ALIMENTO CELULAR - 04/09 - Igreja de Cristo

ALIMENTO CELULAR - 09/09
TÍTULO: Firmeza (transcrito do livro De
todo o Coração)
Lucas 5. 5 “Ao que disse Simão: Mestre, trabalhamos a noite toda, e nada
apanhamos; mas, sobre tua palavra, lançarei as redes.”.
Introdução
Inconstância é a palavra que mais tem achado espaço no coração e na mente das pessoas que estão com seus
valores desalinhados. No começo do empreendimento todos estão empolgados e contam um um certo grau de
automotivação. Infelizmente, com o surgir das dificuldades, muitos esquecem daquele sentimento inicial e acabam
por abandonar o propósito. Isto é falta de firmeza.
Uma parceira fiel da volubilidade é a dúvida. Se você não tem a devida certeza, acaba desistindo, pois não vê razão
em continuar empenhado naquele empreendimento.
Deus, quando manifestou-se ao mundo através de Jesus, estava justamente dando a devida razão para que as
pessoas não desistissem. Por várias razões, O vemos ensinando isto aos seus discípulos e estes ensinamentos até
hoje alegram o meu coração.
Numa manhã, Jesus estava no barco de Simão Pedro, no lago de Genesaré, ministrando para a multidão que estava
na praia. Posso imaginar que Pedro estivesse tão atento ao discurso de Jesus que nem lembrara mais que havia
passado a noite nas águas e não havia pescado nenhum peixe. Ele talvez estivesse esquecido. Jesus não.
Jesus falou para Pedro ir mais adiante com o barco e lançasse sua rede à pesca. Pedro lembrou da noite anterior e
com muita humildade falou:
“Mestre, trabalhamos a noite toda, e nada apanhamos; mas, sobre tua palavra, lançarei as redes”. (Lucas 5:5)
Desenvolvimento
Pedro já estava convicto e não havia dúvida com relação à Palavra de Jesus. Por mais que parecesse loucura pescar
naquela manhã, ele lançou a rede sobre a palavra do Mestre. A pescaria foi tão grande que se tornou necessário
pedir ajuda a outro barco. Os dois ficaram tão cheios que seus limites de cargas foram ultrapassados.
Amado, devemos entender sobre qual palavra estamos firmados. Isto faz uma imensa diferença.
Com o passar dos tempos, Pedro já estava enfraquecendo novamente, pois o que Jesus havia falado, a princípio,
segundo seu entendimento, não havia se cumprido no que diz respeito a sua morte. Esta dúvida causara em Pedro
uma tremenda confusão. Vontade de desistir, de voltar a ser pescador de peixes e não mais de homens, como ele
pensara haver tornado-se.
Reunido com Natanael e Tomé, resolveu então voltar a ser pescador. Desta vez no mar de Tiberíades. Era, talvez,
única coisa que ele tinha certeza que sabia fazer muito bem.
Novamente Pedro passou a noite toda pescando e como resultado de sua “expertise” nada apanhou. Estavam
exaustos e era certo o sentimento de que aquele dia não houvera sido feito para pescar. Pela manhã, quando estão
chegando à praia, uma pessoa os esperava. Era alguém muito simpático. De prontidão perguntou o que havia para
comer. A resposta com voz trêmula e cansada confirmou não haver nada, pois tinham pescado a noite toda e nada
apanharam.
A falta de firmeza, em muitos momentos nos leva a uma situação de não termos nada para comer, assim como
aqueles discípulos.
O personagem que os recepcionara na praia era Jesus. O olhar meigo e carinhoso do Mestre os convidava a
novamente irem às águas lançarem a rede. A instrução desta vez, muito parecida com o que tinha ocorrido a muito
tempo atrás, era a de lançarem a rede à direita do barco. Parecia meio estranho, pois os peixes que estivessem na
direita, poderiam migrar para a esquerda e assim sucessivamente. Na dúvida, aqueles cansados discípulos
entenderam que era melhor obedecer.
Nesta pescaria, depois de uma noite toda sem pegar nada, em apenas alguns minutos, sob a palavra de Jesus, ele
apanharam cento e cinqüenta e três grandes peixes.
Aquele Pedro, inconstante, sem firmeza, aprendia agora mais uma lição. Jesus o havia chamado para pescar
“homens” e não peixes. Não era para ele desviar-se desse caminho, pois sem Jesus nem mesmo peixes ele
conseguiria pegar.
Amado, você tem um chamado de Deus. Continue firme. Sem duvidar. Sem temer. O conceito é muito claro para nós,
principalmente depois que começamos a ter um relacionamento de amadurecimento com Deus. Mesmo assim,
muitas pessoas continuam desistindo do propósito inicial. Por que isso acontece? Como ocorre? O que podemos
fazer para evitar e continuar inabalável?
De antemão, podemos esclarecer que continuar firme não depende especificamente de nenhum ser celestial, mas
unicamente de você. A opção é sua e somente você poderá tomar esta decisão. Alguns cristãos passam a vida toda
perguntando para Deus qual é o propósito que Ele tem para suas vidas. Esquecem que estes propósitos já foram
liberados na Bíblia e somente após o cumprimento do plano básico que contém é que Deus direciona para algo
específico e maior.
Em pelos menos quatro momentos, você e eu somos chamados parar ser inconstantes. Nesses momentos devemos
ter plena convicção do que nós somos em Deus e o que Ele é para nós.
Estar firme, ter pleno conhecimento do Senhor e permanecer sempre a disposição do chamado de Deus fará com que
alcancemos patamares maiores de intimidade e comunhão. O contrário é totalmente desastroso e determinadas
missões que Deus tem para você, em um tempo já propositado no cumprimento, você acaba demorando mais que o
necessário e evita prosseguir.
