Disciplinando sua Vida Cristã - IPMPS
Disciplinando sua Vida Cristã - IPMPS
Disciplinando sua Vida Cristã - IPMPS
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Escola Bíblica<br />
Dominical<br />
<strong>Disciplinando</strong><br />
<strong>sua</strong> <strong>Vida</strong> <strong>Cristã</strong>
[ <strong>Disciplinando</strong> Sua <strong>Vida</strong> <strong>Cristã</strong> ]<br />
Índice<br />
Celebração da Disciplina ................................<br />
...................................<br />
................................ ... ........... ... ........ .......... ........ .. .................................................................<br />
.. ...............................................................<br />
A Disciplina da Oração....................................................................................<br />
.................................................................................................................<br />
.................................................................................... .............................<br />
A Disciplina do Jejum ..................................................................................................................<br />
..................................................................................................................<br />
A Disciplina do Estudo.........................................................<br />
.........................................................<br />
..................................................................................................................<br />
......................................................... .........................................................<br />
.........................................................<br />
A Disciplina da Simplicidade........................................................................................................<br />
........................................................................................................<br />
........................................................................................................<br />
A Disciplina da Solitude...............................<br />
...............................<br />
...............................................................................................................<br />
............................... ................................................................................<br />
................................................................................<br />
A Disciplina da Submissão..........................................................................................................<br />
..........................................................................................................<br />
A Disciplina do Serviço.......... .......... .................................................................................................................<br />
.......... .......................................................................................................<br />
A Disciplina da Confissão............................................................................................................<br />
............................................................................................................<br />
A Disciplina da Adoração.............................................................................................................<br />
.............................................................................................................<br />
A Disciplina da Orientação...................................................................................................<br />
...................................................................................................<br />
...........................................................................................................<br />
................................................................................................... ........<br />
A Disciplina da Celebração..........................................................................................................<br />
.......................................................................................................... 36<br />
1<br />
02<br />
06<br />
12<br />
14<br />
16<br />
20<br />
22<br />
26<br />
28<br />
30<br />
34
[ <strong>Disciplinando</strong> Sua <strong>Vida</strong> <strong>Cristã</strong> ]<br />
Celebração Celebração da da Disciplina<br />
Disciplina<br />
“Passo pela vida como um transeunte a caminho da eternidade, feito à imagem de Deus, mas com<br />
essa imagem aviltada, necessitando de que se lhe ensine a meditar, adorar, pensar”!<br />
Donald Coggan<br />
Cel Celebração Cel bração = ato de celebrar Louvar;<br />
Exaltar;<br />
Acolher com festejo.<br />
Disciplina Disciplina = regime de ordem Imposta ou consentida;<br />
Ordem que convém ao bom funcionamento de algo ou alguma coisa;<br />
Relação de submissão a um regulamento.<br />
A disciplina é necessária ao progresso, ao desenvolvimento, ao crescimento.<br />
. Na vida espiritual é necessário a disciplina?<br />
. O que é (são) a(s) Disciplina(s) Espiritual(s)?<br />
. Elas são para mim? Eu necessito delas?<br />
. Por quê?<br />
Vivendo Vivendo a a superficialidade<br />
superficialidade<br />
superficialidade<br />
“A superficialidade é a maldição de nosso tempo.”<br />
Tudo ao nosso redor está direcionado à satisfação momentânea, o hoje.<br />
O cristão foi criado não para uma vida efêmera, que termina aqui. Nós fomos criados para<br />
vivermos eternamente, espiritualmente falando. Devemos buscar os meios necessários para<br />
cuidarmos, organizarmos, prepararmo-nos para a eternidade espiritual.<br />
Lembrando sempre que esse é o propósito de Deus para nós.<br />
O Senhor é quem nos capacita para a busca do crescimento espiritual, do aprofundamento do<br />
conhecimento do “mundo espiritual ou interior”.<br />
■ ■ Desde os primórdios o Senhor Deus tem nos revelado a verdade da eternidade e a maneira de<br />
alcançá-la.<br />
A Sua Palavra é clara na dualidade do homem: carne – exterior<br />
espírito – interior<br />
2
[ <strong>Disciplinando</strong> Sua <strong>Vida</strong> <strong>Cristã</strong> ]<br />
■ É no cultivo, no preparo do nosso interior que nós vamos nos deter, organizando nossa vida,<br />
nosso ser, examinando alguns pontos importantes como, por exemplo:<br />
- Trabalhando a nossa mente, os nossos pensamentos, raciocínio tendo sempre como base o que o<br />
Senhor nos revela na Sua Palavra “... e na Sua lei medita de dia e de noite” (Sl 1:2) para<br />
aprendermos a ter a “mente de Cristo”. “A necessidade urgente, hoje, não é um maior número de<br />
pessoas inteligentes ou dotadas, mas de pessoas profundas, capazes de sentir e entender os<br />
sentimentos e as necessidades das pessoas.”<br />
No Antigo Testamento lemos e aprendemos como Deus chamou o povo à disciplina como jejum,<br />
meditação, adoração, celebração e quase não deu instrução nenhuma sobre a forma de executálas<br />
porque o povo já tinha conhecimento delas.<br />
As Disciplinas Espirituais são uma realidade interior e espiritual; como alcança-las?<br />
. Libertação de hábitos arraigados.<br />
■ ■ ■ ■ ■ ■ O O pecado pecado<br />
pecado<br />
O apóstolo Paulo se refere ao pecado como uma condição que infesta a raça humana (Rm 3:9-18)<br />
dominando o nosso corpo e direcionando os nossos hábitos. Isaías 57:20, diz: “os perversos são<br />
como o mar agitado, que não se pode aquietar, cujas águas lançam de si lama e lodo”.<br />
Acrescenta o autor do livro em estudo: “o mar não necessita fazer nada de especial para produzir<br />
lama e lodo; isto é resultado de seus movimentos naturais.”<br />
O pecado é parte da estrutura interna das nossas vidas. Não podemos, de nós mesmos, vencê-lo.<br />
Ef 2:1-3.<br />
Is 59 – em todo o capítulo o Senhor está se referindo ao pecado como o que nos separa de Deus,<br />
da Sua comunhão, da Sua presença.<br />
O pecado nos torna maus, rebeldes, cegos etc. É necessário um mergulho para sabermos melhor<br />
sobre o pecado.<br />
■ Definição:<br />
. é transgressão; é iniqüidade; omissão do que sabemos ser bom; é do diabo – é rebelião contra<br />
Deus.<br />
. provém do coração – é obra das trevas;<br />
. ninguém está livre dele. Ec 7:20; Gl 3:22.<br />
■ ■ Conseqüência do pecado: morte.<br />
■ ■ Deve ser:<br />
. Confessado – Pv 28:13<br />
. Lamentado – Sl 38:18<br />
3
. Rejeitado – Jo 11:14<br />
. Resistido – Hb 12:4<br />
. Devemos orar a Deus pelo perdão – Ex 34:9.<br />
[ <strong>Disciplinando</strong> Sua <strong>Vida</strong> <strong>Cristã</strong> ]<br />
Lidar com o pecado não é fácil e nós não somos capazes de fazê-lo sozinhos.<br />
A justificação é dom de Deus, mas a Sua Palavra nos conduz a algo que podemos fazer:<br />
. colocar-nos à disposição do Senhor e rogarmos que Ele nos transforme é o 1° passo;<br />
Somos como o semeador, temos o grão, mas não temos como fazê-lo brotar. O que podemos fazer<br />
é preparar a terra, plantar o grão.<br />
Fazê-lo brotar é obra do Espírito de Deus.<br />
As Disciplinas Espirituais são um meio de Deus plantar-nos na terra; elas nos colocam onde Ele<br />
possa trabalhar o nosso interior e transformar-nos. É preciso que haja uma mudança radical,<br />
interna, e só Deus pode operar a partir do interior. Quando reconhecemos essa verdade,<br />
entendemos com clareza que necessitamos das Disciplinas Espirituais.<br />
■ ■ ■ ■ ■ ■ A A A disciplina disciplina da da Meditação<br />
Meditação<br />
Rm 8:6; 1Co 2:16; Fp 2:5.<br />
. É bíblica.<br />
A meditação não é propriedade exclusiva das religiões orientais, antes, pelo contrário, já em<br />
