Portugal é o paÃs que melhor executa os fundos ... - Vida Económica
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América do Norte mantém<br />
a maior rentabilidade n<strong>os</strong> fund<strong>os</strong><br />
de investimento mobiliári<strong>os</strong><br />
Pág. 40<br />
Nº 1451 / 29 de junho 2012 / Semanal / <strong>Portugal</strong> Continental 2,20<br />
DIRETOR<br />
João Peixoto de Sousa<br />
www.vidaeconomica.pt<br />
COM 38,8% DA DOTAÇÃO PAGA<br />
<strong>Portugal</strong> é o país<br />
<strong>que</strong> <strong>melhor</strong> <strong>executa</strong><br />
<strong>os</strong> fund<strong>os</strong> do QREN<br />
MERCADOS<br />
Investimento<br />
em valor: Johnson<br />
& Johnson<br />
Pág. 41<br />
SAÚDE<br />
Estado deve<br />
mais de mil milhões<br />
em disp<strong>os</strong>itiv<strong>os</strong><br />
médic<strong>os</strong><br />
Pág. 18<br />
NESTA EDIÇÃO<br />
• SUPLEMENTO<br />
METAL<br />
• PME NEWS<br />
PUB<br />
PREVISÃO DA VE PARA 2012<br />
Défice pode atingir <strong>os</strong> 5,2%<br />
Até maio de 2012, a receita<br />
d<strong>os</strong> imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong> caiu 3,5% e<br />
a despesa efetiva aumentou<br />
2%. A manter-se a situação<br />
atual, a perda de receitas<br />
fiscais atingirá <strong>os</strong> 1236,65<br />
milhões de eur<strong>os</strong> e a despesa<br />
aumentará 554,6 milhões de<br />
eur<strong>os</strong> no final do ano.<br />
Isto corresponderá a uma<br />
derrapagem das contas<br />
públicas de 1692,2 milhões<br />
No conjunto d<strong>os</strong> nove<br />
Estad<strong>os</strong>-membr<strong>os</strong> com<br />
maior dotação global d<strong>os</strong><br />
fund<strong>os</strong>, <strong>Portugal</strong> encontra-<br />
-se em primeiro lugar<br />
quanto a<strong>os</strong> pagament<strong>os</strong><br />
intermédi<strong>os</strong><br />
Pág. 10<br />
de eur<strong>os</strong>, elevando o défice de<br />
4,5% para 5,2%.<br />
Pág. 6<br />
Perda de receitas fiscais/<br />
acumulado 2012<br />
(Milhões de eur<strong>os</strong>)<br />
FISCALIDADE<br />
OTOC <strong>que</strong>r prorrogar<br />
entrega da IES até final<br />
de julho<br />
Pág. 28<br />
AUTOMÓVEL<br />
“<strong>Portugal</strong><br />
tem de ap<strong>os</strong>tar<br />
na mobilidade elétrica<br />
urbana”<br />
Pág. 46<br />
PUB<br />
9 720972 000037<br />
01451<br />
<br />
<br />
<br />
PUB
2 SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2012<br />
ABERTURA<br />
Nesta edição<br />
06 Atualidade<br />
Défice português pode<br />
chegar a<strong>os</strong> 5,2% ainda este<br />
ano<br />
Internacional .......... Pág. 08<br />
Rússia lança medidas<br />
para captar investimento<br />
estrangeiro<br />
Tecnologias ............ Pág. 19<br />
Brasileir<strong>os</strong> <strong>que</strong>rem investir no<br />
setor tecnológico português<br />
Realtech .................. Pág. 21<br />
Estrutura nacional da empresa<br />
à conquista de nov<strong>os</strong><br />
mercad<strong>os</strong><br />
Humor económico<br />
Causas do dia-a-dia<br />
A liberdade sem igualdade é uma mentira,<br />
também no âmbito da comunicação social.<br />
Num Estado democrático a imprensa livre<br />
é um bem essencial. O direito de informar e<br />
o de ser informado implica, por seu turno,<br />
a liberdade de expressão enquanto base de<br />
formação da opinião pública democrática <strong>que</strong><br />
tem, de resto, assento constitucional.<br />
Surgem aqui, porém, perplexidades e<br />
fragilidades <strong>que</strong> não se poderão escamotear.<br />
A <strong>que</strong> mais me incomoda é a <strong>que</strong> advém de,<br />
encavalitad<strong>os</strong> n<strong>os</strong> poleir<strong>os</strong> da comunicação<br />
social, alguns “gurus” n<strong>os</strong> ditarem o <strong>que</strong><br />
devem<strong>os</strong> entender do mundo. Fazem-no, quase<br />
sempre, longe do contraditório de opiniões<br />
diferentes e com argument<strong>os</strong> <strong>que</strong> deixam,<br />
geralmente, muito a desejar. É uma forma de<br />
instilar n<strong>os</strong> cidadã<strong>os</strong> o pensamento único <strong>que</strong>,<br />
à falta de igualdade de armas relativamente a<br />
<strong>que</strong>m <strong>os</strong> lê ou escuta, passa a ser também a<br />
verdade única, <strong>que</strong> n<strong>os</strong> subjuga muitas vezes.<br />
Tal acontece com comentári<strong>os</strong>, editoriais e<br />
pronunciament<strong>os</strong> equivalentes <strong>que</strong>, utilizando<br />
<strong>os</strong> mais subtis instrument<strong>os</strong> de propaganda<br />
pura e dura, n<strong>os</strong> tiram a dignidade do<br />
pensamento. Quem ignora <strong>que</strong>, à 2ª feira, as<br />
discussões de café ou barbeiro sobre política<br />
não passam de uma reprodução impensada do<br />
<strong>que</strong> alega, pro domo sua, Marcelo, na televisão,<br />
no domingo à noite? Há, também, <strong>que</strong> relevar<br />
certas colunas de jornais, pomp<strong>os</strong>amente<br />
situadas nas suas páginas nobres <strong>que</strong> expressam<br />
Negóci<strong>os</strong> e Empresas<br />
16Construção e imobiliário<br />
propõem sete medidas para<br />
salvar o setor<br />
Life Beat ................. Pág. 24<br />
Seguradoras não<br />
comparticipam ações<br />
preventivas na saúde<br />
Fiscalidade ............. Pág. 28<br />
<strong>Portugal</strong> intensifica acord<strong>os</strong><br />
sobre a dupla tributação<br />
Pullmantur ............. Pág. 30<br />
<strong>Portugal</strong> disponibiliza <strong>melhor</strong>es<br />
condições para a realização de<br />
cruzeir<strong>os</strong><br />
46 Automóvel<br />
Motorizações de menor<br />
potência “tramam” marcas<br />
“premium” no pós-venda<br />
Turismo ................... Pág. 31<br />
Investimento francês no<br />
Douro promove enoturismo<br />
Mercad<strong>os</strong> ................ Pág. 42<br />
BPI Equity Research lança<br />
“top pick” de empresas<br />
ibéricas<br />
Automóvel ............. Pág. 47<br />
Retorno oferecido a<strong>os</strong><br />
patrocinadores deve ir além<br />
da presença nas provas<br />
EDITOR E PROPRIETÁRIO <strong>Vida</strong> Económica Editorial, SA DIRETOR João Peixoto de Sousa COORDENADORES EDIÇÃO João Luís de Sousa e Albano Melo<br />
REDAÇÃO Virgílio Ferreira (Chefe de Redação), Adérito Bandeira, Alexandra C<strong>os</strong>ta, Ana Sant<strong>os</strong> Gomes, Aquiles Pinto, Fernanda Teixeira, Guilherme<br />
Osswald, Marta Araújo, Rute Barreira, Sandra Ribeiro e Susana Marvão; E-mail agenda@vidaeconomica.pt; PAGINAÇÃO Célia César, Flávia<br />
Leitão, J<strong>os</strong>é Barb<strong>os</strong>a e Mário Almeida; PUBLICIDADE PORTO Rua Gonçalo Cristóvão, 14, 2º 4000-263 Porto - Tel 223 399 400 • Fax 222 058<br />
098 • E-mail: comercial@vidaeconomica.pt; PUBLICIDADE LISBOA Campo Pe<strong>que</strong>no, 50 - 4º Esq 1000 - 081 Lisboa • Tel 210 129 550 • E-mail<br />
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DISTRIBUIÇÃO VASP, SA - Cacém E-mail geral@vasp.pt • Tel 214 337 000 - Fax 214 326 009<br />
ANTÓNIO VILAR ADVOGADO<br />
antonio.vilar@avlc-advogad<strong>os</strong>.com<br />
Nem tudo o <strong>que</strong> luz é oiro<br />
A ética no trabalho e o trabalho ético não são palavras vãs, a não ser <strong>que</strong> estejem<strong>os</strong> a falar de robôs.<br />
opiniões em formas <strong>que</strong> simulam a última<br />
ideia, a análise mais profunda, o último grito<br />
da doutrina política, mas <strong>que</strong>, afinal, não<br />
passam de opiniões (por vezes paupérrimas) ou<br />
de suporte à voz do dono. Parecem, contudo,<br />
a verdade revelada ao jornalista ou comentador<br />
para ser propagada a<strong>os</strong> infiéis ou reconfortar <strong>os</strong><br />
indecis<strong>os</strong>.<br />
Vem isto a propósito da “importante”<br />
coluna <strong>que</strong> o diretor do “Sol” preenche todas<br />
as semanas em página nobre do seu jornal.<br />
Quando vêm de ser publicadas dramáticas<br />
normas jurídico-laborais <strong>que</strong> vão trazer a<strong>os</strong><br />
trabalhadores mais insegurança e pobreza,<br />
escrevia ele, na edição de 22 de junho de 2012,<br />
a propósito da baixa de salári<strong>os</strong> avançada pelo<br />
Prof. António Borges: “Tal como sucede com<br />
o preço do leite ou das laranjas: quando há<br />
excedente no mercado, o preço baixa. (…) A<br />
<strong>que</strong>stão não é ideológica nem moral, e explicase<br />
de um modo muito simples: ou aquilo <strong>que</strong><br />
produzim<strong>os</strong> é competitivo, e tem sucesso no<br />
mercado, ou não é – e <strong>os</strong> produt<strong>os</strong> não se<br />
vendem, e as fábricas fecham”.<br />
Um pouco mais de reflexão e de estudo<br />
– sim, estudo – teriam certamente levado<br />
ao conhecimento desse senhor alguns<br />
text<strong>os</strong> fundadores e fundamentais, aceites<br />
universalmente, <strong>que</strong> exprimem princípi<strong>os</strong><br />
básic<strong>os</strong> relativamente ao trabalho: a paz<br />
duradoura não pode ser alcançada a men<strong>os</strong><br />
<strong>que</strong> seja baseada na justiça social, fundada na<br />
dignidade, segurança económica e igualdade<br />
de oportunidades; o trabalho não deve ser<br />
encarado meramente como uma mercadoria,<br />
deve haver liberdade de associação, tanto<br />
para trabalhadores como para empregadores,<br />
juntamente com liberdade de expressão, e o<br />
direito à negociação coletiva (cfr. a Declaração<br />
de Filadélfia de 1944, p<strong>os</strong>teriormente integrada<br />
na Constituição da OIT).<br />
O trabalho humano é igual ao leite ou às<br />
laranjas?<br />
A <strong>que</strong>stão não é ideológica, nem moral?<br />
Peço desculpa, mas isto já não se diz<br />
impunente, se<strong>que</strong>r, num pasquim de extrema<br />
direita.<br />
O mercado de trabalho não é um mercado<br />
como outro qual<strong>que</strong>r, pelo <strong>que</strong> não poderá<br />
seguir as regras de outr<strong>os</strong> mercad<strong>os</strong> face à<br />
dependência pessoal do trabalhador. E, assim,<br />
a luta pela dignidade humana e pelo trabalho<br />
decente é um d<strong>os</strong> grandes objetiv<strong>os</strong> do Direito<br />
do trabalho.<br />
A ética no trabalho e o trabalho ético não<br />
são palavras vãs, a não ser <strong>que</strong> estejem<strong>os</strong> a falar<br />
de robôs.<br />
Quantas mentes terão ficado “enlatadas”<br />
nesse discurso retrogado de um jornalista <strong>que</strong><br />
não tem o direito à irresponsabilidade? Aqui<br />
fica a minha profunda indignação, ainda <strong>que</strong><br />
usando mei<strong>os</strong> insignificantes relativamente a<strong>os</strong><br />
<strong>que</strong> ele usou.<br />
Cuidado. Nem tudo o <strong>que</strong> luz é oiro.<br />
Imprensa<br />
EM REVISTA<br />
EXPANSIÓN<br />
Bruxelas prepara<br />
união bancária e<br />
orçamental<br />
A Comissão Europeia<br />
apresentou um documento<br />
em <strong>que</strong> avança com<br />
medidas como uma taxa<br />
sobre as transações<br />
financeiras e um fundo de<br />
amortização da dívida.<br />
Os líderes europeus<br />
estão agora a discutir <strong>os</strong><br />
pass<strong>os</strong> concret<strong>os</strong> <strong>que</strong><br />
têm de ser dad<strong>os</strong> na<strong>que</strong>le<br />
sentido. O documento<br />
refere a necessidade de<br />
uma política orçamental<br />
mais integrada, o <strong>que</strong> há<br />
<strong>que</strong> fazer para uma maior<br />
integração económica<br />
e como preservar a<br />
legitimidade democrática<br />
se <strong>os</strong> países renunciam<br />
a uma parte da sua<br />
soberania. A primeira<br />
prioridade é a integração<br />
bancária, aspeto tido como<br />
essencial para combater a<br />
crise da dívida.<br />
THE WALL STREET<br />
JOURNAL<br />
Roma retira risco da<br />
sua contabilidade<br />
Os velh<strong>os</strong> c<strong>os</strong>tumes nunca<br />
morrem. Muit<strong>os</strong> d<strong>os</strong><br />
problemas económic<strong>os</strong><br />
da Europa explicam-se<br />
para larga trajetória do<br />
Continente em term<strong>os</strong><br />
de protecionismo e da<br />
excessiva interferência<br />
estatal nas principais<br />
MEMBRO DA EUROPEAN<br />
BUSINESS PRESS<br />
TIRAGEM CONTROLADA<br />
PELA:<br />
empresas e indústrias.<br />
A solução em Itália<br />
parece ser mais do<br />
mesmo. O país necessita<br />
de vender com urgência<br />
ativ<strong>os</strong> para reduzir a<br />
sua dívida. Mas em vez<br />
de privatizar <strong>os</strong> ativ<strong>os</strong><br />
diretamente e atrair<br />
capital privado, tal como<br />
ceder o controlo a nov<strong>os</strong><br />
proprietári<strong>os</strong>, Roma<br />
recorre a estratagemas<br />
contabilístic<strong>os</strong>. O<br />
Governo pretende vender<br />
três empresas estatais,<br />
por 10 mil milhões de<br />
eur<strong>os</strong>, a uma caixa p<strong>os</strong>tal<br />
de p<strong>os</strong>tal de poupança<br />
em <strong>que</strong> o Estado<br />
tem uma participação<br />
largamente maioritária.<br />
LES ECHOS<br />
Renault abre<br />
novo capítulo do<br />
segmento “low c<strong>os</strong>t”<br />
A Renault, em pouc<strong>os</strong><br />
an<strong>os</strong>, desenvolveu uma<br />
família de dez model<strong>os</strong><br />
de baixo custo, as quais<br />
representam um terço das<br />
suas vendas totais e três<br />
quartas do crescimento.<br />
O grupo vai reforçar esta<br />
estratégia para ganhar<br />
rentabilidade.<br />
A marca automóvel<br />
francesa vai começar<br />
a renovar <strong>os</strong> model<strong>os</strong><br />
existentes a um ritmo<br />
bastante rápido. A ideia<br />
é desenvolver veícul<strong>os</strong><br />
robust<strong>os</strong> para estradas<br />
degradadas, as existentes<br />
n<strong>os</strong> países <strong>que</strong> são o alvo<br />
“low c<strong>os</strong>t” da Renault. Um<br />
d<strong>os</strong> objetiv<strong>os</strong> passa por<br />
reduzir em 40% <strong>os</strong> cust<strong>os</strong><br />
de produção deste tipo de<br />
veícul<strong>os</strong>.<br />
TIRAGEM DESTA EDIÇÃO<br />
18.200<br />
4000 Município (Porto)<br />
TAXA PAGA<br />
Registo na D G C S nº 109 477<br />
• Depósito Legal nº 33 445/89 •<br />
ISSN 0871-4320 • Registo do ICS<br />
nº 109 477<br />
Top da semana<br />
FERNANDO ULRICH<br />
O presidente do BPI é<br />
d<strong>os</strong> pouc<strong>os</strong> ban<strong>que</strong>ir<strong>os</strong><br />
<strong>que</strong> tem uma intervenção<br />
ativa junto do grande público e<br />
acaba por representar a banca, o<br />
<strong>que</strong> significa <strong>que</strong> as suas palavras<br />
têm sempre um peso significativo.<br />
Fernando Ulrich, com razão, afirma<br />
<strong>que</strong> ainda há setores e segment<strong>os</strong><br />
da população com margem de<br />
manobra para mais austeridade.<br />
No fundo, o <strong>que</strong> o ban<strong>que</strong>iro diz é<br />
<strong>que</strong> a atual política de austeridade<br />
está a tornar-se incomportável para<br />
muita gente e <strong>que</strong> a classe média<br />
chegou a<strong>os</strong> limites em term<strong>os</strong> de<br />
tributação.<br />
PASSOS COELHO<br />
O primeiro-ministro<br />
continua um percurso<br />
pouco consistente e tem revelado<br />
falhas em term<strong>os</strong> de comunicação.<br />
Os portugueses continuam à<br />
espera de explicações concretas<br />
sobre o <strong>que</strong> <strong>os</strong> espera no futuro<br />
próximo. Certo é <strong>que</strong> as palavras<br />
de Pass<strong>os</strong> Coelho deixam lugar<br />
a muitas dúvidas. Se, por um<br />
lado, admite mais medidas de<br />
austeridade, se assim considerar<br />
necessário, por outro, adianta<br />
<strong>que</strong>, para já, as mesmas não<br />
serão imp<strong>os</strong>tas. Certo é <strong>que</strong> <strong>os</strong><br />
temp<strong>os</strong> estão difíceis e não são<br />
apresentadas soluções concretas.<br />
VÍTOR GASPAR<br />
O ministro das Finanças<br />
tem ainda muitas<br />
explicações a dar. A<br />
execução orçamental está em<br />
clara derrapagem, sobretudo em<br />
resultado da <strong>que</strong>bra acentuada nas<br />
receitas fiscais. A despesa não<br />
está sob controlo. Ora, a situação<br />
era previsível. Mais uma vez, como<br />
sucedeu noutr<strong>os</strong> govern<strong>os</strong>, optouse<br />
pelo caminho mais simples,<br />
o do aumento da carga fiscal.<br />
Naturalmente, a economia é <strong>que</strong><br />
está a sofrer as consequências.<br />
Não seria má ideia rever a política<br />
fiscal e mudar de rumo.
4 SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2012<br />
ATUALIDADE<br />
Novas regras do RSI entram em vigor a 1 de ag<strong>os</strong>to<br />
O acesso ao Rendimento Social de Inserção fica dependente do valor do património mobiliário<br />
e o valor d<strong>os</strong> bens móveis sujeit<strong>os</strong> a registo do re<strong>que</strong>rente e do seu agregado familiar, não<br />
podendo, cada um deles, ser superior a 60 vezes o valor do indexante d<strong>os</strong> apoi<strong>os</strong> sociais (IAS).<br />
Don<strong>os</strong> de carr<strong>os</strong> ou barc<strong>os</strong> avaliad<strong>os</strong> em mais de 25 mil eur<strong>os</strong> ficam, portanto, excluíd<strong>os</strong>. As<br />
novas regras do RSI entram em vigor a 1 de ag<strong>os</strong>to.<br />
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA CONFIRMA À “VIDA ECONÓMICA”<br />
Pagament<strong>os</strong> do PROMAR<br />
não ultrapassam <strong>os</strong> 32%<br />
A men<strong>os</strong> de ano e meio<br />
do fim do período<br />
de programação,<br />
<strong>os</strong> pagament<strong>os</strong> a<strong>os</strong><br />
investidores efetuad<strong>os</strong><br />
no âmbito do Programa<br />
Opera cional para<br />
o setor das Pescas<br />
(PROMAR 2007-<br />
2013) não ultrapassam<br />
<strong>os</strong> 32%, revelou fonte<br />
oficial do Ministério<br />
da Agricultura à “<strong>Vida</strong><br />
Económica”. A taxa de<br />
aprovação de projet<strong>os</strong><br />
está “na ordem d<strong>os</strong><br />
64%”.<br />
TERESA SILVEIRA<br />
teresasilveira@vidaeconomica.pt<br />
Reprogramado em definitivo<br />
no final de 2008, o Programa<br />
Opera cional para o setor das Pescas<br />
(PROMAR 2007-2013), <strong>que</strong><br />
também pode ser <strong>executa</strong>do até<br />
2015, estava, em março de 2010,<br />
“em velocidade de cruzeiro”, de<br />
acordo com o então secretário de<br />
Esta do das Pescas e da Agricultura,<br />
Luís Medeir<strong>os</strong> Vieira.<br />
Em entrevista à “<strong>Vida</strong> Económica”,<br />
o então governante revelava<br />
<strong>que</strong> a dotação orçamental<br />
da<strong>que</strong>le programa foi fixada n<strong>os</strong><br />
325 mi lhões de eur<strong>os</strong>, para vári<strong>os</strong><br />
eix<strong>os</strong> e para o território nacional,<br />
incluin do regiões autónomas,<br />
sendo <strong>que</strong>, só para o continente,<br />
estavam destinad<strong>os</strong> 274 milhões<br />
de eur<strong>os</strong>.<br />
Já em março de 2010, o exsecretário<br />
de Estado da Agricultura<br />
reconhecia a “baixa taxa de<br />
execução” da<strong>que</strong>le Programa, <strong>que</strong><br />
estava, à data, apenas n<strong>os</strong> 8,8%,<br />
com pouco mais de 20,6 milhões<br />
de eur<strong>os</strong> pag<strong>os</strong> a<strong>os</strong> investidores e<br />
Assunção Cristas, ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (MAMAOT).<br />
um total de 88 milhões aprovad<strong>os</strong>.<br />
Hoje, mais de dois an<strong>os</strong> volvid<strong>os</strong>,<br />
o Ministério tutelado por<br />
Assunção Cristas é parco nas informações<br />
<strong>que</strong> presta sobre a execução<br />
da<strong>que</strong>le Programa, apenas<br />
revelando <strong>que</strong> o PROMAR tem,<br />
neste momento, a men<strong>os</strong> e ano<br />
e meio do fim do seu período de<br />
programação, “uma taxa de aprovação<br />
de projet<strong>os</strong> na ordem d<strong>os</strong><br />
PUB<br />
64% e de pagament<strong>os</strong> de 32%”.<br />
E desconhecem-se mais pormenores,<br />
<strong>que</strong>r sobre volumes de projet<strong>os</strong><br />
candidatad<strong>os</strong>, <strong>que</strong>r sobre <strong>os</strong><br />
aprovad<strong>os</strong> n<strong>os</strong> vári<strong>os</strong> eix<strong>os</strong>, <strong>que</strong>r,<br />
ainda, sobre a regularidade d<strong>os</strong><br />
pagament<strong>os</strong> e <strong>os</strong> montantes financeir<strong>os</strong><br />
liquidad<strong>os</strong> a<strong>os</strong> investidores.<br />
ANICP desconhece<br />
reclamações<br />
d<strong>os</strong> promotores<br />
Questionado pela “<strong>Vida</strong> Económica”<br />
sobre esta matéria, Castro<br />
e Melo, secretário-geral da Associação<br />
Nacional d<strong>os</strong> Industriais<br />
de Conservas de Peixe (ANICP) e<br />
membro da Comissão de Acompanhamento<br />
da<strong>que</strong>le Programa<br />
operacional, desconhece, ainda<br />
assim, reclamações d<strong>os</strong> promotores<br />
quanto a atras<strong>os</strong> no pagamento<br />
d<strong>os</strong> apoi<strong>os</strong>.<br />
“Não tenho tido reclamações<br />
em relação a<strong>os</strong> pagament<strong>os</strong>”, disse<br />
à “<strong>Vida</strong> Económica” o responsável<br />
d<strong>os</strong> industriais de conservas,<br />
frisando <strong>que</strong> o setor <strong>que</strong> representa<br />
tem, neste momento, pelo<br />
men<strong>os</strong>, quatro projet<strong>os</strong> a correr<br />
financiad<strong>os</strong> pelo PROMAR.<br />
Um, o de uma nova fábrica de<br />
conservas em Olhão (Algarve),<br />
da empresa Freitas Mar, em fase<br />
de conclusão, outro também de<br />
uma nova fábrica do setor na Póvoa<br />
de Varzim, já quase pronta,<br />
assim como o da modernização<br />
das linhas de produção da empresa<br />
Gencoal, em Vila do Conde,<br />
financiada ao abrigo da<strong>que</strong>le<br />
Programa, e, ainda, a construção<br />
de uma nova unidade conserveira<br />
em Mat<strong>os</strong>inh<strong>os</strong>. Esta, recém-classificada<br />
como Projeto de Interesse<br />
Nacional (PIN), vai ser construída<br />
pela Ramirez, não estando<br />
ainda definida a data do arran<strong>que</strong><br />
da sua construção.<br />
Avaliação<br />
d<strong>os</strong> stocks<br />
de sardinha<br />
conhecida<br />
em ag<strong>os</strong>to<br />
“A atual escassez de sardinha tem<br />
acarretado dificuldades de abastecimento<br />
da indústria de conservas,<br />
em quantidade e a preç<strong>os</strong> competitiv<strong>os</strong>”,<br />
sendo “um assunto <strong>que</strong><br />
preocupa o Governo, por<strong>que</strong> se<br />
trata de uma indústria relevante em<br />
term<strong>os</strong> económic<strong>os</strong> e sociais, <strong>que</strong><br />
compete n<strong>os</strong> mercad<strong>os</strong> internacionais”,<br />
admitiu recentemente o Ministério<br />
da Agricultura numa nota<br />
enviada à agência Lusa.<br />
Na verdade, dois despach<strong>os</strong><br />
publicad<strong>os</strong> pelo Ministério de<br />
Assunção Cristas (Despacho nº<br />
1520/2012, de 1 de fevereiro, e<br />
Despacho nº 7509/2012, de 31 de<br />
maio) vieram limitar as capturas da<strong>que</strong>la<br />
espécie, uma das mais usadas<br />
na indústria conserveira, pois <strong>que</strong><br />
dela dependem, neste momento,<br />
em <strong>Portugal</strong> 12 das 14 fábricas existentes.<br />
E, com isso, vieram “condicionar<br />
o abastecimento à indústria<br />
e condicionar <strong>os</strong> preç<strong>os</strong>”.<br />
“Estes limites às capturas são<br />
uma medida precaucionista”, explica<br />
Castro e Melo, secretário geral<br />
da ANICP, à “<strong>Vida</strong> Económica”,<br />
tomada até se conhecerem <strong>os</strong> resultad<strong>os</strong><br />
do rastreio à c<strong>os</strong>ta portuguesa<br />
<strong>que</strong> está em curso e cujas conclusões<br />
apenas se prevêem para ag<strong>os</strong>to.<br />
Certo é <strong>que</strong> a indústria <strong>que</strong> está<br />
instalada carece anualmente de 30<br />
mil toneladas de sardinha, sendo<br />
<strong>que</strong>, até 31 de maio, apenas estava<br />
autorizada a captura de nove mil<br />
toneladas da<strong>que</strong>le peixe.<br />
Porém, com a publicação do<br />
Despacho nº 7509/2012, de 31 de<br />
maio, <strong>os</strong> limites então fixad<strong>os</strong> em<br />
fevereiro já foram alargad<strong>os</strong>, o <strong>que</strong><br />
contribuiu para “atenuar” este problema.<br />
Lê-se neste diploma publicado<br />
em Diário da República <strong>que</strong><br />
“no período compreendido entre<br />
1 de junho e 31 de dezembro de<br />
2012, o limite máximo de descargas<br />
da espécie sardinha, capturada<br />
com arte de cerco, é fixado em 27<br />
mil toneladas”. Isto, realça Castro e<br />
Melo, “sem prejuízo de estas limitações<br />
poderem ser revistas durante o<br />
segundo semestre” do ano, em função<br />
de informação atualizada sobre<br />
o estado deste recurso.<br />
Recorde-se <strong>que</strong> o setor das conservas<br />
de peixe é um d<strong>os</strong> <strong>que</strong> mais<br />
contribui para as exportações portuguesas,<br />
pois assegurou, em 2011,<br />
150 milhões de eur<strong>os</strong> e 33 mil toneladas<br />
de conservas para o exterior.<br />
Para 2012, as perspetivas são<br />
igualmente p<strong>os</strong>itivas. Apesar da<br />
conjuntura, <strong>os</strong> dad<strong>os</strong> do primeiro<br />
trimestre m<strong>os</strong>tram uma subida de<br />
13,2% nas quantidades exportadas<br />
e um crescimento de 32,2% em<br />
valor.
SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2012 5<br />
ATUALIDADE<br />
Banco de Espanha prevê segundo semestre mais difícil<br />
O Banco de Espanha anunciou <strong>que</strong> a <strong>que</strong>da do PIB entre Abril e Junho irá superar a contração<br />
de 0,3% verificada no primeiro trimestre de 2012. O consumo privado, a confiança das famílias<br />
e as vendas a retalho caíram em abril para níveis de 2003 e abaixo da média do primeiro trimestre.<br />
Os regist<strong>os</strong> de veícul<strong>os</strong> também acentuaram a descida em Maio, para uma <strong>que</strong>da anual<br />
de 15,3%, a par d<strong>os</strong> gast<strong>os</strong> das grandes empresas <strong>que</strong> sublinharam também as <strong>que</strong>das em Abril.<br />
Par<strong>que</strong> Escolar acumula dívidas de 98 milhões de eur<strong>os</strong><br />
A Par<strong>que</strong> Escolar acumula dívidas na ordem de 98 milhões de eur<strong>os</strong> e não tem capacidade de<br />
tesouraria para pagar as faturas a 60 dias a fornecedoras. Num relatório enviado ao Governo,<br />
a nova administração da Par<strong>que</strong> Escolar assume <strong>que</strong>, devido a<strong>os</strong> atras<strong>os</strong> n<strong>os</strong> pagament<strong>os</strong> várias<br />
obras foram suspensas pel<strong>os</strong> adjudicatári<strong>os</strong>. Ainda assim, faz ainda previsões de poder relançar<br />
20 project<strong>os</strong> por ano, <strong>que</strong> agora estão congelad<strong>os</strong>.<br />
Sustentabilidade<br />
das IPSS passa<br />
pela inovação<br />
Emmanuel Vallens, da Comissão Europeia, falou da necessidade de acelerar a inovação social.<br />
FERNANDA SILVA TEIXEIRA<br />
fernandateixeira@vidaeconomica.pt<br />
A inovação é o único caminho <strong>que</strong><br />
as Instituições Particulares de Solidariedade<br />
Social (IPSS) têm como<br />
alternativa ao financiamento estatal.<br />
Esta foi a principal conclusão da mais<br />
recente edição do Congresso Internacional<br />
de Inovação Social, organizado<br />
pela União Distrital das IPSS do Porto<br />
(UDIPSS-Porto). O evento, <strong>que</strong><br />
reuniu cerca de 430 especialistas portugueses<br />
e internacionais, decorreu<br />
na passada semana no Teatro Rivoli.<br />
Durante <strong>os</strong> dois dias do evento, <strong>os</strong><br />
presentes puderam tomar contacto<br />
com diversas realidades de iniciativas<br />
no âmbito da inovação social, fruto<br />
da apresentação de divers<strong>os</strong> projet<strong>os</strong><br />
já implementad<strong>os</strong>, não apenas em<br />
<strong>Portugal</strong>, mas igualmente noutr<strong>os</strong><br />
pont<strong>os</strong> do globo. Na iniciativa da<br />
UDIPSS-Porto, <strong>os</strong> congressistas tomaram<br />
ainda conhecimento de variad<strong>os</strong><br />
instrument<strong>os</strong> a <strong>que</strong> as instituições<br />
sociais podem recorrer para trabalharem<br />
e suportarem novas resp<strong>os</strong>tas sociais.<br />
Começando por apelar à mobilização<br />
de tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> atores sociais para<br />
“combater as desigualdades mais persistentes”,<br />
o presidente da União Distrital<br />
das IPSS (UDIPSS) do Porto,<br />
J<strong>os</strong>é Baptista, salientou no seu discurso<br />
de abertura <strong>que</strong> “<strong>Portugal</strong> tem<br />
visto <strong>os</strong> seus níveis de pobreza e de<br />
exclusão social aumentarem n<strong>os</strong> últim<strong>os</strong><br />
an<strong>os</strong>, particularmente no Norte<br />
do país. Os níveis de qualidade de<br />
vida definham e <strong>os</strong> de participação<br />
democrática deprimem”, afirmou.<br />
Necessidade de mobilizar<br />
tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> atores sociais<br />
Perante mais de três centenas<br />
de congressistas, o presidente da<br />
UDIPSS do Porto considerou ainda<br />
<strong>que</strong>, “as organizações da sociedade<br />
civil organizada, pela capacidade de<br />
refletirem <strong>os</strong> interesses das comunidades<br />
onde se inserem e cujas necessidades<br />
conhecem <strong>melhor</strong> do <strong>que</strong><br />
qual<strong>que</strong>r outro agente coletivo, são<br />
um exemplo paradigmático da capacidade<br />
de flexibilidade e adaptação<br />
portuguesas às contingências sociais.<br />
É neste paradigma e segundo esta<br />
crença <strong>que</strong> se afigura a necessidade de<br />
mobilizar tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> atores sociais <strong>que</strong>,<br />
século após século, foram capazes de<br />
fazer sempre <strong>melhor</strong> e com qualidade<br />
e, simultaneamente, de combater desigualdades<br />
mais persistentes”, acrescentou.<br />
Entre <strong>os</strong> oradores estrangeir<strong>os</strong> do<br />
congresso, desta<strong>que</strong> também para<br />
monsignor Giampietro Dal T<strong>os</strong>o, ministro<br />
da Santa Sé responsável pelas<br />
organizações católicas de apoio social,<br />
<strong>que</strong> enfatizou o papel <strong>que</strong> a inovação<br />
pode e deve desempenhar na gestão<br />
das IPSS, e para Emmanuel Vallens,<br />
da Comissão Europeia, onde coordena<br />
a área do mercado interno, <strong>que</strong><br />
falou de “Como Acelerar a Inovação<br />
Social” e sobre “O Papel das Organizações<br />
do Terceiro Setor e d<strong>os</strong> Empreendedores<br />
Sociais”.<br />
O evento contou ainda com a presença,<br />
na sessão de encerramento liderada<br />
pelo presidente da UDIPSS-<br />
Porto, padre Lopes Baptista, de Rui<br />
Rio, presidente da Câmara Municipal<br />
do Porto, de Álvaro Dâmaso, do<br />
Montepio Geral, de Albertina Amorim,<br />
da Santa Casa da Misericórdia<br />
do Porto, e do padre Lino Maia, presidente<br />
da CNIS, <strong>que</strong> voltou a sublinhar<br />
<strong>que</strong> “a sustentabilidade é o novo<br />
nome da qualidade”, até por<strong>que</strong> uma<br />
das ideias mais fortes <strong>que</strong> foi passada<br />
no evento foi a de <strong>que</strong> pela inovação<br />
das resp<strong>os</strong>tas sociais passar um d<strong>os</strong><br />
eix<strong>os</strong> fundamentais para a sustentabilidade<br />
das instituições.<br />
EDITORIAL<br />
JOÃO LUÍS DE SOUSA DIRETOR ADJUNTO<br />
jlsousa@vidaeconomica.pt<br />
Imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong> a mais<br />
e receitas a men<strong>os</strong><br />
A receita parecia estar certa: cortar a despesa<br />
pública onde f<strong>os</strong>se p<strong>os</strong>sível e manter ou aumentar a<br />
receita através do agravamento das taxas em alguns<br />
imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong>. A fatura seria sempre paga pel<strong>os</strong> cidadã<strong>os</strong><br />
e pelas empresas das duas formas. Com cust<strong>os</strong> mais<br />
alt<strong>os</strong> para <strong>os</strong> serviç<strong>os</strong> públic<strong>os</strong> onde não há oferta<br />
alternativa e com men<strong>os</strong> rendimento disponível<br />
por<strong>que</strong> a fatia absorvida pel<strong>os</strong> imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong> passou a ser<br />
maior.<br />
Em vez de uma mudança de fundo, a opção foi<br />
fazer um ajustamento, mantendo inalterada a lógica<br />
anterior.<br />
Se a receita resultasse, teríam<strong>os</strong> uma situação de<br />
equilíbrio entre despesas e receitas do Estado. Com<br />
o défice orçamental corrigido ou atenuado, seria<br />
p<strong>os</strong>sível a prazo reduzir <strong>os</strong> imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong>, diminuir o preço<br />
d<strong>os</strong> serviç<strong>os</strong> públic<strong>os</strong>, contribuindo para o aumento<br />
da competitividade da economia. Se as empresas<br />
correspondessem, o país voltaria à situação anterior<br />
à da crise, com um Estado de dimensão equivalente,<br />
mas com equilíbrio orçamental e sustentabilidade.<br />
O problema é <strong>que</strong> o tratamento não está resultar.<br />
Os dad<strong>os</strong> preocupantes sobre a “doença” da economia<br />
estão nas análises e vão-se agravando de mês para mês<br />
com a execução orçamental. Não se trata de “risc<strong>os</strong><br />
e incertezas” conforme o ministro das Finanças lhe<br />
chama com eufemismo, mas sim do disparo do défice<br />
orçamental provocado pelo aumento da despesa e<br />
<strong>que</strong>da das receitas.<br />
Na base do aumento do défice orçamental está um<br />
erro clamor<strong>os</strong>o na previsão das receitas fiscais no OE<br />
2012 e no orçamento retificativo, <strong>que</strong> agora terá de<br />
ser novamente retificado.<br />
Ao contrário do <strong>que</strong> o Governo pensa – na mesma<br />
linha d<strong>os</strong> Govern<strong>os</strong> anteriores –, a capacidade <strong>que</strong><br />
o Estado tem para cobrar imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong> é limitada. E o<br />
aumento d<strong>os</strong> imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong> <strong>que</strong> o Governo decide por<br />
necessidade não altera esse limite. Por isso, chegám<strong>os</strong><br />
à situação atual em <strong>que</strong> a receita fiscal diminui numa<br />
proporção semelhante à do agravamento das taxas d<strong>os</strong><br />
imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong>.<br />
A receita fiscal depende da vontade das empresas<br />
e cidadã<strong>os</strong> de pagar imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong> e da sua capacidade<br />
económica. A <strong>que</strong>stão da vontade coloca-se cada<br />
vez men<strong>os</strong> por<strong>que</strong> as sanções têm-se tornado cada<br />
vez mais dacronianas para <strong>que</strong>m não paga ou<br />
simplesmente atrasa o pagamento de imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong>. Para<br />
além d<strong>os</strong> agravament<strong>os</strong>, das penhoras, das execuções,<br />
há sanções penais pesadas. Em <strong>Portugal</strong>, as penas<br />
de prisão por não pagamento de imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong> já são<br />
em muit<strong>os</strong> cas<strong>os</strong> mais grav<strong>os</strong>as <strong>que</strong> cert<strong>os</strong> tip<strong>os</strong> de<br />
homicídio ou tráfico de droga. A lógica do Estado é:<br />
<strong>que</strong>m não pagar <strong>os</strong> imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong> vai dentro.<br />
Resta a <strong>que</strong>stão da capacidade para pagar imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong><br />
<strong>que</strong> o Estado parece ignorar por completo. Se <strong>os</strong><br />
cidadã<strong>os</strong> tiverem o rendimento disponível estagnado<br />
ou em declínio, se uma grande parte das empresas<br />
tem rentabilidade reduzida ou negativa, cai o<br />
consumo, cai o investimento e a receita fiscal encolhe.<br />
O agravamento d<strong>os</strong> imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong> apenas serve para a<br />
acentuar a evolução negativa.<br />
O problema do défice orçamental não se resolve e,<br />
pelo contrário, tende a agravar-se enquanto o peso<br />
e a despesa do Estado não diminuir para um nível<br />
ajustado à realidade da n<strong>os</strong>sa economia.
6 SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2012<br />
ATUALIDADE<br />
AEVP <strong>que</strong>r a privatização do IVDP<br />
A Associação das Empresas de Vinho do Porto considera urgente <strong>que</strong> o Governo liberte o<br />
setor do vinho do Porto do peso do Estado. Isabel Marrana, diretora da AEVP, critica o silêncio<br />
do Governo em relação à prop<strong>os</strong>ta d<strong>os</strong> produtores e d<strong>os</strong> comerciantes de privatização<br />
do IVDP, solução <strong>que</strong> viabilizaria a gestão de um fundo anual de 10 milhões de eur<strong>os</strong> para a<br />
promoção, comparticipado pelo QREN.<br />
Corticeira Amorim compra Trefin<strong>os</strong> por 15,1 milhões<br />
A Corticeira Amorim comprou, através da participação da Amorim & Irmã<strong>os</strong>, 91% do capital<br />
da espanhola Trefin<strong>os</strong>, por 15,1 milhões de eur<strong>os</strong>. Com esta aquisição, a empresa portuguesa<br />
reforça a sua p<strong>os</strong>ição em Espanha, mais precisamente na Catalunha, e no segmento de<br />
rolhas para champanhe e espumantes. Juan Ginesta, gerente único da Trefin<strong>os</strong>, integre o Conselho<br />
de Administração da Corticeira Amorim.<br />
Défice pode atingir <strong>os</strong> 5,2%<br />
A manterem-se as condições<br />
atuais, a derrapagem nas contas<br />
públicas poderá atingir no final<br />
do ano, <strong>os</strong> 1692,2 milhões de<br />
eur<strong>os</strong> a mais do <strong>que</strong> o previsto<br />
no OE, atirando o défice para <strong>os</strong><br />
5,2%.<br />
VIRGÍLIO FERREIRA<br />
virgilio@vidaeconomica.pt<br />
De janeiro a maio de 2012, a receita acumulada<br />
d<strong>os</strong> imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong> cifrou-se em 13 097,4<br />
milhões de eur<strong>os</strong>. São men<strong>os</strong> 479,9 milhões<br />
de eur<strong>os</strong> do <strong>que</strong> em igual período do ano passado,<br />
correspondendo a uma <strong>que</strong>da de 3,5%,<br />
ou seja, mais 2,9 pont<strong>os</strong> percentuais face ao<br />
previsto na alteração ao OE2012.<br />
A manterem-se as condições atuais, a perda<br />
de receitas fiscais poderá atingir, no final deste<br />
ano, 1236,65 milhões de eur<strong>os</strong>. Serão mais<br />
1138,6 milhões do <strong>que</strong> o previsto no OE.<br />
IVA, IRC, ISV, ISP e imp<strong>os</strong>to do consumo<br />
de tabaco são <strong>os</strong> imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong> onde ocorrem as<br />
maiores perdas de receita fiscal, ascendendo,<br />
n<strong>os</strong> primeir<strong>os</strong> cinco meses do ano, a 796,8<br />
milhões de eur<strong>os</strong>.<br />
No último boletim de execução orçamental,<br />
aponta-se para a contração do consumo<br />
como principal fator redutor de receita d<strong>os</strong><br />
imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong>.<br />
Ao nível da despesa pública, o montante<br />
efetivo <strong>executa</strong>do sobe, de janeiro a maio,<br />
343 milhões de eur<strong>os</strong>, face ao período homólogo<br />
do ano passado, atingindo <strong>os</strong> 17 538,5<br />
milhões de eur<strong>os</strong>. É um aumento de 2% face<br />
ao valor atingido em 2011, ou seja, mais 1,13<br />
pont<strong>os</strong> percentuais do <strong>que</strong> o previsto na alteração<br />
ao OE2012.<br />
A manter-se a situação atual, a despesa efetiva<br />
do Estado irá subir este ano em 976,6<br />
milhões de eur<strong>os</strong>, mais 554,6 milhões do <strong>que</strong><br />
o previsto no OE2012.<br />
Ou seja, se nada for feito pelo Governo,<br />
o défice do Estado irá agravar-se em 2012<br />
em cerca de 2213,15 milhões de eur<strong>os</strong>, em<br />
resultado da diminuição da receita d<strong>os</strong> imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong><br />
e do aumento da despesa efetiva. Tal<br />
situação traduzir-se-á numa derrapagem de<br />
1692,2 milhões de eur<strong>os</strong>, face ao previsto no<br />
OE2012.<br />
Significa isto também <strong>que</strong>, na ótica da contabilidade<br />
nacional e perante tal derrapagem<br />
nas contas públicas, o défice poderá atingir<br />
este ano, <strong>os</strong> 5,2%, ou seja, 0,7 pont<strong>os</strong> percentuais<br />
acima do compromisso assumido com<br />
Bruxelas (4,5%).<br />
BELMIRO DE AZEVEDO AFIRMA<br />
“O emprego fora de <strong>Portugal</strong><br />
é muito interessante”<br />
Belmiro de Azevedo com o embaixador Seixas da C<strong>os</strong>ta e Carl<strong>os</strong> Vinhas Pereira, presidente da<br />
Câmara de Comércio e Indústria Franco-Portuguesa.<br />
“Os empreg<strong>os</strong> nascem em síti<strong>os</strong> <strong>que</strong> não<br />
estão ao lado de casa” e “<strong>os</strong> portugueses<br />
precisam de fazer algum esforço”, afirmou<br />
Belmiro de Azevedo, à agência Lusa, à<br />
margem de um jantar da Câmara do Comércio<br />
e Indústria Franco-Portuguesa, realizado<br />
em Paris.<br />
O presidente não executivo do grupo<br />
Sonae esclareceu <strong>que</strong> não se trata de “emigrar”,<br />
mas de “viajar”. “Os homens e as<br />
mulheres de 1960 vinham em condições<br />
muito piores e até levavam uns tir<strong>os</strong> na<br />
fronteira. Quant<strong>os</strong> não regressaram a <strong>Portugal</strong><br />
e não estão <strong>melhor</strong>?”.<br />
“Agora, vêm de jato e nem assim <strong>que</strong>rem<br />
vir. Os portugueses têm <strong>que</strong> fazer algum esforço<br />
e ter vontade. Até por<strong>que</strong>, neste momento,<br />
a educação das pessoas em <strong>Portugal</strong><br />
não tem comparação com a das gerações<br />
anteriores e, portanto, até é fácil arranjar<br />
emprego no estrangeiro”, acrescentou o líder<br />
histórico da Sonae.<br />
Segundo Belmiro de Azevedo, o problema<br />
do desemprego “resolve-se muito bem”,<br />
desde <strong>que</strong> as pessoas “façam aquilo <strong>que</strong> é<br />
óbvio”.<br />
“O emprego fora de <strong>Portugal</strong> é, em muit<strong>os</strong><br />
síti<strong>os</strong> no mundo, onde há muita p<strong>os</strong>ição,<br />
muito interessante, a ganhar muito<br />
bem. Mas <strong>Portugal</strong> não se habituou.”
SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2012 7<br />
ATUALIDADE<br />
CARLOS NUNO OLIVEIRA AFIRMA À “VIDA ECONÓMICA”<br />
<strong>Portugal</strong> “deve fazer lobby em Bruxelas”<br />
para o programa Horizonte 2020<br />
lo <strong>que</strong> é a participação de empresas e de<br />
PME”, acrescenta.<br />
Sobre <strong>os</strong> montantes <strong>que</strong> poderão estar<br />
disponíveis dentro do atual Programa-<br />
Quadro, Carl<strong>os</strong> Nunes Oliveira refere:<br />
“Há um orçamento global do Programa<br />
<strong>que</strong> está disponível. Para <strong>Portugal</strong> não há<br />
nada definido, dependendo das candidaturas<br />
feitas por entidades nacionais. Não há<br />
uma ‘call’ específica para <strong>Portugal</strong>”.<br />
Haverá uma nova dinâmica para incentivar<br />
<strong>os</strong> empresári<strong>os</strong> a recorrerem às referidas<br />
linhas relativamente a<strong>os</strong> programas em<br />
aberto? A esta <strong>que</strong>stão, o governante responde<br />
<strong>que</strong> “tem<strong>os</strong> no Compete uma linha<br />
de sistemas de incentiv<strong>os</strong> para promover a<br />
participação em programas internacionais<br />
de investigação e desenvolvimento, sendo<br />
expetável <strong>que</strong> as empresas <strong>os</strong> aproveitem”.<br />
Maior enfo<strong>que</strong> no crescimento da<br />
Europa<br />
Luís Filipe C<strong>os</strong>ta, presidente do IAP-<br />
MEI, realça o potencial <strong>que</strong> o 8º Programa-Quadro<br />
trará a nível de crescimento e<br />
emprego. <strong>Portugal</strong> pode aproveitar vári<strong>os</strong><br />
programas de um grande puzzle de oferta.<br />
“O Programa Horizonte 2020 trará da<br />
parte da Comissão Europeia, um maior<br />
enfo<strong>que</strong> na <strong>que</strong>stão da inovação e da investigação<br />
universitária”, afirma à <strong>Vida</strong><br />
Económica”.<br />
“A investigação e desenvolvimento é fundamental<br />
para a produção do crescimento<br />
da Europa e, claro, também em <strong>Portugal</strong>,<br />
e assim do emprego. Sem inovação e sem<br />
investigação e desenvolvimento não haverá<br />
contraponto europeu à industrialização<br />
maciça <strong>que</strong> estam<strong>os</strong> a assistir na Ásia e em<br />
outras regiões emergentes. A Europa tem<br />
de se reindustrializar, não é a indústria do<br />
século XIX ou XX, tem de ser a indústria<br />
do século XXI, é preciso inovação, investigação<br />
e desenvolvimento <strong>que</strong> são <strong>os</strong> foc<strong>os</strong><br />
deste novo programa Horizonte 2020”,<br />
acrescenta.<br />
“Este programa é um d<strong>os</strong> vári<strong>os</strong> programas<br />
de um puzzle <strong>que</strong> compõem tod<strong>os</strong> <strong>os</strong><br />
sistemas de apoio empresarial da Comissão<br />
Europeia. Este é um entre vári<strong>os</strong> e eu,<br />
como é natural, estou mais preocupado<br />
com as PME portuguesas do <strong>que</strong> com as<br />
grandes empresas europeias”, conclui.<br />
“<strong>Portugal</strong> está ligeiramente abaixo da utilização da quota relativamente àquilo <strong>que</strong> seria expetável<br />
relativamente à dimensão do país”, afirma Carl<strong>os</strong> Nuno Oliveira a propósito do 7º Programa-<br />
-Quadro.<br />
NOVIDADE<br />
“A participação por parte do<br />
sistema científico e tecnológico<br />
nacional acontece a bom ritmo.<br />
Diria <strong>que</strong> as empresas não<br />
tiveram ainda, provavelmente,<br />
a dinamização, nem se<br />
aperceberam do potencial <strong>que</strong><br />
o próprio 7º Programa-Quadro<br />
pode ter para as suas atividades<br />
e para a promoção d<strong>os</strong> seus<br />
produt<strong>os</strong> e serviç<strong>os</strong>”, afirma<br />
à “<strong>Vida</strong> Económica” Carl<strong>os</strong><br />
Nuno Oliveira, secretário de<br />
Estado do Empreendedorismo,<br />
Competitividade e Inovação.<br />
VÍTOR NORINHA<br />
AGENDA@VIDAECONOMICA.PT<br />
O programa Horizonte 2020 entrará em<br />
vigor a 1 de janeiro de 2014. Por enquanto<br />
vigorará o 7º Programa-Quadro, mantendo-se<br />
abertas as candidaturas durante o<br />
corrente ano.<br />
Carl<strong>os</strong> Nuno Oliveira, secretário de Estado<br />
do Empreendedorismo, Competitividade<br />
e Inovação, <strong>que</strong> esteve num recente<br />
encontro promovido pelo IAPMEI, onde<br />
foi debatida a prop<strong>os</strong>ta apresentada pela<br />
eurodeputada Maria da Graça Carvalho,<br />
relatora do 8º Programa-Quadro de Investigação<br />
e Inovação 2014-2020, abreviadamente<br />
conhecido por “Horizonte<br />
2020”, afirmou, durante o encontro, <strong>que</strong><br />
reuniu empresári<strong>os</strong> e entidades públicas,<br />
<strong>que</strong> o objetivo é antecipar e colaborar na<br />
definição das prioridades deste programa.<br />
Desta forma, afirma, “tem<strong>os</strong> oportunidade<br />
de ouvir o setor empresarial português”.<br />
Nuno Oliveira defendeu a necessidade de<br />
“fazer lobby em Bruxelas numa fase de antecipação<br />
do programa”.<br />
Questionado sobre <strong>os</strong> grandes objetiv<strong>os</strong><br />
do programa Horizonte 2020 e <strong>que</strong> importância<br />
é <strong>que</strong> o Governo português lhe<br />
atribui, Nuno Oliveira responde <strong>que</strong> “um<br />
d<strong>os</strong> objetiv<strong>os</strong> desta sessão <strong>que</strong> promovem<strong>os</strong><br />
com a eurodeputada Maria da Graça<br />
Carvalho é precisamente tentar assegurar<br />
<strong>que</strong> <strong>Portugal</strong> e <strong>os</strong> empresári<strong>os</strong> portugueses<br />
(<strong>que</strong> estiveram presentes num recente<br />
seminário do IAPME) p<strong>os</strong>sam influenciar<br />
aquilo <strong>que</strong> são as regras deste programa”.<br />
“O objetivo de facto é <strong>que</strong> p<strong>os</strong>sa haver<br />
uma grande participação no Horizonte<br />
2020 de PME nacionais quando ele estiver,<br />
de facto, definido e daí a organização<br />
deste evento”, afirma à “<strong>Vida</strong> Económica”.<br />
Participação abaixo do desejável<br />
Solicitado a fazer uma análise d<strong>os</strong> resultad<strong>os</strong><br />
do 7º Programa-Quadro, o secretário<br />
de Estado aponta <strong>que</strong> “o resultado do<br />
ponto de vista global revela <strong>que</strong> <strong>Portugal</strong><br />
está ligeiramente abaixo da utilização da<br />
quota relativamente àquilo <strong>que</strong> seria expetável<br />
relativamente à dimensão do país. E é<br />
essa a n<strong>os</strong>sa perceção”.<br />
E explica <strong>que</strong> “a participação por parte<br />
do sistema científico e tecnológico nacional<br />
acontece a bom ritmo. Diria <strong>que</strong> as<br />
empresas não tiveram ainda, provavelmente,<br />
a dinamização, nem se aperceberam<br />
do potencial <strong>que</strong> o próprio 7º Programa-<br />
Quadro pode ter para as suas atividades e<br />
para a promoção d<strong>os</strong> seus produt<strong>os</strong> e serviç<strong>os</strong>.<br />
Essa foi a razão <strong>que</strong>, paralelamente,<br />
o Governo e o Ministério da Economia<br />
lançaram, no âmbito do Compete, uma linha,<br />
um sistema de incentivo para <strong>que</strong> empresas<br />
nacionais p<strong>os</strong>sam concorrer a programas<br />
do 7º Programa-Quadro. E é isso<br />
<strong>que</strong> esperam<strong>os</strong> <strong>que</strong> ainda aconteça nestas<br />
“calls” <strong>que</strong> vão ocorrer no ano de 2012”.<br />
“Esperam<strong>os</strong> <strong>que</strong> no próximo Programa<br />
haja uma dinamização muito maior daqui-<br />
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8 SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2012<br />
ATUALIDADE<br />
Espanhóis ganham cada vez men<strong>os</strong><br />
A ri<strong>que</strong>za”per capita” d<strong>os</strong> espanhóis voltou a cair no ano passado, face à média da Zona Euro.<br />
É mais uma das consequências da crise económica, tendo a taxa da<strong>que</strong>le país ficado nove pont<strong>os</strong><br />
abaixo da média da Zona Euro. E ficou um ponto abaixo da média verificada no conjunto<br />
das nações da União Europeia. <strong>Portugal</strong> ficou no 19º lugar, enquanto a Espanha se p<strong>os</strong>icionou<br />
na 13ª p<strong>os</strong>ição. Os mais ric<strong>os</strong> foram <strong>os</strong> luxemburgueses, <strong>os</strong> holandeses e <strong>os</strong> austríac<strong>os</strong>. N<strong>os</strong> três<br />
últim<strong>os</strong> lugares surgiram a Bulgária, a Roménia e a Letónia.<br />
UE “suaviza” exigências sobre idade da reforma<br />
Os ministr<strong>os</strong> das Finanças da União Europeia decidiram retirar a recomendação de Bruxelas<br />
para <strong>os</strong> govern<strong>os</strong> acelerarem a idade da reforma para <strong>os</strong> 67 an<strong>os</strong>. O texto final acabou por ser<br />
reformulado, passando a ser assegurado <strong>que</strong> a idade da reforma deve aumentar em linha com<br />
a esperança de vida. Houve protest<strong>os</strong>, com alguns países a argumentarem <strong>que</strong> aumentar a idade<br />
da reforma iria elevar <strong>os</strong> gast<strong>os</strong> públic<strong>os</strong> ao permitir <strong>que</strong> <strong>os</strong> trabalhadores se inscrevessem<br />
no desemprego antes de começarem a cobrar a pensão.<br />
Rússia lança medidas para captar<br />
investimento estrangeiro<br />
Esta pode ser uma boa oportunidade<br />
para <strong>que</strong>m pretende investir na<br />
Rússia. O presidente Vladimir Putin<br />
anunciou a criação de um pacote de<br />
medidas orientado para <strong>os</strong> investidores<br />
estrangeir<strong>os</strong>. O principal objetivo<br />
passa por restaurar a confiança no<br />
mercado russo por parte d<strong>os</strong> investidores<br />
estrangeir<strong>os</strong>, como fez <strong>que</strong>stão<br />
de salientar.<br />
A Rússia está aberta ao negócio<br />
e o Governo está na disp<strong>os</strong>ição de<br />
avançar com reformas liberais, sobretudo<br />
n<strong>os</strong> âmbit<strong>os</strong> das privatizações<br />
e da corrupção endémica <strong>que</strong> assola<br />
o país. Putin garante <strong>que</strong> está a ser<br />
delineado um programa amplo e de<br />
reformas em larga escala. E conta<br />
com o apoio público para avançar<br />
com as medidas. No entanto, deixou<br />
claro <strong>que</strong> ativ<strong>os</strong> estatais estarão<br />
à venda, mas não acontecerá como<br />
n<strong>os</strong> an<strong>os</strong> noventa, altura das privatizações<br />
massivas e com consequências<br />
bastante negativas para a economia<br />
russa.<br />
Uma coisa é certa, o presidente<br />
Putin pretende <strong>que</strong> <strong>os</strong> investiment<strong>os</strong><br />
estrangeir<strong>os</strong> sejam de longa duração,<br />
ou seja, rejeita o investimento de<br />
curto prazo, “em <strong>que</strong> o otimismo se<br />
pode transformar rapidamente em<br />
pessimismo, levando a saídas de capital<br />
em larga escala”. Todavia, também<br />
faz exigências. Quer <strong>que</strong> se passe das<br />
declarações a uma verdadeira reforma<br />
do Fundo Monetário Internacional e<br />
de outras entidades financeiras, proceder<br />
a uma reforma <strong>que</strong> tenha em<br />
conta o real equilíbrio de poderes.<br />
O presidente russo chama ainda a<br />
atenção para alguns indicadores da<br />
economia russa e <strong>que</strong>, na sua ótica,<br />
são muito p<strong>os</strong>itiv<strong>os</strong> e capazes de<br />
atraírem o necessário investimento<br />
estrangeiro. Desde logo, “a Rússia<br />
está em <strong>melhor</strong> situação económica<br />
do <strong>que</strong> a maioria do mundo desenvolvido”,<br />
sendo <strong>que</strong> apresenta taxas<br />
de crescimento mais elevadas do <strong>que</strong><br />
o resto da Europa, a dívida pública é<br />
mínima e tem a taxa de inflação mais<br />
baixa desde <strong>que</strong> terminou o regime<br />
comunista. Putin também se revela<br />
um forte defensor de uma maior intervenção<br />
por parte d<strong>os</strong> países emergentes<br />
na economia global.<br />
O presidente russo, Vladimir Putin, insiste numa maior intervenção<br />
d<strong>os</strong> países emergentes na economia global.<br />
<br />
<br />
Fed prepara mais ajustament<strong>os</strong><br />
para impulsionar o crescimento<br />
<br />
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<br />
A Reserva Federal d<strong>os</strong> Estad<strong>os</strong> Unid<strong>os</strong><br />
decidiu ampliar o seu programa “Operação<br />
Twist” até ao final do ano, no valor de<br />
267 mil milhões de dólares, face ao abrandamento<br />
do crescimento económico. Para<br />
além deste programa, o banco central está<br />
preparado para adotar outras medidas, outr<strong>os</strong><br />
plano de emissões, por exemplo, se se<br />
considerar necessário.<br />
Acontece <strong>que</strong> a crise europeia está a ter<br />
um pacto negativo no crescimento económico<br />
d<strong>os</strong> Estad<strong>os</strong> Unid<strong>os</strong>, pelo <strong>que</strong> o país<br />
está pronto a tomar novas iniciativas, caso<br />
a situação se compli<strong>que</strong> ainda mais. Relativamente<br />
à crise europeia, a Reserva Federal<br />
g<strong>os</strong>taria <strong>que</strong> f<strong>os</strong>sem adotadas medidas adicionais<br />
e <strong>que</strong> seja feito o p<strong>os</strong>sível para estabilizar<br />
a situação, clarificar <strong>os</strong> compromiss<strong>os</strong><br />
orçamentais e impulsionar o crescimento.<br />
A “Operação Twist” foi utilizada pela Reserva<br />
Federal n<strong>os</strong> an<strong>os</strong> sessenta com o objetivo<br />
de flexibilizar o refinanciamento de hipotecas<br />
e baixar <strong>os</strong> cust<strong>os</strong> d<strong>os</strong> empréstim<strong>os</strong><br />
concedid<strong>os</strong> pela banca. Em setembro, a instituição<br />
voltou a recorrer a este sistema para<br />
estimular a economia. Um d<strong>os</strong> objetiv<strong>os</strong> é<br />
<strong>que</strong> <strong>os</strong> investidores se virem para ativ<strong>os</strong> de<br />
maior risco. Se o mercado mudar, ajudará<br />
ao crescimento. Tem sido uma preocupação<br />
constante da Fed promover estratégias<br />
de crescimento, todavia continua a ser o<br />
país com uma das maiores dívidas externas,<br />
compensada, não raras vezes, por empresas<br />
bastante competitivas.<br />
Empresári<strong>os</strong> alemães men<strong>os</strong> confiantes<br />
A confiança empresarial da Alemanha<br />
tornou a descer pelo segundo mês consecutivo,<br />
em junho, para 105,3 pont<strong>os</strong>, um<br />
valor ligeiramente abaixo d<strong>os</strong> 105,9 pont<strong>os</strong><br />
esperad<strong>os</strong> pel<strong>os</strong> analistas. As estatísticas são<br />
elaboradas pelo Ifo.<br />
Acontece <strong>que</strong> o sentimento empresarial<br />
do motor europeu retrocedeu pelo segundo<br />
mês consecutivo, para o seu nível mais<br />
baixo em dois an<strong>os</strong>. O <strong>que</strong> se ficará a dever<br />
ao agravamento da crise <strong>que</strong> atravessa a Europa<br />
e <strong>que</strong> tem impacto na maior economia<br />
europeia. De facto, a economia germânica<br />
teme as crescentes influências negativas da<br />
crise do euro. A maior parte d<strong>os</strong> países para<br />
<strong>os</strong> quais a Alemanha exporta estão a sentir<br />
dificuldades, o <strong>que</strong> acaba por ter influência<br />
direta no sentimento de confiança d<strong>os</strong><br />
empresári<strong>os</strong> germânic<strong>os</strong>. De notar <strong>que</strong> a<br />
política alemã, por outro lado, tem sido no<br />
sentido de impulsionar o consumo interno.<br />
O <strong>que</strong> tem acontecido até ao momento.
