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juliana da rocha netto dos reys mini-implante ortodôntico

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JULIANA DA ROCHA NETTO DOS REYS<br />

MINI-IMPLANTE ORTODÔNTICO: APLICAÇÕES<br />

CLÍNICAS<br />

NITERÓI<br />

2011


JULIANA DA ROCHA NETTO DOS REYS<br />

MINI-IMPLANTE ORTODÔNTICO: APLICAÇÕES<br />

CLÍNICAS<br />

NITERÓI<br />

2011<br />

Monografia apresenta<strong>da</strong> à<br />

Facul<strong>da</strong>de Redentor, como<br />

requisito para obtenção do título de<br />

Especialista em Ortodontia.<br />

Orientador: Prof. Tasso Dorchet<br />

Coutinho


Apresentação <strong>da</strong> Monografia em _27_/_1_/_2012_ ao curso de<br />

Especialização em Ortodontia.<br />

Coordenador: Prof. Dr. Alexandre Luiz Queiroz Ponce<br />

Orientador: Prof. Tasso Dorchet Coutinho


estarem sempre ao meu lado.<br />

Dedico a minha família por


AGRADECIMENTOS<br />

Ao meu marido e minha filha pela paciência e motivação.<br />

Aos meus pais pela colaboração.<br />

Aos meus avós por to<strong>da</strong> força.<br />

A to<strong>dos</strong> que de alguma forma contribuíram pela realização deste trabalho.


RESUMO<br />

O uso de <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s vem crescendo na ortodontia. Isto se deve ao fato do<br />

tratamento <strong>ortodôntico</strong> ser dependente não somente <strong>da</strong> capaci<strong>da</strong>de de movimentar<br />

dentes, mas também <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong>de efetiva para tal. Este trabalho foi desenvolvido<br />

para mostrar a estabili<strong>da</strong>de <strong>dos</strong> <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s, sua utilização clínica e seus<br />

aspectos biomecânicos relaciona<strong>dos</strong> à ortodontia. O trabalho foi desenvolvido<br />

através <strong>da</strong> revisão bibliográfica. Podemos concluir que o uso de <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s como<br />

ancoragem na movimentação ortodôntica é eficiente, pois proporciona um adequado<br />

controle <strong>da</strong> força, necessita de mínima cooperação do paciente e torna o tratamento<br />

mais rápido.<br />

Palavras-chave: <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>, ancoragem ortodôntica, estabili<strong>da</strong>de.


ABSTRACT<br />

Using <strong>mini</strong>-screw in orthodontics has been increasing. This is because orthodontic<br />

treatment is dependent not only on the ability to move teeth, but also the actual need<br />

for it. This work was developed to show the stability of <strong>mini</strong>-screw, clinical use and<br />

their biomechanical aspects related to orthodontics. The work was developed through<br />

literature review. We can conclude that the use of <strong>mini</strong>-screw as anchorage in<br />

orthodontic movement is efficient, it provides an adequate control of force, requires<br />

<strong>mini</strong>mal patient cooperation and makes treatment faster.<br />

Keywords: <strong>mini</strong>-implants, orthodontic anchorage, stability


SUMÁRIO<br />

1 INTRODUÇÃO ---------------------------------------------------------------------------- 8<br />

2 PROPOSIÇÃO----------------------------------------------------------------------------- 9<br />

3 REVISÃO DA LITERATURA----------------------------------------------------------10<br />

3.1 LOCALIZAÇÂO------------------------------------------------------------------------ 10<br />

3.2 CICATRIZAÇÃO----------------------------------------------------------------------- 15<br />

3.3 ESTABILIDADE------------------------------------------------------------------------ 17<br />

3.4 OSSEOINTEGRAÇÃO--------------------------------------------------------------- 35<br />

3.5 MECÂNICA DOS MINI-IMPLANTES--------------------------------------------- 36<br />

3.5.1 RETRAÇÃO-------------------------------------------------------------------------- 36<br />

3.5.2 INTRUSÃO ---------------------------------------------------------------------------38<br />

3.5.3 DISTALIZAÇÃO---------------------------------------------------------------------39<br />

4 DISCUSSÃO------------------------------------------------------------------------------ 40<br />

5 CONCLUSÃO---------------------------------------------------------------------------- 42<br />

REFERÊNCIAS---------------------------------------------------------------------------- 43


1 Introdução<br />

O papel <strong>da</strong> ortodontia no âmbito <strong>da</strong> saúde bucal vem crescendo a ca<strong>da</strong><br />

dia, superando sua utilização apenas na estética dental. O objetivo de qualquer<br />

tratamento <strong>ortodôntico</strong> é alcançar o movimento dentário esperado com mínimos<br />

efeitos colaterais indeseja<strong>dos</strong>. (PROFFIT et al, 2007).<br />

Desde quando surgiu a ortodontia, o maior fator de sucesso na realização<br />

do tratamento <strong>ortodôntico</strong> é a estratégia de controle de ancoragem. Edward Angle,<br />

em 1900, foi o pioneiro a defender o uso <strong>da</strong> aplicação <strong>da</strong> força igual e oposta para o<br />

controle <strong>da</strong> ancoragem. Atualmente é possível prevenir movimentos indeseja<strong>dos</strong> em<br />

ambos os arcos dentários, pois o uso de pequenos parafusos de titânio inseri<strong>dos</strong> no<br />

osso aumentado as possibili<strong>da</strong>des do tratamento <strong>ortodôntico</strong>, bem como permitiu<br />

movimentos dentários assimétricos nos três planos do espaço. Mini-<strong>implante</strong>s<br />

fornecem vantagens biomecânicas, que permitem maior efetivi<strong>da</strong>de e eficiência no<br />

tratamento, mesmo utilizando poucos dispositivos auxiliares.<br />

De acordo com Moon et al (2008) os <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s <strong>ortodôntico</strong>s oferecem<br />

várias vantagens, tais como ancoragem, não necessita <strong>da</strong> colaboração do paciente,<br />

a simplici<strong>da</strong>de de inserção e remoção, e o custo relativamente baixo.<br />

A crescente necessi<strong>da</strong>de de melhorar a ancoragem para o tratamento<br />

<strong>ortodôntico</strong> tem permitido o desenvolvimento de muitos <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s <strong>ortodôntico</strong>s.<br />

Mini-<strong>implante</strong>s, que permitam o controle <strong>da</strong> ancoragem e, portanto, o sucesso do<br />

tratamento <strong>ortodôntico</strong> ( Lombardo et al 2010).<br />

A maioria <strong>da</strong>s pesquisas relaciona<strong>da</strong>s aos <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s <strong>ortodôntico</strong>s tem<br />

sido sobre a morfologia do parafuso, incluindo seu tipo, forma, diâmetro e<br />

comprimento, bem como a sua estabili<strong>da</strong>de (Hu et al 2009).<br />

É de extrema importância que os <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s apresentem resistência e<br />

estabili<strong>da</strong>de. No aspecto biológico não deve provocar nenhuma reação desfavorável.<br />

No aspecto mecânico, deve ser uma estrutura que distribua as forças ortodônticas e<br />

que a estrutura garanta o suporte ósseo. Deve, também, possibilitar mínimo<br />

traumatismo durante a colocação. Nas considerações clínicas, o procedimento de<br />

inserção deve ser simples, a estabili<strong>da</strong>de do parafuso não deve depender <strong>da</strong> técnica<br />

ou do sítio de colocação.<br />

8


2 Proposição<br />

O objetivo desta Revisão de Literatura foi analisar:<br />

a) Existem áreas considera<strong>da</strong>s mais estáveis para colocação <strong>dos</strong> <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s?<br />

b) Quais seriam os fatores responsáveis para o insucesso <strong>dos</strong> <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s?<br />

c) A carga imediata estaria diretamente liga<strong>da</strong> a estabili<strong>da</strong>de <strong>dos</strong> <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s?<br />

9


3 REVISÃO DE LITERATURA<br />

3.1 LOCALIZAÇÃO<br />

Gracco et al (2008) avaliaram a espessura tridimensional do palato para<br />

determinar o melhor local para colocação de <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s. Foram seleciona<strong>da</strong>s<br />

tomografias volumétricas digitais de 162 indivíduos saudáveis, na faixa etária entre<br />

10 - 44 anos (80 do gênero masculino e 82 do gênero fe<strong>mini</strong>no). A amostra foi<br />

dividi<strong>da</strong> em três grupos. Grupo A incluiu 52 indivíduos (na faixa etária de 10 - 15<br />

anos, 28 do gênero masculino e 24 do gênero fe<strong>mini</strong>no), grupo B incluiu 38<br />

indivíduos (na faixa etária de 15 - 20 anos, 18 do gênero masculino e 20 do gênero<br />

fe<strong>mini</strong>no) e grupo C teve 72 indivíduos (na faixa etária de 20 - 44 anos, 34 do gênero<br />

masculino e 38 do gênero fe<strong>mini</strong>no). A região do palato em quatro, oito, 16 mm e<br />

24 mm posterior ao forame incisivo foram reconstruí<strong>dos</strong>, e a altura do osso foi<br />

medi<strong>da</strong> lateralmente <strong>da</strong> linha mediana de ca<strong>da</strong> reconstrução a zero, menos três e<br />

menos seis milímetros de incremento para descrever a topografia do palato. As<br />

medições de altura palatal em 27 de 162 pacientes foram feitas por dois<br />

investigadores diferentes. A parte mais espessa do osso foi encontra<strong>da</strong> na parte<br />

anterior do palato, na região <strong>da</strong> sutura e nas áreas paramedianas. A região posterior<br />

apesar <strong>da</strong> sua espessura reduzi<strong>da</strong>, é também adequa<strong>da</strong> para <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s. O<br />

teste não mostrou diferenças significativas entre os grupos nas várias seções do<br />

palato, exceto entre grupos A e C na seção de 16mm paracoronal e de 6mm para a<br />

direita e a esquer<strong>da</strong> <strong>da</strong> sutura. Ficou concluído que não houve diferença significativa<br />

entre o lado direito e o esquerdo do palato. A região anterior é a parte mais espessa<br />

do palato, porém a região posterior também é adequa<strong>da</strong> para os <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s.<br />

10


Hu et al (2009) estu<strong>da</strong>ram as distâncias interradiculares e teci<strong>dos</strong><br />

circun<strong>da</strong>ntes a fim de evitar complicações após a colocação <strong>dos</strong> <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s.<br />

Vinte mandíbulas e maxilares humanos foram utiliza<strong>dos</strong> para este estudo. Nas<br />

duzentas seções de ca<strong>da</strong> mandíbula e maxila foi investiga<strong>da</strong> a relação entre as<br />

raízes dentárias. O espaço interradicular foi analisado através de radiografias<br />

panorâmicas e tomografias computadoriza<strong>da</strong>s. À distância interradicular aumentou<br />

<strong>dos</strong> dentes anteriores para dentes posteriores e <strong>da</strong> cervical para o ápice na maxila e<br />

mandíbula. Na maxila, a maior distância interradicular foi entre o segundo pré-molar<br />

e o primeiro molar. Na mandíbula, a maior distância foi entre os primeiros e<br />

segun<strong>dos</strong> molares. A largura do osso maxilar bucolingual ultrapassou os 10mm,<br />

