12.06.2013 Views

versão

versão

versão

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

evistacatarina.com.br<br />

<strong>versão</strong><br />

interativa<br />

no ipad<br />

SolANgE wIlVERT<br />

poR<br />

CREATIVE BUSINESS


EDItORA-ChEfE |<br />

Patricia Lima<br />

patirl@revistacatarina.com.br<br />

DESIgnERS |<br />

françoise techio, Lya Zumblick,<br />

Mayara Laurindo, Paula Albuquerque<br />

e Valéria Exalta gonzaga<br />

COntEÚDO DE MODA |<br />

Andréia takeuchi, Bruna Pasternak,<br />

Camila Beaumord, Corinne Werner,<br />

grasiela Souza, Luís Knihs, Julia<br />

Bittencourt, Juliana Berkenbrock, Julie<br />

fernandes e Sylvia gatti<br />

REVISãO |<br />

Angela Muniz<br />

COLABORADORES |<br />

Ariana Luz, Du Borsatto, felipe<br />

fernandes, João Victor Arpi, Kleber<br />

Maia, Otávio guarino, Victor Wagner,<br />

Renner Souza e Solange Wilvert<br />

redação e edições anteriores:<br />

atendimento@catarinacoletivocriativo.com.br<br />

www.revistacatarina.com.br<br />

Rua Sérgio gil, 477,<br />

Balneário, florianópolis/SC<br />

CEP 88075-340<br />

(48) 3024 3432<br />

Catarina é uma marca registrada<br />

e não pode ser usada sem autorização.<br />

A revista é uma publicação<br />

mensal, sua <strong>versão</strong> virtual está<br />

disponível gratuitamente para<br />

visualização e download.<br />

O aplicativo para IPad pode ser<br />

encontrado na Apple Store. Versões<br />

impressas podem ser adquiridas em<br />

bancas premium e na loja online no site<br />

da publicação. Essa revista pertence à<br />

Editora Catarina Ltda e a publicação<br />

do conteúdo não pode ser impresso<br />

sem autorização prévia da editora. A<br />

reprodução online é permitida perante a<br />

publicação do crédito da revista Catarina.<br />

Algumas imagens publicadas na revista<br />

são originárias de fontes externas,<br />

pesquisas e indicações, por isso podem<br />

não terem sido autorizadas préviamente.<br />

A revista se compromete a utilizar<br />

de maneira jornalística toda e qualquer<br />

imagem publicada, caso o responsável<br />

pelo queira retirar da revista, solicitamos<br />

que encaminhe um email para<br />

atendimento@catarinacoletivocriativo.com.br<br />

e ela será retirada imediatamente.<br />

Solange Wilvert (Joy)<br />

clicada por Du Borsatto com<br />

beleza de Renner Souza.<br />

34<br />

notas | 06<br />

asIan tREnD | 10<br />

noVas EXPERIÊnCIas | 24<br />

a BELEZa Do LIXo | 34<br />

MoDa PaRa CaVaLHEIRos | 38<br />

URBan tEXtUREs | 43<br />

MoDELs nY F/W 13 | 50<br />

toDas as FaCEs DE PaULa sELBY aVELLanEDa | 56<br />

PERsonaLIDaDE FasHIon | 62<br />

EstaMPa Do MUnDo | 66<br />

MoDa 2.0 | 70<br />

a ContRaMão Da HaUtE CoUtURE | 72<br />

PoR UM FIo VanGUaRDa | 74<br />

CoRRIDa (tÊXtIL) ao PÓDIo | 78<br />

MEnInÊs | 82<br />

FaLL/WIntER 2013 | 92<br />

BUREaU DE tEnDÊnCIas | 134<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 3


— EDITORIAL —<br />

editoriaL<br />

— EDITORIAL —<br />

É a primeira vez que uma modelo aparece duas vezes na capa da catarina, fico<br />

feliz que tenha sido exatamente uma modelo catarinense, nascida em florianó-<br />

polis. Acreditem, mas não foi proposital, realmente foi uma boa coincidência. Os anos que separam uma capa<br />

da outra mostram como nós amadurecemos e Solange Wilvert também, com o passar do tempo acredito que<br />

ambas estão ainda melhores, basta olhar o resultado da imagem estampada em nossa capa. Esse amadurecimento<br />

fica explicito a cada edição, quando vamos nos descobrindo mais e percebendo para onde devemos seguir,<br />

um caminho sempre apontado por você, nosso leitor. As pautas continuam transitando entre as tendências<br />

da temporada, sempre com olho no futuro e por isso o enorme destaque para as marcas internacionais, e as<br />

matérias que retratam ações interessantes e pessoas que apresentam ao mundo uma ideia e um olhar diferente.<br />

Nós, da catarina, acreditamos na força criativa e na originalidade, por isso sempre que vemos bons talentos<br />

investindo em seu próprio caminho abrimos espaço e trazemos até vocês como é o caso da estilista argentina<br />

Paula Selby Avellaneda e da Débora Mussak, da Musse, que explica um pouco mais do seu empreendimento.<br />

Sobre a cobertura internacional, optamos por destacar as marcas das semanas de moda mais importantes em<br />

nossas edições porque a influência que elas exercem no mercado nacional cresce sempre mais, não apenas pela<br />

entrada delas no varejo brasileiro de luxo, mas também passam a ser referência assumida para a criação dos<br />

produtos nacionais pelas mãos dos nossos estilistas. Mesmo que exista uma luta pela valorização do produto<br />

nacional, a consumidora brasileira está de olho no mercado globalizado e compra sem problema algum a<br />

cópia nacional do modelo que viu em algum blog de street style internacional. É aí que nossos estilistas viram<br />

reféns das passarelas internacionais, por pressão comercial de uma indústria que briga contra altos impostos e<br />

dificuldade de produção competitiva. E pelo que parece nesse momento, o único caminho seguro é seguir as<br />

regras estipuladas pelos grandes conglomerados de marcas de luxo. Estamos dentro de uma roda viva, onde a<br />

moda gira e o consumo vive de acordo com uma maré global criativa (ou não tão criativa assim). Acredito que<br />

uma crise ética paire nos pensamentos mais íntimos dos nossos estilistas, uma briga interna onde a vontade de<br />

criar segundo suas próprias referências é sobreposta à metas de vendas mês após mês.<br />

Ainda dentro da cadeia da indústria da moda, olhamos para a tecnologia, e como o sangue que corre em nossas<br />

veias é têxtil, também temos uma matéria que mostra o avanço tecnológico para os mercado de swimwear e<br />

outra que mostra as últimas novidades inovadoras têxteis, sem esquecer do nosso Bureau de Tendências com<br />

Reports que trazem boas pesquisas para criadores. Mas essas são apenas algumas pautas que recheiam essa edição,<br />

aproveite todas as outras ricas informações que produzimos especialmente para você.<br />

um beijo e ótima leitura,<br />

Patricia Lima / Editora-chefe<br />

read the enGlish version<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 5


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 6<br />

Lançamento<br />

especiaL<br />

a icônica banda inGlesa depeche mode lança, em abril,<br />

seu mais novo disco de estúdio, delta machine. Além da<br />

<strong>versão</strong> em CD tradicional, o 13o álbum do trio formado por Martin Gore, Dave<br />

Gahan e Andy Fletcher terá uma Deluxe Edition, com 4 faixas extras e um livro<br />

especial com fotos clicadas por Anton Corbijn, colaborador artístico da banda<br />

há diversos anos. “Heaven”, o videoclipe do pimeiro single do álbum já está<br />

disponível no site oficial da banda.<br />

www.depechemode.com<br />

read the enGlish version<br />

— NOTAS —<br />

o iLuminado<br />

ganha sequência<br />

read the enGlish version<br />

o aclamado autor de livros de terror stephen<br />

KinG promete para este ano a sequência de um seus<br />

títulos mais conhecidos, o iluminado. Eternizado no<br />

cinema pelas mãos de Stanley Kubrick, a história da família que passa um<br />

aterrorizante inverno no sinistro Overlook Hotel ganhará uma continua-<br />

ção à altura: o agora adulto de meia-idade Danny Torrance é um solitário<br />

cujo dom da paranormalidade o levou a trabalhar num hospício com<br />

pacientes terminais. Doctor Sleep - ainda sem título em português - está<br />

com lançamento previsto para o mês de setembro.<br />

Warner Brothers<br />

Divulgação<br />

Divulgação<br />

s[edition] É uma ferramenta diGital onde obras de<br />

arte estão à venda a preços acessíveis e de uma manei-<br />

ra superdinâmica. Em alguns casos, por apenas US$ 8 você pode<br />

adquirir uma obra com Certificado de Autenticidade assinado pelo artista<br />

e garantia do site. É uma proposta inovadora que pretende facilitar o acesso<br />

a novos colecionadores de arte (por novos entenda-se não tão abastados).<br />

Lançadas em edições de 1.0000, 2.000, 5.000 ou 10.000 “tiragens”, as peças<br />

são criadas especialmente para o site e só existem em formato digital. A arte<br />

digital é uma linguagem que oferece novas possibilidades para os criativos e<br />

estabelece uma espécie de meio termo onde a obra não precisa ser completamente<br />

estática, como um quadro ou uma peça de escultura e nem efêmera<br />

como numa performance artística, que só existe no momento em que está<br />

sendo realizada. O meio digital também vai de encontro ao paradigma que<br />

diz que as obras de arte precisam ser peças únicas. A combinação destes<br />

fatores tornam possível baixar o preço da obra sem que ela perca seu valor,<br />

— NOTAS —<br />

subvertendo um mercado<br />

read the enGlish version<br />

e é aí que o s[edition] aparece. Tracey Elmin, Yoko Ono, Wim Wenders e<br />

Damien Hirst são alguns dos nomes que produziram para o s[edition] e<br />

que podem ser colecionados digitalmente.<br />

O site funciona de maneira bem semelhante a uma rede social. Os colecionadores<br />

podem seguir seus artistas favoritos e ficar sabendo quando eles<br />

publicam novidades. Depois de adquiridas, as obras ficam armazenadas no<br />

“vault” (cofre), que pode ser visitado por outros usuários, possibilitando<br />

uma espécie de galeria de arte virtual própria. As peças, depois de compradas,<br />

também ficam disponíveis para seu dono em alta resolução e podem<br />

ser acessadas por qualquer dispositivo que tenha acesso à internet, a partir<br />

do aplicativo do próprio S[edition]. A plataforma é interessante, pois traz<br />

para o mercado uma forma de arte que ainda não se sabia como vender.<br />

Por outro lado, levanta-se a velha questão sobre a banalização da arte como<br />

produto. De qualquer maneira, o incentivo à arte é sempre bem-vindo, e se<br />

nós, reles mortais, pudermos pagar por ela, melhor ainda.<br />

Conheça mais em www.seditionart.com<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 7


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 8<br />

revoLução<br />

feminina<br />

na era<br />

dos apps<br />

read the enGlish version<br />

— NOTAS — — NOTAS —<br />

a chamada Geração Y não para de surpreender. a cada dia<br />

um novo aplicativo para celular surGe para suprir as mais<br />

estranhas necessidades. Não é de causar espanto a criação de um deles<br />

dedicado a um assunto que há séculos mobiliza o universo feminino: fofocar<br />

sobre os homens. Foi com a nobre missão de expor para o resto do mundo<br />

os prós e contras do meninos disponíveis no mercado que surgiu o Lulu.<br />

Exclusivo para mulheres, o Lulu é conectado com o Facebook e com isso<br />

garante que só meninas podem entrar. Uma vez conectadas, elas podem<br />

escrever reviews sobre seus contatos masculinos no Facebook. A intenção<br />

é otimizar aquela pesquisa que todas fazemos quando ficamos a fim de<br />

alguém: perguntar para as amigas e checar as redes sociais do cara pra ver<br />

se ele realmente vale a pena. Mas tudo isso anonimamente, do jeito que<br />

as meninas gostam. Apesar de algumas categorias controversas, a maior<br />

parte das informações fornecidas ao Lulu são positivas e principalmente<br />

bem-humoradas. As reviews são construídas em forma de questionário, o<br />

que impede ex-namoradas furiosas de fazerem comentários desnecessários<br />

ou ofensivos. De acordo com a criadora Alexandra Chong, o Lulu procura<br />

incentivar o bom comportamento e cavalheirismo dos poucos e bons que<br />

estão por aí. Mas nem todas as reações ao Lulu são positivas. Algumas<br />

pessoas o acham reducionista e injusto, pois o homem não têm o direito<br />

de se defender. Além disso, o aplicativo estimula a criação de estereótipos<br />

que não são exatamente saudáveis, como enaltecer um cara porque ele tem<br />

dinheiro e detonar outro que ainda mora com a mãe. De qualquer maneira,<br />

o Lulu é para ser uma conversa de meninas. Ainda que ainda estejamos nos<br />

acostumando com as regras do jogo do amor nessa nova ordem mundial,<br />

o que importa é como cada um encara e utiliza a as ferramentas que tem.<br />

ficou curiosa e quer ver o que o lulu tem pra tem contar?<br />

Então acesse:<br />

www.onlulu.com<br />

Divulgação<br />

márcia X /<br />

arquivo X<br />

o museu de arte moderna do rio de Janeiro<br />

recebe atÉ o dia 14 abril uma retrospectiva<br />

da obra de marcia x.<br />

A artista brasileira, falecida em 2005 foi muito importante<br />

para a consolidação de performances e instalações como<br />

discurso artístico relevante no país. Sua obra iniciada na<br />

década de 1980 percorre caminhos polêmicos, misturando<br />

o erotismo com símbolos infantis e religiosos.<br />

Um dos destaques da exposição é o registro de “Desenhando<br />

com Terços” (2000), onde a artista dipõe no chão<br />

de uma grande sala vários terços que se desenham em<br />

formato de pênis. Após a mostra, que tem curadoria de<br />

Beatriz Lemos, todas as obras serão doadas ao acervo<br />

permanente do MAM Rio e ainda um livro será lançado<br />

com a obra completa da artista.<br />

www.mamrio.org.br<br />

Juergen teller<br />

Juergen teLLer -<br />

Woo!<br />

Divulgação<br />

Divulgação<br />

atÉ o dia 17 de março, o institute of contemporarY<br />

arts em londres exibe a mostra<br />

Woo! sobre o trabalho de um dos fotógrafos mais<br />

importantes para a moda nas últimas décadas, Juergen<br />

Teller. Conhecido pelo seu estilo ousado e irreverente,<br />

sua habilidade em transitar entre a fotografia artística<br />

autoral e as campanhas publicitárias de moda é o que<br />

faz a obra deste artista ser tão interessante.<br />

Sua linguagem crua e sua estética nascida do grunge<br />

influenciou outros renomados fotógrafos como Terry<br />

Richardson, Ryan McGinley e Dash Snow. A mostra<br />

Woo! é composta por uma seleção dos livros, editoriais<br />

para revistas e anúncios clicados por Teller desde os ano<br />

1990.<br />

Para saber mais:<br />

www.ica.org.uk<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 9


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 10<br />

— TENDÊNCIAS —<br />

tREnD<br />

clique na tendência de sua preferência<br />

Jacquard . indiana . estampas & bordados . quimono . goLa miLitar<br />

um continente rico em cores e cultura, não poderia deixar de ser<br />

destaque inspiracional. o que tem siGnificado reliGioso e social na Ásia,<br />

nas passarelas É transformado em uma sutil tendência oriental. saris,<br />

quimonos, cortes mais fechados, tecido, cor e bordado, são os shapes<br />

e materiais que mais se identificam com esta cultura. estampas de draGão,<br />

Jaquard com ornamentos de ouro e mulheres com Joias indianas,<br />

são a identificação e o brilho desta tendência. g<br />

read the enGlish version<br />

Vogue.it<br />

— TENDÊNCIAS —<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 11<br />

dries Van noten


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 12<br />

Jacquard<br />

por levar fios doura-<br />

dos, ricos monarcas<br />

chineses e Japoneses<br />

usavam este tecido<br />

para mostrar sua<br />

posição social.<br />

prepare-se para uma<br />

chuva de Jacquard<br />

neste inverno.<br />

— TENDÊNCIAS —<br />

Valentino<br />

imagens: Vogue.it<br />

— TENDÊNCIAS —<br />

proenza aQuilano zac-posen<br />

marchesa marni osman<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 13


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 14<br />

indiana<br />

na última temporada<br />

da haute couture<br />

primavera verão 2013,<br />

o desiGner Jean paul<br />

Gaultier, faz toda sua<br />

coleção inspirada na<br />

índia. com uma tabela<br />

de cores vinda das espe-<br />

ciarias indianas, ele faz<br />

um desfile enerGÉtico,<br />

doce e intriGante.<br />

— TENDÊNCIAS —<br />

jean paul gaultier<br />

imagens: Vogue.it<br />

— TENDÊNCIAS —<br />

prada jean paul gaultier jean paul gaultier<br />

jean paul gaultier<br />

osman jean paul gaultier<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 15


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 16<br />

estampas<br />

& bordados<br />

tratando-se de Ásia,<br />

nada mais óbvio para<br />

esse tópico que<br />

bordados e estampas.<br />

imaGens impressas de<br />

draGões e tiGres,<br />

tapetes orientais,<br />

pinturas das mais<br />

diversas formas<br />

e flores dão o<br />

toque china,<br />

Japão e coreia.<br />

— TENDÊNCIAS —<br />

Valentino<br />

imagens: Vogue.it<br />

— TENDÊNCIAS —<br />

wes gordon dries Von noten maison<br />

kenzo osman proenza<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 17


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 18<br />

hoJe não mais<br />

obriGatório e fazendo<br />

parte da história da<br />

indumentÁria chinesa e<br />

Japonesa, o hanfu, mais<br />

conhecido como quimo-<br />

no, É uma das principais,<br />

se não a mais, referência<br />

destes dois países. ins-<br />

pirados pela história,<br />

estilistas representaram<br />

quimon0<br />

acne<br />

modelos semelhantes<br />

em suas coleções.<br />

— TENDÊNCIAS —<br />

muglerd<br />

imagens: Vogue.it<br />

— TENDÊNCIAS —<br />

zac posen christian dior<br />

kenzo zac posen jason wu<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 19


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 20<br />

go-<br />

La<br />

miLitar<br />

contribuindo com<br />

a moda e a política,<br />

Governantes populari-<br />

zaram as túnicas<br />

chinesas. esta Gola,<br />

sempre que adotada,<br />

aJuda a dar à coleção<br />

um ar militar asiÁtico.<br />

— TENDÊNCIAS —<br />

dries Van noten<br />

imagens: Vogue.it<br />

— TENDÊNCIAS —<br />

dries Van noten phillip lim rag & bone<br />

dries Van noten jason wu<br />

dries Van noten<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 21


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 22<br />

— TENDÊNCIAS —<br />

GostoU? QUER sE InsPIRaR MaIs?<br />

veJa os trechos de fiLmes que separamos para você<br />

o clã das adagas Voadoras Viagem a darjeeling<br />

Você poderá assistir a este vídeo na <strong>versão</strong> interativa<br />

da revista no iPad ou pelo link abaixo:<br />

www.youtube.com/watch?v=1CuQ6RhUkWA<br />

adeus, minha concubina o tigre & o dragão<br />

Você poderá assistir a este vídeo na <strong>versão</strong> interativa<br />

da revista no iPad ou pelo link abaixo:<br />

www.youtube.com/watch?v=LMkkjgfAFuQ<br />

Você poderá assistir a este vídeo na <strong>versão</strong> interativa<br />

da revista no iPad ou pelo link abaixo:<br />

www.youtube.com/watch?v=khs1j5DdPAc<br />

Você poderá assistir a este vídeo na <strong>versão</strong> interativa<br />

da revista no iPad ou pelo link abaixo:<br />

www.youtube.com/watch?v=oEaGsdiA0y0<br />

Vogue.it<br />

— TENDÊNCIAS —<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 23<br />

Valentino


— VIAGEM —<br />

OVAS<br />

XPERIÊNCIAS<br />

ao lonGo do tempo, a experiência de compra passou de um simples entrar,<br />

escolher, paGar e sair, para alGo muito mais complexo.<br />

O ato de entrar em uma loja já não fazia mais parte do cotidiano de muitas pessoas, até porque a compra online<br />

passou a ser mais prática para compras básicas. Para isto, muitas lojas passaram a criar novas experiências para seus<br />

consumidores. Hoje, comprar já não é mais entrar em um espaço cheio de araras e esperar pelo vendedor. Muitas<br />

delas voltaram a ter um aspecto de casa, em que as pessoas possam se sentar, bater um papo, beber, comer<br />

(muitas vezes até mesmo dormir), ver algo além da peça de roupa. Elas se misturam com arte, música, cinema<br />

e tomam diversos formatos para tornar a experiência do consumidor cada vez mais interessante. g<br />

na prÓXima página, cLique para conhecer meLhor a LoJa<br />

read the enGlish version<br />

X X X<br />

bLack<br />

ceLebration<br />

saLa de<br />

estar<br />

— BUREAU DE TENDÊNCIAS —<br />

corso<br />

como<br />

bYcicLe<br />

store<br />

song<br />

ra<br />

ateLier<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 25


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 26<br />

— VIAGEM —<br />

x X x<br />

Berlim, na Alemanha<br />

a experiência começa na procura pelo endereço: cheGar a porta<br />

do prÉdio de número 33 da sKalitzer str. não É o suficiente. Para encon-<br />

trar a xXx, é preciso atravessar um jardim interno e procurar por uma pequena porta escondida<br />

que abriga uma das mais incríveis lojas conceituais de Berlim. Quem entrar vai encontrar<br />

coleções de estilistas alemães, como Mads Dinesen, Butterfly Soulfire, Tata Christiane; dos<br />

internacionais Barbara I Gongini, Moonspoon Salon, Bjorg. Guiseppe Virgoni; e uma seleção<br />

de discos da Enfant Terrible, um selo que abriga artistas da cena alternativa alemã. Além<br />

disso, a loja abriga um espaço que serve como galeria, uma cozinha comunitária para festas<br />

particulares e eventos da loja (e se você der sorte, vai encontrar uma sopa de vegetais fresquinha<br />

te esperando quando passar por lá) além dos três quartos, delicadamente decorados, que dão<br />

um ar de conforto e faz com que você se sinta em casa, disponíveis para reserva durante o ano<br />

inteiro para aqueles que procuram por uma experiência completa.<br />

endereço<br />

Skalitzer St. 33 – jardim, lado direito, terceiro andar,<br />

10999 – Berlim, Alemanha<br />

horário de funcionamento<br />

terça a sexta _ das 12h às 20h.<br />

sábados _ das 12h às 18h.<br />

Bettery magazine<br />

— BUREAU — VIAGEM DE TENDÊNCIAS — —<br />

corso<br />

como<br />

Milão, na Itália.<br />

fiGurinha carimbada nos roteiros a milão, a 10 Corso Como, é uma das<br />

lojas conceituais mais importantes no universo fashion - junto da parisiense Colette e da inglesa<br />

Dover Market Street – e tem a curadoria de Carla Sozzani. Em cada andar, um famoso estilista<br />

está sendo representado, em decorações que se adaptam às coleções, além das peças exclusivas.<br />

A loja conta também com café, restaurante, hotel (são três quartos disponíveis) e uma galeria,<br />

com espaço para novos fotógrafos de moda.<br />

endereço<br />

Corso Como, 10<br />

20154 Milão, Itália<br />

horário de funcionamento<br />

todos os dias _ das 10:30h às 19:30h<br />

quartas e quintas _ das 10:30h às 21h<br />

Divulgação<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 27


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 28<br />

— VIAGEM —<br />

bicYcLe<br />

store<br />

Paris, na França.<br />

alÉm de roupas e acessórios de moda, as loJas conceituais passaram<br />

a dominar outros nichos. Paris, além de abrigar uma das mais importantes semanas<br />

de moda do mundo, é também onde acontece a principal competição de ciclismo, o Tour de<br />

France. Então por que não uma loja conceitual só de bicicletas? A Bicycle Store existe desde<br />

2008 e fica em um dos bairros mais moderninhos da cidade, o Marrais, entre a Republique e<br />

a Bastille, em um modelo bem diferente das lojas tradicionais. Oferecer bicicletas de marcas<br />

tradicionais e tem sua própria marca: a Heritage, que dá a possibilidade de customizar todas as<br />

peças da bicicleta tornando a experiência de compra ainda mais exclusiva.<br />

endereço<br />

17 Boulevard du Temple,<br />

75003 Paris, France<br />

horário de funcionamento<br />

segunda a sábado _ das 10h às 19h<br />

Divulgação<br />

— BUREAU — VIAGEM DE TENDÊNCIAS — —<br />

ateLier<br />

Nova York, nos EUA.<br />

desde a pequena loJa da crosbY street, atÉ ao novo endereço na<br />

hudson square, Karlo steel e constantin von haeften mantÉm a<br />

mesma estÉtica na atelier neW YorK. Apesar de trabalhar apenas com roupas<br />

masculinas, não exclui as mulheres. As peças podem ser consideradas andrógenas, assim como<br />

todo o espaço da Atelier, em cores sóbrias, como preto e cinza, e criações de designers como<br />

Carol Christian Poell, Yohji Yamamoto e Ann Demeulemeester. A decoração segue a mesma<br />

linha das roupas, móveis modernos, contrastando com algumas antiguidades (já que Van<br />

Haeften – um dos proprietários – é um colecionador), dá um aspecto elegante ao espaço.<br />

endereço<br />

304 Hudson St.<br />

New York, NY 10013<br />

horário de funcionamento<br />

segundas a sexta _ das 11h às 19h<br />

sábados _ das 12h às 19h<br />

domingos _ das 12h às 18h<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 29


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 30<br />

Phanos Kyriacou Nicosi<br />

— VIAGEM —<br />

blacK celebration É a primeira loJa conceito do chipre, locali-<br />

zada na maior cidade do país, nicósia. O espaço é quase uma brincadeira entre<br />

consumidor e produto. Quem visita a Black Celebration encontra produtos únicos, desde<br />

roupas de estilistas avant-garde até uma coleção de discos e livros raros.<br />

bLack<br />

ceLebration<br />

Nicósia, em Chipre.<br />

O espaço de dois andares e de linhas simples foi construído pelo artista Phanos Kyriacou. Para<br />

ver todos os produtos que estão à venda, alguns “desafios” são propostos e só serão descobertos<br />

durante o passeio.<br />

endereço<br />

17A Kypranoros St.<br />

1061 Nicósia, Chipre<br />

horário de funcionamento<br />

segundas, terças, quintas e sextas _ das 10:30h às 13h<br />

e das 15h às 19h.<br />

quartas e sábados _ das 10:30h às 14h<br />

Petit Passaport<br />

— VIAGEM —<br />

song<br />

Vienna, na Áustria.<br />

uma das cidades mais culturais da europa, vienna não poderia sobreviver<br />

sem uma loJa conceito. a principal delas É a sonG. Myung il<br />

Song, coreana que há 20 anos vive na cidade e é apaixonada por arte e moda, abriu uma fashion<br />

boutique que misturava coleções de famosos designers e iniciantes. Ao longo do tempo, o<br />

espaço tornou-se aberto para artistas plásticos que queriam mostrar seus trabalhos. O ambiente<br />

é decorado com móveis do alemão Piet Hein Eek, cadeiras e luminárias dos anos 1930. Móveis<br />

franceses do pré-guerra e a iluminação do ambiente, tornam a loja mais acolhedora. A SONG<br />

tem uma sala VIP para seus melhores clientes.<br />

endereço<br />

Praterstrasse 11 – 13<br />

1020 Vienna, Áustria<br />

horário de funcionamento<br />

segundas _ das 13h às 19h<br />

terça a sexta _ das 10h às 18h<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 31


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 32<br />

roman Hayat<br />

— VIAGEM —<br />

ra<br />

Antuérpia, na Bélgica.<br />

na vizinhança, brechós, Galerias e loJas de móveis antiGos, o bairro<br />

É o mais cool da antuÉrpia, cidade onde estudaram ann demeu-<br />

lemeester, dries van notten e raf simons. Inaugurada em 2010 por dois ex-<br />

-estudantes da Royal Academy of Art, a RA – inciais de Romain Brau e Anna Kushnerova – é<br />

um mix de galeria, loja, brechó, livraria, loja de discos e restaurante. É também um espaço para<br />

mostrar novos projetos, exibições, instalações e performances e enriquecem o discurso criativo<br />

e cultural do espaço e da cidade.<br />

endereço<br />

RA bvba Kloosterstraat 13<br />

2000 Antuérpia, Bélgica<br />

horário de funcionamento<br />

quarta a domingo _ das 11h às 18h.<br />

trickyhips.com<br />

— BUREAU — VIAGEM DE TENDÊNCIAS — —<br />

saLa de<br />

estar<br />

Rio de Janeiro, no Brasil.<br />

desde 2011, a sala de estar se dedica a mostrar ao público criações<br />

de novos talentos brasileiros, 29 novas marcas – de acessórios e vestuário - estão<br />

expostas na loja, que tem este nome com a intenção de parecer mesmo uma extensão da casa<br />

de quem a visita. A decoração conta com piso de madeira escura, sofás, tudo isso dentro de<br />

um casarão de dois andares em Botafogo. O casarão é um espaço multifuncional – chamado<br />

Comuna – onde também funcionam um bar, uma galeria de arte e um escritório.<br />

endereço<br />

Rua Sorocaba, 585<br />

22271-110, Rio de Janeiro, Brasil<br />

horário de funcionamento<br />

terça a sexta _ das 14h às 21h<br />

sábados (de 15 em 15 dias) _ das 18h às 22h<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 33


