18.08.2013 Views

ORFEÃO UNIVERSITÁRIO DO PORTO - Universidade do Porto

ORFEÃO UNIVERSITÁRIO DO PORTO - Universidade do Porto

ORFEÃO UNIVERSITÁRIO DO PORTO - Universidade do Porto

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

PALAVRAS <strong>DO</strong> RELATÓRIO <strong>DO</strong><br />

1 I Lagnífíco Iveifor ao Clmversídade <strong>do</strong> _Jorto<br />

«Finalmente devo registar que, satisfazen<strong>do</strong> uma<br />

aspiração manifestada logo que se anunciaram as<br />

comemorações <strong>do</strong> IV Centenário <strong>do</strong> Rio de Janeiro, o<br />

Orfeão Universitário <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> loi escolhi<strong>do</strong> para tomar<br />

parte nessas comemorações, em representação <strong>do</strong>s<br />

estudantes universitários portugueses. Deslocou-se ao<br />

Rio em mea<strong>do</strong>s de Setembro, e, além das suas apresentações<br />

nessa cidade, fez uma curta digressão a<br />

S. Paulo.<br />

Foi uma jornada fatigante, por ter si<strong>do</strong> necessário<br />

concentrar em menos duma quinzena o programa previsto<br />

para uma estadia bastante maior. Basta dizer<br />

que, à chegada a S. Paulo, os orfeonistas, sem jantarem<br />

sequer, passaram directamente <strong>do</strong>s autocarros<br />

que os transportaram desde o Rio para a sala onde<br />

deram o seu primeiro espectáculo ; e no dia seguinte,<br />

termina<strong>do</strong> o jantar dançante que se seguiu à sua apresentação<br />

na Casa de Portugal, regressaram imediatamente,<br />

nos autocarros, ao Rio de Janeiro. Pouco tempo<br />

livre tiveram para ver as muitas belezas <strong>do</strong> Rio, quanto<br />

mais <strong>do</strong> resto <strong>do</strong> Brasil ; e quase não tiveram outras<br />

satisfações senão os calorosos aplausos, a consciência<br />

<strong>do</strong> dever cumpri<strong>do</strong> e a realização dum desejo de muitos<br />

anos.<br />

Mas eu, que com tanto gosto os acompanhei na<br />

sua deslocação, não ouvi, nem li, senão referências elogiosas<br />

— e justíssimas — ao seu comportamento e ao<br />

nível artístico de que deram provas em todas as suas<br />

exibições. Essas referências não vinham só de portu­<br />

Coral <strong>do</strong> O. U. P., na sua<br />

primeira actuação no<br />

Brasil.<br />

Palco <strong>do</strong> Real Ginástico<br />

Clube Português, em 12<br />

de Setembro de 1965.<br />

gueses, naturalmente dispostos a olhar com benevolência<br />

as coisas idas de Portugal, mas sobretu<strong>do</strong> <strong>do</strong>s brasileiros,<br />

que eram quem o nosso Governo tinha em vista<br />

ao enviar o Orfeão ao Brasil, visto tratar-se da comemoração<br />

duma efeméride brasileira. Por isso, apesar<br />

<strong>do</strong> esforço excerslvo, e saben<strong>do</strong> que houve desapontamento<br />

em muitas outras cidades brasileiras por o<br />

na Abertura Solene das Aulas em 21.10.65<br />

Orfeão não se poder deslocar até lá, não deixo de entender<br />

que a ida <strong>do</strong> Orfeão se justificou plenamente<br />

pelos resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s.<br />

A viagem ao Brasil deu-me oportunidade de contactar<br />

com as várias <strong>Universidade</strong>s <strong>do</strong> Rio de Janeiro<br />

e de S. Paulo, e de verificar quanto é vivo o desejo<br />

de estabelecer cooperação mais íntima com as <strong>Universidade</strong>s<br />

portuguesas. Encontrei também por parte das<br />

instâncias competentes <strong>do</strong> Itamarati, o maior desejo de<br />

que possa abrir brevemente a Sala Brasileira junto da<br />

<strong>Universidade</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>. Venho confundi<strong>do</strong> com as muitas<br />

amabilidades de que foi objecto por parte de to<strong>do</strong>s,<br />

quer no Rio quer em S. Paulo ; e conto que das relações<br />

criadas, à margem da Digressão <strong>do</strong> Orfeão, possam<br />

resultar futuras consequências benéficas para os<br />

meios universitários <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is países.»<br />

<strong>ORFEÃO</strong> — 1

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!