1 – AUSÊNCIA DO ENTENDIMENTO PLENO
Posso imaginar Josué, após três dias parado em frente ao Jordão, perguntando-se como haveria de atravessar aquele
rio, como iria fazer para não desistir do plano inicial de conquistar a Terra Prometida, uma vez que havia entre aquele
sonho o início da concretização um grande rio a ser atravessado.
Naquela época do ano, o rio estava cheio, dificultando ainda mais a passagem. Foram três dias, creio eu, de muito
estudo, de perguntas e respostas. Afinal de contas, não era apenas o rio que estava no meio do caminho. Existia um
abismo ainda maior que Josué precisava passar que era ter a pleno entendimento do propósito de Deus naquele
negócio.
Muitas vezes até nos perguntamos: Se Deus está neste negócio, por que tem este tipo de problema? Josué estava,
naquele momento nos passando uma grande lição acerca de como entender os propósitos de Deus. Somente
entendendo todo o contexto é que se consegue atravessar qualquer “Jordão” que aparece em nossa vida.
2009 – Alargar Fronteiras na Plenitude do Espírito. – Rua João Cordeiro, 2071 - Aldeota

Deus passou para Josué toda a estratégia da travessia. A única coisa que ele deveria fazer era obedecer. Somente
Deus teria capacidade de abrir as águas do Jordão, como já havia aberto as do Mar Vermelho. Isto era humanamente
impossível para Josué. Mesmo assim o entendimento de todo o contexto fez com que Josué não reclamasse e não
murmurasse naquela situação. Era preciso enfrentar o problema. Não seria aquele rio que iria tirá-lo do propósito de
conquistar a Terra.
Muitas vezes nos pegamos reclamando das dificuldades, dos ‘rios’ que aparecem em nossa vida e que termos de
enfrentá-los. Quem não consegue ter o entendimento pleno acaba enfraquecendo-se pela largura, altura e
profundidade das dificuldades e ter o entendimento pleno significa olhar para as campinas que estão além do rio, é
saber que não estaremos sós, na travessia dos “jordões”. Ele estará conosco. O eterno Amado, nunca nos abandona
O que você espera após os problemas e dificuldades? Será que realmente, pelo que você está vendo, vale a pena
parar?
O apóstolo Paulo, em um desses momentos, nos dá uma grande lição. Tenho estas palavras gravadas no meu coração
e faço de tudo para lê-las quando as dificuldades querem me apanhar:
“Mas, como está escrito: As coisas que olhos não viram, nem ouvidos ouviram, nem penetraram o coração do
homem, são as que Deus preparou para os que o amam”.
(I Coríntios 2:9)
Queridos, ter o entendimento pleno nos possibilita seguir adiante. Assim como o Jordão não foi dificuldade para
Josué, porque do outro lado ele estava vendo a terra prometida, os problemas e dificuldades também não nos pode
fazer parar. Por mais que seja difícil imaginar os campos verdejantes. Tenha certeza, eles existem. Eles são mesmo
reais.
Paulo também nos exorta a continuar olhando para além do Jordão, quando diz:
“Pois tenho para mim que as aflições deste tempo presente não se podem comparar com a glória que em nós há de
ser revelada”. (Rom. 8:18)
É perda de tempo ficar parado em frente aos “jordões” que a vida impõe a você. Faça como Josué, santifique-se,
convide a presença do Senhor e marche, pois as águas vão se abrir.
Existe uma palavra em Isaías que realmente nos conforta muito:
“Assim diz o Senhor ao seu ungido, a Ciro, a quem tomo pela mão direita, para abater nações diante de sua face, e
descingir os lombos dos reis; para abrir diante dele as portas, e as portas não se fecharão; eu irei adiante de ti, e
tornarei planos os lugares escabrosos; quebrarei as portas de bronze, e despedaçarei os ferrolhos de ferro. Dar-te-ei
os tesouros das trevas, e as riquezas encobertas, para que saibas que eu sou o Senhor, o Deus de Israel, que te chamo
pelo teu nome”. (Isaías 45:1-3)
Ciro, nesta passagem, é um tipo de Igreja. Esta é a única passagem da Bíblia onde Deus fala claramente de um Rei,
gentil como seu ungido. Temos a unção do Espírito Santo sobre a nossa vida, assim como foi mencionado para Ciro.
Neste contexto de igreja, Ciro é você e eu.
Deus menciona para nós algumas palavras que devem sempre ficar guardadas em nosso coração, como as luzes de
um farol. Isto se chama entendimento pleno.
1) Eu irei adiante de Ti.
Quem não tem o entendimento pleno, acaba desistindo, pois acha que ele é quem está na frente e não Deus.
2) Tornarei planos os lugares escabrosos
Deus promete que iria aplainar as montanhas. Muitas vezes morremos ou acabamos desistindo ao querer, com nossa
própria forma, escalar as montanhas desta vida. Quantas pessoas já morreram tentando escalar montanhas e picos
elevados?
Queridos, ter o entendimento pleno é justamente não querer e não aceitar, por maior que seja o ímpeto, carregar
sobre os seus ombros a dor de levar sozinho os planos que Deus lhe confiou. A montanha é muito íngreme e você
pode cair, se machucar e até mesmo morrer.
Entenda o que Deus fala para você agora. É Ele que vai aplainar as montanhas. Você passará por lugares plainos. Isto
é entender plenamente os propósitos de Deus. Não significa, no entanto, que você não seja provado, se necessário
for, escalar qualquer montanha em obediência ao chamado do Senhor.
3) Quebrarei as portas de Bronze
Muitas portas e portões parecem ser intransponíveis. Por mais que tentemos, eles não se movem e nos sentimos
totalmente desfalecidos. Quando isto acontecer, lembre-se de que é Deus que irá arrebentar estas portas, por mais
duras que sejam existe um valente que pode muito mais e Ele está com você, indo inclusive à frente.