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 34<br />

— ENTREVISTA —<br />

A<br />

BELEZA<br />

DO<br />

LIXO<br />

dar um novo sentido aos vestíGios do cotidiano<br />

e encontrar beleza no descarte permeiam o<br />

proJeto ratorói de flÁvia vanelli. Publicitária por<br />

formação, durante a pós-graduação descobriu uma nova maneira<br />

de reaproveitar o plástico – longe de ser a reciclagem tradicional<br />

– explorando suas possibilidades estéticas e transformando-os em<br />

novos objetos com uma beleza intrigante. A catarina conversou<br />

com Flávia para entender pouco mais sobre este processo.<br />

read the enGlish version<br />

revista catarina: você lembra quando foi<br />

a primeira vez que percebeu que havia uma<br />

possibilidade de criação com o reaproveita-<br />

mento dos plÁsticos?<br />

flÁvia vanelli: Lembro que o que mais me estimulou foi<br />

a busca por direcionar minha estética e meus objetivos para<br />

um trabalho em que acreditasse. Da vontade de trabalhar de<br />

uma forma completamente nova, que não tivesse a geração<br />

de renda como única medida, mas que melhorasse a realidade<br />

dialogando com o entorno, comecei a pesquisar materiais<br />

que viabilizassem minhas criações. Elegi como ponto de<br />

partida plásticos do cotidiano descartados, como sacolas de<br />

supermercado e embalagens de alimento, grandes emblemas<br />

da sociedade industrial. Submetendo-os ao calor, resultam grafismos,<br />

padrões e texturas, comecei a explorar como desenho.<br />

A esta pesquisa dei o nome de EcoMatéria. A partir daí, crio<br />

produtos com os quais componho diferentes coleções com<br />

ênfase ao design de superfície.<br />

— ENTREVISTA —<br />

as lâminas decoratiVas podem ser aplicadas em móVeis e interiores.<br />

rc: o proJeto começou na academia, mas hÁ<br />

alGum tempo toma formas mais comerciais.<br />

em que momento você sentiu essa mudança?<br />

fv: Acredito que ele se torna mais real e palpável através<br />

do trabalho constante. A medida que a Rato tornou-se uma<br />

microempresa, a produção aumentou e surgiu a proposta de<br />

ser comecializado na loja Estúdio Orbitato. Recentemente,<br />

a iniciativa foi escolhida para a segunda etapa do prêmio de<br />

criatividade e inovação no Movimento Hotspot.<br />

você não entende de onde é que veio, tem que oLhar de novo.<br />

e eu acho que essa é a grande beLeza que a peça tem.<br />

— Flávia Vanelli<br />

rc: e as estampas, como surGiram?<br />

fv: Comecei a fotografar o resultado das matérias e a transfor-<br />

mar em estampas. Vi que dava um colorido muito vivo e uma<br />

estética que, quando você olha, causa um estranhamento. Você<br />

não entende de onde é que veio, tem que olhar de novo. E eu<br />

acho que essa é a grande beleza que a peça tem. g<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 35


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 36<br />

rc: e como É este processo?<br />

fv: Os diferentes tipos de plásticos são trabalhados individu-<br />

almente para não dificultar o processo de reciclagem. Eles são<br />

recolhidos, selecionados, e depois de aquecidos se transformam<br />

em uma nova superfície sem que seja acrescentado nenhum<br />

outro tipo de material que interfira na cor ou na consistência.<br />

Essa nova superfície se desdobra em aplicações na arte, no<br />

design de superfícies e na composição de recursos imagéticos<br />

para estamparia e moda.<br />

rc: em um trabalho com tantas cores e novas<br />

formas, onde você busca inspiração?<br />

fv: Músicos e bandas que se permitem experimentar. A música<br />

viva, pulsante, com diversas variações, layers. Escutar e<br />

perceber novos timbres, instrumentos, vocais é como observar<br />

o cotidiano e buscar novos sentidos para ele. Novos olhares,<br />

referências e ideias. Com filmes tem-se a mesma sensação, com<br />

a arte também.<br />

rc: no cotidiano, o plÁstico É utilizado de<br />

diversas formas e em diversos obJetos, com<br />

a rato quais as novas possibilidades do material<br />

e de que maneira ele pode ser explorado?<br />

fv: Pelas inúmeras possibilidades que o plástico permite, o trabalho<br />

se desdobra para o design, o mobiliário, acessórios e para<br />

arte, como foi o caso da parceria que fiz com o artista Nestor<br />

Júnior. Nas instalações, as ilustrações de Nestor se confundiam<br />

com os grafismos vindos do meu trabalho. Sempre estou em<br />

busca de novos caminhos para a aplicação. É uma atividade<br />

incessante, você está sempre descobrindo. Sempre buscando o<br />

melhor da estética daquilo para recontar uma história.<br />

rc: quando que as roupas começaram a fazer<br />

parte das possibilidades do proJeto?<br />

fv: Sempre entendi o design como um fazer múltiplo. O fazer<br />

roupas foi uma consequência de todo o processo. Já tinha<br />

desenvolvido a minha própria estética e tive um contato com a<br />

moulage, a construção de roupas e o entendimento do corpo,<br />

suas linhas e formas. Neste momento, resolvi desenvolver<br />

minhas próprias peças e aplicar esse desenho nelas. g<br />

— ENTREVISTA —<br />

o resultado da composição das ecomatérias dá origem à<br />

estampas produzidas em tecnologia digital.<br />

nada se leVa - desdobramentos estéticos a partir<br />

da laminação das ecomatérias plásticas. trabalho<br />

realizado com o auxílio da larco design.<br />

rato rói/Flávia Vanelli<br />

rato rói/Flávia Vanelli<br />

rato rói/Flávia Vanelli<br />

rc: hoJe, as pessoas podem comprar as peças<br />

da rato, de que forma esses produtos são<br />

comercializados?<br />

fv: As peças estão à venda no Estúdio Orbitato, em Pomerode,<br />

Santa Catarina, que é uma loja colaborativa, que promove o<br />

encontro entre quem quer comprar com quem quer vender<br />

coisas legais. As peças também podem ser vistas no site e no<br />

Facebook da marca.<br />

— ENTREVISTA —<br />

rc: quais os planos para o futuro da ratorói?<br />

fv: Aumentar o número de pontos de venda, e a curto prazo<br />

expandir a atuação pela porta coletiva, os envolvidos serão<br />

capazes de gerar renda por meio do comércio e dos direitos de<br />

propriedade intelectual.<br />

para saber mais,veJa o documentário sobre a rato rÓi<br />

Você poderá assistir a este vídeo na <strong>versão</strong> interativa<br />

da revista no iPad ou pelo link abaixo:<br />

http://vimeo.com/39172497<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 37


greenwichvintage.us<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 38<br />

— MENS WEAR — — MENS WEAR —<br />

os fundadores da greenwich Vintage co., tamas "zen" pomazi e max miller.<br />

MODA PARA<br />

cavaLheiros<br />

dois homens com um obJetivo comum e uma<br />

vontade nobre: resGatar o estilo clÁssico<br />

dos ídolos de dÉcadas passadas de um Jeito<br />

atraente para o homem atual. foi assim que<br />

nasceu a GreenWich vintaGe co., uma marca<br />

que defende o estilo dos verdadeiros<br />

cavalheiros, mantendo vivas as tradições<br />

e oferecendo um toque de modernidade.<br />

por CORinne weRneR<br />

read the enGlish version<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 39


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 40<br />

greenwichvintage.us<br />

— MENS WEAR —<br />

eLes vestiam bLazeres esportivos, caLças sociais e Lenço de boLso e oXfords, botas e<br />

mocassins. e, acima disso, se comportavam com muita cLasse, estiLo e confiança. com o<br />

passar dos anos, eu e meu sÓcio concordamos que não víamos mais estas grandes quaLidades<br />

nos homens de todo o dia e hoJe trabaLhamos para reestabeLecer estes vaLores.<br />

James Dean, Marlon Brando e Humphrey Bogart são alguns dos nomes<br />

citados por Tamas “Zen” Pomazi como inspiração para o nascimento da<br />

Greenwich Vintage Co. O mestre sapateiro e sócio fundador da marca<br />

conta que os ídolos do passado carregavam consigo uma elegância que<br />

ia além de estar bem-vestido “eles vestiam blazeres esportivos, calças<br />

sociais e lenço de bolso e oxfords, botas e mocassins. E, acima disso,<br />

se comportavam com muita classe, estilo e confiança. Com o passar<br />

dos anos, eu e meu sócio concordamos que não víamos mais estas<br />

grandes qualidades nos homens de todo o dia e hoje trabalhamos para<br />

reestabelecer estes valores”. A Greenwich Vintage Co. foi fundada<br />

com a intenção de restaurar e ressignificar produtos tradicionalmente<br />

americanos. Logo em seguida a restauração de botas, oxfords e outros<br />

sapatos tradicionais se tornaram o foco principal da marca. A notoriedade<br />

veio quando as exclusivas solas coloridas entraram em cena,<br />

— tamas “Zen” Pomazi<br />

adicionando o toque de modernidade que faltava ao trabalho da GVC.<br />

“Depois que criamos as solas coloridas, elas viraram a assinatura da<br />

nossa marca. Neste momento, o negócio evoluiu da simples restauração<br />

de sapatos para a transformação deles em arte para vestir”, conta o<br />

mestre sapateiro. A intimidade da marca com a arte não é por acaso.<br />

Tamas “Zen” Pomazi tem um sólido background em artes e grafite.<br />

Ele era um renomado artista que atendia sob a alcunha de Zen-One e,<br />

além de grafites, grandes murais e peças encomendadas para clientes, ele<br />

também customizava sneakers para clientes exclusivos, principalmente<br />

Jordans, Air Force Ones e Vans, além de outros tênis de skate. Foi<br />

a combinação da experiência de “Zen” com street wear e a vontade<br />

de modernizar o estilo clássico que levou à criação das icônicas solas<br />

coloridas.<br />

g<br />

greenwichvintage.us<br />

Keepers of the craft Outra característica interessante da Greenwich<br />

Vintage Co. é a preocupação em valorizar a tradição e a produção local.<br />

Termos como “mestre sapateiro” e “guardiões do ofício” são hashtags<br />

que aparecem frequentemente no Instagram da marca (instagram.com/<br />

grnwchvntgco) e de acordo com Zen, “estes termos são importantes,<br />

pois quando estão conectados a uma marca ou produto eles transmitem<br />

ao consumidor um nível de qualidade e artesanato únicos no mercado.<br />

Aqui na Greenwich Vintage nos orgulhamos do fato de que todos os<br />

nossos produtos são feitos à mão, usando técnicas tradicionais com o<br />

foco em um artesanato premium”. Baseados em Minneapolis, Min-<br />

nesota, a Greenwich Vintage Co. faz parte de um grupo de empresas<br />

que compartilha dos mesmos princípios e participam de feiras para a<br />

comercialização de seus produtos, como a Northern Grade, American<br />

Field e Confirmed Stock, que acontecem por todo o território ameri-<br />

— MENS WEAR —<br />

nossas parcerias surgem do deseJo de desenvoLver produtos que compLementem<br />

nossos sapatos, instigando a propagação do estiLo que defendemos<br />

keepers of the craft<br />

— tamas “Zen” Pomazi<br />

cano. “Nossas parcerias surgem do desejo de desenvolver produtos que<br />

complementem nossos sapatos, instigando a propagação do estilo que<br />

defendemos”, explica o mestre-sapateiro. “Até hoje realizamos duas.<br />

A primeira foi com a Railcar Fine Goods de Arcadia, California, com<br />

quem nos associamos para criar uma linha de calças de lona camufladas,<br />

e a segunda, mais recentemente, foi com a Leatherworks Minessota,<br />

com quem produzimos uma edição limitada de suspensórios de couro<br />

em cores especiais.” Os sócios da marca têm planos de crescimento.<br />

“Queremos continuar a inovar e desenvolver novos produtos com a<br />

marca Greenwich Vintage: solas coloridas e estampadas, calçados e<br />

acessórios. Mas o mais importante, queremos realizar isto tudo com<br />

manufatura e design baseados nos Estados Unidos, mantendo o foco<br />

na qualidade premium da manufatura que até hoje temos entregado a<br />

nossos clientes.<br />

as famosas solas coloridas dos sapatos da greenwich Vintage co.<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 41


Vestido aDRIana DEGREas,<br />

cinto QUIntEss e botas<br />

aCERVo.<br />

U R B A N T E X T U R E S<br />

fotografia<br />

DU BORSATTO


Vestido e chapéu aCERVo,<br />

anel e brincos VínGaRa. Calça, jaqueta e<br />

sutiã tIGREssE,<br />

sapatos JoRGE BIsCHoFF.


top Dta, calça 284,<br />

cinto CaVaLERa, sapatos<br />

JoRGE BIsCHoFF<br />

e bracelete VínGaRa.<br />

Macação DanILo Costa<br />

e blusa LUIGI BERtoLLI.


Vestido aDRIana DEGREas<br />

e gargantilha VínGaRa.<br />

Camisa VR, top Dta,<br />

calça tnG, boné new<br />

Era e brincos Víngara.<br />

Fotos: Du Borsatto<br />

assistente de Foto: Otávio Guarino<br />

styling: Felipe Fernandes<br />

Produção de Moda: João Victor Arpi<br />

assistente de Produção: Kleber Maia<br />

Beleza: Renner Souza<br />

Modelo: Solange Wilvert (Joy)


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 50<br />

— TOP 5 —<br />

MODelS<br />

nY<br />

F/w<br />

13<br />

em todos as fashions WeeKs, lindas modelos<br />

aparecem nas passarelas e Ganham a Graça de muitos<br />

estilistas. nesta temporada de inverno, cinco delas<br />

tiveram destaque em nova YorK e conquistaram<br />

as passarelas de marcas consaGradas.<br />

confira as apostas internacionais do mundo da moda<br />

read the enGlish version<br />

imagens: Vogue.it<br />

01<br />

Models NY F/W 13 JUliA<br />

— TOP 5 —<br />

nORBiS<br />

(AUSTRáliA)<br />

alexander wang<br />

Victoria beckham<br />

jean paul gaultier<br />

derek lam jason wu diesel jean paul gaultier<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 51


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 52<br />

imagens: Vogue.it<br />

02<br />

Models NY F/W 13 Fei<br />

— TOP 5 — — TOP 5 —<br />

Fei SUn<br />

(ChinA)<br />

Victoria beckham<br />

derek lam<br />

diesel<br />

jason wu rodarte rag & bone proenza schouler<br />

imagens: Vogue.it<br />

03<br />

Models NY F/W 13 CAROline<br />

nielSen<br />

(DinAMARCA)<br />

derek lam<br />

Victoria beckham<br />

prabal gurung proenza shouler jason wu diesel<br />

alexander wang<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 53


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 54<br />

imagens: Vogue.it<br />

04<br />

Models NY F/W 13 ZUZAnnA<br />

— TOP 5 —<br />

BiJOCh<br />

(POlôniA)<br />

derek lam<br />

helmut lang<br />

prabal gurung<br />

jason wu diesel michael kors ralph lauren<br />

imagens: Vogue.it<br />

05<br />

Models NY F/W 13 liU<br />

— TOP 5 —<br />

wen<br />

(ChinA)<br />

derek lam<br />

prabal gurung<br />

michael kors<br />

jason wu proenza shouler rodarte rag & bone<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 55


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 56<br />

imagens: acervo Paula Selby avellaneda<br />

— PERFIL —<br />

TODAS<br />

AS<br />

fACES<br />

DE<br />

— PERFIL —<br />

PAuLA<br />

SELBy<br />

AVEL-<br />

LANEDA<br />

com apenas 26 anos, a estilista brasileira radicada<br />

na arGentina comanda duas Grifes e uma boutique,<br />

que serve como base de apoio para diversos novos<br />

talentos do país. conheça esta força criativa<br />

e Grande empreendedora.<br />

por CAMilA BeAUMORD<br />

read the enGlish version<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 57


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 58<br />

foram nos dias mais aGitados de Janeiro em que<br />

nos conhecemos. Se, ao ler esta frase, você pensou na folia<br />

dos primeiros dias do ano, está enganado. Para quem trabalha no<br />

segmento, a correria de janeiro é sinônima às grandes feiras têxteis<br />

e de moda que abrem a temporada. Fomos convidados a lançar a<br />

edição 33 da revista catarina no principal evento da indústria<br />

em escala global – a Première Brasil, que em breve ganhará o<br />

nome de Première Vision São Paulo (mantendo o padrão da matriz<br />

parisiense e das filiais ao redor do mundo). Você pode imaginar a<br />

vontade de querer absorver absolutamente tudo que o espaço oferece,<br />

afinal, o começo da cadeia da moda estava ali, como um trailer<br />

de todo o desdobramento que veríamos nas passarelas e nas ruas<br />

do verão de 2014. Ao mesmo tempo, tínhamos um compromisso<br />

como expositores para mostrar o nosso trabalho, a nossa essência<br />

como editora, tudo aquilo que amamos fazer. Agito, portanto, não<br />

começa a descrever a nossa semana.<br />

Em meio a essa gostosa loucura, surgiu a oportunidade de entrevistar<br />

paula selby avellaneda, designer dos uniformes da equipe dessa<br />

edição do evento. Sabia pouco sobre o seu trabalho – apenas que<br />

morava na Argentina e havia aberto uma loja com outros designers<br />

promissores do país. Mas, em uma conversa que ocupou mais da<br />

metade do espaço de memória do meu gravador, descobri que o que<br />

conhecia era apenas uma gota no balde de experiências da estilista. g<br />

uniforme das recepcionistas da<br />

première brasil,desenVolVido por paula.<br />

— PERFIL — — PERFIL —<br />

imagens: acervo Paula Selby avellaneda<br />

as origens<br />

[minha mãe] fazia peças em pequena quantidade e vendia. foi esse o meu primeiro<br />

contato com a moda. sempre gostei de costurar. aconteceu assim, naturaLmente.<br />

não foi porque eu sempre tive o sonho de fundar uma grande marca.<br />

Paula tem sangue argentino, mas é brasileira, natural de Barra de São<br />

João, no litoral fluminense. “Meus pais vieram para o Brasil porque<br />

o meu avô trabalhava com o embaixador e depois ficou morando<br />

em Búzios”, contou. “Ele se encantou com Búzios! Junto com a<br />

minha avó, abriu a Pousada do Sol em Lagoa das Pedras e parte<br />

da minha família ficou no Rio.” Aos 11 anos, Paula foi morar em<br />

Buenos Aires e começou a observar o carinho da mãe com a costura.<br />

“Ela fazia peças em pequena quantidade e vendia”, relembrou a<br />

designer. “E foi esse o meu primeiro contato com a moda. Sempre<br />

gostei de costurar. Aconteceu assim, naturalmente. Não foi porque<br />

eu sempre tive o sonho de fundar uma grande marca.”<br />

— Paula selby avellaneda<br />

preparações para o desfile.<br />

Seu interesse, no entanto, foi grande o suficiente para leva-la a<br />

Milão aos 18 anos, onde se especializou no assunto. “Falaram que<br />

era uma referência de moda importante, então fui. Fiz a mala,<br />

peguei o cachorro e tchau”, riu Paula. Quando perguntei se gostou<br />

da experiência de estudar em uma das grandes capitais de moda,<br />

a estilista precisou pensar um pouco. “Foi bom,” afirmou. “Mas,<br />

no final, não gostei a ponto de querer ficar e aprender por mais<br />

tempo. Não achei [o ambiente] tão criativo quanto esperava. Adoro<br />

a cidade, mas eu estava procurando alguma coisa mais criativa.” g<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 59


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 60<br />

— PERFIL —<br />

coleção inscrita no prestigioso hyère festiVal,<br />

no Qual paula foi uma das 10 finalistas.<br />

imagens: acervo Paula Selby avellaneda<br />

house of matching coLors<br />

Essa “coisa mais criativa” foi encontrada na Bélgica, onde fez mestra-<br />

do. Seu design arrojado chamou a atenção do multi-instrumentista<br />

Patrick Wolf, que a convidou para desenvolver seu figurino para o<br />

palco. “Foi muito legal”, suspirou Paula. “Eu não sabia o que esperar<br />

porque foi a primeira vez que fiz algo assim. Fui para Londres, levei<br />

as coisas que ele pediu e conclui o trabalho. Depois, assisti ao show<br />

e comecei a entender um milhão de coisas práticas. Por exemplo,<br />

não dá para colocar detalhes que podem atrapalha-lo quando ele<br />

vai cantar. Absorvi tudo e incorporei ao que gosto de criar, ao meu<br />

estilo de trabalhar.”<br />

Em pouco tempo, Paula fundou uma marca própria e ampliou seu<br />

leque de clientes. “Atendi Peaches, The National, Madonna usou<br />

uma jaqueta minha uma vez!”, contou. De volta a Buenos Aires<br />

após morar por alguns anos em Paris – onde participou do estimado<br />

Hyères Festival e foi convidada para desenvolver os uniformes da<br />

Première Brasil –, a designer focou na marca e acrescentou uma linha<br />

de jaquetas. “Comecei a ficar conhecida na imprensa, então algumas<br />

multimarcas me contrataram para fazer produção para elas. E assim<br />

eu comecei a ter uma coleção por estação.” Hoje, a chamada House<br />

of Matching Colors exporta principalmente para o Japão, além de<br />

grandes centros como Nova York, Los Angeles, Londres, Dubai,<br />

Paris, Antuérpia, Tapei e para o Qatar. “Adoraria exportar para o<br />

Brasil!”, revelou Paula. “Estou procurando clientes, mas conheço<br />

pouco da moda brasileira. Quero aprender mais.”<br />

— PERFIL —<br />

preparações para o desfile.<br />

Como se tudo isso não fosse o bastante, a estilista ainda está<br />

envolvida em uma série de projetos paralelos. Quando perguntei<br />

sobre o seu sonho agora, a resposta foi automática – “Quero me<br />

organizar!” Paula comanda ainda uma grife de alta costura chamada<br />

Fauna, administra a boutique Pandora e está lançando uma label<br />

para jovens designers independentes.<br />

“Mas você tem um agente, um sócio, alguém para ajuda-la na<br />

administração?” indaguei. “Tenho os meus amigos”, respondeu a<br />

estilista em um tom de agradecimento. “Tenho muita sorte, eles me<br />

ajudam muito.”<br />

Ao olhar para Paula, é difícil imaginar que, por trás da fachada tranquila<br />

e fala mansa, está uma força criativa e grande empreendedora<br />

com apenas 26 anos. Mas não se deixe enganar pelo seu jeito calmo.<br />

O que parece timidez ou modéstia é na verdade uma segurança<br />

discreta sobre seu potencial. Inquieta, Paula busca aprender mais<br />

e mais, por isso parece estar sempre um passo à frente. Sua meta<br />

agora é se fixar em algum lugar. “Quero ficar mais estável. Há oito<br />

anos estou pipocando nos lugares... fico um ano em um lugar, dois<br />

em outro”, desabafa. Mas, na sequência, não esconde seu espírito<br />

nômade e a vontade de estar presente em diferentes mercados.<br />

“Quero fazer muitos projetos ao mesmo tempo. Já pensei em passar<br />

mais uma temporada na Bélgica, porque meu namorado mora lá.<br />

Gosto de Paris também, posso trabalhar tranquilamente lá.” Até o<br />

Brasil não escapa dos planos de Paula. “Sou brasileira, sempre penso<br />

que algum dia poderia vir morar aqui!”<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 61


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 62<br />

— QUEM É QUEM —<br />

PeRSOnAli-<br />

DADe<br />

FAShiOn<br />

mais conhecida como musa, esposa e cúmplice criativa do<br />

estilista ricK oWns, , michèle lamY É uma das poucas e Grandes<br />

fiGuras excêntricas da moda que resiste. emblemÁtica,<br />

ex-frequentadora da noite underGround de los anGeles<br />

e antiGa proprietÁria do les deux cafÉ (badalado restaurante<br />

inspirado nos antiGos cabarÉs), michele não se entreGa<br />

ao tempo e continua fiel a seu estilo.<br />

read the enGlish version<br />

25.media.tumblr.com<br />

nterviewmagazine.com elhieroglyph.tumblr.com models.com<br />

— QUEM É QUEM —<br />

larocaille.altervista.org<br />

da mulher de dedos tatuados e dentes banhados a<br />

ouro se disse muito: ela é argelina, uma cigana, ela nasceu em<br />

um campo de resistência ocupado na França, foi criada por lobos, ela<br />

é traficante de armas, uma vampira, uma bruxa de 1.600 anos de idade.<br />

Falatórios de sua imagem à parte, Michèle Lamy é um típica francesa<br />

de sotaque carregado e de história longa. Autêntica desde sempre,<br />

na adolescência foi dançarina streaper e estudante de Direito. Aos 20<br />

anos, fugiu de sua educação rica da província parisiense para estudar<br />

Filosofia. Em 1968, estava envolvida em protestos em Paris e, no<br />

início dos anos 1970, queria ser Bob Dylan. Aos 30 anos, viveu um<br />

sonho californiano cercado por artistas e deu à luz sua filha Scarlett<br />

Rouge. Chegado os 40 anos, Michèle aderiu ao ramo empresarial em<br />

Los Angeles e conheceu seu grande e atual amor Rick Owens.<br />

sempre fui interessada em fiLosofia,<br />

mas eu acho que não eXiste mais fiLÓsofos<br />

e sim artistas. é uma coisa visuaL - você vê<br />

a arte e sente isso, e não precisa necessariamente<br />

Ler spinoza e deLuze para compreender.<br />

— Michèle Lamy<br />

Gótica romântica, largou o que tinha em Los Angeles para se aventurar<br />

novamente na França com seu amor e realizar seus sonhos mais<br />

selvagens de varejo. Poucas pessoas sabem que há 10 anos foi Michèle<br />

que ajudou Rick Owens a fazer seu nome no mundo fashion. Vendeu<br />

seu badalado restaurante, mudou-se para Paris e tornou-se sócia do<br />

marido 25 anos mais novo. g<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 63


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 64<br />

O casal referência em estilo, moda e vida, é proprietário de lojas es-<br />

palhadas pelo mundo. Rick Owens desenvolve suas peças inspiradas<br />

em Michèle e Michèle é responsável por toda produção e procura de<br />

matéria-prima original e diferenciada. Engajada nos assuntos financeiros<br />

da grife e fascinada por jovens talentos, é uma das responsáveis pela<br />

ascensão de Gareth Pugh na moda, comprando sua primeira coleção<br />

inteira. O amor ao gótico pode ser visto não apenas na escolha de<br />

designers, mas também no seu estilo diário. O uso da tarja preta na<br />

testa, dedos negros, dentes cobertos de ouro e pele brilhando bronze<br />

são sua marca e sua crença.<br />

Criatura mágica cigana foi capaz de entrar e sair constantemente de<br />

diferentes papéis ao longo de sua vida sem falhar. Parecendo uma<br />

esfinge, vestida com uma espécie de Klaft egípcio, ela diz que sua linha<br />

vertical pintada na testa é simbólica e a mantém ligada a terra. Como<br />

uma feiticeira, Michèle olha para o ocultismo como uma parte de nossa<br />

humanidade e quer que sua história dos 50 e mais anos sejam ao lado<br />

de seu mel (como ela mesma o chama) Rick.<br />

Les deuX café: take tWo<br />

Dez anos depois, surge a notícia que tantos frequentadores, na maioria<br />

famosos, esperavam. Les Deux Café será reaberto, mas desta vez em<br />

Veneza, em uma antiga e charmosa fábrica de vidros de 100 mil metros<br />

quadrados. Além do restaurante (coração do projeto), os vários galpões<br />

e áreas livres irão se transformar em uma fundação de apoio aos jovens<br />

talentos, contendo ateliês, estúdios e galerias. Um grande projeto com<br />

planos de lançamento para a Bienal de Veneza em junho.<br />

— QUEM É QUEM — — QUEM É QUEM —<br />

wwd.com<br />

markcoflaherty.wordpress.com<br />

stylelinemag.com<br />

facebook.com/michele.lamy.54<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 65


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 66<br />

— ENTREVISTA —<br />

eSTAMPA<br />

DO MUnDO<br />

pense em um estúdio criativo, especializado em desiGn de estampas,<br />

que une artistas do mundo todo, trabalhando de forma totalmente<br />

diGital. Essa é a Musse, empresa online fundada por Débora Mussak, em 2011. De lá<br />

para cá, apesar de pouco tempo, a repercussão da qualidade criativa da empresa, que<br />

começou trabalhando apenas com artistas brasileiros, vem ganhando o mundo.<br />

No seu portfólio, clientes como a gigante Macy´s chamam atenção.<br />

por JUliAnA BeRkenBROCk<br />

read the enGlish version<br />

— ENTREVISTA —<br />

A ideia da Musse surgiu a partir da experiência de Débora que, ao trabalhar para marcas nacionais, percebeu quão<br />

limitado era o processo de criação de estampas no Brasil. “Designers são contratados para produzir “cópias” ou as<br />

estampas são compradas de estúdios internacionais”, ela observa.<br />

A ideia inicial foi levar ao alcance das empresas, criações dos melhores designers de estampas do Brasil, mas, ironi-<br />

camente, começaram a vender primeiro para empresas americanas. Débora explica que isso aconteceu naturalmente,<br />

pois esse mercado já estava mais familiarizado com a compra online, além de respeitar mais a criatividade e a questão<br />

dos direitos autorais.<br />

Hoje, os artistas que integram o portfólio criativo da Musse vêm de diferentes lugares do mundo. Por exemplo,<br />

desenvolvimento e tecnologia estão parte nos EUA e parte na Índia. É esta característica de “escritório do mundo”,<br />

segundo Débora, que é a “cara” da empresa, sem deixar de assegurar a qualidade e integridade de cada desenho<br />

comercializado. Você pode conferir tudo isso em www.mussecollective.com.<br />

Em 2012, Débora passou quatro meses em Boston pesquisando a convite do International Entrepreneurship Center.<br />

De lá, trouxe novidades para o site lançado em janeiro. Na entrevista a seguir, ela conta um pouco da história da<br />

Musse e fala sobre o mercado de design de estampas, sob seu ponto de vista. g<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 67


