PRECE DO PERDÃO - irmaobenedito.com.br
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Descemos aos pavilhões inferiores do hospital e chegando na ala<<strong>br</strong> />
para a qual nos destinávamos, fomos passando pelos corredores de<<strong>br</strong> />
maior sofrimento. Alas de confi namento, salas de atendimento e monitoramento,<<strong>br</strong> />
mais adiante alguns padioleiros <strong>com</strong> novas internações. No<<strong>br</strong> />
alto de uma porta larga, à semelhança daquelas nos blocos cirúrgicos<<strong>br</strong> />
dos hospitais terrenos, havia uma inscrição que dizia “entrada restrita”.<<strong>br</strong> />
Ali se encontravam os pacientes <strong>com</strong> estágios mentais agudos de<<strong>br</strong> />
arrependimento tardio.<<strong>br</strong> />
Logo nas primeiras a<strong>com</strong>odações rente à entrada, deparamo-nos<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> Maria Severiana. Sua fi sionomia não apresentava as mesmas<<strong>br</strong> />
disposições do dia anterior. Cabisbaixa, sua face denotava ter chorado<<strong>br</strong> />
bastante durante a noite. Com todo cuidado que devemos à dor alheia,<<strong>br</strong> />
aproximamo-nos carinhosamente:<<strong>br</strong> />
– Bom dia Severiana!<<strong>br</strong> />
– Bom dia nada, Ermance, estou péssima.<<strong>br</strong> />
– O que houve minha amiga? Ontem você se encontrava tão disposta<<strong>br</strong> />
...<<strong>br</strong> />
– Muito difícil dizer, não sei se posso.<<strong>br</strong> />
– Se preferir, conversamos logo mais.<<strong>br</strong> />
– Não, não saia daqui, preciso de alguém velando <strong>com</strong>igo. Sou toda<<strong>br</strong> />
arrependimento e perturbação.<<strong>br</strong> />
Quando segurava a mão de Severiana e ensaiava um envolvimento<<strong>br</strong> />
mais cuidadoso, Raul, assistente da ala, fez um sinal solicitando-nos a<<strong>br</strong> />
presença em pequena posto alguns metros adiante.<<strong>br</strong> />
– Que houve Raul? Severiana ontem estava ... – ele nem permitiu<<strong>br</strong> />
que continuássemos e disse:<<strong>br</strong> />
– Sim ela teve autorização para acessar a sua fi cha reencarnatória.<<strong>br</strong> />
Foi uma noite tumultuada para ela, mas bem melhor que a maioria dos<<strong>br</strong> />
quadros costumeiros. A orientação é no sentido de que ela fale abertamente<<strong>br</strong> />
so<strong>br</strong>e o assunto para não criar as defesas inoportunas à sua<<strong>br</strong> />
recuperação. Graças a Deus, ela está acentuadamente no clima do arrependimento.