Gênesis 24:63 encontramos: “Saíra Isaque a meditar no campo, ao cair da tarde”. Sl 63:6 “No meu<br />
leito, quando de ti me recordo, e em ti medito durante a vigília da noite”.<br />
Essas eram as pessoas chegadas ao coração de Deus.<br />
Deus lhes falava, não porque elas tivessem capacidades especiais, mas porque estavam dispostas<br />
a ouvir.<br />
Ap 1:10 diz que “encontrava-se João em espírito, no dia do Senhor”.<br />
O objetivo da meditação é a busca da união.<br />
Há um hino nosso que diz na <strong>sua</strong> ultima estrofe:<br />
“ Se quereis saber quão doce<br />
É a divina comunhão<br />
Podereis muito bem prová-la<br />
E tereis compensação<br />
Procurai estar sozinho<br />
Em conversa com Jesus,<br />
Provareis da vossa vida<br />
O poder que vem da cruz. (Hino 128)<br />
4
[ <strong>Disciplinando</strong> Sua <strong>Vida</strong> <strong>Cristã</strong> ]<br />
É quando nos dispomos a buscar uma união maior com Deus que podemos experimentar o poder<br />
de Deus transformando, operando em nós.<br />
Meditar é conversar com Deus; é ouvir a Sua voz. Reconhece-la; Conhecer a Sua vontade; É<br />
progredir espiritualmente.<br />
Há outros hinos que mostram o meditar através da obra criadora do Senhor; os hinos 26 e 27 são<br />
ricos em mostrar a grandiosidade de Deus, detalhando a natureza e mostrando nela a presença e<br />
o poder de Deus; a última estrofe do hino 27 diz:<br />
“ E tu pecador que vagueias,<br />
Que fazes ao teu Criador?<br />
Não achas momento em que cantes<br />
Um hino de glória ao Senhor?”<br />
Meditar na obra criadora de Deus é crescer no conhecimento do seu poder; é perceber a provisão,<br />
o sustento, a sabedoria do Deus eterno.<br />
Meditar na Sua palavra diz o Salmo 1:2,3, é ser como árvore frondosa que dá seu fruto na estação<br />
própria...etc; é buscar a identificação com Jesus. Filipenses 4:8 diz o que deve ocupar o nosso<br />
pensamento.<br />
A meditação é característica da mente espiritual.<br />
Meditar na Palavra do Senhor 1Tm 4:15; Sl 119:148.<br />
Em 1 Coríntios 2:9 e 10; 12.<br />
Deus se revela pela Sua Palavra, para que possamos conhecer mediante a revelação e iluminação<br />
do Espírito o que Ele tem preparado para os que O amam.<br />
O conhecimento e o entendimento procedem do Espírito Santo de Deus e tem como objetivo o<br />
refletir de Deus no homem: “Mas nós temos a mente de Cristo” vs 16b.<br />
Ter a mente de Cristo significa:<br />
- conhecer a Sua vontade e Seu plano e propósito redentor;<br />
- avaliar e considerar as coisas da mesma maneira que Deus as vê;<br />
- atribuir-lhe a importância que Deus lhes atribui; detestar o que Ele detesta; amar o que Ele ama.<br />
- entender o que é a santidade de Deus e a malignidade do pecado;<br />
- adotar os mesmos valores espirituais, diferentes daqueles do mundo e da sabedoria do mundo.<br />
Somente quando nos desligas dos acontecimentos, das atividades, é que conseguimos meditar.<br />
“ “ A A meditação meditação não não é é é um um ato ato simples simples e e e não não pode pode ser ser completada completada completada como como como se se completa completa a a construção<br />
construção<br />
de de uma uma cadeira. cadeira. É É um um modo modo modo de de vida. vida. Você Você estará estará constantemente constantemente aprendendo apren<br />
dendo dendo e e crescendo à<br />
medida medida medida que que penetra penetra as as as profundezas profundezas profundezas interiores.” interiores.”<br />
interiores.”<br />
5
[ <strong>Disciplinando</strong> Sua <strong>Vida</strong> <strong>Cristã</strong> ]<br />
A A DDisciplina<br />
D isciplina da OOração<br />
O<br />
ração<br />
“Desejo uma vida de oração mais excelente, mais profunda, mais verdadeira.” Arcebispo Tait<br />
A meditação introduz-nos na vida interior e a oração verdadeira cria e transforma a vida.<br />
■ ■ ■ ■ ■ ■ A A A oração oração oração na na na Palavra Palavra Palavra de de de Deus Deus<br />
Deus<br />
A 1ª oração – Gênesis 4:26 “...daí se começou a invocar o nome do Senhor”.<br />
A partir daí lemos muitas outras orações. Exemplos:<br />
- Abraão por Sodoma – Gn 18:23<br />
- Jacó em Peniel – Gn 32:24<br />
- Davi, por não poder edificar o templo – 2Sm 7:18<br />
- Salomão em Gibeom – 1Rs 3:6<br />
- Salomão, na dedicação do templo – 1Rs 8:22<br />
- Ezequias, Esdras, Daniel, Habacuque..<br />
- Oração sacerdotal de Jesus – Jo 17:1<br />
- Oração do Senhor – Mt 6:9<br />
- Paulo constantemente orava – Ef 3:14<br />
■ Na Palavra de Deus a oração é descrita como:<br />
- invocar a Deus, o nome do Senhor;<br />
- clamar ao Senhor;<br />
- derramar a alma, o coração ao Senhor;<br />
- aproximar-se do trono da graça;<br />
- suplicar ao Senhor etc.<br />
■ A oração é ordenança de Deus<br />
Is 55:6; Mt 7:7; Fp 4:6; Mt 26:41; Lc 21:36; Tg 5:13; 1Ts 5:17.<br />
■ ■ Deve ser feita A Deus – Sl 5:2<br />
A Cristo – Lc 23:42; At 5:59<br />
Ao Espírito Santo – 2Ts 3:5; Ef 6:18;<br />
Por meio de Cristo – Ef 2:18; Hb 10:19.<br />
A A oração oração é é o o elo elo de de ligação ligação de de que que necessi necessitamos necessi tamos para para recebermos recebermos de de Deus Deus as as as <strong>sua</strong>s <strong>sua</strong>s bênçãos, bênçãos, o<br />
o<br />
seu seu poder, poder, e e o o cumprimento cumprimento das das <strong>sua</strong>s <strong>sua</strong>s promessas. promessas.<br />
promessas.<br />
6
[ <strong>Disciplinando</strong> Sua <strong>Vida</strong> <strong>Cristã</strong> ]<br />
■ O autor do livro “Celebração da Disciplina” diz:<br />
“Orar é mudar. A oração é a avenida central que Deus usa para transformar-nos. Quanto mais nos<br />
aproximamos do pulsar do coração de Deus, tanto mais vemos nossa necessidade e tanto mais<br />
desejamos assemelhar-nos a Cristo.”<br />
Na <strong>sua</strong> oração sacerdotal, Jesus pede ao pai: “Pai, eu não vos peço que os tires do mundo, mas<br />
que os livres do mal”.<br />
Aqui, somos cooperadores de Deus no Seu reino e, para trabalharmos, precisamos ter as<br />
ferramentas certas; a a oração oração é é uma uma delas delas, delas e muito importante. Temos um legado que nos foi<br />
confiado pelo Senhor. Temos uma obrigação espiritual de examinar, entender o significado dos<br />
acontecimentos sociais e políticos para cooperar com o Senhor na determinação de Seus<br />
propósitos e Sua vontade.<br />
“Certas coisas acontecerão na história se orarmos corretamente. Devemos mudar o mundo pela<br />
oração”, diz o autor que estudamos.<br />
■ ■ ■ ■ ■ ■ Aprendendo Aprendendo a a orar<br />
orar<br />
Aprender, por quê? A resposta está em Tiago 4:3.<br />
“Na oração, na verdadeira oração, começamos a pensar os pensamentos de Deus à <strong>sua</strong> maneira:<br />
desejamos as coisas que Ele deseja, amamos as coisas que Ele ama, e assim aprendemos a ter<br />
uma visão na perspectiva divina”.<br />
Os discípulos pediram ao Senhor Jesus que os ensinasse a orar. Jesus lhes ensinou com “A Oração<br />
Dominical”.<br />
É uma oração voltada para o interior e de certa forma, é individual. O que ela nos ensina:<br />
- Pai Pai nosso nosso – intimidade com, o Senhor, relação de Pai e filho, convivência.<br />
- Santificado... – santificar o nome de Deus, implica em viver de uma maneira tal que Sua<br />
santidade se manifeste em Seus filhos.<br />
- Venha Venha o o teu teu teu reino reino - o reino de Deus tem dois aspectos. No sentido presente, se manifesta onde<br />
quer que Ele seja adorado e seguido, nos corações onde Deus reina. No sentido futuro o Reino virá<br />
de modo completo quando Deus vencer o último inimigo, na volta de Cristo. 2Ts 2:8; 1Co 15:23-<br />
28.<br />
- O pão de de cada dia –nos ensina que Deus é o provedor de tudo. Mt 6:25-34 e que devemos<br />
procurar o alimento espiritual – Dt 8:2-3.<br />
- Perdoa...assim Perdoa...assim como como nós... nós... – a medida do perdão exige reciprocidade. O exercício da prática do<br />
perdão aos nossos devedores é pré-requisito para que eu (nós) seja (mos) perdoado(s). Não é só<br />
orar pedindo “e perdoa os nossos pecados”, Deus requer de nós pleno perdão, pois é assim que<br />
acontece na via Deus-nós. O perdão é, assim, uma via de mão dupla.<br />
- Não Não nos nos deixes deixes cair cair em em tentação tentação – 1Pe 5:8 e 9. o trabalho do inimigo é tentar derrotar-nos. A<br />
nossa arma contra ele é “vigiar e orar”.<br />
- Pois Pois Teu Teu é é é o o reino, reino, o o poder poder poder e e e a a a glória glória para para sempre sempre – a soberania, onipotência, onipresença,<br />
santidade, misericórdia, amor...estamos reconhecendo em Deus todos os Seus atributos e lhe<br />
7
[ <strong>Disciplinando</strong> Sua <strong>Vida</strong> <strong>Cristã</strong> ]<br />
concedendo honra e adoração. A oração de confissão é meio seguro e bíblico para alcançarmos o<br />
perdão mediante Jesus. 2Sm 24:10; Sl 51:1; Jr 14:7,9,20.<br />
Quando aprendemos e praticamos o que Jesus ensinou na Oração Dominical, estamos iniciando<br />
uma experiência profunda no aprendizado da oração.<br />
- Seja Seja Seja feita feita feita a a Tua Tua Tua vontade vontade vontade - quando oro individualmente, estou colocando a minha vida nas mãos<br />
do Senhor numa atitude de submissão, fé, humildade e serviço. Mas Jesus nos ensinou através de<br />
Suas próprias orações em favor de outras pessoas que Ele não terminava a oração dizendo “seja<br />
feita a Tua vontade”. O autor do livro em estudo diz a respeito: “Obviamente acreditavam (os<br />
apóstolos) conhecer a vontade de Deus antes que fizessem a oração da fé.., estavam tão imersos<br />
no ambiente do espírito Santo que, ao encontrarem uma situação específica, sabiam o que se<br />
devia fazer.”<br />
A Palavra de Deus está cheia de orações que foram levadas a Deus por homens simples, profetas,<br />
líderes, igrejas e pelo próprio Jesus. Há orações de gratidão – verdadeiros cânticos de louvor.<br />
