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Teste 1 Filosofia 10.º ano - Escola Secundária de Alberto Sampaio

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1.<br />

Versão 1<br />

ESCOLA SECUNDÁRIA DE ALBERTO SAMPAIO<br />

<strong>Filosofia</strong> <strong>10.º</strong> Ano — Proposta <strong>de</strong> Resolução do <strong>Teste</strong> N.º 1<br />

2011/2012<br />

RESPOSTAS<br />

A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y<br />

V F V V F F V F F F F F V F V F F F F F V V F F V<br />

2. O objeto da filosofia é aquilo <strong>de</strong> que a filosofia trata. A filosofia trata <strong>de</strong> problemas intelectuais com os<br />

quais as outras disciplinas são incapazes <strong>de</strong> lidar – problemas fundamentais acerca da natureza da<br />

realida<strong>de</strong>, do conhecimento e do valor – e dos conceitos mais básicos que usamos nas ciências, nas<br />

artes, nas religiões e no dia-a-dia, por exemplo: o bem moral, o mal, a arte, o conhecimento, a<br />

verda<strong>de</strong>, a realida<strong>de</strong>, a linguagem, o número...<br />

O método da filosofia é o modo como a filosofia trata os seus problemas. Os problemas estudados em<br />

filosofia são tratados através <strong>de</strong> métodos dialéticos <strong>de</strong> argumentação e contra-argumentação, ou seja,<br />

o método da filosofia é a troca <strong>de</strong> argumentos, a discussão crítica <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias.<br />

3. Dizer que a filosofia é uma ativida<strong>de</strong> crítica significa que a filosofia consiste em avaliar cuidadosa e<br />

imparcialmente todas as i<strong>de</strong>ias, sejam elas nossas ou dos nossos interlocutores, para <strong>de</strong>scobrir se são<br />

verda<strong>de</strong>iras ou falsas. É através da discussão crítica, da justificação pública das i<strong>de</strong>ias através da<br />

argumentação, que se realiza a ativida<strong>de</strong> filosófica Por isso, ser crítico opõe-se a ser dogmático, que é<br />

a atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> quem se recusa a analisar as i<strong>de</strong>ias, <strong>de</strong>clarando-as verda<strong>de</strong>iras ou falsas sem para isso<br />

apresentar boas razões. A filosofia exige uma tomada <strong>de</strong> posição, abertura <strong>de</strong> espírito e<br />

disponibilida<strong>de</strong> para pensar livremente.<br />

4.<br />

A. É um texto argumentativo, porque o autor preten<strong>de</strong> <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r uma i<strong>de</strong>ia, isto é, a conclusão (uma<br />

proposição) através <strong>de</strong> outras i<strong>de</strong>ias ou razões, que são as premissas (outras proposições).<br />

B. A <strong>de</strong>mocracia é a forma <strong>de</strong> governo mais justa – conclusão;<br />

Numa <strong>de</strong>mocracia, o povo tem sempre o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> <strong>de</strong>stituir os governantes, se estes governarem<br />

mal – premissa;<br />

É mais justo que um povo obe<strong>de</strong>ça à vonta<strong>de</strong> da maioria do que à vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> uns poucos que<br />

<strong>de</strong>têm o po<strong>de</strong>r – premissa.<br />

C. Questão: qual é a forma <strong>de</strong> governo mais justa?<br />

É uma questão filosófica porque é a priori, isto é, a resposta só po<strong>de</strong> ser obtida através do<br />

pensamento, e não da experiência, pois a informação empírica não permite resolver tais<br />

problemas.<br />

5. Premissa: Os <strong>de</strong>uses são imortais.<br />

Premissa oculta: Sócrates não era imortal.<br />

Conclusão: Sócrates não era um <strong>de</strong>us.<br />

1


6.<br />

ESCOLA SECUNDÁRIA DE ALBERTO SAMPAIO<br />

<strong>Filosofia</strong> <strong>10.º</strong> Ano — Proposta <strong>de</strong> Resolução do <strong>Teste</strong> N.º 1<br />

