RESISTÊNCIAS E LOTAÇÃO DOS TRENS - Engenharia de ...
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL<br />
ESCOLA DE ENGENHARIA – DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE<br />
PRODUÇÃO E TRANSPORTES<br />
<strong>RESISTÊNCIAS</strong> E <strong>LOTAÇÃO</strong> <strong>DOS</strong><br />
<strong>TRENS</strong><br />
Disciplina: Infra Ferro-hidro-aero-dutoviária (ENG 09030)<br />
Prof. Fernando Dutra MICHEL
INTRODUÇÃO<br />
Diferentemente do transporte rodoviário, on<strong>de</strong> o caminhão<br />
possui uma capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> carga pré-<strong>de</strong>terminada, tem-se na<br />
ferrovia a liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> acoplar vagões e locomotivas na<br />
composição <strong>de</strong> um comboio para adaptá-lo a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
transporte <strong>de</strong> carga ou passageiro ao traçado.<br />
A princípio, o cálculo do número <strong>de</strong> vagões e locomotivas que<br />
compõem a configuração <strong>de</strong> um trem leva em consi<strong>de</strong>ração a<br />
força <strong>de</strong> tração das locomotivas e a resistência ao<br />
movimento que todos os veículos oferecem.<br />
A força <strong>de</strong> tração <strong>de</strong> cada locomotiva <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do seu peso e<br />
potência. O peso é <strong>de</strong>cisivo para garantir a a<strong>de</strong>rência rodatrilho,<br />
evitando que a máquina patine.<br />
A resistência ao movimento po<strong>de</strong> ser dividida em normais (atrito<br />
do ar e das peças móveis) e aci<strong>de</strong>ntais (rampa, curva e inércia)
INTRODUÇÃO<br />
O cálculo da lotação é feito para o pior trecho do traçado, ou<br />
seja, aquele que apresenta o maior somatório <strong>de</strong> resistências e<br />
on<strong>de</strong> o trem <strong>de</strong>senvolve velocida<strong>de</strong> crítica.<br />
O equilíbrio se dá igualando-se o esforço trator com a<br />
resistência total da composição
MATERIAL RODANTE<br />
Locomotivas diesel-elétricas
MATERIAL RODANTE<br />
Locomotiva elétrica (aplicação no transporte <strong>de</strong> cargas)
MATERIAL RODANTE<br />
Locomotiva elétrica (aplicação no transporte <strong>de</strong> passageiros)
MATERIAL RODANTE
MATERIAL RODANTE
ESFORÇOS ATUANTES NAS FERROVIAS<br />
R<br />
N<br />
Ft = Força para locomover o trem<br />
R = Forças que resistem ao movimento<br />
N = Forças normais<br />
G = Força peso<br />
G<br />
Ft<br />
N
ESFORÇOS ATUANTES NAS FERROVIAS<br />
Fatores consi<strong>de</strong>rados na análise dos esforços<br />
• peso da carga + peso próprio do veículo (tara) =<br />
peso bruto total;<br />
• a via e suas características;<br />
• a força a ser aplicada ao peso bruto total <strong>de</strong> modo<br />
que o trem se movimente sobre a via.
on<strong>de</strong>:<br />
Força <strong>de</strong> Propulsão<br />
W: Trabalho [N.m ou J]<br />
W = F t S<br />
F: força propulsão[N]; e<br />
S: distância[m]<br />
on<strong>de</strong>:<br />
P = dW/dt = F t dS/dt = F t v<br />
F t =<br />
P<br />
V<br />
P: Potência [N.m.s -1 ]; v = velocida<strong>de</strong> [m/s]
Força <strong>de</strong> Propulsão<br />
• 1 hp = 745,7 W;<br />
• 1 m/s = 3,6 km/h;<br />
F t = N ;<br />
P = hp;<br />
V = km/h;<br />
F t=2.685<br />
P<br />
V
ESFORÇOS ATUANTES NAS FERROVIAS<br />
Eficiência na força <strong>de</strong> propulsão<br />
• A eficiência <strong>de</strong> uma transmissão indica a porção da<br />
potência <strong>de</strong> um motor que é efetivamente<br />
transformada em força propulsão, já que uma parte é<br />
perdida na transmissão.<br />
• Ft = força <strong>de</strong> tração [N]<br />
• P = potência [HP]<br />
• V = velocida<strong>de</strong> [km/h]<br />
Ft = η * 2685 * P / V<br />
• Para locomotivas diesel-elétricas: η = 0,81
ESFORÇOS ATUANTES NAS FERROVIAS<br />
Tração <strong>de</strong>vido a a<strong>de</strong>rência<br />
• Denomina-se por a<strong>de</strong>rência a resistência que se opõe ao<br />
escorregamento <strong>de</strong> um corpo sobre outro;<br />
• Po<strong>de</strong> ser entendido como um atrito existente antes do<br />
<strong>de</strong>slocamento, ou mesmo como um atrito estático;<br />
• Quando há o <strong>de</strong>slocamento, tem-se um atrito <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>slizamento entre as duas superfícies, que é menor que o<br />
primeiro.
