You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
evistacatarina.com.br<br />
<strong>versão</strong><br />
interativa<br />
no ipad<br />
SolANgE wIlVERT<br />
poR<br />
CREATIVE BUSINESS
EDItORA-ChEfE |<br />
Patricia Lima<br />
patirl@revistacatarina.com.br<br />
DESIgnERS |<br />
françoise techio, Lya Zumblick,<br />
Mayara Laurindo, Paula Albuquerque<br />
e Valéria Exalta gonzaga<br />
COntEÚDO DE MODA |<br />
Andréia takeuchi, Bruna Pasternak,<br />
Camila Beaumord, Corinne Werner,<br />
grasiela Souza, Luís Knihs, Julia<br />
Bittencourt, Juliana Berkenbrock, Julie<br />
fernandes e Sylvia gatti<br />
REVISãO |<br />
Angela Muniz<br />
COLABORADORES |<br />
Ariana Luz, Du Borsatto, felipe<br />
fernandes, João Victor Arpi, Kleber<br />
Maia, Otávio guarino, Victor Wagner,<br />
Renner Souza e Solange Wilvert<br />
redação e edições anteriores:<br />
atendimento@catarinacoletivocriativo.com.br<br />
www.revistacatarina.com.br<br />
Rua Sérgio gil, 477,<br />
Balneário, florianópolis/SC<br />
CEP 88075-340<br />
(48) 3024 3432<br />
Catarina é uma marca registrada<br />
e não pode ser usada sem autorização.<br />
A revista é uma publicação<br />
mensal, sua <strong>versão</strong> virtual está<br />
disponível gratuitamente para<br />
visualização e download.<br />
O aplicativo para IPad pode ser<br />
encontrado na Apple Store. Versões<br />
impressas podem ser adquiridas em<br />
bancas premium e na loja online no site<br />
da publicação. Essa revista pertence à<br />
Editora Catarina Ltda e a publicação<br />
do conteúdo não pode ser impresso<br />
sem autorização prévia da editora. A<br />
reprodução online é permitida perante a<br />
publicação do crédito da revista Catarina.<br />
Algumas imagens publicadas na revista<br />
são originárias de fontes externas,<br />
pesquisas e indicações, por isso podem<br />
não terem sido autorizadas préviamente.<br />
A revista se compromete a utilizar<br />
de maneira jornalística toda e qualquer<br />
imagem publicada, caso o responsável<br />
pelo queira retirar da revista, solicitamos<br />
que encaminhe um email para<br />
atendimento@catarinacoletivocriativo.com.br<br />
e ela será retirada imediatamente.<br />
Solange Wilvert (Joy)<br />
clicada por Du Borsatto com<br />
beleza de Renner Souza.<br />
34<br />
notas | 06<br />
asIan tREnD | 10<br />
noVas EXPERIÊnCIas | 24<br />
a BELEZa Do LIXo | 34<br />
MoDa PaRa CaVaLHEIRos | 38<br />
URBan tEXtUREs | 43<br />
MoDELs nY F/W 13 | 50<br />
toDas as FaCEs DE PaULa sELBY aVELLanEDa | 56<br />
PERsonaLIDaDE FasHIon | 62<br />
EstaMPa Do MUnDo | 66<br />
MoDa 2.0 | 70<br />
a ContRaMão Da HaUtE CoUtURE | 72<br />
PoR UM FIo VanGUaRDa | 74<br />
CoRRIDa (tÊXtIL) ao PÓDIo | 78<br />
MEnInÊs | 82<br />
FaLL/WIntER 2013 | 92<br />
BUREaU DE tEnDÊnCIas | 134<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 3
— EDITORIAL —<br />
editoriaL<br />
— EDITORIAL —<br />
É a primeira vez que uma modelo aparece duas vezes na capa da catarina, fico<br />
feliz que tenha sido exatamente uma modelo catarinense, nascida em florianó-<br />
polis. Acreditem, mas não foi proposital, realmente foi uma boa coincidência. Os anos que separam uma capa<br />
da outra mostram como nós amadurecemos e Solange Wilvert também, com o passar do tempo acredito que<br />
ambas estão ainda melhores, basta olhar o resultado da imagem estampada em nossa capa. Esse amadurecimento<br />
fica explicito a cada edição, quando vamos nos descobrindo mais e percebendo para onde devemos seguir,<br />
um caminho sempre apontado por você, nosso leitor. As pautas continuam transitando entre as tendências<br />
da temporada, sempre com olho no futuro e por isso o enorme destaque para as marcas internacionais, e as<br />
matérias que retratam ações interessantes e pessoas que apresentam ao mundo uma ideia e um olhar diferente.<br />
Nós, da catarina, acreditamos na força criativa e na originalidade, por isso sempre que vemos bons talentos<br />
investindo em seu próprio caminho abrimos espaço e trazemos até vocês como é o caso da estilista argentina<br />
Paula Selby Avellaneda e da Débora Mussak, da Musse, que explica um pouco mais do seu empreendimento.<br />
Sobre a cobertura internacional, optamos por destacar as marcas das semanas de moda mais importantes em<br />
nossas edições porque a influência que elas exercem no mercado nacional cresce sempre mais, não apenas pela<br />
entrada delas no varejo brasileiro de luxo, mas também passam a ser referência assumida para a criação dos<br />
produtos nacionais pelas mãos dos nossos estilistas. Mesmo que exista uma luta pela valorização do produto<br />
nacional, a consumidora brasileira está de olho no mercado globalizado e compra sem problema algum a<br />
cópia nacional do modelo que viu em algum blog de street style internacional. É aí que nossos estilistas viram<br />
reféns das passarelas internacionais, por pressão comercial de uma indústria que briga contra altos impostos e<br />
dificuldade de produção competitiva. E pelo que parece nesse momento, o único caminho seguro é seguir as<br />
regras estipuladas pelos grandes conglomerados de marcas de luxo. Estamos dentro de uma roda viva, onde a<br />
moda gira e o consumo vive de acordo com uma maré global criativa (ou não tão criativa assim). Acredito que<br />
uma crise ética paire nos pensamentos mais íntimos dos nossos estilistas, uma briga interna onde a vontade de<br />
criar segundo suas próprias referências é sobreposta à metas de vendas mês após mês.<br />
Ainda dentro da cadeia da indústria da moda, olhamos para a tecnologia, e como o sangue que corre em nossas<br />
veias é têxtil, também temos uma matéria que mostra o avanço tecnológico para os mercado de swimwear e<br />
outra que mostra as últimas novidades inovadoras têxteis, sem esquecer do nosso Bureau de Tendências com<br />
Reports que trazem boas pesquisas para criadores. Mas essas são apenas algumas pautas que recheiam essa edição,<br />
aproveite todas as outras ricas informações que produzimos especialmente para você.<br />
um beijo e ótima leitura,<br />
Patricia Lima / Editora-chefe<br />
read the enGlish version<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 5
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 6<br />
Lançamento<br />
especiaL<br />
a icônica banda inGlesa depeche mode lança, em abril,<br />
seu mais novo disco de estúdio, delta machine. Além da<br />
<strong>versão</strong> em CD tradicional, o 13o álbum do trio formado por Martin Gore, Dave<br />
Gahan e Andy Fletcher terá uma Deluxe Edition, com 4 faixas extras e um livro<br />
especial com fotos clicadas por Anton Corbijn, colaborador artístico da banda<br />
há diversos anos. “Heaven”, o videoclipe do pimeiro single do álbum já está<br />
disponível no site oficial da banda.<br />
www.depechemode.com<br />
read the enGlish version<br />
— NOTAS —<br />
o iLuminado<br />
ganha sequência<br />
read the enGlish version<br />
o aclamado autor de livros de terror stephen<br />
KinG promete para este ano a sequência de um seus<br />
títulos mais conhecidos, o iluminado. Eternizado no<br />
cinema pelas mãos de Stanley Kubrick, a história da família que passa um<br />
aterrorizante inverno no sinistro Overlook Hotel ganhará uma continua-<br />
ção à altura: o agora adulto de meia-idade Danny Torrance é um solitário<br />
cujo dom da paranormalidade o levou a trabalhar num hospício com<br />
pacientes terminais. Doctor Sleep - ainda sem título em português - está<br />
com lançamento previsto para o mês de setembro.<br />
Warner Brothers<br />
Divulgação<br />
Divulgação<br />
s[edition] É uma ferramenta diGital onde obras de<br />
arte estão à venda a preços acessíveis e de uma manei-<br />
ra superdinâmica. Em alguns casos, por apenas US$ 8 você pode<br />
adquirir uma obra com Certificado de Autenticidade assinado pelo artista<br />
e garantia do site. É uma proposta inovadora que pretende facilitar o acesso<br />
a novos colecionadores de arte (por novos entenda-se não tão abastados).<br />
Lançadas em edições de 1.0000, 2.000, 5.000 ou 10.000 “tiragens”, as peças<br />
são criadas especialmente para o site e só existem em formato digital. A arte<br />
digital é uma linguagem que oferece novas possibilidades para os criativos e<br />
estabelece uma espécie de meio termo onde a obra não precisa ser completamente<br />
estática, como um quadro ou uma peça de escultura e nem efêmera<br />
como numa performance artística, que só existe no momento em que está<br />
sendo realizada. O meio digital também vai de encontro ao paradigma que<br />
diz que as obras de arte precisam ser peças únicas. A combinação destes<br />
fatores tornam possível baixar o preço da obra sem que ela perca seu valor,<br />
— NOTAS —<br />
subvertendo um mercado<br />
read the enGlish version<br />
e é aí que o s[edition] aparece. Tracey Elmin, Yoko Ono, Wim Wenders e<br />
Damien Hirst são alguns dos nomes que produziram para o s[edition] e<br />
que podem ser colecionados digitalmente.<br />
O site funciona de maneira bem semelhante a uma rede social. Os colecionadores<br />
podem seguir seus artistas favoritos e ficar sabendo quando eles<br />
publicam novidades. Depois de adquiridas, as obras ficam armazenadas no<br />
“vault” (cofre), que pode ser visitado por outros usuários, possibilitando<br />
uma espécie de galeria de arte virtual própria. As peças, depois de compradas,<br />
também ficam disponíveis para seu dono em alta resolução e podem<br />
ser acessadas por qualquer dispositivo que tenha acesso à internet, a partir<br />
do aplicativo do próprio S[edition]. A plataforma é interessante, pois traz<br />
para o mercado uma forma de arte que ainda não se sabia como vender.<br />
Por outro lado, levanta-se a velha questão sobre a banalização da arte como<br />
produto. De qualquer maneira, o incentivo à arte é sempre bem-vindo, e se<br />
nós, reles mortais, pudermos pagar por ela, melhor ainda.<br />
Conheça mais em www.seditionart.com<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 7
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 8<br />
revoLução<br />
feminina<br />
na era<br />
dos apps<br />
read the enGlish version<br />
— NOTAS — — NOTAS —<br />
a chamada Geração Y não para de surpreender. a cada dia<br />
um novo aplicativo para celular surGe para suprir as mais<br />
estranhas necessidades. Não é de causar espanto a criação de um deles<br />
dedicado a um assunto que há séculos mobiliza o universo feminino: fofocar<br />
sobre os homens. Foi com a nobre missão de expor para o resto do mundo<br />
os prós e contras do meninos disponíveis no mercado que surgiu o Lulu.<br />
Exclusivo para mulheres, o Lulu é conectado com o Facebook e com isso<br />
garante que só meninas podem entrar. Uma vez conectadas, elas podem<br />
escrever reviews sobre seus contatos masculinos no Facebook. A intenção<br />
é otimizar aquela pesquisa que todas fazemos quando ficamos a fim de<br />
alguém: perguntar para as amigas e checar as redes sociais do cara pra ver<br />
se ele realmente vale a pena. Mas tudo isso anonimamente, do jeito que<br />
as meninas gostam. Apesar de algumas categorias controversas, a maior<br />
parte das informações fornecidas ao Lulu são positivas e principalmente<br />
bem-humoradas. As reviews são construídas em forma de questionário, o<br />
que impede ex-namoradas furiosas de fazerem comentários desnecessários<br />
ou ofensivos. De acordo com a criadora Alexandra Chong, o Lulu procura<br />
incentivar o bom comportamento e cavalheirismo dos poucos e bons que<br />
estão por aí. Mas nem todas as reações ao Lulu são positivas. Algumas<br />
pessoas o acham reducionista e injusto, pois o homem não têm o direito<br />
de se defender. Além disso, o aplicativo estimula a criação de estereótipos<br />
que não são exatamente saudáveis, como enaltecer um cara porque ele tem<br />
dinheiro e detonar outro que ainda mora com a mãe. De qualquer maneira,<br />
o Lulu é para ser uma conversa de meninas. Ainda que ainda estejamos nos<br />
acostumando com as regras do jogo do amor nessa nova ordem mundial,<br />
o que importa é como cada um encara e utiliza a as ferramentas que tem.<br />
ficou curiosa e quer ver o que o lulu tem pra tem contar?<br />
Então acesse:<br />
www.onlulu.com<br />
Divulgação<br />
márcia X /<br />
arquivo X<br />
o museu de arte moderna do rio de Janeiro<br />
recebe atÉ o dia 14 abril uma retrospectiva<br />
da obra de marcia x.<br />
A artista brasileira, falecida em 2005 foi muito importante<br />
para a consolidação de performances e instalações como<br />
discurso artístico relevante no país. Sua obra iniciada na<br />
década de 1980 percorre caminhos polêmicos, misturando<br />
o erotismo com símbolos infantis e religiosos.<br />
Um dos destaques da exposição é o registro de “Desenhando<br />
com Terços” (2000), onde a artista dipõe no chão<br />
de uma grande sala vários terços que se desenham em<br />
formato de pênis. Após a mostra, que tem curadoria de<br />
Beatriz Lemos, todas as obras serão doadas ao acervo<br />
permanente do MAM Rio e ainda um livro será lançado<br />
com a obra completa da artista.<br />
www.mamrio.org.br<br />
Juergen teller<br />
Juergen teLLer -<br />
Woo!<br />
Divulgação<br />
Divulgação<br />
atÉ o dia 17 de março, o institute of contemporarY<br />
arts em londres exibe a mostra<br />
Woo! sobre o trabalho de um dos fotógrafos mais<br />
importantes para a moda nas últimas décadas, Juergen<br />
Teller. Conhecido pelo seu estilo ousado e irreverente,<br />
sua habilidade em transitar entre a fotografia artística<br />
autoral e as campanhas publicitárias de moda é o que<br />
faz a obra deste artista ser tão interessante.<br />
Sua linguagem crua e sua estética nascida do grunge<br />
influenciou outros renomados fotógrafos como Terry<br />
Richardson, Ryan McGinley e Dash Snow. A mostra<br />
Woo! é composta por uma seleção dos livros, editoriais<br />
para revistas e anúncios clicados por Teller desde os ano<br />
1990.<br />
Para saber mais:<br />
www.ica.org.uk<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 9
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 10<br />
— TENDÊNCIAS —<br />
tREnD<br />
clique na tendência de sua preferência<br />
Jacquard . indiana . estampas & bordados . quimono . goLa miLitar<br />
um continente rico em cores e cultura, não poderia deixar de ser<br />
destaque inspiracional. o que tem siGnificado reliGioso e social na Ásia,<br />
nas passarelas É transformado em uma sutil tendência oriental. saris,<br />
quimonos, cortes mais fechados, tecido, cor e bordado, são os shapes<br />
e materiais que mais se identificam com esta cultura. estampas de draGão,<br />
Jaquard com ornamentos de ouro e mulheres com Joias indianas,<br />
são a identificação e o brilho desta tendência. g<br />
read the enGlish version<br />
Vogue.it<br />
— TENDÊNCIAS —<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 11<br />
dries Van noten
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 12<br />
Jacquard<br />
por levar fios doura-<br />
dos, ricos monarcas<br />
chineses e Japoneses<br />
usavam este tecido<br />
para mostrar sua<br />
posição social.<br />
prepare-se para uma<br />
chuva de Jacquard<br />
neste inverno.<br />
— TENDÊNCIAS —<br />
Valentino<br />
imagens: Vogue.it<br />
— TENDÊNCIAS —<br />
proenza aQuilano zac-posen<br />
marchesa marni osman<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 13
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 14<br />
indiana<br />
na última temporada<br />
da haute couture<br />
primavera verão 2013,<br />
o desiGner Jean paul<br />
Gaultier, faz toda sua<br />
coleção inspirada na<br />
índia. com uma tabela<br />
de cores vinda das espe-<br />
ciarias indianas, ele faz<br />
um desfile enerGÉtico,<br />
doce e intriGante.<br />
— TENDÊNCIAS —<br />
jean paul gaultier<br />
imagens: Vogue.it<br />
— TENDÊNCIAS —<br />
prada jean paul gaultier jean paul gaultier<br />
jean paul gaultier<br />
osman jean paul gaultier<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 15
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 16<br />
estampas<br />
& bordados<br />
tratando-se de Ásia,<br />
nada mais óbvio para<br />
esse tópico que<br />
bordados e estampas.<br />
imaGens impressas de<br />
draGões e tiGres,<br />
tapetes orientais,<br />
pinturas das mais<br />
diversas formas<br />
e flores dão o<br />
toque china,<br />
Japão e coreia.<br />
— TENDÊNCIAS —<br />
Valentino<br />
imagens: Vogue.it<br />
— TENDÊNCIAS —<br />
wes gordon dries Von noten maison<br />
kenzo osman proenza<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 17
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 18<br />
hoJe não mais<br />
obriGatório e fazendo<br />
parte da história da<br />
indumentÁria chinesa e<br />
Japonesa, o hanfu, mais<br />
conhecido como quimo-<br />
no, É uma das principais,<br />
se não a mais, referência<br />
destes dois países. ins-<br />
pirados pela história,<br />
estilistas representaram<br />
quimon0<br />
acne<br />
modelos semelhantes<br />
em suas coleções.<br />
— TENDÊNCIAS —<br />
muglerd<br />
imagens: Vogue.it<br />
— TENDÊNCIAS —<br />
zac posen christian dior<br />
kenzo zac posen jason wu<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 19
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 20<br />
go-<br />
La<br />
miLitar<br />
contribuindo com<br />
a moda e a política,<br />
Governantes populari-<br />
zaram as túnicas<br />
chinesas. esta Gola,<br />
sempre que adotada,<br />
aJuda a dar à coleção<br />
um ar militar asiÁtico.<br />
— TENDÊNCIAS —<br />
dries Van noten<br />
imagens: Vogue.it<br />
— TENDÊNCIAS —<br />
dries Van noten phillip lim rag & bone<br />
dries Van noten jason wu<br />
dries Van noten<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 21
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 22<br />
— TENDÊNCIAS —<br />
GostoU? QUER sE InsPIRaR MaIs?<br />
veJa os trechos de fiLmes que separamos para você<br />
o clã das adagas Voadoras Viagem a darjeeling<br />
Você poderá assistir a este vídeo na <strong>versão</strong> interativa<br />
da revista no iPad ou pelo link abaixo:<br />
www.youtube.com/watch?v=1CuQ6RhUkWA<br />
adeus, minha concubina o tigre & o dragão<br />
Você poderá assistir a este vídeo na <strong>versão</strong> interativa<br />
da revista no iPad ou pelo link abaixo:<br />
www.youtube.com/watch?v=LMkkjgfAFuQ<br />
Você poderá assistir a este vídeo na <strong>versão</strong> interativa<br />
da revista no iPad ou pelo link abaixo:<br />
www.youtube.com/watch?v=khs1j5DdPAc<br />
Você poderá assistir a este vídeo na <strong>versão</strong> interativa<br />
da revista no iPad ou pelo link abaixo:<br />
www.youtube.com/watch?v=oEaGsdiA0y0<br />
Vogue.it<br />
— TENDÊNCIAS —<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 23<br />
Valentino
— VIAGEM —<br />
OVAS<br />
XPERIÊNCIAS<br />
ao lonGo do tempo, a experiência de compra passou de um simples entrar,<br />
escolher, paGar e sair, para alGo muito mais complexo.<br />
O ato de entrar em uma loja já não fazia mais parte do cotidiano de muitas pessoas, até porque a compra online<br />
passou a ser mais prática para compras básicas. Para isto, muitas lojas passaram a criar novas experiências para seus<br />
consumidores. Hoje, comprar já não é mais entrar em um espaço cheio de araras e esperar pelo vendedor. Muitas<br />
delas voltaram a ter um aspecto de casa, em que as pessoas possam se sentar, bater um papo, beber, comer<br />
(muitas vezes até mesmo dormir), ver algo além da peça de roupa. Elas se misturam com arte, música, cinema<br />
e tomam diversos formatos para tornar a experiência do consumidor cada vez mais interessante. g<br />
na prÓXima página, cLique para conhecer meLhor a LoJa<br />
read the enGlish version<br />
X X X<br />
bLack<br />
ceLebration<br />
saLa de<br />
estar<br />
— BUREAU DE TENDÊNCIAS —<br />
corso<br />
como<br />
bYcicLe<br />
store<br />
song<br />
ra<br />
ateLier<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 25
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 26<br />
— VIAGEM —<br />
x X x<br />
Berlim, na Alemanha<br />
a experiência começa na procura pelo endereço: cheGar a porta<br />
do prÉdio de número 33 da sKalitzer str. não É o suficiente. Para encon-<br />
trar a xXx, é preciso atravessar um jardim interno e procurar por uma pequena porta escondida<br />
que abriga uma das mais incríveis lojas conceituais de Berlim. Quem entrar vai encontrar<br />
coleções de estilistas alemães, como Mads Dinesen, Butterfly Soulfire, Tata Christiane; dos<br />
internacionais Barbara I Gongini, Moonspoon Salon, Bjorg. Guiseppe Virgoni; e uma seleção<br />
de discos da Enfant Terrible, um selo que abriga artistas da cena alternativa alemã. Além<br />
disso, a loja abriga um espaço que serve como galeria, uma cozinha comunitária para festas<br />
particulares e eventos da loja (e se você der sorte, vai encontrar uma sopa de vegetais fresquinha<br />
te esperando quando passar por lá) além dos três quartos, delicadamente decorados, que dão<br />
um ar de conforto e faz com que você se sinta em casa, disponíveis para reserva durante o ano<br />
inteiro para aqueles que procuram por uma experiência completa.<br />
endereço<br />
Skalitzer St. 33 – jardim, lado direito, terceiro andar,<br />
10999 – Berlim, Alemanha<br />
horário de funcionamento<br />
terça a sexta _ das 12h às 20h.<br />
sábados _ das 12h às 18h.<br />
Bettery magazine<br />
— BUREAU — VIAGEM DE TENDÊNCIAS — —<br />
corso<br />
como<br />
Milão, na Itália.<br />
fiGurinha carimbada nos roteiros a milão, a 10 Corso Como, é uma das<br />
lojas conceituais mais importantes no universo fashion - junto da parisiense Colette e da inglesa<br />
Dover Market Street – e tem a curadoria de Carla Sozzani. Em cada andar, um famoso estilista<br />
está sendo representado, em decorações que se adaptam às coleções, além das peças exclusivas.<br />
A loja conta também com café, restaurante, hotel (são três quartos disponíveis) e uma galeria,<br />
com espaço para novos fotógrafos de moda.<br />
endereço<br />
Corso Como, 10<br />
20154 Milão, Itália<br />
horário de funcionamento<br />
todos os dias _ das 10:30h às 19:30h<br />
quartas e quintas _ das 10:30h às 21h<br />
Divulgação<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 27
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 28<br />
— VIAGEM —<br />
bicYcLe<br />
store<br />
Paris, na França.<br />
alÉm de roupas e acessórios de moda, as loJas conceituais passaram<br />
a dominar outros nichos. Paris, além de abrigar uma das mais importantes semanas<br />
de moda do mundo, é também onde acontece a principal competição de ciclismo, o Tour de<br />
France. Então por que não uma loja conceitual só de bicicletas? A Bicycle Store existe desde<br />
2008 e fica em um dos bairros mais moderninhos da cidade, o Marrais, entre a Republique e<br />
a Bastille, em um modelo bem diferente das lojas tradicionais. Oferecer bicicletas de marcas<br />
tradicionais e tem sua própria marca: a Heritage, que dá a possibilidade de customizar todas as<br />
peças da bicicleta tornando a experiência de compra ainda mais exclusiva.<br />
endereço<br />
17 Boulevard du Temple,<br />
75003 Paris, France<br />
horário de funcionamento<br />
segunda a sábado _ das 10h às 19h<br />
Divulgação<br />
— BUREAU — VIAGEM DE TENDÊNCIAS — —<br />
ateLier<br />
Nova York, nos EUA.<br />
desde a pequena loJa da crosbY street, atÉ ao novo endereço na<br />
hudson square, Karlo steel e constantin von haeften mantÉm a<br />
mesma estÉtica na atelier neW YorK. Apesar de trabalhar apenas com roupas<br />
masculinas, não exclui as mulheres. As peças podem ser consideradas andrógenas, assim como<br />
todo o espaço da Atelier, em cores sóbrias, como preto e cinza, e criações de designers como<br />
Carol Christian Poell, Yohji Yamamoto e Ann Demeulemeester. A decoração segue a mesma<br />
linha das roupas, móveis modernos, contrastando com algumas antiguidades (já que Van<br />
Haeften – um dos proprietários – é um colecionador), dá um aspecto elegante ao espaço.<br />
endereço<br />
304 Hudson St.<br />
New York, NY 10013<br />
horário de funcionamento<br />
segundas a sexta _ das 11h às 19h<br />
sábados _ das 12h às 19h<br />
domingos _ das 12h às 18h<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 29
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 30<br />
Phanos Kyriacou Nicosi<br />
— VIAGEM —<br />
blacK celebration É a primeira loJa conceito do chipre, locali-<br />
zada na maior cidade do país, nicósia. O espaço é quase uma brincadeira entre<br />
consumidor e produto. Quem visita a Black Celebration encontra produtos únicos, desde<br />
roupas de estilistas avant-garde até uma coleção de discos e livros raros.<br />
bLack<br />
ceLebration<br />
Nicósia, em Chipre.<br />
O espaço de dois andares e de linhas simples foi construído pelo artista Phanos Kyriacou. Para<br />
ver todos os produtos que estão à venda, alguns “desafios” são propostos e só serão descobertos<br />
durante o passeio.<br />
endereço<br />
17A Kypranoros St.<br />
1061 Nicósia, Chipre<br />
horário de funcionamento<br />
segundas, terças, quintas e sextas _ das 10:30h às 13h<br />
e das 15h às 19h.<br />
quartas e sábados _ das 10:30h às 14h<br />
Petit Passaport<br />
— VIAGEM —<br />
song<br />
Vienna, na Áustria.<br />
uma das cidades mais culturais da europa, vienna não poderia sobreviver<br />
sem uma loJa conceito. a principal delas É a sonG. Myung il<br />
Song, coreana que há 20 anos vive na cidade e é apaixonada por arte e moda, abriu uma fashion<br />
boutique que misturava coleções de famosos designers e iniciantes. Ao longo do tempo, o<br />
espaço tornou-se aberto para artistas plásticos que queriam mostrar seus trabalhos. O ambiente<br />
é decorado com móveis do alemão Piet Hein Eek, cadeiras e luminárias dos anos 1930. Móveis<br />
franceses do pré-guerra e a iluminação do ambiente, tornam a loja mais acolhedora. A SONG<br />
tem uma sala VIP para seus melhores clientes.<br />
endereço<br />
Praterstrasse 11 – 13<br />
1020 Vienna, Áustria<br />
horário de funcionamento<br />
segundas _ das 13h às 19h<br />
terça a sexta _ das 10h às 18h<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 31
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 32<br />
roman Hayat<br />
— VIAGEM —<br />
ra<br />
Antuérpia, na Bélgica.<br />
na vizinhança, brechós, Galerias e loJas de móveis antiGos, o bairro<br />
É o mais cool da antuÉrpia, cidade onde estudaram ann demeu-<br />
lemeester, dries van notten e raf simons. Inaugurada em 2010 por dois ex-<br />
-estudantes da Royal Academy of Art, a RA – inciais de Romain Brau e Anna Kushnerova – é<br />
um mix de galeria, loja, brechó, livraria, loja de discos e restaurante. É também um espaço para<br />
mostrar novos projetos, exibições, instalações e performances e enriquecem o discurso criativo<br />
e cultural do espaço e da cidade.<br />
endereço<br />
RA bvba Kloosterstraat 13<br />
2000 Antuérpia, Bélgica<br />
horário de funcionamento<br />
quarta a domingo _ das 11h às 18h.<br />
trickyhips.com<br />
— BUREAU — VIAGEM DE TENDÊNCIAS — —<br />
saLa de<br />
estar<br />
Rio de Janeiro, no Brasil.<br />
desde 2011, a sala de estar se dedica a mostrar ao público criações<br />
de novos talentos brasileiros, 29 novas marcas – de acessórios e vestuário - estão<br />
expostas na loja, que tem este nome com a intenção de parecer mesmo uma extensão da casa<br />
de quem a visita. A decoração conta com piso de madeira escura, sofás, tudo isso dentro de<br />
um casarão de dois andares em Botafogo. O casarão é um espaço multifuncional – chamado<br />
Comuna – onde também funcionam um bar, uma galeria de arte e um escritório.<br />
endereço<br />
Rua Sorocaba, 585<br />
22271-110, Rio de Janeiro, Brasil<br />
horário de funcionamento<br />
terça a sexta _ das 14h às 21h<br />
sábados (de 15 em 15 dias) _ das 18h às 22h<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 33
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 34<br />
— ENTREVISTA —<br />
A<br />
BELEZA<br />
DO<br />
LIXO<br />
dar um novo sentido aos vestíGios do cotidiano<br />
e encontrar beleza no descarte permeiam o<br />
proJeto ratorói de flÁvia vanelli. Publicitária por<br />
formação, durante a pós-graduação descobriu uma nova maneira<br />
de reaproveitar o plástico – longe de ser a reciclagem tradicional<br />
– explorando suas possibilidades estéticas e transformando-os em<br />
novos objetos com uma beleza intrigante. A catarina conversou<br />
com Flávia para entender pouco mais sobre este processo.<br />
read the enGlish version<br />
revista catarina: você lembra quando foi<br />
a primeira vez que percebeu que havia uma<br />
possibilidade de criação com o reaproveita-<br />
mento dos plÁsticos?<br />
flÁvia vanelli: Lembro que o que mais me estimulou foi<br />
a busca por direcionar minha estética e meus objetivos para<br />
um trabalho em que acreditasse. Da vontade de trabalhar de<br />
uma forma completamente nova, que não tivesse a geração<br />
de renda como única medida, mas que melhorasse a realidade<br />
dialogando com o entorno, comecei a pesquisar materiais<br />
que viabilizassem minhas criações. Elegi como ponto de<br />
partida plásticos do cotidiano descartados, como sacolas de<br />
supermercado e embalagens de alimento, grandes emblemas<br />
da sociedade industrial. Submetendo-os ao calor, resultam grafismos,<br />
padrões e texturas, comecei a explorar como desenho.<br />
A esta pesquisa dei o nome de EcoMatéria. A partir daí, crio<br />
produtos com os quais componho diferentes coleções com<br />
ênfase ao design de superfície.<br />
— ENTREVISTA —<br />
as lâminas decoratiVas podem ser aplicadas em móVeis e interiores.<br />
rc: o proJeto começou na academia, mas hÁ<br />
alGum tempo toma formas mais comerciais.<br />
em que momento você sentiu essa mudança?<br />
fv: Acredito que ele se torna mais real e palpável através<br />
do trabalho constante. A medida que a Rato tornou-se uma<br />
microempresa, a produção aumentou e surgiu a proposta de<br />
ser comecializado na loja Estúdio Orbitato. Recentemente,<br />
a iniciativa foi escolhida para a segunda etapa do prêmio de<br />
criatividade e inovação no Movimento Hotspot.<br />
você não entende de onde é que veio, tem que oLhar de novo.<br />
e eu acho que essa é a grande beLeza que a peça tem.<br />
— Flávia Vanelli<br />
rc: e as estampas, como surGiram?<br />
fv: Comecei a fotografar o resultado das matérias e a transfor-<br />
mar em estampas. Vi que dava um colorido muito vivo e uma<br />
estética que, quando você olha, causa um estranhamento. Você<br />
não entende de onde é que veio, tem que olhar de novo. E eu<br />
acho que essa é a grande beleza que a peça tem. g<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 35
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 36<br />
