Lítero- Cultural - Clesi
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IMPRESSO www.clesi.com.br<br />
<strong>Lítero</strong>-<br />
<strong>Cultural</strong><br />
Movimento Aldravista<br />
Legitimamente Mineiro!<br />
O Movimento Aldravista, criado em Mariana-MG em 2000,<br />
como associação cultural, veio para nos presentar e chamar<br />
a atenção para a criação de uma arte poética e literária<br />
mais livre, sem amarras impostas pela academia e pela<br />
crítica elitista.<br />
Absorvendo e acompanhado todo o discurso de quais seriam<br />
as linguagens aldravistas e a curiosidade sobre as aldravas<br />
que se encontram lá, nas portas da Primaz de Minas,<br />
tornou-se fácil gravar que a linguagem aldravista pretendia<br />
pautar-se pela não restrição, pelas provocações de sentidos<br />
irrestritos. Ser a poesia da liberdade, da transgressão de<br />
regras básicas. Ser arte liberta de preconceitos e partir em<br />
busca de novos rumos. Deixar de importar para exportar a<br />
arte aldravista, que é uma forma de reinventar a capacidade<br />
de perceber o óbvio.<br />
Para nós é uma honra sermos parceiros, de longa data, deste<br />
expoente que é a arte aldravista – A arte da metonímia! A<br />
arte que insiste em bater nas portas para que elas sejam<br />
abertas. Que insiste em abrir portas para deixar o leitor<br />
sentir, experimentar, criar expectativas, dar vida à arte. E<br />
hoje, doze anos depois, vivermos juntos, a criação desta<br />
nova forma de poesia: A Aldravia. Portanto, deixemos para<br />
quem é autoridade no assunto, Gabriel Bicalho, Presidente<br />
da Aldrava Letras e Artes, nos mostrar um pouco do início e<br />
os caminhos do Movimento Aldravista:<br />
“No dia 14 de outubro do ano 2000, em Mariana-MG,<br />
criamos a Aldrava Letras e Artes, associação cultural,<br />
sem fins lucrativos, que registrou estatuto em que deixa<br />
contemplada sua expansão, nas mais diversas áreas da<br />
Cultura. A Aldrava passou a ser utilizada como símbolo da<br />
insistência/resistência de um grupo de escritores radicados<br />
em Mariana-MG, cuja inquietação cultural batia aldravas<br />
desde o início dos anos 90, através de fanzines, do panfleto<br />
Por Marilia Siqueira Lacerda<br />
Número 24 - Maio - 2013<br />
cultural 4 + ou – poetas e do jornal Cimalha. Impossibilitada<br />
a continuidade do Cimalha, Gabriel Bicalho convocou<br />
alguns componentes e colaboradores desses projetos para<br />
a fundação do Jornal Aldrava <strong>Cultural</strong>, cujos objetivos se<br />
delineavam na constituição de um movimento expressivo,<br />
capaz de sensibilizar o mais variado público. No ano 2002,<br />
foi criada a Editora Aldrava Letras e Artes, destinada<br />
à sustentação dos trabalhos realizados pelo grupo de<br />
escritores, que chamava a atenção de intelectuais, além<br />
fronteiras. E foram estabelecidas normas embrionárias do<br />
que, em breve, tornar-se-ia o Movimento Aldravista, cujo<br />
cânone está no primeiro livro editado por nossa Editora,<br />
intitulado "Aldravismo – A Literatura do Sujeito". Então,<br />
já promovendo mostras da Arte Aldravista, em busca da<br />
abolição do traço como forma de uma expressão pictórica<br />
mais livre, privilegiamos a pintura, tendo na Déia Leal a mais<br />
lídima representante desse segmento aldrávico. No final<br />
de 2010, ao completar 10 anos de ininterrupta atividade<br />
cultural, a associação carecia de um marco aos seus feitos<br />
e criamos uma nova forma poética, descomplicada e de<br />
fácil assimilação, a Aldravia (nome sugerido por Andreia<br />
Donadon Leal à nova forma poética elaborada por Gabriel<br />
Bicalho), que motivou vários poetas de escola à criação<br />
de belíssimas peças literárias, muitas das quais estão<br />
presentes em “O Livro das Aldravias”/Editora Aldrava<br />
Letras e Artes, 1ª Edição, com 272 páginas e tiragem: 1200<br />
exemplares/2012, antológica reunião de autores das mais<br />
variadas localidades, do país e do exterior. E, assim, a<br />
Aldravia nos propiciou a criação de outra sociedade cultural,<br />
a Sociedade Brasileira dos Poetas Aldravianistas, que, ao<br />
completar menos de um ano de atividades, já contava com<br />
mais de cinquenta associados, produzindo e divulgando<br />
as mais diversas manifestações de uma Poesia densa e<br />
instigante à inteligência dos mais exigentes leitores.”