ESFORÇOS ATUANTES NAS FERROVIAS<br />
Força <strong>de</strong> a<strong>de</strong>rência<br />
on<strong>de</strong>:<br />
F P<br />
a<br />
Fa – força <strong>de</strong> a<strong>de</strong>rência;<br />
P – peso bruto total;<br />
f – coeficiente <strong>de</strong> atrito do rolamento.<br />
f
ESFORÇOS ATUANTES NAS FERROVIAS<br />
Valor do coeficiente <strong>de</strong> a<strong>de</strong>rência<br />
Trilho completamente seco ou<br />
lavado pela chuva<br />
0,33<br />
Trilho seco e limpo 0,22<br />
Trilho seco 0,20<br />
Trilho molhado pela chuva 0,14<br />
Trilho úmido <strong>de</strong> orvalho 0,125<br />
Trilho úmido e sujo 0,11<br />
Trilho com óleo 0,10
ESFORÇOS ATUANTES NAS FERROVIAS<br />
Tração <strong>de</strong>vido a a<strong>de</strong>rência<br />
F P<br />
t<br />
Neste caso, a roda terá um movimento <strong>de</strong><br />
rotação em torno do eixo, o atrito passará<br />
a ser um atrito <strong>de</strong> <strong>de</strong>slizamento e a roda<br />
não terá movimento <strong>de</strong> translação,<br />
ocorrendo a patinagem da roda.<br />
f<br />
e<br />
f e – coeficiente <strong>de</strong> atrito<br />
estático ou coeficiente <strong>de</strong><br />
a<strong>de</strong>rência<br />
P – peso bruto total
ESFORÇOS ATUANTES NAS FERROVIAS<br />
Causas da patinagem<br />
• Aumento <strong>de</strong> Ft quando há um aumento brusco da força<br />
tratora, po<strong>de</strong> acontecer que esta supere o valor P x f e,<br />
levando a locomotiva a patinar, o que se dá principalmente<br />
na partida, porque ela <strong>de</strong>senvolve maior esforço trator.<br />
Quando ocorrer a patinagem o maquinista <strong>de</strong>ve reduzir o<br />
esforço trator;<br />
• Diminuição <strong>de</strong> f e o valor do coeficiente <strong>de</strong> a<strong>de</strong>rência<br />
po<strong>de</strong> diminuir com a presença <strong>de</strong> umida<strong>de</strong> ou óleo nos<br />
trilhos;<br />
• Diminuição <strong>de</strong> P <strong>de</strong>vido a trepidação nos trilhos,<br />
<strong>de</strong>ficiência <strong>de</strong> nivelamento da via ou mau balanceamento<br />
das rodas, po<strong>de</strong>rá ocorrer o <strong>de</strong>scarregamento <strong>de</strong> alguma<br />
<strong>de</strong>las, diminuindo o peso a<strong>de</strong>rente.
ESFORÇOS ATUANTES NAS FERROVIAS<br />
Tração <strong>de</strong>vido a a<strong>de</strong>rência<br />
F P<br />
t<br />
Neste caso, a força Ft sobre o trilho é<br />
neutralizada pela força F A <strong>de</strong> a<strong>de</strong>rência e o<br />
peso P é equilibrado pela reação <strong>de</strong> apoio.<br />
Assim a força Ft aplicada ao eixo se<br />
sobrepõe ao atrito <strong>de</strong> rolamento e <strong>de</strong>mais<br />
resistências internas impulsionando o<br />
veículo para frente.<br />
f<br />
e<br />
f e – coeficiente <strong>de</strong> atrito<br />
estático ou coeficiente <strong>de</strong><br />
a<strong>de</strong>rência<br />
P – peso bruto total
ESFORÇOS ATUANTES NAS FERROVIAS<br />
Tração <strong>de</strong>vido a a<strong>de</strong>rência<br />
Para um conjunto <strong>de</strong> locomotivas:<br />
F <br />
P<br />
t<br />
f<br />
e
ESFORÇOS ATUANTES NAS FERROVIAS<br />
Valor do coeficiente <strong>de</strong> a<strong>de</strong>rência<br />
• O coeficiente <strong>de</strong> a<strong>de</strong>rência varia com a natureza das<br />
superfícies em contato (tipo dos materiais), com o<br />
estado <strong>de</strong>stas (se existe ou não alguma matéria<br />
interposta), com as condições atmosféricas e com a<br />
velocida<strong>de</strong>;<br />
• Superfícies rugosas apresentam maior coeficiente <strong>de</strong><br />
a<strong>de</strong>rência do que as lisas.