Exemplo: Dt 32 “O cântico de Moisés”, Davi, Salomão, Simeão, Maria e muitas outras.<br />
Há orações de petição – o livro de Salmos está cheio delas.<br />
Há orações de intercessão elevadas a Deus por reis, profetas, sacerdotes, pela igreja, pelo próprio<br />
Jesus. O que vemos na Palavra de Deus é que todas as orações ali registradas foram recebidas e<br />
atendidas por Deus (exceto a de Paulo em favor de si mesmo = o espinho na carne). Foram<br />
orações eficazes.<br />
■ ■ Requisitos Requisitos da da da oração oração eficaz:<br />
eficaz:<br />
- Fé. Fé. Fé. Nossas orações não serão atendidas se não tivermos fé genuína, verdadeira. Mc 11:24; Mc<br />
9:23. Tiago encoraja-nos a pedir com fé, não duvidando. Tg 1:6 e o autor da carta aos Hebreus diznos:<br />
“Cheguemo-nos com verdadeiro coração em inteireza de fé.” Hb 10:22<br />
- Deve ser feita em em nome nome de de Jesus Jesus. Jesus Jo 14:13,14, em harmonia com o caráter, a pessoa e a vontade<br />
de nosso Senhor.<br />
- Deve haver perseverança<br />
perseverança. perseverança<br />
Mt 7:7 e 8. Jesus estimula a perseverança na oração. Devemos<br />
continuar a pedir, a buscar e a bater. Lc 18:1-7.<br />
Temos um grande exemplo de perseverança na parábola da viúva importuna. O versículo primeiro<br />
fala sobre o dever de orar sempre e nunca desfalecer.<br />
Com essa parábola aprendemos que:<br />
. O cristão deve perseverar em oração em todo o tempo, até a volta de Jesus. Rm 12:12; Ef 6:18;<br />
Cl 4:2.<br />
. Sabemos que temos um adversário que é satanás (vs 3); 1Pe 5:8 e 9.<br />
. Através da oração podemos clamar pela justiça divina<br />
8
[ <strong>Disciplinando</strong> Sua <strong>Vida</strong> <strong>Cristã</strong> ]<br />
. A oração perseverante é considerada como fé (vs 8). Exemplo de perseverança na oração: Ex<br />
17:11;<br />
. Mãos levantadas mostram a <strong>sua</strong> dependência de Deus e fé nEle.<br />
. A força e a vitória dependem da comunhão com o Senhor, oração, fé e obediência em Cristo. Hb<br />
4:16;<br />
■ ■ ■ ■ O O que que me me motiva motiva a a orar?<br />
orar?<br />
. A gratidão – o reconhecimento da misericórdia de Deus, Seu amor, Sua providência etc.<br />
. O desejo de adorá-lo, louvá-lo.<br />
. A necessidade de tê-lo em minha vida<br />
. A necessidade do Seu perdão, da Sua paz, da comunhão com Ele.<br />
. A certeza de que posso contar com o Seu auxílio, proteção, direção na minha vida.<br />
. A certeza de que Ele recebe a minha oração e a responde.<br />
■ Assim, podemos dizer que há orações de:<br />
. Louvor, adoração, ação de graças;<br />
. Contrição;<br />
. Intercessão.<br />
Louvor<br />
Louvor<br />
Deus é merecedor de louvor e deve ser glorificado através dele.<br />
O louvor deve ser oferecido ao Senhor,com entendimento. Sl 47:7; 1Co 14:15.<br />
. Com toda a alma. Sl 103:1; Sl 104:1 e 35.<br />
. Com a boca e com o coração. Sl 51:15 e Sl 9:1.<br />
. Com alegria. Sl 63:5;<br />
. Com ação de graças. 1Co 16:4; Ne 12:24; Sl 14:7.<br />
. Continuamente. Sl 35:28 e 71:6.<br />
. Durante a vida. Sl 104:33.<br />
. Mesmo em momentos aflitivos. At 16:25.<br />
Contrição<br />
Contrição<br />
Com humildade de coração, como diz a palavra de Deus em Salmo 34:18, 51:17, Is 66:2.<br />
Com confissão de pecados: é condição para sermos perdoados. Esdras 10:11; 1Co 7:14; Mt<br />
10:32; Pv 28:13, 1Jo 1:9.<br />
Intercessão Intercessão – Dn 9:3<br />
Pode-se definir a intercessão como a oração contrita e reverente, com fé e perseverança, mediante<br />
a qual o cristão suplica a Deus em favor de algo ou de alguém.<br />
As palavras de Daniel fazem parte da oração feita por ele em favor da restauração de Jerusalém e<br />
do povo de Israel.<br />
9
[ <strong>Disciplinando</strong> Sua <strong>Vida</strong> <strong>Cristã</strong> ]<br />
Há muitas referências de orações intercessoras na Palavra de Deus. Jesus usou muito a oração<br />
intercessora no Seu ministério; intercedeu por seus discípulos, por todos nós, por Ele mesmo e<br />
ensinou e incentivou os seus discípulos a fazê-lo.<br />
A oração intercessora é a que vai de encontro às necessidades e aflições do povo, da família, da<br />
igreja etc.<br />
■ ■ ■ ■ ■ ■ Conclusão<br />
Conclusão<br />
Finalmente, como devemos orar?<br />
Jesus acentua a sinceridade do nosso coração, pois não somos atendidos na oração simplesmente<br />
pelo nosso falar de modo vazio. Mt 6:7.<br />
Podemos orar em silêncio ou em voz alta.<br />
Podemos orar com nossas próprias palavras ou usando palavras diretas das escrituras.<br />
Podemos orar com a nossa mente ou através do Espírito.<br />
Podemos orar através do louvor, do cântico.<br />
Podemos orar sentados, em pé, ajoelhados, prostrados no chão, de mãos levantadas.<br />
O importante é que ao elevarmos o nosso pensamento a Deus, façamo-lo de coração reto, limpo,<br />
com fé, perseverança, confiança, comunhão, sabedoria e humildade, na certeza de que o Senhor<br />
recebe e se agrada das orações que fazemos em nome de Jesus.<br />
10
[ <strong>Disciplinando</strong> Sua <strong>Vida</strong> <strong>Cristã</strong> ]<br />
11
■ ■ ■ ■ ■ ■ Jejum<br />
[ <strong>Disciplinando</strong> Sua <strong>Vida</strong> <strong>Cristã</strong> ]<br />
A A DDisciplina<br />
D Disciplina<br />
isciplina do Jejum<br />
Jejum<br />
Conceituação: abstinência de alguma coisa, em geral, de alimentos.<br />
Não tem sido muito praticado pela igreja nos dias atuais.<br />
Dois fatores têm influenciado o desuso do jejum nos dias atuais, diz o autor do livro Celebração da<br />
Disciplina:<br />
“Em 1° lugar, o jejum como resultado das excessivas práticas ascéticas da Idade Média adquiriu<br />
uma péssima reputação. Com o declínio da realidade interior da fé cristã, desenvolveu-se uma<br />
crescente tendência para acentuar a forma exterior.”<br />
Daí que o jejum foi submetido aos mais rígidos regulamentos e praticado com extrema automortificação<br />
e flagelação. A cultura moderna ofereceu uma forte reação contra esses excessos.<br />
Em 2° lugar: a propaganda sobre alimentação/saúde, compleição física etc, incentivou o desuso<br />
da prática do jejum.<br />
■ ■ ■ ■ ■ ■ O O O jejum jejum na na Bíblia<br />
Bíblia<br />
Na Bíblia, jejuar refere-se à abstenção de alimentos por motivos espirituais. Ele se distingue da<br />
greve de fome porque esta tem como propósito a aquisição de poder político ou atrair a atenção<br />
para uma boa causa. No jejum bíblico, a ênfase, os propósitos são espirituais e, em geral, é<br />
praticado vinculado à oração.<br />
Há três formas principais de jejum vistas na Bíblia:<br />
1. 1. Jejum normal – abstenção de todos os alimentos sólidos e/ou líquidos, mas não de água.<br />
Dn 10:3<br />
2. 2. Abstenção tanto de alimentos como de água. Ex 4:16 e At 9:9 – Moisés e Elias fizeram jejum<br />
absoluto por 40 dias, mas sob condições espirituais. Dt 9:9-18; Ex 34:28; 1Rs 19:8. Ester 4:16.<br />
3. Abstinência de determinados alimentos.<br />
Em geral, o jejum é um assunto privado entre a pessoa e Deus. Porém há momentos de jejuns em<br />
grupos ou público.<br />
A Lei Mosaica exigia um jejum público anual que era realizado no dia da expiação (Lv 23:27).<br />
Às vezes os jejuns eram convocados, principalmente em tempos de emergência. (Joel 2:15 e 2Co<br />
20:1-4; Esdras 8:21-23).<br />
12
[ <strong>Disciplinando</strong> Sua <strong>Vida</strong> <strong>Cristã</strong> ]<br />
A igreja no Novo Testamento praticava o jejum. (At 13:2,3; 14:23; 27:33).<br />
O próprio Cristo praticava a Disciplina do Jejum e ensinava que a mesma devia fazer parte da vida<br />
consagrada do cristão (Mt 6:26), além de ser um ato de preparação para a Sua volta (Mt 9:18).<br />
Quando se retirou para o deserto após ser batizado, Ele jejuou 40 dias, com o propósito de<br />
fortalecer o Espírito e preparar-Se para a realização do Seu ministério mostrando, assim, a<br />
importância do jejum. Em Mateus 9:15 fica claro que Jesus esperava que os outros jejuassem<br />
após a Sua partida.<br />
Os dias da “ausência do noivo” são a presente era, que iniciou no momento da ascensão de Cristo<br />
aos céus.<br />
A Igreja espera a volta do noivo; o jejum é uma preparação para a Sua vinda “o tempo é agora”.<br />
■ ■ ■ ■ ■ ■ Objetivos Objetivos do do jejum jejum<br />
jejum<br />
Os propósitos do jejum com oração:<br />
1. 1. Um ato para Deus, visando à Sua honra. (Mt 6:16-18; Zc 7:5; Lc 2:37; At 13:2).<br />
2. 2. O cristão humilhar-se diante de Deus. (Sl 69:10; Ed 8:2; Is 58:3); para receber mais graça (1Pe<br />
5:5) e desfrutar de Sua comunhão. (Is 57:15).<br />
3. 3. Expressar tristeza pelos pecados (1Sm 7:6; Ne 9:1e2)<br />
4. Expressar pesar pelos pecados da Igreja, da nação, do mundo.(Ed 4:1-3 e 16; Jz 20:26; Jr 36:9).<br />
5. Buscar mais comunhão com o Senhor, graça, força e poder para lutar contra o inimigo. (Ed<br />
8:21,23 e 31; Gl 2:12-14; At 9:9).<br />
6. Buscar o favor e a direção de Deus no Seu serviço. (At 13:2).<br />
O jejum deve sempre centrar-se em Deus; se assim não for, o jejum resultará em fracasso.<br />
Zc 7:5. Não deve servir para exibições – Mt 6:16-18.<br />
É observado em ocasião de:<br />
. Juízos de Deus - Gl 1:14 e 2:12;<br />
. Calamidades públicas – 2Sm1:12;<br />
. Aflições da igreja – Lc 5:33-35<br />
. Aflições alheias – Sl 35:13; Dn 6:18;<br />
.Aflições pessoais – 2Sm 12:16 – sempre acompanhado por oração, confissão de pecados,<br />
lamentação.<br />
. Experiência sobre jejum – pg 76 a 78.<br />
13
[ <strong>Disciplinando</strong> Sua <strong>Vida</strong> <strong>Cristã</strong> ]<br />
A A DDisciplina<br />
D isciplina do Estud Estudo Estud<br />
■ ■ ■ ■ ■ ■ O O O que que que é é é Estudo? Estudo?<br />
Estudo?<br />
Ato de estudar – buscar conhecimento através da leitura, observação, experiência.<br />