2 <strong>Clesi</strong> <strong>Lítero</strong>-<strong>Cultural</strong><br />
“Nenhuma nação se afirma fora dessa louca paixão pelo conhecimento,<br />
sem que se aventure, plena de emoção, na reinvenção constante de si mesma,<br />
sem que se arrisque criadoramente”.<br />
Paulo Freire<br />
Respeitável público! Eis que chega o 7º Salão do Livro Vale do Aço. Evento tão<br />
esperado! Nunca igual aos anteriores, pois a cada ano vem recheado de mais<br />
novidades, muita arte, novos livros e uma programação para agradar todas as<br />
idades.<br />
Imagino que quem marcou presença nos salões anteriores, por certo não é<br />
a mesma pessoa. Já se fez mais experiente e com uma gama enorme de novos<br />
conhecimentos. Quem vem pela primeira vez, traz o brilho do sorriso e do olhar, as<br />
experiências previamente concebidas e o desejo de sair transformado, pois o salão<br />
é, sem dúvida, um espaço de aprendizagens, espaço obrigatório e prazeroso de<br />
leituras que impregnam de sentido a vida.<br />
O <strong>Clesi</strong> apresenta surpresas para serem trabalhadas dentro do Salão do Livro. Uma<br />
delas é O Gatinho Azul, mais uma obra da Série Giro-Lê, do autor E. Teixeira, ilustrado<br />
por Enyály Poletti. Com narrativa impecável no decorrer do texto vai deliciosamente<br />
permitindo que a história se desenrole de forma sutil, bem apropriada para crianças,<br />
chamando a atenção para a imagem de um gatinho diferente, personagem principal.<br />
Traz, também, o 9º livro da autora Zarife Selim de Salles – Um Remédio Chamado<br />
Esperança. Trata-se de relatos de experiências, indagações que nos levarão a muitas<br />
reflexões.<br />
Como destaque para essa edição do Jornal e para o Salão do Livro, apresentamos<br />
a Aldravia: Nova Forma – Nova Poesia, criada pelos poetas Aldravistas da<br />
Aldrava Letras e Artes, de Mariana-MG: Gabriel Bicalho, Andreia Donadon Leal,<br />
J.B. Donadon-Leal e J.S Ferreira. Essa grande novidade, que encantou os poetas<br />
brasileiros e do exterior, encontra-se resumidamente nas páginas internas e capa<br />
dessa edição. Vale conhecer e experimentar este novo e instigante estilo de se fazer<br />
poesia!<br />
E com orgulho falo da alegria de ver o <strong>Clesi</strong>, mais uma vez no Salão do Livro.<br />
A cada ano percebe-se que ele assume um jeito novo de caminhar, ensinando e<br />
aprendendo mundo afora.<br />
Lembre-se: temos um encontro marcado de 08 a 12 maio, no 7º Salão do Livro Vale<br />
do Aço. Temos certeza de que esse encontro será muito bom. Vai valer a pena!<br />
Nos veremos lá.<br />
expediente<br />
Clube dos Escritores de Ipatinga<br />
Goretti de Freitas<br />
Presidente do <strong>Clesi</strong><br />
Presidente Goretti de Freitas • Vice-Presidente Zarife Selim de Salles<br />
Secretário Nélio Martins Canêdo • Tesoureiro Wellington Fred Martins<br />
Diretor de Relações Sociais Nivaldo Resende • Diretor de Divulgação Adriane Martins Pereira Lima<br />
Contatos: (31) 3822.3876 • www.clesi.com.br • clesi@clesi.com.br<br />
Correspondências: Cx. Postal 786, 35160-970, Ipatinga-MG<br />
