Lisboa - Destak
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4ªFeira·7deMaiode2008<br />
ÚltimaHora<br />
IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII<br />
ECONOMIA<br />
Teixeira elogia Portugal<br />
para atrairinvestimento<br />
A reforma da Administração<br />
Pública, o<br />
progresso das Finanças Públicas<br />
e os avanços no Governo<br />
electrónico são os «pontos<br />
fortes» de Portugal que o ministrodasFinançasapresentou<br />
ontem a investidores institucionais<br />
norte-americanos.<br />
Em declarações à Lusa, a<br />
partir de Nova Iorque, Teixeira<br />
dos Santos afirmou que<br />
os encontros correram bem e<br />
que as instituições manifestaram<br />
«receptividade» ao ambiente<br />
de negócios português.Noentanto,osnorte-<br />
-americanos «manifestaram<br />
grandes preocupações quanto<br />
à situação das economias»,<br />
mas o ministro afirmou que o<br />
«estado de incerteza não é<br />
uma preocupação específica<br />
quanto a Portugal». «Claro<br />
que sendo uma pequena eco-<br />
nomiaabertanãoestamos<br />
imunes, mas o País apresenta<br />
condições para minimizar esses<br />
impactes», referiu Teixeira<br />
dos Santos, frisando que<br />
«temos actualmente uma<br />
economia mais saudável».<br />
Questionado sobre os argumentos<br />
que apresentou, ten-<br />
CRISEALIMENTAR O ex-presidente da República<br />
Jorge Sampaio manifestou ontem preocupação<br />
com a crise alimentar e com as consequências<br />
para o combate à tuberculose e defendeu que só<br />
uma acção global pode contrariar esta situação.<br />
JOAO CORTESAO/DESTAK<br />
do em conta que é actualmente<br />
mais caro investir na<br />
Europa devido à valorização<br />
do euro face ao dólar, o ministro<br />
das Finanças respondeu<br />
que Portugal tem «acima de<br />
tudo, um enquadramento<br />
macroeconómico francamente<br />
positivo». <br />
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GUARDA<br />
Animaisselvagens<br />
apreendidosnumcirco<br />
Quatro tigres e outros tantos<br />
crocodilos, um hipopótamo,<br />
uma anaconda, três cobras<br />
pitão e duas emas foram ontem<br />
apreendidas num circo da Guarda<br />
pelo Serviço de Protecção da<br />
Natureza e do Ambiente da<br />
GNR. Os animais foram confiscados<br />
por não estarem devidamente<br />
registados, explicou à<br />
Lusa o comandante deste serviço,<br />
major Jorge Amado.<br />
MANIFESTAÇÃO<br />
CGTP agendaprotesto<br />
contracódigo laboral<br />
As alterações dos tempos<br />
de trabalho, a precariedade<br />
e a questão da contratação<br />
colectiva previstas na revisão<br />
do Código de Trabalho levaram<br />
a CGTP a anunciar ontem<br />
a realização de mais uma manifestação<br />
nacional com os<br />
trabalhadores do sector público<br />
e privado. O protesto fica<br />
agendado para o dia 5 de<br />
Junho, na cidade de <strong>Lisboa</strong>.<br />
Novos pobres<br />
www. <strong>Destak</strong> .pt 23<br />
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COLUNA<br />
VERTICAL<br />
O êxito da última campanha de recolha de alimentos promovida<br />
pelos Bancos Alimentares Contra a Fome permitiu<br />
constatar duas realidades: A pobreza aumenta e a pobreza<br />
alastra pelo tecido social atingindo as classes médias empregadas<br />
que até há pouco possuíam vidas estruturadas e<br />
estabilizadas. A razão não se resume, como o discurso político<br />
vem propalando em jeito de desresponsabilização, ao<br />
elevado endividamento que compromete a substância dos<br />
seus rendimentos. Radica, antes, numa conjugação de factores<br />
onde intervêm a insuportável carga fiscal directa, a<br />
especulação instalada no mercado imobiliário, os níveis de<br />
preços inflacionados por tributações despropositadas, as<br />
necessidades decorrentes das insuficiências do Estado,<br />
como a educação ou a saúde, que impõem o recurso a alternativas<br />
privadas com custos acrescidos. E, como a cereja<br />
que encima o bolo, resta o paradigma de representação social<br />
traduzido em consumos de gama alta, como carro, vestuário,<br />
férias, cuja não correspondência é socialmente excludente<br />
e estigmatizável.<br />
Ora nem os rendimentos esticam, nem os encargos fiscais e<br />
sociais são contidos. A manta deixa cada vez mais corpo a<br />
descoberto. As pessoas cansam-se. As famílias desestabilizam-se.<br />
A natalidade não cresce. A desilusão, a frustração e<br />
o desespero ensombram presentes e antecipam futuros.<br />
E por mais importantes que sejam as pontes e os aeroportos,<br />
não há sociedade que subsista com esta classe média<br />
desesperada e exaurida, aguardando de marmita em punho<br />
que lhe forneçam o alimento.<br />
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*Advogado<br />
José Luis Seixas*