O que estudamos determina a formação de nossos hábitos; por esta razão devemos estar atentos<br />
à literatura que escolhemos.<br />
No estudo ou para o estudo devemos considerar alguns pontos importantes que lhe são inerentes:<br />
- percepção percepção percepção – para conhecermos o objeto de estudo.<br />
- concentração<br />
concentração concentração – porque ela centraliza a mente, prende a atenção no que está sendo estudado<br />
capacitando a nossa mente ao armazenamento da informação recebida.<br />
- observação observação observação – para entender o que está sendo estudado, interpretar, avaliar, analisar o significado<br />
do conteúdo em estudo.<br />
- reflexão reflexão – determina o significado do conteúdo em estudo.<br />
- compreensão – que nos leva ao discernimento e nos leva a conclusão do que é verdadeiro, lícito,<br />
etc.<br />
Na disciplina do Estudo – espiritualmente falando, pois é o ponto que devemos explorar – vamos<br />
fazer uso de todos esses pontos acima relacionados, mas é um “estudo” diferente, que busca uma<br />
profundidade maior, que vai além da leitura que um ser humano pode fazer, além da compreensão<br />
do limite da razão humana.<br />
A disciplina do Estudo Espiritual não se trata de acúmulo de informações obtidas ou retidas por<br />
nós e está longe de ser comparada com sabedoria do mundo. Trata-se do Estudo da Palavra,<br />
buscando maior conhecimento de Deus e é um verdadeiro estudo, cujo conhecimento,<br />
compreensão, discernimento só se alcança mediante a ação do Espírito Santo de Deus. Tal estudo,<br />
tais conhecimentos têm como objetivo os propósitos espirituais e eternos. Jo 17:3; 2Pe 3:18.<br />
A fonte principal para a busca dos conhecimentos eternos é a Palavra de Deus. 2Tm 3:16 e 17.<br />
A palavra “inspirada” provém de duas palavras gregas: “Theos” que significa Deus e “pnemo” que<br />
significa respirar significado: respirado por Deus.<br />
A palavra de Deus é a expressão da sabedoria e do caráter de Deus e pode, portanto, transmitir<br />
sabedoria e vida espiritual através da fé em Cristo. Mt 4:4; Jo 6:63; 2Tm 3:15; 1Pe 2:2.<br />
A Palavra de Deus é o testemunho infalível e verdadeiro de Deus, da Sua graça salvadora, da Sua<br />
fidelidade, amor, providência etc.<br />
14
[ <strong>Disciplinando</strong> Sua <strong>Vida</strong> <strong>Cristã</strong> ]<br />
Como Palavra de Deus deve ser recebida, crida, obedecida como autoridade suprema em todas as<br />
coisas pertencentes à vida espiritual – ela é autoridade no ensino, na correção, na admoestação,<br />
na doutrina, na justiça, na comunhão uns com os outros e com Deus.<br />
Ninguém pode submeter-se ao senhorio de Cristo sem estar submisso à Deus e à Sua Palavra<br />
como autoridade máxima, como direção. Jo 8:31, 32, 36 e 37.<br />
“O propósito das Disciplinas Espirituais é a total transformação da pessoa. Substituição de velhos<br />
hábitos, velhos pensamentos por novos hábitos vivificadores.”<br />
A Disciplina do Estudo é vista muito claramente quando o apóstolo Paulo diz em Rm 12:2.<br />
A renovação da nossa mente – 1Co 2:6-16 e 3:18-20.<br />
O que podemos observar através dos textos lidos?<br />
• • Rm Rm 12:2<br />
12:2<br />
- apresenteis – ato voluntário<br />
- não vos conformeis – não aceitação, luta, objeção<br />
- transformação – da mente mente de Cristo<br />
- identificação<br />
Objetivo: para que experimenteis a boa, perfeita e agradável vontade de Deus.<br />
• • 1 1 Coríntios 2:4 2:4-16 2:4<br />
16<br />
Oposição entre sabedoria humana e poder de Deus.<br />
■ ■ ■ ■ ■ ■ Observamos Observamos claramente claramente duas duas classes classes de de seres seres humanos:<br />
humanos:<br />
1. O O homem homem natural natural – governado por seus próprios instintos não tendo domínio sobre o pecado,<br />
pertencente ao mundo, vivendo em harmonia com ele, não tem compreensão nem conhecimento<br />
real de Deus, depende do raciocínio e das emoções humanas; está fortemente comprometido e<br />
influenciado pelos valores do mundo, da sociedade.<br />
2. O O homem homem espiritual espiritual – regenerado, transformado, tem mentalidade espiritual, conhece os<br />
pensamentos de Deus, vive pelo Espírito de Deus, conhece os verdadeiros valores; conhece a<br />
verdade (“..e conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”), já não é influenciável pelo mundo,<br />
tem uma visão mais ampla das coisas do mundo e das espirituais.<br />
Na celebração da disciplina mostrando o caminho do crescimento espiritual, vimos 4 passos<br />
importantes: meditação, oração, jejum e estudo. Podemos observar uma ligação, um elo comum<br />
entre esses passos em busca do nosso crescimento espiritual.<br />
Ainda com relação ao estudo, orientamos como livro-base a Palavra de Deus, mas muitas outras<br />
leituras podem nos edificar espiritualmente os ajudar a fazer uma “leitura” diferente e nova de<br />
determinados assuntos. É importante a escolha dos livros bem como a maneira de lê-los.<br />
Devemos primeiro buscar entender o livro, o que o autor está dizendo, interpretá-lo e analisá-lo<br />
sempre à luz da Palavra de Deus, lembrando o que está no Salmo 119:3,11 e Fp 4:8,9.<br />
15
[ <strong>Disciplinando</strong> Sua <strong>Vida</strong> <strong>Cristã</strong> ]<br />
A A DDisciplina<br />
D isciplina da da Simplicidade<br />
Simplicidade<br />
Disciplinas Disciplinas interiores: interiores: meditação, meditação, oração, oração, jejum jejum e e estudo.<br />
estudo.<br />
Do crescimento, da interiorização, da prática ou vivência dessas disciplinas interiores, brotam as<br />
Disciplinas Exteriores originadas de uma transformação interior, visão diferente e verdadeira da<br />
vida espiritual.<br />
Vamos estudar as disciplinas exteriores:<br />
1. Simplicidade<br />
2. Solitude<br />
3. Submissão<br />
4. Serviço<br />
■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ Simplicidade<br />
Simplicidade<br />
“Eclesiastes 7:29 – Deus fez o home reto, mas ele se meteu em muitas astúcias.”<br />
Simplicidade é libertação. Duplicidade, complicação e servidão. Enquanto a simplicidade nos dá<br />
tranqüilidade, paz e equilíbrio, a duplicidade ou complicação nos traz temor, ansiedade.<br />
A disciplina cristã da simplicidade vem de uma realidade interior que resulta num estilo de vida<br />
exterior transformado, diferente do que vemos no MUNDO. Podemos dizer que a simplicidade -<br />
oriunda da transformação interior – é vivenciada nos atos, nas palavras (linguagem), nas escolhas,<br />
nos valores.<br />
Nos atos, passamos a ver o nosso próximo, os nossos irmãos, a nossa família com maior atenção,<br />
solidariedade, amor, lealdade, paciência; passamos a ter uma visão da vida em si mais simples,<br />
sem cobiça, sem aquela “necessidade” de ter - porque o mundo diz e prega que para você ser<br />
importante e poderoso é preciso que você tenha - o “status” passa a ser algo irreal, mentiroso<br />
porque conseguimos enxergar além.<br />
Richard E. Byrd escreveu em seu diário: “Estou aprendendo... que um homem pode viver<br />
intensamente sem grande quantidade de coisas” (ex. quando vamos nos mudar).<br />
À cultura contemporânea está faltando tanto a realidade interior como o estilo de vida de<br />
simplicidade exterior, diz o autor do livro em estudo.<br />
A nossa cultura tem estabelecido na nossa mente um conceito de realização pessoal ligada à<br />
competitividade; você tem que ser o melhor para que as pessoas vejam isso em você, para que<br />
pensem o melhor de você, para que você seja respeitado, reconhecido. Isso é extremamente<br />
perigoso para o cristão porque o foco de vida para ele não está aqui; vivemos aqui como<br />
peregrinos indo à terra que nos está prometida pelo Senhor.<br />
16
[ <strong>Disciplinando</strong> Sua <strong>Vida</strong> <strong>Cristã</strong> ]<br />
Hoje, a nossa sociedade tem pregado a liberdade de um modo enganador e escravizador; o sexolivre<br />
– que escraviza e degrada o ser humano, tornando-o muitas vezes irracional como um animal;<br />
o uso livre de drogas (álcool, cigarro, cocaína etc) que ao invés de tornar o homem feliz e livre<br />
escraviza-o até o ultimo degrau da vida; a riqueza que o inquieta e que não lhe traz tranqüilidade, a<br />
<strong>sua</strong> busca se torna mais incessante e nunca é bastante . Ec. 5:10-15; a busca da sabedoria<br />
humana – retenção do saber em benefício próprio ou aplicada em benefício do mal.<br />
Rm Rm Rm 12:1 12:1-3 12:1 12:1<br />
O que aprendemos com essa leitura:<br />
■ O cristão tem um desejo sincero de agradar a Deus, no amor, na devoção, no louvor, na santidade<br />
e no servir; devemos nos esforçar numa vida de santidade sincera para sermos aceitos por Deus.<br />
Para isso, alguns passos precisam ser dados:<br />
1. separar-nos mais do mundo e aproximarmo-nos cada vez mais de Deus.<br />
2. 2. viver conforme o Seu querer, opondo-nos ao pecado, repudiando o mal, sendo generosos com o<br />
próximo na prática do bem, das boas obras.<br />
3. 3. apresentar os nossos corpos como templos para habitação do Espírito Santo de Deus.<br />
4. devemos reconhecer que o presente sistema mundano é mau (At 2:40; Gl 1:4) e que está sob o<br />
controle de Satanás (Jo 12:31; 1Jo 5:19).<br />
5. devemos resistir às formas implantadas, prevalecentes e populares do proceder deste mundo,<br />
não somente resistir como também reagir contra elas.<br />
6. desprezar e aborrecer aquilo que é mau, amar o que é justo e não ceder aos vários tipos de<br />
mundanismos que rodeiam a Igreja, que nos rodeiam, como: cobiça, egoísmo, oportunismos,<br />
conceitos humanistas, artifícios políticos visando o poder, inveja, ódio, vingança, linguagem<br />
mundana, imoralidade, etc.<br />
7. devemos conformar nossa mente à maneira de Deus pensar. (Em meus passos, que faria<br />
Jesus?) mediante a leitura da Palavra de Deus, oração, jejum, meditação.<br />