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 68<br />

revista catarina: que mercado você observa<br />

como mais aberto à proposta de compra de<br />

padrões têxteis online? sabemos que muitas<br />

empresas ainda são resistentes a este modelo<br />

e ainda esperam o representante com uma<br />

mala cheia de amostras...<br />

dÉbora mussaK: Creio que o fato de estar mais aberto a<br />

nova forma de comprar padrões está mais ligado ao perfil das<br />

pessoas do que ao setor de mercado. As novas gerações têm<br />

muita naturalidade para escolher e comprar online. Mas, após<br />

ouvir alguns clientes que resistem ao tradicional, nós decidimos<br />

criar o “Print Button”, que permite imprimir amostras em papel<br />

antes de decidir a compra. Essa ferramenta estará disponível para<br />

assinantes anuais em breve.<br />

rc: como você situa o mercado de criação em<br />

estamparia e o consumo deste produto aqui<br />

no brasil?<br />

dm: Sofremos com uma questão cultural - a “cultura da cópia”.<br />

É triste, mas, principalmente na moda, raríssimas empresas<br />

nacionais decidem sua coleção antes de olhar atentamente<br />

os desfiles internacionais. Isso atrasa nosso desenvolvimento<br />

criativo e limita nossa projeção no mundo.<br />

rc: na sua opinião, qual país estÁ mais preparado<br />

e possui maior inovação, tanto comercial<br />

quanto criativa, dentro do mercado de estamparia?<br />

dm: Até agora, vejo os EUA sempre à frente. Mas tenho esperança<br />

de ver o Brasil desabrochar neste sentido. Há muito a ser explorado<br />

ainda e o mundo está louco para beber mais dessa fonte criativa!<br />

— BUREAU — ENTREVISTA DE TENDÊNCIAS — — — BUREAU — ENTREVISTA DE TENDÊNCIAS — —<br />

rc: você conseGue apontar um país como sendo<br />

o polo criativo neste setor?<br />

dm: Historicamente, tem a Itália com a produção de seda pintada<br />

à mão e escolas especializadas em estamparia convencional.<br />

A Inglaterra aparece com design contemporâneo, que explora<br />

muito bem as possibilidades da impressão digital. E, hoje, patriotismo<br />

à parte, acredito que o Brasil seja um grande polo criativo<br />

também, já que este universo é novo e tenho visto muita gente<br />

talentosa se interessar pela área.<br />

rc: pela sua experiência, quem estÁ consumindo<br />

mais este produto: vestuÁrio ou decoração?<br />

dm: O vestuário, principalmente pelo seu tamanho e ciclos mais<br />

rápidos.<br />

rc: como foi sua curadoria para selecionar<br />

os primeiros artistas participantes da musse?<br />

dm: Os primeiros artistas convidados eram ex-colegas de trabalho<br />

e amigos. Em seguida, foi feita uma pesquisa de portfólios<br />

no Flickr e os selecionados foram convidados através de e-mail.<br />

Após alguns meses com o site no ar, percebi que o boca-a-boca<br />

e indicações são o que mais trazem novos artistas para a Musse.<br />

rc: como É feita a seleção de artistas que<br />

compõem o portfólio da empresa?<br />

dm: Muita gente entra em contato através do site e eu sempre<br />

peço que envie uma amostra do portfólio para análise. Outros<br />

são contatados diretamente por mim. No começo da empresa,<br />

fiz a busca usando o Flickr e, em 2013, essa busca continua. O<br />

lugar preferido agora para encontrar talentos é o Behance. Em<br />

outubro de 2012, visitei o FIT (Fashion Institute of Technology,<br />

g<br />

em NY) e conversei com o diretor do curso de Surface Design,<br />

a receptividade foi maravilhosa! Fui convidada a fazer uma<br />

apresentação para os alunos que estão se formando agora, e assim<br />

surgiu a ideia de conversar nas principais escolas de moda e<br />

design do mundo, da mesma forma humilde e aprendendo com<br />

os feedbacks. Além disso, convidamos designers que visitam as<br />

feiras que participamos, como a Première Vision, em Paris. Em<br />

setembro de 2012, tivemos mais de 80 alunos e profissionais<br />

interessados. Muitos deles já estão em nosso novo site, lançado<br />

mês passado.<br />

hoJe, patriotismo à parte, acredito<br />

que o brasiL seJa um grande poLo<br />

criativo também, Já que este universo<br />

é novo e tenho visto muita gente<br />

taLentosa se interessar peLa área.<br />

— Débora Mussak<br />

rc: a maior parte de clientes da musse vem de<br />

onde? são empresas, na maioria, de que porte?<br />

dm: Hoje nossos principais clientes são dos EUA e de grande<br />

porte, como a Macy’s. A Macys´s, ao comprar nosso material,<br />

trouxe alguns de seus fornecedores também, como a Kipling,<br />

que buscou comprar os desenhos já favoritados pela equipe da<br />

Macy’s. Temos notado que a Musse desperta interesse princi-<br />

palmente de empresas grandes, já que oferecemos uma forma<br />

www.mussecollectiVe.com<br />

mais rápida e barata para quem precisa de grandes quantidades<br />

de estampas exclusivas, e, às vezes, essa necessidade não bate<br />

com as datas das feiras tradicionais. Além disso, nosso jeito de<br />

negócio não tem a pressão do “comprar agora ou nunca”, típico<br />

da correria das feiras.<br />

rc: como funciona o aplicativo desenvolvido<br />

por vocês?<br />

dm: O aplicativo permite pesquisar artistas por país, categorias e<br />

palavras-chave. Ao dar zoom fica fácil entender o tamanho 100%<br />

de impressão dos desenhos. Também é possível ver como o<br />

padrão fica repetido e aplicado em vestidos e diferentes objetos.<br />

Por enquanto, esse programa está apenas nos nossos iPads e está<br />

sendo mostrado em feiras e em nossas visitas a empresas. Em<br />

breve, a <strong>versão</strong> 1.0 estará disponível para assinantes na App Store.<br />

rc: É possível “encomendar” padrões exclusivos<br />

para vocês? contratÁ-los para criarem<br />

diante de um briefinG e comprar os direitos<br />

de uso dessa criação?<br />

dm: Sim, é o que fazemos para a Macy’s, por exemplo, que<br />

comprou os direitos de um desenho exclusivo assinado pelo<br />

artista plástico Guilherme Kramer. Ele tem um traço forte,<br />

característico do seu trabalho, e fez uma estampa com a fachada<br />

da maior loja Macy’s em NY misturada a elementos brasileiros.<br />

O desenho ficou maravilhoso e foi usado em eco-bags na campanha<br />

da coleção inspirada no Brasil, lançada em maio de 2012.<br />

Em breve será possível solicitar briefings de forma mais simples<br />

através do novo site.<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 69


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 70<br />

moda2.0<br />

— INTERNET —<br />

com o avanço da internet e da aGilidade das redes sociais, as marcas que não estão<br />

presentes neste meio são pouco lembradas. Por isso, muitas optam em fazer ações diferentes,<br />

às vezes, até fugindo do comum para impactar seu público e não serem esquecidas. Trouxemos nesta edição algumas<br />

ações que nos marcaram pela criatividade e interação com o público online.<br />

Você poderá assistir a este vídeo na <strong>versão</strong> interativa<br />

da revista no iPad ou pelo link abaixo:<br />

www.vimeo.com/58933055<br />

lanVin summer 2013<br />

alber elbaz foi impedido de viajar para Nova York por<br />

causa do Furação Sandy. Então, o vídeo da campanha<br />

de verão 2013 da lanvin conta com imagens de<br />

modelos sendo interrompidas por uma ligação<br />

do estilista via Skype, que continua assistindo<br />

tudo online e fazendo comentários.<br />

por ARiAnA lUZ<br />

read the enGlish version<br />

lizzy caplan for ViVa Vena<br />

A vena cava escolheu a atriz lizzy caplan<br />

para estrelar um vídeo parodiando os filmes<br />

de moda, com propostas fora da realidade.<br />

Além de satirizar as it-girls, o filme passa<br />

o recado de que não é um filme artístico<br />

de moda, mas apenas um comercial.<br />

Você poderá assistir a este vídeo na <strong>versão</strong> interativa<br />

da revista no iPad ou pelo link abaixo:<br />

www.youtu.be/uX3EemfsKds<br />

louis Vuitton: spot the difference<br />

lacoste: the polo of the future<br />

A lacoste criou um vídeo mostrando como<br />

seriam as camisetas do futuro, algo que muda de cores<br />

e estampas com facilidade. Além do vídeo, a marca<br />

criou o lacoste future, um website onde todos<br />

os consumidores poderiam compartilhar suas ideias<br />

de como serão as camisetas polo do futuro.<br />

spot the difference foi o nome da campanha que a louis vuitton<br />

criou para celebrar a abertura da Louis Vuitton Kusana Concept<br />

Store, em Londres. Foram lançados dois vídeos, estrelados pela<br />

blogueira Bip Ling. Por mais que os vídeos pareçam iguais, eles<br />

contam com cinco erros. Será que você consegue descobri-los?<br />

Você poderá assistir a este vídeo na <strong>versão</strong> interativa<br />

da revista no iPad ou pelo link abaixo:<br />

www.youtu.be/5WHRXCIHSmU<br />

Você poderá assistir a este vídeo na <strong>versão</strong> interativa<br />

da revista no iPad ou pelo link abaixo:<br />

www.youtu.be/RmgqrdXuUa4<br />

— INTERNET —<br />

Você poderá assistir a este vídeo na <strong>versão</strong> interativa<br />

da revista no iPad ou pelo link abaixo:<br />

www.vimeo.com/54929547<br />

uniQlo: dry mesh project<br />

A marca uniqlo, de Tóquio, resolveu utilizar uma rede pouco<br />

explorada pelas marcas com uma ação sensacional: o Pinterest.<br />

Ao entrar na página, o consumidor se deparava com uma barra<br />

de rolagem animada, feita com as imagens postadas em cada<br />

board. O projeto foi chamado de dry mesh project.<br />

Você poderá ver esta galeria na <strong>versão</strong> interativa<br />

da revista no iPad ou pelo link abaixo:<br />

www.pinterest.com/unqdm23/pins<br />

new york fashion week<br />

E os eventos de moda também não estão por fora!<br />

O último new York fashion Week, realizado no início<br />

de fevereiro, transmitiu ao vivo todos os desfiles do<br />

seu line up pela primeira vez. Os amantes da moda do<br />

mundo inteiro puderam acompanhar as coleções no site<br />

oficial do evento, na tranquilidade dos seus lares.<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 71


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 72<br />

Quando penso em alta costura, penso em tecidos nobres e<br />

tecnológicos, penso em tramas bem executadas e modela-<br />

gens diferenciadas. Não vivemos mais na Belle Époque dos<br />

vestidos rodados e metros de tecidos, mas já cansamos do<br />

tradicional tweed e os temas góticos que só trazem preto e<br />

mais preto.<br />

Começamos com uma grande perda em 2011. Acusado<br />

por antissemitismo, um dos mais lendários e talentosos<br />

no assunto, John Galliano, não só foi afastado da Maison<br />

Dior, como também perdeu o título de Cavaleiro de Legião<br />

da Honra. Tudo bem, antissemitismo é coisa séria. Mas<br />

enquanto Paris o rejeita, Nova York o acolhe. Como bem<br />

devem saber, há pouco tempo Galliano anunciou que fará<br />

dupla com o Sr. De La Renta nessa temporada. Perda para<br />

uns, ganhos para outros. O substituto de Galliano na Dior,<br />

Raf Simons, em sua quarta temporada, ainda não se firmou<br />

com a identidade da marca. Seu estilo minimalista, puxando<br />

sempre para o menos do menos, inclusive na alta costura,<br />

não convence. Ou convence?<br />

— ARTIGO —<br />

a da<br />

haute couture<br />

a tradição parisiense encontra-se encurralada nos<br />

quesitos criatividade e tempo para o feito à mão. o mundo<br />

que se rendeu ao prêt-à-porter, que, por sua vez, estÁ<br />

enGolindo essa tradição histórica, vem sofrendo carência<br />

cultural. a cada temporada, a alta costura vem deixando a<br />

deseJar nas tendências das tramas, materiais e modelaGem.<br />

por GRASielA SOUZA<br />

read the enGlish version<br />

Quem conhece bem a moda e os designers que fazem parte<br />

de sua história, lembra-se da famosa italiana Elza Schiaparelli,<br />

pioneira na difusão arte e moda. O retorno da marca,<br />

que estava previsto para o inverno, foi adiado para o verão<br />

e, até agora, nada. Por não acharem um designer criativo que<br />

encaixe com o conceito da marca, o empresário Diego Della<br />

Valle decidiu adiar o retorno para a próxima temporada.<br />

Como diz o ditado, a pressa é inimiga da perfeição, e a que<br />

tudo indica, a volta da marca Schiaparelli, está sendo planejada<br />

para não decepcionar. Será que eles se espelham em<br />

outras casas que tiveram pressa e andam colhendo os frutos?<br />

Disso não temos certeza, mas há rumores de que o nome<br />

cotado para estar à frente da marca é Nicolas Ghesquière.<br />

Sim, o assunto em questão é haute couture, e haute couture,<br />

até onde os bons costumes afirmam, se passa em Paris.<br />

Voltamos então a Paris. Desde 2010, Givenchy vem fazendo<br />

pequenas, porém, lindíssimas coleções na alta costura.<br />

Primeiro surge a redução significativa de looks, e agora<br />

Ricardo Tisci, diretor criativo, e, ao meu ver, maestro da alta<br />

g<br />

— FAVORITOS — ARTIGO —<br />

costura, decide cair por tempo indeterminado da semana<br />

mais disputada de Paris. A razão? As coleções de alta costura<br />

não trazem tanto retorno quanto deveriam. BINGO! Tisci<br />

continua a fazer seus vestidos feitos à mão para celebridades<br />

em red carpets, que, sem dúvidas, comercialmente é muito<br />

mais rentável e de retorno imediato.<br />

E se a tradicional Givenchy sai de cena por tempo indeterminado,<br />

por sua vez, a novata Ulyana Sergeenko continua<br />

sua trajetória haute couture. Russa, socialite, rainha do street<br />

style, agradou a todos em sua primeira temporada. Já a segunda...<br />

Bom, a segunda mostra o que ela já havia mostrado.<br />

Saias godês, lenços, chapéus e alusões a filmes vintage. Fazendo<br />

um raciocínio criterioso, é muito déjà vu com pouca<br />

unidade estética para uma designer que quer se inteirar na<br />

alta costura. É hora de rever conceitos e desvincular-se do<br />

estilo pessoal.<br />

Reinvenção ou irrelevância? Um nítido descontentamento<br />

com uma das fontes mais fortes e catalisadoras de novas<br />

abordagens assombra a haute couture. Enquanto Paris patina<br />

nas verdades e mentiras, Nova York e Ásia mostram suas forças.<br />

Sabemos que criatividade vem de todos os lugares, mas<br />

se a principal está deixando a desejar, é hora de reinventar.<br />

No século 19, França e Alemanha começaram a desenvolver<br />

uma batida de ópera modernizada sem destruir a tradição<br />

e supremacia da ópera italiana. Se algumas fronteiras forem<br />

quebradas e se grupos saciados por sua própria importância<br />

deixarem de lado o ego do “eu sou” para o “nós somos”, essa<br />

mesma introdução pacífica pode acontecer com a moda.<br />

Chega de menos, e um culto ao mais. Prepare-se para a luz<br />

no fim do túnel. Estamos prestes a ver a primeira faísca<br />

haute couture fora de Paris. Sabe a junção Oscar de La Renta<br />

e John Galliano? Pois é...<br />

Givenchy Haute Couture<br />

outono Inverno 2011<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 73<br />

Karla Otto


coulourblind.wordpress.com<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 74<br />

— NOVAS — TECNOLOGIAS FAVORITOS — —<br />

— NOVAS TECNOLOGIAS —<br />

por um fio<br />

vanguarda<br />

na busca do novo e exclusivo, alGuns desiGners de moda JÁ trabalham em<br />

laboratórios pesquisando novas tecnoloGias e materiais para realizar<br />

suas criações. são os chamados “desiGners tecnolóGicos”. visando alÉm da<br />

arte, eles atuam em todas as Áreas da criação e subvertem as tecnoloGias JÁ<br />

disponíveis em uma própria estrutura industrial para compor suas obras.<br />

g<br />

read the enGlish version<br />

mariamodablog.blogspot.com.br<br />

maneL torres<br />

O designer espanhol Manel Torres concedeu uma estética inteira-<br />

mente nova sobre o mundo do design de moda. Suas experiências<br />

com spray-on repercutiu um movimento contemporâneo dentro<br />

da moda que aproveitou e reinventou novas tecnologias, a fim de<br />

se afastar das pré-existentes silhuetas.<br />

a parceria indústria e estilista É benÉfica para<br />

ambas as partes. Estilistas garantem exclusividade e diferencial<br />

estético frente aos concorrentes e a indústria tem como termômetro<br />

emocional as plateias e críticos de moda servindo como medida para o<br />

sucesso e popularização de uma tecnologia ou produto desenvolvido.<br />

A junção desta pareceria forma a “Indústria de Estilo”. Juntos eles<br />

enfrentam um grande desafio – a China. No final do último século, o<br />

modelo de toda produção chinesa cresceu consideravelmente, esmagando<br />

de um modo geral o preço dos produtos padronizados, cujo processo<br />

de produção não sofria diferenciação.<br />

Atualmente, a crescente concorrência e a entrada de empresas internacionais<br />

no mercado interno junto com o rápido acesso às informações,<br />

motivam as empresas a uma diferenciação dos seus artigos. A indústria<br />

têxtil está em constante mudança para acomodar a pró-atividade na<br />

moda. Novos tecidos estão sendo desenvolvidos para reduzir o impacto<br />

negativo que a moda tem sobre o mundo e o meio ambiente.<br />

Alterações se adaptam a um novo hábito, a uma nova maneira de pensar.<br />

Mais do que assimilar tecnologia, cada vez mais, pessoas querem<br />

vestir tecnologia. Nos últimos anos, o efeito easy-care e a durabilidade<br />

dos materiais foram os pontos mais pesquisados, bem como os tecidos<br />

“inteligentes”, com efeito anti-stresse, antibacteriano, antimanchas e<br />

térmicos. g<br />

hussen chaLaYan<br />

Chalayan é um designer de moda internacionalmente<br />

aclamado por seu uso inovador de materiais, corte, padrão<br />

meticuloso e atitude progressiva à nova tecnologia.<br />

Nascido e criado em Londres, é inspirado pelas teorias<br />

de arquitetura, ciência e tecnologia. Em uma de suas<br />

coleções, cadeira e mesas se tornaram peças de vestuário.<br />

Original e inovador, seus projetos além de belos são<br />

modernos.<br />

gosto de Jogar gráficos ao redor do corpo.<br />

se eu conseguir um sentido de vida<br />

nas roupas, estou feLiz.<br />

— Hussein Chalayan<br />

couleurblind.com<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 75


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 76<br />

fique<br />

por<br />

dentro<br />

— NOVAS TECNOLOGIAS —<br />

SEGUINDO A LINHA DE CRIAçõES TECNOLóGICAS,<br />

O SITE not Just a label TROUXE UM GUIA DOS<br />

úLTIMOS DESENVOLVIMENTOS PARA A NOVA<br />

INDúSTRIA SUSTENTÁVEL. SEPARAMOS OS MAIS<br />

IMPORTANTES PARA VOCê FICAR POR DENTRO DAS<br />

NOVIDADES TêXTEIS MAIS INOVADORAS.<br />

airdYe technoLogY _ Técnica revolucionária que permite<br />

a aplicação de cores sem água aos têxteis. Usando ar em vez<br />

de água para transportar tinta, nenhum resíduo perigoso é<br />

emitido e nenhuma água é desperdiçada. O processo também<br />

exige consideravelmente menos energia em comparação com<br />

os métodos de tingimento tradicionais, e portanto, reduz os<br />

custos de produção. AirDye ® não utiliza caldeiras, máquinas<br />

de impressão de tela, fornos de secagem ou produtos químicos<br />

de limpeza e lavagem, eliminando assim as principais fontes<br />

de poluição. Ele também produz resultados superiores em<br />

comparação com impressão por sublimação e tingimento<br />

convencional, resultando em cores mais ricas, com maior<br />

durabilidade da cor máxima.<br />

bambu _ é um recurso abundante e renovável<br />

natural como a planta que mais cresce no mundo.<br />

O bambu cresce até a altura máxima em cerca<br />

de 3 meses e atinge maturidade em 3-4 anos.<br />

Capaz de florescer sem fertilizantes ou pesticidas,<br />

é resistente e incrivelmente macio e sedoso. Tem<br />

propriedades antibacterianas naturais e é mais<br />

absorvente que o algodão.<br />

cânhamo _ é um excelente substituto para o algodão com<br />

o uso de pesticidas consideravelmente reduzidos. Plantas<br />

de cânhamo são naturalmente tolerantes a pragas, crescem<br />

espantosamente rápido e são capazes de prosperar em uma<br />

grande variedade de climas. Versátil, é muito mais macio e<br />

durável que o algodão.<br />

enzimas _ Substituem produtos químicos ou até mesmo<br />

todos processos que representam perigo para o meio ambiente.<br />

Por exemplo, as enzimas substituem o alcalino (ou agentes de<br />

oxidação), reduzindo o uso de sulfureto de curtumes. Enzimas<br />

degradam mais rapidamente do que outros produtos químicos<br />

utilizados em fábricas têxteis. Quando a água de produção<br />

têxtil atinge a estação de tratamento de águas residuais, as<br />

enzimas são ativadas em pedaços minúsculos de proteína e<br />

carboidratos que funcionam como alimento para microrganismos<br />

benéficos. A partir daí são degradadas em compostos<br />

inofensivos.<br />

greenfiL® _ É um fio de alto<br />

desempenho eco sustentável, de-<br />

senvolvido por Sofila, o especialista<br />

francês de fios de nylon, em parceria<br />

com a empresa química Arkema.<br />

Este fio de nylon 100% renovável<br />

é derivado de mamona, e pode ser<br />

usado para produzir têxteis duráveis.<br />

Ele também possui propriedades antibacterianas. Grãos da<br />

planta de rícino são utilizados para a produção de Greenfil ® e<br />

são cultivados em solos pobres, que não podem ser cultivadas<br />

sem irrigação ou fertilizantes. Os grãos não são produzidos a<br />

partir de sementes geneticamente modificadas e são 100% de<br />

biomassa renovável.<br />

ingeo _ É apelidada de “sintético natural” e pode ser feito<br />

a partir de quase todo açúcar que se produze naturalmente,<br />

tais como: milho, beterraba, sacarina, cana-de-açúcar e trigo.<br />

Ingeo é biodegradável, no entanto, quando exposto ao<br />

calor e à umidade elevada, pode quebrar prematuramente.<br />

Um componente de uma ampla variedade de estilos de têxteis<br />

a partir de tecidos do tipo algodão vestido para desporto de<br />

alta tecnologia brilhante, que combina as vantagens de fibras<br />

naturais e sintéticas, a secagem mais rápida, superando com<br />

as suas propriedades de conforto e isolamento. g<br />

JerseY soJa _ Produto de óleo de soja,<br />

totalmente biodegradável. É um luxo macio,<br />

confortável e transpirável, muitas vezes chamado<br />

de “cashmere vegetal”. Como a seda, jersey<br />

de soja é quente no inverno e fresco no verão,<br />

e oferece uma excelente proteção UV. Além de<br />

sustentável, é mais suave e mais duradouro do<br />

que o algodão.<br />

miLkofiL _ É uma fibra feita a partir de suave proteína do<br />

leite. Para criar a fibra, o leite fluido é seco e as suas proteínas<br />

são extraídas. As proteínas são, então, dissolvidas em uma<br />

solução química e colocadas numa máquina de polimerização<br />

para a produção de fibras, o que é então girado no fio. Tecido<br />

de leite é relativamente barato, mas é altamente durável,<br />

respirável e captura a umidade. Além disso, os tecidos de leite<br />

são produzidos a partir de proteínas em excesso de leite não<br />

destinados à alimentação humana.<br />

urtigas _ Plantas de urtiga crescem<br />

rapidamente sem pesticidas e fertilizantes,<br />

e em terras que outras plantas não podem<br />

ser criadas. Fios de urtiga são muitas vezes<br />

misturados com lã para reforçar o material e<br />

reduzir o encolhimento.<br />

poLiéster recicLado _ Requer menos energia e menos<br />

recursos para sua produção, oferecendo uma alternativa de<br />

baixo impacto ao poliéster tradicional. Este tipo de poliéster<br />

é normalmente feito a partir de resíduos pós-consumo e<br />

pós-industriais. Por exemplo, o fio feito a partir de resíduos<br />

de consumo utilizam garrafas de plástico, enquanto que os<br />

resíduos pós-industriais incluem pedaços de tecido e os fios de<br />

resíduos. Com tecnologia avançada e qualidade da produção,<br />

a fibra resultante pode ser confortável, altamente respirável e<br />

se sente como jersey de seda.<br />

sasaWashi _ É um tecido de<br />

linho feito de papel japonês e er-<br />

va Kumazasa. Washi utilizado em<br />

tecido Sasawashi tem capacidade<br />

de absorção excelente e mantém<br />

a humidade no interior da fibra.<br />

Outro componente do tecido, a<br />

erva Kumazasa, tem excelentes<br />

efeitos antibacterianos e desodorizantes. Apesar de ter sido<br />

feita a partir de papel, o tecido é durável e lavável. Como<br />

— NOVAS TECNOLOGIAS —<br />

washi é estruturalmente repelente de água em comparação com<br />

o outro papel, destina-se a ter capacidade à prova de água<br />

máxima.<br />

s. café _ O tecido é feito do pós-consumo<br />

de resíduos de borra de café. Tem como capa-<br />

cidade não só controlar o odor, mas também<br />

proteger contra os raios UV. O tecido contém<br />

várias quantidades de borra de café, mas, geralmente,<br />

três xícaras de café são suficientes para<br />

um simples t-shirt.<br />

seaceLL _ É um novo produto feito a partir de celulose<br />

misturado com algas ricas em vitaminas e minerais. Por levar<br />

uma estrutura porosa, torna-se transpirável e há quem diga<br />

que o material permite a absorção de suas vitaminas pela pele.<br />

secagem _ Tecidos utilizando frequências de rádio em vez<br />

de fornos é um processo amigo do meio ambiente que requer<br />

muito menos calor do que os métodos convencionais. É de<br />

2 a 20 vezes mais rápido em comparação com a secagem,<br />

que requer sistemas mecânicos ou térmicos. Nos sistemas<br />

de radiofrequência de secagem, um gerador cria um campo<br />

elétrico alternado entre dois eletrodos. O material a ser seco é<br />

colocado entre os eletrodos, onde a energia alternada faz com<br />

que as moléculas polares na água reorientem continuamente os<br />

pólos opostos. Este movimento causa atrito, que por sua vez,<br />

faz com que a água no material evapore rapidamente.<br />

tenceL®_ Características oceânicas micropartículas, que,<br />

quando em contato direto com a pele, são ditas para fornecer<br />

um efeito de células-renovação. Ele também atua como um<br />

hidratante e protetor da pele mantendo sua elasticidade.<br />

uLtrasound _ Está sendo explorada na produção de tecidos,<br />

tais como a utilização de ultrassom para o tingimento,<br />

eliminando assim inteiramente o uso de água. O uso de ultrassom<br />

no processamento úmido têxtil oferece muitas vantagens,<br />

incluindo a poupança de energia, melhoria de processos e<br />

tempos de processamento reduzidos.<br />

zero-resíduos _ É uma técnica no desenvolvimento de<br />

pradronagens que elimina o desperdício de tecido nas fases de<br />

projeto e fabricação, que é de 15% a 20% da média do tecido<br />

utilizado.<br />

Divulgação<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 77


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 78<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 78<br />

EPa - agência de Proteção ambiental<br />

— TECNOLOGIA — — TECNOLOGIA —<br />

CORRiDA<br />

AO PóDiO<br />

ao lonGo dos anos, os avanços nas<br />

propriedades dos tecidos próprios<br />

para banho influenciam diretamente<br />

a performance dos atletas. entenda<br />

o impacto que o sWimWear exerce no<br />

rendimento dos principais nadadores.<br />

read the enGlish version<br />

o medalhista olímpico Michael Phelps exibiu o traje<br />

LZR Racer, da speedo, em uma apresentação da<br />

empresa em 2008. a roupa era tão apertada que o<br />

atleta demorava, em média, 20 minutos para vesti-la.<br />

aqueles seGundos antes da partida são aGoniantes.<br />

São apenas instantes entre o som do apito para subir na plataforma e<br />

a sirene que indica o começo da corrida, mas é tempo suficiente para<br />

milhões de pensamentos surgirem na cabeça do atleta que olha para o<br />

infinito azul da piscina à sua frente. Anos de treinamento, de dietas, de<br />

condicionamento físico e psicológico se resumem aos poucos minutos<br />

de uma prova aquática. Um respiro, uma braçada, um chute final podem<br />

fazer a diferença entre uma medalha de ouro e uma menção honrosa.<br />

Com o estrondo da sirene, oito atletas praticamente sincronizados<br />

caem na piscina e lutam contra a água para conseguir o melhor tempo<br />

possível. Ao ver os recordes quase impossíveis sendo quebrados de<br />

uma temporada para a próxima, presume-se que estamos criando uma<br />

geração de supernadadores. Em parte, estamos. Mas muito se deve aos<br />

avanços na tecnologia têxtil dos próprios trajes de banho, que facilitam<br />

a guerra entre homem e água. g<br />

Famílias na praia em 1920.<br />

Vencedoras de concurso de beleza, no começo do século XX.<br />

foi depois da segunda guerra mundiaL<br />

que se começou a eXperimentar a<br />

maLha e, posteriormente, um novo fio<br />

chamado nYLon.<br />

Shorty<br />

antigamente...<br />

Realizar o tipo de competição que vemos hoje seria<br />

inviável há apenas Realizar o tipo de competição que<br />

vemos hoje seria inviável há apenas 100 anos. Em<br />

1913, o swimwear propriamente dito estava sendo<br />

criado na Europa. Modelos desenvolvidos em lã (sim,<br />

lã!) deixavam à mostra os braços e pernas – um grande<br />

avanço, considerando que as pessoas costumavam ir à<br />

praia com roupas convencionais. Foi depois da Segunda<br />

Guerra Mundial que se começou a experimentar a<br />

malha e, posteriormente, um novo fio chamado nylon.<br />

No esporte, a primeira revolução ocorreu em 1972,<br />

durante os jogos olímpicos de Munique. O evento<br />

reuniu atletas em um novo traje, elaborado com uma<br />

fibra de elastano em poliéster. Sua elasticidade e leveza<br />

permitiram um caimento mais justo, reduzindo o atrito<br />

com a água.<br />

A partir de então, todo o esforço de empresas especializadas<br />

no swimwear esportivo se voltou para o<br />

desenvolvimento de peças altamente tecnológicas para<br />

beneficiar o atleta. A competição passou a acontecer<br />

dentro das próprias fábricas, que disputavam para<br />

oferecer o traje que mais se assemelhava a uma “segunda<br />

pele” para o nadador. Avanços no design e na<br />

composição das peças chegaram a um modelo com<br />

apenas 0,29mm de espessura que oferecia 4,8% menos<br />

fricção do que a pele humana em 1997 – meros 25 anos<br />

após as Olimpíadas de Munique. g<br />

Divulgação<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 79<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 79