Projeto Gráfico VCS Propaganda • Impressão Gráfica Damasceno • Tiragem 4.000 exemplares<br />
Fotografias: Arquivo pessoal dos autores<br />
Produção e assessoria de imprensa Marilda Lyra • Revisão Cida Pinho<br />
Revisões e conceitos emitidos em artigos, poemas e colaborações são de inteira responsabilidade dos respectivos autores.<br />
Programação <strong>Clesi</strong><br />
no 7º Salão do Livro<br />
Vale do Aço<br />
08, 09 e 10 maio 2013<br />
(quarta, quinta e sexta-feira)<br />
9h e 14h Apresentação do Livro<br />
“O Gatinho Azul” de E. Teixeira,<br />
com ilustrações de Enyály Poletti.<br />
Local: Estande do <strong>Clesi</strong><br />
Público Alvo: Infantojuvenil e<br />
Professores<br />
09 de maio 2013<br />
(quinta-feira)<br />
19h Lançamento volume 16 e 17<br />
da Série Poesia de Bolso, com obras<br />
vencedoras do 10º Circuito de<br />
Literatura do Clube dos Escritores<br />
de Ipatinga – Edição 2010<br />
Local: Entreatos Café<br />
10 de maio 2013<br />
(sexta-feira)<br />
19h Lançamento do livro “Um<br />
Remédio Chamado Esperança”<br />
de Zarife Selim de Salles<br />
Local: Entreatos Café<br />
11 de maio 2013<br />
(sábado)<br />
19h Lançamento oficial “O<br />
Gatinho Azul” de E.Teixeira, com<br />
ilustrações de Enyály Poletti<br />
Local: Entreatos Café<br />
REALIZAÇÃO<br />
PATROCÍNIO<br />
APOIO<br />
INCENTIVO
aldravia<br />
meu<br />
verso<br />
universo<br />
em<br />
poesia<br />
Gabriel Bicalho<br />
(Mariana-MG)<br />
face<br />
orvalhada<br />
saudade<br />
inesgotável<br />
de<br />
mãe<br />
Andreia Donadon Leal<br />
(Mariana-MG)<br />
minhas<br />
porções<br />
diárias<br />
metonímias<br />
de<br />
mim<br />
J.B. Donadon-Leal<br />
(Mariana-MG)<br />
vejo<br />
eternidade<br />
no<br />
silêncio<br />
das<br />
pedras<br />
J.S. Ferreira<br />
(Mariana-MG)<br />
no<br />
galho<br />
seco<br />
sabiá<br />
equilibra<br />
prece<br />
Hebe Rôla<br />
(Mariana-MG)<br />
inverno<br />
aqueço<br />
beijo<br />
hortelã:<br />
até<br />
amanhã!<br />
Michelle Bicalho<br />
(Mariana-MG)<br />
espelho<br />
da<br />
desigualdade<br />
gêmeo<br />
da<br />
desunião<br />
José Luiz Foureaux S. Júnior<br />
(Contagem-MG)<br />
trem<br />
fere<br />
trilhos<br />
nas<br />
estações:<br />
baldeação<br />
Miriam Stella Blonski<br />
(São Gonçalo do Rio Abaixo-MG)<br />
bolso<br />
cheio,<br />
muito<br />
paleio.<br />
amor<br />
brejeiro!<br />
Vítor Escudero<br />
(Lisboa-Portugal)<br />
alouette,<br />
azur,<br />
ciel<br />
été<br />
sublime,<br />
félicité<br />
Athanase Vantchev de Thracy<br />
(Paris-França)<br />
Aldravias<br />
transposta<br />
a<br />
pedra<br />
umbral<br />
e<br />
aldrava<br />
Mário Donleal<br />
(Maringá-PR)<br />
na<br />
estação<br />
das<br />
rosas<br />
camélias<br />
vingam<br />
Goretti de Freitas<br />
(Ipatinga-MG)<br />
minha<br />
poesia:<br />
mãos<br />
delicadas<br />
colhendo<br />
flores<br />
Marilia Siqueira Lacerda<br />
(Ipatinga-MG)<br />
aldravia<br />
al<br />
drava<br />
al-drabbâ<br />
al<br />
dravia<br />
Edson Roberto<br />
(Ipatinga-MG)<br />
e<br />
o<br />