ESFORÇOS ATUANTES NAS FERROVIAS<br />
Aumento da a<strong>de</strong>rência<br />
• Aumento do coeficiente <strong>de</strong> a<strong>de</strong>rência:<br />
lançamento <strong>de</strong> areia sobre os trilhos<br />
(isenta <strong>de</strong> materiais orgânicos);<br />
lavagem do trilho com jato <strong>de</strong> água<br />
quente.<br />
• Aumento do peso a<strong>de</strong>rente:<br />
aumentar o peso por eixo das<br />
locomotivas.
<strong>RESISTÊNCIAS</strong> <strong>DOS</strong> <strong>TRENS</strong><br />
Resistência dos trens<br />
Forças que se opõem ao movimento<br />
=<br />
Resistência ao movimento R<br />
• A resistência ao movimento <strong>de</strong>ve ser vencida pela<br />
força motriz<br />
• Se:<br />
• Ft > R – veículo submetido a uma aceleração<br />
• Ft < R – veículo está <strong>de</strong>sacelerando<br />
• Ft = R – veículo mantém velocida<strong>de</strong> constante
<strong>RESISTÊNCIAS</strong> <strong>DOS</strong> <strong>TRENS</strong><br />
Resistência dos trens<br />
• A resistência <strong>de</strong> um trem compreen<strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong><br />
forças que se opõem ao <strong>de</strong>slocamento dos veículos<br />
ferroviárias, sejam eles locomotivas ou vagões;<br />
• Tal resistência é consi<strong>de</strong>rada no ponto <strong>de</strong> contato entre as<br />
rodas e os trilhos se opondo a força <strong>de</strong> tração nas<br />
locomotivas;<br />
• A unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> medida adotada é dada em Newtons [N];<br />
• A resistência total do veículo (locomotiva ou vagão) po<strong>de</strong>rá<br />
ser <strong>de</strong>terminada multiplicando-se a resistência unitária, em<br />
N, pelo peso bruto total.
<strong>RESISTÊNCIAS</strong> <strong>DOS</strong> <strong>TRENS</strong><br />
• A resistência é maior no início do movimento;<br />
• Como a lotação dos trens é feita para o caso mais<br />
<strong>de</strong>sfavorável (rampa e curva), sendo os pátios das<br />
estações sempre em nível e reta, haverá folga no<br />
esforço trator.
<strong>RESISTÊNCIAS</strong> <strong>DOS</strong> <strong>TRENS</strong><br />
Classificação das resistências<br />
• resistências normais<br />
• resistências aci<strong>de</strong>ntais
<strong>RESISTÊNCIAS</strong> <strong>DOS</strong> <strong>TRENS</strong><br />
Resistências normais veículos rebocados e tratores<br />
resultantes do atrito<br />
• nas mangas dos eixos;<br />
• no cubo das rodas;<br />
• nos frisos das rodas.<br />
resultantes da gravida<strong>de</strong> • <strong>de</strong>vido ao rolamento (<strong>de</strong>pressão da linha).<br />
resultantes do ar<br />
• pressão frontal;<br />
• atrito superficial;<br />
• turbilhamento sob o veículo;<br />
• sucção na parte traseira;<br />
• correntes atmosféricas.
