Novos e velhos marcadores bioquímicos da função renal
Novos e velhos marcadores bioquímicos da função renal
Novos e velhos marcadores bioquímicos da função renal
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<strong>Novos</strong> e <strong>velhos</strong> <strong>marcadores</strong><br />
<strong>bioquímicos</strong> <strong>da</strong> <strong>função</strong> <strong>renal</strong>: uma<br />
abor<strong>da</strong>gem prática<br />
Caio M. M. de Cordova, PhD, PhD TEAC-SBAC<br />
1. Formação <strong>da</strong> urina<br />
Universi<strong>da</strong>de de Blumenau, SC<br />
Fisiologia Renal<br />
2. Regulação do equilíbrio hidroeletrolítico<br />
3. Regulação do equilíbrio ácido-base<br />
4. Excreção de dejetos do metabolismo proteico<br />
5. Função hormonal<br />
1. Calcitriol<br />
2. Renina<br />
3. Eritropoetina<br />
6. Conservação de proteínas<br />
Caio Cordova - cmcordova@furb.br<br />
1
Anatomia Renal<br />
Caio Cordova - cmcordova@furb.br<br />
Fisiologia Renal<br />
Caio Cordova - cmcordova@furb.br<br />
cortex<br />
medula<br />
4. Excreção do catabolismo proteico<br />
Mais de 15 compostos nitrogenados não-proteicos<br />
Uréia: 45%<br />
Aminoácidos: 20%<br />
Ácido úrico: 20%<br />
Creatinina: 5%<br />
Creatina: 1-2%<br />
Amônia: 0,2%<br />
Alteração dos níveis sanguíneos:<br />
Uréia: Uréia<br />
per<strong>da</strong> de 50% <strong>da</strong> <strong>função</strong> <strong>renal</strong><br />
NH 2<br />
O<br />
C<br />
NH 2<br />
2
Uréia<br />
Fisiologia Renal<br />
De-aminação dos Aas: amônia<br />
Fígado: amônia → uréia (menos tóxica)<br />
Interferentes:<br />
Dieta proteica, metabolismo hidratação do paciente,<br />
sangramento gastrintestinal<br />
↑ uréia:<br />
↑ catabolismo dos AAs (dieta rica em proteínas, <strong>da</strong>no tecidual,<br />
febre, terapia com corticosteróides ou tetraciclina, absorção de<br />
sangramento intestinal, ↑ hormônios tiroideanos, ↓ síntese proteica),<br />
desidratação<br />
↓ uréia:<br />
↓ <strong>da</strong> nutrição proteica, doença hepática severa, uso de<br />
androgênios e hormônios do crescimento, gravidez<br />
Ain<strong>da</strong> serve como medi<strong>da</strong> grosseira <strong>da</strong> <strong>função</strong> <strong>renal</strong><br />
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Aplicação Clínica<br />
Uréia ↑<br />
Causas Pré-renais:<br />
Problemas circulatórios renais:<br />
Insuficiência cardíaca congestiva, choque, hemorragia,<br />
desidratação, hipovolemia<br />
Causas Pós-renais:<br />
Obstrução<br />
Cálculos renais, tumores na bexiga ou na próstata,<br />
infecções severas<br />
Relação uréia:creatinina<br />
20: 1 – 30: 1 → Doença <strong>renal</strong> intrínseca com balanço<br />
nitrogenado estável<br />
>40:1 → causa pré-<strong>renal</strong> (remoção <strong>da</strong> uréia reduz-se mais do<br />
que <strong>da</strong> creatinina)<br />
Fisiologia Renal<br />
4. Excreção do catabolismo proteico<br />
Creatinina<br />
Derivado <strong>da</strong> creatina:<br />
Sintetiza<strong>da</strong> no fígado e pâncreas a partir de arginina,<br />
glicina e metionina<br />
Fosforil<strong>da</strong> no tecido muscular: reservatório de alta<br />
energia<br />
Converti<strong>da</strong> rapi<strong>da</strong>mente em ATP<br />
Creatina: 400 mg/100 g de músculo<br />
