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A LANTERNA TÁTICA - Operações Especiais

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“Dois a cada três policiais que se envolveram em combate que culminou a sua morte em serviço nos<br />

Estados Unidos de 1982 a 1998, combateram em situações de baixa luminosidade (BETINI; Lanterna<br />

Tática, Ed. Impetus, p 3, 2011).”<br />

Engana-se porém, aquele que pensa na lanterna somente nas atividades noturnas. Quase a totalidade<br />

das operações policiais e militares no período diurno necessitam de um apoio de uma lanterna eficiente.<br />

Porões, depósitos, debaixo de móveis ou assentos de veículos, dentro de vegetação espessa, há uma<br />

infinidade de locais onde uma lanterna adequada faria toda a diferença.<br />

Ainda, nas ocorrências com reféns a identificação precisa dos vetores componentes é imprescindível<br />

para o processo de tomada de decisão do operador.<br />

A <strong>LANTERNA</strong> COMO ARMA NÃO LETAL<br />

Se partirmos do princípio que uma arma é um sistema ou ferramenta que tem como objetivo incapacitar<br />

o seu oponente, podemos considerar que um feixe de luz de alta intensidade, voltado para os olhos do<br />

suspeito/agressor, pode ser considerado uma arma não-letal de incapacitação temporária.<br />

Certos estudos apontam que um feixe de aproximadamente 70 lumens, já é suficiente para desabilitar<br />

temporariamente este oponente 3 em uma situação de escuridão total, permitindo que o operador possa<br />

obter maior êxito em sua atividade.<br />

Recentemente criou-se uma nova denominação no mercado: “menos-que-letais”, uma vez que em<br />

certas condições os armamentos tradicionais podem levar o oponente à morte, mesmo sendo utilizado<br />

dentro do procedimento operacional padrão.<br />

No entanto, um feixe de luz intenso, não possui a capacidade de matar - em certas condições, no<br />

máximo, incapacitar permanentemente o seu alvo.<br />

MECANISMO DA VISÃO ADAPTADA<br />

De acordo com Max Schultze (1860) a Visão escotópica (do grego skotos: escuridão e -opia: relacionado<br />

com a visão) é a imagem produzida pelo olho em condições de baixa luminosidade. É em suma, o<br />

sistema de visão adaptado à escuridão, onde os receptores sensoriais são os bastonetes.<br />

No olho humano os cones não funcionam em condições de baixa luminosidade, o que determina que a<br />

visão escotópica seja realizada exclusivamente pelos bastonetes, impossibilitando a percepção das<br />

cores. Em média, a visão escotópica humana ocorre em luminâncias entre 10 −2 e 10 −6 velas/m². Em<br />

condições intermédias de luminosidade (níveis de luminância entre 10 −2 e 1 vela/m²), o olho humano é<br />

capaz de produzir uma forma de visão, designada visão mesópica, efetivamente uma combinação da<br />

visão fotópica com a visão escotópica. Contudo, esse tipo de visão permite baixa acuidade visual e uma<br />

3 Em laboratório, é possível incapacitar oponentes com potências menores do que o indicado.

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