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Dia da Inclusão Digital Mouses em punho Rodrigo comanda 3 m

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Texto I<br />

9º<br />

GRAMÁTICA<br />

Prof. Alexandre<br />

O Brasil <strong>em</strong> março<br />

26 – <strong>Dia</strong> <strong>da</strong> Inclusão <strong>Digital</strong><br />

<strong>Mouses</strong> <strong>em</strong> <strong>punho</strong><br />

<strong>Rodrigo</strong> coman<strong>da</strong> 3 mil sol<strong>da</strong>dos do b<strong>em</strong> mundo afora<br />

1<br />

Desde 2001, com<strong>em</strong>ora-se no último sábado de março o <strong>Dia</strong> <strong>da</strong> Inclusão <strong>Digital</strong>. Centenas de<br />

computadores instalados <strong>em</strong> lugares públicos apresentam um mundo desconhecido para muita gente. O<br />

idealizador do evento, <strong>Rodrigo</strong> Baggio, criou o Comitê para a D<strong>em</strong>ocratização <strong>da</strong> Informática (CDI). Em<br />

1995, <strong>Rodrigo</strong> lançou a s<strong>em</strong>ente. Com aju<strong>da</strong> de voluntários, implantou a Escola de Informática e Ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia<br />

na favela Santa Marta, Rio. Antes de um ano, o CDI já incluía dez escolas.<br />

“Começamos ensinando o básico”, diz <strong>Rodrigo</strong>. “E logo os alunos passam a contribuir para suas<br />

comuni<strong>da</strong>des. Faz<strong>em</strong> bancos de <strong>da</strong>dos, acompanhamento de programas de saúde, correspondência. Os<br />

que mais se destacam faz<strong>em</strong> treinamentos avançados para se tornar professores ou <strong>em</strong>preendedores<br />

sociais”.<br />

<strong>Rodrigo</strong> t<strong>em</strong> muito a com<strong>em</strong>orar. O CDI atravessou fronteiras e ganhou prêmios. Alcança hoje 946<br />

escolas <strong>em</strong> dez países e conta com mais de 3 mil educadores e voluntários. “Mas ain<strong>da</strong> há muito a fazer”,<br />

diz. “. Ao ver sua principal invenção, o avião, sendo usa<strong>da</strong> para matar, Santos Dumont caiu <strong>em</strong> profun<strong>da</strong><br />

depressão. A informática também virou arma de guerra. Mas exist<strong>em</strong> diversas pessoas mundo afora que<br />

vêm utilizando as tecnologias para fins nobres. Por isso, o <strong>Dia</strong> <strong>da</strong> Inclusão <strong>Digital</strong>: uma <strong>da</strong>ta para a<br />

celebração <strong>da</strong> esperança que t<strong>em</strong>os na construção de um mundo melhor”.<br />

(Brasil - Almanaque de Cultura Popular / março 2005)<br />

01) – To<strong>da</strong>s as frases abaixo são nominais (não apresenta verbo), EXCETO:<br />

a) “<strong>Dia</strong> <strong>da</strong> Inclusão Social”.<br />

b) “<strong>Mouses</strong> <strong>em</strong> <strong>punho</strong>”.<br />

c) “Em 1995, <strong>Rodrigo</strong> lançou a s<strong>em</strong>ente”.<br />

d) “<strong>Rodrigo</strong> Baggio na favela Santa Marta, Rio”.<br />

e) NDA<br />

02) – Analise as afirmações a respeito <strong>da</strong> estrutura do texto e identifique a INCORRETA.<br />

a) A manchete se destaca no início e sugere o t<strong>em</strong>a do texto.<br />

b) O lead apresenta resumi<strong>da</strong>mente o fato anunciado<br />

c) Três momentos distintos, sobre o t<strong>em</strong>a, divididos <strong>em</strong> 3 parágrafos<br />

d) À seção deram o nome “<strong>Dia</strong> <strong>da</strong> Inclusão <strong>Digital</strong>”.<br />

e) NDA<br />

03) – Em to<strong>da</strong>s as frases abaixo, há palavras que, no texto, funcionam como conectores, EXCETO:<br />

a) “Os que mais se destacam faz<strong>em</strong> treinamentos (...)”.<br />

b) “Mas ain<strong>da</strong> há muito o que fazer”.<br />

c) “A informática também virou arma de guerra”.<br />

d) “Por isso, o <strong>Dia</strong> <strong>da</strong> Inclusão <strong>Digital</strong>”.<br />

e) NDA<br />

Texto II<br />

Informática<br />

VOCÊ SABIA...


... que diversos jogos eletrônicos foram considerados preconceituosos e diss<strong>em</strong>inadores de práticas contra<br />

os direitos humanos e, principalmente, contra as mulheres? A conclusão é do relatório Com a Violência<br />

Não se Brinca, <strong>da</strong> Anistia Internacional. O estudo está disponível <strong>em</strong> espanhol: www.es.amnesty.org.<br />

(Brasil - Almanaque de Cultura Popular / março 2005)<br />

2<br />

04) – Ao comparar os textos I e II pode-se AFIRMAR que:<br />

a) há interesse, dos dois textos, <strong>em</strong> diss<strong>em</strong>inar a idéia do uso indiscriminado <strong>da</strong> informática.<br />

b) o texto 2 t<strong>em</strong> sua informação basea<strong>da</strong> <strong>em</strong> pesquisa internacional, enquanto o outro só apresenta<br />

“achismos”.<br />

c) ambos os textos mencionam algum probl<strong>em</strong>a ligado ao mau uso <strong>da</strong> informática nos dias de hoje.<br />

d) o texto 1 deixa clara a importância <strong>da</strong> informática hoje e o texto 2 reafirma essa idéia.<br />

e) NDA<br />

05) – Qual <strong>da</strong>s opções abaixo APONTA para o lado negativo do uso <strong>da</strong> informática, ditas nos textos I e II?<br />

a) <strong>Rodrigo</strong> coman<strong>da</strong> 3 mil sol<strong>da</strong>dos.<br />

b) diversos jogos eletrônicos foram considerados preconceituosos.<br />

c) a informática também virou uma arma de guerra.<br />

d) diss<strong>em</strong>inadores de práticas contra direitos humanos.<br />

e) NDA<br />

TEXTO III– Texto publicitário<br />

06) – Num texto publicitário como o apresentado acima, percebe-se o uso <strong>da</strong> linguag<strong>em</strong> informal. Qual <strong>da</strong>s<br />

opções abaixo EXPLICARIA o motivo de uma <strong>em</strong>presa conceitua<strong>da</strong> no mercado optar por esse tipo de<br />

linguag<strong>em</strong>?<br />

a) Trata-se de uma variação regional <strong>da</strong> língua, eleita pelas <strong>em</strong>presas como a melhor maneira de se<br />

conquistar o cliente, pois a linguag<strong>em</strong> é conheci<strong>da</strong> dele.<br />

b) As <strong>em</strong>presas desenvolveram uma estratégia de ven<strong>da</strong>s: usar nas propagan<strong>da</strong>s a forma erra<strong>da</strong><br />

com que as pessoas falam para que elas se identifiqu<strong>em</strong>.<br />

c) Houve um possível probl<strong>em</strong>a de falta de correção do texto a ser divulgado, o que cria no cliente<br />

uma insegurança diante <strong>da</strong> marca.<br />

d) A <strong>em</strong>presa pretende estar mais próxima do modo de falar <strong>da</strong> maioria dos clientes para que eles se<br />

identifiqu<strong>em</strong> com o produto.<br />

e) NDA


3<br />

07) – Leia.<br />

“...que você vai encontrar mais um lançamento perfumado de OMO.”<br />

To<strong>da</strong>s as alternativas justificam a classificação <strong>da</strong> oração acima como subordina<strong>da</strong> substantiva subjetiva,<br />