<strong>RESISTÊNCIAS</strong> <strong>DOS</strong> <strong>TRENS</strong><br />
Resistências aci<strong>de</strong>ntais veículos rebocados e tratores<br />
<strong>de</strong> inércia<br />
<strong>de</strong> atrito<br />
• no início do movimento;<br />
• para imprimir maior velocida<strong>de</strong>;<br />
• escorregamento dos aros das rodas sobre os<br />
trilhos;<br />
• escorregamento dos frisos das rodas sobre os<br />
trilhos.<br />
<strong>de</strong> gravida<strong>de</strong> • elevação do centro <strong>de</strong> gravida<strong>de</strong> dos veículos<br />
ao subir as rampas.
<strong>RESISTÊNCIAS</strong> <strong>DOS</strong> <strong>TRENS</strong><br />
Resistência dos trens<br />
On<strong>de</strong>:<br />
R <br />
R R R <br />
t<br />
Rr = resistência <strong>de</strong> rolamento<br />
Ra = resistência aerodinâmica<br />
Rg = resistência <strong>de</strong> rampa<br />
Rc = resistência <strong>de</strong> curva<br />
r<br />
a<br />
g<br />
R<br />
c
<strong>RESISTÊNCIAS</strong> <strong>DOS</strong> <strong>TRENS</strong><br />
Resistência dos trens<br />
• Resistência ao Rolamento<br />
• On<strong>de</strong>:<br />
R r<br />
– Rr = resistência <strong>de</strong> rolamento [N]<br />
– N = número <strong>de</strong> eixos<br />
– G = peso [KN]<br />
c n<br />
( c 2 c<br />
V<br />
) G<br />
1<br />
3<br />
G<br />
– V = velocida<strong>de</strong> [km/h]<br />
C1 = 0,65<br />
C2 = 125<br />
C3 = 0,009 (LOCO)<br />
C3 = 0,013 (VAG)
<strong>RESISTÊNCIAS</strong> <strong>DOS</strong> <strong>TRENS</strong><br />
Resistência dos trens<br />
• Resistência Aerodinâmica<br />
• On<strong>de</strong>:<br />
Ra ca<br />
– Ra = resistência aerodinâmica [N]<br />
– Ca = constante<br />
– A = área frontal [m²]<br />
– V = velocida<strong>de</strong> [km/h]<br />
<br />
AV<br />
2
Resistência Aerodinâmica
<strong>RESISTÊNCIAS</strong> <strong>DOS</strong> <strong>TRENS</strong><br />
Resistência dos trens<br />
• Área frontal e “Ca” típicos:<br />
Tipo Área Ca<br />
LOCOMOTIVAS<br />
aerodinâmicas 9 - 11 m² 0,031<br />
normais 9 - 11 m² 0,046<br />
VAGÕES<br />
Carga 7,5 - 8,5 m² 0,009<br />
Passageiros 10 - 11 m² 0,006
<strong>RESISTÊNCIAS</strong> <strong>DOS</strong> <strong>TRENS</strong><br />
EXEMPLO<br />
• A resistência <strong>de</strong> um vagão <strong>de</strong> carga cuja massa<br />
bruta é 100 ton (peso = 980,6 KN), área frontal é<br />
<strong>de</strong> 8m² que se move a 60km/h é <strong>de</strong>:<br />
• Rt = Rr + Ra<br />
Rt = 2161 N<br />
Rt = [0,65+125*4/980,6)+0,013*60]*980,6+0,009*8*60^2 = 2161N
<strong>RESISTÊNCIAS</strong> <strong>DOS</strong> <strong>TRENS</strong><br />
Resistência dos trens<br />
• Resistência <strong>de</strong> Rampa<br />
• On<strong>de</strong>:<br />
– Rg = resistência <strong>de</strong> rampa [N]<br />
– G = peso [KN]<br />
R g<br />
– i = <strong>de</strong>clivida<strong>de</strong> [%]<br />
10<br />
G<br />
i<br />
i
<strong>RESISTÊNCIAS</strong> <strong>DOS</strong> <strong>TRENS</strong><br />
EXEMPLO<br />
• A resistência <strong>de</strong> um vagão <strong>de</strong> carga cuja massa<br />
bruta é 100 ton (peso = 980,6 KN), área frontal é<br />
<strong>de</strong> 8m² que se move a 60km/h numa rampa <strong>de</strong><br />
0,5% é <strong>de</strong>:<br />
• Rt = Rr + Ra + Rg<br />
Rt = [0,65+125*4/980,6)+0,013*60]*980,6+0,009*8*60^2+10*980,6*0,5 = 7064N<br />
Rt = 7064 N
<strong>RESISTÊNCIAS</strong> <strong>DOS</strong> <strong>TRENS</strong><br />
Resistência dos trens<br />
