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Aproveitamento do biogás em aterros sanitários - IEE/USP

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Nos <strong>aterros</strong> <strong>sanitários</strong>, onde ocorre a disposição planejada <strong>do</strong>s resíduos sóli<strong>do</strong>s,<br />

normalmente o chorume é canaliza<strong>do</strong> para um tanque a céu aberto, poden<strong>do</strong> haver ou não um<br />

pré-tratamento, e desse reservatório, <strong>em</strong> alguns casos, é despeja<strong>do</strong> <strong>em</strong> corpos d água. A<br />

poluição das águas pelo chorume pode provocar end<strong>em</strong>ias ou intoxicações, se houver a<br />

presença de organismos patogênicos e substâncias tóxicas <strong>em</strong> níveis acima <strong>do</strong> permissível<br />

(SISINNO & ROSÁLIA, 2000).<br />

Figura 14 Visão aérea da Estação de Tratamento de Efluentes <strong>do</strong> Lara.<br />

Fonte: LARA, 2008.<br />

Nos <strong>aterros</strong>, o chorume é gera<strong>do</strong> pelo processo de degradação <strong>do</strong> lixo e pela passag<strong>em</strong><br />

de águas de chuva que ocorre no interior <strong>do</strong>s mesmos. Ao ser drena<strong>do</strong> <strong>do</strong> aterro, o chorume<br />

resultante da mistura das duas fontes, carreia materiais <strong>em</strong> suspensão e dissolvi<strong>do</strong>s com alto<br />

potencial de contaminação. Este chorume é potencialmente tóxico por conter metais pesa<strong>do</strong>s e<br />

altos níveis de d<strong>em</strong>anda biológica de oxigênio, DBO, e d<strong>em</strong>anda química de oxigênio, DQO.<br />

Além disto, verifica-se que apresentam características que variam <strong>em</strong> função <strong>do</strong>s resíduos<br />

aterra<strong>do</strong>s e com a idade <strong>do</strong> aterro, o que o torna uma água residuária de difícil tratamento<br />

(SISINNO & ROSÁLIA, 2000).<br />

No inicio da operação de um aterro sanitário observa-se que o chorume t<strong>em</strong> pH<br />

lev<strong>em</strong>ente áci<strong>do</strong>, que é justifica<strong>do</strong> pela oxidação de carboidratos e gorduras e formação de<br />

áci<strong>do</strong>s orgânicos. Essa característica vai se alteran<strong>do</strong> já que os carboidratos e gorduras se<br />

tornam escassos e inicia-se outro ciclo de reações envolven<strong>do</strong> a hidrólise de proteínas. Nessa<br />

fase o pH aumenta <strong>em</strong> média para 8,5, geran<strong>do</strong> altas concentrações de nitrogênio na forma<br />

amoniacal. Isso prejudica o crescimento celular e impede a conversão <strong>do</strong> nitrogênio <strong>em</strong><br />

nitrato e seu subseqüente uso como macronutrientes. Outras substâncias como sulfetos,

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