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 80<br />

a revoLução<br />

Se até os anos 1970 a preocupação da indústria era em criar trajes<br />

que não atrapalhavam o nadador, em 2000, a meta era produzir<br />

modelos que aumentassem o rendimento do atleta. Nos jogos de<br />

Sydney, foram apresentados os chamados Body Suits – peças que<br />

cobriam o torso, costas e coxas. Altamente tecnológicos e compostos<br />

por tecidos hidrofóbicos, os modelos eram mais eficientes<br />

na corrida do que a própria pele humana e o fato de cobrirem boa<br />

parte do corpo influenciava diretamente no resultado do nadador.<br />

Mas talvez a maior revolução moderna no swimwear tenha<br />

acontecido em 2008, quando a Federação Internacional de<br />

Natação (FINA) mudou uma simples palavra no regulamento<br />

das competições. Em vez de TECIDOS, como era previsto nas<br />

regras anteriores, foi permitido o uso de MATERIAIS para a<br />

confecção dos trajes, o que deu a carta branca para a indústria<br />

experimentar com novas tecnologias.<br />

— TECNOLOGIA —<br />

amigas na praia de Rye (nova York), em 1900.<br />

Foi nesta época que surgiram produtos praticamente sem costura<br />

e até com ligas em titânio para estabilizar a temperatura<br />

do usuário. Os avanços foram tantos e em tão curto tempo<br />

chegaram a desestabilizar o esporte, pois o atleta com traje<br />

mais tecnológico tinha uma vantagem sobre os demais. Virou<br />

uma corrida entre patrocinadores, com claro favoritismo para<br />

as empresas maiores.<br />

A controvérsia foi tanta (ganhando até o apelido de “doping<br />

tecnológico”) que, em menos de dois anos, o regulamento da<br />

FINA retificou a alteração e voltou a exigir o uso somente de<br />

tecidos. E mais – os Body Suits foram totalmente banidos para<br />

os homens e reduzidos para as mulheres. Tudo para garantir<br />

que o mérito da vitória fosse estritamente do nadador.<br />

g<br />

Biblioteca Schlesinger - Universidade de Harvard<br />

sWimWear do futuro<br />

Mesmo com as restrições, as empresas estão focadas em<br />

oferecer o melhor produto para o desempenho e conforto<br />

dos atletas. Para os jogos olímpicos de 2012, a multinacional<br />

Arena apresentou sua série Powerskin Carbon Pro, que oferece<br />

a compressão muscular de um traje mais justo juntamente com<br />

a liberdade de movimentos antes só alcançada com peças mais<br />

soltas. Esse paradoxo foi quebrado devido às propriedades do<br />

carbono presentes no tecido. “Até no alongamento há maior<br />

conforto, graças à compressão inteligente e resistência mecânica<br />

do produto,” garantiu Roberto Tiburzi, diretor de pesquisa e<br />

desenvolvimento.<br />

A compressão também foi abordada pela Tyr Sport em sua série<br />

AP12 Speedsuit, que traz propriedades hidrofóbicas em um<br />

material leve soldado (e não costurado, para reduzir o impacto<br />

— TECNOLOGIA —<br />

Atletas na prova semifinal de 200 metros livres, nas<br />

olimpíadas de Londres (2012).<br />

das costuras na água) de acordo com o contorno do corpo do<br />

nadador. Já a Speedo trabalha em um sistema unificado para que<br />

o traje, touca e óculos atuem juntos na performance do atleta.<br />

Foram realizados testes com escaneamento em 3D da cabeça de<br />

centenas de atletas, para analisar como a água poderia fluir mais<br />

rapidamente nessa área do corpo.<br />

“Com os óculos, é preciso preencher toda a cavidade ocular e<br />

suavizar a frente do rosto”, explicou Kate Wilton, diretora de<br />

desenvolvimento da Speedo USA. “E com a touca, é necessário<br />

ter certeza de que ela cobrirá toda a testa até os óculos, para uma<br />

transição uniforme.” Assim como os recordes, quebrados a cada<br />

nova competição, tudo indica que veremos novos padrões nos<br />

trajes até a próxima Olimpíada.<br />

David J. Phillips/associated Press<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 81


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 82<br />

— FAVORITOS PROJETOS —<br />

— FAVORITOS PROJETOS —<br />

MeninêS<br />

após uma viaGem repleta de novas experiências, quatro amiGos decidiram que iriam<br />

transformar a vida de um pequeno vilareJo africano, em GuinÉ-bissau. e para isso, nada<br />

de almoços beneficentes ou doações espontâneas. a comercialização de produtos de<br />

moda foi a escolha feita pela plataforma moi para oferecer bolsas universitÁrias a<br />

estudantes de empada. conversamos com phillippe pessoa, um dos idealizadores do<br />

proJeto, que contou um pouco sobre a viaGem e o processo da plataforma.<br />

por JUliA BiTTenCOURT<br />

read the enGlish version<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 83<br />

Philippe Pessoa


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 84<br />

— PROJETOS —<br />

chegada em bissau.<br />

500 postos poLiciais.<br />

“<br />

a cidade É pobre, empoeirada, mas muito mais<br />

desenvolvida do que eu pensava... É bom também<br />

falar português, não ter a barreira do idioma.<br />

pe. lucio está sendo inundado por perguntas sobre empada,<br />

bissau, carnaval, trabalho, etc. as respostas são as mais ani-<br />

madoras possíveis. o objetivo não é “mudar o mundo” num<br />

primeiro instante, mesmo porque isso é intangível/impossível,<br />

mas ter um contato mais profundo, aprender e ganhar uma<br />

vivência útil para nós e para eles.”<br />

A vila de Empada é um conjunto de 80 comunidades,<br />

com cerca de 17 mil habitantes localizada na Guiné-Bissau,<br />

um pequeno país no oeste africano. Foi em uma dessas<br />

comunidades que Philippe Pessoa e mais dois amigos<br />

buscaram inspiração e a vontade de mudar, não o mundo,<br />

mas uma pequena parte dele. Os três passaram 20 dias na<br />

Guiné-Bissau, e 15 deles na vila de Empada, convivendo<br />

com a população, seus costumes, suas tradições e suas<br />

— PROJETOS —<br />

dificuldades, aprendendo e se acostumando lentamente<br />

com as diferenças entre os povos.<br />

Durante a estadia, a maior certeza que acompanhava os três<br />

amigos era a vontade de fazer algo por aquelas pessoas, e o<br />

assunto surgia quase todos os dias, principalmente porque<br />

estavam hospedados na casa de padres missionários, que<br />

controlam todos os programas voluntários, mesmo que<br />

somente mil habitantes da vila sejam cristãos. A grande<br />

maioria deles segue as crenças animistas, uma tradicional<br />

religião africana que leva em consideração que “todas as<br />

coisas têm alma”. Os animistas acreditam em um deus, mas<br />

relacionam-se somente com os espíritos.<br />

“o caminho para empada é lindo. com certeza a viagem de<br />

carro mais bonita até aqui. as árvores pelo caminho são imensas!<br />

o caminho é feito metade por asfalto e a outra metade<br />

por terra. ao chegar no interior, o caminho fica mais verde, as<br />

árvores mais numerosas e bonitas.” g<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 85<br />

Philippe Pessoa


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 86<br />

aprendizado<br />

— PROJETOS —<br />

“<br />

sobre o trabalho, é difícil unir o objetivo de todos. (...)<br />

o que o pe. lucio e o pe. vilson planejam me parece<br />

coerente. conhecer a cultura dos caras já é um puta<br />

negócio pra mim. não se se quero muito mais do que<br />

isso aqui, pelo menos nesse primeiro momento.”<br />

Foram 15 dias com pouco contato com o mundo exterior.<br />

A energia elétrica durava apenas 2 horas por dia, e existia<br />

apenas na casa em que estavam hospedados, o país não<br />

gera nenhum tipo de energia elétrica, não há a possibilida-<br />

de de energia hidráulica, pois não existem quedas d’água.<br />

Algumas ideias de biocombustível são possíveis, mas não<br />

há o desenvolvimento e o envolvimento governamental<br />

necessário para que aconteça.<br />

Doar comida, água e remédio é uma prática muito comum<br />

na relação entre países ocidentais e a África - esta forma<br />

de assistencialismo e paternalismo ajudam, mas não tiram<br />

ninguém da grande areia movediça que se encontra a<br />

população do país. É preciso proporcionar meios para<br />

que possam produzir suas próprias riquezas, mas para isso<br />

é preciso que se conheça um pouco mais sobre a cultura<br />

local, como funcionam as relações e como é o modo de<br />

vida dessas pessoas.<br />

“todas as crianças paravam e olhavam para mim rindo,<br />

querendo andar junto. me senti muito querido, muito bem<br />

recebido, mas em todo momento sentia a obviedade de<br />

não pertencer a eles. pensei nessas pessoas que vivem com<br />

povos diferentes, afastados, enfim, será que eles passam a<br />

sentir que fazem parte¿ será que eles são bem recebidos,<br />

mas têm sempre em mente que não pertencem, que não<br />

fazem parte¿ É algo muito mais profundo fazer parte, hoje<br />

aprendi. talvez algo que não vem com o tempo e algo que,<br />

com certeza, não depende apenas de si.”<br />

É fácil se indignar e não se conformar com a realidade<br />

desses países, quando não você não está incluído. É importante<br />

se inteirar do processo, da complexidade das coisas.<br />

Não há como pensar em desenvolvimento se não há o<br />

mínimo de educação. Segundo a Irmã Sophia - brasileira,<br />

administradora do Liceu de Empada, já trabalhou no<br />

nordeste brasileiro e em Moçambique, onde fundou uma<br />

universidade – os adultos do 12º ano (que tem entre 25 e<br />

30 anos) mal sabem ler e escrever. Ao contrário das crianças<br />

g<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 87<br />

Philippe Pessoa


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 88<br />

a ideia principaL sempre foi arrecadar<br />

recursos para pagar uma boLsa de estudo<br />

universitário para o estudantes do Liceu<br />

de empada.<br />

— FAVORITOS PROJETOS —<br />

do novo jardim de infância, se formaram no último ano já<br />

sabendo. Para Philippe a educação tem um poder muito<br />

maior de mudança do que as doações.<br />

Durante uma das muitas conversas que tiveram com os<br />

alunos mais velhos, foi visível a vontade que eles têm de<br />

frequentar uma universidade, mas sempre começam o<br />

assunto com um “se houvesse oportunidade”. Tentando<br />

aprofundar mais o assunto, e quando questionados sobre<br />

a real possibilidade de crescerem, o otimismo se transforma<br />

em pessimismo em segundos. Todos eles têm outros planos,<br />

muito mais próximos da realidade. A única universidade<br />

da Guiné-Bissau fica na capital Bissau, os que vão são<br />

muitas vezes aqueles que têm família na capital, os que<br />

ficam são aqueles em que a família não consegue deixar,<br />

tudo isso porque cada membro da família é essencial para a<br />

sobrevivência do todo. São os filhos que vão pescar, caçar,<br />

colher alimentos nas árvores, pois é dessas atividades que<br />

vem todo seu sustento.<br />

a pLataforma moi<br />

Na última página do diário de viagem de Phillippe, duas<br />

palavras traduzem toda a experiência e a vontade de ajudar<br />

a vila de Empada: “Projetos Nossos”. Aquele primeiro mo-<br />

mento, de apenas conhecer a cultura local, ficou para trás e<br />

então Phillippe e seus companheiros de viagem resolveram<br />

que poderiam contribuir para o futuro dos estudantes com<br />

que tanto conviveram. A ideia principal sempre foi arreca-<br />

dar recursos para pagar uma bolsa de estudo universitário<br />

para o estudantes do Liceu de Empada. Uma bolsa integral<br />

na universidade de Bissau custa para um aluno cerca de<br />

R$ 100 ano, sendo que o ano completo custaria cerca de<br />

R$ 1000.<br />

Mas como arrecadar esse dinheiro? O grupo tinha uma<br />

única certeza: não usariam das formas tradicionais de<br />

doação para manter o projeto. Almoços beneficentes, tirar<br />

g<br />

Philippe Pessoa<br />

dinheiro do bolso dos outros, nenhuma dessas ações fazia<br />

parte dos planos. Novas formas de arrecadação de verbas<br />

sempre chamaram a atenção, o crowsourcing social é um<br />

deles. Outro ponto muito importante no projeto era a ideia<br />

de que ele seja auto sustentável, que apenas o dinheiro<br />

arrecadado com as ações seriam o suficiente para mantê-lo<br />

funcionando, e que gere um impacto a longo prazo.<br />

Com este primeiro projeto, surgiu a necessidade de ajudar a<br />

montar um projeto que servisse de base não apenas para o<br />

dos estudantes guiné-bissauenses, mas que pudesse abranger<br />

todos os públicos possíveis. A ideia geral é juntar quem<br />

não tem contato frequente, e que trabalhe sempre para<br />

um só ideal. O projeto final tornou-se então a Plataforma<br />

Moi. O nome é inspirado na história de Moi, um menino<br />

que conheceram durante a estadia em Empada. Quando<br />

nasceu, o menino teve oxigenação no cérebro e como<br />

toda criança que tem este problema, desenvolveu algumas<br />

dificuldades no decorrer de sua vida. Para os africanos de<br />

a ideia de fazer camisetas surgiu como<br />

uma possibiLidade de arrecadar fundos,<br />

saindo dos moLdes tradicionais. o<br />

apeLo estético e a busca por quaLidade<br />

foram primordiais antes de começar<br />

efetivamente o proJeto.<br />

Philippe Pessoa<br />

— PROJETOS —<br />

Empada, Moi tem apenas um problema: é possuído por<br />

Irã, o espírito do mal. O menino Moi, segundo Philippe, é<br />

um símbolo perfeito para a Plataforma, “porque nós vemos<br />

tudo de uma forma e eles de outra”.<br />

A ideia de fazer camisetas surgiu como uma possibilidade<br />

de arrecadar fundos, saindo dos moldes tradicionais. O<br />

apelo estético e a busca por qualidade foram primordiais<br />

antes de começar efetivamente o projeto. A parceria com<br />

a Aestethic – marca catarinense idealizada também por<br />

jovens administradores, que abriga coleções de projetos<br />

autorais – foi uma das importantes escolhas para que o<br />

projeto fosse, então, posto em prática. A Aestethic faz toda<br />

a produção das camisetas, além de vender as peças em sua<br />

loja física, e com a venda da camiseta, cobre-se o custo da<br />

produção e o restante vai para o caixa da Plataforma.<br />

Mas o grande apelo das camisetas não é apenas a qualidade.<br />

As fotos que estampam os produtos são o grande<br />

diferencial das peças vendidas pelas Plataforma, as imagens<br />

g<br />

Brincadeiras durante o carnaval de Empada. Uma das imagens que estampam as camisetas do projeto.<br />

Philippe Pessoa<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 89


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 90<br />

são frutos do talento do Philippe, um dos idealizadores do<br />

projeto. Durante a estadia em Empada, Philippe percebeu<br />

que através das fotos era muito fácil contar uma história,<br />

pois sua presença era tão alheia e estranha, que a esponta-<br />

neidade surgia com facilidade. Os retratos feitos durante<br />

a viagem buscaram mostrar todos os aspectos da vida<br />

dos moradores da vila, a fragilidade do ensino nas fotos<br />

das escolas, a família e o meninês – palavra que traduz a<br />

infância, para os nativos.<br />

A escolha das fotos para ilustrar as peças foi feita de maneira<br />

meticulosa “Quando escolhi as fotos das camisetas, eu preferi<br />

que não fosse nada muito apelativo, pois algumas imagens são<br />

realmente muito fortes. São imagens que eu não publiquei em<br />

nenhum lugar. Mas outras que são muito sutis, então decidi<br />

optar pelas mais delicadas”, conta Philippe. Outra ideia era<br />

não passar a mensagem de maneira tão direta, as histórias<br />

estariam quase que escondidas nas imagens, e cada um teria<br />

uma percepção diferente de cada fotografia. Uma das fotos é<br />

de um bananal, um grande e gigantesco bananal e fica difícil<br />

perceber de primeira que dentro daquela plantação estão<br />

também algumas crianças brincando; outra retrata Moi, o<br />

menino que dá nome ao projeto, entrelaçado nas mãos de<br />

sua mãe. Mas para quem vê, sabe que um tema está em foco<br />

nas imagens: a infância. Esta infância é também um símbolo<br />

para um país que está apenas começando, de quem precisa<br />

de cuidado, de um início.<br />

saiba mais<br />

— FAVORITOS — — FAVORITOS —<br />

Até agora a Plataforma já arrecadou verba suficiente para<br />

manter três alunos, que já frequentavam a universidade<br />

– e todos eles da vila de Empada –, por mais um ano na<br />

universidade. O pagamento é feito através da Irmã Sofia<br />

(que conheceram durante a viagem), que faz a seleção dos<br />

alunos que serão contemplados com as bolsas universitárias,<br />

já que a universidade não aceita dinheiro direto<br />

do Brasil, e então no final de cada pagamento, manda<br />

para os administradores do projeto, que levam ao público<br />

cada um desses relatórios, como transparência para quem<br />

compra as camisetas e acredita no projeto. Outro relatório<br />

também chega da própria universidade, que acompanha o<br />

desempenho dos alunos, através dos professores (muitos<br />

deles ex-alunos da UFSC).<br />

Mas os planos para a Plataforma não estão apenas nas<br />

camisetas. Ainda no início deste ano outros produtos serão<br />

lançados pela Plataforma, como uma linha de joias em<br />

parceria com uma designer de Florianópolis, para atingir<br />

ainda mais o público feminino. Além disso, as camisetas<br />

vão ser comercializadas nos Estados Unidos e na Austrália.<br />

“É empolgante porque existem muitas possibilidades e aos<br />

poucos o projeto toma outros caminhos. A Plataforma<br />

quer que a ideia de espalhe, e que mais projetos como o<br />

nosso tomem forma”, acredita Philippe.<br />

plataformamoi.org e facebook.com/plataformamoi<br />

um tema está em foco nas imagens: a<br />

infância. esta infância é também um símboLo<br />

para um país que está apenas começando, de<br />

quem precisa de cuidado, de um início.<br />

Philippe Pessoa<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 91<br />

Philippe Pessoa


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 92<br />

— FALL — FAVORITOS . WINTER — 2013 —<br />

— FALL — FAVORITOS . WINTER 2013 — —<br />

FAll<br />

winTeR<br />

2013<br />

volumes, assimetrias, cinturas marcadas, ombros em evidência,<br />

peles despoJadas, riqueza nos detalhes.<br />

DEPOIS DE UMA TEMPORADA INTENSA E CHEIA DE INFORMAçãO,<br />

PREPARAMOS UM RESUMO DOS DESFILES MAIS INFLUENTES DAS SEMANAS<br />

DE MODA INTERNACIONAIS. SãO CORES, MATERIAIS, ACESSóRIOS E ESTILOS<br />

QUE TOMARAM CONTA DAS PASSARELAS LÁ FORA E IRãO DITAR O TOM<br />

DO PRóXIMO OUTONO/INVERNO NO BRASIL.<br />

read the enGlish version<br />

g<br />

escoLha a marca de sua preferência<br />

af vandevorst<br />

aLeXander mcqueen<br />

baLenciaga<br />

christian dior<br />

comme des garçons<br />

doLce & gabbana<br />

dries van noten<br />

gareth pugh<br />

givenchY<br />

gucci<br />

haider ackermann<br />

Lanvin<br />

marc Jacobs<br />

marY katrantzou<br />

prada<br />

rick oWens<br />

saint Laurent<br />

steLLa mccartneY<br />

tom ford<br />

vaLentino<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 93<br />

Valentino


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 94<br />

— FALL . WINTER 2013 —<br />

af<br />

vandevorst<br />

A dupla an vandevorst e filip arickx expe-<br />

rimentou com sobreposições e proporções<br />

nesta estação, desfiando peças “comuns”<br />

como casacos, calças e vestidos de gala a<br />

ganharem novas interpretações. Entre os<br />

looks impactantes de passarela estavam<br />

opções acessíveis, que certamente serão hits<br />

para a consumidora da marca.<br />

itens chave<br />

Uma variedade de casacos (de trench coats<br />

a jaquetas militares), calças justas e vestidos<br />

longos.<br />

caLçados e acessÓrios<br />

Ankle boots com e sem cadarços, botas de<br />

cano alto com shearling ou com salto mais<br />

fino, luvas de couro e xales.<br />

materiais<br />

Jersey de seda, cetim, lã, couro e pele.<br />

beLeza<br />

Longas franjas cobriram boa parte do rosto<br />

das modelos, deixando aparecer apenas o<br />

batom vermelho nos lábios.<br />

teXturas<br />

— FAVORITOS — — FALL — FAVORITOS . WINTER 2013 — —<br />

michele morosi / inDigital / Gorunway<br />

michele morosi / inDigital / Gorunway<br />

michele morosi / inDigital / Gorunway<br />

michele morosi / inDigital / Gorunway<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 95


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 96<br />

— FALL . WINTER 2013 —<br />

aLeXander<br />

mcqueen<br />

Com inspiração na religião, sarah burton<br />

acrescentou a (já tradicional) dose de drama<br />

aos looks com influências nos robes de car-<br />

dinais, freiras, anjos e da própria Rainha Vir-<br />

ginal. O luxo se fez presente nos detalhes em<br />

pérola e na silhueta típica da era Elizabetana.<br />

itens chave<br />

Vestidos longos, midi ou em camadas, com<br />

a cintura fortemente marcada.<br />

caLçados e acessÓrios<br />

Botas de couro e sapatos fechados.<br />

materiais<br />

Organza, seda, tule e couro foram o pano de<br />

fundo para os bordados em dourado e aplicações<br />

de penas. As pérolas apareceram com<br />

destaque, seja nos acessórios que cobriram<br />

os rostos ou aplicadas nas meias, sapatos,<br />

luvas e vestidos.<br />

beLeza<br />

Cabelos presos em tranças ou cachos e a<br />

boca levemente rosada deram um tom de<br />

realeza.<br />

teXturas<br />

— FAVORITOS —<br />

Gianni Pucci / Gorunway /indigital<br />

Gianni Pucci / Gorunway /indigital<br />

— FALL . WINTER 2013 —<br />

Gianni Pucci / Gorunway /indigital<br />

Gianni Pucci / Gorunway /indigital<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 97


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 98<br />

— FALL . WINTER 2013 —<br />

baLenciaga<br />

Na aguardada estreia de Alexander Wang para a<br />

marca, o que se viu foi uma homenagem aos sím-<br />

bolos do mestre Cristobál Balenciaga, com o toque<br />

de contemporaneidade do designer americano.<br />

itens chave<br />

Casacos com formas arredondadas por cima de<br />

calças mais justas para dar o contraste. O little black<br />

dress apareceu com detalhes modernos e recortes.<br />

caLçados e acessÓrios<br />

Ankle boots com acabamentos metálicos e delica-<br />

das sandálias, acompanhadas por bolsas quadradas.<br />

materiais<br />

A estampa de mármore foi um dos grandes desta-<br />

ques, por permitir experimentações com bordados e<br />

aplicações. Lãs nobres, o veludo, o pelo (visto muito<br />

nas golas e punhos) e renda estão entre os materiais<br />

usados.<br />

beLeza<br />

Cabelos presos e escovados para trás e tons neutros<br />

nos lábios, para que o foco do espectador estivesse<br />

nas peças de roupa. Nos olhos, as modelos exibiram<br />

uma leve sombra índigo.<br />

teXturas<br />

— FAVORITOS — — FALL — FAVORITOS . WINTER 2013 — —<br />

monica Feudi / inDigitalteam / Gorunway<br />

monica Feudi / inDigitalteam / Gorunway<br />

monica Feudi / inDigitalteam / Gorunway monica Feudi / inDigitalteam / Gorunway<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 99


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 100<br />

— FALL . WINTER 2013 —<br />

christian<br />

dior<br />

A segunda coleção de raf simons para o pret-à-porter<br />

da Christian Dior abordou a ampulheta do New Look<br />

com volumes e drapeados assimétricos. O contrapon-<br />

to ficou por conta da alfaiataria precisa, que trouxe a<br />

dureza de linhas mais masculinas à coleção.<br />

itens chave<br />

Linhas retas. Mesmo os drapeados e tecidos fluidos<br />

construiram trapézios e as saias lápis confirmaram a<br />

preferência por linhas bem definidas.<br />

caLçados e acessÓrios<br />

O moderno salto recortado fez contraste com o<br />

clássico bico fino nos sapatos. As bolsas, rígidas e<br />

com alças curtas, apareceram em texturas sóbrias e<br />

com as ilustrações de arquivo resgatadas na coleção.<br />

materiais<br />

Couro, musseline, cetim, tweed, chiffon. Recortes, bainhas<br />

curvas assimétricas, forros em cor contrastante. As<br />

estampas vieram de ilustrações do arquivo da maison.<br />

beLeza<br />

Num futurismo discreto, sombra prata foi usada<br />

como ponto de luz no canto interno e no contorno<br />

dos olhos. O batom fúcsia vibrante foi esmaecido<br />

nos cantinhos dos lábios com base e corretivo.<br />

teXturas<br />

— FAVORITOS — — FALL — FAVORITOS . WINTER 2013 — —<br />

monica Feudi / inDigitalteam / Gorunway<br />

monica Feudi / inDigitalteam / Gorunway<br />

monica Feudi / inDigitalteam / Gorunway<br />

monica Feudi / inDigitalteam / Gorunway<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 101


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 102<br />

— FALL . WINTER 2013 —<br />

comme des<br />

garçons<br />

A alfaiataria masculina foi o ponto de par-<br />

tida para muitas coleções nesta temporada.<br />

Para a coleção da Comme des Garçons, a<br />

estilista rei Kawakubo desconstruiu ternos<br />

com volumes, texturas e camadas, mudando<br />

completamente a silhueta, mas mantendo a<br />

essência das peças.<br />

itens chave<br />

Blazers, detalhes como laços e efeitos tubulares<br />

(feitos com o mesmo tecido da peça),<br />

shorts, camisas de algodão.<br />

caLçados e acessÓrios<br />

Oxford envernizado e meias brancas.<br />

materiais<br />

Risca de giz, veludo de algodão, jaquard de<br />

seda.<br />

beLeza<br />

Beleza natural e andrógena, sem cores.<br />

teXturas<br />

— FAVORITOS —<br />

Yannis Vlamos /Gorunway / indigital<br />

— FALL . WINTER 2013 —<br />

Yannis Vlamos /Gorunway / indigital<br />

Yannis Vlamos /Gorunway / indigital<br />

Yannis Vlamos /Gorunway / indigital<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 103


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 104<br />

— FALL . WINTER 2013 —<br />

doLce &<br />

gabbana<br />

A riqueza de detalhes dos mosaicos bizantinos da Catedral de Monreale<br />

na Sicília, e que apareceram reproduzidos quase literalmente em diversos<br />

looks, foram o foco da coleção da dolce & Gabbana. O ar de realeza<br />

que permeou todo o desfile é indiscutível.<br />

itens chave<br />

Com preferência pela silhueta em linha A, boa parte do desfile foi do-<br />

minada pelos vestidos – túnicas com manga três-quartos, longos e retos,<br />

volumosos com formas estilo t-shirt, midi, ou com a saia rodada. Além<br />

disso, ternos, saias lápis e saias trapézio também marcaram a apresentação.<br />

caLçados e acessÓrios<br />

Saltos altos esculturais, mules e escarpins em tecido trabalhado, bolsas<br />

com textura de cobra ou trabalhadas com bordados, bolsas clutch com<br />

estampa de mosaicos, cintos largos em dourado com aplicação de pedras<br />

semipreciosas, coroas, cruzes bizantinas, brincos pesados, óculos escuro<br />

oversized.<br />

materiais<br />

Brocado, renda, organza, lã espinha de peixe, crepe, bordados em Swaroski<br />

e pedras semipreciosas.<br />

beLeza<br />

Cabelos presos em um coque baixo, pele neutra e puxada para o rosado.<br />

Um trio de sombras em tons terrosos foi usado nas pálpebras e o efeito<br />

final nos olhos foi o delineado de gatinho. O batom vermelho escuro<br />

nos lábios completou o look.<br />

teXturas<br />

— FAVORITOS — — FALL — FAVORITOS . WINTER 2013 — —<br />

Filippo Fior / Gorunway / indigital<br />

Filippo Fior / Gorunway / indigital<br />

Filippo Fior / Gorunway / indigital<br />

Filippo Fior / Gorunway / indigital<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 105