Conversão espontânea: creatinina (2% ao dia)<br />
Creatinina<br />
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Aplicação Clínica<br />
Proporcional à massa muscular<br />
Lixo do metabolismo muscular<br />
Filtra<strong>da</strong> livremente no gromérulo, secreta<strong>da</strong> muito pouco nos<br />
túbulos, não é reabsorvi<strong>da</strong><br />
Variabili<strong>da</strong>de biológica:
Fisiologia Renal<br />
4. Compostos nitrogenados não proteicos<br />
Ácido úrico<br />
derivado <strong>da</strong> oxi<strong>da</strong>ção <strong>da</strong>s purinas no fígado<br />
Reabsorvido (90%) no túbulo proximal e secretado no túbulo<br />
distal<br />
Insuficiência <strong>renal</strong> crônica avança<strong>da</strong>:<br />
↑ ácido úrico sérico<br />
Diuréticos tiazídicos, probenici<strong>da</strong> salicilatos em altas doses e<br />
fenilbutazona:<br />
↑ excreção de ácido úrico<br />
Eclâmpsia !<br />
Gota:<br />
Hiperuricemia, deposição tecidual de uratos insolúveis, ataques<br />
recorrentes de artrite, nefropatia e nefrolitíase<br />
Primária (erro inato do metabolismo) ou Secundária (↓ <strong>da</strong> TFG e <strong>da</strong><br />
secreção tubular, ↑ <strong>da</strong> destruição celular em leucemias, quimioterapia<br />
• Dosagem do ácido úrico<br />
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Métodos<br />
Enzimático (uricase)<br />
Oxi<strong>da</strong>ção do ácido úrico em alantoína, H 2 O 2 , CO 2<br />
Absorção diferencial:<br />
Ác. Úrico absorve em 290 nm, alantoína não<br />
Colorimétrico:<br />
Detecção do H 2O 2 com o-dianisidina, 3-metil-2-benzotiazolinona,<br />
N,N-dimetilalinina<br />
U.V.<br />
Oxi<strong>da</strong>ção do etanol em acetaldeído pelo H 2O 2, oxi<strong>da</strong>ção do<br />
acetaldeído e NADH em acetato e NAD + pela aldeído<br />
desidrogenase<br />
V.R.: soro<br />
homens 3,6 – 7,7 mg/dL (214 – 458 µmol/L)<br />
mulheres 2,5 – 6,8 mg/dL (149 – 405 µmol/L)<br />
Urina (colher com 20 mL de NaOH 10%)<br />
250 – 750 mg (1,49 – 4,46 mmol) / 24 hs.<br />
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5
• Dosagem <strong>da</strong> Uréia<br />
Métodos<br />
Nitrogênio ureico X uréia<br />
60 <strong>da</strong>ltons (total): 28 <strong>da</strong>ltons (N na uréia)<br />
multiplicar NU por 2,146<br />
Método enzimático U.V. (urease/glutamato<br />
desidrogenase):<br />
Uréia + H 2 O urease > (NH 4 ) 2 CO 3<br />
NH 4 + + ác. α-ceto-glutárico + NADH GLDH > ADP + H + + NAD +<br />
Reação cinética:<br />
NH 4 + endógeno (↓) é consumido rapi<strong>da</strong>mente<br />
V.R.: 10 – 36 mg/dL (1,8 – 6,1 mmol/L)<br />
• Dosagem <strong>da</strong> Uréia<br />
Interferentes<br />
Amônia (NH 3 )<br />
Insuficiência hepática<br />
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Métodos<br />
Contaminação bacteriana<br />
Detergentes comuns<br />
Lavação <strong>da</strong> “vidraria”<br />
Vit. C<br />
Reduz o H 2 O 2<br />
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6
Dosagem <strong>da</strong> creatinina<br />
• Reação de Jaffé (1886)<br />
Creatinina + picrato OH - > complexo de Janovski<br />
(vermelho- alaranjado)<br />
↑ Vit. C, piruvato, acetona, ác. acetoacético, levulose, glicose,<br />
aminohipurato, ác. úrico, proteínas, antibióticos<br />
↓ bilirrubina e hemoglobina<br />
Desproteinização<br />
