Dezembro - Câmara Municipal de Setúbal

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16fitas O filme no quadro da cultura visual contemporânea Na sequência do que ensaiei em outras ocasiões, dou nota aos leitores da reflexão efectuada no âmbito do meu trabalho de doutoramento. O campo teórico em que enquadro a investigação é o da cultura visual contemporânea entendida como a reflexão sobre as imagens produzidas contemporaneamente, por via de instrumentos tecnológicos, e que assumem, independentemente da sua proveniência ou circuitos de circulação, um papel fundamental nas dinâmicas sociais, políticas e económicas actuais, sendo igualmente determinantes para os modos de relacionamento e de concepção do mundo por parte dos indivíduos. Isto significa que a análise das imagens não pode restringir-se ao campo específico em que são geradas (artes plásticas, cinema, televisão, publicidade, etc.) e aos seus instrumentos próprios, mas antes deve ser situada no quadro da cultura contemporânea mais ampla de modo a analisar a globalização do visual na vida quotidiana. Vários académicos mas também cineastas, artistas plásticos ou performers ou, noutra dimensão, actores políticos, têm pensado na questão da extrema relevância assumida pela imagem na sociedade contemporânea, apresentando perspectivas dissonantes ou, por vezes, complementares sobre as possibilidades geradas por estas, tendo em conta as suas eventuais virtualidades ou perigos. As imagens construídas pelos sistemas digitais não só estão presentes em todas as dimensões da vida dos indivídu- crítica os, mediando e filtrando o seu contacto com a realidade, como se imiscuem na própria realidade, sendo por vezes difícil determinar o que lhe pertence e o que lhe é alheio. Embora esta indiferenciação entre real e virtual possa ter existido previamente à configuração dos sistemas digitais e, aliás, tenha sido por diversas vezes diagnosticada ao longo da história da humanidade (vejamos a história das criaturas artificiais ou dos mundos fantasiosos criados pela literatura), com a nova tecnologia torna-se mais complexa e indetectável. Como procurei evidenciar em artigos anteriores, é certo que a tecnologia associada ao filme afecta desde sempre as suas dimensões estéticas e narrativas, assim como os seus processos de produção e as transformações que daí decorrem originam inflexões profundas na compreensão da ontologia da obra fílmica. Neste contexto, o objectivo é perceber se as rupturas ou novas possibilidades originadas pela intervenção do digital poderão ser consideradas responsáveis pela introdução de uma nova categoria em ruptura com a ontologia clássica do filme, inaugurando-se assim uma nova era de contornos distintos, ou se, noutra perspectiva, o digital vem apenas definir uma nova etapa na história do filme, com contornos específicos e novos, mas em continuidade com a sua história prévia. Marta Pinho Alves Professora de Guionismo, Cinema e Televisão
Cinema Charlot – Auditório Municipal Seg a sex, às 21h30 Sab e dom, às 16h00 e às 21h30 Preços: 4 € ; 3 € (estudantes e +65 anos) Informações: 265 522 446 Exibições previstas para este mês New York, I Love You De Faith Akin e Yvan Attal, com Bradley Cooper, Natalie Portman, Orlando Bloom, Andy Garcia, Christina Ricci Drama/Romance | M/12 anos Na cidade que nunca dorme, o amor está sempre no ar. As paixões ganham vida com a colaboração de vários realizadores da actualidade. De Tribeca a Brooklin, passando pelo Central Park, o filme tece uma história de amor tão diversificada quanto a própria malha de Nova Iorque. Avatar De James Cameron, com Sam Worthington, Sigourney Weaver, Michelle Rodriguez Acção/Aventura | M/12 A história de um ex-marine que se vê envolvido em hostilidades num planeta desconhecido habitado por seres com formas de vida exóticas. Como ele é um “Avatar”, uma mente humana num corpo de alien, encontra-se dividido entre dois mundos, numa desesperada luta pela sobrevivência. 17fitas O Delator De Steven Soderbergh, com Matt Damon, Clancy Brown, Mealanie Lynskey Comédia | M/12 Mark Whitacre, uma figura importante da indústria, pensa que, se denunciar ao FBI os acordos ilegais de preços que a sua empresa pratica, será visto como um herói e terá uma grande promoção. Mas antes de tudo isto poder acontecer, o FBI precisa de provas. Whitacre concorda em levar um gravador escondido na pasta, imaginando-se como uma espécie de agente secreto.
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