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 106<br />

— FALL . WINTER 2013 —<br />

dries van<br />

noten<br />

Em uma coleção predominada pelo xadrez,<br />

referências do grunge se uniram para com-<br />

por uma linha andrógena, com silhueta rela-<br />

xada e muitas sobreposições. A feminilidade<br />

ficou por conta dos maxiflorais, peplums e<br />

saias de organza, repletas de babados.<br />

itens chave<br />

Uma alfaiataria impecável se fez presente<br />

nas jaquetas, blazers, camisas e saias lápis.<br />

caLçados e acessÓrios<br />

Calçados baixos e masculinizados contras-<br />

taram com as delicadas sandálias. Carteiras<br />

estampadas combinaram com a variedade<br />

de cachecois. Os óculos retrô completaram<br />

o look.<br />

materiais<br />

Cetim, seda, organza, musseline, cashmere.<br />

beLeza<br />

Extremamente clean, com lábios e olhos em<br />

cores neutras e um tom levemente amanteigado<br />

na pele.<br />

teXturas<br />

— FAVORITOS — — FALL — FAVORITOS . WINTER 2013 — —<br />

inDigitalteam / Gorunway<br />

inDigitalteam / Gorunway<br />

inDigitalteam / Gorunway<br />

inDigitalteam / Gorunway<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 107


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 108<br />

— FALL . WINTER 2013 —<br />

gareth<br />

pugh<br />

Gareth pugh deixou os looks andrógenos<br />

com referências góticas de lado para apre-<br />

sentar uma coleção mais romântica e femi-<br />

nina, com silhueta em formato ampulheta<br />

e vestidos longos. O drama ficou por conta<br />

dos bordados que se assemelhavam a galhos,<br />

dos efeitos das golas, do direcionamento da<br />

beleza e dos looks finais, elaborados a partir<br />

de tiras finas de celofane.<br />

itens chave<br />

Saias e vestidos longos, casacos com mangas<br />

trapézio, xales e capas com golas exageradas.<br />

caLçados e acessÓrios<br />

Botas plataforma e luvas longas de couro.<br />

materiais<br />

Couro, camurça, pele de carneiro, celofane,<br />

visom, tafetá.<br />

beLeza<br />

Pele branca e olhos fundos, com o cabelo<br />

amarrado, porém desarrumado.<br />

teXturas<br />

— FAVORITOS — — FALL — FAVORITOS . WINTER 2013 — —<br />

Gorunway/inDigital<br />

Gorunway/inDigital<br />

Gorunway/inDigital<br />

Gorunway/inDigital<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 109


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 110<br />

— FALL . WINTER 2013 —<br />

givenchY<br />

O grunge totalmente feminino é o que Riccardo Tisci<br />

propôs para a temporada de Outono/Inverno. Em uma<br />

coleção romântica e divertida, o italiano mesclou o tra-<br />

dicional xadrez do estilo com macroestampas animais,<br />

maxiflorais e detalhes com paetês.<br />

itens chave<br />

Casacos oversized, jaquetas de couro e uma variação<br />

de saias.<br />

caLçados e acessÓrios<br />

Botas de cano médio, com tiras de couro de cobra para<br />

um efeito listrado, vieram junto às bolsas envelopes.<br />

Braceletes com pingentes metalizados, cintos largos de<br />

veludo e detalhes semelhantes a cordas finalizaram os<br />

looks.<br />

materiais<br />

Tule transparente, couro, veludo, visom, pele de raposa,<br />

tweed, lã, tricôs, algodão e chiffon.<br />

beLeza<br />

Cachos coloridos deram a aparência de rosas e complementaram<br />

ao clima fantasioso do desfile. Sombras<br />

avermelhadas, aplicadas nas pálpebras e nas raízes<br />

inferiores, e a máscara preta destacaram os olhos. Pele<br />

clean e lábios com gloss finalizaram a produção.<br />

teXturas<br />

— FAVORITOS — — FALL — FAVORITOS . WINTER 2013 — —<br />

monica Feudi / inDigitalteam / Gorunway<br />

monica Feudi / inDigitalteam / Gorunway<br />

monica Feudi / inDigitalteam / Gorunway<br />

monica Feudi / inDigitalteam / Gorunway<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 111


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 112<br />

— FALL . WINTER 2013 —<br />

gucci<br />

A femme fatale é a mulher Gucci desta estação, com<br />

uma coleção dominada por detalhes em penas, rendas<br />

e muito couro. Com uma cartela de cores cheia de<br />

mistério, predominada pelo preto e vinho, ombros ar-<br />

redondados e peplums acrescentaram curvas femininas<br />

à silhueta slim das peças.<br />

itens chave<br />

Saias lápis, jaquetas cropped ou na altura da cintura,<br />

casacos com formas arredondadas, blazers estruturados<br />

ou com peplums, vestidos justos com comprimento<br />

até os joelhos.<br />

caLçados e acessÓrios<br />

Botas de cano alto com cadarços, botas na altura dos<br />

joelhos, sandálias douradas, cintos grossos, bolsas em<br />

cetim ou textura de cobra, luvas de couro e camurça.<br />

materiais<br />

Couro, lã, couro pitom, renda, vison, pele de cavalo,<br />

lã bouclé, seda, cetim, astracã, chiffon, penas, rendas,<br />

brocados.<br />

beLeza<br />

Cabelos escovados para trás, pele e lábios clean. Nos<br />

olhos, a sombra framboesa, camadas de máscara para<br />

cílios e uma pitada de brilho dão destaque.<br />

teXturas<br />

— FAVORITOS — — FALL — FAVORITOS . WINTER 2013 — —<br />

Filippo Fior / Gorunway / indigital<br />

Filippo Fior / Gorunway / indigital<br />

Filippo Fior / Gorunway / indigital<br />

Filippo Fior / Gorunway / indigital<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 113


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 114<br />

— FALL . WINTER 2013 —<br />

haider<br />

ackermann<br />

haider ackermann apresentou uma cole-<br />

ção influenciada pelo militarismo em um<br />

clima pós-apocalíptico. Referências punk se<br />

fizeram presentes nos cabelos e no uso de<br />

sobreposições, cujas camadas contrastaram<br />

com os momentos em que o designer<br />

mostrou opções mais estruturadas em uma<br />

silhueta de ampuleta.<br />

itens chave<br />

Casacos, blazers e jaquetas.<br />

caLçados e acessÓrios<br />

Ankle boots e cintos skinny.<br />

materiais<br />

Lãs nobres, jacquard, cashmere, mohair e<br />

couro. Destaque para os bordados.<br />

beLeza<br />

Fios descoloridos, presos em uma espécie<br />

de moicano desarrumado, deram o toque<br />

de ousadia. Para compensar, a maquiagem<br />

foi leve e natural.<br />

teXturas<br />

— FAVORITOS — — FALL — FAVORITOS . WINTER 2013 — —<br />

marcus tondo/inDigitalteam i Gorunway<br />

marcus tondo/inDigitalteam i Gorunway<br />

marcus tondo/inDigitalteam i Gorunway<br />

marcus tondo/inDigitalteam i Gorunway<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 115


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 116<br />

— FALL . WINTER 2013 —<br />

Lanvin<br />

Ultrafeminino, o inverno da lanvin mostrou cinturas<br />

marcadas,vestidos fluidos e belos babados em organza.<br />

Motivos naturais apareceram nas estampas e aplicações<br />

de flores e insetos, mas toque de ousadia ficou a cargo das<br />

peles de raposa e correntões com dizeres provocativos.<br />

itens chave<br />

Os correntões e fivelas com os dizeres Help, Love,<br />

Happy e Cool arremataram o ar “princesa rebelde” que<br />

conduziu o desfile.<br />

caLçados e acessÓrios<br />

Correntões, fivelas, maxianéis e broches dividiram a<br />

passarela estolas de pele raposa. Nos pés, clássicos Mary<br />

Janes incrustados de pedras e oxfords masculinos.<br />

materiais<br />

Couro, lã, organza, rendas, seda, e denim e detalhes em<br />

pele de raposa. O tema natural permeou as estampas,<br />

com flores, borboletas e besouros.<br />

beLeza<br />

Oscilando o foco entre boca e olhos, Lanvin brincou<br />

com olhos pretos esfumaçados e bocas cor de sangue.<br />

Em alguns momentos, a maquiagem era um quase nada<br />

e junto com os cabelos com aspecto molhado criavam o<br />

ar de rebeldia chique.<br />

teXturas<br />

— FAVORITOS — — FALL — FAVORITOS . WINTER 2013 — —<br />

marcus tondo/inDigitalteam i Gorunway<br />

marcus tondo/inDigitalteam i Gorunway<br />

marcus tondo/inDigitalteam i Gorunway<br />

marcus tondo/inDigitalteam i Gorunway<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 117


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 118<br />

— FALL . WINTER 2013 —<br />

marc<br />

Jacobs<br />

O estilo vintage invadiu a passarela de<br />

marc Jacobs, tendo uma visível referência<br />

a década de 1940. Peças de fácil transição<br />

para as ruas foram intercaladas com pijamas<br />

metalizados. Uma temporada democrática<br />

que foi do tricô ao brilho.<br />

itens chave<br />

Casacos acinturados, estolas de pele, saia<br />

lápis, hotpants.<br />

caLçados e acessÓrios<br />

Scarpin e sandálias com salto.<br />

materiais<br />

Lã, seda, paetê, algodão, pele, tecidos me-<br />

tálicos.<br />

beLeza<br />

Olhos esfumaçados com sombra escura,<br />

junto com delineador aplicado na linha da<br />

pálpebra. Abaixo da linha d’água lápis preto<br />

e tons neutros ficaram por conta da pele e<br />

do lábio.<br />

teXturas<br />

— FAVORITOS — — FALL — FAVORITOS . WINTER 2013 — —<br />

Go runway / inDigital<br />

Go runway / inDigital<br />

Go runway / inDigital<br />

Go runway / inDigital<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 119


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 120<br />

— FALL . WINTER 2013 —<br />

marY<br />

katrantzou<br />

Em uma cartela de cores reduzida, inspirada<br />

em fotografias preto e branco, mary trouxe<br />

para essa temporada um show elaborado e<br />

precioso, concebido pelos olhos de uma en-<br />

genheira. A talentosa designer transformou<br />

a assimetria de suas peças em uma grande<br />

poesia pitoresca.<br />

itens chave<br />

Assimetria, comprimento midi, manga<br />

presunto e estamparia.<br />

caLçados e acessÓrios<br />

Botas de camurça de salto e sapatos de bico<br />

fino.<br />

materiais<br />

Gazar, malha, organza, brocado, renda,<br />

couro, feltro de lã.<br />

beLeza<br />

Aspecto natural para os lábios, pele leve<br />

com uma fina marcação de blush no côncavo.<br />

Suave destaque para olhos, com lápis<br />

branco na linha d’água e iluminador nas<br />

pálpebras e cílios inferior.<br />

teXturas<br />

— FAVORITOS — — FALL — FAVORITOS . WINTER 2013 — —<br />

marcus toldo / Go runway / inDigital<br />

marcus toldo / Go runway / inDigital<br />

marcus toldo / Go runway / inDigital<br />

marcus toldo / Go runway / inDigital<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 121


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 122<br />

— FALL . WINTER 2013 —<br />

Uma elegância crua permeou a mais recente<br />

coleção de miuccia prada. Seja pelos amplos de-<br />

cotes, pelos recortes que casualmente deixaram um<br />

ombro à mostra, pelo uso de materiais nobres ou<br />

pelo clima ando 1950 que tomou conta de parte do<br />

desfile, o inverno da marca é quase uma celebração<br />

ao poder feminino.<br />

itens chave<br />

Saias lápis e rodadas, casacos com silhueta de<br />

guarda-pó ou com a cintura marcada, casaquetos<br />

justos.<br />

caLçados e acessÓrios<br />

Sandálias plataforma, ou com o salto grosso, ou<br />

feitas de cetim e com detalhes em zipper, ou delica-<br />

das para festa em dourado e prateado, ankle boots.<br />

materiais<br />

Tecidos de luxo, brins de lã com listras largas, twe-<br />

ed, couro de jacaré, couro, lã, plush, pele de raposa.<br />

beLeza<br />

prada<br />

Cabelos soltos com efeito molhado e partidos<br />

para o lado, leve sombra amarronzada nos olhos e<br />

batom vermelho nos lábios.<br />

teXturas<br />

— FAVORITOS — — FALL — FAVORITOS . WINTER 2013 — —<br />

marcus tondo/inDigitalteam i Gorunway<br />

marcus tondo/inDigitalteam i Gorunway<br />

marcus tondo/inDigitalteam i Gorunway<br />

marcus tondo/inDigitalteam i Gorunway<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 123


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 124<br />

— FALL . WINTER 2013 —<br />

rick<br />

oWens<br />

Em uma das temporadas mais elogiadas de<br />

sua carreira, owens buscou nas formas ar-<br />

quitetônicas e retangulares a inspiração para<br />

sua coleção. Uma visível referencia asiática<br />

também se encontra presente nessa estética.<br />

Sempre original, o designer fez da inseparável<br />

música e arquitetura um show de arte.<br />

itens chave<br />

Casacos longos, casacos quimonos, legging,<br />

e uma forte presença do preto e branco.<br />

caLçados e acessÓrios<br />

Botas de cano alto em couro preto.<br />

materiais<br />

Couro, pele de marta, pele de carneiro,<br />

Jersey de lã, duvet.<br />

beLeza<br />

Pele, olhos e lábios pálidos sem uso de cor.<br />

Beauty hair desfiado e volumoso.<br />

teXturas<br />

— FAVORITOS — — FALL — FAVORITOS . WINTER 2013 — —<br />

Filippo Fior / Go runway / inDigital<br />

Filippo Fior / Go runway / inDigital<br />

Filippo Fior / Go runway / inDigital<br />

Filippo Fior / Go runway / inDigital<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 125


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 126<br />

— FALL . WINTER 2013 —<br />

saint<br />

Laurent<br />

O movimento grunge e a cena do rock cali-<br />

forniano foram as referências para a segunda<br />

coleção prêt-à-porter de hedi slimane para<br />

a Saint Laurent. Uma estética jovem, com<br />

bastante uso de couro, pontuou a linha com<br />

forte inspiração na moda das ruas.<br />

itens chave<br />

Vestidos babydoll, casacos e calças boyfriend,<br />

jeans rasgado, camisas xadrez, minissaias de<br />

couro.<br />

caLçados e acessÓrios<br />

Botas de couro com fivelas.<br />

materiais<br />

Lã, couro, chiffon, tricô, cashmere, mohair,<br />

pele de raposa, paetês.<br />

beLeza<br />

A parte inferior do olho foi destacada com<br />

lápis e sombra pretos, e uma leve sombra<br />

foi aplicada nas pálpebras. Tons neutros<br />

marcaram a pele e os lábios.<br />

teXturas<br />

— FAVORITOS — — FALL — FAVORITOS . WINTER 2013 — —<br />

marcus tondo/inDigitalteam i Gorunway<br />

marcus tondo/inDigitalteam i Gorunway<br />

marcus tondo/inDigitalteam i Gorunway<br />

marcus tondo/inDigitalteam i Gorunway<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 127


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 128<br />

— FALL . WINTER 2013 —<br />

steLLa<br />

mccartneY<br />

Nesta temporada stella mccartney trabalhou o diá-<br />

logo das silhuetas masculina e feminina. A alfaiataria<br />

em lã risca-giz foi ganhando feminilidade no detalhe<br />

das saias que pareciam brotar da bainha dos casacos<br />

pesados. Num flerte com o sportswear trouxe vestidos<br />

fluidos com elásticos e agasalhos de cashmere.<br />

itens chave<br />

Em diferentes comprimentos e variações, o blazer<br />

oversized foi o ponto de partida para o desdobra-<br />

mento da coleção.<br />

caLçados e acessÓrios<br />

Pesadas plataformas de sola tratorada e bonés de<br />

lã evocaram o streetwear enquanto detalhes em<br />

madeira nas bolsas e sapatos finos trouxeram um ar<br />

maduro a outros looks.<br />

materiais<br />

Lã, algodão, cashmere, renda e seda. Peplums enviesados,<br />

matelassê e trabalho com elásticos. Risca-giz,<br />

xadrez suave, transparências, recortes.<br />

beLeza<br />

Clean, com os cabelos elegantemente puxados para<br />

trás e o make quase-nada, apenas lápis branco, rímel<br />

e um discreto coral nos lábios.<br />

teXturas<br />

— FAVORITOS — — FALL — FAVORITOS . WINTER 2013 — —<br />

Filippo Fior / Gorunway / indigital<br />

Filippo Fior / Gorunway / indigital<br />

Filippo Fior / Gorunway / indigital<br />

Filippo Fior / Gorunway / indigital<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 129


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 130<br />

— FALL . WINTER 2013 —<br />

tom ford<br />

Diversas influências conversaram com harmonia na coleção<br />

que marcou a volta de tom ford às passarelas. Motivos<br />

tribais em p&b constrataram com florais japoneses multi-<br />

coloridos com detalhes em paetês, bordados e miçangas. A<br />

jaqueta bomber típica dos anos 1980 apareceu, assim como<br />

franjas de couro, vestidos em patchwork, animal print,<br />

rendas e transparência, e muito geometrismo. Tudo em um.<br />

itens chave<br />

Vestidos midi assimétricos, vestidos longos de Jersey, lã, tule<br />

e crochê, saias lápis e jaquetas bomber (usadas no mesmo<br />

look para dar contraste), variações do poncho.<br />

caLçados e acessÓrios<br />

Botas estampadas de cano alto, botas peep-toe, botas em<br />

patchwork, bolsas com shapes geométricos.<br />

materiais<br />

Cetim, algodão, seda, paetês, miçangas, rendas, duvet, peles,<br />

couro, malhas, cashmere, Jersey, chiffon, tule.<br />

beLeza<br />

Os cabelos presos foram partidos no lado esquerdo. Sombra<br />

dourada cobriu as pálpebras superiores e inferiores, além<br />

de dar um efeito de olho “puxado”. Blush rosado escuro<br />

ofereceu uma leve marcação no côncavo e os lábios permaneceram<br />

neutros.<br />

teXturas<br />

— FAVORITOS — — FALL — FAVORITOS . WINTER 2013 — —<br />

Yannis Vlamos /Gorunway / indigital<br />

Yannis Vlamos /Gorunway / indigital<br />

Yannis Vlamos /Gorunway / indigital<br />

Yannis Vlamos /Gorunway / indigital<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 131


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 132<br />

— FALL . WINTER 2013 —<br />

vaLentino<br />

Com inspiração na Era de Ouro da arte holandesa, especial-<br />

mente no trabalho de Vermeer, a dupla maria Grazia chiuri<br />

e pierpaolo piccioli preparou uma coleção ultrafeminina para<br />

a Valentino. Assim como as pinturas a óleo dessa geração, as<br />

peças foram desenvolvidas de forma que destacam o rosto de<br />

quem as veste, principalmente devido às golas vazadas de couro.<br />

itens chave<br />

Vestidinhos e saias em linha A, casacos e vestidos longos,<br />

macacões.<br />

caLçados e acessÓrios<br />

Sapatos com salto grosso, bolsas com arabescos bordados ou<br />

textura de crocodilo, carteiras coloridas, bolsas clutch com<br />

detalhes de pérolas ou aplicações em pelo.<br />

materiais<br />

Pele, mohair, organdi, renda, chiffon, alpaca, lã, seda, pedras<br />

Swarovski.<br />

beLeza<br />

Tranças longas (as modelos receberam extensões para que suas<br />

tranças tivessem o mesmo comprimento) e uma fita de couro<br />

usada como tiara. A maquiagem foi suave, com sombra e más-<br />

cara amarronzadas para os olhos e blush em tons de pêssego.<br />

A inspiração foi o quadro A Moça com o Brinco de Pérola de<br />

Vermeer.<br />

teXturas<br />

— FAVORITOS — — FALL — FAVORITOS . WINTER 2013 — —<br />

Yannis Vlamos /Gorunway / indigital<br />

Yannis Vlamos /Gorunway / indigital<br />

Yannis Vlamos /Gorunway / indigital<br />

Yannis Vlamos /Gorunway / indigital<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 133


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 134<br />

soft world<br />

design<br />

feito à mão<br />

Agora os trend files do<br />

nosso bureau de tendências<br />

estão disponíveis para download<br />

dentro da revista catarina.<br />

Acreditamos que o artesanal terá um valor muito<br />

importante no futuro. Em nosso Bureau vamos<br />

compartilhar com vocês nossas melhores descobertas<br />

para casa e moda.<br />

por JUlie FeRnAnDeS<br />

read the enGlish version<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 135


