> fragmentos. Estu<strong>dos</strong> Ibero-Americanos, <strong>Por</strong>to Alegre, v. XX, n. 2, p. 107-<br />

118, dez. 1994.<br />

CHMYZ, I. (Coord.). Curso de Aperfeiçoamento em método e técnicas arqueológicas. Museu<br />

Antropológico. Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 1975. 62 p.<br />

______ (Ed.). Terminologia arqueológica brasileira para cerâmica. In: Cadernos de<br />

Arqueologia. Paranaguá, ano 1, n.1, p. 119-148, 1976.<br />

773


FACCIO N. B. Estudo do sítio arqueológico Alvim no contexto do Projeto Paranapanema.<br />

Dissertação (Mestrado em Arqueologia) – FFLCH, Universidade de São Paulo,<br />

______. Arqueologia <strong>dos</strong> cenários das ocupações horticultoras da Capivara, Baixo<br />

Paranapanema. 1998, 294 f. Tese (Doutorado em Arqueologia) - FFLCH, Universidade de São<br />

Paulo, São Paulo.<br />

______. Relatório de pesquisa/período de 18/11/98 a 31/12/00. Relatório apresentado ao<br />

Departamento de Planejamento da UNESP, Presidente Prudente, 2000. 68 f.<br />

______. O trabalho do barro no sítio arqueológico Piracanjuba, Piraju, São Paulo. 2001, 108 f.<br />

(Relatório de Acompanhamento do salvamento arqueológico da UHE Piraju: ArqPiraju) –<br />

Museu de Arqueologia e Etnologia, Universidade de São Paulo, São Paulo.<br />

GOMES, D. M. C. Cerâmica arqueológica da Amazônia: vasilhas da coleção Tapajônica MAE-<br />

USP. Fapesp. Edusp. São Paulo, 2002. 384 p.<br />

LANDA, B. S. A mulher guarani: atividades e cultura material. 1995. 160 f. Dissertação<br />

(Mestrado em <strong>História</strong>) – Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, PUCRS, <strong>Por</strong>to Alegre.<br />

LIMA, T. A. Cerâmica indígena brasileira. In: RIBEIRO, D. (Ed.). Suma etnológica brasileira:<br />

Tecnologia indígena. 2.ed. Petrópolis: Vozes, Finep, 1987.n. 2, p. 173-230.<br />

MARANCA, S. Da<strong>dos</strong> preliminares para uma classificação do material cerâmico pré-histórico.<br />

Revista do Museu Paulista (Nova Série), São Paulo, v. 30, p. 235-250, 1985.<br />

______. Noções Básicas para uma Tipologia Cerâmica. Revista do Museu Paulista (Nova<br />

Série), São Paulo, vol. XXII, 1975.<br />

MAROIS, R.; SCATAMACCHIA, M. C. M.; SERRANO, E. D. Ensaio sobre a composição das<br />

decorações. Instituto Panamericano de Geografia e <strong>História</strong>, São Paulo, 1994. 78 f.<br />

MEGGERS, B. J.; EVANS, C. Como interpretar a linguagem da cerâmica. Manual para<br />

arqueólogos. SMTHSON, AN INSTITUTION, Washington, D.C., 1970. 94 f.<br />

MONTÓYA, A. R. La conquista espiritual del Paraguai. 3.ed. Equipo difusor de estúdios de<br />

<strong>História</strong> Iberoamericana: Rosário, 1989. 288 p.<br />

MORAIS, J. L. A propósito da interdisciplinaridade em Arqueologia. Revista do Museu Paulista,<br />

(Nova Série), São Paulo, v. 31, p. 56-77, 1986.<br />

______. Arqueologia da região sudeste. In: Antes de Cabral: Arqueologia brasileira - I. Revista<br />

USP, São Paulo, n. 44, p. 194-217, dez. - fev. 1999 - 2000.<br />

NOELLI, F. S. A ocupação humana na região sul do Brasil: Arqueologia, debates e<br />

perspectivas - 1872-2000. In: Antes de Cabral: Arqueologia brasileira - I. Revista USP, São<br />

Paulo, n. 44, p. 218-269, dez.-fev.,1999-2000.<br />

______. Sem tekoá não há teko: Em busca de um modelo etnoarqueológico da aldeia e da<br />

subsistência Guarani e sua aplicação a uma área de domínio no Delta do Jacuí - RS. 1993.<br />

Dissertação ( Mestrado em <strong>História</strong>) – Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, PUCRS, <strong>Por</strong>to<br />

Alegre.<br />

OLIVEIRA, S. N. A Arqueologia Guarani: construção e desconstrução da identidade indígena.<br />

2002, 135 f. Dissertação de mestrado - Universidade de Campinas, Campinas.<br />

PALLESTRINI, Luciana. Aldeias <strong>Pré</strong>-Históricas: Evidências e Interpretaciones. Paleoetnológica.<br />

V.2, pág. 7-10, 1985-86.<br />

______. Arqueologia <strong>Pré</strong>-Histórica de Estado de São Paulo. Revista do Museu Paulista (Nova<br />

Série), V.28, pág. 165-168, 1981/82.<br />

PROUS, A. Arqueologia brasileira.Brasília: Fundação da Universidade de Brasília, 1992.605 p.<br />

ROBRAHN GONZÁLEZ, E. M. Problemática arqueológica da ocupação de grupos ceramistas<br />

no Vale do Paranapanema. Revista Terra Indígena: Assis, ano XV, n. 81, p. 14-42, mar. 2000.<br />

774


______. A ocupação pré-colonial do Vale do Ribeira de Iguaçu, SP: os grupos ceramistas do<br />

médio curso. 1989. 204 f. Dissertação (Mestrado em Arqueologia) – FFLCH, Universidade de<br />

São Paulo, São Paulo.<br />

SCATAMACCHIA, M. C. M. Arqueologia e Etno-história: os cronistas do século XVI. Dédalo.<br />

São Paulo, publicação avulsa, v. 1, p. 135-139, 1989.<br />

______. A Tradição policrômica no leste da América do Sul evidenciada pela ocupação<br />

Guarani e Tupinambá: Fonte arqueológicas e etno-históricas. 1990, 310 f. Tese (Doutorado em<br />

Arqueologia) - FFCLH, Universidade de São Paulo, São Paulo.<br />

SCHADEN, E. Aspectos Fundamentais da Cultura Guarani. 3 ed. São Paulo: E.P.U./ EDUSP,<br />

1974. 194 p.<br />

SOARES, A. L. R. Guarani: organização social e Arqueologia. <strong>Por</strong>to Alegre: EDIPUCRS, 1997.<br />

113 p.<br />

775

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!