Adsorção com sílica (Terra de Fuller, reagente<br />
de Lloyd)<br />
Cinético automatizado<br />
lipemia, bilirrubina e hemoglobina ↓ ↓ ↓<br />
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Dosagem <strong>da</strong> creatinina<br />
• Reação de Jaffé (1886)<br />
Cui<strong>da</strong>dos:<br />
Estabili<strong>da</strong>de do picrato alcalino<br />
Oxi<strong>da</strong>ção<br />
Temperatura<br />
Bi-reagente?<br />
Lineari<strong>da</strong>de<br />
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7
Dosagem <strong>da</strong> creatinina<br />
• Dosagem <strong>da</strong> creatinina urinária<br />
Reação de Jaffé<br />
Cinético automatizado<br />
Alta variabili<strong>da</strong>de em relação ao conteúdo proteico<br />
Observar a curva de reação !<br />
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Dosagem <strong>da</strong> creatinina<br />
Reação de Jaffé<br />
absorbância<br />
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tempo<br />
8
Rastreabili<strong>da</strong>de do Calibrador <strong>da</strong><br />
Creatinina<br />
• Creatinina: Creatinina<br />
• calibrador rastreável GC-ID/MS (IFCC)<br />
• Não altera interferências por (Jaffé):<br />
• Drogas<br />
• Substâncias endógenas<br />
– Glicose<br />
– Ceotácidos<br />
– Bilirrubina<br />
– Hemoglobina<br />
– Proteínas<br />
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Métodos<br />
• Dosagem <strong>da</strong> creatinina<br />
Método Enzimático:<br />
creatinina amidohidrolase (creatinase ou creatinina hidrolase);<br />
creatinina deaminase (creatinina iminohidrolase) – oxi<strong>da</strong>ção do<br />
NADH<br />
V.R.:
Filtração gromerular<br />
• Testes de Clearance<br />
Volume de plasma do qual uma substância pode ser<br />
completamente elimina<strong>da</strong> na urina numa uni<strong>da</strong>de de tempo<br />
Mede a filtração gromerular ou a secreção tubular<br />
O melhor teste para avaliar <strong>da</strong>no gromerular difuso leve à<br />
moderado<br />
Ideal para medir a TFG:<br />
susbtância filtra<strong>da</strong> livremente mas não secreta<strong>da</strong>,<br />
reabsorvi<strong>da</strong>, degra<strong>da</strong><strong>da</strong> ou sintetiza<strong>da</strong> pelos túbulos<br />
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Métodos<br />
• Clearance de Inulina<br />
Uma polifrutose que tem as carraterísticas<br />
ideais para medir a TFG<br />
Deve ser introduzi<strong>da</strong> por infusão venosa<br />
Raramente utiliza<strong>da</strong><br />
Gold stan<strong>da</strong>rd para valores de referência<br />
Semelhante: iotalamato<br />
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10
• Clearance de Creatinina<br />
Métodos<br />
Endógena, filtra<strong>da</strong> livremente, variabili<strong>da</strong>de biológica pequena,<br />
secreta<strong>da</strong> pelos túbulos<br />
Superestima a TFG em 15% em indivíduos normais<br />
Situações de proteinúria intensa: ↑ secreção de creatinina, pode<br />
superestimar a TGF em 100% !<br />
Cui<strong>da</strong>dos:<br />
coletar a urina de 24 hs. corretamente<br />
Não esquecer do sangue !<br />
Corrigir o resultado com a superfície do indivíduo (nomogramas ou Fórmula<br />
de DuBois):<br />
Superfície = Peso (kg) 0,425 x Altura0,725 x 0,007184<br />
Clearance corrigido:<br />
C (mL/min./1,73 m2 )= C ur x V (mL) x 1 x 1,73<br />
