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DETERMINAÇÃO DOS PERFIS DE DUREZA DO AÇO VF 800 AT ...

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Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Espírito Santo<br />

<strong><strong>DE</strong>TERMINAÇÃO</strong> <strong><strong>DO</strong>S</strong> <strong>PERFIS</strong> <strong>DE</strong> <strong>DUREZA</strong> <strong>DO</strong> <strong>AÇO</strong> <strong>VF</strong> <strong>800</strong> <strong>AT</strong><br />

NITRETA<strong>DO</strong> NA TEMPER<strong>AT</strong>URA <strong>DE</strong> 480ºC E 500ºC<br />

Bianca Medeiros 1 , Adonias Ribeiro Franco Jr. 2<br />

1<br />

IFES, Coord. de Engenharia Metalúrgica – Avenida Vitória, 1729 - Bairro Jucutuquara –<br />

29040780 – Vitória – Espírito Santo – bianca.engmetal@yahoo.com.br<br />

2<br />

IFES, PROPEMM – Avenida Vitória, 1729 - Bairro Jucutuquara – 29040780 – Vitória – Espírito<br />

Santo – adonias@ifes.edu.br<br />

Resumo: A técnica de nitretação a plasma está em constante uso na melhoria das propriedades<br />

superficiais dos aços, especialmente aço ferramenta. Neste trabalho, estudou-se a influência dos<br />

parâmetros de tempo, porcentagem de nitrogênio e temperatura na microestrutura e dureza<br />

superficial da camada nitretada de um aço <strong>VF</strong> <strong>800</strong> <strong>AT</strong>, com o objetivo de melhorar as suas<br />

propriedades tribológicas e determinar as curvas potenciais limites de nitretação (PLN).<br />

Palavras-chave: aço ferramenta, tratamento térmico, nitretação a plasma, perfil de dureza, PLN.<br />

INTRODUÇÃO<br />

O aço ferramenta <strong>VF</strong> <strong>800</strong> <strong>AT</strong> é<br />

fabricado pela Villares Metals com a proposta<br />

de apresentar uma elevada tenacidade<br />

acompanhada de uma boa resistência ao<br />

desgaste e elevada dureza superficial. Esse<br />

material é usado para trabalho a frio e possui<br />

uma ampla aplicação. Com o emprego de<br />

tratamentos térmicos de têmpera e<br />

revenimento obtém-se uma boa combinação<br />

de resistência mecânica, dureza e tenacidade.<br />

O uso da técnica de nitretação a plasma<br />

promove o aumento da dureza superficial.<br />

Essa técnica quando comparada com a<br />

nitretação convencional apresenta aspectos<br />

positivos como a não emissão de resíduos<br />

tóxicos, menor tempo de tratamento,<br />

economia de energia e uniformidade da<br />

camada nitretada. A uniformidade da camada<br />

se deve ao melhor controle nos parâmetros do<br />

processo, tais como: fluxo da mistura gasosa,<br />

pressão, temperatura, composição da mistura<br />

gasosa, voltagem.<br />

RESULTA<strong><strong>DO</strong>S</strong> E DISCUSSÃO<br />

Após a têmpera do aço <strong>VF</strong> <strong>800</strong> <strong>AT</strong><br />

obteve-se uma microestrutura consistindo de<br />

carbonetos globulares não dissolvidos em<br />

matriz martensítica e uma dureza média de<br />

733 HV. O revenimento posterior proporcionou<br />

uma microestrutura martensítica revenida com<br />

dureza de 664 HV. Para os tratamentos de<br />

nitretação a plasma, foi empregada uma<br />

mistura gasosa de hidrogênio e nitrogênio<br />

utilizando proporções de 5% N2 e 95% H2,<br />

10% N2 e 90% H2, 20% N2 e 80% H2 na<br />

temperatura de 480ºC e 500ºC por tempos<br />

variando de 30 minutos até 8 horas.<br />

Para a nitretação na temperatura de<br />

480ºC, observou-se que o crescimento da<br />

camada nitretada está relacionado com a %<br />

N2 e o tempo de permanência da amostra no<br />

reator. De acordo com a literatura, considerase<br />

que a camada nitretada inicia-se quando a<br />

dureza for superior a 50HV da dureza do<br />

núcleo. A figura 1 mostra o perfil de dureza do<br />

<strong>VF</strong> <strong>800</strong> <strong>AT</strong> na temperatura de 480ºC e 10% N2<br />