10 SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2012<br />
ATUALIDADE/QREN<br />
Verbas do QREN bem aplicadas na Guimarães Capital<br />
Europeia da Cultura<br />
O grupo de deputad<strong>os</strong> do Parlamento Europeu <strong>que</strong> esteve, recentemente, de visita a Guimarães<br />
considerou <strong>que</strong> <strong>os</strong> fund<strong>os</strong> comunitári<strong>os</strong> atribuíd<strong>os</strong> à Capital Europeia da Cultura<br />
(CEC) Guimarães 2012 “estão a ser bem aplicad<strong>os</strong>”. No entanto, embora “satisfeit<strong>os</strong>”, <strong>os</strong><br />
eurodeputad<strong>os</strong> manifestaram alguma “preocupação” quanto à sustentabilidade e ao futuro d<strong>os</strong><br />
equipament<strong>os</strong> renovad<strong>os</strong> e construíd<strong>os</strong> ao abrigo do evento.<br />
Autarca de Torres Vedras contesta perda de fund<strong>os</strong><br />
comunitári<strong>os</strong><br />
O presidente da Câmara de Torres Vedras contesta a perda de fund<strong>os</strong> comunitári<strong>os</strong> pelo município,<br />
após a reavaliação das prioridades pelo Governo, o <strong>que</strong> deixa comprometidas obras como duas<br />
escolas e o Polis da cidade.”Constata-se <strong>que</strong> o Estado não é sério por<strong>que</strong> a câmara tinha contrat<strong>os</strong><br />
assinad<strong>os</strong> com o Estado e o Governo rasga-<strong>os</strong>, o <strong>que</strong> é inconcebível”, explica a autarquia, <strong>que</strong>,<br />
alegadamente, perde um milhão de eur<strong>os</strong> de fund<strong>os</strong> comunitári<strong>os</strong> já garantid<strong>os</strong> pelo Governo.<br />
<strong>Portugal</strong> é o país <strong>que</strong> mais rápido<br />
<strong>executa</strong> <strong>os</strong> fund<strong>os</strong> comunitári<strong>os</strong><br />
MARTA ARAÚJO<br />
martaaraujo@vidaeconomica.pt<br />
<strong>Portugal</strong> é um d<strong>os</strong> países <strong>que</strong> <strong>melhor</strong><br />
<strong>executa</strong>m <strong>os</strong> fund<strong>os</strong> comunitári<strong>os</strong> do Quadro<br />
de Referência Estratégico Nacional<br />
(QREN). No conjunto d<strong>os</strong> nove Estad<strong>os</strong>membro<br />
com maior dotação global de<br />
fund<strong>os</strong> (mais de 19 mil milhões de eur<strong>os</strong>),<br />
encontra-se em primeiro lugar no <strong>que</strong><br />
concerne a<strong>os</strong> pagament<strong>os</strong> intermédi<strong>os</strong> do<br />
Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional<br />
(FEDER), Fundo de Coesão (FC) e<br />
Fundo Social Europeu (FSE).<br />
Segundo dad<strong>os</strong> divulgad<strong>os</strong> da Direção-<br />
Geral do Orçamento da Comissão Europeia<br />
(DG Budget), <strong>que</strong> dizem respeito a 1<br />
de junho de 2012, <strong>Portugal</strong> (8300,1 M)<br />
mantém-se, em term<strong>os</strong> absolut<strong>os</strong>, no grupo<br />
d<strong>os</strong> quatro países com maiores volumes<br />
de transferências totais da CE a título de<br />
pagament<strong>os</strong> intermédi<strong>os</strong>, conjuntamente<br />
com a Polónia (22 100,4 M), a Espanha<br />
(11 810,0 M) e a Alemanha (9834,2 M).<br />
Numa análise comparativa entre <strong>os</strong><br />
montantes de pagament<strong>os</strong> intermédi<strong>os</strong><br />
transferid<strong>os</strong> pela CE, no âmbito d<strong>os</strong> respetiv<strong>os</strong><br />
QREN, até à<strong>que</strong>la data, e a dotação<br />
programada para o período 2007-2013 de<br />
cada um d<strong>os</strong> 27 EM, <strong>Portugal</strong> já recebeu<br />
8301 M, correspondente a 38,8% da<br />
sua dotação (acima da média da UE27 –<br />
29,1%).<br />
Tendo em conta <strong>os</strong> fund<strong>os</strong>, <strong>os</strong> pagament<strong>os</strong><br />
intermédi<strong>os</strong> <strong>executa</strong>d<strong>os</strong> no Fundo Social<br />
Europeu – 3467,6 M, representam 50,7%<br />
da dotação FSE reprogramada no QREN<br />
para o período 2007-2013, bem acima da<br />
média europeia no FSE, de 32,8%.<br />
Por seu turno, <strong>os</strong> pagament<strong>os</strong> intermédi<strong>os</strong><br />
<strong>executa</strong>d<strong>os</strong> no Fundo Europeu de Desenvolvimento<br />
Regional (FEDER) e Fundo<br />
de Coesão – 4833,3 M – representam<br />
33,2% da dotação reprogramada destes<br />
fund<strong>os</strong> no QREN para 2007-2013, também<br />
acima da média europeia de 28,0%<br />
para estes dois fund<strong>os</strong>.<br />
POPH aplicou cinco mil milhões de eur<strong>os</strong><br />
em formação<br />
MARTA ARAÚJO<br />
martaaraujo@vidaeconomia.pt<br />
O Programa Operacional Potencial Humano<br />
(POPH), <strong>que</strong> funciona ao abrigo do<br />
Quadro de Referência Estratégico Nacional<br />
(QREN), terá concedido formação a<br />
mais de três milhões de pessoas. Na prática,<br />
o mesmo terá alcançado uma taxa de<br />
execução de 56,34%, correspondente a<br />
5,113 mil milhões de eur<strong>os</strong> de despesa já<br />
<strong>executa</strong>da e a uma taxa de compromisso de<br />
73,46%, o <strong>que</strong> equivale a cerca de 6,7 mil<br />
milhões de eur<strong>os</strong> de investimento já comprometido.<br />
Os dad<strong>os</strong> foram apresentad<strong>os</strong>, esta semana,<br />
pelo gestor do POPH, Doming<strong>os</strong><br />
Lopes, numa cerimónia <strong>que</strong> contou com<br />
a presença de Andriana Sukova-T<strong>os</strong>heva,<br />
responsável pela Diretoria Mercado da<br />
Economia Social n<strong>os</strong> Estad<strong>os</strong>-membr<strong>os</strong> no<br />
âmbito do Fundo Social Europeu.<br />
Para Doming<strong>os</strong> Lopes, “<strong>os</strong> indicadores<br />
de desempenho permitem-n<strong>os</strong> fazer um<br />
balanço muito p<strong>os</strong>itivo quanto à adesão<br />
da sociedade portuguesa a process<strong>os</strong> de<br />
formação profissional como resp<strong>os</strong>ta à<br />
adaptação a<strong>os</strong> process<strong>os</strong> tecnológic<strong>os</strong> e às<br />
mudanças organizacionais”. O responsável<br />
do POPH sublinha ainda <strong>que</strong> “podem<strong>os</strong><br />
considerar <strong>que</strong> <strong>Portugal</strong> está na fase<br />
charneira de mudança geracional em <strong>que</strong><br />
o investimento feito n<strong>os</strong> últim<strong>os</strong> an<strong>os</strong> na<br />
qualificação começa a gerar uma dinâmica<br />
de procura incessante de aumento das qualificações<br />
na mais atual população ativa”.<br />
10 eix<strong>os</strong> prioritári<strong>os</strong> e 40 tipologias<br />
de intervenção<br />
As candidaturas aprovadas pelo POPH<br />
representam várias intervenções de <strong>que</strong><br />
são destinatári<strong>os</strong> cidadã<strong>os</strong>, empresas, entidades<br />
formadoras, escolas, universidades,<br />
organizações não governamentais e Administração<br />
Pública. Através de dez eix<strong>os</strong><br />
prioritári<strong>os</strong> organizad<strong>os</strong> em 40 tipologias<br />
de intervenção, o programa atua recorrendo<br />
a vári<strong>os</strong> organism<strong>os</strong> intermédi<strong>os</strong>.<br />
As candidaturas aprovadas abrangeram<br />
165 mil jovens, <strong>que</strong> concluíram curs<strong>os</strong><br />
com dupla certificação, 530 mil adult<strong>os</strong>,<br />
<strong>que</strong> foram certificad<strong>os</strong> através de process<strong>os</strong><br />
de reconhecimento, validação e certificação<br />
de competências ou curs<strong>os</strong> de educação e<br />
formação, perto de 1,7 milhões de adult<strong>os</strong><br />
<strong>que</strong> foram certificad<strong>os</strong> através das formações<br />
modulares, 771.587 trabalhadores em<br />
formação para a inovação e gestão d<strong>os</strong><br />
quais 347.638 são ativ<strong>os</strong> da Administração<br />
Pública, 300 mil estudantes do ensino superior<br />
apoiad<strong>os</strong> com bolsas de ação social,<br />
30 mil jovens <strong>que</strong> concluíram estági<strong>os</strong> profissionais,<br />
46 mil pessoas <strong>que</strong> concluíram<br />
ações de formação para a inclusão social,<br />
das quais perto de 20 mil são pessoas com<br />
deficiência e incapacidades.
SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2012 11<br />
ATUALIDADE<br />
Parceir<strong>os</strong> sociais pedem a Passo Coelho mais tempo<br />
Patrões e sindicat<strong>os</strong> pediram a Pass<strong>os</strong> Coelho <strong>que</strong> negoceie o alargamento<br />
de praz<strong>os</strong> para a redução do défice e <strong>que</strong> pressione a Comissão<br />
Europeia a avançar com medidas concretas de estímulo à economia. A<br />
CIP sublinhou a necessidade de aliviar a carga fiscal das empresas e as<br />
metas orçamentais. A UGT apontou para a promoção do investimento<br />
europeu.<br />
<strong>Portugal</strong> sem ajuda externa a partir de 2015<br />
As reformas estruturais em <strong>Portugal</strong> surtem efeito e o país deverá sustentar<br />
a sua dívida sem ajuda externa a partir de 2015, refere um estudo<br />
publicado pelo Instituto de Política Europeia de Friburgo (CEP),<br />
na Alemanha. O índice CEP das dívidas nacionais coloca <strong>Portugal</strong><br />
ainda em terreno negativo, com men<strong>os</strong> 5,3 pont<strong>os</strong>, mas a subir em<br />
relação ao ano anterior.<br />
GRUPO CH ESTÁ A IMPLEMENTAR PROJETO “DESTROIKA” EM EMPRESAS DE TODO O PAÍS<br />
“A crise é oportunidade de ouro<br />
para valorizar potencial humano”<br />
Uma equipa de<br />
80 colaboradores<br />
permanentes do<br />
Grupo CH e 300<br />
colaboradores extern<strong>os</strong><br />
está a percorrer o país para<br />
implementar o projeto<br />
“Destroika”. Defendem<br />
o aproveitamento das<br />
condições adversas<br />
do mercado para<br />
implementar “mudanças<br />
p<strong>os</strong>itivas” nas empresas,<br />
partindo da valorização<br />
do capital humano<br />
e reconhecendo <strong>que</strong><br />
tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> dias é preciso<br />
estar disponível para<br />
mudar. Só assim se<br />
consegue felicidade nas<br />
organizações, garantem<br />
António Henri<strong>que</strong>s e Rui<br />
Fiolhais, respetivamente<br />
administrador e gestor do<br />
Grupo CH<br />
ANA SANTOS GOMES<br />
anagomes@vidaeconomica.pt<br />
<strong>Vida</strong> Económica – Salvar empresas<br />
e empreg<strong>os</strong> é o grande<br />
objetivo desta iniciativa, preconizando<br />
aquilo <strong>que</strong> chamam<br />
de mudança p<strong>os</strong>itiva. Que mudanças<br />
são estas?<br />
António Henri<strong>que</strong>s (AH) –<br />
Uma das grandes novidades desta<br />
abordagem é o facto de contar<br />
muito com o envolvimento d<strong>os</strong><br />
colaboradores e daí ser “p<strong>os</strong>itiva”.<br />
Não é uma coisa <strong>que</strong> vem de cima.<br />
É fundamentalmente um projeto<br />
de gestão da mudança nas organizações<br />
para procurar reajustá-las ao<br />
contexto atual, <strong>que</strong> é de grande incerteza<br />
e de grande ansiedade, com<br />
tudo o <strong>que</strong> a “troika” n<strong>os</strong> trouxe.<br />
Daí o nome de “Destroika”, para<br />
funcionar como a antítese do <strong>que</strong> o<br />
português sente com a “troika”.<br />
Basicamente, o <strong>que</strong> pretendem<strong>os</strong><br />
fazer é a replicação de um projeto<br />
<strong>que</strong> implementám<strong>os</strong> dentro de<br />
portas. Tudo o <strong>que</strong> fazem<strong>os</strong> testam<strong>os</strong><br />
primeiro em nós própri<strong>os</strong>.<br />
Também aqui o objetivo foi claramente<br />
este: salvar a empresa e empreg<strong>os</strong>.<br />
E não é um projeto de reestruturação<br />
ou “downsizing”. É uma<br />
<strong>que</strong>stão de trazer um novo quadro<br />
mental às organizações.<br />
VE – As crises tendem a abafar<br />
o valor individual de cada<br />
colaborador?<br />
Rui Fiolhais (RF) – A crise <strong>que</strong><br />
estam<strong>os</strong> a viver pode ser uma oportunidade<br />
de ouro para <strong>que</strong> esse potencial<br />
humano venha ao de cima.<br />
A “Destroika” pega no fator de ri<strong>que</strong>za<br />
mais importante <strong>que</strong> as organizações<br />
têm, <strong>que</strong> são as pessoas, a<br />
sua capacidade e sua produtividade,<br />
e faz com <strong>que</strong> essas pessoas estejam<br />
alinhadas com o projeto empresarial,<br />
catapultando a empresa para<br />
um estado p<strong>os</strong>itivo. A grande novidade<br />
neste processo de transformação<br />
organizacional prende-se com<br />
esta capacidade de alinhamento de<br />
vontades em função de um projeto.<br />
VE – Sendo esta mudança<br />
p<strong>os</strong>itiva, para <strong>melhor</strong>, pressupõe<br />
<strong>que</strong> alguma coisa está men<strong>os</strong><br />
bem.<br />
RF - Esse é o primeiro passo. É<br />
um passo de autorreconhecimento.<br />
Nós tem<strong>os</strong> um conjunto de<br />
ferramentas de diagnóstico <strong>que</strong><br />
permitem fazer uma radiografia da<br />
organização, não apenas na perspetiva<br />
puramente técnica, como <strong>os</strong><br />
seus indicadores financeir<strong>os</strong> ou a<br />
sua p<strong>os</strong>ição face ao mercado, mas<br />
também numa perspetiva muito<br />
humana, permitindo um auto reconhecimento<br />
das fragilidades. No<br />
processo da “Destroika” tod<strong>os</strong> estão<br />
envolvid<strong>os</strong>. No n<strong>os</strong>so caso, nós estivem<strong>os</strong><br />
praticamente durante uma<br />
semana, dia e noite, em conjunto<br />
a fazer esse esforço de reflexão. Foi<br />
um esforço partilhado. Só se o envolvimento<br />
de tod<strong>os</strong> for garantido<br />
neste processo da Destroika é <strong>que</strong><br />
é p<strong>os</strong>sível <strong>que</strong> tod<strong>os</strong> p<strong>os</strong>sam<strong>os</strong> beneficiar<br />
d<strong>os</strong> resultad<strong>os</strong> <strong>que</strong> vão ser<br />
atingid<strong>os</strong>. Há aqui uma lógica de<br />
sofrimento e de recompensa.<br />
VE – O tecido empresarial<br />
português é tradicionalmente<br />
pouco flexível e resistente à<br />
mudança. Ainda é assim?<br />
AH – Eu acho <strong>que</strong> acontece<br />
um pouco em todas as organizações,<br />
não são só as portuguesas.<br />
Tipicamente, as organizações são<br />
resistentes à mudança, <strong>que</strong> ainda é<br />
algo pouco acarinhado. Essa é uma<br />
das n<strong>os</strong>sas marcas de ADN. Nós<br />
andam<strong>os</strong> em mudança e perseguim<strong>os</strong><br />
a mudança tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> dias. Por<br />
isso, tem<strong>os</strong> este novo paradigma da<br />
“É nestas alturas <strong>que</strong> se vê quais são as organizações verdadeiramente habilitadas a sobreviver”, alegam Rui Fiolhais<br />
e António Henri<strong>que</strong>s.<br />
empresa <strong>que</strong> olha para a gestão de<br />
pessoas, para pessoas <strong>que</strong> se <strong>que</strong>rem<br />
felizes, vendo a mudança como<br />
algo p<strong>os</strong>itivo, partilhado com compromiss<strong>os</strong><br />
da organização.<br />
VE – Para muitas empresas,<br />
neste momento, o grande foco<br />
está na sobrevivência. Como<br />
se convence um empresário a<br />
ap<strong>os</strong>tar num processo destes<br />
numa altura tão difícil?<br />
RF – Este investimento é inevitável.<br />
Vam<strong>os</strong> usar a metáfora de<br />
um barco <strong>que</strong> está numa situação<br />
muito crítica. Quando essa situação<br />
ocorre há um conjunto de<br />
mei<strong>os</strong> <strong>que</strong> têm de ser atirad<strong>os</strong> para<br />
fora para se conseguir levar o barco<br />
até terra. E esses mei<strong>os</strong> podem<br />
exigir sacrifíci<strong>os</strong>, mas seguramente<br />
exigem investimento, seja de energia,<br />
de tempo ou de equipament<strong>os</strong>.<br />
Se desligar o rádio no mar alto,<br />
dificilmente chega a terra. Se não<br />
houver organização e disciplina,<br />
dificilmente chega a terra. Também<br />
nas empresas, se não fizerm<strong>os</strong> esse<br />
investimento dificilmente obtem<strong>os</strong><br />
também a recompensa. Querem<strong>os</strong><br />
garantir <strong>que</strong> é p<strong>os</strong>sível nestas<br />
condições adversas aproveitar esta<br />
oportunidade para regenerar organizações<br />
e fazer delas organizações<br />
<strong>que</strong> p<strong>os</strong>sam acrescentar valor, atingir<br />
resultad<strong>os</strong> e sobretudo trazer felicidade<br />
às pessoas. E onde <strong>os</strong> níveis<br />
de satisfação são extremamente elevad<strong>os</strong>.<br />
Uma das chaves do sucesso<br />
da “Destroika” é <strong>que</strong>, a um dado<br />
passo, tod<strong>os</strong> nós vam<strong>os</strong> assinar uns<br />
contrat<strong>os</strong> de compromisso em <strong>que</strong><br />
estam<strong>os</strong> tod<strong>os</strong> alinhad<strong>os</strong> com <strong>os</strong><br />
objetiv<strong>os</strong> <strong>que</strong> individual e coletivamente<br />
devem<strong>os</strong> atingir.<br />
VE – E têm encontrado empresári<strong>os</strong><br />
disponíveis para essa<br />
mudança?<br />
RF – Estam<strong>os</strong> a lançar uma campanha<br />
nacional de enorme envergadura.<br />
Vam<strong>os</strong> estar em 14 capitais de<br />
distrito e, felizmente, tem<strong>os</strong> encontrado<br />
uma ressonância muito p<strong>os</strong>itiva<br />
junto d<strong>os</strong> n<strong>os</strong>s<strong>os</strong> empresári<strong>os</strong> e<br />
das associações empresariais. E sintoma<br />
disso é o facto de as associações<br />
empresariais, à escala regional,<br />
serem, elas próprias, parceiras do<br />
n<strong>os</strong>so grupo, abrindo as suas portas<br />
para receber empresári<strong>os</strong> <strong>que</strong> já<br />
manifestaram interesse em acompanhar<br />
este movimento nacional<br />
de “Destroika”.<br />
VE – Esperam encontrar algum<br />
ceticismo?<br />
RF – É incontornável. É o dia-<br />
-a-dia nas empresas. Ceticismo é a<br />
primeira barreira a ser vencida num<br />
processo desta natureza. Por isso é<br />
<strong>que</strong> estam<strong>os</strong> empenhad<strong>os</strong> em pessoalmente<br />
percorrer o país todo levando<br />
a “Destroika”. Onde houver<br />
ceticismo haverá uma “Destroika”.<br />
AH – As organizações têm de<br />
acreditar <strong>que</strong> é p<strong>os</strong>sível mudar e<br />
têm de estar envolvidas e disponíveis<br />
para isso. E vão reinventar-se<br />
quantas vezes? Tantas quantas as<br />
necessárias. Os contrat<strong>os</strong> de compromisso<br />
podem ser revist<strong>os</strong> por<strong>que</strong><br />
tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> dias as coisas mudam.<br />
VE – Depois da crise, a gestão<br />
será diferente?<br />
AH – Ela já está a ser diferente<br />
tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> dias. Está a pôr em stress<br />
permanente a n<strong>os</strong>sa capacidade de<br />
gestão. Está a obrigar-n<strong>os</strong> a ser criativ<strong>os</strong>.<br />
VE – Há lições <strong>que</strong> se estão a<br />
aprender agora e <strong>que</strong> vão ficar<br />
para o futuro?<br />
AH – Nunca a gestão por abundância<br />
foi virtu<strong>os</strong>a. É o ponto de<br />
partida. Acho <strong>que</strong> é nestas alturas<br />
<strong>que</strong> se vê quais são as organizações<br />
verdadeiramente habilitadas a sobreviver.<br />
Para <strong>que</strong>m g<strong>os</strong>ta de desconforto,<br />
esta altura é riquíssima.<br />
Obriga as empresas a renovar-se e<br />
recriar-se. Isso é fantástico.<br />
VE – Defendem um projeto<br />
para tornar <strong>os</strong> v<strong>os</strong>s<strong>os</strong> clientes<br />
empresas sustentáveis. Como<br />
definem sustentabilidade?<br />
RF – O <strong>que</strong> se pretende aqui é<br />
naturalmente uma lógica de sustentabilidade<br />
económica. Porquê?<br />
Tem<strong>os</strong> de perceber a fase em <strong>que</strong> vivem<strong>os</strong>.<br />
Não é p<strong>os</strong>sível entrar numa<br />
empresa em <strong>que</strong> a gestão de topo<br />
tenha uma visão redutora sobre as<br />
pessoas e <strong>que</strong> ache <strong>que</strong> a solução<br />
não passe pelas pessoas. Não é p<strong>os</strong>sível.<br />
A <strong>que</strong>stão da sustentabilidade<br />
preocupa-me enquanto administrador<br />
de empresa: não ter salári<strong>os</strong><br />
em atraso, garantir um projeto sólido<br />
às pessoas e estável para <strong>que</strong> as<br />
pessoas saibam <strong>que</strong> vão ter emprego<br />
e <strong>que</strong> não há ansiedade e incerteza.<br />
A parte económica é a<strong>que</strong>la <strong>que</strong><br />
é mais crítica neste momento, sem<br />
sacrificar a parte social e humana. A<br />
parte ambiental vem por acréscimo.
12 SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2012<br />
ATUALIDADE/Opinião<br />
Abert<strong>os</strong> concurs<strong>os</strong> do Sétimo Programa-Quadro da UE<br />
Foram publicadas as “calls” <strong>que</strong> abrirão em julho, no âmbito do Sétimo Programa-Quadro da<br />
União Europeia, em matéria de investigação e desenvolvimento tecnológico (designado por<br />
FP7). O <strong>que</strong> está em causa é o apoio a projet<strong>os</strong> de investigação e desenvolvimento, através da<br />
cooperação entre empresas, entidades públicas, universidades e institut<strong>os</strong>. O programa está<br />
vocacionado para a investigação e o desenvolvimento nas mais diversas áreas, desde a saúde<br />
até ao ambiente, passando pelas tecnologias da informação e comunicação.<br />
CESE apoia imp<strong>os</strong>to sobre transações financeiras<br />
O Comité Económico e Social Europeu (CESE) deu um parecer p<strong>os</strong>itivo sobre a prop<strong>os</strong>ta de<br />
diretiva do Conselho relativo a um sistema comum de imp<strong>os</strong>to sobre as transações financeiras.<br />
As taxas mínimas aplicáveis à matéria coletável devem variar entre 0,1% e 0,01%. Este<br />
imp<strong>os</strong>to será aplicável a todas as transações financeiras <strong>que</strong> envolvam entidades financeiras,<br />
transações no mercado primário e transações cambiais à vista. Os govern<strong>os</strong> poderão optar por<br />
aplicarem taxas mais elevadas do <strong>que</strong> as mínimas estabelecidas.<br />
FRANCISCO JAIME QUESADO<br />
Especialista em Estratégia, Inovação<br />
e Competitividade<br />
FRANCISCO LOPES DA FONSECA<br />
Administrador Executivo da Mind Source<br />
COM A SUA MORTE FICOU A FALTAR UM SENTIDO DE AMBIÇÃO PARA UM FUTURO MELHOR<br />
O exemplo de Diogo Vasconcel<strong>os</strong><br />
Faz um ano <strong>que</strong> morreu Diogo<br />
Vasconcel<strong>os</strong>. Uma morte<br />
inesperada, <strong>que</strong> a tod<strong>os</strong> deixou<br />
perplex<strong>os</strong>. Diogo Vasconcel<strong>os</strong><br />
foi sobretudo um exemplo. E <strong>os</strong><br />
exempl<strong>os</strong>, mais do <strong>que</strong> nunca,<br />
importam em <strong>Portugal</strong> neste tempo<br />
de crise. Diogo Vasconcel<strong>os</strong> soube<br />
como ninguém dar o seu <strong>melhor</strong><br />
pelo projeto de um <strong>Portugal</strong><br />
inovador e ambici<strong>os</strong>o e a honra d<strong>os</strong><br />
<strong>que</strong> como eu fizeram parte do seu<br />
círculo de amig<strong>os</strong> mais próxim<strong>os</strong><br />
vai ficar para sempre na memória<br />
das coisas <strong>que</strong> vale sempre a pena<br />
recordar. Diogo Vasconcel<strong>os</strong> era<br />
uma pessoa com uma inteligência<br />
rara, uma visão única do futuro,<br />
<strong>que</strong> dedicou toda uma vida de<br />
conhecimento e sabedoria a<br />
interpretar a realidade dum país<br />
<strong>que</strong> amava e <strong>que</strong> sabia <strong>que</strong> não se<br />
conseguia encontrar com o futuro.<br />
Diogo Vasconcel<strong>os</strong> defendia<br />
fortemente uma “cultura<br />
empreendedora”para <strong>Portugal</strong>.<br />
A matriz comportamental<br />
da população socialmente<br />
ativa do n<strong>os</strong>so país é avessa ao<br />
risco, à ap<strong>os</strong>ta na inovação e<br />
à partilha de uma cultura de<br />
dinâmica p<strong>os</strong>itiva. Importa por<br />
isso mobilizar as capacidades<br />
p<strong>os</strong>itivas de criação de ri<strong>que</strong>za.<br />
Fazer do empreendedorismo<br />
a alavanca duma nova criação<br />
de valor <strong>que</strong> conte no mercado<br />
global d<strong>os</strong> produt<strong>os</strong> e serviç<strong>os</strong><br />
verdadeiramente transacionáveis<br />
sempre foi uma das grandes ideias<br />
de Diogo Vasconcel<strong>os</strong> na sua<br />
batalha pela modernidade.<br />
Diogo Vasconcel<strong>os</strong> era um homem<br />
da inovação. A falta de ambição<br />
e de um sentido de futuro, sem<br />
respeito pel<strong>os</strong> fatores “tempo” e<br />
“qualidade”, não era para Diogo<br />
Vasconcel<strong>os</strong> tolerável n<strong>os</strong> nov<strong>os</strong><br />
temp<strong>os</strong> globais. Segundo as suas<br />
sábias palavras, precisam<strong>os</strong> de<br />
novas ideias, de novas soluções, de<br />
projetar na sociedade o exercício<br />
da responsabilidade individual<br />
de forma aberta e participada.<br />
O Diogo era um homem onde<br />
a vontade de fazer coisas novas e<br />
diferentes corria à velocidade do<br />
som. Diogo Vasconcel<strong>os</strong> soube<br />
<strong>melhor</strong> do <strong>que</strong> ninguém interpretar<br />
o sentido do tempo e a importância<br />
de se ser diferente num mundo<br />
onde tudo é cada vez mais igual.<br />
Diogo Vasconcel<strong>os</strong> era um homem<br />
da sociedade do conhecimento. A<br />
ausência da prática de uma “cultura<br />
de cooperação” tem-se revelado<br />
mortífera para a sobrevivência<br />
das organizações e também aqui<br />
Diogo Vasconcel<strong>os</strong> foi sempre<br />
muito claro. Na sociedade do<br />
conhecimento sobrevive <strong>que</strong>m<br />
consegue ter escala e participar,<br />
com valor, nas grandes redes de<br />
decisão. Num país pe<strong>que</strong>no, as<br />
empresas, as universidades, <strong>os</strong><br />
centr<strong>os</strong> de competência polític<strong>os</strong><br />
têm <strong>que</strong> protagonizar uma<br />
lógica de “cooperação p<strong>os</strong>itiva<br />
em competição” para evitar o<br />
desaparecimento. Por isso, importa<br />
potenciar e verdadeiramente<br />
reforçar uma “capacidade de<br />
cooperação” p<strong>os</strong>itiva, com<br />
dimensão estratégica capaz de se<br />
consolidar a médio prazo.<br />
Diogo Vasconcel<strong>os</strong> foi a voz mais<br />
genial e inovadora de uma geração.<br />
Uma geração <strong>que</strong> não se resigna à<br />
passividade e <strong>que</strong> sempre pactuou<br />
pela ambição da diferença. Conheci<br />
o Diogo em plena vida universitária<br />
e partilhám<strong>os</strong> durante tod<strong>os</strong> estes<br />
an<strong>os</strong> experiências e cumplicidades<br />
únicas. A vida do Diogo foi uma<br />
vida rápida mas com sentido.<br />
Tod<strong>os</strong> nós n<strong>os</strong> podem<strong>os</strong> orgulhar<br />
de ter feito parte dela. Tenho<br />
muito orgulho em ter sido amigo<br />
do Diogo e de ter no seu exemplo<br />
um referencial único <strong>que</strong> faz neste<br />
tempo de crise e de incerteza dar<br />
algum sentido à vida.<br />
A importância<br />
do endomarketing<br />
nas organizações de sucesso<br />
Se na sua organização<br />
tem g<strong>os</strong>to em tratar<br />
<strong>os</strong> seus colaboradores<br />
tão bem como <strong>os</strong> seus<br />
clientes, já terá certamente<br />
pensado em iniciativas de<br />
“endomarketing”.<br />
Não vale a pensa utilizar a<br />
crise como desculpa, a <strong>que</strong>stão<br />
é mesmo valorizar as pessoas<br />
como fundamentais, como<br />
parte integrante da cadeia de<br />
valor do <strong>que</strong> a sua empresa<br />
oferece. Também só assim<br />
poderá captar <strong>os</strong> <strong>melhor</strong>es,<br />
a<strong>que</strong>les <strong>que</strong> também<br />
estão disp<strong>os</strong>t<strong>os</strong> a devolver<br />
reciprocamente aquilo <strong>que</strong><br />
encontra no seu dia a dia<br />
projet<strong>os</strong> preferem <strong>que</strong> <strong>os</strong><br />
lucr<strong>os</strong> venham mais cedo,<br />
e, se p<strong>os</strong>sível, investir em<br />
empresas <strong>que</strong> libertem<br />
cresciment<strong>os</strong> de 3 dígit<strong>os</strong>.<br />
Claro <strong>que</strong> isso só acontece<br />
n<strong>os</strong> EUA, onde <strong>os</strong> lucr<strong>os</strong> de<br />
uma empresa em cada dez<br />
compensam as nove outras<br />
<strong>que</strong> acabam por falir, sendo<br />
<strong>que</strong> no longo termo ainda<br />
não existe um capital de risco<br />
<strong>que</strong> tenha compensado esses<br />
model<strong>os</strong>. Na Europa falám<strong>os</strong><br />
muit<strong>os</strong> an<strong>os</strong> de investir em<br />
projet<strong>os</strong> duráveis no tempo,<br />
e muitas foram as grandes<br />
organizações de sucesso <strong>que</strong><br />
cresceram com base n<strong>os</strong><br />
Não vale a pensa utilizar a crise como<br />
desculpa, a <strong>que</strong>stão é mesmo valorizar as<br />
pessoas como fundamentais, como parte<br />
integrante da cadeia de valor do <strong>que</strong> a sua<br />
empresa oferece.<br />
Como aumentar a eficácia da sua equipa de vendas?<br />
O ponto de partida para o sucesso<br />
da sua equipa de vendas reside<br />
no facto de tod<strong>os</strong> acreditarem<br />
n<strong>os</strong> objetiv<strong>os</strong> <strong>que</strong> traçaram e <strong>que</strong><br />
interiorizaram como uma meta <strong>que</strong><br />
consideram importante e sua, e pela<br />
qual vão lutar.<br />
Quando cada um d<strong>os</strong> element<strong>os</strong><br />
da sua equipa de vendas torna<br />
seus <strong>os</strong> objetiv<strong>os</strong> definid<strong>os</strong>, obterá<br />
deles o sentido de urgência e o<br />
comprometimento necessário.<br />
O empresário pode criar todas<br />
as condições à sua equipa de<br />
vendas. Contudo, <strong>que</strong>m conduz<br />
cada um d<strong>os</strong> process<strong>os</strong> negociais<br />
é o vendedor. É o vendedor <strong>que</strong><br />
imprime o ritmo, a focalização e<br />
a determinação. A atitude de cada<br />
um d<strong>os</strong> seus vendedores é um<br />
aspeto crucial para a obtenção de<br />
resultad<strong>os</strong>.<br />
Trace um plano objetivo de<br />
abordagem d<strong>os</strong> seus clientes atuais.<br />
Defina grup<strong>os</strong> de clientes em<br />
função do volume de negóci<strong>os</strong> <strong>que</strong><br />
lhe proporcionam, da periodicidade<br />
AZUIL BARROS<br />
Especialista no Crescimento de Negóci<strong>os</strong><br />
Partner&Diretor Geral<br />
www.QuantumCrescimentoNegoci<strong>os</strong>.com<br />
das compras e do número de<br />
vezes <strong>que</strong> fazem compras na sua<br />
empresa. Estratifi<strong>que</strong> a atenção<br />
<strong>que</strong> vai dedicar a cada um destes<br />
segment<strong>os</strong> – dedi<strong>que</strong> 80% da sua<br />
energia a<strong>os</strong> 20% de clientes <strong>que</strong> lhe<br />
proporcionam um maior retorno.<br />
Procure nov<strong>os</strong> clientes. Defina<br />
primeiro o <strong>que</strong> <strong>que</strong>r e por<strong>que</strong><br />
é <strong>que</strong> <strong>os</strong> nov<strong>os</strong> clientes haverão<br />
de <strong>que</strong>rer fazer negócio consigo.<br />
Defina segment<strong>os</strong> alvo em função<br />
da dimensão d<strong>os</strong> segment<strong>os</strong>, da<br />
acessibilidade a estes nov<strong>os</strong> clientes<br />
e se estão em condições para lhe<br />
fazer as futuras compras.<br />
Quando aborda <strong>os</strong> seus clientes,<br />
defina bem aquilo <strong>que</strong> lhes <strong>que</strong>r<br />
dizer, – como é <strong>que</strong> lhes pode<br />
criar valor? Não deixe <strong>que</strong> <strong>os</strong><br />
seus clientes ponderem outr<strong>os</strong><br />
fornecedores alternativ<strong>os</strong>.<br />
Aperfeiçoe continuamente o seu<br />
conhecimento sobre o processo<br />
de vendas. Analise se está bem<br />
preparado. Nas vendas, ou se está<br />
preparado ou não se está, não<br />
existe meio-termo: ou se prepara<br />
para vencer ou está preparado para<br />
falhar.<br />
Faça sempre o seguimento d<strong>os</strong> seus<br />
clientes. É a tenacidade e a sua<br />
persistência criativa <strong>que</strong> vão vender.<br />
O comprometimento e a disciplina<br />
são <strong>os</strong> atribut<strong>os</strong> <strong>que</strong> lhe trarão <strong>os</strong><br />
resultad<strong>os</strong>. Se pretende obter uma<br />
performance elevada, tem <strong>que</strong><br />
manter o seu comprometimento<br />
tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> dias. É a sua determinação<br />
<strong>que</strong> lhe trará a capacidade de<br />
alcançar <strong>os</strong> objetiv<strong>os</strong> <strong>que</strong> aceitou<br />
abraçar.<br />
As suas excelentes capacidades<br />
como vendedor e o conhecimento<br />
sólido do produto de nada lhe<br />
servem quando desacompanhadas<br />
da atitude certa.<br />
Citando Walter Gagehot, “um d<strong>os</strong><br />
grandes prazeres na vida é o de fazer<br />
coisas <strong>que</strong> <strong>os</strong> outr<strong>os</strong> n<strong>os</strong> dizem <strong>que</strong><br />
não som<strong>os</strong> capazes!”<br />
Comece já e colo<strong>que</strong> a Sua<br />
Empresa um passo à frente da sua<br />
concorrência!<br />
de trabalho. Só quando<br />
um excelente profissional<br />
encontra outr<strong>os</strong> é <strong>que</strong> se<br />
poderá rever na equipa, e até<br />
potenciar amb<strong>os</strong>.<br />
Sendo o “endomarketing”<br />
uma das mais recentes<br />
disciplinas da gestão,<br />
procura adaptar estratégias<br />
e element<strong>os</strong> do marketing<br />
tradicional, normalmente<br />
utilizado pelas empresas para<br />
abordagens ao mercado, para<br />
uso no ambiente interno das<br />
organizações. E “vender”<br />
um produto, uma ideia,<br />
um p<strong>os</strong>icionamento de<br />
marketing para um talento<br />
da sua equipa passa a ser tão<br />
importante quanto para um<br />
cliente. Significa torná-lo<br />
aliado no negócio, responsável<br />
pelo sucesso da empresa e<br />
igualmente preocupado com o<br />
seu desempenho.<br />
Existem diversas formas de o<br />
fazer, umas mais oner<strong>os</strong>as <strong>que</strong><br />
outras, mas certamente não é<br />
por isso <strong>que</strong> as empresas não<br />
aplicam o “endomarketing”.<br />
Sobretudo por<strong>que</strong> são<br />
sempre opções de médio e<br />
longo prazo, e a maioria das<br />
empresas não estão ainda<br />
no ponto de investir para<br />
o futuro nas suas pessoas.<br />
Os principais acionistas d<strong>os</strong><br />
talent<strong>os</strong> <strong>que</strong> reuniram em<br />
seu torno, mas o futuro deste<br />
modelo, apesar de sustentado,<br />
é agora incerto por ausência<br />
de <strong>que</strong>m o apli<strong>que</strong> bem,<br />
gerando empresas descartáveis<br />
e sem valor económico.<br />
Só pensando de forma<br />
sustentada é p<strong>os</strong>sível olhar<br />
para a importância das<br />
pessoas sem <strong>que</strong> não passe<br />
apenas de comunicação<br />
apelativa. O mais importante<br />
é <strong>que</strong> as suas pessoas falem<br />
bem da empresa a outr<strong>os</strong><br />
depois de lá estarem, e de<br />
preferência, muito bem dela<br />
vári<strong>os</strong> an<strong>os</strong> depois de lá terem<br />
passado. Os verdadeir<strong>os</strong><br />
embaixadores das empresas<br />
são <strong>os</strong> seus própri<strong>os</strong> talent<strong>os</strong>,<br />
<strong>que</strong> ajudam a passar a<br />
confiança a<strong>os</strong> clientes no dia<br />
a dia. Os bons profissionais<br />
são muito exigentes de<br />
fidelizar, pois também são<br />
eles <strong>os</strong> clientes mais exigentes<br />
nas suas decisões de compra.<br />
Trabalhar com pessoas<br />
exigentes é também uma<br />
garantia de poder oferecer<br />
essa mesma exigência a<strong>os</strong><br />
seus clientes, o <strong>que</strong> faz com<br />
<strong>que</strong> o seu endomarketing<br />
só seja aceite, percecionado<br />
e aplicado se for realmente<br />
respeitado como verdadeiro.
SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2012 13<br />
PUB<br />
NEGÓCIOS E EMPRESAS<br />
UNIVERSIDADE PORTUCALENSE DESENVOLVE FORMAÇÃO E OFERTA DE SERVIÇOS NO MERCADO<br />
Conservação e Restauro cria emprego<br />
e oportunidades de empreendedorismo<br />
A atividade de<br />
conservação e restauro<br />
tem um potencial de<br />
criação de p<strong>os</strong>t<strong>os</strong> de<br />
trabalho e de novas<br />
empresas <strong>que</strong> ainda<br />
está pouco explorado<br />
– considera Fátima<br />
Silva, professora<br />
da Universidade<br />
Portucalense.<br />
Ao contrário do <strong>que</strong> acontece<br />
com outr<strong>os</strong> setores de actividade,<br />
a conservação e restauro não exige<br />
investiment<strong>os</strong> elevad<strong>os</strong> para <strong>que</strong>m<br />
pretende entrar neste mercado<br />
com qualificações e competências,<br />
onde a oferta ainda é limitada.<br />
A conservação e restauro abrange<br />
áreas tão diversas como a<br />
construção, mobiliário, cerâmica,<br />
livr<strong>os</strong>, instrument<strong>os</strong> musicais,<br />
automóveis, e não está confinada<br />
ao mercado nacional. É p<strong>os</strong>sível<br />
exportar serviç<strong>os</strong> de conservação e<br />
restauro.<br />
Fátima Silva considera importante<br />
estabelecer a ligação entre a<br />
formação e a oferta e serviç<strong>os</strong> nesta<br />
área, proporcionando oportunidades<br />
de emprego e de criação de<br />
pe<strong>que</strong>nas empresas.<br />
No âmbito da Licenciatura de<br />
Conservação e Restauro <strong>os</strong> alun<strong>os</strong><br />
desenvolvem durante o ano lectivo<br />
e mesmo n<strong>os</strong> meses de férias de verão<br />
divers<strong>os</strong> estági<strong>os</strong> na Clinica de<br />
Conservação e Restauro, em complemento<br />
à formação <strong>que</strong> recebem,<br />
“A Clínica de Conservação<br />
e Restauro (CCR) é uma unidade<br />
funcional do Departamento de<br />
Ciências da Educação e Património<br />
destinada ao apoio pedagógico<br />
d<strong>os</strong> cicl<strong>os</strong> de estud<strong>os</strong> em Conservação<br />
e Restauro e à prestação de<br />
serviç<strong>os</strong> de Conservação e Restauro<br />
pela UPT” – afirma.<br />
Existem igualmente vagas para<br />
alun<strong>os</strong> extern<strong>os</strong>, estando mesmo<br />
neste momento a decorrer praz<strong>os</strong><br />
de inscrições nas diversas escolas<br />
secundárias e profissionais do país<br />
para estági<strong>os</strong> de verão, para concurso<br />
de logotipo do Infante D.<br />
Henri<strong>que</strong>.<br />
Durante o decorrer da licenciatura<br />
são também seleccionad<strong>os</strong> alguns<br />
alun<strong>os</strong>, rotativamente, alun<strong>os</strong><br />
esses remunerad<strong>os</strong>, para participarem<br />
em trabalh<strong>os</strong> de conservação<br />
e restauro naturalmente sempre<br />
acompanhad<strong>os</strong> por professores e<br />
técnic<strong>os</strong> devidamente habilitad<strong>os</strong>.<br />
Paralelamente é proporcionada<br />
formação em contexto de trabalho<br />
em muitas e diversas entidades e<br />
empresas protocoladas, permitindo<br />
o contacto directo com o<br />
mundo profissional. Alguns destes<br />
estági<strong>os</strong> são inclusivamente remunerad<strong>os</strong>,<br />
havendo um conjunto de<br />
entidades e empresas <strong>que</strong> têm protocolo<br />
com a Universidade Portucalense.<br />
A Clínica de Conservação e Restauro<br />
(CCR) pode também ceder<br />
espaço para criação de empresas a<br />
alun<strong>os</strong> ou ex-alun<strong>os</strong>, entre outras<br />
Saídas profissionais incluem<br />
organism<strong>os</strong> públic<strong>os</strong> e empresas<br />
privadas<br />
Os licenciad<strong>os</strong> em Conservação e Restauro têm a p<strong>os</strong>sibilidade de<br />
encontrar trabalho junto de várias instituições públicas e privadas.<br />
Na medida em <strong>que</strong> <strong>Portugal</strong> é um país com história e património, o<br />
trabalho nesta área tem condições para aumentar,<br />
• Instituições <strong>que</strong> tutelam e conservam património: como a nova<br />
Direção Geral do Património Cultural; as Delegações Regionais da<br />
Cultura, IMC (Instituto d<strong>os</strong> Museus e da Conservação), ANTT/Torre<br />
do Tombo, Biblioteca Nacional de <strong>Portugal</strong>, etc.<br />
• Órgã<strong>os</strong> da administração central, regional e local<br />
• Arquiv<strong>os</strong>, Museus, Bibliotecas e Galerias<br />
• Empresas ou organism<strong>os</strong> de consultoria técnica em conservação e<br />
restauro do património<br />
• Instituições e empresas com atividade nas áreas de Turismo<br />
• Empresas especializadas em Ar<strong>que</strong>ologia<br />
• Empresas especializadas em valorização do património<br />
• Igreja e instituições relacionadas com património religi<strong>os</strong>o<br />
• Grup<strong>os</strong> privad<strong>os</strong> com atividade nas áreas de difusão e intervenção<br />
no património<br />
• Grup<strong>os</strong> privad<strong>os</strong> com atividade na área da conservação, e<br />
restauro, desde antiquári<strong>os</strong> a empresas de construção civil<br />
• Criação de empresa própria<br />
“A<strong>os</strong> alun<strong>os</strong> de Conservação e Restauro é proporcionada formação em contexto de trabalho em diversas entidades e<br />
empresas protocoladas” – refere Fátima Silva.<br />
pessoas, protocoladas temporariamente<br />
e com p<strong>os</strong>sibilidade de renovação<br />
de contrato.<br />
Formação orientada para a<br />
prática<br />
A licenciatura de Conservação<br />
e Restauro da Universidade Portucalense<br />
pretende formar profissionais<br />
científica e tecnicamente<br />
habilitad<strong>os</strong> para a preservação do<br />
património, seja através da criação<br />
da própria empresa ou inserção no<br />
mercado de trabalho.<br />
O ciclo de estud<strong>os</strong> foi adaptado<br />
às exigências da procura, p<strong>os</strong>suindo<br />
considerável carga laboratorial.<br />
É traçado um percurso <strong>que</strong> incide<br />
nas <strong>que</strong>stões éticas, técnicas e metodológicas,<br />
aplicadas à conservação<br />
e ao restauro d<strong>os</strong> divers<strong>os</strong> bens<br />
culturais, culminando em práticas<br />
especializadas sobre materiais orgânic<strong>os</strong><br />
e inorgânic<strong>os</strong>.<br />
Promove-se a frequência de estági<strong>os</strong><br />
intern<strong>os</strong> n<strong>os</strong> laboratóri<strong>os</strong> da<br />
Clínica de Conservação e Restauro<br />
da Universidade, onde <strong>os</strong> alun<strong>os</strong>,<br />
devidamente acompanhad<strong>os</strong> por<br />
docentes e técnic<strong>os</strong>, têm realizado<br />
inúmeras intervenções. É proporcionada<br />
também formação em<br />
contexto de trabalho em entidades<br />
e empresas protocoladas, permitindo<br />
o contacto directo com o<br />
mundo profissional.<br />
Entre <strong>os</strong> vári<strong>os</strong> trabalh<strong>os</strong> desenvolvid<strong>os</strong><br />
n<strong>os</strong> laboratóri<strong>os</strong> da Clínica<br />
CR, destacam-se as intervenções<br />
realizadas em azulej<strong>os</strong> e cerâmicas<br />
de proveniência nacional, europeia<br />
e oriental (terracotas atribuídas à<br />
dinastia Tang e peças da Companhia<br />
das Índias), assim como em<br />
esculturas, pinturas (com desta<strong>que</strong><br />
para um auto retrato da pintora<br />
Aurélia de Souza) e document<strong>os</strong><br />
gráfic<strong>os</strong>.<br />
Finda a formação do 1º ciclo,<br />
o licenciado pode optar por uma<br />
das diversas pós-graduações ou frequência<br />
do 2º ciclo/mestrado.<br />
O mestrado concede particular<br />
ênfase à vertente técnica e metodológica<br />
da prática laboratorial,<br />
numa área específica da preferência<br />
do aluno. O plano curricular está<br />
orientado para a investigação e intervenção<br />
em materiais orgânic<strong>os</strong><br />
e inorgânic<strong>os</strong> – destacando-se, tal<br />
como no 1º ciclo, as áreas da documentação<br />
gráfica, da reabilitação<br />
do património integrado e arquitetura,<br />
da arte contemporânea e das<br />
novas tecnologias aplicadas à conservação<br />
e restauro. Contudo, o 2º<br />
ciclo de estud<strong>os</strong> orienta-se para um<br />
conhecimento mais especializado<br />
e rigor<strong>os</strong>o, segundo critéri<strong>os</strong> étic<strong>os</strong><br />
reconhecid<strong>os</strong>.<br />
A<strong>os</strong> alun<strong>os</strong> é facultado o desenvolvimento<br />
de um conjunto de<br />
técnicas de exame e análise, mediante<br />
a utilização de equipament<strong>os</strong><br />
existentes n<strong>os</strong> laboratóri<strong>os</strong> e/ou<br />
facultad<strong>os</strong> através de protocol<strong>os</strong><br />
celebrad<strong>os</strong> com outras instituições.<br />
Acompanhando a evolução de<br />
novas técnicas, materiais e recorrendo<br />
simultaneamente ao conhecimento<br />
e aplicação de process<strong>os</strong><br />
tradicionais, pretende-se garantir,<br />
com coerência e fidelidade, a perpetuação<br />
do património<br />
Acesso à licenciatura e mestrado é<br />
p<strong>os</strong>sível para adult<strong>os</strong> sem o 12.º ano<br />
A licenciatura e mestrado em Conservação e Restauro dirigem-se a<br />
jovens <strong>que</strong> completam o ensino secundário mas também é acessível a<br />
maiores de 23 an<strong>os</strong>, sem o 12.º ano.<br />
• Candidat<strong>os</strong> com o 12º ano de escolaridade<br />
• Candidat<strong>os</strong> com habilitações estrangeiras<br />
• Candidat<strong>os</strong> no regime de condições especiais:<br />
• Titulares de Curso Superior Médio ou Pós-Secundário,<br />
• Mudança de curso,<br />
• Transferência<br />
• Reingresso<br />
• Candidat<strong>os</strong> <strong>que</strong> tenham completado 23 an<strong>os</strong> até 31 de<br />
Dezembro de 2011 e <strong>que</strong> p<strong>os</strong>suam quais<strong>que</strong>r habilitações de<br />
ensino.