gozo<br />
se<br />
fez<br />
dia<br />
José Manuel da Silva<br />
(Rio de Janeiro-RJ)<br />
expressa<br />
lua<br />
cheia<br />
em<br />
céu<br />
estrelado<br />
Gilberto Madeira Peixoto<br />
(Belo Horizonte-MG)<br />
curso<br />
dos<br />
rios<br />
caminhos<br />
sem<br />
volta<br />
Suzana Maria Cruz Peixoto<br />
(Belo Horizonte-MG)<br />
folhas<br />
secas<br />
pele<br />
enrugada<br />
portas<br />
outonais<br />
Ângela Togeiro<br />
(Belo Horizonte-MG)<br />
intuição<br />
janelas<br />
fractais<br />
muitos<br />
ocultos<br />
mundos<br />
Marzo Sette Torres<br />
(Belo Horizonte-MG)<br />
rosa<br />
despetalada<br />
ao<br />
vento<br />
borboleta<br />
cor-de-rosa<br />
Auxiliadora de Carvalho Lago<br />
(Belo Horizonte-MG)<br />
3 <strong>Clesi</strong> <strong>Lítero</strong>-<strong>Cultural</strong>
4 <strong>Clesi</strong> <strong>Lítero</strong>-<strong>Cultural</strong><br />
lendo<br />
Machado<br />
com<br />
encantos<br />
de<br />
Capitu<br />
Benedita Azevedo<br />
(Rio de Janeiro-RJ)<br />
dama<br />
da<br />
noite<br />
faz<br />
confidências<br />
perfumadas<br />
Cecy Barbosa Campos<br />
(Juiz de Fora-MG)<br />
neblina,<br />
rocio<br />
que<br />
protege,<br />
senda<br />
infinitud<br />
BerthaDías Olmos<br />
(Madrid-España)<br />
Furos<br />
no<br />
telhado<br />
estrelas<br />
no<br />
chão<br />
Alcione Sortica<br />
(Porto Alegre-RS)<br />
me<br />
estoy<br />
precipitando<br />
el<br />
vacío<br />
contesta<br />
Begoña Montes Zofío<br />
(Madrid - España)<br />
Aldravias<br />
palavreira<br />
dissipando<br />
trevas<br />
caminhando<br />
na<br />
solidão<br />
Amélia Luz<br />
(Pirapetinga-MG)<br />
Jardineiro<br />
lusitano<br />
cultiva<br />
flor<br />
do<br />
Lácio<br />
Edir Meirelles<br />
(Rio de Janeiro-RJ)<br />
colores<br />
lluvia<br />
pétalos<br />
mi<br />
en<br />
mundo<br />
Benítez<br />
(Málaga-España)<br />
este<br />
sorriso<br />
encantador<br />
ilumina<br />
minha<br />
aura<br />
Elvandro Burity<br />
(Rio de Janeiro-RJ)<br />
inéditos<br />
sintéticos<br />
um<br />
desafio<br />
assaz<br />
poético<br />
Zaíra Mellilo Martins<br />
(Caeté-MG)<br />
aldrava<br />
portas<br />
abertas<br />
espiam<br />
janelas<br />
incertas<br />
José de Castro<br />
(Natal-RN)<br />
insensatez<br />
no<br />
talvez<br />
da<br />
última<br />
chance<br />
Luiz Gondim<br />
(Rio de Janeiro-RJ)<br />
no<br />
inefável<br />
riso<br />
chapliniano<br />
lírica<br />
tristeza<br />
Luiz Poeta<br />
(Rio de Janeiro-RJ)<br />
maré<br />
enche<br />
enchente<br />
esvazia<br />
vazante<br />
espumas<br />
Nilze Monteiro<br />
(Belo Horizonte-MG)<br />
céu<br />
de<br />
estrelas<br />
sonhos<br />
de<br />
amor<br />
Cida Pinho<br />
(Mesquita-MG)<br />
fio<br />
de<br />
Ariadne<br />
fragilidade<br />
de<br />
flor<br />
Elizabeth Rennó<br />
(Belo Horizonte-MG)<br />
navegador<br />
solitário<br />
quer<br />
apenas<br />
o<br />
infinito<br />
Luiz Carlos Abritta<br />
(Belo Horizonte-MG)<br />
distância<br />
além-mar<br />
lágrimas<br />
de<br />
sal:<br />
saudades<br />
Jorge Ventura<br />
(Rio de Janeiro-RJ)<br />