4) Despedaçarei os ferrolhos de Ferro.
Lembro muito bem quando Paulo e Silas estavam presos. Enquanto louvavam ao Senhor, o Anjo entrou na prisão,
despedaçou aqueles ferrolhos de ferro e deu liberdade aos homens de Deus.
Para muitos de nós, o fato de estar preso e acorrentados já seria motivo de desistência. Mas Paulo sabia realmente
quem era o seu Senhor. Creio, ser ele doutor no conhecimento desta passagem de Isaías.
Deus despedaça os ferrolhos. Por mais que você se veja trancado, sem saída, faça como o Salmista que diz que o seu
socorro só poderia vir do Senhor.
5) Dar-te-ei os tesouros escondidos e as riquezas encobertas.
Pela ausência do entendimento pleno e pelo foco apenas no problema cotidiano, muitas pessoas perdem os tesouros
que Deus tem para elas.
Querido, fique sempre atento. É Deus e não nós quem irá desvendar estes mistérios.
Assim como Josué, Paulo, Ciro e muitos outros veja o que Deus realmente tem para você, que é muito grande. Nunca
desista. Olhe o que está além do rio e não tenha medo de atravessar andando. Está difícil? Saiba que muitas pessoas
nem chegaram onde você já está e se isso aconteceu é porque Ele (Jesus) nunca abandou você. Entenda desta forma
e marche com firmeza. Alinhe seus valores de acordo com o manual do nosso Deus. Isso fará com que você assuma
posições, já sonhadas por Deus e que, por falta de um entendimento maior de sua parte, ainda não conseguiu.
2 – ERRO DE PLANEJAMENTO.
Os meus dez últimos anos de trabalho sempre foram voltados para Planejamento. É algo que, de tanto praticar,
conseguimos aprender alguma coisa, quando trata-se também da aplicação. Somos moldados a sempre ter mais de
uma saída para determinado problema. Isto é muito bom e nos coloca à frente de algumas situações que seriam
desagradáveis. Até aí tudo bem.
No Reino Deus, infelizmente, esta técnica não se aplica com tanta eficácia que na empresa ou em outra atividade. O
maior planejamento que você precisa fazer é TER FÉ.
Como é difícil ter fé quando as circunstâncias fogem ao nosso ao controle. Não vemos mais saídas. Tínhamos feito um
excelente planejamento, só não contava que deveríamos ter fé.
2009 – Alargar Fronteiras na Plenitude do Espírito. – Rua João Cordeiro, 2071 - Aldeota

Querido, como no Reino de Deus os valores são diferentes! Por pensarem que é semelhante ao reino humano, muitas
pessoas acabam desistindo quando as circunstâncias são contrárias. Fazemos excelentes planejamentos. Isto é muito
bom! No entanto, não podemos esquecer de inserir no nosso planejamento que devemos ter fé, independentemente
das circunstâncias.
A falta de fé e a crença maior em nossa própria força construtora nos afastam totalmente dos planos de Deus e
acabamos por ficar como um barco à deriva. Não quero, desta forma, dizer que você não deve planejar para fazer a
obra de Deus, mas reforço que apenas planejamento não é suficiente. A ausência de fé faz muitos cristãos morrerem
durante a caminhada e não chegarem à terra prometida.
Habacuque foi uma das pessoas mais fantásticas que nos falaram deste assunto ao mencionar em seu livro uma
palavra bastante forte e verdadeira:
“Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto nas vides; ainda que falhe o produto da oliveira, e os campos não
produzam mantimento; ainda que o rebanho seja exterminado da malhada e nos currais não haja gado, todavia eu
me alegrarei no Senhor, exultarei no Deus da minha salvação“. (Habacuque 3:17-18)
A primeira vez que ouvi esta palavra estava enfrentando um momento de solidão muito grande. Elas soaram em meu
coração como o som de uma belíssima melodia. Decidi, assim como Habacuque, crer, independentemente das
circunstâncias. Era uma questão de decisão. Iria ter meu planejamento, mas se ele desse errado iria crer piamente no
meu Amado.
Não erre, querido. Insira no seu planejamento o “ter fé”. Paulo, ao escrever aos cristãos de Éfeso, menciona uma
palavra lindíssima a respeito do planejamento. Ao ler esta palavra entendo que em muitas casos não acontece como
planejamos porque a honra e a glória são do Senhor e não nossa. Ele, sim, não comete falhas em seu planejamento:
“Ora, àquele que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos,
segundo o poder que em nós opera, a esse seja glória na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o
sempre. Amém”. (Efésios 3:20-21)
É preciso que creiamos que Ele, Jesus, é poderoso e tem a capacidade de nos surpreender. Esta tarefa o Senhor sabe
fazer muito bem, quando trata-se de agradar e fortalecer um filho seu.
Ter fé que aquilo que Deus prometeu vai se cumprir é justamente não ficar imaginando algo de nossa própria mente
e nem criando circunstâncias que não existem. Não devemos dar ouvidos só ao coração, mas principalmente às
palavras do nosso Amado.
Ter firmeza tem uma relação muito forte com ter fé. Não consigo imaginar alguém que tenha fé e que não seja firme
em seus propósitos e no propósito que Deus lhe confiou. O contrário também é muito difícil de existir. Você precisa
crer que Deus é quem vai fazer o impossível, cabendo a você fazer somente aquilo que é humanamente possível.
Caso duvide deste princípio estará enfado ao fracasso e à desistência.
A falta de fé é um dos motivos porque muitos erram em seus planejamentos. Portanto, uma vez sabendo deste
princípio, creia, pois, aquele que enviou isto é poderoso para galardoar, acompanhar e ajudar em todas as
dificuldades. É uma questão de crer ou simplesmente abandonar, pois a lógica humana não funciona nestes casos.