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 136<br />

— BUREAU DE TENDÊNCIAS —<br />

O Mundo Soft é um estúdio holandês com sede em Rotterdam,<br />

Holanda, especializado em produtos exclusivos para casa e<br />

interiores. Lançado em 2008 por Beatrice Waanders, não<br />

utiliza produtos químicos e sim a mais antiga forma de fazer<br />

tecido, a feltragem, além de explorar a paleta de cores rica<br />

dos próprios animais.<br />

soFt WoRLD<br />

www.softworld.nl<br />

— BUREAU DE TENDÊNCIAS —<br />

Divulgação<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 137


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 138<br />

soFt WoRLD<br />

— BUREAU DE TENDÊNCIAS — — BUREAU DE TENDÊNCIAS —<br />

Divulgação<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 139


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 140<br />

ínDIa FLInt<br />

Índia Flint é uma artista visual, especializada em técnicas de<br />

tingimento natural no extremo sul da Austrália. Ela usa corantes<br />

bio-regionais e ecologicamente sustentáveis de folhas, cascas<br />

e pigmentos terrosos usados em tecidos, papel ou feltro. Para a<br />

artista, o retorno da construção do pano através da tecelagem,<br />

onde o tecido se forma linha por linha, sendo tingido à mão<br />

depois, é uma meditação e não trabalho.<br />

www.indiaflint.com<br />

— BUREAU DE TENDÊNCIAS — — BUREAU DE TENDÊNCIAS —<br />

Divulgação<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 141


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 142<br />

ínDIa FLInt<br />

— BUREAU DE TENDÊNCIAS — — BUREAU DE TENDÊNCIAS —<br />

Divulgação<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 143


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 144<br />

ínDIa FLInt<br />

— BUREAU DE TENDÊNCIAS — — BUREAU DE TENDÊNCIAS —<br />

Divulgação<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 145


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 146<br />

RIna MEnaRDI<br />

Todo o trabalho é diferente: um detalhe, uma curva ao longo de<br />

uma borda, uma reflexão. Cada pote conta uma história, sendo<br />

a evolução natural de um pensamento. Esta forma de trabalhar<br />

com as mãos fez Rina Menardi mais sensível a todos os estímulos<br />

oferecidos por formas naturais. As panelas, bacias e as formas<br />

infinitas que ela cria são apresentadas pelas melhores galerias<br />

de design, podendo ser encontradas, muitas vezes, em casas<br />

particulares ou em restaurantes que combinam gastronomia<br />

requintada com a mais cuidadosa atenção à estética.<br />

www.rinamenardi.com<br />

— BUREAU DE TENDÊNCIAS — — BUREAU DE TENDÊNCIAS —<br />

Divulgação<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 147


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 148<br />

RIna MEnaRDI<br />

— BUREAU DE TENDÊNCIAS — — BUREAU DE TENDÊNCIAS —<br />

Divulgação<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 149


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 150<br />

RIna MEnaRDI<br />

— BUREAU DE TENDÊNCIAS — — BUREAU DE TENDÊNCIAS —<br />

Divulgação<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 151


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 152<br />

CHILD’s oWn<br />

stUDIo<br />

Wendy Tsao começou seu estúdio de artesanato, o Child’s Own<br />

Studio, depois de ter a simples ideia de fazer um brinquedo de<br />

pelúcia para um menino de quatro anos de idade, baseado em<br />

seu desenho. Desde então, ela tem feito centenas de brinquedos<br />

macios e fofinhos com os desenhos que as crianças foram<br />

enviando a ela. Detalhes e opções de cores são reproduzidos<br />

tão fielmente quanto possível, de modo que o brinquedo que<br />

é enviado de volta pelo correio é imediatamente reconhecido<br />

pela criança que o desenhou.<br />

www.childsown.com<br />

— BUREAU DE TENDÊNCIAS — — BUREAU DE TENDÊNCIAS —<br />

Divulgação<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 153


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 154<br />

CHILD’s oWn<br />

stUDIo<br />

— BUREAU DE TENDÊNCIAS — — BUREAU DE TENDÊNCIAS —<br />

Divulgação<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 155


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 156<br />

CHILD’s oWn<br />

stUDIo<br />

— BUREAU DE TENDÊNCIAS — — BUREAU DE TENDÊNCIAS —<br />

Divulgação<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 157


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 158<br />

natHaLIE<br />

CostEs<br />

Nathalie Costes é uma pessoa talentosa que cria acessórios<br />

artesanais. Sua nova coleção é uma variação de colares poéticos<br />

e sensíveis em crochê com fio de algodão. Técnica que aprendeu<br />

aos 10 anos com a irmã. A designer diz que crochetar é um<br />

prazer infantil de ver um carretel de linha tomar outra forma.<br />

www.bynathaliecostes.com<br />

— BUREAU DE TENDÊNCIAS — — BUREAU DE TENDÊNCIAS —<br />

Divulgação<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 159


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 160<br />

natHaLIE<br />

CostEs<br />

— BUREAU DE TENDÊNCIAS — — BUREAU DE TENDÊNCIAS —<br />

Divulgação<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 161


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 162<br />

natHaLIE<br />

CostEs<br />

— BUREAU DE TENDÊNCIAS — — BUREAU DE TENDÊNCIAS —<br />

Divulgação<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 163


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 164<br />

Le Moine Tricote é uma nova malharia artesanal criada pela<br />

designer francesa Alice Lemoine. Depois de estudar no Japão<br />

e começar sua carreira criando desenhos para a malharia Rick<br />

Owens, Lemoine lançou sua própria linha. Ela queria comunicar<br />

sua herança pessoal e cultural: a forte tradição da elegância<br />

francesa confrontado com o minimalismo da arte contemporânea<br />

e da arquitetura.<br />

LE MoInE<br />

tRICotE<br />

www.lemoine-tricote.com<br />

— BUREAU DE TENDÊNCIAS — — BUREAU DE TENDÊNCIAS —<br />

Divulgação<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 165


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 166<br />

LE MoInE<br />

tRICotE<br />

— BUREAU DE TENDÊNCIAS — — BUREAU DE TENDÊNCIAS —<br />

Divulgação<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 167


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 168<br />

LE MoInE<br />

tRICotE<br />

— BUREAU DE TENDÊNCIAS — — BUREAU DE TENDÊNCIAS —<br />

Divulgação<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 169


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 170<br />

PAtRICIA LIMA, 33<br />

Virei mãe.<br />

CORInnE WERnER, 25<br />

Encontrou a mais pura<br />

forma de amor. Canino.<br />

PAuLA ALBuquERquE, 30<br />

Aprendendo a andar<br />

ao lado do tempo.<br />

fRAnçOISE tEChIO, 33<br />

Penso em nanquim,<br />

logo misturo aquarela.<br />

JuLIAnA BERKEnBROCK, 35<br />

Educando Chanel.<br />

JuLIA BIttEnCOuRt, 23<br />

Aprendendo a cuidar de mim.<br />

LYA ZuMBLICK, 27<br />

Dando adeus aos gambitos e<br />

iniciando o projeto #he-man.<br />

BRunA PAStERnAK, 23<br />

Mãe mode on - agora ligada<br />

no 220v.<br />

— EQUIPE —<br />

CAMILA BEAuMORD, 25 JuLIE fERnAnDES, 29<br />

Enfim juntos sob o mesmo teto. Redesconbrindo a beleza da<br />

casa, comida e roupa lavada.<br />

SYLVIA gAttI, 20<br />

Acorda feliz.<br />

VALÉRIA gOnZAgA , 24<br />

Brincando de Carrie<br />

Bradshaw no quintal de casa.<br />

AnDREIA tAKEuChI, 22<br />

Agora com dois patinhos<br />

na lagoa.<br />

gRASIELA SOuZA, 27<br />

Contagem regressiva:<br />

adeus faculdade!<br />

MAYARA LAuRInDO, 23<br />

Revivendo o que realmente<br />

vale a pena.<br />

LuíS KnIhS, 25<br />

Em busca de um equilíbrio entre<br />

o caos e a despretensão.<br />

— FAVORITOS —<br />

EnGLIsH<br />

VERsIon CATARINA<br />

catarina magazine 34<br />

CATARINA — — ABRIL 2013 2013 — — PAGE PAGE 171 171


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 172<br />

editoriaL<br />

pg 04<br />

This is the first time that the same model shoots her second catarina<br />

cover. I am happy that this happened with someone born and raised<br />

in Florianópolis. Believe me, this was not on purpose, but a very<br />

pleasant coincidence. The years that separate the first cover from this<br />

one show how we have matured, and Solange Wilvert has as well. As<br />

the years went by, I believe that we have all come a long way, especially<br />

when we compare the result of the image printed on our cover. This<br />

maturity is explicit in each new edition, as we each learn more about<br />

ourselves and realize where we want to go, a trail that is always traced<br />

by you, our reader. The articles still transit along the season’s trends,<br />

always looking into the future, which is why we highlight international<br />

brands. Also, we track interesting projects and people who present<br />

different ideas through a unique point of view to the world. Here<br />

at catarina, we believe in creative force and originality, so when we<br />

meet a new talent investing in his own path, we make space and<br />

introduce him to you. This is the case with Argentine designer Paula<br />

Selby Avellaneda and Debora Mussak, from Musse, who shared with<br />

us about her business.<br />

When it comes to our international coverage, we have opted to<br />

highlight labels from the most important fashion weeks in our issues<br />

because their influence on the national market grows more and more,<br />

not only because of their presence in the Brazilian luxury market, but<br />

also because they have become the main creative reference for the<br />

development of national products by our designers. Even with the<br />

fight to value national designs, the Brazilian consumer has her eye<br />

on the globalized market and buys remorselessly a copied version<br />

of an article she has seen in an international street style blog. That<br />

is how our designers become hostages of the international runways,<br />

due to the commercial pressure of an industry that struggles against<br />

high taxes and the difficulty of a competitive production. At this<br />

moment, the only safe direction is to follow the rules stipulated by<br />

the large conglomerates of luxury brands. We are inside a spinning<br />

wheel where fashion and consumption are guided by a global creative<br />

tidal wave (which may not be so creative after all). I believe that an<br />

ethical dilemma hovers in our designers most intimate thoughts, who<br />

feel an internal crisis when the desire to create freely is drowned by<br />

monthly sales targets.<br />

Still on the fashion chain, we have approached technology and,<br />

since we are deeply connected with the textile industry, we have also<br />

prepared a piece on the advances in swimwear and a guide with the<br />

latest technological innovation. And we cannot leave out our Trend<br />

Bureau, with reports developed especially for creators. But these are<br />

just a few of the articles on this issue, so savor them and all the other<br />

rich information that we produce especially for you.<br />

Kisses and have a nice read!<br />

patrícia lima / Editor-in-chief<br />

— ENGLISH VERSION —<br />

speciaL reLease<br />

pg 06<br />

The iconic British band Depeche Mode will launch their newest<br />

studio album, Delta Machine, in March. Besides the traditional CD<br />

version, the 13th album from the trio composed of Martin Gore, Dave<br />

Gahan and Andy Fletcher will have a Deluxe Edition with four bonus<br />

tracks and a special book with photos shot by Anton Corbijn, artistic<br />

collaborator of the band for several years. The first single, “Heaven”,<br />

has a music video out available on the band’s official website. http://<br />

depechemode.com<br />

pg 06<br />

the shining gets a sequeL<br />

Acclaimed author Stephen King has promised to release this year the<br />

sequel to one his best-known titles, The Shining. Immortalized in film<br />

by Stanley Kubrick, the story of the family who spends a terrifying<br />

winter in the sinister Overlook Hotel will be continued: the now<br />

middle-aged Danny Torrance is a loner whose gift of the paranormal<br />

led him to work in a mental institution with terminally ill patients.<br />

Doctor Sleep is scheduled to be launched in September.<br />

pg 07<br />

subverting an<br />

estabLished market<br />

S[edition] is a digital tool where artwork is for sale at affordable<br />

prices and in dynamic way. In some cases, for only US$ 8.00, you<br />

can purchase a piece with Certificate of Authenticity signed by the<br />

artist and the website’s guarantee. It is an innovative proposal that<br />

aims to facilitate access to new art collectors in an inexpensive manner.<br />

Launched in editions of 1,000, 2,000, 5,000 or 10,000 pieces at a<br />

time, the artwork is created specifically for the site and only exists in<br />

a digital format.<br />

Digital art is a medium that offers new possibilities for creators and<br />

establishes a sort of middle ground where the work does not need<br />

to be completely static, like a painting or a piece of sculpture, and<br />

is not as an ephemeral as performance art. The digital medium also<br />

goes against the paradigm that says that works of art must come in<br />

unique pieces. The combination of these factors makes it possible to<br />

lower the price of the work without losing its value, and that’s where<br />

S[edition] comes in.<br />

Tracey Elmin, Yoko Ono, Wim Wenders and Damien Hirst are some<br />

of the names that have collaborated for S[edition] and whose work<br />

can be collected digitally. The site is very similar to a social network.<br />

Collectors can follow their favorite artists and find out when they<br />

publish new pieces. Once the artwork is acquired, they are stored in<br />

a “vault” that can be visited by other users, enabling a kind of virtual<br />

art gallery. The purchased pieces are also available to its owner in high<br />

resolution and can be accessed by any device that has internet access,<br />

from S[edition]’s own app.<br />

The platform is interesting because it is a tool to market an art form<br />

that was still exploring forms of revenue. On the other hand, it raises an<br />

old issue: the trivialization of art as a product. Either way, encouraging<br />

art is always welcome, and if we mere mortals we can afford it, even<br />

better. Learn more at http://www.seditionart.com<br />

pg 08<br />

feminine revoLution<br />

in the times of apps<br />

The so-called Y Generation does not cease to impress. Every day, a new<br />

app is launched to meet the strangest of needs. So it is not surprising<br />

that a new tool was created and is dedicated to a subject that has<br />

mobilized the female universe for centuries: gossiping about men. It<br />

was with the noble purpose of exposing the pros and cons of single<br />

guys to the rest of the world that Lulu was born.<br />

Exclusive to women, Lulu is connected to Facebook, which makes sure<br />

that only girls are allowed. Once connected, they can write reviews<br />

about their male contacts on the social network. The idea is to optimize<br />

that research that we all do when we are into someone: ask our friends<br />

and check the guy’s online profiles to make sure he is worth it. But all<br />

of this is done anonymously, just the way girls like it.<br />

Besides some controversial categories, for the most part, the information<br />

furnished by Lulu is positive and very well-humored. The<br />

reviews are done in the form of a questionnaire, which prevents furious<br />

ex-girlfriends from making unnecessary and offensive comments.<br />

According to creator Alexandra Chong, at the end of the day, Lulu is<br />

all about encouraging good, gentlemanly behavior.<br />

But not all reactions to Lulu are so positive. Some people find it<br />

unfair that men do not have the right to defend themselves. Also, the<br />

app stimulates stereotypes that are not exactly healthy, like praising<br />

someone for having money and censuring somebody who still lives<br />

with his parents.<br />

Either way, Lulu is supposed to be about girl talk. Even though we<br />

are still getting used to the new rules in the games of love in this new<br />

world order, what matters is how each one of us absorbs and use the<br />

tools at hand.<br />

— ENGLISH VERSION —<br />

Are you curious and want to see what Lulu has to say today? Then<br />

access onlulu.com<br />

pg 09<br />

marcia X – X fiLes<br />

The Museum of Modern Art in Rio de Janeiro will hold a retrospective<br />

of Marcia X’s work until April 14. The Brazilian artist, who passed away<br />

in 2005, was very important for the consolidation of performances<br />

and installations as relevant artistic mediums in the country. Her work<br />

began in the 1980’s and followed controversial paths, mixing eroticism<br />

with childhood and religious symbols. One of the highlights of the<br />

exhibition is a record of “Desenhando com Terços” (2000), where the<br />

artist displays the floor of a large room in which a row of crosses traces<br />

a penis shape. After the exhibition, which is curated by Beatriz Lemos,<br />

all pieces will be donated to the permanent collection of the museum<br />

and a book will be released with the artist’s complete work. http://<br />

mamrio.org.br<br />

pg 08<br />

Juergen teLLer - Woo!<br />

Until March 17, the Institute of Contemporary Arts in London will<br />

showcase Woo!, an exhibition with the work of one of the most<br />

important fashion photographers in recent decades, Juergen Teller.<br />

Known for his bold and irreverent style, his ability to roam between<br />

authorial artistic photography and fashion advertising campaigns is<br />

what makes the his work is so interesting. His crude language and its<br />

grunge-like aesthetic influenced other renowned photographers such<br />

as Terry Richardson, Ryan McGinley and Dash Snow. Woo! consists<br />

of a selection of books, magazine editorials and ad campaigns clicked<br />

by Teller since the 1990’s. To learn more: http://www.ica.org.uk/34587/<br />

Exhibitions/Juergen-Teller-Woo<br />

pg 10<br />

asian trend<br />

A continent so rich in colors and cultures is bound to be an inspirational<br />

wonderland. Asia’s religious and social beliefs are transformed<br />

in the runway into a subtle oriental trend. Saris, kimonos, a variety<br />

of fabrics, colors and embroidery are the shapes and materials most<br />

relatable to this culture. Dragon prints, gold ornamented jacquards<br />

and women wearing Indian jewelry are this trend’s trademark.<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 173


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 174<br />

Jacquard<br />

Because of its golden threads, rich Chinese and Japanese monarchs<br />

would wear this fabric to show their social status. Get ready for a<br />

Jacquard invasion this winter.<br />

indian<br />

During the Spring/Summer 2013 Haute Couture season, designer<br />

Jean Paul Gaultier’s entire collection was based on India. With a color<br />

palette reminiscent of Indian spices, he delivered an energetic, sweet<br />

and intriguing show.<br />

prints and embroidery<br />

When Asia comes to mind, the first thing one probably thinks of is<br />

its rich prints and embroidery patterns. Images of dragons and tigers,<br />

oriental rugs, unique paintings and flowers give a special Chinese,<br />

Japanese and Korean touch.<br />

Kimono<br />

Today it is no longer mandatory to wear it, but one of the main references<br />

of Chinese and Japanese history is the HANFU, or kimonos.<br />

Inspired by their social relevance, designers chose similar models to<br />

represent the culture in their collections.<br />

military collar<br />

Contributing with fashion and politics, governors popularized Chinese<br />

tunics. Its collar, whenever it is used, helps give the collection an<br />

Asian military feel.<br />

pgs 24 - 33<br />

neW eXperiences<br />

Lately, the shopping experience has become much more than simply<br />

choosing, paying and leaving. For most people, entering a store is no<br />

longer a part of their everyday life, since online shopping has become<br />

much more practical for basic purchases. Because of that, many stores<br />

have begun to create new experiences for their customers. Today, the<br />

act of buying is not just about going into a space filled with outfits<br />

hanging from the racks and waiting for a salesperson to help. Many<br />

stores have a homey quality, where people can sit around, chat, eat,<br />

drink (even sleep, on some occasions) and interact with something<br />

beyond the articles of clothing available. They blend together art,<br />

music, cinema and use different strategies to make sure the consumer’s<br />

shopping experience is more interesting every time.<br />

x x x<br />

Berlin, Germany<br />

The experience starts in the search for the address: to arrive at the doorway<br />

of 22 Skalitzer St. is not enough. To get to xXx, one must cross<br />

the internal garden and look for a small, hidden door that houses one<br />

— ENGLISH VERSION —<br />

of the most amazing concept stores in Berlin. There lie the collections<br />

of great German designers, such as Mads Dinesen, Butterfly Soulfire,<br />

Tata Christiane; as well as international names like Barbara I Gongini,<br />

Moonspoon Salon, Bjorg, Guiseppe Virgoni: and a selection of albums<br />

from Enfant Terrible, a record label for alternative German musicians.<br />

In addition, the store houses a gallery space that serves as a communal<br />

kitchen for private parties and events (if you are lucky, you will find<br />

fresh, vegetable soup just waiting for you when you arrive), as well the<br />

three delicately decorated bedrooms to make you feel at home. They<br />

are available for booking throughout the year, for those looking for a<br />

complete experience.<br />

Address and opening schedule:<br />

Skalitzer St 33 – cross the gardens on the right, on the third floor<br />

10999 Berlin, Germany<br />

Tuesday to Friday: 12:00pm – 8:00pm<br />

Saturdays: 12:00pm – 6:00pm<br />

corso como<br />

Milan, Italy<br />

As one of Milan’s hot spots, 10 Corso Como is one of the most<br />

important concept stores in the fashion universe - alongside Paris’<br />

Colette and Britain’s Dover Street Market - and is curated by Carla<br />

Sozzani. On each floor, a famous designer is represented through the<br />

décor has to do with the presented collections, where the shopper<br />

finds exclusive pieces. The store also features a cafe, a restaurant, a<br />

hotel (with three available rooms) and a gallery, perfect for new fashion<br />

photographers.<br />

Address and opening schedule:<br />

Corso Como, 10<br />

20154 Milan, Italy<br />

Every day: 10:30am – 7:30pm<br />

Wednesdays and Thursday: 10:30am – 9:00pm<br />

bicYcle store<br />

Paris, France<br />

In addition to clothing and fashion accessories, concept stores now<br />

also dominate other markets. Paris, a city that holds one of the most<br />

important fashion weeks in the world, is also where the main cycling<br />

competition takes place - the Tour de France. So why not create a<br />

concept store for bikes? The Bicycle Store has been around since 2008<br />

and is located in one of the city’s hippest districts, Le Marain, between<br />

the Republique and Bastille, following a very different business model<br />

than most stores. Besides offering products from traditional brands,<br />

the shop has its very own label called Heritage. This makes it possible<br />

for the consumer to customize all of the bicycle’s parts, making the<br />

shopping experience even more unique.<br />

Address and opening schedule:<br />

17 Boulevard du Temple<br />

75003 Paris, France<br />

Mondays - Saturdays: 10:00am – 7:00pm<br />

atelier<br />

New York City, USA<br />

From the small store Crosby Street, to the new address in Hudson<br />

Square, founders Karlo Steel and Constantin von Haeften keep the<br />

same aesthetic in their Atelier in New York. Despite offering only<br />

menswear, the shop does not exclude women. Most of the clothes<br />

can be considered androgynous, a description that can also be applied<br />

when referring to Atelier’s décor, with its sober colors and creations<br />

of designers such as Carol Christian Poell, Yohji Yamamoto and<br />

Ann Demeulemeester hanging from the racks. Its modern furniture<br />

contrasts with some antiques (since Van Haeften himself is a collector),<br />

giving an elegant feel to the space.<br />

Address and opening schedule:<br />

304 Hudson St.<br />

New York, NY 10013<br />

Monday – Friday : 11:00am – 7:00pm<br />

Saturdays: 12:00pm – 7:00pm<br />

Sundays: 12:00pm – 6:00pm<br />

blacK celebration<br />

Nicosia, Cyprus<br />

Black Celebration is the first concept store in Cyprus, located in the<br />

country’s largest city, Nicosia. The space is almost a game between<br />

consumer and product. Those who visit Black Celebration can find<br />

unique products, from designer clothes to an avant-garde collection<br />

of rare books and albums. The two-story building was built by artist<br />

Phanos Kyriacou, who intends for customers to experience some<br />

“challenges” in order to see all the products that are for sale.<br />

Address and opening schedule:<br />

17A Kypranoros St.<br />

1061 Nicosia, Cyprus<br />

Mondays, Tuesdays, Thursdays and Fridays: 10:30am - 1:00pm and<br />

3:00pm - 7:00pm<br />

Wednesday and Saturday: 10:30am - 2:00pm<br />

sonG<br />

Vienna, Austria<br />

As one of the most cultural cities of Europe, Vienna is a perfect place<br />

for a concept store. The main one is the SONG, designed by Myung<br />

— FAVORITOS —<br />

il Song, a Korean businesswoman who has lived in the city for the past<br />

20 years. She is passionate about art and fashion, so it was natural to<br />

open a fashion boutique that brought together collections from both<br />

renowned and new designers. Over time, the space became available<br />

to artists who wanted to showcase their work. SONG was decorated<br />

by German designer Piet Hein Eek, with chairs and lamps from the<br />

1930s, French furniture from before World War II and soft lighting,<br />

making the store more welcoming. Moreover, SONG has a VIP room<br />

for its best customers.<br />

Address and opening schedule:<br />

Praterstrasse 11-13<br />

1020 Vienna, Austria<br />

Mondays: 1:00pm - 7:00pm<br />

Tuesday to Saturday: 10:00am - 6:00pm<br />

ra<br />

Antwerp, Belgium<br />

In the neighborhood, there are thrift shops, galleries and antique<br />

furniture shops. This is Antwerp’s coolest borough, where Ann<br />

Demeulemeester, Dries Van Notten and Raf Simons got their degree.<br />

Launched in 2010 by two former students of the Royal Academy of<br />

Art, AR – the initials of Romain Brau and Anna Kushnerova - is a sort<br />

of gallery, shop, thrift store, bookstore, record shop and restaurant,<br />

all rolled into one. It is also a space to showcase new projects, exhibitions,<br />

installations and performances to enrich the city’s creative and<br />

cultural discourse.<br />

Address and opening schedule:<br />

Kloosterstraat 13<br />

2000 Antwerp, Belgium<br />

Wednesday to Sunday: 11:00am – 6:00pm<br />

sala de estar<br />

Rio de Janeiro, Brazil<br />

Since 2011, Sala de Estar (or the Living Room) s dedicated to showing<br />

the public the creations of new Brazilian talent. 29 new clothing and<br />

accessories brands are exposed in the shop, which is named with the<br />

intention of being an extension of a house. The décor features dark<br />

wood floors, couches, all within a two-story townhouse in the Botafogo<br />

district. The house is a multifunctional space - called Comuna - where<br />

there is also a bar, an art gallery and an office.<br />

Address and opening schedule:<br />

Rua Sorocaba, 585<br />

22271-110 Rio de Janeiro, Brazil<br />

Tuesdays – Fridays: 2:00pm – 9pm<br />

Saturdays (every other week): 6:00pm – 10pm<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 175


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 176<br />

pgs 34 - 37<br />

beautY from the garbage<br />

To give a new meaning to traces of everyday life and to find beauty in<br />

disposed objects is what Flavia Vanelli’s Rato Rói project is all about.<br />

With a degree in Advertising, it was during graduate school that she<br />

discovered a new way to reuse plastic - far different from traditional<br />

recycling – exploring its aesthetic possibilities and turning it into new<br />

objects with an intriguing beauty. catarina maGazine spoke<br />

with Flavia to understand more about this process.<br />

catarina magazine: do you remember the first time you realized<br />

there was a creative outlet in reused plastic?<br />

flavia vanelli: I remember that what most excited me was the search<br />

for a direction in my aesthetic and establishing goals towards something<br />

I believed in. I wanted to work in a completely new way, which<br />

was not only linked with generating income, but that could improve<br />

the dialogue with our surrounding reality. So I started researching<br />

materials that could ensure my creations. As a starting point, I chose<br />

to work with discarded plastic materials like grocery bags and food<br />

packaging, the great emblems of industrial society. By subjecting them<br />

to heat, I started to see graphics, patterns and textures that I began<br />

to explore in my design. I called this research EcoMatter. From then<br />

on, I began to create products to compose with different collections,<br />

emphasizing surface design.<br />

cm: What started as an academic project has evolved into a commercial<br />

venue. When did you feel this change?<br />

fv: I think it became more real and palpable through the constant<br />

work. Since Rato Rói has turned into a small enterprise, production<br />

has increased and I received a proposition to commercialize the pieces<br />

in Estudio Orbitato’s store. Recently the initiative was chosen for the<br />

second stage of Movimento Hotspot, and is in the running for the<br />

creativity and innovation award.<br />

cm: What about the prints? how did they fit in with the project?<br />

FV: I started photographing the results and transforming it into patterns.<br />

I noticed that they were very colorful and bright, in an aesthetic<br />

that is a bit strange at first glance. You do not understand where it<br />

came from, so you have to look again. And I think that there lies the<br />

beauty within each piece.<br />

cm: What is that process like?<br />

fW: The different types of plastics are worked on individually so as<br />

not to get in the way of the recycling process. They are collected,<br />

selected and then heated to become a new surface without adding any<br />

other material that can interfere with the color or consistency. This<br />

new surface unfolds into applications in art, surface design and is used<br />

as an imagery resource for pattern making and fashion.<br />

— ENGLISH VERSION —<br />

cm: When working with so many colors and new shapes, where do<br />

you find your inspiration?<br />

FV: In musicians and bands that allow themselves to experiment.<br />

Live, pulsating music with different variations and layers. To listen and<br />

feel new timbers, instruments and voices is like observing everyday<br />

life and finding new meanings for it. New viewpoints, references and<br />

ideas. You can get the same sensation from films and art as well.<br />

cm: on a daily basis, plastic is used in many ways and in different<br />

objects. What are the new possibilities that rato rói discovers<br />

within the material and how can they be explored?<br />

fv: By the countless possibilities that plastic allows. The work unfolds<br />

in design, furnishings, accessories and art, as was the case with our<br />

partnership with artist Nestor Junior. In our installations, Nestor’s<br />

illustrations mingled with the artwork coming from my designs. I am<br />

always looking for new ways to apply my craft. It is a ceaseless activity,<br />

with constant discoveries. I always seek the best of its aesthetic to<br />

retell a story.<br />

cm: When did clothing began to be incorporated in the project?<br />

fv: My take on design is that it is a multiple craft. Making clothes<br />

came as a consequence for the whole process. I had already developed<br />

my own aesthetic and had contact with moulage, the construction of<br />

clothes and understanding of the body, its lines and shapes. At that<br />

point, I decided to develop my own pieces and apply my patterns to<br />

them.<br />

cm: how do you commercialize rato rói’s products?<br />

fv: Today the pieces are sold at Estudio Orbitato, in the city of Pomerode,<br />

Santa Catarina (Brazil). It is a collaborative store that brings<br />

together those who seek to buy and to sell interesting things. The<br />

pieces can also be seen on our website and Facebook page.<br />

cm: how do you see rato rói in the future?<br />

fv: I plan on increasing the number of sale outlets. As far as my<br />

short-term goals go, I want to expand operations through collective<br />

input. Those involved will be able to generate income through trade<br />

and intellectual property rights.<br />

pgs 38 - 41<br />

a gentLemen’s fashion<br />

Two men with a common objective and a noble desire: to restore the<br />

classic style of idols from past decades in an attractive way to appeal<br />

to contemporary men. That is how Greenwich Vintage Co. was born,<br />

a brand that defends the style of true gentlemen, keeping tradition in<br />

mind as it offers a touch of modernity.<br />

James Dean, Marlon Brando and Humphrey Bogart are some of the<br />

names mentioned by Tamas “Zen” Pomazi as inspiration for the birth<br />

of Greenwich Vintage Co. The master cobbler and a founding partner<br />

of the brand affirms that the idols of the past carried with them a<br />

sense of elegance that went beyond simply being well dressed. “They<br />

wore blazers, slacks and pocket squares, as well as wingtips, boots<br />

and loafers. In addition, they carried themselves with class, style and<br />

confidence. Over the years, both my business partner and I believe<br />

that those great qualities went missing from everyday guys. We are<br />

working to restore them.”<br />

Greenwich Vintage Co. was founded with the intent to renovate and<br />

promote traditional American products. Restoring boots, oxfords and<br />

other traditional shoes became the main focus of the brand. Notoriety<br />

came when the exclusive, colored soles came to play, adding a touch<br />

of contemporary flavor that lacked in GVC’s work. “With the creation<br />

of the company’s signature American-made colored soles, Greenwich<br />

Vintage’s business evolved from simply restoring footwear to transforming<br />

it into wearable art,” says the master cobbler.<br />

The brand’s intimacy with the art is not by chance - Pomazi has a<br />

solid background in arts and graffiti. He was a renowned artist who<br />

went under the name Zen-One and, besides graffiti, murals and large<br />

commissioned pieces for clients, he also customized sneakers, mostly<br />

Jordans, Air Force Ones and Vans. It was the combination “Zen’s”<br />

experience with streetwear and the willingness to modernize a classic<br />

style that led to the creation of his iconic colored soles.<br />

Keepers of the craft<br />

Another interesting feature is the crafters’ concern in valuing tradition<br />

and local production. Terms like “master cobbler” and “keepers of the<br />

craft” are hashtags that appear frequently in the brands’s Instagram<br />

feed (instagram.com / grnwchvntgco). According to Zen, “These terms<br />

are important because when they are connected with a brand or product,<br />

they convey to the customer a level of quality and craftsmanship<br />

unique in the market. We, at Greenwich Vintage, take pride in the<br />

fact that all of our goods are constructed by hand using traditional<br />

techniques with the sharpest focus on premium craftsmanship.“<br />

Based in Minneapolis, Minnesota (USA), Greenwich Vintage Co. is<br />

part of a group of companies that share the same principles and participate<br />

in trade shows to market their products, such as the Northern<br />

Grade, American Field and Confirmed Stock, which take place throughout<br />

America. “We have had two collaborations to-date. Greenwich<br />

Vintage partnered with Railcar Fine Goods of Arcadia, California to<br />

manufacturer a line of duck camouflaged canvas pants. In addition, we<br />

recently collaborated with Leathworks MN of St. Paul, Minnesota on<br />

a limited run chocolate brown leather braces, or suspenders.”<br />

The brand’s partners plan to grow even more. “We want to continue to<br />

innovate and develop new private-label Greenwich Vintage products,<br />

from colored soles to tread patterns, footwear and accessories. Most<br />

— ENGLISH VERSION —<br />

importantly, we want to do these great things through US-based manufacturing<br />

and design, while continuing to focus on the premium<br />

quality and craftsmanship we have provided to our customers to-date.”<br />

pgs 50 - 55<br />

modeLs nY f/W 13<br />

As is common during Fashion Week, beautiful models walk down<br />

the runway and are acclaimed by the best designers. During the Fall/<br />

Winter season, five of them were the highlights of the New York event<br />

and conquered their space among renowned labels.<br />

pgs 56 - 61<br />

aLL the sides to<br />

pauLa seLbY aveLLaneda<br />

At only 26 years old, the Brazilian designer raised in Argentina commands<br />

two labels and a boutique, which serves as a support base for<br />

many of the country’s new talents. Meet this creative force and great<br />

entrepreneur.<br />

It was during the most hectic days of January that we met. If, by<br />

reading these sentences, images of New Years’ come to mind, you<br />

are mistaken. For those who work in the segment, the most agitated<br />

days of January are the ones when the big textile trade shows that<br />

open the season take place. We were invited to launch catarina<br />

maGazine’s 33rd edition at the industry’s main event on a global<br />

scale – Première Brasil, which will soon be called Première Vision São<br />

Paulo (keeping the mold established by the Parisian headquarters and<br />

other events around the world). You can imagine our desire to absorb<br />

everything the space has to offer, after all, the beginning of the fashion<br />

chain was there, like the opening credits of what would unfold in the<br />

runways and on the streets during summer 2014. At the same time,<br />

we had a commitment as exhibitors to showcase our work, our essence<br />

as a publishing house, and everything that we love to do. Hectic,<br />

therefore, does not begin to describe our week.<br />

Amid this delicious madness came the opportunity to interview Paula<br />

Selby Avellaneda, designer of the uniforms worn by the staff during<br />

this year’s event. I knew little about her work - only that she lived in<br />

Argentina and had opened a store with other promising designers in<br />

the country. But in a conversation that occupied more than half of<br />

the memory space on my recorder, I found that what I knew was only<br />

a drop in the bucket of the designer’s experiences.<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 177