rc: e como É este processo?<br />
fv: Os diferentes tipos de plásticos são trabalhados individu-<br />
almente para não dificultar o processo de reciclagem. Eles são<br />
recolhidos, selecionados, e depois de aquecidos se transformam<br />
em uma nova superfície sem que seja acrescentado nenhum<br />
outro tipo de material que interfira na cor ou na consistência.<br />
Essa nova superfície se desdobra em aplicações na arte, no<br />
design de superfícies e na composição de recursos imagéticos<br />
para estamparia e moda.<br />
rc: em um trabalho com tantas cores e novas<br />
formas, onde você busca inspiração?<br />
fv: Músicos e bandas que se permitem experimentar. A música<br />
viva, pulsante, com diversas variações, layers. Escutar e<br />
perceber novos timbres, instrumentos, vocais é como observar<br />
o cotidiano e buscar novos sentidos para ele. Novos olhares,<br />
referências e ideias. Com filmes tem-se a mesma sensação, com<br />
a arte também.<br />
rc: no cotidiano, o plÁstico É utilizado de<br />
diversas formas e em diversos obJetos, com<br />
a rato quais as novas possibilidades do material<br />
e de que maneira ele pode ser explorado?<br />
fv: Pelas inúmeras possibilidades que o plástico permite, o trabalho<br />
se desdobra para o design, o mobiliário, acessórios e para<br />
arte, como foi o caso da parceria que fiz com o artista Nestor<br />
Júnior. Nas instalações, as ilustrações de Nestor se confundiam<br />
com os grafismos vindos do meu trabalho. Sempre estou em<br />
busca de novos caminhos para a aplicação. É uma atividade<br />
incessante, você está sempre descobrindo. Sempre buscando o<br />
melhor da estética daquilo para recontar uma história.<br />
rc: quando que as roupas começaram a fazer<br />
parte das possibilidades do proJeto?<br />
fv: Sempre entendi o design como um fazer múltiplo. O fazer<br />
roupas foi uma consequência de todo o processo. Já tinha<br />
desenvolvido a minha própria estética e tive um contato com a<br />
moulage, a construção de roupas e o entendimento do corpo,<br />
suas linhas e formas. Neste momento, resolvi desenvolver<br />
minhas próprias peças e aplicar esse desenho nelas. g<br />
— ENTREVISTA —<br />
o resultado da composição das ecomatérias dá origem à<br />
estampas produzidas em tecnologia digital.<br />
nada se leVa - desdobramentos estéticos a partir<br />
da laminação das ecomatérias plásticas. trabalho<br />
realizado com o auxílio da larco design.<br />
rato rói/Flávia Vanelli<br />
rato rói/Flávia Vanelli<br />
rato rói/Flávia Vanelli<br />
rc: hoJe, as pessoas podem comprar as peças<br />
da rato, de que forma esses produtos são<br />
comercializados?<br />
fv: As peças estão à venda no Estúdio Orbitato, em Pomerode,<br />
Santa Catarina, que é uma loja colaborativa, que promove o<br />
encontro entre quem quer comprar com quem quer vender<br />
coisas legais. As peças também podem ser vistas no site e no<br />
Facebook da marca.<br />
— ENTREVISTA —<br />
rc: quais os planos para o futuro da ratorói?<br />
fv: Aumentar o número de pontos de venda, e a curto prazo<br />
expandir a atuação pela porta coletiva, os envolvidos serão<br />
capazes de gerar renda por meio do comércio e dos direitos de<br />
propriedade intelectual.<br />
para saber mais,veJa o documentário sobre a rato rÓi<br />
Você poderá assistir a este vídeo na <strong>versão</strong> interativa<br />
da revista no iPad ou pelo link abaixo:<br />
http://vimeo.com/39172497<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 37
greenwichvintage.us<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 38<br />
— MENS WEAR — — MENS WEAR —<br />
os fundadores da greenwich Vintage co., tamas "zen" pomazi e max miller.<br />
MODA PARA<br />
cavaLheiros<br />
dois homens com um obJetivo comum e uma<br />
vontade nobre: resGatar o estilo clÁssico<br />
dos ídolos de dÉcadas passadas de um Jeito<br />
atraente para o homem atual. foi assim que<br />
nasceu a GreenWich vintaGe co., uma marca<br />
que defende o estilo dos verdadeiros<br />
cavalheiros, mantendo vivas as tradições<br />
e oferecendo um toque de modernidade.<br />
por CORinne weRneR<br />
read the enGlish version<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 39
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 40<br />
greenwichvintage.us<br />
— MENS WEAR —<br />
eLes vestiam bLazeres esportivos, caLças sociais e Lenço de boLso e oXfords, botas e<br />
mocassins. e, acima disso, se comportavam com muita cLasse, estiLo e confiança. com o<br />
passar dos anos, eu e meu sÓcio concordamos que não víamos mais estas grandes quaLidades<br />
nos homens de todo o dia e hoJe trabaLhamos para reestabeLecer estes vaLores.<br />
James Dean, Marlon Brando e Humphrey Bogart são alguns dos nomes<br />
citados por Tamas “Zen” Pomazi como inspiração para o nascimento da<br />
Greenwich Vintage Co. O mestre sapateiro e sócio fundador da marca<br />
conta que os ídolos do passado carregavam consigo uma elegância que<br />
ia além de estar bem-vestido “eles vestiam blazeres esportivos, calças<br />
sociais e lenço de bolso e oxfords, botas e mocassins. E, acima disso,<br />
se comportavam com muita classe, estilo e confiança. Com o passar<br />
dos anos, eu e meu sócio concordamos que não víamos mais estas<br />
grandes qualidades nos homens de todo o dia e hoje trabalhamos para<br />
reestabelecer estes valores”. A Greenwich Vintage Co. foi fundada<br />
com a intenção de restaurar e ressignificar produtos tradicionalmente<br />
americanos. Logo em seguida a restauração de botas, oxfords e outros<br />
sapatos tradicionais se tornaram o foco principal da marca. A notoriedade<br />
veio quando as exclusivas solas coloridas entraram em cena,<br />
— tamas “Zen” Pomazi<br />
adicionando o toque de modernidade que faltava ao trabalho da GVC.<br />
“Depois que criamos as solas coloridas, elas viraram a assinatura da<br />
nossa marca. Neste momento, o negócio evoluiu da simples restauração<br />
de sapatos para a transformação deles em arte para vestir”, conta o<br />
mestre sapateiro. A intimidade da marca com a arte não é por acaso.<br />
Tamas “Zen” Pomazi tem um sólido background em artes e grafite.<br />
Ele era um renomado artista que atendia sob a alcunha de Zen-One e,<br />
além de grafites, grandes murais e peças encomendadas para clientes, ele<br />
também customizava sneakers para clientes exclusivos, principalmente<br />
Jordans, Air Force Ones e Vans, além de outros tênis de skate. Foi<br />
a combinação da experiência de “Zen” com street wear e a vontade<br />
de modernizar o estilo clássico que levou à criação das icônicas solas<br />
coloridas.<br />
g<br />
greenwichvintage.us<br />
Keepers of the craft Outra característica interessante da Greenwich<br />
Vintage Co. é a preocupação em valorizar a tradição e a produção local.<br />
Termos como “mestre sapateiro” e “guardiões do ofício” são hashtags<br />
que aparecem frequentemente no Instagram da marca (instagram.com/<br />
grnwchvntgco) e de acordo com Zen, “estes termos são importantes,<br />
pois quando estão conectados a uma marca ou produto eles transmitem<br />
ao consumidor um nível de qualidade e artesanato únicos no mercado.<br />
Aqui na Greenwich Vintage nos orgulhamos do fato de que todos os<br />
nossos produtos são feitos à mão, usando técnicas tradicionais com o<br />
foco em um artesanato premium”. Baseados em Minneapolis, Min-<br />
nesota, a Greenwich Vintage Co. faz parte de um grupo de empresas<br />
que compartilha dos mesmos princípios e participam de feiras para a<br />
comercialização de seus produtos, como a Northern Grade, American<br />
Field e Confirmed Stock, que acontecem por todo o território ameri-<br />
— MENS WEAR —<br />
nossas parcerias surgem do deseJo de desenvoLver produtos que compLementem<br />
nossos sapatos, instigando a propagação do estiLo que defendemos<br />
keepers of the craft<br />
— tamas “Zen” Pomazi<br />
cano. “Nossas parcerias surgem do desejo de desenvolver produtos que<br />
complementem nossos sapatos, instigando a propagação do estilo que<br />
defendemos”, explica o mestre-sapateiro. “Até hoje realizamos duas.<br />
A primeira foi com a Railcar Fine Goods de Arcadia, California, com<br />
quem nos associamos para criar uma linha de calças de lona camufladas,<br />
e a segunda, mais recentemente, foi com a Leatherworks Minessota,<br />
com quem produzimos uma edição limitada de suspensórios de couro<br />
em cores especiais.” Os sócios da marca têm planos de crescimento.<br />
“Queremos continuar a inovar e desenvolver novos produtos com a<br />
marca Greenwich Vintage: solas coloridas e estampadas, calçados e<br />
acessórios. Mas o mais importante, queremos realizar isto tudo com<br />
manufatura e design baseados nos Estados Unidos, mantendo o foco<br />
na qualidade premium da manufatura que até hoje temos entregado a<br />
nossos clientes.<br />
as famosas solas coloridas dos sapatos da greenwich Vintage co.<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 41
Vestido aDRIana DEGREas,<br />
cinto QUIntEss e botas<br />
aCERVo.<br />
U R B A N T E X T U R E S<br />
fotografia<br />
DU BORSATTO
Vestido e chapéu aCERVo,<br />
anel e brincos VínGaRa. Calça, jaqueta e<br />
sutiã tIGREssE,<br />
sapatos JoRGE BIsCHoFF.
top Dta, calça 284,<br />
cinto CaVaLERa, sapatos<br />
JoRGE BIsCHoFF<br />
e bracelete VínGaRa.<br />
Macação DanILo Costa<br />
e blusa LUIGI BERtoLLI.
Vestido aDRIana DEGREas<br />
e gargantilha VínGaRa.<br />
Camisa VR, top Dta,<br />
calça tnG, boné new<br />
Era e brincos Víngara.<br />
Fotos: Du Borsatto<br />
assistente de Foto: Otávio Guarino<br />
styling: Felipe Fernandes<br />
Produção de Moda: João Victor Arpi<br />
assistente de Produção: Kleber Maia<br />
Beleza: Renner Souza<br />
Modelo: Solange Wilvert (Joy)
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 50<br />
— TOP 5 —<br />
MODelS<br />
nY<br />
F/w<br />
13<br />
em todos as fashions WeeKs, lindas modelos<br />
aparecem nas passarelas e Ganham a Graça de muitos<br />
estilistas. nesta temporada de inverno, cinco delas<br />
tiveram destaque em nova YorK e conquistaram<br />
as passarelas de marcas consaGradas.<br />
confira as apostas internacionais do mundo da moda<br />
read the enGlish version<br />
imagens: Vogue.it<br />
01<br />
Models NY F/W 13 JUliA<br />
— TOP 5 —<br />
nORBiS<br />
(AUSTRáliA)<br />
alexander wang<br />
Victoria beckham<br />
jean paul gaultier<br />
derek lam jason wu diesel jean paul gaultier<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 51
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 52<br />
imagens: Vogue.it<br />
02<br />
Models NY F/W 13 Fei<br />
— TOP 5 — — TOP 5 —<br />
Fei SUn<br />
(ChinA)<br />
Victoria beckham<br />
derek lam<br />
diesel<br />
jason wu rodarte rag & bone proenza schouler<br />
imagens: Vogue.it<br />
03<br />
Models NY F/W 13 CAROline<br />
nielSen<br />
(DinAMARCA)<br />
derek lam<br />
Victoria beckham<br />
prabal gurung proenza shouler jason wu diesel<br />
alexander wang<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 53
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 54<br />
imagens: Vogue.it<br />
04<br />
Models NY F/W 13 ZUZAnnA<br />
— TOP 5 —<br />
BiJOCh<br />
(POlôniA)<br />
derek lam<br />
helmut lang<br />
prabal gurung<br />
jason wu diesel michael kors ralph lauren<br />
imagens: Vogue.it<br />
05<br />
Models NY F/W 13 liU<br />
— TOP 5 —<br />
wen<br />
(ChinA)<br />
derek lam<br />
prabal gurung<br />
michael kors<br />
jason wu proenza shouler rodarte rag & bone<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 55
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 56<br />
imagens: acervo Paula Selby avellaneda<br />
— PERFIL —<br />
TODAS<br />
AS<br />
fACES<br />
DE<br />
— PERFIL —<br />
PAuLA<br />
SELBy<br />
AVEL-<br />
LANEDA<br />
com apenas 26 anos, a estilista brasileira radicada<br />
na arGentina comanda duas Grifes e uma boutique,<br />
que serve como base de apoio para diversos novos<br />
talentos do país. conheça esta força criativa<br />
e Grande empreendedora.<br />
por CAMilA BeAUMORD<br />
read the enGlish version<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 57
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 58<br />
foram nos dias mais aGitados de Janeiro em que<br />
nos conhecemos. Se, ao ler esta frase, você pensou na folia<br />
dos primeiros dias do ano, está enganado. Para quem trabalha no<br />
segmento, a correria de janeiro é sinônima às grandes feiras têxteis<br />
e de moda que abrem a temporada. Fomos convidados a lançar a<br />
edição 33 da revista catarina no principal evento da indústria<br />
em escala global – a Première Brasil, que em breve ganhará o<br />
nome de Première Vision São Paulo (mantendo o padrão da matriz<br />
parisiense e das filiais ao redor do mundo). Você pode imaginar a<br />
vontade de querer absorver absolutamente tudo que o espaço oferece,<br />
afinal, o começo da cadeia da moda estava ali, como um trailer<br />
de todo o desdobramento que veríamos nas passarelas e nas ruas<br />
do verão de 2014. Ao mesmo tempo, tínhamos um compromisso<br />
como expositores para mostrar o nosso trabalho, a nossa essência<br />
como editora, tudo aquilo que amamos fazer. Agito, portanto, não<br />
começa a descrever a nossa semana.<br />
Em meio a essa gostosa loucura, surgiu a oportunidade de entrevistar<br />
paula selby avellaneda, designer dos uniformes da equipe dessa<br />
edição do evento. Sabia pouco sobre o seu trabalho – apenas que<br />
morava na Argentina e havia aberto uma loja com outros designers<br />
promissores do país. Mas, em uma conversa que ocupou mais da<br />
metade do espaço de memória do meu gravador, descobri que o que<br />
conhecia era apenas uma gota no balde de experiências da estilista. g<br />
uniforme das recepcionistas da<br />
première brasil,desenVolVido por paula.<br />
— PERFIL — — PERFIL —<br />
imagens: acervo Paula Selby avellaneda<br />
as origens<br />
[minha mãe] fazia peças em pequena quantidade e vendia. foi esse o meu primeiro<br />
contato com a moda. sempre gostei de costurar. aconteceu assim, naturaLmente.<br />
não foi porque eu sempre tive o sonho de fundar uma grande marca.<br />
Paula tem sangue argentino, mas é brasileira, natural de Barra de São<br />
João, no litoral fluminense. “Meus pais vieram para o Brasil porque<br />
o meu avô trabalhava com o embaixador e depois ficou morando<br />
em Búzios”, contou. “Ele se encantou com Búzios! Junto com a<br />
minha avó, abriu a Pousada do Sol em Lagoa das Pedras e parte<br />
da minha família ficou no Rio.” Aos 11 anos, Paula foi morar em<br />
Buenos Aires e começou a observar o carinho da mãe com a costura.<br />
“Ela fazia peças em pequena quantidade e vendia”, relembrou a<br />
designer. “E foi esse o meu primeiro contato com a moda. Sempre<br />
gostei de costurar. Aconteceu assim, naturalmente. Não foi porque<br />
eu sempre tive o sonho de fundar uma grande marca.”<br />
— Paula selby avellaneda<br />
preparações para o desfile.<br />
Seu interesse, no entanto, foi grande o suficiente para leva-la a<br />
Milão aos 18 anos, onde se especializou no assunto. “Falaram que<br />
era uma referência de moda importante, então fui. Fiz a mala,<br />
peguei o cachorro e tchau”, riu Paula. Quando perguntei se gostou<br />
da experiência de estudar em uma das grandes capitais de moda,<br />
a estilista precisou pensar um pouco. “Foi bom,” afirmou. “Mas,<br />
no final, não gostei a ponto de querer ficar e aprender por mais<br />
tempo. Não achei [o ambiente] tão criativo quanto esperava. Adoro<br />
a cidade, mas eu estava procurando alguma coisa mais criativa.” g<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 59
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 60<br />
— PERFIL —<br />
coleção inscrita no prestigioso hyère festiVal,<br />
no Qual paula foi uma das 10 finalistas.<br />
imagens: acervo Paula Selby avellaneda<br />
house of matching coLors<br />
Essa “coisa mais criativa” foi encontrada na Bélgica, onde fez mestra-<br />
do. Seu design arrojado chamou a atenção do multi-instrumentista<br />
Patrick Wolf, que a convidou para desenvolver seu figurino para o<br />
palco. “Foi muito legal”, suspirou Paula. “Eu não sabia o que esperar<br />
porque foi a primeira vez que fiz algo assim. Fui para Londres, levei<br />
as coisas que ele pediu e conclui o trabalho. Depois, assisti ao show<br />
e comecei a entender um milhão de coisas práticas. Por exemplo,<br />
não dá para colocar detalhes que podem atrapalha-lo quando ele<br />
vai cantar. Absorvi tudo e incorporei ao que gosto de criar, ao meu<br />
estilo de trabalhar.”<br />
Em pouco tempo, Paula fundou uma marca própria e ampliou seu<br />
leque de clientes. “Atendi Peaches, The National, Madonna usou<br />
uma jaqueta minha uma vez!”, contou. De volta a Buenos Aires<br />
após morar por alguns anos em Paris – onde participou do estimado<br />
Hyères Festival e foi convidada para desenvolver os uniformes da<br />
Première Brasil –, a designer focou na marca e acrescentou uma linha<br />
de jaquetas. “Comecei a ficar conhecida na imprensa, então algumas<br />
multimarcas me contrataram para fazer produção para elas. E assim<br />
eu comecei a ter uma coleção por estação.” Hoje, a chamada House<br />
of Matching Colors exporta principalmente para o Japão, além de<br />
grandes centros como Nova York, Los Angeles, Londres, Dubai,<br />
Paris, Antuérpia, Tapei e para o Qatar. “Adoraria exportar para o<br />
Brasil!”, revelou Paula. “Estou procurando clientes, mas conheço<br />
pouco da moda brasileira. Quero aprender mais.”<br />
— PERFIL —<br />
preparações para o desfile.<br />
Como se tudo isso não fosse o bastante, a estilista ainda está<br />
envolvida em uma série de projetos paralelos. Quando perguntei<br />
sobre o seu sonho agora, a resposta foi automática – “Quero me<br />
organizar!” Paula comanda ainda uma grife de alta costura chamada<br />
Fauna, administra a boutique Pandora e está lançando uma label<br />
para jovens designers independentes.<br />
“Mas você tem um agente, um sócio, alguém para ajuda-la na<br />
administração?” indaguei. “Tenho os meus amigos”, respondeu a<br />
estilista em um tom de agradecimento. “Tenho muita sorte, eles me<br />
ajudam muito.”<br />
Ao olhar para Paula, é difícil imaginar que, por trás da fachada tranquila<br />
e fala mansa, está uma força criativa e grande empreendedora<br />
com apenas 26 anos. Mas não se deixe enganar pelo seu jeito calmo.<br />
O que parece timidez ou modéstia é na verdade uma segurança<br />
discreta sobre seu potencial. Inquieta, Paula busca aprender mais<br />
e mais, por isso parece estar sempre um passo à frente. Sua meta<br />
agora é se fixar em algum lugar. “Quero ficar mais estável. Há oito<br />
anos estou pipocando nos lugares... fico um ano em um lugar, dois<br />
em outro”, desabafa. Mas, na sequência, não esconde seu espírito<br />
nômade e a vontade de estar presente em diferentes mercados.<br />
“Quero fazer muitos projetos ao mesmo tempo. Já pensei em passar<br />
mais uma temporada na Bélgica, porque meu namorado mora lá.<br />
Gosto de Paris também, posso trabalhar tranquilamente lá.” Até o<br />
Brasil não escapa dos planos de Paula. “Sou brasileira, sempre penso<br />
que algum dia poderia vir morar aqui!”<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 61
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 62<br />
— QUEM É QUEM —<br />
PeRSOnAli-<br />
DADe<br />
FAShiOn<br />
mais conhecida como musa, esposa e cúmplice criativa do<br />
estilista ricK oWns, , michèle lamY É uma das poucas e Grandes<br />
fiGuras excêntricas da moda que resiste. emblemÁtica,<br />
ex-frequentadora da noite underGround de los anGeles<br />
e antiGa proprietÁria do les deux cafÉ (badalado restaurante<br />
inspirado nos antiGos cabarÉs), michele não se entreGa<br />
ao tempo e continua fiel a seu estilo.<br />
read the enGlish version<br />
25.media.tumblr.com<br />
nterviewmagazine.com elhieroglyph.tumblr.com models.com<br />
— QUEM É QUEM —<br />
larocaille.altervista.org<br />
da mulher de dedos tatuados e dentes banhados a<br />
ouro se disse muito: ela é argelina, uma cigana, ela nasceu em<br />
um campo de resistência ocupado na França, foi criada por lobos, ela<br />
é traficante de armas, uma vampira, uma bruxa de 1.600 anos de idade.<br />
Falatórios de sua imagem à parte, Michèle Lamy é um típica francesa<br />
de sotaque carregado e de história longa. Autêntica desde sempre,<br />
na adolescência foi dançarina streaper e estudante de Direito. Aos 20<br />
anos, fugiu de sua educação rica da província parisiense para estudar<br />
Filosofia. Em 1968, estava envolvida em protestos em Paris e, no<br />
início dos anos 1970, queria ser Bob Dylan. Aos 30 anos, viveu um<br />
sonho californiano cercado por artistas e deu à luz sua filha Scarlett<br />
Rouge. Chegado os 40 anos, Michèle aderiu ao ramo empresarial em<br />
Los Angeles e conheceu seu grande e atual amor Rick Owens.<br />
sempre fui interessada em fiLosofia,<br />
mas eu acho que não eXiste mais fiLÓsofos<br />
e sim artistas. é uma coisa visuaL - você vê<br />
a arte e sente isso, e não precisa necessariamente<br />
Ler spinoza e deLuze para compreender.<br />
— Michèle Lamy<br />
Gótica romântica, largou o que tinha em Los Angeles para se aventurar<br />
novamente na França com seu amor e realizar seus sonhos mais<br />
selvagens de varejo. Poucas pessoas sabem que há 10 anos foi Michèle<br />
que ajudou Rick Owens a fazer seu nome no mundo fashion. Vendeu<br />
seu badalado restaurante, mudou-se para Paris e tornou-se sócia do<br />
marido 25 anos mais novo. g<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 63
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 64<br />
O casal referência em estilo, moda e vida, é proprietário de lojas es-<br />
palhadas pelo mundo. Rick Owens desenvolve suas peças inspiradas<br />
em Michèle e Michèle é responsável por toda produção e procura de<br />
matéria-prima original e diferenciada. Engajada nos assuntos financeiros<br />
da grife e fascinada por jovens talentos, é uma das responsáveis pela<br />
ascensão de Gareth Pugh na moda, comprando sua primeira coleção<br />
inteira. O amor ao gótico pode ser visto não apenas na escolha de<br />
designers, mas também no seu estilo diário. O uso da tarja preta na<br />
testa, dedos negros, dentes cobertos de ouro e pele brilhando bronze<br />
são sua marca e sua crença.<br />
Criatura mágica cigana foi capaz de entrar e sair constantemente de<br />
diferentes papéis ao longo de sua vida sem falhar. Parecendo uma<br />
esfinge, vestida com uma espécie de Klaft egípcio, ela diz que sua linha<br />
vertical pintada na testa é simbólica e a mantém ligada a terra. Como<br />
uma feiticeira, Michèle olha para o ocultismo como uma parte de nossa<br />
humanidade e quer que sua história dos 50 e mais anos sejam ao lado<br />
de seu mel (como ela mesma o chama) Rick.<br />
Les deuX café: take tWo<br />
Dez anos depois, surge a notícia que tantos frequentadores, na maioria<br />
famosos, esperavam. Les Deux Café será reaberto, mas desta vez em<br />
Veneza, em uma antiga e charmosa fábrica de vidros de 100 mil metros<br />
quadrados. Além do restaurante (coração do projeto), os vários galpões<br />
e áreas livres irão se transformar em uma fundação de apoio aos jovens<br />
talentos, contendo ateliês, estúdios e galerias. Um grande projeto com<br />
planos de lançamento para a Bienal de Veneza em junho.<br />
— QUEM É QUEM — — QUEM É QUEM —<br />
wwd.com<br />
markcoflaherty.wordpress.com<br />
stylelinemag.com<br />
facebook.com/michele.lamy.54<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 65
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 66<br />
— ENTREVISTA —<br />
eSTAMPA<br />
DO MUnDO<br />
pense em um estúdio criativo, especializado em desiGn de estampas,<br />
que une artistas do mundo todo, trabalhando de forma totalmente<br />
diGital. Essa é a Musse, empresa online fundada por Débora Mussak, em 2011. De lá<br />
para cá, apesar de pouco tempo, a repercussão da qualidade criativa da empresa, que<br />
começou trabalhando apenas com artistas brasileiros, vem ganhando o mundo.<br />
No seu portfólio, clientes como a gigante Macy´s chamam atenção.<br />
por JUliAnA BeRkenBROCk<br />
read the enGlish version<br />
— ENTREVISTA —<br />
A ideia da Musse surgiu a partir da experiência de Débora que, ao trabalhar para marcas nacionais, percebeu quão<br />
limitado era o processo de criação de estampas no Brasil. “Designers são contratados para produzir “cópias” ou as<br />
estampas são compradas de estúdios internacionais”, ela observa.<br />
A ideia inicial foi levar ao alcance das empresas, criações dos melhores designers de estampas do Brasil, mas, ironi-<br />
camente, começaram a vender primeiro para empresas americanas. Débora explica que isso aconteceu naturalmente,<br />
pois esse mercado já estava mais familiarizado com a compra online, além de respeitar mais a criatividade e a questão<br />
dos direitos autorais.<br />
Hoje, os artistas que integram o portfólio criativo da Musse vêm de diferentes lugares do mundo. Por exemplo,<br />
desenvolvimento e tecnologia estão parte nos EUA e parte na Índia. É esta característica de “escritório do mundo”,<br />
segundo Débora, que é a “cara” da empresa, sem deixar de assegurar a qualidade e integridade de cada desenho<br />
comercializado. Você pode conferir tudo isso em www.mussecollective.com.<br />
Em 2012, Débora passou quatro meses em Boston pesquisando a convite do International Entrepreneurship Center.<br />
De lá, trouxe novidades para o site lançado em janeiro. Na entrevista a seguir, ela conta um pouco da história da<br />
Musse e fala sobre o mercado de design de estampas, sob seu ponto de vista. g<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 67
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 68<br />
revista catarina: que mercado você observa<br />
como mais aberto à proposta de compra de<br />
padrões têxteis online? sabemos que muitas<br />
empresas ainda são resistentes a este modelo<br />
e ainda esperam o representante com uma<br />
mala cheia de amostras...<br />
dÉbora mussaK: Creio que o fato de estar mais aberto a<br />
nova forma de comprar padrões está mais ligado ao perfil das<br />
pessoas do que ao setor de mercado. As novas gerações têm<br />
muita naturalidade para escolher e comprar online. Mas, após<br />
ouvir alguns clientes que resistem ao tradicional, nós decidimos<br />
criar o “Print Button”, que permite imprimir amostras em papel<br />
antes de decidir a compra. Essa ferramenta estará disponível para<br />
assinantes anuais em breve.<br />
rc: como você situa o mercado de criação em<br />
estamparia e o consumo deste produto aqui<br />
no brasil?<br />
dm: Sofremos com uma questão cultural - a “cultura da cópia”.<br />
É triste, mas, principalmente na moda, raríssimas empresas<br />
nacionais decidem sua coleção antes de olhar atentamente<br />
os desfiles internacionais. Isso atrasa nosso desenvolvimento<br />
criativo e limita nossa projeção no mundo.<br />
rc: na sua opinião, qual país estÁ mais preparado<br />
e possui maior inovação, tanto comercial<br />
quanto criativa, dentro do mercado de estamparia?<br />
dm: Até agora, vejo os EUA sempre à frente. Mas tenho esperança<br />
de ver o Brasil desabrochar neste sentido. Há muito a ser explorado<br />
ainda e o mundo está louco para beber mais dessa fonte criativa!<br />
— BUREAU — ENTREVISTA DE TENDÊNCIAS — — — BUREAU — ENTREVISTA DE TENDÊNCIAS — —<br />
rc: você conseGue apontar um país como sendo<br />
o polo criativo neste setor?<br />
dm: Historicamente, tem a Itália com a produção de seda pintada<br />
à mão e escolas especializadas em estamparia convencional.<br />
A Inglaterra aparece com design contemporâneo, que explora<br />
muito bem as possibilidades da impressão digital. E, hoje, patriotismo<br />
à parte, acredito que o Brasil seja um grande polo criativo<br />
também, já que este universo é novo e tenho visto muita gente<br />
talentosa se interessar pela área.<br />
rc: pela sua experiência, quem estÁ consumindo<br />
mais este produto: vestuÁrio ou decoração?<br />
dm: O vestuário, principalmente pelo seu tamanho e ciclos mais<br />
rápidos.<br />
rc: como foi sua curadoria para selecionar<br />
os primeiros artistas participantes da musse?<br />
dm: Os primeiros artistas convidados eram ex-colegas de trabalho<br />
e amigos. Em seguida, foi feita uma pesquisa de portfólios<br />
no Flickr e os selecionados foram convidados através de e-mail.<br />
Após alguns meses com o site no ar, percebi que o boca-a-boca<br />
e indicações são o que mais trazem novos artistas para a Musse.<br />
rc: como É feita a seleção de artistas que<br />
compõem o portfólio da empresa?<br />
dm: Muita gente entra em contato através do site e eu sempre<br />
peço que envie uma amostra do portfólio para análise. Outros<br />
são contatados diretamente por mim. No começo da empresa,<br />
fiz a busca usando o Flickr e, em 2013, essa busca continua. O<br />
lugar preferido agora para encontrar talentos é o Behance. Em<br />
outubro de 2012, visitei o FIT (Fashion Institute of Technology,<br />
g<br />
em NY) e conversei com o diretor do curso de Surface Design,<br />
a receptividade foi maravilhosa! Fui convidada a fazer uma<br />
apresentação para os alunos que estão se formando agora, e assim<br />
surgiu a ideia de conversar nas principais escolas de moda e<br />
design do mundo, da mesma forma humilde e aprendendo com<br />
os feedbacks. Além disso, convidamos designers que visitam as<br />
feiras que participamos, como a Première Vision, em Paris. Em<br />
setembro de 2012, tivemos mais de 80 alunos e profissionais<br />
interessados. Muitos deles já estão em nosso novo site, lançado<br />
mês passado.<br />
hoJe, patriotismo à parte, acredito<br />
que o brasiL seJa um grande poLo<br />
criativo também, Já que este universo<br />
é novo e tenho visto muita gente<br />
taLentosa se interessar peLa área.<br />
— Débora Mussak<br />
rc: a maior parte de clientes da musse vem de<br />
onde? são empresas, na maioria, de que porte?<br />
dm: Hoje nossos principais clientes são dos EUA e de grande<br />
porte, como a Macy’s. A Macys´s, ao comprar nosso material,<br />
trouxe alguns de seus fornecedores também, como a Kipling,<br />
que buscou comprar os desenhos já favoritados pela equipe da<br />
Macy’s. Temos notado que a Musse desperta interesse princi-<br />
palmente de empresas grandes, já que oferecemos uma forma<br />
www.mussecollectiVe.com<br />
mais rápida e barata para quem precisa de grandes quantidades<br />
de estampas exclusivas, e, às vezes, essa necessidade não bate<br />
com as datas das feiras tradicionais. Além disso, nosso jeito de<br />
negócio não tem a pressão do “comprar agora ou nunca”, típico<br />