Para completar este entendimento, podemos lançar mão dos conselhos do Apóstolo Pedro que diz o seguinte:
“E por isso mesmo vós, empregando toda a diligência, acrescentai à vossa fé a virtude, e à virtude a ciência, e à
ciência o domínio próprio, e ao domínio próprio a perseverança, e à perseverança a piedade, e à piedade a
fraternidade, e à fraternidade o amor.
Porque, se em vós houver e abundarem estas coisas, elas não vos deixarão ociosos nem infrutíferos no pleno
conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo.” (II Pedro 1:5-8)
Aumente ainda mais o nível de crença no Senhor, acrescentando virtudes à sua fé. A princípio, podemos entender
como virtudes aquilo que melhor define seu nível de fé. Isto posto, partimos do entendimento que você já tem fé e
chamemos a isto de fé verdadeira, inabalável, constante, presente, etc, são virtudes que você pode acrescentar à sua
fé. A Bíblia é repleta de conselhos que nos orientam a continuar firme, crendo no Senhor.
Uma vez tendo uma fé com virtudes, qualidades, acrescente a isto o conhecimento. O verdadeira ciência está na
Palavra de Deus. Quanto mais você estuda a Bíblia, mais afina e desenvolve sua fé.
Conheço pessoas que até mesmo profetizam, falam em línguas e abençoam muitas outras, o que não acho errado,
mas considero extremamente alarmante o fato de estas pessoas não saberem praticamente nada a respeito da
palavra de Deus, sentindo dificuldades até de encontrar um livro na Bíblia. Isto é uma fé falha, momentânea e que
não conduz à produção de frutos maduros.
Ter uma fé baseada na Palavra de Deus nos conduz a sermos mais pacientes, mais temperantes. Ser temperante é
justamente saber passar as circunstâncias adversas da vida, sem ser amargo com as pessoas e sabendo acima de tudo
manter o domínio próprio. Algumas pessoas chamam isto de inteligência emocional.
Ter domínio próprio nos capacita a sermos perseverantes, a não desistirmos. Isto completa nosso planejamento
reforçando a necessidade de termos fé. Com tudo isto, a fé requer também que sejamos piedosos, compadecendonos
daqueles que ainda não conseguiram chegar ao nível de fé que alcançamos.
Pedro nos aconselha a praticarmos o amor fraternal, desde que tenhamos fé. Este amor é aquele existente entre
irmãos, entre parentes. A obra do Senhor, só anda adiante quando os cristãos fazem uso deste princípio de amor.
Portanto, amado, pratique esse amor. Observa também o que Pedro nos falou, que estas coisas devem não devem
existir apenas em nós, mas elas devem existir de forma que sejam notórias, que consigamos deixar transparecer aos
outros, e só assim veremos que isto nos fará ocupados, úteis, frutíferos e mais maduros no conhecimento do nosso
Senhor Jesus Cristo.
Não erre no seu planejamento, mas alinhe-se no que diz respeito aos seus valores, sendo firmes e colocando o ‘Ter
Fé’ em Deus, acima de qualquer circunstância, isto o fará muito feliz.
3 – ESQUECIMENTO DOS DETALHES.
Minha esposa, Ilda, é uma pessoa formidável. Quando nos casamos não tínhamos muito entendimento quanto a
convivência a dois. Cada um trazia para o relacionamento alguns medos, dores, inseguranças, mas acima de tudo, o
que mais pesava nesta bagagem, e ainda é muito forte, é o amor que sentimos um pelo outro.
Ao decidir sobre o casamento, propus em meu coração que aquela seria a minha única esposa. Iria realmente ser fiel
a ela e inventar de tudo para fazê-la muito feliz, afinal de contas ela era uma grande pérola que havia encontrado. E
realmente é.
Passado algum tempo, percebi que estava cumprindo na íntegra aquilo que havia planejado, mas a Ilda
constantemente reclamava que não estava feliz, ou seja, o cumprimento de toda aquela “fidelidade” não a estava
fazendo feliz, pois existiam detalhes que eu não estava muito atento. Detalhes estes que, quando deixados de lado,
invalidavam todo o trabalho que havia feito.
Demorei mais de dez anos para compreender esta lição e graças a Deus, ela sempre foi muito paciente comigo, creio
que este seja mais um dos muitos dons que Deus deu a ela.
Querido, muitas vezes trabalhamos duro, fazemos tudo que entendemos ser correto e deslizamos apenas em alguns
detalhes e por mais que o todo seja perto do perfeito acaba como uma massa quando levedada por um pouco de
fermento, exemplo este muito utilizado pelo Apóstolo Paulo.
Imaginemos um bom empregado bastante comprometido com a empresa onde trabalha e um dia, por uma fraqueza
ou por simplesmente ouvir a voz do Diabo, acabou sendo envolvido em algum negócio impróprio dentro daquela
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empresa. Por mais que ele tenha sido bom, muitos de nós o demitiríamos sumariamente pelo seu gravíssimo erro.
Esta pessoa teria cometido uma falha a qual consideramos grave: Inobservância aos detalhes.
Assim como demorei muito a entender minha esposa e após este aprendizado nossa vida se tornou melhor. Devemos
também aprender a não cometer certas falhas com Deus, por menores que sejam, para que possamos ter uma vida
melhor com Ele.
Algo que me chama muito a atenção é a importância que Josué dava aos detalhes. Ele havia sido chamado por Deus
para guiar o povo na conquista da Terra Prometida, mas logo ao atravessarem o Jordão, Deus ordena que ele faça a
circuncisão do povo tendo em vista que eles haviam nascido no deserto e nenhum deles tinha sido circuncidado por
Moisés. Era um pequeno detalhe que ele obedeceu. Por mais que parecesse pequeno, aquilo significava a retirada do
sofrimento que haviam passado no Egito. São detalhes, aos nossos olhos, que têm um valor imenso no reino de Deus.