14 SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2012<br />
NEGÓCIOS E EMPRESAS<br />
Goodyear lança aplicação de segurança rodoviária<br />
A Goodyear anunciou o lançamento de uma nova<br />
aplicação de segurança rodoviária para iPhone e Android,<br />
disponível em 25 países da Europa. A nova<br />
aplicação, lançada antes das férias de Verão, tem por<br />
objetivo prestar assistência a milhões de pessoas <strong>que</strong><br />
planeiam ir de férias e fazer-se à estrada entre Julho e Setembro.<br />
Starwood distingue diretor de vendas e marketing<br />
do Sheraton<br />
A Starwood Hotels & Resorts Worldwide atribuiu recentemente a sua mais importante distinção<br />
de carreira no grupo a Jorge Lopes, diretor de vendas e marketing do Sheraton Algarve<br />
Hotel. O prémio “Starwood President’s Award” é anual e representa o mérito e excelência do<br />
trabalho desenvolvido nas unidades hoteleiras do grupo, tendo como objetivo reconhecer o<br />
desempenho de um colaborador Starwood.<br />
Or<strong>que</strong>stra do Norte apresenta<br />
Noite Lírica na Casa da Prelada<br />
A Or<strong>que</strong>stra do Norte vai<br />
apresentar a segunda edição<br />
do concerto Noite Lírica, a<br />
qual decorre na Casa da Prelada,<br />
no Porto. O concerto<br />
ocorre no próximo dia 6 de<br />
julho, pelas 21.30 horas, sob<br />
a direção do maestro Ferreira<br />
Lobo.<br />
Pelo segundo ano consecutivo,<br />
a Santa Casa da Misericórdia<br />
do Porto associa-se à Or<strong>que</strong>stra<br />
do Norte para celebrar<br />
a música.<br />
O programa do concerto<br />
incidirá sobre temas do teatro<br />
lírico, contando com a participação<br />
do soprano Ana Barr<strong>os</strong>,<br />
da solista em castanholas<br />
Margarita Guerra e do coro<br />
Liceo de Vilagarcia, da Galiza.<br />
O concerto tem início com<br />
<strong>os</strong> sons provenientes de Itália,<br />
com uma curta paragem na<br />
criação alemã e uma estadia<br />
mais demorada n<strong>os</strong> timbres<br />
provenientes da fronteira. A<br />
entrada é livre.<br />
<br />
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<br />
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<br />
JOSÉ MARTINO<br />
engenheiro agrónomo<br />
j<strong>os</strong>emartino.blogspot.com<br />
Empreendedores<br />
O Governo fala em investir<br />
no empreendedorismo.<br />
Estou de acordo. Como<br />
c<strong>os</strong>tumo dizer, o <strong>que</strong><br />
é preciso é passar das<br />
palavras à ação. Por isso,<br />
revelo, mais uma vez,<br />
um caso <strong>que</strong> me chegou<br />
através do meu blog. Que<br />
sirva de estímulo a outras<br />
famílias.“Som<strong>os</strong> um jovem<br />
casal <strong>que</strong> decidiu comprar<br />
um terreno agrícola com<br />
cerca de dois hectares.<br />
Há <strong>que</strong>m compre um<br />
automóvel, nós decidim<strong>os</strong><br />
comprar uma quinta!<br />
O <strong>que</strong> é facto é <strong>que</strong> ainda<br />
não tirám<strong>os</strong> proveito<br />
agrícola do terreno.<br />
Então (e aqui eu peço a sua<br />
sincera opinião), dem<strong>os</strong><br />
por nós a pensar: e se<br />
ap<strong>os</strong>tássem<strong>os</strong> num projeto<br />
agrícola? O projeto seria<br />
uma plantação de 1 hectare<br />
de mirtil<strong>os</strong>.<br />
O <strong>que</strong> me preocupa é <strong>que</strong><br />
amb<strong>os</strong> exercem<strong>os</strong> uma<br />
atividade profissional, e<br />
apenas a<strong>os</strong> fins-de-semana<br />
rumam<strong>os</strong> à aldeia. Não é o<br />
trabalho <strong>que</strong> n<strong>os</strong> assusta.<br />
A <strong>que</strong>stão é <strong>que</strong> estou<br />
apreensiva quanto a<br />
fazer um projeto desta<br />
natureza... sei <strong>que</strong> é viável,<br />
mas terem<strong>os</strong> nós estofo<br />
para o manter viável?”<br />
Resp<strong>os</strong>ta:<br />
Os meus parabéns por<br />
terem ap<strong>os</strong>tado na compra<br />
de terra. Não tenha medo,<br />
dê <strong>os</strong> pass<strong>os</strong> cert<strong>os</strong> e vá<br />
em frente. Candidatem<br />
ao ProDeR um projeto<br />
em nome de um d<strong>os</strong><br />
membr<strong>os</strong> do casal, no<br />
valor de 75 000 eur<strong>os</strong><br />
de investimento, apoio a<br />
100%, caso a v<strong>os</strong>sa quinta<br />
tenha condições de solo<br />
e clima para <strong>os</strong> pe<strong>que</strong>n<strong>os</strong><br />
frut<strong>os</strong>, diversifi<strong>que</strong> as<br />
produções e colo<strong>que</strong>, além<br />
d<strong>os</strong> mirtil<strong>os</strong>, gr<strong>os</strong>elhas e<br />
mirtil<strong>os</strong>, protegid<strong>os</strong> por<br />
túneis alt<strong>os</strong>, perfazendo 1<br />
ha de investimento.<br />
Os pe<strong>que</strong>n<strong>os</strong> frut<strong>os</strong> podem<br />
ser trabalhad<strong>os</strong> ao fim<br />
de semana, com apoio<br />
de mão de obra externa.<br />
Apenas terão <strong>que</strong> utilizar as<br />
V/ férias para acompanhar<br />
as colheitas, a operação<br />
mais complicada na<br />
exploração destas culturas.<br />
Prati<strong>que</strong>m a estratégia<br />
para a instalação de jovens<br />
agricultores <strong>que</strong> defendo<br />
neste blog.
SEXTA-FEIRA, 29 JUNHO 2012 15<br />
NEGÓCIOS E EMPRESAS<br />
Airfree ap<strong>os</strong>ta no mercado da Madeira<br />
A marca nacional de purificadores de ar Airfree – <strong>que</strong> exporta 90% da<br />
sua produção para 50 países – ap<strong>os</strong>ta agora no mercado da Madeira,<br />
ao celebrar acordo para a distribuição e manutenção d<strong>os</strong> seus produt<strong>os</strong><br />
com a firma João Crisóstomo Figueira da Silva, grande distribuidor<br />
local.<br />
MRW avança com rebranding da sua frota<br />
A MRW procedeu ao rebranding de toda a sua frota automóvel, <strong>que</strong> passa a exibir<br />
no logótipo da empresa a frase: “Transporte Urgente”. Para além de uma imagem<br />
mais apelativa e informativa, esta frase é agora exibida na extensa frota da<br />
MRW, <strong>que</strong> contempla mais de 200 veícul<strong>os</strong>, ajuda a companhia a <strong>melhor</strong> identificar<br />
todas as suas viaturas e a promover o seu negócio junto do público em geral.<br />
“É fundamental promover o salário<br />
emocional nas organizações”<br />
N<strong>os</strong> temp<strong>os</strong> <strong>que</strong> correm<br />
“é fundamental promover<br />
o Salário Emocional nas<br />
Organizações, e o líder<br />
pode e deve assumir essa<br />
responsabilidade de ser o farol<br />
<strong>que</strong> pode indicar o caminho<br />
para se ultrapassarem estes<br />
enormes desafi<strong>os</strong>”, afirma<br />
Sérgio Almeida. O diretor-geral<br />
da PowerCoaching salienta<br />
a importância de promover<br />
dentro das empresas uma<br />
cultura mais humanista.<br />
“A liderança deve ser exercida pelo exemplo e não apenas pelas palavras”, salienta Sérgio Almeida.<br />
Conferência<br />
“Felicidade<br />
nas Organizações”<br />
decorre em Lisboa<br />
Pessoas felizes geram <strong>melhor</strong>es resultad<strong>os</strong>.<br />
Este é o mote para o evento<br />
“Felicidade nas Organizações”, <strong>que</strong><br />
decorre a 4 de julho, no auditório do<br />
Oceanário de Lisboa e cujas receitas<br />
revertem na integra para a Casa do Gil.<br />
Com um custo de inscrição de 15<br />
eur<strong>os</strong>, o evento conta com a participação<br />
de Sérgio Almeida, Margarida<br />
Pinto Correia, administradora da Fundação<br />
do Gil, João Luís de Sousa, diretor<br />
da “<strong>Vida</strong> Económic”a e a jornalista<br />
Fernanda Freitas.<br />
Autoliderança, felicidade sustentável,<br />
atitude p<strong>os</strong>itiva, liderança inspiradora,<br />
empreendedorismo e criatividade<br />
dentro das equipas são alguns d<strong>os</strong><br />
tópic<strong>os</strong> <strong>que</strong> serão abordad<strong>os</strong>.<br />
PATRICIA FLORES<br />
patriciaflores@vidaeconomica.pt<br />
<strong>Vida</strong> Económica – Como podem pessoas<br />
felizes gerar <strong>melhor</strong>es resultad<strong>os</strong><br />
e serem mais eficazes nas organizações<br />
<strong>que</strong> integram?<br />
Sérgio Almeida – Tod<strong>os</strong> nós som<strong>os</strong><br />
capazes de gerar <strong>melhor</strong>es resultad<strong>os</strong> se<br />
n<strong>os</strong> sentirm<strong>os</strong> realizad<strong>os</strong> na função <strong>que</strong><br />
desempenham<strong>os</strong>, motivad<strong>os</strong> no dia a dia,<br />
com vontade de fazer mais e <strong>melhor</strong>, no<br />
fundo acrescentar valor na organização.<br />
Quando se fala em “Felicidade nas Organizações”,<br />
falam<strong>os</strong> ainda neste alinhamento<br />
entre aquilo <strong>que</strong> são <strong>os</strong> objetiv<strong>os</strong> das<br />
organizações e as metas de cada colaborador.<br />
Estas são entidades <strong>que</strong> promovem<br />
uma verdadeira cultura humanista, onde<br />
as pessoas certas estão n<strong>os</strong> lugares cert<strong>os</strong>,<br />
onde se assumem responsabilidades sobre<br />
<strong>os</strong> resultad<strong>os</strong>, onde existem pessoas a liderar<br />
process<strong>os</strong> e não o contrário.<br />
VE - Quais <strong>os</strong> principais princípi<strong>os</strong><br />
<strong>que</strong> a liderança de topo deve seguir, com<br />
o objetivo de motivar <strong>os</strong> colaboradores?<br />
SA - Um líder, para motivar, deve antes<br />
de tudo ter a capacidade de se motivar<br />
a ele próprio. C<strong>os</strong>tumo dizer <strong>que</strong> é mais<br />
cansativo ser chefe do <strong>que</strong> ser líder: o chefe<br />
transpira, o líder inspira! Os colaboradores<br />
não abandonam más empresas mas<br />
sim maus líderes. No fundo, para motivar<br />
<strong>os</strong> seus colaboradores, a liderança deve ser<br />
exercida pelo exemplo e não apenas pelas<br />
palavras, sendo <strong>que</strong> a comunicação é fundamental<br />
para “chegar ao outro” de forma<br />
efetiva e p<strong>os</strong>itiva. Numa altura em <strong>que</strong> <strong>os</strong><br />
negóci<strong>os</strong> estão instáveis, a sociedade vive<br />
cheia de med<strong>os</strong> e tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> dias tem<strong>os</strong> más<br />
notícias, é fundamental promover o salário<br />
emocional nas organizações, e o líder<br />
pode e deve assumir essa responsabilidade<br />
de ser o farol <strong>que</strong> pode indicar o caminho<br />
para se ultrapassarem estes enormes desafi<strong>os</strong>.<br />
VE - Como se pode promover o intraempreendedorismo<br />
e a criatividade<br />
dentro das empresas?<br />
SA - O empreendedorismo nas empresas<br />
passa por promover uma “cultura<br />
de solução”, onde tod<strong>os</strong> são chamad<strong>os</strong> a<br />
participar na busca das <strong>melhor</strong>es ideias.<br />
Envolver <strong>os</strong> colaboradores, comunicar a<br />
visão da gestão de topo, incentivar o trabalho<br />
em equipa, a partilha de ideias, todas<br />
estas <strong>que</strong>stões podem fazer a diferença<br />
e, no fundo, fazer com <strong>que</strong> as equipas sejam<br />
o motor do processo de crescimento<br />
das empresas. No caso da criatividade, é<br />
fundamental <strong>que</strong> existam procediment<strong>os</strong><br />
bem definid<strong>os</strong>, regras claras para tod<strong>os</strong>,<br />
para <strong>que</strong> seja p<strong>os</strong>sível libertar <strong>os</strong> colaboradores<br />
para um processo criativo <strong>que</strong> poderá<br />
levar à inovação. Inovar é, no fundo,<br />
a capacidade de saber colocar em prática<br />
toda a criatividade duma organização. É<br />
fundamental ainda <strong>que</strong> <strong>os</strong> colaboradores<br />
se sintam motivad<strong>os</strong> para empreender e<br />
criar, e aqui existem responsabilidades do<br />
próprio e também da sua Liderança.<br />
VE – Em época de crise, as empresas<br />
tendem a concentrar-se no imediato, o<br />
<strong>que</strong> pode comprometer a produtividade<br />
e a rentabilidade. Como se pode inverter<br />
esta tendência?<br />
SA – Na verdade, <strong>os</strong> temp<strong>os</strong> atuais são<br />
de enormes desafi<strong>os</strong> para as empresas. Encontrar<br />
um equilíbrio entre a sobrevivência<br />
e a sustentabilidade passa sobretudo<br />
por definir claramente uma visão, uma<br />
estratégia <strong>que</strong> promova a criação de ri<strong>que</strong>za,<br />
o envolvimento de tod<strong>os</strong> n<strong>os</strong> process<strong>os</strong><br />
de decisão. Sempre se disse <strong>que</strong> “as pessoas<br />
são o mais importante” nas empresas,<br />
pois agora chegou a altura de o demonstrar!<br />
Preparar o futuro passa por cuidar do<br />
presente, encontrando no passado as resp<strong>os</strong>tas<br />
de <strong>que</strong> necessitam<strong>os</strong>, e sobretudo<br />
arriscar a ter sucesso, ser flexível perante a<br />
mudança e criar oportunidades onde muit<strong>os</strong><br />
só veem problemas. No fundo, se <strong>que</strong>rem<strong>os</strong><br />
ter resultad<strong>os</strong> diferentes nas n<strong>os</strong>sas<br />
empresas, será <strong>que</strong> vale a pena continuar a<br />
fazer o mesmo de sempre? Às vezes com a<br />
desculpa de <strong>que</strong> “tem<strong>os</strong> 30 an<strong>os</strong> de experiência,<br />
chegam<strong>os</strong> até aqui”… nestes cas<strong>os</strong><br />
lembro-me sempre da Kodak…<br />
Nome<br />
Morada<br />
C. P<strong>os</strong>tal<br />
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Autor/Editor: <strong>Vida</strong> Económica Páginas: 184 P.V.P.: € 4,90<br />
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Solicito o envio de exemplar(es) do livro Código IRC 2012 e Legislação Complementar, com<br />
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Para o efeito envio che<strong>que</strong>/vale nº , s/ o , no valor de € ,<br />
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16 SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2012<br />
NEGÓCIOS E EMPRESAS<br />
Aluno da FEP vence Prémio Inter Pares<br />
André Camp<strong>os</strong>, licenciado em Economia pela Faculdade de Economia do Porto (FEP) e<br />
mestre em Finanças pela mesma faculdade, é o vencedor da 9ª edição do Prémio Inter Pares<br />
(PPIP). Com esta distinção, o vencedor terá a oportunidade de fre<strong>que</strong>ntar um MBA numa<br />
“business school” de prestígio, podendo escolher entre o INSEAD, o IESE, o Instituto de<br />
Empresa, o ISCTE, o ISEG e o Lisbon MBA (Universidade Católica /Universidade Nova).<br />
Membr<strong>os</strong> do Parlamento da Bavária visitam Fraunhofer AICOS<br />
O centro de investigação Fraunhofer AICOS, no Porto, recebeu, esta quinta-feira, uma visita<br />
de membr<strong>os</strong> do Parlamento da Bavária, <strong>que</strong> constituem o “Comité para as Universidades,<br />
Investigação Científica e Cultura” desse órgão. O comité visitou as instalações do Fraunhofer<br />
AICOS onde teve a oportunidade de conhecer <strong>melhor</strong> as actividades de investigação e <strong>os</strong><br />
project<strong>os</strong> do centro.<br />
Construção e imobiliário propõem<br />
sete medidas para salvar o setor<br />
A Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário<br />
(CPCI) considera <strong>que</strong> estão criadas as condições<br />
para “uma catástrofe anunciada”. Mais de 74% de crescimento<br />
no crédito malparado na construção e no imobiliário,<br />
de 70% no número de insolvências e de quase<br />
32% no número de desempregad<strong>os</strong> são númer<strong>os</strong> muito<br />
preocupantes e <strong>que</strong> urge inverter.<br />
A entidade aponta várias soluções p<strong>os</strong>síveis, como o<br />
imediato pagamento das dívidas do Estado, a dinamização<br />
da reabilitação urbana e do arrendamento, bem como<br />
a reprogramação do QREN e a estabilização do mercado<br />
imobiliário. Não men<strong>os</strong> importante é a necessária liquidez<br />
para o funcionamento das empresas, o reconhecimento<br />
prioritário do processo de internacionalização do setor<br />
e a liberalização das cauções. A CPCI defende ainda “a<br />
criação de um adequado ambiente de negóci<strong>os</strong>, mediante<br />
a revisão d<strong>os</strong> contrat<strong>os</strong> públic<strong>os</strong>, a eliminação d<strong>os</strong> imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong><br />
– em especial do IMI – <strong>que</strong> incidem sobre o stock de<br />
imóveis para venda, o pagamento do IVA ao Estado após o<br />
recebimento das faturas e um regime especial de extensão<br />
d<strong>os</strong> praz<strong>os</strong> das licenças municipais”.<br />
Adianta ainda a instituição <strong>que</strong> nada foi feito, “pelo <strong>que</strong><br />
as consequências começam a atingir contorn<strong>os</strong> insustentáveis,<br />
<strong>que</strong> começam a ser bem visíveis nas próprias contas<br />
públicas, onde, apesar da total paralisação do investimento,<br />
se verifica um maior afastamento das metas estabelecidas,<br />
<strong>que</strong>r em term<strong>os</strong> de receitas <strong>que</strong>r ao nível da despesa”.<br />
Daí a necessidade de implementar as sete medidas atrás<br />
referidas, constantes de um Programa de Emergência para<br />
a Construção e o Imobiliário, “essencial para evitar a ruína<br />
das empresas e, conse<strong>que</strong>ntemente, do sistema financeiro”.<br />
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CONSULTÓRIO DE FUNDOS COMUNITÁRIOS<br />
RESPOSTA<br />
Em <strong>Portugal</strong>, existem medidas alternativas<br />
a<strong>os</strong> pedid<strong>os</strong> de insolvência, quando as<br />
empresas apresentam viabilidade económicofinanceira.<br />
Atualmente, ainda se encontra<br />
em vigor o PEC (Procedimento Extrajudicial<br />
de Conciliação); contudo, o Governo<br />
pretende substituir esta medida pelo SIREVE<br />
(Sistema Recuperação de Empresas por Via<br />
Extrajudicial), o qual ainda se encontra em<br />
fase de regulamentação.<br />
O objetivo do SIREVE é promover a<br />
recuperação de empresas, por recurso à via<br />
extrajudicial, atribuindo ao IAPMEI o papel<br />
de entidade coordenadora e dinamizadora do<br />
processo negocial entre o devedor e <strong>os</strong> seus<br />
credores.<br />
As principais alterações face ao PEC são:<br />
Redução d<strong>os</strong> praz<strong>os</strong> para conclusão do<br />
processo negocial (9 meses para 4 meses);<br />
Introdução de mecanism<strong>os</strong> de proteção do<br />
devedor e d<strong>os</strong> credores;<br />
Imp<strong>os</strong>sibilidade de apresentação de novo<br />
re<strong>que</strong>rimento pelo período de um ano, após<br />
a extinção do re<strong>que</strong>rimento ou rescisão do<br />
acordo celebrado, ou de dois an<strong>os</strong> após<br />
recurso ao PER (Processo Especial de<br />
Revitalização);<br />
Estabelece de forma expressa a p<strong>os</strong>sibilidade<br />
de aceitar ou chamar à negociação credores<br />
não relacionad<strong>os</strong>.<br />
Pode recorrer ao SIREVE qual<strong>que</strong>r empresa<br />
<strong>que</strong> se encontre em situação de insolvência<br />
eminente ou atual, não podendo o pedido<br />
ser apresentado por um credor, dado <strong>que</strong><br />
no anterior regime esta situação ocorreu de<br />
forma extremamente residual.<br />
A apresentação do re<strong>que</strong>rimento ao SIREVE<br />
suspende o prazo para apresentação<br />
à insolvência, sendo <strong>que</strong> a suspensão<br />
cessa com despacho de indeferimento do<br />
re<strong>que</strong>rimento, recusa do re<strong>que</strong>rimento ou<br />
extinção.<br />
A aceitação do re<strong>que</strong>rimento tem <strong>os</strong><br />
PEC/SIREVE<br />
Devido a atras<strong>os</strong> de pagamento contínu<strong>os</strong> por parte de clientes, a minha empresa de<br />
serralharia para construção civil tem acumulado dívidas à Segurança Social e ao Fisco, bem<br />
como a alguns fornecedores. A empresa tem viabilidade para continuar em funcionamento,<br />
uma vez <strong>que</strong> não falta trabalho, pelo <strong>que</strong> não desejo pedir a insolvência.<br />
Existe algum apoio às empresas <strong>que</strong> me permita resolver este problema?<br />
seguintes efeit<strong>os</strong>:<br />
Os credores não podem instaurar ações<br />
executivas <strong>que</strong> atinjam <strong>os</strong> bens integrantes<br />
do património do devedor;<br />
Suspensão das ações executivas promovidas<br />
pel<strong>os</strong> credores;<br />
Os mei<strong>os</strong> financeir<strong>os</strong> concedid<strong>os</strong> no decurso<br />
das negociações, <strong>que</strong> contribuam para a sua<br />
recuperação, podem beneficiar de garantias<br />
prestadas pelo devedor;<br />
Impede a oneração (cedência, locação,<br />
alienação ou qual<strong>que</strong>r outra forma) d<strong>os</strong> bens<br />
<strong>que</strong> integrem o património do devedor, sem o<br />
acordo de 2/3 d<strong>os</strong> credores relacionad<strong>os</strong>.<br />
O acordo atingido com o SIREVE não<br />
extingue as ações de cobrança de dívida<br />
instauradas contra o devedor pel<strong>os</strong> credores<br />
não subscritores do acordo.<br />
O procedimento tem início com a<br />
apresentação, em formulário eletrónico,<br />
do re<strong>que</strong>rimento dirigido ao IAPMEI.<br />
O IAPMEI deve aceitar ou recusar o<br />
re<strong>que</strong>rimento no prazo de 15 dias após a sua<br />
apresentação, podendo formular convite de<br />
aperfeiçoamento da prop<strong>os</strong>ta.<br />
É fixado o prazo de 10 dias para ouvir<br />
o devedor ou demais interessad<strong>os</strong> e de<br />
60 dias após notificação da aceitação do<br />
re<strong>que</strong>rimento para comunicarem a sua<br />
p<strong>os</strong>ição. O prazo para a conclusão do<br />
processo é de 3 meses contad<strong>os</strong> partir da<br />
data de aceitação, prorrogável por mais<br />
um mês. O IAPMEI comunica ao tribunal a<br />
aceitação do re<strong>que</strong>rimento e a extinção do<br />
procedimento.<br />
De realçar <strong>que</strong> a utilização do SIREVE<br />
não impede o recurso ao PER. Contudo, o<br />
recurso ao PER durante a utilização SIREVE<br />
determina a extinção deste.<br />
WWW.SIBEC.PT<br />
SIBEC@SIBEC.PT<br />
228 348 500
SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2012 17<br />
NEGÓCIOS E EMPRESAS<br />
Schenker Transitári<strong>os</strong> duplica serviço ferroviário<br />
em <strong>Portugal</strong><br />
A Schenker Transitári<strong>os</strong>, filial do grupo alemão Deutsche Bahn (DB), decidiu duplicar o serviço<br />
ferroviário. Com a primeira experiência ganha em terras lusas, o líder em transportes ferroviári<strong>os</strong><br />
e terrestres da Europa vai apresentar a 3 de Julho este novo produto num evento oficial.<br />
Para além d<strong>os</strong> responsáveis da Schenker Transitári<strong>os</strong>, participam a AICEP, <strong>que</strong> promove<br />
a iniciativa, e clientes <strong>que</strong> ap<strong>os</strong>tam neste transporte alternativo.<br />
Schnellecke <strong>Portugal</strong> abre delegação na Trofa<br />
A Schnellecke <strong>Portugal</strong> inaugura, no próximo dia 5 de Julho, a<br />
sua Delegação Norte na Trofa. Em forte expansão, este operador<br />
logístico de serviç<strong>os</strong> integrad<strong>os</strong> ap<strong>os</strong>ta numa plataforma no Norte<br />
do país para estar ao alcance d<strong>os</strong> atuais e futur<strong>os</strong> clientes da região.<br />
A Scnellecke <strong>Portugal</strong> está sediada em Palmela e assume toda a logística<br />
da Autoeuropa e prefabrica componentes. Atualmente, emprega 640 colaboradores.<br />
Empresas transformam negócio<br />
para contornar crise<br />
Mais de 90% das grandes organizações<br />
portuguesas já desenvolveu<br />
ou estão a desenvolver process<strong>os</strong><br />
de transformação do negócio<br />
para reduzir cust<strong>os</strong> e aumentar a<br />
competitividade. Esta é a principal<br />
conclusão do estudo IDC sobre a<br />
“Transformação do negócio nas<br />
organizações portuguesas”, apresentado<br />
recentemente à margem do<br />
evento Business Transformation, no<br />
qual foram apresentad<strong>os</strong> cas<strong>os</strong> de<br />
sucesso na administração pública e<br />
sector privado. O inquérito foi aplicado<br />
às 300 maiores organizações<br />
portuguesas, públicas e privadas.<br />
Para contornar a crise económica,<br />
as empresas estão a ap<strong>os</strong>tar na<br />
redução de cust<strong>os</strong>, inovação em<br />
produt<strong>os</strong> e serviç<strong>os</strong>, inovação em<br />
process<strong>os</strong> de negócio e na expansão<br />
para novas áreas geográficas. 60%<br />
d<strong>os</strong> empresári<strong>os</strong> portugueses consideram<br />
<strong>que</strong> as tecnologias de informação<br />
têm um papel crucial para<br />
as organizações avançarem com um<br />
processo de transformação e 79%<br />
afirma <strong>que</strong> estas são vitais para o<br />
negócio.<br />
Do número total de inquirid<strong>os</strong>,<br />
94% afirmam <strong>que</strong> o maior benefício<br />
da utilização de ferramentas tecnológicas<br />
está no alinhamento de<br />
projet<strong>os</strong> e atividades com <strong>os</strong> objetiv<strong>os</strong><br />
de negócio, sendo o principal<br />
obstáculo a perceção desta utilização<br />
como uma sobrecarga de trabalho<br />
(64%).<br />
Gabriel Coimbra, “country manager” da IDC <strong>Portugal</strong>.
18 SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2012<br />
NEGÓCIOS E EMPRESAS<br />
Kaizen volta a distinguir empresas portuguesas<br />
O Kaizen Institute <strong>Portugal</strong> lança, no próximo dia 5 de Julho, a segunda edição do Prémio<br />
Kaizen Lean, <strong>que</strong> pretende distinguir entidades nacionais, públicas e privadas, <strong>que</strong> se destacam<br />
com as <strong>melhor</strong>es práticas do ano de 2012. O seminário “Excelência Kaizen Lean”, <strong>que</strong><br />
decorre a partir das 9h45 no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, marca o arran<strong>que</strong> oficial<br />
das candidaturas.<br />
Vendas do vinho do Porto continuam em <strong>que</strong>da<br />
N<strong>os</strong> últim<strong>os</strong> 12 an<strong>os</strong>, a <strong>que</strong>bra de vendas do vinho do Porto ascendeu a 13,8% em<br />
quantidade e 14,2% em valor. Em 2011, o setor do vinho do Porto teve uma <strong>que</strong>bra<br />
homóloga de 4%, para 355,5 milhões de eur<strong>os</strong>. Foram comercializadas men<strong>os</strong> 417 720<br />
caixas do <strong>que</strong> no ano anterior, tendo o preço por litro aumentado um cêntimo, para<br />
4,31 eur<strong>os</strong>.<br />
APORMED AVISA PARA A POSSIBILIDADE DE ENCERRAMENTOS<br />
SNS deve mais de mil milhões<br />
a empresas de disp<strong>os</strong>itiv<strong>os</strong> médic<strong>os</strong><br />
GUILHERME OSSWALD<br />
guilherme@vidaeconomica.pt<br />
O Serviço Nacional de Saúde<br />
(SNS) tem uma dívida superior a<br />
mil milhões de eur<strong>os</strong> às empresas<br />
de disp<strong>os</strong>itiv<strong>os</strong> médic<strong>os</strong>. Acresce<br />
<strong>que</strong> estas empresas estão a ser<br />
convocadas para reuniões em <strong>que</strong><br />
ASSINE<br />
JÁ<br />
são confrontadas com pedid<strong>os</strong> de<br />
desconto, em função d<strong>os</strong> quais a<br />
prioridade do pagamento d<strong>os</strong> seus<br />
crédit<strong>os</strong> será fixada, referiu à “<strong>Vida</strong><br />
Económica” Humberto C<strong>os</strong>ta, secretário-geral<br />
da Associação Portuguesa<br />
das Empresas de Disp<strong>os</strong>itiv<strong>os</strong><br />
Médic<strong>os</strong> (APORMED).<br />
“Excetuando situações muito<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
pontuais de h<strong>os</strong>pitais <strong>que</strong> efetuaram<br />
algumas regularizações de<br />
valor com pouco significado, <strong>os</strong><br />
pagament<strong>os</strong> em atraso ao setor d<strong>os</strong><br />
disp<strong>os</strong>itiv<strong>os</strong> médic<strong>os</strong> ainda não<br />
se iniciaram. As empresas estão a<br />
ser convocadas para reuniões, nas<br />
quais são confrontadas com pedid<strong>os</strong><br />
de descont<strong>os</strong> em função d<strong>os</strong><br />
Conheça<br />
as oportunidades<br />
do sector agrícola<br />
A agricultura é um d<strong>os</strong> setores com<br />
maior potencial de crescimento.<br />
Conheça <strong>melhor</strong> este setor,<br />
assinando a Revista do Agricultor<br />
e o jornal mensal Notícias CAP, por<br />
apenas 20/ano, como complemento<br />
da assinatura do jornal<br />
<strong>Vida</strong> Económica.<br />
PUB<br />
quais a prioridade do pagamento<br />
d<strong>os</strong> respetiv<strong>os</strong> crédit<strong>os</strong> é fixada. O<br />
prazo médio de pagamento está fixado<br />
em 555 dias e interessa notar<br />
<strong>que</strong> sobre o montante da dívida<br />
em atraso a maioria das empresas<br />
não efetuou ainda qual<strong>que</strong>r débito<br />
de jur<strong>os</strong> a <strong>que</strong> legalmente tem<br />
direito. Incluído nesse valor está o<br />
IVA <strong>que</strong>, em tempo oportuno, as<br />
empresas já liquidaram há muito<br />
ao Estado”, adianta o responsável<br />
associativo.<br />
Importa também referir <strong>que</strong> as<br />
empresas de disp<strong>os</strong>itiv<strong>os</strong> médic<strong>os</strong><br />
pagaram sobre o resultado obtido<br />
nas suas vendas, ainda em dívida, o<br />
IRC a <strong>que</strong> legalmente estão sujeitas<br />
e <strong>que</strong> o Estado arrecadou. “Não faz<br />
qual<strong>que</strong>r sentido relativamente a<br />
dívidas com este nível de atraso estar<br />
a priorizar o seu pagamento em<br />
função do maior ou menor valor<br />
de perdão <strong>que</strong> arbitrariamente lhes<br />
está a ser sugerido.”<br />
Há uma crescente incapacidade<br />
financeira para as empresas fazerem<br />
face à atual situação, bem como falta<br />
de segurança quanto a uma resolução<br />
a curto prazo do problema.<br />
“Acreditam<strong>os</strong> também <strong>que</strong> a pressão<br />
para o perdão da dívida pode<br />
levar a uma descredibilização do<br />
país, pois as empresas poderão optar<br />
por desinvestir em <strong>Portugal</strong>, levando<br />
o setor da saúde a um atraso<br />
tecnológico, relativamente a<strong>os</strong> restantes<br />
países europeus. Aliás, o risco<br />
de encerramento está já patente<br />
na atual redução das estruturas<br />
das empresas em consequência da<br />
deslocalização de serviç<strong>os</strong> para Espanha”,<br />
lamenta Humberto C<strong>os</strong>ta.<br />
Há ainda outr<strong>os</strong> problemas<br />
complicad<strong>os</strong> nesta área de atividade.<br />
Desde logo, a forma como estão<br />
a decorrer alguns procediment<strong>os</strong><br />
de aquisição no setor da saúde,<br />
com uma preocupação exclusiva na<br />
adjudicação de contrat<strong>os</strong> com base<br />
no preço mais baixo, sem ter em<br />
conta outr<strong>os</strong> fatores <strong>que</strong> poderão<br />
tornar as prop<strong>os</strong>tas economicamente<br />
mais vantaj<strong>os</strong>as, colocando<br />
em causa a qualidade e a inovação<br />
na prestação d<strong>os</strong> cuidad<strong>os</strong> de saúde.<br />
Uma outra preocupação tem a<br />
ver com a p<strong>os</strong>sibilidade de alguns<br />
h<strong>os</strong>pitais <strong>que</strong>stionarem a reutilização<br />
de disp<strong>os</strong>itiv<strong>os</strong> médic<strong>os</strong> de uso<br />
único por motiv<strong>os</strong> económic<strong>os</strong>.
SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2011 19<br />
TECNOLOGIAS<br />
Safira abre escritório em Barcelona<br />
A tecnológica portuguesa continua a expandir o seu negócio internacional, concluindo, durante<br />
este mês, a criação da subsidiária em Barcelona. Numa primeira fase, a Safira vai deslocar<br />
colaboradores do escritório de Lisboa e, p<strong>os</strong>teriormente,<br />
recrutar a nível local. Até final<br />
de julho estará em funcionamento o escritório<br />
de Londres.<br />
TERMINOU A 3ª EDIÇÃO DO RIO INFO COM BALANÇO POSITIVO<br />
Brasileir<strong>os</strong> <strong>que</strong>rem investir em <strong>Portugal</strong><br />
SUSANA MARVÃO<br />
s.marvao@vidaeconomica.pt<br />
O p<strong>os</strong>itivismo d<strong>os</strong> brasileir<strong>os</strong> é<br />
uma lufada de ar fresco no discurso<br />
da crise <strong>que</strong> atualmente assola<br />
o panorama nacional, obviamente<br />
não só no setor das Tecnologias de<br />
Informação. Esta semana, <strong>Portugal</strong><br />
acolheu a 3ª edição do Rio Info,<br />
um evento dedicado às TI organizado<br />
pela brasileira Ri<strong>os</strong>oft, com a<br />
participação de empresári<strong>os</strong>, executiv<strong>os</strong>,<br />
académic<strong>os</strong> e profissionais.<br />
O evento luso – uma extensão da<br />
Rio Info 2012, um d<strong>os</strong> maiores<br />
encontr<strong>os</strong> de TI do Brasil <strong>que</strong> será<br />
realizado no Rio de Janeiro de 3 a<br />
5 de setembro – teve como objetivo<br />
incentivar o intercâmbio entre<br />
<strong>os</strong> continentes e abrir as portas da<br />
Comunidade Europeia às empresas<br />
brasileiras.<br />
Lisboa, Aveiro e Porto foram as<br />
cidades <strong>que</strong> acolheram o evento,<br />
<strong>que</strong>, segundo Alberto Blois, coordenador<br />
do evento, se tratou de<br />
uma experiência muito proveit<strong>os</strong>a.<br />
“Foi muito importante para a continuidade<br />
d<strong>os</strong> contat<strong>os</strong>”. O responsável<br />
ainda não sabe exatamente<br />
qual a dimensão d<strong>os</strong> númer<strong>os</strong> <strong>que</strong><br />
podem estar envolvid<strong>os</strong>, mas diz<br />
ter a certeza de<br />
<strong>que</strong> o processo<br />
de internacionalização<br />
é um<br />
processo “contínuo<br />
e uma longa<br />
caminhada. Há<br />
A Enttry é um claro<br />
exemplo da efetiva<br />
oportunidade de<br />
negócio <strong>que</strong> pode<br />
surgir num evento<br />
como o Rio Info.<br />
<strong>que</strong> continuar<br />
com <strong>os</strong> contact<strong>os</strong>,<br />
há <strong>que</strong><br />
acompanhar”,<br />
disse à “<strong>Vida</strong><br />
Económica”.<br />
A expetativa agora é a realização<br />
do Rio Info 2012, no Rio de Janeiro,<br />
onde deverá estar uma delegação<br />
de 15 empresas portuguesas. “É um<br />
número importante e interessante<br />
sobretudo para a tal continuação<br />
d<strong>os</strong> contact<strong>os</strong> e criação de nov<strong>os</strong><br />
negóci<strong>os</strong>”.<br />
Um d<strong>os</strong> focus de negócio salientad<strong>os</strong><br />
por Alberto Blois é o<br />
denominado “mobile commerce”<br />
e comércio por impulso, no qual<br />
<strong>Portugal</strong> tem uma experiência muito<br />
grande e para as quais o Rio de<br />
Janeiro começa agora a despertar.<br />
“<strong>Portugal</strong> tem uma grande tradição<br />
em aplicações móveis. Uma experiência<br />
<strong>que</strong> pode resultar numa grande<br />
oportunidade de negócio entre<br />
brasileir<strong>os</strong> e portugueses”.<br />
O feedback foi bastante p<strong>os</strong>itivo,<br />
pelo número de contact<strong>os</strong> realizad<strong>os</strong><br />
e gerad<strong>os</strong>, pelas perspetivas e<br />
pela criação de um “cenário”. “O<br />
panorama <strong>que</strong> n<strong>os</strong> é dado nas notícias<br />
é de desânimo mas aqui não<br />
tem<strong>os</strong> essa sensação. As empresas<br />
estão atuantes e prontas a criar parcerias<br />
com <strong>os</strong> brasileir<strong>os</strong>”.<br />
Alberto Blois anunciou ainda a<br />
criação de uma competição entre<br />
“start-ups” portuguesas cujo prémio<br />
será a participação no Rio Info no<br />
Rio de Janeiro. “O objetivo é escolher<br />
um representante português<br />
para participar em Setembro no<br />
Salão da Inovação onde vam<strong>os</strong> ter<br />
projet<strong>os</strong> de 15 estad<strong>os</strong> do Brasil,<br />
mais um representante da Argentina,<br />
do Uruguai, da Colômbia e de<br />
<strong>Portugal</strong>”.<br />
A aproximação entre Brasil e <strong>Portugal</strong><br />
em Tecnologia da Informação<br />
ganhou fôlego em 2008 quando<br />
algumas empresas brasileiras participaram<br />
no <strong>Portugal</strong> Tecnológico.<br />
“Desde então, as parcerias entre<br />
instituições europeias e brasileiras<br />
têm ocorrido”.<br />
O evento foi distribuído pelas<br />
três cidades portuguesas e incluiu<br />
visitas técnicas às empresas locais e<br />
espaç<strong>os</strong> desportiv<strong>os</strong>, reuniões sobre<br />
setores específic<strong>os</strong>, conferências e<br />
encontr<strong>os</strong> de negóci<strong>os</strong>, com empresas<br />
brasileiras, portuguesas, francesas<br />
e inglesas. Em parceria com a<br />
Inova Ria (Associação de Empresas<br />
em Aveiro) –<br />
uma entidade<br />
sem fins lucrativ<strong>os</strong><br />
cujo objetivo<br />
é incentivar<br />
e consolidar<br />
a inovação de<br />
empresas da região<br />
de Aveiro<br />
e das empresas<br />
de TI em <strong>Portugal</strong><br />
– houve<br />
ainda encontr<strong>os</strong><br />
empresariais entre brasileir<strong>os</strong> e portugueses<br />
com o objetivo de promover<br />
parcerias. “A ideia foi criar uma<br />
presença forte da TI brasileira na<br />
Europa. Querem<strong>os</strong> fazer parte do<br />
calendário de negóci<strong>os</strong> do TI na<br />
Comunidade Europeia. O Rio Info<br />
<strong>Portugal</strong> é uma forma de integrar<br />
a comunidade empreendedora de<br />
<strong>Portugal</strong> com Brasil e outr<strong>os</strong> países<br />
europeus”, afirmou o coordenador<br />
do evento, Alberto Blois.<br />
No dia 19 de junho, em Lisboa,<br />
<strong>os</strong> empresári<strong>os</strong> do setor de petróleo<br />
participaram de uma visita técnica.<br />
No dia 20, em Aveiro, com parceria<br />
da Inova Ria, foram realizad<strong>os</strong><br />
encontr<strong>os</strong> empresariais com o objetivo<br />
de promover parcerias entre<br />
organizações de amb<strong>os</strong> <strong>os</strong> países.<br />
Enttry <strong>que</strong>r investir<br />
em <strong>Portugal</strong><br />
A Enttry é um claro exemplo<br />
da efetiva oportunidade de negócio<br />
<strong>que</strong> pode surgir num evento<br />
como o Rio Info. Esta empresa de<br />
software brasileira veio a <strong>Portugal</strong><br />
para investir no mercado nacional,<br />
já <strong>que</strong>, segundo Tony Reis, da Enttry,<br />
é um mercado com potencial.<br />
“O software <strong>que</strong> comercializam<strong>os</strong>,<br />
de tarifação de bilhetes, não tem<br />
similar no mercado português. Segundo<br />
apurám<strong>os</strong>, <strong>os</strong> <strong>que</strong> existem<br />
são produt<strong>os</strong> de outr<strong>os</strong> países e não<br />
de língua nativa portuguesa. Acreditam<strong>os</strong><br />
<strong>que</strong> <strong>os</strong> países de língua<br />
portuguesa podem criar um bloco<br />
muito forte”.<br />
A intenção da Enttry é criar um<br />
polo de desenvolvimento de software<br />
no n<strong>os</strong>so país em conjunto<br />
com <strong>os</strong> desenvolvedores d<strong>os</strong> produt<strong>os</strong><br />
no Brasil. “O objetivo seria<br />
desenvolver parte do software em<br />
<strong>Portugal</strong> e outra parte no Brasil.”<br />
Para Tony Reis, a mão de obra<br />
portuguesa é bastante qualificada,<br />
com a mais-valia de <strong>que</strong> a barreira<br />
da língua não existe. “Não entendo<br />
por<strong>que</strong> insistem em dizer <strong>que</strong><br />
colocam o desenvolvimento da<br />
Índia. Não. Um indiano até pode<br />
falar português e espanhol… Mas<br />
não entende a cultura. Som<strong>os</strong> convergentes.<br />
No mercado do software<br />
acreditam<strong>os</strong> <strong>que</strong> isso é muito competitivo”.<br />
Além do mais, Tony Reis divulgou<br />
<strong>que</strong> <strong>Portugal</strong> irá ainda servir de<br />
entrada para o mercado europeu.<br />
“Numa primeira fase, <strong>que</strong>rem<strong>os</strong> realmente<br />
consolidar a n<strong>os</strong>sa atuação<br />
em <strong>Portugal</strong> mas depois <strong>que</strong>rem<strong>os</strong><br />
expandir para outr<strong>os</strong> mercad<strong>os</strong>. Até<br />
por<strong>que</strong> <strong>os</strong> desenvolvedores portugueses<br />
já falam outras línguas”.<br />
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Os seus filh<strong>os</strong> vão adorar!<br />
NOVIDADE<br />
a<br />
A<strong>que</strong>ce o forno a 190° C<br />
Parte <strong>os</strong> filetes de peixe-espada ao meio para<br />
obter 4 pedaç<strong>os</strong>. Tempera com um pouco de<br />
pimenta preta. Utiliza uma colher de sopa de<br />
azeite para regar o peixe e para untar um<br />
tabuleiro de ir ao forno com tamanho suficiente<br />
para o peixe-espada.<br />
Numa caçarola a<strong>que</strong>ce 2 colheres de sopa de<br />
azeite em lume brando e acrescenta a cebola,<br />
o alho e a malagueta e salteia durante cerca<br />
de 2 minut<strong>os</strong> ou até a cebola estar macia.<br />
Acrescenta <strong>os</strong> pedaç<strong>os</strong> de tomate, o sumo de<br />
limão e a folha de louro. A<strong>que</strong>ce até ferver,<br />
depois reduz para lume brando e deixa<br />
cozinhar durante cerca de 5 minut<strong>os</strong> ou até o<br />
molho ficar um pouco espesso.<br />
Coloca cerca de um terço do molho no fundo do<br />
tabuleiro de ir ao forno. Coloca o peixe-espada<br />
no molho. Cobre o peixe com o restante molho e<br />
dispõe as tiras de pimento verde ou vermelho e<br />
as fatias de limão por cima do peixe-espada.<br />
Cobre com folha de alumínio.<br />
Leva ao forno a cozer a 190° C durante cerca<br />
de 20 minut<strong>os</strong> ou até o peixe ficar opaco, mas<br />
ainda húmido no interior. Tem cuidado para não<br />
ficar demasiado cozinhado.<br />
Coloca cada um d<strong>os</strong> pedaç<strong>os</strong> numa travessa<br />
e coloca por cima a salsa picada. Serve com<br />
batatas ou massa.<br />
Tempo de cozedura<br />
20 minut<strong>os</strong><br />
<br />
Tempo de preparação<br />
20 minut<strong>os</strong><br />
Para<br />
4<br />
crianças<br />
<br />
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Valores nutricionais<br />
por porção infantil: Energia 9 12 kj<br />
218 kcal<br />
Proteínas 30 g<br />
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ASSINATURA
SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2012 21<br />
TECNOLOGIAS<br />
Yunait entra em <strong>Portugal</strong><br />
A Yunait (www.yunait.pt), uma empresa <strong>que</strong> agrega promoções<br />
e descont<strong>os</strong> disponíveis na Internet, já está em<br />
<strong>Portugal</strong>. Na bagagem traz 3 objetiv<strong>os</strong>: ser uma ferramenta<br />
anticrise, tirar <strong>os</strong> portugueses da frente do computador<br />
e reduzir o volume de emails <strong>que</strong> diariamente recebem na<br />
caixa de correio.<br />
Logica abre novo Centro de Competências<br />
A Logica abriu um novo Centro de Competências na Noruega, à semelhança do <strong>que</strong> já<br />
existe em <strong>Portugal</strong>. O Innovation Spark Centre, situado<br />
em Oslo e o nono a ser inaugurado pelo grupo,<br />
“irá oferecer a<strong>os</strong> seus clientes e fornecedores a oportunidade<br />
de explorar novas ideias em conjunto, num<br />
ambiente propício ao diálogo, criatividade e insights”.<br />
DEPOIS DE ANGOLA, ALEMANHA, ESTADOS UNIDOS E A MÉDIO PRAZO JAPÃO<br />
Estrutura nacional da Realtech<br />
à conquista de nov<strong>os</strong> mercad<strong>os</strong><br />
A estrutura nacional da<br />
Realtech está a promover a sua<br />
internacionalização dentro do<br />
grupo. E depois de Angola,<br />
há perspetivas de negócio na<br />
Alemanha, n<strong>os</strong> Estad<strong>os</strong> Unid<strong>os</strong><br />
e mesmo no Japão, segundo<br />
explicou à “<strong>Vida</strong> Económica”<br />
o diretor-geral J<strong>os</strong>é Cândido<br />
Soares.<br />
SUSANA MARVÃO<br />
s.marvao@vidaeconomica.pt<br />
<strong>Vida</strong> Económica – 2012 vai ser o ano<br />
da internacionalização da estrutura portuguesa?<br />
Qual a estratégia <strong>que</strong> está a ser<br />
delineada?<br />
J<strong>os</strong>é Cândido Soares – No seguimento de<br />
uma estratégia estabelecida internacionalmente,<br />
a Realtech <strong>Portugal</strong> é o pilar de desenvolvimento<br />
do mercado em tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> países de língua<br />
oficial portuguesa com a exceção do Brasil.<br />
A expansão da oferta para estes territóri<strong>os</strong> é,<br />
numa primeira fase, efetuada através de estabelecimento<br />
de parcerias com agentes ativ<strong>os</strong> locais,<br />
complementando a sua oferta de serviç<strong>os</strong><br />
e de produt<strong>os</strong> de software especializad<strong>os</strong> em<br />
tecnologia SAP. Nesta medida, a experimentação<br />
do mercado angolano já se iniciou em<br />
2008 com sucesso e está atualmente em estudo<br />
a evolução da presença da Realtech nesse<br />
mercado.<br />
J<strong>os</strong>é Cândido d<strong>os</strong> Reis, diretor-geral da Realtech<br />
VE – Por<strong>que</strong> sentiram a necessidade de<br />
abraçar novas geografias?<br />
JCS – Devido à contração da procura de nov<strong>os</strong><br />
projet<strong>os</strong> locais e à forte expansão de outr<strong>os</strong><br />
mercad<strong>os</strong> onde <strong>os</strong> n<strong>os</strong>s<strong>os</strong> produt<strong>os</strong> e serviç<strong>os</strong><br />
têm uma procura crescente. Ao contrário das<br />
consultoras locais, a Realtech pela sua presença<br />
global, procura tirar partido das diferentes conjunturas<br />
económicas d<strong>os</strong> diferentes países onde<br />
se encontra através dum natural intercâmbio<br />
de recurs<strong>os</strong>. O principal capital de uma empresa<br />
como a Realtech é o capital de conhecimento.<br />
O <strong>que</strong> fazem<strong>os</strong> encontra-se sempre no<br />
“estado-da-arte” ao <strong>que</strong> à tecnologia SAP diz<br />
respeito. Se n<strong>os</strong> limitarm<strong>os</strong> geograficamente<br />
estarem<strong>os</strong> exp<strong>os</strong>t<strong>os</strong> às conjunturas económicas<br />
locais, como é o caso nomeadamente de<br />
<strong>Portugal</strong>. Numa realidade deste tipo esse capital<br />
é desperdiçado em tarefas cada vez mais comuns<br />
e men<strong>os</strong> inovadoras e sendo, portanto,<br />
pagas como “commodities”. Essa pressão baixa<br />
de preço limita a capacidade de investimento<br />
em inovação e rapidamente cairíam<strong>os</strong> num<br />
“caldo de banalidade” onde o <strong>que</strong> distingue<br />
cada concorrente é apenas o fator preço.<br />
Japão também está contemplado<br />
VE – E <strong>que</strong> geografias são essas e quais<br />
as razões da sua eleição?<br />
JCS – Para além do mercado angolano, estam<strong>os</strong><br />
atualmente presentes em projet<strong>os</strong> estratégic<strong>os</strong><br />
na Alemanha e Estad<strong>os</strong> Unid<strong>os</strong>, prevendo-se<br />
a médio prazo uma presença no Japão.<br />
VE – E de <strong>que</strong> forma se vão internacionalizar?<br />
Através de parceir<strong>os</strong>? Com<br />
presença local?<br />
JCS – Atualmente, a n<strong>os</strong>sa expansão é feita<br />
através do estabelecimento de parcerias locais.<br />
É importante trabalharm<strong>os</strong> com <strong>que</strong>m já conhece<br />
o terreno a cultura e o “modus operandis”.<br />
Nós detem<strong>os</strong> conhecimento e produt<strong>os</strong><br />
e ajudam<strong>os</strong> a criar diferenciação n<strong>os</strong> n<strong>os</strong>s<strong>os</strong><br />
parceir<strong>os</strong>. Eles sabem como e a <strong>que</strong>m vender.<br />
VE – Exatamente <strong>que</strong> mais-valias introduzem<br />
numa empresa?<br />
JCS – A Realtech é uma empresa especializada<br />
em tecnologia SAP. Os sistemas SAP são<br />
complex<strong>os</strong> e abrangentes, permitindo às empresas<br />
obter operacionalidade, integração e capacidade<br />
analítica. Após a sua implementação<br />
tornam-se tipicamente centrais e decisiv<strong>os</strong> para<br />
a operação das empresas. Devido à sua complexidade<br />
e criticidade, torna-se vital uma gestão<br />
cuidada d<strong>os</strong> mesm<strong>os</strong>. A Realtech providencia<br />
soluções <strong>que</strong> permitem garantir a operacionalidade<br />
d<strong>os</strong> sistemas e a otimização d<strong>os</strong> recurs<strong>os</strong><br />
envolventes a<strong>os</strong> mesm<strong>os</strong>. Através d<strong>os</strong> n<strong>os</strong>s<strong>os</strong><br />
serviç<strong>os</strong> e produt<strong>os</strong> conseguim<strong>os</strong> ganh<strong>os</strong> substanciais<br />
de desempenho e reduções significativas<br />
no chamado “Total C<strong>os</strong>t of Ownership”. A segurança,<br />
monitorização e integração de sistemas<br />
numa visão globalizante é o produto da combinação<br />
<strong>que</strong> <strong>os</strong> n<strong>os</strong>s<strong>os</strong> serviç<strong>os</strong> e software providenciam.<br />
O conhecimento <strong>que</strong> detem<strong>os</strong> resulta<br />
em muito da ligação umbilical <strong>que</strong> tem<strong>os</strong> com<br />
a SAP desde a formação da Realtech. Estando<br />
sediad<strong>os</strong> no mesmo espaço, a colaboração em<br />
desenvolvimento de soluções tem feito parte<br />
da n<strong>os</strong>sa história comum. Atualmente, a SAP<br />
integra software Realtech dentro da sua própria<br />
solução e providenciam<strong>os</strong> serviç<strong>os</strong> de suporte<br />
global para a própria SAP. Estam<strong>os</strong> presentes<br />
n<strong>os</strong> laboratóri<strong>os</strong> da SAP na adaptação e teste<br />
das suas soluções mais inovadoras e é esse knowhow<br />
<strong>que</strong> providenciam<strong>os</strong> a<strong>os</strong> n<strong>os</strong>s<strong>os</strong> clientes.<br />
“Não som<strong>os</strong> um mal necessário”<br />
VE – Há uma efetiva criação de valor?<br />
JCS – Não som<strong>os</strong> apenas um “mal necessário”<br />
no <strong>que</strong> respeita à instalação e manutenção<br />
destes sistemas complex<strong>os</strong>. Para além do<br />
intangível valor <strong>que</strong> representa a não falha de<br />
um sistema crítico, <strong>os</strong> ganh<strong>os</strong> económic<strong>os</strong> expressam-se<br />
igualmente na substancial redução<br />