8. devemos permitir que nossos planos, alvos e aspirações sejam determinados pelas verdades<br />
celestiais e eternas e não por este século. Na presente era, Satanás emprega as idéias mundanas<br />
da moralidade, das filosofias, psicologia, desejos, governos, cultura, educação, ciência, arte,<br />
medicina, música, sistemas econômicos, diversões, comunicação de massa, esporte, agricultura,<br />
etc, para opor-se à Deus, ao Seu povo e à Sua palavra e aos seus padrões de retidão. (Mt 16:26;<br />
1Co 2:12; 3:19; Tt 2:12; 1Jo 2:15,16; Tg 4:4; Jo 7:7, 15, 18 e 19; 12:14).<br />
Biblicamente aprendemos como viver, como agir, como falar – o Senhor Deus estabeleceu e<br />
adotou critérios que são bem claros em Sua Palavra.<br />
Concernente à linguagem, a Palavra de Deus nos diz em Mateus 5:37: “Seja porém a tua palavra:<br />
sim, sim não, não. O que disto passar, vem do maligno”. Cl 4:2-6; Tg 1:19; Tg 4:11; Ef 4:29.<br />
A simplicidade coloca as nossas posses na devida perspectiva, orientando nossas vidas de modo<br />
que possamos desfrutar de tudo o que o Senhor nos dá, sem destruir-nos.<br />
A Palavra de Deus diz: “se as vossas riquezas prosperam, não ponhais nelas o coração” – não<br />
fazer delas o “nosso tesouro”, a coisa mais importante de vossas vidas – “onde estiver o teu<br />
17
[ <strong>Disciplinando</strong> Sua <strong>Vida</strong> <strong>Cristã</strong> ]<br />
tesouro, aí estará também o teu coração.” “Do que vale ao homem ganhar o mundo inteiro e<br />
perder a <strong>sua</strong> alma?” (a parábola do moço rico).<br />
Não lemos nas escrituras a condenação das riquezas, mas o que o Senhor condena nas riquezas é<br />
o egoísmo, a avareza, a indiferença para com o próximo, a preocupação de aumentá-las, o como<br />
adquiri-las, o uso que delas se faz, a ansiedade e a ganância.<br />
O Senhor nos ensina que devemos buscar com vontade, não os bens materiais, mas o Seu reino e<br />
a Sua justiça, as demais coisas nos serão acrescentadas.<br />
Isso nos libera da ansiedade, das preocupações. Tudo o que temos é dom Deus – trabalhamos,<br />
porém sabemos que não é nosso trabalho que nos dá o que temos. Vivemos pela graça;<br />
dependemos de Deus – é Ele quem nos dá vida, ar, água, sol, saúde, etc.<br />
Os bons conselhos ou orientações dadas pelo autor do livro em estudo pg 112.<br />
19 princípios controladores para a expressão exterior da simplicidade.<br />
18
[ <strong>Disciplinando</strong> Sua <strong>Vida</strong> <strong>Cristã</strong> ]<br />
19
[ <strong>Disciplinando</strong> Sua <strong>Vida</strong> <strong>Cristã</strong> ]<br />
A A DDisciplina<br />
D isciplina da da Solitude<br />
Solitude<br />
“Aquieta “Aquieta-te “Aquieta “Aquieta te te em em solitude solitude e e encontrarás o o Sen Senhor Sen<br />
hor hor em em ti mesmo” mesmo”<br />
Tereza Ávila.<br />
O ser humano receia muito a solidão – daí procura sempre preencher o seu tempo, <strong>sua</strong> vida numa<br />
eterna correria para não se sentir só, para ser notado, ter a atenção sobre si; o ser humano não<br />
gosta de sentir-se sozinho.<br />
Mas, na nossa vida, há momentos em que desejamos e necessitamos estar sozinhos - e nesse<br />
caso, não se trata de solidão – é o que o autor chama de solitude.<br />
“Solidão “Solidão é é vazio vazio interior. interior. Solitude é é realização interior;<br />
não não é é um um lugar, lugar, mas mas um um estado estado estado da da mente mente e e ddo<br />
d o coração.”<br />
coração.”<br />
A solitude não nos faz medo porque nela não estamos sós.<br />
“Jesus quando começou Seu ministério Ele o fez passando, antes, 40 dias sozinho no deserto. (Mt<br />
4:1-11). Antes de escolher os 12 passou a noite sozinho no monte (Lc 6:12). Quando recebeu a<br />
notícia da morte de João Batista, Jesus retirou-se dali num barco, para um lugar deserto, à parte<br />
(Mt 14:13). Após a alimentação miraculosa dos 5 mil, Jesus mandou os discípulos partirem; então<br />
ele despediu as multidões e subiu ao monte a fim de orar sozinho” (Mt 14:23. Mc 1:35. Mc 6:31.<br />
Lc 5:16. Mt 17:1-9; Mt 26:36-46).<br />
O que vemos e aprendemos com os exemplos de Jesus, citados no NT é que a prática ou a busca<br />
de um lugar solitário para orar ou meditar é importante e necessária para nós também.<br />
Um escritor escreveu em um de seus livros intitulado “O Dia Juntos”:<br />
“Aquele que não pode estar sozinho tome cuidado com a comunidade... aquele que não está em<br />
comunidade, cuidado com o estar sozinho... cada uma dessas situações tem de si mesma,<br />
profundas ciladas e perigos. Quem desejar a comunhão sem solitude mergulha no vazio de<br />
palavras e sentimentos, e quem busca a solitude sem comunhão perece no abismo da vaidade, da<br />
auto-enfatuação e do desespero.”<br />
Donde se conclui que se desejamos viver em comunhão e obediência, devemos cultivar as duas<br />
situações.<br />
Solitude Solitude e e silêncio silêncio<br />
silêncio<br />
“Sem silêncio não há solitude. Muito embora o silêncio às vezes envolva a ausência de linguagem,<br />
ele sempre envolve o ato de ouvir”.<br />
20
[ <strong>Disciplinando</strong> Sua <strong>Vida</strong> <strong>Cristã</strong> ]<br />
Para conhecermos a solitude devemos entender e experimentar o silêncio.<br />
A finalidade do silêncio e da solitude é poder ver e ouvir. O autor diz que “o controle e não a<br />
ausência de ruído é a chave do silêncio”.<br />
O controle da língua mostrado em Tiago 3:1-12 – aprendemos quando falar e quando refrear-nos<br />
de falar. O autor do livro de Eclesiastes diz que “há tempo de falar e tempo de calar” (Ec 3:7). O<br />
controle é a chave.<br />
“A língua é nossa mais poderosa arma de manipulação” – pg 125. A nossa imagem pública.<br />
“A língua é nosso termômetro; ela diz qual qual qual é nossa temperatura espiritual; é também um<br />
termostato, controla controla nossa temperatura espiritual.<br />
Passos Passos Passos para para para a a a Solitude: Solitude:<br />
Solitude:<br />
1° 1°- 1°<br />
tirar vantagem dos pequenos momentos que possamos ter no decorrer do dia para<br />
desfrutarmos da solitude, do silêncio, para reorientar nossas vidas.<br />
2° 2° - procurar, sempre que possível, nos afastarmos para um lugar tranqüilo, onde possamos orar,<br />
pensar, organizar nossos pensamentos e atos.<br />
O fruto da solitude é aumento de sensibilidade e compaixão por outros. Aprendemos a estar com<br />
as pessoas, aprendemos a “ver” <strong>sua</strong>s necessidades, aprendemos a anular/apagar as mágoas.<br />
Thomas Merton observou:<br />
“É na profunda solitude que encontro a afabilidade com a qual posso verdadeiramente amar a<br />
meus irmãos. Quanto mais solitário estou, tanto mais afeição sinto por eles... solitude e silêncio<br />
ensinam-me a amar meus irmãos pelo que eles são e não pelo que dizem.”<br />
21
[ <strong>Disciplinando</strong> Sua <strong>Vida</strong> <strong>Cristã</strong> ]<br />
A A Disciplina isciplina da da Submissão<br />
Submissão<br />
“O O cristão é o mais livre de de todos todos os os senhores, senhores, e e não não está está sujeito sujeito a a ninguém;<br />
ninguém;<br />
o o cristão cristão é é o o mais mais submisso submisso de de todos todos os os servos servos e e está está sujeito sujeito a a todo todo o o mundo”<br />
mundo”<br />
Martinho Lutero<br />
“O propósito da disciplina é a liberdade e não a disciplina em si mesmo. Elas (as disciplinas) não<br />
têm em si mesmas nenhum valor. Elas só tem valor como meio de colocar-nos diante de Deus de<br />
maneira que Ele possa dar-nos a libertação que buscamos” diz o autor do livro em estudo; logo, o<br />
que buscamos com as disciplinas são os meios necessários para nos conduzir ao alvo ou aos alvos<br />
espirituais estabelecidos. Elas não são a resposta, mas nos conduzem a ela.<br />
Qu Que Qu<br />
e liberdade liberdade corresponde corresponde corresponde à à submissão?<br />
submissão?<br />
Resposta: Marcos 8:34. Jesus nos coloca frente a frente com dois caminhos – a autorealização e a<br />
autonegação.<br />
Na autorealização você não abre mão de seus direitos; você estabelece metas para a <strong>sua</strong> vida que<br />
concentrará você em você mesmo; sempre haverá a necessidade de tentar fazer as coisas do seu<br />
próprio modo, <strong>sua</strong> própria vontade e, quando algo não sai como você deseja, o que você colhe é a<br />
frustração, a mágoa, a raiva, etc.<br />
Na autonegação você tem uma visão mais ampla do ensino Bíblico dado por Jesus quando falou o<br />
que está na passagem lida.<br />
“Negue-se a si mesmo” - o que significa?<br />
. levantar os olhos para ver o próximo;<br />
. amar ao próximo;<br />
. valorizar o próximo.<br />
Autonegação não significa que devemos nos anular, mas é uma forma de entender que não temos<br />
que fazer nossa própria vontade; significa que podemos abrir mão de nossos próprios direitos em<br />
favor ou para o bem do próximo, não para que haja da parte dele retribuição, mas sim por amor.<br />
Podemos então nos alegrar com o nosso próximo, participar de seus sucessos, lamentar com ele<br />
os seus fracassos. Isso significa que nossa felicidade não depende de conseguir apenas o que<br />
desejamos para nós.<br />
Jesus muito nos ensinou a respeito da submissão. Não de uma submissão escravizante, mas<br />
antes, de uma submissão que nos liberta e nos libera para amar.<br />
22
[ <strong>Disciplinando</strong> Sua <strong>Vida</strong> <strong>Cristã</strong> ]<br />
Em Mateus 5:44 Jesus ordena: “Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem”.<br />
Quando obedecemos a Jesus, o que sentimos interiormente é a sensação de paz que procede da<br />
libertação da mágoa, da ira.<br />
Em Mateus 5:39 Ele diz: “A qualquer que te ferir na face direita, volta-te também a outra”.<br />