EXCETO:<br />

a) O verbo <strong>da</strong> oração principal está na terceira pessoa do singular.<br />

b) Não existe preposição entre o verbo <strong>da</strong> oração principal e a conjunção.<br />

c) Não existe, na oração principal, nenhum termo que possa ser sujeito do seu verbo.<br />

d) A oração principal é constituí<strong>da</strong> de verbo de ligação + predicativo.<br />

e) NDA<br />

08) – Há, no aviso, um erro quanto ao uso culto formal de uma regra de concordância. Esse erro está<br />

corrigido <strong>em</strong> to<strong>da</strong>s as alternativas abaixo, EXCETO <strong>em</strong>:<br />

a) Proibido entra<strong>da</strong>, circulação ou permanência de animais no condomínio.<br />

b) Proibi<strong>da</strong> a entra<strong>da</strong>, circulação ou permanência de animais no condomínio.<br />

c) Proibidos entra<strong>da</strong>, circulação ou permanência de animais no condomínio.<br />

d) Proibidos a entra<strong>da</strong>, a circulação ou a permanência de animais no condomínio.<br />

e) NDA<br />

09) – Em to<strong>da</strong>s as alternativas abaixo, a concordância verbal segue a mesma regra <strong>da</strong> oração acima,<br />

EXCETO:<br />

a) Aqui faz verões insuportáveis ultimamente.<br />

b) Haverão de encontrar políticos menos caricaturais.<br />

c) Choveu violentamente durante várias horas.<br />

d) Vai fazer 20 anos a promulgação <strong>da</strong> Constituição.<br />

e) Houve muita polêmica no Congresso ont<strong>em</strong>.<br />

10) – Observe a orig<strong>em</strong> <strong>da</strong> palavra nepotismo [de nepote+ ismo]. Analisando os processos de formação de<br />

palavras existentes na língua, marque a alternativa que contenha um vocábulo cuja formação seja distinta<br />

de nepotismo:<br />

a) irmanam;<br />

b) ban<strong>da</strong>lheira;<br />

c) bisnetam;<br />

d) traficância;<br />

e) primam.<br />

11) – Leia o trecho abaixo:<br />

“Apesar do esforço, estima-se que ain<strong>da</strong> haja 4.000 pessoas nessa condição.”<br />

O trecho destacado sugere:<br />

a) adição.<br />

b) oposição.<br />

c) condição.<br />

d) explicação.<br />

e) comparação.<br />

12) – Em to<strong>da</strong>s as alternativas destacou-se o termo responsável pela flexão verbal, EXCETO:<br />

a) “Metade dos países possui <strong>em</strong> casa conexão s<strong>em</strong> fio (...).”<br />

b) “Exist<strong>em</strong> projetos, no Brasil e no mundo, que (...).”<br />

c) “(...) <strong>em</strong> que se oferece a conectivi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> ban<strong>da</strong> larga.”<br />

d) “(...) antenas que permit<strong>em</strong> acesso à Internet (...).”<br />

e) “Esse é o modelo utilizado no Pentágono (...).”<br />

13) – Releia a sentença abaixo.<br />

“É poupança de parte do seu salário como presidente <strong>da</strong> República e aposentadoria, b<strong>em</strong><br />

como rendimentos de aplicações anteriores à 2002 (...).”<br />

O articulador destacado sugere:


4<br />

a) causa. b) conseqüência. c) adição. d) oposição. e) hipótese.<br />

A questão 14 deve ser respondi<strong>da</strong> com base no texto IV.<br />

TEXTO IV<br />

14) – Em relação à expressão <strong>em</strong> negrito, no terceiro quadro, pode se dizer que:<br />

a) foi usa<strong>da</strong> <strong>em</strong> sentido figurado.<br />

b) faz alusão ao comportamento de Mafal<strong>da</strong>.<br />

c) satiriza o governo.<br />

d) é ambígua.<br />

e) é uma crítica aos amigos de Mafal<strong>da</strong>.<br />

TEXTO V<br />

Para responder às questões 15 e 16, leia com atenção o texto apresentado a seguir, extraído de<br />

uma publici<strong>da</strong>de divulga<strong>da</strong> <strong>em</strong> revista de circulação nacional.<br />

15) – Pode-se depreender <strong>da</strong> leitura do texto que:<br />

a) N<strong>em</strong> s<strong>em</strong>pre se paga o preço justo pela energia elétrica.<br />

b) O consumidor final de energia pode escolher a usina de que quer comprar energia.<br />

c) A livre concorrência pode levar à diminuição de gastos.<br />

d) A Usina Peixe Angical, no Tocantins, t<strong>em</strong> preços competitivos.<br />

e) A maioria <strong>da</strong>s <strong>em</strong>presas brasileiras de energia já aderiu a esse sist<strong>em</strong>a.<br />

16) – Em relação aos referentes usados na construção do texto, assinale a alternativa ERRADA.<br />

a) O pronome “suas” retoma o mercado livre de energia.<br />

b) O vocábulo “sist<strong>em</strong>a” é usado para se referir à escolha <strong>da</strong> fonte de energia.<br />

c) A expressão “a medi<strong>da</strong>” se refere ao monopólio que existia.<br />

d) O pronome “qu<strong>em</strong>” se refere as pessoas físicas que compram energia.<br />

e) A expressão “grandes consumidores” se refere a <strong>em</strong>presas.<br />

17) – Em to<strong>da</strong>s as alternativas, aparece uma oração adjetiva introduzi<strong>da</strong> pelo relativo que, EXCETO:<br />

a) “Essa característica é algo que surgiu cerca de 3 milhões de anos atrás...”<br />

b) “Quando a vitória está garanti<strong>da</strong>, é que v<strong>em</strong> a recompensa”<br />

c) “... são elas que nos dão força para lutar com plena capaci<strong>da</strong>de cardiovascular”<br />

d) “Para os nossos ancestrais que viviam nas savanas, perder...”<br />

e) “É um comportamento que evoluiu ao longo dos t<strong>em</strong>pos”


