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Métodos de avaliação do sêmen canino congelado - Colégio ...

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Car<strong>do</strong>so et al. <strong>Méto<strong>do</strong>s</strong> <strong>de</strong> <strong>avaliação</strong> <strong>do</strong> <strong>sêmen</strong> <strong>canino</strong> congela<strong>do</strong>.<br />

policlonais e CTC também po<strong>de</strong> ser utilizada para a <strong>avaliação</strong> da integrida<strong>de</strong> acrossomal (Brewis et al., 2001).<br />

Citometria <strong>de</strong> fluxo<br />

A citometria <strong>de</strong> fluxo é um méto<strong>do</strong> objetivo e acura<strong>do</strong> para a análise <strong>de</strong> células espermáticas, utilizan<strong>do</strong><br />

corantes fluorescentes sem adição <strong>de</strong> fixa<strong>do</strong>res. A citometria <strong>de</strong> fluxo é utilizada para a <strong>avaliação</strong> da integrida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> membrana plasmática (Peña et al., 1998b). A <strong>avaliação</strong> <strong>de</strong>sse parâmetro também po<strong>de</strong> ser realizada por meio<br />

da utilização <strong>de</strong> corantes fluorescentes em microscopia <strong>de</strong> fluorescência. No entanto, a citometria apresenta a<br />

vantagem <strong>de</strong> avaliar um maior número <strong>de</strong> células (10000) bem como a <strong>avaliação</strong> <strong>de</strong> outros parâmetros<br />

(morfologia geral <strong>do</strong> espermatozói<strong>de</strong> <strong>canino</strong>, integrida<strong>de</strong> <strong>de</strong> organelas específicas) (Peña et al., 1998b).<br />

Teste <strong>de</strong> termorresistência (TTR)<br />

A <strong>avaliação</strong> da longevida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s espermatozói<strong>de</strong>s in vitro po<strong>de</strong> ser realizada pelo teste <strong>de</strong><br />

termorresistência (TTR). Ström et al. (1997) acreditaram que a termorresistência pós-<strong>de</strong>scongelação po<strong>de</strong> ser<br />

mais baixa para o espermatozói<strong>de</strong> <strong>canino</strong>, <strong>do</strong> que para outras espécies. Além disso, observaram que o<br />

espermatozói<strong>de</strong> <strong>canino</strong> mesmo com uma baixa termorresistência não tem, necessariamente, um baixo potencial<br />

fertilizante, visto que o <strong>sêmen</strong> congela<strong>do</strong>, com o méto<strong>do</strong> CLONE, apresentou uma baixa termorresistência e<br />

mostrou índices <strong>de</strong> fertilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 59,3% e 86,4%, após inseminação vaginal e intra-uterina, respectivamente<br />

(Govette et al., 1996). Portanto, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> aos resulta<strong>do</strong>s divergentes a respeito <strong>de</strong> uma possível correlação entre o<br />

TTR e a fertilida<strong>de</strong> na espécie canina, ainda não é possível sugerir a aplicação <strong>de</strong>sse teste como um parâmetro<br />

confiável na <strong>avaliação</strong> <strong>do</strong> <strong>sêmen</strong> <strong>canino</strong>.<br />

Teste hipoosmótico<br />

O teste hipoosmótico (HOST) avalia a integrida<strong>de</strong> funcional da membrana espermática (Spittaler e<br />

Tyler, 1985), sen<strong>do</strong> essa importante para o metabolismo espermático. Esse teste consiste em submeter o<br />

espermatozói<strong>de</strong> <strong>canino</strong> a uma solução hiposmótica, verifican<strong>do</strong> o percentual <strong>de</strong> células que sofreram o processo<br />

<strong>de</strong> e<strong>de</strong>maciação manifesta<strong>do</strong> pelo percentual <strong>de</strong> caudas enroladas. Os espermatozói<strong>de</strong>s com caudas enroladas são<br />

aqueles que apresentam a membrana funcional (Jeyendran et al., 1984; Keel e Webster, 1990).<br />

England e Plummer (1993) verificaram uma correlação negativa entre a osmolarida<strong>de</strong> e a porcentagem<br />