C soro t(min.) S<br />
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V.R.<br />
• Clearance de Creatinina<br />
I<strong>da</strong>de<br />
2-30 dias: 40-58 mL/min./1,73 m 2<br />
1-6 meses: 57-97 mL/min./1,73 m 2<br />
7-12 meses: 81-125 mL/min./1,73 m 2<br />
1-3 anos: 96-138 mL/min./1,73 m 2<br />
4-12 anos: 122-154 mL/min./1,73 m 2<br />
Mulher > 12 anos: 70-130 mL/min./1,73 m 2<br />
Homem > 12 anos: 75-130 mL/min./1,73 m 2<br />
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11
• Creatinina isola<strong>da</strong>*<br />
Cockcroft-Gault<br />
Estimativa <strong>da</strong> TFG<br />
Depuração de creatinina = [(140 - i<strong>da</strong>de) x peso]/creatinina sérica x 72 (x 0,85 para<br />
mulheres)<br />
MDRD (fórmula completa)<br />
TFG = 170 x creatinina sérica -0,999 x i<strong>da</strong>de -0,176 x BUN -0,170 x albumina sérica 0,318 x 0,762<br />
(se mulher) x 1,18 (se afro-americano)<br />
MDRD (fórmula simplifica<strong>da</strong>)<br />
TFG = 186 x creatinina sérica -1,154 x i<strong>da</strong>de -0,203 x 0,742 (se mulher) x 1,212 (se afro-<br />
americano)<br />
* Não são aplicáveis a pacientes que se encontrem em situação de instabili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> <strong>função</strong><br />
<strong>renal</strong>, ou IR agu<strong>da</strong><br />
J Bras Nefrol, Vol XXVI - nº 3 - Supl. 1 - 2004<br />
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Calibrador rastreável (IDMS) e eTFG<br />
• Calibrador IDMS fornece resultados de creatinina 10-20% 10 20%<br />
menores<br />
• Algumas Fórmulas corrigi<strong>da</strong>s (IDMS-rastreáveis<br />
(IDMS rastreáveis) ) estão<br />
disponíveis: disponíveis<br />
• MDRD 4-parametros<br />
4 parametros (adultos adultos)<br />
• CKD-EPI CKD EPI (adultos adultos)<br />
• Interim Schwartz (crianças ( crianças)<br />
• Equações corrigi<strong>da</strong>s para métodos enzimáticos<br />
• Não há versão corrigi<strong>da</strong> para MDRD 6-parametros<br />
6 parametros, Cockcroft- Cockcroft<br />
Gault, Gault,<br />
Schwartz original ou outras equações<br />
• Superestimam a TFG<br />
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12
Qual equação usar para adultos?<br />
MDRD (1999, 2006 para calibração com IDMS)<br />
• Subestima a TFG nos estágio iniciais (1 e 2)<br />
• Não confiável para eTFG >60 mL/min/1.73m 2<br />
CKD-EPI (2009)<br />
• Mais exata que a TFG medi<strong>da</strong><br />
• Comprova<strong>da</strong> por 26 estudos, com subgrupos (i<strong>da</strong>de,<br />
sexo, etnia, diabetes, transplante…)<br />
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MDRD: eTFG = 186*(0,742 se mulher)*(1,212 se negro)*creatinina-1,153*i<strong>da</strong>de-0.203<br />
CKD-EPI: eTFG = 141 x min(Creat/k, 1) a x max(Creat/k, 1)-1.209 x 0.993 i<strong>da</strong>de x 1,018 [se<br />
mulher] x 1,159 [se negro]<br />
k= 0,7 p/ mulher e 0,9 p/homens; a = -0,329 p/ mulher e -0,411 p/ homens;<br />
• http://www.nephromatic.com/egfr.php<br />
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13
O NKDEP recomen<strong>da</strong> relatar a eTFG<br />
com a creatinina<br />
Percent of laboratories reporting eGFR<br />
100<br />
90<br />
80<br />
70<br />
60<br />
50<br />
40<br />
30<br />
20<br />
10<br />
0<br />
3<br />
CAP Chemistry Survey Participants<br />
20<br />
50<br />