Eu não preciso retaliar; eu me libero da culpa, da agressão, do pecado.<br />
A autonegação é o único meio seguro de amarmos a nós mesmos. Mt 10:39.<br />
O caminho da auto-realização passa pela autonegação.<br />
Salvar a vida é perdê-la; perdê-la por amor a Cristo é salva-la.<br />
“O mais radical ensino social da igreja foi a inversão total que Ele fez da noção contemporânea de<br />
grandeza. A liderança está em você tornar-se servo de todos. O poder se descobre na submissão”<br />
Fp Fp 2:8.<br />
2:8.<br />
Ele viveu uma vida de cruz, em submissão ao próximo, acabando com todas as reivindicações para<br />
posição privilegiada, status, poder e auto-interesse.<br />
Em Marcos 9:35 e João 13:15, Jesus nos mostrou e ordenou a submissão, a vida de submissão<br />
voluntária.<br />
Fp Fp 2:4 2:4-7 2:4 7<br />
“Submissão é um tema ético que percorre todo o Antigo Testamento. É uma postura devida a todos<br />
os cristãos.”<br />
“A autonegação é uma postura que se ajusta aos que seguem o Senhor crucificado”<br />
At 3:18 - Paulo insiste na subordinação voluntária, não por causa da posição, mas porque convém<br />
ao Senhor, considerando cada um os outros superiores a sim mesmo. Fp 2:3<br />
Análise do texto Cl 3:18-28 e 4:1.<br />
Filemom – Onésimo.<br />
Quando Quando Quando não não ser submisso.<br />
A submissão se torna destrutiva quando se opõe ao que Jesus ensinou, quando vai contra a<br />
palavra de Deus. Mt 22:37-39.<br />
1 Pe 2:13,14 com At 4:19,20 e At 4:29.<br />
Mesmo com mansidão eles recusaram obedecer a uma ordem destrutiva, dispondo-se a sofrer as<br />
conseqüências.<br />
Deparamos-nos, no nosso caminhar, com muitas situações complicadas no que diz respeito à<br />
submissão – nós podemos não aceitar determinadas “decisões” que nos prejudicam, mas tendo<br />
23
[ <strong>Disciplinando</strong> Sua <strong>Vida</strong> <strong>Cristã</strong> ]<br />
sempre o cuidado de fazê-lo dentro dos princípios cristãos, devemos ser submissos à Deus,<br />
submetendo-os à Sua vontade.<br />
Submissos à Sua Palavra Viva (Jesus) e escrita (a Bíblia) lendo-a, ouvindo-a, recebendo-a e<br />
obedecendo-a.<br />
Submissão à nossa família – Fp 2:4 – fazendo concessões quando necessário, ouvindo,<br />
compartilhando.<br />
Submissão ao próximo – amando-o, respeitando-o, ajudando-o, quer individualmente quer em<br />
comunidade.<br />
Submissão aos desamparados, indefesos (Tg 1:27).<br />
Submissão ao mundo – vivendo como membro responsável em um mundo cada vez mais<br />
irresponsável, lutando para transformá-lo, evangelizando.<br />
Quando vivenciamos o Reino Espiritual, concluímos que a autoridade não reside em posições,<br />
graus, títulos, bens de qualquer símbolo exterior. O caminho de Cristo segue outra direção: o<br />
caminho da autoridade espiritual ordenada e sustentada por Deus.<br />
As instituições humanas podem ou não reconhecer esta autoridade, não vai fazer diferença para o<br />
cristão porque a autoridade espiritual é marcada tanto por compaixão como por poder. A<br />
submissão é devida à Palavra de Deus; a subordinação à autoridade humana é somente enquanto<br />
esta não se opõe à Palavra.<br />
1 Jo 3:1. Ser filho de Deus é o privilégio mais sublime de nossa salvação. Jo 1:12 e Gl 4:7. É a base<br />
da nossa fé e confiança em Deus. Mt 6:25-34 e de nossa esperança da glória futura.<br />
Como filhos de Deus somos herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo.<br />
Sermos filhos de Deus é a base de nossa disciplina pelo Pai – Hb 12: 6e7, 11, e a razão de<br />
vivermos para agradá-lo.<br />
24
[ <strong>Disciplinando</strong> Sua <strong>Vida</strong> <strong>Cristã</strong> ]<br />
25
[ <strong>Disciplinando</strong> Sua <strong>Vida</strong> <strong>Cristã</strong> ]<br />
A A DDisciplina<br />
D Disciplina<br />
isciplina do do Serviço<br />
Serviço<br />
“Aprenda “Aprenda “Aprenda esta esta esta lição lição: lição lição : se se você você tem tem de de fazer fazer o o trabalho trabalho trabalho de de de um um um profeta, profeta,<br />
profeta,<br />
você você precisa precisa não não de de um um cetro, cetro, cetro, mas mas de de uma uma enxada”<br />
enxada”<br />
Bernardo de Clairvaux<br />
Leitura Bíblica: Lc 9:46 e Lc 22:24-27 e Mc 9:34,35.<br />
O debate entre os discípulos – transportando-o para hoje, aqui e agora, não faríamos o mesmo?<br />
Não desejaríamos a posição privilegiada? Ninguém, humanamente falando, deseja ser<br />
considerado o menor. Jesus inverteu e ensinou aos seus discípulos e a nós a escala de valores no<br />
serviço do Seu reino. Ensinou-lhes e ensinou-nos o que significa SERVI-LO ( Jo 13:3-8 e vs 12-17).<br />
Aprendemos que o servir ou o serviço do Reino está diretamente ligado à humildade. Não há, pois,<br />
lugar para privilégios, promoções pessoais nem para status, orgulho, vaidade.<br />
O servir ao Senhor é doação – ato realizado com amor, liberdade e alegria. (Sl 100).<br />
É seguindo o que Jesus ensinou e mostrou, o que a Palavra de Deus nos diz que devemos realizar<br />
o que nos vem às mãos para fazer – quer seja o menor, quer seja o maior – no Reino de Deus não<br />
há menor nem maior.<br />
A autoridade e o poder que usamos na realização do serviço no Reino são do Senhor; vêm dEle e<br />
para Ele retornam em glória. Deus pode nos colocar em posição de liderança na Sua obra, mas<br />
devemos sempre lembrar que toda autoridade e poder procedem dEle. (Mt 20:25-28).<br />
O verdadeiro serviço – o serviço do Reino é realizado sem peso ou pesar, sem medir esforços nem<br />
fazê-lo como fardo.<br />
Distingue-se do serviço farisaico que se estriba em aparência, impressiona-se com lucros,<br />
resultados; que espera recompensas exteriores, como reconhecimento, apreciação, aplauso dos<br />
homens; que espera a retribuição e amargura-se quando o resultado não atinge o esperado; que<br />
escolhe o que fazer se essa escolha poderá lhe trazer vantagem. O verdadeiro servir não mede se<br />
o serviço é pequeno ou grande, não é realizado com falsa modéstia, não espera recompensas,<br />
nem aplausos humanos; ele descansa no anonimato, na alegria de fazê-lo em amor e por amor;<br />
não se preocupa com resultados; o serviço é feito simplesmente e fielmente porque há<br />
necessidade; é feito sem medir cansaço, brota espontaneamente, buscando o bem da comunidade<br />
e do próximo; é despretensioso, não obriga ninguém a retribuir. “Ele atrai, une, curva edifica. O<br />
resultado é uma comunidade unida” diz o autor do livro em estudo.<br />
Dependemos do Senhor para realizá-lo, para sermos usados por Ele e, para tal, devemos nos<br />
despojar de nós mesmos, disciplinar nossas paixões carnais, crucificando a carne, ou seja, nosso<br />
orgulho, arrogância, concupiscência, vaidade.<br />
26
[ <strong>Disciplinando</strong> Sua <strong>Vida</strong> <strong>Cristã</strong> ]<br />
1 1 Jo Jo 2:16 2:16<br />
2:16<br />
‘Concupiscência da carne’ refere-se ao fracasso de por sob nosso controle as paixões naturais.<br />
‘Concupiscência dos olhos’ refere-se à tendência de ser atraído pela exibição exterior.<br />
‘Soberba da vida’ refere-se ao egoísmo pretensioso, enfatuação com poderes e capacidades<br />
humanas. É necessária muita disciplina e comunhão com Deus para conter essas paixões.<br />
Se quisermos aprender a servir, devemos nos encher da graça, misericórdia e amor de Deus, com<br />
toda humildade.<br />
William Law nos diz que se quisermos humildade devemos “condescender em todas as fraquezas<br />
e enfermidades do próximo, ocultar <strong>sua</strong>s fragilidades, amar o que ele tem de excelente, incentivar<br />
<strong>sua</strong>s virtudes, aliviar <strong>sua</strong>s necessidades, regozijar-se em <strong>sua</strong> prosperidades, compadecer-se de<br />
<strong>sua</strong>s tristezas, receber <strong>sua</strong> amizade, ignorar <strong>sua</strong>s indelicadezas, perdoar-lhe a malícia, ser servo de<br />
servos, e condescender em executar o mais inferior dos ofícios para os mais ínfimos da<br />
humanidade”.<br />
Seria isso servos escravos?<br />
Não! Quando decidimos servir ao Senhor, a idéia de escravidão desaparece, pois a escolha é<br />
minha – sou livre para escolher servir.<br />
Servir não é realizar uma porção de coisas ou tarefas, é antes de tudo uma postura de estar<br />
disponível disponível ao Senhor na realização da Sua vontade em nossas vidas.<br />
Há serviço nos pequenos atos de ajuda ao próximo; podemos ajudá-lo assistindo-o nas <strong>sua</strong>s<br />
dificuldades e/ou necessidades, dando do nosso tempo para atendê-lo, sendo gentil e cortês com<br />
ele, dar-lhe atenção ouvindo-o, compartilhando com ele <strong>sua</strong>s tristezas e alegrias, aconselhando-o,<br />
partilhando com ele <strong>sua</strong>s tristezas e alegrias, aconselhando-o partilhando com ele a Palavra de<br />
Deus, orando com ele e por ele.<br />
O serviço deve ser motivado sempre pelo desejo de obedecer ao Senhor em Sua vontade. Quando<br />
ele é motivado pelo DEVER, redunda em nós uma grande carga; quando brota do nosso interior<br />
produz alegria e paz (Ef 6:6-8) é aí que entendemos a verdadeira grandeza que se expressa pela fé<br />
e amor a Cristo, em sincera humildade, no desejo de servir tanto a Deus quanto ao próximo; ela<br />
não se expressa na posição, no cargo, na liderança, no poder, na influência, nos diplomas, na<br />
capacidade de grandes realizações nem no sucesso. O que importa não é exatamente o que<br />
fazemos, mas o que nos levou a fazê-lo, como fazemos e para que ou para quem fazemos.<br />
27
[ <strong>Disciplinando</strong> Sua <strong>Vida</strong> <strong>Cristã</strong> ]<br />
A A DDisciplina<br />
D Disciplina<br />
isciplina da da Confissão<br />
Confissão<br />
Provérbios 28:13 e 1 Jo 1:9.<br />
