15.10.2013 Views

www.pciconcursos.com.br

www.pciconcursos.com.br

www.pciconcursos.com.br

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

ESCOLA DE ESPECIALISTAS DE AERONÁUTICA<<strong>br</strong> />

CONCURSO DE ADMISSÃO AO CFS 2/2002 TURMA B<<strong>br</strong> />

MARQUE NO CARTÃO DE RESPOSTAS O CÓDIGO DA PROVA.<<strong>br</strong> />

DOS RATOS DE CAMUS AOS DE NOVA IGUAÇU<<strong>br</strong> />

A atualidade de uma luta contra o absurdo do mundo<<strong>br</strong> />

Como no livro A Peste, de Albert Camus, os ratos estão<<strong>br</strong> />

invadindo uma cidade. Só que em vez de Oran, na Argélia, é<<strong>br</strong> />

Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Por isso, a prefeitura do<<strong>br</strong> />

município lançou um programa de <strong>com</strong>bate à crescente e<<strong>br</strong> />

alarmante presença dos roedores. Pagará R$ 5 por quilo de<<strong>br</strong> />

animal apreendido. Postos de recolhimento e incineração serão<<strong>br</strong> />

instalados ainda neste mês em pelo menos seis bairros, onde as<<strong>br</strong> />

autoridades sanitárias calculam que 40% das casas tenham<<strong>br</strong> />

ninhos de ratos.<<strong>br</strong> />

A população da cidade se dividiu, <strong>com</strong>o mostrou o repórter<<strong>br</strong> />

Alex Martins, que lá esteve. Há os que vêem na medida uma<<strong>br</strong> />

possível fonte de renda – "Será dinheiro a mais em casa", disse<<strong>br</strong> />

um – e os que consideram uma irresponsabilidade o projeto, que<<strong>br</strong> />

nem inédito é. No início do século passado, o governo <strong>br</strong>asileiro<<strong>br</strong> />

lançou uma campanha igual e acabou estimulando a criação<<strong>br</strong> />

doméstica dos roedores.<<strong>br</strong> />

"Não adianta tentar acabar <strong>com</strong> os ratos sem mudar as<<strong>br</strong> />

condições sanitárias", advertiu o doutor Jorge Darze, diretor da<<strong>br</strong> />

Federação Nacional dos Médicos, quase repetindo o doutor<<strong>br</strong> />

Rieux, o do livro, ao ver os ratos saindo dos esgotos e<<strong>br</strong> />

espalhando a epidemia: "O bacilo da peste não morre nem<<strong>br</strong> />

desaparece jamais". A mensagem dos dois médicos é muito útil<<strong>br</strong> />

nestes tempos de novas pestes, em que a tentação é acabar <strong>com</strong> o<<strong>br</strong> />

mal pelo puro extermínio, <strong>com</strong>o se isso fosse possível aqui, em<<strong>br</strong> />

Oran ou no Afeganistão.<<strong>br</strong> />

Não por acaso foi Camus, o mais atual dos escritores<<strong>br</strong> />

surgidos durante ou após a Segunda Guerra, o que mais<<strong>br</strong> />

respostas deixou para o presente, o primeiro a empregar, em<<strong>br</strong> />

1946, a expressão "fim das ideologias", quem obsessivamente<<strong>br</strong> />

chamou a atenção para o absurdo da condição humana: "A<<strong>br</strong> />

sensibilidade que se pode encontrar esparsa no século".<<strong>br</strong> />

Camus morreu antes das guerras do Vietnã, do Camboja, do<<strong>br</strong> />

Golfo, de Kosovo e antes também de ver sua Argélia dilacerada<<strong>br</strong> />

pelo fundamentalismo religioso. A vida pelo menos poupou-o<<strong>br</strong> />

dessas tragédias, ele que se angustiou tanto <strong>com</strong> as outras de seu<<strong>br</strong> />

tempo: as duas guerras mundiais, a guerra civil espanhola, os<<strong>br</strong> />

expurgos stalinistas, a tortura, o holocausto, Hiroshima,<<strong>br</strong> />

Nagasaki.<<strong>br</strong> />

Ao contrário de Sartre, que contemporizou <strong>com</strong> o stalinismo<<strong>br</strong> />

por pretextos táticos, o autor (...) recusou sem <strong>com</strong>placência todo<<strong>br</strong> />

tipo de tirania (...). Entre dois males, ele preferia <strong>com</strong>bater os<<strong>br</strong> />

dois. Entre um radicalismo e outro, ele dispensava ambos e<<strong>br</strong> />

ficava <strong>com</strong> a lucidez e a moderação. "Eu decidi recusar tudo o<<strong>br</strong> />

que, de perto ou de longe, por boas ou más razões, faça morrer<<strong>br</strong> />

ou justifica que se faça morrer."<<strong>br</strong> />

Os dois conceitos fundamentais do pensamento camusiano –<<strong>br</strong> />

o absurdo do mundo e a revolta contra as injustiças – foram<<strong>br</strong> />

elaborados num tempo em que valores <strong>com</strong>o razão e liberdade<<strong>br</strong> />

tinham sido ameaçados pela insensatez dos massacres e da<<strong>br</strong> />

guerra – <strong>com</strong>o hoje. A esse absurdo ele opunha a consciência do<<strong>br</strong> />

homem revoltado.<<strong>br</strong> />

Que a lucidez de Camus ilumine nossos som<strong>br</strong>ios tempos<<strong>br</strong> />

pós-modernos. Que se aprenda <strong>com</strong> seus símbolos e alegorias<<strong>br</strong> />

PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA<<strong>br</strong> />

CÓDIGO DA<<strong>br</strong> />

PROVA<<strong>br</strong> />

83<<strong>br</strong> />

que as epidemias de hoje, <strong>com</strong>o as de ontem, não se evitam <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

o simples extermínio de ratos, reais ou metafóricos, mas <strong>com</strong> o<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>bate às condições que tornam possível sua existência e<<strong>br</strong> />

proliferação – em Nova Iguaçu, em Oran ou no Afeganistão.<<strong>br</strong> />

Que prevaleça seu pessimismo cheio de esperança.<<strong>br</strong> />

Zuenir Ventura (Revista Época, nov. de 2001)<<strong>br</strong> />

As questões de 01 a 07 referem-se ao texto acima.<<strong>br</strong> />

01 – Leia as sentenças abaixo.<<strong>br</strong> />

I- Albert Camus e Sartre são contemporâneos dos expurgos<<strong>br</strong> />

stalinistas.<<strong>br</strong> />

II- Segundo o autor do texto, os valores <strong>com</strong>o razão e liberdade,<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o no passado, só serão preservados mediante a<<strong>br</strong> />

consciência do homem revoltado.<<strong>br</strong> />

III- O autor do texto apresenta dois pensamentos fundamentais<<strong>br</strong> />

na sua análise: o absurdo do mundo e a revolta contra as<<strong>br</strong> />

injustiças.<<strong>br</strong> />

IV- Camus vê para os tempos pós-modernos uma maneira de<<strong>br</strong> />

vencer as epidemias: a lucidez por meio de um pessimismo<<strong>br</strong> />

cheio de esperança.<<strong>br</strong> />

Está correto o que se afirma em<<strong>br</strong> />

a) I e II.<<strong>br</strong> />

b) III e IV.<<strong>br</strong> />

c) I apenas.<<strong>br</strong> />

d) IV apenas.<<strong>br</strong> />

02 – Com relação ao texto, é correto afirmar que<<strong>br</strong> />

a) faz uma reflexão so<strong>br</strong>e a importância das características<<strong>br</strong> />

literárias do escritor Camus a partir da coincidência de um<<strong>br</strong> />

fato da realidade <strong>br</strong>asileira <strong>com</strong> o retratado por ele em seu<<strong>br</strong> />

livro "A Peste".<<strong>br</strong> />

b) faz uma crítica veemente à forma de <strong>com</strong>bate aos ratos,<<strong>br</strong> />

sugerida pela Prefeitura de Nova Iguaçu, uma vez que tal<<strong>br</strong> />

forma se mostrou ineficiente tanto na Argélia <strong>com</strong>o no<<strong>br</strong> />

Afeganistão, bem <strong>com</strong>o no Brasil, no início do século<<strong>br</strong> />

passado.<<strong>br</strong> />

c) seu autor se refere aos problemas mundiais valendo-se, para<<strong>br</strong> />

isso, da alegoria utilizada por Camus para falar dos<<strong>br</strong> />

problemas de seu tempo.<<strong>br</strong> />

d) tem <strong>com</strong>o objetivo central fazer ver a importância das<<strong>br</strong> />

atitudes a serem tomadas pelas autoridades <strong>com</strong> relação a<<strong>br</strong> />

questões sanitárias.<<strong>br</strong> />

03 – Lendo a frase "O bacilo da peste não morre nem<<strong>br</strong> />

desaparece jamais" e relacionando-a ao objetivo do texto, o<<strong>br</strong> />

termo bacilo pode ser ampliado para<<strong>br</strong> />

a) extermínio.<<strong>br</strong> />

b) ideologia.<<strong>br</strong> />

c) esperança.<<strong>br</strong> />

d) pessimismo.


04 – "Será dinheiro a mais em casa." A frase dita por um<<strong>br</strong> />

morador de Nova Iguaçu, relaciona-se bem à seguinte:<<strong>br</strong> />

a) "Eu decidi recusar tudo o que, de perto ou de longe (...) faça<<strong>br</strong> />

morrer ..."<<strong>br</strong> />

b) "A sensibilidade que se pode encontrar esparsa no mundo."<<strong>br</strong> />

c) "Não adianta acabar <strong>com</strong> os ratos sem mudar as condições<<strong>br</strong> />

sanitárias."<<strong>br</strong> />

d) "Entre um radicalismo e outro, ele dispensava ambos e<<strong>br</strong> />

ficava <strong>com</strong> a lucidez e a moderação."<<strong>br</strong> />

05 – A idéia expressa em "Eu decidi recusar tudo o que, de<<strong>br</strong> />

perto ou de longe, por boas ou más razões, faça morrer ou<<strong>br</strong> />

justifica que se faça morrer." é a mesma expressa em<<strong>br</strong> />

a) "A estupidez é infinitamente mais fascinante que a<<strong>br</strong> />

inteligência. A inteligência tem seus limites, a ignorância<<strong>br</strong> />

não."<<strong>br</strong> />

b) "Admitir que há guerras justas é o mesmo que admitir que<<strong>br</strong> />

há injustiças justas."<<strong>br</strong> />

c) "Envergonhar-nos-íamos freqüentemente de nossas mais<<strong>br</strong> />

belas ações se o mundo visse todos os motivos que as<<strong>br</strong> />

produzem."<<strong>br</strong> />

d) "O ser humano é o único animal que assassina em massa, é<<strong>br</strong> />

o único que não se adapta à sua própria sociedade."<<strong>br</strong> />

06 – A idéia expressa em "A sensibilidade que se pode encontrar<<strong>br</strong> />

esparsa no século" é a de que a sensibilidade está cada vez mais<<strong>br</strong> />

a) escassa, parca, na história do homem.<<strong>br</strong> />

b) solta, sem elos que o organizem e se imponham no tempo.<<strong>br</strong> />

c) arraigada às atitudes do homem, daí o grande absurdo da<<strong>br</strong> />

condição humana.<<strong>br</strong> />

d) disseminada ao longo da história da humanidade.<<strong>br</strong> />

07 – O texto <strong>com</strong>põe-se de duas partes, uma narrativa e uma<<strong>br</strong> />

dissertativa. Observando a maneira de o autor organizar o<<strong>br</strong> />

conteúdo do texto, é correto afirmar que<<strong>br</strong> />

a) as duas partes são importantes para o objetivo do texto e<<strong>br</strong> />

estão claramente definidas, não havendo entre elas nenhuma<<strong>br</strong> />

idéia de transição.<<strong>br</strong> />

b) há predominância da parte narrativa, uma vez que o autor<<strong>br</strong> />

conta a história dos ratos e a da vida de Camus.<<strong>br</strong> />

c) a parte narrativa constitui, na verdade, um pretexto para o<<strong>br</strong> />

objetivo maior do texto: mostrar a atualidade de uma luta<<strong>br</strong> />

contra o absurdo do mundo.<<strong>br</strong> />

d) a parte narrativa constitui, sem dúvida, a parte mais<<strong>br</strong> />

importante do texto, pois ela contém em si mesma a idéia de<<strong>br</strong> />

luta contra o absurdo do mundo.<<strong>br</strong> />

08 – "Por detrás dessas paredes, desses muros, dentro dessas<<strong>br</strong> />

casas po<strong>br</strong>es e desses castelinhos de <strong>br</strong>inquedo, há criaturas que<<strong>br</strong> />

falam, discutem, entendem-se e não se entendem, amam,<<strong>br</strong> />

odeiam, desejam, acordam todos os dias <strong>com</strong> mil perguntas e<<strong>br</strong> />

não sei se chegam à noite <strong>com</strong> alguma resposta."<<strong>br</strong> />

