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Cadeia produtiva da indústria madeiro-moveleira

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crescimento <strong>da</strong> participação dos países asiáticos no segmento,<br />

principalmente <strong>da</strong> China, devido a investimentos recentes em<br />

novas plantas construí<strong>da</strong>s visando às exportações.<br />

A Itália é tradicionalmente conheci<strong>da</strong> pelo design inovador<br />

e pela quali<strong>da</strong>de de seus produtos; a Alemanha, apesar de ser o<br />

segundo maior exportador de móveis, depende do mercado externo<br />

para suprir a sua deman<strong>da</strong> local por móveis de madeira maciça;<br />

os Estados Unidos, terceiro maior exportador de móveis, são também<br />

bastante dependentes do mercado externo e por isso mesmo constituem<br />

o maior importador deste segmento.<br />

As estimativas sobre o mercado mundial de móveis são positivas,<br />

sendo espera<strong>da</strong> uma taxa de crescimento de 10% ao ano, com uma<br />

produção fortemente direciona<strong>da</strong> para o consumo de móveis práticos,<br />

padronizados e de baixo custo, fabricados a partir de madeira de reflorestamento.<br />

Esse movimento depende, evidentemente, do desempenho geral<br />

<strong>da</strong> economia mundial e, portanto, dos cenários e <strong>da</strong> trajetória mundial nas<br />

próximas déca<strong>da</strong>s.<br />

O Brasil é um dos grandes produtores de madeira, mas tem pequena<br />

importância no mercado mundial de móveis, agregando pouco valor aos<br />

derivados <strong>da</strong> extração madeireira. O país está em sexto lugar no mundo em<br />

área refloresta<strong>da</strong> e detém a 14ª posição em cobertura florestal, o que equivale<br />

a 540 milhões de hectares3 , apresentando grandes vantagens comparativas<br />

na exploração de florestas planta<strong>da</strong>s para a produção de celulose,<br />

carvão, madeira serra<strong>da</strong> e painéis de madeira, uma vez que emprega tecnologia<br />

avança<strong>da</strong> de cultivo, manejo e exploração. Além disso, possui avança<strong>da</strong><br />

tecnologia no plantio de florestas e um imenso maciço florestal nativo com<br />

potencial de exploração econômica.<br />

Essas características permitem que o país tenha o menor custo mundial<br />

de produção de celulose, ancorado no desenvolvimento de uma tecnologia<br />

florestal que garante alta produtivi<strong>da</strong>de e baixo custo de sua matéria-prima<br />

principal - a madeira. Mesmo assim, em 2006 o setor teve uma participação<br />

de 3,1% do PIB nacional (US$ 24,3 bilhões) e gerou 8,3 milhões de empregos<br />

diretos e indiretos, de acordo com <strong>da</strong>dos <strong>da</strong> Associação Brasileira <strong>da</strong> Indústria<br />

de Madeira Processa<strong>da</strong> Mecanicamente (Abimci).<br />

O Brasil tem a mais alta produtivi<strong>da</strong>de na produção de florestas folhosas,<br />

onde predomina o eucalipto, sendo superior à <strong>da</strong> África do Sul, que ocupa<br />

o segundo lugar; EUA, que vêm em terceiro; e Portugal, em quarto lugar.<br />

Na produção de florestas coníferas (pinus), o Brasil está à frente <strong>da</strong> Nova<br />

Zelândia (segundo lugar), Chile e EUA (terceiro e quarto lugares, respec-<br />

Capítulo 2 - Desempenho recente <strong>da</strong> cadeia <strong>produtiva</strong> no Brasil<br />

3 In: Setor Florestal no Brasil - Evolução<br />

recente e perspectivas para o futuro.<br />

Scientia Florestalis n.66, p. 191-203, 2002.<br />

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