da correria das feiras.<br />
rc: como funciona o aplicativo desenvolvido<br />
por vocês?<br />
dm: O aplicativo permite pesquisar artistas por país, categorias e<br />
palavras-chave. Ao dar zoom fica fácil entender o tamanho 100%<br />
de impressão dos desenhos. Também é possível ver como o<br />
padrão fica repetido e aplicado em vestidos e diferentes objetos.<br />
Por enquanto, esse programa está apenas nos nossos iPads e está<br />
sendo mostrado em feiras e em nossas visitas a empresas. Em<br />
breve, a <strong>versão</strong> 1.0 estará disponível para assinantes na App Store.<br />
rc: É possível “encomendar” padrões exclusivos<br />
para vocês? contratÁ-los para criarem<br />
diante de um briefinG e comprar os direitos<br />
de uso dessa criação?<br />
dm: Sim, é o que fazemos para a Macy’s, por exemplo, que<br />
comprou os direitos de um desenho exclusivo assinado pelo<br />
artista plástico Guilherme Kramer. Ele tem um traço forte,<br />
característico do seu trabalho, e fez uma estampa com a fachada<br />
da maior loja Macy’s em NY misturada a elementos brasileiros.<br />
O desenho ficou maravilhoso e foi usado em eco-bags na campanha<br />
da coleção inspirada no Brasil, lançada em maio de 2012.<br />
Em breve será possível solicitar briefings de forma mais simples<br />
através do novo site.<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 69
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 70<br />
moda2.0<br />
— INTERNET —<br />
com o avanço da internet e da aGilidade das redes sociais, as marcas que não estão<br />
presentes neste meio são pouco lembradas. Por isso, muitas optam em fazer ações diferentes,<br />
às vezes, até fugindo do comum para impactar seu público e não serem esquecidas. Trouxemos nesta edição algumas<br />
ações que nos marcaram pela criatividade e interação com o público online.<br />
Você poderá assistir a este vídeo na <strong>versão</strong> interativa<br />
da revista no iPad ou pelo link abaixo:<br />
www.vimeo.com/58933055<br />
lanVin summer 2013<br />
alber elbaz foi impedido de viajar para Nova York por<br />
causa do Furação Sandy. Então, o vídeo da campanha<br />
de verão 2013 da lanvin conta com imagens de<br />
modelos sendo interrompidas por uma ligação<br />
do estilista via Skype, que continua assistindo<br />
tudo online e fazendo comentários.<br />
por ARiAnA lUZ<br />
read the enGlish version<br />
lizzy caplan for ViVa Vena<br />
A vena cava escolheu a atriz lizzy caplan<br />
para estrelar um vídeo parodiando os filmes<br />
de moda, com propostas fora da realidade.<br />
Além de satirizar as it-girls, o filme passa<br />
o recado de que não é um filme artístico<br />
de moda, mas apenas um comercial.<br />
Você poderá assistir a este vídeo na <strong>versão</strong> interativa<br />
da revista no iPad ou pelo link abaixo:<br />
www.youtu.be/uX3EemfsKds<br />
louis Vuitton: spot the difference<br />
lacoste: the polo of the future<br />
A lacoste criou um vídeo mostrando como<br />
seriam as camisetas do futuro, algo que muda de cores<br />
e estampas com facilidade. Além do vídeo, a marca<br />
criou o lacoste future, um website onde todos<br />
os consumidores poderiam compartilhar suas ideias<br />
de como serão as camisetas polo do futuro.<br />
spot the difference foi o nome da campanha que a louis vuitton<br />
criou para celebrar a abertura da Louis Vuitton Kusana Concept<br />
Store, em Londres. Foram lançados dois vídeos, estrelados pela<br />
blogueira Bip Ling. Por mais que os vídeos pareçam iguais, eles<br />
contam com cinco erros. Será que você consegue descobri-los?<br />
Você poderá assistir a este vídeo na <strong>versão</strong> interativa<br />
da revista no iPad ou pelo link abaixo:<br />
www.youtu.be/5WHRXCIHSmU<br />
Você poderá assistir a este vídeo na <strong>versão</strong> interativa<br />
da revista no iPad ou pelo link abaixo:<br />
www.youtu.be/RmgqrdXuUa4<br />
— INTERNET —<br />
Você poderá assistir a este vídeo na <strong>versão</strong> interativa<br />
da revista no iPad ou pelo link abaixo:<br />
www.vimeo.com/54929547<br />
uniQlo: dry mesh project<br />
A marca uniqlo, de Tóquio, resolveu utilizar uma rede pouco<br />
explorada pelas marcas com uma ação sensacional: o Pinterest.<br />
Ao entrar na página, o consumidor se deparava com uma barra<br />
de rolagem animada, feita com as imagens postadas em cada<br />
board. O projeto foi chamado de dry mesh project.<br />
Você poderá ver esta galeria na <strong>versão</strong> interativa<br />
da revista no iPad ou pelo link abaixo:<br />
www.pinterest.com/unqdm23/pins<br />
new york fashion week<br />
E os eventos de moda também não estão por fora!<br />
O último new York fashion Week, realizado no início<br />
de fevereiro, transmitiu ao vivo todos os desfiles do<br />
seu line up pela primeira vez. Os amantes da moda do<br />
mundo inteiro puderam acompanhar as coleções no site<br />
oficial do evento, na tranquilidade dos seus lares.<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 71
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 72<br />
Quando penso em alta costura, penso em tecidos nobres e<br />
tecnológicos, penso em tramas bem executadas e modela-<br />
gens diferenciadas. Não vivemos mais na Belle Époque dos<br />
vestidos rodados e metros de tecidos, mas já cansamos do<br />
tradicional tweed e os temas góticos que só trazem preto e<br />
mais preto.<br />
Começamos com uma grande perda em 2011. Acusado<br />
por antissemitismo, um dos mais lendários e talentosos<br />
no assunto, John Galliano, não só foi afastado da Maison<br />
Dior, como também perdeu o título de Cavaleiro de Legião<br />
da Honra. Tudo bem, antissemitismo é coisa séria. Mas<br />
enquanto Paris o rejeita, Nova York o acolhe. Como bem<br />
devem saber, há pouco tempo Galliano anunciou que fará<br />
dupla com o Sr. De La Renta nessa temporada. Perda para<br />
uns, ganhos para outros. O substituto de Galliano na Dior,<br />
Raf Simons, em sua quarta temporada, ainda não se firmou<br />
com a identidade da marca. Seu estilo minimalista, puxando<br />
sempre para o menos do menos, inclusive na alta costura,<br />
não convence. Ou convence?<br />
— ARTIGO —<br />
a da<br />
haute couture<br />
a tradição parisiense encontra-se encurralada nos<br />
quesitos criatividade e tempo para o feito à mão. o mundo<br />
que se rendeu ao prêt-à-porter, que, por sua vez, estÁ<br />
enGolindo essa tradição histórica, vem sofrendo carência<br />
cultural. a cada temporada, a alta costura vem deixando a<br />
deseJar nas tendências das tramas, materiais e modelaGem.<br />
por GRASielA SOUZA<br />
read the enGlish version<br />
Quem conhece bem a moda e os designers que fazem parte<br />
de sua história, lembra-se da famosa italiana Elza Schiaparelli,<br />
pioneira na difusão arte e moda. O retorno da marca,<br />
que estava previsto para o inverno, foi adiado para o verão<br />
e, até agora, nada. Por não acharem um designer criativo que<br />
encaixe com o conceito da marca, o empresário Diego Della<br />
Valle decidiu adiar o retorno para a próxima temporada.<br />
Como diz o ditado, a pressa é inimiga da perfeição, e a que<br />
tudo indica, a volta da marca Schiaparelli, está sendo planejada<br />
para não decepcionar. Será que eles se espelham em<br />
outras casas que tiveram pressa e andam colhendo os frutos?<br />
Disso não temos certeza, mas há rumores de que o nome<br />
cotado para estar à frente da marca é Nicolas Ghesquière.<br />
Sim, o assunto em questão é haute couture, e haute couture,<br />
até onde os bons costumes afirmam, se passa em Paris.<br />
Voltamos então a Paris. Desde 2010, Givenchy vem fazendo<br />
pequenas, porém, lindíssimas coleções na alta costura.<br />
Primeiro surge a redução significativa de looks, e agora<br />
Ricardo Tisci, diretor criativo, e, ao meu ver, maestro da alta<br />
g<br />
— FAVORITOS — ARTIGO —<br />
costura, decide cair por tempo indeterminado da semana<br />
mais disputada de Paris. A razão? As coleções de alta costura<br />
não trazem tanto retorno quanto deveriam. BINGO! Tisci<br />
continua a fazer seus vestidos feitos à mão para celebridades<br />
em red carpets, que, sem dúvidas, comercialmente é muito<br />
mais rentável e de retorno imediato.<br />
E se a tradicional Givenchy sai de cena por tempo indeterminado,<br />
por sua vez, a novata Ulyana Sergeenko continua<br />
sua trajetória haute couture. Russa, socialite, rainha do street<br />
style, agradou a todos em sua primeira temporada. Já a segunda...<br />
Bom, a segunda mostra o que ela já havia mostrado.<br />
Saias godês, lenços, chapéus e alusões a filmes vintage. Fazendo<br />
um raciocínio criterioso, é muito déjà vu com pouca<br />
unidade estética para uma designer que quer se inteirar na<br />
alta costura. É hora de rever conceitos e desvincular-se do<br />
estilo pessoal.<br />
Reinvenção ou irrelevância? Um nítido descontentamento<br />
com uma das fontes mais fortes e catalisadoras de novas<br />
abordagens assombra a haute couture. Enquanto Paris patina<br />
nas verdades e mentiras, Nova York e Ásia mostram suas forças.<br />
Sabemos que criatividade vem de todos os lugares, mas<br />
se a principal está deixando a desejar, é hora de reinventar.<br />
No século 19, França e Alemanha começaram a desenvolver<br />
uma batida de ópera modernizada sem destruir a tradição<br />
e supremacia da ópera italiana. Se algumas fronteiras forem<br />
quebradas e se grupos saciados por sua própria importância<br />
deixarem de lado o ego do “eu sou” para o “nós somos”, essa<br />
mesma introdução pacífica pode acontecer com a moda.<br />
Chega de menos, e um culto ao mais. Prepare-se para a luz<br />
no fim do túnel. Estamos prestes a ver a primeira faísca<br />
haute couture fora de Paris. Sabe a junção Oscar de La Renta<br />
e John Galliano? Pois é...<br />
Givenchy Haute Couture<br />
outono Inverno 2011<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 73<br />
Karla Otto
coulourblind.wordpress.com<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 74<br />
— NOVAS — TECNOLOGIAS FAVORITOS — —<br />
— NOVAS TECNOLOGIAS —<br />
por um fio<br />
vanguarda<br />
na busca do novo e exclusivo, alGuns desiGners de moda JÁ trabalham em<br />
laboratórios pesquisando novas tecnoloGias e materiais para realizar<br />
suas criações. são os chamados “desiGners tecnolóGicos”. visando alÉm da<br />
arte, eles atuam em todas as Áreas da criação e subvertem as tecnoloGias JÁ<br />
disponíveis em uma própria estrutura industrial para compor suas obras.<br />
g<br />
read the enGlish version<br />
mariamodablog.blogspot.com.br<br />
maneL torres<br />
O designer espanhol Manel Torres concedeu uma estética inteira-<br />
mente nova sobre o mundo do design de moda. Suas experiências<br />
com spray-on repercutiu um movimento contemporâneo dentro<br />
da moda que aproveitou e reinventou novas tecnologias, a fim de<br />
se afastar das pré-existentes silhuetas.<br />
a parceria indústria e estilista É benÉfica para<br />
ambas as partes. Estilistas garantem exclusividade e diferencial<br />
estético frente aos concorrentes e a indústria tem como termômetro<br />
emocional as plateias e críticos de moda servindo como medida para o<br />
sucesso e popularização de uma tecnologia ou produto desenvolvido.<br />
A junção desta pareceria forma a “Indústria de Estilo”. Juntos eles<br />
enfrentam um grande desafio – a China. No final do último século, o<br />
modelo de toda produção chinesa cresceu consideravelmente, esmagando<br />
de um modo geral o preço dos produtos padronizados, cujo processo<br />
de produção não sofria diferenciação.<br />
Atualmente, a crescente concorrência e a entrada de empresas internacionais<br />
no mercado interno junto com o rápido acesso às informações,<br />
motivam as empresas a uma diferenciação dos seus artigos. A indústria<br />
têxtil está em constante mudança para acomodar a pró-atividade na<br />
moda. Novos tecidos estão sendo desenvolvidos para reduzir o impacto<br />
negativo que a moda tem sobre o mundo e o meio ambiente.<br />
Alterações se adaptam a um novo hábito, a uma nova maneira de pensar.<br />
Mais do que assimilar tecnologia, cada vez mais, pessoas querem<br />
vestir tecnologia. Nos últimos anos, o efeito easy-care e a durabilidade<br />
dos materiais foram os pontos mais pesquisados, bem como os tecidos<br />
“inteligentes”, com efeito anti-stresse, antibacteriano, antimanchas e<br />
térmicos. g<br />
hussen chaLaYan<br />
Chalayan é um designer de moda internacionalmente<br />
aclamado por seu uso inovador de materiais, corte, padrão<br />
meticuloso e atitude progressiva à nova tecnologia.<br />
Nascido e criado em Londres, é inspirado pelas teorias<br />
de arquitetura, ciência e tecnologia. Em uma de suas<br />
coleções, cadeira e mesas se tornaram peças de vestuário.<br />
Original e inovador, seus projetos além de belos são<br />
modernos.<br />
gosto de Jogar gráficos ao redor do corpo.<br />
se eu conseguir um sentido de vida<br />
nas roupas, estou feLiz.<br />
— Hussein Chalayan<br />
couleurblind.com<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 75
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 76<br />
fique<br />
por<br />
dentro<br />
— NOVAS TECNOLOGIAS —<br />
SEGUINDO A LINHA DE CRIAçõES TECNOLóGICAS,<br />
O SITE not Just a label TROUXE UM GUIA DOS<br />
úLTIMOS DESENVOLVIMENTOS PARA A NOVA<br />
INDúSTRIA SUSTENTÁVEL. SEPARAMOS OS MAIS<br />
IMPORTANTES PARA VOCê FICAR POR DENTRO DAS<br />
NOVIDADES TêXTEIS MAIS INOVADORAS.<br />
airdYe technoLogY _ Técnica revolucionária que permite<br />
a aplicação de cores sem água aos têxteis. Usando ar em vez<br />
de água para transportar tinta, nenhum resíduo perigoso é<br />
emitido e nenhuma água é desperdiçada. O processo também<br />
exige consideravelmente menos energia em comparação com<br />
os métodos de tingimento tradicionais, e portanto, reduz os<br />
custos de produção. AirDye ® não utiliza caldeiras, máquinas<br />
de impressão de tela, fornos de secagem ou produtos químicos<br />
de limpeza e lavagem, eliminando assim as principais fontes<br />
de poluição. Ele também produz resultados superiores em<br />
comparação com impressão por sublimação e tingimento<br />
convencional, resultando em cores mais ricas, com maior<br />
durabilidade da cor máxima.<br />
bambu _ é um recurso abundante e renovável<br />
natural como a planta que mais cresce no mundo.<br />
O bambu cresce até a altura máxima em cerca<br />
de 3 meses e atinge maturidade em 3-4 anos.<br />
Capaz de florescer sem fertilizantes ou pesticidas,<br />
é resistente e incrivelmente macio e sedoso. Tem<br />
propriedades antibacterianas naturais e é mais<br />
absorvente que o algodão.<br />
cânhamo _ é um excelente substituto para o algodão com<br />
o uso de pesticidas consideravelmente reduzidos. Plantas<br />
de cânhamo são naturalmente tolerantes a pragas, crescem<br />
espantosamente rápido e são capazes de prosperar em uma<br />
grande variedade de climas. Versátil, é muito mais macio e<br />
durável que o algodão.<br />
enzimas _ Substituem produtos químicos ou até mesmo<br />
todos processos que representam perigo para o meio ambiente.<br />
Por exemplo, as enzimas substituem o alcalino (ou agentes de<br />
oxidação), reduzindo o uso de sulfureto de curtumes. Enzimas<br />
degradam mais rapidamente do que outros produtos químicos<br />
utilizados em fábricas têxteis. Quando a água de produção<br />
têxtil atinge a estação de tratamento de águas residuais, as<br />
enzimas são ativadas em pedaços minúsculos de proteína e<br />
carboidratos que funcionam como alimento para microrganismos<br />
benéficos. A partir daí são degradadas em compostos<br />
inofensivos.<br />
greenfiL® _ É um fio de alto<br />
desempenho eco sustentável, de-<br />
senvolvido por Sofila, o especialista<br />
francês de fios de nylon, em parceria<br />
com a empresa química Arkema.<br />
Este fio de nylon 100% renovável<br />
é derivado de mamona, e pode ser<br />
usado para produzir têxteis duráveis.<br />
Ele também possui propriedades antibacterianas. Grãos da<br />
planta de rícino são utilizados para a produção de Greenfil ® e<br />
são cultivados em solos pobres, que não podem ser cultivadas<br />
sem irrigação ou fertilizantes. Os grãos não são produzidos a<br />
partir de sementes geneticamente modificadas e são 100% de<br />
biomassa renovável.<br />
ingeo _ É apelidada de “sintético natural” e pode ser feito<br />
a partir de quase todo açúcar que se produze naturalmente,<br />
tais como: milho, beterraba, sacarina, cana-de-açúcar e trigo.<br />
Ingeo é biodegradável, no entanto, quando exposto ao<br />
calor e à umidade elevada, pode quebrar prematuramente.<br />
Um componente de uma ampla variedade de estilos de têxteis<br />
a partir de tecidos do tipo algodão vestido para desporto de<br />
alta tecnologia brilhante, que combina as vantagens de fibras<br />
naturais e sintéticas, a secagem mais rápida, superando com<br />
as suas propriedades de conforto e isolamento. g<br />
JerseY soJa _ Produto de óleo de soja,<br />
totalmente biodegradável. É um luxo macio,<br />
confortável e transpirável, muitas vezes chamado<br />
de “cashmere vegetal”. Como a seda, jersey<br />
de soja é quente no inverno e fresco no verão,<br />
e oferece uma excelente proteção UV. Além de<br />
sustentável, é mais suave e mais duradouro do<br />
que o algodão.<br />
miLkofiL _ É uma fibra feita a partir de suave proteína do<br />
leite. Para criar a fibra, o leite fluido é seco e as suas proteínas<br />
são extraídas. As proteínas são, então, dissolvidas em uma<br />
solução química e colocadas numa máquina de polimerização<br />
para a produção de fibras, o que é então girado no fio. Tecido<br />
de leite é relativamente barato, mas é altamente durável,<br />
respirável e captura a umidade. Além disso, os tecidos de leite<br />
são produzidos a partir de proteínas em excesso de leite não<br />
destinados à alimentação humana.<br />
urtigas _ Plantas de urtiga crescem<br />
rapidamente sem pesticidas e fertilizantes,<br />
e em terras que outras plantas não podem<br />
ser criadas. Fios de urtiga são muitas vezes<br />
misturados com lã para reforçar o material e<br />
reduzir o encolhimento.<br />
poLiéster recicLado _ Requer menos energia e menos<br />
recursos para sua produção, oferecendo uma alternativa de<br />
baixo impacto ao poliéster tradicional. Este tipo de poliéster<br />
é normalmente feito a partir de resíduos pós-consumo e<br />
pós-industriais. Por exemplo, o fio feito a partir de resíduos<br />
de consumo utilizam garrafas de plástico, enquanto que os<br />
resíduos pós-industriais incluem pedaços de tecido e os fios de<br />
resíduos. Com tecnologia avançada e qualidade da produção,<br />
a fibra resultante pode ser confortável, altamente respirável e<br />
se sente como jersey de seda.<br />
sasaWashi _ É um tecido de<br />
linho feito de papel japonês e er-<br />
va Kumazasa. Washi utilizado em<br />
tecido Sasawashi tem capacidade<br />
de absorção excelente e mantém<br />
a humidade no interior da fibra.<br />
Outro componente do tecido, a<br />
erva Kumazasa, tem excelentes<br />
efeitos antibacterianos e desodorizantes. Apesar de ter sido<br />
feita a partir de papel, o tecido é durável e lavável. Como<br />
— NOVAS TECNOLOGIAS —<br />
washi é estruturalmente repelente de água em comparação com<br />
o outro papel, destina-se a ter capacidade à prova de água<br />
máxima.<br />
s. café _ O tecido é feito do pós-consumo<br />
de resíduos de borra de café. Tem como capa-<br />
cidade não só controlar o odor, mas também<br />
proteger contra os raios UV. O tecido contém<br />
várias quantidades de borra de café, mas, geralmente,<br />
três xícaras de café são suficientes para<br />
um simples t-shirt.<br />
seaceLL _ É um novo produto feito a partir de celulose<br />
misturado com algas ricas em vitaminas e minerais. Por levar<br />
uma estrutura porosa, torna-se transpirável e há quem diga<br />
que o material permite a absorção de suas vitaminas pela pele.<br />
secagem _ Tecidos utilizando frequências de rádio em vez<br />
de fornos é um processo amigo do meio ambiente que requer<br />
muito menos calor do que os métodos convencionais. É de<br />
2 a 20 vezes mais rápido em comparação com a secagem,<br />
que requer sistemas mecânicos ou térmicos. Nos sistemas<br />
de radiofrequência de secagem, um gerador cria um campo<br />
elétrico alternado entre dois eletrodos. O material a ser seco é<br />
colocado entre os eletrodos, onde a energia alternada faz com<br />
que as moléculas polares na água reorientem continuamente os<br />
pólos opostos. Este movimento causa atrito, que por sua vez,<br />
faz com que a água no material evapore rapidamente.<br />
tenceL®_ Características oceânicas micropartículas, que,<br />
quando em contato direto com a pele, são ditas para fornecer<br />
um efeito de células-renovação. Ele também atua como um<br />
hidratante e protetor da pele mantendo sua elasticidade.<br />
uLtrasound _ Está sendo explorada na produção de tecidos,<br />
tais como a utilização de ultrassom para o tingimento,<br />
eliminando assim inteiramente o uso de água. O uso de ultrassom<br />
no processamento úmido têxtil oferece muitas vantagens,<br />
incluindo a poupança de energia, melhoria de processos e<br />
tempos de processamento reduzidos.<br />
zero-resíduos _ É uma técnica no desenvolvimento de<br />
pradronagens que elimina o desperdício de tecido nas fases de<br />
projeto e fabricação, que é de 15% a 20% da média do tecido<br />
utilizado.<br />
Divulgação<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 77
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 78<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 78<br />
EPa - agência de Proteção ambiental<br />
— TECNOLOGIA — — TECNOLOGIA —<br />
CORRiDA<br />
AO PóDiO<br />
ao lonGo dos anos, os avanços nas<br />
propriedades dos tecidos próprios<br />
para banho influenciam diretamente<br />
a performance dos atletas. entenda<br />
o impacto que o sWimWear exerce no<br />
rendimento dos principais nadadores.<br />
read the enGlish version<br />
o medalhista olímpico Michael Phelps exibiu o traje<br />
LZR Racer, da speedo, em uma apresentação da<br />
empresa em 2008. a roupa era tão apertada que o<br />
atleta demorava, em média, 20 minutos para vesti-la.<br />
aqueles seGundos antes da partida são aGoniantes.<br />
São apenas instantes entre o som do apito para subir na plataforma e<br />
a sirene que indica o começo da corrida, mas é tempo suficiente para<br />
milhões de pensamentos surgirem na cabeça do atleta que olha para o<br />
infinito azul da piscina à sua frente. Anos de treinamento, de dietas, de<br />
condicionamento físico e psicológico se resumem aos poucos minutos<br />
de uma prova aquática. Um respiro, uma braçada, um chute final podem<br />
fazer a diferença entre uma medalha de ouro e uma menção honrosa.<br />
Com o estrondo da sirene, oito atletas praticamente sincronizados<br />
caem na piscina e lutam contra a água para conseguir o melhor tempo<br />
possível. Ao ver os recordes quase impossíveis sendo quebrados de<br />
uma temporada para a próxima, presume-se que estamos criando uma<br />
geração de supernadadores. Em parte, estamos. Mas muito se deve aos<br />
avanços na tecnologia têxtil dos próprios trajes de banho, que facilitam<br />
a guerra entre homem e água. g<br />
Famílias na praia em 1920.<br />
Vencedoras de concurso de beleza, no começo do século XX.<br />
foi depois da segunda guerra mundiaL<br />
que se começou a eXperimentar a<br />
maLha e, posteriormente, um novo fio<br />
chamado nYLon.<br />
Shorty<br />
antigamente...<br />
Realizar o tipo de competição que vemos hoje seria<br />
inviável há apenas Realizar o tipo de competição que<br />
vemos hoje seria inviável há apenas 100 anos. Em<br />
1913, o swimwear propriamente dito estava sendo<br />
criado na Europa. Modelos desenvolvidos em lã (sim,<br />
lã!) deixavam à mostra os braços e pernas – um grande<br />
avanço, considerando que as pessoas costumavam ir à<br />
praia com roupas convencionais. Foi depois da Segunda<br />
Guerra Mundial que se começou a experimentar a<br />
malha e, posteriormente, um novo fio chamado nylon.<br />
No esporte, a primeira revolução ocorreu em 1972,<br />
durante os jogos olímpicos de Munique. O evento<br />
reuniu atletas em um novo traje, elaborado com uma<br />
fibra de elastano em poliéster. Sua elasticidade e leveza<br />
permitiram um caimento mais justo, reduzindo o atrito<br />
com a água.<br />
A partir de então, todo o esforço de empresas especializadas<br />
no swimwear esportivo se voltou para o<br />
desenvolvimento de peças altamente tecnológicas para<br />
beneficiar o atleta. A competição passou a acontecer<br />
dentro das próprias fábricas, que disputavam para<br />
oferecer o traje que mais se assemelhava a uma “segunda<br />
pele” para o nadador. Avanços no design e na<br />
composição das peças chegaram a um modelo com<br />
apenas 0,29mm de espessura que oferecia 4,8% menos<br />
fricção do que a pele humana em 1997 – meros 25 anos<br />
após as Olimpíadas de Munique. g<br />
Divulgação<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 79<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 79
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 80<br />
a revoLução<br />
Se até os anos 1970 a preocupação da indústria era em criar trajes<br />
que não atrapalhavam o nadador, em 2000, a meta era produzir<br />
modelos que aumentassem o rendimento do atleta. Nos jogos de<br />
Sydney, foram apresentados os chamados Body Suits – peças que<br />
cobriam o torso, costas e coxas. Altamente tecnológicos e compostos<br />
por tecidos hidrofóbicos, os modelos eram mais eficientes<br />
na corrida do que a própria pele humana e o fato de cobrirem boa<br />
parte do corpo influenciava diretamente no resultado do nadador.<br />
Mas talvez a maior revolução moderna no swimwear tenha<br />
acontecido em 2008, quando a Federação Internacional de<br />
Natação (FINA) mudou uma simples palavra no regulamento<br />
das competições. Em vez de TECIDOS, como era previsto nas<br />
regras anteriores, foi permitido o uso de MATERIAIS para a<br />
confecção dos trajes, o que deu a carta branca para a indústria<br />
experimentar com novas tecnologias.<br />
— TECNOLOGIA —<br />
amigas na praia de Rye (nova York), em 1900.<br />
Foi nesta época que surgiram produtos praticamente sem costura<br />
e até com ligas em titânio para estabilizar a temperatura<br />
do usuário. Os avanços foram tantos e em tão curto tempo<br />
chegaram a desestabilizar o esporte, pois o atleta com traje<br />
mais tecnológico tinha uma vantagem sobre os demais. Virou<br />
uma corrida entre patrocinadores, com claro favoritismo para<br />
as empresas maiores.<br />
A controvérsia foi tanta (ganhando até o apelido de “doping<br />
tecnológico”) que, em menos de dois anos, o regulamento da<br />
FINA retificou a alteração e voltou a exigir o uso somente de<br />
tecidos. E mais – os Body Suits foram totalmente banidos para<br />
os homens e reduzidos para as mulheres. Tudo para garantir<br />
que o mérito da vitória fosse estritamente do nadador.<br />
g<br />
Biblioteca Schlesinger - Universidade de Harvard<br />
sWimWear do futuro<br />
Mesmo com as restrições, as empresas estão focadas em<br />
oferecer o melhor produto para o desempenho e conforto<br />
dos atletas. Para os jogos olímpicos de 2012, a multinacional<br />
Arena apresentou sua série Powerskin Carbon Pro, que oferece<br />
a compressão muscular de um traje mais justo juntamente com<br />
a liberdade de movimentos antes só alcançada com peças mais<br />
soltas. Esse paradoxo foi quebrado devido às propriedades do<br />
carbono presentes no tecido. “Até no alongamento há maior<br />
conforto, graças à compressão inteligente e resistência mecânica<br />
do produto,” garantiu Roberto Tiburzi, diretor de pesquisa e<br />
desenvolvimento.<br />
A compressão também foi abordada pela Tyr Sport em sua série<br />
AP12 Speedsuit, que traz propriedades hidrofóbicas em um<br />
material leve soldado (e não costurado, para reduzir o impacto<br />
— TECNOLOGIA —<br />
Atletas na prova semifinal de 200 metros livres, nas<br />
olimpíadas de Londres (2012).<br />
das costuras na água) de acordo com o contorno do corpo do<br />
nadador. Já a Speedo trabalha em um sistema unificado para que<br />
o traje, touca e óculos atuem juntos na performance do atleta.<br />
Foram realizados testes com escaneamento em 3D da cabeça de<br />
centenas de atletas, para analisar como a água poderia fluir mais<br />
rapidamente nessa área do corpo.<br />
“Com os óculos, é preciso preencher toda a cavidade ocular e<br />
suavizar a frente do rosto”, explicou Kate Wilton, diretora de<br />
desenvolvimento da Speedo USA. “E com a touca, é necessário<br />
ter certeza de que ela cobrirá toda a testa até os óculos, para uma<br />
transição uniforme.” Assim como os recordes, quebrados a cada<br />
nova competição, tudo indica que veremos novos padrões nos<br />
trajes até a próxima Olimpíada.<br />
David J. Phillips/associated Press<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 81
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 82<br />
— FAVORITOS PROJETOS —<br />
— FAVORITOS PROJETOS —<br />
MeninêS<br />
após uma viaGem repleta de novas experiências, quatro amiGos decidiram que iriam<br />
transformar a vida de um pequeno vilareJo africano, em GuinÉ-bissau. e para isso, nada<br />
de almoços beneficentes ou doações espontâneas. a comercialização de produtos de<br />
moda foi a escolha feita pela plataforma moi para oferecer bolsas universitÁrias a<br />
estudantes de empada. conversamos com phillippe pessoa, um dos idealizadores do<br />
proJeto, que contou um pouco sobre a viaGem e o processo da plataforma.<br />
por JUliA BiTTenCOURT<br />
read the enGlish version<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 83<br />
Philippe Pessoa
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 84<br />
— PROJETOS —<br />
chegada em bissau.<br />
500 postos poLiciais.<br />
“<br />
a cidade É pobre, empoeirada, mas muito mais<br />
desenvolvida do que eu pensava... É bom também<br />
falar português, não ter a barreira do idioma.<br />
pe. lucio está sendo inundado por perguntas sobre empada,<br />
bissau, carnaval, trabalho, etc. as respostas são as mais ani-<br />
madoras possíveis. o objetivo não é “mudar o mundo” num<br />
primeiro instante, mesmo porque isso é intangível/impossível,<br />
mas ter um contato mais profundo, aprender e ganhar uma<br />
vivência útil para nós e para eles.”<br />
A vila de Empada é um conjunto de 80 comunidades,<br />
com cerca de 17 mil habitantes localizada na Guiné-Bissau,<br />
um pequeno país no oeste africano. Foi em uma dessas<br />
comunidades que Philippe Pessoa e mais dois amigos<br />
