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curso de cattleya labiata do mundo orquidófilo ... - Damianus

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CU R SO D E CA TTL E YA L A B IA TA D O M U N D O<br />

O R Q U ID Ó F IL O<br />

http://www.damianus.bmd.br/CursoLabiata/capitulo4.pdf<br />

V A R IA ÇÕ E S N O S PA D R Õ E S D A CO N F IG U R A ÇÃ O<br />

N O S D E SE N H O S D O L A B E L O<br />

Não é propriamente um termo classificatório, mas sim variações da disposição <strong>do</strong>s<br />

<strong>de</strong>senhos no labelo, <strong>de</strong> interesse puramente <strong>do</strong>s coleciona<strong>do</strong>res. Por esse motivo<br />

afirmamos que essa classificação não é para fins <strong>de</strong> julgamento, e sim para<br />

conhecimento geral sobre as <strong>labiata</strong>s. Principalmente para o iniciante que obviamente<br />

quer adquirir uma planta boa. Serve também para que possamos <strong>de</strong> uma forma mais<br />

aproximadamente possível falar a mesma língua.<br />

No terceiro capítulo vimos os <strong>de</strong>senhos mais comuns ocorri<strong>do</strong>s nas <strong>labiata</strong>s típicas,<br />

agora vamos conhecer os <strong>de</strong>senhos labelares mais incomuns e talvez muito mais<br />

interessantes que ocorrem não só em típicas, bem como em outras varieda<strong>de</strong>s.<br />

NÃO SE PODE CONFUNDIR A CLASSIFICAÇÃO CROMÁTICA COM<br />

CONFIGURACIONAL.<br />

A CROMÁTICA SE REFERE ÀS CORES PRESENTES NAS PÉTALAS E<br />

SÉPALAS.<br />

A CONFIGURACIONAL SE REFERE AOS DESENHOS APLICADOS NO<br />

LABELO.<br />

O posicionamento <strong>do</strong>s <strong>de</strong>senhos <strong>de</strong> um labelo po<strong>de</strong> variar e assim criar nomes, com o<br />

intuito <strong>de</strong> trazer diferenciação entre plantas completamente iguais aos olhos<br />

inexperientes. Devera ser coloca<strong>do</strong> após a variação cromática, entre parênteses e no<br />

masculino, pois se trata <strong>de</strong> configuração <strong>do</strong> labelo.<br />

Outra coisa muito importante: eu escolho por colocar to<strong>do</strong>s os nomes no português,<br />

acredito que, ou se usa corretamente o latim, ou se é humil<strong>de</strong> e se faz tu<strong>do</strong> em<br />

português.<br />

Pequenos <strong>de</strong>talhes que po<strong>de</strong>m diferenciar uma Cattleya <strong>labiata</strong> tipo atropurpúreo <strong>de</strong><br />

uma Cattleya <strong>labiata</strong> tipo atropurpúreo (margina<strong>do</strong>).


Anela<strong>do</strong> – forma um anel colori<strong>do</strong> em volta <strong>do</strong>s lobos laterais e superiores, da<br />

mesma cor que o purpúreo <strong>do</strong> frontal <strong>do</strong> labelo, porém sem invadir o interior da<br />

garganta. È muito pareci<strong>do</strong> com o Orla<strong>do</strong>, mas muito mais sutil.<br />

Atro – O nome <strong>de</strong>ssa classificação <strong>de</strong>verá com certeza mudar. Se levarmos ao pé<br />

da letra “Atro” quer dizer escuro, negro, tenebroso e aziago. João Paulo Fontes<br />

diz que “Atro” é quan<strong>do</strong> o colori<strong>do</strong> purpúreo da região frontal <strong>do</strong> labelo acaba<br />

por esten<strong>de</strong>r-se na parte externa <strong>do</strong> tubo, subin<strong>do</strong> pelo la<strong>do</strong> <strong>de</strong> fora até a junção<br />

<strong>do</strong> mesmo com os <strong>de</strong>mais segmentos florais. Particularmente não tenho visto<br />

poucas <strong>labiata</strong>s com esse tipo <strong>de</strong> labelo. SOLICITO SUGESTÕES!!!!!!!!!!


