19.06.2013 Views

Tratamento cirúrgico da incontinência urinária de esforço

Tratamento cirúrgico da incontinência urinária de esforço

Tratamento cirúrgico da incontinência urinária de esforço

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

CIRURGIAS UROGINECOLÓGICAS<br />

A primeira cirurgia uroginecológica parece ter ocorrido em 1913, quando um<br />

médico chamado Kelly realizou uma cirurgia via vaginal para correção <strong>de</strong> cistolcele.<br />

Essa cirurgia foi modifica<strong>da</strong> por Kennedy em 1926 e tornou-se uma <strong>da</strong>s cirurgias mais<br />

realiza<strong>da</strong>s até hoje. Junto com ela, a noção <strong>de</strong> que a <strong>incontinência</strong> <strong>urinária</strong> era<br />

proporcional ao prolapso vesical. Assim, to<strong>da</strong>s as cirurgias que se seguiram visavam<br />

corrigir ca<strong>da</strong> vez mais o prolapso vesical com a intenção <strong>de</strong> cura <strong>da</strong> <strong>incontinência</strong><br />

<strong>urinária</strong>. Ain<strong>da</strong> hoje é comum ouvirmos, inclusive <strong>de</strong> médicos, que a paciente per<strong>de</strong><br />

urina porque tem a BEXIGA CAÍDA, ou que é preciso levantar a bexiga para resolver a<br />

<strong>incontinência</strong> <strong>urinária</strong> <strong>da</strong> paciente. Na reali<strong>da</strong><strong>de</strong> De Lancey em 1990 e mais tar<strong>de</strong>,<br />

Petros e Ulmsten com a teoria integral <strong>da</strong> mulher, <strong>de</strong>monstraram que não havia relação<br />

entre o prolapso <strong>da</strong> pare<strong>de</strong> anterior <strong>da</strong> vagina e a <strong>incontinência</strong> <strong>urinária</strong>.<br />

A <strong>incontinência</strong> <strong>urinária</strong>, assim como o prolapso genital, é afecção que traz<br />

sérias repercussões à quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> <strong>da</strong> mulher, modificando-a nos aspectos sociais,<br />

emocionais e econômicos.<br />

Inúmeros são os fatores riscos envolvidos no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong> <strong>incontinência</strong><br />

<strong>urinária</strong> on<strong>de</strong> se <strong>de</strong>stacam i<strong>da</strong><strong>de</strong>, raça, pari<strong>da</strong><strong>de</strong>, tipo <strong>de</strong> parto, índice <strong>de</strong> massa corpóreo,<br />

cirurgia ginecológica, estado hormonal, uso <strong>de</strong> medicações, álcool e cafeína;<br />

comorbi<strong>da</strong><strong>de</strong>s como a hipertensão arterial e o diabetes e, ain<strong>da</strong>, o status sócio<br />

econômico. Entre os vários fatores assinalados, <strong>de</strong>vemos ressaltar o número <strong>de</strong><br />

gestações e o tipo <strong>de</strong> parto por lesionar, <strong>de</strong> forma acentua<strong>da</strong>, o sistema <strong>de</strong> suspensão e<br />

sustentação dos órgãos pélvicos. A lesão do assoalho pélvico ocorre, em geral, pela<br />

compressão <strong>de</strong> partes fetais contra tecidos maternos o que <strong>de</strong>termina secção e<br />

estiramento <strong>de</strong> músculos e nervos e, ain<strong>da</strong>, <strong>de</strong>sarranjo estrutural do tecido conjuntivo e<br />

<strong>da</strong>s fáscias, alterando to<strong>da</strong> a estática pélvica, po<strong>de</strong>ndo ocasionar per<strong>da</strong> <strong>de</strong> urina.<br />

O grau <strong>de</strong> prolapso não se associa à intensi<strong>da</strong><strong>de</strong> nem ao tipo <strong>de</strong> per<strong>da</strong><br />