(Cecília Meireles, Inéditos)<<strong>br</strong> />

Esse texto possui características<<strong>br</strong> />

a) narrativas, pois o texto relata uma transformação, ou seja, a<<strong>br</strong> />

passagem de um estado inicial para um estado final.<<strong>br</strong> />

b) dissertativas, uma vez que há a intenção implícita de<<strong>br</strong> />

mostrar a natureza controversa do ser humano.<<strong>br</strong> />

c) descritivas, uma vez que ações habituais são formas de<<strong>br</strong> />

caracterizar pessoas.<<strong>br</strong> />

d) descritivas, porque a seqüência temporal do texto tem a<<strong>br</strong> />

intenção de mostrar ações habituais.<<strong>br</strong> />

09 – Assinale a alternativa em que não há conotação.<<strong>br</strong> />

a) "...Mas o livro é enfadonho, cheira a sepulcro, traz certa<<strong>br</strong> />

contração cadavérica; vício grave, e aliás ínfimo, porque o<<strong>br</strong> />

maior defeito deste livro és tu, leitor..."<<strong>br</strong> />

b) "Tinha-me lem<strong>br</strong>ado a definição que José Dias dera deles,<<strong>br</strong> />

olhos de cigana oblíqua e dissimulada. Eu não sabia o que<<strong>br</strong> />

era oblíqua, mas dissimulada sabia..."<<strong>br</strong> />

c) "Por ser ignorante era o<strong>br</strong>igada na datilografia a copiar letra<<strong>br</strong> />

por letra (...) ela era in<strong>com</strong>petente. (...) Faltava-lhe o jeito de<<strong>br</strong> />

se ajeitar."<<strong>br</strong> />

d) "Na verdade, humor é uma análise crítica do homem e da<<strong>br</strong> />

vida. Uma análise não o<strong>br</strong>igatoriamente <strong>com</strong>prometida <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

o riso, uma análise desmistificadora, reveladora, cáustica..."<<strong>br</strong> />

10 – Assinale a alternativa em que há ambigüidade no texto.<<strong>br</strong> />

a) Eles foram por um caminho, e nós fomos por outro. Só no<<strong>br</strong> />

final da tarde, os guardas encontraram-nos.<<strong>br</strong> />

b) O médico mandou-me aplicar uma injeção em meu pai. A<<strong>br</strong> />

tarefa nos foi quase impossível, porque desde criança ele<<strong>br</strong> />

tinha ódio a injeções.<<strong>br</strong> />

c) Dr. Davi mandou-me internar, pois, havia dias, uma gripe<<strong>br</strong> />

me consumia e me afastara do trabalho.<<strong>br</strong> />

d) Os <strong>br</strong>asileiros estamos convictos de que, em se reelegendo,<<strong>br</strong> />

o Presidente será mais flexível <strong>com</strong> os funcionários<<strong>br</strong> />

públicos.<<strong>br</strong> />

11 – Assinale a alternativa cuja inobservância das regras<<strong>br</strong> />

gramaticais caracteriza-se <strong>com</strong>o defeito textual.<<strong>br</strong> />

a) "quando nasci<<strong>br</strong> />

um anjo louco muito louco<<strong>br</strong> />

veio ler minha mão<<strong>br</strong> />

não era anjo barroco<<strong>br</strong> />

era um anjo muito louco, torto<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> asas de avião."<<strong>br</strong> />

(Torquato Neto)<<strong>br</strong> />

b) Pega ladrão<<strong>br</strong> />

Alguém tirou<<strong>br</strong> />

um pedaço<<strong>br</strong> />

do meu<<strong>br</strong> />

P ~ O<<strong>br</strong> />

(Kátia Bento)<<strong>br</strong> />

c) "Umas carabinas que guardava atrás do guarda-roupa, a<<strong>br</strong> />

gente <strong>br</strong>incava <strong>com</strong> elas, de tão imprestáveis."<<strong>br</strong> />

(J. Régio)<<strong>br</strong> />

d) Vídeos XXXX:<<strong>br</strong> />

"Para você nunca mais ter de assistir à Orquestra de Berlim<<strong>br</strong> />

ao som do concerto do encanamento do vizinho."<<strong>br</strong> />

(informe publicitário – adaptado)<<strong>br</strong> />

12 – No período: "Hoje o samba saiu procurando você/ Quem te<<strong>br</strong> />

viu/ Quem te vê/ Quem não a conhece não pode mais ver pra<<strong>br</strong> />

crer...", a figura de linguagem encontrada no texto acima é a<<strong>br</strong> />

a) sinestesia.<<strong>br</strong> />

b) prosopopéia.<<strong>br</strong> />

c) metonímia.<<strong>br</strong> />

d) polissíndeto.


13 – Quanto à estrutura das palavras, é incorreto afirmar que<<strong>br</strong> />

a) as desinências são morfemas que indicam as flexões das<<strong>br</strong> />

palavras variáveis da língua. São elas: nominais e verbais.<<strong>br</strong> />

b) as vogais temáticas atuam <strong>com</strong>o elemento de ligação entre o<<strong>br</strong> />

radical e as desinências.<<strong>br</strong> />

c) radical é um morfema <strong>com</strong>um às palavras que pertencem a<<strong>br</strong> />

uma mesma família de significado.<<strong>br</strong> />

d) vogal ou consoante de ligação é um morfema de origem<<strong>br</strong> />

não-eufônica, incapaz de facilitar a emissão vocal de<<strong>br</strong> />

determinadas palavras.<<strong>br</strong> />

14 – Coloque C (certo) ou E (errado) para a classificação dada às<<strong>br</strong> />

palavras abaixo e assinale a alternativa que contém a seqüência<<strong>br</strong> />

correta.<<strong>br</strong> />

Observe que, em algumas palavras, o acento gráfico foi retirado<<strong>br</strong> />

propositadamente.<<strong>br</strong> />

( ) recem – oxítona<<strong>br</strong> />

( ) ru<strong>br</strong>ica – proparoxítona<<strong>br</strong> />

( ) condomino – proparoxítona<<strong>br</strong> />

( ) filantropo – paroxítona<<strong>br</strong> />

( ) novel – oxítona<<strong>br</strong> />

( ) zenite – paroxítona<<strong>br</strong> />

a) C – E – C – C – C – E<<strong>br</strong> />

b) E – C – C – E – E – C<<strong>br</strong> />

c) C – C – E – C – E – C<<strong>br</strong> />

d) E – E – C – C – C – E<<strong>br</strong> />

15 – Numere os parênteses abaixo, relacionando os exemplos<<strong>br</strong> />

grifados e a teoria de discursos, e assinale a seqüência correta.<<strong>br</strong> />