de cust<strong>os</strong> de operação <strong>que</strong> podem<strong>os</strong> aportar.<br />
Software e/ou Serviç<strong>os</strong> <strong>que</strong> garantam uma monitorização<br />
24x7 com manutenção preventiva,<br />
integração de sistemas heterogéne<strong>os</strong> e dispers<strong>os</strong><br />
numa plataforma central e comum a toda a<br />
empresa. Som<strong>os</strong> a base <strong>que</strong> permite a evolução<br />
para o conceito de “ERP for IT”.<br />
VE – Até <strong>que</strong> ponto a atual crise económica<br />
veio afetar a v<strong>os</strong>sa atividade?<br />
JCS – A crise económica afetou principalmente<br />
o mercado local. Em contrapartida<br />
expôs as vantagens <strong>que</strong> uma multinacional<br />
pode ter numa sucursal portuguesa. A estratégia<br />
corporativa passa por aproveitar a presença<br />
global para otimizar cust<strong>os</strong> e proveit<strong>os</strong>.<br />
Os Portugueses são bastante reconhecid<strong>os</strong><br />
pela sua adaptabilidade e profissionalismo ao<br />
<strong>que</strong> às tecnologias de informação diz respeito,<br />
providenciando recurs<strong>os</strong> com elevada especialização,<br />
domínio de língua estrangeira e a um<br />
custo muito apetecível noutr<strong>os</strong> mercad<strong>os</strong>. É<br />
uma estratégia win win.<br />
Como resultado a n<strong>os</strong>sa exp<strong>os</strong>ição ao mercado<br />
externo está a aumentar.<br />
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22 SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2012<br />
PRAZER & LAZER<br />
JOÃO PAULO AZEVEDO<br />
E MIGUEL DE SOUSA OTTO<br />
ENTREVISTA COM RUI SOUSA DIAS<br />
Tem<strong>os</strong> de saber tirar partido<br />
do terminal de passageir<strong>os</strong><br />
Entrevistám<strong>os</strong> o<br />
presidente da Associação<br />
de Restaurantes de<br />
Mat<strong>os</strong>inh<strong>os</strong>, Rui Sousa<br />
Dias, para conhecer<br />
um projeto onde se<br />
juntaram dezenas<br />
de restaurantes de<br />
Mat<strong>os</strong>inh<strong>os</strong> <strong>que</strong> fazem<br />
da venda do peixe e<br />
do marisco a sua fonte<br />
receita. Este gestor<br />
apresentou-n<strong>os</strong> as<br />
principais linhas de<br />
actuação da associação,<br />
m<strong>os</strong>trou grande<br />
entusiasmo, espírito de<br />
missão, rumo e boas<br />
ideias para colocar na<br />
”agenda” de tod<strong>os</strong>,<br />
<strong>os</strong> restaurantes de<br />
Mat<strong>os</strong>inh<strong>os</strong>.<br />
Qual o objetivo e em <strong>que</strong> consiste<br />
a Associação de Restaurantes<br />
de Mat<strong>os</strong>inh<strong>os</strong>?<br />
Mat<strong>os</strong>inh<strong>os</strong> é uma terra com<br />
uma concentração enorme de restaurantes.<br />
A ideia da constituição<br />
da associação partiu da necessidade<br />
<strong>que</strong> havia de se criar uma entidade<br />
com personalidade própria,<br />
jurídica e com p<strong>os</strong>sibilidade de<br />
fazer parcerias com outras entidades,<br />
como autarquias ou outras associações.<br />
O grupo de associad<strong>os</strong><br />
reúne restaurantes <strong>que</strong> são especializad<strong>os</strong><br />
em peixe e em marisco.<br />
A sigla inicial da associação era “O<br />
peixe à Mesa”. Exatamente por<strong>que</strong><br />
pretende ser uma associação pe<strong>que</strong>na<br />
mas com objetiv<strong>os</strong> muito<br />
clar<strong>os</strong> e específic<strong>os</strong>, dirigida a um<br />
grupo restrito de empresas.<br />
O primeiro mandato, de três<br />
an<strong>os</strong>, <strong>que</strong> já acabou, foi para desbravar,<br />
para fazer tudo o <strong>que</strong> era necessário,<br />
visto <strong>que</strong> nada estava feito.<br />
Iniciam<strong>os</strong> esta associação a partir de<br />
um grupo <strong>que</strong> se reunia principalmente<br />
com o pretexto das festas do<br />
mar, das esplanadas, aqui num d<strong>os</strong><br />
restaurantes da rua. A dada altura<br />
começám<strong>os</strong> a ter necessidade de<br />
falar com entidades como a ASAE<br />
e acabám<strong>os</strong> por n<strong>os</strong> aperceber das<br />
dificuldades de não estarm<strong>os</strong> organizad<strong>os</strong>.<br />
Decidim<strong>os</strong> <strong>que</strong> fazia sentido<br />
criarm<strong>os</strong> a n<strong>os</strong>sa autonomia,<br />
term<strong>os</strong> um grupo de trabalho e de<br />
empresári<strong>os</strong> com objetiv<strong>os</strong> comuns,<br />
enfim <strong>que</strong> trabalhasse no sentido<br />
de conseguirm<strong>os</strong> o <strong>que</strong> é ideal: um<br />
funcionamento em uníssono quando<br />
fizerm<strong>os</strong> referência a qual<strong>que</strong>r<br />
coisa ou quando pedirm<strong>os</strong> alguma<br />
coisa. Não é um restaurante <strong>que</strong> está<br />
a pedir, é um grupo de restaurantes<br />
<strong>que</strong> representa uma classe, uma<br />
zona geográfica.<br />
Quant<strong>os</strong> restaurantes é <strong>que</strong><br />
esta associação representa?<br />
Quando criám<strong>os</strong> a associação,<br />
o grupo fundador era constituído<br />
por 23 restaurantes. P<strong>os</strong>so dizer<br />
<strong>que</strong> no dia da escritura juntám<strong>os</strong><br />
o grupo d<strong>os</strong> sóci<strong>os</strong> fundadores,<br />
em <strong>que</strong> tod<strong>os</strong> assinaram a escritura<br />
pública. Definim<strong>os</strong> ali o <strong>que</strong><br />
seriam <strong>os</strong> objetiv<strong>os</strong> da associação,<br />
Rui Sousa Dias, Presidente da Associação de Restaurantes de Mat<strong>os</strong>inh<strong>os</strong><br />
Miguel de Sousa Otto, Rui Sousa Dias e João Paulo Azevedo, no restaurante D.Peixe<br />
<strong>os</strong> estatut<strong>os</strong> e tudo foi aprovado<br />
por unanimidade. Depois, fom<strong>os</strong><br />
fazendo crescer o número de associad<strong>os</strong>,<br />
estendendo o convite a<strong>os</strong><br />
restaurantes de Leça da Palmeira,<br />
depois de uma forma mais activa<br />
às maris<strong>que</strong>iras e chegám<strong>os</strong> ao<br />
ponto de alterar de alguma maneira<br />
a denominação da associação. É<br />
aí <strong>que</strong> deixam<strong>os</strong> de lhe chamar “O<br />
Peixe à Mesa – Associação de Restaurantes<br />
de Mat<strong>os</strong>inh<strong>os</strong>” e dam<strong>os</strong><br />
mais desta<strong>que</strong> à Associação Restaurantes<br />
de Mat<strong>os</strong>inh<strong>os</strong> para <strong>que</strong><br />
<strong>os</strong> restaurantes de marisco não se<br />
sentissem descriminad<strong>os</strong>.<br />
Qual a atitude perante <strong>os</strong> problemas<br />
do setor?<br />
A crise afeta <strong>os</strong> setores de atividade<br />
<strong>que</strong> n<strong>os</strong> envolvem. Isso faz<br />
com <strong>que</strong> naturalmente haja uma<br />
diminuição da procura.<br />
Mal identificám<strong>os</strong> <strong>os</strong> problemas,<br />
um d<strong>os</strong> papéis da associação<br />
é começar a procurar soluções. E<br />
as soluções, quanto a mim, passam<br />
pela atividade <strong>que</strong> desenvolvem<strong>os</strong><br />
na associação.<br />
Mas há outr<strong>os</strong> problemas <strong>que</strong><br />
vão para além das v<strong>os</strong>sas atividades...<br />
O principal problema na ordem<br />
do dia é o agravamento do IVA,<br />
<strong>que</strong> é demolidor. Tínham<strong>os</strong> uma<br />
responsabilidade de 13% de imp<strong>os</strong>to<br />
e g<strong>os</strong>tava de salientar <strong>que</strong><br />
o imp<strong>os</strong>to não é só sobre o valor<br />
acrescentado.<br />
Na restauração é um imp<strong>os</strong>to sobre<br />
o valor acrescentado mais uma<br />
percentagem sobre o preço de custo.<br />
Por<strong>que</strong> nós, como compram<strong>os</strong><br />
as matérias-primas sujeitas à taxa<br />
mínima de 6%, quando som<strong>os</strong><br />
chamad<strong>os</strong> à liquidação do imp<strong>os</strong>to<br />
das vendas, liquidam<strong>os</strong> uma percentagem<br />
sob o total da venda.<br />
Sobre o preço de custo estávam<strong>os</strong><br />
a pagar anteriormente 6% ao<br />
fornecedor e 7% ao Estado. Agora,<br />
com este agravamento de 10<br />
pont<strong>os</strong> percentuais, pagam<strong>os</strong> 6%<br />
ao fornecedor e 17% ao Estado,<br />
isto sobre o preço de custo e depois<br />
sobre a margem são <strong>os</strong> 23%.<br />
É realmente demasiado pesado.<br />
Tem<strong>os</strong> a noção <strong>que</strong> este ano é<br />
um “ano de sobrevivência”. Quem<br />
conseguir sobreviver provavelmente<br />
até vai viver mais tranquilo<br />
n<strong>os</strong> próxim<strong>os</strong> temp<strong>os</strong>. Mas tem<strong>os</strong><br />
no mínimo de fazer esse esforço.<br />
O <strong>que</strong> se espera do terminal
SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2012 23<br />
PRAZER & LAZER<br />
Um Alvarinho Vencedor<br />
O N<strong>os</strong>talgia Alvarinho 2011, <strong>que</strong> recentemente ganhou o troféu Best of<br />
Vinho Verde 2012, eleito por um painel comp<strong>os</strong>to por vári<strong>os</strong> jornalistas<br />
estrangeir<strong>os</strong>, é um vinho feito com métod<strong>os</strong> antig<strong>os</strong>: leveduras indígenas,<br />
temperaturas de fermentação mais elevadas e curtimenta (fermentação<br />
com as películas). Os enólog<strong>os</strong> João Silva e Sousa e Francisco Baptista pretenderam<br />
criar um vinho branco contra-corrente, <strong>que</strong> pudesse envelhecer<br />
de 5 a 10 an<strong>os</strong>. Não deixe passar o verão sem provar o “N<strong>os</strong>talgia Alvarinho 2011”...<br />
Cafeína de Excelência<br />
O maior site de viagens do mundo Tripadvisor, atribuiu um certificado de<br />
excelência 2012 ao Restaurante Cafeína no Porto - Foz. Um ponto forte do<br />
site diz respeito às dicas confiáveis <strong>que</strong> fornece para organização das suas opções<br />
de viagem entre elas a área de restauração a visitar. Critéri<strong>os</strong> como “boa<br />
comida” , serviço, ambiente e preço, dão suporte ás classificações <strong>que</strong> resultam<br />
d<strong>os</strong> comentári<strong>os</strong> d<strong>os</strong> visitantes, maior parte deles estrangeir<strong>os</strong>. Está de<br />
parabéns o proprietário Vasco Mourão, bem como a sua equipa.<br />
do tráfego<br />
de Leixões<br />
RESTAURANTES COM ALMA<br />
Produt<strong>os</strong> da terra,<br />
sabores do mundo<br />
em Mat<strong>os</strong>inh<strong>os</strong>.<br />
de passageir<strong>os</strong> do porto de Leixões<br />
para <strong>os</strong> restaurantes de<br />
Mat<strong>os</strong>inh<strong>os</strong>?<br />
É fundamental fazer bem o trabalho<br />
de casa, por<strong>que</strong> aquilo <strong>que</strong><br />
se está a passar, neste momento,<br />
e o <strong>que</strong> irá concerteza acontecer<br />
quando o terminal estiver pronto,<br />
ou seja, operacional, a vinda d<strong>os</strong><br />
barc<strong>os</strong>, a sua permanência e a passagem<br />
de milhares de pessoas, só<br />
terá resultad<strong>os</strong> prátic<strong>os</strong>, para nós<br />
restaurantes, se houver uma informação<br />
muito concreta de <strong>que</strong>m<br />
som<strong>os</strong>, o <strong>que</strong> fazem<strong>os</strong> e onde estam<strong>os</strong>.<br />
O barco está parado aqui ao<br />
lado, para além d<strong>os</strong> programas turístic<strong>os</strong><br />
previamente organizad<strong>os</strong><br />
pel<strong>os</strong> operadores, existe sempre<br />
uma percentagem de passageir<strong>os</strong><br />
<strong>que</strong> ficam instalad<strong>os</strong> no barco,<br />
como tal, é importante <strong>que</strong> exista<br />
forma de lhes chegar informação<br />
de <strong>que</strong> estão num porto onde,<br />
mesmo aqui ao lado, existe um<br />
tipo de restaurantes com tratamento<br />
do peixe e do marisco típico<br />
desta zona. Há outr<strong>os</strong> síti<strong>os</strong><br />
onde se come peixe grelhado, por<br />
exemplo a Turquia, a Grécia, com<br />
alguns métod<strong>os</strong> semelhantes a<strong>os</strong><br />
n<strong>os</strong>s<strong>os</strong>, mas a qualidade do peixe<br />
não é a mesma.<br />
Portanto importa, junto d<strong>os</strong><br />
operadores, fazê-l<strong>os</strong> saber <strong>que</strong> nós<br />
tem<strong>os</strong> um peixe com características<br />
muito próprias, logo uma<br />
oportunidade para <strong>os</strong> seus clientes.<br />
Tratam<strong>os</strong> o peixe com <strong>os</strong> grelhadores<br />
no exterior de uma forma<br />
natural a escalar o peixe, juntar sal<br />
e pô-lo na grelha. Aqui o cliente<br />
conhece todo o processo, acompanha<br />
toda a preparação, desde<br />
<strong>que</strong> viu o peixe na vitrine até vir<br />
para o prato para a mesa, nunca<br />
o perdendo de vista. Em suma,<br />
tem<strong>os</strong> <strong>que</strong> saber tirar partido de<br />
todo este potencial de tráfego do<br />
terminal de passageir<strong>os</strong>.<br />
Mas para isso é preciso criar<br />
programas....<br />
Eu penso <strong>que</strong> é fundamental<br />
criar nov<strong>os</strong> relacionament<strong>os</strong>. Nós<br />
<strong>que</strong> estam<strong>os</strong> nesta zona, aqui à<br />
porta, terem<strong>os</strong> <strong>que</strong> arranjar forma<br />
de junto d<strong>os</strong> operadores lhes dizer<br />
<strong>que</strong> na Associação de Restaurantes<br />
de Mat<strong>os</strong>inh<strong>os</strong> existe uma central<br />
de reservas – está a começar a dar<br />
<strong>os</strong> primeir<strong>os</strong> pass<strong>os</strong> – onde vai ser<br />
p<strong>os</strong>sível <strong>que</strong> aconteça o seguinte –<br />
o barco está a chegar e nós recebem<strong>os</strong><br />
a informação <strong>que</strong> diz: “Conseguim<strong>os</strong><br />
determinado número<br />
de pessoas para visitar <strong>os</strong> v<strong>os</strong>s<strong>os</strong><br />
restaurantes.” Ou grup<strong>os</strong> de pessoas.<br />
E nessa central de reservas é<br />
feita a divisão da forma mais justa<br />
e equitativa p<strong>os</strong>sível pel<strong>os</strong> restaurantes<br />
aderentes. Portanto vam<strong>os</strong><br />
distribuir as reservas <strong>que</strong> n<strong>os</strong> chegam<br />
de forma mais equilibrada<br />
p<strong>os</strong>sível. No entanto, eu tenho a<br />
convicção de <strong>que</strong> para isto ser p<strong>os</strong>sível<br />
vam<strong>os</strong> ter de estar preparad<strong>os</strong><br />
para dar contra-partidas a<strong>os</strong> operadores,<br />
numa relação de benefíci<strong>os</strong><br />
para tod<strong>os</strong>.<br />
O ROTEIRO DE RESTAURANTES DE MATOSINHOS<br />
Um guia prático e muito útil<br />
O roteiro existe para ser distribuido<br />
principalmente nas unidades de alojamento<br />
do Grande Porto e Mat<strong>os</strong>inh<strong>os</strong>. P<strong>os</strong>t<strong>os</strong><br />
de turismo, aeroporto e outr<strong>os</strong> espaç<strong>os</strong><br />
de interação com públic<strong>os</strong>; inclusive,<br />
tivem<strong>os</strong> ajuda na distribuição do Porto e<br />
Norte – Turismo do Norte de <strong>Portugal</strong> onde<br />
introduzim<strong>os</strong> a imagem (deles) no roteiro,<br />
esta é a n<strong>os</strong>sa fil<strong>os</strong>ofia. Relativamente ao<br />
desta<strong>que</strong> d<strong>os</strong> restaurantes, a promoção<br />
pretende-se o mais imparcial e igual<br />
para tod<strong>os</strong>. Nós tem<strong>os</strong> como associad<strong>os</strong><br />
restaurantes de grande dimensão, de<br />
pe<strong>que</strong>na dimensão, restaurantes mais<br />
sofisticad<strong>os</strong>, mais simples, restaurantes<br />
mais bem preparad<strong>os</strong>, outr<strong>os</strong> men<strong>os</strong><br />
apetrechad<strong>os</strong>, mas tod<strong>os</strong> têm seguramente qualidade no <strong>que</strong> servem. O<br />
peixe, embora seja “igual para tod<strong>os</strong>”, o facto é <strong>que</strong> cada um tem a sua<br />
forma de o preparar e apresentar, são ainda restaurantes onde o cliente<br />
com segurança sabe <strong>que</strong> vai comer bem. Como se pode constatar, este<br />
roteiro tem uma característica única - restaurantes de peixe.<br />
Um roteiro informativo, mas também com dinâmicas promocionais a<br />
pensar em benefíci<strong>os</strong> para o público?<br />
Naturalmente <strong>que</strong> a n<strong>os</strong>sa intenção é a promoção. Nesta edição,<br />
contám<strong>os</strong> com a ajuda de uma marca com importância e peso no<br />
mercado — Casal Garcia, da empresa Aveleda — <strong>que</strong> n<strong>os</strong> apoiou na<br />
produção do roteiro, e em term<strong>os</strong> de benefício para o público, oferecia<br />
uma garrafa R<strong>os</strong>é em cada consumo de uma garrafa de branco.<br />
Tod<strong>os</strong> ficaram a ganhar. Em term<strong>os</strong> de divulgação, na n<strong>os</strong>sa zona de<br />
proximidade e na cidade do Porto e distribuím<strong>os</strong> o roteiro n<strong>os</strong> vári<strong>os</strong><br />
hóteis, guest-house’s, h<strong>os</strong>tels, etc. Entretanto , visitam<strong>os</strong> a nova loja<br />
Porto e Norte no Aeroporto, <strong>que</strong> está muito interessante, e falam<strong>os</strong> da<br />
distribuição e na oportunidade de introduzir o roteiro online. Tod<strong>os</strong> estes<br />
são espaç<strong>os</strong> de promoção muito importante para nós.<br />
Para <strong>os</strong> amantes da boa comida<br />
<strong>que</strong> buscam fazer um programa<br />
gastronómico para apreciar as artes<br />
de um grande Chefe, tomem<br />
nota deste nome: “Srª Peliteiro”;<br />
um restaurante em Fão, lá para<br />
<strong>os</strong> lad<strong>os</strong> de Esp<strong>os</strong>ende, está a dar<br />
<strong>que</strong> falar pel<strong>os</strong> <strong>melhor</strong>es motiv<strong>os</strong>....<br />
A proprietária Paula Peliteiro<br />
<strong>que</strong> já trazia experiência do Brasil,<br />
onde teve dois restaurantes,<br />
abriu há cerca de um ano o Restaurante<br />
& Atelier gastronómico<br />
Srª Peliteiro (é assim <strong>que</strong> g<strong>os</strong>ta<br />
de o chamar) num bonita largo<br />
nas margens do Rio Cávado em<br />
Fão. Aberto de Sexta a Domingo<br />
(a partir deste verão será diferente...)<br />
a chefe ap<strong>os</strong>ta no bom<br />
tempo útil <strong>que</strong> lhe resta para<br />
investigar ao detalhe a relação de<br />
excelência entre produt<strong>os</strong> da terra<br />
e algumas das receitas <strong>que</strong> durante<br />
an<strong>os</strong> foi assimilando em locais<br />
por onde viveu e partilhou experiencias<br />
culinárias. É sabido <strong>que</strong><br />
esta zona litoral <strong>que</strong> se estende<br />
da Póvoa de Varzim a Esp<strong>os</strong>ende<br />
é bem conhecida pel<strong>os</strong> seus produt<strong>os</strong><br />
hortícolas de elevadíssima<br />
qualidade e variedade. Ora por<br />
força da sua dedicação e criatividade,<br />
a Srª Peliteiro dá-lhes ainda<br />
mais vida, acentuando <strong>os</strong> seus sabores<br />
e aromas com ervas aromáticas<br />
e especiarias, fundamentais<br />
na elaboração das suas iguarias.<br />
Das suas viagens traz na bagagem<br />
livr<strong>os</strong>, fotografias, diálog<strong>os</strong><br />
e sabores guardad<strong>os</strong> na memória<br />
<strong>que</strong> transforma e recria, partindo<br />
da cozinha tradicional portuguesa,<br />
prat<strong>os</strong> tão sabor<strong>os</strong><strong>os</strong> quanto<br />
exótic<strong>os</strong>, como uma Tajine<br />
(marroquina) ou uma Mo<strong>que</strong>ca<br />
(brasileira) até um Polvo com a<br />
Pimenta da Terra d<strong>os</strong> Açores.<br />
Outra das suas paixões são <strong>os</strong><br />
doces, <strong>os</strong> “Doces Pecad<strong>os</strong>” da Sra.<br />
Peliteiro, tendo por base a ri<strong>que</strong>za<br />
da n<strong>os</strong>sa doçaria conventual.<br />
Apaixonada pela arte gastronómica,<br />
misteri<strong>os</strong>a, labiríntica e<br />
simultaneamente sedutora, a Srª<br />
Peliteiro recebe <strong>os</strong> clientes com<br />
uma abundância de cores, aromas<br />
e sabores, verdadeiramente<br />
únic<strong>os</strong> e ines<strong>que</strong>cíveis. Com o<br />
seu marido J<strong>os</strong>é Pedro Coutinho,<br />
gestor e um relações publicas por<br />
excelência, o restaurante apresenta<br />
uma carta de vinh<strong>os</strong> q.b., e um<br />
serviço muito dedicado e profissional.<br />
Srª Peliteiro, faz parte d<strong>os</strong> restaurantes<br />
“obrigatóri<strong>os</strong>” a visitar,<br />
logo <strong>que</strong> surja o apetite...<br />
SRª PELITEIRO<br />
Largo do Cortinhal, Rua Comendador<br />
Correia Leite, nº 7 – Fão;<br />
Telefone 253966051<br />
sextas-feiras e sábad<strong>os</strong> ao jantar e doming<strong>os</strong><br />
ao almoço. (outubro a junho)<br />
quarta-feira a domingo ao almoço, happyhour<br />
e ao Jantar (julho a setembro)
24 SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2012<br />
SAÚDE<br />
Reprocessamento de disp<strong>os</strong>itiv<strong>os</strong> médic<strong>os</strong> levanta preocupações<br />
A Associação Portuguesa das Empresas de Disp<strong>os</strong>itiv<strong>os</strong> Médic<strong>os</strong> (Apormed) veio a público alertar<br />
<strong>que</strong> as preocupações com a redução de cust<strong>os</strong> na área da saúde pode levar a <strong>que</strong> algumas instituições<br />
públicas estejam a ponderar a reutilização de disp<strong>os</strong>itiv<strong>os</strong> médic<strong>os</strong> de uso único. O <strong>que</strong><br />
pode representar um risco para a saúde, em term<strong>os</strong> de contaminação cruzada, alterações no desempenho<br />
e/ou outr<strong>os</strong> event<strong>os</strong> advers<strong>os</strong>. Isto se a entidade responsável pelo reprocessamento não<br />
garantir a conformidade d<strong>os</strong> disp<strong>os</strong>itiv<strong>os</strong> reprocessad<strong>os</strong> com <strong>os</strong> requisit<strong>os</strong> definid<strong>os</strong> na legislação.<br />
MIGUEL BARREIROS, ADMINISTRADOR DO CENTRO LIFE BEAT, LAMENTA<br />
Seguradoras não comparticipam<br />
ações preventivas na saúde<br />
O Life Beat, centro de<br />
diagnóstico e prevenção,<br />
p<strong>os</strong>iciona-se num<br />
mercado <strong>que</strong> também<br />
sofre as consequências<br />
da crise. Mas há outr<strong>os</strong><br />
problemas, como<br />
a ausência de<br />
comparticipação em ações<br />
preventivas por parte das<br />
seguradoras e a enorme<br />
informação médica <strong>que</strong><br />
existe. Miguel Barreir<strong>os</strong>,<br />
administrador da empresa<br />
orientada para<br />
o diagnóstico precoce da<br />
doença coronária e d<strong>os</strong><br />
cancr<strong>os</strong> do pulmão e do<br />
cólon, admite ainda <strong>que</strong> a<br />
legislação existente não é<br />
a adequada.<br />
<strong>Vida</strong> Económica – Qual a<br />
atual situação do mercado em<br />
<strong>que</strong> está inserido o v<strong>os</strong>so centro?<br />
Miguel Barreir<strong>os</strong> – Está num<br />
ponto de viragem, em <strong>que</strong> começa<br />
a existir uma perceção da importância<br />
da prevenção e do diagnóstico<br />
precoce e, talvez mais importante,<br />
a certeza <strong>que</strong> num contexto<br />
de crise como o <strong>que</strong> se atravessa a<br />
saúde é um bem ainda mais importante<br />
e <strong>que</strong> tem de ser preservado.<br />
VE – Quais <strong>os</strong> principais problemas<br />
<strong>que</strong> se colocam à v<strong>os</strong>sa<br />
atividade?<br />
MB – Os principais problemas<br />
têm duas origens diferentes. Por<br />
um lado, a ausência de comparticipação<br />
em ações preventivas por<br />
parte das seguradoras, o <strong>que</strong> limita a<br />
procura deste tipo de atividade focada<br />
na prevenção suportada por evidência.<br />
O outro problema está relacionado<br />
com a enorme quantidade<br />
de informação médica <strong>que</strong> existe e o<br />
tempo <strong>que</strong> leva a <strong>que</strong> a mesma seja<br />
adotada pela prática clínica diária e<br />
<strong>que</strong> faz com <strong>que</strong> o tempo necessário<br />
para a divulgação de uma técnica<br />
nova seja muito grande.<br />
VE – Considera a legislação<br />
existente a mais adequada?<br />
MB – Não me parece <strong>que</strong> esteja<br />
adequada, pois tem-se assistido a<br />
um aumento inadmissível de doenças<br />
crónicas – designadamente a<br />
diabetes – sem grandes investiment<strong>os</strong><br />
ao nível da prevenção primária,<br />
evitando tal escalada, ou numa ação<br />
proativa com a prevenção secundária<br />
e na gestão do doente diabético e<br />
das complicações associadas, como<br />
a cegueira e as amputações <strong>que</strong> têm<br />
custo financeiro, social e humano<br />
bastante maior do <strong>que</strong> <strong>os</strong> investiment<strong>os</strong><br />
realizad<strong>os</strong> para <strong>os</strong> prevenir.<br />
Miguel Barreir<strong>os</strong> considera <strong>que</strong> há muita informação médica e <strong>que</strong> a sua assimilação<br />
não é simples em term<strong>os</strong> prátic<strong>os</strong>.<br />
VE – Há, de facto, a p<strong>os</strong>sibilidade<br />
de prevenir essas doenças?<br />
MB – O mais importante na<br />
prevenção das doenças cardiovasculares<br />
ou oncológicas situa-se na<br />
prevenção primária e na eliminação<br />
d<strong>os</strong> factores de risco modificáveis,<br />
como o tabaco, <strong>que</strong> é o principal<br />
factor de risco para o cancro do<br />
pulmão e para as doenças cardiovasculares.<br />
O n<strong>os</strong>so contributo situa-se<br />
na prevenção secundária, em<br />
<strong>que</strong>, perante indivídu<strong>os</strong> com factores<br />
de risco, se investiga se alguma<br />
patologia se está a instalar. Uma<br />
característica comum nas doenças<br />
cardiovasculares ou oncológicas é o<br />
seu caráter assintomático durante a<br />
fase inicial e em <strong>que</strong> o diagnóstico<br />
precoce pode promover uma atuação<br />
atempada e com probabilidades<br />
de sucesso bastante maiores e<br />
cust<strong>os</strong> muito menores.<br />
VE – Como opera a empresa<br />
num mercado tão concorrencial?<br />
MB – O centro tem uma abordagem<br />
focada na prevenção secundária<br />
ou diagnóstico precoce, apoiada<br />
numa técnica de diagnóstico de tomografia<br />
computorizada com uma<br />
baixa d<strong>os</strong>e de radiação única em<br />
<strong>Portugal</strong> e denominada tomografia<br />
por feixe de eletrões. Com esta<br />
técnica são desenvolvid<strong>os</strong> pacotes<br />
específic<strong>os</strong> de rastreio de patologias<br />
como o cancro do cólon, a doença<br />
arter<strong>os</strong>clorótica coronária e o cancro<br />
do pulmão. Paralelamente, desenvolvem<strong>os</strong><br />
atividade de consulta<br />
médica em várias especialidades e<br />
mei<strong>os</strong> de diagnóstico não invasivo.<br />
N<strong>os</strong> próxim<strong>os</strong> temp<strong>os</strong>, para<br />
além de alguma atividade no âmbito<br />
da internacionalização já em<br />
curso, a ap<strong>os</strong>ta tem de ser na divulgação<br />
d<strong>os</strong> métod<strong>os</strong> e na informação<br />
à classe médica das vantagens<br />
d<strong>os</strong> exames realizad<strong>os</strong>. Entretanto,<br />
está a ser aplicado com sucesso um<br />
programa de prevenção do ata<strong>que</strong><br />
cardíaco. Tendo em conta <strong>que</strong> as<br />
doenças cardiovasculares são responsáveis<br />
por cerca de 40% d<strong>os</strong><br />
óbit<strong>os</strong> em <strong>Portugal</strong>, este novo programa<br />
está centrado na p<strong>os</strong>sibilidade<br />
de realizar o diagnóstico precoce<br />
da doença coronária antes da ocorrência<br />
de um ata<strong>que</strong> cardíaco.<br />
Legislação nacional limita investimento publicitário na saúde<br />
GUILHERME OSSWALD<br />
guilherme<strong>os</strong>swald@vidaeconomica.pt<br />
O mercado ibérico de “consumer healthcare”<br />
é tido como estratégico para a multinacional<br />
Sanofi. Em <strong>Portugal</strong>, a intenção<br />
é desenvolver um portefólio <strong>que</strong> permita à<br />
empresa ser um parceiro de referência para<br />
as farmácias, revelou à “<strong>Vida</strong> Económica”<br />
Maria do Céu Correia, diretora desta divisão<br />
de negóci<strong>os</strong> da Sanofi para a Península<br />
Ibérica, <strong>que</strong> lamenta o facto de existirem<br />
demasiadas restrições ao anúncio d<strong>os</strong> seus<br />
produt<strong>os</strong>.<br />
Em <strong>Portugal</strong> existem demasiadas restrições<br />
para anunciar <strong>os</strong> produt<strong>os</strong> da Sanofi,<br />
argumenta Maria do Céu Correia. “É necessário<br />
rever a legislação em vigor, tornando-a<br />
mais flexível e permitindo o seu<br />
alinhamento com outr<strong>os</strong> mercad<strong>os</strong>. Tem<strong>os</strong><br />
de manter o compromisso e o investimento<br />
neste mercado, mas precisam<strong>os</strong> do apoio<br />
d<strong>os</strong> legisladores, de modo a otimizar <strong>os</strong><br />
recurs<strong>os</strong> investid<strong>os</strong>. Um outro aspeto relaciona-se<br />
com a lista de indicações passíveis<br />
de auto-medicação. É mais aberta noutr<strong>os</strong><br />
países europeus e seria p<strong>os</strong>itivo ter uma lista<br />
idêntica em <strong>Portugal</strong>.<br />
Não existem grandes diferenças entre o<br />
mercado nacional e o espanhol. “O conceito<br />
de consumer healthcare ultrapassou<br />
fronteiras e cada vez mais <strong>os</strong> consumidores<br />
ap<strong>os</strong>tam no autocuidado, <strong>que</strong>r do ponto de<br />
vista estético, <strong>que</strong>r em term<strong>os</strong> de saúde e<br />
bem-estar. Tem<strong>os</strong> uma visão global do <strong>que</strong><br />
está a acontecer n<strong>os</strong> diferentes mercad<strong>os</strong><br />
onde estam<strong>os</strong> presentes, o <strong>que</strong> n<strong>os</strong> permite<br />
conhecer, valorizar e procurar as <strong>melhor</strong>es<br />
oportunidades e iniciativas e implementálas<br />
localmente”, de acordo com Maria do<br />
Céu Correia.<br />
Para a Sanofi, amb<strong>os</strong> <strong>os</strong> mercad<strong>os</strong> são<br />
importantes, como quis deixar claro a<strong>que</strong>la<br />
responsável. E adiantou: “Os dois mercad<strong>os</strong><br />
têm boas perspetivas de crescimento para as<br />
n<strong>os</strong>sas marcas. Apesar de o estarm<strong>os</strong> num<br />
contexto difícil, sabem<strong>os</strong> <strong>que</strong> <strong>que</strong>rem<strong>os</strong><br />
ap<strong>os</strong>tar neste tipo de produt<strong>os</strong> a nível ibérico.<br />
A n<strong>os</strong>sa prioridade é o p<strong>os</strong>icionamento<br />
no mercado orientado para o consumidor<br />
em quatro áreas básicas, produt<strong>os</strong> de inverno,<br />
alergias, cuidad<strong>os</strong> da pele e bem-estar.”<br />
Disponibilização de produt<strong>os</strong><br />
de valor acrescentado<br />
Não será tarefa fácil, sendo <strong>que</strong> Maria<br />
do Céu Correia está consciente <strong>que</strong> o<br />
crescimento passa pela disponibilização de<br />
produt<strong>os</strong> com valor acrescentado. “Tem<strong>os</strong><br />
produt<strong>os</strong> diferenciad<strong>os</strong>, portanto o primeiro<br />
desafio já foi superado. No entanto, a<br />
conjuntura económica em <strong>que</strong> n<strong>os</strong> encontram<strong>os</strong><br />
faz com <strong>que</strong> tenham<strong>os</strong> <strong>que</strong> enfrentar<br />
alguns desafi<strong>os</strong> num mercado muito competitivo,<br />
o <strong>que</strong> n<strong>os</strong> impele a identificar e a otimizar<br />
oportunidades de negócio. A nível de<br />
produt<strong>os</strong>, a ap<strong>os</strong>ta para este ano são as categorias<br />
de t<strong>os</strong>se e constipação, com as marcas<br />
Mucoral, Nasorhinathiol e Tussoral e para<br />
as alergias o Telfast, não es<strong>que</strong>cendo outras<br />
marcas já conhecidas d<strong>os</strong> consumidores,<br />
como é o caso do Myt<strong>os</strong>il. É determinante a<br />
n<strong>os</strong>sa capacidade de crescimento e inovação,<br />
facto <strong>que</strong> n<strong>os</strong> permite ser ambici<strong>os</strong><strong>os</strong> quanto<br />
ao desenvolvimento no futuro.”<br />
O mercado farmacêutico não escapa à<br />
crise. Há um cada vez maior controlo de<br />
custo por parte das autoridades e d<strong>os</strong> própri<strong>os</strong><br />
consumidores. Mas também pode ser<br />
uma boa altura para aproveitar as oportunidades<br />
<strong>que</strong> se colocam. “Os consumidores<br />
procuram mais eficiência quando investem<br />
neste tipo de produt<strong>os</strong>. O <strong>que</strong> n<strong>os</strong> permite<br />
reforçar a n<strong>os</strong>sa p<strong>os</strong>ição, tendo em conta a<br />
qualidade d<strong>os</strong> n<strong>os</strong>s<strong>os</strong> produt<strong>os</strong>. Por outro<br />
lado, as autoridades estão a alterar alguns<br />
medicament<strong>os</strong> de prescrição médica, o <strong>que</strong><br />
n<strong>os</strong> é vantaj<strong>os</strong>o face ao n<strong>os</strong>so portefólio.”
SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2012 25<br />
NEGÓCIOS E EMPRESAS/Empresas Familiares<br />
Portela Cafés lança-se no mercado das máquinas<br />
de cápsulas<br />
As sete lojas Portela Cafés existentes em <strong>Portugal</strong> já têm disponível a mais recente novidade<br />
desta empresa familiar, liderada por Ângelo Pedro Marçal: máquinas de cápsulas. Depois do<br />
lançamento das cápsulas, a firma enfrenta a concorrência e coloca no mercado as máquinas<br />
“Caps Portela”, disponíveis em cinco cores. “Expressamente para si” é o slogan desta nova vertente<br />
empresarial da Portela Cafés, <strong>que</strong> já pensa na internacionalização.<br />
JP Sá Couto diz <strong>que</strong> rescisão do Governo<br />
não terá impacto nas suas contas<br />
A JP Sá Couto assegura <strong>que</strong> a rescisão de um contrato de investimento no valor de 10,9 milhões<br />
de eur<strong>os</strong> não influencia as contas da empresa. A empresa garante ainda, através de comunicado,<br />
<strong>que</strong> <strong>os</strong> seus projet<strong>os</strong> estão “concentrad<strong>os</strong> na exportação”. Recorde-se <strong>que</strong> o Governo<br />
anunciou, recentemente, a rescisão do contrato de investimento para a construção de uma<br />
fábrica de equipamento informático, situada em Mat<strong>os</strong>inh<strong>os</strong>.<br />
ANTÓNIO NOGUEIRA<br />
DA COSTA<br />
Consultor Empresas<br />
Familiares<br />
antonio.c<strong>os</strong>ta@efconsulting.es<br />
As empresas familiares são<br />
organizações <strong>que</strong> podem assumir<br />
distintas dimensões, sendo muito<br />
natural <strong>que</strong> ao longo da sua história<br />
esta variável seja normalmente de<br />
crescimento.<br />
Existem, contudo, empresas <strong>que</strong> sabem<br />
<strong>que</strong> o seu sucesso pode mesmo passar<br />
por manter a sua micro dimensão. Ser<br />
pe<strong>que</strong>no não significa perder qual<strong>que</strong>r<br />
qualidade, em especial uma <strong>que</strong> se<br />
associa às empresas familiares: o<br />
dinamismo.<br />
Lançar um negócio é a primeira e<br />
provavelmente a maior força <strong>que</strong> é<br />
necessária despoletar por uma pessoa<br />
empreendedora <strong>que</strong>, em determinado<br />
REFLEXÕES SOBRE EMPRESAS FAMILIARES<br />
A empresa familiar é dinâmica<br />
momento, decide combater uma inércia<br />
e arranjar uma força permanente <strong>que</strong><br />
o irá colocar num movimento <strong>que</strong><br />
pretende seja imparável.<br />
Este dinamismo, <strong>que</strong> se identifica e<br />
reconhece nas empresas familiares, é<br />
algo <strong>que</strong> <strong>os</strong> líderes tentam incutir nas<br />
suas organizações, pois sabem <strong>que</strong> sem<br />
ele imperará a estagnação, o <strong>que</strong>, no<br />
mundo d<strong>os</strong> negóci<strong>os</strong>, poderá implicar a<br />
não sobrevivência.<br />
Temas para reflexão:<br />
• A n<strong>os</strong>sa dimensão condiciona a<br />
n<strong>os</strong>sa atuação?<br />
• Até onde <strong>que</strong>rem<strong>os</strong> ir?<br />
• Estam<strong>os</strong> a preparar-n<strong>os</strong> para chegar<br />
a esse destino?<br />
Dinâmicas<br />
Fonte: “La Imagen de la Empresa Familiar en España”,<br />
Edelman e Instituto Empresa Familiar, 2006<br />
Quando, em 1995, João Clara<br />
decidiu sair de Lisboa e regressar a<br />
Manteigas, ia com a ideia de fechar<br />
o micronegócio familiar fundado<br />
pelo seu avô. Contudo, “… acabei<br />
por me entusiasmar e ficar por cá”.<br />
Percebeu <strong>que</strong> podia encontrar um<br />
nicho de mercado <strong>que</strong> mantivesse<br />
<strong>os</strong> métod<strong>os</strong> ancestrais e, com a<br />
sua visão do tamanho do mundo,<br />
ap<strong>os</strong>tou na internacionalização, para<br />
onde destina mais de 40% da produção, vendendo para<br />
divers<strong>os</strong> países, sendo um d<strong>os</strong> mais significativ<strong>os</strong> o Japão.<br />
Não é pois de estranhar <strong>que</strong>, este ano, tenha recebido a<br />
visita do seu principal cliente japonês <strong>que</strong> enviou quatro<br />
pessoas para conhecer todo o processo de produção, <strong>que</strong><br />
tem origem na t<strong>os</strong>quia da lã e termina n<strong>os</strong> teares manuais,<br />
das magníficas peças <strong>que</strong> <strong>os</strong> orientais estão a adorar.<br />
Especialistas na consultoria a Empresas Familiares e<br />
elaboração de Protocol<strong>os</strong> Familiares<br />
Santiago – Porto<br />
www.efconsulting.es efconsulting@efconsulting.es<br />
JMV traz chás Harney & Sons<br />
para <strong>Portugal</strong><br />
MARTA ARAÚJO<br />
martaaraujo@vidaeconomica.pt<br />
O grupo J<strong>os</strong>é Maria Vieira<br />
(JMV) vai trazer para <strong>Portugal</strong>,<br />
pela primeira vez, a marca de<br />
chás Harney & Sons. A empresa<br />
familiar <strong>que</strong> se dedica à distribuição<br />
de bebidas, vinh<strong>os</strong>,<br />
torrefação e comercialização<br />
de café passa, assim, a ter o exclusivo,<br />
em território luso,<br />
da<strong>que</strong>la chancela internacional<br />
de prestígio,<br />
<strong>que</strong> está no<br />
mercado desde<br />
1983.<br />
O lançamento<br />
da Harney<br />
& Sons, no ano em <strong>que</strong> o<br />
JMV assinala 50 an<strong>os</strong> de atividade,<br />
“vem reforçar o conjunto de<br />
marcas de prestígio <strong>que</strong> a JMV representa<br />
em <strong>Portugal</strong>”, refere a empresa em comunicado<br />
enviado à “<strong>Vida</strong> Económica”. São<br />
exemplo disso, <strong>os</strong> Vinh<strong>os</strong> Borges, Ram<strong>os</strong><br />
Pinto, Louis Roederer, Charles Mignon,<br />
Santero, Jagermeister, Pitú, Underberg, a<br />
marca de whisky irlandês The Irishman,<br />
Herdade do Pombal e DFJ.<br />
Chás de requinte numa empresa<br />
socialmente responsável<br />
Segundo foi p<strong>os</strong>sível apurar, em <strong>Portugal</strong><br />
vão estar disponíveis as gamas de retalho<br />
especializado e horeca d<strong>os</strong> chás Harney &<br />
Sons. A primeira é comp<strong>os</strong>ta por uma embalagem<br />
metálica <strong>que</strong> contém 20 sa<strong>que</strong>tas<br />
de seda em forma de pirâmide. A linha<br />
Horeca, por seu turno, apresenta embalagens<br />
<strong>que</strong> contêm 20 sa<strong>que</strong>tas herméticas<br />
individuais em seda.<br />
Recorde-se <strong>que</strong>, pela experiência, qualidade<br />
e diversidade apresentadas, <strong>os</strong> chás<br />
Harney & Sons, marca internacional de chás,<br />
vai passar a ser comercializado em <strong>Portugal</strong>,<br />
através do grupo J<strong>os</strong>é Maria Vieira.<br />
Harney & Sons são <strong>os</strong> chás oficiais do Salão<br />
de Chá do Hotel Dorchester em Londres,<br />
distinguido com o prémio “Top London<br />
Afternoon Tea Awards 2007”. A marca<br />
é também fornecedora de chá do Hotel<br />
Claridge’s Londres <strong>que</strong> recebeu o prémio<br />
“Top London Afternoon Tea Awards<br />
2011”. O prémio “Top London Afternoon<br />
Tea Award”, atribuído pelo Conselho de<br />
Chá do Reino Unido (United Kingdom<br />
Tea Council), é considerado o “Óscar” do<br />
mundo do chá.<br />
Além de se destacar pela variedade e diferenciação<br />
d<strong>os</strong> sabores <strong>que</strong> apresenta, a<br />
Harney & Sons ap<strong>os</strong>ta numa política de<br />
proteção do ambiente, apresentando-se<br />
como uma empresa socialmente responsável<br />
n<strong>os</strong> locais e nas populações onde está<br />
presente.<br />
perguntas essenciais sobre<br />
EMPRESAS FAMILIARES<br />
“Tem<strong>os</strong> aqui um bom instrumento de trabalho para n<strong>os</strong> levar<br />
a encontrar soluções concretas para construir o futuro das<br />
n<strong>os</strong>sas empresas e das n<strong>os</strong>sas famílias.”<br />
Extraído do Prefácio escrito por J<strong>os</strong>é Luís Simões,<br />
Presidente do Conselho Administração do Grupo Luis Simões<br />
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26 SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2012<br />
ÓCIO E NEGÓCIOS<br />
Banco Santander Totta investe 6,6 milhões<br />
em sustentabilidade<br />
O Banco Santander Totta continua a dar à Responsabilidade Social um espaço<br />
importante na sua política de atuação, tendo em 2011 investido 6,6 milhões<br />
de eur<strong>os</strong> em matéria de sustentabilidade, um aumento de 19,5% em relação<br />
ao ano anterior. Assim o diz o seu Relatório de Sustentabilidade, <strong>que</strong> descreve<br />
em detalhe todas estas políticas de sustentabilidade implementadas em <strong>Portugal</strong>.<br />
ROGÉRIO SANTOS, SÓCIO-FUNDADOR DA MEGA DIES, ASSEGURA<br />
“Capacidade de inovar<br />
tem feito a diferença”<br />
Laborando num setor “onde<br />
a concorrência é universal”, a<br />
Mega Dies exporta já “quase<br />
a totalidade” da sua produção<br />
e tem no seu portefólio de<br />
clientes “tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> grandes<br />
fabricantes mundiais do setor<br />
automóvel”.<br />
FERNANDA SILVA TEIXEIRA<br />
fernandateixeira@vidaeconomica.pt<br />
<strong>Vida</strong> Económica – Antes de mais, <strong>que</strong>m<br />
é a Mega Dies?<br />
Rogério Sant<strong>os</strong> – A Mega Dies, Cunh<strong>os</strong> e<br />
Cortantes, nasceu com o propósito de fabricar<br />
ferramentas de grande dimensão para corte,<br />
embutido ou estampagem do tipo transfer automático<br />
<strong>que</strong> por encerramento da P.J. Ferramentas,<br />
especialista em cunh<strong>os</strong> e cortantes progressiv<strong>os</strong>,<br />
e por iniciativa de gerência comum<br />
às duas empresas, passou a <strong>executa</strong>r <strong>os</strong> dois tip<strong>os</strong><br />
de ferramentas conforme já acontecia antes<br />
da constituição da Mega Dies.<br />
VE – Qual é o p<strong>os</strong>icionamento da empresa<br />
no mercado?<br />
RS – A empresa exporta a quase totalidade<br />
da produção e tem no seu portefólio de clientes<br />
tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> grandes fabricantes mundiais do<br />
Market reports<br />
sobre Angola<br />
RESERVE<br />
JÁ<br />
O SEU EXEMPLAR<br />
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O mercado angolano é uma fonte de<br />
oportunidades de exportação e de<br />
investimento, mas exige informação<br />
adequada. Através d<strong>os</strong> n<strong>os</strong>s<strong>os</strong> Market<br />
Reports sobre Angola ficará a conhecer a<br />
situação concreta do país e do setor <strong>que</strong><br />
lhe interessa de forma a abordar o mercado<br />
com mais eficácia e men<strong>os</strong> risc<strong>os</strong>.<br />
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Rogério Sant<strong>os</strong>, sócio-gerente da Megadies, João Casal, fundador da extinta Casal, e Valdemar<br />
Coutinho, presidente da Aida.<br />
setor automóvel. Neste momento tem<strong>os</strong> uma<br />
carteira de trabalho até às férias de 2014, o <strong>que</strong><br />
é excelente no n<strong>os</strong>so ramo de negóci<strong>os</strong>.<br />
VE – Quais as principais vantagens<br />
competitivas da Mega Dies face à concorrência?<br />
RS – A Mega Dies está no mercado por<strong>que</strong><br />
tem uma relação preço/qualidade excelente.<br />
De salientar <strong>que</strong> estam<strong>os</strong> num setor onde a<br />
concorrência é universal, logo só restam as boas<br />
e excelentes.<br />
“Problema está em financiar<br />
<strong>os</strong> projet<strong>os</strong> d<strong>os</strong> n<strong>os</strong>s<strong>os</strong> clientes”<br />
VE – Até <strong>que</strong> ponto a atual situação<br />
económica nacional e a dificuldade no<br />
acesso ao financiamento (bancário) têm<br />
condicionado a v<strong>os</strong>sa atividade?<br />
RS – Não tem<strong>os</strong> recorrido a crédit<strong>os</strong> bancári<strong>os</strong>,<br />
por isso não sentim<strong>os</strong> esse problema. No<br />
entanto, estam<strong>os</strong> há duas semanas à espera de<br />
uma garantia bancária, o <strong>que</strong> é muito estranho<br />
face ao bom relacionamento <strong>que</strong> tem<strong>os</strong> com a<br />
banca. Penso <strong>que</strong> numa situação normal esta já<br />
estaria resolvida.<br />
VE – Apesar de tudo, as expetativas<br />
para este ano são otimistas?<br />
RS – Sim, apesar de trabalharm<strong>os</strong> com multinacionais,<br />
o n<strong>os</strong>so problema está sempre em<br />
financiarm<strong>os</strong> <strong>os</strong> projet<strong>os</strong> d<strong>os</strong> n<strong>os</strong>s<strong>os</strong> clientes,<br />
ou seja, recebem<strong>os</strong> tardiamente. Em média<br />
recebem<strong>os</strong> acima d<strong>os</strong> seis meses, depois de pagarm<strong>os</strong><br />
a<strong>os</strong> n<strong>os</strong>s<strong>os</strong> fornecedores. Isso é o n<strong>os</strong>so<br />
principal constrangimento.<br />
Inovação “tem sido a chave do sucesso<br />
face à concorrência”<br />
VE – Qual a importância d<strong>os</strong> mercad<strong>os</strong><br />
extern<strong>os</strong> para a atividade da Mega Dies?<br />
RS – Toda. Sem ele não existíam<strong>os</strong> tal como<br />
som<strong>os</strong>. Produzim<strong>os</strong> tecnologia para gigantes<br />
como a Mercedes, GM, Renault, Bombardier,<br />
VW, BMW, e outras marcas emblemáticas<br />
como a Porsche. Exportam<strong>os</strong> para a Comunidade<br />
Europeia, Rússia e Estad<strong>os</strong> Unid<strong>os</strong>, entre<br />
outr<strong>os</strong>.<br />
VE – Qual o papel desempenhado pela<br />
inovação na atividade da empresa? Inovar<br />
é, cada vez mais, uma <strong>que</strong>stão de sobrevivência?<br />
RS – Sim, a n<strong>os</strong>sa capacidade de inovar tem<br />
feito a diferença. Essa tem sido a chave do n<strong>os</strong>so<br />
sucesso face à concorrência.<br />
Homenagem<br />
a João Casal<br />
Em paralelo com a cerimónia de<br />
inauguração das novas instalações da<br />
Mega Dies, a empresa aveirense promoveu<br />
uma homenagem especial a João Casal,<br />
fundador da Metalurgia Casal, fabricante<br />
do fam<strong>os</strong>o motociclo “Casal-B<strong>os</strong>s”,<br />
“homem visionário” e pelo qual “nutrim<strong>os</strong><br />
uma enorme gratidão”, salienta Rogério<br />
Sant<strong>os</strong>, anfitrião do evento.<br />
“Qual<strong>que</strong>r pessoa de bem <strong>que</strong> trabalhou<br />
ou negociou com ele sente fascínio pela<br />
sua obra”, assegura o sócio-fundador da<br />
Mega Dies. Todavia, é com pesar <strong>que</strong> o<br />
empresário demonstra tal gratidão. “Tenho<br />
assistido a algumas condecorações no<br />
dia de <strong>Portugal</strong> <strong>que</strong> nunca entendi. Como<br />
a n<strong>os</strong>sa classe política trata muito mal<br />
<strong>os</strong> n<strong>os</strong>s<strong>os</strong> empresári<strong>os</strong>, nós tem<strong>os</strong> <strong>que</strong><br />
aprender a homenagear a<strong>que</strong>les <strong>que</strong> de<br />
uma forma ou outra foram <strong>os</strong> n<strong>os</strong>s<strong>os</strong><br />
mentores”, reforça, recordando <strong>que</strong>,<br />
como conhecedor da realidade, dizer <strong>que</strong><br />
“o sucesso da Renault Cacia em grande<br />
parte se deve à Metalurgia Casal” não é<br />
de mais.<br />
Lembrando a iniciativa pioneira<br />
da Metalugia Casal na criação de<br />
uma verdadeira escola de formação<br />
profissional, <strong>que</strong> funcionou “desde<br />
1965 até a<strong>os</strong> an<strong>os</strong> oitenta sem qual<strong>que</strong>r<br />
subsídio”, o ex-funcionário de João<br />
Casal e agora empresário do ramo<br />
Rogério Sant<strong>os</strong> não tem dúvidas <strong>que</strong> o<br />
desenvolvimento industrial baseia-se na<br />
ap<strong>os</strong>ta contínua na formação profissional.<br />
“Há muit<strong>os</strong> an<strong>os</strong> <strong>que</strong> este tema é<br />
discutido. Parece-me <strong>que</strong> o Governo atual<br />
está ap<strong>os</strong>tado na sua resolução, porém<br />
esperam<strong>os</strong> <strong>que</strong> passe das boas intenções<br />
às boas práticas”, frisa.<br />
Ao longo do seu discurso de homenagem<br />
a João Casal, o responsável máximo da<br />
Mega Dies disse ainda <strong>que</strong>, “em <strong>Portugal</strong>,<br />
<strong>os</strong> <strong>que</strong> arriscam estão condenad<strong>os</strong><br />
ao sucesso ou à mendicidade. Não<br />
há lugar a fracass<strong>os</strong>”. Nisso, “<strong>os</strong><br />
n<strong>os</strong>s<strong>os</strong> empresári<strong>os</strong> não estão isent<strong>os</strong><br />
de culpa, nós som<strong>os</strong> pouco dad<strong>os</strong><br />
a associativismo, e normalmente as<br />
associações empresariais não têm a força<br />
<strong>que</strong> precisam por alheamento d<strong>os</strong> seus<br />
associad<strong>os</strong>, para defenderem causas.<br />
Isto é inadmissível, e eu estou certo <strong>que</strong><br />
qual<strong>que</strong>r empreendedor informado, face a<br />
estas circunstâncias, se inibe de eventuais<br />
projet<strong>os</strong>, tornando-se tal lei imprópria para<br />
um país <strong>que</strong> <strong>que</strong>ira crescer no conceito<br />
das nações”, finalizou.
SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2012 27<br />
ÓCIO E NEGÓCIOS<br />
Fundação Altran abre concurso de tecnologia e inovação<br />
A Fundação Altran abriu as candidaturas para a competição nacional em tecnologia e inovação,<br />
com o tema para <strong>Portugal</strong> “Tecnologia e Inovação ao Serviço da Inclusão Social”.<br />
O objetivo “do concurso é promover a inovação tecnológica<br />
para o benefício de tod<strong>os</strong>, dinamizar a inovação<br />
e as ideias criativas e apoiar o desenvolvimento<br />
e a concretização d<strong>os</strong> projet<strong>os</strong> inovadores.<br />
Rita Guerra sobe ao palco<br />
Os Casin<strong>os</strong> do Algarve apresentam Rita Guerra em espetáculo a<br />
solo intitulado “Noites ao Piano”. Nas noites de 6 e 7 de julho,<br />
Rita Guerra sobe ao palco do Hotel Algarve Casino e do Casino<br />
Vilamoura, respetivamente, para apresentar “Noites ao Piano”,<br />
um concerto a solo em formato acústico, durante o qual a cantora<br />
cria uma atm<strong>os</strong>fera musical intimista e exclusiva.<br />
Fundação Manuel António da Mota cria fundo<br />
de apoio a colaboradores<br />
TERESA SILVEIRA<br />
teresasilveira@vidaeconomica.pt<br />
A Fundação Manuel António<br />
da Mota (grupo Mota-<br />
Engil), <strong>que</strong> até 15 de julho<br />
recebe candidaturas de instituições<br />
<strong>que</strong> se desta<strong>que</strong>m na<br />
promoção do envelhecimento<br />
ativo e da solidariedade<br />
entre gerações no âmbito da<br />
terceira edição do seu prémio<br />
anual, vai criar um fundo de<br />
apoio social para colaboradores<br />
com privação súbita de<br />
rendiment<strong>os</strong>. A informação<br />
foi avançada à “<strong>Vida</strong> Económica”<br />
por Rui Pedroto,<br />
administrador executivo da<br />
Fundação.<br />
A iniciativa, <strong>que</strong> se pretende<br />
comece a ser implementada<br />
“até ao final do terceiro<br />
trimestre” deste ano, “é<br />
um elemento estruturante<br />
de apoio a<strong>os</strong> colaboradores<br />
do grupo <strong>que</strong>, por qual<strong>que</strong>r<br />
razão, se vejam privad<strong>os</strong> de<br />
rendiment<strong>os</strong> de forma súbita,<br />
seja devido ao desemprego<br />
do cônjuge, seja devido a<br />
uma doença grave” ou outras<br />
razões desta natureza.<br />
O fundo “não tem prazo limitado”<br />
para implementação<br />
e está dotado de um milhão<br />
de eur<strong>os</strong>/ano, explicou Rui<br />
Pedroto, adiantando <strong>que</strong> ainda<br />
poderá ser reforçado com<br />
o produto de “até 5% do resultado<br />
líquido das empresas<br />
do grupo Mota-Engil” para<br />
ajudar <strong>os</strong> colaboradores na<strong>que</strong>las<br />
condições.<br />
Paralelamente, e também<br />
no âmbito da política de responsabilidade<br />
social do grupo<br />
Mota-Engil, a Fundação<br />
vai passar a disponibilizar, a<br />
título gratuito, <strong>os</strong> seus espaç<strong>os</strong><br />
para iniciativas promovidas<br />
por entidades ligadas ao<br />
chamado terceiro setor.<br />
“Nós dam<strong>os</strong> muito valor<br />
ao trabalho em rede e em<br />
parceria”, disse Rui Pedroto<br />
à “<strong>Vida</strong> Económica”, explicando<br />
<strong>que</strong> a Fundação também<br />
apoia a reconstrução de<br />
casas de id<strong>os</strong><strong>os</strong> e/ou pessoas<br />
carenciadas em colaboração<br />
com várias instituições, nomeadamente<br />
a Porto Amigo<br />
(da Câmara do Porto) ou a<br />
Habitat, em Amarante.<br />
Em 2011, foram recuperadas<br />
oito habitações no concelho<br />
do Porto ao abrigo desta<br />
parceria, o <strong>que</strong> representou<br />
um investimento de 50 mil<br />
eur<strong>os</strong>, sendo <strong>que</strong> para 2012<br />
está já a arrancar a reabilitação<br />
de mais cinco casas.<br />
“Não n<strong>os</strong> <strong>que</strong>rem<strong>os</strong> substituir<br />
ao Estado, mas <strong>que</strong>rem<strong>os</strong><br />
estar nas áreas em <strong>que</strong> a<br />
resp<strong>os</strong>ta pública ou privada<br />
é insuficiente”, justificou o<br />
presidente executivo da Fundação.<br />
PUB
28 SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2012<br />
FISCALIDADE<br />
“Soma das partes” chega a Leiria<br />
A Ordem d<strong>os</strong> Técnic<strong>os</strong> Oficiais de Contas (OTOC) vai realizar no dia 2 de julho, no auditório<br />
da Leirisport, em Leiria, uma conferência no âmbito do ciclo “<strong>Portugal</strong> – A soma das<br />
partes”. Em debate estarão <strong>que</strong>stões prementes no âmbito da fiscalidade, do empreendedorismo<br />
e do investimento. Já tiveram lugar 17 destas conferências, abertas ao público mediante o<br />
pagamento de 20 eur<strong>os</strong>. Para efeit<strong>os</strong> do controlo da qualidade são atribuíd<strong>os</strong> a<strong>os</strong> profissionais<br />
seis crédit<strong>os</strong>.<br />
DEVIDO A CONTINGÊNCIAS DA RESPONSABILIDADE DO FISCO<br />
OTOC <strong>que</strong>r prorrogar entrega<br />
da IES até final de julho<br />
A Ordem d<strong>os</strong> Técnic<strong>os</strong> Oficiais de Contas<br />
(OTOC) está contra a forma como está a<br />
decorrer o processo de entrega da Informação<br />
Empresarial Simplificada (IES) e <strong>que</strong>r<br />
prorrogar o seu prazo para o final de julho.<br />
Sugere ainda o seu bastonário, Domingues<br />
de Azevedo, o acompanhamento e a monitorização<br />
por parte da tutela das dificuldades<br />
d<strong>os</strong> profissionais e a criação de um grupo de<br />
trabalho para analisar a função da IES.<br />
Numa missiva a Paulo Núncio, secretário<br />
de Estado d<strong>os</strong> Assunt<strong>os</strong> Fiscais, o bastonário<br />
da OTOC tece críticas ao funcionamento<br />
da IES, afirmando <strong>que</strong> “só a negligência e a<br />
displicência funcional da Autoridade Tributária<br />
explica, o <strong>que</strong> se tem passado com <strong>os</strong><br />
formulári<strong>os</strong> para a entrega da<strong>que</strong>la informação”.<br />
Adianta ainda <strong>que</strong> “não se compreende<br />
e apenas a irresponsabilidade justifica <strong>que</strong> a<br />
versão disponibilizada em apenas 14 dias<br />
tenha sofrido cinco alterações”. Por outro<br />
lado, Domingues de Azevedo diz <strong>que</strong> a estrutura<br />
da IES não respeita <strong>os</strong> critéri<strong>os</strong> contabilístic<strong>os</strong><br />
em vigor para as diversas entidades,<br />
sendo necessária a harmonização com<br />
as exigências do Sistema de Normalização<br />
Contabilística.<br />
Assim, a Ordem aponta divers<strong>os</strong> caminh<strong>os</strong><br />
a seguir, designadamente um acompanhamento<br />
rigor<strong>os</strong>o por parte da tutela do<br />
<strong>que</strong> se está a passar com a entrega da IES,<br />
“monitorizando permanentemente as dificuldades<br />
d<strong>os</strong> profissionais e, atendendo às<br />
constantes alterações <strong>que</strong> <strong>os</strong> formulári<strong>os</strong> têm<br />
sofrido, avalie da necessidade de alteração de<br />
prazo de entrega e <strong>que</strong> propom<strong>os</strong> para 31<br />
de julho”. O bastonário defende a criação de<br />
um grupo de trabalho, <strong>que</strong> contará com as<br />
Quais <strong>os</strong> cust<strong>os</strong> aceites<br />
fiscalmente, nomeadamente<br />
cust<strong>os</strong> com remunerações (<strong>os</strong><br />
sóci<strong>os</strong> podem ser remunerad<strong>os</strong>?)<br />
e quanto à segurança<br />
social? No caso de uma sociedade<br />
de advogad<strong>os</strong> <strong>que</strong> já<br />
descontam para segurança<br />
social de advogad<strong>os</strong>, também<br />
têm de pagar? E as ajudas de<br />
custo e outr<strong>os</strong> cust<strong>os</strong> a<strong>os</strong> sóci<strong>os</strong><br />
para exercerem a atividade<br />
d<strong>os</strong> sóci<strong>os</strong>?<br />
Quanto à imputação contabilística<br />
d<strong>os</strong> resultad<strong>os</strong> a<strong>os</strong><br />
sóci<strong>os</strong> no ano seguinte, faz-se<br />
a transferência para a conta<br />
sóci<strong>os</strong> ou resultad<strong>os</strong> transitad<strong>os</strong>?<br />
São aceites como cust<strong>os</strong><br />
ou não?<br />
Resp<strong>os</strong>ta do Assessor Fiscal:<br />
As sociedades de advogad<strong>os</strong><br />
O bastonário da OTOC acusa a Autoridade Tributária de negligência e displicência funcional.<br />
encontram-se abrangidas pelo<br />
regime de transparência fiscal<br />
a <strong>que</strong> se refere o nº 1 do artigo<br />
6º do Código do IRC. Sendo a<br />
atividade da empresa exercida<br />
através d<strong>os</strong> sóci<strong>os</strong>, a quotaparte<br />
da matéria coletável <strong>que</strong><br />
lhes é imputada constitui a sua<br />
“remuneração” pel<strong>os</strong> serviç<strong>os</strong> <strong>que</strong><br />
prestam, constituindo rendimento<br />
líquido da categoria B de IRS<br />
(ver art. 20º do Código do IRS).<br />
Repare-se <strong>que</strong> a imputação da<br />
matéria coletável a<strong>os</strong> sóci<strong>os</strong> é<br />
sempre feita, ainda <strong>que</strong> não<br />
haja distribuição efetiva do lucro<br />
contabilístico (ver parte final do<br />
nº 1 do artigo 6º). Se for paga a<strong>os</strong><br />
sóci<strong>os</strong> uma importância mensal,<br />
esta é considerada como um<br />
mero adiantamento por conta de<br />
lucr<strong>os</strong>. No entanto, não constitui<br />
para o sócio um rendimento<br />
de capitais, dado <strong>que</strong> ele vai<br />
ser mais tarde tributado pela<br />
PRÁTICA FISCAL<br />
TRANSPARÊNCIA FISCAL<br />
categoria B e não pela categoria<br />
E [ver exceção contemplada na<br />
parte final da alínea h) do nº 2<br />
do artigo 5º do Código do IRS].<br />
Sendo um mero movimento<br />
financeiro, não acarreta qual<strong>que</strong>r<br />
gasto para a empresa. Se <strong>os</strong><br />
sóci<strong>os</strong> exercerem funções de<br />
gerência, podem ser remunerad<strong>os</strong>,<br />
relativamente a essas mesmas<br />
funções, pela categoria A.<br />
Lembram<strong>os</strong> <strong>que</strong>, se a sociedade<br />
decidir efetuar o pagamento<br />
das contribuições obrigatórias<br />
para a Caixa de Previdência d<strong>os</strong><br />
Advogad<strong>os</strong> e Solicitadores, <strong>que</strong><br />
são da responsabilidade d<strong>os</strong><br />
sóci<strong>os</strong>, o correspondente gasto<br />
não é fiscalmente dedutível (ver<br />
informação vinculativa, art. 23º<br />
do Código do IRC, no site da<br />
DGCI). Caso a empresa pretenda<br />
distribuir efetivamente parte do<br />
seu resultado contabilístico a<strong>os</strong><br />
sóci<strong>os</strong>, pode fazê-lo, não devendo,<br />
INFORMAÇÃO ELABORADA PELA APOTEC - ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE TÉCNICOS DE CONTABILIDADE<br />
mais variadas entidades, cujo objetivo será o<br />
de analisar a função da IES, passando a integrar<br />
informação sobre o trabalho e a segurança<br />
social, tal como a suas compatibilização<br />
com as normas e as exigências do SNC.<br />
É ainda prop<strong>os</strong>to <strong>que</strong> no mês de janeiro<br />
de cada ano seja constituída uma comissão<br />
comp<strong>os</strong>ta por um representante da Ordem<br />
d<strong>os</strong> Técnic<strong>os</strong> Oficiais de Contas e um representante<br />
da Autoridade Tributária, a qual<br />
terá como missão “conceber, alterar ou manter<br />
<strong>os</strong> formulári<strong>os</strong> eletrónic<strong>os</strong> necessári<strong>os</strong> ao<br />
cumprimento das obrigações declarativas<br />
d<strong>os</strong> contribuintes”. Adianta Domingues de<br />
Azevedo: “É n<strong>os</strong>sa convicção <strong>que</strong> as comissões<br />
prop<strong>os</strong>tas constituirão uma importante<br />
valia, não só na necessidade de permanente<br />
atualização do sistema pioneiro <strong>que</strong> foi a IES<br />
na informação empresarial, mas também na<br />
necessidade da sua adaptação à nova realidade<br />
emergente de implementação do SNC<br />
em <strong>Portugal</strong>.” E relembra sobre a matéria em<br />
apreço: “Não sendo da responsabilidade d<strong>os</strong><br />
profissionais a disponibilização d<strong>os</strong> mei<strong>os</strong><br />
necessári<strong>os</strong> ao cumprimento das obrigações<br />
declarativas, mas da Autoridade Tributária,<br />
está o técnico oficial de contas prisioneiro da<br />
existência da<strong>que</strong>les mei<strong>os</strong>, o <strong>que</strong> em muito<br />
dificulta o relacionamento entre amb<strong>os</strong> <strong>os</strong><br />
intervenientes no processo.”<br />
porém, reconhecer qual<strong>que</strong>r gasto.<br />
Não o <strong>que</strong>rendo distribuir, pode<br />
transferir o respetivo valor para<br />
reservas, como fazem as restantes<br />
empresas. Num eventual ato de<br />
liquidação e partilha, entra-se em<br />
linha de conta com <strong>os</strong> montantes<br />
<strong>que</strong> já foram imputad<strong>os</strong> a<strong>os</strong> sóci<strong>os</strong><br />
por força do disp<strong>os</strong>to no nº 1 do<br />
artigo 6º (ver nº 4 do artigo 81º<br />
do Código do IRC). As sociedades<br />
de profissionais não têm de<br />
efetuar pagament<strong>os</strong> por conta,<br />
obrigação <strong>que</strong> incumbe a<strong>os</strong> sóci<strong>os</strong><br />
(ver Circular nº 8/90, de 16 de<br />
fevereiro, da DSIRC). Também<br />
não têm de efetuar pagamento<br />
especial por conta, já <strong>que</strong> não são<br />
tributadas em IRC (ver ponto 4.<br />
do Ofício-Circulado nº 82/98, de<br />
18 de março). Pela mesma razão,<br />
não estão sujeitas ao pagamento<br />
de derrama (ver informação<br />
vinculativa, art. 6º do Código do<br />
IRC, no site da DGCI).<br />
GERAL@APOTEC.PT<br />
AGENDA FISCAL<br />
JUNHO<br />
Até ao dia 30<br />
• IVA - Imp<strong>os</strong>to sobre o valor acrescentado<br />
- Entrega do pedido de restituição do IVA<br />
pel<strong>os</strong> sujeit<strong>os</strong> passiv<strong>os</strong> cujo imp<strong>os</strong>to suportado,<br />
no ano civil anterior ou no próprio<br />
ano, noutro Estado Membro ou país<br />
terceiro quando o montante a reembolsar<br />
for superior a 400 e respeitante a um<br />
período de três meses consecutiv<strong>os</strong> ou, se<br />
período inferior, desde <strong>que</strong> termine em 31<br />
de dezembro do ano civil imediatamente<br />
anterior e o valor não seja inferior a 50.<br />
• IUC - Imp<strong>os</strong>to Único de Circulação<br />
- Liquidação e pagamento do Imp<strong>os</strong>to Único<br />
de Circulação - IUC, relativo a<strong>os</strong> veícul<strong>os</strong><br />
cujo aniversário da matricula ocorra no<br />
mês de junho.<br />
JULHO<br />
Até ao dia 10<br />
• IVA - Imp<strong>os</strong>to sobre o valor acrescentado<br />
- Periodicidade Mensal – Envio obrigatório<br />
via Internet da declaração periódica relativa<br />
às operações realizadas no mês de maio. O<br />
pagamento pode ser efectuado através das<br />
caixas automáticas Multibanco, nas Tesourarias<br />
de Finanças informatizadas e n<strong>os</strong> balcões<br />
d<strong>os</strong> CTT. O pagamento pode ainda ser<br />
efetuado via Internet. Conjuntamente com<br />
a declaração periódica, deve ser enviado o<br />
Anexo Recapitulativo, referente às transmissões<br />
intracomunitárias isentas, efetuadas<br />
no mês de maio.<br />
Até ao dia 15<br />
• IRS - Imp<strong>os</strong>to sobre o rendimento das<br />
pessoas singulares<br />
- Entrega da Declaração Modelo 11 pel<strong>os</strong><br />
notári<strong>os</strong> e outr<strong>os</strong> funcionári<strong>os</strong> ou entidades<br />
<strong>que</strong> desempenhem funções notariais, bem<br />
como as entidades ou profissionais com<br />
competência para autenticar document<strong>os</strong><br />
particulares <strong>que</strong> titulem at<strong>os</strong> ou contrat<strong>os</strong><br />
sujeit<strong>os</strong> a registo predial, das relações d<strong>os</strong><br />
at<strong>os</strong> praticad<strong>os</strong> no mês anterior suscetíveis<br />
de produzir rendiment<strong>os</strong><br />
• IMT - Imp<strong>os</strong>to Municipal sobre Transmissões<br />
oner<strong>os</strong>as de imóveis<br />
- Entrega à Direcção-Geral d<strong>os</strong> Imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong><br />
pel<strong>os</strong> notári<strong>os</strong> e outr<strong>os</strong> funcionári<strong>os</strong> ou<br />
entidades <strong>que</strong> desempenhem funções notariais,<br />
bem como as entidades ou profissionais<br />
com competência para autenticar<br />
document<strong>os</strong> particulares <strong>que</strong> titulem at<strong>os</strong><br />
ou contrat<strong>os</strong> sujeit<strong>os</strong> a registo predial, d<strong>os</strong><br />
seguintes element<strong>os</strong> efetuad<strong>os</strong> no mês<br />
antecedente: relação d<strong>os</strong> at<strong>os</strong> ou contrat<strong>os</strong><br />
sujeit<strong>os</strong> a IMT, ou dele isento (modelo<br />
11); cópia das procurações irrevogáveis e<br />
respetiv<strong>os</strong> substabeleciment<strong>os</strong>; cópia das<br />
escrituras ou document<strong>os</strong> particulares autenticad<strong>os</strong><br />
de divisões de coisa comum e de<br />
partilhas de <strong>que</strong> façam parte bens imóveis.<br />
DUPLA TRIBUTAÇÃO<br />
Convenção <strong>Portugal</strong>/<br />
Luxemburgo<br />
Foi publicado no Diário da República de<br />
20 de Junho o Aviso nº 65/2012, <strong>que</strong><br />
torna público terem sido cumpridas as<br />
formalidades constitucionais internas de<br />
aprovação do Protocolo e do Protocolo<br />
Adicional, assinad<strong>os</strong> em 7 de setembro de<br />
2010, <strong>que</strong> alteram a Convenção entre a<br />
República Portuguesa e o Grão -Ducado do<br />
Luxemburgo para Evitar as Duplas Tributações<br />
e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria<br />
de Imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong> sobre o Rendimento e o Património,<br />
e o Respetivo Protocolo, assinad<strong>os</strong><br />
em Bruxelas em 25 de maio de 1999.<br />
Os referid<strong>os</strong> Protocol<strong>os</strong> foram aprovad<strong>os</strong><br />
pela Resolução da Assembleia da República<br />
n.º 45/2012, de 24 de fevereiro, e<br />
ratificad<strong>os</strong> pelo Decreto do Presidente da<br />
República n.º 76/2012, de 12 de abril, e<br />
entraram em vigor a 18 de maio de 2012.
SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2012 29<br />
FISCALIDADE<br />
Bruxelas insta <strong>Portugal</strong> a mudar imp<strong>os</strong>to especial<br />
sobre o tabaco<br />
A Comissão Europeia <strong>que</strong>r <strong>que</strong> <strong>Portugal</strong> mude as suas regras em matéria de imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong> especiais<br />
de consumo no <strong>que</strong> respeita a<strong>os</strong> cigarr<strong>os</strong>. Por cá, <strong>os</strong> cigarr<strong>os</strong> apenas podem ser vendid<strong>os</strong> até ao<br />
final do terceiro mês após o final do ano em <strong>que</strong> foram introduzid<strong>os</strong> no consumo. Diz Bruxelas<br />
<strong>que</strong> a taxa a aplicar é a vigente no dia em <strong>que</strong> esses produt<strong>os</strong> são introduzid<strong>os</strong> no consumo,<br />
não podendo <strong>os</strong> Estad<strong>os</strong> acrescentar direit<strong>os</strong> suplementares a essa taxa.<br />
<strong>Portugal</strong> intensifica acord<strong>os</strong> para evitar dupla tributação<br />
Foi publicado em Diário da República o aviso <strong>que</strong> torna público <strong>que</strong> foram<br />
cumpridas as formalidades constitucionais internas de aprovação do<br />
protocolo e do protocolo adicional <strong>que</strong> alteram a convenção entre <strong>Portugal</strong><br />
e o Luxemburgo para evitar as duplas tributações e prevenir a evasão<br />
fiscal, em matéria de imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong> sobre o rendimento e o património, bem<br />
como o respetivo protocolo datado de há mais de uma década.<br />
Atualização do valor d<strong>os</strong> imóveis<br />
N<strong>os</strong> últim<strong>os</strong> temp<strong>os</strong> tem sido noticiado<br />
em vári<strong>os</strong> mei<strong>os</strong> de comunicação social o<br />
expectável aumento da tributação sobre<br />
<strong>os</strong> imóveis em resultado da atualização<br />
do valor matricial.<br />
Efetivamente, no âmbito da ajuda<br />
financeira a <strong>Portugal</strong>, uma das<br />
medidas acordadas com as instituições<br />
internacionais é a avaliação de tod<strong>os</strong> <strong>os</strong><br />
prédi<strong>os</strong> <strong>que</strong> ainda não foram avaliad<strong>os</strong><br />
(ajustad<strong>os</strong> para valores reais de acordo<br />
com as regras do Código do Imp<strong>os</strong>to<br />
Municipal sobre o Património - CIMI),<br />
pelo <strong>que</strong> o Governo português pretende<br />
promover toda essa avaliação durante o<br />
ano 2012.<br />
Para tal, determinou regras específicas<br />
<strong>que</strong> dispensam a intervenção d<strong>os</strong><br />
contribuintes e <strong>que</strong> parte única<br />
e exclusivamente da iniciativa da<br />
Autoridade Tributária, sendo <strong>que</strong><br />
as câmaras municipais colaboram<br />
ativamente nessa avaliação geral,<br />
fornecendo a<strong>os</strong> serviç<strong>os</strong> de finanças<br />
as plantas de arquitetura e outr<strong>os</strong><br />
element<strong>os</strong> informativ<strong>os</strong> necessári<strong>os</strong> ao<br />
procedimento de avaliação.<br />
Também para estas regras específicas é<br />
importante compreender as regras de<br />
impugnação graci<strong>os</strong>a destas avaliações,<br />
atendendo a <strong>que</strong> o procedimento<br />
adotado pela Autoridade Tributária<br />
será suscetível de muit<strong>os</strong> err<strong>os</strong> e <strong>os</strong><br />
contribuintes devem estar muito atent<strong>os</strong><br />
à notificação do novo Valor Patrimonial<br />
Tributário por<strong>que</strong> o prazo de pedido de 2.ª<br />
avaliação é muito curto (30 dias).<br />
A 2.ª avaliação tem cust<strong>os</strong> para o<br />
re<strong>que</strong>rente, com o limite mínimo de<br />
2 unidades de conta (204 eur<strong>os</strong>, valor<br />
bastante inferior ou estabelecido em<br />
circunstâncias normais) sempre <strong>que</strong> o valor<br />
contestado se mantenha ou aumente.<br />
O resultado desta 2.ª avaliação só poderá<br />
ser impugnado judicialmente n<strong>os</strong> term<strong>os</strong><br />
definid<strong>os</strong> no Código de Procedimento e<br />
de Processo Tributário (CPPT), com <strong>os</strong><br />
fundament<strong>os</strong> em qual<strong>que</strong>r ilegalidade,<br />
designadamente a errónea quantificação<br />
do valor patrimonial tributário do<br />
prédio.<br />
Embora a hipótese de existir um<br />
aumento de tributação d<strong>os</strong> imóveis,<br />
numa altura em <strong>que</strong> a crise económica<br />
instalada se faz sentir na carteira d<strong>os</strong><br />
portugueses, p<strong>os</strong>sa ser vista de uma<br />
forma negativa, não podem<strong>os</strong> deixar<br />
de admitir <strong>que</strong> <strong>os</strong> valores patrimoniais<br />
registad<strong>os</strong> nas matrizes prediais, antes<br />
da entrada em vigor do CIMI, estavam<br />
totalmente desatualizad<strong>os</strong> com valores<br />
completamente desajustad<strong>os</strong> da<br />
realidade.<br />
Esta reforma, <strong>que</strong> se iniciou em 2004,<br />
teve como objetivo moralizar o sistema<br />
e tentar atualizar <strong>os</strong> valores patrimoniais<br />
de modo a <strong>que</strong> o património imobiliário<br />
português passasse a figurar com valores<br />
reais.<br />
PAULA FRANCO<br />
CONSULTORA DA ORDEM DOS TÉCNICOS OFICIAIS DE CONTAS<br />
Contudo, esta reforma não tem sido<br />
fácil e rápida e tem sido efetuada de<br />
forma gradual, e com um impacto<br />
financeiro para <strong>os</strong> contribuintes<br />
também progressivo e não imediato.<br />
A administração fiscal, aquando da<br />
aprovação do CIMI, pretendia promover<br />
a avaliação geral d<strong>os</strong> prédi<strong>os</strong> urban<strong>os</strong><br />
num prazo máximo de 10 an<strong>os</strong> (até<br />
2014), mas existem novas medidas<br />
<strong>que</strong> pretendem acelerar este processo<br />
e conclui-lo com a maior brevidade<br />
p<strong>os</strong>sível.<br />
No entanto, lembram<strong>os</strong> <strong>que</strong> desde 2004<br />
<strong>que</strong> para <strong>os</strong> imóveis <strong>que</strong> não foram<br />
atualizad<strong>os</strong>, e enquanto a sua avaliação<br />
completa não f<strong>os</strong>se terminada, existiram<br />
regras de atualização transitória como<br />
base na aplicação de coeficiente de<br />
desvalorização da moeda, o <strong>que</strong> originou<br />
desde 2004 um ligeiro ajustamento.<br />
Vejam<strong>os</strong> um exemplo:<br />
Um imóvel localizado na freguesia de<br />
Alvalade, em Lisboa, com 3 assoalhadas<br />
(este exemplo refere um caso real):<br />
- Ano de inscrição na matriz - 1983<br />
- Valor patrimonial no ano do registo<br />
inicial - 2096, 57 eur<strong>os</strong><br />
- Coeficiente de correção monetária<br />
referente ao ano 1983 - 4,54<br />
- Novo valor patrimonial de acordo com<br />
as regras transitórias = 4,54 x 2096,57 =<br />
9518,42<br />
Embora este imóvel tenha visto o<br />
seu valor patrimonial quadruplicar,<br />
poderem<strong>os</strong> facilmente atestar <strong>que</strong> fica<br />
muito aquém do valor de mercado,<br />
embora já esteja um pouco mais elevado<br />
do <strong>que</strong> o inicial.<br />
Este contribuinte pagava uma<br />
contribuição autárquica até 2002 de<br />
20,97 eur<strong>os</strong> e em 2003, por aplicação da<br />
atualização transitória, vai pagar IMI no<br />
valor de 66,63 eur<strong>os</strong>.<br />
Vejam<strong>os</strong> agora como ficará após a<br />
atualização de acordo com as novas<br />
regras do IMI, atendendo a <strong>que</strong> a área do<br />
apartamento é de 70 m2 (área útil) e tem<br />
uma arrecadação com 9 m2.<br />
De acordo com a aplicação da fórmula<br />
de cálculo do CIMI, o Valor Patrimonial<br />
Tributário atualizado de acordo com as<br />
novas regras passará a ser de 79 000 eur<strong>os</strong>.<br />
Conse<strong>que</strong>ntemente, o novo IMI a<br />
pagar, a partir de 2013 relativo a 2012<br />
(79 000,00 x 0,4%), será de 316 eur<strong>os</strong>.<br />
Por último, refira-se <strong>que</strong> existem<br />
cláusulas de salvaguarda <strong>que</strong> limitam o<br />
aumento de um ano para o outro, isto<br />
é, a coleta do IMI não poderá exceder,<br />
relativamente a 2012 e 2013, ou seja<br />
quanto ao IMI a pagar em 2013 e 2014,<br />
o maior d<strong>os</strong> seguintes valores:<br />
• 75 eur<strong>os</strong>; ou um terço da diferença<br />
entre o IMI resultante do valor<br />
patrimonial tributário fixado na<br />
avaliação geral e o IMI devido do ano<br />
de 2011 ou <strong>que</strong> o devesse ser, no caso de<br />
prédi<strong>os</strong> isent<strong>os</strong>.<br />
CONTAS & IMPOSTOS<br />
Estabelecimento de alojamento local<br />
tem de ser titulado por autorização<br />
de utilização para efeit<strong>os</strong> de IVA<br />
Determina o artigo 3.º, n.º 1, da<strong>que</strong>le Regime <strong>que</strong> são<br />
considerad<strong>os</strong> estabeleciment<strong>os</strong> de alojamento local as moradias,<br />
apartament<strong>os</strong> e estabeleciment<strong>os</strong> de h<strong>os</strong>pedagem <strong>que</strong>, dispondo<br />
de autorização de utilização, prestem serviç<strong>os</strong> de alojamento<br />
temporário, mediante remuneração, mas não reúnam <strong>os</strong><br />
requisit<strong>os</strong> para serem considerad<strong>os</strong> empreendiment<strong>os</strong> turístic<strong>os</strong>.<br />
Um não residente p<strong>os</strong>sui no Algarve um<br />
apartamento. Por vezes, aluga-o a cidadã<strong>os</strong><br />
do seu país à semana. Ao mesmo tempo, por<br />
imp<strong>os</strong>ição da câmara municipal, registou o<br />
imóvel como estando abrangido pela lei do<br />
alojamento local. Qual o tratamento em sede<br />
de IRS desta situação? Deveria ser tratado<br />
como rendimento de categoria B, como<br />
por exemplo uma h<strong>os</strong>pedaria, sendo <strong>que</strong><br />
necessitaria de iniciar a atividade junto das<br />
finanças, liquidar IVA (ou não, se não atingir<br />
<strong>os</strong> 10 mil eur<strong>os</strong> mencionad<strong>os</strong> no art.º 53.º do<br />
CIVA) e pagar segurança social?<br />
No entanto, uma vez <strong>que</strong> não existe no<br />
presente caso prestação de serviç<strong>os</strong> hoteleir<strong>os</strong><br />
(alimentação ou limpezas, por exemplo) mas<br />
somente o aluguer do espaço, seria mais<br />
correto tributar este rendimento como sendo<br />
de categoria F, não havendo deste modo as<br />
obrigações referidas a nível da categoria B?<br />
O Decreto-Lei n.º 39/2008, de 7 de março,<br />
veio consagrar o novo regime jurídico da<br />
instalação, exploração e funcionamento d<strong>os</strong><br />
empreendiment<strong>os</strong> turístic<strong>os</strong>, procedendo,<br />
assim, à revogação expressa d<strong>os</strong> diplomas <strong>que</strong><br />
até então regulavam a<strong>que</strong>la matéria.<br />
Determina o artigo 3.º, n.º 1 da<strong>que</strong>le Regime<br />
<strong>que</strong> são considerad<strong>os</strong> estabeleciment<strong>os</strong> de<br />
alojamento local as moradias, apartament<strong>os</strong><br />
e estabeleciment<strong>os</strong> de h<strong>os</strong>pedagem <strong>que</strong>,<br />
dispondo de autorização de utilização,<br />
prestem serviç<strong>os</strong> de alojamento temporário,<br />
mediante remuneração, mas não reúnam<br />
<strong>os</strong> requisit<strong>os</strong> para serem considerad<strong>os</strong><br />
empreendiment<strong>os</strong> turístic<strong>os</strong>.<br />
Nestes term<strong>os</strong>, face à legislação vigente,<br />
a edificação na qual qual<strong>que</strong>r interessado<br />
pretenda instalar um estabelecimento<br />
de alojamento local (qual<strong>que</strong>r <strong>que</strong> seja a<br />
tipologia deste) tem a<strong>que</strong>la <strong>que</strong> se encontrar<br />
titulada por uma autorização (ou a antiga<br />
licença) de utilização, emitida pela câmara<br />
municipal. Ressalvam-se da<strong>que</strong>la injunção <strong>os</strong><br />
estabeleciment<strong>os</strong> de alojamento local <strong>que</strong> se<br />
encontram instalad<strong>os</strong> em edificações erigidas<br />
antes de 7 de ag<strong>os</strong>to de 1951.<br />
De acordo com o artigo 3, n.º 2, do<br />
Regime Jurídico acima mencionado,<br />
<strong>os</strong> estabeleciment<strong>os</strong> de h<strong>os</strong>pedagem<br />
devem (como condição da instalação e<br />
funcionamento respetiv<strong>os</strong>) cumprir requisit<strong>os</strong><br />
mínim<strong>os</strong>, <strong>os</strong> quais se encontraram fixad<strong>os</strong> na<br />
Portaria nº. 517/2008, de 25 de junho.<br />
Por norma, são considerad<strong>os</strong><br />
estabeleciment<strong>os</strong> de h<strong>os</strong>pedagem <strong>os</strong><br />
alojament<strong>os</strong> particulares <strong>que</strong>, sendo p<strong>os</strong>t<strong>os</strong><br />
à disp<strong>os</strong>ição, não sejam integrad<strong>os</strong> em<br />
estabeleciment<strong>os</strong> <strong>que</strong> explorem o serviço de<br />
alojamento nem p<strong>os</strong>sam ser classificad<strong>os</strong><br />
em qual<strong>que</strong>r d<strong>os</strong> tip<strong>os</strong> de empreendiment<strong>os</strong><br />
turístic<strong>os</strong>.<br />
Face ao relatado – um cidadão <strong>que</strong> p<strong>os</strong>sui<br />
um apartamento no Algarve, pertencente ao<br />
seu património particular, mas <strong>que</strong> o aluga<br />
periodicamente a alguns seus compatriotas,<br />
permitindo a<strong>os</strong> mesm<strong>os</strong> usufruírem de<br />
uma semana de férias em <strong>Portugal</strong> e cujo<br />
pagamento efetuado apenas comporta a<br />
cedência do uso do apartamento – afigura-sen<strong>os</strong><br />
<strong>que</strong> tal situação reúne <strong>os</strong> pressup<strong>os</strong>t<strong>os</strong><br />
previst<strong>os</strong> na alínea a) do n.º 2 do art.º 8 do<br />
CIRS, enquadrável deste modo na categoria F<br />
do CIRS.<br />
No entanto, e por<strong>que</strong> a Autoridade Tributaria,<br />
após a saída do Decreto-Lei n.º 39/2008,<br />
de 7 de março, nunca se pronunciou sobre<br />
o enquadramento da situação de aluguer de<br />
imóvel por reduzid<strong>os</strong> períod<strong>os</strong>, por norma<br />
no verão, cuja aquisição não foi efetuada<br />
com o intuito comercial, aconselham<strong>os</strong> o<br />
consulente a solicitar informação vinculativa,<br />
n<strong>os</strong> term<strong>os</strong> do art.º 68.º da LGT, à AT, sobre<br />
o enquadramento jurídico tributário da<br />
situação exp<strong>os</strong>ta, tendo em conta <strong>que</strong> o<br />
imóvel em causa, por força do artigo 3.º, n.º<br />
1, Decreto-Lei n.º 39/2008, de 7 de março,<br />
foi considerado como estabelecimento de<br />
alojamento local.<br />
As informações vinculativas são re<strong>que</strong>ridas<br />
ao diretor-geral d<strong>os</strong> Imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong>, através do<br />
preenchimento de um formulário e remetidas<br />
através de submissão eletrónica através do<br />
www.portaldasfinanças.gov.pt. em Informação<br />
Fiscal/Informações Vinculativas/Entregar<br />
pedido de informação vinculativa.<br />
N<strong>os</strong> term<strong>os</strong> do n.º 1 do art.º 68.º da<br />
LGT, o pedido deve ser obrigatoriamente<br />
acompanhado da descrição d<strong>os</strong> fact<strong>os</strong> cuja<br />
qualificação jurídico-tributária se re<strong>que</strong>r.<br />
Conforme determina o n.º 4 do art.º 68.º<br />
da LGT, o pedido pode ser apresentado por<br />
sujeit<strong>os</strong> passiv<strong>os</strong>, outr<strong>os</strong> interessad<strong>os</strong> ou seus<br />
representantes legais, por via eletrónica e<br />
segundo modelo oficial a aprovar pelo dirigente<br />
máximo do serviço, e a resp<strong>os</strong>ta é notificada<br />
pela mesma via no prazo máximo de 150 dias.<br />
Face ao n.º 5 do mesmo artigo, as<br />
informações vinculativas podem ser<br />
re<strong>que</strong>ridas por advogad<strong>os</strong>, solicitadores,<br />
revisores e técnic<strong>os</strong> oficiais de contas ou por<br />
quais<strong>que</strong>r entidades habilitadas ao exercício<br />
da consultadoria fiscal acerca da situação<br />
tributária d<strong>os</strong> seus clientes devidamente<br />
identificad<strong>os</strong>, sendo obrigatoriamente<br />
comunicadas também a estes. A informação<br />
vinculativa é uma salvaguarda para tod<strong>os</strong><br />
<strong>os</strong> intervenientes da situação, porquanto o<br />
n.º 14 do art.º 68.º da LGT refere <strong>que</strong> «a<br />
administração tributária, em relação ao objeto<br />
do pedido, não pode p<strong>os</strong>teriormente proceder<br />
em sentido diverso da informação prestada,<br />
salvo em cumprimento de decisão judicial»,<br />
ou seja, sendo prestada uma informação<br />
vinculativa e agindo o contribuinte em<br />
conformidade com o informado, não pode<br />
p<strong>os</strong>teriormente a administração efetuar um<br />
enquadramento jurídico tributário diferente do<br />
informado.<br />
(INFORMAÇÃO ELABORADA PELA ORDEM DOS<br />
TÉCNICOS OFICIAIS DE CONTAS)
30 SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2012<br />
TURISMO<br />
Coimbra recebe congresso da APAVT<br />
Coimbra será a cidade anfitriã do 38º Congresso da APAVT,<br />
<strong>que</strong> irá decorrer de 6 a 9 de Dezembro. De acordo com o<br />
presidente da associação, Pedro C<strong>os</strong>ta Ferreira, “é uma decisão<br />
<strong>que</strong> cumpre <strong>os</strong> compromiss<strong>os</strong> desta direção da APAVT,<br />
de integração no esforço de desenvolvimento das exportações<br />
portuguesas e de apoio ao turismo interno”.<br />
REFERE CARLOS GUARITA, RESPONSÁVEL DA PULLMANTUR PARA O MERCADO PORTUGUÊS<br />
<strong>Portugal</strong> oferece cada vez <strong>melhor</strong>es con<br />
para a realização de cruzeir<strong>os</strong><br />
Entre 2008 e 2011 o mercado<br />
nacional de cruzeir<strong>os</strong> cresceu<br />
55%. A Pullmantur integra<br />
essa tendência, diversificando<br />
a oferta a partir d<strong>os</strong> port<strong>os</strong><br />
nacionais. Atualmente, a<br />
companhia transporta n<strong>os</strong> seus<br />
cruzeir<strong>os</strong> internacionais uma<br />
média de 8000 passageir<strong>os</strong><br />
portugueses por ano. Carl<strong>os</strong><br />
Guarita assinala <strong>que</strong> <strong>os</strong><br />
destin<strong>os</strong> preferid<strong>os</strong> continuam<br />
a ser o Mediterrâneo, embora<br />
n<strong>os</strong> últim<strong>os</strong> an<strong>os</strong> se tenha<br />
verificado um interesse<br />
emergente em cruzeir<strong>os</strong> n<strong>os</strong><br />
países báltic<strong>os</strong>.<br />
“O senso comum tinha por hábito dizer <strong>que</strong> <strong>os</strong> cruzeir<strong>os</strong> eram formas de viajar de gente com mais idade. No entanto, a tendência é outra”, assegura<br />
Carl<strong>os</strong> Guarita, responsável da Pullmantur.<br />
MARC BARROS<br />
marcbarr<strong>os</strong>@vidaeconomica.pt<br />
VE - Quais <strong>os</strong> objetiv<strong>os</strong> da Pullmantur,<br />
em <strong>Portugal</strong> para 2012, em número<br />
de cruzeir<strong>os</strong> e viajantes?<br />
CG - A Pullmantur tem uma atenção e<br />
uma consideração muito especial para com<br />
o mercado português. Tem<strong>os</strong> vindo a realizar<br />
vári<strong>os</strong> cruzeir<strong>os</strong> à partida de <strong>Portugal</strong>,<br />
com itinerári<strong>os</strong> a sair de Lisboa. Mas é importante<br />
diversificar a oferta. O n<strong>os</strong>so objetivo<br />
é atingir cerca de 10 mil passageir<strong>os</strong>,<br />
neste momento já estam<strong>os</strong> com cerca de<br />
7000 reservad<strong>os</strong>, por isso tem<strong>os</strong> uma boa<br />
perspetiva para este ano.<br />
VE - Considera <strong>que</strong> se trata de um<br />
segmento em <strong>que</strong> <strong>Portugal</strong> constitui<br />
um bom mercado?<br />
CG - Devido a uma maior divulgação<br />
<strong>que</strong> tem sido feita, o turismo de cruzeiro é<br />
um produto <strong>que</strong> tem vindo a ganhar maior<br />
importância em <strong>Portugal</strong>. A Pullmantur<br />
continua a encarar o mercado português<br />
como um mercado de cruzeiristas com<br />
grande potencial, mas este facto já se verifica<br />
desde <strong>que</strong> a Pullmantur se iniciou no<br />
mercado de cruzeir<strong>os</strong> e mesmo antes de ter<br />
itinerári<strong>os</strong> com partidas de <strong>Portugal</strong>, por<br />
essa razão tem uma estrutura própria no<br />
n<strong>os</strong>so país desde 2004. A oferta <strong>que</strong> tem<strong>os</strong><br />
vindo a desenvolver para o mercado nacional<br />
é um exemplo claro de <strong>que</strong> a n<strong>os</strong>sa<br />
estratégia passa obrigatoriamente por <strong>Portugal</strong>.<br />
<strong>Portugal</strong> oferece cada vez mais, <strong>melhor</strong>es<br />
condições para a realização de cruzeir<strong>os</strong>.<br />
VE - Quais <strong>os</strong> principais destin<strong>os</strong> procurad<strong>os</strong><br />
pel<strong>os</strong> cruzeiristas portugueses?<br />
CG - As partidas de território português,<br />
nomeadamente, <strong>os</strong> cruzeir<strong>os</strong> especiais Lisboa-Lisboa<br />
P<strong>os</strong>icional Lisboa – Copenhaga,<br />
com saídas de Lisboa e Porto, registaram<br />
grande procura, sendo d<strong>os</strong> itinerári<strong>os</strong><br />
mais procurad<strong>os</strong>. Tal como estes cruzeir<strong>os</strong>,<br />
<strong>os</strong> nov<strong>os</strong> itinerári<strong>os</strong> “Fiordes do Norte” e<br />
“Lendas do Mediterrâneo” têm sido bem<br />
aceites pelo público e com grande procura<br />
também. Por outro lado, tem-se verificado<br />
Pullmantur <strong>que</strong>r atingir<br />
10 mil passageir<strong>os</strong> em 2012<br />
muito interesse n<strong>os</strong> cruzeir<strong>os</strong> Croisières de<br />
France, a companhia francesa <strong>que</strong> opera<br />
sob a responsabilidade da Pullmantur, não<br />
podendo es<strong>que</strong>cer o Brisas do Mediterrâneo,<br />
<strong>que</strong> parte tod<strong>os</strong> sábad<strong>os</strong> de Barcelona<br />
e é operado pelo Sovereign, o navio insígnia<br />
da Pullmantur.<br />
Perfil diversificado<br />
VE - Pode-se referir um perfil tipo de<br />
cruzeirista nacional?<br />
Leixões ganha desta<strong>que</strong> no panorama nacional<br />
O número de passageir<strong>os</strong> do turismo de cruzeir<strong>os</strong> tem aumentado em <strong>Portugal</strong>: “Basta<br />
olhar para <strong>os</strong> númer<strong>os</strong> e ver <strong>que</strong>, em 2009, 35 mil pessoas optaram por fazer cruzeir<strong>os</strong>. Já<br />
em 2010, o número aumentou para cerca de 55 mil”, adianta Carl<strong>os</strong> Guarita.<br />
A importância <strong>que</strong> este sector tem ganho é visível com as obras de <strong>melhor</strong>ia <strong>que</strong> já foram<br />
realizadas e outras <strong>que</strong> continuam a decorrer em port<strong>os</strong> como Portimão, no Funchal, em<br />
Lisboa e, em particular, a inauguração do novo cais de cruzeir<strong>os</strong> de Leixões, uma estrutura<br />
<strong>que</strong> veio dar à cidade do Porto a capacidade de acolher navi<strong>os</strong> com mais de 250 metr<strong>os</strong> de<br />
comprimento.<br />
“É p<strong>os</strong>itivo para a região” e, este ano, a Pullmantur foi uma das companhias a ter<br />
embar<strong>que</strong> no porto de Leixões. Porém, “o lançamento de nov<strong>os</strong> itinerári<strong>os</strong> está sujeito a<br />
muit<strong>os</strong> fatores, não apenas a condições operativas e de interesse cultural”. Para já, a<strong>que</strong>le<br />
responsável adianta <strong>que</strong> está previsto em 2013 o embar<strong>que</strong> no Porto, “como aconteceu<br />
este ano, para o p<strong>os</strong>icional até Copenhaga”.
SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2012 31<br />
TURISMO<br />
Novo regulamento para transporte de pranchas<br />
A TAP irá implementar uma nova revisão ao regulamento de transporte de<br />
pranchas nas suas rotas, a qual entra em vigor no próximo dia 1 de Julho.<br />
Esta altera o peso de referência e ajusta as tarifas nas viagens mais procuradas.<br />
Segundo a ANS (Associação Nacional de Surfistas), “para um país em <strong>que</strong><br />
o surf assume cada vez maior relevância no contexto da economia de mar,<br />
g<strong>os</strong>távam<strong>os</strong> <strong>que</strong> a TAP tivesse ido mais longe”.<br />
Aeroporto do Porto com 500 mil passageir<strong>os</strong> em Maio<br />
O Aeroporto do Porto, no mês de Maio, ultrapassou, pelo segundo<br />
mês consecutivo, <strong>os</strong> 500 mil passageir<strong>os</strong> servid<strong>os</strong>, apesar<br />
de ter registado um decréscimo de tráfego de 3,3% em passageir<strong>os</strong><br />
e de 6% em moviment<strong>os</strong>, quando comparado com<br />
o mesmo período de 2011, o <strong>que</strong> se traduziu num total de<br />
523.077 passageir<strong>os</strong> servid<strong>os</strong> e 4.942 moviment<strong>os</strong> processad<strong>os</strong>.<br />
dições<br />
CG - O cruzeirista português é sobretudo<br />
bastante exigente. No n<strong>os</strong>so caso, é difícil,<br />
atualmente, descrever um perfil concreto<br />
do cruzeirista <strong>que</strong> encontram<strong>os</strong> a<br />
bordo. Na verdade, o senso comum tinha<br />
por hábito dizer <strong>que</strong> <strong>os</strong> cruzeir<strong>os</strong> eram<br />
formas de viajar de gente com mais idade.<br />
No entanto, a tendência é outra. C<strong>os</strong>tumo<br />
dizer <strong>que</strong> é d<strong>os</strong> 0 a<strong>os</strong> 100 an<strong>os</strong>… ao<br />
viajarm<strong>os</strong> num navio da Pullmantur encontram<strong>os</strong><br />
muitas famílias com <strong>os</strong> seus<br />
filh<strong>os</strong>, jovens casais <strong>que</strong> desfrutam da sua<br />
lua-de-mel, amig<strong>os</strong> <strong>que</strong> resolvem fazer<br />
uma viagem em grupo e estudantes a fazer<br />
a sua viagem de fim de curso. Como<br />
pode ver, é um perfil bastante variado; daí<br />
também a necessidade da criação crescente<br />
de pacotes para tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> interesses a<br />
capacidades económicas. Existem destin<strong>os</strong><br />
mais apreciad<strong>os</strong> pelo público jovem,<br />
como itinerári<strong>os</strong> no Mediterrâneo.<br />
VE - Existe um valor médio <strong>que</strong> o<br />
cruzeirista nacional esteja disp<strong>os</strong>to a<br />
pagar pela viagem?<br />
CG - A Pullmantur oferece uma diversidade<br />
de produt<strong>os</strong> <strong>que</strong> depende daquilo<br />
<strong>que</strong> as pessoas procuram, pelo <strong>que</strong><br />
<strong>os</strong> preç<strong>os</strong> também diferem consoante o<br />
itinerário, a época e <strong>os</strong> tip<strong>os</strong> de serviç<strong>os</strong><br />
<strong>que</strong> solicitam. No entanto, sabem<strong>os</strong> <strong>que</strong><br />
há pessoas <strong>que</strong> fazem férias mais económicas<br />
gastando cerca de 500 ou 600 <br />
e outras <strong>que</strong> estão disp<strong>os</strong>tas a disponibilizar<br />
mais recurs<strong>os</strong>, na ordem d<strong>os</strong> 1000<br />
ou 2000 . Primeiro, o Momento<br />
Cruzeiro Pullmantur e agora a Campanha<br />
Primavera tornam p<strong>os</strong>sível fazer um<br />
cruzeiro obtendo descont<strong>os</strong> até <strong>os</strong> 60%,<br />
ficando <strong>os</strong> preç<strong>os</strong> bastante atrativ<strong>os</strong> para<br />
<strong>que</strong>m reserva com antecedência, nomeadamente,<br />
em temp<strong>os</strong> difíceis como <strong>os</strong><br />
<strong>que</strong> estam<strong>os</strong> a viver.<br />
VE - De <strong>que</strong> forma o mercado tem<br />
reagido às <strong>que</strong>stões de segurança <strong>que</strong><br />
têm sido associadas a<strong>os</strong> cruzeir<strong>os</strong>, depois<br />
do caso em Itália?<br />
CG - A situação do C<strong>os</strong>ta Concórdia<br />
tem de ser vista como um acontecimento<br />
pontual e <strong>que</strong> em nada reflete <strong>os</strong> alt<strong>os</strong><br />
níveis de segurança internacionais pel<strong>os</strong><br />
quais se regem as companhias de cruzeir<strong>os</strong>.<br />
O <strong>que</strong> devem<strong>os</strong> reter são <strong>os</strong> milhares<br />
de pessoas <strong>que</strong> viajam a bordo de<br />
navi<strong>os</strong> de cruzeiro tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> an<strong>os</strong> sob <strong>os</strong><br />
mais rigor<strong>os</strong><strong>os</strong> procediment<strong>os</strong> e em total<br />
segurança. A principal preocupação<br />
da Pullmantur é a segurança e o nível<br />
de satisfação d<strong>os</strong> n<strong>os</strong>s<strong>os</strong> clientes. P<strong>os</strong>so<br />
dizer <strong>que</strong>, após a situação do C<strong>os</strong>ta Concordia,<br />
não se verificou na Pullmantur<br />
grandes alterações ao nível das reservas.<br />
É a prova como as pessoas continuam a<br />
considerar <strong>que</strong> viajar num cruzeiro é realmente<br />
seguro.<br />
Investimento francês no Douro<br />
promove enoturismo<br />
Quinta do Pessegueiro representa<br />
investimento francês de 10<br />
milhões de eur<strong>os</strong> no Douro. À<br />
produção de vinh<strong>os</strong> junta-se a<br />
componente enoturística, <strong>que</strong><br />
poderá, a prazo, incluir uma<br />
unidade hoteleira.<br />
MARC BARROS<br />
marcbarr<strong>os</strong>@vidaeconomica.pt<br />
Desde há cerca de 20 an<strong>os</strong> a esta parte, o<br />
sonho de um empresário francês em desenvolver<br />
um projeto vinhateiro e enoturístico<br />
no Douro foi sendo implementado, com vista<br />
a, nas palavras do próprio, fazer “o <strong>melhor</strong><br />
vinho português”.<br />
Esse sonho foi concretizado, após um investimento<br />
de 10 milhões de eur<strong>os</strong>, na aquisição<br />
de três quintas na sub-região do Cima<br />
Corgo e na construção de uma adega e casa,<br />
<strong>que</strong> materializaram a intenção de Roger Zannier.<br />
Tendo como chancela principal a marca<br />
Quinta do Pessegueiro, a<strong>que</strong>le industrial de<br />
roupas para criança lançou agora no mercado<br />
um portefólio de vinh<strong>os</strong> <strong>que</strong> inclui ainda o<br />
Aluzé.<br />
A adega, <strong>que</strong> resulta num conjunto arquitetónico<br />
imponente, alia a sua vocação funcional<br />
de produção de vinh<strong>os</strong> ao conceito de<br />
enoturismo, estando disponível para receber<br />
visitas, provas e outr<strong>os</strong> event<strong>os</strong>. Segundo<br />
Marc Monr<strong>os</strong>e, diretor-geral da Quinta do<br />
Pessegueiro, afirmou à VE, esta componente<br />
poderá, no futuro, ser complementada com<br />
a oferta de uma unidade hoteleira. Trata-se,<br />
no entanto, de um “projeto a 10 an<strong>os</strong>, <strong>que</strong> se<br />
pretende rentável e duradouro”.<br />
No <strong>que</strong> se refere à adega, <strong>que</strong> p<strong>os</strong>sui uma<br />
área de 3000 m2, esta pretende recriar <strong>os</strong><br />
métod<strong>os</strong> ancestrais de transporte das massas<br />
vínicas por gravidade, tendo como “pulmão”<br />
um elevador central, dotado de uma cuba de<br />
3000 litr<strong>os</strong>, <strong>que</strong> permite fazer ascender <strong>os</strong> vinh<strong>os</strong>,<br />
sem o recurso à utilização de bombas,<br />
as quais, no entender do enólogo João Nicolau<br />
de Almeida, interferem com as características<br />
d<strong>os</strong> vinh<strong>os</strong>.<br />
A produção atual ronda as 50 mil garrafas/<br />
ano, estando previsto chegar às 150 mil. Estão<br />
hoje em produção 20 hectares, sendo <strong>que</strong><br />
outr<strong>os</strong> 10 entrarão em breve nestas contas. Ao<br />
Quinta do Pessegueiro (20 eur<strong>os</strong> PVP) e Aluzé<br />
(9 eur<strong>os</strong> PVP) deverá juntar-se em breve<br />
um topo de gama, cujo preço deverá rondar<br />
<strong>os</strong> 50 eur<strong>os</strong>, bem como um branco (cerca de<br />
7000 garrafas) e, eventualmente n<strong>os</strong> próxim<strong>os</strong><br />
an<strong>os</strong>, um vinho do Porto Vintage.<br />
Os mercad<strong>os</strong> perspetivad<strong>os</strong> incluem a restauração,<br />
garrafeiras e particulares em <strong>Portugal</strong>,<br />
Brasil, Angola, EUA e Ásia. O mercado<br />
francês, onde Zannier p<strong>os</strong>sui também uma<br />
propriedade vinícola (St Tropez), foi descartado<br />
por Marc Monr<strong>os</strong>e, por considerar<br />
tratar-se de um país “muito competitivo para<br />
vinh<strong>os</strong> tint<strong>os</strong>” e, no caso do vinho do Porto,<br />
mais recetivo “a grandes volumes, onde não<br />
<strong>que</strong>rem<strong>os</strong> estar”. Aliás, disse, “entrarem<strong>os</strong><br />
mais facilmente em mercad<strong>os</strong> como a China,<br />
<strong>que</strong> procuram vinh<strong>os</strong> car<strong>os</strong>”.<br />
O enólogo João Nicolau de Almeida (à es<strong>que</strong>rda) foi designado para dinamizar o sonho do francês<br />
Roger Zannier (à direita) em fazer vinh<strong>os</strong> no Douro.
32 SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2012<br />
ASSOCIATIVISMO<br />
Docente português na Associação Europeia de Programas<br />
de Doutoramento em Gestão<br />
Paulo Rita, docente da ISCTE Business School, foi, esta semana, eleito membro do Comité<br />
Executivo da Associação Europeia de Programas de Doutoramento em Gestão e Administração<br />
de Empresas. Trata-se do primeiro professor português a integrar este <strong>que</strong> é um d<strong>os</strong> órgã<strong>os</strong><br />
académic<strong>os</strong> mais importantes a nível europeu. A sua meta passa por promover a cooperação<br />
em investigação entre as mais prestigiadas escolas de gestão europeias.<br />
Empresári<strong>os</strong> ribatejan<strong>os</strong> exploram<br />
oportunidades em Moçambi<strong>que</strong><br />
A Associação Empresarial<br />
da Região de Santarém<br />
(Nersant) vai liderar uma<br />
comitiva de empresári<strong>os</strong><br />
ribatejan<strong>os</strong> interessad<strong>os</strong><br />
em concretizar negóci<strong>os</strong><br />
em Moçambi<strong>que</strong>. A<br />
missão empresarial, <strong>que</strong><br />
vai acontecer entre <strong>os</strong><br />
dias 26 de ag<strong>os</strong>to e 3 de<br />
setembro, coincide com a<br />
realização da FACIM – Feira<br />
Internacional de Maputo.<br />
MARTA ARAÚJO<br />
martaaraujo@vidaeconomica.pt<br />
Tendo em conta a crescente<br />
necessidade de internacionalização<br />
e exportação de produt<strong>os</strong><br />
e serviç<strong>os</strong> das empresas da<br />
região do Ribatejo, e de olh<strong>os</strong><br />
p<strong>os</strong>t<strong>os</strong> em Moçambi<strong>que</strong>, mais<br />
especialmente em Maputo, a<br />
Nersant está a organizar uma<br />
viagem de negóci<strong>os</strong>, onde as<br />
empresas participantes terão<br />
a oportunidade de reunir com<br />
diversas empresas e entidades<br />
institucionais deste país.<br />
De acordo com informação<br />
veiculada pela associação<br />
à “<strong>Vida</strong> Económica”, a missão<br />
“p<strong>os</strong>sui ainda uma vantagem<br />
acrescida, <strong>que</strong> diz respeito à<br />
realização da FACIM, feira<br />
multissetorial anual <strong>que</strong> constitui<br />
o maior evento comercial<br />
com dimensão internacional<br />
em Moçambi<strong>que</strong>, <strong>que</strong> acontece<br />
a par da visita de negóci<strong>os</strong> d<strong>os</strong><br />
empresári<strong>os</strong> portugueses e onde<br />
<strong>os</strong> empresári<strong>os</strong> estarão também<br />
presentes”.<br />
Recorde-se <strong>que</strong> esta missão<br />
empresarial faz parte de<br />
um conjunto de iniciativas de<br />
apoio à internacionalização,<br />
onde se incluem também missões<br />
a Angola, África do Sul e<br />
Cabo Verde, Chile e Brasil.<br />
Associação Empresarial da Região de Santarém leva empresári<strong>os</strong> locais a<br />
desenvolver negóci<strong>os</strong> em Moçambi<strong>que</strong>, mais concretamente em Maputo.
SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2012 33<br />
ASSOCIATIVISMO<br />
ANJE promove seminário sobre “Gestão da Força de Vendas”<br />
A Associação Nacional de Jovens Empresári<strong>os</strong> (ANJE) vai realizar, no próximo dia 5 de julho,<br />
o seminário “Gestão da Força de Vendas”. A iniciativa, <strong>que</strong> se realiza na sede do Porto, entre as<br />
18h30 e as 20h, pretende refletir sobre as novas exigências <strong>que</strong> se impõem às empresas e apoiar<br />
esse processo de reformulação. Carl<strong>os</strong> Eduardo Card<strong>os</strong>o, administrador da BP <strong>Portugal</strong>, e<br />
Elisabeth de Magalhães Serra, coordenadora e autora do livro “Direção e Gestão da Força de<br />
Vendas” são <strong>os</strong> oradores convidad<strong>os</strong>.<br />
Vendas a retalho baixam para valores iguais há 15 an<strong>os</strong><br />
A diretora-geral da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição<br />
(APED) afirmou, recentemente, <strong>que</strong> as <strong>que</strong>bras de vendas<br />
no retalho no primeiro trimestre não têm histórico n<strong>os</strong> dad<strong>os</strong> <strong>que</strong> a<br />
associação divulga, há mais de 15 an<strong>os</strong>. O barómetro da APED, do<br />
primeiro trimestre, indica <strong>que</strong> as vendas totais d<strong>os</strong> segment<strong>os</strong> alimentar e não alimentar caíram<br />
3,7% no primeiro trimestre, face a igual período de 2011, para 4554 milhões de eur<strong>os</strong>.<br />
ELIZABETH DE MAGALHÃES SERRA, DOCENTE E COORDENADORA DO LIVRO “DIREÇÃO E GESTÃO DA FORÇA DE VENDAS”, AFIRMA<br />
“As vendas têm-se alterado ao ritmo<br />
da turbulência do mercado”<br />
Na sequência do lançamento<br />
do livro “Direção e Gestão<br />
de Força de Vendas”,<br />
coordenado por Elizabeth de<br />
Magalhães Serra e editado pelo<br />
Grupo <strong>Vida</strong> Económica, a<br />
Associação Nacional de Jovens<br />
Empresári<strong>os</strong> (ANJE) lançou<br />
o desafio a esta docente do<br />
ISMAI – Instituto Superior<br />
da Maia, para realizar uma<br />
Pós-Graduação sobre o tema.<br />
Nesta entrevista, a autora,<br />
investigadora e empresária,<br />
explica <strong>que</strong> se trata de um<br />
“parceiro distintivo e com<br />
capacidade de mobilizar o<br />
tecido empresarial pelo seu<br />
know-how e pelo percurso<br />
já consolidado nesta área de<br />
intervenção”.<br />
MARTA ARAÚJO<br />
martaaraujo@vidaeconomica.pt<br />
<strong>Vida</strong> Económica - Como é <strong>que</strong> o mercado<br />
tem recebido o seu livro “Direção<br />
e Gestão da Força de Vendas”?<br />
Elizabeth Serra – O mercado tem recebido<br />
o livro de forma muito p<strong>os</strong>itiva, <strong>que</strong>r<br />
do segmento empresarial, <strong>que</strong>r académico.<br />
Trata-se do primeiro livro português sobre<br />
o tema e chegou ao mercado num período<br />
em <strong>que</strong> cada vez mais é difícil realizar uma<br />
venda.<br />
VE - Que feedback tem recebido por<br />
parte d<strong>os</strong> leitores?<br />
ES - Creio <strong>que</strong> tem funcionado como<br />
um estímulo à aprendizagem e à importância<br />
do saber n<strong>os</strong> dias de hoje. Este é um<br />
livro com conteúd<strong>os</strong> inovadores e focado<br />
no <strong>que</strong> mais recente se tem produzido. O<br />
paradigma da gestão da força de vendas<br />
tem-se alterado de forma substancial ao<br />
ritmo da turbulência do mercado.<br />
VE - Como surgiu esta parceria com<br />
a ANJE, <strong>que</strong> se vai materializar numa<br />
Pós-Graduação sobre o tema?<br />
ES - A ANJE assume-se, neste processo,<br />
como um parceiro distintivo e com<br />
capacidade de mobilizar o tecido empresarial<br />
pelo seu know-how e pelo percurso<br />
já consolidado nesta área de intervenção.<br />
Estes são factores fundamentais para o sucesso<br />
desta pós-graduação. Por outro lado,<br />
a parceria com o ISMAI será, ainda, uma<br />
mais-valia para <strong>os</strong> formand<strong>os</strong> <strong>que</strong> pretendam<br />
dar continuidade a<strong>os</strong> estud<strong>os</strong>.<br />
VE - O seminário do próximo dia 5<br />
de julho, a realizar-se nas instalações<br />
da ANJE (no Porto), servirá, essencialmente,<br />
para apresentar o seu conteúdo<br />
a eventuais interessad<strong>os</strong>?<br />
ES - É uma oportunidade para debater<br />
sobre o tema, e, naturalmente para apresentar<br />
e salientar caraterísticas diferenciadoras<br />
desta Pós-Graduação.<br />
VE - Os empresári<strong>os</strong> mais velh<strong>os</strong> e<br />
experientes, por vezes, desvalorizam a<br />
formação em detrimento da intuição.<br />
Por outro lado, <strong>os</strong> mais jovens e, empreendedores,<br />
p<strong>os</strong>suem mais formação,<br />
faltando-lhes, eventualmente, um<br />
pouco de prática e de economia real.<br />
Esta pós-graduação encaixa-se, preferencialmente,<br />
a <strong>que</strong> perfil?<br />
ES - Em amb<strong>os</strong>. A<strong>os</strong> primeir<strong>os</strong> interessará<br />
reciclar experiências profissionais, permitindo<br />
obter ainda <strong>melhor</strong>es desempenh<strong>os</strong>.<br />
A<strong>os</strong> mais jovens e empreendedores,<br />
pelo contacto com cas<strong>os</strong> reais e sinergias<br />
entre <strong>os</strong> grup<strong>os</strong> de participantes, realizam<br />
a sua aprendizagem num ambiente eminentemente<br />
prático.<br />
Para Elizabeth de Magalhães Serra, coordenadora do Livro “Direção e Gestão da Força de Vendas”,<br />
o “estabelecimento de relações sustentadas com <strong>os</strong> clientes permitirá diminuir <strong>os</strong> cust<strong>os</strong> de<br />
pr<strong>os</strong>peção sistemática”.<br />
VE - Defende <strong>que</strong> é necessária “uma<br />
reorganização do conceito de marketing”<br />
nas empresas. É a favor de um<br />
marketing com pilares maioritariamente<br />
n<strong>os</strong> númer<strong>os</strong> do <strong>que</strong> na criatividade?<br />
ES - A <strong>que</strong>stão é <strong>que</strong> <strong>os</strong> mercad<strong>os</strong> são<br />
cada vez mais exigentes. A criatividade só<br />
gera valor se apoiada e cruzada por indicações<br />
objetivas do mercado. Lembro sempre<br />
da frase “Só é gerível o <strong>que</strong> for medível...!”.<br />
VE - C<strong>os</strong>tuma chamar a atenção no<br />
sentido de <strong>que</strong> “o n<strong>os</strong>so (empresas)<br />
tempo é cada vez mais curto na captação<br />
do cliente”, sendo <strong>que</strong>, em contrapartida,<br />
estes “têm cada vez mais<br />
ferramentas fantásticas para conhecer<br />
as empresas”. Será a solução/resp<strong>os</strong>ta<br />
para este “delay” o maior desafio do<br />
marketing empresarial no <strong>que</strong> diz respeito<br />
às suas forças de venda?<br />
ES - O estabelecimento de relações sustentadas<br />
com <strong>os</strong> clientes permitirá diminuir<br />
<strong>os</strong> cust<strong>os</strong> de pr<strong>os</strong>peção sistemática.<br />
Tal só é p<strong>os</strong>sível quando as empresas se<br />
orientam a<strong>os</strong> seus mercad<strong>os</strong> e esse pressup<strong>os</strong>to<br />
exige <strong>que</strong> o marketing seja entendido<br />
como a capacidade <strong>que</strong> detém em conhecer<br />
o suficiente o mercado para gerar<br />
ofertas de valor para o mesmo.<br />
PUB
34 SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2012<br />
IMOBILIÁRIO<br />
Ram<strong>os</strong> Catarino<br />
conclui construção de<br />
creche e pré-escolar em<br />
Almada<br />
Nova loja Salsa<br />
abre no Chiado<br />
Mercado imobiliário pouco dinâ<br />
no arrendamento e investimen<br />
Baix<strong>os</strong> níveis de atividade <strong>que</strong>r no arrendamento<br />
de escritóri<strong>os</strong> <strong>que</strong>r nas operações<br />
de investimento, segmento de retalho estagnado<br />
em term<strong>os</strong> de abertura de nov<strong>os</strong><br />
empreendiment<strong>os</strong>, marcam o primeiro trimestre<br />
de 2012, <strong>que</strong> revela fraco dinamismo<br />
no mercado imobiliário.<br />
O desempenho pouco dinâmico foi<br />
transversal a<strong>os</strong> segment<strong>os</strong> de escritóri<strong>os</strong>,<br />
retalho e investimento, revela o “<strong>Portugal</strong><br />
Market Pulse”, relatório da Jones Lang La-<br />
Salle <strong>Portugal</strong> <strong>que</strong> analisa <strong>os</strong> resultad<strong>os</strong> do<br />
setor imobiliário nacional em cada trimestre.<br />
Pedro Lancastre, diretor geral da Jones<br />
Lang LaSalle <strong>Portugal</strong>, sublinha: “Conforme<br />
previm<strong>os</strong> no n<strong>os</strong>so relatório anual, <strong>os</strong><br />
níveis de atividade do mercado imobiliário<br />
iniciaram o ano em baixa, sendo <strong>que</strong>,<br />
por norma e historicamente, o primeiro<br />
trimestre é quase sempre o período men<strong>os</strong><br />
dinâmico do ano. Com <strong>os</strong> indicadores económic<strong>os</strong><br />
a manterem a sua tendência de<br />
agravamento, obviamente <strong>que</strong> o setor imobiliário<br />
acusa o impacto de forma negativa,<br />
especialmente n<strong>os</strong> mercad<strong>os</strong> de ocupação<br />
de escritóri<strong>os</strong> e de retalho, com as vendas<br />
em muit<strong>os</strong> centr<strong>os</strong> comerciais a decaírem,<br />
influenciadas pelas baixas no consumo e<br />
no poder de compra. O investimento continua<br />
a sofrer com ausência de investidores<br />
estrangeir<strong>os</strong>, <strong>que</strong> aguardam sinais de retoma<br />
para voltar ao mercado”.<br />
De acordo com o relatório trimestral da<br />
Jones Lang LaSalle, o mercado de escritóri<strong>os</strong><br />
de Lisboa registou um volume de absorção<br />
de 13 208 m² no 1º trimestre, evidenciando<br />
uma <strong>que</strong>bra trimestral (-85%) e<br />
homóloga (-6%). Sublinhe-se, no entanto,<br />
<strong>que</strong> a tendência ao longo do trimestre foi<br />
de crescimento, com <strong>os</strong> meses de fevereiro<br />
e março a apresentarem subidas na absorção.<br />
Ao longo do trimestre, a zona 6 (Corredor<br />
Oeste) foi a mais dinâmica, concentrando<br />
5201 m² d<strong>os</strong> arrendament<strong>os</strong><br />
realizad<strong>os</strong>, sendo o Lagoas Park, localizado<br />
nesta zona, palco de duas das três maiores<br />
transações ocorridas no mercado.<br />
Comércio de rua é o segmento<br />
“estrela”<br />
No retalho, a nota é de estagnação, não<br />
se registando a abertura de nov<strong>os</strong> centr<strong>os</strong><br />
comerciais, uma tendência <strong>que</strong>, aliás, deverá<br />
perdurar ao longo de todo o ano. A<br />
maturidade do próprio mercado, a conjuntura<br />
económico-financeira recessiva<br />
e as <strong>que</strong>bras do consumo privado são <strong>os</strong><br />
principais fatores a influenciarem esta estagnação,<br />
especialmente visível n<strong>os</strong> centr<strong>os</strong><br />
comerciais secundári<strong>os</strong>. No segmento d<strong>os</strong><br />
centr<strong>os</strong> comerciais, a procura por parte d<strong>os</strong><br />
retalhistas continua sobretudo dirigida a<br />
shoppings prime.<br />
Em contraciclo, encontra-se o segmento<br />
de comércio de rua, com a abertura de<br />
novas lojas e uma procura ativa, <strong>que</strong>r por<br />
parte d<strong>os</strong> retalhistas <strong>que</strong>r por parte do<br />
consumidor final. A Baixa foi a zona com<br />
a abertura de maior número de lojas no<br />
trimestre, acolhendo agora nov<strong>os</strong> espaç<strong>os</strong><br />
da CAT Merrell, da Boulangerie by Stef<br />
e da Padaria Portuguesa, <strong>que</strong> abriu ainda<br />
outra loja no mesmo período na Av.<br />
Du<strong>que</strong> D’Ávila. Sem grandes surpresas,<br />
as rendas no comércio de rua têm vindo a<br />
percorrer um caminho ascendente e neste<br />
trimestre rondavam, em média, <strong>os</strong> 90/<br />
m²/mês, alcançando assim o mesmo nível<br />
praticado n<strong>os</strong> centr<strong>os</strong> comerciais <strong>que</strong> se<br />
tem mantido estável. Já no caso d<strong>os</strong> retail<br />
parks, as rendas têm vindo a decrescer,<br />
ficando no 1º trimestre abaixo d<strong>os</strong> 10/<br />
m²/mês.<br />
Investimento com atividade<br />
reduzida<br />
O investimento é igualmente pautado<br />
por uma atividade reduzida. No 1º trimestre<br />
de 2012 foram transacionad<strong>os</strong> 42<br />
milhões de eur<strong>os</strong> no mercado nacional, repartid<strong>os</strong><br />
em 3 operações e em resultado de<br />
compras realizadas apenas por investidores<br />
portugueses. Este nível situa-se <strong>que</strong>r abaixo<br />
do trimestre homólogo (em torno d<strong>os</strong><br />
Tel.: (+351) 218 912 416<br />
www.chamartinimobiliaria.com<br />
Residencial · Escritóri<strong>os</strong> ·<br />
SHOPPING
SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2012 35<br />
IMOBILIÁRIO<br />
eggNEST instalada no Edifício Burgo<br />
A empresa de apoio para a criação de nov<strong>os</strong> projet<strong>os</strong> empresariais competitiv<strong>os</strong> e inovadores<br />
eggNEST acaba de se instalar no Edifício Burgo, no Porto. Nesta operaçao a CBRE foi a responsável<br />
pela colocação da empresa no edifício. O edifício Burgo está localizado na Av. da<br />
Boavista, a principal avenida da cidade do Porto e tem uma torre de 60 metr<strong>os</strong> de altura com<br />
18 pis<strong>os</strong>.<br />
Melom disponibiliza Simulador de Obras Online<br />
A empresa portuguesa especializada em obras e remodelações domésticas,<br />
Melom, acaba de disponibilizar o primeiro Simulador de Obras<br />
Online <strong>que</strong> permite a<strong>os</strong> utilizadores a obtenção de um orçamento estimativo<br />
à obra a efetuar. O simulador está disponível na página da<br />
Melom, em www.melom.pt e também no Facebook da marca.<br />
mico<br />
to<br />
DOAÇÕES<br />
MARIA DOS ANJOS GUERRA ADVOGADA<br />
marianj<strong>os</strong>guerra-3012p@adv.oa.pt<br />
Doação de imóveis entre casad<strong>os</strong> em regime de separação de bens<br />
Muito embora me tenha casado sob o regime da separação de bens, g<strong>os</strong>taria de doar, à minha mulher, a casa onde moram<strong>os</strong> e <strong>que</strong> já era minha<br />
antes de casarm<strong>os</strong>.<br />
Será p<strong>os</strong>sível? Se for viável, parto do principio de <strong>que</strong>, caso eu lhe sobreviva, herdarei a casa tal como ela herdaria em caso contrário, mas<br />
pretendo também saber o <strong>que</strong> aconteceria em caso de divórcio, muito embora espere <strong>que</strong> tal nunca venha a acontecer.<br />
Por definição legal, doação é o<br />
contrato pelo qual uma pessoa,<br />
por espírito de liberalidade e à<br />
custa do seu património, dispõe<br />
gratuitamente de uma coisa ou<br />
de um direito, ou assume uma<br />
obrigação, em benefício de<br />
outro contraente.<br />
Se a casa de morada de<br />
família é um bem próprio, em<br />
princípio, o leitor poderá doá-la<br />
ao seu cônjuge através de uma<br />
escritura pública.<br />
A doação entre casad<strong>os</strong> só é<br />
nula se o regime da separação<br />
de bens for imperativo, ou seja,<br />
n<strong>os</strong> cas<strong>os</strong> em <strong>que</strong> o casamento<br />
tenha sido celebrado sem<br />
precedência do processo de<br />
publicações ou se um d<strong>os</strong><br />
nubentes já tinha completado<br />
sessenta an<strong>os</strong> de idade quando<br />
o casamento foi celebrado.<br />
Pelo exp<strong>os</strong>to e só se o regime<br />
de separação de bens resultar<br />
de uma das referidas situações<br />
é <strong>que</strong> o leitor não poderá,<br />
validamente, doar o imóvel à<br />
sua mulher.<br />
Se o regime da separação de<br />
bens resultar, não de uma das<br />
referidas imp<strong>os</strong>ições legais mas<br />
sim do <strong>que</strong> voluntariamente foi<br />
decidido por amb<strong>os</strong> <strong>os</strong> cônjuges<br />
em escritura de convenção<br />
antenupcial, então a doação do<br />
imóvel será válida.<br />
Na hipótese de divórcio, a<br />
doação caduca se este vier a<br />
ocorrer por culpa da pessoa a<br />
<strong>que</strong>m foi feita a doação, caso<br />
esta seja considerada única ou<br />
principal culpada.<br />
De referir <strong>que</strong>, entretanto, a<br />
mulher do leitor não poderá<br />
dispor do imóvel sem lhe dar<br />
conhecimento de tal facto,<br />
tal como aconteceria no caso<br />
de o leitor continuar a ser<br />
o proprietário, pois, ainda<br />
<strong>que</strong> vigore entre <strong>os</strong> cônjuges<br />
o regime da separação de<br />
bens <strong>que</strong>, em princípio,<br />
permite <strong>que</strong> cada um p<strong>os</strong>sa<br />
dispor daquilo <strong>que</strong> é seu sem<br />
necessidade de consentimento<br />
do outro cônjuge, o certo é<br />
<strong>que</strong> a alienação, oneração,<br />
arrendamento ou constituição<br />
de outr<strong>os</strong> direit<strong>os</strong> pessoais de<br />
gozo sobre a casa de morada<br />
de família carece sempre de<br />
consentimento de amb<strong>os</strong> <strong>os</strong><br />
cônjuges. Por este motivo, <strong>que</strong>r<br />
a casa de morada de família<br />
seja do leitor <strong>que</strong>r seja da sua<br />
mulher, para <strong>que</strong> dela p<strong>os</strong>sam<br />
dispor validamente é sempre<br />
necessário o consentimento do<br />
outro cônjuge.<br />
Na hipótese de o leitor (doador)<br />
sobreviver ao seu cônjuge<br />
(donatário), a doação também<br />
caduca, pelo <strong>que</strong>, sem <strong>que</strong> seja<br />
necessariamente através da<br />
herança, a casa voltará a ser<br />
sua. Só assim não acontecerá<br />
se o doador confirmar a doação<br />
n<strong>os</strong> três meses p<strong>os</strong>teriores ao<br />
decesso do donatário.<br />
70 milhões de eur<strong>os</strong>) <strong>que</strong>r do trimestre anterior<br />
(em torno d<strong>os</strong> 50 milhões de eur<strong>os</strong>).<br />
Para Pedro Lancraste, “<strong>os</strong> Family Offices,<br />
bem como <strong>os</strong> investidores oportunístic<strong>os</strong><br />
vão continuar a crescer como franja da<br />
procura de investimento. Os Family Offices<br />
consideram <strong>que</strong> o atual risco do país<br />
pode constituir uma boa oportunidade,<br />
demonstram interesse por ativ<strong>os</strong> prime,<br />
bem localizad<strong>os</strong> com ocupantes com baixo<br />
grau de risco e contrat<strong>os</strong> de arrendamento<br />
long<strong>os</strong>, sem opções de denúncia”.<br />
Sonae Sierra reforça atividade em Marroc<strong>os</strong><br />
O centro comercial Tachfine,<br />
em Marroc<strong>os</strong>, vai<br />
passar a ser gerido pela<br />
Sonae Sierra, reforçando<br />
assim a presença da empresa<br />
portuguesa em Casablanca.<br />
O contrato para prestação<br />
de serviç<strong>os</strong> de desenvolvimento<br />
de mais um<br />
centro comercial em Casablanca<br />
foi assinado com<br />
a empresa marroquina<br />
Marjane, a maior cadeia<br />
de hipermercad<strong>os</strong> e supermercad<strong>os</strong><br />
a operar no país<br />
e <strong>que</strong> pertence ao Grupo<br />
ONA.<br />
Este é o segundo contrato<br />
de prestação de serviç<strong>os</strong><br />
da Sonae Sierra em Marroc<strong>os</strong>,<br />
depois de, em março<br />
de 2011, ter assinado um<br />
contrato também com a<br />
Marjane e outra empresa<br />
marroquina, a Foncière<br />
Chellah (Grupo CDG<br />
– Caisse de Dépôt et de<br />
Gestion), para a prestação<br />
de serviç<strong>os</strong> de desenvolvimento<br />
do projeto Marina<br />
Shopping Casablanca, <strong>que</strong><br />
integra habitação, lazer e<br />
negóci<strong>os</strong>.<br />
O novo projeto faz parte<br />
do empreendimento<br />
imobiliário Ibn Tachfine,<br />
<strong>que</strong> inclui escritóri<strong>os</strong> e<br />
um hotel com 100 quart<strong>os</strong>,<br />
e está localizado junto<br />
da estação central de<br />
caminh<strong>os</strong>-de-ferro (Gare<br />
Casa Voyageurs), em Casablanca.<br />
Proibida a reprodução do<br />
LISBON PRIME INDEX<br />
Lisbon Prime index<br />
Pipeline de escritóri<strong>os</strong> em Lisboa<br />
Apesar do momento de incerteza<br />
<strong>que</strong> se vai vivendo em <strong>Portugal</strong>, a<br />
promoção de escritóri<strong>os</strong> nov<strong>os</strong> parece<br />
ir resistindo. O Lisbon Prime Index<br />
identifica 10 nov<strong>os</strong> edifíci<strong>os</strong> de escritóri<strong>os</strong><br />
até 2014, perfazendo um total<br />
de cerca de 85 000 m². Para 2012<br />
prevê-se a conclusão de 4 edifíci<strong>os</strong> em<br />
4 zonas diferentes. São estes o Metropolis,<br />
na zona 3, com 15 000 m²,<br />
Liberdade 259 na zona 1 com 3900<br />
m², Restelo Business Center na zona 7<br />
com 9000 m² e o edifício na Barb<strong>os</strong>a<br />
do Bocage 117 com cerca de 2000 m².<br />
Para 2013 tem<strong>os</strong> cerca de 5 edifíci<strong>os</strong><br />
a entrar no mercado de escritóri<strong>os</strong> de<br />
Lisboa, perfazendo um total de cerca<br />
de 35 000 m². Sendo o edifício localizado<br />
na Av. Duarte Pacheco 7 o mais<br />
relevante com cerca de 17 000 m² de<br />
área de escritóri<strong>os</strong>. Para 2014 o LPI<br />
apenas identifica a futura sede da EDP<br />
<strong>que</strong> será localizada na Av. 24 de Julho<br />
com cerca de 20 000 m².
36 SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2012<br />
IMOBILIÁRIO<br />
Confidencial Imobiliário<br />
entrega prémi<strong>os</strong> André Jordan<br />
A Confidencial Imobiliário realiza, no próximo dia 3 de julho, na<br />
Biblioteca Municipal Palácio das Galveias, em Lisboa (Campo Pe<strong>que</strong>no),<br />
a cerimónia de entrega d<strong>os</strong> Prémi<strong>os</strong> André Jordan, relativ<strong>os</strong> à Edição<br />
2012. O evento tem receção a partir das 16h30, iniciando às 17h00, e<br />
encerra às 19 horas com um Porto de Honra no jardim do Palácio.<br />
Continente abre loja em Ponte da Pedra<br />
O Continente abriu uma nova loja em Ponte da Pedra, na<br />
Maia. O novo Continente Bom Dia será responsável pela<br />
criação de 73 nov<strong>os</strong> empreg<strong>os</strong> diret<strong>os</strong> e está inserida na<br />
estratégia de expansão da marca no país, procurando uma<br />
maior proximidade com <strong>os</strong> seus clientes.<br />
Com uma área de venda de 1500 m2, a nova loja de Ponte<br />
da Pedra tem espaç<strong>os</strong> modern<strong>os</strong> e inovadores.<br />
Frato <strong>que</strong>r duplicar vendas<br />
A Frato, marca de luxo especializada<br />
em soluções para interiores,<br />
<strong>que</strong>r duplicar o seu volume<br />
de negóci<strong>os</strong> em 2012, para um<br />
milhão de eur<strong>os</strong>, valor este <strong>que</strong><br />
advém da exportação d<strong>os</strong> seus<br />
produt<strong>os</strong> para <strong>os</strong> mercad<strong>os</strong> internacionais<br />
<strong>que</strong>, em finais de 2012,<br />
deverão ascender a 30 países.<br />
A oferta desta “luxury brand”,<br />
<strong>que</strong> se afirma exclusiva e c<strong>os</strong>mopolita,<br />
contempla soluções integradas<br />
de mobiliário, estofo e<br />
iluminação <strong>que</strong>, apesar de serem<br />
inteiramente desenhadas e produzidas<br />
em <strong>Portugal</strong>, têm 97%<br />
d<strong>os</strong> seus clientes no estrangeiro.<br />
“A criatividade e qualidade da<br />
n<strong>os</strong>sa coleção situa-se ao nível<br />
das marcas mais conceituadas<br />
mundialmente, pelo <strong>que</strong> o nicho<br />
de mercado <strong>que</strong> trabalham<strong>os</strong><br />
tende a ter maior peso no<br />
exterior, <strong>que</strong> é onde centram<strong>os</strong><br />
toda a n<strong>os</strong>sa estratégia de investimento,<br />
através da presença<br />
continuada n<strong>os</strong> certames mais<br />
importantes do setor, nomeadamente<br />
em Paris”, explica Carl<strong>os</strong><br />
Sant<strong>os</strong>, CEO da Frato.<br />
O mesmo responsável revela<br />
<strong>que</strong>, curi<strong>os</strong>amente, <strong>os</strong> mercad<strong>os</strong><br />
de exportação tradicionais para<br />
<strong>Portugal</strong>, como Espanha, Angola<br />
e Brasil, têm um peso residual na<br />
faturação da empresa.<br />
“Singapura, França, Arábia<br />
Saudita e Reino Unido estão entre<br />
<strong>os</strong> n<strong>os</strong>s<strong>os</strong> <strong>melhor</strong>es clientes,<br />
mas a verdade é <strong>que</strong> a n<strong>os</strong>sa faturação<br />
é muito dispersa e não se<br />
concentra num ou noutro mercado<br />
em particular, sendo mesmo<br />
expectável <strong>que</strong>, em 2012, <strong>os</strong> países<br />
terceir<strong>os</strong> assumam um peso<br />
superior a 50% na faturação,<br />
ultrapassando o espaço comunitário”,<br />
acrescenta.<br />
NOVIDADE<br />
O bbgourmet Loja Península é hoje<br />
inaugurado.<br />
<br />
Autor: Vitor Briga<br />
Páginas: 224<br />
P.V.P.: € 11.90<br />
R. Gonçalo Cristóvão, 14, r/c<br />
4000-263 PORTO<br />
Nome<br />
Morada<br />
C. P<strong>os</strong>tal<br />
E-mail<br />
Quer pensar em formas mais p<strong>os</strong>itivas<br />
e criativas de fazer as coisas?<br />
Quer surpreender <strong>os</strong> seus clientes?<br />
Neste livro encontrará vinte e seis comportament<strong>os</strong><br />
e hábit<strong>os</strong> prátic<strong>os</strong>, numa linguagem<br />
clara e sucinta, <strong>que</strong> o ajudarão a ter<br />
(e vender) ideias originais. São o resultado<br />
da aprendizagem clown do autor, da<br />
análise de ideias de sucesso, e da sua vasta<br />
experiência como formador em diversas<br />
empresas nacionais e multinacionais.<br />
<br />
Só precisa de libertar o seu palhaço interior! Joga?<br />
Um livro inovador sobre a arte de ter (e vender) ideias criativas<br />
http://livraria.vidaeconomica.pt<br />
Nº Contribuinte<br />
Solicito o envio de exemplar(es) do livro de Clone a Clown, com o PVP unitário de 11.90€.<br />
Para o efeito envio che<strong>que</strong>/vale nº , s/ o , no valor de € ,<br />
Solicito o envio à cobrança. (Acrescem 4€ para despesas de envio e cobrança).<br />
ASSINATURA<br />
<br />
<br />
(recortar ou fotocopiar)<br />
Grupo<br />
bbgourmet<br />
abre novo<br />
espaço<br />
de restauração<br />
no Porto<br />
O grupo bbgourmet inaugura,<br />
hoje, mais um espaço de restauração<br />
situado no Porto, desta feita no<br />
“Península Bouti<strong>que</strong> Center”, mais<br />
precisamente na praça do Bom Sucesso,<br />
Boavista.<br />
Trata-se do primeiro estabelecimento<br />
100% “traiteur”, preparado<br />
para servir refeições gourmet prontas<br />
em apenas cinco minut<strong>os</strong>, <strong>que</strong>r<br />
para consumir, <strong>que</strong>r para levar para<br />
casa, onde podem ser mantidas em<br />
frio p<strong>os</strong>itivo até 30 dias sem perder<br />
qual<strong>que</strong>r propriedade. A nova<br />
loja, <strong>que</strong> é inaugurada oficialmente<br />
hoje, pelas 18 horas, foi criada a<br />
pensar na atual conjuntura económica,<br />
fornecendo uma boa relação<br />
qualidade/preço (é p<strong>os</strong>sível adquirir<br />
refeições com preç<strong>os</strong> a começar<br />
n<strong>os</strong> cinco eur<strong>os</strong>).<br />
A escolha do local, segundo Jorge<br />
Sant<strong>os</strong>, administrador do grupo,<br />
“prende-se com o facto de ser uma<br />
zona de grande densidade populacional<br />
e profissional”. Para além<br />
disso, “é de fácil estacionamento e<br />
o espaço comercial vai ter presenças<br />
<strong>que</strong> o vão dinamizar bastante”.<br />
Com um investimento <strong>que</strong> ronda<br />
<strong>os</strong> 250 mil eur<strong>os</strong> e <strong>que</strong> criará 10<br />
p<strong>os</strong>t<strong>os</strong> de trabalho, o bbgourmet<br />
Loja Península funcionará diariamente<br />
das 10 horas às 22 horas,<br />
servindo menus de pe<strong>que</strong>no-almoço,<br />
almoço ou lanche, sempre<br />
disponíveis a qual<strong>que</strong>r hora, com<br />
mais de 100 opções de carta. Está,<br />
igualmente, preparado para realizar<br />
entregas ao domicílio de todas<br />
as ofertas.
36 SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2012<br />
IMOBILIÁRIO<br />
Confidencial Imobiliário<br />
entrega prémi<strong>os</strong> André Jordan<br />
A Confidencial Imobiliário realiza, no próximo dia 3 de julho, na<br />
Biblioteca Municipal Palácio das Galveias, em Lisboa (Campo Pe<strong>que</strong>no),<br />
a cerimónia de entrega d<strong>os</strong> Prémi<strong>os</strong> André Jordan, relativ<strong>os</strong> à Edição<br />
2012. O evento tem receção a partir das 16h30, iniciando às 17h00, e<br />
encerra às 19 horas com um Porto de Honra no jardim do Palácio.<br />
Continente abre loja em Ponte da Pedra<br />
O Continente abriu uma nova loja em Ponte da Pedra, na<br />
Maia. O novo Continente Bom Dia será responsável pela<br />
criação de 73 nov<strong>os</strong> empreg<strong>os</strong> diret<strong>os</strong> e está inserida na<br />
estratégia de expansão da marca no país, procurando uma<br />
maior proximidade com <strong>os</strong> seus clientes.<br />
Com uma área de venda de 1500 m2, a nova loja de Ponte<br />
da Pedra tem espaç<strong>os</strong> modern<strong>os</strong> e inovadores.<br />
Frato <strong>que</strong>r duplicar vendas<br />
A Frato, marca de luxo especializada<br />
em soluções para interiores,<br />
<strong>que</strong>r duplicar o seu volume<br />
de negóci<strong>os</strong> em 2012, para um<br />
milhão de eur<strong>os</strong>, valor este <strong>que</strong><br />
advém da exportação d<strong>os</strong> seus<br />
produt<strong>os</strong> para <strong>os</strong> mercad<strong>os</strong> internacionais<br />
<strong>que</strong>, em finais de 2012,<br />
deverão ascender a 30 países.<br />
A oferta desta “luxury brand”,<br />
<strong>que</strong> se afirma exclusiva e c<strong>os</strong>mopolita,<br />
contempla soluções integradas<br />
de mobiliário, estofo e<br />
iluminação <strong>que</strong>, apesar de serem<br />
inteiramente desenhadas e produzidas<br />
em <strong>Portugal</strong>, têm 97%<br />
d<strong>os</strong> seus clientes no estrangeiro.<br />
“A criatividade e qualidade da<br />
n<strong>os</strong>sa coleção situa-se ao nível<br />
das marcas mais conceituadas<br />
mundialmente, pelo <strong>que</strong> o nicho<br />
de mercado <strong>que</strong> trabalham<strong>os</strong><br />
tende a ter maior peso no<br />
exterior, <strong>que</strong> é onde centram<strong>os</strong><br />
toda a n<strong>os</strong>sa estratégia de investimento,<br />
através da presença<br />
continuada n<strong>os</strong> certames mais<br />
importantes do setor, nomeadamente<br />
em Paris”, explica Carl<strong>os</strong><br />
Sant<strong>os</strong>, CEO da Frato.<br />
O mesmo responsável revela<br />
<strong>que</strong>, curi<strong>os</strong>amente, <strong>os</strong> mercad<strong>os</strong><br />
de exportação tradicionais para<br />
<strong>Portugal</strong>, como Espanha, Angola<br />
e Brasil, têm um peso residual na<br />
faturação da empresa.<br />
“Singapura, França, Arábia<br />
Saudita e Reino Unido estão entre<br />
<strong>os</strong> n<strong>os</strong>s<strong>os</strong> <strong>melhor</strong>es clientes,<br />
mas a verdade é <strong>que</strong> a n<strong>os</strong>sa faturação<br />
é muito dispersa e não se<br />
concentra num ou noutro mercado<br />
em particular, sendo mesmo<br />
expectável <strong>que</strong>, em 2012, <strong>os</strong> países<br />
terceir<strong>os</strong> assumam um peso<br />
superior a 50% na faturação,<br />
ultrapassando o espaço comunitário”,<br />
acrescenta.<br />
NOVIDADE<br />
O bbgourmet Loja Península é hoje<br />
inaugurado.<br />
<br />
Autor: Vitor Briga<br />
Páginas: 224<br />
P.V.P.: € 11.90<br />
R. Gonçalo Cristóvão, 14, r/c<br />
4000-263 PORTO<br />
Nome<br />
Morada<br />
C. P<strong>os</strong>tal<br />
E-mail<br />
Quer pensar em formas mais p<strong>os</strong>itivas<br />
e criativas de fazer as coisas?<br />
Quer surpreender <strong>os</strong> seus clientes?<br />
Neste livro encontrará vinte e seis comportament<strong>os</strong><br />
e hábit<strong>os</strong> prátic<strong>os</strong>, numa linguagem<br />
clara e sucinta, <strong>que</strong> o ajudarão a ter<br />
(e vender) ideias originais. São o resultado<br />
da aprendizagem clown do autor, da<br />
análise de ideias de sucesso, e da sua vasta<br />
experiência como formador em diversas<br />
empresas nacionais e multinacionais.<br />
<br />
Só precisa de libertar o seu palhaço interior! Joga?<br />
Um livro inovador sobre a arte de ter (e vender) ideias criativas<br />
http://livraria.vidaeconomica.pt<br />
Nº Contribuinte<br />
Solicito o envio de exemplar(es) do livro de Clone a Clown, com o PVP unitário de 11.90€.<br />
Para o efeito envio che<strong>que</strong>/vale nº , s/ o , no valor de € ,<br />
Solicito o envio à cobrança. (Acrescem 4€ para despesas de envio e cobrança).<br />
ASSINATURA<br />
<br />
<br />
(recortar ou fotocopiar)<br />
Grupo<br />
bbgourmet<br />
abre novo<br />
espaço<br />
de restauração<br />
no Porto<br />
O grupo bbgourmet inaugura,<br />
hoje, mais um espaço de restauração<br />
situado no Porto, desta feita no<br />
“Península Bouti<strong>que</strong> Center”, mais<br />
precisamente na praça do Bom Sucesso,<br />
Boavista.<br />
Trata-se do primeiro estabelecimento<br />
100% “traiteur”, preparado<br />
para servir refeições gourmet prontas<br />
em apenas cinco minut<strong>os</strong>, <strong>que</strong>r<br />
para consumir, <strong>que</strong>r para levar para<br />
casa, onde podem ser mantidas em<br />
frio p<strong>os</strong>itivo até 30 dias sem perder<br />
qual<strong>que</strong>r propriedade. A nova<br />
loja, <strong>que</strong> é inaugurada oficialmente<br />
hoje, pelas 18 horas, foi criada a<br />
pensar na atual conjuntura económica,<br />
fornecendo uma boa relação<br />
qualidade/preço (é p<strong>os</strong>sível adquirir<br />
refeições com preç<strong>os</strong> a começar<br />
n<strong>os</strong> cinco eur<strong>os</strong>).<br />
A escolha do local, segundo Jorge<br />
Sant<strong>os</strong>, administrador do grupo,<br />
“prende-se com o facto de ser uma<br />
zona de grande densidade populacional<br />
e profissional”. Para além<br />
disso, “é de fácil estacionamento e<br />
o espaço comercial vai ter presenças<br />
<strong>que</strong> o vão dinamizar bastante”.<br />
Com um investimento <strong>que</strong> ronda<br />
<strong>os</strong> 250 mil eur<strong>os</strong> e <strong>que</strong> criará 10<br />
p<strong>os</strong>t<strong>os</strong> de trabalho, o bbgourmet<br />
Loja Península funcionará diariamente<br />
das 10 horas às 22 horas,<br />
servindo menus de pe<strong>que</strong>no-almoço,<br />
almoço ou lanche, sempre<br />
disponíveis a qual<strong>que</strong>r hora, com<br />
mais de 100 opções de carta. Está,<br />
igualmente, preparado para realizar<br />
entregas ao domicílio de todas<br />
as ofertas.
SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2012 37<br />
MERCADOS<br />
PSI-20 (27.06) 4628,96<br />
-1,05% Var. Semana<br />
-15,75% Var. 2012<br />
Dow Jones 27/jun ......12620,95<br />
Var Sem ...............................-1,60%<br />
Var 2012 ................................3,29%<br />
Nasdaq 27/Jun ......................2877,1<br />
Var Sem ...............................-1,83%<br />
Var 2012 ..............................10,43%<br />
IBEX 35 27/jun ..............6666,90<br />
Var Sem ...............................-1,90%<br />
Var 2012 .............................-22,17%<br />
DAX 27/jun ....................6228,99<br />
Var Sem ...............................-2,55%<br />
Var 2012 ................................5,61%<br />
CAC40 27/jun ................3063,12<br />
Var Sem ...............................-2,03%<br />
Var 2012 ...............................-3,06%<br />
COLABORAÇÃO: BANCO POPULAR<br />
DADOS DO INE PARA MAIO REVELAM<br />
Valor das avaliações bancárias da habitação<br />
mantém tendência de <strong>que</strong>da<br />
AQUILES PINTO<br />
aquilespinto@vidaeconomica.pt<br />
O valor médio de avaliação<br />
bancária de habitação em <strong>Portugal</strong><br />
foi, segundo dad<strong>os</strong> do INE,<br />
de 1047 eur<strong>os</strong> o m2 em maio, o<br />
<strong>que</strong> corresponde a uma diminuição<br />
de 0,8% comparativamente<br />
com o valor observado em abril.<br />
Já a variação homóloga foi de<br />
-8,9%. Em abril, e pela mesma<br />
ordem, a variação tinha sido, de<br />
acordo com a mesma instituição,<br />
de 0,3% e de -8,6%.<br />
O mesmo Inquérito à Avaliação<br />
Bancária na Habitação do<br />
INE revela <strong>que</strong> todas as regiões<br />
NUTS II registaram, em maio,<br />
variações em cadeia negativas, à<br />
exceção do Algarve, com um aumento<br />
de 1,4% do respetivo valor<br />
médio, para 1340 eur<strong>os</strong> por<br />
m2. Relativamente às restantes<br />
regiões, <strong>os</strong> decréscim<strong>os</strong> mais intens<strong>os</strong><br />
verificaram-se na Região<br />
Autónoma d<strong>os</strong> Açores (-5,8%) e<br />
no Alentejo (-1,7%). Também na<br />
comparação com maio de 2011<br />
O <strong>que</strong> marca o ritmo d<strong>os</strong> mercad<strong>os</strong><br />
financeir<strong>os</strong>: maus dad<strong>os</strong> económic<strong>os</strong> e<br />
pressão sobre a dívida soberana na Europa<br />
(nomeadamente Espanha e Itália)<br />
continuam a marcar o ritmo d<strong>os</strong> mercad<strong>os</strong><br />
financeir<strong>os</strong>. As yields das obrigações<br />
espanholas a 10 an<strong>os</strong> ultrapassaram o nível<br />
psicológico de 7% (novo máximo histórico<br />
observado no dia 18 de junho de<br />
2012, n<strong>os</strong> 7,285%). Os recei<strong>os</strong> de <strong>que</strong> a<br />
Itália siga o mesmo rumo (ajuda externa)<br />
levaram as yields a 10 an<strong>os</strong> para valores<br />
superiores a 6%. A chanceler alemã continua<br />
a fazer frente às eurobonds e aponta<br />
o caminho do sacrifício para a salvação<br />
do euro. A próxima cimeira europeia vai<br />
ajudar a perceber <strong>que</strong> medidas estão a ser<br />
ponderadas e <strong>que</strong>m as apoia (integração<br />
bancária e fiscal, controlo d<strong>os</strong> orçament<strong>os</strong><br />
d<strong>os</strong> países intervencionad<strong>os</strong> e incumpridores,<br />
o papel do BCE na supervisão<br />
d<strong>os</strong> banc<strong>os</strong> da Zona Euro, etc).<br />
Espanha: O governo espanhol formalizou<br />
o pedido de resgate à banca e vai<br />
assinar o Memorando de Entendimento<br />
no dia 9 de julho. Agora podem<strong>os</strong> <strong>que</strong>stionar:<br />
este empréstimo agrava ou não as<br />
contas do país? Os cust<strong>os</strong> deste empréstimo<br />
são menores do <strong>que</strong> um eventual<br />
a totalidade das regiões portuguesas<br />
manteve taxas de variação<br />
negativas. As diminuições mais<br />
significativas foram, de acordo<br />
com o organismo nacional de<br />
estatística, observadas na região<br />
de Lisboa (-10,8%) e na Região<br />
Autónoma d<strong>os</strong> Açores (-16,2%).<br />
Apartament<strong>os</strong> do Porto<br />
na média<br />
Na análise isoladas a<strong>os</strong> dois<br />
maiores centr<strong>os</strong> urban<strong>os</strong> de <strong>Portugal</strong>,<br />
regista-se <strong>que</strong> a Área Metropolitana<br />
de Lisboa registou<br />
um valor médio de avaliação de<br />
1240 eur<strong>os</strong> o m2, traduzindo decréscim<strong>os</strong><br />
de 0,6% e de 10,8%<br />
face a<strong>os</strong> meses anterior e homólogo,<br />
respetivamente. Na Área<br />
Metropolitana do Porto, o valor<br />
médio de avaliação bancária<br />
reduziu-se 1,5% em maio face a<br />
abril e 8,8% na comparação com<br />
maio de 2011, tendo-se fixado<br />
n<strong>os</strong> 974 eur<strong>os</strong> por m2.<br />
Os valores médi<strong>os</strong> observad<strong>os</strong><br />
na Área Metropolitana de Lisboa<br />
mantiveram-se superiores a<strong>os</strong><br />
valores médi<strong>os</strong> registad<strong>os</strong> para o<br />
total do país, <strong>que</strong>r para <strong>os</strong> apartament<strong>os</strong><br />
<strong>que</strong>r para as moradias.<br />
ALEXANDRE MOTA, DIRETOR<br />
executivo da Golden Broker<br />
http://bgoldenbroker.blogspot.com/<br />
www.goldenbroker.com<br />
Alguns temas para pensar!<br />
Em maio, o valor médio da avaliação bancária das casas em <strong>Portugal</strong> foi de<br />
1047 eur<strong>os</strong> o m2.<br />
Na Área Metropolitana do Porto,<br />
apenas o valor médio de avaliação<br />
das moradias se situa acima<br />
da média total nacional.<br />
recurso a<strong>os</strong> mercad<strong>os</strong>? Resp<strong>os</strong>ta: Na última<br />
emissão do tesouro espanhol <strong>os</strong> jur<strong>os</strong><br />
implícit<strong>os</strong> da operação quase <strong>que</strong> triplicaram<br />
– a resp<strong>os</strong>ta parece clara – é um<br />
mal menor! O banco de Espanha já deu<br />
indicações de <strong>que</strong> a economia do país está<br />
a deteriorar-se no segundo trimestre e a<br />
um ritmo mais intenso do <strong>que</strong> o previsto.<br />
Grécia: Antonis Samaras (líder do partido<br />
da Nova Democracia, <strong>que</strong> venceu<br />
as eleições na Grécia) anunciou o novo<br />
governo de coligação. Após vári<strong>os</strong> meses<br />
de impasse, Nova Democracia (conservadores),<br />
Pasok (socialistas) e Es<strong>que</strong>rda<br />
Democrática vão assumir o rumo da Grécia.<br />
A prioridade do novo executivo passa<br />
por retomar o contacto/negociações com<br />
a troika. Entretanto o governo já sofreu<br />
uma baixa, o ministro das finanças demitiu-se<br />
cinco dias depois de ser nomeado.<br />
A fragilidade do recém-governo parece<br />
ser mesmo literal! Antonis Samaras está<br />
com um problema de saúde e será Karol<strong>os</strong><br />
Papoulias <strong>que</strong>m irá representar a Grécia<br />
na cimeira europeia.<br />
EUA: A Reserva Federal americana<br />
prolongou a Operação Twist até ao final<br />
de 2012, anunciando compras e vendas<br />
adicionais de obrigações do tesouro americano<br />
(totalizando <strong>os</strong> 267 mil milhões<br />
de dólares). Esta decisão desapontou um<br />
pouco <strong>os</strong> investidores <strong>que</strong> antecipavam o<br />
anúncio de medidas mais agressivas em<br />
term<strong>os</strong> de uma política monetária expansionista.<br />
Além disso, a Fed reviu em baixa<br />
o crescimento da economia americana<br />
para <strong>os</strong> próxim<strong>os</strong> dois an<strong>os</strong> e em alta a<br />
taxa de desemprego. Curi<strong>os</strong>idade: através<br />
da Operação Twist, a Fed vendeu 400 mil<br />
milhões de dólares em títul<strong>os</strong> do Tesouro<br />
de curto prazo, aplicando esse valor<br />
na compra de obrigações de praz<strong>os</strong> mais<br />
alargad<strong>os</strong>. O objetivo desta operação é<br />
reduzir as taxas de juro de longo prazo.<br />
Mercad<strong>os</strong>: Os mercad<strong>os</strong> acionistas e a<br />
maioria das “commodites” começaram a<br />
perder terreno em março deste ano, enquanto<br />
assistim<strong>os</strong> a um ligeira apreciação<br />
do dólar americano. O índice nacional<br />
PSI 20 e o espanhol IBEX recuam no ano<br />
mais de 20%, o índice francês CAC segue<br />
com uma perda em torno de 4% e o índice<br />
alemão DAX ainda segue p<strong>os</strong>itivo. N<strong>os</strong><br />
Estad<strong>os</strong> Unid<strong>os</strong>, o índice S&P 500 segue<br />
com um ganho em torno de 5%, o índice<br />
Dow Jones avança mais de 3% e o Nasdaq<br />
Comp<strong>os</strong>ite valoriza mais de 10%.<br />
Bons Investiment<strong>os</strong>!<br />
Continente<br />
lança produto<br />
de poupança<br />
com rentabilidade<br />
fixa de 7% ao ano<br />
O Continente lançou uma solução<br />
de poupança com uma taxa fixa<br />
de rentabilidade de 7% ao ano: as<br />
Obrigações Continente. Emitidas<br />
pela Sonae, são disponibilizadas<br />
através de uma oferta pública de<br />
subscrição, sendo <strong>que</strong> as ordens<br />
são de, no mínimo, mil eur<strong>os</strong>. O<br />
pagamento d<strong>os</strong> jur<strong>os</strong> é semestral<br />
e p<strong>os</strong>tecipado. A subscrição pode<br />
ser efetuada de 2 a 20 de julho, no<br />
BPI, no Banco Popular, no Banif,<br />
no Deutsche Bank e no Banco LJ<br />
Carreg<strong>os</strong>a (banc<strong>os</strong> colocadores),<br />
bem como n<strong>os</strong> balcões de adesão<br />
existentes nas lojas Continente<br />
(operad<strong>os</strong> pelo Banco Popular) ou<br />
em qual<strong>que</strong>r outro banco ou intermediário<br />
financeiro. As Obrigações<br />
Continente têm o prazo de três<br />
an<strong>os</strong> e um montante previsto de<br />
100 milhões de eur<strong>os</strong>.<br />
“Em moment<strong>os</strong> como <strong>os</strong> <strong>que</strong> o<br />
país atravessa, é muito importante<br />
darm<strong>os</strong> às famílias portuguesas<br />
a tranquilidade de terem as poupanças<br />
associadas a uma marca de<br />
confiança”, segundo André Sousa,<br />
administrador da Sonae MC. “As<br />
Obrigações Continente são, neste<br />
contexto, um investimento simples<br />
e com rentabilidade atrativa <strong>que</strong><br />
passa agora a estar acessível a<strong>os</strong> pe<strong>que</strong>n<strong>os</strong><br />
investidores”, acrescentou o<br />
executivo.<br />
Bruxelas aprova<br />
prolongamento<br />
de garantias<br />
a<strong>os</strong> banc<strong>os</strong><br />
A Comissão Europeia aprovou<br />
até 31 de dezembro de 2012 o<br />
prolongamento de um regime <strong>que</strong><br />
permite o fornecimento de garantias<br />
públicas às instituições de crédito<br />
em <strong>Portugal</strong>. “O regime português<br />
de garantias foi originalmente<br />
aprovado a 29 de outubro de 2008<br />
e prolongado a 22 de fevereiro de<br />
2010, a 23 de julho de 2010, a 21<br />
de janeiro de 2011, a 30 de junho<br />
de 2011 e a 21 de dezembro de<br />
2011”, esclarece um comunicado.<br />
Bruxelas considerou o prolongamento<br />
das medidas compatível<br />
com as suas orientações relativas<br />
a<strong>os</strong> auxíli<strong>os</strong> estatais a<strong>os</strong> banc<strong>os</strong><br />
durante a crise: “As medidas estão,<br />
designadamente, bem direcionadas,<br />
são proporcionadas e limitadas<br />
no seu âmbito de aplicação.<br />
Por conseguinte, a Comissão concluiu<br />
<strong>que</strong> as garantias são compatíveis<br />
com o disp<strong>os</strong>to na alínea b),<br />
n.º 3, do artigo 107º do Tratado<br />
sobre o Funcionamento da União<br />
Europeia”.
38 SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2012<br />
MERCADOS<br />
EURODÓLAR (27.06) 1,2457 Euro/Libra 27/jun...... 0,8011 EURIBOR 6M (27.06) 0,9260 Euribor 3M 27/jun .....0,6520 PETRÓLEO BRENT (27.06) 93,57<br />
Var Sem ......................... 0,85%<br />
Var Abs Sem ...................-0,003<br />
-1,85% Var. Semana -0,003% Var. Semana 0,90% Var. Semana<br />
Var 2012 ......................... 4,31%<br />
Var 2012 ..........................-0,349<br />
Ouro 27/jun ......... 1573,30<br />
Var Sem .................... -1,92%<br />
Var 2012 .................... -0,20%<br />
Euro/Iene 27/jun .....99,4460<br />
Var Sem ......................... 1,49%<br />
Var 2012 ......................... 0,33%<br />
Euribor 1Y 27/jun ......1,2120<br />
Var Abs Sem ...................-0,002<br />
Var 2012 ..........................-0,292<br />
Prata 27/jun ............. 26,93<br />
Var Sem .................... -4,36%<br />
Var 2012 .................... -4,50%<br />
-3,88% Var. 2012 -0,298% Var. 2012 -12,91% Var. 2012<br />
COLABORAÇÃO: BANCO POPULAR<br />
BANCO CRIOU PROJETO EM 2005<br />
Millennium bcp já financiou 20<br />
milhões em microcrédito<br />
AQUILES PINTO<br />
aquilespinto@vidaeconomica.pt<br />
“Os resultad<strong>os</strong> alcançad<strong>os</strong> demonstram a importância do Microcrédito Millennium bcp na criação<br />
de emprego e na luta contra a exclusão social”<br />
O montante financiado pelo Millennium<br />
bcp em microcrédito no fim de maio último<br />
totalizava 19,8 milhões de eur<strong>os</strong>, distribuíd<strong>os</strong><br />
por 2397 projet<strong>os</strong> <strong>que</strong> criaram<br />
3599 p<strong>os</strong>t<strong>os</strong> de trabalho, apurou a “<strong>Vida</strong><br />
Económica”. “Os resultad<strong>os</strong> alcançad<strong>os</strong> demonstram<br />
a importância do Microcrédito<br />
Millennium bcp na criação de emprego e<br />
na luta contra a exclusão social”, pode ler-se<br />
numa nota do banco a <strong>que</strong> tivem<strong>os</strong> acesso.<br />
Existente desde novembro de 2005 e integrado<br />
na política de responsabilidade social<br />
da instituição, o microcrédito do banco<br />
liderado por Nuno Amado destina-se a<br />
financiar projet<strong>os</strong> sem acesso a crédito na<br />
banca tradicional – como desempregad<strong>os</strong>,<br />
reformad<strong>os</strong>, imigrantes, estudantes, domésticas<br />
e microempresas – <strong>que</strong> preencham<br />
dois requisit<strong>os</strong> básic<strong>os</strong>: tenham uma ideia de<br />
negócio economicamente viável e perfil de<br />
empreendedor.<br />
Segundo o Millennium bcp, o serviço<br />
inclui a colaboração na elaboração do plano<br />
de negóci<strong>os</strong>; a análise da viabilidade de<br />
negócio; ajuda para o controlo do negócio;<br />
colaboração, durante toda a vida do projeto,<br />
nas alterações de estratégia <strong>que</strong> p<strong>os</strong>sam vir a<br />
ser necessárias implementar; e apoio, quando<br />
necessário, a reestruturações de financiamento.<br />
Fonte da entidade disse ao n<strong>os</strong>so<br />
jornal <strong>que</strong> esta é uma ap<strong>os</strong>ta a manter. “O<br />
banco vai manter a sua operação autónoma<br />
de microcrédito”, indicou-n<strong>os</strong>.<br />
Até 60 meses e 25 mil eur<strong>os</strong><br />
A oferta base é constituída por dois produt<strong>os</strong><br />
de crédito simples (crédito individual<br />
e em grupo), complementada por formação<br />
e pela já referida consultoria de negócio. O<br />
montante máximo de crédito é de 25 mil<br />
eur<strong>os</strong> por candidato, sendo o prazo máximo<br />
de 48 meses para montantes inferiores a sete<br />
mil eur<strong>os</strong> e até 60 meses para projet<strong>os</strong> acima<br />
desse valor. De acordo com o Millennium<br />
bcp a taxa de juro a praticar é variável “de<br />
acordo com a natureza do projeto e com o<br />
perfil do candidato” e pode haver lugar a um<br />
período de carência inicial ou p<strong>os</strong>terior, “se<br />
necessário e de acordo com o projeto”.<br />
Prop<strong>os</strong>tas<br />
de Diogo Feio<br />
avançam<br />
no Parlamento<br />
Europeu<br />
A Comissão de Assunt<strong>os</strong> Económic<strong>os</strong> e<br />
Monetári<strong>os</strong> (ECON) do Parlamento Europeu<br />
aprovou as prop<strong>os</strong>tas de alteração do<br />
eurodeputado Diogo Feio ao relatório sobre<br />
as agências de rating. Prop<strong>os</strong>tas como a<br />
revisão das notações da dívida soberana, a<br />
ser tornada pública apenas em praz<strong>os</strong> fix<strong>os</strong>,<br />
de forma a evitar a p<strong>os</strong>sível manipulação<br />
d<strong>os</strong> mercad<strong>os</strong>, com notações divulgadas na<br />
véspera de leilões de dívida ou a criação de<br />
uma rede de pe<strong>que</strong>nas agências de notação<br />
já existentes são apenas alguns das ideias<br />
aprovadas.<br />
O eurodeputado do CDS-PP apresentou<br />
92 prop<strong>os</strong>tas de alteração <strong>que</strong> vão no<br />
sentido da regulação destas agências, como<br />
apresentado no livro “O Poder das Agências”,<br />
lançado no início deste ano. “Conseguiu-se<br />
um texto equilibrado <strong>que</strong> não<br />
mata o mensageiro, mas <strong>que</strong> permite <strong>que</strong> a<br />
mensagem seja transmitida de uma forma<br />
mais regulada, transparente e objetiva. São<br />
introduzidas importantes alterações na forma<br />
como são emitid<strong>os</strong> e publicad<strong>os</strong> <strong>os</strong> ratings<br />
das dívidas soberanas, alterações essas<br />
<strong>que</strong> podem ter um efeito muito p<strong>os</strong>itivo<br />
na evolução de Estad<strong>os</strong> como <strong>Portugal</strong> <strong>que</strong><br />
ficará, assim, men<strong>os</strong> sujeito a downgrades<br />
inesperad<strong>os</strong> e por vezes pouco justificad<strong>os</strong><br />
e fundamentad<strong>os</strong>”, disse Diogo Feio.<br />
Especulação<br />
RICARDO ARROJA<br />
Pedro Arroja Gestão de Patrimóni<strong>os</strong>, SA e docente no<br />
Instituto de Estud<strong>os</strong> Superiores Financeir<strong>os</strong> e Fiscais (IESF)<br />
A política do não<br />
Nas últimas semanas, sobretudo desde<br />
<strong>que</strong> François Hollande foi eleito presidente<br />
francês, a Alemanha tem sido ac<strong>os</strong>sada<br />
por tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> lad<strong>os</strong>, a fim de suavizar a<br />
sua p<strong>os</strong>ição negocial nesta crise do euro,<br />
<strong>que</strong> já vai longa. Assim, pela primeira<br />
vez desde <strong>que</strong> há memória, <strong>os</strong> principais<br />
representantes das entidades comunitárias<br />
– Barr<strong>os</strong>o, Van Rompuy e Draghi –<br />
uniram-se contra a Alemanha e, de forma<br />
conjunta, pediram a mutualização da<br />
dívida, bem como uma união bancária na<br />
Europa do euro. Ao mesmo tempo, uma<br />
curi<strong>os</strong>a fonte não identificada do Ministério<br />
das Finanças alemão deixou escapar <strong>que</strong>,<br />
segundo estimativas próprias, a impl<strong>os</strong>ão<br />
da moeda única custaria à economia alemã<br />
uma contracção económica de 10%, com<br />
o desemprego a duplicar. Curi<strong>os</strong>amente<br />
também, em face de toda esta pressão<br />
(externa e interna), Angela Merkel mantevese<br />
firme e hirta – “nunca enquanto eu for<br />
viva”, disse acerca da mutualização total da<br />
dívida europeia.<br />
Enfim, confesso <strong>que</strong> já perdi a conta ao<br />
número de artig<strong>os</strong> <strong>que</strong>, nesta coluna, já<br />
dedi<strong>que</strong>i a este tema. A minha tese – <strong>que</strong> o<br />
euro se partirá nas suas pontas, com a saída<br />
da Grécia ou da Alemanha ou de ambas,<br />
mantendo-se a moeda única como moeda<br />
de um conjunto de economias intermédias<br />
– é também já deveras conhecida da<strong>que</strong>les<br />
<strong>que</strong> me lêem regularmente. E muito<br />
embora as instâncias europeias continuem<br />
a enganar o tempo e a protelar as decisões<br />
verdadeiramente difíceis, à medida <strong>que</strong> esse<br />
mesmo tempo progride a par e passo com a<br />
indefinição estratégica, o desmembramento<br />
da zona euro torna-se progressivamente<br />
mais provável. O problema é mesmo prever<br />
o momento desse desmembramento – coisa<br />
<strong>que</strong> eu já desisti de fazer –, bem como o<br />
cli<strong>que</strong> final <strong>que</strong> conduza a esse desfecho. E,<br />
francamente, quanto mais rápido a situação<br />
se desengonçar, tanto <strong>melhor</strong> para as pessoas<br />
d<strong>os</strong> países mais afectad<strong>os</strong> – tanto do lado<br />
d<strong>os</strong> credores como, sobretudo, do lado d<strong>os</strong><br />
devedores.<br />
A crise <strong>que</strong> um dia começou na Grécia<br />
e <strong>que</strong> depois se alastrou à Irlanda e a<br />
<strong>Portugal</strong> entrou agora na primeira divisão.<br />
A Espanha e a Itália também estão à prova<br />
e a França vem já a seguir. Voltando à<br />
primeira vítima, a Grécia, a forma como <strong>os</strong><br />
element<strong>os</strong> do novo Governo, ainda antes<br />
de serem emp<strong>os</strong>sad<strong>os</strong>, têm vindo a cair<br />
em demissão é reveladora da calamidade<br />
financeira, económica e política <strong>que</strong> se<br />
abateu sobre a<strong>que</strong>le país. Em simultâneo,<br />
em <strong>Portugal</strong>, a situação orçamental<br />
deteriora-se acentuadamente. Aqui ao lado,<br />
em Espanha, o Executivo de Rajoy avisa:<br />
não aguentarem<strong>os</strong> este nível de jur<strong>os</strong> por<br />
muito mais tempo. E em Itália, um sisudo<br />
e pouco conversador Monti, ao mesmo<br />
tempo <strong>que</strong> não consegue avançar nas suas<br />
reformas estruturais, vai deixando cair<br />
<strong>que</strong> assim não vam<strong>os</strong> lá. Do outro lado,<br />
bem ou mal, Merkel diz “Nein” ao fundo<br />
europeu de garantia de depósit<strong>os</strong>, “Nein” à<br />
transformação do mecanismo permanente<br />
de resgate em banco – há até <strong>que</strong>m<br />
<strong>que</strong>stione a sua capacidade de fazer aprovar<br />
o tal mecanismo no parlamento alemão – e<br />
“Nein” a<strong>os</strong> eurobonds enquanto <strong>os</strong> credores<br />
não forem capazes de centralizar em si a<br />
política orçamental d<strong>os</strong> devedores – “nunca<br />
enquanto eu for viva”. Eis a política do<br />
“Não” no seu esplendor.<br />
A Europa está blo<strong>que</strong>ada. Não anda<br />
nem deixa andar. E a única entidade capaz<br />
de ir adiando uma saída deste beco sem<br />
saída é o Banco Central Europeu, a <strong>que</strong>m,<br />
muito em breve, a Espanha e a Itália<br />
pedirão <strong>que</strong> lhes comprem a sua dívida<br />
soberana como outrora aconteceu – uma<br />
iniciativa <strong>que</strong>, tendo avançado, nunca<br />
mereceu a aprovação d<strong>os</strong> alemães. E, de<br />
facto, sendo o Banco Central Europeu<br />
uma entidade não democrática, uma<br />
entidade corporativa e parte activamente<br />
interessada na manutenção do euro, o<br />
mais certo é <strong>que</strong> Draghi e companhia<br />
mandem avançar as rotativas, mandando<br />
a opinião pública da Alemanha às malvas.<br />
Os alemães bem poderão bater o pé, mas<br />
tendo em conta <strong>que</strong> apenas p<strong>os</strong>suem dois<br />
vot<strong>os</strong> em vinte e três p<strong>os</strong>síveis no comité<br />
oficial do BCE, pouco poderão fazer se <strong>os</strong><br />
restantes, a despeito da op<strong>os</strong>ição germânica,<br />
assim decidirem avançar. Em suma, como<br />
também aqui fui sugerindo ao longo d<strong>os</strong><br />
últim<strong>os</strong> meses, o poder germânico não terá<br />
hipótese contra o poder de uma união de<br />
periféric<strong>os</strong> e a Alemanha acabará entre a<br />
espada e a parede: ou sai do euro (“Nein”),<br />
pelo caminho perdendo uma parte (mais ou<br />
men<strong>os</strong>) significativa d<strong>os</strong> 700 mil milhões<br />
de eur<strong>os</strong> – cerca de 25% do PIB alemão –<br />
<strong>que</strong> tem a haver d<strong>os</strong> restantes membr<strong>os</strong> do<br />
Eur<strong>os</strong>sistema, ou assina o che<strong>que</strong> em branco<br />
(“Ja”). Sairá do euro.
SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2012 39<br />
MERCADOS<br />
BCE projeta alterar normas de notação financeira<br />
O Banco Central Europeu tem em estudo a p<strong>os</strong>sibilidade de eliminar no médio prazo as normas<br />
de rating, no momento de aceitar a dívida pública como garantia nas suas operações de<br />
liquidez <strong>que</strong> disponibiliza à banca e utilizar a sua própria avaliação. Também terá em pespetiva<br />
aligeirar as exigências em term<strong>os</strong> de garantias a prestar. Caso tal venha a suceder, é reduzida<br />
em muito a influência das agências de notação financeira. Vári<strong>os</strong> membr<strong>os</strong> do banco já criticaram<br />
a forma de atuação dessas agências.<br />
Moody´s baixa nota a 15 banc<strong>os</strong> mundiais<br />
A agência de notação financeira Moody´s desceu a nota de 15 entidades financeiras a nível<br />
mundial, incluindo cinco d<strong>os</strong> principais banc<strong>os</strong> de Wall Street, tendo em conta a sua elevada<br />
exp<strong>os</strong>ição à volatilidade d<strong>os</strong> mercad<strong>os</strong>. Nesta avaliação também estão nove banc<strong>os</strong> europeus,<br />
entre <strong>os</strong> quais o Deutsche Bank e o BNP Paribas. Tod<strong>os</strong> estes banc<strong>os</strong> têm em comum o risco<br />
de elevadas perdas relacionadas com as suas atividades n<strong>os</strong> mercad<strong>os</strong> de capitais. A descida<br />
prende-se com o processo de revisão das qualificações do sistema bancário internacional.<br />
Servdebt inaugura nova sede<br />
AQUILES PINTO<br />
aquilespinto@vidaeconomica.pt<br />
A empresa de gestão e recuperação<br />
de ativ<strong>os</strong> Servdebt inaugurou<br />
uma nova sede. De acordo com<br />
a empresa fundada em 2007, a<br />
nova “casa”, situada no 11º piso<br />
da Torre Colombo Ocidente, em<br />
Lisboa, surge no âmbito da consolidação<br />
como operador “mais<br />
ativo no mercado nacional na<br />
aquisição e gestão de NPL [Non<br />
Performing Loans] e da necessidade<br />
de sustentar a dinâmica de<br />
crescimento registada até ao momento”.<br />
Bruno Carneiro, CEO da Servdebt,<br />
recorda, em declarações à<br />
“<strong>Vida</strong> Económica”, <strong>que</strong> a empresa<br />
tinha já atingido a capacidade<br />
máxima instalada n<strong>os</strong> anteriores<br />
escritóri<strong>os</strong>, situad<strong>os</strong> nas Amoreiras,<br />
também na capital do país.<br />
“Isso obrigou-n<strong>os</strong> a procurar uma<br />
nova solução <strong>que</strong> p<strong>os</strong>sibilitasse<br />
o aumento da n<strong>os</strong>sa capacidade<br />
instalada e simultaneamente<br />
permitisse o crescimento futuro.<br />
Tem<strong>os</strong> de ter presente <strong>que</strong> desde<br />
o início do ano a Servdebt contratou<br />
praticamente 100 nov<strong>os</strong><br />
colaboradores. A nova sede reúne<br />
algumas vantagens em term<strong>os</strong><br />
de localização, transportes e uma<br />
área <strong>que</strong> corresponde ao <strong>que</strong> procurávam<strong>os</strong>”,<br />
explicou Bruno Carneiro.<br />
A mesma fonte acredita <strong>que</strong> o<br />
novo espaço vai contribuir para a<br />
obtenção d<strong>os</strong> objetiv<strong>os</strong> da empresa.<br />
“A Servdebt tem agora mais de<br />
200 colaboradores e a nova sede<br />
traz-n<strong>os</strong> ainda a p<strong>os</strong>sibilidade de<br />
crescimento futuro, de acordo,<br />
aliás, com o <strong>que</strong> tem<strong>os</strong> projetado.<br />
Gerim<strong>os</strong> hoje mais de 1,5 mil<br />
milhões de eur<strong>os</strong> e tem<strong>os</strong> como<br />
objetivo atingir <strong>os</strong> dois mil milhões<br />
ainda este ano e a nova sede<br />
reúne todas as condições para<br />
<strong>que</strong> p<strong>os</strong>sam<strong>os</strong> fazê-lo de uma forma<br />
estruturada e eficiente. Além<br />
disso, na nova sede <strong>os</strong> n<strong>os</strong>s<strong>os</strong> colaboradores<br />
têm à sua disp<strong>os</strong>ição<br />
e relativamente próxim<strong>os</strong> divers<strong>os</strong><br />
serviç<strong>os</strong> de utilidade pública<br />
<strong>que</strong> lhes permitem conciliar de<br />
<strong>melhor</strong> forma a sua vida profissional<br />
e pessoal”, defende o CEO<br />
da Servdebt.<br />
As novas instalações da empresa situam-se nas Torres Colombo, em Lisboa.<br />
DIOGO SERRAS LOPES<br />
Diretor de Investiment<strong>os</strong>, Banco Best<br />
Mais ou men<strong>os</strong> união<br />
Gerir uma carteira de investiment<strong>os</strong>,<br />
isto é, escolher a alocação de ativ<strong>os</strong> mais<br />
adequada, nunca é uma tarefa fácil.<br />
Envolve um conhecimento profundo do<br />
perfil de investidor a <strong>que</strong>m se destina, d<strong>os</strong><br />
objetiv<strong>os</strong> e prazo do investimento. Mas<br />
não só. É também necessária uma visão<br />
sobre o estado atual e futuro d<strong>os</strong> mercad<strong>os</strong>,<br />
no sentido de, dentro de determinad<strong>os</strong><br />
parâmetr<strong>os</strong>, realizar as escolhas <strong>que</strong><br />
permitam maximizar o retorno para um<br />
determinado nível de risco <strong>que</strong> se está<br />
disp<strong>os</strong>to a correr.<br />
A crise <strong>que</strong> tem<strong>os</strong> vindo a sentir na zona<br />
euro, <strong>que</strong> por esta altura dura há mais de<br />
dois an<strong>os</strong>, traz dificuldades acrescidas,<br />
particularmente às escolhas táticas de<br />
aumento ou diminuição do peso das<br />
principais classes de ativ<strong>os</strong>: obrigações e<br />
ações.<br />
De facto, a correta avaliação do<br />
ambiente de investiment<strong>os</strong> pode<br />
representar diferenças significativas de<br />
performance. As diferentes fases d<strong>os</strong> cicl<strong>os</strong><br />
económic<strong>os</strong> tendem, de uma forma ou de<br />
outra, a repetir-se ao longo da história,<br />
bem como as classes de ativ<strong>os</strong> ou <strong>os</strong> setores<br />
de atividade <strong>que</strong> são mais beneficiad<strong>os</strong> ou<br />
prejudicad<strong>os</strong> em cada uma delas. Embora<br />
o conceito de market timing esteja cada<br />
vez mais descredibilizado, no sentido<br />
de encontrar o momento perfeito para<br />
a entrada ou saída de uma determinada<br />
p<strong>os</strong>ição, é comum conseguir p<strong>os</strong>icionar<br />
as carteiras de forma a beneficiar de um<br />
contexto expansionista ou recessivo, por<br />
exemplo.<br />
O problema gerado por event<strong>os</strong> como a<br />
atual crise da zona euro, ou a falência da<br />
Lehman Brothers em 2008 – de alguma<br />
forma, o evento <strong>que</strong> provocou o início<br />
da atual crise –, é o seu caráter sistémico.<br />
N<strong>os</strong> mercad<strong>os</strong> financeir<strong>os</strong>, um evento, ou<br />
crise, é considerada sistémica quando lhe<br />
é reconhecida a capacidade para alterar a<br />
de forma definitiva o status quo existente<br />
até ao início da crise. Por exemplo, até à<br />
falência do Lehman Brothers em 2008, a<br />
generalidade d<strong>os</strong> grandes banc<strong>os</strong> mundiais<br />
era considerada demasiado grande para<br />
falir (“too big to fail”). Considerava-se<br />
<strong>que</strong>, em última análise, <strong>os</strong> govern<strong>os</strong> não<br />
deixariam <strong>que</strong> qual<strong>que</strong>r grande instituição<br />
financeira por recearem o impacto <strong>que</strong><br />
essa <strong>que</strong>da teria na confiança global do<br />
mercado. Em 2008, a opção tomada<br />
de não cumprir esta “regra não escrita”<br />
quase levou ao colapso global do sistema<br />
financeiro.<br />
Atualmente é a sobrevivência da zona<br />
euro <strong>que</strong> parece estar p<strong>os</strong>ta em causa.<br />
Durante an<strong>os</strong>, <strong>os</strong> mercad<strong>os</strong> financeir<strong>os</strong><br />
assumiram, de facto, <strong>que</strong> a dívida d<strong>os</strong><br />
diferentes países da zona euro estava<br />
mutualizada. Só essa hipótese explica <strong>que</strong><br />
países com características muito diferentes<br />
pagassem praticamente <strong>os</strong> mesm<strong>os</strong> valores<br />
para emitir dívida, apenas por partilharem<br />
a mesma moeda. A crise financeira de<br />
2008 veio revelar as fragilidades de<br />
construção da moeda única, faltando<br />
ainda às já existentes uniões económica<br />
e monetária as componentes bancária,<br />
fiscal e, finalmente, política. Dad<strong>os</strong><br />
<strong>os</strong> cust<strong>os</strong> incalculáveis <strong>que</strong> uma<br />
desagregação da zona euro significaria,<br />
principalmente a um nível muito mais<br />
vasto do <strong>que</strong> apenas financeiro, é de<br />
esperar <strong>que</strong> o caminho para uma maior<br />
integração, por difícil <strong>que</strong> seja, se vá<br />
fazendo. No entanto, sabem<strong>os</strong> bem <strong>que</strong> a<br />
procura de uma solução será sempre um<br />
processo mor<strong>os</strong>o e difícil num universo<br />
alargado de vontades e culturas como<br />
é a zona euro a 17 países (ou a União<br />
Europeia a 27).<br />
O caráter potencialmente sistémico<br />
da atual crise, isto é, term<strong>os</strong> mais ou<br />
men<strong>os</strong> união, tem tido um impacto<br />
significativo n<strong>os</strong> mercad<strong>os</strong>, tanto ao nível<br />
das <strong>que</strong>das verificadas n<strong>os</strong> mercad<strong>os</strong><br />
acionistas como ao nível das valorizações<br />
sentidas nas obrigações governamentais<br />
consideradas de menor risco, ou seja, as<br />
obrigações norte-americanas e alemãs. A<br />
concretização de uma maior integração<br />
contribuirá certamente para um reverter<br />
d<strong>os</strong> comportament<strong>os</strong> verificad<strong>os</strong> até<br />
agora, aconselhando uma maior exp<strong>os</strong>ição<br />
a ativ<strong>os</strong> de risco, como <strong>os</strong> mercad<strong>os</strong><br />
acionistas ou de obrigações de empresas,<br />
e uma menor exp<strong>os</strong>ição a dívida<br />
governamental alemã ou d<strong>os</strong> EUA, cujas<br />
valorizações estão em máxim<strong>os</strong> históric<strong>os</strong>.<br />
No entanto, o tal caminho difícil<br />
implicará provavelmente uma capacidade<br />
de suportar volatilidade – isto é,<br />
moment<strong>os</strong> de perda potencial – superior<br />
ao usual, mesmo em term<strong>os</strong> de mercad<strong>os</strong><br />
financeir<strong>os</strong>. Como disse no início, este é<br />
um momento de dificuldades acrescidas na<br />
gestão de ativ<strong>os</strong>.
40 SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2012<br />
MERCADOS<br />
ActivoBank eleito <strong>melhor</strong> banco comercial em <strong>Portugal</strong><br />
O ActivoBank foi considerado pela revista “World Finance” como o <strong>melhor</strong> banco comercial<br />
em <strong>Portugal</strong>, no âmbito d<strong>os</strong> World Finance Banking Awards 2012. “Este prémio representa o<br />
reconhecimento público da comunidade internacional de <strong>que</strong> o ActivoBank tem contribuído<br />
de forma decisiva com soluções de valor acrescentado, <strong>que</strong>r no <strong>que</strong> diz respeito à sua oferta,<br />
<strong>que</strong>r no <strong>que</strong> diz respeito ao serviço de excelência <strong>que</strong> presta a<strong>os</strong> seus clientes”, afirma o banco<br />
do BCP, em comunicado.<br />
Fundação Mapfre concede 1,2 milhões em bolsas<br />
A Fundação Mapfre lançou uma nova convocatória de bolsas de investigação<br />
e ajudas para 2012 no valor de 1,2 milhões de eur<strong>os</strong> nas<br />
áreas de segur<strong>os</strong>, prevenção, saúde e meio ambiente. O objetivo destas<br />
bolsas é facilitar a formação sobre a<strong>que</strong>les temas e p<strong>os</strong>sibilitar o intercâmbio<br />
de experiências profissionais nas mais variadas áreas. O prazo de apresentação da<br />
candidatura finaliza a 11 de outubro de 2012.<br />
Fund<strong>os</strong><br />
de investimento<br />
imobiliário<br />
valorizam em maio<br />
O valor sob gestão d<strong>os</strong> fund<strong>os</strong> de investimento<br />
imobiliário, d<strong>os</strong> fund<strong>os</strong> especiais<br />
de investimento imobiliário e de gestão<br />
de património imobiliário atingiu 12 240<br />
milhões de eur<strong>os</strong> em maio, quase mais 67<br />
milhões do <strong>que</strong> no mês anterior.<br />
Os países da União Europeia continuam<br />
a ser o principal destino d<strong>os</strong> investiment<strong>os</strong><br />
em ativ<strong>os</strong> imobiliári<strong>os</strong>, representando<br />
99,8% do total aplicado. Os<br />
imóveis destinad<strong>os</strong> ao setor d<strong>os</strong> serviç<strong>os</strong><br />
foram o principal alvo das aplicações,<br />
com um peso de mais de 45% nas carteiras.<br />
A Fundimo (13,8%), a Interfund<strong>os</strong><br />
(10,5%) e a ESAF (8,8%) apresentavam<br />
as quotas de mercado mais elevadas. O<br />
valor do fundo Fundimo, <strong>que</strong> mantém<br />
o montante sob gestão mais elevado do<br />
mercado, teve uma <strong>que</strong>bra de 1,2%, face<br />
ao mês anterior, para 955,4 milhões de<br />
eur<strong>os</strong>. Foi alterada a denominação e o<br />
tipo do “Fundo de Investimento Imobiliário<br />
Aberto – ES Logística”, gerido pela<br />
ESAF, passando a sua denominação para<br />
“Fundo Especial de Investimento Imobiliário<br />
Aberto – Es Logística”.<br />
Clientes exigem<br />
cada vez mais<br />
d<strong>os</strong> banc<strong>os</strong><br />
Os clientes estão cada vez mais exigentes<br />
relativamente ao seu banco. Esperam<br />
serviç<strong>os</strong> mais personalizad<strong>os</strong> e <strong>que</strong> as entidades<br />
financeiras reconheçam e recompensem<br />
a sua fidelidade, de acordo com<br />
um estudo da Ernst & Young.<br />
De uma maneira geral, a maioria considera<br />
<strong>que</strong> <strong>os</strong> serviç<strong>os</strong> e <strong>os</strong> produt<strong>os</strong> prop<strong>os</strong>t<strong>os</strong><br />
são adaptad<strong>os</strong> às suas necessidades.<br />
Certo é <strong>que</strong> <strong>os</strong> consumidores deixaram de<br />
ter uma relação passiva face ao seu banco<br />
e <strong>que</strong>rem uma certa reciprocidade. Por<br />
exemplo, consideram <strong>que</strong>, quando se têm<br />
três produt<strong>os</strong> ou mais, as taxas a pagar<br />
deveriam ser mais baixas ou então taxas<br />
de remuneração bonificadas, bem como<br />
um <strong>melhor</strong> nível de serviço. Entretanto,<br />
há um número crescente de clientes a<br />
<strong>que</strong>rer mudar de banco, o <strong>que</strong> significa<br />
<strong>que</strong> <strong>os</strong> banc<strong>os</strong> estão a perder a fidelização.<br />
Além disso, a maioria <strong>que</strong>r nov<strong>os</strong> tip<strong>os</strong> de<br />
informação, mais complet<strong>os</strong>, objetiv<strong>os</strong> e<br />
transparentes.<br />
América do Norte mantém maior renta<br />
n<strong>os</strong> fund<strong>os</strong> de investimento mobiliári<strong>os</strong><br />
AQUILES PINTO<br />
aquilespinto@vidaeconomica.pt<br />
Intervalo de rentabilidades do “top” dez entre 13,1% e 21,9%<br />
Nome do fundo<br />
Sociedade gestora<br />
Categoria<br />
de fund<strong>os</strong><br />
Santander Ações América Santander Asset Management F. Ações da América do<br />
Norte<br />
Caixagest Ações EUA Caixagest F. Ações da América do<br />
Norte<br />
Espírito Santo Obrigações<br />
Europa<br />
Espírito Santo Obrigações<br />
Global<br />
Caixa Fundo Rendimento Fixo<br />
VI – FEI<br />
Caixa Fundo Rendimento Fixo<br />
IV – FEI<br />
Caixa Fundo Rendimento Fixo<br />
V – FEI<br />
Espírito Santo Rendimento<br />
Plus – FEI<br />
Esaf – FIM<br />
Esaf – FIM<br />
Os investidores mundiais continuam<br />
a duvidar da capacidade da Europa<br />
para resolver as crises económica<br />
e financeira <strong>que</strong> atravessa. Estarão <strong>os</strong><br />
investidores cert<strong>os</strong>? Depois d<strong>os</strong> resgates<br />
à Grécia, Irlanda, <strong>Portugal</strong> e agora<br />
Espanha, <strong>que</strong>m se seguirá? Haverá solução<br />
para a crise?<br />
Os mercad<strong>os</strong> passaram a exigir mais<br />
da Europa e as boas notícias <strong>que</strong> surgem<br />
já não são suficientes para <strong>os</strong> investidores.<br />
Depois de reações inicialmente<br />
p<strong>os</strong>itivas d<strong>os</strong> mercad<strong>os</strong> <strong>que</strong>r do<br />
resgate ao setor financeiro em Espanha<br />
<strong>que</strong>r à vitória da direita nas eleições na<br />
Grécia, rapidamente e numa <strong>que</strong>stão<br />
de horas, passaram para o vermelho e<br />
terminaram o dia em mínim<strong>os</strong> da sessão.<br />
Em Espanha, o resgate do setor financeiro<br />
parecia surpreender pela relativa<br />
rapidez de aprovação e dimensão<br />
(100 mil milhões de eur<strong>os</strong>). Adicionalmente,<br />
a auditoria independente efetuada<br />
ao setor, publicada no passado<br />
dia 21 de junho, revelou necessidades<br />
de recapitalização não superiores a 62<br />
mil milhões de eur<strong>os</strong>, em linha com a<br />
Fundo Obrigações Taxa<br />
Fixa Euro<br />
Fundo Obrigações Taxa<br />
Fixa Internacional<br />
Os fund<strong>os</strong> de investimento mobiliário<br />
(FIM) nacionais da categoria<br />
de ações da América do Norte continuavam<br />
com a maior rentabilidade<br />
acumulada n<strong>os</strong> 12 meses anteriores à<br />
estimativa publicada pela generalidade<br />
das casas de investimento. No entanto,<br />
pelo facto de este ter sido feito à<br />
Espanha e não ao setor financeiro, as<br />
consequências parecem demasiado elevadas<br />
para <strong>os</strong> investidores retirarem o<br />
país do radar de risco.<br />
Este resgate irá afetar significativamente<br />
a dívida pública, <strong>que</strong> passará de<br />
68,5% do PIB em 2011 para um máximo<br />
histórico acima d<strong>os</strong> 90% esperad<strong>os</strong><br />
em 2012 (antes do resgate a expectativa<br />
situava-se n<strong>os</strong> 80% em 2012). Adicionalmente,<br />
as condições macroeconómicas<br />
continuam a agravar-se, com<br />
o PIB a cair mais <strong>que</strong> o esperado e a<br />
taxa de desemprego a atingir <strong>os</strong> 25,9%.<br />
O corte do rating da generalidade d<strong>os</strong><br />
banc<strong>os</strong>, nomeadamente, pela Moody’s,<br />
veio adicionar ainda mais pressão ao<br />
setor e ao país. Desta maneira, tem<strong>os</strong><br />
assistido a subida d<strong>os</strong> jur<strong>os</strong> das obrigações<br />
do Reino de Espanha <strong>que</strong> atingiram<br />
máxim<strong>os</strong> históric<strong>os</strong> acima d<strong>os</strong> 7%,<br />
com o prémio de risco face a Alemanha<br />
a ultrapassar <strong>os</strong> 550 pont<strong>os</strong> base.<br />
Na Grécia, as eleições legislativas,<br />
com a eleição d<strong>os</strong> partid<strong>os</strong> de direita<br />
Rendibilidade<br />
efetiva anual<br />
Classe<br />
de risco<br />
semana <strong>que</strong> terminou a 22 de maio,<br />
segundo <strong>os</strong> dad<strong>os</strong> da Associação Portuguesa<br />
de Fund<strong>os</strong> de Investimento,<br />
Pensões e Patrimóni<strong>os</strong> (APFIPP). A<br />
JOSÉ SARMENTO<br />
analista de mercad<strong>os</strong> da Fincor<br />
Volume sob gestão<br />
(milhões de eur<strong>os</strong>)<br />
21,9% 5 8,5<br />
18,6% 5 52,7<br />
15,9% 3 28,3<br />
15,9% 3 6,6<br />
Caixagest F. c/proteção de capital 14,8% 4 114,9<br />
Caixagest F. c/proteção de capital 14,3% 3 84,8<br />
Caixagest F. c/proteção de capital 14,3% 3 69,3<br />
Esaf – FIM FEI de Obrigações 14,2% 2 36,1<br />
Caixagest Oportunidades – FEI Caixagest FEI de Obrigações 13,7% 4 34,6<br />
Caixagest Rendimento Oriente Caixagest F. c/proteção de capital 13,1% 3 29,6<br />
– FEI<br />
Fonte: APFIPP (22 de junho)<br />
Euro ou não euro, eis a <strong>que</strong>stão<br />
e pró-União Europeia, não foram claramente<br />
suficientes para <strong>os</strong> investidores,<br />
persistindo dúvidas relativamente<br />
à capacidade do país para fazer face<br />
a<strong>os</strong> compromiss<strong>os</strong> assumid<strong>os</strong>, nomeadamente,<br />
devido a<strong>os</strong> maus dad<strong>os</strong> económic<strong>os</strong><br />
originad<strong>os</strong> pela austeridade.<br />
O país encontra-se no quinto ano de<br />
<strong>que</strong>da do PIB, com o desemprego em<br />
númer<strong>os</strong> alarmantes e sem e visibilidade<br />
para uma alteração do cenário atual<br />
no médio prazo. Apesar da reestruturação<br />
das obrigações do governo a <strong>que</strong><br />
assistim<strong>os</strong>, a dívida pública mantém-se<br />
a níveis proibitiv<strong>os</strong> e acima de 100%<br />
do PIB. Segundo a imprensa, o Governo<br />
recém-eleito deverá pedir à “troika”<br />
o alargamento do prazo de pagamento<br />
em dois an<strong>os</strong>.<br />
A Europa e a União Europeia enfrentam,<br />
deste modo, o maior desafio desde<br />
a sua criação. A cimeira deste mês<br />
deverá ter um papel fundamental. As<br />
necessidades de ajuda d<strong>os</strong> países em<br />
dificuldades são cada vez maiores e as<br />
soluções disponíveis cada vez menores.<br />
Os mercad<strong>os</strong> deixaram de aceitar<br />
<strong>os</strong> comprimid<strong>os</strong> típic<strong>os</strong> utilizad<strong>os</strong> pe-
SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2012 41<br />
MERCADOS<br />
ISA é a primeira PME portuguesa no Alternext<br />
A ISA – Intelligent Sensing Anywhere é a primeira empresa portuguesa<br />
a ser admitida à cotação no NYSE Alternext, um mercado do<br />
grupo NYSE Euronext dedicado às PME. A empresa de Coimbra,<br />
liderada por J<strong>os</strong>é Basílio Simões, é uma empresa de base tecnológica<br />
e opera no mercado da telemetria, com soluções implementadas n<strong>os</strong><br />
cinco continentes.<br />
Banca espanhola ganha men<strong>os</strong> 27%<br />
Os lucr<strong>os</strong> d<strong>os</strong> banc<strong>os</strong> espanhóis atingiram cerca de 2,7 mil milhões de eur<strong>os</strong>, no primeiro<br />
trimestre, men<strong>os</strong> 27,5% do <strong>que</strong> em igual período do ano passado. O <strong>que</strong> se ficou a dever,<br />
sobretudo, à necessidade de constituir provisões. As dotações de capital aumentaram 26%<br />
para saneamento d<strong>os</strong> ativ<strong>os</strong> problemátic<strong>os</strong>, em especial a<strong>que</strong>les relacionad<strong>os</strong> com o setor da<br />
construção. O rácio de mor<strong>os</strong>idade era de 7% para <strong>os</strong> banc<strong>os</strong> individuais e perto de 5% para<br />
o conjunto da banca espanhola.<br />
bilidade<br />
nacionais<br />
tabela de rentabilidade publicada por<br />
a<strong>que</strong>la entidade tinha dois FIM da<strong>que</strong>la<br />
categoria (e classe de risco 5) no<br />
topo: o Santander Ações América (8,5<br />
milhões de eur<strong>os</strong> sob gestão) e o Caixagest<br />
Ações EUA (52,7 milhões sob<br />
gestão), com, respetivamente, 21,9%<br />
e 18,6% de rendibilidade efetiva anual.<br />
A rentabilidade destes dois fund<strong>os</strong><br />
é, ainda assim, inferior à registada na<br />
semana <strong>que</strong> terminou a 8 de junho,<br />
na última vez em <strong>que</strong> a “<strong>Vida</strong> Económica”<br />
analisou <strong>os</strong> dad<strong>os</strong> da APFIPP. A<br />
rentabilidade era então, respetivamente,<br />
22,9% e 21%.<br />
Voltando à semana <strong>que</strong> acabou a 22<br />
de junho, o pódio das rentabilidades<br />
era fechado pelo fundo da classe de<br />
risco 3 Espírito Santo Obrigações Europa<br />
(15,9% de rentabilidade e 28,3<br />
milhões sob gestão), seguido por um<br />
fundo da mesma sociedade gestora,<br />
o Espírito Santo Obrigações Global<br />
(com a mesma rentabilidade de 15,9%<br />
e 28,3 milhões de eur<strong>os</strong> sob gestão).<br />
Os fund<strong>os</strong> das classes de risco 3 são,<br />
aliás, <strong>os</strong> mais presente neste “top” dez<br />
da APFIPP (são cinco ao todo).<br />
Há ainda dois fund<strong>os</strong> da classe 4<br />
(amb<strong>os</strong> da Caixagest) e um da classe 2<br />
(da Espírito Santo).<br />
l<strong>os</strong> líderes da Europa <strong>que</strong> c<strong>os</strong>tumam<br />
caracterizar-se por escass<strong>os</strong> e tardi<strong>os</strong>,<br />
e passaram a exigir p<strong>os</strong>ições e medidas<br />
mais firmes e concertadas. As obrigações<br />
soberanas do reino de Espanha<br />
e de Itália continuam a atingir níveis<br />
históric<strong>os</strong> e <strong>os</strong> mercad<strong>os</strong> acionistas<br />
mínim<strong>os</strong> da última década. Serão as<br />
“eurobonds “ou as “projectbonds” as<br />
soluções para <strong>os</strong> problemas europeus?<br />
Serão mais um simples comprimido?<br />
Será criado um fundo para adquirir<br />
dívida de Espanha e Itália, como sugere<br />
George Sor<strong>os</strong>? Estarão <strong>os</strong> alemães<br />
disp<strong>os</strong>t<strong>os</strong> a pagar a crise do Sul da Europa?<br />
Serão <strong>os</strong> cust<strong>os</strong> polític<strong>os</strong> demasiado<br />
elevad<strong>os</strong>? Será o fim do euro?<br />
A resp<strong>os</strong>ta a todas estas perguntas<br />
terá de ser dada muito em breve pel<strong>os</strong><br />
líderes europeus. Acreditam<strong>os</strong> <strong>que</strong> a<br />
situação atual não será sustentável<br />
por muito tempo. Serão necessári<strong>os</strong><br />
unidade e consenso nas medidas a<br />
tomar entre <strong>os</strong> países, algo <strong>que</strong> não<br />
tem acontecido até hoje. Estarem<strong>os</strong><br />
muito atent<strong>os</strong> a tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> moviment<strong>os</strong><br />
<strong>que</strong> p<strong>os</strong>sam clarificar a situação e<br />
o futuro da moeda única.<br />
“Nunca dependa de uma boa venda.<br />
Compre a um preço tão atrativo <strong>que</strong><br />
até uma venda medíocre produz bons<br />
resultad<strong>os</strong>” Warren Buffett<br />
A regra mais antiga do investimento<br />
é a mais simples: “compre barato<br />
e venda caro”. Isto é óbvio. O<br />
<strong>que</strong> significa realmente esta regra?<br />
Significa <strong>que</strong> devem<strong>os</strong> comprar a um<br />
preço baixo e vender a um preço alto.<br />
Mas o <strong>que</strong> é um preço baixo ou alto?<br />
Deve-se determinar o valor intrínseco<br />
do ativo, comprar a um desconto<br />
significativo desse valor e vender<br />
quando o preço de mercado estiver<br />
acima do valor.<br />
Na Casa de Investiment<strong>os</strong>, analisam<strong>os</strong><br />
<strong>os</strong> dad<strong>os</strong> financeir<strong>os</strong> das empresas:<br />
lucr<strong>os</strong>, cash flows, dividend<strong>os</strong> e ativ<strong>os</strong> e<br />
atribuím<strong>os</strong> especial ênfase em comprar<br />
barato com base nestes indicadores.<br />
No curto prazo, a psicologia d<strong>os</strong><br />
investidores (tema <strong>que</strong> tratam<strong>os</strong><br />
com maior profundidade na revista<br />
Exame de Junho) pode fazer com<br />
<strong>que</strong> uma ação cote a qual<strong>que</strong>r<br />
preço, independentemente d<strong>os</strong> seus<br />
fundament<strong>os</strong> económic<strong>os</strong>. O investidor<br />
inteligente aproveita as <strong>que</strong>das n<strong>os</strong><br />
mercad<strong>os</strong> financeir<strong>os</strong> para comprar<br />
excelentes ativ<strong>os</strong> quando transacionam<br />
substancialmente abaixo do seu valor<br />
intrínseco.<br />
A Johnson & Johnson (JNJ) é um<br />
investimento em valor, existe há mais<br />
de 130 an<strong>os</strong> e aumenta <strong>os</strong> dividend<strong>os</strong><br />
há 50 an<strong>os</strong> consecutiv<strong>os</strong>.<br />
Fabricante e distribuidora americana<br />
muito diversificada com produt<strong>os</strong> e<br />
serviç<strong>os</strong> nas áreas de cuidad<strong>os</strong> de saúde,<br />
nomeadamente no sector farmacêutico,<br />
no sector de produt<strong>os</strong> de consumo e<br />
no sector de equipament<strong>os</strong> médic<strong>os</strong> e<br />
de diagnóstico. A JNJ é uma empresa<br />
multinacional de grande dimensão, com<br />
vendas de 65 mil milhões de dólares em<br />
2011, 55% das quais tiveram origem<br />
fora d<strong>os</strong> Estad<strong>os</strong> Unid<strong>os</strong>. A empresa<br />
opera numa estrutura descentralizada<br />
com mais de 117.000 empregad<strong>os</strong>. No<br />
último ano, gerou “free cash flows” de<br />
12 mil milhões de dólares.<br />
N<strong>os</strong> últim<strong>os</strong> 10 an<strong>os</strong>, a empresa<br />
obteve um crescimento de resultad<strong>os</strong><br />
anualizado de cerca de 10%, com<br />
rentabilidades médias anuais no<br />
capital próprio de 27% e margens<br />
operacionais médias acima d<strong>os</strong> 25%.<br />
Estes indicadores revelam a consistência<br />
operacional da empresa e o elevado<br />
nível de eficiência em <strong>que</strong> opera.<br />
EMÍLIA O. VIEIRA<br />
Presidente do Conselho de Administração<br />
Casa de Investiment<strong>os</strong> – Gestão de Patrimóni<strong>os</strong>, SA<br />
www.casadeinvestiment<strong>os</strong>.pt<br />
Investimento em valor:<br />
Johnson & Johnson (JNJ)<br />
A JNJ mantém um balanço<br />
conservador. Atualmente, a dívida da<br />
empresa tem um peso inferior a 35%<br />
do capital próprio. As maiores agências<br />
de rating de crédito – S&P, Moody’s<br />
e Fitch – atribuem à JNJ um rating<br />
AAA, o <strong>que</strong> significa uma p<strong>os</strong>ição<br />
extremamente conservadora e protegida<br />
por um negócio bastante saudável e<br />
gerador de excelentes resultad<strong>os</strong>.<br />
A empresa aumenta dividend<strong>os</strong> há 50<br />
an<strong>os</strong> consecutiv<strong>os</strong> e distribui pel<strong>os</strong><br />
seus acionistas 40% d<strong>os</strong> seus lucr<strong>os</strong><br />
anuais. Os lucr<strong>os</strong> retid<strong>os</strong> são utilizad<strong>os</strong><br />
na recompra de ações próprias (outra<br />
forma de remunerar o acionista) e no<br />
financiamento da sua estratégia de<br />
crescimento; seja por intermédio de<br />
aquisições, seja pela via de investimento<br />
nas áreas de investigação da empresa<br />
(normalmente cerca de 10% das<br />
vendas).<br />
Durante este período de crise, a JNJ<br />
aproveitou o facto de algumas empresas<br />
estarem a transacionar com grandes<br />
descont<strong>os</strong> do seu valor para as comprar<br />
(Mentor e Cruccel) e criar parcerias<br />
com empresas farmacêuticas de forma<br />
a expandir o seu portfólio de produt<strong>os</strong><br />
e serviç<strong>os</strong> (Elan). Recentemente,<br />
concluiu a operação de aquisição da<br />
Synthes, empresa suíça de disp<strong>os</strong>itiv<strong>os</strong><br />
médic<strong>os</strong>, por 19,7 mil milhões de<br />
dólares. Aumentará substancialmente,<br />
desta forma, o peso da unidade de<br />
equipament<strong>os</strong> médic<strong>os</strong> nas vendas da<br />
empresa.<br />
Na unidade farmacêutica, a empresa<br />
enfrenta, tal como muitas das suas<br />
concorrentes, perdas de patentes de<br />
alguns d<strong>os</strong> seus produt<strong>os</strong>. No entanto,<br />
a empresa detém um portfólio robusto<br />
de produt<strong>os</strong> em desenvolvimento perto<br />
da fase de aprovação <strong>que</strong> contribuirão<br />
para reforçar as vendas da unidade<br />
farmacêutica.<br />
A unidade de produt<strong>os</strong> de consumo<br />
enfrentou algumas dificuldades em<br />
2010 e 2011 com a recolha voluntária<br />
de alguns produt<strong>os</strong> defeitu<strong>os</strong><strong>os</strong>,<br />
causando dan<strong>os</strong> de imagem à empresa.<br />
Estes problemas foram já reconhecid<strong>os</strong><br />
pela administração, estando previstas<br />
medidas para <strong>os</strong> corrigir. O nível<br />
elevado de diversificação das atividades<br />
da Johnson & Johnson salvaguarda a<br />
p<strong>os</strong>ição da empresa. Nenhum problema<br />
específico terá peso suficiente para<br />
abalar a performance global da empresa.<br />
Após a reforma do anterior presidente<br />
executivo, a JNJ nomeou um novo<br />
CEO em Abril passado, o veterano<br />
da indústria Alex Gorsky. Gorsky<br />
trabalha com a JNJ desde 1988, tendo<br />
presidido, n<strong>os</strong> últim<strong>os</strong> an<strong>os</strong>, à unidade<br />
de equipament<strong>os</strong> médic<strong>os</strong> e liderado o<br />
processo de aquisição da Synthes.<br />
Grandes investidores em valor<br />
mantêm ou têm reforçado as suas<br />
p<strong>os</strong>ições na empresa, salientando<br />
o carácter conservador do negócio<br />
aliado ao potencial de expansão a<br />
nível mundial, bem como a exp<strong>os</strong>ição<br />
a um sector – o da saúde – com<br />
muito boas perspetivas futuras devido<br />
ao envelhecimento progressivo da<br />
população, principalmente n<strong>os</strong> países<br />
desenvolvid<strong>os</strong>.<br />
Em term<strong>os</strong> de avaliação, o Price<br />
Earnings Ratio (PER), <strong>que</strong> se traduz<br />
no número de an<strong>os</strong> <strong>que</strong> se demoraria<br />
a pagar a cotação da ação com <strong>os</strong><br />
resultad<strong>os</strong> do último ano, situa-se<br />
n<strong>os</strong> 13. Isto significa uma taxa de<br />
rentabilidade inicial do investimento<br />
(<strong>os</strong> resultad<strong>os</strong> líquid<strong>os</strong> mais recentes a<br />
dividir pelo preço da ação) de 7,7%.<br />
O dividendo é superior a 3,6%, taxa<br />
superior à d<strong>os</strong> depósit<strong>os</strong> a prazo, e<br />
com boas probabilidades de crescer<br />
no futuro, como aliás aconteceu n<strong>os</strong><br />
últim<strong>os</strong> 50 an<strong>os</strong>. Os seus resultad<strong>os</strong><br />
líquid<strong>os</strong> estão em máxim<strong>os</strong>, enquanto<br />
<strong>que</strong> a cotação se mantém sensivelmente<br />
n<strong>os</strong> mesm<strong>os</strong> valores d<strong>os</strong> últim<strong>os</strong> an<strong>os</strong>.<br />
Em conclusão, trata-se de uma<br />
empresa <strong>que</strong> tem demonstrado uma<br />
performance operacional bastante<br />
acima da média. Desde 1980, a ação<br />
valorizou-se 14,57% ao ano, incluindo<br />
dividend<strong>os</strong>. No entanto, a cotação<br />
atual continua barata. A equipa de<br />
gestão tem sabido alocar o capital da<br />
forma mais eficiente e com um negócio<br />
bastante diversificado, mantendo-o<br />
com baixo risco e elevado potencial de<br />
crescimento. O n<strong>os</strong>so preço de compra<br />
é um pouco abaixo do preço a <strong>que</strong> está<br />
a cotar.<br />
Esta é uma boa prop<strong>os</strong>ta de valor.<br />
AVISO: Esta não é uma recomendação<br />
de compra. A recomendação<br />
depende da situação financeira<br />
de cada investidor, da comp<strong>os</strong>ição<br />
do seu património financeiro, do<br />
temperamento adequado para<br />
suportar a volatilidade n<strong>os</strong> mercad<strong>os</strong><br />
financeir<strong>os</strong> e da capacidade de manter<br />
<strong>os</strong> investiment<strong>os</strong> o tempo necessário<br />
para <strong>que</strong> a oportunidade se materialize,<br />
ou seja, para <strong>que</strong> o preço seja igual ao<br />
valor.
42 SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2012<br />
MERCADOS<br />
Baxter é empresa familiarmente responsável<br />
A Baxter Médico Farmacêutica recebeu a distinção de “empresa familiarmente responsável”,<br />
atribuída pela Fundación Másfamilia. Reconhece a filial nacional da multinacional Baxter pelas<br />
suas políticas e iniciativas para assegurar a conciliação e a igualdade d<strong>os</strong> seus colaboradores<br />
e harmonia entre as esferas laboral e familiar. A empresa farmacêutica passou por uma auditoria<br />
realizada por uma entidade de certificação acreditada. Foi a primeira entidade do setor a a<br />
receber esta distinção em <strong>Portugal</strong>.<br />
Santander conclui operação de venda na Colômbia<br />
O Grupo Santander deu por encerrada a segunda fase da operação de<br />
venda do Banco Santander Colômbia e de outras das suas filiais neste<br />
país. O preço total da operação ascendeu a perto de mil milhões de eur<strong>os</strong><br />
e o banco espanhol terá conseguido mais-valias na ordem d<strong>os</strong> 620<br />
milhões. O <strong>que</strong> permitirá atingir dotações de cerca de 900 milhões para<br />
cobrir parcialmente <strong>os</strong> saneament<strong>os</strong> sobre ativ<strong>os</strong> imobiliári<strong>os</strong> ainda antes do final do exercício.<br />
BPI Equity Research lança Top Picks<br />
de empresas ibéricas<br />
MARC BARROS<br />
marcbarr<strong>os</strong>@vidaeconomica.pt<br />
O BPI lançou a sua nova prop<strong>os</strong>ta<br />
de “stock picking” das cinco<br />
empresas ibéricas de pe<strong>que</strong>na e média<br />
capitalização bolsista. Segundo<br />
o estudo Iberian Small Mid Caps, a<br />
<strong>que</strong> a ‘<strong>Vida</strong> Económica’ teve acesso,<br />
o departamento de estud<strong>os</strong> do banco<br />
afirma acreditar <strong>que</strong> “um ‘stock<br />
picking’ cuidado e bem-sucedido<br />
continua a ser uma estratégia válida”.<br />
Perante um cenário adverso,<br />
pr<strong>os</strong>segue o mesmo documento, “<strong>os</strong><br />
Top Picks do último documento,<br />
editado em janeiro, conseguiram<br />
alcançar uma valorização de 0,50%,<br />
<strong>que</strong> contrasta com a <strong>que</strong>da de 22%<br />
do Ibex e <strong>os</strong> 13% do PSI20”.<br />
As cinco mais deste novo Top<br />
Picks incluem apenas uma empresa<br />
nacional, a EDP Renováveis, face<br />
às espanholas DIA, Ebro, Ferrovial<br />
e Jazztel. O BPI explica <strong>que</strong> as escolhas<br />
deste documento “espelham<br />
uma escolha entre empresas com<br />
características mais defensivas, de<br />
crescimento, de exp<strong>os</strong>ição internacional<br />
e com uma atratividade em<br />
term<strong>os</strong> de fusões e aquisições” (ver<br />
quadr<strong>os</strong>).<br />
Análise d<strong>os</strong> Top Picks<br />
Na sua leitura, a DIA continua<br />
a apresentar um bom desempenho<br />
em term<strong>os</strong> de lucr<strong>os</strong> e de resultad<strong>os</strong><br />
da sua reestruturação. Os mercad<strong>os</strong><br />
emergentes deverão representar a<br />
parte mais dinâmica d<strong>os</strong> resultad<strong>os</strong>.<br />
Assim, a DIA tem uma recomendação<br />
de comprar, com risco médio,<br />
e um preço-alvo de 5,40 eur<strong>os</strong>.<br />
Entre <strong>os</strong> fatores p<strong>os</strong>itiv<strong>os</strong> estão a elevada<br />
visibilidade d<strong>os</strong> resultad<strong>os</strong>, o<br />
potencial de reestruturação em Espanha<br />
e França, o elevado potencial<br />
n<strong>os</strong> mercad<strong>os</strong> emergentes e a situação<br />
económico-financeira sólida.<br />
Como fatores negativ<strong>os</strong> contam-se<br />
a elevada exp<strong>os</strong>ição a mercad<strong>os</strong><br />
considerad<strong>os</strong> madur<strong>os</strong>, a presença<br />
limitada n<strong>os</strong> mercad<strong>os</strong> emergentes<br />
e a p<strong>os</strong>sível venda da p<strong>os</strong>ição de um<br />
fundo de ‘private equity’ e a sua exp<strong>os</strong>ição<br />
à Argentina.<br />
Quanto à Ebro Foods, o BPI destaca<br />
o facto de esta negociar com<br />
um PER de 12, com um desconto<br />
de 17% face a<strong>os</strong> seus pares. Gozando<br />
de uma situação económicofinanceira<br />
sólida, com o potencial<br />
de aumentar a remuneração do<br />
acionista (atualmente tem um ‘dividend<br />
yield’ de 5%), a Ebro p<strong>os</strong>sui<br />
uma exp<strong>os</strong>ição geográfica diversificada,<br />
em <strong>que</strong> a Península Ibérica<br />
representa 8,5% do EBITDA.<br />
Negativamente, segundo o BPI,<br />
a empresa maior produtora de arroz<br />
Top picks BPI Equity Research<br />
Top Picks<br />
Empresas Preço-alvo 2013 (/sh) Potencial (1)<br />
DIA 5.40 41%<br />
Ebro Foods 1.670 30%<br />
EDP Renováveis 5.80 80%<br />
Ferrovial 11.90 45%<br />
Jazztel 6.30 33%<br />
(1) Potencia de valorização anualizado<br />
Fonte: BPI Equity Research<br />
Top Picks - Crescimento e alavancagem<br />
Cresc. anualizad<strong>os</strong> 11/15F ND/EBITDA<br />
Empresas EBITDA EPS 12F<br />
DIA 9% 27% 0,8X<br />
Ebro Foods 6% 4% 0,9x<br />
EDP Renováveis 11% 29% 5,2x<br />
Ferrovial 3% -39% 7,1x<br />
Jazztel 20% 32% 0,7x<br />
Fonte: BPI Equity Research<br />
Top Picks - múltipl<strong>os</strong><br />
PE<br />
EV/EBITDA<br />
Empresas 12F 13F 12F 13F<br />
DIA 17.6 12,1 5,0 4,6<br />
Ebro Foods 12,3 11,3 6,8 6,1<br />
EDP Renováveis 20,4 15,8 8,2 7,5<br />
Jazztel 20,3 12,1 7,2 5,6<br />
Fonte: BPI Equity Research<br />
As cinco mais deste novo Top Picks incluem apenas uma empresa nacional, a EDP Renováveis, face às espanholas DIA,<br />
Ebro, Ferrovial e Jazztel.<br />
O BPI explica <strong>que</strong> as escolhas deste documento<br />
“espelham uma escolha entre empresas com<br />
características mais defensivas, de crescimento,<br />
de exp<strong>os</strong>ição internacional e com uma<br />
atratividade em term<strong>os</strong> de fusões e aquisições”<br />
na UE e um d<strong>os</strong> líderes no negócio<br />
de massa e arroz na Europa e<br />
EUA destaca-se pelo crescimento<br />
fraco devido à exp<strong>os</strong>ição a mercad<strong>os</strong><br />
madur<strong>os</strong>, a p<strong>os</strong>ição de 10%<br />
detida pelo Estado espanhol e a<br />
crescente procura de marcas brancas.<br />
Face a estes element<strong>os</strong>, o BPI<br />
lança a recomendação comprar<br />
(risco Médio), com um preço-alvo<br />
de 16,70 eur<strong>os</strong> (2013).<br />
A EDP Renováveis negoceia<br />
com um desconto elevado. O<br />
acordo com a chinesa Three Gorges<br />
deverá gerar desalavancagem<br />
e maior visibilidade da avaliação<br />
(2000 ME). A compra das p<strong>os</strong>ições<br />
minoritárias pela EDP é um<br />
cenário p<strong>os</strong>sível (a média da cotação<br />
n<strong>os</strong> últim<strong>os</strong> seis meses é superior<br />
em 35% à atual).<br />
O BPI considera fatores p<strong>os</strong>itiv<strong>os</strong><br />
o facto de negociar em bolsa<br />
a níveis inferiores ao valor fundamental<br />
da empresa e d<strong>os</strong> cust<strong>os</strong> de<br />
investimento, a desalavancagem do<br />
seu balanço, o crescimento estimado<br />
de 11% do EBITDA e d<strong>os</strong> lucr<strong>os</strong><br />
de 29% e a p<strong>os</strong>sibilidade de a<br />
EDP adquirir a parte remanescente<br />
do capital <strong>que</strong> não detém (22.5%).<br />
Como element<strong>os</strong> negativ<strong>os</strong>,<br />
destaca a persistência da incerteza,<br />
n<strong>os</strong> EUA (onde p<strong>os</strong>sui 46%<br />
do total da sua potência instalada,<br />
num conjunto de 7.5 GW em eólicas),<br />
quanto ao prolongamento<br />
d<strong>os</strong> incentiv<strong>os</strong> estatais às energias<br />
renováveis em 2013 e o risco de<br />
regulamentação. Assim, a recomendação<br />
do BPI é comprar, com<br />
risco médio, e um preço-alvo de<br />
5,80 eur<strong>os</strong> em 2013.<br />
A Ferrovial, considerada empresa<br />
espanhola e “penalizada por<br />
esta perspetiva”, tem como fatores<br />
p<strong>os</strong>itiv<strong>os</strong> o espaço para <strong>melhor</strong>ar<br />
o dividendo (70% do dividendo<br />
distribuído provém do dividendo<br />
recebido pelas suas subsidiárias),<br />
uma regulamentação mais<br />
favorável <strong>que</strong> poderá tornar mais<br />
visível o valor do portefólio da<br />
Briish Airports Authority (BAA)<br />
e o facto de não ter necessidades<br />
de financiamento significativ<strong>os</strong><br />
até 2015.<br />
Do ponto de vista negativo, o<br />
BPI salienta as fracas perspetivas<br />
da economia espanhola, <strong>que</strong> representa<br />
23% do seu EBITDA,<br />
a elevada alavancagem, uma das<br />
maiores do setor, e as necessidades<br />
de financiamento de 3500<br />
MUSD em 2015. Assim, o BPI<br />
atribui risco elevado à recomendação<br />
comprar, com um preço-alvo<br />
por ação de 11.90 eur<strong>os</strong> em 2013.<br />
Finalmente, a Jazztel tem demonstrado<br />
uma resistência à conjuntura<br />
económica, à procura de<br />
serviç<strong>os</strong> mais económic<strong>os</strong> e ao<br />
diferencial qualitativo em relação<br />
a<strong>os</strong> seus concorrentes. Tem um<br />
balanço sólido e poderá vir a estar<br />
envolvida em fusões e aquisições.<br />
Esta estima um crescimento do<br />
EBITDA anualizado de 19% e<br />
do EPS de 41% no período entre<br />
2012 e 2015. A este aspeto<br />
junta-se o potencial de surpreender,<br />
pois, num cenário otimista,<br />
o preço-alvo para 2013 é de 7,15<br />
eur<strong>os</strong>, mais 13% <strong>que</strong> o preço-alvo<br />
de 6,30 eur<strong>os</strong> em 2013. Do ponto<br />
de vista negativo, o BPI salienta a<br />
fraca visibilidade e o novo plano<br />
de negóci<strong>os</strong>, a dependência da<br />
Telefónica para instalação da fibra<br />
ótica e a correlação com a economia<br />
espanhola. Assim, o BPI<br />
atribui a recomendação comprar,<br />
com risco médio.<br />
O BPI anunciou ainda a lista<br />
de candidat<strong>os</strong> a integrar as cinco<br />
mais, a saber: BES, Enagas, Melia,<br />
OHL e <strong>Portugal</strong> Telecom. No<br />
caso do BES, a explicação devese<br />
ao facto de estar numa p<strong>os</strong>ição<br />
confortável para cumprir <strong>os</strong> requisit<strong>os</strong><br />
imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong> pelo regulad<strong>os</strong> até<br />
ao final de 2012. Quanto à PT, é<br />
considerado ter um ‘dividend yield’<br />
bastante atrativo, sendo <strong>que</strong> o aumento<br />
da eficiência da actividade<br />
doméstica, aliada à reestruturação<br />
do seu negócio no Brasil, poderá<br />
ser o catalisador de uma subida<br />
das estatísticas d<strong>os</strong> analistas.
SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2012 43<br />
MERCADOS<br />
BCE agiliza colateral para empréstim<strong>os</strong><br />
O Banco Central Europeu pretende flexibilizar as regras relacionadas com<br />
<strong>os</strong> ativ<strong>os</strong> admitid<strong>os</strong> como colateral nas respetivas operações de financiamento,<br />
e <strong>que</strong>r aligeirar <strong>os</strong> critéri<strong>os</strong> de exigência de garantias a<strong>os</strong> banc<strong>os</strong>.<br />
Será, assim, exigido um “rating” menor para <strong>os</strong> ativ<strong>os</strong> <strong>que</strong> são tid<strong>os</strong> como<br />
garantia em troca de financiamento. Esta medida tem um significativo impacto<br />
em países <strong>que</strong> estão fora d<strong>os</strong> mercad<strong>os</strong>, como é o caso de <strong>Portugal</strong>.<br />
Investimento em responsabilidade social cresce 20%<br />
no Santander Totta<br />
O Banco Santander Totta investiu 6,6 milhões de eur<strong>os</strong> em responsabilidade social em 2011,<br />
um aumento de 19,5% em relação ao ano anterior, de acordo com o relatório de sustentabilidade<br />
da entidade. A nível global, o grupo Santander dedicou, em 2011, cerca de 170 milhões<br />
de eur<strong>os</strong> a projet<strong>os</strong> de responsabilidade social, sendo <strong>que</strong> 117 milhões foram exclusivamente<br />
para o segmento universitário (85% do montante em <strong>Portugal</strong>).<br />
A NOSSA ANÁLISE<br />
Conta Ordenado do BPI oferece<br />
10% do salário em novas soluções<br />
de poupança<br />
O BPI volta a relançar o seu<br />
clássico produto de conta<br />
ordenado em <strong>que</strong> oferece<br />
10% do salário numa solução<br />
de poupança. Mas, este ano,<br />
decidiu diversificar a forma de<br />
amealhar, já <strong>que</strong> permite ao<br />
cliente optar se o <strong>que</strong>r fazer num<br />
PPR BPI, numa conta poupança<br />
BPI ou numa AB Conta. De<br />
resto, a instituição bancária<br />
continua a manter uma das taxas<br />
no descoberto mais competitivas<br />
do mercado: TAN fixa de 10%.<br />
MARTA ARAÚJO<br />
martaaraujo@vidaeconomica.pt<br />
Ganhe 10% de um mês de ordenado<br />
Perante um mercado em constante turbulência,<br />
há <strong>que</strong> adaptar e dançar ao ritmo<br />
dele. É extamente isso <strong>que</strong> o BPI está a fazer.<br />
Habitualmente, as campanhas das contas<br />
ordenado eram lançadas na rentrée, depois<br />
das férias, algures entre setembro e outubro.<br />
Perante a atual conjuntura, com <strong>os</strong> cortes<br />
n<strong>os</strong> subsídi<strong>os</strong> de férias e as famílias a terem<br />
novas formas de organizarem <strong>os</strong> seus orçament<strong>os</strong>,<br />
a banca tem de se p<strong>os</strong>icionar.<br />
Se no ano anterior o mote para esta campanha<br />
foi “A conta <strong>que</strong> pensa na reforma”,<br />
<strong>os</strong> 365 dias <strong>que</strong> se seguirem fizeram o staff<br />
interno do banco liderado por Fernando<br />
Ulrich perceber <strong>que</strong> esta captação de nov<strong>os</strong><br />
clientes deveria acontecer mais cedo, precisamente<br />
antes das férias, e numa altura<br />
em <strong>que</strong> as vantagens desta conta ordenado<br />
p<strong>os</strong>sam, eventualmente, ser usufruídas mais<br />
cedo, nomeadamente no <strong>que</strong> diz respeito a<br />
mais cash flow proveniente de um p<strong>os</strong>sível<br />
duplo ordenado.<br />
Em paralelo, poupar está – obrigatoriamente<br />
e, em muit<strong>os</strong> cas<strong>os</strong>, por necessidade<br />
– na moda, pelo <strong>que</strong>, este ano, o mote é<br />
“Poupe com o seu ordenado”. A vantagem<br />
é, pelo men<strong>os</strong>, dupla: para além de o banco<br />
conceder 10% do ordenado numa aplicação<br />
de poupança, o BPI tem, neste contexto e<br />
olhando para a concorrência, uma das taxas<br />
de juro no descoberto mais baixas: TAEG de<br />
11,8% e TAN fixa de 10%.<br />
Escolha como <strong>que</strong>r poupar com o<br />
seu ordenado<br />
Desta feita, a <strong>que</strong>m for trabalhador por<br />
contra de outrem ou reformado e transferir<br />
o seu ordenado ou pensão, pela primeira<br />
vez, no BPI, pode optar por ganhar<br />
um PPR, uma conta poupança ou uma<br />
AB Conta equivalente a 10% da verba domiciliada.<br />
Assim, e sem qual<strong>que</strong>r esforço<br />
adicional, o cliente ganha um mealheiro<br />
extra.<br />
De salientar <strong>que</strong>, no caso da conta poupança<br />
e da AB Conta, o cliente, caso precise<br />
do dinheiro antes de o produto ter completado<br />
um ano de existência, não tem qual<strong>que</strong>r<br />
comissão de resgate aplicada pelo banco. No<br />
caso do PPR, por exemplo, a comissão aplicada,<br />
neste contexto, é de 1%.<br />
Para ter direito a estas ofertas, o banco<br />
solicita a domiciliação de forma automática<br />
do ordenado ou pensão de valor igual<br />
ou superior a 500 eur<strong>os</strong> a pessoas <strong>que</strong>,<br />
até ao momento, nunca o tenham feito.<br />
Em paralelo, obriga à adesão ao extrato<br />
digital e a constituição de, pelo men<strong>os</strong>,<br />
duas ordens de pagamento permanente<br />
de serviç<strong>os</strong> como água ou eletricidade.<br />
Ao domiciliar o ordenado, o cliente fica<br />
com acesso a um descoberto até 100% do<br />
valor líquido do mesmo, com uma das taxas<br />
de juro mais baixas do mercado (TAEG<br />
11,8%); isenção da comissão de manutenção<br />
e das anuidades do cartão de débito<br />
de dois titulares, bem como a primeira<br />
anuidade d<strong>os</strong> cartões de crédito. Para além<br />
do acesso a bonificações n<strong>os</strong> produt<strong>os</strong> de<br />
crédito, o banco garante a oferta de um<br />
seguro de responsabilidade civil com um<br />
valor anual garantido de 2500 eur<strong>os</strong> por<br />
segurado.<br />
CONSELHOS<br />
• Se consegue ser bastante controlado<br />
na forma como gere as suas contas,<br />
analise a conta ordenado da CGD,<br />
<strong>que</strong> disponibiliza até 250 eur<strong>os</strong> de<br />
descoberto sem jur<strong>os</strong> n<strong>os</strong> primeir<strong>os</strong><br />
sete dias. Atitude semelhante tem o<br />
Santander, <strong>que</strong> não cobra jur<strong>os</strong> por<br />
emprestar 100 eur<strong>os</strong> até a<strong>os</strong> dois<br />
dias seguintes.<br />
• No caso de ter uma remuneração<br />
mensal, ou pensão, inferior a 350<br />
eur<strong>os</strong>, saiba <strong>que</strong> o Banif permite<br />
a subscrição da Conta Ordenado<br />
Triplus a partir de venciment<strong>os</strong> de<br />
300 eur<strong>os</strong>, sendo p<strong>os</strong>sível antecipar<br />
até três vezes o valor do ordenado.<br />
Em contrapartida a taxa de juro<br />
associada é elevada: 20,937%.<br />
Europa “abandona” taxa sobre transações financeiras<br />
Os ministr<strong>os</strong> das Finanças da União Europeia<br />
não chegaram a acordo relativamente<br />
à taxa sobre as transações financeiras. No<br />
entanto, deixaram a porta aberta a<strong>os</strong> países<br />
<strong>que</strong> <strong>que</strong>iram avançar isoladamente, como<br />
são <strong>os</strong> cas<strong>os</strong> da Alemanha e da França.<br />
A realidade é <strong>que</strong> as p<strong>os</strong>ições sobre a prop<strong>os</strong>ta<br />
de taxação continuam muito distantes<br />
e é quase imp<strong>os</strong>sível a Europa lançar<br />
uma taxa sobre as transações financeiras.<br />
Trata-se de uma vitória clara da<strong>que</strong>las nações<br />
<strong>que</strong> seguiram sempre o Reino Unido<br />
na op<strong>os</strong>ição a tal prop<strong>os</strong>ta. No entanto,<br />
o processo não está fechado. É p<strong>os</strong>sível o<br />
mesmo ir por diante, desde <strong>que</strong> exista um<br />
número mínimo de oito países <strong>que</strong> esteja<br />
de acordo. O Tratado de Lisboa prevê essa<br />
p<strong>os</strong>sibilidade, depois de esgotadas todas as<br />
vias de se chegar a um consenso.<br />
Os países defensores da referida taxa<br />
consideram <strong>que</strong> se deu um passo importante<br />
no sentido da cooperação reforçada.<br />
Nesta linha estão, para além da França e da<br />
Alemanha, a Espanha, a Itália, <strong>Portugal</strong>, a<br />
Grécia, a Áustria, a Bélgica e a Finlândia.<br />
Um número suficiente, mas pouco sólido,<br />
tendo em conta <strong>os</strong> 27 países integrad<strong>os</strong> na<br />
comunidade europeia.