buscaram inspiração e a vontade de mudar, não o mundo,<br />
mas uma pequena parte dele. Os três passaram 20 dias na<br />
Guiné-Bissau, e 15 deles na vila de Empada, convivendo<br />
com a população, seus costumes, suas tradições e suas<br />
— PROJETOS —<br />
dificuldades, aprendendo e se acostumando lentamente<br />
com as diferenças entre os povos.<br />
Durante a estadia, a maior certeza que acompanhava os três<br />
amigos era a vontade de fazer algo por aquelas pessoas, e o<br />
assunto surgia quase todos os dias, principalmente porque<br />
estavam hospedados na casa de padres missionários, que<br />
controlam todos os programas voluntários, mesmo que<br />
somente mil habitantes da vila sejam cristãos. A grande<br />
maioria deles segue as crenças animistas, uma tradicional<br />
religião africana que leva em consideração que “todas as<br />
coisas têm alma”. Os animistas acreditam em um deus, mas<br />
relacionam-se somente com os espíritos.<br />
“o caminho para empada é lindo. com certeza a viagem de<br />
carro mais bonita até aqui. as árvores pelo caminho são imensas!<br />
o caminho é feito metade por asfalto e a outra metade<br />
por terra. ao chegar no interior, o caminho fica mais verde, as<br />
árvores mais numerosas e bonitas.” g<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 85<br />
Philippe Pessoa
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 86<br />
aprendizado<br />
— PROJETOS —<br />
“<br />
sobre o trabalho, é difícil unir o objetivo de todos. (...)<br />
o que o pe. lucio e o pe. vilson planejam me parece<br />
coerente. conhecer a cultura dos caras já é um puta<br />
negócio pra mim. não se se quero muito mais do que<br />
isso aqui, pelo menos nesse primeiro momento.”<br />
Foram 15 dias com pouco contato com o mundo exterior.<br />
A energia elétrica durava apenas 2 horas por dia, e existia<br />
apenas na casa em que estavam hospedados, o país não<br />
gera nenhum tipo de energia elétrica, não há a possibilida-<br />
de de energia hidráulica, pois não existem quedas d’água.<br />
Algumas ideias de biocombustível são possíveis, mas não<br />
há o desenvolvimento e o envolvimento governamental<br />
necessário para que aconteça.<br />
Doar comida, água e remédio é uma prática muito comum<br />
na relação entre países ocidentais e a África - esta forma<br />
de assistencialismo e paternalismo ajudam, mas não tiram<br />
ninguém da grande areia movediça que se encontra a<br />
população do país. É preciso proporcionar meios para<br />
que possam produzir suas próprias riquezas, mas para isso<br />
é preciso que se conheça um pouco mais sobre a cultura<br />
local, como funcionam as relações e como é o modo de<br />
vida dessas pessoas.<br />
“todas as crianças paravam e olhavam para mim rindo,<br />
querendo andar junto. me senti muito querido, muito bem<br />
recebido, mas em todo momento sentia a obviedade de<br />
não pertencer a eles. pensei nessas pessoas que vivem com<br />
povos diferentes, afastados, enfim, será que eles passam a<br />
sentir que fazem parte¿ será que eles são bem recebidos,<br />
mas têm sempre em mente que não pertencem, que não<br />
fazem parte¿ É algo muito mais profundo fazer parte, hoje<br />
aprendi. talvez algo que não vem com o tempo e algo que,<br />
com certeza, não depende apenas de si.”<br />
É fácil se indignar e não se conformar com a realidade<br />
desses países, quando não você não está incluído. É importante<br />
se inteirar do processo, da complexidade das coisas.<br />
Não há como pensar em desenvolvimento se não há o<br />
mínimo de educação. Segundo a Irmã Sophia - brasileira,<br />
administradora do Liceu de Empada, já trabalhou no<br />
nordeste brasileiro e em Moçambique, onde fundou uma<br />
universidade – os adultos do 12º ano (que tem entre 25 e<br />
30 anos) mal sabem ler e escrever. Ao contrário das crianças<br />
g<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 87<br />
Philippe Pessoa
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 88<br />
a ideia principaL sempre foi arrecadar<br />
recursos para pagar uma boLsa de estudo<br />
universitário para o estudantes do Liceu<br />
de empada.<br />
— FAVORITOS PROJETOS —<br />
do novo jardim de infância, se formaram no último ano já<br />
sabendo. Para Philippe a educação tem um poder muito<br />
maior de mudança do que as doações.<br />
Durante uma das muitas conversas que tiveram com os<br />
alunos mais velhos, foi visível a vontade que eles têm de<br />
frequentar uma universidade, mas sempre começam o<br />
assunto com um “se houvesse oportunidade”. Tentando<br />
aprofundar mais o assunto, e quando questionados sobre<br />
a real possibilidade de crescerem, o otimismo se transforma<br />
em pessimismo em segundos. Todos eles têm outros planos,<br />
muito mais próximos da realidade. A única universidade<br />
da Guiné-Bissau fica na capital Bissau, os que vão são<br />
muitas vezes aqueles que têm família na capital, os que<br />
ficam são aqueles em que a família não consegue deixar,<br />
tudo isso porque cada membro da família é essencial para a<br />
sobrevivência do todo. São os filhos que vão pescar, caçar,<br />
colher alimentos nas árvores, pois é dessas atividades que<br />
vem todo seu sustento.<br />
a pLataforma moi<br />
Na última página do diário de viagem de Phillippe, duas<br />
palavras traduzem toda a experiência e a vontade de ajudar<br />
a vila de Empada: “Projetos Nossos”. Aquele primeiro mo-<br />
mento, de apenas conhecer a cultura local, ficou para trás e<br />
então Phillippe e seus companheiros de viagem resolveram<br />
que poderiam contribuir para o futuro dos estudantes com<br />
que tanto conviveram. A ideia principal sempre foi arreca-<br />
dar recursos para pagar uma bolsa de estudo universitário<br />
para o estudantes do Liceu de Empada. Uma bolsa integral<br />
na universidade de Bissau custa para um aluno cerca de<br />
R$ 100 ano, sendo que o ano completo custaria cerca de<br />
R$ 1000.<br />
Mas como arrecadar esse dinheiro? O grupo tinha uma<br />
única certeza: não usariam das formas tradicionais de<br />
doação para manter o projeto. Almoços beneficentes, tirar<br />
g<br />
Philippe Pessoa<br />
dinheiro do bolso dos outros, nenhuma dessas ações fazia<br />
parte dos planos. Novas formas de arrecadação de verbas<br />
sempre chamaram a atenção, o crowsourcing social é um<br />
deles. Outro ponto muito importante no projeto era a ideia<br />
de que ele seja auto sustentável, que apenas o dinheiro<br />
arrecadado com as ações seriam o suficiente para mantê-lo<br />
funcionando, e que gere um impacto a longo prazo.<br />
Com este primeiro projeto, surgiu a necessidade de ajudar a<br />
montar um projeto que servisse de base não apenas para o<br />
dos estudantes guiné-bissauenses, mas que pudesse abranger<br />
todos os públicos possíveis. A ideia geral é juntar quem<br />
não tem contato frequente, e que trabalhe sempre para<br />
um só ideal. O projeto final tornou-se então a Plataforma<br />
Moi. O nome é inspirado na história de Moi, um menino<br />
que conheceram durante a estadia em Empada. Quando<br />
nasceu, o menino teve oxigenação no cérebro e como<br />
toda criança que tem este problema, desenvolveu algumas<br />
dificuldades no decorrer de sua vida. Para os africanos de<br />
a ideia de fazer camisetas surgiu como<br />
uma possibiLidade de arrecadar fundos,<br />
saindo dos moLdes tradicionais. o<br />
apeLo estético e a busca por quaLidade<br />
foram primordiais antes de começar<br />
efetivamente o proJeto.<br />
Philippe Pessoa<br />
— PROJETOS —<br />
Empada, Moi tem apenas um problema: é possuído por<br />
Irã, o espírito do mal. O menino Moi, segundo Philippe, é<br />
um símbolo perfeito para a Plataforma, “porque nós vemos<br />
tudo de uma forma e eles de outra”.<br />
A ideia de fazer camisetas surgiu como uma possibilidade<br />
de arrecadar fundos, saindo dos moldes tradicionais. O<br />
apelo estético e a busca por qualidade foram primordiais<br />
antes de começar efetivamente o projeto. A parceria com<br />
a Aestethic – marca catarinense idealizada também por<br />
jovens administradores, que abriga coleções de projetos<br />
autorais – foi uma das importantes escolhas para que o<br />
projeto fosse, então, posto em prática. A Aestethic faz toda<br />
a produção das camisetas, além de vender as peças em sua<br />
loja física, e com a venda da camiseta, cobre-se o custo da<br />
produção e o restante vai para o caixa da Plataforma.<br />
Mas o grande apelo das camisetas não é apenas a qualidade.<br />
As fotos que estampam os produtos são o grande<br />
diferencial das peças vendidas pelas Plataforma, as imagens<br />
g<br />
Brincadeiras durante o carnaval de Empada. Uma das imagens que estampam as camisetas do projeto.<br />
Philippe Pessoa<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 89
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 90<br />
são frutos do talento do Philippe, um dos idealizadores do<br />
projeto. Durante a estadia em Empada, Philippe percebeu<br />
que através das fotos era muito fácil contar uma história,<br />
pois sua presença era tão alheia e estranha, que a esponta-<br />
neidade surgia com facilidade. Os retratos feitos durante<br />
a viagem buscaram mostrar todos os aspectos da vida<br />
dos moradores da vila, a fragilidade do ensino nas fotos<br />
das escolas, a família e o meninês – palavra que traduz a<br />
infância, para os nativos.<br />
A escolha das fotos para ilustrar as peças foi feita de maneira<br />
meticulosa “Quando escolhi as fotos das camisetas, eu preferi<br />
que não fosse nada muito apelativo, pois algumas imagens são<br />
realmente muito fortes. São imagens que eu não publiquei em<br />
nenhum lugar. Mas outras que são muito sutis, então decidi<br />
optar pelas mais delicadas”, conta Philippe. Outra ideia era<br />
não passar a mensagem de maneira tão direta, as histórias<br />
estariam quase que escondidas nas imagens, e cada um teria<br />
uma percepção diferente de cada fotografia. Uma das fotos é<br />
de um bananal, um grande e gigantesco bananal e fica difícil<br />
perceber de primeira que dentro daquela plantação estão<br />
também algumas crianças brincando; outra retrata Moi, o<br />
menino que dá nome ao projeto, entrelaçado nas mãos de<br />
sua mãe. Mas para quem vê, sabe que um tema está em foco<br />
nas imagens: a infância. Esta infância é também um símbolo<br />
para um país que está apenas começando, de quem precisa<br />
de cuidado, de um início.<br />
saiba mais<br />
— FAVORITOS — — FAVORITOS —<br />
Até agora a Plataforma já arrecadou verba suficiente para<br />
manter três alunos, que já frequentavam a universidade<br />
– e todos eles da vila de Empada –, por mais um ano na<br />
universidade. O pagamento é feito através da Irmã Sofia<br />
(que conheceram durante a viagem), que faz a seleção dos<br />
alunos que serão contemplados com as bolsas universitárias,<br />
já que a universidade não aceita dinheiro direto<br />
do Brasil, e então no final de cada pagamento, manda<br />
para os administradores do projeto, que levam ao público<br />
cada um desses relatórios, como transparência para quem<br />
compra as camisetas e acredita no projeto. Outro relatório<br />
também chega da própria universidade, que acompanha o<br />
desempenho dos alunos, através dos professores (muitos<br />
deles ex-alunos da UFSC).<br />
Mas os planos para a Plataforma não estão apenas nas<br />
camisetas. Ainda no início deste ano outros produtos serão<br />
lançados pela Plataforma, como uma linha de joias em<br />
parceria com uma designer de Florianópolis, para atingir<br />
ainda mais o público feminino. Além disso, as camisetas<br />
vão ser comercializadas nos Estados Unidos e na Austrália.<br />
“É empolgante porque existem muitas possibilidades e aos<br />
poucos o projeto toma outros caminhos. A Plataforma<br />
quer que a ideia de espalhe, e que mais projetos como o<br />
nosso tomem forma”, acredita Philippe.<br />
plataformamoi.org e facebook.com/plataformamoi<br />
um tema está em foco nas imagens: a<br />
infância. esta infância é também um símboLo<br />
para um país que está apenas começando, de<br />
quem precisa de cuidado, de um início.<br />
Philippe Pessoa<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 91<br />
Philippe Pessoa
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 92<br />
— FALL — FAVORITOS . WINTER — 2013 —<br />
— FALL — FAVORITOS . WINTER 2013 — —<br />
FAll<br />
winTeR<br />
2013<br />
volumes, assimetrias, cinturas marcadas, ombros em evidência,<br />
peles despoJadas, riqueza nos detalhes.<br />
DEPOIS DE UMA TEMPORADA INTENSA E CHEIA DE INFORMAçãO,<br />
PREPARAMOS UM RESUMO DOS DESFILES MAIS INFLUENTES DAS SEMANAS<br />
DE MODA INTERNACIONAIS. SãO CORES, MATERIAIS, ACESSóRIOS E ESTILOS<br />
QUE TOMARAM CONTA DAS PASSARELAS LÁ FORA E IRãO DITAR O TOM<br />
DO PRóXIMO OUTONO/INVERNO NO BRASIL.<br />
read the enGlish version<br />
g<br />
escoLha a marca de sua preferência<br />
af vandevorst<br />
aLeXander mcqueen<br />
baLenciaga<br />
christian dior<br />
comme des garçons<br />
doLce & gabbana<br />
dries van noten<br />
gareth pugh<br />
givenchY<br />
gucci<br />
haider ackermann<br />
Lanvin<br />
marc Jacobs<br />
marY katrantzou<br />
prada<br />
rick oWens<br />
saint Laurent<br />
steLLa mccartneY<br />
tom ford<br />
vaLentino<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 93<br />
Valentino
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 94<br />
— FALL . WINTER 2013 —<br />
af<br />
vandevorst<br />
A dupla an vandevorst e filip arickx expe-<br />
rimentou com sobreposições e proporções<br />
nesta estação, desfiando peças “comuns”<br />
como casacos, calças e vestidos de gala a<br />
ganharem novas interpretações. Entre os<br />
looks impactantes de passarela estavam<br />
opções acessíveis, que certamente serão hits<br />
para a consumidora da marca.<br />
itens chave<br />
Uma variedade de casacos (de trench coats<br />
a jaquetas militares), calças justas e vestidos<br />
longos.<br />
caLçados e acessÓrios<br />
Ankle boots com e sem cadarços, botas de<br />
cano alto com shearling ou com salto mais<br />
fino, luvas de couro e xales.<br />
materiais<br />
Jersey de seda, cetim, lã, couro e pele.<br />
beLeza<br />
Longas franjas cobriram boa parte do rosto<br />
das modelos, deixando aparecer apenas o<br />
batom vermelho nos lábios.<br />
teXturas<br />
— FAVORITOS — — FALL — FAVORITOS . WINTER 2013 — —<br />
michele morosi / inDigital / Gorunway<br />
michele morosi / inDigital / Gorunway<br />
michele morosi / inDigital / Gorunway<br />
michele morosi / inDigital / Gorunway<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 95
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 96<br />
— FALL . WINTER 2013 —<br />
aLeXander<br />
mcqueen<br />
Com inspiração na religião, sarah burton<br />
acrescentou a (já tradicional) dose de drama<br />
aos looks com influências nos robes de car-<br />
dinais, freiras, anjos e da própria Rainha Vir-<br />
ginal. O luxo se fez presente nos detalhes em<br />
pérola e na silhueta típica da era Elizabetana.<br />
itens chave<br />
Vestidos longos, midi ou em camadas, com<br />
a cintura fortemente marcada.<br />
caLçados e acessÓrios<br />
Botas de couro e sapatos fechados.<br />
materiais<br />
Organza, seda, tule e couro foram o pano de<br />
fundo para os bordados em dourado e aplicações<br />
de penas. As pérolas apareceram com<br />
destaque, seja nos acessórios que cobriram<br />
os rostos ou aplicadas nas meias, sapatos,<br />
luvas e vestidos.<br />
beLeza<br />
Cabelos presos em tranças ou cachos e a<br />
boca levemente rosada deram um tom de<br />
realeza.<br />
teXturas<br />
— FAVORITOS —<br />
Gianni Pucci / Gorunway /indigital<br />
Gianni Pucci / Gorunway /indigital<br />
— FALL . WINTER 2013 —<br />
Gianni Pucci / Gorunway /indigital<br />
Gianni Pucci / Gorunway /indigital<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 97
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 98<br />
— FALL . WINTER 2013 —<br />
baLenciaga<br />
Na aguardada estreia de Alexander Wang para a<br />
marca, o que se viu foi uma homenagem aos sím-<br />
bolos do mestre Cristobál Balenciaga, com o toque<br />
de contemporaneidade do designer americano.<br />
itens chave<br />
Casacos com formas arredondadas por cima de<br />
calças mais justas para dar o contraste. O little black<br />
dress apareceu com detalhes modernos e recortes.<br />
caLçados e acessÓrios<br />
Ankle boots com acabamentos metálicos e delica-<br />
das sandálias, acompanhadas por bolsas quadradas.<br />
materiais<br />
A estampa de mármore foi um dos grandes desta-<br />
ques, por permitir experimentações com bordados e<br />
aplicações. Lãs nobres, o veludo, o pelo (visto muito<br />
nas golas e punhos) e renda estão entre os materiais<br />
usados.<br />
beLeza<br />
Cabelos presos e escovados para trás e tons neutros<br />
nos lábios, para que o foco do espectador estivesse<br />
nas peças de roupa. Nos olhos, as modelos exibiram<br />
uma leve sombra índigo.<br />
teXturas<br />
— FAVORITOS — — FALL — FAVORITOS . WINTER 2013 — —<br />
monica Feudi / inDigitalteam / Gorunway<br />
monica Feudi / inDigitalteam / Gorunway<br />
monica Feudi / inDigitalteam / Gorunway monica Feudi / inDigitalteam / Gorunway<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 99
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 100<br />
— FALL . WINTER 2013 —<br />
christian<br />
dior<br />
A segunda coleção de raf simons para o pret-à-porter<br />
da Christian Dior abordou a ampulheta do New Look<br />
com volumes e drapeados assimétricos. O contrapon-<br />
to ficou por conta da alfaiataria precisa, que trouxe a<br />
dureza de linhas mais masculinas à coleção.<br />
itens chave<br />
Linhas retas. Mesmo os drapeados e tecidos fluidos<br />
construiram trapézios e as saias lápis confirmaram a<br />
preferência por linhas bem definidas.<br />
caLçados e acessÓrios<br />
O moderno salto recortado fez contraste com o<br />
clássico bico fino nos sapatos. As bolsas, rígidas e<br />
com alças curtas, apareceram em texturas sóbrias e<br />
com as ilustrações de arquivo resgatadas na coleção.<br />
materiais<br />
Couro, musseline, cetim, tweed, chiffon. Recortes, bainhas<br />
curvas assimétricas, forros em cor contrastante. As<br />
estampas vieram de ilustrações do arquivo da maison.<br />
beLeza<br />
Num futurismo discreto, sombra prata foi usada<br />
como ponto de luz no canto interno e no contorno<br />
dos olhos. O batom fúcsia vibrante foi esmaecido<br />
nos cantinhos dos lábios com base e corretivo.<br />
teXturas<br />
— FAVORITOS — — FALL — FAVORITOS . WINTER 2013 — —<br />
monica Feudi / inDigitalteam / Gorunway<br />
monica Feudi / inDigitalteam / Gorunway<br />
monica Feudi / inDigitalteam / Gorunway<br />
monica Feudi / inDigitalteam / Gorunway<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 101
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 102<br />
— FALL . WINTER 2013 —<br />
comme des<br />
garçons<br />
A alfaiataria masculina foi o ponto de par-<br />
tida para muitas coleções nesta temporada.<br />
Para a coleção da Comme des Garçons, a<br />
estilista rei Kawakubo desconstruiu ternos<br />
com volumes, texturas e camadas, mudando<br />
completamente a silhueta, mas mantendo a<br />
essência das peças.<br />
itens chave<br />
Blazers, detalhes como laços e efeitos tubulares<br />
(feitos com o mesmo tecido da peça),<br />
shorts, camisas de algodão.<br />
caLçados e acessÓrios<br />
Oxford envernizado e meias brancas.<br />
materiais<br />
Risca de giz, veludo de algodão, jaquard de<br />
seda.<br />
beLeza<br />
Beleza natural e andrógena, sem cores.<br />
teXturas<br />
— FAVORITOS —<br />
Yannis Vlamos /Gorunway / indigital<br />
— FALL . WINTER 2013 —<br />
Yannis Vlamos /Gorunway / indigital<br />
Yannis Vlamos /Gorunway / indigital<br />
Yannis Vlamos /Gorunway / indigital<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 103
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 104<br />
— FALL . WINTER 2013 —<br />
doLce &<br />
gabbana<br />
A riqueza de detalhes dos mosaicos bizantinos da Catedral de Monreale<br />
na Sicília, e que apareceram reproduzidos quase literalmente em diversos<br />
looks, foram o foco da coleção da dolce & Gabbana. O ar de realeza<br />
que permeou todo o desfile é indiscutível.<br />
itens chave<br />
Com preferência pela silhueta em linha A, boa parte do desfile foi do-<br />
minada pelos vestidos – túnicas com manga três-quartos, longos e retos,<br />
volumosos com formas estilo t-shirt, midi, ou com a saia rodada. Além<br />
disso, ternos, saias lápis e saias trapézio também marcaram a apresentação.<br />
caLçados e acessÓrios<br />
Saltos altos esculturais, mules e escarpins em tecido trabalhado, bolsas<br />
com textura de cobra ou trabalhadas com bordados, bolsas clutch com<br />
estampa de mosaicos, cintos largos em dourado com aplicação de pedras<br />
semipreciosas, coroas, cruzes bizantinas, brincos pesados, óculos escuro<br />
oversized.<br />
materiais<br />
Brocado, renda, organza, lã espinha de peixe, crepe, bordados em Swaroski<br />
e pedras semipreciosas.<br />
beLeza<br />
Cabelos presos em um coque baixo, pele neutra e puxada para o rosado.<br />
Um trio de sombras em tons terrosos foi usado nas pálpebras e o efeito<br />
final nos olhos foi o delineado de gatinho. O batom vermelho escuro<br />
nos lábios completou o look.<br />
teXturas<br />
— FAVORITOS — — FALL — FAVORITOS . WINTER 2013 — —<br />
Filippo Fior / Gorunway / indigital<br />
Filippo Fior / Gorunway / indigital<br />
Filippo Fior / Gorunway / indigital<br />
Filippo Fior / Gorunway / indigital<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 105
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 106<br />
— FALL . WINTER 2013 —<br />
dries van<br />
noten<br />
Em uma coleção predominada pelo xadrez,<br />
referências do grunge se uniram para com-<br />
por uma linha andrógena, com silhueta rela-<br />
xada e muitas sobreposições. A feminilidade<br />
ficou por conta dos maxiflorais, peplums e<br />
saias de organza, repletas de babados.<br />
itens chave<br />
Uma alfaiataria impecável se fez presente<br />
nas jaquetas, blazers, camisas e saias lápis.<br />
caLçados e acessÓrios<br />
Calçados baixos e masculinizados contras-<br />
taram com as delicadas sandálias. Carteiras<br />
estampadas combinaram com a variedade<br />
de cachecois. Os óculos retrô completaram<br />
o look.<br />
materiais<br />
Cetim, seda, organza, musseline, cashmere.<br />
beLeza<br />
Extremamente clean, com lábios e olhos em<br />
cores neutras e um tom levemente amanteigado<br />
na pele.<br />
teXturas<br />
— FAVORITOS — — FALL — FAVORITOS . WINTER 2013 — —<br />
inDigitalteam / Gorunway<br />
inDigitalteam / Gorunway<br />
inDigitalteam / Gorunway<br />
inDigitalteam / Gorunway<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 107
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 108<br />
— FALL . WINTER 2013 —<br />
gareth<br />
pugh<br />
Gareth pugh deixou os looks andrógenos<br />
com referências góticas de lado para apre-<br />
sentar uma coleção mais romântica e femi-<br />
nina, com silhueta em formato ampulheta<br />
e vestidos longos. O drama ficou por conta<br />
dos bordados que se assemelhavam a galhos,<br />
dos efeitos das golas, do direcionamento da<br />
beleza e dos looks finais, elaborados a partir<br />
de tiras finas de celofane.<br />
itens chave<br />
Saias e vestidos longos, casacos com mangas<br />
trapézio, xales e capas com golas exageradas.<br />
caLçados e acessÓrios<br />
Botas plataforma e luvas longas de couro.<br />
materiais<br />
Couro, camurça, pele de carneiro, celofane,<br />
visom, tafetá.<br />
beLeza<br />
Pele branca e olhos fundos, com o cabelo<br />
amarrado, porém desarrumado.<br />
teXturas<br />
— FAVORITOS — — FALL — FAVORITOS . WINTER 2013 — —<br />
Gorunway/inDigital<br />
Gorunway/inDigital<br />
Gorunway/inDigital<br />
Gorunway/inDigital<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 109
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 110<br />
— FALL . WINTER 2013 —<br />
givenchY<br />
O grunge totalmente feminino é o que Riccardo Tisci<br />
propôs para a temporada de Outono/Inverno. Em uma<br />
coleção romântica e divertida, o italiano mesclou o tra-<br />
dicional xadrez do estilo com macroestampas animais,<br />
maxiflorais e detalhes com paetês.<br />
itens chave<br />
Casacos oversized, jaquetas de couro e uma variação<br />
de saias.<br />
caLçados e acessÓrios<br />
Botas de cano médio, com tiras de couro de cobra para<br />
um efeito listrado, vieram junto às bolsas envelopes.<br />
Braceletes com pingentes metalizados, cintos largos de<br />
veludo e detalhes semelhantes a cordas finalizaram os<br />
looks.<br />
materiais<br />
Tule transparente, couro, veludo, visom, pele de raposa,<br />
tweed, lã, tricôs, algodão e chiffon.<br />
beLeza<br />
Cachos coloridos deram a aparência de rosas e complementaram<br />
ao clima fantasioso do desfile. Sombras<br />
avermelhadas, aplicadas nas pálpebras e nas raízes<br />
inferiores, e a máscara preta destacaram os olhos. Pele<br />
clean e lábios com gloss finalizaram a produção.<br />
teXturas<br />
— FAVORITOS — — FALL — FAVORITOS . WINTER 2013 — —<br />
monica Feudi / inDigitalteam / Gorunway<br />
monica Feudi / inDigitalteam / Gorunway<br />
monica Feudi / inDigitalteam / Gorunway<br />
monica Feudi / inDigitalteam / Gorunway<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 111
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 112<br />
— FALL . WINTER 2013 —<br />
gucci<br />
A femme fatale é a mulher Gucci desta estação, com<br />
uma coleção dominada por detalhes em penas, rendas<br />
e muito couro. Com uma cartela de cores cheia de<br />
mistério, predominada pelo preto e vinho, ombros ar-<br />
redondados e peplums acrescentaram curvas femininas<br />
à silhueta slim das peças.<br />
itens chave<br />
Saias lápis, jaquetas cropped ou na altura da cintura,<br />
casacos com formas arredondadas, blazers estruturados<br />
ou com peplums, vestidos justos com comprimento<br />
até os joelhos.<br />
caLçados e acessÓrios<br />
Botas de cano alto com cadarços, botas na altura dos<br />
joelhos, sandálias douradas, cintos grossos, bolsas em<br />
cetim ou textura de cobra, luvas de couro e camurça.<br />
materiais<br />
Couro, lã, couro pitom, renda, vison, pele de cavalo,<br />
lã bouclé, seda, cetim, astracã, chiffon, penas, rendas,<br />
brocados.<br />
beLeza<br />
Cabelos escovados para trás, pele e lábios clean. Nos<br />
olhos, a sombra framboesa, camadas de máscara para<br />
cílios e uma pitada de brilho dão destaque.<br />
teXturas<br />
— FAVORITOS — — FALL — FAVORITOS . WINTER 2013 — —<br />
Filippo Fior / Gorunway / indigital<br />
Filippo Fior / Gorunway / indigital<br />
Filippo Fior / Gorunway / indigital<br />
Filippo Fior / Gorunway / indigital<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 113
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 114<br />
— FALL . WINTER 2013 —<br />
haider<br />
ackermann<br />
haider ackermann apresentou uma cole-<br />
ção influenciada pelo militarismo em um<br />
clima pós-apocalíptico. Referências punk se<br />
fizeram presentes nos cabelos e no uso de<br />
sobreposições, cujas camadas contrastaram<br />
com os momentos em que o designer<br />
mostrou opções mais estruturadas em uma<br />
silhueta de ampuleta.<br />
itens chave<br />
Casacos, blazers e jaquetas.<br />
caLçados e acessÓrios<br />
Ankle boots e cintos skinny.<br />
materiais<br />
Lãs nobres, jacquard, cashmere, mohair e<br />
couro. Destaque para os bordados.<br />
beLeza<br />
Fios descoloridos, presos em uma espécie<br />
de moicano desarrumado, deram o toque<br />
de ousadia. Para compensar, a maquiagem<br />
foi leve e natural.<br />
teXturas<br />
— FAVORITOS — — FALL — FAVORITOS . WINTER 2013 — —<br />
marcus tondo/inDigitalteam i Gorunway<br />
marcus tondo/inDigitalteam i Gorunway<br />
marcus tondo/inDigitalteam i Gorunway<br />
marcus tondo/inDigitalteam i Gorunway<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 115
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 116<br />
— FALL . WINTER 2013 —<br />
Lanvin<br />
Ultrafeminino, o inverno da lanvin mostrou cinturas<br />
marcadas,vestidos fluidos e belos babados em organza.<br />
Motivos naturais apareceram nas estampas e aplicações<br />
de flores e insetos, mas toque de ousadia ficou a cargo das<br />
peles de raposa e correntões com dizeres provocativos.<br />
itens chave<br />
Os correntões e fivelas com os dizeres Help, Love,<br />
Happy e Cool arremataram o ar “princesa rebelde” que<br />
conduziu o desfile.<br />
caLçados e acessÓrios<br />
Correntões, fivelas, maxianéis e broches dividiram a<br />
passarela estolas de pele raposa. Nos pés, clássicos Mary<br />
Janes incrustados de pedras e oxfords masculinos.<br />
materiais<br />
Couro, lã, organza, rendas, seda, e denim e detalhes em<br />
pele de raposa. O tema natural permeou as estampas,<br />
com flores, borboletas e besouros.<br />
beLeza<br />
Oscilando o foco entre boca e olhos, Lanvin brincou<br />
com olhos pretos esfumaçados e bocas cor de sangue.<br />
Em alguns momentos, a maquiagem era um quase nada<br />
e junto com os cabelos com aspecto molhado criavam o<br />
ar de rebeldia chique.<br />
teXturas<br />
— FAVORITOS — — FALL — FAVORITOS . WINTER 2013 — —<br />
marcus tondo/inDigitalteam i Gorunway<br />
marcus tondo/inDigitalteam i Gorunway<br />
marcus tondo/inDigitalteam i Gorunway<br />
marcus tondo/inDigitalteam i Gorunway<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 117
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 118<br />
— FALL . WINTER 2013 —<br />
marc<br />
Jacobs<br />
O estilo vintage invadiu a passarela de<br />
marc Jacobs, tendo uma visível referência<br />
a década de 1940. Peças de fácil transição<br />
para as ruas foram intercaladas com pijamas<br />
metalizados. Uma temporada democrática<br />
que foi do tricô ao brilho.<br />
itens chave<br />
Casacos acinturados, estolas de pele, saia<br />
lápis, hotpants.<br />
caLçados e acessÓrios<br />
Scarpin e sandálias com salto.<br />
materiais<br />
Lã, seda, paetê, algodão, pele, tecidos me-<br />
tálicos.<br />
beLeza<br />
Olhos esfumaçados com sombra escura,<br />
junto com delineador aplicado na linha da<br />
pálpebra. Abaixo da linha d’água lápis preto<br />
e tons neutros ficaram por conta da pele e<br />
do lábio.<br />
teXturas<br />
— FAVORITOS — — FALL — FAVORITOS . WINTER 2013 — —<br />
Go runway / inDigital<br />
Go runway / inDigital<br />
Go runway / inDigital<br />
Go runway / inDigital<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 119
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 120<br />
— FALL . WINTER 2013 —<br />
marY<br />