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 178<br />

the oriGins<br />

Paula has Argentine blood, but is in fact Brazilian, born in Barra de<br />

São João, on the coast of Rio de Janeiro. “My parents came to Brazil<br />

because my grandfather worked with the ambassador and was living<br />

in Buzios back then,” she said. “He was delighted with Buzios! Along<br />

with my grandmother, he opened a bread and breakfast called Pousada<br />

do Sol in Lagoa das Pedras and part of my family just stayed in Rio.”<br />

At age 11, Paula moved to Buenos Aires and began to observe her<br />

mother’s affection while sewing. “She would make clothes on a small<br />

scale and sell them,” recalled the designer. “And that was my first<br />

contact with fashion. I’ve always liked to sew. It happened so naturally.<br />

It was not like I’ve always had the dream of finding a great brand.”<br />

Her interest, however, was enough to take her to Milan when she<br />

was 18 years old, where she specialized in the matter. “I was told<br />

it was an important fashion reference, so I went. I packed my bags,<br />

got the dog and bye!” laughed Paula. When I asked if she had liked<br />

the experience of studying in one of the great fashion capitals in the<br />

world, the designer had to think about it for a while. “It was good,“<br />

she concluded. “But, at the end, I didn’t like it enough to want to stay<br />

and learn more. I didn’t feel like [the environment] was as creative as<br />

I had expected. I love the city, but I was looking for something more<br />

creative.”<br />

house of matchinG colors<br />

That “creative something” was found in Belgium, where she went back<br />

to school. Her bold design caught the eye of multi-instrumentalist<br />

Patrick Wolf, who invited her to develop his stage outfits. “It was<br />

very nice,” sighed Paula. “I didn’t know what to expect because it was<br />

the first time I had ever done something like that. I went to London<br />

with the materials he had asked me for and finished the job. Then, I<br />

watched the show and started to understand a lot about the practical<br />

side. For example, you can’t put details that may get in the way when<br />

he sings. I absorbed it all and incorporated it with what I like to create,<br />

with my style.”<br />

In a short period, Paula founded her own brand and increased her<br />

client base. “I’ve worked with Peaches, The National, Madonna used<br />

one of my jackets once!” she said. Back to Buenos Aires after living in<br />

Paris for a few years – where she participated in the esteemed Hyères<br />

Festival and was invited to develop Première Brasil’s uniforms –, the<br />

designer focused on her brand and added a line of jackets. “I started<br />

getting press, so some retailers got in touch with me and I was able<br />

to have seasonal collections.” Today, her House of Matching Colors<br />

exports especially to Japan, besides great fashion centers like New York,<br />

Los Angeles, London, Dubai, Paris, Antwerp, Tapei and to Qatar. “I<br />

would love to export to Brazil!” she revealed. “I am looking for clients,<br />

but I know very little about Brazilian fashion. I want to learn more.”<br />

As if all of that weren’t enough, the designer is also involved in a series<br />

of parallel projects. When I asked about her dream now, the answer<br />

was automatic – “I want to get organized!” Paula commands a couture<br />

— ENGLISH VERSION —<br />

brand called Fauna, manages her Pandora boutique and is launching<br />

a label for young, independent designers.<br />

“But do you have an agent, a business partner, someone to help you<br />

with the administration?” I wondered.<br />

“I have my friends,” she answered in a thankful tone. “I’m very lucky,<br />

they help me out a lot.”<br />

By just looking at Paula, it is hard to imagine that, behind that peaceful<br />

façade and soft voice, lies a creative powerhouse and a great entrepreneur<br />

at just 26 years old. But do not be fooled by her calm manner.<br />

What may seem like shyness or modesty is actually a discreet sense<br />

of security about her potential. Restless, Paula wants to learn more<br />

and more, and because of that, seems to always be one step ahead.<br />

Her goal now is to settle down somewhere. “I want to be more stable.<br />

I’ve been bouncing around places for the past eight years... I spend a<br />

year somewhere, then move and spend maybe two years someplace<br />

else,” she revealed. But she cannot hide her nomad spirit and the wish<br />

to be present in different markets. “I want to be part of a bunch of<br />

projects at the same time. I’ve thought about spending another season<br />

in Belgium, because that’s where my boyfriend lives. I like Paris as<br />

well, I could easily work there.” Even Brazil is in Paula’s plans. “I am<br />

Brazilian, so I always think that someday I could come back here!”<br />

pgs 62 - 65<br />

fashion personaLitY<br />

Better known as Rick Owen’s muse, wife and accomplice, Michèle<br />

Lamy is one of the few, great eccentric figures surrounding fashion<br />

today. Emblematic, a former frequenter of the LA underground night<br />

scene and owner of Café LesDeux (a trendy restaurant inspired by<br />

old cabarets), Michèle does not give in to time and remains true to<br />

her style.<br />

Much has been said about the woman with tattooed fingers and golden<br />

teeth: she is Algerian; a gypsy; she was born in a concentration camp<br />

in occupied France; she was raised by wolves; she is an arms dealer, a<br />

vampire, a witch over 1,600 years old.<br />

All gossip aside set aside, Michèle Lamy is a typical Frenchwoman<br />

with a strong accent and long story. An authentic character since birth,<br />

she was a dancer and stripper in her teens while studying Law. At age<br />

20, she fled from her rich Parisian upbringing and started studying<br />

Philosophy. In 1968, she was involved in the Paris protests and, in the<br />

beginning of the 1970’s, wanted to be Bob Dylan. When she was 30,<br />

she lived a Californian dream surrounded by artists and gave birth<br />

to her daughter Scarlett Rouge. Ten years later, Michèle became an<br />

entrepreneur in Los Angeles and met her current love, Rick Owens.<br />

“I’ve always been interested in philosophy, but I don’t’ think there are<br />

any philosophers anymore. Now it’s artists. It’s a visual thing – you<br />

see art and you feel it but you don’t necessarily need to read Spinoza<br />

and Deleuze to understand it. “<br />

The romantic Goth left everything she had in LA and headed to France<br />

with her love to make her wildest retail dreams come true. Few people<br />

know that it was Michèle, 10 years ago, who helped Rick Owens make<br />

his name in the fashion world. She sold her part of the restaurant,<br />

moved to Paris and became her younger husband’s business partner.<br />

The couple is a reference in style, fashion and life, owning a chain of<br />

stores around the world. Rick Owens develops his pieces inspired by<br />

Michèle, and Michèle is responsible for the full production, always<br />

seeking original and unique raw material. Committed to the label’s<br />

financial aspects and fascinated with new talents, she was one of the<br />

names responsible for Gareth Pugh’s rise in fashion, after buying his entire<br />

first collection. The love for a gothic aesthetic may be seen not only<br />

in her choice of designers, but also her daily style. A black headband,<br />

black fingernails, golden teeth and bronze skin are her trademarks.<br />

As a magical, nomad creature, Michèle was able to play different roles<br />

along her life without failing once. In an outfit that made her resemble<br />

an Egyptian sphinx, she stated that the vertical line painted across her<br />

forehead is symbolic and what keeps her connected to the Earth. Much<br />

like a sorcerer, Michèle sees the occult as a part of our humanity and<br />

wants the next chapters of her story to contain her honey (as she calls<br />

him), Rick.<br />

les deux cafÉ: taKe tWo<br />

It took a good 10 years for (mostly celebrity) consumers to get the news<br />

they so anxiously awaited. LeDeux Café will be reopened, this time,<br />

in Venice, in a charming, ancient glass factory. Besides the restaurant,<br />

which is the heart of the project, several warehouses and open spaces<br />

will be transformed into a foundation to support young talents, containing<br />

workshops, studios and galleries. The project should be launched<br />

during the Venice Biennale in June.<br />

pgs 66 - 69<br />

prints of the WorLd<br />

Imagine a creative studio specialized in print design that brings together<br />

artists from around the world to a totally digital workspace. Welcome<br />

to Musse, an online company founded by Debora Mussak in 2011.<br />

During its short existence, the company’s creative quality – that started<br />

by working exclusively with Brazilian artists – has enchanted the<br />

world. Clients like Macy’s catch the eye when browsing through their<br />

portfolio.<br />

The idea to come up with Musse came from Debora’s own experience<br />

while working for national labels, when she realized how limited<br />

this market was in Brazil. “Designers are hired to produce ‘copies’ or<br />

patterns are purchased from international studios,” she observes. The<br />

— ENGLISH VERSION —<br />

initial thought process was to bring the talent of Brazil’s best print<br />

designers into the actual companies, but ironically, the demand came<br />

from abroad. Debora explains that this happened naturally, since the<br />

American market was already used to online shopping and had stricter<br />

rules when it came to copyright.<br />

Today, the artists that are a part of Musse’s creative portfolio come<br />

from different places worldwide. Development and technology are<br />

situated in both the United States and India. It’s this “worldly office”<br />

quality that, according to Debora, is her company’s trademark, without<br />

sacrificing the work and integrity of each commercialized drawing. You<br />

can check it all out at mussecollective.com<br />

In 2012, Debora spent four months in Boston as a guest researcher<br />

for the International Entrepreneurship Center. From this experience,<br />

she brought fresh material for her new site, launched in January. In<br />

the following interview, Debora tells us a bit about Musse’s story and<br />

speaks of her point of view on the print design market.<br />

catarina magazine: Which market is most open-minded when it<br />

comes to purchasing textile patterns online, in your opinion? We<br />

know that many companies are still resistant to this business model<br />

and expect a sales rep with a suitcase full of samples…<br />

debora mussak: I think this has more to do with a person’s profile<br />

than a market sector, per se. The newer generations can pick and buy<br />

very naturally online. But after listening to some customers that insist<br />

on traditional methods, we decided to create the “Print Button” that<br />

lets you print your samples on paper before deciding what to purchase.<br />

This tool will be available for annual subscribers soon.<br />

cm: how do you see the print development process and the consumption<br />

of this product here in brazil?<br />

dm: We suffered from a cultural issue - the “copycat culture”. It is sad,<br />

but especially in fashion, very few national companies make decisions<br />

for their collection before looking closely at the international fashion<br />

shows. This delays our creative development and limits our projection<br />

in the world.<br />

cm: Which country is better prepared (both commercially and<br />

creatively) within the printing market?<br />

dm: From what I observe so far, I see the United States is always one<br />

step ahead. But I hope to see Brazil unfold accordingly. There is still<br />

much to be explored and the world is dying to drink more of that<br />

creative source!<br />

cm: can you point out a country as the creative powerhouse in this<br />

segment?<br />

dm: Historically, we can cite Italy, with its hand-painted silk production<br />

and schools that specialize in conventional patternmaking. England<br />

comes in with a contemporary design that exploits very well the<br />

possibilities of digital printing. And today, patriotism aside, I believe<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 179


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 180<br />

that Brazil is also a major creative hub, since this universe is new and<br />

I have seen many talented people who are interested in the area.<br />

cm: from your experience, do you see fashion or décor as the<br />

biggest consumers of your product?<br />

dm: Fashion, especially due to the size of the industry and its fast<br />

cycle.<br />

cm: What was your process when selecting the first artists to take<br />

part of musse?<br />

dm: The first artists were former co-workers and friends. Then I researched<br />

Flickr portfolios and the ones I liked were invited through e-mail.<br />

After a few months, with the website running, I realized that informal<br />

indications were the quickest way to bring new artists to Musse.<br />

cm: and how do you select them today?<br />

dm: A lot of people contact me through the site and I always ask to<br />

send a sample their work for analysis. Others are contacted directly<br />

by me. When I started the company, I searched using Flickr and I still<br />

find great artists there today. My favorite place to look for new talent<br />

is now the Behance network. In October 2012, I visited FIT (Fashion<br />

Institute of Technology in New York) and talked with the director of<br />

the Surface Design course. The reception was wonderful! I was invited<br />

to make a presentation to the students who are graduating in February<br />

2013, and so I came up with the idea of lecturing in major fashion and<br />

design schools around the world, in the same humble manner as usual<br />

and always hoping to learn from their feedback. Additionally, we invite<br />

designers who visit the events we participate in, like Première Vision<br />

in Paris. In September 2012, we had over 80 students and interested<br />

professionals. Many of them are already on our new website, which<br />

we launched last month.<br />

cm: Where do most of musse’s clients come from? What kind of<br />

companies do you work with, usually?<br />

Today, our main customers are from the United States and are large<br />

retailers, such as Macy’s. This is an interesting case, because when they<br />

purchased our material, they brought some of their suppliers as well,<br />

like Kipling, which sought designs that the Macy’s team had liked.<br />

We have noticed that Musse is interesting mainly to large companies,<br />

since we offer a cheaper and faster method for those who need large<br />

quantities of unique prints, and sometimes this need does not match<br />

the dates of the traditional tradeshows. Furthermore, our business<br />

model does not work under pressure, like that “buy now or never<br />

again” vibe that is common in textile events.<br />

cm: You also have your own app. how does it work? When was it<br />

developed and where is it available?<br />

dm: The app allows you to search by artists, categories and keywords.<br />

The zoom function makes it easier to visualize actual size of the pat-<br />

— ENGLISH VERSION —<br />

terns when printed out. You can also see how the picture is repeated<br />

and applied in dresses and different objects. For now, this program is<br />

only for our personal use and is being shown during events and business<br />

meetings. Soon, the 1.0 version will be available to subscribers<br />

at the App Store.<br />

cm: is it possible to order exclusive patterns from you? to hire<br />

you to create a specific, pre-briefed design and then acquire the<br />

copyrights?<br />

dm: Yes, it is how we work with Macy’s, for example, who bought the<br />

rights to an exclusive design signed by the artist Guilherme Kramer.<br />

Kramer has a strong trait, characteristic of his work and he designed<br />

a pattern with the front of Macy’s flagship store in NY, mixed with<br />

Brazilian elements. The design was wonderful and was used in eco-bags<br />

in the campaign for a full collection inspired in Brazil, launched in<br />

May 2012. Soon it will be possible to request briefings in an even<br />

simpler way through the new site.<br />

pgs 70 - 71<br />

fashion 2.0<br />

With the advancement of the internet and the agility of social<br />

networks, brands that are not present in this medium are hardly<br />

remembered. Therefore, many choose to put out unique forms of<br />

advertising to impact their audience and not be forgotten. For this<br />

issue, we traced some recent creative approaches that were a success<br />

due to their interaction with the online public.<br />

Vena Cava chose actress Lizzy Caplan to star in a parody fashion<br />

film, with unrealistic proposals. Besides making fun of it-girls in a<br />

lighthearted way, the movie gets the message across that it is just a<br />

commercial, not a conceptual fashion story.<br />

Tokyo’s Uniqlo decided to use a social network that has yet to be fully<br />

explored by retail: Pinterest. The DryMesh Project makes sure that,<br />

upon entering the site, the consumer finds an animated scrollbar,<br />

made with the images posted on each board.<br />

Alber Elbaz was unable to travel to New York because of Hurricane<br />

Sandy during the shooting of Lanvin’s summer 2013 campaign. So<br />

the video containing images of models posing with the collection’s<br />

pieces is interrupted by a Skype call from the designer, who continues<br />

watching everything online and making comments.<br />

Lacoste created a video showing how their iconic polo shirts would<br />

look like in the future, changing colors and prints with ease. In addition<br />

to the film, the brand created Lacoste Future, a website where<br />

consumers could share all their ideas about the matter.<br />

Spot the Difference was the name of the Louis Vuitton campaign<br />

created to celebrate the launch of the brand’s Kusana Concept Store<br />

in London. Two videos were released, starring blogger Bip Ling. As<br />

much as the videos look the same, there are five differences among<br />

them. Can you spot them?<br />

And fashion events are also part of this online trend! The last New<br />

York Fashion Week, held in early February, broadcast all its runway<br />

shows live for the first time. Fashion lovers around the world could<br />

follow the collections on the event’s official website from the comfort<br />

of their homes.<br />

pgs 72 - 73<br />

haute couture’s<br />

opposite route<br />

A Parisian tradition finds itself trapped within the requirements of creativity<br />

and the time it takes to produce handmade fashion. The world<br />

that has surrendered to ready-to-wear, which in turn is swallowing this<br />

historical tradition, is suffering from a lack of cultural manifestations.<br />

At each season, haute couture has left to be desired, especially when it<br />

comes to pattern, shape and material trends. When I think of couture,<br />

I think of fine fabrics and technological materials, of a well executed<br />

design in differentiated shapes. We no longer live in the Belle Époque<br />

of round dresses and tons of fabric, but we have grown tired of the<br />

traditional tweed and tireless Gothic themes that only showcase black.<br />

We start off with a big loss in 2011. Accused of anti-Semitism, one of<br />

the most legendary and talented artists in the matter, John Galliano,<br />

was not only removed from Maison Dior, but also lost his Legion of<br />

Honor title. All right, anti-Semitism is a serious thing. But while Paris<br />

rejects him, New York is welcoming. As you may have known, Galliano<br />

recently announced that he would partner up with Mr. De La Renta<br />

this season. To some it is a shame, to others, there is only to gain from<br />

this partnership. Galliano’s replacement at Dior, Raf Simons, is in his<br />

fourth season, yet he does not seem to fit with the brand identity. His<br />

minimalist style that always strives for less and less, including in his<br />

haute couture collections, does not seem as appealing. Or is it?<br />

Those who know fashion well and the designers who are part of its<br />

history, probably remember the famous Italian Elsa Schiaparelli, a<br />

pioneer in reproducing art and fashion. The return of her brand that<br />

was planned for winter has been postponed to summer and so far…<br />

nothing. Because he could not find a creative designer that fit with the<br />

brand concept, businessman Diego Della Valle decided to delay the<br />

return until next season. As the saying goes, good things come to those<br />

who wait, and everything indicates that the return of the Schiaparelli<br />

brand is being planned so as not to disappoint. Are they looking at<br />

other labels that rushed the process and are now in trouble? We cannot<br />

say for sure, but rumor has it that the invited designer to lead the label<br />

is Nicolas Gesker.<br />

— ENGLISH VERSION —<br />

Yes, the subject at hand is haute couture, and when it comes to couture,<br />

all eyes and ears are set on Paris. So let us return to Paris. Since 2010,<br />

Givenchy has been making small, but beautiful, couture collections.<br />

First there is the significant reduction of looks, and now Ricardo<br />

Tisci, creative director, and in my view, maestro of haute couture,<br />

decided postpone indefinitely his participation in the most sought<br />

after fashion week in Paris. The reason? The financial return is just not<br />

worth it. BINGO! Tisci continues to make their handmade dresses for<br />

celebrities in red carpets, which is undoubtedly more commercially<br />

profitable.<br />

And if the traditional house of Givenchy has left the scene indefinitely,<br />

in turn, newcomer Ulyana Sergeenko continues experimenting in haute<br />

couture. The Russian socialite, queen of street style, seemed to please<br />

everyone with her first collection. The second ... Well, the second just<br />

goes to show what she had already shown: Flared skirts, scarves, hats<br />

and allusions to vintage films. Let us be downright honest: it is just<br />

too much déjà vu with little aesthetic unity for a designer who wants<br />

to make it in high fashion. It is time to review concepts, and withdraw<br />

from one’s personal style.<br />

Reinvention or irrelevance? A clear displeasure with one of its strongest<br />

sources and catalyst for new approaches haunts haute couture. While<br />

Paris skids between truths and lies, New York and Asia show their<br />

strength. We know that creativity can come from anywhere, but if the<br />

main source has left to be desired, it’s time to reinvent.<br />

In the 19th century, France and Germany began to develop a modernized<br />

opera without destroying tradition and the supremacy of the<br />

Italian art form. If boundaries were broken and some groups put aside<br />

their ego to think about the collective well-being, the same peaceful<br />

expansion can happen with fashion.<br />

So enough with this “less is more”. Get ready for the light at the end<br />

of the tunnel. We are about to see the first spark of Haute Couture<br />

outside of Paris. And yes, I am talking about Galliano and Oscar de<br />

la Renta.<br />

pgs 74 - 77<br />

for a thread of vanguard<br />

In the search for new and exclusive materials, some fashion designers<br />

work in labs researching new technologies for their creations. They<br />

are called “technological designers”. Aiming for something greater<br />

than art, they work in every creative field to subvert the technologies<br />

now available in a unique industrial structure to compose their work.<br />

The partnership among designers and the industry is beneficial to both<br />

parties. Designers ensure exclusivity and an aesthetic differential, while<br />

the industry can use the public and fashion critics as an emotional<br />

thermometer that measures the success and popularity of a new<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 181


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 182<br />

technology or product.<br />

The combination of this partnership is what makes up the “Style<br />

Industry “. Together, they face a big challenge - China. At the end of<br />

the last century, the full Chinese production model grew considerably,<br />

crushing the price of standard products that presented no differentiation<br />

to the consumer.<br />

Currently, growing competition and the fact that international companies<br />

are entering the domestic market, as well as consumers’ rapid<br />

access to fashion information, motivate companies to differentiate<br />

their products. The textile industry is constantly changing to accommodate<br />

fashion’s proactive approach. New fabrics are being developed<br />

to reduce the negative impact that fashion has on the world and the<br />

environment.<br />

These changes are made to adapt to a new habits, a new way of<br />

thinking. More than simply assimilating technology, people want to<br />

wear technology more and more. In recent years, the easy-care effect<br />

and durability of materials were the most studied items, as well as<br />

“intelligent” textiles with anti-stress and anti-bacterial effects that could<br />

facilitate to removal of stains.<br />

manel torres<br />

Spanish designer Manel Torres has a very unique aesthetic when it<br />

comes to his designs. His experiences with spray-on impacted on a<br />

contemporary movement that was brewing within the fashion industry<br />

and reinvented new technologies, in order to deviate from pre-existing<br />

silhouettes.<br />

hussen chalaYan<br />

Chalayan is an internationally acclaimed fashion designer for his innovative<br />

use of materials, meticulous patterns and progressive attitude<br />

towards new technologies. Born and raised in London, he is inspired<br />

by theories in architecture, science and technology itself. In one of his<br />

collections, he made chairs and tables into pieces of clothes. Original<br />

and innovative, his projects are as modern as they are beautiful.<br />

“I like graphic play around the body, and if I can get a sense of life in<br />

the clothes, I’m happy.”<br />

inside scoop<br />

When it comes to technological breakthroughs, the website Not Just<br />

a Label compiled a guide with the latest developments in sustainable<br />

fashion. We selected the most important ones for you to get the inside<br />

scoop on the most innovative textile discoveries.<br />

airdye technology - This revolutionary technique allows waterless<br />

application of color to textiles. By using air instead of water to<br />

convey dye, no hazardous waste is emitted and no water is wasted.<br />

— ENGLISH VERSION —<br />

The process also requires considerably less energy compared to the<br />

traditional dyeing methods, and therefore, lowers production costs.<br />

AirDye® does not use boilers, screen printing machines, drying ovens,<br />

or cleaning and scouring chemicals, thereby eliminating major sources<br />

of pollution. It also produces superior results compared to sublimation<br />

printing and conventional dyeing, resulting in richer colours with<br />

maximum colour durability.<br />

bamboo - Is an abundant and renewable natural resource as the fastest<br />

growing plant in the world. Bamboo grows to its maximum height in<br />

about 3 months and reaches maturity in 3-4 years. By being able to<br />

flourish without fertilizers or pesticides, it is strong and resilient, yet<br />

also amazingly soft and silky. It is more absorbent than cotton and has<br />

natural antibacterial properties.<br />

hemp - Is an excellent substitute for cotton with a considerably reduced<br />

pesticide use. Hemp plants are naturally pest tolerant and grow<br />

astonishingly fast, able to thrive in a wide variety of climates. Hemp<br />

fabric is versatile, and much softer and more durable than cotton.<br />

enzymes - Replace chemicals or even entire processes that pose danger<br />

to the environment. For example, enzymes replace alkali (or oxidizing<br />

agents) in fabric desizing, reduce the use of sulfide in tanneries. Enzymes<br />

degrade much faster than many other chemicals used in textile<br />

mills. When water from textile production reaches the waste-water<br />

treatment plant, enzymes are deactivated into tiny pieces of protein<br />

and carbohydrate that function as food for beneficial microorganisms.<br />

From here they are degraded into harmless compounds.<br />

Greenfil® - Is a high-performance eco-sustainable yarn that was<br />

developed by Sofila, the French nylon yarn specialist, in partnership<br />

with chemical company Arkema. This 100% renewable nylon yarn is<br />

derived from castor beans, and can be used to produce durable textiles.<br />

It also boasts anti-bacterial properties. The castor plant’s beans are<br />

used for the production of Greenfil® and are grown on poor land that<br />

cannot be farmed, without irrigation or fertilizers. The beans are not<br />

produced from genetically modified seeds and are 100% renewable<br />

biomass.<br />

ingeo - is dubbed a “natural synthetic” and can be made from almost<br />

any naturally occurring sugar, such as corn, sugar beets, sugar cane and<br />

wheat. Ingeo is biodegradable, however, when exposed to high heat<br />

and moisture, it can break down prematurely. A component of a wide<br />

variety of textile styles from cotton-type dress fabrics to high-tech lustrous<br />

sportswear, it combines the advantages of natural and synthetic<br />

fibres, drying faster than natural fibres and outperforming synthetic<br />

fibres with its breathability, comfort and insulation properties.<br />

soya Jersey – A fully bio-degradable by-product of pressing soy<br />

oil. It’s a luxuriously soft, comfortable, breathable jersey with great<br />

drape, often called ‘vegetable cashmere’ for this reason. Like silk, soy<br />

jersey is warm in winter and cool in summer, and offers excellent UV<br />

protection. Not only it is thoroughly sustainable, it is also softer and<br />

more durable than cotton.<br />

milkofil - Is a soft fibre made from casein milk protein. To create the<br />

fibre, liquid milk is dried and its proteins are extracted. The proteins are<br />

then dissolved in a chemical solution and placed into a polymerizing<br />

machine to produce fibre, which is then spun into yarn. Milk fabric is<br />

relatively inexpensive but is highly durable, is breathable and captures<br />

moisture. Also, milk fabrics are produced from surplus milk proteins<br />

not intended for food.<br />

stinging nettles - Nettle plants grow quickly without pesticides and<br />

fertilisers, and on land that cannot be farmed for other plants. Nettle<br />

yarn is often blended with wool to strengthen the material and reduce<br />

shrinkage.<br />

recycled polyester - Requires less energy and fewer resources for its<br />

production, offering a low-impact alternative to traditional polyester.<br />

This type of polyester is usually made from post-consumer and post-<br />

-industrial waste. For example, the yarn made from post-consumer<br />

waste uses plastic bottles, while post-industrial waste includes scraps<br />

of fabric and yarn waste. With advanced technology and improved<br />

production quality, the resulting fibre can be comfortable, highly<br />

breathable and feels like silk jersey.<br />

sasawashi - Is a linen type fabric made from Japanese paper and Kumazasa<br />

herb. Washi used in Sasawashi fabric has excellent absorbency and<br />

keeps the moisture within the fiber. Another component of the fabric,<br />

the Kumazasa herb, has excellent antibacterial and deodorant effects.<br />

Despite being made from paper, the fabric is durable and washable as<br />

washi is structurally water-repellent compared to other paper, and is<br />

designed to have maximal waterproof ability.<br />

s. café - Fabric is made from post-consumer waste coffee grounds. It<br />

has the ability not only to control odor, but also to protect from UV<br />

rays and is fast drying. The fabric contains various amounts of coffee<br />

grounds, but generally, 3 cups of coffee are used to make enough fabric<br />

for a simple t-shirt.<br />

seacell - Is a new product made from seaweed cellulose mixed with<br />

Lyocell. The porous, open structure of Seacell absorbs the extra moisture<br />

from the skin, while the skin is said to absorb the vitamin and<br />

mineral-rich elements of the seaweed.<br />

drying - Fabrics using radio frequencies rather than ovens is an<br />

eco-friendly process that requires much less heat than conventional<br />

methods, and is 2 to 20 times faster compared to either mechanical or<br />

thermal drying. In radio frequency drying systems, a generator creates<br />

an alternating electric field between two electrodes. The material to be<br />

dried is placed between the electrodes, where the alternating energy<br />

causes polar molecules in the water to continuously re-orient to face<br />

opposite poles. This movement causes friction, which, in turn, makes<br />

the water in the material rapidly evaporate.<br />

— ENGLISH VERSION —<br />

tencel®c - Features oceanic micro particles, which, when in direct<br />

contact with the skin, are said to provide a cell-renewing effect. It also<br />

acts as a moisturizer and skin protector and keeps the skin’s elasticity.<br />

ultrasound - Is being explored in the production of cloth, such as<br />

using ultrasound for dyeing, thereby eliminating the use of water<br />

entirely. The use of ultrasound in textile wet processing offers many<br />

potential advantages including energy savings, process enhancement<br />

and reduced processing times.<br />

zero-waste - Is a pattern design technique that eliminates fabric waste<br />

at the design and manufacturing stages, which is on average 15% to<br />

20% of the used fabric.<br />

pgs 78 - 81<br />

teXtiLe race to<br />

the finish Line<br />

For the past years, the advances in the properties of swimwear textiles<br />

directly influence athletes’ performances. Understand the impact that<br />

swimwear has on the development of our main swimmers.<br />

Those few seconds before the race are agonizing. There is only a<br />

moment between the sound of the whistle (an indication to climb<br />

unto the blocks) and the siren that signals the start of the race, but it is<br />

enough time for millions of thoughts to emerge in the athlete’s mind<br />

as he stares into the infinite blue of the pool in front of him. Years of<br />

practice, of diets, of physical and psychological training are reduced to<br />

only minutes. A deep breath, a stroke, a final kick are what separates a<br />

gold medal from an honorable mention.<br />

As the sirens go off, eight synchronized athletes fall into the pool<br />

and fight against the water in order to make the best possible time.<br />

While watching the almost impossible records being broken from one<br />

season to the next, one cannot help but wonder if we are creating a<br />

generation of super swimmers. In part, we are. But a lot of this is due to<br />

the advances in textile technologies that compose the actual swimsuits,<br />

which facilitate the war between man and water.<br />

in the old daYs…<br />

To conduct the kind of competition we see today would be nearly<br />

impossible just 100 years ago. In 1913, swimwear itself was being<br />

created in Europe. Suits developed in wool (yes wool!) would conceal<br />

everything but the arms and legs- a breakthrough, considering that<br />

people used to go to the beach wearing conventional clothes. It was<br />

after World War II that companies began experimenting with mesh<br />

and subsequently a new thread called nylon.<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 183