18) – Assinale a alternativa <strong>em</strong> que o articulador sintático destacado NÃO estabelece a relação s<strong>em</strong>ântica<br />

indica<strong>da</strong> entre parênteses:<br />

a) “Mas s<strong>em</strong>pre <strong>em</strong> grupo, porque o mundo, naquela época, já era b<strong>em</strong> perigoso.” (causa)<br />

b) “Mas o instinto de competição dele sobrevive dentro de nós...” (contraste)<br />

c) ...”...corpo e cérebro conspiram para que o sabor <strong>da</strong> vitória seja doce.” (finali<strong>da</strong>de)<br />

d) “Quando a vitória já está garanti<strong>da</strong>, é que v<strong>em</strong> a recompensa.” (t<strong>em</strong>po)<br />

e) “As endorfinas têm um efeito tão poderoso que, mesmo se o boxeador...” (concessão)<br />

5<br />

19) – “Por isso, nos dias de hoje, t<strong>em</strong>os esse luxo que é escolher os nossos adversários”<br />

Assinale a ÚNICA afirmativa possível acerca do conector <strong>em</strong> destaque no fragmento abaixo:<br />

a) Estabelece uma relação de caráter explicativo para a afirmação anterior.<br />

b) Pode ser substituí<strong>da</strong> por porque s<strong>em</strong> causar alteração s<strong>em</strong>ântica.<br />

c) Estabelece uma relação de caráter consecutivo <strong>em</strong> relação à afirmação anterior.<br />

d) Foi mal <strong>em</strong>pregado, pois não estabelece a relação s<strong>em</strong>ântica pretendi<strong>da</strong>.<br />

e) Caracteriza uma relação de t<strong>em</strong>porali<strong>da</strong>de entre as passagens liga<strong>da</strong>s por ele.<br />

20) – Em to<strong>da</strong>s as alternativas, a relação lógico-s<strong>em</strong>ântica <strong>da</strong>s orações foi corretamente indica<strong>da</strong>,<br />

EXCETO:<br />

a) “..apenas freqüento cin<strong>em</strong>a como qualquer mortal.” (comparação)<br />

b) “Como passo os dias nesse computador...não curto d<strong>em</strong>ais...” (conformi<strong>da</strong>de)<br />

c) “...não curto d<strong>em</strong>ais, fora desta casa, na<strong>da</strong> tão hermético que n<strong>em</strong> o próprio diretor ou roteirista<br />

entend<strong>em</strong>.” (conseqüência)<br />

d) “..isso me interessou, pois um de meus projetos atuais de trabalho é um pequeno ensaio sobre<br />

assunto fascinante.” (causa)<br />

e) “... e deixar-se ferir enquanto outros seres humanos <strong>em</strong> torno torc<strong>em</strong>...” (t<strong>em</strong>po)<br />

21) – Marque a opção <strong>em</strong> que a oração destaca<strong>da</strong> NÃO serviu para ampliar o sentido de um nome:<br />

a) “Antes que alguém tresleia, explico que não entendo de cin<strong>em</strong>a...”<br />

b) “Há filmes que a crítica malha e me agra<strong>da</strong>m...”<br />

c) “... e o hedonismo burro com que tantas vezes nos desperdiçamos”.<br />

d) “... encontrou na jov<strong>em</strong> boxeadora alguém que soube valoriza-lo...”<br />

e) “... na arguta e comovi<strong>da</strong> visão de Clint Eastwood, a qu<strong>em</strong> a passag<strong>em</strong> do t<strong>em</strong>po foi<br />

extr<strong>em</strong>amente favorável”.


Texto 1<br />

Código Virtual<br />

Débora Rubin<br />

6<br />

A linguag<strong>em</strong> dos chats não é tão absur<strong>da</strong> quanto parece, desde que seja usa<strong>da</strong> na hora certa<br />

Para a geração que cresceu <strong>em</strong> frente ao computador, escrever por códigos é tão natural quanto<br />

falar. Abreviações como vc (você) e pq (porque) são usa<strong>da</strong>s dezenas de vezes enquanto os internautas<br />

bat<strong>em</strong> papo. As abreviações assustam os puristas do idioma. E até entre os viciados <strong>em</strong> internet há qu<strong>em</strong><br />

abomine esse linguajar. Um grupo do Fóruns PC’s, uma comuni<strong>da</strong>de de discussão virtual, lançou a<br />

campanha “Eu Sei Escrever”, a fim de moralizar a língua portuguesa. A turma t<strong>em</strong> uma comuni<strong>da</strong>de no<br />

Orkut destina<strong>da</strong> a combater o que ela chama de “analfabetismo virtual”.<br />

Mas para a lingüista Maria do Carmo Fontes, <strong>da</strong> PUC-SP, a linguag<strong>em</strong> de internet t<strong>em</strong> sua razão de<br />

ser. “Ca<strong>da</strong> contexto vai permitir a criação de uma nova linguag<strong>em</strong>”, opina. “Se a idéia é ser mais ágil, é<br />

justo que se cri<strong>em</strong> novas palavras e abreviações.” A lingüista chama a atenção para os contextos:<br />

“internetês” só serve num chat ou numa mensag<strong>em</strong> de celular. Até <strong>em</strong> e-mail deve ser evitado.<br />

“Em uma prova, o professor não está avaliando se você é rápido, mas seu conhecimento <strong>da</strong>quela<br />

matéria e, claro, a norma culta do português”, compara a professora, que já pegou diversas vezes alunos<br />

escrevendo “mais” no lugar de “mas” de tanto usar o símbolo + nas conversas virtuais.<br />

Alguns jovens sab<strong>em</strong> quando usar ca<strong>da</strong> linguag<strong>em</strong>. A estu<strong>da</strong>nte Mariana Carvalho de Oliveira<br />

Rodrigues, de 15 anos, toma cui<strong>da</strong>do para usar a norma culta até mesmo quando envia e-mail a sua mãe.<br />

As abreviações são usa<strong>da</strong>s apenas nos sites de bate-papo e no celular. “Em e-mail para professores, o<br />

máximo que deixo escapar é um ‘vc’ ”, explica Mariana.<br />

Marcelo Bergonzoni, de 19 anos, aluno de Publici<strong>da</strong>de, fica até cinco horas na frente do<br />

computador por dia. Ele faz trabalhos <strong>da</strong> facul<strong>da</strong>de, ouve música, checa o que está passando na TV e<br />

conversa com os amigos – tudo ao mesmo t<strong>em</strong>po. E ain<strong>da</strong> assim garante que não troca as bolas: escreve<br />

os textos acadêmicos perfeitamente enquanto bate papo com os colegas pelo Messenger. “Mas eu já vi,<br />

mais de uma vez, colega entregando trabalho com esse vocabulário de chat”, conta.<br />

Para o professor de Português do Sist<strong>em</strong>a Anglo de Ensino Eduardo Antônio Lopes, o t<strong>em</strong>or <strong>em</strong><br />

torno do internetês é um exagero. Em vez de inimigo, ele pode se tornar um aliado <strong>em</strong> sala de aula. “É<br />

uma oportuni<strong>da</strong>de a mais que o professor t<strong>em</strong> para trabalhar a linguag<strong>em</strong> <strong>em</strong> sala de aula.” Sakw? (Ou<br />

melhor, sacou?).<br />

Época. São Paulo. Editora.Globo, nº 383, p.72, 19 de set<strong>em</strong>bro de 2005<br />