<strong>urinária</strong>.<br />

O gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> teorias explicando a etiopatogenia <strong>da</strong> <strong>incontinência</strong> <strong>urinária</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>esforço</strong> além dos inúmeros fatores <strong>de</strong> risco envolvidos conduziram, ao longo do<br />

tempo, à elaboração <strong>de</strong> várias formas <strong>de</strong> tratamento. O tratamento <strong>cirúrgico</strong> ain<strong>da</strong><br />

permanece como a principal forma terapêutica.<br />

Já foram <strong>de</strong>scritos aproxima<strong>da</strong>mente 100 técnicas cirúrgicas para a correção <strong>da</strong><br />

<strong>incontinência</strong> <strong>urinária</strong> <strong>de</strong> <strong>esforço</strong>. Atualmente, as técnicas <strong>de</strong> eleição têm índices <strong>de</strong> cura<br />

acima <strong>de</strong> 80%. Algumas, como a <strong>de</strong> Kelly-Kennedy, foram abandona<strong>da</strong>s por<br />

apresentarem resultados insatisfatórios quando compara<strong>da</strong>s a outros procedimentos.<br />

Sabe-se que a escolha <strong>da</strong> técnica cirúrgica é importante, pois a melhor oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

cura está na primeira operação. Os índices <strong>de</strong> cura caem progressivamente à medi<strong>da</strong> que<br />

a paciente se submete a procedimentos <strong>cirúrgico</strong>s consecutivos.<br />

Cirurgias para correção <strong>da</strong> <strong>incontinência</strong> <strong>urinária</strong> <strong>de</strong> <strong>esforço</strong><br />

As principais cirurgias para correção <strong>de</strong> <strong>incontinência</strong> <strong>urinária</strong> <strong>de</strong> <strong>esforço</strong> po<strong>de</strong>m<br />

ser classifica<strong>da</strong>s <strong>de</strong> acordo com a via <strong>de</strong> acesso <strong>cirúrgico</strong> <strong>da</strong> seguinte forma:<br />

01. Cirurgia com acesso vaginal:


Kelly-kennedy.<br />

02. Cirurgias com acesso por via retropúbica :<br />

Marshall- Marchetti-Krantz<br />

Burch<br />

03. Cirurgias com acesso por via combina<strong>da</strong>:<br />

Técnica <strong>de</strong> “slings”<br />

- <strong>de</strong> aponeurose<br />

- <strong>de</strong> mucosa vaginal<br />

Técnicas com faixas sintéticas sem tensão<br />

Principais Técnicas:<br />

Técnica <strong>de</strong> Kelly-Kennedy<br />

ENCONTRA-SE EM TOTAL DESUSO<br />

Técnica <strong>de</strong> Marshall-Marchetti-Krantz<br />

É procedimento retropúbico <strong>de</strong>scrito em 1949. Consiste na aplicação <strong>de</strong> 3 pontos<br />

a ca<strong>da</strong> lado <strong>da</strong> uretra, distando 1 cm entre si, fixando a fáscia peri-uretral ao periósteo <strong>da</strong><br />

face posterior <strong>da</strong> pube, com o objetivo <strong>de</strong> reposicionar o colo vesical. Apresenta índices<br />

<strong>de</strong> cura acima <strong>de</strong> 70%. Esta técnica já foi muito utiliza<strong>da</strong>, porém, foi gradualmente<br />

substituí<strong>da</strong> pela técnica <strong>de</strong> Burch. Como complicação relata-se a osteíte púbica. Além<br />

disso, por aumentar o espaço reto-uterino, tem maior risco <strong>de</strong> prolapso genital, em<br />

especial, <strong>de</strong> retoenteroceles.<br />

Técnica <strong>de</strong> Burch<br />

Foi <strong>de</strong>scrita em 1961 e consiste na fixação <strong>da</strong> fáscia paravaginal ao ligamento<br />

ileopectíneo (Ligamento <strong>de</strong> Cooper). Os índices <strong>de</strong> cura variam <strong>de</strong> 70% a 100%. Da<br />

mesma forma que a cirurgia <strong>de</strong> Marshall-Marchetti-Krantz, proporciona maior risco <strong>de</strong><br />

prolapso do compartimento posterior <strong>da</strong> vagina. Não é indica<strong>da</strong> para <strong>incontinência</strong><br />