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 184<br />

In sports, the first revolution occurred in 1972, during the Munich<br />

Olympics. The event brought together athletes in a new suit, made<br />

with a polyester spandex fiber. Its elasticity and lightness allowed a<br />

better fit, reducing friction with the water.<br />

Since then, companies specializing in sporting swimwear turned to the<br />

development of high tech suits that could benefit the athlete. A com-<br />

petition started happening within the actual factories, which strived<br />

to offer pieces that were almost like a “second skin” to the swimmer.<br />

Advances in the design made it possible to come up with a suit that<br />

was only 0.29mm thick, offering 4.8% less friction than human skin<br />

in 1997 - merely 25 years after the Munich Olympics.<br />

the revolution<br />

If until the 1970s, the industry’s concern was in creating suits that did<br />

not get in the way of the swimmer, in 2000, the goal was to produce<br />

models that would increase the athlete’s performance. During the<br />

Sydney Games, the full body suits were presented, which covered the<br />

torso, back and thighs. By being extremely technological and made by<br />

hydrophobic fabrics, the models were more efficient for the race than<br />

actual human skin and the fact that they covered so much of the body<br />

directly influenced on the outcome.<br />

But perhaps the greatest revolution in modern swimwear happened in<br />

2008, when the International Swimming Federation (FINA) changed a<br />

single word in the competition regulations. MATERIALS were allowed<br />

to be used to manufacture the suits instead of FABRICS, as was stated<br />

in the rules previously. This was the green light the industry had been<br />

waiting for to experiment with new technologies.<br />

It was a time when virtually seamless products began to emerge and<br />

even titanium alloys were used to stabilize the temperature of the<br />

user. There were so many advances in such a short period that they<br />

started interfering with the sport itself, seeing as the athlete with the<br />

most technological suit had an advantage over the others. The race was<br />

actually a competition among sponsors, and the biggest brands were<br />

the clear front runners.<br />

The controversy became known as “technological doping” and, in less<br />

than two years, FINA’s regulation rectified the change and demanded<br />

that the suits be made only using fabrics. Also, the full body suits<br />

were banned for men and altered to cover less of the women’s body.<br />

All the measures were taken to ensure that the win was strictly the<br />

swimmer’s merit.<br />

the future of sWimWear<br />

Even with the restrictions, companies are focused in offering the best<br />

product so that the athletes are comfortable and can perform well. For<br />

the 2012 Olympic Games, multinational Arena presented its Powerskin<br />

Carbon Pro series, which offers maximum muscle compression (usually<br />

— ENGLISH VERSION —<br />

achieved in tight fitting suits) as well as total freedom of movement,<br />

which is common only in loose suits. This paradox was broken due to<br />

the unique properties of its carbon-based fabric. “The athlete is more<br />

comfortable even while stretching, thanks to its intelligent compression<br />

and mechanical resistance,” affirmed Roberto Tiburzi, Director<br />

of Research and Development.<br />

Compression was also a concern for Tyr Sport in its AP12 Speedsuit,<br />

which is made from a new lightweight, hydrophobic micro-filament<br />

textile in panels that match the swimmer’s body contours and are<br />

bonded with high-frequency welding instead of sewn seams, to cut<br />

down on water resistance. Speedo, on the other hand, works on a<br />

unified system in which the suit, cap and goggles all work together to<br />

improve water flow around the head and body. 3-D scanning was used<br />

to study the heads of hundreds of athletes, analyzing how water could<br />

flow faster over that part of the body.<br />

“With the goggles, you need to fill the whole eye socket and smooth<br />

out the front of the face,” explained Kate Wilton, Speedo USA’s Director<br />

of Performance. “And with the cap, you need to make sure it comes<br />

all the way down to the goggles for a seamless transition.” Just like<br />

the world records, which are broken with every new event, everything<br />

points to an evolution in the suits for the next Olympic Games.<br />

pgs 82 - 91<br />

boYhood<br />

After a trip filled with new experiences, four friends decided they would<br />

transform the lives of a small, African village, in Guinea-Bissau. And<br />

not by holding the traditional fundraisers or spontaneous donations.<br />

Moi Platform markets fashion products to offer university scholarships<br />

to Empada’s students. We had access to Phillippe Pessoa’s travel diary<br />

who, as one of the creators of the project, shared with us some special<br />

moments and what it took to create the Platform.<br />

“We have arrived in Bissau. There are 500 police stations. The city is<br />

poor and dusty, but much more developed than I had thought… it’s<br />

nice that they also speak Portuguese, so language isn’t a problem.<br />

Father Lucio is being bombarded with questions about Empada,<br />

Bissau, Caranval, his work, etc. His answers are very exciting. Our<br />

goal is not to ‘change the world’ right away, since this is intangible/<br />

impossible anyway, but to have a deeper contact, to learn and earn a<br />

living in a manner that is useful to us and them.”<br />

The village of Empada is a set of 80 communities, with about 17,000<br />

inhabitants, located in Guinea-Bissau, a small country in West Africa.<br />

It was in one of those communities that Philippe Pessoa and two friends<br />

sought inspiration and felt the need to change, not the world, but<br />

a small part of it. They spent 20 days in Guinea-Bissau, 15 of them in<br />

the village of Empada, living with the people, absorbing their customs,<br />

their traditions and their difficulties, learning and slowly getting used<br />

to the differences among the populations.<br />

During their stay, the three friends’ biggest certainty was the desire to<br />

do something for those people. The subject came up almost every day,<br />

especially because they were staying in the home of missionary priests,<br />

who control all voluntary programs, even if only a thousand villagers<br />

are Christians. The vast majority of them follow Animist beliefs, a<br />

traditional African religion which considers that “all things have souls.”<br />

Animists believe in a God, but relate only to the spirits.<br />

“The path to Empada’s beautiful. Surely, this has been the most<br />

beautiful drive up here. The trees along the way are huge! The path<br />

is made up partly by asphalt, and halfway there, we treaded on land.<br />

The further we went in, the path became greener, the trees were more<br />

numerous and beautiful.”<br />

a moment to learn<br />

“When it comes to the work itself, it’s hard to unify everyone’s goal.<br />

(...) What Father Lucio and Father Vilson have planned seems coherent<br />

to me. To get to know these guys’ culture is already a big deal to me. I<br />

don’t know if I want more than this, at least, not right now.”<br />

During those 15 days, there was little contact with the outside world.<br />

The electricity lasted for just two hours a day and only existed in the<br />

house where they were staying. The country does not generate any<br />

electricity; there is not the possibility of hydropower, because there are<br />

no waterfalls. Bio-fuel is a possibility, but there is neither development<br />

nor government involvement to make it happen.<br />

To donate food, water and medicine is a very common practice in<br />

the relationship between Western countries and Africa. This form of<br />

welfare does help, but is not enough to pull anyone out of the great<br />

quicksand that population finds itself in. You must provide the means<br />

for them to produce their own wealth, but for this, it is necessary to<br />

know a bit more about the local culture, how relationships work and<br />

their way of life altogether.<br />

“All the children stopped and looked at me, laughing, wanting to<br />

ride along. I felt loved, very well received, but at every moment it<br />

was obvious that I didn’t belong there. I thought of people living in<br />

different communities, far away from it all, do feel like they belong?<br />

Are they well received, but have a feeling that they do not belong, that<br />

they aren’t part of the whole? To feel like you belong is something very<br />

profound, I learned today. Maybe it is not something that comes with<br />

time, but with other factors that depend on others as well.”<br />

It is easy to just get angry and feel unsettled with reality of those countries<br />

when one is looking in on the situation from afar. It is important<br />

to learn about the process, the complexity of everything. How is it<br />

possible to discuss development when there is no basic education?<br />

— ENGLISH VERSION —<br />

According to Sister Sophia - Brazilian manager of the Lyceum of<br />

Empada who has worked in northeastern Brazil and Mozambique,<br />

where she founded a university - the adults in grade 12 (who are usually<br />

between 25 and 30 years old) can barely read and write. For Philippe,<br />

education is a far greater power to promote change than donations.<br />

During one of many conversations the group had with the older<br />

students, it was apparent that they would like to attend a university,<br />

but they always begin talking about the subject by saying, “if the<br />

opportunity arose.” On a deeper note, when asked about the real possibility<br />

of studying, optimism turns into pessimism in seconds. They<br />

all have other plans and are very down-to-earth. The only university<br />

in Guinea-Bissau is in the capital, Bissau. Those who go are often<br />

those who have family there, and those who remain simply cannot<br />

leave their family behind. This is because each member of the family<br />

is essential for everyone’s survival. The children are the ones who go<br />

fishing, hunting, foraging in the trees, because these activities are the<br />

families’ livelihood.<br />

moi platform<br />

On the last page of Philippe’s diary, two words translate the whole<br />

experience and the desire to help the village of Empada: “Our Projects”.<br />

That first step, of just getting to know the local culture, was over just<br />

then. Philippe and his traveling companions decided they could<br />

contribute to the future of the students they had lived with. The main<br />

idea had always been to raise funds to pay for a college scholarship for<br />

students of the Lyceum of Empada. A full scholarship at the University<br />

of Bissau costs about R$ 100 year, and the full year would cost about<br />

R$ 1,000.<br />

But how would they raise the money? The group knew one thing for<br />

sure - they would not use traditional forms of donation to support the<br />

project. Charity lunches, taking money from the pockets of others,<br />

none of these acts crossed their minds. New forms of fundraising came<br />

into discussion, social crowdsourcing being one of them. Another very<br />

important point in the project was that it had to be self-sustaining, so<br />

that the money raised would be enough to keep it running and manage<br />

a long-term impact on the community.<br />

This first project was the basis to set up an initiative that would help<br />

not only the students in Guinea Bissau, but cover all possible publics.<br />

The general idea is to bring together those who do not have regular<br />

contact but could work towards a single ideal. The final project was<br />

called Platform Moi. The name is inspired by the story of Moi, a<br />

boy they had met during their stay at Empada. When he was born,<br />

he had oxygenation difficulties, like any child who has this problem,<br />

developed some obstacles throughout his life. For Empada’s villagers,<br />

however, Moi is possessed by an evil spirit. The boy, according to<br />

Philippe, is a perfect symbol for the Platform, “because we see things<br />

in one way, and they look at it in a completely different manner.”<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 185


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 186<br />

The idea of making t-shirts emerged as a possibility to raise funds, bre-<br />

aking traditional molds. An appealing aesthetic and quality materials<br />

were paramount before starting the project effectively. A partnership<br />

with Aestethic – a Brazilian brand from Santa Catarina also idealized<br />

by young directors – was an important step before the project could<br />

be put into practice. Aestethic is responsible the entire production of<br />

the t-shirts, and sells the pieces in its physical store. The sales revenue,<br />

minus the manufacturing costs, goes directly to the Platform’s funds.<br />

But the great appeal of the t-shirts is not just their quality - the photos<br />

adorned on the products are the major differential. The images are the<br />

result of Philippe’s talent. During their stay at Empada, he realized<br />

that, through pictures, it was very easy to tell a story, and because his<br />

presence was so alien and strange, the spontaneity of a photo came<br />

easily. The pictures taken during the trip showed all aspects of the<br />

villagers’ life, the fragility of the school system, family relations and<br />

“meninês” – a native word that translates to childhood.<br />

The selection of photos to illustrate the pieces was done meticulously.<br />

“When I chose the pictures, I made sure that they weren’t aggressive,<br />

because some images are really very strong. Those were not published<br />

anywhere. But others are very subtle, so I decided to go for a more<br />

delicate approach,” says Philippe.<br />

Another idea was to not get the message across in such a direct way,<br />

so the stories are almost hidden in images, and each consumer would<br />

have a different perception of the photographs. One of the photos is<br />

of a giant banana plantation, and it is difficult to realize that within<br />

it are also some children playing. Another portrays Moi, the boy that<br />

the project is named after, in his mother’s arms. But to everyone, the<br />

subject matter is clear: childhood. This is also a symbol for a country<br />

that is just beginning to develop, which needs care, which needs a start.<br />

So far, the Platform has raised enough money to keep three students,<br />

who were already attending university – all from the village of Empada<br />

– in school for another year. Payment is made through Sister Sofia<br />

(whom they met during the trip). She is also in charge of selecting students<br />

who will be awarded with university grants, as the university does<br />

not accept money directly from Brazil. At the end of each payment,<br />

she sends a report to the project’s administrators, who then inform<br />

the consumer base, as a sign of good faith for those who believe in the<br />

project. Another report also comes from the university itself, which<br />

tracks the performance of students according to their teachers.<br />

But the future of the Platform will not be restricted to t-shirts. In the<br />

following months, other products will be launched by the Platform,<br />

such as a line of jewelry in partnership with a designer from Florianopolis,<br />

to target a larger female public. Besides that, the t-shirts will also<br />

be sold in the United States and Australia. “It’s exciting because there<br />

are many possibilities, and gradually, the project takes its own routes<br />

The Platform wants to spread the idea so that more projects like ours<br />

could take shape. “<br />

— ENGLISH VERSION —<br />

To learn more about the project, go to plataformamoi.org or visit their<br />

Facebook page, facebook.com/plataformamoi.<br />

pgs 92 - 131<br />

faLL/Winter 2013<br />

Volume, asymmetric shapes, marked waistlines, special attention to the<br />

shoulders, unpretentious use of fur and richness in the details. After<br />

an intense season full of information, we have prepared a summary of<br />

the most influential shows of the international fashion weeks. These<br />

are the colors, materials, accessories and styles that have taken over the<br />

runway and will dictate what the next fall/winter will be like in Brazil.<br />

af vandevorst<br />

An Vandevorst and Filip Arickx experimented with layering and<br />

proportions this season, challenging “ordinary” items such as coats,<br />

trousers and gowns to gain new interpretations. Among the striking<br />

runway looks were accessible options, that will certainly appeal to the<br />

brand’s consumers.<br />

Key pieces: Outerwear came in a variety of options (from trench coats<br />

to military jackets), slim fit pants and gowns.<br />

footwear and accessories: Lace-up leather ankle boots, tall, furry<br />

shearling boots, high heel leather boots, leather gloves and fur scarves.<br />

materials: Silk jersey, satin, wool, leather and fur<br />

hair and make-up: Long bangs covered most of the models’ faces,<br />

showing only their bright red lips.<br />

alexander mcqueen<br />

Inspired by religious symbols, Sarah Burton added the (traditional) dose<br />

of drama to her looks, referencing cardinal and nun’s robes, angels and<br />

the Virgin Queen herself. Luxurious pearl details and a silhouette typical<br />

of royal Elizabethan dresses gave a sense of refinery to the pieces.<br />

Key pieces: Dresses (long or hitting mid-calf and in layers), emphasi-<br />

zing the waistline.<br />

footwear and accessories: Leather boots and closed-toe heels<br />

materials: Organza, silk, tulle and leather were the backdrop for<br />

golden embroidery details and feather applications. Pearls appeared<br />

prominently on the embellished cage-like headgear, hosiery, shoes,<br />

gloves and gowns.<br />

hair & make-up: The hair was tied back in a braid or in curls. Lightly<br />

pink lips were key to promote a sense of royalty.<br />

balenciaGa<br />

In Alexander Wang’s long awaited debut, what we saw was a tribute to<br />

master Cristóbal Balenciaga’s symbols, with a touch of contemporaneity<br />

from the American designer.<br />

Key pieces: Outerwear with rounded shapes over slim pants offered<br />

an appreciated contrast. The little black dress appeared with modern<br />

details and cut-outs.<br />

footwear and accessories: Ankle boots with metallic finishes and<br />

delicate sandals, accompanied by squared bags.<br />

materials: The marble print was one of the highlights, allowing experimentation<br />

with embroidery and applications. Noble wools, velvet, fur<br />

(seen much in collars and cuffs) and lace are among the materials used.<br />

hair and make-up: The hair was brushed back and the lips received<br />

neutral shades, so that the spectator’s focus was strictly on the clothes.<br />

On their eyelids, models exhibited a light indigo eye-shadow.<br />

christian dior<br />

Raf simons’ second ready-to-wear collection of for Christian Dior<br />

addressed the houses’ signature hourglass shape with volumes and<br />

asymmetrical draping. The counterpoint was the precise tailoring that<br />

brought the hardness of a more masculine, straight cut to the collection.<br />

Key pieces: Crisp, straight shapes. Even the draped pieces and fluid<br />

fabrics were constructed in trapeze lines and the abundance of pencil<br />

skirts confirmed the preference for well-defined shapes.<br />

footwear and accessories: The modern cut-out heels were a contrast<br />

to the classic, pointy shoes. The bags were rigid and had short handles,<br />

with sober textures or illustrations from past collections.<br />

materials: Leather, muslin, satin, tweed, chiffon. Cut-outs, asymmetrical<br />

curvy hems and linings in contrasting colors. The prints came from<br />

the Maisons’ old files.<br />

hair and make-up: With a discreet sense of futurism, silver eye-shadow<br />

was used as a point of light in the inner corner and around the eyes.<br />

The vibrant fuchsia lipstick was dimmed in the corners of the lips with<br />

foundation and concealer.<br />

comme des Garçons<br />

Men’s tailoring was the starting point for many collections this season.<br />

In the case of Comme des Garçons, designer Rei Kawakubo deconstruc-<br />

ted suits by adding volume, textures and layers, completely changing<br />

the silhouette, while retaining the essence of the pieces.<br />

Key pieces: Blazers, details such as bows and tubular effects (made from<br />

the same fabric as the piece they were applied to), shorts, cotton shirts.<br />

footwear and accessories: Varnished Oxford shoes with white socks.<br />

— ENGLISH VERSION —<br />

materials: Classic pinstripes, cotton velvet, silky jacquard shirtings.<br />

hair and make-up: Natural and androgynous, without any color.<br />

dolce & Gabbana<br />

The rich detail of the Byzantine mosaics of the Cathedral of Monreale<br />

in Sicily, which were reproduced in various outfits, were the focus point<br />

of Dolce & Gabbana’s collection. The air of royalty that permeated the<br />

entire show was indisputable.<br />

Key pieces: By opting for na A-line silhouette, a good part of the show<br />

was dominated by dresses - tunics with three-quarter sleeves, long and<br />

straight, in a t-shirt style with voluminous shapes, hitting mid-calf, or<br />

with a full skirt. Moreover, suits and pencil skirts were also highlights<br />

during the presentation.<br />

footwear and accessories: Sculptural heels, mules and pumps worked<br />

in fabric, bags with a snakeskin texture or with embroidery, clutch<br />

bags with mosaic prints, wide belts in gold with gemstones, crowns,<br />

Byzantine crosses, heavy earrings, oversized sunglasses.<br />

materials: Brocade, lace, organza, herringbone wool, crepe, gemstones.<br />

hair and make-up: The hair was tied in a low bun. The skin was<br />

neutral, with a pinkish hue. A trio of earthy eye-shadow was used on the<br />

eyelids, which were also outlined in black. Dark red lipstick completed<br />

the look.<br />

dries van noten<br />

In a collection predominated by plaid, grunge references came together<br />

to compose an androgynous line, with layered pieces and relaxed si-<br />

lhouette. Femininity came from the maxiflorals, peplums and ruffled<br />

skirts in organza.<br />

Key pieces: Jackets, blazers, shirts and pencil skirts with impeccable<br />

tailoring.<br />

footwear and accessories: Flat, masculine shoes, contrasted with<br />

delicate high-heeled sandals in silver leather. Boxy clutch bags in prints<br />

were combined with a variety of scarves. Retro sunglasses completed<br />

the look.<br />

materials: Satin, silk, organza, muslin, cashmere.<br />

hair and make-up: Extremely clean, with lips and eyes in neutral<br />

colors and a slightly buttery skin tone.<br />

Gareth puGh<br />

Gareth Pugh left aside his androgynous outfits with gothic references<br />

to present a more feminine and romantic collection, with an hourglass<br />

silhouette and long gowns. Drama came with the twig-like embroidery,<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 187


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 188<br />

with the exaggerated collars, with the hair and make-up choices and<br />

with the final looks, made up of thin, cellophane straps.<br />

Key pieces: Long skirts and gowns, coats with trapeze sleeves, shawls<br />

and capes with exaggerated collars.<br />

footwear and accessories: Platform boots and long leather gloves.<br />

materials: Leather, suede, shearling, cellophane, mink, taffeta.<br />

hair and make-up: White skin and a dark shade around the eyes, with<br />

the hair tied back in a disheveled bun.<br />

GivenchY<br />

A very feminine grunge is what Riccardo Tisci proposed for Givenchy’s<br />

Autumn/Winter. In a fun and romantic collection, the Italian designer<br />

blended the style’s traditional plaid with animal prints, maxiflorals and<br />

sequined details.<br />

Key pieces: Oversized coats, leather jackets and a wide range of skirts.<br />

footwear and accessories: Mid-cut boots with snakeskin straps for a<br />

striped effect, came together to envelope clutches. Metallic bracelets<br />

with pendants and wide, velvet belts complemented the outfits.<br />

materials: Transparent tulle, leather, velvet, mink, fox, tweed, wool,<br />

knitwear, cotton and chiffon.<br />

hair and make-up: Colorful locks that looked like roses complemented<br />

the whimsical feel of the show. Reddish eye-shadow and black<br />

mascara highlighted the eyes. Clean skin and glossy lips were the final<br />

touch.<br />

Gucci<br />

A femme fatale inspired Gucci this season, with a collection domi-<br />

nated by feathered details, lace and plenty of leather. With a color<br />

palette full of mystery, predominated by shades of black and burgundy,<br />

rounded shoulders and peplums added womanly curves to the pieces’<br />

slim silhouette.<br />

Key pieces: Pencil skirts, cropped or waist-high jackets, coats with<br />

rounded shoulders, structured blazers or with peplums, sheath dresses.<br />

footwear and accessories: High lace-up boots, gold open-toed sandals,<br />

thick leather waist belts, handbags in reptile skin or satin, leather<br />

and suede gloves, cat’s eye aviators.<br />

materials: Leather, wool, reptile skin, lace, mink, pony skin, bouclé<br />

wool, silk, satin, astrakhan, chiffon, feathers, brocade.<br />

hair and make-up: The hair was brushed back, while neutral hues<br />

were applied on the skin and lips. Raspberry eye-shadow, mascara and<br />

a small amount of glitter made the eyes really pop.<br />

— ENGLISH VERSION —<br />

haider acKermann<br />

Haider Ackermann presented a very military collection for a post-<br />

-apocalyptic world. Punk references were present in the hair and<br />

overlapping layers of clothes, which contrasted with more structured<br />

options in an hourglass silhouette.<br />

Key pieces: Coats, jackets and blazers.<br />

footwear and accessories: Ankle boots and skinny belts.<br />

materials: Noble wools, Jacquard, cashmere, mohair, embroidery and<br />

leather.<br />

hair and make-up: Bleached hair tied in a sort of messy Mohawk<br />

gave an edginess to the overall look. In contrast, the make-up was<br />

light and natural.<br />

lanvin<br />

Lanvin’s winter was as feminine as it gets, with a marked waistline, fluid<br />

dresses and pretty organza ruffles. Natural motifs appeared in prints,<br />

and flowers and insects made their way in embellishments. A touch<br />

of boldness came with the fox furs and large chains with provocative<br />

slogans.<br />

Key pieces: The large chains and belt buckles with slogans like Help,<br />

Love and Happy gave a “rebel princess” vibe that was the conducting<br />

thread for the entire show.<br />

footwear and accessories: Large chains, belt buckles, large rings and<br />

brooches, fox fur scarves. Classic Mary Janes with gemstone embellishments<br />

contrasted with the masculine Oxfords.<br />

materials: Mixed textures included leather, wool, organza, lace, silk<br />

and denim. Fox fur offered a touch of Hollywood glamour. A natural<br />

feel came through in the prints, with flowers, butterflies and beetle<br />

patterns.<br />

hair and make-up: Black, smoky eye-shadow and blood-red lips.<br />

marc Jacobs<br />

A vintage style invaded Marc Jacobs’ runway, with clear references<br />

to the 1940s. Everyday pieces shared the catwalk with metallized<br />

pajamas. This democratic season brought options from knitting to<br />

glittery sparkle.<br />

Key pieces: Belted coats, fur stoles, pencil skirt, hotpants.<br />

footwear and accessories: Pumps and heeled sandals.<br />

materials: Wool, silk, sequins, cotton, fur, metallic fabrics.<br />

hair and make-up: Smoky eyes with dark shadow, with eyeliner<br />

applied along with the line of the eyelid. Neutral tones on the skin<br />

and lips.<br />

marY Katrantzou<br />

With a reduced color palette, inspired by black and white photographs,<br />

Mary Katrantzou prepared an elaborate and precious show, conceived<br />

through the eyes of an engineer. The talented designer has transformed<br />

the asymmetry of her pieces into picturesque poetry.<br />

Key pieces: Asymmetric shapes, mid-length pieces, architectural sleeves<br />

and black and white printing.<br />

footwear and accessories: Suede heel boots and pointy shoes.<br />

materials: Gauze, knitwear, organza, brocade, lace, leather, felt-wool<br />

hair and make-up: The lips had a natural aspect and a thin layer of<br />

blush marked the cheekbones. The eyes were slightly highlighted with<br />

white eyeliner and eye-shadow.<br />

prada<br />

A raw elegance permeated Muiccia Prada’s latest collection. The wide<br />

necklines, the casual cut-outs to showcase one shoulder, the use of<br />

noble materials or the 1950s vibe that overtook part of the show made<br />

sure that the label’s winter was almost a homage to women everywhere.<br />

Key pieces: Pencil skirts, flared skirts, coats in a duster-shaped silhou-<br />

ettes, belted jackets, slick hip-length jackets.<br />

footwear and accessories: Platform sandals, thick heels, gold and silver<br />

ankle strap evening sandals.<br />

materials: Luxe fabrics, striped wool twills, tweed, alligator, leather,<br />

wool, plush, fox fur.<br />

hair and make-up: Loose hair with a wet effect, parted to the side. A<br />

light brownish eye-shadow and red lipstick were also used.<br />

ricK oWens<br />

In one of the most praised collections of his career, Owens sought<br />

in architectural, rectangular forms the inspiration for his latest line.<br />

Visible Asian references were also present in his aesthetics. Always an<br />

original, the designer brought together music and architecture to an<br />

unforgettable show.<br />

Key pieces: Long coats, coats with wide kimono sleeves, legging and a<br />

strong presence of black and white.<br />

footwear and accessories: High boots in black leather.<br />

materials: Leather, nappa, shearling, wool jersey, duvet.<br />

hair and make-up: Pale skin, eyes and lips. Voluminous, unruly hair.<br />

saint laurent<br />

Grunge and the Californian rock scene were the references to Hedi<br />

— ENGLISH VERSION —<br />

Slimane’s second ready-to-wear collection for Saint Laurent. With a<br />

clear influence drawn from street style, the line showcased a young<br />

aesthetic, with extensive use of leather.<br />

Key pieces: Babydoll dresses, boyfriend jackets and trousers, torn jeans,<br />

plaid shirts, leather miniskirts.<br />

footwear and accessories: Leather boots with buckles.<br />

materials: Wool, leather, chiffon, knit, cashmere, mohair, fox fur,<br />

sequins.<br />

hair and make-up: The lower part of the eyes was highlighted with<br />

black eye-liner and eye-shadow, and a lighter shade was applied on the<br />

eyelids. Neutral tones marked the skin and lips.<br />

stella mccartneY<br />

This season, Stella McCartney worked a dialogue between masculine<br />

and feminine silhouettes. The tailoring in pinstriped wools gained<br />

feminine details like the skirts that seemed to spring from the hem of<br />

heavy coats. She also flirted with sportswear references in elasticated,<br />

fluid dresses and cashmere tracksuits.<br />

Key pieces: At different lengths and variations, the oversized blazer was<br />

the starting point for the collection to unfold.<br />

footwear and accessories: Heavy-soled platforms and woolen hats<br />

evoked streetwear while wooden details on the bags and shoes gave a<br />

mature feel to the outfits.<br />

materials: Wool, cotton, cashmere, silk and lace. Biased-cut peplums,<br />

quilting and elasticated waistbands. Pinstripes, plaids, transparencies<br />

and cut-outs.<br />

hair and make-up: The Stella McCartney woman wears very natural<br />

make-up. With her hair elegantly pulled back, her make-up consists<br />

only of white eye-liner, mascara and a discreet coral lipstick.<br />

tom ford<br />

Various influences sang in harmony in the collection that marked Tom<br />

Ford’s return on the runway. Tribal motifs in black & white contrasted<br />

with Japanese multicolored florals embellished in sequins, embroidery<br />

and beads. The 1980s’ bomber jacket made its comeback, as well as<br />

leather fringes, patchwork dresses, animal print, lace and transparency,<br />

and geometric patterns. All in one.<br />

Key pieces: Asymmetrical mid-calf dresses, gowns in jersey, wool,<br />

crochet and tulle, bomber jackets and pencil skirts (worn in the same<br />

outfit for contrast), variations of the poncho.<br />

footwear and accessories: Tall printed boots, tall open-toe boots in<br />

braided leather, patchwork boots, stiff purses in geometrical shapes.<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 189


CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 190<br />

materials: Satin, cotton, silk, sequins, beads, lace, duvet, fur, leather,<br />

knitwear, cashmere, jersey, chiffon, tulle.<br />

hair and make-up: The hair was tied back and parted to the left.<br />

Golden eye-shadow covered the upper and lower eyelids. Dark pink<br />

blush was used and the lips were painted in a neutral tone.<br />

valentino<br />

Inspired by Flemish painters, especially by the work of Vermeer,<br />

design duo Maria Grazia Chiuri and Pierpaolo Piccioli prepared an<br />

ultrafeminine collection for Valentino. Much like the oil paintings of<br />

that generation, the pieces were developed in order to enhance the face<br />

of the woman who wears them, due to the cut-out collars in leather.<br />

Key pieces: A-line dresses and skirts, long coats, gowns, jumpsuits.<br />

footwear and accessories: Shoes with chunky heels, handbags with<br />

couture-inspired balustrade pattern, small clutches embellished with<br />

pearls.<br />

materials: Fur, mohair, organdie, lace, chiffon, alpaca, wool, silk,<br />

Swarovski.<br />

hair and make-up: Long braids (the models got extensions to make<br />

sure that their hair was the exact same length) and a leather band<br />

was used as a tiara. Make-up was soft, with brownish eye-shadow and<br />

mascara, and a peachy hue around the cheekbones. The inspiration was<br />

drawn from Vermeer’s “Girl with the pearl earring”.<br />

pgs 134 - 169<br />

handmade<br />

We believe that handmade products will have an important impact on<br />

the future. For our Trend Bureau, we will share with you some of our<br />

favorite findings in fashion and décor.<br />

1 – soft World<br />

Soft World is a Dutch studio based in Rotterdam specialized in unique<br />

products for home and interiors. Launched in 2008 by Beatrice Waanders,<br />

the creators use no chemicals in their products, but the oldest<br />

form of fabric making, felting. They also explore the rich color palette<br />

of the animals themselves.<br />

2 –india flint<br />

India Flint is a visual artist, specializing in natural dyeing techniques<br />

at the southern tip of Australia. She uses bio-regional and ecologically<br />

sustainable dyes made from leaves, bark and earth pigments to be used<br />

in textiles, paper or felt. For the artist, making the cloth by weaving,<br />

— ENGLISH VERSION —<br />

where the fabric forms line by line, after being dyed by hand, and is<br />

meditation - not work.<br />

3 –rinamenardi<br />

Every job is different: a detail of a curve along an edge, a reflection.<br />

Each pot tells a story and the natural evolution of a thought. This way<br />

of working with her hands made Rina Menardi more sensitive to all<br />

stimuli offered by natural forms. The pots, bowls and endless forms<br />

she creates are presented at the best design galleries, and are also often<br />

found in private homes or in restaurants that combine fine dining with<br />

the most careful attention to aesthetics.<br />

4 –child’s oWn studio<br />

Wendy Tsao launched Child’s Own Studio after the simple idea of<br />

making a stuffed toy for four-year-old boy based on a picture he drew.<br />

Since then, she has made hundreds of cute models from drawings that<br />

children sent her. Details and color options are reproduced as faithfully<br />

as possible, so that the toy that is sent back by mail is immediately<br />

recognized by the child who drew it.<br />

5 – nathalie costes<br />

Nathalie Costes is a talented person who creates handmade accessories.<br />

Her new collection is a variation of poetic and sensitive necklaces<br />

made from crochet cotton thread, a technique she learned with her<br />

sister when she was 10 years old. The designer says that crochet gives<br />

her a childish pleasure of seeing a spool of thread turn into something<br />

else entirely.<br />

6 –le moine tricote<br />

Le Moine Tricote is a new knitwear line from French designer Alice<br />

Lemoîne. After studying in Japan and starting out her career by<br />

creating knit designs for Rick Owens, Lemoine launched her own<br />

label. She wants to communicate her personal and cultural heritage: a<br />

strong tradition of French elegance confronted with the minimalism<br />

of contemporary art and architecture.<br />

— ENGLISH VERSION —<br />

34<br />

rEvistaCatarina.COM.BR<br />

onLinE<br />

CREATIVE BUSINESS<br />

twitter.com/revistacatarina _ facebook.com/revistacatarina<br />

CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 191

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!