teu<br />
sorriso<br />
me<br />
basta<br />
sou<br />
feliz<br />
Matusalém Dias<br />
(MouraIúna-ES)<br />
o<br />
sol<br />
ora<br />
receoso<br />
ora<br />
envolvente<br />
Ilda Maria Costa Brasil<br />
(Porto Alegre-RS)
Aldravia: Nova Forma - Nova Poesia!<br />
Afinal, o que é aldravia?<br />
“Trata-se de um poema sintético, capaz de inverter ideias<br />
correntes de que a poesia está num beco sem saída. Essa<br />
forma nova demonstra uma via de saída para a poesia –<br />
aldravia. O Poema é constituído numa linométrica de até<br />
06 (seis) palavras-verso. Esse limite de 06 palavras se dá<br />
de forma aleatória, porém preocupada com a produção de<br />
um poema que condense significação com um mínimo de<br />
palavras, conforme o espírito poundiano de poesia, sem que<br />
isso signifique extremo esforço para sua elaboração.”<br />
A aldravia nasceu da necessidade de os aldravistas<br />
demonstrarem efetivamente a poesia metonímica defendida<br />
por eles desde o advento do aldravismo, como forma de<br />
explicitar o conceito semiológico de metonímia, ou seja, o modo<br />
de sua realização textual, em que uma parcela de algo assume<br />
significação de uma totalidade, uma insinuação se faz discurso<br />
e uma forma se faz resultado. Aldravia é um poema composto<br />
de até de seis versos univocabulares, com sintaxe paratática<br />
(por coordenação), livre de amarras que venham implicar na<br />
limitação de interpretações.<br />
ABC das Aldravias<br />
A partir do conceito “poundiano” (Erza Pound) de o<br />
máximo de Poesia, num mínimo de palavras, o Poeta<br />
Aldravianista deve observar os seguintes critérios para a<br />
elaboração de Aldravias:<br />
a) Iniciar os versos com letras minúsculas. Em caso de<br />
nomes próprios, vale a opção do autor;<br />
b) A divisão em palavras-versos já implica pausa;<br />
por isso, não é recomendada a utilização de<br />
pontuação. Além disso, a pontuação limita possíveis<br />
interpretações relativas a livres escolhas do leitor em<br />
deslizar pausas para criar novos sentidos.<br />
c) As pontuações de interrogação ou de exclamação<br />
podem ser utilizadas, se a sintaxe da aldravia, por si<br />
só, não denunciar a sua proposição.<br />
d) Nomes próprios duplos (com ou sem ligação por hífen),<br />
cuja divisão resulta em outro nome (Di Cavalcanti, Van<br />
Gogh), podem ser considerados um único vocábulo;<br />
e) Nomes e formas pronominais ligadas por hífen podem<br />
ser considerados vocábulos únicos;<br />
f) Sugerir mais do que tentar escrever todo o conteúdo.<br />
Incompletude é provocação aldrávica.<br />
g) Privilegiar a metonímia, evitando-se a metáfora.<br />
Por Gabriel Bicalho, Andreia Donadon Leal, J.B. Donadon-Leal e J.S Ferreira<br />
Sociedade Brasileira<br />
de Poetas Aldravianista<br />
SBPA<br />
A adesão maciça à produção de aldravias (escritores<br />
brasileiros, portugueses, franceses e espanhóis) levou<br />
a aldravista Andreia A. S. Donadon Leal a fundar, em<br />
novembro de 2011, a Sociedade Brasileira dos Poetas<br />