katrantzou<br />
Em uma cartela de cores reduzida, inspirada<br />
em fotografias preto e branco, mary trouxe<br />
para essa temporada um show elaborado e<br />
precioso, concebido pelos olhos de uma en-<br />
genheira. A talentosa designer transformou<br />
a assimetria de suas peças em uma grande<br />
poesia pitoresca.<br />
itens chave<br />
Assimetria, comprimento midi, manga<br />
presunto e estamparia.<br />
caLçados e acessÓrios<br />
Botas de camurça de salto e sapatos de bico<br />
fino.<br />
materiais<br />
Gazar, malha, organza, brocado, renda,<br />
couro, feltro de lã.<br />
beLeza<br />
Aspecto natural para os lábios, pele leve<br />
com uma fina marcação de blush no côncavo.<br />
Suave destaque para olhos, com lápis<br />
branco na linha d’água e iluminador nas<br />
pálpebras e cílios inferior.<br />
teXturas<br />
— FAVORITOS — — FALL — FAVORITOS . WINTER 2013 — —<br />
marcus toldo / Go runway / inDigital<br />
marcus toldo / Go runway / inDigital<br />
marcus toldo / Go runway / inDigital<br />
marcus toldo / Go runway / inDigital<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 121
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 122<br />
— FALL . WINTER 2013 —<br />
Uma elegância crua permeou a mais recente<br />
coleção de miuccia prada. Seja pelos amplos de-<br />
cotes, pelos recortes que casualmente deixaram um<br />
ombro à mostra, pelo uso de materiais nobres ou<br />
pelo clima ando 1950 que tomou conta de parte do<br />
desfile, o inverno da marca é quase uma celebração<br />
ao poder feminino.<br />
itens chave<br />
Saias lápis e rodadas, casacos com silhueta de<br />
guarda-pó ou com a cintura marcada, casaquetos<br />
justos.<br />
caLçados e acessÓrios<br />
Sandálias plataforma, ou com o salto grosso, ou<br />
feitas de cetim e com detalhes em zipper, ou delica-<br />
das para festa em dourado e prateado, ankle boots.<br />
materiais<br />
Tecidos de luxo, brins de lã com listras largas, twe-<br />
ed, couro de jacaré, couro, lã, plush, pele de raposa.<br />
beLeza<br />
prada<br />
Cabelos soltos com efeito molhado e partidos<br />
para o lado, leve sombra amarronzada nos olhos e<br />
batom vermelho nos lábios.<br />
teXturas<br />
— FAVORITOS — — FALL — FAVORITOS . WINTER 2013 — —<br />
marcus tondo/inDigitalteam i Gorunway<br />
marcus tondo/inDigitalteam i Gorunway<br />
marcus tondo/inDigitalteam i Gorunway<br />
marcus tondo/inDigitalteam i Gorunway<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 123
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 124<br />
— FALL . WINTER 2013 —<br />
rick<br />
oWens<br />
Em uma das temporadas mais elogiadas de<br />
sua carreira, owens buscou nas formas ar-<br />
quitetônicas e retangulares a inspiração para<br />
sua coleção. Uma visível referencia asiática<br />
também se encontra presente nessa estética.<br />
Sempre original, o designer fez da inseparável<br />
música e arquitetura um show de arte.<br />
itens chave<br />
Casacos longos, casacos quimonos, legging,<br />
e uma forte presença do preto e branco.<br />
caLçados e acessÓrios<br />
Botas de cano alto em couro preto.<br />
materiais<br />
Couro, pele de marta, pele de carneiro,<br />
Jersey de lã, duvet.<br />
beLeza<br />
Pele, olhos e lábios pálidos sem uso de cor.<br />
Beauty hair desfiado e volumoso.<br />
teXturas<br />
— FAVORITOS — — FALL — FAVORITOS . WINTER 2013 — —<br />
Filippo Fior / Go runway / inDigital<br />
Filippo Fior / Go runway / inDigital<br />
Filippo Fior / Go runway / inDigital<br />
Filippo Fior / Go runway / inDigital<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 125
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 126<br />
— FALL . WINTER 2013 —<br />
saint<br />
Laurent<br />
O movimento grunge e a cena do rock cali-<br />
forniano foram as referências para a segunda<br />
coleção prêt-à-porter de hedi slimane para<br />
a Saint Laurent. Uma estética jovem, com<br />
bastante uso de couro, pontuou a linha com<br />
forte inspiração na moda das ruas.<br />
itens chave<br />
Vestidos babydoll, casacos e calças boyfriend,<br />
jeans rasgado, camisas xadrez, minissaias de<br />
couro.<br />
caLçados e acessÓrios<br />
Botas de couro com fivelas.<br />
materiais<br />
Lã, couro, chiffon, tricô, cashmere, mohair,<br />
pele de raposa, paetês.<br />
beLeza<br />
A parte inferior do olho foi destacada com<br />
lápis e sombra pretos, e uma leve sombra<br />
foi aplicada nas pálpebras. Tons neutros<br />
marcaram a pele e os lábios.<br />
teXturas<br />
— FAVORITOS — — FALL — FAVORITOS . WINTER 2013 — —<br />
marcus tondo/inDigitalteam i Gorunway<br />
marcus tondo/inDigitalteam i Gorunway<br />
marcus tondo/inDigitalteam i Gorunway<br />
marcus tondo/inDigitalteam i Gorunway<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 127
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 128<br />
— FALL . WINTER 2013 —<br />
steLLa<br />
mccartneY<br />
Nesta temporada stella mccartney trabalhou o diá-<br />
logo das silhuetas masculina e feminina. A alfaiataria<br />
em lã risca-giz foi ganhando feminilidade no detalhe<br />
das saias que pareciam brotar da bainha dos casacos<br />
pesados. Num flerte com o sportswear trouxe vestidos<br />
fluidos com elásticos e agasalhos de cashmere.<br />
itens chave<br />
Em diferentes comprimentos e variações, o blazer<br />
oversized foi o ponto de partida para o desdobra-<br />
mento da coleção.<br />
caLçados e acessÓrios<br />
Pesadas plataformas de sola tratorada e bonés de<br />
lã evocaram o streetwear enquanto detalhes em<br />
madeira nas bolsas e sapatos finos trouxeram um ar<br />
maduro a outros looks.<br />
materiais<br />
Lã, algodão, cashmere, renda e seda. Peplums enviesados,<br />
matelassê e trabalho com elásticos. Risca-giz,<br />
xadrez suave, transparências, recortes.<br />
beLeza<br />
Clean, com os cabelos elegantemente puxados para<br />
trás e o make quase-nada, apenas lápis branco, rímel<br />
e um discreto coral nos lábios.<br />
teXturas<br />
— FAVORITOS — — FALL — FAVORITOS . WINTER 2013 — —<br />
Filippo Fior / Gorunway / indigital<br />
Filippo Fior / Gorunway / indigital<br />
Filippo Fior / Gorunway / indigital<br />
Filippo Fior / Gorunway / indigital<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 129
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 130<br />
— FALL . WINTER 2013 —<br />
tom ford<br />
Diversas influências conversaram com harmonia na coleção<br />
que marcou a volta de tom ford às passarelas. Motivos<br />
tribais em p&b constrataram com florais japoneses multi-<br />
coloridos com detalhes em paetês, bordados e miçangas. A<br />
jaqueta bomber típica dos anos 1980 apareceu, assim como<br />
franjas de couro, vestidos em patchwork, animal print,<br />
rendas e transparência, e muito geometrismo. Tudo em um.<br />
itens chave<br />
Vestidos midi assimétricos, vestidos longos de Jersey, lã, tule<br />
e crochê, saias lápis e jaquetas bomber (usadas no mesmo<br />
look para dar contraste), variações do poncho.<br />
caLçados e acessÓrios<br />
Botas estampadas de cano alto, botas peep-toe, botas em<br />
patchwork, bolsas com shapes geométricos.<br />
materiais<br />
Cetim, algodão, seda, paetês, miçangas, rendas, duvet, peles,<br />
couro, malhas, cashmere, Jersey, chiffon, tule.<br />
beLeza<br />
Os cabelos presos foram partidos no lado esquerdo. Sombra<br />
dourada cobriu as pálpebras superiores e inferiores, além<br />
de dar um efeito de olho “puxado”. Blush rosado escuro<br />
ofereceu uma leve marcação no côncavo e os lábios permaneceram<br />
neutros.<br />
teXturas<br />
— FAVORITOS — — FALL — FAVORITOS . WINTER 2013 — —<br />
Yannis Vlamos /Gorunway / indigital<br />
Yannis Vlamos /Gorunway / indigital<br />
Yannis Vlamos /Gorunway / indigital<br />
Yannis Vlamos /Gorunway / indigital<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 131
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 132<br />
— FALL . WINTER 2013 —<br />
vaLentino<br />
Com inspiração na Era de Ouro da arte holandesa, especial-<br />
mente no trabalho de Vermeer, a dupla maria Grazia chiuri<br />
e pierpaolo piccioli preparou uma coleção ultrafeminina para<br />
a Valentino. Assim como as pinturas a óleo dessa geração, as<br />
peças foram desenvolvidas de forma que destacam o rosto de<br />
quem as veste, principalmente devido às golas vazadas de couro.<br />
itens chave<br />
Vestidinhos e saias em linha A, casacos e vestidos longos,<br />
macacões.<br />
caLçados e acessÓrios<br />
Sapatos com salto grosso, bolsas com arabescos bordados ou<br />
textura de crocodilo, carteiras coloridas, bolsas clutch com<br />
detalhes de pérolas ou aplicações em pelo.<br />
materiais<br />
Pele, mohair, organdi, renda, chiffon, alpaca, lã, seda, pedras<br />
Swarovski.<br />
beLeza<br />
Tranças longas (as modelos receberam extensões para que suas<br />
tranças tivessem o mesmo comprimento) e uma fita de couro<br />
usada como tiara. A maquiagem foi suave, com sombra e más-<br />
cara amarronzadas para os olhos e blush em tons de pêssego.<br />
A inspiração foi o quadro A Moça com o Brinco de Pérola de<br />
Vermeer.<br />
teXturas<br />
— FAVORITOS — — FALL — FAVORITOS . WINTER 2013 — —<br />
Yannis Vlamos /Gorunway / indigital<br />
Yannis Vlamos /Gorunway / indigital<br />
Yannis Vlamos /Gorunway / indigital<br />
Yannis Vlamos /Gorunway / indigital<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 133
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 134<br />
soft world<br />
design<br />
feito à mão<br />
Agora os trend files do<br />
nosso bureau de tendências<br />
estão disponíveis para download<br />
dentro da revista catarina.<br />
Acreditamos que o artesanal terá um valor muito<br />
importante no futuro. Em nosso Bureau vamos<br />
compartilhar com vocês nossas melhores descobertas<br />
para casa e moda.<br />
por JUlie FeRnAnDeS<br />
read the enGlish version<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 135
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 136<br />
— BUREAU DE TENDÊNCIAS —<br />
O Mundo Soft é um estúdio holandês com sede em Rotterdam,<br />
Holanda, especializado em produtos exclusivos para casa e<br />
interiores. Lançado em 2008 por Beatrice Waanders, não<br />
utiliza produtos químicos e sim a mais antiga forma de fazer<br />
tecido, a feltragem, além de explorar a paleta de cores rica<br />
dos próprios animais.<br />
soFt WoRLD<br />
www.softworld.nl<br />
— BUREAU DE TENDÊNCIAS —<br />
Divulgação<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 137
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 138<br />
soFt WoRLD<br />
— BUREAU DE TENDÊNCIAS — — BUREAU DE TENDÊNCIAS —<br />
Divulgação<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 139
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 140<br />
ínDIa FLInt<br />
Índia Flint é uma artista visual, especializada em técnicas de<br />
tingimento natural no extremo sul da Austrália. Ela usa corantes<br />
bio-regionais e ecologicamente sustentáveis de folhas, cascas<br />
e pigmentos terrosos usados em tecidos, papel ou feltro. Para a<br />
artista, o retorno da construção do pano através da tecelagem,<br />
onde o tecido se forma linha por linha, sendo tingido à mão<br />
depois, é uma meditação e não trabalho.<br />
www.indiaflint.com<br />
— BUREAU DE TENDÊNCIAS — — BUREAU DE TENDÊNCIAS —<br />
Divulgação<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 141
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 142<br />
ínDIa FLInt<br />
— BUREAU DE TENDÊNCIAS — — BUREAU DE TENDÊNCIAS —<br />
Divulgação<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 143
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 144<br />
ínDIa FLInt<br />
— BUREAU DE TENDÊNCIAS — — BUREAU DE TENDÊNCIAS —<br />
Divulgação<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 145
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 146<br />
RIna MEnaRDI<br />
Todo o trabalho é diferente: um detalhe, uma curva ao longo de<br />
uma borda, uma reflexão. Cada pote conta uma história, sendo<br />
a evolução natural de um pensamento. Esta forma de trabalhar<br />
com as mãos fez Rina Menardi mais sensível a todos os estímulos<br />
oferecidos por formas naturais. As panelas, bacias e as formas<br />
infinitas que ela cria são apresentadas pelas melhores galerias<br />
de design, podendo ser encontradas, muitas vezes, em casas<br />
particulares ou em restaurantes que combinam gastronomia<br />
requintada com a mais cuidadosa atenção à estética.<br />
www.rinamenardi.com<br />
— BUREAU DE TENDÊNCIAS — — BUREAU DE TENDÊNCIAS —<br />
Divulgação<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 147
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 148<br />
RIna MEnaRDI<br />
— BUREAU DE TENDÊNCIAS — — BUREAU DE TENDÊNCIAS —<br />
Divulgação<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 149
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 150<br />
RIna MEnaRDI<br />
— BUREAU DE TENDÊNCIAS — — BUREAU DE TENDÊNCIAS —<br />
Divulgação<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 151
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 152<br />
CHILD’s oWn<br />
stUDIo<br />
Wendy Tsao começou seu estúdio de artesanato, o Child’s Own<br />
Studio, depois de ter a simples ideia de fazer um brinquedo de<br />
pelúcia para um menino de quatro anos de idade, baseado em<br />
seu desenho. Desde então, ela tem feito centenas de brinquedos<br />
macios e fofinhos com os desenhos que as crianças foram<br />
enviando a ela. Detalhes e opções de cores são reproduzidos<br />
tão fielmente quanto possível, de modo que o brinquedo que<br />
é enviado de volta pelo correio é imediatamente reconhecido<br />
pela criança que o desenhou.<br />
www.childsown.com<br />
— BUREAU DE TENDÊNCIAS — — BUREAU DE TENDÊNCIAS —<br />
Divulgação<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 153
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 154<br />
CHILD’s oWn<br />
stUDIo<br />
— BUREAU DE TENDÊNCIAS — — BUREAU DE TENDÊNCIAS —<br />
Divulgação<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 155
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 156<br />
CHILD’s oWn<br />
stUDIo<br />
— BUREAU DE TENDÊNCIAS — — BUREAU DE TENDÊNCIAS —<br />
Divulgação<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 157
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 158<br />
natHaLIE<br />
CostEs<br />
Nathalie Costes é uma pessoa talentosa que cria acessórios<br />
artesanais. Sua nova coleção é uma variação de colares poéticos<br />
e sensíveis em crochê com fio de algodão. Técnica que aprendeu<br />
aos 10 anos com a irmã. A designer diz que crochetar é um<br />
prazer infantil de ver um carretel de linha tomar outra forma.<br />
www.bynathaliecostes.com<br />
— BUREAU DE TENDÊNCIAS — — BUREAU DE TENDÊNCIAS —<br />
Divulgação<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 159
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 160<br />
natHaLIE<br />
CostEs<br />
— BUREAU DE TENDÊNCIAS — — BUREAU DE TENDÊNCIAS —<br />
Divulgação<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 161
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 162<br />
natHaLIE<br />
CostEs<br />
— BUREAU DE TENDÊNCIAS — — BUREAU DE TENDÊNCIAS —<br />
Divulgação<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 163
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 164<br />
Le Moine Tricote é uma nova malharia artesanal criada pela<br />
designer francesa Alice Lemoine. Depois de estudar no Japão<br />
e começar sua carreira criando desenhos para a malharia Rick<br />
Owens, Lemoine lançou sua própria linha. Ela queria comunicar<br />
sua herança pessoal e cultural: a forte tradição da elegância<br />
francesa confrontado com o minimalismo da arte contemporânea<br />
e da arquitetura.<br />
LE MoInE<br />
tRICotE<br />
www.lemoine-tricote.com<br />
— BUREAU DE TENDÊNCIAS — — BUREAU DE TENDÊNCIAS —<br />
Divulgação<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 165
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 166<br />
LE MoInE<br />
tRICotE<br />
— BUREAU DE TENDÊNCIAS — — BUREAU DE TENDÊNCIAS —<br />
Divulgação<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 167
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 168<br />
LE MoInE<br />
tRICotE<br />
— BUREAU DE TENDÊNCIAS — — BUREAU DE TENDÊNCIAS —<br />
Divulgação<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 169
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 170<br />
PAtRICIA LIMA, 33<br />
Virei mãe.<br />
CORInnE WERnER, 25<br />
Encontrou a mais pura<br />
forma de amor. Canino.<br />
PAuLA ALBuquERquE, 30<br />
Aprendendo a andar<br />
ao lado do tempo.<br />
fRAnçOISE tEChIO, 33<br />
Penso em nanquim,<br />
logo misturo aquarela.<br />
JuLIAnA BERKEnBROCK, 35<br />
Educando Chanel.<br />
JuLIA BIttEnCOuRt, 23<br />
Aprendendo a cuidar de mim.<br />
LYA ZuMBLICK, 27<br />
Dando adeus aos gambitos e<br />
iniciando o projeto #he-man.<br />
BRunA PAStERnAK, 23<br />
Mãe mode on - agora ligada<br />
no 220v.<br />
— EQUIPE —<br />
CAMILA BEAuMORD, 25 JuLIE fERnAnDES, 29<br />
Enfim juntos sob o mesmo teto. Redesconbrindo a beleza da<br />
casa, comida e roupa lavada.<br />
SYLVIA gAttI, 20<br />
Acorda feliz.<br />
VALÉRIA gOnZAgA , 24<br />
Brincando de Carrie<br />
Bradshaw no quintal de casa.<br />
AnDREIA tAKEuChI, 22<br />
Agora com dois patinhos<br />
na lagoa.<br />
gRASIELA SOuZA, 27<br />
Contagem regressiva:<br />
adeus faculdade!<br />
MAYARA LAuRInDO, 23<br />
Revivendo o que realmente<br />
vale a pena.<br />
LuíS KnIhS, 25<br />
Em busca de um equilíbrio entre<br />
o caos e a despretensão.<br />
— FAVORITOS —<br />
EnGLIsH<br />
VERsIon CATARINA<br />
catarina magazine 34<br />
CATARINA — — ABRIL 2013 2013 — — PAGE PAGE 171 171
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 172<br />
editoriaL<br />
pg 04<br />
This is the first time that the same model shoots her second catarina<br />
cover. I am happy that this happened with someone born and raised<br />
in Florianópolis. Believe me, this was not on purpose, but a very<br />
pleasant coincidence. The years that separate the first cover from this<br />
one show how we have matured, and Solange Wilvert has as well. As<br />
the years went by, I believe that we have all come a long way, especially<br />
when we compare the result of the image printed on our cover. This<br />
maturity is explicit in each new edition, as we each learn more about<br />
ourselves and realize where we want to go, a trail that is always traced<br />
by you, our reader. The articles still transit along the season’s trends,<br />
always looking into the future, which is why we highlight international<br />
brands. Also, we track interesting projects and people who present<br />
different ideas through a unique point of view to the world. Here<br />
at catarina, we believe in creative force and originality, so when we<br />
meet a new talent investing in his own path, we make space and<br />
introduce him to you. This is the case with Argentine designer Paula<br />
Selby Avellaneda and Debora Mussak, from Musse, who shared with<br />
us about her business.<br />
When it comes to our international coverage, we have opted to<br />
highlight labels from the most important fashion weeks in our issues<br />
because their influence on the national market grows more and more,<br />
not only because of their presence in the Brazilian luxury market, but<br />
also because they have become the main creative reference for the<br />
development of national products by our designers. Even with the<br />
fight to value national designs, the Brazilian consumer has her eye<br />
on the globalized market and buys remorselessly a copied version<br />
of an article she has seen in an international street style blog. That<br />
is how our designers become hostages of the international runways,<br />
due to the commercial pressure of an industry that struggles against<br />
high taxes and the difficulty of a competitive production. At this<br />
moment, the only safe direction is to follow the rules stipulated by<br />
the large conglomerates of luxury brands. We are inside a spinning<br />
wheel where fashion and consumption are guided by a global creative<br />
tidal wave (which may not be so creative after all). I believe that an<br />
ethical dilemma hovers in our designers most intimate thoughts, who<br />
feel an internal crisis when the desire to create freely is drowned by<br />
monthly sales targets.<br />
Still on the fashion chain, we have approached technology and,<br />
since we are deeply connected with the textile industry, we have also<br />
prepared a piece on the advances in swimwear and a guide with the<br />
latest technological innovation. And we cannot leave out our Trend<br />
Bureau, with reports developed especially for creators. But these are<br />
just a few of the articles on this issue, so savor them and all the other<br />
rich information that we produce especially for you.<br />
Kisses and have a nice read!<br />
patrícia lima / Editor-in-chief<br />
— ENGLISH VERSION —<br />
speciaL reLease<br />
pg 06<br />
The iconic British band Depeche Mode will launch their newest<br />
studio album, Delta Machine, in March. Besides the traditional CD<br />
version, the 13th album from the trio composed of Martin Gore, Dave<br />
Gahan and Andy Fletcher will have a Deluxe Edition with four bonus<br />
tracks and a special book with photos shot by Anton Corbijn, artistic<br />
collaborator of the band for several years. The first single, “Heaven”,<br />
has a music video out available on the band’s official website. http://<br />
depechemode.com<br />
pg 06<br />
the shining gets a sequeL<br />
Acclaimed author Stephen King has promised to release this year the<br />
sequel to one his best-known titles, The Shining. Immortalized in film<br />
by Stanley Kubrick, the story of the family who spends a terrifying<br />
winter in the sinister Overlook Hotel will be continued: the now<br />
middle-aged Danny Torrance is a loner whose gift of the paranormal<br />
led him to work in a mental institution with terminally ill patients.<br />
Doctor Sleep is scheduled to be launched in September.<br />
pg 07<br />
subverting an<br />
estabLished market<br />
S[edition] is a digital tool where artwork is for sale at affordable<br />
prices and in dynamic way. In some cases, for only US$ 8.00, you<br />
can purchase a piece with Certificate of Authenticity signed by the<br />
artist and the website’s guarantee. It is an innovative proposal that<br />
aims to facilitate access to new art collectors in an inexpensive manner.<br />
Launched in editions of 1,000, 2,000, 5,000 or 10,000 pieces at a<br />
time, the artwork is created specifically for the site and only exists in<br />
a digital format.<br />
Digital art is a medium that offers new possibilities for creators and<br />
establishes a sort of middle ground where the work does not need<br />
to be completely static, like a painting or a piece of sculpture, and<br />
is not as an ephemeral as performance art. The digital medium also<br />
goes against the paradigm that says that works of art must come in<br />
unique pieces. The combination of these factors makes it possible to<br />
lower the price of the work without losing its value, and that’s where<br />
S[edition] comes in.<br />
Tracey Elmin, Yoko Ono, Wim Wenders and Damien Hirst are some<br />
of the names that have collaborated for S[edition] and whose work<br />
can be collected digitally. The site is very similar to a social network.<br />
Collectors can follow their favorite artists and find out when they<br />
publish new pieces. Once the artwork is acquired, they are stored in<br />
a “vault” that can be visited by other users, enabling a kind of virtual<br />
art gallery. The purchased pieces are also available to its owner in high<br />
resolution and can be accessed by any device that has internet access,<br />
from S[edition]’s own app.<br />
The platform is interesting because it is a tool to market an art form<br />
that was still exploring forms of revenue. On the other hand, it raises an<br />
old issue: the trivialization of art as a product. Either way, encouraging<br />
art is always welcome, and if we mere mortals we can afford it, even<br />
better. Learn more at http://www.seditionart.com<br />
pg 08<br />
feminine revoLution<br />
in the times of apps<br />
The so-called Y Generation does not cease to impress. Every day, a new<br />
app is launched to meet the strangest of needs. So it is not surprising<br />
that a new tool was created and is dedicated to a subject that has<br />
mobilized the female universe for centuries: gossiping about men. It<br />
was with the noble purpose of exposing the pros and cons of single<br />
guys to the rest of the world that Lulu was born.<br />
Exclusive to women, Lulu is connected to Facebook, which makes sure<br />
that only girls are allowed. Once connected, they can write reviews<br />
about their male contacts on the social network. The idea is to optimize<br />
that research that we all do when we are into someone: ask our friends<br />
and check the guy’s online profiles to make sure he is worth it. But all<br />
of this is done anonymously, just the way girls like it.<br />
Besides some controversial categories, for the most part, the information<br />
furnished by Lulu is positive and very well-humored. The<br />
reviews are done in the form of a questionnaire, which prevents furious<br />
ex-girlfriends from making unnecessary and offensive comments.<br />
According to creator Alexandra Chong, at the end of the day, Lulu is<br />
all about encouraging good, gentlemanly behavior.<br />
But not all reactions to Lulu are so positive. Some people find it<br />
unfair that men do not have the right to defend themselves. Also, the<br />
app stimulates stereotypes that are not exactly healthy, like praising<br />
someone for having money and censuring somebody who still lives<br />
with his parents.<br />
Either way, Lulu is supposed to be about girl talk. Even though we<br />
are still getting used to the new rules in the games of love in this new<br />
world order, what matters is how each one of us absorbs and use the<br />
tools at hand.<br />
— ENGLISH VERSION —<br />
Are you curious and want to see what Lulu has to say today? Then<br />
access onlulu.com<br />
pg 09<br />
marcia X – X fiLes<br />
The Museum of Modern Art in Rio de Janeiro will hold a retrospective<br />
of Marcia X’s work until April 14. The Brazilian artist, who passed away<br />
in 2005, was very important for the consolidation of performances<br />
and installations as relevant artistic mediums in the country. Her work<br />
began in the 1980’s and followed controversial paths, mixing eroticism<br />
with childhood and religious symbols. One of the highlights of the<br />
exhibition is a record of “Desenhando com Terços” (2000), where the<br />
artist displays the floor of a large room in which a row of crosses traces<br />
a penis shape. After the exhibition, which is curated by Beatriz Lemos,<br />
all pieces will be donated to the permanent collection of the museum<br />
and a book will be released with the artist’s complete work. http://<br />
mamrio.org.br<br />
pg 08<br />
Juergen teLLer - Woo!<br />
Until March 17, the Institute of Contemporary Arts in London will<br />
showcase Woo!, an exhibition with the work of one of the most<br />
important fashion photographers in recent decades, Juergen Teller.<br />
Known for his bold and irreverent style, his ability to roam between<br />
authorial artistic photography and fashion advertising campaigns is<br />
what makes the his work is so interesting. His crude language and its<br />
grunge-like aesthetic influenced other renowned photographers such<br />
as Terry Richardson, Ryan McGinley and Dash Snow. Woo! consists<br />
of a selection of books, magazine editorials and ad campaigns clicked<br />
by Teller since the 1990’s. To learn more: http://www.ica.org.uk/34587/<br />
Exhibitions/Juergen-Teller-Woo<br />
pg 10<br />
asian trend<br />
A continent so rich in colors and cultures is bound to be an inspirational<br />
wonderland. Asia’s religious and social beliefs are transformed<br />
in the runway into a subtle oriental trend. Saris, kimonos, a variety<br />
of fabrics, colors and embroidery are the shapes and materials most<br />
relatable to this culture. Dragon prints, gold ornamented jacquards<br />
and women wearing Indian jewelry are this trend’s trademark.<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 173
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 174<br />
Jacquard<br />
Because of its golden threads, rich Chinese and Japanese monarchs<br />
would wear this fabric to show their social status. Get ready for a<br />
Jacquard invasion this winter.<br />
indian<br />
During the Spring/Summer 2013 Haute Couture season, designer<br />
Jean Paul Gaultier’s entire collection was based on India. With a color<br />
palette reminiscent of Indian spices, he delivered an energetic, sweet<br />
and intriguing show.<br />
prints and embroidery<br />
When Asia comes to mind, the first thing one probably thinks of is<br />
its rich prints and embroidery patterns. Images of dragons and tigers,<br />
oriental rugs, unique paintings and flowers give a special Chinese,<br />
Japanese and Korean touch.<br />
Kimono<br />
Today it is no longer mandatory to wear it, but one of the main references<br />
of Chinese and Japanese history is the HANFU, or kimonos.<br />
Inspired by their social relevance, designers chose similar models to<br />
represent the culture in their collections.<br />
military collar<br />
Contributing with fashion and politics, governors popularized Chinese<br />
tunics. Its collar, whenever it is used, helps give the collection an<br />
Asian military feel.<br />
pgs 24 - 33<br />
neW eXperiences<br />
Lately, the shopping experience has become much more than simply<br />
choosing, paying and leaving. For most people, entering a store is no<br />
longer a part of their everyday life, since online shopping has become<br />
much more practical for basic purchases. Because of that, many stores<br />
have begun to create new experiences for their customers. Today, the<br />
act of buying is not just about going into a space filled with outfits<br />
hanging from the racks and waiting for a salesperson to help. Many<br />
stores have a homey quality, where people can sit around, chat, eat,<br />
drink (even sleep, on some occasions) and interact with something<br />
beyond the articles of clothing available. They blend together art,<br />
music, cinema and use different strategies to make sure the consumer’s<br />
shopping experience is more interesting every time.<br />
x x x<br />
Berlin, Germany<br />