<strong>urinária</strong> <strong>de</strong> <strong>esforço</strong> causa<strong>da</strong> por <strong>de</strong>feito esfincteriano e <strong>de</strong>ve ser evita<strong>da</strong> nas pacientes<br />

com sobrepeso <strong>de</strong>vido ao alto indice <strong>de</strong> recidiva. Po<strong>de</strong> ser realiza<strong>da</strong> por via<br />

laparoscópica, porém essa via parece não apresentar vantagens significativas sobre a<br />

técnica convencional.<br />

A técnica <strong>de</strong> Burch tem sido gradualmente substituí<strong>da</strong> pelas cirurgias <strong>de</strong> faixa<br />

sintética, pois estas têm índices <strong>de</strong> cura semelhantes, mas são indica<strong>da</strong>s para a correção<br />

<strong>de</strong> todos os tipos <strong>de</strong> <strong>incontinência</strong> <strong>urinária</strong> <strong>de</strong> <strong>esforço</strong> e têm menor morbi<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

Entretanto, ain<strong>da</strong> é uma técnica bastante utiliza<strong>da</strong>, particularmente quando associa<strong>da</strong> a<br />

tratamento <strong>cirúrgico</strong> <strong>de</strong> miomas uterinos por via abdominal.<br />

Técnica <strong>de</strong> “Sling”<br />

Foi <strong>de</strong>scrita pela primeiramente em 1907 por Gior<strong>da</strong>no, que utilizou uma dobra<br />

do músculo grácil. Atualmente, as técnicas <strong>de</strong> “sling” utilizam vias <strong>de</strong> acesso


combina<strong>da</strong>s que consistem na colocação <strong>de</strong> uma faixa (sling) sob a uretra, que servirá<br />

<strong>de</strong> suporte para a mesma, funcionando como um mecanismo esfincteriano. São<br />

indica<strong>da</strong>s para todos os tipos <strong>de</strong> <strong>incontinência</strong> <strong>urinária</strong> <strong>de</strong> <strong>esforço</strong>, especialmente nos<br />

casos <strong>de</strong> <strong>incontinência</strong> por <strong>de</strong>feito esfincteriano. Têm índices <strong>de</strong> cura que variam entre<br />

80% e 100%, porém, se acompanham <strong>de</strong> altos índices <strong>de</strong> retenção <strong>urinária</strong> e <strong>de</strong><br />

hiperativi<strong>da</strong><strong>de</strong> do <strong>de</strong>trusor, que são suas principais complicações. As técnicas <strong>de</strong>scritas<br />

diferem em relação ao material utilizado, que po<strong>de</strong> ser orgânico (autólogo ou<br />

heterólogo) ou sintético, em relação ás vias <strong>de</strong> acesso e ao tipo <strong>de</strong> fixação.<br />

No HC <strong>de</strong> Ribeirão Preto realizamos a cirurgia <strong>de</strong> “Sling” utilizando faixa <strong>de</strong><br />

aponeurose do músculo reto abdominal e faixas sintéticas padroniza<strong>da</strong>s para esse fim.<br />

Embora alguns seviços utilizem material sintético a<strong>da</strong>ptado, principalmente <strong>de</strong> faixas<br />

usa<strong>da</strong>s em correção <strong>de</strong> hérnia abdominal, nós não recomen<strong>da</strong>mos tal procedimento.<br />

Faixas sintéticas<br />

A técnica cirúrgica i<strong>de</strong>al é aquela que proporciona uma intervenção eficaz, com<br />

pouca morbi<strong>da</strong><strong>de</strong>, minimamente invasiva, com tempo <strong>de</strong> hospitalização e imobilização<br />

reduzidos e resultados duradouros. Para alcançar estes objetivos, i<strong>de</strong>alizou-se a técnica<br />

<strong>de</strong> TVT (Tension-free Vaginal Tape), na qual coloca-se uma faixa <strong>de</strong> polipropileno<br />

auto-fixante e livre <strong>de</strong> tensão sob a uretra média/distal. É usualmente realiza<strong>da</strong> por via<br />

retropúbica ou transobturadora, sob anestesia local, em regime <strong>de</strong> Hospital Dia. Sendo<br />

praticamente indolor, a paciente retorna às suas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s rotineiras em três ou quatro<br />

dias. Esta técnica tem índices <strong>de</strong> cura acima <strong>de</strong> 80%.<br />