A A A confissão confissão confissão é é é um um um ato ato ato de de de humildade; humildade; humildade; é o reconhecimento da nossa falibilidade, impotência diante<br />
do mal, do erro, mas é também o primeiro passo para a cura, para a correção. Ao mesmo tempo<br />
em que ela aponta o que realmente somos, a nossa própria tendência à prática do mal, ela nos<br />
mostra que em Cristo podemos buscar a isenção da culpa, a libertação.<br />
É um ato reconhecido por Deus, aprovado por Ele e pela Sua Palavra; somos exortados a praticá-la.<br />
“No coração de Deus está o desejo de perdoar e amar”. Daí todo o processo redentor que culminou<br />
com a morte e ressurreição do Senhor Jesus.<br />
“O amor de Deus levou Jesus à cruz” e nos revela o desejo divino de perdoar-nos.<br />
Na cruz, Jesus tomou nossos insultos, nossa falta de amor, nosso egoísmo, orgulho, vaidade,<br />
omissão, nossas palavras fúteis e inúteis, tudo o que pode nos contaminar Ele tomou na cruz e<br />
levou consigo para perdoar-nos. Realizou obra completa: “Está consumado!”.<br />
Sabemos disso através da Bíblia e através de nós mesmos. Através desse “processo redentor”,<br />
sabemos que a confissão e o perdão são realidades que nos transformam; aprendemos que o<br />
caminho do perdão passa pela confissão.<br />
A Palavra de Deus nos exorta à confissão de pecados. Is 7:19-20; Jr 3:13; Tg 5:16.<br />
No ensino bíblico deparamo-nos com a confissão feita a Deus na mediação de Jesus e também<br />
com a confissão de pecados “uns aos outros”.<br />
A confissão deve ser acompanhada de: submissão, auto-humilhação, tristeza e abandono do<br />
pecado. Exemplos bíblicos: a mulher adúltera, a samaritana.<br />
A confissão deve ser completa e sem reservas (Sl. 32:5; 51:3 e 106:6).<br />
O arrependimento procede a confissão; é a mola que nos impulsiona à confissão.<br />
No Salmo 32:3,4 vemos descritas a agonia e a penalidade que o pecado produz. Enquanto não nos<br />
arrependemos e confessamos os nossos pecados, não deixamos de experimentar a culpa e o<br />
tormento interiores. Quando o reconhecemos e o confessamos, sinceramente arrependidos,<br />
teremos o perdão de Deus, a remoção da culpa e o total esquecimento de Deus dos nossos atos<br />
pecaminosos.<br />
Quando confessamos os nossos pecados, reconhecemos que erramos e necessitamos do perdão.<br />
28
[ <strong>Disciplinando</strong> Sua <strong>Vida</strong> <strong>Cristã</strong> ]<br />
A A confissão confissão deve deve sempre sempre ser ser ser seguida:<br />
seguida:<br />
- do abandono do pecado confessado - Dn 9:3-19 e Mc 1:5;<br />
- da oração suplicando perdão - Sl 38:18 e Sl 51:1;<br />
- da humilhação de nós mesmos, conscientes do julgamento divino - Lc 23:41.<br />
A confissão deve ser verdadeira. Ex. o filho pródigo em Lucas 15:11-24.<br />
A confissão, o reconhecimento do pecado passa por um exame de consciência.<br />
Quando reconhecemos nossos erros e falhas abrimos nosso coração diante do Senhor, totalmente<br />
expostos e cientes das coisas que devem ser perdoadas e endireitadas.<br />
Nesta experiência de abrir-nos totalmente para Deus, devemos estar preparados para lidar com<br />
pecados definidos – não pode ser uma confissão generalizada “perdoa nossos pecados”. Diz o<br />
autor do livro em estudo que é “muitíssimo fácil evitar nossa verdadeira culpa numa confissão<br />
geral. Devemos nos conscientizar de pecados como: preguiça, ira, egoísmo, avareza, medo etc.<br />
Reconhecer e confessar o pecado com um coração sincero e arrependido trará sempre o perdão<br />
gracioso da parte de Deus, a remoção da culpa e a dádiva da Sua presença constante.<br />
As únicas pessoas realmente felizes são aquelas que receberam de Deus o perdão de seus<br />
pecados e, por isso, a culpa de <strong>sua</strong>s transgressões não pesa mais sobre seus corações e mentes.<br />
Tal felicidade/bênção é concedida a todos que vierem ao Senhor.<br />
A A resposta resposta de de Deus Deus concernente concernente ao ao ao perdão perdão é:<br />
1° Deus perdoa os pecados.<br />
2º Ele cobre o pecado<br />
3° O pecado não é imputado, não existe mais culpa.<br />
Deus está sempre trabalhando para nos fazer dispostos a buscar o seu perdão e não mais pecar.<br />
“A disciplina da confissão põe termo ao fingimento. Deus está chamando à existência uma igreja<br />
que possa confessar abertamente <strong>sua</strong> frágil condição humana; uma igreja que conhece não só a<br />
graça perdoadora de Cristo, mas também a graça de Cristo que lhe dá autoridade.<br />
A honestidade conduz à confissão, e a confissão conduz à mudança” Richard J. Foster<br />
29
[ <strong>Disciplinando</strong> Sua <strong>Vida</strong> <strong>Cristã</strong> ]<br />
A A DDisciplina<br />
D isciplina da da Adoração<br />
Adoração<br />
A prática da adoração ao Senhor permeia toda a Escritura; desde o Gênesis até o Apocalipse nos<br />
deparamos com atos de adoração (Caim e Abel, Moisés, Abraão, etc); nos deparamos com ordens<br />
para adorar ao Deus TRINO (1Co 16:29; Sl 95:6; Mt 4:10; Ap 22:9; Gn 4:3-4; Gn 8:20; Gn 12:7,8 e<br />
13:4,18; Ex 23:14-17; Lv 1:7; Dt 12:16)<br />
O O que que que é é é adoração? adoração?<br />
adoração?<br />
O dicionário define como: render culto a divindades; amar extremosamente.<br />
Reunindo os dois conceitos podemos conceituar Adoração como atos atos atos e e e at atitudes at at tudes tudes que que que reverenciam,<br />
reverenciam,<br />
reverenciam,<br />
reconhecem reconhecem e e honram honram à à majestade majestade do do grand grande grand e Deus, Senhor da terra e do cé céu. cé<br />
u.<br />
Adoração é gratidão, manifestação espiritual de alegria, de submissão de amor.<br />
A adoração requer o exercício da fé e concentra-se em Deus.<br />
“Adorar é avivar a consciência pela santidade de Deus, alimentar a mente com a verdade de Deus,<br />
pregar a imaginação pela beleza de Deus, abrir o coração ao amor de Deus, consagrar a vontade<br />
ao propósito de Deus” William Temple<br />
É conhecer, sentir, experimentar a Cristo ressurreto no meio da comunidade reunida. É irromper no<br />
Shekinah 1 de Deus, ou antes, ser invadido por ela”. (autor do Livro).<br />
Deus busca adoradores.<br />
Jo Jo 4:23<br />
4:23<br />
Com estas palavras Jesus:<br />
. Indica o nível em que ocorre a adoração verdadeira: em espírito, ou seja, em total sinceridade e<br />
num só espírito.<br />
. verdade – característica de Deus – Cristo mesmo identificou-se com a verdade. Eu sou o<br />
caminho, a verdade e a vida... logo, a adoração deve ser oferecida conforme a revelação que Deus<br />
fez de si mesmo em Jesus. Ele envolve o espírito humano e a mente. A adoração é OFERTA.<br />
No Antigo Testamento, a adoração estava ligada ao sistema sacrificial (Nm 28.29) – os sacrifícios<br />
eram apresentados a Deus como oferta; havia também as festas sagradas anuais, quando o povo<br />
adorava a Deus com ações de graças, ofertas; o louvor era ofertado à Deus de maneira viva e<br />
eloqüente – ex. a separação dos Levitas para oferta de adoração através do louvor; a descrição do<br />
louvor nos salmos.<br />
1 Shekinah = a glória ou radiância de Deus habitando no meio de seu povo.<br />
30
[ <strong>Disciplinando</strong> Sua <strong>Vida</strong> <strong>Cristã</strong> ]<br />
No Novo Testamento, uma vez que o sacrifício de Jesus na cruz cumpriu o sistema sacrificial, a<br />
adoração revestiu-se de nova roupagem: não havendo mais a necessidade de derramamento de<br />
sangue como parte da adoração, esta é feita através da participação efetiva, consciente da Ceia do<br />
Senhor, comemorando o sacrifício de Jesus de uma vez por todas.<br />
Hb 13:15 e Rm 12:1 nos mostra como e o que devemos ofertar em adoração ao Senhor.<br />
Baseando-nos nestes dois versículos, podemos salientar na Adoração ao Senhor os seguintes<br />
tópicos:<br />
. Louvar a Deus é essencial à adoração <strong>Cristã</strong>. O Senhor nos mostrou essa verdade quando ditou<br />
as Leis a Moisés. Ex 20:1-11.<br />
. Louvar a Deus implica em adorá-lO, reconhecê-lo como Deus Santo, Eterno, Misericordioso,<br />
Imutável; louvar a Deus é testemunhar a Sua graça, o Seu amor, o Seu perdão, a Sua providência.<br />
Assim fazendo, estamos adorando o Senhor com a nossa mente e o nosso coração; estamos<br />
louvando-O espiritualmente porque flui do espírito e racionalmente porque a nossa consciência e a<br />
nossa mente O reconhece como autor da vida, criador de todas as coisas.<br />
O AT está repleto de exortações sobre COMO cantar ao senhor. 1Co 16:23; Sl 95:1; Sl 96:1-4; Sl<br />
100:1e2.<br />
No NT o próprio Jesus anunciado com cântico de louvor, entoado por uma legião de anjos. Lc 2:13-<br />
14; no livro de Atos os cristãos não olhavam as circunstâncias que os rodeavam; mesmo<br />
acoitados, em prisões, o louvor brotava de seus corações.<br />
Adoramos o Senhor ao lhe ofertarmos culto, ao cantarmos, louvarmos o Seu nome; adoramos o<br />
Senhor quando oramos, quando O servimos através da oração, buscando a comunhão com Ele,<br />
dando-lhe graças. Adoramos o Senhor quando confessamos os nossos pecados – isso é agradável<br />
ao Senhor.<br />
No AT foi o próprio Deus que estabeleceu o Dia da Expiação como uma ocasião para a confissão<br />
nacional de pecados (Lv 16).<br />
Salomão reconheceu a importância da confissão na <strong>sua</strong> oração de dedicação do templo (1 Rs<br />
8:30-36). O próprio Jesus mostrou isso na “Oração Dominical”.<br />
Adoração inclui também a leitura e a edificação da Palavra de Deus (Ne 8:5,6 e Dt 31:9,13).<br />
A adoração inclui a entrega dos dízimos (Sl 96:8 – Mt 3:10), inclui o serviço ao Senhor, o amor ao<br />
próximo, o repúdio ao pecado.<br />
A adoração não é mera formalidade, somente externa; se o nosso coração não estiver na<br />
adoração, ela não será aceita por Deus. Ex. os fariseus; a adoração aparente é falsidade, é mentira<br />