7mm (entre caninos e primeiros pré-molares), 5mm (entre o segundo pré-molar e<br />

primeiro molar) e quatro milímetros (entre primeiros e segun<strong>dos</strong> molares) acima <strong>da</strong><br />

linha cervical. A largura do osso mandibular vestíbulo-lingual superior a 10mm (entre<br />

o segundo pré-molar e primeiro molar) e 4mm (entre primeiros e segun<strong>dos</strong> molares)<br />

abaixo <strong>da</strong> linha cervical. Os autores concluíram que a zona segura para a colocação<br />

de <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong> na maxila foi entre o segundo pré-molar e primeiro molar, de seis a<br />

oito milímetros <strong>da</strong> linha cervical e na mandíbula foi entre as raízes <strong>dos</strong> primeiros e<br />

segun<strong>dos</strong> molares, menos de 5mm <strong>da</strong> linha cervical.<br />

Monnerat et al (2009) determinaram os locais ideais, interradiculares na<br />

mandíbula, para a colocação de <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s <strong>ortodôntico</strong>s usando tomografia<br />

computadoriza<strong>da</strong> (TC) e sugerindo comprimento, diâmetro e angulação <strong>dos</strong> <strong>mini</strong>-<br />

<strong>implante</strong>s. Foram utiliza<strong>dos</strong> exames de TC realiza<strong>dos</strong> em 15 mandíbulas humanas<br />

com cortes de um milímetro. As medições foram feitas às 3mm, 5mm, 7mm, 9mm e<br />

11mm de altura <strong>da</strong> crista óssea. À distância interradicular mésio-distal e a distância<br />

<strong>da</strong> crista óssea até o forame mentoniano também foram mensura<strong>dos</strong>. O resultado foi<br />

11


obtido a partir 3.000 medições. Em ordem decrescente, os maiores espaços foram<br />

encontra<strong>dos</strong> entre as raízes <strong>dos</strong> segun<strong>dos</strong> molares, segundo pré-molares, primeiros<br />

molares e primeiros e segun<strong>dos</strong> pré-molares. Entre os pré-molares, o <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong><br />

deve ser introduzido a nove milímetros a partir <strong>da</strong> crista óssea por causa do forame<br />

mentoniano. Entre os incisivos, a colocação interradicular <strong>dos</strong> <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s não é<br />

viável. Entre os primeiros pré-molares e os caninos, nenhuma região adequa<strong>da</strong> foi<br />

encontra<strong>da</strong>. Entre o incisivo lateral e o canino, a uma altura de 11mm, um <strong>mini</strong>-<br />

<strong>implante</strong> pode ser colocado, mas com o máximo de cui<strong>da</strong>do. Os autores concluíram<br />

que o local mais conveniente para os <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s na mandíbula é entre o primeiro<br />

e segundo molar, com uma inclinação de 10 a 20 graus, mas <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s<br />

<strong>ortodôntico</strong>s não devem exceder 1,5mm de diâmetro e 6mm de comprimento.<br />

Tamamura et al (2009) relataram o método de tratamento bem sucedido<br />

de correção de mordi<strong>da</strong> cruza<strong>da</strong>, utilizando ancoragem com <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s e<br />

ortodontia lingual. Um paciente do sexo fe<strong>mini</strong>no, 17 anos e 4 meses de i<strong>da</strong>de, com<br />

queixa principal de apinhamento <strong>dos</strong> dentes anteriores. O paciente recebeu o<br />

diagnóstico de Classe I de Angle com biprotrusão maxilar, apinhamento <strong>dos</strong> incisivos<br />

inferiores e mordi<strong>da</strong> cruza<strong>da</strong> do segundo molar direito. Mini-<strong>implante</strong>s foram<br />

introduzi<strong>dos</strong> na região do palato acima do segundo molar superior e foi colocado na<br />

maxila bráquetes linguais. Três meses depois, os <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s foram ativa<strong>dos</strong> para<br />

retrair os seis dentes anteriores. O tratamento ativo total foi de vinte e seis meses.<br />

Devido ao efeito do plano de mordi<strong>da</strong>, os molares superiores e inferiores foram<br />

separa<strong>dos</strong> na oclusão e a mordi<strong>da</strong> cruza<strong>da</strong> foi corrigi<strong>da</strong> de forma eficaz dentro de<br />

um curto período de tempo. Os autores chegaram a conclusão que a combinação <strong>da</strong><br />

ancoragem com <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s palatinos e aparelhos linguais aumentam a<br />

efetivi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> correção <strong>da</strong> mordi<strong>da</strong> cruza<strong>da</strong> do molar.<br />

12


Jang et al (2010) localizaram o centro de resistência <strong>dos</strong> dentes anteriores<br />

superiores para encontrar a posição ideal <strong>dos</strong> <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s palatinos. A oclusão<br />

normal do adulto foi digitaliza<strong>da</strong>, usando um scanner a laser 3D para preparar o<br />

modelo ideal. O modelo 3D apresentava 12 dentes, com dois primeiros pré-molares<br />

e terceiros molares extraí<strong>dos</strong>. O tamanho e a dimensão <strong>dos</strong> dentes foram defini<strong>dos</strong><br />

como no estudo de Wheeler, e o ligamento periodontal foi modelado para ter uma<br />

espessura uniforme de 0,25mm. O osso compacto foi modelado para ter uma<br />

espessura de 2mm. Os <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s foram coloca<strong>dos</strong> entre o segundo pré-molar e<br />

primeiro molar. A posição vertical do <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong> foi estabeleci<strong>da</strong> em cinco<br />

condições: 6mm, 7mm, 8mm, 9mm e 10mm apicalmente a partir <strong>da</strong> linha cervical do<br />

primeiro molar. O comprimento do braço de alavanca de retração foi determinado de<br />

acordo com a posição do <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>, para a direção <strong>da</strong> força de retração, paralelo<br />

ao plano oclusal maxilar. Os modelos em 3D foram utiliza<strong>dos</strong> para determinar a<br />

localização do centro de resistência <strong>dos</strong> seis dentes superiores anteriores,<br />

visualizando o deslocamento <strong>dos</strong> dentes e distribuição <strong>da</strong>s tensões. Como o <strong>mini</strong>-<br />

<strong>implante</strong> foi localizado apicalmente, o estresse se espalhou para o ápice radicular e<br />

o osso alveolar adjacente. Os autores concluíram que o centro de resistência <strong>dos</strong><br />

seis dentes anteriores superiores, retraí<strong>dos</strong> com <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>, foi estimado em 12,2<br />

mm apicalmente a partir <strong>da</strong> bor<strong>da</strong> incisal do incisivo central.<br />

Fayed et al (2010) determinaram os locais ideais para a colocação de<br />

<strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s na maxila e mandíbula com base no mapeamento tridimensional <strong>dos</strong><br />

espaços interdentais e espessura do osso cortical e analisaram os efeitos <strong>da</strong> i<strong>da</strong>de e<br />

do sexo sobre as medi<strong>da</strong>s anatômicas estu<strong>da</strong><strong>da</strong>s. Foram estu<strong>da</strong><strong>da</strong>s as imagens de<br />

tomografia computadoriza<strong>da</strong> de 100 indivíduos (46 do gênero masculino e 54 do<br />

gênero masculino), dividi<strong>dos</strong> em dois grupos etários (13-18 anos), e (19-27 anos). As<br />

13


seguintes medi<strong>da</strong>s foram realiza<strong>da</strong>s: (1) espessura óssea vestíbulo-lingual, (2)<br />

espaços mésio-distal tanto por vestibular e palatino / lingual, e (3) espessura cortical<br />

vestibular e palatina / lingual. Na maxila, a maior espessura óssea vestíbulo-lingual<br />

foi entre primeiros e segun<strong>dos</strong> molares, o maior espaço mésio-distal foi entre o<br />

segundo pré-molar e primeiro molar. A maior espessura cortical vestibular estava<br />

entre os pré-molares. A maior espessura cortical palatal foi entre os incisivos<br />

centrais e laterais. Na mandíbula a maior espessura cortical vestibular estava entre<br />

os primeiros e segun<strong>dos</strong> molares. A maior distância mésio-distal vestibular foi entre<br />

o segundo pré-molar e primeiro molar. A maior distância mésio-distal lingual estava<br />

entre os pré-molares, primeiro e segundo. A maior espessura cortical lingual foi entre<br />

o canino e o primeiro pré-molar. Os indivíduos do gênero masculino e o grupo de<br />

maior faixa etária apresentaram significativamente maior espessura cortical<br />

vestíbulo-lingual, em locais específicos na maxila e <strong>da</strong> mandíbula. Foi concluído que<br />

tanto gênero e faixa etária alteram as medi<strong>da</strong>s anatômicas em certas áreas <strong>da</strong><br />

maxila e <strong>da</strong> mandíbula, portanto deve-se levar em conta esses fatores na escolha<br />

<strong>dos</strong> <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s.<br />

Song et al (2010) avaliaram a densi<strong>da</strong>de óssea palatina para permitir uma<br />

melhor seleção <strong>da</strong> área para inserção do <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong> na ancoragem ortodôntica.<br />

Foram utiliza<strong>da</strong>s tomografias computadoriza<strong>da</strong>s (TC) de 30 indivíduos, sendo 15 do<br />

sexo masculino e 15 do fe<strong>mini</strong>no (média de i<strong>da</strong>de de 27 anos, faixa 23-35 anos). A<br />

densi<strong>da</strong>de óssea foi medi<strong>da</strong> em uni<strong>da</strong>des Hounsfield (HU) em 80 de coordena<strong>da</strong>s<br />

em intervalos regulares de médio-lateral e ântero-posterior ao longo <strong>da</strong> sutura<br />

palatina mediana. A densi<strong>da</strong>de óssea variou 805-1247HU. Uma diferença<br />

significativa foi observa<strong>da</strong> entre os grupos masculino e fe<strong>mini</strong>no, embora não houve<br />

diferença entre os la<strong>dos</strong> direito e esquerdo do palato. A área palatina mediana<br />

14


dentro de 3mm <strong>da</strong> sutura sagital mediana teve a maior densi<strong>da</strong>de óssea no palato<br />

inteiro. Os resulta<strong>dos</strong> sugerem que os <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s para ancoragem ortodôntica<br />

podem ser efetivamente coloca<strong>dos</strong> na maioria <strong>da</strong>s áreas com densi<strong>da</strong>de óssea<br />

equivalente à área do palato se forem coloca<strong>dos</strong> a partir de 3mm posterior ao forame<br />

incisivo e 1,5mm para o lado mediano.<br />

3.2 CICATRIZAÇÃO<br />

Eliades et al (2009) estu<strong>da</strong>ram as características morfológicas, estruturais<br />

e avaliaram as alterações na dureza <strong>dos</strong> <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s <strong>ortodôntico</strong>s. Onze <strong>mini</strong>-<br />

<strong>implante</strong>s foram coloca<strong>dos</strong> em 5 indivíduos que após 3,5 a 17,5 meses se<br />

recuperaram satisfatoriamente, nenhum apresentou sinais de mobili<strong>da</strong>de ou de<br />

fracasso. Esses <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s, com marca, tipo e tamanhos diferentes tiveram<br />

amostras controle e foram submeti<strong>dos</strong> a várias análises. A microscopia óptica<br />

indicou per<strong>da</strong> de brilho com coloração variável. Microscopia Eletrônica de varredura<br />

e microanálise de raios-X mostraram alterações geomorfológicas do <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>.<br />

Os materiais precipita<strong>dos</strong> sobre as superfícies foram sódio, potássio, cloro, ferro,<br />

cálcio e fósforo, a partir do contato do <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong> com flui<strong>dos</strong> biológicos tais como<br />

sangue e exsu<strong>da</strong>to. A composição do <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong> foi semelhante ao de uma liga<br />

de titânio. Mini-<strong>implante</strong>s de titânio têm alterações nas características morfológicas e<br />

estruturais de superfície, incluindo a absorção de flui<strong>dos</strong> biológicos. Foi concluído<br />

pelos autores que a osseointegração <strong>dos</strong> <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s é alcança<strong>da</strong> por perío<strong>dos</strong><br />

prolonga<strong>dos</strong> de retenção no osso alveolar, dependendo <strong>da</strong> superfície e <strong>da</strong> carga<br />

imediata destes <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s.<br />

Chung et al (2010) descreveram o tratamento <strong>ortodôntico</strong> de um indivíduo do<br />

gênero fe<strong>mini</strong>no, com i<strong>da</strong>de entre 23 anos e 5 meses, com mal oclusão Classe III e<br />