Após um período <strong>de</strong> monopólio do TVT, várias faixas sintéticas passaram a<br />

ser comercializa<strong>da</strong>s, produzi<strong>da</strong>s por vários laboratórios e diferindo entre si nos seguintes<br />

aspectos:<br />

01. Características <strong>da</strong> faixa:<br />

absorvível, não-absorvível ou mista<br />

monofilamentar ou multifilamentar<br />

macroporosa ou microporosa<br />

02. Vias <strong>de</strong> acesso:<br />

Via ascen<strong>de</strong>nte (retro-púbica, pré-púbica)<br />

Via <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>nte retro-púbica<br />

Via mista<br />

Via transobturadora - in-out (Gynecare TVT Obturador System-TVTO), out-in<br />

(Safyre)<br />

Hoje, sabe-se que as melhores faixas são as macroporosas, monofilamentares e <strong>de</strong><br />

baixa gramatura.<br />

Cirurgias para correção <strong>da</strong>s distopias genitais<br />

Correção <strong>de</strong> cistocele<br />

É a técnica utiliza<strong>da</strong> para a correção <strong>da</strong> procidência <strong>da</strong> pare<strong>de</strong> vaginal anterior<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>da</strong> causa do prolapso. Existem duas causas <strong>de</strong> prolapso <strong>da</strong> pare<strong>de</strong> anterior que


po<strong>de</strong> ocorrer por <strong>de</strong>feito lateral ou <strong>de</strong>feito central. No primeiro caso existe um<br />

<strong>de</strong>sgarramento <strong>da</strong> fáscia vésico vaginal <strong>da</strong> sua inserção no arco tendíneo. No segundo<br />

caso a cistocele ocorre <strong>de</strong>vido a herniação <strong>da</strong> bexiga através <strong>de</strong> uma falha ou frouxidão<br />

na porção medial (central) <strong>da</strong> fáscia vésico vaginal. No caso do <strong>de</strong>feito lateral a técnica<br />

utiliza<strong>da</strong> é a correção <strong>de</strong> <strong>de</strong>feito para vaginal e no <strong>de</strong>feito central a cirurgia <strong>de</strong> escolha é<br />

a perineoplastia à kelly-kennedy (não confundir!!! Essa cirugia não é indica<strong>da</strong> para<br />

<strong>incontinência</strong> <strong>urinária</strong>, mas ain<strong>da</strong> tem indicação nesse caso específico <strong>de</strong> prolapso)<br />

Correção <strong>de</strong> retocele<br />

A técinca <strong>de</strong> escolha no Setor <strong>de</strong> uroginecologia do HC Ribeirão Preto para a<br />

correção <strong>da</strong> pare<strong>de</strong> vaginal posterior, é a plicatura <strong>da</strong> pare<strong>de</strong> anterior do reto (Método<br />

<strong>de</strong> Meigs). Havendo pelo menos duas outras cirurgias que são <strong>da</strong> que utiliza um retalho<br />

<strong>de</strong> mucosa vaginal interposto entre o reto e a mucosa vaginal (técnica <strong>da</strong> ponte) e a que<br />

fixa a fáscia reto vaginal rota ao ligamento útero sacro, recompondo o anel peri orificial.<br />

Correção <strong>da</strong> rotura perineal ( Perineoplastia)<br />

É comumente associa<strong>da</strong> á correção <strong>de</strong> retocele. Consiste na reconstrução<br />

cirúrgica <strong>da</strong>s roturas perineais através <strong>da</strong> aproximação <strong>da</strong>s bor<strong>da</strong>s dos músculos do<br />

diafragma urogenital na linha média. Se a rotura envolver o esfíncter anal, este <strong>de</strong>verá<br />

ser reconstruído (cirurgia <strong>de</strong> Lawson Tait).<br />

Correção cirúrgica do prolapso uterino<br />

Operação <strong>de</strong> Manchester (Donald-Fothergill-Shaw) - Trata-se <strong>de</strong> técnica<br />

cirúrgica conservadora, que visa à manutenção <strong>da</strong> função reprodutora. Consiste<br />

na secção e encurtamento dos paramétrios laterais com amputação do colo do<br />

útero. É técnica praticamente abandona<strong>da</strong>, sendo indica<strong>da</strong> apenas nos raros casos<br />