"A mãe avisou: "Se tu te perdê, ó ..." E <strong>com</strong> a mão mostrou o<<strong>br</strong> />

que aconteceria <strong>com</strong> Adroaldo. Um tapa daqueles, dos especiais,<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

reservados para grandes ocasiões. Ele que inventasse de se<<strong>br</strong> />

perder na praia. E o Adroaldo se perdeu na praia."<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

"Tudo <strong>com</strong>eçou <strong>com</strong>o uma tentativa de resolver um problema<<strong>br</strong> />

doméstico. O advogado Reinaldo Correa, 39 anos, resolveu<<strong>br</strong> />

trazer a feira para o pátio do condomínio onde mora. Diz ele que<<strong>br</strong> />

3<<strong>br</strong> />

a feira contribui para aumentar o convívio entre os moradores do<<strong>br</strong> />

prédio." (texto adaptado da Veja SP/96)<<strong>br</strong> />

( ) discurso indireto – o narrador incorpora, ao próprio falar,<<strong>br</strong> />

uma informação da personagem.<<strong>br</strong> />

( ) discurso indireto livre – pressupõe duas condições: a<<strong>br</strong> />

absoluta liberdade sintática do escritor e a sua <strong>com</strong>pleta adesão à<<strong>br</strong> />

vida do personagem.<<strong>br</strong> />

( ) discurso direto – marcado, geralmente, por verbos de dizer;<<strong>br</strong> />

torna viva para o ouvinte a personagem; atualiza o episódio;<<strong>br</strong> />

confere-lhe um caráter de verdade.<<strong>br</strong> />

( ) discurso indireto – caracteriza-se por um relato predominantemente<<strong>br</strong> />

informativo e intelectivo.<<strong>br</strong> />

( ) discurso indireto-livre – tem importância fundamental o<<strong>br</strong> />

contexto, pois a passagem do que seja relato por parte do<<strong>br</strong> />

narrador a enunciado real da personagem é muitas vezes<<strong>br</strong> />

extremamente sutil.<<strong>br</strong> />

a) 3 – 2 – 1 – 3 – 2<<strong>br</strong> />

b) 3 – 1 – 1 – 2 – 2<<strong>br</strong> />

c) 2 – 1 – 3 – 3 – 1<<strong>br</strong> />

d) 2 – 2 – 3 – 3 – 1<<strong>br</strong> />

16 – Assinale a alternativa em que aparece o mesmo processo de<<strong>br</strong> />

formação do termo destacado no trecho: "Era triste olhar a<<strong>br</strong> />

cena: onde antes havia vida e trabalho, há abandono,<<strong>br</strong> />

esquecimento, engenho cadáver."<<strong>br</strong> />

a) A sala estava repleta de carinhas bonitas, embora<<strong>br</strong> />

formassem um grupo de foguetos monstrinhos.<<strong>br</strong> />

b) Foi uma balbúrdia geral! O morto levantou-se do caixão.<<strong>br</strong> />

Estávamos diante de um ex-defunto.<<strong>br</strong> />

c) Era bom ficar deitado ali, quieto, confortável, ouvindo as<<strong>br</strong> />

gotas de água tamborilando no telhado.<<strong>br</strong> />

d) Os olhos dos irmãos se encontraram dolorosamente. Era<<strong>br</strong> />

triste saber que um havia sido um judas para o outro.<<strong>br</strong> />

17 – "Para um coração mesquinho,<<strong>br</strong> />

Contra a solidão agreste,<<strong>br</strong> />

Luiz Gonzaga é tiro certo."<<strong>br</strong> />

(Chico Buarque)<<strong>br</strong> />

Com relação ao termo grifado, diz-se que<<strong>br</strong> />

I- embora o termo seja um adjetivo, no texto assume papel de<<strong>br</strong> />

advérbio. Luiz Gonzaga é tiro que acontece de modo certo.<<strong>br</strong> />

II- se trata de um adjetivo <strong>com</strong> valor acessório – já que<<strong>br</strong> />

sintaticamente é um adjunto adnominal – sendo, pois,<<strong>br</strong> />

dispensável em se tratando do objetivo dos versos.<<strong>br</strong> />

III- se trata de um adjetivo que carrega todo o sentido dos<<strong>br</strong> />

versos, tornando-se elemento estruturador do texto.<<strong>br</strong> />

Está correto o que se afirma em<<strong>br</strong> />

a) I apenas.<<strong>br</strong> />

b) II apenas.<<strong>br</strong> />

c) III apenas.<<strong>br</strong> />

d) II e III apenas.<<strong>br</strong> />

18 – "Lá vem o acendedor de lampiões da rua!<<strong>br</strong> />

Este mesmo que vem infatigavelmente,<<strong>br</strong> />

Parodiar o sol e associar-se à lua<<strong>br</strong> />

Quando a som<strong>br</strong>a da noite enegrece o poente."<<strong>br</strong> />

(Jorge de Lima)<<strong>br</strong> />

Quanto ao processo de formação de palavras, nos versos acima,<<strong>br</strong> />

a) não há palavra <strong>com</strong> sufixo adverbial.<<strong>br</strong> />

b) há três palavras formadas por <strong>com</strong>posição.<<strong>br</strong> />

c) há duas palavras formadas por parassintetismo.<<strong>br</strong> />

d) há somente uma palavra <strong>com</strong> derivação sufixal.<<strong>br</strong> />