Íntegro – quan<strong>do</strong> a mancha cobre to<strong>do</strong> o labelo, inclusive através da fauce,<br />

penetran<strong>do</strong> na garganta.<br />

Linea<strong>do</strong> – ocorrem estrias escuras longitudinais finas como linhas.


“Venosa-estriada ou “Mosca” – A palavra mosca ficou tradicional entre os<br />

labiateiros, pois se parece com um inseto que foi esmaga<strong>do</strong>... mas numa forma<br />

mais acadêmica a ” Mosca” po<strong>de</strong> ser classificada como uma estria no centro <strong>do</strong><br />

labelo la<strong>de</strong>ada <strong>de</strong> veias.<br />

Margina<strong>do</strong> – quan<strong>do</strong> o bor<strong>do</strong> <strong>do</strong> labelo apresenta uma linha <strong>de</strong> tonalida<strong>de</strong> bem<br />

mais clara que o seu colori<strong>do</strong>, como se fosse um fino borda<strong>do</strong> que o <strong>de</strong>stacasse.<br />

Ao olhar para o franja é se como tivesse luz própria.<br />

Na verda<strong>de</strong> esse bor<strong>do</strong> traz a mesma cor <strong>do</strong>s outros segmentos florais.


Ocula<strong>do</strong> (<strong>do</strong> latim oculato – que tem olhos)- po<strong>de</strong>m-se <strong>de</strong>screver quan<strong>do</strong> ocorre<br />

mancha esbranquiçada nos lobos laterais, na entrada da garganta, lembran<strong>do</strong><br />

olhos.<br />

Orla<strong>do</strong> - po<strong>de</strong>-se <strong>de</strong>screvê-lo quan<strong>do</strong> a mancha <strong>do</strong> lobo frontal sobe pelas<br />

laterais até a parte superior <strong>do</strong> labelo, porém diferentemente <strong>do</strong> anela<strong>do</strong>, é mais<br />

intenso, mais grosseiro, toman<strong>do</strong> inclusive a fauce, garganta e interior <strong>do</strong> tubo.


Pinta<strong>do</strong> (<strong>do</strong> latim punctatum – que tem pintas) – Apresenta no labelo em sua região<br />

mais central uma pequena mancha <strong>de</strong> colori<strong>do</strong> diferente. Não chega a ser linea<strong>do</strong>, pois<br />

para isso é muito pequeno.<br />

Macula<strong>do</strong> – Refere-se a uma pequena mancha, uma mácula, bem no centro <strong>do</strong><br />

labelo, com um matiz muito diferente <strong>do</strong> restante da flor. Não é linea<strong>do</strong> e nem<br />

pinta<strong>do</strong>.<br />

Bibliografia:<br />

Rapozo,Pe. José Gonzáles C.M.F. - A etimologia á serviço <strong>do</strong>s <strong>orquidófilo</strong>s<br />

Rapozo Pe. José Gonzáles, C.M.F - Dicionário etimológico das orquí<strong>de</strong>as <strong>do</strong> Brasil<br />

Rapozo, Pe. José Gonzáles C.M.F - Questões práticas <strong>de</strong> nomenclatura <strong>de</strong> Orquidáceas<br />

Menezes, Lou C.- Cattleya Labiata Autumnalis, edi. 2002.<br />

Fontes, João Pulo <strong>de</strong> Sousa, A Rainha <strong>do</strong> Nor<strong>de</strong>ste Brasileiro, ed. 1989.