Aldravianistas – SBPA. Uma associação civil de natureza<br />
literária e cultural, além de entidade jurídica de direito<br />
privado, sem fins lucrativos e sem vinculações sectárias,<br />
filosóficas, políticas ou religiosas, com foro e sede na<br />
cidade de Mariana-MG. Com 1ª diretoria: Presidente: José<br />
Benedito Donadon Leal; Vice-Presidente: Gabriel Bicalho;<br />
Secretária-Geral: Andreia Aparecida Silva Donadon Leal;<br />
Tesoureiro: José Sebastião Ferreira e Diretora de Cultura,<br />
Hebe Maria Rôla Santos.<br />
A SBPA é constituída por número ilimitado de associados,<br />
sendo divididos em duas categorias, a saber, desde que<br />
comprovadamente escritor de aldravias:<br />
Efetivos: Poetas aldravianistas residentes no Brasil.<br />
Correspondentes: Poetas aldravianistas residentes no exterior.<br />
Com isto, a aldravia coloca o Brasil no cenário da criação de<br />
formas, tirando-o da incômoda situação de importador de<br />
modelos e leva essa nova poesia para todo país e exterior.<br />
Fonte: www.jornalaldrava.com.br<br />
Semana de Arte<br />
Aldravista em Portugal<br />
A Semana de Arte Aldravista em Portugal, de 06 a 13 de<br />
abril-2013, acontece como contribuição para a difusão e a<br />
valorização das expressões culturais brasileiras.<br />
O evento, parceria entre os poetas da Aldrava Letras e Artes<br />
com a Academia Internacional de Heráldica de Portugal,<br />
Academia Portuguesa Ex-Libris, Academia de Letras e Artes,<br />
Câmara Municipal do Funchal e Casa de Cultura John dos<br />
Passos (Ilha da Madeira), a Sociedade Brasileira de Poetas<br />
Aldravianistas – SBPA e o InBrasCI – Instituto Brasileiro de<br />
Culturas Internacionais que realiza a 1ª Bienal Contemporânea<br />
do Mediterrâneo, organizada por Nilze Monteiro.<br />
Como integrantes de todas as entidades envolvidas, Goretti de<br />
Freitas e Marilia Siqueira Lacerda, participam como co-autoras<br />
de "O Livro das Aldravias" e representam o <strong>Clesi</strong> – Clube dos<br />
Escritores de Ipatinga, mostrando um pouco da nossa história<br />
de 28 anos de atividades, através de livros e outras publicações.<br />
5 <strong>Clesi</strong> <strong>Lítero</strong>-<strong>Cultural</strong>
6 <strong>Clesi</strong> <strong>Lítero</strong>-<strong>Cultural</strong><br />
Poesia de Bolso<br />
Volume 16 e 17<br />
Autores: estaduais e nacionais - Poesia<br />
Contatos: clesi@clesi.com.br<br />
LANÇAMENTOS<br />
O Gatinho<br />
Azul<br />
Autor: E. Teixeira<br />
Ilustradora: Enyály Poletti<br />
Infantil: 20p.<br />
Contato: (31) 9903.2877<br />
vcspropaganda@gmail.com<br />
Editado pelo <strong>Clesi</strong>, através da Série Giro-Lê, O Gatinho Azul<br />
foi carinhosamente ilustrado por Enyály Polleti, que depois<br />
20 anos aceitou o desafio e voltou a desenhar, usando como<br />
inspiração os traços de Miró para criar a identidade de um<br />
gatinho muito especial. Sobre o autor convidamos Alan Valente<br />
para falar: “Edvalter Teixeira, o Tex, guardou por muito tempo<br />
um gatinho azul numa gaveta. Um dia a gaveta se abriu, como<br />