Pensemos agora quantas vezes deslizamos em alguns detalhes. Passamos o resto da vida sem entender por que não
recebemos as bênçãos de Deus, mas ao ficar atentos a esses detalhes desfrutamos de uma vida muito próspera.
Um dos detalhes que fazem toda a diferença, ao meu ver, é o que foi feito pelo Rei Josafá ao falar em ‘colocar os
olhos somente no Senhor’. Vejamos:
“Ó nosso Deus, não os julgarás? Porque nós não temos força para resistirmos a esta grande multidão que vem contra
nós, nem sabemos o que havemos de fazer; porém os nossos olhos estão postos em ti”. (II Crônicas 20.12)
Ter os olhos fitados somente no Senhor, por mais que pareça insignificante para nós, no Reino de Deus isto tem um
valor imenso. Deus não aceita que sua glória seja compartilhada por mais ninguém. Existem momentos que não
entendemos isto e queremos pôr nossos olhos em nossa própria capacidade, no nosso poder financeiro, no poder
bélico, enfim, em muitos outros alvos, além de também colocar em Deus. Isto no Reino de Deus é impossível de ser
concebido. Não há santo, pastor, padre, apóstolo e nem profeta que possa atrair para si nossos olhos mais que o
Senhor. Devemos entender isto com bastante clareza, pois somente assim podemos dizer como Josafá.
O negócio não estava nada bom em Judá. Juntaram-se os exércitos dos moabitas, dos amonitas e alguns dos militas e
saíram de Edom para atacar Judá. Era um exército numeroso e quando a notícia chegou a Josafá. Eles já haviam
entrado pelas fronteiras de Judá, conquistado a cidade de Hazazom-Tamar e estavam a caminho da capital,
Jerusalém. Isto causou medo em Josafá, pois, por mais que ele já tivesse alguma experiência militar, seu governo foi
marcado, não por conquistas pelo poder bélico, mas sim pela implantação do programa nacional de educação
religiosa, ou seja, ele era conhecido por ter difundido a lei do Senhor em toda Judá.
Agora aquele enorme exército vinha contra Jerusalém ameaçando, quem sabe, fazer destruição total. Josafá então
toma uma grande decisão de colocar seus olhos somente no Senhor. No seu entender, ninguém mais poderia livrá-lo.
Isto não serviria apenas de prova de sua fé, mas sim uma pequena mostra de que o que ele havia ensinado ao povo,
com relação ao temor do Senhor, era realmente verdadeiro.
Amado, a batalha foi ganha pelo simples fato um pequeno detalhe: o de colocar os olhos somente no Senhor. É claro
que, ao observamos a história de Josafá, percebemos que ele cometeu erros muito bobos. Aos seus olhos, talvez até
insignificantes, mas que foram suficientes para provocar derrotas em sua vida em outras ocasiões. Podemos cometer
o mesmo erro de Josafá, fazendo alianças com pessoas ímpias, dando nossos filhos em casamento a pessoas
descompromissadas com o Senhor, no simples fato, de deixarmos Deus em segundo lugar. Entramos em verdadeiro
colapso quando cometemos esta falha. Deus quer que O tenhamos como primeiro, não apenas nas decisões difíceis.
Outro detalhe, onde também cometemos muita falha é nos permitir pensar em voltar atrás. O caminho do cristão é
uma via de mão única que não existe faixa para contra-mão. Toda vez que alguém pensa em retornar acaba se
chocando com quem está na direção correta. Não há possibilidade de retorno.
Jesus falando certa vez a este respeito mencionou:
“Ninguém que lança mão do arado e olha para trás é apto para o reino de Deus”. (Lucas 11:61)
É apenas um detalhe, apenas uma volta ao passado, à casa daquela mulher com quem mantinha um relacionamento
ilícito, naquela casa de jogos que era viciado. É apenas uma olhada, um deslize, um detalhe, um pico, um vício.
Não existe possibilidade de voltar, amado. Somos chamados para prosseguir. Deus preparou algo muito bom para
nós e não há nada que possa ser comparado com esta glória. Não caia e não se permita nem mesmo pensar em
retornar. Pense nas palavras do Senhor registradas em Hebreus, tratando deste assunto:
“Mas o meu justo viverá da fé; e se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele. Nós, porém, não somos daqueles
que recuam para a perdição, mas daqueles que crêem para a conservação da alma”. (Hebreus 10.38-39)
Prossiga, veja pela fé o banquete que o Senhor já nos preparou. Alinhe seus valores, colocando firmeza e jamais
esqueça dos detalhes que podem levá-lo ao sucesso ou a destruição.
4 – FALTA DE ALVO
Certa vez estava numa feira de livros e em um dos stands tinha uma promoção para ganhar um brinde. Era um teste
muito fácil que consistia em pegar dardos e tentar acertar um alvo a mais ou menos três metros de distância.
Percebi que muitas pessoas não conseguiam acertar aquele alvo, por mais fácil que parecia ser a prova. Resolvi jogar
e para minha surpresa também errei as três tentativas.
Se tendo um alvo é tão difícil acertar, imaginemos como não será se não tivermos nem mesmo o alvo. É como atirar
no escuro, sem saber qual o destino e nem o local onde acertar. Muitas pessoas vivem exatamente dessa forma, sem
alvo, e são guiadas de acordo com o que a vida vai mostrando, aleatoriamente.
Entenda que alvo diferencia-se de meta. Você deve ter várias metas apontadas para lugares distintos, como melhoria
do emprego, maior aproximação com a família, maior integração e comprometimento com o Reino de Deus, mas
quais são os alvos de cada uma dessas metas? Muitas pessoas não conseguem ter firmeza em seus valores, por
justamente faltar-lhes um alvo. Como ser firme em algum propósito, se nem mesmo este existe? Quais são suas
principais pretensões com relação ao Reino de Deus e a sua obra? Quais os planos para seu futuro e para o futuro
daqueles que dependem de você?