15


linha média desvia<strong>da</strong>. Dois <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s <strong>ortodôntico</strong>s foram coloca<strong>dos</strong> nos<br />

espaços interdentais entre os segun<strong>dos</strong> pré-molares inferiores e os primeiros<br />

molares. O plano de tratamento consistiu na distalização de dentes inferiores e<br />

criação de espaço para retração em massa <strong>dos</strong> dentes anteriores inferiores. Mini-<br />

<strong>implante</strong>s foram coloca<strong>dos</strong> para fornecer ancoragem e foram usa<strong>dos</strong> elásticos<br />

intrabucais. Os autores concluíram que o design do C-<strong>implante</strong> <strong>mini</strong>miza a irritação<br />

gengival durante o tratamento <strong>ortodôntico</strong>. O período ativo de tratamento foi de 18<br />

meses. O transpasse horizontal e vertical foram obti<strong>dos</strong>, e o equilíbrio facial foi<br />

melhorado.<br />

Zhang et al (2010) investigaram o tempo de cicatrização de <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s<br />

através <strong>da</strong> análise histomorfológica e histomorfométrica <strong>da</strong> osseointegração após a<br />

carga ortodôntica imediata e precoce. 54 <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s foram coloca<strong>dos</strong><br />

bilateralmente na região de pré-molar superior de nove beagles. Em segui<strong>da</strong>, os<br />

<strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s foram classifica<strong>dos</strong> de acordo com o tempo de carga recebi<strong>da</strong>, carga<br />

imediata (grupo 0D), duas semanas (grupo 2W), e quatro semanas (grupo 4W).<br />

Foram ativa<strong>dos</strong> com uma força ortodôntica (100 g) durante oito semanas. A direção<br />

<strong>da</strong> força ortodôntica foi vertical em relação ao eixo longitudinal <strong>dos</strong> <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s.<br />

Cortes de tecido rígido que contém <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s foram prepara<strong>dos</strong> para avaliação<br />

histomorfológica e histomorfométrica. A durabili<strong>da</strong>de <strong>dos</strong> <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s neste<br />

estudo foi de 100%. Remodelação óssea, interface de contato osso-<strong>implante</strong>, e<br />

ossificação foram observa<strong>dos</strong> em to<strong>dos</strong> os espécimes ósseos. Osteoblastos<br />

apareceram agrega<strong>dos</strong> à interface osso-<strong>implante</strong> do grupo 4W e osso lamelar foi<br />

encontrado nas regiões peri-<strong>implante</strong>. Mini-<strong>implante</strong>s do grupo 2W foram<br />

parcialmente cerca<strong>dos</strong> por fibras de colágeno e tecido ósseo, e os osteoclastos<br />

foram encontra<strong>dos</strong> nas regiões peri-<strong>implante</strong>. Mini-parafusos do grupo 0D foram<br />

16


cerca<strong>dos</strong> por mais fibras de colágeno em comparação com os outros dois grupos.<br />

Relações de contato osso - <strong>implante</strong> <strong>dos</strong> três grupos foram 43,74% (grupo 0D),<br />

66,26% (grupo 2W), e 73,28% (grupo 4W). Os autores concluíram que to<strong>dos</strong> os <strong>mini</strong>-<br />

<strong>implante</strong>s <strong>dos</strong> três grupos podem fornecer ancoragem ortodôntica estável. No<br />

entanto, para obter ancoragem absoluta, um tempo de cicatrização de quatro<br />

semanas é recomen<strong>da</strong>do antes <strong>da</strong> ativação ortodôntica.<br />

3.3 ESTABILIDADE<br />

Ohmae et al (2001) determinaram o potencial de fixação do <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong><br />

de titânio para a <strong>mini</strong>-intrusão ortodôntica <strong>dos</strong> dentes posteriores <strong>da</strong> mandíbula. Seis<br />

<strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s foram inseri<strong>dos</strong> cirurgicamente em torno do terceiro molar de ca<strong>da</strong><br />

lado <strong>da</strong> mandíbula de três cães machos <strong>da</strong> raça beagle. Três na vestibular e três na<br />

região lingual. Os <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s foram utiliza<strong>dos</strong> como ancoragem para intrusão de<br />

terceiros molares (<strong>implante</strong>s carrega<strong>dos</strong>) e os outros <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s foram utiliza<strong>dos</strong><br />

como controle (sem carga). Em seis semanas, uma força intrusiva (150 g) foi<br />

aplica<strong>da</strong> entre os <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s por molas fecha<strong>da</strong>s que percorrem as coroas <strong>dos</strong><br />

molares. Após 12 a 18 semanas de intrusão ortodôntica, os animais foram<br />

sacrifica<strong>dos</strong> e as mandíbulas foram disseca<strong>da</strong>s e prepara<strong>da</strong>s para observação<br />

histológica e fluorescente. Os resulta<strong>dos</strong> indicaram que os dentes intuíram 4,5 mm,<br />

em média, após 12 a 18 semanas de aplicação <strong>da</strong> força ortodôntica, houve uma<br />

reabsorção radicular suave na região de furca, assim como o arredon<strong>da</strong>mento do<br />

ápice <strong>da</strong> raiz. To<strong>dos</strong> os <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s se mantiveram estáveis durante o movimento<br />

<strong>ortodôntico</strong>, sem qualquer mobili<strong>da</strong>de ou deslocamento. Os acha<strong>dos</strong> morfométricos<br />

indicaram que a calcificação do osso peri-implantar em <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s ativa<strong>dos</strong> é<br />

igual ou ligeiramente superior ao do grupo controle. Além disso, seis <strong>dos</strong> 36 <strong>mini</strong>-<br />

17


<strong>implante</strong>s foram removi<strong>dos</strong> após o movimento do dente, e to<strong>dos</strong> eles foram<br />

facilmente removi<strong>dos</strong> com uma chave de fen<strong>da</strong>. Com os resulta<strong>dos</strong> obti<strong>dos</strong>, conclui-<br />

se que <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s são dispositivos eficazes e estáveis para ancoragem durante<br />

movimento de intrusão ortodôntica.<br />

Serra et al (2007) avaliaram a evolução <strong>da</strong> fixação óssea de <strong>mini</strong>-<br />

<strong>implante</strong>s de titânio ativa<strong>dos</strong> imediatamente. Os <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s têm sido utiliza<strong>dos</strong><br />

com sucesso como elemento de ancoragem ortodôntica, mas a diminuição do<br />

tamanho e a aplicação precoce <strong>da</strong> carga são requisitos importantes para a<br />

otimização <strong>da</strong> metodologia. Nove coelhos <strong>da</strong> raça Nova Zelândia foram utiliza<strong>dos</strong><br />

neste estudo. Em ca<strong>da</strong> animal foram inseri<strong>dos</strong> quatro <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s de titânio grau<br />

cinco, <strong>dos</strong> quais dois foram ativa<strong>dos</strong> imediatamente com 1N. Os animais foram<br />

eutanasia<strong>dos</strong> após um, quatro e 12 semanas e as amostras foram dividi<strong>da</strong>s em seis<br />

grupos, sendo três grupos carrega<strong>dos</strong> e 3 grupos sem carga. O torque de remoção<br />

<strong>dos</strong> <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s foi realizado e os resulta<strong>dos</strong> trata<strong>dos</strong> estatisticamente com o<br />

módulo ANOVA e pós-teste de Tukey. Após um e quatro semanas de cicatrização<br />

não foi detecta<strong>da</strong> diferença estatisticamente significativa nos valores de torque de<br />

remoção, independente <strong>da</strong> ativação. Entretanto, após 12 semanas, tanto o grupo<br />

ativado quanto o não ativado apresentaram aumento significativo no torque de<br />

remoção e os maiores valores foram atribuí<strong>dos</strong> ao grupo sem ativação. Os autores<br />

concluíram que a ativação imediata resultou em menor osseointegração <strong>dos</strong> <strong>mini</strong>-<br />

<strong>implante</strong>s que os ativa<strong>dos</strong> após 12 semanas de cicatrização, contudo não<br />

comprometeu a estabili<strong>da</strong>de <strong>dos</strong> <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s.<br />

Freire et al (2007) avaliaram a resposta do osso após introdução de <strong>mini</strong>-<br />

<strong>implante</strong>s de 2,5 mm de diâmetro e 6 e 10 mm de comprimento ativa<strong>dos</strong> após vários<br />

perío<strong>dos</strong> de cicatrização. Setenta e oito <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s foram coloca<strong>dos</strong><br />

18


ilateralmente na região de pré-molar e molar inferior de seis cães <strong>da</strong> raça beagle. O<br />

lado esquerdo <strong>da</strong> mandíbula foi chamado experimental e o lado direito o controle,<br />

ca<strong>da</strong> hemi-arco recebeu seis e sete <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s, respectivamente. O grupo<br />

experimental foi imediatamente ativado, uma semana e três semanas após e foram<br />

avalia<strong>dos</strong> por um período de ativação de 12 semanas de carga (250 g de força entre<br />

os <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s). O grupo controle não foi ativado. As mandíbulas foram<br />

disseca<strong>da</strong>s, e amostras foram prepara<strong>da</strong>s para avaliação histomorfológica e<br />

histomorfométrica (foi avaliado contato osso - <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>). As taxas de sucesso<br />

foram de 100% e 77,78% para o controle e o grupo experimental, respectivamente.<br />

As taxas de sucesso do grupo experimentais foram de 88,89% para os de 10 mm e<br />

de 66,67% para os de 6mm. To<strong>dos</strong> os dispositivos não tiveram a inflamação do<br />

tecido e foram perdi<strong>dos</strong> após a colocação <strong>da</strong> mola. O grupo controle apresentou<br />

cicatrização óssea, e o grupo experimental apresentou uma morfologia de osso<br />

maduro, após 12 semanas in vivo, independentemente do tempo de colocação antes<br />

<strong>da</strong> ativação <strong>da</strong> carga. Valores de contato osso - <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong> foram semelhantes<br />

entre o grupo experimental e o grupo controle que permaneceram 12 semanas in<br />

vivo. Ficou concluído a partir <strong>dos</strong> resulta<strong>dos</strong> que carga imediata ou tardia e<br />

intensi<strong>da</strong>de não afetam a performance <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>.<br />

Favero et al (2007) analisaram as taxas de sucesso e os fatores<br />

associa<strong>dos</strong> com a estabili<strong>da</strong>de <strong>dos</strong> <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s de titânio coloca<strong>dos</strong> no osso<br />

alveolar na região posterior. Foram analisa<strong>dos</strong> 51 indivíduos com mal oclusão, 134<br />

<strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s de 3 tipos, sendo que 17 foram <strong>mini</strong>placas examina<strong>da</strong>s em relação às<br />

características clínicas. Mini-<strong>implante</strong>s de 1,0 mm de diâmetro tiveram uma taxa de<br />

sucesso de um ano, que foi significativamente menor do que outros parafusos com<br />

1,5 mm ou 2,3 mm de diâmetro ou do que a de <strong>mini</strong>-placas. A cirurgia foi associa<strong>da</strong><br />

19


com o desconforto do paciente. A inclinação do plano mandibular aumentado e a<br />

inflamação <strong>dos</strong> teci<strong>dos</strong> peri-<strong>implante</strong> foram fatores de risco para a mobili<strong>da</strong>de <strong>dos</strong><br />

<strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s. No entanto, não foi detecta<strong>da</strong> uma associação significante entre a<br />

taxa de sucesso e as seguintes variáveis: comprimento do <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>, tipo de<br />

cirurgia de colocação, carga imediata, o local de implantação, i<strong>da</strong>de, sexo,<br />

apinhamento <strong>dos</strong> dentes, relação de base posterior <strong>da</strong> mandíbula, periodontite<br />

controla<strong>da</strong> e sintomas <strong>da</strong> desordem temporomandibular. Foi concluído que <strong>mini</strong>-<br />

<strong>implante</strong> com 1,0mm ou menos de diâmetro, a inflamação do tecido peri-<strong>implante</strong>, e<br />

um aumento ângulo do plano mandibular (ou seja, o osso cortical fino), foram<br />

associa<strong>da</strong>s com a mobili<strong>da</strong>de <strong>dos</strong> <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s coloca<strong>dos</strong> no osso alveolar na<br />

região posterior para ancoragem ortodôntica.<br />

Luzi et al (2007) avaliaram a taxa de falha <strong>da</strong> carga imediata <strong>dos</strong> <strong>mini</strong>-<br />

<strong>implante</strong>s <strong>ortodôntico</strong>s utiliza<strong>dos</strong> para ancoragem. Foram utiliza<strong>dos</strong> 140 <strong>mini</strong>-<br />

<strong>implante</strong>s em 98 pacientes e imediatamente ativa<strong>dos</strong> com 50CN. 99 dispositivos<br />

foram inseri<strong>dos</strong> na mandíbula e 41 na maxila nos seguintes locais: sínfise<br />

mandibular (n = 17), processo alveolar <strong>da</strong> mandíbula (n = 72), processo alveolar <strong>da</strong><br />

maxila (n = 32), área retromolar (n = 10) e palato (n = 9). Os <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s foram<br />

utiliza<strong>dos</strong> para realizar os seguintes movimentos dentários: verticalização do molar,<br />

verticalização e mesialização de molar, movimento mesial <strong>dos</strong> molares, intrusão e<br />

vestibularização <strong>dos</strong> incisivos, retração <strong>dos</strong> incisivos, intrusão <strong>dos</strong> pré-molares,<br />

correção <strong>da</strong> linha média, movimento distal <strong>dos</strong> pré-molares e intrusão de molares.<br />

To<strong>dos</strong> os dispositivos revelaram ausência completa de mobili<strong>da</strong>de, após 120 dias de<br />

carga contínua foram classifica<strong>dos</strong> como bem-sucedi<strong>dos</strong>. Aqueles que apresentaram<br />

mobili<strong>da</strong>de mínima, mas permaneceram no lugar e podiam resistir à carga adicional<br />

foram classifica<strong>da</strong>s como falhas parciais, enquanto aqueles que foram perdi<strong>dos</strong><br />

20


foram classifica<strong>dos</strong> como falhos. Treze <strong>dos</strong> <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s falharam (9,3%), 9 foram<br />

falhas parciais (6,4%). A maxila teve maior taxa de insucesso (12,2%) do que a<br />

mandíbula (8,0%). O palato foi à área anatômica com o maior risco de fracasso,<br />

enquanto que o processo alveolar <strong>da</strong> mandíbula, foi à área de maior sucesso. Os<br />

autores chegaram a conclusão que a taxa global de insucesso foi semelhante a<br />

outros estu<strong>dos</strong>, sugerindo que a carga imediata não deve ser considera<strong>da</strong> um fator<br />

de risco. Outros fatores, tais como inflamação <strong>dos</strong> teci<strong>dos</strong> moles circun<strong>da</strong>ntes, as<br />

características do osso, espessura <strong>da</strong> mucosa e procedimento cirúrgico incorreto<br />

devem ser considera<strong>dos</strong> os determinantes de falha clínica.<br />

Kim et al (2008) investigaram as proprie<strong>da</strong>des mecânicas e histológicas<br />

de <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s cônicos em comparação com cilíndricos em termos de taxa de<br />

sucesso. A amostra constou com <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s cilíndricos e cônicos, e comumente<br />

tinham 1,6 mm de diâmetro e 6,0 mm de comprimento. Foram inseri<strong>dos</strong> em cães <strong>da</strong><br />

raça beagle. O estudo mecânico analisou o torque máximo de inserção ( MIT),<br />

torque máximo de remoção (MRT), e relação de torque (RFA). E ain<strong>da</strong> o contato<br />

osso/<strong>mini</strong>-<strong>implante</strong> (BIC), e área óssea (BA) entre o grupo cilíndrico e cônico.<br />

To<strong>da</strong>s as medi<strong>da</strong>s foram avalia<strong>da</strong>s estatisticamente utilizando testes para<br />

determinar qualquer diferença entre os fatores estu<strong>da</strong><strong>dos</strong>. O grupo <strong>dos</strong> <strong>mini</strong>-<br />

<strong>implante</strong>s cônico mostrou MIT e MTR significativamente mais elevado que o grupo<br />

cilíndrico no estudo mecânico. No entanto, não houve diferença significativa na<br />

RFA, BIC e BA entre os dois grupos em estu<strong>dos</strong> histomorfométricos.<br />

Os autores concluíram que embora a forma cônica de <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong> poderia induzir<br />

osseointegração e pode produzir uma boa estabili<strong>da</strong>de primária, a forma cônica<br />

pode necessitar de modificação <strong>da</strong> mecânica de fios e técnica de inserção para<br />

reduzir o torque de inserção excessiva, mantendo a alta resistência à remoção.<br />

21


Chan et al (2008) avaliaram a melhor área utilizando um dispositivo ultra-<br />

sônico para medir a espessura do tecido mole para a colocação de um <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong><br />

<strong>ortodôntico</strong>. A amostra foi constituí<strong>da</strong> de 61 adultos jovens. Pacientes não poderiam<br />

apresentar inchaço gengival, doença periodontal ou apinhamento severo e dentes<br />

ectópicos. Um medidor ultra-sônico foi usado para medir a espessura do tecido mole<br />

gengival apenas adjacente à junção mucogengival <strong>da</strong>s arca<strong>da</strong>s superior e inferior. E<br />

4mm e 8mm abaixo <strong>da</strong> crista gengival na mucosa mastigatória palatina.<br />

Independente do ultra-som outras três análises foram usa<strong>dos</strong> para análise<br />

estatística. A espessura <strong>da</strong> gengiva na arca<strong>da</strong> superior foi significativamente maior<br />

nos homens que nas mulheres, mas a espessura <strong>da</strong> gengiva no arco inferior e<br />

espessamento <strong>da</strong> mucosa mastigatória palatina de 4mm e 8mm abaixo <strong>da</strong> crista<br />

gengival não mostraram diferenças entre os sexos. Significativamente mais espessa,<br />

as áreas de tecido mole ocorreram: anterior na arca<strong>da</strong> superior e nas áreas<br />

posteriores no arco inferior. As áreas entre os caninos e os pré-molares<br />

apresentaram valores mais eleva<strong>dos</strong> do que outras áreas 4mm abaixo <strong>da</strong> crista<br />

gengival. No entanto, o tecido mole de maior espessura (8mm) foi abaixo <strong>da</strong> crista<br />

gengival. Mostrou um aumento progressivo a partir <strong>da</strong> área anterior para a área<br />

posterior. Ficou concluído que medi<strong>da</strong>s <strong>da</strong> espessura <strong>dos</strong> teci<strong>dos</strong> moles usando um<br />

dispositivo de ultra-som pode aju<strong>da</strong>r os profissionais a selecionar o <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong><br />

<strong>ortodôntico</strong> ideal na prática clínica diária.<br />

Lim et al (2008) determinaram a variação do torque de inserção de <strong>mini</strong>-<br />

<strong>implante</strong>s <strong>ortodôntico</strong>s de acordo com o comprimento do parafuso, diâmetro e<br />

forma.O torque máximo de inserção (MIT) foi medido utilizando um aparelho de<br />

torque a uma veloci<strong>da</strong>de constante de três rpm. Tipo cilíndrico e cônico de <strong>mini</strong>-<br />

<strong>implante</strong>s com diferentes comprimentos, diâmetros, e formas foram testa<strong>dos</strong>. Neste<br />

22


estudo, um bloco ósseo experimental artificial foi fabricado para introdução <strong>dos</strong> <strong>mini</strong>-<br />

<strong>implante</strong>s e usado para medir o torque de inserção. Depois de definido, o <strong>mini</strong>-<br />

<strong>implante</strong> é inserido perpendicularmente com a amostra de osso artificial, o eixo de<br />

rotação do torque testador foi girado no sentido horário a uma veloci<strong>da</strong>de de 3 rpm,<br />

e os valores de torque foram registra<strong>dos</strong> a ca<strong>da</strong> 0,1 segundo usando um programa<br />

de computador. Os resulta<strong>dos</strong> mostraram que o torque de inserção aumentou<br />

significativamente com o comprimento do parafuso. Em particular, houve um<br />

aumento significativo no torque, com comprimento e diâmetro do parafuso. Uma<br />

análise do torque de inserção do <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong> revelou que o parafuso cilíndrico tem<br />

torque de inserção muito maior na rosca incompleta, enquanto o parafuso tipo<br />

cônico mostrou um torque de inserção muito maior na parte final <strong>da</strong> rosca. O torque<br />

de inserção foi alterado pelo diâmetro externo, comprimento e forma do <strong>mini</strong>-<br />

<strong>implante</strong>. Os autores concluíram que o aumento no diâmetro do parafuso pode<br />

eficientemente reforçar a estabili<strong>da</strong>de inicial do <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>, mas a proximi<strong>da</strong>de <strong>da</strong><br />

raiz no local do <strong>implante</strong> deve ser considerado.<br />

Wilmes et al (2009) testaram a hipótese de que o impacto <strong>da</strong> profundi<strong>da</strong>de<br />

de inserção e o diâmetro pré-perfuração não têm nenhum efeito sobre a estabili<strong>da</strong>de<br />

primária de <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s. Doze segmentos de osso ilíaco de suínos foram<br />

embuti<strong>dos</strong> em resina. Após a preparação do local do <strong>implante</strong> com diferentes<br />

diâmetros de pré-perfuração (1.0mm, 1.1mm, 1.2mm, e 1.3mm), Parafusos Dual Top<br />

1,6 × 10 mm foram inseri<strong>dos</strong> em três diferentes profundi<strong>da</strong>des de inserção (7,5mm,<br />

8,5mm e 9,5mm). O torque de inserção foi registrado para avaliar a estabili<strong>da</strong>de<br />

primária. Em ca<strong>da</strong> osso, cinco <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s foram usa<strong>dos</strong> como referência. A<br />

profundi<strong>da</strong>de de inserção e o diâmetro pré-perfuração influenciaram no torque<br />

medido distintamente: o torque de inserção <strong>dos</strong> <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s com perfuração de<br />

23


7,5mm foi de 51,62 Nmm (± 25,22), para os de 8,5mm foi de 65,53 Nmm (± 29,99), e<br />

para os de 9,5mm foi de 94,38Nmm (27,61 ±). O torque de inserção <strong>dos</strong> <strong>mini</strong>-<br />

<strong>implante</strong>s de 1,0mm, 1.1mm, 1.2mm e 1.3mm foram respectivamente 83,50Nmm,<br />

77,50Nmm, 61,70Nmm 53,10. To<strong>da</strong> a diferença foi significativa. Os autores<br />

concluíram que quanto maior a profundi<strong>da</strong>de de inserção melhor será a estabili<strong>da</strong>de.<br />