2003 2005 2007 2008 2009 2010<br />
College of American Pathologists Survey C-B 2010<br />
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Efeitos de relatar a eTFG<br />
• Estudo em Alberta, Cana<strong>da</strong> (n = 1,1 M)<br />
• Aumento de 68% de busca ao nefrologista<br />
• 62% tinham eTFG
• Proteinúria<br />
Proteinúria<br />
• Preferencialmente de 24 hs<br />
• Relação Proteína/Creatinina<br />
• Ref.: < 200 mg/g<br />
• Qual método usar ?<br />
• Ácido sulfosalicílico 3%<br />
• Mais sensível para albumina (4x mais)<br />
• Ácido tricloroacético 20%<br />
• Albumina ~ globulinas<br />
• Vermelho de Pirogalol<br />
• Albumina ~ globulinas<br />
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FIltração gromerular<br />
Ultrafiltrado: 10 mg/L de albumina<br />
140 L/dia = 1,4 L/dia<br />
Sangue: 45.000 mg/L de albumina<br />
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J Bras Patol Med Lab 41(2): 99-103, 2005.<br />
Slide cortesia de Glen Hortin<br />
15
Reabsorção de 99% <strong>da</strong><br />
Albumina<br />
Albumina<br />
10 mg/L em 140 L<br />
↓<br />
10 mg/L em 1.4 L<br />
Reabsorção de 99% <strong>da</strong><br />
água e outras subst.<br />
Concentração dos<br />
dejetos na urina<br />
• Microalbuminúria<br />
Processos tubulares<br />
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Microalbuminúria<br />
• Albuminúria entre 30 e 300 mg/24 hs<br />
• Ou relação albumina/creatinina (RAC)<br />
• 30-300 mg/g Creatinina<br />
• (segun<strong>da</strong> urina <strong>da</strong> manhã)<br />
• Falso (+) de 11 a 32%<br />
• Nefropatia diabética<br />
• Aterosclerose<br />
• Imunoturbidimetria ou nefelometria ?<br />
• Sensibili<strong>da</strong>de x pró-zona !<br />
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Tamm-<br />
Horsfall<br />
Enzimas<br />
Proteases<br />
Peptídeos<br />
Exosomos<br />
Slide cortesia de Glen Hortin<br />
J Bras Patol Med Lab 41(2): 99-103, 2005.<br />
16
• Microalbuminúria<br />
• Microalbuminúria<br />
• Dificul<strong>da</strong>des<br />
Microalbuminúria<br />
mg/L mg/L<br />
mg/dl<br />
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Microalbuminúria<br />
• Coleta <strong>da</strong> urina de 24 hs<br />
• Valor de corte único empírico (30 mg/g)<br />
• Variações em rel. a sexo, i<strong>da</strong>de, etnia, exercício…<br />
• Amostra isola<strong>da</strong> – qual usar?<br />
• Primeiro jato, amostra aleatória<br />
• RAC varia menos com primeira urina <strong>da</strong> manhã.<br />
Caio Cordova - cmcordova@furb.br<br />
Nephrol Dial Transplant (2009) 24: 717–718<br />
17
CV intra-individual (%)<br />
100<br />
80<br />
60<br />
40<br />
20<br />
0<br />
Qual amostra de urina usar ?<br />
CVs intra-individuais<br />
intra individuais<br />
P = 0.58<br />
P = < 0.01<br />
P = < 0.01<br />
24-hs 1ª (manhã) Outras (manhã)<br />
Albumina/creatinina<br />
Caio Cordova - cmcordova@furb.br<br />
N=250<br />
Hipertensão estável<br />
Witte, Gansevoort et al, JASN 2009;20:436-43 Slide cortesia de Greg Miller<br />
• Microalbuminúria<br />
• Dificul<strong>da</strong>des<br />
Microalbuminúria<br />
• Estabili<strong>da</strong>de<br />
• Albuminia adsorve à superfícies plásticas !<br />
• Impacto ?<br />
• Proteases na amostra<br />
• Estável 7 dias a 4ºC<br />
• a -20ºC não há certeza Nephrol Dial Transplant (2009) 24: 717–718<br />