DESCRIÇÕES<br />

PLANTA: Cattleya <strong>labiata</strong> var. cerúlea ametistina "Dona Norma Dreher", também<br />

vulgarmente conhecida por: Canoinhas.<br />

CULTIVO: ANGELO LO RÉ<br />

Detalhe: tem o apeli<strong>do</strong> <strong>de</strong> canoinha, pois as suas folhas são acanoadas, diferente das<br />

<strong>de</strong>mais <strong>labiata</strong>s on<strong>de</strong> as folhas são planas e largas, muitas vezes inflexionada para baixo.<br />

FORMA:<br />

Sépala <strong>do</strong>rsal muito bem feita, ereta, plana, larga o suficiente para transpassar por trás<br />

das pétalas ocluin<strong>do</strong> a passagem da luz.<br />

Não apresenta nenhuma inflexão.<br />

Sépalas inferiores<br />

com boa angulação,<br />

muito próximo aos<br />

120º exigi<strong>do</strong>s.<br />

Apresentam leve<br />

inflexão posterior,<br />

são arqueadas e com<br />

forte tendência a<br />

acanoar-se.<br />

Acomodam muito<br />

bem o labelo, mas<br />

não transpassam as<br />

pétalas.<br />

Pétalas gran<strong>de</strong>s,<br />

planas, passadas á<br />

ferro, com bordas<br />

bem marcadas e<br />

praticamente sem<br />

ondulações. As suas<br />

bordas são boas, nada pontiagudas e levemente inflexionada para trás.<br />

Seu vinco é bem marca<strong>do</strong>, forman<strong>do</strong> um triangulo inverti<strong>do</strong> muito bonito.<br />

Labelo gran<strong>de</strong>, muito bem pronuncia<strong>do</strong>, , arre<strong>do</strong>nda<strong>do</strong>, discretamente elipsói<strong>de</strong>. Ocupa<br />

posição <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque na frente da flor. Toda a periferia é ocupada por uma <strong>de</strong>licada<br />

franja. Encobre totalmente a coluna, forman<strong>do</strong> um belíssimo chapeuzinho nos lobos<br />

superiores.<br />

Seu tubo é grosso, arquea<strong>do</strong> e pouco alonga<strong>do</strong>.


COR:<br />

Suas pétalas e sépalas possuem um <strong>de</strong>licadíssimo matiz malva-alfazema, que passa<br />

quase <strong>de</strong>spercebida aos olhos pouco treina<strong>do</strong>s. As extremida<strong>de</strong>s tomam-se mais<br />

alfazema e as partes internas mais malvas.<br />

No disco frontal <strong>do</strong> labelo observamos algumas estrias e veias vindas <strong>de</strong> várias partes<br />

da borda inferior, a se juntarem numa linha longitudinal que <strong>de</strong>ságua na fauce.<br />

Sua cor nos surpreen<strong>de</strong>, é extremamente semelhante ao da ametista!<br />

Ametista . [<strong>do</strong> gr. améthystos, pelo lat. amethystu.] s. f. min. 1. pedra semipreciosa,<br />

varieda<strong>de</strong> roxa <strong>do</strong> quartzo. (novo Aurélio).<br />

Agora o gran<strong>de</strong> segre<strong>do</strong> da “canoinhas”:<br />

Nos clones originais acontece algo único nas caerúleas ametistas: nascem duas únicas<br />

veias na fauce que a<strong>de</strong>ntram sem timi<strong>de</strong>z pela garganta, e isso que po<strong>de</strong>mos observar<br />

nas fotos em aumento.<br />

da garganta <strong>de</strong>scem veias da cor <strong>de</strong> ouro velho, que ao caminhar chega no sopé <strong>do</strong>s<br />

lobos laterais na cor ouro vivo até mesmo amarelo canário.<br />

os lobos laterais são extremamente brancos.<br />

CONCLUSÃO:<br />

Cattleya <strong>labiata</strong> var. cerúlea ametistina, ametistino estria<strong>do</strong>, “Dona Norma Dreher".<br />

DESMONTANDO:<br />

Cerúlea: <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à cor malva e alfazema das peças florais.<br />

Ametistina: as caerúleas po<strong>de</strong>m ter as seguintes sub divisões: amethistina, roxo-violeta,<br />

violeta e ardósia.<br />

Ametistino estriato: até aqui sempre tivemos a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ver o púrpuro estria<strong>do</strong>,<br />

venoso, linea<strong>do</strong>, etc.<br />

Agora é a vez <strong>do</strong> amethistino estriato (tem estrias no labelo e são <strong>de</strong> cor da ametista).