22) – Assinale a alternativa INCORRETA a respeito do texto:<br />

a) A linguag<strong>em</strong> de códigos se popularizou com o acesso dos jovens à internet.<br />

b) O internetês é abominado tanto pelos puristas como pelos viciados <strong>em</strong> internet.<br />

c) O combate ao “analfabetismo virtual” é defendido por algumas pessoas.<br />

d) As opiniões são divergentes <strong>em</strong> relação à linguag<strong>em</strong> usa<strong>da</strong> na internet.<br />

e) NDA


23) – A respeito do que o texto afirma sobre variações lingüísticas, é INCORRETO afirmar que:<br />

a) A linguag<strong>em</strong> <strong>da</strong> internet é aceitável dependendo <strong>da</strong> situação de uso.<br />

b) O aluno deverá usar adequa<strong>da</strong>mente a norma padrão ao fazer uma prova.<br />

c) Os jovens, quando conscientes, sab<strong>em</strong> fazer uso adequado do internetês.<br />

d) O uso do idioma <strong>da</strong> internet revela que a pessoa desaprendeu o português.<br />

e) NDA<br />

7<br />

24 – Observe:<br />

“A turma t<strong>em</strong> uma comuni<strong>da</strong>de no Orkut destina<strong>da</strong> a combater o que ela chama de “analfabetismo virtual”.<br />

O prefixo grego destacado no vocábulo analfabetismo NÃO encontra correspondência s<strong>em</strong>ântica <strong>em</strong>:<br />

a) ateu; b) intocável; c) inteligível; d) desacreditar. e) NDA<br />

25) – Em: “A lingüista chama a atenção para os contextos...”, o prefixo latino con, <strong>em</strong> contextos, NÃO<br />

corresponde ao prefixo grego sin <strong>em</strong>:<br />

a) sinteco; b) sintaxe; c) sinestesia; d) simbiose. e) NDA<br />

26) – Os novos gêneros textuais, surgidos com a mídia eletrônica, como chats e e-mails, apresentam<br />

características próximas <strong>da</strong> mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de oral. Marque a alternativa INADEQUADA a respeito <strong>da</strong><br />

linguag<strong>em</strong> desses novos gêneros textuais:<br />

a) As abreviações decorr<strong>em</strong> <strong>da</strong> urgência do contexto comunicativo.<br />

b) O <strong>em</strong>prego de gírias reforça a integração do indivíduo no grupo.<br />

c) Os códigos usados revelam grande capaci<strong>da</strong>de criadora dos usuários.<br />

d) A popularização do internetês ocasionou o fraco des<strong>em</strong>penho dos alunos.<br />

e) NDA<br />

Leia o texto abaixo faça as questões 27 e 29.<br />

TEXTO<br />

Máscara Negra<br />

Zé Keti<br />

Composição: Zé Kéti e Pereira Matos<br />

Tanto riso, oh quanta alegria<br />

Mais de mil palhaços no salão<br />

Arlequim está chorando pelo amor <strong>da</strong> Colombina<br />

No meio <strong>da</strong> multidão<br />

Foi bom te ver outra vez<br />

Tá fazendo um ano<br />

Foi no carnaval que passou<br />

Eu sou aquele pierrô<br />

Que te abraçou<br />

Que te beijou, meu amor<br />

A mesma máscara negra<br />

Que esconde o teu rosto<br />

Eu quero matar a sau<strong>da</strong>de<br />

Vou beijar-te agora<br />

Não me leve a mal<br />

Hoje é carnaval<br />

27) – Qual dos trechos retirados <strong>da</strong> letra <strong>da</strong> música obedece a língua padrão?<br />

a) “Ta fazendo um ano”<br />

b) “E te beijou, meu amor”<br />

c) “Foi bom te ver outra vez”<br />

d) “Mais de mil palhaços no salão”<br />

e) NDA


28) – Qual <strong>da</strong>s opções abaixo está CORRETA <strong>em</strong> relação à acentuação gráfica?<br />

a) “foi” – apesar de ter o ditongo aberto, não é acentuado por não ser tônico.<br />

b) “meu” – é acentuado graficamente quando o “u” é tônico e forma ditongo com a vogal anterior.<br />

c) “beijou” – o ditongo “ei” seria acentuado se fosse tônico e apresentasse vogal aberta..<br />

d) “sau<strong>da</strong>de” – apesar de ser tônico, esse ditongo inicia a sílaba e é seguido de “d”.<br />

e) NDA<br />

8<br />

TEXTO<br />

Leia a tira a seguir.<br />

29) – Sobre a estrutura sintática <strong>da</strong>s orações <strong>da</strong> tirinha, to<strong>da</strong>s as alternativas estão corretas, EXCETO:<br />

a) Nessa tira, a regência do verbo assistir está <strong>em</strong>prega<strong>da</strong> <strong>em</strong> desacordo com a varie<strong>da</strong>de padrão.<br />

b) O verbo assistir, no contexto <strong>da</strong> tirinha, foi usado no sentido de “estar presente”, “presenciar”.<br />

c) Para adequar a regência do verbo assistir à varie<strong>da</strong>de padrão, o compl<strong>em</strong>ento do verbo <strong>da</strong><br />

oração do 1º quadrinho precisaria ter uma preposição.<br />

d) Para adequar a regência do verbo assistir à varie<strong>da</strong>de padrão, o compl<strong>em</strong>ento verbal <strong>da</strong> oração<br />

do 2º quadrinho não necessitaria de preposição.<br />

e) NDA<br />

30) – Assinale a alternativa <strong>em</strong> que a regência de ambos os verbos está correta, de acordo com a<br />

gramática normativa.<br />

a) Todos aspiram ao perfume <strong>da</strong>s flores.<br />

Aquele médico assiste a muitos pacientes.<br />

b) O aluno esqueceu o compasso.<br />

O filme não agradou aos críticos.<br />

c) O caçador visou o alvo.<br />

Quero muito b<strong>em</strong> meus avós.<br />

d) O bom motorista obedece às regras de trânsito.<br />

Todos assistiram atentamente o debate.<br />

e) Ele preferiu advocacia do que o magistério.<br />

O diretor perdoou aos atos de indisciplina.<br />

LIP<br />

Profª Margarete<br />

TEXTO I<br />

CONTO DE ESCOLA (a<strong>da</strong>ptado)<br />

A escola era na rua do Costa, um sobradinho de grade de pau. O ano era de 1840. Subi a esca<strong>da</strong><br />

com cautela, para não ser ouvido pelo mestre, e cheguei a t<strong>em</strong>po. Chamava-se Policarpo e tinha perto de<br />

cinquenta anos ou mais. Os meninos, que se conservaram de pé durante a entra<strong>da</strong> dele, tornaram a<br />

sentar-se. Tudo estava <strong>em</strong> ord<strong>em</strong>; começaram os trabalhos.<br />