e a tabela I mostra as espessuras médias das<br />

camadas nitretadas das amostras de 5%, 10%<br />

e 20%.<br />

Figura 1: perfil de dureza da amostra nitretada com<br />

10% de N2 na temperatura de 480ºC.<br />

V Jornada de Iniciação Científica<br />

III Jornada de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação 2010


Tabela I: Espessuras médias da camada nitretada<br />

Potencial de Nitrogênio Tempo de Nitretação Espessura Média das Camadas Nitretadas<br />

20%<br />

10%<br />

5%<br />

Na tabela I nota-se que as amostras<br />

nitretadas com 20% de N2 apresentaram uma<br />

camada nitretada de menor espessura. De<br />

acordo com a literatura, a presença de<br />

grandes concentrações de hidrogênio na<br />

mistura gasosa produz camadas com<br />

espessuras superiores do que aquelas<br />

nitretadas com quantidades menores de H2,<br />

Porém, as amostras nitretadas com<br />

porcentagens menores de H2 (maiores %N2),<br />

possuem uma camada de compostos mais<br />

espessa. Por isso a espessura da camada<br />

nitretada com 5% de N2 é maior do que a<br />

amostra nitretada com 20% de N2.<br />

As amostras nitretadas na temperatura<br />

de 500ºC apresentaram comportamento<br />

semelhante, No entanto, houve uma queda da<br />

dureza para as mesmas profundidades de<br />

nitretação analisadas. Isso pode ser explicado<br />

pelo modelo de Kölbel que diz que a absorção<br />

de nitrogênio esta associada com o processo<br />

de sputtering. Ou seja, o aumento da taxa de<br />

sputtering causa um maior número de<br />

dissociações e de defeitos na estrutura<br />

cristalina do material. Com isto a espessura da<br />

zona de difusão aumenta enquanto a da<br />

camada de compostos diminui.<br />

CONCLUSÃO<br />

O aumento da temperatura de<br />

nitretação provoca uma diminuição da dureza<br />

da camada nitretada. As amostras nitretadas<br />

com baixas %N2 apresentam camadas<br />

nitretadas mais espessas do que amostras<br />

nitretadas com altas %N2 .<br />

Agradecimentos<br />

Primeiramente a Deus, e a FAPES por<br />

me conceder o apoio financeiro com a bolsa<br />

de iniciação cientifica. Ao professor orientador<br />

Adonias Ribeiro Franco Junior por me<br />

30 minutos 120 µm<br />

1 hora 150 µm<br />

3 horas 185 µm<br />

1 hora 170 µm<br />

4 horas 180 µm<br />

8 horas 210 µm<br />

3 horas 145 µm<br />

8 horas 190 µm<br />

incentivar durante todo o trabalho. E por fim, a<br />

todos que me ajudaram em cada etapa.<br />

REFERÊNCIAS<br />

FRANCO JR., A. R. Nitretação por plasma<br />

pulsado do aço AISI H13. 1997. Tese<br />

(Mestrado em Engenharia Metalúrgica e de<br />

Materias) – Universidade Federal de São<br />

Carlos, São Carlos.<br />

FRANCO JR., A. R. Obtenção de<br />

revestimentos dúplex por nitretação a<br />

plasma e PVD-TiN em aços ferramenta AISI<br />

D2 e AISI H13. 2003. Tese (Doutorado em<br />

Engenharia Metalúrgica e de Materias) –<br />

Universidade Federal São Paulo, São Paulo.<br />

PINE<strong>DO</strong>, C. E. Fundamentos da nitretação<br />

sob plasma para o tratamento superficial<br />

de aços e ligas especiais. Catálogo da Heat<br />

Tech – Tecnologia em tratamentos térmicos e<br />

engenharia de superfície Ltda, Suzano, SP.<br />

PARUCKER, M.L.; MORENO, A;<br />

MEN<strong>DO</strong>NÇA, G.M. Influence of nitriding<br />

time on the microhardness profile of<br />

plasma nitrited AISI D6 steel. Joinville, SC.

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