E <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s com diâmetros maiores pré-perfuração resultaram em menor<br />

torques de inserção.<br />

Cho et al (2010) determinaram o risco local de contato <strong>da</strong> raiz durante a<br />

perfuração para a colocação <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong> <strong>ortodôntico</strong> e analisaram a influência <strong>da</strong><br />

experiência <strong>dos</strong> dentistas sobre os resulta<strong>dos</strong>. Foram utiliza<strong>dos</strong> arcos dentários com<br />

dentes de resina monta<strong>dos</strong> em um manequim. A perfuração foi realiza<strong>da</strong> em seis<br />

locais com freqüência seleciona<strong>da</strong> para a colocação do <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>: entre os<br />

incisivos centrais, entre o primeiro pré-molar e segundo molar superior, e entre os<br />

primeiros e segundo molares inferiores bilateralmente. Os 28 dentistas qualifica<strong>dos</strong><br />

que participaram foram dividi<strong>dos</strong> em dois grupos com base em sua experiência<br />

clínica. O grupo experiente era de oito dentistas com mais de dois anos de<br />

experiência em <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s e o grupo inexperiente era de vinte alunos <strong>da</strong><br />

graduação. Uma total de 192 perfurações foi realiza<strong>da</strong> pelo grupo experiente e 240<br />

pelo grupo inexperiente. A superfície <strong>da</strong> raiz <strong>da</strong>nifica<strong>da</strong> foi classifica<strong>da</strong> como<br />

"modera<strong>dos</strong>" ou "grave". Taxas globais para os grupos experientes e inexperientes<br />

foram 13,5% e 21,3%, respectivamente. Para o grupo experiente, os incidentes<br />

ocorreram predominantemente na arca<strong>da</strong> inferior esquer<strong>da</strong> (34,4%) e superior<br />

direita (18,8%) regiões posteriores. Os dentes mais suscetíveis foram os elementos<br />

36 e 16. Em contraste, para o grupo inexperiente, to<strong>da</strong>s as quatro regiões<br />

posteriores foram suscetíveis. Ficou concluído que o local <strong>da</strong> cirurgia e<br />

24


especialização <strong>dos</strong> dentistas tiveram efeitos significativos na taxa.<br />

Lee et al (2010) determinaram a reação histológica <strong>da</strong> raiz e osso quando<br />

um <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong> se aproxima <strong>da</strong> raiz. Dois tipos de <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s foram inseri<strong>dos</strong><br />

no osso alveolar de 4 beagles (2 machos e 2 fêmeas). O material estu<strong>da</strong>do foi<br />

classificado como o grupo inserido perto <strong>da</strong> raiz (1), o grupo de contacto (2), o grupo<br />

de contacto <strong>da</strong> raiz (3), e do grupo de perfuração de raiz (4). Foram avalia<strong>dos</strong> os<br />

seguintes fatores quando o <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong> se aproximava <strong>da</strong> raiz: reabsorção do<br />

cemento, reabsorção <strong>da</strong> dentina, reparação do cemento, crescimento do cemento,<br />

anquilose, rachaduras e fratura radicular. A incidência de reabsorção radicular<br />

aumentou quando o <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong> foi inferior a 0,6mm <strong>da</strong> raiz no grupo 1 e grupo 2.<br />

Rachadura e fratura radicular ocorreram no grupo 3 e do grupo 4 . Reabsorção<br />

óssea e anquilose foram observa<strong>dos</strong> em algumas amostras. No entanto, algumas<br />

amostras do grupo 2 e grupo 3 tinham crescimento do cemento ou reabsorção<br />

radicular pequena, apesar <strong>da</strong> proximi<strong>da</strong>de à raiz. No grupo 4 ocorreu no lado oposto<br />

a inserção do <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>, reabsorção radicular e anquilose. Ficou concluído que<br />

existe o risco de contato <strong>da</strong> raiz e lesão tecidual grave durante o procedimento de<br />

perfuração do <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>, podendo induzir a reabsorção radicular ou anquilose.<br />

Uso de pequenos <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s podem reduzir o contato <strong>da</strong> raiz e o <strong>da</strong>no tecidual.<br />

No entanto, o <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong> menor pode não ter uma estabili<strong>da</strong>de favorável.<br />

Ferreira et al (2010) fizeram o estudo matalográfico <strong>da</strong> microestrutura<br />

interna <strong>dos</strong> <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s. Determinaram a composição do metal para detectar<br />

eventuais descontinui<strong>da</strong>des <strong>da</strong> superfície do núcleo <strong>dos</strong> parafusos. A ancoragem<br />

ortodôntica eficaz pode ser obti<strong>da</strong> por <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s inseri<strong>dos</strong> no osso maxilar ou<br />

mandibular. No entanto, o risco de falha <strong>dos</strong> <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s é uma <strong>da</strong>s questões<br />

mais importantes, especialmente a ruptura de sua estrutura, que chamamos de<br />

25


fratura, principalmente devido a deficiências metal. Na amostra foram utiliza<strong>da</strong>s<br />

dezoito marcas diferentes de <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s. As amostras foram embuti<strong>da</strong>s a frio em<br />

polímero de metacrilato de metila, e ambos foram secciona<strong>dos</strong> longitudinalmente (3<br />

amostras de ca<strong>da</strong> marca) e transversalmente (os outros 3 parafusos de ca<strong>da</strong><br />

marca). Após o preparo, as amostras foram observa<strong>da</strong>s utilizando um microscópio<br />

de luz em até 2.000 x ampliação. Os resulta<strong>dos</strong> mostraram que os <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s<br />

não apresentaram defeitos como bolhas, fissuras e imperfeições, em sua<br />

microestrutura interna. To<strong>da</strong>s as amostras secciona<strong>da</strong>s longitudinalmente tinham<br />

uma microestrutura interna homogênea, livre de descontinui<strong>da</strong>des. To<strong>da</strong>s as<br />

amostras atenderam aos requisitos <strong>da</strong>s normas internacionais. Ortodontistas devem<br />

estar cientes <strong>da</strong> composição de metal e microestrutura interna de <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s,<br />

para diminuir o risco de fratura do <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>.<br />

Chen et al (2010) testaram que o pico de torque de inserção de <strong>mini</strong>-<br />

<strong>implante</strong>s auto-perfurantes se correlaciona com o pico de torque de remoção<br />

mecânica. Foram usa<strong>dos</strong> para análise um total de 360 <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s auto-<br />

perfurantes compostos por cinco tipos diferentes. Os <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s (24 de ca<strong>da</strong><br />

grupo) foram inseri<strong>dos</strong> em três tipos de osso artificial, com o uso de um testador de<br />

torque a uma veloci<strong>da</strong>de de 15 rpm. O torque de inserção foi medido durante a<br />

colocação, enquanto o torque de remoção foi medido dentro de 3 dias após a<br />

inserção. Houve uma correlação estatisticamente significativa entre torque de<br />

inserção e remoção de torque (r ≥ 0,43543, P = 0,0001). Houve diferenças<br />

significativas na inserção e torque de remoção entre os diâmetros <strong>dos</strong> <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s<br />

e densi<strong>da</strong>des ósseas com uma tendência crescente. Os autores concluíram que<br />

<strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s autoperfurantes com um diâmetro menor de 1,3 mm são inadequa<strong>dos</strong><br />

para inserção em um osso com uma densi<strong>da</strong>de superior a 40 libras por pé cúbico.<br />

26


Wei et al (2011) compararam a estabili<strong>da</strong>de <strong>dos</strong> <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s sob os<br />

efeitos de diferentes espessuras de osso cortical em diferentes momentos de<br />

cicatrização. Sessenta e quatro <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s foram inseri<strong>dos</strong> em fêmures de oito<br />

beagles, com quatro <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s em ca<strong>da</strong> fêmur de um cão beagle. Os cães<br />

foram sacrifica<strong>dos</strong> aos 0, 3, 6 e 9 semanas após a colocação do <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>,<br />

respectivamente. A espessura do osso cortical foi medi<strong>da</strong>. As análises estatísticas<br />

foram realiza<strong>da</strong>s. O torque de remoção é significativamente menor em locais com<br />

espessura cortical óssea fina a 0 semana e maior em três semanas de<br />

osseointegração. Para ambos, espessura cortical óssea fina e grossa, o torque de<br />

remoção foi menor no grupo <strong>da</strong> semana 0 e maior no grupo 3 semana. No entanto,<br />

essas diferenças não foram observa<strong>da</strong>s em espessura cortical óssea espessa. Os<br />

autores concluíram que <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s inserido em espessura cortical óssea tinha<br />

melhor estabili<strong>da</strong>de do que aqueles inseri<strong>dos</strong> em espessura cortical óssea fina e em<br />

tempo de cicatrização precoce. A diferença aumentou e tornou-se significante com o<br />

tempo de cicatrização maior. Maior tempo de cicatrização pode ser necessário se<br />

<strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s são inseri<strong>dos</strong> em locais de espessura óssea fina de cortical, maior<br />

tempo de cicatrização, maior estabili<strong>da</strong>de.<br />

Hong et al (2011) compararam a estabili<strong>da</strong>de mecânica de diferentes tipos<br />

de <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>, que variam em forma e segmentação, usando tomografia de alta<br />

resolução micro-computadoriza<strong>da</strong>, e avaliaram a relação entre a superfície e os<br />

resulta<strong>dos</strong> de estabili<strong>da</strong>de. Foram utiliza<strong>dos</strong> quatro tipos de <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s<br />

disponíveis comercialmente: <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong> cilíndrico com rosca simples (SC), afilado<br />

com rosca simples (ST), cilíndrico com rosca dupla (DC), cônicos com rosca dupla<br />

(DT) e cinco <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s recém projeta<strong>dos</strong> ( ain<strong>da</strong> não são comercializa<strong>dos</strong>),<br />

para serem utiliza<strong>dos</strong> principalmente em osso cortical com dimensões mais curtos e<br />

27


largos (N1). Os <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s foram inseri<strong>dos</strong> no osso artificial com cama<strong>da</strong>s de<br />

osso cortical e trabeculado. O estudo consistiu em mecânica de medições de torque<br />

e testes de deslocamento lateral. O torque máximo de inserção, remoção e os níveis<br />

de força para deslocamentos foram mais altos em N1, segui<strong>da</strong> por DT, ST, CC e SC.<br />

A área de superfície foi maior em DT, seguido por N1, ST, CC e SC. A maior<br />

osseointegração foi em N1. Os <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s apresentaram correlação positiva com<br />

a estabili<strong>da</strong>de. Ficou concluído pelos autores que N1 foi o <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong> mais estável<br />

dentro deste projeto de pesquisa. O novo projeto tem potencial para ser clinicamente<br />

superior, tem maior estabili<strong>da</strong>de e não diminui o risco de pôr em perigo as<br />

proximi<strong>da</strong>des <strong>da</strong>s estruturas anatômicas durante a colocação e tratamento<br />

<strong>ortodôntico</strong>, mas o projeto necessita de ajustes para reduzir o torque de inserção,<br />

evitando complicações clínicas e desconforto ao paciente.<br />

Takaki et al (2010) estu<strong>da</strong>ram clinicamente o uso de <strong>mini</strong>placas e <strong>mini</strong>-<br />

<strong>implante</strong>s de ancoragem para a estabili<strong>da</strong>de do tratamento <strong>ortodôntico</strong>. E<br />

determinaram os fatores que podem causar complicações durante o uso <strong>dos</strong><br />

dispositivos temporários para ancoragem (TADs). Participaram do estudo 455<br />

indivíduos, (sendo 97 do gênero masculino e 358 do gênero fe<strong>mini</strong>no e na faixa<br />

etária de 8 a 68 anos), com necessi<strong>da</strong>de de tratamento <strong>ortodôntico</strong> com o uso de<br />

ancoragem esquelética. O diagnóstico clínico para o qual foi planejado o tratamento<br />