― Seu Pilar, eu preciso falar com você, disse-me baixinho o filho do mestre. Chamava-se Raimundo<br />

este pequeno, e era mole, aplicado, inteligência tar<strong>da</strong>. Era uma criança fina, páli<strong>da</strong>, cara doente; raramente


estava alegre. Entrava na escola depois do pai e retirava-se antes. O mestre era mais severo com ele do<br />

que conosco.<br />

― O que é que você quer?<br />

― Logo, respondeu ele com voz trêmula.<br />

Começou a lição de escrita. Custa-me dizer que eu era dos mais adiantados <strong>da</strong> escola; mas era. Não<br />

digo também que era dos mais inteligentes, por um escrúpulo fácil de entender e de excelente efeito no<br />

estilo, mas não tenho outra convicção. Note-se que não era pálido n<strong>em</strong> mofino: tinha boas cores e<br />

músculos de ferro.<br />

― Seu Pilar...murmurou ele <strong>da</strong>í a alguns minutos.<br />

― Que é?<br />

Ele deitou os olhos ao pai, e depois a alguns outros meninos. Um destes, o Curvelo, olhava para ele,<br />

desconfiado, e o Raimundo, notando-me essa circunstância, pediu alguns minutos mais de espera.<br />

Confesso que começava a arder de curiosi<strong>da</strong>de. Esse Curvelo era um pouco levado do diabo. Tinha onze<br />

anos, era mais velho que nós.<br />

No fim de algum t<strong>em</strong>po – dez ou doze minutos – Raimundo meteu a mão no bolso <strong>da</strong>s calças e olhou<br />

para mim.<br />

― Sabe o que tenho aqui?<br />

― Não.<br />

― Uma pratinha que mamãe me deu.<br />

― Pratinha de ver<strong>da</strong>de?<br />

― De ver<strong>da</strong>de.<br />

Tirou-a vagarosamente, e mostrou-me de longe. Raimundo revolveu <strong>em</strong> mim o olhar pálido; depois<br />

perguntou-me se a queria para mim.<br />

Minha resposta foi estender-lhe a mão disfarça<strong>da</strong>mente, depois de olhar para a mesa do mestre.<br />

Raimundo recuou a mão dele e deu à boca um gesto amarelo, que queria sorrir. Em segui<strong>da</strong> propôs-me<br />

um negócio, uma troca de serviços; ele me <strong>da</strong>ria a moe<strong>da</strong>, eu lhe explicaria um ponto <strong>da</strong> lição de sintaxe.<br />

Tive uma sensação esquisita. Não e que eu possuísse <strong>da</strong> virtude uma idéia antes própria de hom<strong>em</strong>;<br />

não é também que não fosse fácil <strong>em</strong> <strong>em</strong>pregar uma ou outra mentira de criança. Sabíamos ambos<br />

enganar ao mestre. A novi<strong>da</strong>de estava nos termos <strong>da</strong> proposta, na troca de lição e dinheiro, compra<br />

franca, positiva, toma lá, dá cá; tal foi a causa <strong>da</strong> sensação. Fiquei a olhar para ele, à toa, s<strong>em</strong> poder dizer<br />

na<strong>da</strong>.<br />

― Tome, tome...<br />

Relanceei os olhos pela sala, e dei com os do Curvelo <strong>em</strong> nós; disse ao Raimundo que esperasse.<br />

Pareceu-me que o outro nos observava, então dissimulei; mas <strong>da</strong>í a pouco, deitei-lhe outra vez o olho, e –<br />

tanto se ilude a vontade! – não lhe vi mais na<strong>da</strong>. Então cobrei ânimo.<br />

― De cá...<br />

Raimundo deu-me a pratinha, sorrateiramente; eu meti-a na algibeira <strong>da</strong>s calças, com um alvoroço<br />

que não posso definir. Restava prestar o serviço, ensinar a lição, e não me d<strong>em</strong>orei a fazê-lo, n<strong>em</strong> o fiz<br />

mal, ao menos conscient<strong>em</strong>ente. De repente, olhei para o Curvelo e estr<strong>em</strong>eci; tinha os olhos <strong>em</strong> nós, com<br />

um riso que me pareceu mau. Sorri para ele e ele não sorriu; ao contrario, franziu a testa, o que lhe deu<br />

um aspecto ameaçador.<br />

― Precisamos muito cui<strong>da</strong>do, disse eu ao Raimundo.<br />

― Diga-me isto só, murmurou ele.<br />

Fiz-lhe sinal que se calasse; mas ele instava, e a moe<strong>da</strong>, cá no bolso, l<strong>em</strong>brava-me o contrato feito.<br />

Ensinei-lhe o que era, disfarçando muito; depois, tornei a olhar para o Curvelo, que me pareceu ain<strong>da</strong> mais<br />

inquieto, e o riso, <strong>da</strong>ntes mau, estava agora pior.<br />

― Oh! seu Pilar ! Bradou o mestre com voz de trovão.<br />

Estr<strong>em</strong>eci como se acor<strong>da</strong>sse de um sonho, e levantei-me às pressas. Dei com o mestre, olhando<br />

para mim, cara fecha<strong>da</strong>, jornais dispersos, e ao pé <strong>da</strong> mesa, <strong>em</strong> pé, o Curvelo. Pareceu-me adivinhar tudo.<br />

― Venha cá ! Bradou o mestre.<br />

― Então o senhor recebe dinheiro para ensinar as lições aos outros? disse-me o Policarpo.<br />

― Eu...<br />

― De cá a moe<strong>da</strong> que este seu colega lhe deu! Clamou.<br />

Não obedeci logo, mas não pude negar na<strong>da</strong>. Continuei a tr<strong>em</strong>er muito. Policarpo bradou de novo<br />

que lhe desse a moe<strong>da</strong>, e eu não resisti mais, meti a mão no bolso, vagarosamente, saquei-a e entregueilha.<br />

Ele, bufando de raiva, estendeu o braço e atirou-a a rua. E então disse-nos uma porção de coisas<br />

9


duras, que tanto o filho como eu acabávamos de praticar uma ação feia, indigna, baixa, uma vilania, e para<br />

<strong>em</strong>en<strong>da</strong> e ex<strong>em</strong>plo íamos ser castigados. Aqui pegou <strong>da</strong> palmatória.<br />

Eu por mim, tinha a cara no chão. Recolhi-me ao banco, soluçando, fustigado pelos impropérios do<br />

mestre. Na sala arquejava o terror; posso dizer que naquele dia ninguém faria igual negócio. Creio que o<br />

próprio Curvelo enfiara de medo.<br />

Em casa não contei na<strong>da</strong>, e claro; mas para explicar as mãos incha<strong>da</strong>s, menti a minha mãe, disselhe<br />

que não tinha sabido a lição.<br />

De manhã, acordei cedo. A idéia de ir procurar a moe<strong>da</strong> fez-me vestir depressa.<br />