19 – Complete os espaços dos períodos abaixo, verificando a<<strong>br</strong> />

grafia correta das palavras. A seguir, assinale a alternativa que as<<strong>br</strong> />

apresenta na seqüência.<<strong>br</strong> />

I- Como você quer que eu o ajude se suas opiniões vêm<<strong>br</strong> />

___________ às minhas.<<strong>br</strong> />

II- "...era meu parente ___________, interrogou-nos de cara<<strong>br</strong> />

amarrada e mandou-nos embora."<<strong>br</strong> />

III- "Aludia às conversas que tiveram ambos os velhos<<strong>br</strong> />

___________ da infância dos filhos."<<strong>br</strong> />

IV- Não perguntes a razão de meus ciúmes, pois sabes que as<<strong>br</strong> />

paixões não têm um ___________.<<strong>br</strong> />

a) de encontro a – afim – a cerca – por quê<<strong>br</strong> />

b) de encontro a – a fim – acerca – porquê<<strong>br</strong> />

c) ao encontro de – afim – a cerca – por quê<<strong>br</strong> />

d) de encontro a – afim – acerca – porquê


20 – A maioria dos advérbios terminados em mente são<<strong>br</strong> />

classificados <strong>com</strong>o advérbios de modo. Quando aplicados ao<<strong>br</strong> />

texto, pode-se desco<strong>br</strong>ir mais da relação que estabelecem <strong>com</strong> os<<strong>br</strong> />

termos da oração. Desse modo, relacione a coluna A <strong>com</strong> a<<strong>br</strong> />

coluna B, de acordo <strong>com</strong> o que se pede.<<strong>br</strong> />

A<<strong>br</strong> />

I- advérbio caracterizando finalidade descritiva<<strong>br</strong> />

II- advérbio caracterizando juízo de valor<<strong>br</strong> />

III- advérbio caracterizando avaliação de quem fala<<strong>br</strong> />

IV- advérbio caracterizando um critério<<strong>br</strong> />

B<<strong>br</strong> />

( ) Lamentavelmente, não teremos <strong>com</strong>o concluir os<<strong>br</strong> />

preparativos da festa no prazo previsto.<<strong>br</strong> />

( ) "A noite obscenamente acesa/ So<strong>br</strong>e meu país dividido em<<strong>br</strong> />

classes." (Ferreira Gullar)<<strong>br</strong> />

( ) "Em primeiro lugar observemos o avô. Igualmente,<<strong>br</strong> />

lancemos um olhar para a avó."<<strong>br</strong> />

( ) Sofregamente, o homem vertia na boca a água que lhe<<strong>br</strong> />

escorria pelo pescoço, pelo corpo, <strong>com</strong>o a matar também a sede<<strong>br</strong> />

da alma.<<strong>br</strong> />

A seqüência correta será<<strong>br</strong> />

a) IV – II – III – I<<strong>br</strong> />

b) III – I – II – IV<<strong>br</strong> />

c) II – IV – I – III<<strong>br</strong> />

d) III – II – IV – I<<strong>br</strong> />

21 – "O que eu sou hoje é terem vendido a casa,<<strong>br</strong> />

É terem morrido todos,<<strong>br</strong> />

É estar eu so<strong>br</strong>evivente a mim-mesmo <strong>com</strong>o um fósforo frio..."<<strong>br</strong> />

Nos versos acima, o eu-poético procura definir-se: "o que eu sou<<strong>br</strong> />

é". Observe o uso das formas verbais para tais definições.<<strong>br</strong> />

Quanto a essas formas, pode-se dizer que<<strong>br</strong> />

I- se transformaram em simples substantivos, uma vez que<<strong>br</strong> />

equivalem a sujeito: Isso é o que sou.<<strong>br</strong> />

II- as formas verbais dos dois primeiros versos (<strong>com</strong> idéia de<<strong>br</strong> />

passado) e a do terceiro verso (<strong>com</strong> idéia de presente)<<strong>br</strong> />

servem apenas para marcar o tempo sem qualquer outro<<strong>br</strong> />

significado para o contexto.<<strong>br</strong> />

III- nos três versos existe o chamado infinitivo pessoal.<<strong>br</strong> />

Está correto o que se afirma em<<strong>br</strong> />

a) I apenas.<<strong>br</strong> />

b) III apenas.<<strong>br</strong> />

c) II e III apenas.<<strong>br</strong> />

d) I, II e III.<<strong>br</strong> />

22 – "Conjugar verbos é algo que faz parte da vida de qualquer<<strong>br</strong> />

indivíduo, alfabetizado ou não; no entanto, poucas pessoas se<<strong>br</strong> />

dão conta de que há nesse processo uma organização interna,<<strong>br</strong> />

um verdadeiro sistema."<<strong>br</strong> />

As palavras destacadas, no texto acima, classificam-se,<<strong>br</strong> />

respectivamente, <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

a) verbo, adjetivo, pronome, verbo, pronome.<<strong>br</strong> />

b) substantivo, pronome, pronome, adjetivo, conjunção.<<strong>br</strong> />

c) substantivo, pronome, conjunção, verbo, pronome.<<strong>br</strong> />

d) verbo, adjetivo, conjunção, adjetivo, conjunção.<<strong>br</strong> />

23 – "Minha querida Mariana:<<strong>br</strong> />

Só hoje consegui autorização da tua Madre Superiora para te<<strong>br</strong> />

escrever, às escondidas de teus pais e meu marido, que embora<<strong>br</strong> />

não te conheça a ti não pode de ti ouvir, sem raiva, certamente<<strong>br</strong> />

pela amizade que sabe eu te dedicar e isso o enfurece (...)"<<strong>br</strong> />

(Trecho de Novas Cartas Portuguesas)<<strong>br</strong> />

Observando-se a natureza morfológica e a função sintática dos<<strong>br</strong> />

termos em destaque, é correto afirmar que são, respectivamente,<<strong>br</strong> />

a) conjunção integrante e sujeito; pronome relativo e objeto<<strong>br</strong> />

direto.<<strong>br</strong> />

b) pronome relativo e sujeito; pronome relativo e objeto direto.<<strong>br</strong> />

c) conjunção integrante e objeto direto; conjunção integrante e<<strong>br</strong> />

sujeito.<<strong>br</strong> />

d) pronome relativo e sujeito, pronome relativo e sujeito.<<strong>br</strong> />

24 – Assinale a alternativa em que não haja coordenação.<<strong>br</strong> />

a) "Levanto-me, procuro uma vela, que a luz vai apagar-se."<<strong>br</strong> />

(Graciliano Ramos)<<strong>br</strong> />

b) "Sou um trem<<strong>br</strong> />

Um navio<<strong>br</strong> />

Um aeroplano (...)"<<strong>br</strong> />

(Luís Aranha)<<strong>br</strong> />

c) "O artista canta agora a realidade total:<<strong>br</strong> />

a do corpo e a do espírito,<<strong>br</strong> />

a da natureza e a do sonho,<<strong>br</strong> />

a do homem e a de Deus..."<<strong>br</strong> />

(Cecília Meireles)<<strong>br</strong> />

d) "Os meus lábios são <strong>br</strong>ancos <strong>com</strong>o lagos.<<strong>br</strong> />