The experience starts in the search for the address: to arrive at the doorway<br />
of 22 Skalitzer St. is not enough. To get to xXx, one must cross<br />
the internal garden and look for a small, hidden door that houses one<br />
— ENGLISH VERSION —<br />
of the most amazing concept stores in Berlin. There lie the collections<br />
of great German designers, such as Mads Dinesen, Butterfly Soulfire,<br />
Tata Christiane; as well as international names like Barbara I Gongini,<br />
Moonspoon Salon, Bjorg, Guiseppe Virgoni: and a selection of albums<br />
from Enfant Terrible, a record label for alternative German musicians.<br />
In addition, the store houses a gallery space that serves as a communal<br />
kitchen for private parties and events (if you are lucky, you will find<br />
fresh, vegetable soup just waiting for you when you arrive), as well the<br />
three delicately decorated bedrooms to make you feel at home. They<br />
are available for booking throughout the year, for those looking for a<br />
complete experience.<br />
Address and opening schedule:<br />
Skalitzer St 33 – cross the gardens on the right, on the third floor<br />
10999 Berlin, Germany<br />
Tuesday to Friday: 12:00pm – 8:00pm<br />
Saturdays: 12:00pm – 6:00pm<br />
corso como<br />
Milan, Italy<br />
As one of Milan’s hot spots, 10 Corso Como is one of the most<br />
important concept stores in the fashion universe - alongside Paris’<br />
Colette and Britain’s Dover Street Market - and is curated by Carla<br />
Sozzani. On each floor, a famous designer is represented through the<br />
décor has to do with the presented collections, where the shopper<br />
finds exclusive pieces. The store also features a cafe, a restaurant, a<br />
hotel (with three available rooms) and a gallery, perfect for new fashion<br />
photographers.<br />
Address and opening schedule:<br />
Corso Como, 10<br />
20154 Milan, Italy<br />
Every day: 10:30am – 7:30pm<br />
Wednesdays and Thursday: 10:30am – 9:00pm<br />
bicYcle store<br />
Paris, France<br />
In addition to clothing and fashion accessories, concept stores now<br />
also dominate other markets. Paris, a city that holds one of the most<br />
important fashion weeks in the world, is also where the main cycling<br />
competition takes place - the Tour de France. So why not create a<br />
concept store for bikes? The Bicycle Store has been around since 2008<br />
and is located in one of the city’s hippest districts, Le Marain, between<br />
the Republique and Bastille, following a very different business model<br />
than most stores. Besides offering products from traditional brands,<br />
the shop has its very own label called Heritage. This makes it possible<br />
for the consumer to customize all of the bicycle’s parts, making the<br />
shopping experience even more unique.<br />
Address and opening schedule:<br />
17 Boulevard du Temple<br />
75003 Paris, France<br />
Mondays - Saturdays: 10:00am – 7:00pm<br />
atelier<br />
New York City, USA<br />
From the small store Crosby Street, to the new address in Hudson<br />
Square, founders Karlo Steel and Constantin von Haeften keep the<br />
same aesthetic in their Atelier in New York. Despite offering only<br />
menswear, the shop does not exclude women. Most of the clothes<br />
can be considered androgynous, a description that can also be applied<br />
when referring to Atelier’s décor, with its sober colors and creations<br />
of designers such as Carol Christian Poell, Yohji Yamamoto and<br />
Ann Demeulemeester hanging from the racks. Its modern furniture<br />
contrasts with some antiques (since Van Haeften himself is a collector),<br />
giving an elegant feel to the space.<br />
Address and opening schedule:<br />
304 Hudson St.<br />
New York, NY 10013<br />
Monday – Friday : 11:00am – 7:00pm<br />
Saturdays: 12:00pm – 7:00pm<br />
Sundays: 12:00pm – 6:00pm<br />
blacK celebration<br />
Nicosia, Cyprus<br />
Black Celebration is the first concept store in Cyprus, located in the<br />
country’s largest city, Nicosia. The space is almost a game between<br />
consumer and product. Those who visit Black Celebration can find<br />
unique products, from designer clothes to an avant-garde collection<br />
of rare books and albums. The two-story building was built by artist<br />
Phanos Kyriacou, who intends for customers to experience some<br />
“challenges” in order to see all the products that are for sale.<br />
Address and opening schedule:<br />
17A Kypranoros St.<br />
1061 Nicosia, Cyprus<br />
Mondays, Tuesdays, Thursdays and Fridays: 10:30am - 1:00pm and<br />
3:00pm - 7:00pm<br />
Wednesday and Saturday: 10:30am - 2:00pm<br />
sonG<br />
Vienna, Austria<br />
As one of the most cultural cities of Europe, Vienna is a perfect place<br />
for a concept store. The main one is the SONG, designed by Myung<br />
— FAVORITOS —<br />
il Song, a Korean businesswoman who has lived in the city for the past<br />
20 years. She is passionate about art and fashion, so it was natural to<br />
open a fashion boutique that brought together collections from both<br />
renowned and new designers. Over time, the space became available<br />
to artists who wanted to showcase their work. SONG was decorated<br />
by German designer Piet Hein Eek, with chairs and lamps from the<br />
1930s, French furniture from before World War II and soft lighting,<br />
making the store more welcoming. Moreover, SONG has a VIP room<br />
for its best customers.<br />
Address and opening schedule:<br />
Praterstrasse 11-13<br />
1020 Vienna, Austria<br />
Mondays: 1:00pm - 7:00pm<br />
Tuesday to Saturday: 10:00am - 6:00pm<br />
ra<br />
Antwerp, Belgium<br />
In the neighborhood, there are thrift shops, galleries and antique<br />
furniture shops. This is Antwerp’s coolest borough, where Ann<br />
Demeulemeester, Dries Van Notten and Raf Simons got their degree.<br />
Launched in 2010 by two former students of the Royal Academy of<br />
Art, AR – the initials of Romain Brau and Anna Kushnerova - is a sort<br />
of gallery, shop, thrift store, bookstore, record shop and restaurant,<br />
all rolled into one. It is also a space to showcase new projects, exhibitions,<br />
installations and performances to enrich the city’s creative and<br />
cultural discourse.<br />
Address and opening schedule:<br />
Kloosterstraat 13<br />
2000 Antwerp, Belgium<br />
Wednesday to Sunday: 11:00am – 6:00pm<br />
sala de estar<br />
Rio de Janeiro, Brazil<br />
Since 2011, Sala de Estar (or the Living Room) s dedicated to showing<br />
the public the creations of new Brazilian talent. 29 new clothing and<br />
accessories brands are exposed in the shop, which is named with the<br />
intention of being an extension of a house. The décor features dark<br />
wood floors, couches, all within a two-story townhouse in the Botafogo<br />
district. The house is a multifunctional space - called Comuna - where<br />
there is also a bar, an art gallery and an office.<br />
Address and opening schedule:<br />
Rua Sorocaba, 585<br />
22271-110 Rio de Janeiro, Brazil<br />
Tuesdays – Fridays: 2:00pm – 9pm<br />
Saturdays (every other week): 6:00pm – 10pm<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 175
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 176<br />
pgs 34 - 37<br />
beautY from the garbage<br />
To give a new meaning to traces of everyday life and to find beauty in<br />
disposed objects is what Flavia Vanelli’s Rato Rói project is all about.<br />
With a degree in Advertising, it was during graduate school that she<br />
discovered a new way to reuse plastic - far different from traditional<br />
recycling – exploring its aesthetic possibilities and turning it into new<br />
objects with an intriguing beauty. catarina maGazine spoke<br />
with Flavia to understand more about this process.<br />
catarina magazine: do you remember the first time you realized<br />
there was a creative outlet in reused plastic?<br />
flavia vanelli: I remember that what most excited me was the search<br />
for a direction in my aesthetic and establishing goals towards something<br />
I believed in. I wanted to work in a completely new way, which<br />
was not only linked with generating income, but that could improve<br />
the dialogue with our surrounding reality. So I started researching<br />
materials that could ensure my creations. As a starting point, I chose<br />
to work with discarded plastic materials like grocery bags and food<br />
packaging, the great emblems of industrial society. By subjecting them<br />
to heat, I started to see graphics, patterns and textures that I began<br />
to explore in my design. I called this research EcoMatter. From then<br />
on, I began to create products to compose with different collections,<br />
emphasizing surface design.<br />
cm: What started as an academic project has evolved into a commercial<br />
venue. When did you feel this change?<br />
fv: I think it became more real and palpable through the constant<br />
work. Since Rato Rói has turned into a small enterprise, production<br />
has increased and I received a proposition to commercialize the pieces<br />
in Estudio Orbitato’s store. Recently the initiative was chosen for the<br />
second stage of Movimento Hotspot, and is in the running for the<br />
creativity and innovation award.<br />
cm: What about the prints? how did they fit in with the project?<br />
FV: I started photographing the results and transforming it into patterns.<br />
I noticed that they were very colorful and bright, in an aesthetic<br />
that is a bit strange at first glance. You do not understand where it<br />
came from, so you have to look again. And I think that there lies the<br />
beauty within each piece.<br />
cm: What is that process like?<br />
fW: The different types of plastics are worked on individually so as<br />
not to get in the way of the recycling process. They are collected,<br />
selected and then heated to become a new surface without adding any<br />
other material that can interfere with the color or consistency. This<br />
new surface unfolds into applications in art, surface design and is used<br />
as an imagery resource for pattern making and fashion.<br />
— ENGLISH VERSION —<br />
cm: When working with so many colors and new shapes, where do<br />
you find your inspiration?<br />
FV: In musicians and bands that allow themselves to experiment.<br />
Live, pulsating music with different variations and layers. To listen and<br />
feel new timbers, instruments and voices is like observing everyday<br />
life and finding new meanings for it. New viewpoints, references and<br />
ideas. You can get the same sensation from films and art as well.<br />
cm: on a daily basis, plastic is used in many ways and in different<br />
objects. What are the new possibilities that rato rói discovers<br />
within the material and how can they be explored?<br />
fv: By the countless possibilities that plastic allows. The work unfolds<br />
in design, furnishings, accessories and art, as was the case with our<br />
partnership with artist Nestor Junior. In our installations, Nestor’s<br />
illustrations mingled with the artwork coming from my designs. I am<br />
always looking for new ways to apply my craft. It is a ceaseless activity,<br />
with constant discoveries. I always seek the best of its aesthetic to<br />
retell a story.<br />
cm: When did clothing began to be incorporated in the project?<br />
fv: My take on design is that it is a multiple craft. Making clothes<br />
came as a consequence for the whole process. I had already developed<br />
my own aesthetic and had contact with moulage, the construction of<br />
clothes and understanding of the body, its lines and shapes. At that<br />
point, I decided to develop my own pieces and apply my patterns to<br />
them.<br />
cm: how do you commercialize rato rói’s products?<br />
fv: Today the pieces are sold at Estudio Orbitato, in the city of Pomerode,<br />
Santa Catarina (Brazil). It is a collaborative store that brings<br />
together those who seek to buy and to sell interesting things. The<br />
pieces can also be seen on our website and Facebook page.<br />
cm: how do you see rato rói in the future?<br />
fv: I plan on increasing the number of sale outlets. As far as my<br />
short-term goals go, I want to expand operations through collective<br />
input. Those involved will be able to generate income through trade<br />
and intellectual property rights.<br />
pgs 38 - 41<br />
a gentLemen’s fashion<br />
Two men with a common objective and a noble desire: to restore the<br />
classic style of idols from past decades in an attractive way to appeal<br />
to contemporary men. That is how Greenwich Vintage Co. was born,<br />
a brand that defends the style of true gentlemen, keeping tradition in<br />
mind as it offers a touch of modernity.<br />
James Dean, Marlon Brando and Humphrey Bogart are some of the<br />
names mentioned by Tamas “Zen” Pomazi as inspiration for the birth<br />
of Greenwich Vintage Co. The master cobbler and a founding partner<br />
of the brand affirms that the idols of the past carried with them a<br />
sense of elegance that went beyond simply being well dressed. “They<br />
wore blazers, slacks and pocket squares, as well as wingtips, boots<br />
and loafers. In addition, they carried themselves with class, style and<br />
confidence. Over the years, both my business partner and I believe<br />
that those great qualities went missing from everyday guys. We are<br />
working to restore them.”<br />
Greenwich Vintage Co. was founded with the intent to renovate and<br />
promote traditional American products. Restoring boots, oxfords and<br />
other traditional shoes became the main focus of the brand. Notoriety<br />
came when the exclusive, colored soles came to play, adding a touch<br />
of contemporary flavor that lacked in GVC’s work. “With the creation<br />
of the company’s signature American-made colored soles, Greenwich<br />
Vintage’s business evolved from simply restoring footwear to transforming<br />
it into wearable art,” says the master cobbler.<br />
The brand’s intimacy with the art is not by chance - Pomazi has a<br />
solid background in arts and graffiti. He was a renowned artist who<br />
went under the name Zen-One and, besides graffiti, murals and large<br />
commissioned pieces for clients, he also customized sneakers, mostly<br />
Jordans, Air Force Ones and Vans. It was the combination “Zen’s”<br />
experience with streetwear and the willingness to modernize a classic<br />
style that led to the creation of his iconic colored soles.<br />
Keepers of the craft<br />
Another interesting feature is the crafters’ concern in valuing tradition<br />
and local production. Terms like “master cobbler” and “keepers of the<br />
craft” are hashtags that appear frequently in the brands’s Instagram<br />
feed (instagram.com / grnwchvntgco). According to Zen, “These terms<br />
are important because when they are connected with a brand or product,<br />
they convey to the customer a level of quality and craftsmanship<br />
unique in the market. We, at Greenwich Vintage, take pride in the<br />
fact that all of our goods are constructed by hand using traditional<br />
techniques with the sharpest focus on premium craftsmanship.“<br />
Based in Minneapolis, Minnesota (USA), Greenwich Vintage Co. is<br />
part of a group of companies that share the same principles and participate<br />
in trade shows to market their products, such as the Northern<br />
Grade, American Field and Confirmed Stock, which take place throughout<br />
America. “We have had two collaborations to-date. Greenwich<br />
Vintage partnered with Railcar Fine Goods of Arcadia, California to<br />
manufacturer a line of duck camouflaged canvas pants. In addition, we<br />
recently collaborated with Leathworks MN of St. Paul, Minnesota on<br />
a limited run chocolate brown leather braces, or suspenders.”<br />
The brand’s partners plan to grow even more. “We want to continue to<br />
innovate and develop new private-label Greenwich Vintage products,<br />
from colored soles to tread patterns, footwear and accessories. Most<br />
— ENGLISH VERSION —<br />
importantly, we want to do these great things through US-based manufacturing<br />
and design, while continuing to focus on the premium<br />
quality and craftsmanship we have provided to our customers to-date.”<br />
pgs 50 - 55<br />
modeLs nY f/W 13<br />
As is common during Fashion Week, beautiful models walk down<br />
the runway and are acclaimed by the best designers. During the Fall/<br />
Winter season, five of them were the highlights of the New York event<br />
and conquered their space among renowned labels.<br />
pgs 56 - 61<br />
aLL the sides to<br />
pauLa seLbY aveLLaneda<br />
At only 26 years old, the Brazilian designer raised in Argentina commands<br />
two labels and a boutique, which serves as a support base for<br />
many of the country’s new talents. Meet this creative force and great<br />
entrepreneur.<br />
It was during the most hectic days of January that we met. If, by<br />
reading these sentences, images of New Years’ come to mind, you<br />
are mistaken. For those who work in the segment, the most agitated<br />
days of January are the ones when the big textile trade shows that<br />
open the season take place. We were invited to launch catarina<br />
maGazine’s 33rd edition at the industry’s main event on a global<br />
scale – Première Brasil, which will soon be called Première Vision São<br />
Paulo (keeping the mold established by the Parisian headquarters and<br />
other events around the world). You can imagine our desire to absorb<br />
everything the space has to offer, after all, the beginning of the fashion<br />
chain was there, like the opening credits of what would unfold in the<br />
runways and on the streets during summer 2014. At the same time,<br />
we had a commitment as exhibitors to showcase our work, our essence<br />
as a publishing house, and everything that we love to do. Hectic,<br />
therefore, does not begin to describe our week.<br />
Amid this delicious madness came the opportunity to interview Paula<br />
Selby Avellaneda, designer of the uniforms worn by the staff during<br />
this year’s event. I knew little about her work - only that she lived in<br />
Argentina and had opened a store with other promising designers in<br />
the country. But in a conversation that occupied more than half of<br />
the memory space on my recorder, I found that what I knew was only<br />
a drop in the bucket of the designer’s experiences.<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 177
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 178<br />
the oriGins<br />
Paula has Argentine blood, but is in fact Brazilian, born in Barra de<br />
São João, on the coast of Rio de Janeiro. “My parents came to Brazil<br />
because my grandfather worked with the ambassador and was living<br />
in Buzios back then,” she said. “He was delighted with Buzios! Along<br />
with my grandmother, he opened a bread and breakfast called Pousada<br />
do Sol in Lagoa das Pedras and part of my family just stayed in Rio.”<br />
At age 11, Paula moved to Buenos Aires and began to observe her<br />
mother’s affection while sewing. “She would make clothes on a small<br />
scale and sell them,” recalled the designer. “And that was my first<br />
contact with fashion. I’ve always liked to sew. It happened so naturally.<br />
It was not like I’ve always had the dream of finding a great brand.”<br />
Her interest, however, was enough to take her to Milan when she<br />
was 18 years old, where she specialized in the matter. “I was told<br />
it was an important fashion reference, so I went. I packed my bags,<br />
got the dog and bye!” laughed Paula. When I asked if she had liked<br />
the experience of studying in one of the great fashion capitals in the<br />
world, the designer had to think about it for a while. “It was good,“<br />
she concluded. “But, at the end, I didn’t like it enough to want to stay<br />
and learn more. I didn’t feel like [the environment] was as creative as<br />
I had expected. I love the city, but I was looking for something more<br />
creative.”<br />
house of matchinG colors<br />
That “creative something” was found in Belgium, where she went back<br />
to school. Her bold design caught the eye of multi-instrumentalist<br />
Patrick Wolf, who invited her to develop his stage outfits. “It was<br />
very nice,” sighed Paula. “I didn’t know what to expect because it was<br />
the first time I had ever done something like that. I went to London<br />
with the materials he had asked me for and finished the job. Then, I<br />
watched the show and started to understand a lot about the practical<br />
side. For example, you can’t put details that may get in the way when<br />
he sings. I absorbed it all and incorporated it with what I like to create,<br />
with my style.”<br />
In a short period, Paula founded her own brand and increased her<br />
client base. “I’ve worked with Peaches, The National, Madonna used<br />
one of my jackets once!” she said. Back to Buenos Aires after living in<br />
Paris for a few years – where she participated in the esteemed Hyères<br />
Festival and was invited to develop Première Brasil’s uniforms –, the<br />
designer focused on her brand and added a line of jackets. “I started<br />
getting press, so some retailers got in touch with me and I was able<br />
to have seasonal collections.” Today, her House of Matching Colors<br />
exports especially to Japan, besides great fashion centers like New York,<br />
Los Angeles, London, Dubai, Paris, Antwerp, Tapei and to Qatar. “I<br />
would love to export to Brazil!” she revealed. “I am looking for clients,<br />
but I know very little about Brazilian fashion. I want to learn more.”<br />
As if all of that weren’t enough, the designer is also involved in a series<br />
of parallel projects. When I asked about her dream now, the answer<br />
was automatic – “I want to get organized!” Paula commands a couture<br />
— ENGLISH VERSION —<br />
brand called Fauna, manages her Pandora boutique and is launching<br />
a label for young, independent designers.<br />
“But do you have an agent, a business partner, someone to help you<br />
with the administration?” I wondered.<br />
“I have my friends,” she answered in a thankful tone. “I’m very lucky,<br />
they help me out a lot.”<br />
By just looking at Paula, it is hard to imagine that, behind that peaceful<br />
façade and soft voice, lies a creative powerhouse and a great entrepreneur<br />
at just 26 years old. But do not be fooled by her calm manner.<br />
What may seem like shyness or modesty is actually a discreet sense<br />
of security about her potential. Restless, Paula wants to learn more<br />
and more, and because of that, seems to always be one step ahead.<br />
Her goal now is to settle down somewhere. “I want to be more stable.<br />
I’ve been bouncing around places for the past eight years... I spend a<br />
year somewhere, then move and spend maybe two years someplace<br />
else,” she revealed. But she cannot hide her nomad spirit and the wish<br />
to be present in different markets. “I want to be part of a bunch of<br />
projects at the same time. I’ve thought about spending another season<br />
in Belgium, because that’s where my boyfriend lives. I like Paris as<br />
well, I could easily work there.” Even Brazil is in Paula’s plans. “I am<br />
Brazilian, so I always think that someday I could come back here!”<br />
pgs 62 - 65<br />
fashion personaLitY<br />
Better known as Rick Owen’s muse, wife and accomplice, Michèle<br />
Lamy is one of the few, great eccentric figures surrounding fashion<br />
today. Emblematic, a former frequenter of the LA underground night<br />
scene and owner of Café LesDeux (a trendy restaurant inspired by<br />
old cabarets), Michèle does not give in to time and remains true to<br />
her style.<br />
Much has been said about the woman with tattooed fingers and golden<br />
teeth: she is Algerian; a gypsy; she was born in a concentration camp<br />
in occupied France; she was raised by wolves; she is an arms dealer, a<br />
vampire, a witch over 1,600 years old.<br />
All gossip aside set aside, Michèle Lamy is a typical Frenchwoman<br />
with a strong accent and long story. An authentic character since birth,<br />
she was a dancer and stripper in her teens while studying Law. At age<br />
20, she fled from her rich Parisian upbringing and started studying<br />
Philosophy. In 1968, she was involved in the Paris protests and, in the<br />
beginning of the 1970’s, wanted to be Bob Dylan. When she was 30,<br />
she lived a Californian dream surrounded by artists and gave birth<br />
to her daughter Scarlett Rouge. Ten years later, Michèle became an<br />
entrepreneur in Los Angeles and met her current love, Rick Owens.<br />
“I’ve always been interested in philosophy, but I don’t’ think there are<br />
any philosophers anymore. Now it’s artists. It’s a visual thing – you<br />
see art and you feel it but you don’t necessarily need to read Spinoza<br />
and Deleuze to understand it. “<br />
The romantic Goth left everything she had in LA and headed to France<br />
with her love to make her wildest retail dreams come true. Few people<br />
know that it was Michèle, 10 years ago, who helped Rick Owens make<br />
his name in the fashion world. She sold her part of the restaurant,<br />
moved to Paris and became her younger husband’s business partner.<br />
The couple is a reference in style, fashion and life, owning a chain of<br />
stores around the world. Rick Owens develops his pieces inspired by<br />
Michèle, and Michèle is responsible for the full production, always<br />
seeking original and unique raw material. Committed to the label’s<br />
financial aspects and fascinated with new talents, she was one of the<br />
names responsible for Gareth Pugh’s rise in fashion, after buying his entire<br />
first collection. The love for a gothic aesthetic may be seen not only<br />
in her choice of designers, but also her daily style. A black headband,<br />
black fingernails, golden teeth and bronze skin are her trademarks.<br />
As a magical, nomad creature, Michèle was able to play different roles<br />
along her life without failing once. In an outfit that made her resemble<br />
an Egyptian sphinx, she stated that the vertical line painted across her<br />
forehead is symbolic and what keeps her connected to the Earth. Much<br />
like a sorcerer, Michèle sees the occult as a part of our humanity and<br />
wants the next chapters of her story to contain her honey (as she calls<br />
him), Rick.<br />
les deux cafÉ: taKe tWo<br />
It took a good 10 years for (mostly celebrity) consumers to get the news<br />
they so anxiously awaited. LeDeux Café will be reopened, this time,<br />
in Venice, in a charming, ancient glass factory. Besides the restaurant,<br />
which is the heart of the project, several warehouses and open spaces<br />
will be transformed into a foundation to support young talents, containing<br />
workshops, studios and galleries. The project should be launched<br />
during the Venice Biennale in June.<br />
pgs 66 - 69<br />
prints of the WorLd<br />
Imagine a creative studio specialized in print design that brings together<br />
artists from around the world to a totally digital workspace. Welcome<br />
to Musse, an online company founded by Debora Mussak in 2011.<br />
During its short existence, the company’s creative quality – that started<br />
by working exclusively with Brazilian artists – has enchanted the<br />
world. Clients like Macy’s catch the eye when browsing through their<br />
portfolio.<br />
The idea to come up with Musse came from Debora’s own experience<br />
while working for national labels, when she realized how limited<br />
this market was in Brazil. “Designers are hired to produce ‘copies’ or<br />
patterns are purchased from international studios,” she observes. The<br />
— ENGLISH VERSION —<br />
initial thought process was to bring the talent of Brazil’s best print<br />
designers into the actual companies, but ironically, the demand came<br />
from abroad. Debora explains that this happened naturally, since the<br />
American market was already used to online shopping and had stricter<br />
rules when it came to copyright.<br />
Today, the artists that are a part of Musse’s creative portfolio come<br />
from different places worldwide. Development and technology are<br />
situated in both the United States and India. It’s this “worldly office”<br />
quality that, according to Debora, is her company’s trademark, without<br />
sacrificing the work and integrity of each commercialized drawing. You<br />
can check it all out at mussecollective.com<br />
In 2012, Debora spent four months in Boston as a guest researcher<br />
for the International Entrepreneurship Center. From this experience,<br />
she brought fresh material for her new site, launched in January. In<br />
the following interview, Debora tells us a bit about Musse’s story and<br />
speaks of her point of view on the print design market.<br />
catarina magazine: Which market is most open-minded when it<br />
comes to purchasing textile patterns online, in your opinion? We<br />
know that many companies are still resistant to this business model<br />
and expect a sales rep with a suitcase full of samples…<br />
debora mussak: I think this has more to do with a person’s profile<br />
than a market sector, per se. The newer generations can pick and buy<br />
very naturally online. But after listening to some customers that insist<br />
on traditional methods, we decided to create the “Print Button” that<br />
lets you print your samples on paper before deciding what to purchase.<br />
This tool will be available for annual subscribers soon.<br />
cm: how do you see the print development process and the consumption<br />
of this product here in brazil?<br />
dm: We suffered from a cultural issue - the “copycat culture”. It is sad,<br />
but especially in fashion, very few national companies make decisions<br />
for their collection before looking closely at the international fashion<br />
shows. This delays our creative development and limits our projection<br />
in the world.<br />
cm: Which country is better prepared (both commercially and<br />
creatively) within the printing market?<br />
dm: From what I observe so far, I see the United States is always one<br />
step ahead. But I hope to see Brazil unfold accordingly. There is still<br />
much to be explored and the world is dying to drink more of that<br />
creative source!<br />
cm: can you point out a country as the creative powerhouse in this<br />
segment?<br />
dm: Historically, we can cite Italy, with its hand-painted silk production<br />