Josué tinha um alvo muito claro e este foi estabelecido quando Deus mostrou para ele a terra prometida. Seu alvo
era a conquista da terra de Canaã que Deus havia prometido dar à posteridade de Abraão. Este alvo era muito claro.
Josué não armou o exército e saiu guerreando contra os Egípcios, Etíopes, Macedônios, Escandinavos, Sarmácios,
Libianos, Árabes ou outros povos existentes naquela época. Seu alvo era conquistar a terra tirando de lá os cananeus,
amorreus, heteus, ferezeus, heveus e os jebuseus. Este era o alvo que Josué deveria acertar.
Uma vez tendo o alvo, digamos que a conquista tenha sido mais fácil. Josué sabia exatamente onde deveria acertar e
como iria dominar a Terra, pois tinha ao seu dispor a ajuda do Senhor.
Para termos firmeza, precisamos de um alvo bem estabelecido. Onde queremos acertar?
Alguns alvos que creio que são de suma importância para todos os cristãos:
1) Ganhar o Coração do Senhor
Ser um homem ou mulher segundo aquilo que deseja o coração de Deus.
2) Entrar na Canaã celestial
Aquela Canaã da Palestina era apenas uma sombra do que será nossa Canaã Celestial, chamada também de Nova
Jerusalém. Você deve a todo custo, acertar este alvo. Errarão este alvo os cães, os feiticeiros, os adúlteros, os
homicidas, os idólatras, todo aquele que ama e pratica a mentira e de modo geral, aqueles que não lavaram suas
vestiduras no sangue do Cordeiro, ou seja, não aceitaram que o Sacrifício de Jesus na Cruz do Calvário seria suficiente
para salvar a sua vida.
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3) Ser um bom mordomo do Senhor
Deus entregou seus bens aqui na terra para cuidarmos para Ele. Estes bens não são nossos e devemos fazer este
trabalho de mordomia com muito amor e dedicação, colocando sempre à disposição do Senhor aquilo que está em
nossas mãos.
4) Conhecer melhor a Palavra de Deus
É somente lendo e meditando a Palavra do Senhor, dando a ela o devido crédito como sendo única e infalível, que
você conseguirá descobrir realmente quem é Deus.
A Bíblia é um livro que se discerne espiritualmente. Portanto peça ao Espírito Santo para abrir o seu entendimento e
você a entenderá quando estiver lendo.
Querido, sem o estabelecimento de alvos claros em sua vida, a impossibilidade de você ser firme em suas convicções
é muito alta, por isso entenda esta carência e tome a atitude de estabelecer alvos que devem ser, com muito esforço
e garra, alcançados.
Não esqueça que errar faz parte do tentar acertar. Não fique triste e desiludido se errar, mas apenas entenda este
princípio e continue tentando para acertar.
Acertar alvos na vida do Cristão é algo extremamente necessário. Veja o exemplo de Davi, compare o que aconteceu
com ele após ter acertado uma pedra bem no centro da testa de Golias. Alguns até diriam que foi sorte, mas sorte é
algo que não acontece no Reino de Deus, e sim propósito. Veja quanto tempo Davi ficou treinando enquanto
arrebanhava as ovelhas de seu pai. O treinamento prolongado, junto com a motivação correta, conduziram aquele
pequeno garoto a uma vitória muito grande contra seu algoz.
Não esqueça de treinar os “tiros ao alvo”. É treinando que se acerta, mas isto não é sorte e sim preparação.
Elifaz, em um de seus diálogos com Jô, falou algo de suma importância quando o assunto é o estabelecimento de
alvos. Vejamos:
“Também determinarás algum negócio, e ser-te-á firme, e a luz brilhará em teus caminhos”. (Jó 22:28)
Sigamos o conselho do sábio, amigo do querido sofredor, sejamos firmes em nossos alvos para que a luz brilhe em
nossos caminhos.
5 – INCERTEZA QUANTO A POSSIBILIDADE DE VENCER
Não conheço ninguém que trabalharia insistentemente em um projeto tendo a certeza de que ele não lograria
sucesso. Esta certeza faz-nos desistir de qualquer empreendimento. No entanto, muitos continuam insistindo quando
ainda vêem que existe uma possibilidade, mesmo que remota. Tomaz Edson (Eletricidade) é um exemplo bem claro
do que estamos falando.
O não desenvolvimento de uma visão mais alongada, muitas vezes cria em nós uma falsa certeza de que não vai dar
certo. Lembre-se de que isto pode ser apenas uma ilusão. Então, o que fazer para poder diferenciar a ilusão da
realidade?
Em relação ao Reino de Deus, tão logo você adquira maior conhecimento, não vejo nenhuma possibilidade de
insucesso, pois por mais que você tente, não conseguirá. No reino humano, podemos muitas vezes empreender em
negócios, sem direção de Deus, que após uma melhor análise chegamos a conclusão que desistir é melhor caminho.
Vejo isto como sendo perfeitamente normal e dentro de um processo de amadurecimento.
Alguns até insistem em acreditar que tal empreendimento ou pessoa não deu certo porque já estava predestinado ao
fracasso. Isto é algo muito fantasioso que não tem aparato Bíblico. Deus não nos criou para sermos eternos
derrotados, detentores mundiais da certeza do fracasso, não é assim. O que existe na Bíblia são caminhos que levam
você a lugares distintos e cabe a você a escolha de qual caminho pretende seguir. Mesmo quando você pega o
caminho errado, terá ainda a chance de ler as diversas placas de advertências de perigos à sua frente ou de
possibilidades de retorno à sua esquerda. Os caminhos, este sim, são predestinados. Os caminhantes não. Ao
entendermos desta forma, algo nos clareia ainda mais os pensamentos, pois descobrimos que as ações é que
definirão nosso sucesso ou fracasso, principalmente em algo meramente humano.