• Resistência <strong>de</strong> Curva<br />
• On<strong>de</strong>:<br />
– Rc = resistência <strong>de</strong> curva [N]<br />
– G = peso [KN]<br />
R c<br />
– r = raio da curva [m]<br />
698<br />
G<br />
r
<strong>RESISTÊNCIAS</strong> <strong>DOS</strong> <strong>TRENS</strong><br />
EXEMPLO<br />
• A resistência <strong>de</strong> um vagão <strong>de</strong> carga cuja massa<br />
bruta é 100 ton (peso = 980,6 KN), área frontal é<br />
<strong>de</strong> 8m² que se move a 60km/h numa curva <strong>de</strong><br />
raio 500m é <strong>de</strong>:<br />
• Rt = Rr + Ra + Rc<br />
• Rt=[0,65+125*4/980,6)+0,013*60]*980,6+0,009*<br />
8*60^2+698*980,6/500 = 3530,4N<br />
Rt = 3530,4 N
<strong>LOTAÇÃO</strong> <strong>DOS</strong> <strong>TRENS</strong><br />
Lotação dos trens<br />
• Para que um trem viaje com velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> equilíbrio<br />
F <br />
F R 0<br />
t t<br />
t t<br />
• Rt <strong>de</strong>ve ser calculada em função do número <strong>de</strong><br />
Locomotivas e Vagões que formam o trem<br />
• Ft é função do número <strong>de</strong> locomotivas<br />
R
<strong>LOTAÇÃO</strong> <strong>DOS</strong> <strong>TRENS</strong><br />
Lotação dos Trens<br />
• Resistência total: locomotivas + vagões<br />
R<br />
<br />
t<br />
R R R R <br />
t<br />
<br />
nV<br />
(<br />
R<br />
r<br />
nL (<br />
R<br />
rV<br />
rL<br />
<br />
<br />
R<br />
a<br />
R<br />
aV<br />
aL<br />
<br />
<br />
R<br />
g<br />
R<br />
gV<br />
gL<br />
<br />
R<br />
<br />
c<br />
R<br />
R<br />
cV<br />
cL<br />
)<br />
)
<strong>LOTAÇÃO</strong> <strong>DOS</strong> <strong>TRENS</strong><br />
Lotação dos Trens<br />
• Força <strong>de</strong> Tração<br />
F t<br />
<br />
nL<br />
( 2175<br />
P<br />
)<br />
V
<strong>LOTAÇÃO</strong> <strong>DOS</strong> <strong>TRENS</strong><br />
Lotação dos Trens<br />
• Ft = Rt<br />
nL(<br />
2175<br />
<br />
nV<br />
(<br />
R<br />
P<br />
)<br />
V<br />
rV<br />
<br />
<br />
R<br />
nL (<br />
R<br />
aV<br />
<br />
R<br />
rL<br />
gV<br />
<br />
<br />
R<br />
R<br />
aL<br />
cV<br />
<br />
)<br />
R<br />
gL<br />
<br />
R<br />
cL<br />
)
<strong>LOTAÇÃO</strong> <strong>DOS</strong> <strong>TRENS</strong><br />
EXERCÍCIO 1<br />
• Deseja-se <strong>de</strong>terminar o mais longo trem que possa viajar num aclive <strong>de</strong> 1%<br />
utilizando 3 locomotivas <strong>de</strong> 3000 HP <strong>de</strong> potência, com peso <strong>de</strong> 1300KN<br />
cada. Os vagões serão carregados <strong>de</strong> minério e pesam 1100KN cada.<br />
Sabe-se que a área frontal das locomotivas é <strong>de</strong> 10m², e a dos vagões é <strong>de</strong><br />
8,5m²; tanto os vagões quanto as locomotivas têm 4 eixos e sua velocida<strong>de</strong><br />
é 20km/h.<br />
74 vagões<br />
– Cacular Rr, Ra, Rg para as 3 locomotivas<br />
– Calcular Rr, Ra, Rg para os vagões<br />
– Calcular o Esforço Trator das 3 Locomotivas<br />
– Calcular o Número <strong>de</strong> Vagões pela equação <strong>de</strong> equilíbrio Ft = Rt<br />
– 74,57 vagões
<strong>LOTAÇÃO</strong> <strong>DOS</strong> <strong>TRENS</strong><br />
EXERCÍCIO 2<br />
• Calcular a lotação <strong>de</strong> um trem <strong>de</strong> carga que será rebocado por uma<br />
locomotiva diesel-elétrica <strong>de</strong> peso bruto total igual a 1150KN em uma linha<br />
<strong>de</strong> bitola métrica on<strong>de</strong> o trecho crítico possui rampa <strong>de</strong> 0,5% e raio <strong>de</strong><br />
