Saci Pererê
Saci Pererê
Saci Pererê
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CARACTERÍSTICAS:<br />
1.Não se tem muito conhecimento sobre a origem da atual aparência do <strong>Saci</strong>,<br />
sabe-se que é representado como sendo um negrinho de uma perna só ,com uma<br />
carapuça vermelha,que fuma um cachimbo .<br />
2.Seu principal divertimento é atrapalhar as pessoas para se perderem.<br />
3.A maneira para espantar o <strong>Saci</strong> é chamando-o pelo seu nome.A Lenda do<br />
<strong>Saci</strong> data do fim do século XVIII. Durante a escravidão, as amas-secas<br />
e os caboclos-velhos assustavam as crianças com os relatos das<br />
travessuras dele. Seu nome no Brasil é origem Tupi Guarani. Em muitas<br />
regiões do Brasil, o <strong>Saci</strong> é considerado um ser brincalhão enquanto que<br />
em outros lugares ele é visto como um ser maligno.É uma criança, um<br />
negrinho de uma perna só que fuma um cachimbo e usa na cabeça uma<br />
carapuça vermelha que lhe dá poderes mágicos, como o de desaparecer<br />
e aparecer onde quiser. Existem 3 tipos de <strong>Saci</strong>s: O <strong>Pererê</strong>, que é<br />
pretinho, O Trique, moreno e brincalhão e o Saçurá, que tem olhos<br />
vermelhos. Ele também se transforma numa ave chamada Matiaperê<br />
cujo assobio melancólico dificílmente se sabe de onde vem.Ele adora<br />
fazer pequenas travessuras, como esconder brinquedos, soltar animais<br />
dos currais, derramar sal nas cozinhas, fazer tranças nas crinas dos<br />
cavalos, etc. Diz a crença popular que dentro de todo redemoinho de<br />
vento existe um <strong>Saci</strong>. Ele não atravessa córregos nem riachos. Alguém<br />
perseguido por ele, deve jogar cordas com nós em seu caminho que ele<br />
vai parar para desatar os nós, deixando que a pessoa fuja. Diz a lenda<br />
que, se alguém jogar dentro do redemoinho um rosário de mato bento<br />
ou uma peneira, pode capturá-lo, e se conseguir sua carapuça, será<br />
recompensado com a realização de um desejo.<strong>Saci</strong>-<strong>Pererê</strong>Nomes<br />
comuns: <strong>Saci</strong>-Cererê, <strong>Saci</strong>-Trique, Saçurá, Matimpererê, Matintaperera, etc.<br />
Origem Provável: Os primeiros relatos são da Região Sudeste, datando do<br />
Século XIX, em Minas e São Paulo, mas em Portugal há relatos de uma entidade<br />
semelhante. Este mito não existia no Brasil Colonial.<br />
Entre os Tupinambás, uma ave chamada Matintaperera, com o tempo, passou a<br />
se chamar <strong>Saci</strong>-pererê, e deixou de ser ave para se tornar um caboclinho preto de<br />
uma só perna, que aparecia aos viajantes perdidos nas matas. Também de acordo<br />
com a região, ele sofre algumas modificações: Por exemplo, dizem que ele tem as<br />
mão furadas no centro, e que sua maior diversão é jogar uma brasa para o alto<br />
para que esta atravesse os furos. outros dizem que ele faz isso com uma moeda.<br />
Há uma versão que diz que o Caipora, é seu Pai. Dizem também que ele, na<br />
verdade eles, um bando de <strong>Saci</strong>s, costumam se reunir à noite para planejarem as<br />
travessuras que vão fazer. Ele tem o poder de se transformar no que quiser. É um<br />
duende idealizado pelos indígenas brasileiros como apavorante guardião das<br />
florestas. A princípio, era um curumim perneta, de cabelos avermelhados,<br />
encantador de crianças e adultos, que perturbava o silêncio das matas. Em<br />
contato com o elemento africano e a superstição dos brancos, recebeu o<br />
cognome de Taperê, <strong>Pererê</strong>, Sá Pereira, etc. Tornou-se negro, ganhou um<br />
gorro vermelho e um cachimbo na boca. Em alguns lugares, como às margens<br />
do rio São Francisco, adquiriu duas pernas e a personalidade de um demônio
ural que faz travessuras e gosta de enganar pessoas. É o famoso Romão ou<br />
Romãozinho. Na zona fronteiriça ao Paraguai, ele é um anão do tamanho de<br />
um menino de 7 a 8 anos, que gosta de roubar crianças dos povoados e largálas<br />
em lugar de difícil acesso. Talvez devido aos vestígios culturais trazidos<br />
pelos bandeirantes em suas andanças pelo sul do Brasil, o saci mineiro<br />
recebeu, além dessas qualidades do “Yasi Yateré” guarani, um bastão, laço ou<br />
cinto, que usa como a “vara de condão” das fadas européias. Sincretizado<br />
freqüentemente como o capeta, tem medo de rosários e de imagens de santos.<br />
Quando quer desaparecer, transforma-se num corrupio de vento.<br />
Todo o pessoal da floresta tem bronca do <strong>Saci</strong>. É que ele vive aprontando com os outros,<br />
como a gente sabe. É levado mesmo. Um dia deu um nó no rabo da onça.<br />
Outro dia passou batom vermelho na bocona do jacaré. E pra tirar foi um sufoco danado!<br />
Só dava aquela bocarra vermelha, com tanto dente branco dentro Mas, um belo dia,<br />
chegou a hora do troco O <strong>Saci</strong>-<strong>Pererê</strong> recebeu uma carta. Era um convite para ser<br />
entrevistado no programa do Jô Soares, em São Paulo.<br />
Ele ficou todo orgulhoso, claro!<br />
Seria o representante do folclore brasileiro, falando para o País inteiro, via satélite. Então,<br />
ele pensou em colocar uma roupa bem bonita e também um sapato chique, de verniz<br />
preto. Até comprou um gorro vermelho novo. No grande dia, ele se vestiu, passou<br />
perfume... Mas aí chegou a hora de colocar o sapato! Não tinha jeito. Todo mundo coloca<br />
o sapato ficando em pé na outra perna.<br />
Mas o <strong>Saci</strong> só tem uma perna, ora! Daí, pediu ajuda para a onça. Ela, é claro, deu a maior<br />
gargalhada! – Agora você vai ver que onça é pior que amigo da onça, seu bobão! – disse<br />
a pintada. Então o <strong>Saci</strong> foi pedir uma mãozinha para o jacaré.<br />
– Quiá, quiá, quiá! – riu o bicho com seu bocão cheio de dentes. – Se depender de mim,<br />
você vai descalço mesmo! E o <strong>Saci</strong> tentou de novo:<br />
– Ô dona Coruja, me ajuda a calçar este sapato, vai! É só unzinho.<br />
A coruja pensou e respondeu que só ia ajudar se o <strong>Saci</strong> prometesse não aprontar mais<br />
com ninguém. Ele já estava ficando atrasado pra sair. Desse jeito ia atrasar mais ainda o<br />
programa que já é atrasado sempre! Olha aqui, dona Coruja, eu vou dizer uma coisa pra<br />
senhora. Se eu ficar bonzinho e comportado, ninguém vai me reconhecer. A senhora vai<br />
acabar com o folclore, sabia? E era verdade. <strong>Saci</strong>-<strong>Pererê</strong> é <strong>Saci</strong>-<strong>Pererê</strong>!<br />
Então a coruja, muito sábia, ajudou e, de sapato e cheiroso, o <strong>Saci</strong> se mandou.<br />
Mas a verdade é que, com a coruja, ele nunca mais aprontou