<strong>de</strong> espermatozói<strong>de</strong>s <strong>canino</strong>s e<strong>de</strong>macia<strong>do</strong>s em soluções aquosas hiposmóticas à base <strong>de</strong> sacarose, frutose e citrato<br />

<strong>de</strong> sódio. Além disso, esses pesquisa<strong>do</strong>res <strong>de</strong>monstraram não existir correlação entre a porcentagem <strong>de</strong><br />

espermatozói<strong>de</strong>s e<strong>de</strong>macia<strong>do</strong>s e outros parâmetros seminais, tais como motilida<strong>de</strong> espermática, morfologia e<br />

porcentagem <strong>de</strong> vivos e mortos. Contrariamente, a e<strong>de</strong>maciação em resposta ao HOST já foi, positivamente,<br />

correlacionada com a motilida<strong>de</strong> espermática (Kumi-Diaka, 1993; Silva et al., 2006), e com a motilida<strong>de</strong> e a<br />

viabilida<strong>de</strong> (Rodriguez-Gil et al., 1994). Uma relação entre o HOST e a capacida<strong>de</strong> fertilizante <strong>do</strong><br />

espermatozói<strong>de</strong> <strong>canino</strong> ainda não foi observada, porém tem si<strong>do</strong> <strong>de</strong>monstrada em outras espécies, como bovinos<br />

e humanos (Revell e Mro<strong>de</strong>, 1994; Jeyedran et al., 1992)<br />

Avaliação ultra-estrutural por microscopia eletrônica<br />

É muito difícil <strong>de</strong>tectar os danos celulares associa<strong>do</strong>s à criopreservação (Hammerstedt et al., 1990).<br />

Microanálises por raio-X permitem a localização quantitativa <strong>do</strong>s elementos celulares na microscopia eletrônica<br />

(Rodriguez-Martinez e Ekwall, 1989). A integrida<strong>de</strong> da membrana plasmática e <strong>do</strong> acrossoma <strong>do</strong><br />

espermatozói<strong>de</strong> humano congela<strong>do</strong>, avalia<strong>do</strong> pela microscopia eletrônica, tem mostra<strong>do</strong> ser, positivamente,<br />

correlacionada com a fertilida<strong>de</strong> (Maha<strong>de</strong>van e Trounson, 1984).<br />

Utilizan<strong>do</strong> a microscopia eletrônica, Rodrigues-Martinez et al. (1993) observaram que o<br />

espermatozói<strong>de</strong> <strong>canino</strong> <strong>de</strong>scongela<strong>do</strong> apresenta um alto grau <strong>de</strong> danos no acrossoma, incluin<strong>do</strong> perda <strong>do</strong><br />

conteú<strong>do</strong>, rarefação e e<strong>de</strong>maciação, perda <strong>de</strong> material eletro<strong>de</strong>nso e vesiculação da membrana acrossomal.<br />

Porém, o plasmalema, aparentemente, permaneceu íntegro, na maioria <strong>do</strong>s casos. Esses autores sugeriram que tal<br />

fato po<strong>de</strong>ria ser a razão para a baixa porcentagem <strong>de</strong> anormalida<strong>de</strong>s no acrossoma, normalmente notificadas<br />

quan<strong>do</strong> se utiliza a microscopia <strong>de</strong> contraste <strong>de</strong> fase.<br />

Análise computa<strong>do</strong>rizada (CASA)<br />

A análise computa<strong>do</strong>rizada (CASA) permite uma <strong>avaliação</strong> objetiva e precisa, não somente sobre a<br />

proporção <strong>de</strong> células móveis em uma amostra <strong>de</strong> <strong>sêmen</strong>, mas também sobre a qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong> movimento das<br />

mesmas. As trajetórias <strong>do</strong> espermatozói<strong>de</strong>, individualmente, são <strong>de</strong>terminadas pela função flagelar e,<br />

Rev Bras Reprod Anim, Belo Horizonte, v.29, n.3/4, p.179-187, jul./<strong>de</strong>z. 2005. Disponível em www.cbra.org.br 182

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