<strong>ortodôntico</strong> foi o seguinte: má oclusão, deformação <strong>da</strong> mandíbula, várias síndromes,<br />

fen<strong>da</strong> labial e fen<strong>da</strong> palatina com o dente impactado. To<strong>dos</strong> os pacientes<br />

subseqüentemente foram submeti<strong>dos</strong> à cirurgia. Três tipos de <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong> de<br />

titânio com diâmetro e comprimento diferentes foram usa<strong>dos</strong>: autorrosqueante,<br />

autoperfurante, <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong> palatino. Mini-placas fixa<strong>da</strong>s com 2 ou 3 <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s<br />

também foram utiliza<strong>da</strong>s. To<strong>dos</strong> os tipos de <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong> apresentaram taxas altas<br />

28


de sucesso. As taxas de falhas foram as seguintes: <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s 7%, <strong>mini</strong>-<br />

<strong>implante</strong>s palatinos 11% a <strong>mini</strong>-placas 6%. Taxas de inflamação ao redor do <strong>mini</strong>-<br />

<strong>implante</strong> no tecido mole foi: <strong>mini</strong>-placas 7,6%, <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong> 1,3%, <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong><br />

palatino 2,5%. Inflamação do tecido mole depende do grau de penetração do <strong>mini</strong>-<br />

<strong>implante</strong>. Os autores concluíram que <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s e <strong>mini</strong>-placas mostraram<br />

excelentes resulta<strong>dos</strong> como ancoragem esquelética.<br />

Wehrbein et al (1999) avaliaram a capaci<strong>da</strong>de de fixação do <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong><br />

palatino para reforço <strong>da</strong> ancoragem <strong>dos</strong> dentes posteriores. A amostra foi de nove<br />

indivíduos com mal oclusão Classe II (i<strong>da</strong>de 15-35 anos), cujo plano de tratamento<br />

era a extração <strong>dos</strong> primeiros pré-molares superiores. To<strong>dos</strong> os pacientes receberam<br />

um <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong> no centro do palato anterior. Após um período de cicatrização de<br />

três meses, foram fixa<strong>da</strong>s barras transpalatina para contato <strong>dos</strong> dentes posteriores<br />

ao <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>. A retração <strong>dos</strong> caninos e incisivos foi realiza<strong>da</strong> sem o uso de<br />

elásticos de Classe II. O grau de per<strong>da</strong> de ancoragem e a retração <strong>dos</strong> incisivos e<br />

caninos foram avalia<strong>dos</strong> através de medi<strong>da</strong>s no modelo de gesso e telerradiografias.<br />

A per<strong>da</strong> de ancoragem média foi de 0,7 mm do lado direito e 1,1 mm no lado<br />

esquerdo (P


foram inseri<strong>da</strong>s com o uso de um testador de condução de torque a uma veloci<strong>da</strong>de<br />

constante de 3 rpm. Blocos ósseos experimentais com diferentes espessuras de<br />

osso cortical foram utiliza<strong>dos</strong> como amostras. As diferenças na espessura do osso<br />

cortical tiveram pouco efeito sobre a inserção máxima e torque de remoção em Cl.<br />

No entanto, com Ta e Tb, o torque máximo de inserção aumentou com a espessura<br />

do osso cortical. O torque máximo de inserção de Tb foi maior em to<strong>da</strong>s as<br />

situações, seguido de Ta e Tb, nessa ordem. Cl apresentou menor per<strong>da</strong> de torque<br />

em to<strong>da</strong>s as espessuras de osso cortical e um maior tempo de afastamento em<br />

relação ao Ta ou Tb. Houve relação significativa entre a espessura do osso cortical,<br />

inserção máxima, torque de remoção e tempo de implantação em ca<strong>da</strong> tipo de<br />

perfuração <strong>dos</strong> <strong>mini</strong>-parafusos. Os autores concluíram que o desenho <strong>da</strong> rosca do<br />

<strong>mini</strong>-<strong>implante</strong> deve ser escolhido de acordo com a espessura cortical do osso, pois o<br />

torque de inserção se altera de acordo com a espessura.<br />

Chad<strong>da</strong>d et al (2008) compararam o desempenho clínico e a durabili<strong>da</strong>de<br />

de dois sistemas de <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s com diferentes características de superfície sob<br />

carga ortodôntica imediata. O Dual-Top é de titânio puro (MT), disponíveis nos<br />

diâmetros de 1,4, 1,6 e 2,0mm e em comprimentos de 6,0, 8,0 e 10,0mm. O C-<br />

<strong>implante</strong> também é um <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong> de titânio com uma característica distintiva de<br />

ter tratamento na superfície condiciona<strong>da</strong> por ácido (SLA). Seu diâmetro 1,8mm está<br />

disponível em comprimentos de 8,5, 9,5 e 10,5mm, e só pode ser inserido com uma<br />

chave de fen<strong>da</strong> manual. Foram incluí<strong>dos</strong> no estudo, dez indivíduos saudáveis, na<br />

faixa etária entre 13-65 anos, cujo plano de tratamento incluiu o uso de dispositivos<br />

temporários de ancoragem – TADs ( aparelhos que aju<strong>da</strong>m na ancoragem como<br />

barra transpalatina). Os <strong>da</strong><strong>dos</strong> clínicos e radiográficos foram analisa<strong>dos</strong> para<br />

determinar a taxa de sobrevivência <strong>dos</strong> dois sistemas de <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>. Antes de<br />

30


iniciar o tratamento padrão, foram obti<strong>dos</strong> para ca<strong>da</strong> paciente documentação<br />

ortodôntica. Planos de tratamento <strong>ortodôntico</strong> e periodontal foram desenvolvi<strong>dos</strong><br />

para ca<strong>da</strong> paciente. Os dois sistemas de <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s foram coloca<strong>dos</strong><br />

alterna<strong>da</strong>mente até um mínimo de 15 <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s de ca<strong>da</strong> tipo. Alguns pacientes<br />

receberam <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s de ambos os sistemas em estudo. Dezessete <strong>mini</strong>-<br />

<strong>implante</strong>s MT, e 15 SLA foram coloca<strong>dos</strong> em 10 indivíduos. Os <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s foram<br />

ativa<strong>dos</strong> imediatamente e os indivíduos atendi<strong>dos</strong> em 7, 14, 30, 60 e 150 dias. Os<br />

parâmetros clínicos como localização anatômica, a reação <strong>dos</strong> teci<strong>dos</strong> moles com o<br />

surgimento <strong>da</strong> cabeça do <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>, tipo de sistema do <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>, o diâmetro<br />

e o comprimento foram analisa<strong>dos</strong>. Além disso, o torque de inserção também foi<br />

avaliado. A durabili<strong>da</strong>de global foi de 87,5%. Durante o estudo quatro <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s<br />

falharam, três eram MT e um SLA, resultando em uma durabili<strong>da</strong>de individual de<br />

82,4% e 93,4%, respectivamente. No grupo de falha, to<strong>dos</strong> os <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s<br />

surgiram na mucosa oral, havendo um torque inferior a 15N. O torque de inserção<br />

influenciou estatisticamente a durabili<strong>da</strong>de <strong>dos</strong> <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s. Tratamento <strong>da</strong><br />

superfície, localização anatômica, aparência de teci<strong>dos</strong> moles não foram<br />

estatisticamente significativos. Os autores chegaram a conclusão que as<br />

características <strong>da</strong> superfície não parecem influenciar a durabili<strong>da</strong>de <strong>dos</strong> <strong>mini</strong>-<br />

<strong>implante</strong>s com carga imediata.<br />

El-Beialy et al (2009) avaliaram a per<strong>da</strong> de ancoragem <strong>dos</strong> <strong>mini</strong>-<br />

<strong>implante</strong>s. No entanto, o comportamento do <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong> sob carga inicial ain<strong>da</strong> não<br />

foi totalmente investigado. Foram utiliza<strong>dos</strong> 40 <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s para a retração <strong>dos</strong><br />

caninos superiores e inferiores após extração <strong>dos</strong> pré-molares. Após um período de<br />

cicatrização de duas semanas, a força aplica<strong>da</strong> foi entre 150 e 250 g por 6 meses. O<br />

deslocamento <strong>dos</strong> <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s, a colocação <strong>dos</strong> seus ângulos foi avalia<strong>da</strong> usando<br />

31


volumes sobrepostos em 3 dimensões <strong>da</strong> maxila e <strong>da</strong> mandíbula, antes e após seis<br />

meses de colocação <strong>dos</strong> <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s. Estes foram desloca<strong>da</strong>s na direção <strong>da</strong> força<br />

do tratamento <strong>ortodôntico</strong>. O deslocamento foi visto no movimento <strong>da</strong> cabeça e <strong>da</strong><br />

cau<strong>da</strong>, e extrusão do <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>. Esses movimentos não foram correlaciona<strong>dos</strong><br />

com o ângulo de colocação ou a duração do <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong> no osso. Concluíram que<br />

o movimento do <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong> é esperado durante o tratamento <strong>ortodôntico</strong>. Esse<br />

fenômeno deve ser considerado ao determinar as suas dimensões e ângulos de<br />

posicionamento para proporcionar o máximo raio de ação para a mecânica<br />

ortodôntica, sem a reposição <strong>dos</strong> <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s.<br />

Wilmes et al (2008) analisaram o impacto do ângulo de inserção sobre a<br />

estabili<strong>da</strong>de primária de <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s. Vinte e oito segmentos do osso ilíaco de<br />

suínos foram incluí<strong>dos</strong> em resina, estes segmentos são comparáveis com as<br />

espessuras encontra<strong>da</strong>s na maxila e mandíbula humana. Dois tamanhos diferentes<br />

de <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s foram utiliza<strong>dos</strong> para este estudo: Dual-Top <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong> 1,6 ×<br />

8mm e 2,0 × 10mm. As perfurações piloto foram planeja<strong>da</strong>s por uma máquina de<br />

perfuração de banca<strong>da</strong> a 915 rpm. A profundi<strong>da</strong>de de perfuração foi de 3mm com o<br />

diâmetro pré-perfuração <strong>dos</strong> <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s de: 1mm, 1,6mm e 1,3mm e 2mm.<br />

Antes do momento <strong>da</strong> medição, os <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s foram inseri<strong>dos</strong> manualmente em<br />

sete diferentes ângulos (α = 30, 40, 50, 60, 70, 80 e 90) com o uso de uma chave de<br />

fen<strong>da</strong> portátil. Em ca<strong>da</strong> segmento ósseo, cinco <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s Dual-Top 1,6 × 8mm<br />

foram utiliza<strong>dos</strong> como referências para estabelecer a compatibili<strong>da</strong>de entre os<br />

segmentos ósseos. Um componente central do sistema de medição é um robô<br />

RX60, que foi equipado com um potenciômetro de precisão, que funcionava como<br />

um sensor de ângulo e, como um sensor de torque. O sensor de momento foi<br />

juntamente com o <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong> com o uso do eixo condutor do Sistema Dual Top.<br />

32


Os sinais analógicos forneci<strong>dos</strong> pelos sensores foram digitaliza<strong>dos</strong> por um<br />

dispositivo de medição Spider 8 e foram armazena<strong>dos</strong> em um computador pessoal.<br />