Os meus <strong>br</strong>aços são leves <strong>com</strong>o afagos (...)"<<strong>br</strong> />

(Florbela Espanca)<<strong>br</strong> />

25 – Nas alternativas abaixo, o tempo verbal destacado indica<<strong>br</strong> />

possibilidade em<<strong>br</strong> />

a) "... as pessoas não estão sempre iguais (...) elas vão sempre<<strong>br</strong> />

mudando." (Guimarães Rosa)<<strong>br</strong> />

b) "Se alguém por mim perguntar<<strong>br</strong> />

diga que eu só vou voltar<<strong>br</strong> />

quando eu me encontrar." (Antônio F. Candeia)<<strong>br</strong> />

c) "Mesmo que se tomem as inadiáveis e urgentes medidas<<strong>br</strong> />

paliativas, sem tal plano, a cidade terá de conviver <strong>com</strong> sua<<strong>br</strong> />

natureza selvagem." (Folha de S.Paulo/1998)<<strong>br</strong> />

d) "Que importava se num dia futuro sua marca ia fazê-la<<strong>br</strong> />

erguer insolente uma cabeça de mulher?" (Clarice<<strong>br</strong> />

Lispector)<<strong>br</strong> />

26 – Observando-se o sentido que uma oração expressa em<<strong>br</strong> />

relação à outra, assinale a alternativa cujas conjunções<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>pletam correta e respectivamente os pontilhados do texto<<strong>br</strong> />

abaixo.<<strong>br</strong> />

"O controle genético do envelhecimento resultará em pessoas<<strong>br</strong> />

capazes de manter por muito mais tempo a saúde física,<<strong>br</strong> />

__________ o corpo humano não foi feito para a imortalidade,<<strong>br</strong> />

__________ nunca será possível criar seres imortais."<<strong>br</strong> />

a) mas – portanto<<strong>br</strong> />

b) mas – no entanto<<strong>br</strong> />

c) embora – por isso<<strong>br</strong> />

d) portanto – porque


27 – Qual dos trechos abaixo apresenta desvio das normas<<strong>br</strong> />

propostas pela gramática no que se refere à pontuação?<<strong>br</strong> />

a) "Se uma pessoa ficar isolada de seus semelhantes, (...)<<strong>br</strong> />

tenderá a apresentar rapidamente sintomas de ansiedade.<<strong>br</strong> />

Mas, <strong>com</strong> o prolongamento da situação, a fala e o próprio<<strong>br</strong> />

pensamento deverão ficar desconexos e a pessoa <strong>com</strong>eçará a<<strong>br</strong> />

perder o autocontrole."<<strong>br</strong> />

b) "O caráter social de uma língua já parece ter sido fartamente<<strong>br</strong> />

demonstrado. Entendida <strong>com</strong>o sistema de signos<<strong>br</strong> />

c)<<strong>br</strong> />

convencionais que faculta aos mem<strong>br</strong>os de uma <strong>com</strong>unidade<<strong>br</strong> />

a possibilidade de <strong>com</strong>unicação, acredita-se, hoje, que seu<<strong>br</strong> />

papel seja cada vez mais importante nas relações humanas,<<strong>br</strong> />

razão pela qual seu estudo já envolve modernos processos<<strong>br</strong> />

de pesquisa, interligados às mais novas ciências e técnicas,<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o, por exemplo, a própria Cibernética."<<strong>br</strong> />

"Enquanto na França ou na Inglaterra a criança, a partir dos<<strong>br</strong> />

cinco anos, fica de seis a dez horas por dia na escola, e nela<<strong>br</strong> />

permanece durante doze anos de sua vida, a realidade<<strong>br</strong> />

<strong>br</strong>asileira é bem outra."<<strong>br</strong> />

d) "A linguagem, segundo definição de Émile Benveniste, é<<strong>br</strong> />

um sistema de signos socializado. 'Socializado' remete<<strong>br</strong> />

claramente à função de <strong>com</strong>unicação da linguagem. A<<strong>br</strong> />

expressão sistema de signos é empregada para definir a<<strong>br</strong> />

linguagem <strong>com</strong>o um conjunto cujos elementos se<<strong>br</strong> />

determinam em suas inter-relações, ou seja, um conjunto no<<strong>br</strong> />

qual nada significa por si, mas tudo significa função dos<<strong>br</strong> />

outros elementos."<<strong>br</strong> />

28 – Leia o texto abaixo:<<strong>br</strong> />

"Imagine se a paixão fosse a única causa de dor no coração.<<strong>br</strong> />

Isso ainda é imaginação. Mas pode tornar-se realidade. (...)<<strong>br</strong> />

Assim, algum dia, a única cura necessária para um coração que<<strong>br</strong> />

sofre será o sorriso da pessoa amada."<<strong>br</strong> />

(Veja, ed. 1563, ano 31, nº 36 – 9 de set. de 1998)<<strong>br</strong> />

Coloque C para certo e E para errado <strong>com</strong> relação à análise<<strong>br</strong> />

sintática dos períodos do texto em questão e assinale a<<strong>br</strong> />

alternativa que contém a seqüência correta.<<strong>br</strong> />

( ) "se a paixão fosse a única causa de dor no coração" é uma<<strong>br</strong> />

oração subordinada substantiva objetiva direta.<<strong>br</strong> />

( ) O 2.º e o 3.º períodos são <strong>com</strong>postos.<<strong>br</strong> />

( ) O 4.º período é <strong>com</strong>posto por coordenação e subordinação.<<strong>br</strong> />

( ) "a única cura necessária para um coração que sofre" é a<<strong>br</strong> />

oração principal do 4.º período.<<strong>br</strong> />

a) C – E – E – C<<strong>br</strong> />

b) E – C – E – E<<strong>br</strong> />

c) C – E – C – C<<strong>br</strong> />

d) C – E – E – E<<strong>br</strong> />

29 – Assinale a alternativa em que os verbos estão conjugados<<strong>br</strong> />

conforme a Norma Culta.<<strong>br</strong> />

a) A diretora não interveio na nota do aluno; ele foi, pois,<<strong>br</strong> />

reprovado.<<strong>br</strong> />

b) Quando você ver o Bonê, diga-lhe que estamos <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

saudade.<<strong>br</strong> />

c) Quando você o vir, dize-lhe que ainda o amo muito.<<strong>br</strong> />

d) Se você se colocasse em meu lugar, perceberá melhor o<<strong>br</strong> />

problema, meu amor!<<strong>br</strong> />

30 – "A Terra é uma paisagem imensa que Deus nos deu. Temos<<strong>br</strong> />

que olhar para ela de tal modo que ela chegue até nós sem<<strong>br</strong> />

deformação. Ninguém duvida de que a essência das coisas não<<strong>br</strong> />

seja a realidade exterior. A realidade tem que ser criada por nós.<<strong>br</strong> />