Na rua encontrei uma companhia do batalhão de fuzileiros, tambor à frente, rufando. Não fui à<br />

escola, acompanhei os fuzileiros. Voltei para casa com as calças enxovalha<strong>da</strong>s, s<strong>em</strong> pratinha no bolso<br />

n<strong>em</strong> ressentimento na alma. E contudo a pratinha era bonita e foram eles, Raimundo e Curvelo, que me<br />

deram o primeiro conhecimento, um <strong>da</strong> corrupção, outro <strong>da</strong> delação; mas o diabo do tambor...<br />

ASSIS, Machado de. Conto de Escola. In: Obra Completa. Volume II, Rio de Janeiro: Editora Nova<br />

Aguilar, 1992. (Com a<strong>da</strong>ptações)<br />

31) Com base no texto I, assinale a alternativa correta.<br />

a) Trata-se de um texto predominant<strong>em</strong>ente dissertativo com incursões pelo universo narrativo.<br />

b) O texto é uma narrativa <strong>da</strong> qual participam quatro personagens: o narrador, chamado Pilar, o<br />

professor Policarpo, Raimundo e Curvelo.<br />

c) Trata-se de um texto argumentativo que versa a respeito de um fato ocorrido numa escola do Rio<br />

de Janeiro, <strong>em</strong> que um aluno ensina a lição a um outro mediante pagamento.<br />

d) Trata-se de uma crônica de costumes <strong>em</strong> que se faz uma apologia a delação e a corrupção.<br />

e) O texto, <strong>em</strong> que se menospreza a corrupção e a delação, t<strong>em</strong> cunho editorialístico.<br />

10<br />

32) Assinale a alternativa correta a respeito <strong>da</strong> estrutura do texto I.<br />

a) Nas descrições encontra<strong>da</strong>s no texto, o narrador assinala os traços mais singulares <strong>da</strong>s<br />

personagens a fim de, pela associação de idéias, construir uma imag<strong>em</strong> positiva delas.<br />

b) Em “Conto de escola”, a ord<strong>em</strong> de apresentação dos acontecimentos e psicológica, ou seja, os<br />

fatos são apresentados <strong>em</strong> sua sucessão no t<strong>em</strong>po.<br />

c) O clímax do relato, ou seja, o ponto de maior tensão, <strong>da</strong>-se exatamente no momento <strong>em</strong> que Pilar<br />

cumpre o acordo firmado com Raimundo.<br />

d) Na introdução, o narrador situa o leitor quanto às circunstâncias de t<strong>em</strong>po e de espaço.<br />

e) O ponto de vista adotado no texto e o de um narrador co-participante dos acontecimentos, ou<br />

seja, um narrador onisciente <strong>em</strong> 3ª pessoa.<br />

33) Analise as afirmativas a respeito do texto -I, observando se são falsas (F) ou ver<strong>da</strong>deiras (V).<br />

( ) O narrador e Raimundo, o filho do mestre, eram os meninos menores e menos inteligentes <strong>da</strong><br />

turma, por isso, um s<strong>em</strong>pre aju<strong>da</strong>va o outro.<br />

( ) A negociação entre Raimundo e o narrador foi dissimula<strong>da</strong> e cautelosa, pois t<strong>em</strong>iam a<br />

denuncia de Curvelo ao professor.<br />

( ) O narrador, de acordo com a experiência relata<strong>da</strong>, tomou conhecimento de dois defeitos <strong>da</strong><br />

condição humana: o <strong>da</strong> corrupção e o <strong>da</strong> delação.<br />

A alternativa com a sequência CORRETA é<br />

a) F, V, V. b) V, F, F. c) V, V, V. d) V, V, F. e) F, V, F.<br />

34) Há, no período “Subi a esca<strong>da</strong> com cautela, para não ser ouvido pelo mestre...” , uma relação de<br />

a) fato / causa.<br />

b) fato / consequência.<br />

c) fato / finali<strong>da</strong>de.<br />

d) fato / conclusão.<br />

e) fato / motivo.<br />

35) E possível depreender do período “Os meninos, que se conservaram de pé durante a entra<strong>da</strong> dele,<br />

tornaram a sentar-se” que:


a) Havia alguns meninos sentados e outros de pé quando o professor entrou na sala.<br />

b) Todos os meninos ficaram de pé e permaneceram nessa posição durante a entra<strong>da</strong> do professor.<br />

c) Quando o professor entrou na sala, alunos o recepcionaram de pé e, <strong>em</strong> segui<strong>da</strong>, a maioria<br />

sentou-se.<br />

d) Poucos alunos sentaram-se depois <strong>da</strong> entra<strong>da</strong> do professor, alguns continuaram de pé.<br />

e) Alguns alunos ficaram de pé durante a entra<strong>da</strong> do professor, mas se sentaram <strong>em</strong> segui<strong>da</strong>.<br />

11<br />

36) Assinale a alternativa <strong>em</strong> que a palavra <strong>em</strong> destaque foi <strong>em</strong>prega<strong>da</strong> <strong>em</strong> sentido figurado.<br />

a) “Subi a esca<strong>da</strong> com cautela, para não ser ouvido pelo mestre, e cheguei a t<strong>em</strong>po.”<br />

b) “Tudo estava <strong>em</strong> ord<strong>em</strong>; começaram os trabalhos.”<br />

c) “Confesso que começava a arder de curiosi<strong>da</strong>de.”<br />

d) “Raimundo meteu a mão nos bolsos <strong>da</strong>s calças e olhou para mim.”<br />

e) “Minha resposta foi estender-lhe a mão disfarca<strong>da</strong>mente...”<br />

37) Com base no contexto, identifique o sentido que melhor se aplica à palavra destaca<strong>da</strong> no período<br />

“Então cobrei animo.”<br />

a) obter como paga, receber.<br />

b) tomar algum lugar ou espaço.<br />

c) passar a ter de novo, readquirir.<br />

d) conquistar, ocupar.<br />

e) exigir <strong>em</strong> troca.<br />

Leia o texto II para responder as questões 38 a 42.<br />

TEXTO II<br />

INTERNETÊS: AMEAÇA À LÍNGUA PORTUGUESA<br />

Há, ultimamente, um certo alarde a respeito de uma criação dos adolescentes usuários <strong>da</strong> Internet: a<br />

novi<strong>da</strong>de é que qu<strong>em</strong> t<strong>em</strong> menos de 20 anos e acesso à rede mundial de computadores não dispensa o<br />

“internetês” para escrever suas mensagens ou se comunicar nas salas de bate-papos virtuais.<br />

No entanto, o que parecia uma brincadeira de adolescente está abalando o coração, já tão cansado,<br />

dos professores <strong>da</strong> língua portuguesa. O assunto também já ganhou as páginas dos jornais e t<strong>em</strong><br />

alimentado calorosos debates entre acadêmicos, escritores e jornalistas, principalmente depois que um<br />

canal de televisão por assinatura resolveu legen<strong>da</strong>r seus filmes, niti<strong>da</strong>mente movido pela necessi<strong>da</strong>de<br />

mercadológica de atrair a audiência jov<strong>em</strong>, com o “internetês”.<br />