450m. Os vagões têm 600KN <strong>de</strong> lotação e 240KN <strong>de</strong> peso próprio. A área<br />
frontal da locomotiva tem 11m² e a dos vagões é <strong>de</strong> 8,5 m². A velocida<strong>de</strong> é<br />
<strong>de</strong> 12km/h e a locomotiva tem potência <strong>de</strong> 875 HP.<br />
22 vagões<br />
– Cacular Rr, Ra, Rg, Rc para a locomotiva<br />
– Calcular Rr, Ra, Rg, Rc para os vagões<br />
– Calcular o Esforço Trator da Locomotiva<br />
– Calcular o Número <strong>de</strong> Vagões pela equação <strong>de</strong> equilíbrio Ft = Rt
<strong>LOTAÇÃO</strong> <strong>DOS</strong> <strong>TRENS</strong><br />
Resistência dos trens<br />
• Distância <strong>de</strong> Frenagem<br />
• On<strong>de</strong>:<br />
d<br />
<br />
2 2<br />
V V0<br />
76,<br />
28<br />
<br />
– μ = coeficiente <strong>de</strong> atrito roda-trilho
<strong>LOTAÇÃO</strong> <strong>DOS</strong> <strong>TRENS</strong><br />
EXEMPLO<br />
• Em um trecho plano, a velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 80km/h,<br />
supondo μ = 0,15. Qual a distância para a<br />
parada completa do trem?<br />
• d = ?<br />
• D = (0-80^2)/(-76,28*0,15) = 559m<br />
D = 559 m
Comprimento Máximo do Trem<br />
• potência e número <strong>de</strong> locomotivas;<br />
• peso bruto total (vag+ loco);<br />
• características geométricas do trecho;<br />
• capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> carga dos engates;<br />
• capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reiniciar o movimento no<br />
aclive crítico.
Capacida<strong>de</strong> da carga dos<br />
engates<br />
• F emax= força max no engate;<br />
• F tmax= força motriz max;<br />
• n L= número <strong>de</strong> loco;<br />
• R L=resistencia total ao movimento das<br />
locos;<br />
1.500 kN<br />
F emax F tmax - n LR L<br />
capacida<strong>de</strong> do engate igual a força motriz<br />
líquida usada para movimentar os vagões;
Exercício<br />
• Seja um trem que viaja num trecho reto e plano<br />
e é composto por 3 locomotivas <strong>de</strong> 3000 hp,<br />
com peso <strong>de</strong> 1300 KN cada, e 80 vagões <strong>de</strong><br />
minério, com peso <strong>de</strong> 1100 KN cada. Sabe-se<br />
que a área frontal das locomotivas é <strong>de</strong> 10 m 2 ,<br />
e a dos vagões, 8,5m 2 tanto os vagões como as<br />
locomotivas têm quatro eixos, sendo que nas<br />
locomotivas todos os eixos são eixos motrizes.<br />
A velocida<strong>de</strong> máxima das locomotivas é 105<br />
Km/h; a mínima,15 Km/h; e a a<strong>de</strong>rência, 0,2.<br />
Qual a velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> equilíbrio <strong>de</strong>ste trem?
Solução Gráfica
Exercícios<br />
• Suponha que o trem passe a viajar num<br />
aclive <strong>de</strong> 0,65%. Qual a nova velocida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> equilíbrio ?<br />
• Suponha que ele passe a viajar num<br />
<strong>de</strong>clive <strong>de</strong> 0,25% e os motores <strong>de</strong> tração<br />
não estão sendo usados para mover o<br />
trem. Qual a nova velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> equilíbrio<br />
?
Exercícios<br />
• Qual o número máximo <strong>de</strong> vagões que<br />
po<strong>de</strong>m ser adicionados à composição <strong>de</strong><br />
modo que :<br />
– O trem possa reiniciar o movimento num<br />
aclive <strong>de</strong> 1% ?<br />
– A velocida<strong>de</strong> no aclive <strong>de</strong> 1% não seja inferior<br />
a 15 km/h
Soluções Gráficas