Para ser ainda mais claro, com relação a este assunto, Paulo nos dá uma verdadeira aula. Vejamos:
“E sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados
segundo o seu propósito. Porque os que dantes conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem
de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos; e aos que predestinou, a estes também
chamou; e aos que chamou, a estes também justificou; e aos que justificou, a estes também glorificou. Que diremos,
pois, a estas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós?“ (Romanos 8:28-31.)
Os membros desse grupo têm destino certo, mas quanto à composição, não existe nenhuma lista complementar.
Portanto, podemos, com a morte de Jesus na cruz do Calvário, fazer parte dos predestinados à salvação e sermos
semelhantes à sua imagem. É bem certo que queremos fazer parte deste seleto grupo.
Se não existe aparato bíblico para o insucesso quanto à jornada cristã, então porque muitos acabam desistindo da
caminhada apresentando desalinhamento dos seus valores, sendo inconstantes? Isto acontece simplesmente porque
são iludidos com a falsa idéia de que não vale a pena continuar firme.
Quando fazemos um negócio, assinamos algum contrato, sempre estabelecemos cláusulas de início e fim. Isto é
muito claro em nossas relações comerciais, mas na relação com Deus não existe nenhuma cláusula de fim, apenas de
começo.
A decepção de alguns é achar que haverá uma luz ao final do túnel, mesmo quando ainda não estão vendo nem o
túnel. Isto é ilusão. Nossa relação com Deus é uma relação eterna. Ele é a própria luz no túnel do sofrimento, da
angústia e da derrota. É um relacionamento que não tem fim, não porque sejamos prisioneiros, mas porque sem
Deus, colocando o fim ao nosso bel modo, preferindo andar sozinho, certamente não logrará êxito. Este
relacionamento é algo que deve a cada dia caminhar no amadurecimento e no conhecimento do perfeito amor,
baseado numa fé que está acima de qualquer circunstância.
Deus não é obrigado a se mostrar para nós constantemente como Deus para que creiamos nele todos os dias. Isto é
um indício de que você ainda não amadureceu espiritualmente. É como aquela criancinha que o pai ao sair para o
trabalho de manhã tem que prometer que estará de volta no final do dia e se a promessa não acontecer, aquela
criança ficará em dúvidas quanto ao retorno do pai.
Quando Sadraque, Mesaque e Abedenego foram convidados a adorar a estátua, sob a ameaça de serem lançados
numa fornalha de fogo ardente, eles disseram uma frase que sempre soa bem aos meus ouvidos, quando o assunto é
maturidade espiritual;
“Eis que o nosso Deus a quem nós servimos pode nos livrar da fornalha de fogo ardente; e ele nos livrará da tua mão,
ó rei. Mas se não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses nem adoraremos a estátua de ouro que
levantaste”. (Daniel 3:17-18)
Caso Deus não os livrasse daquela imensa fogueira, Ele continuava sendo Deus e não seria diminuído para Sadraque,
Mesaque e Abedenego. Isto se chama pleno conhecimento do Senhor. Quando desenvolvemos este conhecimento,
nossa visão passa a ser mais ampla e menos momentânea.
Na momentaneidade, um bom exemplo é a igreja de Atos dos Apóstolos. No início, os Apóstolos anunciavam um
evangelho onde Jesus iria voltar no dia seguinte, no mais tardar na próxima semana, mês ou ano. Os cristãos vendiam
suas propriedades e depositavam aos pés dos Apóstolos porque se o mundo iria acabar quando Jesus voltasse,
segundo seus conceitos, de que adiantava ter bens? Era melhor que estivessem distribuídos aos pobres, poderia até
ser que tivesse “maior tesouro” nos céus.
2009 – Alargar Fronteiras na Plenitude do Espírito. – Rua João Cordeiro, 2071 - Aldeota

Isto causou uma tremenda frustração, pois passou a semana seguinte, o próximo mês, iniciou-se outro século e nada.
Jesus não voltou para definitivamente implantar seu reino. Os cristãos não foram ensinados a esperar Jesus quando
Ele voltasse e sim no momento seguinte. Para consolá-los o escritor da carta aos Hebreus menciona:
“Não lanceis fora, pois, a vossa confiança, que tem uma grande recompensa. Porque necessitais de perseverança,
para que, depois de haverdes feito a vontade de Deus, alcanceis a promessa. Pois ainda em bem pouco tempo
aquele que há de vir virá, e não tardará”. (Hebreus 10.35)
Deus não estava falando somente para eles, como pensavam, mas para a igreja de todos os tempos. Não devemos
jogar fora nossa confiança, temos uma imensa recompensa. Iremos receber a recompensa somente após fazer a
vontade de Deus. Esta vontade, a primeiro plano, é realizada aqui na terra e pode demorar toda sua vida. A relação
de tempo para Deus é muito diferente da nossa. Precisamos entender isto! Ainda há muito a fazer, e quando Ele
voltar, é bom que estejamos ocupados com a sua obra.
Uma vez tendo a certeza de que nosso relacionamento com Deus é algo eterno, não há porque ficarmos esperando
ações imediatas de sua parte, até mesmo porque nem sempre temos disposição semelhante para fazer a sua
vontade.
Não temos porque desistir de Deus, de sua obra e nem dos seus propósitos conosco, porque Deus nos chamou para a
vitória e isto, no seu plano, já é realidade, falta apenas entendermos que em nossa vida também já é. Devemos nos
portar desta forma.