O software do sistema de medição foi programado de tal forma que o braço do robô<br />

realiza uma rotação de 80° dentro de 2 segun<strong>dos</strong>. Ca<strong>da</strong> combinação de ângulo e<br />

tamanho do <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong> foi repeti<strong>da</strong> 34 vezes e, em geral, 616 medições de torque<br />

foram realiza<strong>dos</strong>. To<strong>dos</strong> os torques de inserção máxima foram transferi<strong>dos</strong> para<br />

uma tabela dinâmica e foram classifica<strong>dos</strong> de acordo com os parâmetros do<br />

tamanho do <strong>implante</strong> e do ângulo de inserção. Os maiores valores de torque de<br />

inserção foram medi<strong>dos</strong> em ângulos entre 60° e 70° (63,8° para 1,6 mm e 66,7° para<br />

2,0 mm). Muitos ângulos de inserção oblíqua (30°), resultaram na estabili<strong>da</strong>de<br />

primária reduzi<strong>da</strong>. Os autores concluíram que para alcançar a melhor estabili<strong>da</strong>de<br />

primária, é aconselhável um ângulo de inserção que varia de 60° a 70°. Se o<br />

espaço disponível entre as duas raízes adjacentes é pequeno, uma direção mais<br />

oblíqua de inserção parece ser favorável para <strong>mini</strong>mizar o risco de contato com a<br />

raiz. O diâmetro do <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong> tem um grande impacto sobre o torque de inserção<br />

e, consequentemente, a estabili<strong>da</strong>de primária <strong>dos</strong> <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s <strong>ortodôntico</strong>s. Muito<br />

torque de inserção pode causar falha por compressão óssea excessiva. A relação<br />

adequa<strong>da</strong> entre o diâmetro do <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong> e pré-perfuração é fun<strong>da</strong>mental.<br />

Kim et al (2009) testaram a hipótese de que não há nenhuma diferença<br />

na estabili<strong>da</strong>de e resistência à rotação <strong>dos</strong> primeiros momentos <strong>dos</strong> <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s<br />

usina<strong>dos</strong> com areia e outros trata<strong>dos</strong> com ataque ácido (SLA), tamanho e forma. O<br />

delineamento de blocos foi utilizado em 12 cães <strong>da</strong> raça beagle. Noventa e seis <strong>mini</strong>-<br />

<strong>implante</strong>s <strong>ortodôntico</strong>s foram testa<strong>dos</strong>. Após três semanas de cicatrização,<br />

momentos de rotação de 150 g foram aplica<strong>dos</strong>. As taxas de sucesso, os valores de<br />

torque máximo, a angulação e a energia total absorvi<strong>da</strong> pelo osso foram compara<strong>dos</strong>.<br />

33


To<strong>dos</strong> os valores foram submeti<strong>dos</strong> à análise de modelo misto para avaliar a<br />

influência do tratamento de superfície, a direção <strong>da</strong> força de rotação, local de<br />

implantação. Os torques máximos de inserção e angulação <strong>dos</strong> <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s SLA<br />

foram significativamente inferiores aos <strong>dos</strong> <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s usina<strong>dos</strong>. Os <strong>mini</strong>-<br />

<strong>implante</strong>s SLA tinham um valor significativamente mais elevado para a remoção total<br />

que os <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s usina<strong>dos</strong>. No entanto, não houve diferenças significativas na<br />

inserção e o torque máximo de remoção entre os dois grupos. Não houve diferença<br />

significativa entre a rotação no sentido horário e anti-horário em to<strong>da</strong>s as medições.<br />

Ficou concluído que <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong> SLA apresentou valor relativamente baixo (apesar<br />

do valor ain<strong>da</strong> ter sido mais baixo para <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s usina<strong>dos</strong>) de torque de<br />

inserção e remoção, sugerindo maior osseointegração do <strong>implante</strong> <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong> SLA<br />

após a inserção do que os usina<strong>dos</strong>.<br />

Mo et al (2010) para testar a hipótese de que não há nenhuma diferença na<br />

estabili<strong>da</strong>de e resistência às forças ortodônticas imediatamente aplica<strong>da</strong>s aos <strong>mini</strong>-<br />

<strong>implante</strong>s com superfície usina<strong>da</strong>s com areia e outros trata<strong>dos</strong> com ácido (SAE), com<br />

mesmo tamanho e forma. Dois tipos de <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s foram utiliza<strong>dos</strong> na tíbia de 44<br />

coelhos, algumas apresentavam uma superfície SAE e alguns tinham superfícies<br />

usina<strong>da</strong>s. Uma carga ortodôntica de 150 g foi aplica<strong>da</strong> imediatamente após a<br />

colocação. As taxas de sucesso e os valores de torque máximo de remoção (RTVs)<br />

de 412 <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s foram registra<strong>dos</strong> e compara<strong>dos</strong> imediatamente após a<br />

colocação, três dias após a colocação, e um, seis e 10 semanas após a colocação.<br />

Os <strong>da</strong><strong>dos</strong> foram estu<strong>da</strong><strong>dos</strong> utilizando, análise de regressão múltipla para avaliar as<br />

diferenças em relação ao tratamento de superfície, a carga e os perío<strong>dos</strong> de<br />

ativação. As comparações múltiplas pelo método de Scheffé foram realiza<strong>da</strong>s para<br />

avaliar os perío<strong>dos</strong> de ativação subsequentes. Treze <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s falharam durante<br />

34


o período experimental. Os do grupo SAE tiveram maior valor do torque máximo de<br />

remoção que o grupo usinado. No entanto, não houve diferença significativa entre<br />

RTVs ativa<strong>dos</strong> e não ativa<strong>dos</strong>. Ambos os <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s SAE e usina<strong>dos</strong> podem ser<br />

ativa<strong>dos</strong> imediatamente e as taxas de sucesso <strong>da</strong>s experiências foram semelhantes.<br />

RTVs foram maiores para os <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s SAE do que para os <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s<br />

usina<strong>dos</strong>. Mo et al avaliaram que, para ativação imediata, <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s SAE podem<br />

fornecer melhor retenção do que <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s usina<strong>dos</strong>.<br />

3.4 OSSEOINTEGRAÇÃO<br />

Rinaldi et al (2010) descreveram a estrutura <strong>da</strong> interface entre teci<strong>dos</strong><br />

periodontais e <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s de titânio em mandíbulas de ratos. Foram<br />

confecciona<strong>dos</strong> para este estudo comercialmente <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s de titânio 1,4mm de<br />

comprimento e 1,2mm de diâmetro. No experimento foram seleciona<strong>dos</strong> 24 ratos<br />

machos Wistar, pesando 350g e 3 meses de i<strong>da</strong>de. Os <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s de titânio<br />

foram inseri<strong>dos</strong> entre as raízes vestibulares do primeiro molar inferior. Após 21, 30,<br />

45, 60, 90 e 120 dias de implantação, a porção mandibular foi removi<strong>da</strong> e fixa<strong>da</strong> em<br />

um tampão de cacodilato de glutaraldeído 2% + 2,5% de formaldeído. O material foi<br />

descalcificado e processado para a varredura e microscopia eletrônica de<br />

transmissão. A análise ultraestrutural revelou que uma fina cama<strong>da</strong> de cemento foi<br />

forma<strong>da</strong> em tempos mais longos após a inserção nas áreas em que o ligamento<br />

periodontal estava em contato com o <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>. Ficou concluído que a formação<br />

de tecido ósseo em contato com a superfície do <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong> sugere que há<br />

osseointegração.<br />

Lombardo et al (2010) testaram a hipótese de que o osso palatino não é<br />

capaz de suportar <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s de titânio (11mm de comprimento e 2mm de<br />

35


diâmetro), quando submetido a forças, durante o tratamento <strong>ortodôntico</strong>. O ósseo<br />

com <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s inseri<strong>dos</strong> foram analisa<strong>dos</strong> usando o software ANSYS<br />

Multiphysics 10,0; testes foram feitos em ambos os esta<strong>dos</strong> de osseointegração total,<br />

e na ausência dela. Os cálculos foram realiza<strong>dos</strong> nas áreas onde os <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s<br />

foram inseri<strong>dos</strong>, em regiões diferentes do palato. A primeira foi ancora<strong>da</strong> em uma<br />

cama<strong>da</strong> de osso cortical e no osso trabeculado, no segundo, duas cama<strong>da</strong>s de osso<br />

cortical e do osso trabeculado. Os autores concluíram que os <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s<br />

inseri<strong>dos</strong> no palato podem ser fixa<strong>dos</strong> ao osso e ativa<strong>dos</strong> dentro <strong>da</strong> faixa normal<br />

<strong>ortodôntico</strong>, sem ultrapassar os níveis de estresse que levam a fraturas ósseas. O<br />

sistema osseointegrado foi caracterizado por um menor nível de estresse do que o<br />

sem osseointegração, mas ancoragem de osso cortical com duas cama<strong>da</strong>s reduziu<br />

acentua<strong>da</strong>mente o stress no osso trabeculado, melhorando assim a estabili<strong>da</strong>de do<br />

<strong>implante</strong>, também na ausência de osseointegração. A hipótese é rejeita<strong>da</strong>. Mini-<br />

<strong>implante</strong>s ativa<strong>dos</strong> para ortodontia não excedem os níveis de estresse que levam a<br />

fraturas ósseas.<br />

3.5 MECÂNICAS DOS MINI-IMPLANTES<br />

3.5.1 RETRAÇÃO<br />

Upadhyay et al (2009) analisaram os efeitos do tecido ósseo, dentário e a<br />

retração <strong>dos</strong> dentes anteriores superiores com <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong> para ancoragem.<br />

Foram avalia<strong>dos</strong> 35 indivíduos do gênero fe<strong>mini</strong>no (na faixa etária de 9,6-30,5 anos)<br />

com maloclusão Classe II divisão 1 de Angle na dentição permanente. To<strong>dos</strong> os<br />

indivíduos apresentavam o molar e o canino em Classe II e com overjet ≥ 7 mm.<br />

Vinte e três indivíduos foram seleciona<strong>dos</strong> com base nos seguintes critérios de<br />

36


inclusão adicionais: a i<strong>da</strong>de mínima para o início do tratamento, de 14 anos, máximo<br />

de retração <strong>dos</strong> dentes anteriores superiores, sem história de hábito de chupar o<br />

dedo, respiração bucal, tratamento <strong>ortodôntico</strong> anterior, o mínimo de apinhamento<br />

no arco inferior. To<strong>dos</strong> os indivíduos e / ou responsáveis foram informa<strong>dos</strong> sobre o<br />

objetivo deste estudo e assinaram um termo de consentimento. Com base no<br />

diagnóstico <strong>da</strong> mal oclusão, a extração <strong>dos</strong> primeiros pré-molares superiores<br />

combinado com ancoragem máxima <strong>dos</strong> dentes posteriores foi indicado em to<strong>da</strong>s os<br />

casos. A ancoragem máxima foi basea<strong>da</strong> na necessi<strong>da</strong>de de restringir o movimento<br />

mesial <strong>dos</strong> dentes posteriores para que o overjet excessivo fosse resolvido, através<br />

de retração completa <strong>dos</strong> dentes anteriores superiores. O tratamento consistiu na<br />

mecânica de retração <strong>dos</strong> dentes anteriores. O <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong> foi inserido entre as<br />

raízes do primeiro molar superior e segundo pré-molar. Uma força de 150 g foi<br />

aplica<strong>da</strong>, bilateralmente. Os efeitos do tratamento foram analisa<strong>dos</strong> em<br />

telerradiografias laterais e modelos de estudo em T1 (antes do início <strong>da</strong> retração) e<br />

em T2 (após o encerramento do espaço total). Os dentes anteriores superiores<br />

apresentaram retração significativa (5,18 ± 2,74 mm) e intrusão (1,32 ± 1,08 mm). O<br />

primeiro molar superior também mostrou algum movimento distal e intrusão, mas<br />

este não foi significativo. Os lábios superiores e inferiores foram retraí<strong>dos</strong> por<br />