e o Senhor não aceita (Is 1:4).<br />
31
[ <strong>Disciplinando</strong> Sua <strong>Vida</strong> <strong>Cristã</strong> ]<br />
A verdadeira adoração é movida pelo conhecimento da santidade de Deus – Is 6 – aprendemos<br />
com a atitude dos Serafins, a reverência, a solenidade ante a santidade de Deus. A raiz da palavra<br />
grega da qual “serafins” deriva significa “consumir com fogo”. Os serafins são, portanto, agentes<br />
de purificação pelo fogo. Eles cantavam: “Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos”.<br />
“Cantar, orar, louvar pode nos conduzir à adoração, mas a adoração é mais do que tudo isso: é<br />
preciso que nosso espírito seja inflamado pelo fogo divino” Autor do Livro<br />
Ler Ap 19:1-10.<br />
32
[ <strong>Disciplinando</strong> Sua <strong>Vida</strong> <strong>Cristã</strong> ]<br />
33
[ <strong>Disciplinando</strong> Sua <strong>Vida</strong> <strong>Cristã</strong> ]<br />
A A DDisciplina<br />
D Disciplina<br />
isciplina da da Orientação<br />
Orientação<br />
At At At 2:42 2:42-47 2:42 2:42 47 47<br />
Examinando o texto e buscando “características” da igreja do Senhor após o Pentecostes, o que<br />
nos salta aos olhos?<br />
Um Um exemplo exemplo de de igreja igreja exemplar:<br />
exemplar:<br />
1. Formada por crentes batizados, unidos com padrões definidos de doutrina, comunhão, amor e<br />
oração.<br />
2. Rege-se segundo orientação e autoridade dos apóstolos; ensino centrado em Cristo;<br />
3. O amor vivenciado através da comunhão e socorro aos necessitados.<br />
4. Louvor e alegria no Senhor;<br />
5. Freqüência ao culto;<br />
6. Crescimento espiritual e numérico.<br />
Conclusão: presença presença de de Deus Deus na na na igreja igreja = = unidade unidade dde<br />
d e espírito espírito, espírito crentes cheios do Espírito, mesma<br />
linguagem, mesmo sentimento de amor, mesmos objetivos.<br />
O autor do livro em estudo inicia o capítulo 12 que trata A Disciplina de Orientação, dizendo: “em<br />
nossa época o céu e a terra aguardam ansiosos o emergir de um povo guiado pelo Espírito,<br />
inebriado do Espírito e com autoridade concebida pelo Espírito... tal povo não surgirá enquanto não<br />
houver entre nós uma experiência mais profunda, mais intensa de um Emanuel do Espírito – Deus<br />
conosco – um conhecimento de que no poder do Espírito Jesus veio para guiar pessoalmente o<br />
Seu povo, uma experiência de que ele guia tão definida e tão imediata como a nuvem de dia e o<br />
fogo de noite. Mas o conhecimento da direção ativa, direta, imediata do Espírito não será<br />
suficiente. É preciso que a orientação individual ceda lugar à direção corporativa.”<br />
Exemplificando biblicamente a condução de Deus com relação ao seu povo:<br />
- no deserto - não era a reunião de indivíduos, mas sim um povo sob a direção e governo de Deus.<br />
PORÉM... chegou o dia quando Israel rejeitou “o governo de Deus” preferindo um rei.<br />
Mas Deus não deixou que o Seu povo permanecesse sem o Seu governo; “Na plenitude dos<br />
tempos enviou Jesus. Uma vez mais congregava-se o povo que viveria sob o imediato governo<br />
teocrático do Espírito.”<br />
Jesus ensinou-lhe a viver no Pai, ouvir a Sua voz, conhecer a Sua vontade, realizá-la, orar e atuar<br />
com autoridade.<br />
Quando a igreja vive sob a autoridade e governo de Deus, ela é como disse Jesus em João 15:1-5 -<br />
a figura da videira e seus ramos nos mostra claramente o desejo do Senhor com relação aos seus:<br />
unidade unidade e e união união união com com com Ele Ele.<br />
Ele<br />
34
[ <strong>Disciplinando</strong> Sua <strong>Vida</strong> <strong>Cristã</strong> ]<br />
O apóstolo Paulo compreendeu profundamente essa verdade e procurou passar para a Igreja de<br />
uma maneira bem didática quando disse em Cl 1:17-18.<br />
“Ele é a cabeça do corpo, da igreja”. Quando exortou a Igreja a viver em unidade de fé: Ef 4:1-6 e<br />
mostrou que: somos chamados a viver uma vida de tal modo exemplar que o mundo não possa<br />
negar que somos filhos de Deus;<br />
As qualidades mostradas nos vs 2 e 3 são condizentes com os que vivem em Cristo e que todos<br />
pertencem ao corpo de Cristo, tem o mesmo Senhor, são filhos do mesmo Pai. Essa mesma<br />
unidade forma a base, o alicerce no trabalho, no desempenho, na função da Igreja (nós) enquanto<br />
corpo de Cristo, conforme vemos nos vs 7, 11 e 16.<br />
Unidade de estrutura no corpo inteiro e variedade de função nas <strong>sua</strong>s partes são os requisitos para<br />
o crescimento. Isso pode ser resumido em 2 palavras: amor amor e e responsabilidade<br />
responsabilidade.<br />
responsabilidade<br />
Em Fp 1:27 e 28 o apóstolo Paulo falando em unidade nos ensina a vivenciar essa unidade,<br />
vivendo de modo digno do evangelho:<br />
- firmes - Fp 4:1<br />
- unidos no Espírito – 1Co 12:11<br />
- lutando pelo evangelho – 1Tm 6:20 e 2Tm 1:14;<br />
- pensando a mesma coisa.<br />
- tendo o mesmo amor<br />
- sendo unidos de alma<br />
- tendo o mesmo sentimento, isto é, guardando a unidade do Espírito, confessando que há um só<br />
Senhor. Jesus é a suprema autoridade para o cristão.<br />
O próprio Jesus orou por uma Igreja unida - Jo 17:21 - e a Palavra de Deus nos exorta à União e à<br />
Unidade. Ef 4:13; 1Co 1:10; 2Co 13:11; Ef 4:3; Fp 1:27; 1Pe 3:8.<br />
“Permanecei na vida, no amor, na força e na sabedoria de Deus, em unidade uns com os outros e<br />
com Deus; e a paz e a sabedoria de Deus encherão os vossos corações, para que nada domine em<br />
vós, senão a vida que está no Senhor Jesus” George Fox<br />
“O objetivo de Deus na história é...”<br />
Pg 218 e 219 do livro em estudo.<br />
35
[ <strong>Disciplinando</strong> Sua <strong>Vida</strong> <strong>Cristã</strong> ]<br />
A A DDisciplina<br />
D isciplina da da Celebração<br />
Celebração<br />
Celebração: ato de celebrar, comemorar com alegria.<br />
O catecismo pergunta: “Qual o fim principal do homem?<br />
Resposta: o principal fim e dever do homem é amar a Deus e desfrutar de Sua companhia para<br />
sempre.<br />
Deus nos criou para, amando-O, desfrutarmos de Suas bênçãos, sermos felizes e alegres.<br />
O autor do livro em estudo diz: “A celebração está no coração do método de Cristo. Ele entrou no<br />
mundo sob uma alta nota de júbilo – Lc 2:10”<br />
Ele foi pré-anunciado como uma grande luz que dissipa as trevas, como o Maravilhoso, o<br />
Conselheiro, o Deus, Forte, o Pai da Eternidade, o Príncipe da Paz (Is 9:1-7).<br />
Em Lucas 1:28 as palavras do anjo Gabriel para Maria iniciaram-se com o verbo “Alegra-te”.<br />
Em Lc 2:9-14 lemos de um grande coral de anjos louvando a Deus com alegria pelo nascimento do<br />
Deus-homem.<br />
Jesus começou Seu ministério público proclamando o ano do jubileu (Lc 4:18-19).<br />
Quando lemos os Evangelhos, lemos sobre curas, libertações, conversões, transformações, vemos<br />
com que alegria essas bênçãos foram recebidas.<br />
A celebração dá força à vida. Ela nos traz alegria e a alegria nos torna mais fortes. (Ne 8:10).<br />
A alegria em Gl 5:22 nos é mostrada como fruto do Espírito.<br />
No AT Israel foi instruído a reunir-se três vezes por ano para celebrar a bondade de Deus. Essas<br />
celebrações eram dias santos de festa no mais elevado sentido. Elas eram as experiências que<br />
davam força e coesão ao povo de Israel.<br />
Na vida espiritual a alegria é gerada, deriva-se:<br />
- do temor de Deus. Sl 18,1-2 Pv 28:14;<br />
- da confiança em Deus. Pv 16:20 Fp 4:6e7;<br />
- das palavras de Cristo. Jo 16:24; Rm 14:17; 1Ts 1:6;<br />
- da obediência a Deus. Sl 40:8; Jo 13:17;<br />
- da salvação. Is 12:2 e 3; Dt 33:29.<br />
- da esperança da glória. Rm 5:2, ou seja, o crer e obedecer é o meio mais eficaz de se encontrar a<br />
alegria na vida espiritual. Lc 11:27,28.<br />
36
[ <strong>Disciplinando</strong> Sua <strong>Vida</strong> <strong>Cristã</strong> ]<br />
O apóstolo Paulo diz: Alegrai-vos sempre no Senhor, outra vez digo, alegrai-vos. Fp 4:4.<br />
Ele nos incentiva a viver uma vida de confiança no Senhor, não permitindo que a ansiedade e os<br />
cuidados do mundo sufoquem a nossa alegria no Senhor.<br />
Ele mesmo – Paulo - nos ensina como dominar os nossos cuidados, preocupações, ansiedades:<br />
“Em tudo, porém, sejam conhecidas diante de Deus as vossas petições, pela oração e pela súplica,<br />
com ação de graças” – e como resultado – “e a paz de Deus que excede todo o entendimento,<br />
guardará os vossos corações e as vossas mentes em Cristo Jesus”.<br />
A oração é o meio pelo qual movemos o braço de Deus. Daí podemos viver num espírito de<br />
celebração livre de cuidados.<br />
O que deve ocupar a nossa mente e o nosso coração é o que lemos em Filipenses 4:8,9.<br />
Esse é o caminho indicado por Deus que leva à alegria. A decisão de ocupar a mente com as<br />
coisas mais elevadas da vida é um ato da vontade. Por isso a celebração é uma disciplina.<br />
É resultado de um modo de pensar e viver conscientemente escolhido.<br />
É o produto final de haverem as Disciplinas Espirituais funcionando em nossa vida.<br />
Deus produz a transformação de nossa vida através das Disciplinas, e só depois de haver a obra<br />
transformadora dentro de nós é que conhecemos a verdadeira alegria.<br />
Estudando as Disciplinas, vimos que a meditação eleva nossa sensibilidade espiritual que, por <strong>sua</strong><br />
vez, nos conduz à oração; a oração tem como recurso importante o jejum; o estudo nos induz ao<br />
conhecimento, ao discernimento do que é vivenciar o Evangelho na simplicidade, na solitude, na<br />
submissão, no serviço, na confissão, na adoração e na orientação.<br />
Todas as disciplinas nos conduzem ao verdadeiro alvo do cristão, que é a alegria de viver em<br />
Cristo, por Cristo e para Cristo, e nisso, celebramos exaltamos e comemoramos.<br />
***<br />
37