PLANTA: Cattleya <strong>labiata</strong> var. rubra "Schüller" self.<br />

CULTIVO: ÂNGELO LO RÉ<br />

FORMA:<br />

A forma só não é espetacular, pois a simetria das sépalas não alcança os 120º exigi<strong>do</strong>s.<br />

Sépala <strong>do</strong>rsal apresenta-se perfeitamente ereta, plana, altiva e sem inflexões. De tão<br />

larga, que oclui a passagem da luz entre ela e as pétalas, transpassan<strong>do</strong>-se pelas costas<br />

das mesmas.<br />

As sépalas inferiores são planas, bem eretas, sem inflexões, porém são em angulo aberto<br />

uma tanto <strong>de</strong>mais. Por outro la<strong>do</strong>, <strong>de</strong> tão larga, transpassam as costas das pétalas<br />

ocluin<strong>do</strong> a passagem da luz. a conseqüência menos simpática neste caso é o <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar o<br />

labelo um tanto solto no ar.<br />

Pétalas maravilhosas, muito embora, ainda ce<strong>do</strong> para se fazer esta foto, a pétala<br />

esquerda esta ligeiramente fechada.<br />

Mesmo assim um espetáculo á parte, planas, passadas á ferro, com bordas bem feitas,<br />

praticamente sem ondulações. Seu vin<strong>do</strong> não é muito pronuncia<strong>do</strong>, mas mesmo assim<br />

mantém-se em "v".<br />

Suas pontas são perfeitamente arre<strong>do</strong>ndadas, sem exagero.<br />

Tubo curto, grosso, bem arquea<strong>do</strong> e encobrin<strong>do</strong> totalmente a coluna.<br />

To<strong>do</strong>s os segmentos lobares formam um belíssimo círculo, orna<strong>do</strong> com fron<strong>do</strong>sa franja<br />

em toda a sua periferia.<br />

Notem que na comissura inferior <strong>do</strong> lobo central ha uma <strong>de</strong>licada inflexão.<br />

COR:<br />

Um matiz lilás bem<br />

escureci<strong>do</strong> percorre<br />

por todas as pétalas<br />

e sépalas,<br />

uniformemente.<br />

Um colori<strong>do</strong><br />

excepcional!<br />

To<strong>do</strong> o disco<br />

frontal é toma<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

um purpúreo<br />

intenso, tornan<strong>do</strong>-se num maravilhoso atropurpúreo conquanto caminha em direção ás<br />

borda da fauce.


NOVO AURÉLIO:<br />

atro . [<strong>do</strong> lat. atru.] adj. 1. negro, escuro. 2. tenebroso, lúgubre, me<strong>do</strong>nho: "atra<br />

<strong>de</strong>silusão crava-me a garra adunca”.(da costa e silva, sangue, p. 23.) 3. fig. aziago,<br />

infausto.<br />

Já na fauce nascem três ou quatro veias <strong>de</strong> cada la<strong>do</strong> que juntas avançam pela garganta<br />

a<strong>de</strong>ntro.<br />

Os lobos laterais fazem o papel perfeitamente <strong>de</strong> toda rubra, manter-se rubro to<strong>do</strong> o<br />

trajeto, inclusive a<strong>de</strong>ntran<strong>do</strong> a lateral da garganta.<br />

Da garganta <strong>de</strong>scem colori<strong>do</strong>s com padrões psicodélicos, <strong>de</strong> um tom maravilha ao<br />

solferino, muito vivo remeten<strong>do</strong>-nos a certa ilusão <strong>de</strong> colori<strong>do</strong> ao vê-la.<br />

Por fim, analisamos o lilás médio da <strong>de</strong>licada franja que orna to<strong>do</strong> o labelo.<br />

CONCLUSÃO:<br />

Cattleya <strong>labiata</strong> var. rubra (margina<strong>do</strong>) “Schüller" self.<br />

DESMONTANDO:<br />

Rubra: por causa da cor lilás escura das pétalas e sépalas e principalmente por causa <strong>do</strong><br />

lobo lateral ser rubro.<br />

(margina<strong>do</strong>): pelo colori<strong>do</strong> mais claro da franja.

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