and schools that specialize in conventional patternmaking. England<br />
comes in with a contemporary design that exploits very well the<br />
possibilities of digital printing. And today, patriotism aside, I believe<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 179
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 180<br />
that Brazil is also a major creative hub, since this universe is new and<br />
I have seen many talented people who are interested in the area.<br />
cm: from your experience, do you see fashion or décor as the<br />
biggest consumers of your product?<br />
dm: Fashion, especially due to the size of the industry and its fast<br />
cycle.<br />
cm: What was your process when selecting the first artists to take<br />
part of musse?<br />
dm: The first artists were former co-workers and friends. Then I researched<br />
Flickr portfolios and the ones I liked were invited through e-mail.<br />
After a few months, with the website running, I realized that informal<br />
indications were the quickest way to bring new artists to Musse.<br />
cm: and how do you select them today?<br />
dm: A lot of people contact me through the site and I always ask to<br />
send a sample their work for analysis. Others are contacted directly<br />
by me. When I started the company, I searched using Flickr and I still<br />
find great artists there today. My favorite place to look for new talent<br />
is now the Behance network. In October 2012, I visited FIT (Fashion<br />
Institute of Technology in New York) and talked with the director of<br />
the Surface Design course. The reception was wonderful! I was invited<br />
to make a presentation to the students who are graduating in February<br />
2013, and so I came up with the idea of lecturing in major fashion and<br />
design schools around the world, in the same humble manner as usual<br />
and always hoping to learn from their feedback. Additionally, we invite<br />
designers who visit the events we participate in, like Première Vision<br />
in Paris. In September 2012, we had over 80 students and interested<br />
professionals. Many of them are already on our new website, which<br />
we launched last month.<br />
cm: Where do most of musse’s clients come from? What kind of<br />
companies do you work with, usually?<br />
Today, our main customers are from the United States and are large<br />
retailers, such as Macy’s. This is an interesting case, because when they<br />
purchased our material, they brought some of their suppliers as well,<br />
like Kipling, which sought designs that the Macy’s team had liked.<br />
We have noticed that Musse is interesting mainly to large companies,<br />
since we offer a cheaper and faster method for those who need large<br />
quantities of unique prints, and sometimes this need does not match<br />
the dates of the traditional tradeshows. Furthermore, our business<br />
model does not work under pressure, like that “buy now or never<br />
again” vibe that is common in textile events.<br />
cm: You also have your own app. how does it work? When was it<br />
developed and where is it available?<br />
dm: The app allows you to search by artists, categories and keywords.<br />
The zoom function makes it easier to visualize actual size of the pat-<br />
— ENGLISH VERSION —<br />
terns when printed out. You can also see how the picture is repeated<br />
and applied in dresses and different objects. For now, this program is<br />
only for our personal use and is being shown during events and business<br />
meetings. Soon, the 1.0 version will be available to subscribers<br />
at the App Store.<br />
cm: is it possible to order exclusive patterns from you? to hire<br />
you to create a specific, pre-briefed design and then acquire the<br />
copyrights?<br />
dm: Yes, it is how we work with Macy’s, for example, who bought the<br />
rights to an exclusive design signed by the artist Guilherme Kramer.<br />
Kramer has a strong trait, characteristic of his work and he designed<br />
a pattern with the front of Macy’s flagship store in NY, mixed with<br />
Brazilian elements. The design was wonderful and was used in eco-bags<br />
in the campaign for a full collection inspired in Brazil, launched in<br />
May 2012. Soon it will be possible to request briefings in an even<br />
simpler way through the new site.<br />
pgs 70 - 71<br />
fashion 2.0<br />
With the advancement of the internet and the agility of social<br />
networks, brands that are not present in this medium are hardly<br />
remembered. Therefore, many choose to put out unique forms of<br />
advertising to impact their audience and not be forgotten. For this<br />
issue, we traced some recent creative approaches that were a success<br />
due to their interaction with the online public.<br />
Vena Cava chose actress Lizzy Caplan to star in a parody fashion<br />
film, with unrealistic proposals. Besides making fun of it-girls in a<br />
lighthearted way, the movie gets the message across that it is just a<br />
commercial, not a conceptual fashion story.<br />
Tokyo’s Uniqlo decided to use a social network that has yet to be fully<br />
explored by retail: Pinterest. The DryMesh Project makes sure that,<br />
upon entering the site, the consumer finds an animated scrollbar,<br />
made with the images posted on each board.<br />
Alber Elbaz was unable to travel to New York because of Hurricane<br />
Sandy during the shooting of Lanvin’s summer 2013 campaign. So<br />
the video containing images of models posing with the collection’s<br />
pieces is interrupted by a Skype call from the designer, who continues<br />
watching everything online and making comments.<br />
Lacoste created a video showing how their iconic polo shirts would<br />
look like in the future, changing colors and prints with ease. In addition<br />
to the film, the brand created Lacoste Future, a website where<br />
consumers could share all their ideas about the matter.<br />
Spot the Difference was the name of the Louis Vuitton campaign<br />
created to celebrate the launch of the brand’s Kusana Concept Store<br />
in London. Two videos were released, starring blogger Bip Ling. As<br />
much as the videos look the same, there are five differences among<br />
them. Can you spot them?<br />
And fashion events are also part of this online trend! The last New<br />
York Fashion Week, held in early February, broadcast all its runway<br />
shows live for the first time. Fashion lovers around the world could<br />
follow the collections on the event’s official website from the comfort<br />
of their homes.<br />
pgs 72 - 73<br />
haute couture’s<br />
opposite route<br />
A Parisian tradition finds itself trapped within the requirements of creativity<br />
and the time it takes to produce handmade fashion. The world<br />
that has surrendered to ready-to-wear, which in turn is swallowing this<br />
historical tradition, is suffering from a lack of cultural manifestations.<br />
At each season, haute couture has left to be desired, especially when it<br />
comes to pattern, shape and material trends. When I think of couture,<br />
I think of fine fabrics and technological materials, of a well executed<br />
design in differentiated shapes. We no longer live in the Belle Époque<br />
of round dresses and tons of fabric, but we have grown tired of the<br />
traditional tweed and tireless Gothic themes that only showcase black.<br />
We start off with a big loss in 2011. Accused of anti-Semitism, one of<br />
the most legendary and talented artists in the matter, John Galliano,<br />
was not only removed from Maison Dior, but also lost his Legion of<br />
Honor title. All right, anti-Semitism is a serious thing. But while Paris<br />
rejects him, New York is welcoming. As you may have known, Galliano<br />
recently announced that he would partner up with Mr. De La Renta<br />
this season. To some it is a shame, to others, there is only to gain from<br />
this partnership. Galliano’s replacement at Dior, Raf Simons, is in his<br />
fourth season, yet he does not seem to fit with the brand identity. His<br />
minimalist style that always strives for less and less, including in his<br />
haute couture collections, does not seem as appealing. Or is it?<br />
Those who know fashion well and the designers who are part of its<br />
history, probably remember the famous Italian Elsa Schiaparelli, a<br />
pioneer in reproducing art and fashion. The return of her brand that<br />
was planned for winter has been postponed to summer and so far…<br />
nothing. Because he could not find a creative designer that fit with the<br />
brand concept, businessman Diego Della Valle decided to delay the<br />
return until next season. As the saying goes, good things come to those<br />
who wait, and everything indicates that the return of the Schiaparelli<br />
brand is being planned so as not to disappoint. Are they looking at<br />
other labels that rushed the process and are now in trouble? We cannot<br />
say for sure, but rumor has it that the invited designer to lead the label<br />
is Nicolas Gesker.<br />
— ENGLISH VERSION —<br />
Yes, the subject at hand is haute couture, and when it comes to couture,<br />
all eyes and ears are set on Paris. So let us return to Paris. Since 2010,<br />
Givenchy has been making small, but beautiful, couture collections.<br />
First there is the significant reduction of looks, and now Ricardo<br />
Tisci, creative director, and in my view, maestro of haute couture,<br />
decided postpone indefinitely his participation in the most sought<br />
after fashion week in Paris. The reason? The financial return is just not<br />
worth it. BINGO! Tisci continues to make their handmade dresses for<br />
celebrities in red carpets, which is undoubtedly more commercially<br />
profitable.<br />
And if the traditional house of Givenchy has left the scene indefinitely,<br />
in turn, newcomer Ulyana Sergeenko continues experimenting in haute<br />
couture. The Russian socialite, queen of street style, seemed to please<br />
everyone with her first collection. The second ... Well, the second just<br />
goes to show what she had already shown: Flared skirts, scarves, hats<br />
and allusions to vintage films. Let us be downright honest: it is just<br />
too much déjà vu with little aesthetic unity for a designer who wants<br />
to make it in high fashion. It is time to review concepts, and withdraw<br />
from one’s personal style.<br />
Reinvention or irrelevance? A clear displeasure with one of its strongest<br />
sources and catalyst for new approaches haunts haute couture. While<br />
Paris skids between truths and lies, New York and Asia show their<br />
strength. We know that creativity can come from anywhere, but if the<br />
main source has left to be desired, it’s time to reinvent.<br />
In the 19th century, France and Germany began to develop a modernized<br />
opera without destroying tradition and the supremacy of the<br />
Italian art form. If boundaries were broken and some groups put aside<br />
their ego to think about the collective well-being, the same peaceful<br />
expansion can happen with fashion.<br />
So enough with this “less is more”. Get ready for the light at the end<br />
of the tunnel. We are about to see the first spark of Haute Couture<br />
outside of Paris. And yes, I am talking about Galliano and Oscar de<br />
la Renta.<br />
pgs 74 - 77<br />
for a thread of vanguard<br />
In the search for new and exclusive materials, some fashion designers<br />
work in labs researching new technologies for their creations. They<br />
are called “technological designers”. Aiming for something greater<br />
than art, they work in every creative field to subvert the technologies<br />
now available in a unique industrial structure to compose their work.<br />
The partnership among designers and the industry is beneficial to both<br />
parties. Designers ensure exclusivity and an aesthetic differential, while<br />
the industry can use the public and fashion critics as an emotional<br />
thermometer that measures the success and popularity of a new<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 181
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 182<br />
technology or product.<br />
The combination of this partnership is what makes up the “Style<br />
Industry “. Together, they face a big challenge - China. At the end of<br />
the last century, the full Chinese production model grew considerably,<br />
crushing the price of standard products that presented no differentiation<br />
to the consumer.<br />
Currently, growing competition and the fact that international companies<br />
are entering the domestic market, as well as consumers’ rapid<br />
access to fashion information, motivate companies to differentiate<br />
their products. The textile industry is constantly changing to accommodate<br />
fashion’s proactive approach. New fabrics are being developed<br />
to reduce the negative impact that fashion has on the world and the<br />
environment.<br />
These changes are made to adapt to a new habits, a new way of<br />
thinking. More than simply assimilating technology, people want to<br />
wear technology more and more. In recent years, the easy-care effect<br />
and durability of materials were the most studied items, as well as<br />
“intelligent” textiles with anti-stress and anti-bacterial effects that could<br />
facilitate to removal of stains.<br />
manel torres<br />
Spanish designer Manel Torres has a very unique aesthetic when it<br />
comes to his designs. His experiences with spray-on impacted on a<br />
contemporary movement that was brewing within the fashion industry<br />
and reinvented new technologies, in order to deviate from pre-existing<br />
silhouettes.<br />
hussen chalaYan<br />
Chalayan is an internationally acclaimed fashion designer for his innovative<br />
use of materials, meticulous patterns and progressive attitude<br />
towards new technologies. Born and raised in London, he is inspired<br />
by theories in architecture, science and technology itself. In one of his<br />
collections, he made chairs and tables into pieces of clothes. Original<br />
and innovative, his projects are as modern as they are beautiful.<br />
“I like graphic play around the body, and if I can get a sense of life in<br />
the clothes, I’m happy.”<br />
inside scoop<br />
When it comes to technological breakthroughs, the website Not Just<br />
a Label compiled a guide with the latest developments in sustainable<br />
fashion. We selected the most important ones for you to get the inside<br />
scoop on the most innovative textile discoveries.<br />
airdye technology - This revolutionary technique allows waterless<br />
application of color to textiles. By using air instead of water to<br />
convey dye, no hazardous waste is emitted and no water is wasted.<br />
— ENGLISH VERSION —<br />
The process also requires considerably less energy compared to the<br />
traditional dyeing methods, and therefore, lowers production costs.<br />
AirDye® does not use boilers, screen printing machines, drying ovens,<br />
or cleaning and scouring chemicals, thereby eliminating major sources<br />
of pollution. It also produces superior results compared to sublimation<br />
printing and conventional dyeing, resulting in richer colours with<br />
maximum colour durability.<br />
bamboo - Is an abundant and renewable natural resource as the fastest<br />
growing plant in the world. Bamboo grows to its maximum height in<br />
about 3 months and reaches maturity in 3-4 years. By being able to<br />
flourish without fertilizers or pesticides, it is strong and resilient, yet<br />
also amazingly soft and silky. It is more absorbent than cotton and has<br />
natural antibacterial properties.<br />
hemp - Is an excellent substitute for cotton with a considerably reduced<br />
pesticide use. Hemp plants are naturally pest tolerant and grow<br />
astonishingly fast, able to thrive in a wide variety of climates. Hemp<br />
fabric is versatile, and much softer and more durable than cotton.<br />
enzymes - Replace chemicals or even entire processes that pose danger<br />
to the environment. For example, enzymes replace alkali (or oxidizing<br />
agents) in fabric desizing, reduce the use of sulfide in tanneries. Enzymes<br />
degrade much faster than many other chemicals used in textile<br />
mills. When water from textile production reaches the waste-water<br />
treatment plant, enzymes are deactivated into tiny pieces of protein<br />
and carbohydrate that function as food for beneficial microorganisms.<br />
From here they are degraded into harmless compounds.<br />
Greenfil® - Is a high-performance eco-sustainable yarn that was<br />
developed by Sofila, the French nylon yarn specialist, in partnership<br />
with chemical company Arkema. This 100% renewable nylon yarn is<br />
derived from castor beans, and can be used to produce durable textiles.<br />
It also boasts anti-bacterial properties. The castor plant’s beans are<br />
used for the production of Greenfil® and are grown on poor land that<br />
cannot be farmed, without irrigation or fertilizers. The beans are not<br />
produced from genetically modified seeds and are 100% renewable<br />
biomass.<br />
ingeo - is dubbed a “natural synthetic” and can be made from almost<br />
any naturally occurring sugar, such as corn, sugar beets, sugar cane and<br />
wheat. Ingeo is biodegradable, however, when exposed to high heat<br />
and moisture, it can break down prematurely. A component of a wide<br />
variety of textile styles from cotton-type dress fabrics to high-tech lustrous<br />
sportswear, it combines the advantages of natural and synthetic<br />
fibres, drying faster than natural fibres and outperforming synthetic<br />
fibres with its breathability, comfort and insulation properties.<br />
soya Jersey – A fully bio-degradable by-product of pressing soy<br />
oil. It’s a luxuriously soft, comfortable, breathable jersey with great<br />
drape, often called ‘vegetable cashmere’ for this reason. Like silk, soy<br />
jersey is warm in winter and cool in summer, and offers excellent UV<br />
protection. Not only it is thoroughly sustainable, it is also softer and<br />
more durable than cotton.<br />
milkofil - Is a soft fibre made from casein milk protein. To create the<br />
fibre, liquid milk is dried and its proteins are extracted. The proteins are<br />
then dissolved in a chemical solution and placed into a polymerizing<br />
machine to produce fibre, which is then spun into yarn. Milk fabric is<br />
relatively inexpensive but is highly durable, is breathable and captures<br />
moisture. Also, milk fabrics are produced from surplus milk proteins<br />
not intended for food.<br />
stinging nettles - Nettle plants grow quickly without pesticides and<br />
fertilisers, and on land that cannot be farmed for other plants. Nettle<br />
yarn is often blended with wool to strengthen the material and reduce<br />
shrinkage.<br />
recycled polyester - Requires less energy and fewer resources for its<br />
production, offering a low-impact alternative to traditional polyester.<br />
This type of polyester is usually made from post-consumer and post-<br />
-industrial waste. For example, the yarn made from post-consumer<br />
waste uses plastic bottles, while post-industrial waste includes scraps<br />
of fabric and yarn waste. With advanced technology and improved<br />
production quality, the resulting fibre can be comfortable, highly<br />
breathable and feels like silk jersey.<br />
sasawashi - Is a linen type fabric made from Japanese paper and Kumazasa<br />
herb. Washi used in Sasawashi fabric has excellent absorbency and<br />
keeps the moisture within the fiber. Another component of the fabric,<br />
the Kumazasa herb, has excellent antibacterial and deodorant effects.<br />
Despite being made from paper, the fabric is durable and washable as<br />
washi is structurally water-repellent compared to other paper, and is<br />
designed to have maximal waterproof ability.<br />
s. café - Fabric is made from post-consumer waste coffee grounds. It<br />
has the ability not only to control odor, but also to protect from UV<br />
rays and is fast drying. The fabric contains various amounts of coffee<br />
grounds, but generally, 3 cups of coffee are used to make enough fabric<br />
for a simple t-shirt.<br />
seacell - Is a new product made from seaweed cellulose mixed with<br />
Lyocell. The porous, open structure of Seacell absorbs the extra moisture<br />
from the skin, while the skin is said to absorb the vitamin and<br />
mineral-rich elements of the seaweed.<br />
drying - Fabrics using radio frequencies rather than ovens is an<br />
eco-friendly process that requires much less heat than conventional<br />
methods, and is 2 to 20 times faster compared to either mechanical or<br />
thermal drying. In radio frequency drying systems, a generator creates<br />
an alternating electric field between two electrodes. The material to be<br />
dried is placed between the electrodes, where the alternating energy<br />
causes polar molecules in the water to continuously re-orient to face<br />
opposite poles. This movement causes friction, which, in turn, makes<br />
the water in the material rapidly evaporate.<br />
— ENGLISH VERSION —<br />
tencel®c - Features oceanic micro particles, which, when in direct<br />
contact with the skin, are said to provide a cell-renewing effect. It also<br />
acts as a moisturizer and skin protector and keeps the skin’s elasticity.<br />
ultrasound - Is being explored in the production of cloth, such as<br />
using ultrasound for dyeing, thereby eliminating the use of water<br />
entirely. The use of ultrasound in textile wet processing offers many<br />
potential advantages including energy savings, process enhancement<br />
and reduced processing times.<br />
zero-waste - Is a pattern design technique that eliminates fabric waste<br />
at the design and manufacturing stages, which is on average 15% to<br />
20% of the used fabric.<br />
pgs 78 - 81<br />
teXtiLe race to<br />
the finish Line<br />
For the past years, the advances in the properties of swimwear textiles<br />
directly influence athletes’ performances. Understand the impact that<br />
swimwear has on the development of our main swimmers.<br />
Those few seconds before the race are agonizing. There is only a<br />
moment between the sound of the whistle (an indication to climb<br />
unto the blocks) and the siren that signals the start of the race, but it is<br />
enough time for millions of thoughts to emerge in the athlete’s mind<br />
as he stares into the infinite blue of the pool in front of him. Years of<br />
practice, of diets, of physical and psychological training are reduced to<br />
only minutes. A deep breath, a stroke, a final kick are what separates a<br />
gold medal from an honorable mention.<br />
As the sirens go off, eight synchronized athletes fall into the pool<br />
and fight against the water in order to make the best possible time.<br />
While watching the almost impossible records being broken from one<br />
season to the next, one cannot help but wonder if we are creating a<br />
generation of super swimmers. In part, we are. But a lot of this is due to<br />
the advances in textile technologies that compose the actual swimsuits,<br />
which facilitate the war between man and water.<br />
in the old daYs…<br />
To conduct the kind of competition we see today would be nearly<br />
impossible just 100 years ago. In 1913, swimwear itself was being<br />
created in Europe. Suits developed in wool (yes wool!) would conceal<br />
everything but the arms and legs- a breakthrough, considering that<br />
people used to go to the beach wearing conventional clothes. It was<br />
after World War II that companies began experimenting with mesh<br />
and subsequently a new thread called nylon.<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 183
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 184<br />
In sports, the first revolution occurred in 1972, during the Munich<br />
Olympics. The event brought together athletes in a new suit, made<br />
with a polyester spandex fiber. Its elasticity and lightness allowed a<br />
better fit, reducing friction with the water.<br />
Since then, companies specializing in sporting swimwear turned to the<br />
development of high tech suits that could benefit the athlete. A com-<br />
petition started happening within the actual factories, which strived<br />
to offer pieces that were almost like a “second skin” to the swimmer.<br />
Advances in the design made it possible to come up with a suit that<br />
was only 0.29mm thick, offering 4.8% less friction than human skin<br />
in 1997 - merely 25 years after the Munich Olympics.<br />
the revolution<br />
If until the 1970s, the industry’s concern was in creating suits that did<br />
not get in the way of the swimmer, in 2000, the goal was to produce<br />
models that would increase the athlete’s performance. During the<br />
Sydney Games, the full body suits were presented, which covered the<br />
torso, back and thighs. By being extremely technological and made by<br />
hydrophobic fabrics, the models were more efficient for the race than<br />
actual human skin and the fact that they covered so much of the body<br />
directly influenced on the outcome.<br />
But perhaps the greatest revolution in modern swimwear happened in<br />
2008, when the International Swimming Federation (FINA) changed a<br />
single word in the competition regulations. MATERIALS were allowed<br />
to be used to manufacture the suits instead of FABRICS, as was stated<br />
in the rules previously. This was the green light the industry had been<br />
waiting for to experiment with new technologies.<br />
It was a time when virtually seamless products began to emerge and<br />
even titanium alloys were used to stabilize the temperature of the<br />
user. There were so many advances in such a short period that they<br />
started interfering with the sport itself, seeing as the athlete with the<br />
most technological suit had an advantage over the others. The race was<br />
actually a competition among sponsors, and the biggest brands were<br />
the clear front runners.<br />
The controversy became known as “technological doping” and, in less<br />
than two years, FINA’s regulation rectified the change and demanded<br />
that the suits be made only using fabrics. Also, the full body suits<br />
were banned for men and altered to cover less of the women’s body.<br />
All the measures were taken to ensure that the win was strictly the<br />
swimmer’s merit.<br />
the future of sWimWear<br />
Even with the restrictions, companies are focused in offering the best<br />
product so that the athletes are comfortable and can perform well. For<br />
the 2012 Olympic Games, multinational Arena presented its Powerskin<br />
Carbon Pro series, which offers maximum muscle compression (usually<br />
— ENGLISH VERSION —<br />
achieved in tight fitting suits) as well as total freedom of movement,<br />
which is common only in loose suits. This paradox was broken due to<br />
the unique properties of its carbon-based fabric. “The athlete is more<br />
comfortable even while stretching, thanks to its intelligent compression<br />
and mechanical resistance,” affirmed Roberto Tiburzi, Director<br />
of Research and Development.<br />
Compression was also a concern for Tyr Sport in its AP12 Speedsuit,<br />
which is made from a new lightweight, hydrophobic micro-filament<br />
textile in panels that match the swimmer’s body contours and are<br />
bonded with high-frequency welding instead of sewn seams, to cut<br />
down on water resistance. Speedo, on the other hand, works on a<br />
unified system in which the suit, cap and goggles all work together to<br />
improve water flow around the head and body. 3-D scanning was used<br />
to study the heads of hundreds of athletes, analyzing how water could<br />
flow faster over that part of the body.<br />
“With the goggles, you need to fill the whole eye socket and smooth<br />
out the front of the face,” explained Kate Wilton, Speedo USA’s Director<br />
of Performance. “And with the cap, you need to make sure it comes<br />
all the way down to the goggles for a seamless transition.” Just like<br />
the world records, which are broken with every new event, everything<br />
points to an evolution in the suits for the next Olympic Games.<br />
pgs 82 - 91<br />
boYhood<br />
After a trip filled with new experiences, four friends decided they would<br />
transform the lives of a small, African village, in Guinea-Bissau. And<br />
not by holding the traditional fundraisers or spontaneous donations.<br />
Moi Platform markets fashion products to offer university scholarships<br />
to Empada’s students. We had access to Phillippe Pessoa’s travel diary<br />
who, as one of the creators of the project, shared with us some special<br />
moments and what it took to create the Platform.<br />
“We have arrived in Bissau. There are 500 police stations. The city is<br />
poor and dusty, but much more developed than I had thought… it’s<br />
nice that they also speak Portuguese, so language isn’t a problem.<br />
Father Lucio is being bombarded with questions about Empada,<br />
Bissau, Caranval, his work, etc. His answers are very exciting. Our<br />
goal is not to ‘change the world’ right away, since this is intangible/<br />
impossible anyway, but to have a deeper contact, to learn and earn a<br />
living in a manner that is useful to us and them.”<br />
The village of Empada is a set of 80 communities, with about 17,000<br />
inhabitants, located in Guinea-Bissau, a small country in West Africa.<br />
It was in one of those communities that Philippe Pessoa and two friends<br />
sought inspiration and felt the need to change, not the world, but<br />
a small part of it. They spent 20 days in Guinea-Bissau, 15 of them in<br />
the village of Empada, living with the people, absorbing their customs,<br />
their traditions and their difficulties, learning and slowly getting used<br />
to the differences among the populations.<br />
During their stay, the three friends’ biggest certainty was the desire to<br />
do something for those people. The subject came up almost every day,<br />
especially because they were staying in the home of missionary priests,<br />
who control all voluntary programs, even if only a thousand villagers<br />
are Christians. The vast majority of them follow Animist beliefs, a<br />
traditional African religion which considers that “all things have souls.”<br />
Animists believe in a God, but relate only to the spirits.<br />
“The path to Empada’s beautiful. Surely, this has been the most<br />