44 SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2012<br />
MERCADOS<br />
PSI-20 - DIÁRIO<br />
O PSI-20 continua com a tendência de <strong>que</strong>da <strong>que</strong> tem<br />
impulsionado o seu comportamento desde o início do 2º<br />
trimestre de 2012. A <strong>que</strong>bra da zona de suporte entre <strong>os</strong> 5135<br />
e 5260 pont<strong>os</strong> foi particularmente negativa, tendo despoletado<br />
violentas <strong>que</strong>das até níveis de 1996. De momento, o PSI-20<br />
conseguiu suporte n<strong>os</strong> 4420 pont<strong>os</strong>, tendo este nível já sido<br />
testado duas vezes. A <strong>que</strong>bra deste suporte poderá desencadear<br />
uma <strong>que</strong>da para valores próxim<strong>os</strong> d<strong>os</strong> 4000 pont<strong>os</strong>.<br />
DAX 30 - DIÁRIO<br />
Este mês o índice alemão conseguiu suporte n<strong>os</strong> 5940<br />
pont<strong>os</strong>, tendo conseguido recuperar para níveis perto d<strong>os</strong><br />
6450 pont<strong>os</strong>. Após estes níveis assistiu-se a uma <strong>que</strong>da até<br />
valores ligeiramente abaixo d<strong>os</strong> 6100 pont<strong>os</strong>. No entanto, este<br />
movimento não é suficiente para invalidar uma continuação da<br />
recuperação, sendo importante <strong>que</strong> o índice se mantenha acima<br />
d<strong>os</strong> 5940 pont<strong>os</strong>.<br />
Mercado aguarda por reunião do BCE<br />
Muito poucas alterações nesta<br />
última semana, <strong>que</strong>r n<strong>os</strong> praz<strong>os</strong> de<br />
mercado monetário, <strong>que</strong>r nas taxas<br />
fixas. Os operadores aguardam pela<br />
próxima reunião do BCE de 5 de<br />
julho. Continua a haver alguma<br />
expetativa <strong>que</strong> o Banco Central<br />
corte as taxas de juro em 0,25<br />
bps, mesmo <strong>que</strong> seja apenas as<br />
de depósito. Na semana passada,<br />
o BCE relaxou a exigência quanto<br />
ao colateral <strong>que</strong> <strong>os</strong> banc<strong>os</strong> podem<br />
usar, permitindo um maior acesso<br />
a<strong>os</strong> leilões de cedência de liquidez,<br />
efeito <strong>que</strong> se estima em mais 100<br />
mil milhões. Já no <strong>que</strong> respeita a<br />
compra de obrigações em mercado<br />
secundário, o BCE nada fez pela<br />
15ª semana consecutiva. Segundo<br />
comentári<strong>os</strong> de Nowotny, é um<br />
instrumento <strong>que</strong> não deverá voltar<br />
a ser utilizado, podendo o fundo<br />
EFSF tomar esse papel no futuro.<br />
O alemão Weidmann, presidente do<br />
Bundesbank, afirmou <strong>que</strong> o BCE já<br />
fez tudo o <strong>que</strong> está ao seu alcance<br />
para atenuar a crise, opondo-se à<br />
ideia de o ESM se vir a financiar<br />
junto do Banco Central Europeu<br />
com o propósito de comprar dívida<br />
MERCADO MONETÁRIO<br />
INTERBANCÁRIO<br />
YIELD CURVE EURO E DÓLAR<br />
a<strong>os</strong> govern<strong>os</strong>. Na sua opinião,<br />
não há soluções rápidas para o<br />
actual problema, pelo <strong>que</strong> a mera<br />
disponibilização de mais dinheiro<br />
em nada contribuirá para resolver a<br />
situação.<br />
No documento preparado para o<br />
Conselho Europeu estão as linhas<br />
diretoras <strong>que</strong> apontam para uma<br />
maior coordenação central a nível<br />
de política económica, orçamental<br />
e mobilidade laboral. Fala-se<br />
também na ideia de uma supervisão<br />
bancária a nível europeu e na<br />
p<strong>os</strong>sível utilização do mecanismo<br />
ESM como suporte de um fundo<br />
de garantia de depósit<strong>os</strong>. Só depois<br />
de se avançar nesse sentido, o <strong>que</strong><br />
envolve clara perda de soberania<br />
nalguns aspet<strong>os</strong>, se equacionará<br />
um mecanismo de emissão<br />
conjunta de obrigações.<br />
Os consumidores alemães<br />
surpreenderam o mercado com<br />
uma subida na confiança. O facto<br />
de o desemprego continuar a<br />
diminuir (e de <strong>os</strong> salári<strong>os</strong> terem<br />
subido) contribuiu para um maior<br />
optimismo, mas tal não impede <strong>que</strong><br />
haja algum pessimismo quanto à<br />
YIELD 10 ANOS EURO “BENCHMARK”<br />
FILIPE GARCIA<br />
filipegarcia@imf.pt<br />
evolução futura da economia alemã.<br />
Estes recei<strong>os</strong> estão associad<strong>os</strong><br />
à hipótese de a Alemanha ser<br />
arrastada pela espiral de problemas<br />
d<strong>os</strong> seus parceir<strong>os</strong> europeus.<br />
Espanha viu ser cortado o rating de<br />
28 d<strong>os</strong> seus banc<strong>os</strong>, no dia em <strong>que</strong><br />
formalmente apresentou o pedido<br />
de ajuda para o sector financeiro.<br />
Há ainda uma série de detalhes<br />
respeitantes à senioridade da<br />
dívida, ao seu custo e à maturidade<br />
<strong>que</strong> ainda não foram esclarecidas.<br />
Segundo o ministro da Economia<br />
espanhol, o mercado saberá as<br />
resp<strong>os</strong>tas nas próximas semanas.<br />
Há uma convergência entre <strong>os</strong><br />
rendiment<strong>os</strong> d<strong>os</strong> títul<strong>os</strong> de Espanha<br />
e de <strong>Portugal</strong>, com <strong>os</strong> primeir<strong>os</strong> a<br />
subir e <strong>os</strong> últim<strong>os</strong> a descer. N<strong>os</strong> 10<br />
an<strong>os</strong> <strong>Portugal</strong> já “paga” abaixo de<br />
10%, enquanto Espanha está perto<br />
d<strong>os</strong> 7%. A Alemanha anunciou a<br />
emissão de 3 mil milhões para<br />
além do planeado no próximo<br />
trimestre, para contribuir para o<br />
fundo ESM.<br />
ANÁLISE PRODUZIDA<br />
A 27 DE JUNHO DE 2012<br />
Evolução euribor (em basis points)<br />
27.junho12 20.junho12 30.maio12<br />
1M 0.376% 0.379% -0.003 0.387% -0.011<br />
3M 0.652% 0.657% -0.005 0.671% -0.019<br />
1Y 1.212% 1.214% -0.002 1.237% -0.025<br />
EURIBOR - 3M, 6M E 1 ANO<br />
Taxas MMI<br />
T/N 0.25<br />
1 W 0.10<br />
2 W 0.10<br />
1 M 0.27<br />
2 M 0.37<br />
3 M 0.50<br />
6 M 0.78<br />
9 M 0.92<br />
1 Y 1.05<br />
CONDIÇÕES DOS BANCOS CENTRAIS<br />
Minium Bid* 1,00%<br />
BCE Lending Facility* 1,75%<br />
Dep<strong>os</strong>ity Facility* 0,25%<br />
*desde 6 junho de 2012<br />
EUA FED Funds 0,25%<br />
R.Unido Repo BoE 0,50%<br />
Suíça Target Libor 3M 0% - 0,25%<br />
Japão Repo BoJ 0,10%<br />
EURO FRA’S<br />
Forward Rate Agreements<br />
Tipo* Bid Ask<br />
1X4 0.578 0.588<br />
3X6 0.502 0.512<br />
1X7 0.805 0.855<br />
3X9 0.736 0.786<br />
6X12 0.744 0.759<br />
12X24 1.093 1.113<br />
*1x4 - Período termina a 4 Meses, com início a 1M<br />
EURO IRS<br />
InterestSwapsvs Euribor 6M<br />
Prazo Bid Ask<br />
2Y 0.853 1.950<br />
3Y 0.945 2.290<br />
5Y 0.853 1.322<br />
8Y 1.753 3.307<br />
10Y 1.959 3.522<br />
20Y 2.235 3.965<br />
30Y 2.214 2.254<br />
LEILÕES BCE<br />
Last Tender<br />
26.junho.2012<br />
Minium Bid 1,00%<br />
Marginal Rate 1,00%<br />
Euro lateral, mas com risco<br />
de mais <strong>que</strong>das<br />
Eur/Usd<br />
Apesar de nas últimas semanas<br />
o Eur/Usd ter registado uma tentativa<br />
de recuperação, cotando em<br />
valores acima d<strong>os</strong> 1,2700, o forte<br />
movimento de descida registado<br />
da semana passada invalidou o<br />
canal ascendente <strong>que</strong> suportava a<br />
recuperação do câmbio.<br />
Este evento técnico eliminou o<br />
“momentum” ascendente do câmbio.<br />
O comportamento do Eur/<br />
Usd é agora lateral, com suporte<br />
n<strong>os</strong> 1.2450 dólares. Caso este suporte<br />
seja <strong>que</strong>brado, um retorno<br />
a<strong>os</strong> mínim<strong>os</strong> do ano é provável.<br />
EUR/USD<br />
CARLOS BALULA carl<strong>os</strong>balula@imf.pt<br />
Eur/Jpy<br />
As subidas conseguidas pelo<br />
Eur/Jpy nas últimas semanas invalidaram<br />
a forte tendência de<br />
<strong>que</strong>da registada desde o 2º trimestre<br />
de 2012.<br />
Após, na semana passada, o<br />
câmbio ter <strong>que</strong>brado o intervalo<br />
de consolidação <strong>que</strong> caracterizou<br />
<strong>os</strong> seus moviment<strong>os</strong> desde o início<br />
do mês, observou-se uma tentativa<br />
de visita a<strong>os</strong> 102 ienes. No entanto,<br />
esta tentativa foi rejeitada,<br />
com o Eur/Jpy a retornar para o<br />
intervalo anterior.<br />
O comportamento do cr<strong>os</strong>s<br />
é agora lateral, limitado entre <strong>os</strong><br />
98,60 e 101,5 ienes. A <strong>que</strong>bra do<br />
limite inferior poderá pressionar<br />
o câmbio até perto d<strong>os</strong> mínim<strong>os</strong><br />
do ano.<br />
Eur/Gbp<br />
O Eur/Gbp continua com a<br />
trajectória de <strong>que</strong>da <strong>que</strong> iniciou<br />
no Verão de 2011, permanecendo<br />
dentro de um canal descendente.<br />
Esta semana, o câmbio <strong>que</strong>brou<br />
o canal ascendente <strong>que</strong> registava<br />
desde Maio. Este evento vinha já<br />
sendo sugerido pelo comportamento<br />
do câmbio nas duas ultimas<br />
semanas, após a tentativa de<br />
visita a valores acima d<strong>os</strong> 0,8150<br />
libras ter sido rejeitada.<br />
Apesar de, no curto prazo, o<br />
Eur/Gbp apresentar um comportamento<br />
lateral, com suporte nas<br />
0,7985 libras, uma visita a<strong>os</strong> mínim<strong>os</strong><br />
do ano é um cenário a ter<br />
em mente.<br />
FIXING Variação Variação Variação<br />
27.jun.12 Semanal (%) no mês (%) desde 1 jan. (%)<br />
EUR/USD 1.2478 -1.78% 0.60% -3.56%<br />
EUR/JPY 99.49 -0.75% 1.87% -0.71%<br />
EUR/GBP 0.7999 -0.76% 0.00% -4.24%<br />
EUR/CHF 1.2011 0.02% 0.01% -1.19%<br />
EUR/NOK 7.5230 0.23% -0.01% -2.98%<br />
EUR/SEK 8.8242 -0.22% -1.68% -0.99%<br />
EUR/DKK 7.4337 0.00% 0.02% -0.01%<br />
EUR/PLN 4.2515 0.29% -3.19% -4.63%<br />
EUR/AUD 1.2384 -0.58% -2.76% -2.66%<br />
EUR/NZD 1.5804 -0.78% -3.86% -5.57%<br />
EUR/CAD 1.2796 -0.95% 0.27% -3.17%<br />
EUR/ZAR 10.4601 0.39% -1.06% -0.22%<br />
EUR/BRL 2.5850 0.58% 3.67% 7.00%
SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2012 45<br />
MERCADOS<br />
Quatro empresas portuguesas no ranking europeu<br />
de leasing e renting<br />
Há quatro instituições portuguesas (BES, Caixa Leasing e Factoring, BCP e Montepio)<br />
no ranking da Leaseurope, a Federação Europeia das Associações de empresas de Leasing<br />
e de Renting. A lista, liderada por BNP Paribas Equipment Solutions (França), a<br />
Volkswagen Leasing GmbH (Alemanha) e a Société-Générale Equipment Finance (França)<br />
tem empresas de 21 países europeus, intra e extra União Europeia.<br />
Preç<strong>os</strong> das matérias-primas indiciam<br />
tendência de descida<br />
A descida nas previsões económicas para <strong>os</strong> Estad<strong>os</strong> Unid<strong>os</strong> e <strong>os</strong><br />
frac<strong>os</strong> indicadores da atividade industrial na China estão a impulsionar<br />
as vendas n<strong>os</strong> mercad<strong>os</strong> de “commodities”. O preço desceu<br />
para perto de 90 dólares, o cobre registou uma baixa de cerca de<br />
2% e o ouro caiu abaixo da fasquia d<strong>os</strong> 1600 dólares a onça.<br />
Título<br />
TÍTULOS EURONEXT LISBOA<br />
TÍTULOS MERCADOS EUROPEUS<br />
Última<br />
Cotação<br />
Variação<br />
Semanal<br />
Máximo<br />
52 Sem<br />
Mínimo<br />
52 Sem<br />
EPS Est<br />
Act<br />
EPS Est<br />
Fut<br />
PAINEL BANCO POPULAR<br />
Título<br />
Última Variação Máximo 52 Mínimo EPS Est EPS Est PER Est PER Est Div. Yield<br />
Div. Yield Est<br />
Cotação Semanal Sem 52 Sem Act Fut Act Fut Ind<br />
Data Act Hora Act<br />
ALTRI SGPS 1,028 -2,00% 1,500 0,945 0,098 0,122 10,490 8,426 1,95% 0,78% 27-06-2012 16:35:00<br />
B. COM. PORT. 0,097 1,04% 0,414 0,073 -0,002 0,017 -- 5,706 -- 0,00% 27-06-2012 16:35:37<br />
B.ESP. SANTO 0,518 0,58% 1,695 0,434 0,079 0,124 6,557 4,177 -- 1,89% 27-06-2012 16:35:00<br />
BANIF-SGPS 0,130 8,33% 0,669 0,100 -0,040 0,010 -- 13,000 -- -- 27-06-2012 16:35:00<br />
B. POP. ESP. 1,740 6,10% 3,950 1,570 -0,055 0,160 -- 10,875 9,20% 0,00% 27-06-2012 13:28:23<br />
BANCO BPI 0,505 -0,20% 1,099 0,345 0,083 0,086 6,084 5,872 -- 0,00% 27-06-2012 16:36:40<br />
BRISA 2,497 -2,23% 4,240 2,191 0,122 0,096 20,467 26,010 -- 11,37% 27-06-2012 16:36:02<br />
COFINA,SGPS 0,340 -2,86% 0,820 0,270 0,070 0,060 4,857 5,667 2,94% 0,00% 26-06-2012 16:36:02<br />
CORT. AMORIM 1,340 -4,29% 1,650 0,870 0,250 0,250 5,360 5,360 4,85% 5,97% 27-06-2012 15:07:17<br />
CIMPOR,SGPS 3,300 -39,38% 5,700 3,260 0,340 0,384 9,706 8,594 5,03% 6,11% 27-06-2012 16:37:32<br />
EDP 1,790 -0,56% 2,556 1,628 0,290 0,279 6,172 6,416 10,34% 10,56% 27-06-2012 16:36:41<br />
MOTA ENGIL 1,000 -3,57% 1,642 0,951 0,215 0,233 4,651 4,292 11,00% 12,50% 27-06-2012 16:35:00<br />
GALP ENERGIA 9,500 -2,64% 16,970 8,330 0,445 0,622 21,348 15,273 3,58% 2,45% 27-06-2012 16:35:00<br />
IMPRESA,SGPS 0,330 3,13% 0,700 0,260 0,015 0,030 22,000 11,000 -- 0,00% 27-06-2012 16:07:17<br />
J. MARTINS 13,780 -2,37% 16,070 10,660 0,662 0,796 20,816 17,312 2,00% 2,42% 27-06-2012 16:35:00<br />
MARTIFER 0,610 1,67% 1,400 0,560 -0,040 0,000 -- -- -- -- 27-06-2012 16:35:00<br />
NOVABASE 1,900 -0,52% 2,750 1,610 0,195 0,220 9,744 8,636 1,58% 3,68% 27-06-2012 16:35:00<br />
GLINTT 0,100 0,00% 0,230 0,090 -- -- -- -- -- -- 27-06-2012 16:00:37<br />
P. TELECOM 3,420 1,94% 6,992 3,003 0,411 0,434 8,321 7,880 25,44% 14,82% 27-06-2012 16:39:33<br />
PORTUCEL 1,880 -2,24% 2,400 1,680 0,253 0,251 7,431 7,490 11,76% 8,28% 27-06-2012 16:35:00<br />
REDES E. NAC. 2,050 0,99% 2,480 1,806 0,271 0,283 7,565 7,244 8,24% 8,08% 27-06-2012 16:35:00<br />
S. COSTA 0,160 -5,88% 0,440 0,140 0,000 0,020 -- 8,000 -- -- 27-06-2012 16:26:26<br />
SEMAPA 4,810 -2,83% 7,650 4,602 0,603 1,025 7,977 4,693 5,30% 5,30% 27-06-2012 16:35:00<br />
SONAECOM 1,288 -0,16% 1,550 1,039 0,143 0,144 9,007 8,944 5,43% 4,83% 27-06-2012 16:35:00<br />
SONAE,SGPS 0,409 -0,97% 0,742 0,366 0,047 0,058 8,702 7,052 8,09% 7,99% 27-06-2012 16:35:00<br />
SONAE IND. 0,468 0,65% 1,389 0,384 -0,172 -0,033 -- -- -- 0,00% 27-06-2012 16:35:00<br />
SAG GEST 0,400 5,26% 0,550 0,330 -0,040 -0,010 -- -- -- -- 27-06-2012 15:31:41<br />
TEIX. DUARTE 0,220 10,00% 0,450 0,170 -0,290 0,050 -- 4,400 6,82% 9,09% 27-06-2012 09:01:08<br />
Z. MULTIMEDIA 2,303 1,01% 3,330 1,760 0,132 0,169 17,447 13,627 6,95% 7,04% 27-06-2012 16:35:00<br />
PAINEL BANCO POPULAR<br />
B.POPULAR 1,737 2,96% 4,028 1,544 -0,055 0,160 -- 10,856 9,21% 3,00% 27-06-2012 16:38:00<br />
INDITEX 78,46 0,87% 78,500 52,035 3,607 4,044 21,752 19,402 2,04% 2,66% 27-06-2012 16:38:00<br />
REPSOL YPF 11,4 -10,55% 24,350 11,065 1,589 1,771 7,174 6,437 9,67% 7,96% 27-06-2012 16:38:00<br />
TELEFONICA 9,76 -1,77% 17,050 8,814 1,287 1,350 7,584 7,230 13,32% 13,06% 27-06-2012 16:38:00<br />
FRA. TELECOM 9,935 0,29% 14,725 9,450 1,317 1,272 7,544 7,811 14,09% 12,44% 27-06-2012 16:35:18<br />
LVMH 116,25 -2,80% 136,800 94,160 7,262 8,124 16,008 14,309 2,24% 2,57% 27-06-2012 16:35:37<br />
BAYER AG O.N. 54,98 1,57% 58,640 35,360 5,188 5,708 10,583 9,619 3,01% 3,21% 27-06-2012 16:35:12<br />
DEUTSCHE BK 28,175 -2,58% 42,075 20,785 4,699 5,424 6,012 5,209 2,67% 2,79% 27-06-2012 16:35:08<br />
DT. TELEKOM 8,52 1,38% 10,940 7,688 0,639 0,668 13,333 12,754 8,24% 8,23% 27-06-2012 16:35:19<br />
VOLKSWAGEN 113 -5,32% 138,800 82,350 21,796 23,823 5,184 4,743 2,65% 3,50% 27-06-2012 16:35:28<br />
ING GROEP 4,895 -3,36% 8,717 4,213 1,174 1,316 4,170 3,720 -- 1,86% 27-06-201 16:38:56<br />
Este relatório foi elaborado pelo Centro de Corretagem do Banco Popular, telf 210071800, email: centro.corretagem@<br />
bancopopular.pt, com base em informação disponível ao público e considerada fidedigna, no entanto, a sua exactidão não<br />
é totalmente garantida. Este relatório é apenas para informação, não constituindo qual<strong>que</strong>r prop<strong>os</strong>ta de compra ou venda<br />
em qual<strong>que</strong>r d<strong>os</strong> títul<strong>os</strong> mencionad<strong>os</strong>.<br />
PER Est<br />
Act<br />
PER Est<br />
Fut<br />
Div. Yield<br />
Ind<br />
Div. Yield<br />
Est<br />
Data Act<br />
Hora Act<br />
VÍTOR NORINHA<br />
vnorinha@gmail.com<br />
PT em desta<strong>que</strong><br />
e expetativa sobre Espanha<br />
As ações da <strong>Portugal</strong> Telecom estiveram em desta<strong>que</strong> esta semana,<br />
depois de terem estado a perder 24% durante este semestre. A gestão<br />
liderada por Zeinal Bava, vai, à semelhança do <strong>que</strong> estão a fazer<br />
as congéneres europeias, cortar o nível de dividendo para metade,<br />
evitando quase 300 milhões de eur<strong>os</strong> de remuneração acionista, e vai<br />
ainda adquirir ações próprias (share buy back) no valor de 200 milhões<br />
de eur<strong>os</strong>, o <strong>que</strong> constitui um retorno indireto para <strong>os</strong> acionistas.<br />
Com esta estratégia haverá um menor consumo de capital, numa<br />
altura em <strong>que</strong> a empresa precisa de se recentrar no seu mercado core,<br />
ao mesmo tempo <strong>que</strong> cria boas perspetivas a prazo para <strong>os</strong> acionistas.<br />
O corte na remuneração de 0,65 cêntim<strong>os</strong> por ação para 0,325<br />
cêntim<strong>os</strong> por ação irá manter-se durante <strong>os</strong> próxim<strong>os</strong> três exercíci<strong>os</strong>.<br />
Este opção gerou um movimento muito p<strong>os</strong>itivo no título, <strong>que</strong>, na<br />
quarta-feira, esteve a recuperar mais de 2%.<br />
Também o título da Galp energia se manteve em alta,<br />
independentemente de o preço do crude n<strong>os</strong> mercad<strong>os</strong> internacionais<br />
continuar em <strong>que</strong>da (sabendo-se de paragens de produção na<br />
Noruega e de suspensão de importações do Irão).<br />
O setor financeiro estava até meio da semana na expetativa<br />
sobre o <strong>que</strong> iria acontecer na cimeira d<strong>os</strong> chefes de Estado da Zona<br />
Euro desta última quinta-feira e sexta-feira. À hora de fecho desta<br />
crónica circulavam rumores sobre as grandes linhas orientadoras<br />
deste encontro e especulava-se com um maior esforço de integração<br />
financeira, via uma supervisão bancária e garantia de depósit<strong>os</strong><br />
comuns, a par de uma união orçamental com um tesouro comum.<br />
Havia ainda grande expetativa sobre medidas a nível da política<br />
económica de crescimento.<br />
O sentimento de mercado tem estado pouco definido, com as<br />
yields da dívida pública alemã a registarem subidas, enquanto o<br />
euro manteve a tendência descendente, cotando a 1,2442 dólares na<br />
quarta-feira. As ações d<strong>os</strong> EUA não foram afetadas pel<strong>os</strong> dad<strong>os</strong> men<strong>os</strong><br />
favoráveis ao nível das encomendas de bens duradour<strong>os</strong>. Existia<br />
ainda a expetativa de a inflação na Alemanha cair ligeiramente, o <strong>que</strong><br />
reforçaria a p<strong>os</strong>sibilidade de o BCE acomodar ainda mais a política<br />
monetária, embora já pouc<strong>os</strong> acreditem nesta solução. Tod<strong>os</strong> esperam<br />
grandes decisões políticas.<br />
As preocupações com Espanha são evidentes. Depois do pedido<br />
formal de ajuda à banca, Mariano Rajoy, o chefe de Governo<br />
espanhol, veio afirmar <strong>que</strong> o país não aguentará durante muito<br />
mais tempo pagar jur<strong>os</strong> tão elevad<strong>os</strong>. Isto pode ser o prenúncio de<br />
um pedido de assistência ao Estado espanhol, algo <strong>que</strong> <strong>os</strong> nov<strong>os</strong><br />
mecanism<strong>os</strong> de ajuda europeia contemplam, mas sobre <strong>os</strong> quais ainda<br />
existem muitas incógnitas, nomeadamente d<strong>os</strong> valores necessári<strong>os</strong><br />
para um “bailout” a uma grande economia.<br />
Chipre solicitou ajuda para a banca sem especificar montantes,<br />
embora a Bloomberg especule <strong>que</strong> Bruxelas <strong>que</strong>r abrir uma linha<br />
de 10 mil milhões de eur<strong>os</strong>, mas Nic<strong>os</strong>ia <strong>que</strong>rerá apenas quatro mil<br />
milhões de eur<strong>os</strong> e não <strong>que</strong>r imp<strong>os</strong>ições a nível da política económica<br />
e financeira. A Irlanda está a insistir nas alterações às obrigações<br />
contraídas com a “troika”, tendo em conta <strong>que</strong> o seu cenário é idêntico<br />
ao de Espanha e, logo, <strong>que</strong>r soluções men<strong>os</strong> grav<strong>os</strong>as, tais como as <strong>que</strong><br />
Espanha irá ter, se mantiver o pedido de ajuda apenas para a banca.<br />
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46 SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2012<br />
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visitam as suas estações. A<strong>que</strong>le pack inclui um livro de colorir, uma caixa de lápis de cor e<br />
uma sa<strong>que</strong>ta de bolachas Oreo. Integrada n<strong>os</strong> 100 an<strong>os</strong> do aniversário da marca de bolachas,<br />
a parceria pressupõe ainda a p<strong>os</strong>sibilidade da família receber uma semana de férias no Algarve<br />
com tudo incluído (disponibilizad<strong>os</strong> ainda uma viatura e 100 litr<strong>os</strong> de combustível).<br />
MIRA AMARAL DEFENDE<br />
“<strong>Portugal</strong> tem<br />
de ap<strong>os</strong>tar<br />
na mobilidade<br />
elétrica<br />
urbana”<br />
O ex-ministro destaca <strong>os</strong> transportes coletiv<strong>os</strong><br />
elétric<strong>os</strong>.<br />
“Só quando houver uma utilização<br />
massiva de automóveis elétric<strong>os</strong> é <strong>que</strong> haverá<br />
poupança de petróleo, a indústria da<br />
energia já não usa petróleo para produzir<br />
energia”, defendeu Mira Amaral, membro<br />
do Comité de Gestão do LIDE <strong>Portugal</strong>,<br />
no debate sobre <strong>Portugal</strong> Sustentável promovido<br />
pela organização portuguesa de<br />
líderes empresariais. O antigo ministro<br />
da Indústria e Energia e atual presidente<br />
do BIC defendeu <strong>que</strong>, “com as atuais<br />
limitações de autonomia, <strong>os</strong> automóveis<br />
elétric<strong>os</strong> têm sobretudo uma utilização<br />
urbana e portanto para baixar a sua dependência<br />
do petróleo, <strong>Portugal</strong> tem de<br />
ap<strong>os</strong>tar em força na mobilidade elétrica<br />
urbana e designadamente n<strong>os</strong> transportes<br />
coletiv<strong>os</strong> elétric<strong>os</strong>, onde já tem<strong>os</strong> e exportam<strong>os</strong><br />
tecnologia”.<br />
Mira Amaral, depois de ter defendido<br />
<strong>que</strong> “é feliz falar em sustentabilidade<br />
ambiental, económica e social, em conjunto,<br />
e não apenas em sustentabilidade<br />
ambiental”, disse <strong>que</strong> “pouca gente tem<br />
consciência <strong>que</strong> o problema europeu não<br />
é só financeiro, é económico e social e<br />
advém da desindustrialização e deslocalização<br />
da indústria para a China e outr<strong>os</strong><br />
países asiátic<strong>os</strong>”.<br />
O membro do Comité de Gestão do<br />
LIDE <strong>Portugal</strong>, <strong>que</strong> iniciou o movimento<br />
das energias renováveis em <strong>Portugal</strong>,<br />
quando foi ministro da Indústria e Energia,<br />
considerou <strong>que</strong> a energia hídrica “é<br />
a grande energia renovável <strong>que</strong> tem<strong>os</strong><br />
em <strong>Portugal</strong>” e criticou a forma como<br />
o país ap<strong>os</strong>tou nas energias renováveis e<br />
em especial na eólica, n<strong>os</strong> últim<strong>os</strong> an<strong>os</strong>.<br />
“Exagerou-se no mix das renováveis e isso<br />
resultou em problemas de sustentabilidade<br />
económica”, disse.<br />
REVELA COMPARATIVO DA BOXER CONSULTING PARA A “VIDA ECONÓMICA”<br />
Motorizações de menor potência “<br />
marcas “premium” n<strong>os</strong> cust<strong>os</strong> do<br />
Têm potência semelhante<br />
e desempenh<strong>os</strong> parecid<strong>os</strong><br />
em term<strong>os</strong> de consumo de<br />
combustível, mas as faturas das<br />
visitas às oficinas revelam o seu<br />
“pedigree”. Segundo um estudo<br />
feito pela Boxer Consulting<br />
para a “<strong>Vida</strong> Económica” sobre<br />
<strong>os</strong> cust<strong>os</strong> de manutenção a 48<br />
meses/120 mil km, <strong>os</strong> motores<br />
de elevada cilindrada com<br />
baixa potência de model<strong>os</strong><br />
“premium” apresentam<br />
cust<strong>os</strong> de manutenção mais<br />
elevadas do <strong>que</strong> motores de<br />
menor cilindrada de marcas<br />
generalistas.<br />
AQUILES PINTO<br />
aquilespinto@vidaeconomica.pt<br />
As motorizações de elevada cilindrada com<br />
baixa potência de model<strong>os</strong> “premium” apresentam<br />
cust<strong>os</strong> de manutenção mais elevadas<br />
do <strong>que</strong> motores de menor cilindrada de<br />
construtores generalistas, segundo um estudo<br />
efetuado pela Boxer Consulting para a “<strong>Vida</strong><br />
Económica”. O objetivo destes comparativ<strong>os</strong><br />
é, recorde-se, analisar <strong>os</strong> preç<strong>os</strong> da manutenção<br />
programada a 120 mil km e 48 meses (<strong>os</strong><br />
interval<strong>os</strong> de manutenção dependem, além<br />
da quilometragem, do tempo passado), a <strong>que</strong><br />
se juntam alguns gast<strong>os</strong> adicionais de peças de<br />
desgaste. Esses componentes são as pastilhas<br />
de travão e a embraiagem.<br />
Desta feita, solicitám<strong>os</strong> à consultora um<br />
comparativo dividido em três, comparando<br />
model<strong>os</strong> do mesmo segmento (C, D e E) de<br />
Modelo<br />
potência semelhante de marcas “premium” e<br />
construtores generalistas. A comparação foi,<br />
então, entre BMW 116 d (2.0 diesel de 116<br />
cv) e Ford Focus 1.6 TDCi de 115 cv; Mercedes<br />
C180 CDI (2.2 diesel de 120 cv) e Peugeot<br />
508 1.6 HDi de 112 cv; e Audi A6 2.0<br />
TDI de 177 cv e Opel Insignia com 160 cv<br />
(este modelo pertence ao segmento D e não<br />
E, mas é a versão mais potente).<br />
Curi<strong>os</strong>amente, <strong>os</strong> resultad<strong>os</strong> não indicaram<br />
diferenças marcadas entre “premium” e generalistas,<br />
mas entre <strong>os</strong> motores de cilindradas<br />
diferentes. Com efeito, segundo a Boxer,<br />
o Ford Focus tem cust<strong>os</strong> totais mais baix<strong>os</strong><br />
20,5% do <strong>que</strong> o BMW Série 1 e o Peugeot<br />
508 apresenta um valor 31% inferior ao<br />
do Mercedes Classe C. No entanto, o Opel<br />
Insignia tem, de acordo com a consultora,<br />
um valor semelhante (-2,6%) ao do Audi A6.<br />
Ora, amb<strong>os</strong> <strong>os</strong> model<strong>os</strong> têm motores 2.0, ao<br />
Audi A6 fica bem na “fotografia”<br />
BMW 116d<br />
(116cv)<br />
A diferença d<strong>os</strong> preç<strong>os</strong> de manutenção entre as marcas “premium” e as generalistas já foi maior.<br />
120 000 km/48 meses<br />
Ford Focus 1.6 Mercedes C180<br />
TDCi (115cv) CDI (120cv)<br />
contrário d<strong>os</strong> outr<strong>os</strong> cas<strong>os</strong>.<br />
O BMW 116d apresenta, em term<strong>os</strong> absolut<strong>os</strong>,<br />
um total de 1808,57 eur<strong>os</strong>, contra<br />
1500,63 eur<strong>os</strong> do Focus 1.6 TDCi. O Mercedes<br />
C180 CDI tem um valor total de 2312,96<br />
eur<strong>os</strong>, enquanto ao 508 1.6 HDi são indicad<strong>os</strong><br />
1764,87 eur<strong>os</strong>. Já n<strong>os</strong> mais equilibrad<strong>os</strong><br />
Audi A6 e Opel Insígnia <strong>os</strong> montantes são,<br />
respetivamente, de 1746,75 e 1701,61 eur<strong>os</strong>.<br />
O principal fator para um total absoluto<br />
de tendência mais elevada n<strong>os</strong> model<strong>os</strong><br />
“premium” está nas revisões programadas.<br />
O 116d tem, de acordo com a n<strong>os</strong>sa fonte,<br />
1334,22 eur<strong>os</strong> e o Focus fica-se pel<strong>os</strong> 911,5<br />
eur<strong>os</strong>; o C180 CDI “custa” 1534,79 eur<strong>os</strong> e o<br />
508 1.6 HDi 1233,73 eur<strong>os</strong>; e o A6 1123,51<br />
eur<strong>os</strong>, contra 996,94 eur<strong>os</strong> do Insignia.<br />
Já n<strong>os</strong> cust<strong>os</strong> adicionais, a tendência inverte-se,<br />
com exceção para o Mercedes. Este último<br />
modelo apresenta 778,17 eur<strong>os</strong> de cust<strong>os</strong><br />
Peugeot 508 1.6<br />
HDI (112cv)<br />
Audi A6 2.0<br />
TDI (177cv)<br />
Opel Insignia 2.0<br />
CDTI (160cv)<br />
Revisões (s/IVA)<br />
Mão de obra [h] 242,59 [5,6] 248,86 [7,4] 290,81 [7,2] 388,74 [11,35] 236,94 [6,3] 169 [5]<br />
Óleo [q] 590,26 [4] 218,88 [6] 483,6 [4] 346,5 [6] 488,07 [4] 360,72 [4]<br />
Filtro de óleo [q] 51,32 [4] 87,96 [6] 117,4 [4] 70,86 [6] 28,16 [4] 96,2 [4]<br />
Filtro de ar [q] 70,66 [2] 38,58 [2] 49,63 [2] 44,38 [2] 15,17 [1] 52 [2]<br />
Filtro de pólen [q] 72,78 [2] 56,01 [3] 124,22 [2] 41,4 [2] 117,24 [4] 72,8 [2]<br />
Filtro de combustível [q] 57,12 [2] 90,4 [2] 182,14 [4] 111,15 [3] 27,84 [1] 59,8 [2]<br />
Velas [q] - - - - - -<br />
Total Revisões (s/IVA) 1084,73 740,69 1247,8 1003,03 913,42 810,52<br />
Total Revisões (c/IVA) 1334,22 911,05 1534,79 1233,73 1123,51 996,94<br />
Interval<strong>os</strong> manut. (km) 30 000 20 000 25 000 20 000 30 000 30 000<br />
Interval<strong>os</strong> manut. (meses) 24 12 12 24 24 12<br />
Capacidade do cárter (L) 5,5 3,8 6,5 3,75 3,8 4,5<br />
Tipo de óleo especial semissintético sintético semissintético especial especial<br />
Cust<strong>os</strong> adicionais (c/IVA)<br />
Pastilhas frente 91,83 123,44 98,25 113,16 91,12 150,06<br />
Pastilhas trás 81,49 114,34 78,65 81,48 81,89 95,82<br />
Embraiagem 301,03 351,8 601,27 336,5 450,23 458,79<br />
Total adicionais (c/IVA) 474,35 589,58 778,17 531,14 623,24 704,67<br />
TOTAL absoluto (c/IVA) 1808,57 1500,63 2312,96 1764,87 1746,75 1701,61<br />
Cust<strong>os</strong> combustível<br />
Diesel ( 1,467/l) 7761,6 7408,8 8467,2 8114,4 8643,6 7585,2<br />
Fonte: Boxer Consulting<br />
Obs. Valores em eur<strong>os</strong> (salvo indicação contrária). Preço das revisões programadas sem IVA (salvo indicação contrária). Restantes cust<strong>os</strong> com IVA.
SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2012 47<br />
AUTOMÓVEL<br />
Pirelli com novo responsável ibérico<br />
Giansimone Bertoli é o novo country manager da Pirelli para Espanha e <strong>Portugal</strong>, em substituição<br />
de Gian Paolo Gatti Comini, <strong>que</strong>, depois de oito an<strong>os</strong> como responsável máximo na<br />
Península Ibérica, foi transferido para França, para assumir o cargo de country manager desse<br />
país. Nascido em Cremona (Itália) há 44 an<strong>os</strong>, licenciou-se em Economia e Comércio na<br />
Universidade de Parma em 1995, ano em <strong>que</strong> entrou no mundo da Pirelli.<br />
Concessionário Toyota de Viseu distinguido<br />
A Toyota Motor Europe distinguiu com o Prémio “Ichiban” o concessionário Caetano Auto<br />
(Viseu) por ter alcançado a nível nacional uma performance de excelência em term<strong>os</strong> de satisfação<br />
de clientes. Este galardão é entregue anualmente pela Toyota a nível europeu. Nesta<br />
última edição de 2011 foram avaliad<strong>os</strong> cerca de 2600 concessionári<strong>os</strong> em todo o continente,<br />
tendo sido eleit<strong>os</strong> <strong>os</strong> 42 <strong>melhor</strong>es em 32 países.<br />
tramam”<br />
pós-venda<br />
Retorno oferecido a<strong>os</strong> patrocinadores<br />
deve ir além da presença nas provas<br />
RENATO PITA, PILOTO QUE ESTÁ A DISPUTAR CLASSE 2.0 LITROS/2 RODAS MOTRIZES DO CAMPEONATO NACIONAL<br />
DE RALIS, APOSTA NA CRIAÇÃO DE EVENTOS EXTRA<br />
Diferencial de preço<br />
em novo elevado<br />
FORD FOCUS 1.6 TDCI 115 CV<br />
25 150 a 26 585 (IUC 118,76)<br />
MERCEDES C180 CDI<br />
40 194 (IUC 207,6)<br />
OPEL INSIGNIA 2.0 CDTI 160 CV<br />
36 560 a 41 210 (IUC 178,02)<br />
BMW 116d<br />
31 446 (IUC 178,02)<br />
AUDI A6 2.0 TDI<br />
51 398 (IUC 207,6)<br />
PEUGEOT 508 1.6 HDI<br />
29 723 a 30 623 (IUC 118,76)<br />
(de referir <strong>que</strong> a Mercedes-Benz <strong>Portugal</strong> dá<br />
como cert<strong>os</strong> 632,26 eur<strong>os</strong> neste item), enquanto<br />
o Peugeot se fica pel<strong>os</strong> 531,14 eur<strong>os</strong>.<br />
Já no caso do BMW, esse valor é inferior ao<br />
do Ford: 474,35 contra 589,58 eur<strong>os</strong>. Também<br />
o Audi (623,24 eur<strong>os</strong>) fica abaixo do<br />
Opel (704,67 eur<strong>os</strong>).<br />
AQUILES PINTO<br />
aquilespinto@vidaeconomica.pt<br />
Época do piloto<br />
custa 80 mil eur<strong>os</strong><br />
A definição d<strong>os</strong> cust<strong>os</strong> de <strong>que</strong> Renato<br />
Pita fala é tão mais importante quanto<br />
maior é o projeto e a classe 2.0 Litr<strong>os</strong>/2<br />
Rodas Motrizes do Campeonato Nacional<br />
de Ralis representa uma dimensão<br />
considerável à escala nacional e do<br />
piloto, <strong>que</strong> no ano passado disputou o<br />
Open de Ralis. A temporada de 2012<br />
como o Renault Clio R3 Max é, com<br />
efeito, a mais cara de sempre de Renato<br />
Pita.<br />
“Esta é a época com maior investimento<br />
de sempre. Embora tenha metade das<br />
provas do Open de Ralis, é uma prova<br />
do Campeonato Nacional, em <strong>que</strong> tive<br />
de recorrer ao aluguer do carro à ARC<br />
Sport. Eu gasto, no aluguer do carro,<br />
em cada prova, uma média de 10 mil<br />
eur<strong>os</strong>, são cerca de 100 por km. Isto<br />
inclui assistência e gasolina especial,<br />
<strong>que</strong> custa à volta de cinco eur<strong>os</strong> o litro.<br />
Fora isto, há <strong>os</strong> pneus, <strong>que</strong> no último<br />
rali foram quase cinco mil eur<strong>os</strong> [dez<br />
unidades, quatro para testar e sei na<br />
prova], e tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> cust<strong>os</strong> associad<strong>os</strong>,<br />
como a inscrição em cada prova<br />
(cerca de 1200 eur<strong>os</strong>), a inscrição no<br />
campeonato (500 eur<strong>os</strong>) e deslocações e<br />
pagamento ao ‘staff’ da equipa”, explica<br />
o piloto. Contas feitas, o orçamento para<br />
a temporada da Renato Pita Motorsport<br />
ronda d<strong>os</strong> 80 mil eur<strong>os</strong>.<br />
“O facto de colar um autocolante num carro, por si só, não chega”, avisa o piloto de Viana do<br />
Castelo.<br />
O retorno a oferecer a<strong>os</strong> patrocinadores<br />
de equipas de desporto motorizado<br />
“não passa só pela presença nas provas”,<br />
de acordo com Renato Pita, piloto <strong>que</strong><br />
está a disputar classe 2.0 Litr<strong>os</strong>/2 Rodas<br />
Motrizes do Campeonato Nacional de<br />
Ralis. “Talvez pelo facto de eu ter duas<br />
empresas, tenho a noção <strong>que</strong> o facto de<br />
colar um autocolante num carro, por si<br />
só, não chega, principalmente quando se<br />
envolvem verbas <strong>que</strong> já não são pe<strong>que</strong>nas”,<br />
disse à “<strong>Vida</strong> Económica” o piloto<br />
de Viana do Castelo.<br />
O projeto de Renato Pita passa, por<br />
isso, por um conjunto de ações <strong>que</strong> extravasam<br />
o Campeonato de <strong>Portugal</strong> de<br />
Ralis, envolvendo tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> patrocinadores<br />
e parceir<strong>os</strong>.<br />
“Isso cria um retorno extra”, explica<br />
o corredor, <strong>que</strong>, procurou potenciar recurs<strong>os</strong><br />
e criou a Renato Pita Motorsport<br />
Event<strong>os</strong>. Sempre com a imagem d<strong>os</strong> patrocinadores<br />
associada, a empresa promove<br />
event<strong>os</strong>, como o recente Primeiro Rali<br />
de Viana da Castelo (1 e 2 de junho), do<br />
Regional Norte e uma campanha de prevenção<br />
rodoviária para todas a escolas do<br />
primeiro ciclo de Viana do Castelo, ação<br />
<strong>que</strong> pretende repetir n<strong>os</strong> outr<strong>os</strong> distrit<strong>os</strong>.<br />
Além da referida Renato Pita Motorsport<br />
Event<strong>os</strong>, o piloto tem outras duas empresas,<br />
uma na área da comunicação e outra,<br />
em Espanha, <strong>que</strong> produz componentes<br />
para eólicas.<br />
Uma das marcas <strong>que</strong> patrocina o projeto<br />
de Renato Pita é a BP, o <strong>que</strong> é um<br />
orgulho enorme”, segundo a n<strong>os</strong>sa fonte.<br />
A marca de combustíveis e lubrificantes<br />
apoia apenas uma equipa em cada modalidade<br />
d<strong>os</strong> desport<strong>os</strong> motorizad<strong>os</strong>, sendo<br />
o piloto do Renault Clio R3 Max o escolhido<br />
no Campeonato de <strong>Portugal</strong> de<br />
Ralis. A ligação de Renato Pita à BP vem<br />
desde <strong>os</strong> primórdi<strong>os</strong> da carreira do vianense,<br />
no Campeonato Nacional de Promoção<br />
ao volante de um pe<strong>que</strong>no Nissan<br />
Micra.<br />
Dinheiro disponível e planeamento<br />
essenciais<br />
Renato Pita, <strong>que</strong> sempre g<strong>os</strong>tou de<br />
competição automóvel, mas na qual só<br />
começou a entrar, de forma consistente,<br />
em 2008, quando, já depois d<strong>os</strong> 30 an<strong>os</strong><br />
(hoje, tem 37 an<strong>os</strong>), conseguiu a solidez<br />
financeira para isso, avisa <strong>que</strong> é preciso<br />
reunir o dinheiro necessário para correr.<br />
“Quem quiser montar um projeto n<strong>os</strong> ralis,<br />
tem de ter dinheiro para isso. Se um<br />
projeto custa 100 mil eur<strong>os</strong>, nós tem<strong>os</strong> de<br />
ter esse montante disponível e depois é<br />
<strong>que</strong> tem<strong>os</strong> de reunir patrocinadores para<br />
minimizarem as coisas. O <strong>que</strong> se passa<br />
no desporto, muitas vezes, é: o projeto<br />
custa 100 mil eur<strong>os</strong>, vam<strong>os</strong> arranjar 100<br />
mil eur<strong>os</strong> de patrocíni<strong>os</strong>, se não for assim,<br />
não correm<strong>os</strong>. Na minha opinião, isso é<br />
uma falha”, defende.<br />
O segredo do sucesso d<strong>os</strong> projet<strong>os</strong> de<br />
Renato Pita é, segundo o próprio, o planeamento,<br />
algo <strong>que</strong> acredita ter adquirido<br />
na gestão das suas empresas. “Antes de a<br />
época começar, faço um planeamento em<br />
<strong>que</strong> ponho <strong>os</strong> cust<strong>os</strong> tod<strong>os</strong>. Se eu bater<br />
com o carro, tenho de ter dinheiro para<br />
pagar. Tudo tem de ser planeado”, avisa.<br />
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Media partner<br />
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Uma edição<br />
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Nº 1451 / 29 de junho 2012 Semanal 2,20 <strong>Portugal</strong> Continental<br />
Páginas: 304<br />
P.V.P.: € 18<br />
Autor: Maria J<strong>os</strong>é Esteves,<br />
Sandra Alves Amorim e Paulo Valério<br />
Bruxelas alarga regime de apoio<br />
às entidades financeiras<br />
A Comissão Europeia<br />
aprovou, pela sexta<br />
vez, uma prorrogação<br />
do regime nacional de<br />
apoio às instituições financeiras.<br />
Trata-se de<br />
uma garantia destinada<br />
a facilitar o acesso das<br />
entidades financeiras ao<br />
financiamento de crédito.<br />
É também um meio<br />
de restabelecer a confiança<br />
por parte d<strong>os</strong> mercad<strong>os</strong> internacionais.<br />
Com este sistema, o Estado passa a ter<br />
Subsídi<strong>os</strong> de doença<br />
com cortes a partir de julho<br />
Workshop<br />
Como criar Marcas sexy<br />
Preç<strong>os</strong>:<br />
Publico Geral: <br />
Assinantes <strong>Vida</strong> Económica: <br />
COMPETÊNCIAS A DESENVOLVER<br />
<br />
comunicação<br />
OBJECTIVOS<br />
<br />
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DESTINATÁRIOS<br />
<br />
CONTEÚDOS<br />
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garantias n<strong>os</strong> contrat<strong>os</strong><br />
de financiamento, bem<br />
como na emissão de dívida<br />
não subordinada de<br />
curto e médio praz<strong>os</strong> das<br />
instituições de crédito<br />
solventes com sede em<br />
<strong>Portugal</strong>. O valor global<br />
deste regime ascende a<br />
cerca de 20 mil milhões<br />
de eur<strong>os</strong>. A medida representa<br />
um benefício<br />
estatal, mas é flexível no sentido da sua adequação<br />
às regras comunitárias.<br />
Foram publicadas em Diário da Repúblicas<br />
as várias alterações a<strong>os</strong> regimes jurídic<strong>os</strong><br />
de proteção na doença. As baixas de<br />
curta duração são as mais penalizadas.<br />
Até agora as baixas por doença estavam<br />
abrangidas por um regime uniforme<br />
n<strong>os</strong> primeir<strong>os</strong> noventa dias (descontando<br />
<strong>os</strong> três primeir<strong>os</strong> dias <strong>que</strong> não nunca são<br />
pag<strong>os</strong>). Nas baixas até 30 dias, o trabalhador<br />
passa a receber 55% do salário bruto,<br />
quando recebia 65% do mesmo. As percentagens<br />
vão aumentando, à medida <strong>que</strong><br />
se alarga o período de incapacidade para o<br />
trabalho. As novas regras entram em vigor<br />
já no mês de julho, paralelamente a outras<br />
medidas, como é o caso do subsídio de<br />
morte, o qual fica limitado a seis vezes o<br />
indexante de apoi<strong>os</strong> sociais.<br />
Como criar Marcas de sucesso. <br />
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Duração<br />
Data -<br />
Local - Porto<br />
DINAMIZADOR<br />
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A saída da Grécia do euro:<br />
boas notícias<br />
<strong>Portugal</strong>, a Eurozone, senão mesmo<br />
a Europa e as economias da OCDE,<br />
estão horrorizadas perante a<br />
p<strong>os</strong>sibilidade de a Grécia sair do euro.<br />
Um duplo erro. Primeiro, por<strong>que</strong> as<br />
consequências p<strong>os</strong>itivas para a Europa,<br />
são muito maiores <strong>que</strong> as negativas. E,<br />
segundo, muito, muito especialmente<br />
para <strong>Portugal</strong>.<br />
Vam<strong>os</strong> por partes.<br />
Primeiro: todo o comportamento<br />
da Grécia tem sido de uma enorme<br />
irresponsabilidade, na 1) ausência<br />
de transparência nas suas contas, 2)<br />
deficits sucessiv<strong>os</strong> e 3) ausência de<br />
medidas corretivas.<br />
Ora, sem responsabilidade não pode<br />
haver autoridade (orçamental). “Ubi<br />
comodo, ibi incomodo”, diz a antiga<br />
máxima latina.<br />
O <strong>que</strong> isto significa é <strong>que</strong> a Europa<br />
não pode ser construída com base na<br />
geografia. Mas sim na comunhão de<br />
princípi<strong>os</strong> e valores. A Grécia não é<br />
(hoje) um país europeu. Infelizmente.<br />
É p<strong>os</strong>sível <strong>que</strong> Bruxelas aceite suavizar<br />
(em prazo e objetiv<strong>os</strong>) as condições da<br />
austeridade.<br />
O <strong>que</strong> seria uma pena. Primeiro,<br />
por<strong>que</strong> só adiará um problema de<br />
fundo, não resolvendo a incontinência<br />
orçamental grega. E, segundo,<br />
por<strong>que</strong> para a Europa e <strong>Portugal</strong> as<br />
desvantagens da saída da Grécia do<br />
euro são muito inferiores às vantagens.<br />
Certo <strong>que</strong>, após a saída da Grécia, as<br />
bolsas e moeda europeias cairão…<br />
até… <strong>os</strong> “mercad<strong>os</strong>” repararem <strong>que</strong><br />
a Grécia representa ± 1% do PIB do<br />
euro. Uma pulga no elefante.<br />
Já reparaste <strong>que</strong> poeira vam<strong>os</strong> <strong>os</strong> dois<br />
a levantar?, diz a pulga nas c<strong>os</strong>tas do<br />
elefante… a correr.<br />
Acresce <strong>que</strong> a saída da Grécia teria<br />
quatro vantagens. Um exemplo para<br />
<strong>os</strong> incumpridores (e já se sabe como<br />
é: <strong>os</strong> exempl<strong>os</strong> valem mil palavras…).<br />
Separaria um membro doente de um<br />
corpo mais saudável. Libertaria <strong>os</strong><br />
govern<strong>os</strong> e polític<strong>os</strong><br />
NOTA DE FECHO<br />
JORGE A. VASCONCELLOS E SÁ<br />
MESTRE DRUCKER SCHOOL, PHD COLUMBIA UNIVERSITY<br />
Professor Catedrático – nop4867@mail.telepac.pt<br />
europeus para, em vez de tratarem de<br />
problemas (a Grécia, mais a Grécia<br />
e sempre a Grécia), se dedicarem às<br />
oportunidades: pôr a Europa, a crescer.<br />
E finalmente, Bruxelas e <strong>os</strong> países<br />
ric<strong>os</strong> também teriam aprendido a sua<br />
lição: não basta impor austeridade (a<strong>os</strong><br />
desequilibrad<strong>os</strong>); é também necessário<br />
dar-lhes mei<strong>os</strong> (de crescimento).<br />
Em síntese, para a Grécia, a saída do<br />
euro seria terrível; para a Europa uma<br />
má fase de <strong>que</strong> ao fim de algum tempo<br />
recuperaria mais forte e até aliviada.<br />
E finalmente, para <strong>Portugal</strong>, a saída da<br />
Grécia seriam excelentes notícias.<br />
Por<strong>que</strong> o euro, as bolsas, etc.<br />
sobreviverão à saída da (pulga) grega.<br />
Como caso isolado.<br />
Mas se houvesse um outro “senhor”<br />
<strong>que</strong> se seguisse (neste caso, <strong>Portugal</strong>)<br />
aí o caso “fiaria mais fino”. Por<strong>que</strong><br />
criaria a ideia (junto d<strong>os</strong> mercad<strong>os</strong>) de<br />
um efeito dominó: a <strong>que</strong> se seguiria a<br />
Espanha, Itália, França, etc.<br />
Levando <strong>os</strong> investidores a fugir (e<br />
já se sabe como é): a realidade é um<br />
conceito e a perceção é a realidade. E,<br />
assim, criando uma profecia <strong>que</strong> se<br />
autorrealizava.<br />
E isso, isso é o <strong>que</strong> nenhum país do<br />
euro, Alemanha incluída, se pode<br />
permitir. Pode tolerar. Custe o <strong>que</strong><br />
custar.<br />
Por isso, para evitar <strong>que</strong> <strong>Portugal</strong> se<br />
visse grego, viriam até nós, fazendon<strong>os</strong><br />
uma pergunta muito simples:<br />
o <strong>que</strong> é <strong>que</strong> necessita? Mais prazo?<br />
Men<strong>os</strong> jur<strong>os</strong>? Mais dinheiro? O <strong>que</strong><br />
for. Diga. E assim <strong>Portugal</strong> acabaria<br />
por usufruir de condições muito<br />
<strong>melhor</strong>es, por força das necessidades e<br />
iniciativa europeia e não da vontade e<br />
incompetência portuguesas.<br />
Em síntese, aterrad<strong>os</strong> com o efeito<br />
dominó da pulga grega, Bruxelas pode<br />
optar por empurrar o problema para<br />
a frente. Até… se fartar. Um erro…<br />
para a Europa. E uma pena… para<br />
<strong>Portugal</strong>.<br />
Blog: www.institutoliberdadeeconomica.blogspot.com<br />
Governo rejeita atras<strong>os</strong><br />
n<strong>os</strong> reembols<strong>os</strong> do IRS<br />
O Governo nega <strong>que</strong> se<br />
estejam a verificar atras<strong>os</strong><br />
n<strong>os</strong> reembols<strong>os</strong> do IRS.<br />
O secretário de Estado<br />
d<strong>os</strong> Assunt<strong>os</strong> Fiscais, Paulo<br />
Núncio, garante <strong>que</strong> o<br />
processo está a decorrer<br />
com toda a normalidade e<br />
está a ser dada prioridade<br />
às declarações entregues via<br />
internet.<br />
De acordo com a Autoridade<br />
Tributária, em junho<br />
foram efeit<strong>os</strong> reembols<strong>os</strong><br />
num valor de cerca de 1350 milhões de<br />
eur<strong>os</strong>, tendo sido contempladas<br />
mais de 1,7 milhões<br />
de famílias. A op<strong>os</strong>ição é<br />
<strong>que</strong> não se tem conformado<br />
com esta argumentação<br />
e adianta <strong>que</strong> têm sido muitas<br />
as <strong>que</strong>ixas recebidas de<br />
contribuintes <strong>que</strong> continuam<br />
à espera d<strong>os</strong> respetiv<strong>os</strong><br />
reembols<strong>os</strong>. Também considera<br />
estranho o facto de<br />
o IRS ter sido o único d<strong>os</strong><br />
principais imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong> a apresentar<br />
uma evolução p<strong>os</strong>itiva<br />
n<strong>os</strong> primeir<strong>os</strong> meses do ano.