Basicamente, o debate t<strong>em</strong> dividido os interessados entre os que são contra e os que são a favor. De<br />

um lado e do outro exist<strong>em</strong> os exagerados e alarmistas de plantão. Entre os que são contra, por ex<strong>em</strong>plo,<br />

um argumento b<strong>em</strong> forte é o de que o “internetês” é mais que uma degra<strong>da</strong>ção <strong>da</strong> língua, um ver<strong>da</strong>deiro<br />

atentado infame a ela. Em artigo publicado no site do Observatório <strong>da</strong> Imprensa, o escritor Deonísio <strong>da</strong><br />

Silva chamou de “besteirol” o novo “idioma” e classificou o fenômeno como “assassinato a tecla<strong>da</strong>s” <strong>da</strong><br />

língua portuguesa.<br />

Afora os termos virulentos, Deonísio analisa o assunto com ponderação. Segundo o escritor, nunca<br />

se escreveu tanto como nesses t<strong>em</strong>pos de correspondências eletrônicas, mas, para ele, estão “botando os<br />

carros na frente dos bois”. Ou seja, esses adolescentes têm acesso à internet e ao celular, mas não à<br />

norma culta <strong>da</strong> língua escrita. Nas palavras de Deonísio: Os pequenos burgueses tinham internet e celular,<br />

mas não dominavam a língua escrita. E por isso criaram a deles. Na<strong>da</strong> espantoso. Também os habitantes<br />

<strong>da</strong>s periferias não dominam a norma culta <strong>da</strong> língua e criam suas gírias, devi<strong>da</strong>mente circunscritas a ca<strong>da</strong><br />

grupo de usuários.<br />

Para resumir, o escritor defende que o “internetês” é um sintoma <strong>da</strong> grave falência educacional que,<br />

por sua vez, gera a exclusão dos jovens ao mundo letrado ao qual só poucos têm acesso.<br />

Deonísio <strong>da</strong> Silva esteve também presente no Observatório <strong>da</strong> Imprensa – programa exibido<br />

s<strong>em</strong>analmente pela TVE, cujo assunto foi pauta recente. Além do escritor e do apresentador do<br />

Observatório, jornalista Alberto Dines, outros convi<strong>da</strong>dos estavam presentes: professor Sérgio Nogueira,<br />

que coman<strong>da</strong> um programa na Rede STV sobre língua portuguesa e Marisa Lajolo, escritora, professora e<br />

estudiosa <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de de Campinas (Unicamp), entre outros. Da mesma forma, na televisão, os<br />

participantes se dividiram entre os que “mord<strong>em</strong> e os que assopram” o linguajar cibernético. Alberto Dines


personificou o advogado do diabo ao provocar os convi<strong>da</strong>dos com a aposta de que o “internetês” era na<strong>da</strong><br />

mais do que um rebaixamento <strong>da</strong> língua, um “nivelar por baixo” <strong>em</strong> suas palavras.<br />

Combatendo serenamente essa tese, Marisa Lajolo é uma <strong>da</strong>s que não vê<strong>em</strong> na<strong>da</strong> de grave na<br />

invenção dos adolescentes. Ao contrário, ela acredita que a nova escrita na Internet está promovendo um<br />

“surto de poliglotas”. Na sua opinião, o “internetês” é apenas mais uma linguag<strong>em</strong> usa<strong>da</strong> pelos jovens para<br />

se comunicar<strong>em</strong> entre si, considerados, por ela, poliglotas pela capaci<strong>da</strong>de de se expressar de maneira<br />

diferente com seus pais, professores e com os d<strong>em</strong>ais interlocutores <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong>de. Dessa forma, para a<br />

escritora, isso d<strong>em</strong>onstra criativi<strong>da</strong>de dos adolescentes <strong>em</strong> criar um código próprio, que reforça a<br />

identi<strong>da</strong>de deles.<br />

Ain<strong>da</strong> no programa, Sérgio Nogueira não se deixou abalar pelas provocações de Alberto Dines e<br />

aconselhou os professores a não se assustar<strong>em</strong>, mas procurar<strong>em</strong> conhecer a linguag<strong>em</strong>. Antigo<br />

trabalhador <strong>da</strong> língua, escrevendo para jornais e apresentando um programa de televisão voltado<br />

exclusivamente para o assunto, Sérgio Nogueira admite que esse é um “fenômeno natural”. Para ele, o<br />

probl<strong>em</strong>a maior a ser atacado pelos professores é mesmo o domínio <strong>da</strong> linguag<strong>em</strong> padrão.<br />

Outro que vê com bons olhos o fenômeno é o poeta Ledo Ivo. Por diversas vezes, declarou, na<br />

mídia, seu apoio ao que ele batizou de “dialeto eletrônico”. Para o acadêmico, estamos diante de um<br />

fenômeno lingüístico e cultural que só comprova a vitali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> língua e sua capaci<strong>da</strong>de de se transformar<br />

através <strong>da</strong>s gerações.<br />

Na mídia impressa, também teve qu<strong>em</strong> se manifestasse. Em sua página na revista domingueira do<br />

jornal O Globo (Revista O Globo, 20/3/2005), a escritora gaúcha Martha Medeiros escreveu sobre o<br />

“internetês” e se mostrou assusta<strong>da</strong> com a adoção do dialeto no lançamento do Cyber Movie, sessão do<br />

canal de tevê por assinatura, que adotou a linguag<strong>em</strong> juvenil nas legen<strong>da</strong>s dos filmes. Para ela, esse é um<br />

sinal de lamentável e vertiginosa decadência <strong>da</strong> língua portuguesa.<br />

Entre melancólica e irônica, Martha concluiu sua crônica afina<strong>da</strong> com a opinião do escritor português<br />

José Saramago, Prêmio Nobel de Literatura: no filme “Língua, vi<strong>da</strong>s <strong>em</strong> português” (de Victor Lopes, 2002)<br />

Saramago prevê que, <strong>em</strong> breve, estar<strong>em</strong>os nos comunicando com grunhidos, como os homens <strong>da</strong>s<br />

cavernas. E aí, ele n<strong>em</strong> se referia à Internet, mas ao fato de que, há apenas 50 anos, a língua era fala<strong>da</strong> e<br />

escrita de modo mais belo e rico, por nossos antepassados.<br />

Há, do outro lado, entusiastas febris. Pessoas afirmam que o “internetês” veio revolucionar a língua<br />

portuguesa e chegam a oferecer um “curso de língua de internetês”, no qual estão traduzi<strong>da</strong>s as principais<br />

expressões <strong>da</strong> “língua” num “dicionário”. Fato é que: todo o “dicionário de internetês” é formado por um<br />

punhado de expressões deriva<strong>da</strong>s do inglês, outras tantas abreviações e palavras inventa<strong>da</strong>s que<br />

reproduz<strong>em</strong> o som <strong>da</strong>s sílabas fala<strong>da</strong>s. Qualquer pessoa, razoavelmente alfabetiza<strong>da</strong> e que tenha<br />

conhecimento de conceitos rudimentares <strong>da</strong> língua inglesa, é capaz de decifrar o código.<br />