Caio Cordova - cmcordova@furb.br<br />
18
Microalbuminúria<br />
• Falta de calibradores rastreáveis para urina<br />
Todos calibram com Albumina sérica (CRM 470, Institute for<br />
Reference Materials and Measurements, Belgium) diluí<strong>da</strong> (em que?)<br />
• Qual albumina dosar?<br />
• Liga<strong>da</strong> à acidos graxos, bilirrubina, hormônios, íons, drogas<br />
• Forma dímeros consigo mesma e conjuga com outras moléculas (grupos tiol)<br />
• É glica<strong>da</strong> em vários graus<br />
• Fragmentos truncados identificados no plasma e na urina<br />
• A filtração gromerular depende do tamanho e <strong>da</strong> carga <strong>da</strong> molécula<br />
• Qual epítopo o seu imunoensaio detecta?<br />
• Ao menos 5 sítios antigênicos<br />
• Formas não imunogênicas de albumina presente<br />
• Sugestões:<br />
Caio Cordova - cmcordova@furb.br<br />
Microalbuminúria<br />
• Mu<strong>da</strong>r o termo para: Albumina urinária<br />
• Macroalbuminúria: forma grande?<br />
• Microalbuminúria: forma pequena de albumina?<br />
• Termo deriva <strong>da</strong> sensibili<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s tiras de urina<br />
• Acarretou no V.R. arbitrário<br />
• Não necessariamente reflete a condição clínica<br />
• Padronizar o laudo (ao menos por regiões)<br />
• mg/g ?<br />
Caio Cordova - cmcordova@furb.br<br />
Nephrol Dial Transplant (2009) 24: 717–718<br />
19
Normal<br />
Cenceito <strong>da</strong> Doença Renal<br />
Risco<br />
aumentado<br />
Hipertensão<br />
Anemia<br />
Malnutrição<br />
Desordem ósseas<br />
Dano ↓ TFG<br />
Complicações<br />
Complica Complicações ões<br />
Estágio: 1 2 3 4 5<br />
Falência<br />
Renal<br />
DCV<br />
TFG: ≥90 60-89 30-59 15-29 30 mg/g<br />
eTFG<br />
3 meses<br />
National Kidney Foun<strong>da</strong>tion. K/DOQI Clinical Practice Guidelines for Chronic Kidney Disease: Evaluation, Classification and<br />
Stratification. Am J Kid Dis 2002;39 (suppl 1): S1-S266. (Slide cortesia de Greg Miller)<br />
Caio Cordova - cmcordova@furb.br<br />
Mortali<strong>da</strong>de x eTFG ou albuminuria<br />
To<strong>da</strong>s as causas: eTFG<br />
Cardiovascular: eTFG<br />
21 cohorts<br />
Gen population<br />
N = 1.2 M<br />
All-cause mortality: ACR<br />
15 30 45 60 75 90 105 120 2.5 5 10 30 300 1000<br />
eTFG (mL/min/1.73m ACR (mg/g)<br />
2 )<br />
www.thelancet.com online 18/05/2010 DOI:10.1016/S0140-6736(10)60674-5<br />
Caio Cordova - cmcordova@furb.br<br />
Cardiovascular mortality: ACR<br />
20
Mortali<strong>da</strong>de x eTFG ou albuminuria<br />
To<strong>da</strong>s as causas : eTFG<br />
Cardiovascular: eTFG<br />
21 cohorts<br />
Gen population<br />
N = 1.2 M<br />
To<strong>da</strong>s as causas : RAC<br />
Cardiovascular: RAC<br />
15 30 45 60 75 90 105 120 2.5 5 10 30 300 1000<br />
eTFG (mL/min/1.73m RAC (mg/g)<br />
2 )<br />
www.thelancet.com online 18/05/2010 DOI:10.1016/S0140-6736(10)60674-5<br />
Caio Cordova - cmcordova@furb.br<br />
Among laboratory CV, %<br />
Precisão dos Imunoensaios<br />
30<br />
25<br />
20<br />
15<br />
10<br />
CAP Survey, dentre laboratórios, por método<br />
5<br />
0<br />
0 20 40 60 80 100<br />
Peer group mean, mg/L<br />
Caio Cordova - cmcordova@furb.br<br />
Inst. 1 (N=11)<br />
Inst. 2 (N=79)<br />
Inst. 3 (N=69)<br />