beautiful drive up here. The trees along the way are huge! The path<br />
is made up partly by asphalt, and halfway there, we treaded on land.<br />
The further we went in, the path became greener, the trees were more<br />
numerous and beautiful.”<br />
a moment to learn<br />
“When it comes to the work itself, it’s hard to unify everyone’s goal.<br />
(...) What Father Lucio and Father Vilson have planned seems coherent<br />
to me. To get to know these guys’ culture is already a big deal to me. I<br />
don’t know if I want more than this, at least, not right now.”<br />
During those 15 days, there was little contact with the outside world.<br />
The electricity lasted for just two hours a day and only existed in the<br />
house where they were staying. The country does not generate any<br />
electricity; there is not the possibility of hydropower, because there are<br />
no waterfalls. Bio-fuel is a possibility, but there is neither development<br />
nor government involvement to make it happen.<br />
To donate food, water and medicine is a very common practice in<br />
the relationship between Western countries and Africa. This form of<br />
welfare does help, but is not enough to pull anyone out of the great<br />
quicksand that population finds itself in. You must provide the means<br />
for them to produce their own wealth, but for this, it is necessary to<br />
know a bit more about the local culture, how relationships work and<br />
their way of life altogether.<br />
“All the children stopped and looked at me, laughing, wanting to<br />
ride along. I felt loved, very well received, but at every moment it<br />
was obvious that I didn’t belong there. I thought of people living in<br />
different communities, far away from it all, do feel like they belong?<br />
Are they well received, but have a feeling that they do not belong, that<br />
they aren’t part of the whole? To feel like you belong is something very<br />
profound, I learned today. Maybe it is not something that comes with<br />
time, but with other factors that depend on others as well.”<br />
It is easy to just get angry and feel unsettled with reality of those countries<br />
when one is looking in on the situation from afar. It is important<br />
to learn about the process, the complexity of everything. How is it<br />
possible to discuss development when there is no basic education?<br />
— ENGLISH VERSION —<br />
According to Sister Sophia - Brazilian manager of the Lyceum of<br />
Empada who has worked in northeastern Brazil and Mozambique,<br />
where she founded a university - the adults in grade 12 (who are usually<br />
between 25 and 30 years old) can barely read and write. For Philippe,<br />
education is a far greater power to promote change than donations.<br />
During one of many conversations the group had with the older<br />
students, it was apparent that they would like to attend a university,<br />
but they always begin talking about the subject by saying, “if the<br />
opportunity arose.” On a deeper note, when asked about the real possibility<br />
of studying, optimism turns into pessimism in seconds. They<br />
all have other plans and are very down-to-earth. The only university<br />
in Guinea-Bissau is in the capital, Bissau. Those who go are often<br />
those who have family there, and those who remain simply cannot<br />
leave their family behind. This is because each member of the family<br />
is essential for everyone’s survival. The children are the ones who go<br />
fishing, hunting, foraging in the trees, because these activities are the<br />
families’ livelihood.<br />
moi platform<br />
On the last page of Philippe’s diary, two words translate the whole<br />
experience and the desire to help the village of Empada: “Our Projects”.<br />
That first step, of just getting to know the local culture, was over just<br />
then. Philippe and his traveling companions decided they could<br />
contribute to the future of the students they had lived with. The main<br />
idea had always been to raise funds to pay for a college scholarship for<br />
students of the Lyceum of Empada. A full scholarship at the University<br />
of Bissau costs about R$ 100 year, and the full year would cost about<br />
R$ 1,000.<br />
But how would they raise the money? The group knew one thing for<br />
sure - they would not use traditional forms of donation to support the<br />
project. Charity lunches, taking money from the pockets of others,<br />
none of these acts crossed their minds. New forms of fundraising came<br />
into discussion, social crowdsourcing being one of them. Another very<br />
important point in the project was that it had to be self-sustaining, so<br />
that the money raised would be enough to keep it running and manage<br />
a long-term impact on the community.<br />
This first project was the basis to set up an initiative that would help<br />
not only the students in Guinea Bissau, but cover all possible publics.<br />
The general idea is to bring together those who do not have regular<br />
contact but could work towards a single ideal. The final project was<br />
called Platform Moi. The name is inspired by the story of Moi, a<br />
boy they had met during their stay at Empada. When he was born,<br />
he had oxygenation difficulties, like any child who has this problem,<br />
developed some obstacles throughout his life. For Empada’s villagers,<br />
however, Moi is possessed by an evil spirit. The boy, according to<br />
Philippe, is a perfect symbol for the Platform, “because we see things<br />
in one way, and they look at it in a completely different manner.”<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 185
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 186<br />
The idea of making t-shirts emerged as a possibility to raise funds, bre-<br />
aking traditional molds. An appealing aesthetic and quality materials<br />
were paramount before starting the project effectively. A partnership<br />
with Aestethic – a Brazilian brand from Santa Catarina also idealized<br />
by young directors – was an important step before the project could<br />
be put into practice. Aestethic is responsible the entire production of<br />
the t-shirts, and sells the pieces in its physical store. The sales revenue,<br />
minus the manufacturing costs, goes directly to the Platform’s funds.<br />
But the great appeal of the t-shirts is not just their quality - the photos<br />
adorned on the products are the major differential. The images are the<br />
result of Philippe’s talent. During their stay at Empada, he realized<br />
that, through pictures, it was very easy to tell a story, and because his<br />
presence was so alien and strange, the spontaneity of a photo came<br />
easily. The pictures taken during the trip showed all aspects of the<br />
villagers’ life, the fragility of the school system, family relations and<br />
“meninês” – a native word that translates to childhood.<br />
The selection of photos to illustrate the pieces was done meticulously.<br />
“When I chose the pictures, I made sure that they weren’t aggressive,<br />
because some images are really very strong. Those were not published<br />
anywhere. But others are very subtle, so I decided to go for a more<br />
delicate approach,” says Philippe.<br />
Another idea was to not get the message across in such a direct way,<br />
so the stories are almost hidden in images, and each consumer would<br />
have a different perception of the photographs. One of the photos is<br />
of a giant banana plantation, and it is difficult to realize that within<br />
it are also some children playing. Another portrays Moi, the boy that<br />
the project is named after, in his mother’s arms. But to everyone, the<br />
subject matter is clear: childhood. This is also a symbol for a country<br />
that is just beginning to develop, which needs care, which needs a start.<br />
So far, the Platform has raised enough money to keep three students,<br />
who were already attending university – all from the village of Empada<br />
– in school for another year. Payment is made through Sister Sofia<br />
(whom they met during the trip). She is also in charge of selecting students<br />
who will be awarded with university grants, as the university does<br />
not accept money directly from Brazil. At the end of each payment,<br />
she sends a report to the project’s administrators, who then inform<br />
the consumer base, as a sign of good faith for those who believe in the<br />
project. Another report also comes from the university itself, which<br />
tracks the performance of students according to their teachers.<br />
But the future of the Platform will not be restricted to t-shirts. In the<br />
following months, other products will be launched by the Platform,<br />
such as a line of jewelry in partnership with a designer from Florianopolis,<br />
to target a larger female public. Besides that, the t-shirts will also<br />
be sold in the United States and Australia. “It’s exciting because there<br />
are many possibilities, and gradually, the project takes its own routes<br />
The Platform wants to spread the idea so that more projects like ours<br />
could take shape. “<br />
— ENGLISH VERSION —<br />
To learn more about the project, go to plataformamoi.org or visit their<br />
Facebook page, facebook.com/plataformamoi.<br />
pgs 92 - 131<br />
faLL/Winter 2013<br />
Volume, asymmetric shapes, marked waistlines, special attention to the<br />
shoulders, unpretentious use of fur and richness in the details. After<br />
an intense season full of information, we have prepared a summary of<br />
the most influential shows of the international fashion weeks. These<br />
are the colors, materials, accessories and styles that have taken over the<br />
runway and will dictate what the next fall/winter will be like in Brazil.<br />
af vandevorst<br />
An Vandevorst and Filip Arickx experimented with layering and<br />
proportions this season, challenging “ordinary” items such as coats,<br />
trousers and gowns to gain new interpretations. Among the striking<br />
runway looks were accessible options, that will certainly appeal to the<br />
brand’s consumers.<br />
Key pieces: Outerwear came in a variety of options (from trench coats<br />
to military jackets), slim fit pants and gowns.<br />
footwear and accessories: Lace-up leather ankle boots, tall, furry<br />
shearling boots, high heel leather boots, leather gloves and fur scarves.<br />
materials: Silk jersey, satin, wool, leather and fur<br />
hair and make-up: Long bangs covered most of the models’ faces,<br />
showing only their bright red lips.<br />
alexander mcqueen<br />
Inspired by religious symbols, Sarah Burton added the (traditional) dose<br />
of drama to her looks, referencing cardinal and nun’s robes, angels and<br />
the Virgin Queen herself. Luxurious pearl details and a silhouette typical<br />
of royal Elizabethan dresses gave a sense of refinery to the pieces.<br />
Key pieces: Dresses (long or hitting mid-calf and in layers), emphasi-<br />
zing the waistline.<br />
footwear and accessories: Leather boots and closed-toe heels<br />
materials: Organza, silk, tulle and leather were the backdrop for<br />
golden embroidery details and feather applications. Pearls appeared<br />
prominently on the embellished cage-like headgear, hosiery, shoes,<br />
gloves and gowns.<br />
hair & make-up: The hair was tied back in a braid or in curls. Lightly<br />
pink lips were key to promote a sense of royalty.<br />
balenciaGa<br />
In Alexander Wang’s long awaited debut, what we saw was a tribute to<br />
master Cristóbal Balenciaga’s symbols, with a touch of contemporaneity<br />
from the American designer.<br />
Key pieces: Outerwear with rounded shapes over slim pants offered<br />
an appreciated contrast. The little black dress appeared with modern<br />
details and cut-outs.<br />
footwear and accessories: Ankle boots with metallic finishes and<br />
delicate sandals, accompanied by squared bags.<br />
materials: The marble print was one of the highlights, allowing experimentation<br />
with embroidery and applications. Noble wools, velvet, fur<br />
(seen much in collars and cuffs) and lace are among the materials used.<br />
hair and make-up: The hair was brushed back and the lips received<br />
neutral shades, so that the spectator’s focus was strictly on the clothes.<br />
On their eyelids, models exhibited a light indigo eye-shadow.<br />
christian dior<br />
Raf simons’ second ready-to-wear collection of for Christian Dior<br />
addressed the houses’ signature hourglass shape with volumes and<br />
asymmetrical draping. The counterpoint was the precise tailoring that<br />
brought the hardness of a more masculine, straight cut to the collection.<br />
Key pieces: Crisp, straight shapes. Even the draped pieces and fluid<br />
fabrics were constructed in trapeze lines and the abundance of pencil<br />
skirts confirmed the preference for well-defined shapes.<br />
footwear and accessories: The modern cut-out heels were a contrast<br />
to the classic, pointy shoes. The bags were rigid and had short handles,<br />
with sober textures or illustrations from past collections.<br />
materials: Leather, muslin, satin, tweed, chiffon. Cut-outs, asymmetrical<br />
curvy hems and linings in contrasting colors. The prints came from<br />
the Maisons’ old files.<br />
hair and make-up: With a discreet sense of futurism, silver eye-shadow<br />
was used as a point of light in the inner corner and around the eyes.<br />
The vibrant fuchsia lipstick was dimmed in the corners of the lips with<br />
foundation and concealer.<br />
comme des Garçons<br />
Men’s tailoring was the starting point for many collections this season.<br />
In the case of Comme des Garçons, designer Rei Kawakubo deconstruc-<br />
ted suits by adding volume, textures and layers, completely changing<br />
the silhouette, while retaining the essence of the pieces.<br />
Key pieces: Blazers, details such as bows and tubular effects (made from<br />
the same fabric as the piece they were applied to), shorts, cotton shirts.<br />
footwear and accessories: Varnished Oxford shoes with white socks.<br />
— ENGLISH VERSION —<br />
materials: Classic pinstripes, cotton velvet, silky jacquard shirtings.<br />
hair and make-up: Natural and androgynous, without any color.<br />
dolce & Gabbana<br />
The rich detail of the Byzantine mosaics of the Cathedral of Monreale<br />
in Sicily, which were reproduced in various outfits, were the focus point<br />
of Dolce & Gabbana’s collection. The air of royalty that permeated the<br />
entire show was indisputable.<br />
Key pieces: By opting for na A-line silhouette, a good part of the show<br />
was dominated by dresses - tunics with three-quarter sleeves, long and<br />
straight, in a t-shirt style with voluminous shapes, hitting mid-calf, or<br />
with a full skirt. Moreover, suits and pencil skirts were also highlights<br />
during the presentation.<br />
footwear and accessories: Sculptural heels, mules and pumps worked<br />
in fabric, bags with a snakeskin texture or with embroidery, clutch<br />
bags with mosaic prints, wide belts in gold with gemstones, crowns,<br />
Byzantine crosses, heavy earrings, oversized sunglasses.<br />
materials: Brocade, lace, organza, herringbone wool, crepe, gemstones.<br />
hair and make-up: The hair was tied in a low bun. The skin was<br />
neutral, with a pinkish hue. A trio of earthy eye-shadow was used on the<br />
eyelids, which were also outlined in black. Dark red lipstick completed<br />
the look.<br />
dries van noten<br />
In a collection predominated by plaid, grunge references came together<br />
to compose an androgynous line, with layered pieces and relaxed si-<br />
lhouette. Femininity came from the maxiflorals, peplums and ruffled<br />
skirts in organza.<br />
Key pieces: Jackets, blazers, shirts and pencil skirts with impeccable<br />
tailoring.<br />
footwear and accessories: Flat, masculine shoes, contrasted with<br />
delicate high-heeled sandals in silver leather. Boxy clutch bags in prints<br />
were combined with a variety of scarves. Retro sunglasses completed<br />
the look.<br />
materials: Satin, silk, organza, muslin, cashmere.<br />
hair and make-up: Extremely clean, with lips and eyes in neutral<br />
colors and a slightly buttery skin tone.<br />
Gareth puGh<br />
Gareth Pugh left aside his androgynous outfits with gothic references<br />
to present a more feminine and romantic collection, with an hourglass<br />
silhouette and long gowns. Drama came with the twig-like embroidery,<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 187
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 188<br />
with the exaggerated collars, with the hair and make-up choices and<br />
with the final looks, made up of thin, cellophane straps.<br />
Key pieces: Long skirts and gowns, coats with trapeze sleeves, shawls<br />
and capes with exaggerated collars.<br />
footwear and accessories: Platform boots and long leather gloves.<br />
materials: Leather, suede, shearling, cellophane, mink, taffeta.<br />
hair and make-up: White skin and a dark shade around the eyes, with<br />
the hair tied back in a disheveled bun.<br />
GivenchY<br />
A very feminine grunge is what Riccardo Tisci proposed for Givenchy’s<br />
Autumn/Winter. In a fun and romantic collection, the Italian designer<br />
blended the style’s traditional plaid with animal prints, maxiflorals and<br />
sequined details.<br />
Key pieces: Oversized coats, leather jackets and a wide range of skirts.<br />
footwear and accessories: Mid-cut boots with snakeskin straps for a<br />
striped effect, came together to envelope clutches. Metallic bracelets<br />
with pendants and wide, velvet belts complemented the outfits.<br />
materials: Transparent tulle, leather, velvet, mink, fox, tweed, wool,<br />
knitwear, cotton and chiffon.<br />
hair and make-up: Colorful locks that looked like roses complemented<br />
the whimsical feel of the show. Reddish eye-shadow and black<br />
mascara highlighted the eyes. Clean skin and glossy lips were the final<br />
touch.<br />
Gucci<br />
A femme fatale inspired Gucci this season, with a collection domi-<br />
nated by feathered details, lace and plenty of leather. With a color<br />
palette full of mystery, predominated by shades of black and burgundy,<br />
rounded shoulders and peplums added womanly curves to the pieces’<br />
slim silhouette.<br />
Key pieces: Pencil skirts, cropped or waist-high jackets, coats with<br />
rounded shoulders, structured blazers or with peplums, sheath dresses.<br />
footwear and accessories: High lace-up boots, gold open-toed sandals,<br />
thick leather waist belts, handbags in reptile skin or satin, leather<br />
and suede gloves, cat’s eye aviators.<br />
materials: Leather, wool, reptile skin, lace, mink, pony skin, bouclé<br />
wool, silk, satin, astrakhan, chiffon, feathers, brocade.<br />
hair and make-up: The hair was brushed back, while neutral hues<br />
were applied on the skin and lips. Raspberry eye-shadow, mascara and<br />
a small amount of glitter made the eyes really pop.<br />
— ENGLISH VERSION —<br />
haider acKermann<br />
Haider Ackermann presented a very military collection for a post-<br />
-apocalyptic world. Punk references were present in the hair and<br />
overlapping layers of clothes, which contrasted with more structured<br />
options in an hourglass silhouette.<br />
Key pieces: Coats, jackets and blazers.<br />
footwear and accessories: Ankle boots and skinny belts.<br />
materials: Noble wools, Jacquard, cashmere, mohair, embroidery and<br />
leather.<br />
hair and make-up: Bleached hair tied in a sort of messy Mohawk<br />
gave an edginess to the overall look. In contrast, the make-up was<br />
light and natural.<br />
lanvin<br />
Lanvin’s winter was as feminine as it gets, with a marked waistline, fluid<br />
dresses and pretty organza ruffles. Natural motifs appeared in prints,<br />
and flowers and insects made their way in embellishments. A touch<br />
of boldness came with the fox furs and large chains with provocative<br />
slogans.<br />
Key pieces: The large chains and belt buckles with slogans like Help,<br />
Love and Happy gave a “rebel princess” vibe that was the conducting<br />
thread for the entire show.<br />
footwear and accessories: Large chains, belt buckles, large rings and<br />
brooches, fox fur scarves. Classic Mary Janes with gemstone embellishments<br />
contrasted with the masculine Oxfords.<br />
materials: Mixed textures included leather, wool, organza, lace, silk<br />
and denim. Fox fur offered a touch of Hollywood glamour. A natural<br />
feel came through in the prints, with flowers, butterflies and beetle<br />
patterns.<br />
hair and make-up: Black, smoky eye-shadow and blood-red lips.<br />
marc Jacobs<br />
A vintage style invaded Marc Jacobs’ runway, with clear references<br />
to the 1940s. Everyday pieces shared the catwalk with metallized<br />
pajamas. This democratic season brought options from knitting to<br />
glittery sparkle.<br />
Key pieces: Belted coats, fur stoles, pencil skirt, hotpants.<br />
footwear and accessories: Pumps and heeled sandals.<br />
materials: Wool, silk, sequins, cotton, fur, metallic fabrics.<br />
hair and make-up: Smoky eyes with dark shadow, with eyeliner<br />
applied along with the line of the eyelid. Neutral tones on the skin<br />
and lips.<br />
marY Katrantzou<br />
With a reduced color palette, inspired by black and white photographs,<br />
Mary Katrantzou prepared an elaborate and precious show, conceived<br />
through the eyes of an engineer. The talented designer has transformed<br />
the asymmetry of her pieces into picturesque poetry.<br />
Key pieces: Asymmetric shapes, mid-length pieces, architectural sleeves<br />
and black and white printing.<br />
footwear and accessories: Suede heel boots and pointy shoes.<br />
materials: Gauze, knitwear, organza, brocade, lace, leather, felt-wool<br />
hair and make-up: The lips had a natural aspect and a thin layer of<br />
blush marked the cheekbones. The eyes were slightly highlighted with<br />
white eyeliner and eye-shadow.<br />
prada<br />
A raw elegance permeated Muiccia Prada’s latest collection. The wide<br />
necklines, the casual cut-outs to showcase one shoulder, the use of<br />
noble materials or the 1950s vibe that overtook part of the show made<br />
sure that the label’s winter was almost a homage to women everywhere.<br />
Key pieces: Pencil skirts, flared skirts, coats in a duster-shaped silhou-<br />
ettes, belted jackets, slick hip-length jackets.<br />
footwear and accessories: Platform sandals, thick heels, gold and silver<br />
ankle strap evening sandals.<br />
materials: Luxe fabrics, striped wool twills, tweed, alligator, leather,<br />
wool, plush, fox fur.<br />
hair and make-up: Loose hair with a wet effect, parted to the side. A<br />
light brownish eye-shadow and red lipstick were also used.<br />
ricK oWens<br />
In one of the most praised collections of his career, Owens sought<br />
in architectural, rectangular forms the inspiration for his latest line.<br />
Visible Asian references were also present in his aesthetics. Always an<br />
original, the designer brought together music and architecture to an<br />
unforgettable show.<br />
Key pieces: Long coats, coats with wide kimono sleeves, legging and a<br />
strong presence of black and white.<br />
footwear and accessories: High boots in black leather.<br />
materials: Leather, nappa, shearling, wool jersey, duvet.<br />
hair and make-up: Pale skin, eyes and lips. Voluminous, unruly hair.<br />
saint laurent<br />
Grunge and the Californian rock scene were the references to Hedi<br />
— ENGLISH VERSION —<br />
Slimane’s second ready-to-wear collection for Saint Laurent. With a<br />
clear influence drawn from street style, the line showcased a young<br />
aesthetic, with extensive use of leather.<br />
Key pieces: Babydoll dresses, boyfriend jackets and trousers, torn jeans,<br />
plaid shirts, leather miniskirts.<br />
footwear and accessories: Leather boots with buckles.<br />
materials: Wool, leather, chiffon, knit, cashmere, mohair, fox fur,<br />
sequins.<br />
hair and make-up: The lower part of the eyes was highlighted with<br />
black eye-liner and eye-shadow, and a lighter shade was applied on the<br />
eyelids. Neutral tones marked the skin and lips.<br />
stella mccartneY<br />
This season, Stella McCartney worked a dialogue between masculine<br />
and feminine silhouettes. The tailoring in pinstriped wools gained<br />
feminine details like the skirts that seemed to spring from the hem of<br />
heavy coats. She also flirted with sportswear references in elasticated,<br />
fluid dresses and cashmere tracksuits.<br />
Key pieces: At different lengths and variations, the oversized blazer was<br />
the starting point for the collection to unfold.<br />
footwear and accessories: Heavy-soled platforms and woolen hats<br />
evoked streetwear while wooden details on the bags and shoes gave a<br />
mature feel to the outfits.<br />
materials: Wool, cotton, cashmere, silk and lace. Biased-cut peplums,<br />
quilting and elasticated waistbands. Pinstripes, plaids, transparencies<br />
and cut-outs.<br />
hair and make-up: The Stella McCartney woman wears very natural<br />
make-up. With her hair elegantly pulled back, her make-up consists<br />
only of white eye-liner, mascara and a discreet coral lipstick.<br />
tom ford<br />
Various influences sang in harmony in the collection that marked Tom<br />
Ford’s return on the runway. Tribal motifs in black & white contrasted<br />
with Japanese multicolored florals embellished in sequins, embroidery<br />
and beads. The 1980s’ bomber jacket made its comeback, as well as<br />
leather fringes, patchwork dresses, animal print, lace and transparency,<br />
and geometric patterns. All in one.<br />
Key pieces: Asymmetrical mid-calf dresses, gowns in jersey, wool,<br />
crochet and tulle, bomber jackets and pencil skirts (worn in the same<br />
outfit for contrast), variations of the poncho.<br />
footwear and accessories: Tall printed boots, tall open-toe boots in<br />
braided leather, patchwork boots, stiff purses in geometrical shapes.<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 189
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 190<br />
materials: Satin, cotton, silk, sequins, beads, lace, duvet, fur, leather,<br />
knitwear, cashmere, jersey, chiffon, tulle.<br />
hair and make-up: The hair was tied back and parted to the left.<br />
Golden eye-shadow covered the upper and lower eyelids. Dark pink<br />
blush was used and the lips were painted in a neutral tone.<br />
valentino<br />
Inspired by Flemish painters, especially by the work of Vermeer,<br />
design duo Maria Grazia Chiuri and Pierpaolo Piccioli prepared an<br />
ultrafeminine collection for Valentino. Much like the oil paintings of<br />
that generation, the pieces were developed in order to enhance the face<br />
of the woman who wears them, due to the cut-out collars in leather.<br />
Key pieces: A-line dresses and skirts, long coats, gowns, jumpsuits.<br />
footwear and accessories: Shoes with chunky heels, handbags with<br />
couture-inspired balustrade pattern, small clutches embellished with<br />
pearls.<br />
materials: Fur, mohair, organdie, lace, chiffon, alpaca, wool, silk,<br />
Swarovski.<br />
hair and make-up: Long braids (the models got extensions to make<br />
sure that their hair was the exact same length) and a leather band<br />
was used as a tiara. Make-up was soft, with brownish eye-shadow and<br />
mascara, and a peachy hue around the cheekbones. The inspiration was<br />
drawn from Vermeer’s “Girl with the pearl earring”.<br />
pgs 134 - 169<br />
handmade<br />
We believe that handmade products will have an important impact on<br />
the future. For our Trend Bureau, we will share with you some of our<br />
favorite findings in fashion and décor.<br />
1 – soft World<br />
Soft World is a Dutch studio based in Rotterdam specialized in unique<br />
products for home and interiors. Launched in 2008 by Beatrice Waanders,<br />
the creators use no chemicals in their products, but the oldest<br />
form of fabric making, felting. They also explore the rich color palette<br />
of the animals themselves.<br />
2 –india flint<br />
India Flint is a visual artist, specializing in natural dyeing techniques<br />
at the southern tip of Australia. She uses bio-regional and ecologically<br />
sustainable dyes made from leaves, bark and earth pigments to be used<br />
in textiles, paper or felt. For the artist, making the cloth by weaving,<br />
— ENGLISH VERSION —<br />
where the fabric forms line by line, after being dyed by hand, and is<br />
meditation - not work.<br />
3 –rinamenardi<br />
Every job is different: a detail of a curve along an edge, a reflection.<br />
Each pot tells a story and the natural evolution of a thought. This way<br />
of working with her hands made Rina Menardi more sensitive to all<br />
stimuli offered by natural forms. The pots, bowls and endless forms<br />
she creates are presented at the best design galleries, and are also often<br />
found in private homes or in restaurants that combine fine dining with<br />
the most careful attention to aesthetics.<br />
4 –child’s oWn studio<br />
Wendy Tsao launched Child’s Own Studio after the simple idea of<br />
making a stuffed toy for four-year-old boy based on a picture he drew.<br />
Since then, she has made hundreds of cute models from drawings that<br />
children sent her. Details and color options are reproduced as faithfully<br />
as possible, so that the toy that is sent back by mail is immediately<br />
recognized by the child who drew it.<br />
5 – nathalie costes<br />
Nathalie Costes is a talented person who creates handmade accessories.<br />
Her new collection is a variation of poetic and sensitive necklaces<br />
made from crochet cotton thread, a technique she learned with her<br />
sister when she was 10 years old. The designer says that crochet gives<br />
her a childish pleasure of seeing a spool of thread turn into something<br />
else entirely.<br />
6 –le moine tricote<br />
Le Moine Tricote is a new knitwear line from French designer Alice<br />
Lemoîne. After studying in Japan and starting out her career by<br />
creating knit designs for Rick Owens, Lemoine launched her own<br />
label. She wants to communicate her personal and cultural heritage: a<br />
strong tradition of French elegance confronted with the minimalism<br />
of contemporary art and architecture.<br />
— ENGLISH VERSION —<br />
34<br />
rEvistaCatarina.COM.BR<br />
onLinE<br />
CREATIVE BUSINESS<br />
twitter.com/revistacatarina _ facebook.com/revistacatarina<br />
CATARINA — ABRIL 2013 — PAGE 191