<strong>de</strong> prolapso uterino em pacientes jovens, sintomáticas e com prole incompleta.<br />

Histerectomia vaginal - É a cirurgia <strong>de</strong> escolha nos casos <strong>de</strong> prolapso uterino em<br />

pacientes sem <strong>de</strong>sejo reprodutivo. A primeira histerectomia vaginal foi realiza<strong>da</strong><br />

em 1521 por Berengário <strong>de</strong> Capri por meio <strong>de</strong> uma ligadura coloca<strong>da</strong> ao redor<br />

do útero prolapsado, que era gradualmente aperta<strong>da</strong> até a separação do órgão.<br />

Hoje em dia realiza-se a histerectomia vaginal pela secção e ligadura dos vasos<br />

e paramétrios por via vaginal. Após a retira<strong>da</strong> do órgão, os ligamentos são<br />

fixados à cúpula vaginal para impedir o seu prolapso, ou a cúpula po<strong>de</strong> ser<br />

fixa<strong>da</strong> ao ligamento sacro espinhoso direito com esse propósito.<br />

Bibliografia<br />

1. Souza AZ. Stress incontinence of urine. Int Surg 1976;61:396-402.<br />

2.Ribeiro RM, Anzai RY, Guidi H. Incontinência <strong>urinária</strong> <strong>de</strong> <strong>esforço</strong>: diagnóstico e<br />

tratamento. Rev Bras Med 1990;47:553-61.<br />

3. Diokno AC, Brock BM, Brown HB, Herzog AR. Prevalence of urinary incontinence<br />

and other urologic symptoms in the non institutionalized el<strong>de</strong>rly. J Urol 1986;136:1022-<br />

5.


4.Roberts RO, Jacobsen SJ, Rho<strong>de</strong>s T, Reilly WT, Girman CJ, Talley NJ, Lieber MM.<br />

Urinary incontinence in a community-based cohort: prevalence and healthcare-seeking.<br />

J Am Geriatr Soc 1998;6:467-72.<br />

5. Berghmans LCM, Hendrikis HJM, Bo K, Hay-Smith EJ, <strong>de</strong> Bies RA, van Waalwijk,<br />

van Doorn ESC. Conservative treatment of stress urinary incontinence in women: a<br />

systematic review of randomized clinical trials. Br J Urol 1998;82:181-9<br />

6. DeLancey JO. Stress urinary incontinence: where are we now, where should we go?<br />

Am J Obst Gynecol 1996;175:311-9.<br />

7. Rozenzeweg BA- Severe genital prolapse and its relationship to <strong>de</strong>trusor instability.<br />

Int. Urogynecol. J, 6:86, 1995.<br />

8. Bezerra CA, Rodrigues AO, Seo AL, Ruano JM, Borrelli M, Wroclawski ER-<br />

Laparoscopic Burch surgery: is there any advantage in relation to open approach? Int.<br />

Braz. J. Urol; 30(3):230-6, 2004 May-Jun.<br />

9. Goldberg RP; Koduri S; Lobel RW; Culligan PJ; Tomezsko JE; Winkler HA; Sand<br />

PK- Protective effect of suburethral slings on postoperative cystocele recurrence after<br />

reconstructive pelvic operation. Am J. Obst. Gynecol, 1307-1313,<strong>de</strong>c 2001.<br />

10. Hermieu JF;Milcent,S- Les ban<strong>de</strong>lettes sous-urétrales synthétiques <strong>da</strong>ns le<br />

traitement <strong>de</strong> l’incontinence urinaire d’effort feminine. Progrès en Urologie 2003; 13:<br />

636-664<br />

11. Simões PM, Chaves SN, Araújo MMA – Histerectomia vaginal – estudo <strong>de</strong> 420<br />

casos. Ver. Brás. Ginecol. Obstet, 9:34, 1987.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!