2,41mm e 2,73mm respectivamente. O tempo médio registrado para o fechamento<br />

do espaço foi de 9,4 meses. To<strong>dos</strong> os pacientes toleraram bem os <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s<br />

durante a fase de retração. Dois <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s foram perdi<strong>dos</strong> durante as fases<br />

iniciais do estudo, mas foram posteriormente substituí<strong>dos</strong>. A taxa de sucesso foi de<br />

95,7%. Em dois indivíduos a retração foi interrompi<strong>da</strong> por três semanas devido à<br />

inflamação ao redor do <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>. Foi intensifica<strong>da</strong> a higiene bucal e a retração<br />

foi retoma<strong>da</strong> assim que a inflamação cessou. A possibili<strong>da</strong>de de utilização <strong>dos</strong> <strong>mini</strong>-<br />

37


<strong>implante</strong>s como uma alternativa à cirurgia ortognática, em casos limite deve ser mais<br />

explora<strong>da</strong> no futuro. Foi concluído pelos autores que <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s coloca<strong>dos</strong> no<br />

osso maxilar para ancoragem esquelética intrabucal absoluta ajudou a produzir<br />

níveis satisfatórios de alterações esqueléticas, dentárias e no tecido mole em<br />

pacientes com mal oclusão Classe II de Angle.<br />

3.5.2 INTRUSÃO<br />

Xun et al (2007) avaliaram a eficácia <strong>dos</strong> <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s para ancoragem<br />

ortodôntica na intrusão <strong>dos</strong> dentes posteriores em casos de mordi<strong>da</strong> aberta<br />

esquelética. Foram avalia<strong>dos</strong> 12 indivíduos (na faixa etária entre 14,3-27,2 anos,<br />

média 18,7 anos). Os critérios de seleção para o estudo foram: crescimento do<br />

paciente concluído ou parcialmente concluído, face longa com mordi<strong>da</strong> aberta<br />

anterior e relação leve Classe II esquelética, não aceitação <strong>da</strong> cirurgia ortognática e<br />

o paciente ter recebido previamente a extração <strong>dos</strong> pré-molares ou molares. To<strong>dos</strong><br />

os indivíduos apresentavam um padrão de Classe II esquelética e crescimento<br />

posterior mandibular excessivo. Mini-<strong>implante</strong>s autoperfurantes foram inseri<strong>dos</strong> na<br />

região posterior do palato e na vestibular entre os molares inferiores. Barra<br />

transpalatina e arco lingual foram usa<strong>dos</strong> para evitar o giro <strong>dos</strong> molares durante a<br />

intrusão. Uma força de 150 g foi aplica<strong>da</strong> aos <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s de ca<strong>da</strong> lado. Duas<br />

semanas após o <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>, o tratamento de ativação foi iniciado.<br />

Teleradiografias laterais de to<strong>dos</strong> os indivíduos foram tira<strong>da</strong>s antes e imediatamente<br />

após a conclusão <strong>da</strong> intrusão. As radiografias cefalométricas foram mensura<strong>da</strong>s e<br />

compara<strong>da</strong>s. Os resulta<strong>dos</strong> mostraram que a mordi<strong>da</strong> aberta anterior foi corrigi<strong>da</strong><br />

em uma média de 6,8 meses. Os molares superiores e inferiores foram intruí<strong>dos</strong><br />

numa média de 1,8mm e 1,2mm, respectivamente. Os autores avaliaram que o<br />

38


ângulo do plano mandibular foi reduzido em 2,3° o que levou a uma rotação anti-<br />

horária <strong>da</strong> mandíbula, com uma diminuição significativa <strong>da</strong> altura facial anterior<br />

(média de 1,8 mm). Mini-<strong>implante</strong> para ancoragem tem as vantagens de ser um<br />

procedimento mais simples, pouco invasivo, e requer a cooperação mínima do<br />

paciente.<br />

3.5.3 DISTALIZAÇÂO<br />

Park et al (2005) quantificaram os efeitos do tratamento de distalização <strong>dos</strong><br />

molares superiores e inferiores, utilizando <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s. A taxa de sucesso clínico<br />

e as considerações para a utilização <strong>dos</strong> <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s também foram avalia<strong>da</strong>s. O<br />

estudo foi avaliado através <strong>da</strong>s radiografias cefalométricas e modelos em gesso de<br />

13 indivíduos que haviam sido submeti<strong>dos</strong> a tratamento <strong>ortodôntico</strong> e foram trata<strong>dos</strong><br />

sem extrações (com exceção de um indivíduo que tinha sido tratado com extração<br />

do primeiro pré-molar superior e distalização <strong>dos</strong> dentes inferiores). Onze indivíduos<br />

tiveram <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s mandibulares para distalizar to<strong>da</strong> a dentição mandibular.<br />

Quatro indivíduos tiveram <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s maxilar, enquanto dois destes quatro<br />

indivíduos tiveram ambos <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s. A i<strong>da</strong>de média <strong>dos</strong> indivíduos foi de 17,9 ±<br />

5,7 anos (máxima: 28 anos e três meses; mínima: 11 anos). Os primeiros pré-<br />

molares e primeiros molares superiores apresentaram movimento de distalização,<br />

sem movimento distal <strong>dos</strong> dentes anteriores. Os primeiros pré-molares, primeiros e<br />

segun<strong>dos</strong> molares inferiores apresentaram movimento de distalização e não houve<br />

movimento significativo <strong>dos</strong> incisivos inferiores. Ficou concluído pelos autores que a<br />

taxa de sucesso do <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong> foi de 90% durante um período de aplicação média<br />

de 12,3 ± 5,7 meses. Os resulta<strong>dos</strong> demonstraram eficácia <strong>dos</strong> <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s como<br />

ancoragem para um grupo de dentes no movimento de distalização.<br />

39


4 DISCUSSÃO<br />

Para utilizar um <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong> deve ser analisado previamente o local<br />

ideal. Segundo Gracco et al (2008) a área do palato mais espessa do osso foi<br />

encontra<strong>da</strong> na parte anterior, na região <strong>da</strong> sutura e nas áreas paramedianas. Locais<br />

ideais para inserção de <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s. Porém a região posterior apesar <strong>da</strong> sua<br />

espessura reduzi<strong>da</strong>, é também adequa<strong>da</strong> para inserção de <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s.<br />

Monnerat et al (2009) avaliaram que a melhor área na mandíbula foi encontra<strong>da</strong><br />

entre as raízes <strong>dos</strong> primeiros e segun<strong>dos</strong> molares. Entre os incisivos, primeiros pré-<br />

molares e caninos a colocação interradicular <strong>dos</strong> <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s não é viável. Hu et<br />

al (2009) e Fayed et al (2010), concor<strong>da</strong> que na mandíbula o local ideal para<br />

inserção de <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s é entre as raízes <strong>dos</strong> primeiros e segun<strong>dos</strong> molares.<br />

Fayed et al (2010) determinaram locais e condições ideais para colocação<br />

<strong>dos</strong> <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s. Na maxila foi entre pré-molares na face vestibular e na palatina<br />

entre incisivos centrais e laterais. Gênero e faixa etária alteram as medi<strong>da</strong>s<br />

anatômicas e devem ser leva<strong>da</strong>s em consideração durante escolha do <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>.<br />

Eliades et al (2009), Zang et al (2010) e Serra et al (2007) concor<strong>da</strong>m que<br />

para se obter uma ancoragem absoluta, melhor estabili<strong>da</strong>de e osseointegração <strong>dos</strong><br />

<strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s, a ativação ortodôntica não deva ser imediata. Porém, Freire et al<br />

(2007), assim como Luzi et al (2007) acreditam que carga imediata ou tardia e<br />

intensi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> carga não afetam a performance <strong>dos</strong> <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s. Song et al<br />

(2010) concor<strong>da</strong> que gênero fe<strong>mini</strong>no e masculino mostram uma diferença na<br />

espessura óssea.<br />

Lim et al (2008) e Wilmes et al (2009) acreditam que o torque de inserção<br />

é alterado pelo diâmetro externo, comprimento e forma do <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>. O aumento<br />

40


do diâmetro do parafuso pode reforçar a estabili<strong>da</strong>de inicial do <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>. Outros<br />

fatores, tais como inflamação <strong>dos</strong> teci<strong>dos</strong> moles circun<strong>da</strong>ntes, as características do<br />

osso, espessura <strong>da</strong> mucosa e procedimento cirúrgico incorreto devem ser<br />

considera<strong>dos</strong> os determinantes de falha clínica. (Luzi et al 2007).<br />

Quanto maior a profundi<strong>da</strong>de de inserção melhor será a estabili<strong>da</strong>de. E<br />

<strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s com diâmetros maiores pré-perfuração resultaram em menor torques<br />

de inserção. Porém deve ser considera<strong>da</strong> a proximi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> raiz no local implantado.<br />

Existe o risco de contato <strong>da</strong> raiz e lesão tecidual grave durante o procedimento de<br />

perfuração do <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>, podendo induzir a reabsorção radicular ou anquilose.<br />

Uso de pequenos <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s podem reduzir o contato <strong>da</strong> raiz e o <strong>da</strong>no tecidual.<br />

No entanto, o <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong> menor pode não ter uma estabili<strong>da</strong>de favorável. (Lee et<br />

al 2010).<br />

Mini-<strong>implante</strong> inserido em cortical óssea espessa tiveram melhor<br />

estabili<strong>da</strong>de do que aqueles inseri<strong>dos</strong> em cortical óssea fina. A diferença aumentou<br />

e tornou-se significante com o tempo de cicatrização maior. Maior tempo de<br />

cicatrização pode ser necessário se <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s são inseri<strong>dos</strong> em locais de<br />

cortical óssea fina, maior tempo de cicatrização, maior estabili<strong>da</strong>de. (Wei et al 2011).<br />

Houve relação significativa entre a espessura do osso cortical, inserção máxima,<br />

torque de remoção e tempo de implantação em ca<strong>da</strong> tipo de perfuração <strong>dos</strong> <strong>mini</strong>-<br />

parafusos. Song et al (2007) concluíram que o desenho <strong>da</strong> rosca do <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong><br />

deve ser escolhido de acordo com a espessura cortical do osso, pois o torque de<br />

inserção se altera de acordo com a espessura. Para Zhang et al (2010) para se obter<br />

uma ancoragem absoluta é necessário um tempo de cicatrização de quatro semanas<br />

antes <strong>da</strong> ativação ortodôntica.<br />

41


5 CONCLUSÃO<br />

a) As áreas mais seguras para colocação de <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s na maxila é entre o<br />

segundo pré-molar e primeiro molar e na mandíbula é entre as raízes <strong>dos</strong> primeiros<br />

e segun<strong>dos</strong> molares.<br />

b) Características do osso, espessura <strong>da</strong> mucosa, procedimento cirúrgico correto,<br />

ausência de inflamação gengival, gênero e faixa etária (alteram as medi<strong>da</strong>s<br />

anatômicas em certas áreas <strong>da</strong> maxila e <strong>da</strong> mandíbula), devam ser leva<strong>dos</strong> em<br />

conta na escolha <strong>dos</strong> <strong>mini</strong>-<strong>implante</strong>s.<br />

c) Carga imediata ou tardia e intensi<strong>da</strong>de não afetam a performance do <strong>mini</strong>-<br />

<strong>implante</strong>. Portanto não interfere na estabili<strong>da</strong>de. A carga imediata não deve ser<br />

considera<strong>da</strong> um fator de risco.<br />

42


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