A significação do assunto deve ser sentida." (Domício Proença<<strong>br</strong> />

Filho)<<strong>br</strong> />

Em relação às orações subordinadas do texto acima, é incorreto<<strong>br</strong> />

afirmar que<<strong>br</strong> />

a) "que Deus nos deu" é adjetiva restritiva e tem valor de<<strong>br</strong> />

adjunto adnominal, visto que qualifica "paisagem".<<strong>br</strong> />

b) "de que a essência das coisas não seja a sua realidade<<strong>br</strong> />

exterior" é substantiva objetiva indireta, que pode ser<<strong>br</strong> />

substituída por "disso", sem prejuízo da função sintática.<<strong>br</strong> />

c) "que ela chegue a nós sem deformação" é adverbial<<strong>br</strong> />

consecutiva, pois, ao aprendermos a olhar para a Terra de<<strong>br</strong> />

maneira especial, ela nos parecerá, conseqüentemente, sem<<strong>br</strong> />

deformação.<<strong>br</strong> />

d) "que olhar" e "que ser criada" são substantivas objetivas<<strong>br</strong> />

diretas e equivalem aos substantivos olhos e criação,<<strong>br</strong> />

respectivamente.<<strong>br</strong> />

31 – Considerando a predicação verbal, relacione a coluna da<<strong>br</strong> />

direita <strong>com</strong> a da esquerda e assinale a alternativa <strong>com</strong> a<<strong>br</strong> />

numeração em seqüência correta.<<strong>br</strong> />

(1) nominal ( ) "Os garimpeiros assistiam à<<strong>br</strong> />

cena em silêncio, à luz das<<strong>br</strong> />

candeias."<<strong>br</strong> />

(2) verbal ( ) Tia Quiquinha continua de<<strong>br</strong> />

(3) verbo-nominal<<strong>br</strong> />

cama há alguns meses.<<strong>br</strong> />

( ) Durante a reunião, todos lhe<<strong>br</strong> />

chamaram de charlatão.<<strong>br</strong> />

a) 1 – 3 – 2<<strong>br</strong> />

b) 2 – 1 – 3<<strong>br</strong> />

c) 2 – 2 – 1<<strong>br</strong> />

d) 1 – 2 – 3<<strong>br</strong> />

32 – Assinale a alternativa em que o acento grave indica a<<strong>br</strong> />

ocorrência da crase pelo mesmo motivo que o da expressão<<strong>br</strong> />

sublinhada na frase abaixo:<<strong>br</strong> />

"O Brasil foi sempre mais fiel à força da toga que à da espada."<<strong>br</strong> />

a) Os alunos voltaram a casa à uma hora da madrugada.<<strong>br</strong> />

b) Estando à porta da loja, vi assomar a distância dos<<strong>br</strong> />

cavalheiros que caminhavam lado a lado e dirigiam-se<<strong>br</strong> />

àquela casa <strong>com</strong>ercial.<<strong>br</strong> />

c) Já se havia habituado àquela vida, quando o médico aventou<<strong>br</strong> />

a idéia de submetê-lo a uma intervenção cirúrgica.<<strong>br</strong> />

d) Na velha fazenda, à qual cheguei às nove horas, havia<<strong>br</strong> />

plantações abandonadas aos insetos.<<strong>br</strong> />

33 – Observe o período: "Eu desejava mais uma blusa: quem<<strong>br</strong> />

viaja está sempre pensando em alegrias que, de volta, pode dar<<strong>br</strong> />

aos amigos."<<strong>br</strong> />

Substituindo-se os dois pontos por uma conjunção ou locução<<strong>br</strong> />

conjuntiva, a relação entre as orações estará correta em:<<strong>br</strong> />

a) Eu desejava mais uma blusa, assim quem viaja está sempre<<strong>br</strong> />

pensando...<<strong>br</strong> />

b) Eu desejava mais uma blusa, na medida em que quem viaja<<strong>br</strong> />

está sempre pensando...<<strong>br</strong> />

c) Eu desejava mais uma blusa, desde que quem viaja está<<strong>br</strong> />

sempre pensando...


d) Eu desejava mais uma blusa, à medida que quem viaja está<<strong>br</strong> />

sempre pensando...<<strong>br</strong> />

34 – Assinale a alternativa em que o termo grifado não é<<strong>br</strong> />

vocativo.<<strong>br</strong> />

a) "Razão, irmã do amor e da justiça<<strong>br</strong> />

Mais uma vez escuta a minha prece.<<strong>br</strong> />

É a voz de um coração que te apetece,<<strong>br</strong> />

Duma alma livre, só a ti submissa." (Antero de Quental)<<strong>br</strong> />

b) "Solidão, dá um tempo e vá saindo,<<strong>br</strong> />

De repente eu tô sentindo<<strong>br</strong> />

Que você vai se dar mal." (Música cantada por Sandra de Sá)<<strong>br</strong> />

c) "Pálida, à luz da lâmpada som<strong>br</strong>ia<<strong>br</strong> />

So<strong>br</strong>e o leito de flores reclinada<<strong>br</strong> />

Como a lua por noite embalsamada,<<strong>br</strong> />

Entre nuvens de amor ela dormia!" (Castro Alves)<<strong>br</strong> />

d) "Longe do estéril turbilhão da rua,<<strong>br</strong> />

Beneditino, escreve. No aconchego<<strong>br</strong> />

Do claustro, na paciência e no sossego,<<strong>br</strong> />

Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua." (Olavo Bilac)<<strong>br</strong> />

35 – "Boião de Leite<<strong>br</strong> />

que a Noite leva<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> mãos de treva<<strong>br</strong> />

pra não sei quem beber<<strong>br</strong> />

E que, embora levado<<strong>br</strong> />

muito devagarinho,<<strong>br</strong> />

vai derramando pingos <strong>br</strong>ancos<<strong>br</strong> />

pelo caminho."<<strong>br</strong> />

(Cassiano Ricardo)<<strong>br</strong> />

Com relação à função sintática dos termos destacados no texto<<strong>br</strong> />

acima, pode-se dizer que são, respectivamente,<<strong>br</strong> />

a) objeto direto (a Noite leva o boião de leite) e objeto direto<<strong>br</strong> />