2011/2012<br />

A. A ocupação <strong>de</strong> prédios públicos não <strong>de</strong>ve ser permitida – conclusão.<br />

A ocupação <strong>de</strong> prédios públicos põe em risco o interesse e o património públicos e a integrida<strong>de</strong><br />

física dos membros do governo, dos funcionários e dos próprios manifestantes – premissa;<br />

O que põe em risco o interesse e o património públicos e a integrida<strong>de</strong> física dos membros do<br />

governo, dos funcionários e dos próprios manifestantes não <strong>de</strong>ve ser permitido – premissa oculta.<br />

B. Explicitamente, o argumento po<strong>de</strong> ser reescrito <strong>de</strong>ste modo:<br />

«O que põe em risco o interesse e o património públicos e a integrida<strong>de</strong> física dos membros do<br />

governo, dos funcionários e dos próprios manifestantes não <strong>de</strong>ve ser permitido.<br />

A ocupação <strong>de</strong> prédios públicos põe em risco o interesse e o património públicos e a integrida<strong>de</strong><br />

física dos membros do governo, dos funcionários e dos próprios manifestantes.<br />

Logo, a ocupação <strong>de</strong> prédios públicos não <strong>de</strong>ve ser permitida.»<br />

O argumento é válido, uma vez que a conclusão se segue das premissas, ou seja, as premissas<br />

sustentam a conclusão. Se as premissas forem verda<strong>de</strong>iras, não há nenhuma circunstância em que<br />

a conclusão possa ser falsa.<br />

Para avaliar a soli<strong>de</strong>z do argumento, temos <strong>de</strong> ver se as premissas são verda<strong>de</strong>iras. Se as<br />

premissas forem verda<strong>de</strong>iras, então o argumento será sólido, pois, como já vimos, é válido.<br />

Analisemos, então, as premissas. É ou não verda<strong>de</strong> que «O que põe em risco o interesse e o<br />

património públicos e a integrida<strong>de</strong> física dos membros do governo, dos funcionários e dos<br />

próprios manifestantes não <strong>de</strong>ve ser permitido»? Tudo indica que sim: a integrida<strong>de</strong> física das<br />

pessoas (membros do governo, funcionários, manifestantes) e o interesse e património públicos<br />

<strong>de</strong>vem, em princípio, ser preservados, pelo que aquilo que os põe em risco não <strong>de</strong>ve ser<br />

permitido. Analisemos a segunda premissa: é ou não verda<strong>de</strong> que «A ocupação <strong>de</strong> prédios<br />

públicos põe em risco o interesse e o património públicos e a integrida<strong>de</strong> física dos membros do<br />

governo, dos funcionários e dos próprios manifestantes»? Também esta premissa po<strong>de</strong> ser<br />

consi<strong>de</strong>rada verda<strong>de</strong>ira: a concentração <strong>de</strong> muitas pessoas num espaço fechado e reduzido po<strong>de</strong><br />

ser consi<strong>de</strong>rada como um risco quer para as pessoas, quer para o património, quer ainda para as<br />

condições <strong>de</strong> trabalho dos funcionários. As premissas são, portanto, verda<strong>de</strong>iras. E, como o<br />

argumento é válido, então também é sólido(*).<br />

Será o argumento cogente? O argumento é cogente(*), pois as premissas são mais plausíveis do<br />

que a conclusão, isto é, são mais obviamente verda<strong>de</strong>iras do que a conclusão. Quem, à partida,<br />

não aceita a conclusão, encontra nas premissas razões mais evi<strong>de</strong>ntes ou mais convincentes para<br />

a aceitar.<br />

(*) O aluno também po<strong>de</strong>ria <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r que o argumento não é sólido, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que argumentasse a favor da falsida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

pelo menos uma premissa. Consequentemente, tinha que <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r que o argumento não é cogente.<br />

2<br />

04.11.2011<br />

António Padrão

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