Paulo é um excelente exemplo de pertinácia e certeza que seria um vitorioso. Ele tinha tanta certeza que as injúrias
passadas não serviriam de base para qualquer glória humana e dizia que
“em trabalhos muito mais; em prisões muito mais; em açoites sem medida; em perigo de morte muitas vezes; dos
judeus cinco vezes recebi quarenta açoites menos um. Três vezes fui açoitado com varas, uma vez fui apedrejado,
três vezes sofri naufrágio, uma noite e um dia passei no abismo; em viagens muitas vezes, em perigos de rios, em
perigos de salteadores, em perigos dos da minha raça, em perigos dos gentios, em perigos na cidade, em perigos no
deserto, em perigos no mar, em perigos entre falsos irmãos; em trabalhos e fadiga, em vigílias muitas vezes, em fome
e sede, em jejuns muitas vezes, em frio e nudez. Além dessas coisas exteriores, há o que diariamente pesa sobre
mim, o cuidado de todas as igrejas. Quem enfraquece, que eu também não enfraqueça? Quem se escandaliza, que eu
me não abrase?” (II Coríntios 11:23-30.)
O coração de Paulo não estava naquele sofrimento temporal, mas sim na certeza de que, vencidas todas estas fases,
estaria pronto para receber muito mais de Deus. Isto aconteceu para justamente fazer-lhe desistir, pensar que
Cristianismo era somente o padecimento. Paulo, para dar-nos exemplo, mostrou com muita convicção que sua
certeza e conhecimento de quem era Deus era algo que ia além das circunstâncias visíveis.
Ele ainda nos deu uma recomendação fantástica a respeito da certeza da vitória quando disse que nos fortificarmos
nas promessas. Isto você deve aceitar pela Fé. Crer que realmente a vitória é certa. É como algo que já estivesse em
suas mãos, embora você não consiga pegar, mas já sente o calor e o peso.
“Tu, pois, meu filho, fortifica-te na graça que há em Cristo Jesus;”. (2o. Timóteo 2:1)
Podemos amadurecer nesse sentido e falar como o Salmista quando disse que Deus é o nosso refúgio e fortaleza. Isto
é certeza, pois devemos ter o conhecimento de quem é Deus e ter entendimento de que a vitória já está disponível a
todos aqueles que buscam incessantemente Nele.
Muitas vezes cometemos falhas gravíssimas que acabam impactando negativamente em nossa caminhada e criando
também uma falsa sensação de derrota e insucesso. Isto você deve encarar como sendo algo meramente humano e
deve ser utilizado como um degrau na escada que o leva a patamares maiores de amadurecimento.
Existe somente uma coisa que é capaz de tirar você totalmente dos planos de Deus: o pecado. Fuja dele, limpe-se de
suas máculas. Não há porque temer. Não há motivos para acreditar que você não conseguirá ter uma vida santa.
Desenvolva uma convicção de que vai vencer. Isto é fato consumado.
Paulo vai bem além quando trata de um perfeito entendimento da vitória em Cristo Jesus. Ele, motivado pelo amor
ao Senhor, elaborou uma das canções mais lindas a respeito deste assunto.
“quem nos separará do amor de Cristo? a tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o
perigo, ou a espada? Como está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte o dia todo; fomos considerados
como ovelhas para o matadouro. Mas em todas estas coisas somos mais que vencedores, por aquele que nos amou.
Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem anjos, nem principados, nem coisas presentes, nem
futuras, nem potestades, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura nos poderá separar do
amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor”. (Romanos 8:35-39)
Imagine poder existir algo além das mencionadas acima que poderá causar em você a incerteza da vitória? Esqueça.
Em Cristo Jesus, você é um excelente vencedor. Por falar em vencedor, lembro muito de uma frase que aprendi em
um treinamento que diz que o “VERDADEIRO LÍDER NÃO VIVE CRISES EXISTENCIAIS”. Portanto deixe de se iludir com
sentimentos de que não vai conseguir. Alinhe seus valores colocando firmeza e convicção de que só lhe resta uma
certeza. Retome aquele velho projeto que está engavetado e comece hoje mesmo trabalhar na sua conclusão.
Desista apenas quando já tiver conseguido.
Faça o mesmo que Josué, quando conquistou a terra após trabalhar todos os dias para conseguir esse objetivo!
Jamais passou pela cabeça dele que não iria conseguir! Você também conseguirá!
Conclusão
Alinhe seus valores colocando firmeza em tudo, entendendo na plenitude, não apenas um fato, mas todo o contexto.
Acrescente ao seu planejamento o ter fé, independentemente das circunstâncias. Observe com muita atenção os
detalhes, eles podem conduzi-lo ao sucesso ou ao fracasso. Queira, com muita clareza, chegar onde Deus tem
determinado para você. Quando estiver meio obscuro, não hesite, pergunte novamente para Ele. Acima de tudo
tenha plena convicção de vai conseguir, de que vai vencer. Esqueça o tempo e apenas tenha certeza que irá vencer.
Paulo nos aconselha de uma forma grandiosa, a respeito da firmeza:
“... e, havendo feito tudo, permanecer firmes”. (Efésios 6:13)
A firmeza que devemos desenvolver não pode ser momentânea. Paulo nos aconselha que, após fazer todas as coisas,
ainda devemos permanecer firmes. Isto me lembra muito o salmo que diz que aqueles que confiam no Senhor são
como os montes de Sião, que não se abalam, mas permanecem para sempre. Portanto, esteja firme, coloque-se
como alguém com quem Deus pode contar, realinhe isto na sua vida e você conseguirá amar ainda mais a Deus.
Que a Bênção do Senhor esteja sobre você e sobre sua família.
Em Cristo Jesus,
VANDERLEY E ILDA
2009 – Alargar Fronteiras na Plenitude do Espírito. – Rua João Cordeiro, 2071 - Aldeota