(vai derramando o boião de leite pingos).<<strong>br</strong> />

b) objeto direto e sujeito paciente: (O boião de Leite) é levado<<strong>br</strong> />

muito devagarinho (pela Noite).<<strong>br</strong> />

c) objeto direto e sujeito ativo: (O boião de leite) vai<<strong>br</strong> />

derramando pingos <strong>br</strong>ancos pelo caminho.<<strong>br</strong> />

d) sujeito paciente (Boião de leite levado pela noite) e partícula<<strong>br</strong> />

expletiva (... pra não sei quem beber. (...) embora levado<<strong>br</strong> />

devagarinho, vai derramando pingos <strong>br</strong>ancos pelo caminho).<<strong>br</strong> />

36 – "Senhor Deus dos desgraçados!<<strong>br</strong> />

Dizei-me vós, Senhor Deus<<strong>br</strong> />

Se é loucura ... se é verdade<<strong>br</strong> />

Tanto horror perante os céus..."<<strong>br</strong> />

O verbo sublinhado no verso acima possui a mesma<<strong>br</strong> />

transitividade do verbo sublinhado na alternativa:<<strong>br</strong> />

a) "Uma lata existe para conter algo<<strong>br</strong> />

Mas quando o poeta diz lata<<strong>br</strong> />

Pode estar querendo dizer o<<strong>br</strong> />

incontível."<<strong>br</strong> />

b) "O preço do feijão<<strong>br</strong> />

Não cabe no poema. O preço<<strong>br</strong> />

do arroz<<strong>br</strong> />

não cabe no poema."<<strong>br</strong> />

c) "Mas cada volta tua<<strong>br</strong> />

Há de apagar<<strong>br</strong> />

O que essa ausência tua me causou."<<strong>br</strong> />

d) "Mandou-me o senhor vigário<<strong>br</strong> />

que lhe <strong>com</strong>prasse uma lâmpada<<strong>br</strong> />

para alumiar a estampa da<<strong>br</strong> />

Senhora do Rosário."<<strong>br</strong> />

37 – Dos pares abaixo, assinale a alternativa que apresenta<<strong>br</strong> />

mudança de transitividade do verbo, sem alteração de sentido.<<strong>br</strong> />

a) 1 – A mãe agradava os filhos constantemente.<<strong>br</strong> />

2 – "Eu venho lá do sertão<<strong>br</strong> />

E posso não lhe agradar."<<strong>br</strong> />

b) 1 – Desesperado, chamava pelos santos.<<strong>br</strong> />

2 – A professora chamou os alunos para a recreação.<<strong>br</strong> />

c) 1 – A humanidade anseia por dias melhores no novo milênio<<strong>br</strong> />

que se inicia.<<strong>br</strong> />

2 – "Ressuscitava-me (...) Porque sou poeta/ E ansiava um<<strong>br</strong> />

futuro."<<strong>br</strong> />

d) 1 – O médico assistiu à morte do paciente.<<strong>br</strong> />

2 – O médico assistiu o paciente que morria.<<strong>br</strong> />

38 – Observe:<<strong>br</strong> />

I- "Os EUA e o Reino Unido lançaram ontem à tarde<<strong>br</strong> />

(17/12/98) nova série de ataques contra o Iraque. A segunda<<strong>br</strong> />

em menos de 24 horas. Já não há problemas bastante no<<strong>br</strong> />

mundo árabe?"<<strong>br</strong> />

II- "Os americanos mesmo estão discutindo a validade da guerra<<strong>br</strong> />

contra o Iraque no momento em que Clinton está sendo<<strong>br</strong> />

julgado. Essa história de bombardear um país para estar<<strong>br</strong> />

quites <strong>com</strong> o próprio exército é muito estranha."<<strong>br</strong> />

III- "O ex-prefeito Celso Pitta afundou-se um pouco mais no<<strong>br</strong> />

escândalo dos precatórios esta semana. O Tribunal de Justiça<<strong>br</strong> />

rejeitou o discurso dos advogados do prefeito e manteve<<strong>br</strong> />

indisponível os seus bens."<<strong>br</strong> />

Quanto à concordância nominal nos textos acima, pode-se afirmar<<strong>br</strong> />

que<<strong>br</strong> />

a) I, II e III contêm erros.<<strong>br</strong> />

b) somente I não apresenta erros.<<strong>br</strong> />

c) há um erro na I, dois na II e nenhum na III.<<strong>br</strong> />

d) I e III estão corretas.<<strong>br</strong> />

39 – Na frase "As pessoas tinham certeza de que o papa lhes<<strong>br</strong> />

guardava respeito e as amava.", o termo grifado corresponde,<<strong>br</strong> />

sem alteração de sentido, ao que se destaca em:<<strong>br</strong> />

a) As pessoas tinham certeza de que o papa guardava respeito<<strong>br</strong> />

ante elas e as amava.<<strong>br</strong> />

b) As pessoas tinham certeza de que o papa guardava delas<<strong>br</strong> />

respeito e as amava.<<strong>br</strong> />

c) As pessoas tinham certeza de que o papa guardava respeito<<strong>br</strong> />

por elas e as amava.<<strong>br</strong> />

d) As pessoas tinham certeza de que o papa nelas guardava<<strong>br</strong> />

respeito e as amava.<<strong>br</strong> />

40 – Observe a concordância verbal nos períodos abaixo.<<strong>br</strong> />

I- Havia meses que não nos víamos, embora estivéssemos<<strong>br</strong> />

apaixonados.<<strong>br</strong> />

II- Li, ontem, na Folha de S. Paulo, que 25% do orçamento do<<strong>br</strong> />

Estado deve destinar-se à Educação.<<strong>br</strong> />

III- Durante a reunião, todos houveram medo de se envolver na<<strong>br</strong> />

questão.<<strong>br</strong> />

IV- Líncon escreveu à Natália: "Se eu fosse você, eu voltava<<strong>br</strong> />

para mim."<<strong>br</strong> />

Estão corretas, quanto à norma culta, apenas as frases<<strong>br</strong> />

a) I, II e III. c) I, II e IV.<<strong>br</strong> />

b) II e III. d) III e IV.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!