Inst. 4 (N=194)<br />
Inst. 5 (N=59)<br />
Inst. 6 (N=59)<br />
Inst. 7 (N=44)<br />
Inst. 8 (N=39)<br />
Inst. 9 (N=207)<br />
Inst. 10 (N=112)<br />
Inst. 11 (N=86)<br />
Inst. 12 (N=123)<br />
Inst. 13 (N=82)<br />
Inst. 14 (N=18)<br />
Inst. 15 (N=66)<br />
21
Albumina urinária – trabalho em an<strong>da</strong>mento<br />
Variabili<strong>da</strong>de intra-individual, requisitos para coleta de<br />
amostra, requisitos de desempenho <strong>da</strong>s metodologias<br />
Harmonização dos Imunoensaios comerciais, influência<br />
<strong>da</strong>s formas de albumina e <strong>da</strong> matriz <strong>da</strong> urina<br />
VR e limites de decisão clínica em relação à: i<strong>da</strong>de,<br />
sexo, etnia, co-morbi<strong>da</strong>des<br />
Desenvolvimento de um sistema de referência – JCTLM<br />
(Joint Committee for Traceability in Laboratory Medicine )<br />
• “<strong>Novos</strong>” <strong>marcadores</strong><br />
• Beta-2-microglobulina<br />
Beta microglobulina<br />
• Cistatina-C Cistatina<br />
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Br Med J (Clin Res Ed). 1981; 282(6258): 95–98<br />
• Inibidor de protease não glicosila<strong>da</strong> de baixo peso molecular<br />
(13KDa)<br />
• Menos interferentes que creatinina<br />
• massa muscular, sexo, certos antibióticos, bilirrubinas, cetonas<br />
• Monitoramento de transplantes<br />
Brasília Med 2009;46(1):46-53<br />
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eTFG com Cistatina C<br />
• Produzi<strong>da</strong> constantemente por to<strong>da</strong>s as células<br />
nuclea<strong>da</strong>s<br />
• Filtra<strong>da</strong> livremente pelo gromérulo<br />
• Completamente reabsorvi<strong>da</strong> e cataboliza<strong>da</strong> pelos<br />
túbulos proximais (quando quando funcionalmente intactos) intactos<br />
• Não secreta<strong>da</strong> pelos túbulos proximais<br />
• Influência mínima de massa muscular e dieta<br />
• Independente de i<strong>da</strong>de >1 ano<br />
• Excelente marcador para TFG<br />
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Marcadores renais em crianças (n=258)<br />
Cistatina-C Cistatina<br />
Creatinina<br />
Bokenkamp et al. Pediatr Nephrol 1998;12:125-9<br />
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Limitações <strong>da</strong> Cistatina C<br />
• Influencia<strong>da</strong> por dis<strong>função</strong> na tiróide e com glicocorticóides (e<br />
possivelmente em outras condições) condições<br />
• Influência por sexo ou etnia não muito certa<br />
• Não é um analito dosado frequentemente<br />
• Os resultados discor<strong>da</strong>m com métodos diferentes<br />
• Equações para eTRG foram sugeri<strong>da</strong>s mas: mas<br />
Está limita<strong>da</strong> ao método usado para desenvolver a equação<br />
Não vali<strong>da</strong>do em grande escala<br />
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Padronização <strong>da</strong> Cistatina C<br />
Grupo de trabalho IFCC (chair: A. Grubb)<br />
• Material de referência ERM-DA ERM DA 471/IFCC (IRMM)<br />
Cistatina C humana recombinante em pool de soro humano<br />
estabilizado e delipi<strong>da</strong>do<br />
Concentração: Concentração:<br />
5,48 ±0,15 mg/L<br />
Avaliação em processo<br />
Equação para eTFG em processo<br />
• Espera-se Espera se que os fabricantes estabeleçam a<br />