que por encanto, e tcham! – sai de lá o gatinho azul para<br />
ganhar o mundo. Era como qualquer gato: miava, ronronava,<br />
tinha bigodinho de gato, mas era azulzinho. Pobre gatinho,<br />
descobriu no pelo o que é ser azul nesta vida. O mundo não<br />
estava pronto para acolher um gatinho que não tinha cor de<br />
gato. Nas noites de lua cheia, o gatinho azul ainda vagueia por<br />
aí como uma estrela solitária, em busca de um colinho.”<br />
VOLUME COMPOSTO PELOS<br />
CONJUNTOS DE POEMAS VENCEDORES DO<br />
8 0 Premio Nacional de Poesia -<br />
Cidade Ipatinga<br />
10º CIRCUITO DE LITERATURA DO CLESI - EDIÇÃO 2010<br />
REALIZAÇÃO<br />
PATROCÍNIO<br />
APOIO<br />
INCENTIVO<br />
VOLUME 16<br />
Poesia de Bolso CLESI<br />
Obras compostas pelos conjuntos de poemas vencedores<br />
do 8º Prêmio Nacional de Poesia – Cidade Ipatinga, no<br />
volume 16 e pelos poemas vencedores do 25º Festival<br />
Estadual de Poesia e 9º Fesp – Destaque Infantojuvenil,<br />
no volume 17. Nesses dois volumes os leitores encontrarão<br />
poemas oriundos dos recantos mais longínquos do Brasil<br />
e, certamente, poesia das mais variadas formas e estilos.<br />
A melhor maneira de vivenciar a poesia neles impressa<br />
é levá-los no bolso e viajar pela poética desses autores<br />
maravilhosos.<br />
Um Remédio<br />
Chamado<br />
Esperança<br />
Autora: Zarife Selim de Salles<br />
Relato de Memórias/Textos<br />
Reflexivos<br />
Contato: (31) 8352.1173<br />
Com mais este livro a autora, Zarife Selim de Salles,<br />
comemora o lançamento de sua nona obra, onde "o leitor<br />
encontrará uma mistura de modelo de pensar com situações<br />
que, em sua trajetória, deixaram marcas, ou quem sabe,<br />
cicatrizes que, no entanto, não a impediram de transformar<br />
tudo em remédio para a alma. O que Zarife registrou não foi<br />
por mera necessidade de construir documentário, mas para<br />
reacender a esperança no coração das pessoas", como diz<br />
Pe. Elder, amigo da autora.<br />
Trata-se, portanto, de relatos de experiências ao longo de<br />
sua vida pessoal e como escritora, e, indagações que nos<br />
levarão a muitas reflexões.<br />
Autor: José Luiz Foureaux<br />
de Souza Júnior<br />
Literatura Brasileira/Adulta:<br />
180p<br />
Contato:<br />
foureaux24@yahoo.com<br />
O que marca ou o que transforma uma pessoa ao vivenciar<br />
as adversidades de um país totalmente estranho, língua, mais<br />
estranha ainda? Estas são as perguntas que trago comigo<br />
desde o início da leitura da obra do amigo e Prof. José Luiz<br />
Foureaux. Totalmente envolvida desde a primeira página,<br />
fui viajando dentro dos pequenos relatos onde ele descreve,<br />
com inteligência e habilidade únicas de prender-nos por longas<br />
horas na leitura. Por enquanto, só posso responder o<br />
que marca, afinal, 14 é o endereço que Foureaux<br />
morou na Croácia por mais de dois anos, e, de onde tirou<br />
inspiração para escrever esta obra de narrativa primorosa,<br />
experimentando a prosa aldravista.<br />
Devolução de correspondência: Cx. Postal 786, 35160-970 - Ipatinga - MG | www.clesi.com.br