Seguindo o bom senso do professor Sérgio Nogueira, alguns professores de língua portuguesa já<br />

tiveram a iniciativa de promover, <strong>em</strong> sala de aula, ativi<strong>da</strong>des com o dialeto. Não se trata de rejeitar,<br />

diminuindo-lhe a importância, ou de elevar aos céus, atribuindo-lhe poderes para “revolucionar” ou mesmo<br />

ameaçar a língua portuguesa. Essas experiências <strong>em</strong> sala de aula têm a quali<strong>da</strong>de de reconhecer o<br />

fenômeno e explorá-lo, mostrando sua dimensão real. Dessa forma, é possível que o “internetês” ain<strong>da</strong> dê<br />

o que falar. Mas, com o vocabulário reduzido de que ele dispõe, é provável que o debate, assim como a<br />

própria vi<strong>da</strong> do novo dialeto, não sejam capazes de ir muito longe. [...]<br />

Karla Hansen (Texto reproduzido, com a<strong>da</strong>ptações, do site www.educaçao publica.rj.gov.br/index.htm)<br />

12<br />

38) Analise as afirmativas abaixo e assinale a que está correta <strong>em</strong> relação às idéias conti<strong>da</strong>s no texto II.<br />

a) Dentre os que são questionados sobre a utilização do “internetês”, a maioria é defensora de seus<br />

benefícios.<br />

b) O uso do “internetês” <strong>em</strong> canal de televisão por assinatura t<strong>em</strong> como objetivo incutir na<br />

população a aceitação e adoção de um novo código lingüístico.<br />

c) Segundo o escritor Deonísio <strong>da</strong> Silva, o “internetês” só traz benefícios, pois os internautas passam<br />

a utilizar mais a norma padrão <strong>da</strong> língua escrita.<br />

d) Para Marisa Lajolo, é comum o jov<strong>em</strong> criar um linguajar variado para ca<strong>da</strong> situação, a<strong>da</strong>ptando a<br />

linguag<strong>em</strong> ao contexto.<br />

e) José Saramago previu que o “internetês” seria o equivalente aos grunhidos dos homens <strong>da</strong><br />

caverna.


39) Na frase “Afora os termos virulentos, Deonísio analisa o assunto com ponderação.” , o termo <strong>em</strong><br />

destaque, no contexto, é equivalente a<br />

13<br />

a) contagiosos. b)virtuais. c) indecorosos. d) rancorosos. e) incuráveis.<br />

40) “...mas para ele estão ‘botando o carro na frente dos bois’.” . A expressão destaca<strong>da</strong> pode ser<br />

substituí<strong>da</strong> por<br />

a) ...invertendo a ord<strong>em</strong> natural dos acontecimentos.<br />

b) ...exagerando ao analisar a situação.<br />

c) ...<strong>da</strong>ndo a ca<strong>da</strong> fato sua real importância.<br />

d) ...menosprezando o irrelevante <strong>em</strong> função do que é realmente essencial.<br />

e) ...criando novos termos para o “internetês”.<br />

41) No último parágrafo do texto, fica clara a posição <strong>da</strong> autora do artigo quanto ao “internetês”. Assinale a<br />

alternativa que sintetiza essa opinião.<br />

a) O “internetês” , apesar de ter um vocabulário reduzido, possui chances de ter novas palavras <strong>em</strong><br />

pouco t<strong>em</strong>po.<br />

b) Certamente, ain<strong>da</strong> há muito o que se debater sobre o novo dialeto.<br />

c) Tanto o “internetês” quanto os debates que a ele se refer<strong>em</strong> pod<strong>em</strong> não durar muito t<strong>em</strong>po.<br />

d) É provável que muitos internautas adot<strong>em</strong> o “internetês” para facilitar sua comunicação.<br />

e) Debates sobre o assunto pod<strong>em</strong> cessar, mas o “internetês” continuará sendo uma ferramenta<br />

indispensável ao internautas.<br />

42) Em “Ao contrário, ela acredita que a nova escrita na Internet está promovendo um ‘surto de poliglotas’.”<br />

A expressão <strong>em</strong> destaque, analisa<strong>da</strong> no contexto <strong>em</strong> que está inseri<strong>da</strong>, significa que<br />

a) apesar de ter um aspecto positivo, a nova escrita está desagra<strong>da</strong>ndo imensamente aos<br />

estudiosos.<br />

b) o “internetês” na<strong>da</strong> mais é que um novo código dentre tantos outros criados pelos jovens,<br />

metaforicamente denominados poliglotas.<br />

c) o “internetês” t<strong>em</strong> grandes chances de se tornar uma linguag<strong>em</strong> reconheci<strong>da</strong> algum dia.<br />

d) há a intenção explícita, por parte de alguns provedores, <strong>em</strong> expandir o internetês entre os<br />

usuários do computador.<br />

e) os próprios jovens, <strong>em</strong>bora não admitam, espantam-se com a rapidez com que a nova escrita se<br />

infiltra entre os internautas.<br />

43) Dentre as seguintes frases, assinale aquela que não contém ambigüi<strong>da</strong>de.<br />

a) Peguei o ônibus correndo.<br />

b) Os professores do colégio, que detêm um terreno na zona Sul, pediram d<strong>em</strong>issão.<br />

c) O guar<strong>da</strong> deteve o suspeito <strong>em</strong> casa.<br />

d) O menino viu o incêndio do prédio.<br />

e) Deputado fala <strong>da</strong> reunião no canal 2.<br />

44)Assinale a alternativa incorreta <strong>em</strong> relação à tira a seguir.


a) O gato ironiza o humano.<br />

b) A voz do narrador se explicita.<br />

c) No pensamento de Garfield, está implícito o grande número de probl<strong>em</strong>as de Jon.<br />

d) Um terceiro personag<strong>em</strong> participa <strong>da</strong> narrativa.<br />

e) Subentende-se um hom<strong>em</strong> ansioso e um gato sarcástico.<br />

14<br />

45)Veja a charge a seguir.<br />

Pode-se afirmar, sobre a charge anterior que:<br />

I. ela t<strong>em</strong> por objetivo ironizar a figura dos políticos que só sab<strong>em</strong> propor e na<strong>da</strong> resolver,<br />

além de não revelar<strong>em</strong> domínio <strong>da</strong> norma culta ao conjugar um verbo que não existe:<br />

“propinar”.<br />

II. ela afirma que os políticos são homens de ação.<br />

III. ela faz uma crítica direta aos políticos envolvidos no caso <strong>da</strong> CPI <strong>da</strong> Máfia <strong>da</strong> Propina,sejam<br />

eles o acusado ou o acusador, desnu<strong>da</strong>ndo suas intenções: o uso <strong>da</strong> política com fins<br />

pessoais.<br />

a) To<strong>da</strong>s as afirmativas são ver<strong>da</strong>deiras<br />

b) Apenas as afirmativas I e II são ver<strong>da</strong>deiras<br />

c) Apenas as afirmativas I e III são ver<strong>da</strong>deiras<br />

d) Apenas as afirmativas II e III são ver<strong>da</strong>deiras<br />

e) Apenas a afirmativa III é ver<strong>da</strong>deira.

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