rastreabili<strong>da</strong>de com este novo MR<br />
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Performance analítica de 4 ensaios<br />
automatizados para a dosagem <strong>da</strong> Cistatina C<br />
• CV (%) medido/relatado (bula):<br />
5,0 / 2,4 ; 6,6 / 2,83 ; 8,9 / 2,3 ; 5,6 / 3,7<br />
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eTFG em crianças<br />
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Clin Chem 56(8): 1336-9, 2010<br />
• Mais afeta<strong>da</strong> pelo resultado mais baixo de Creatinina<br />
IDMS-rastreável<br />
IDMS rastreável<br />
• A combinação <strong>da</strong> calibração com IDMS e a não correção<br />
do baixo teor proteico (Jaffé Jaffé) ) pode resultar em eTFG até<br />
40% mais alta em crianças<br />
• Superestima a <strong>função</strong> <strong>renal</strong> <strong>da</strong>s crianças<br />
• A equação original de Schwartz, ou outras<br />
fórmulas pediátricas não podem ser usa<strong>da</strong>s com<br />
calibração IDMS-rastreável<br />
IDMS rastreável.<br />
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Nova equação pediátrica<br />
• Em desenvolvimento pelo projeto Chronic Kidney Disease<br />
in Children (CKiD CKiD) ) (PI - G. Schwartz)<br />
• TFG 10-90 10 90 mL/min/1.73m 2 medi<strong>da</strong> com iohexol (contraste contraste<br />
Omnipaque®)<br />
Omnipaque<br />
• Dosagem <strong>da</strong> creatinina por método enzimático com<br />
calibrador rastreável por IDMS<br />
• Poderá usar creatinina e cistatina C<br />
• A padronização <strong>da</strong>s dosagens <strong>da</strong> Cistatina C deverá<br />
acontecer antes <strong>da</strong> aplicação <strong>da</strong> nova equação. equação<br />
• Altura em cm.<br />
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Interim Schwartz<br />
eTFG = 0,41 * (altura ( altura / creatinina)<br />
• Creatinina em mg/dL – com método enzimático (sem sem<br />
influência do efeito <strong>da</strong>s proteínas séricas) séricas)<br />
com calibrador<br />
IDMS-rastreável<br />
IDMS rastreável<br />
• Pode ser usa<strong>da</strong> com qualquer método IDMS-rastreável<br />
IDMS rastreável<br />
• Aplicável de 15 a 80 mL/min/1,73m 2<br />
• Calculador disponível no site do NKDEP<br />
• Pacientes com IR modera<strong>da</strong><br />
Schwartz, et al. J Am Soc Nephrol 2009;20:629-637.<br />
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Obrigado pela<br />
atenção !<br />
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Declaração de conflitos de interesse<br />
• Empregador ou Chefia:<br />
Na<strong>da</strong> a declarar<br />
• Consultoria:<br />
Laboratório de Anal. Clin. Sta. Isabel, Blumenau, SC<br />
• Proprie<strong>da</strong>de de ações de empresas:<br />
Na<strong>da</strong> a declarar<br />
• Honorários recebidos:<br />
Na<strong>da</strong> a declarar<br />
• Financiamento:<br />
Na<strong>da</strong> a declarar<br />
• Perito legal:<br />
Na<strong>da</strong> a declarar<br />
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27
Caio M. M. de Cordova<br />
• Universi<strong>da</strong>de de Blumenau- Blumenau FURB<br />
Departamento de Ciências Farmacêuticas<br />
Tel.: (47) 3321-7318<br />
cmcordova@furb.br<br />
Caio Cordova - cmcordova@furb.br<br />
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