22.02.2014 Views

Portugal é o país que melhor executa os fundos ... - Vida Económica

Portugal é o país que melhor executa os fundos ... - Vida Económica

Portugal é o país que melhor executa os fundos ... - Vida Económica

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

América do Norte mantém<br />

a maior rentabilidade n<strong>os</strong> fund<strong>os</strong><br />

de investimento mobiliári<strong>os</strong><br />

Pág. 40<br />

Nº 1451 / 29 de junho 2012 / Semanal / <strong>Portugal</strong> Continental 2,20<br />

DIRETOR<br />

João Peixoto de Sousa<br />

www.vidaeconomica.pt<br />

COM 38,8% DA DOTAÇÃO PAGA<br />

<strong>Portugal</strong> é o país<br />

<strong>que</strong> <strong>melhor</strong> <strong>executa</strong><br />

<strong>os</strong> fund<strong>os</strong> do QREN<br />

MERCADOS<br />

Investimento<br />

em valor: Johnson<br />

& Johnson<br />

Pág. 41<br />

SAÚDE<br />

Estado deve<br />

mais de mil milhões<br />

em disp<strong>os</strong>itiv<strong>os</strong><br />

médic<strong>os</strong><br />

Pág. 18<br />

NESTA EDIÇÃO<br />

• SUPLEMENTO<br />

METAL<br />

• PME NEWS<br />

PUB<br />

PREVISÃO DA VE PARA 2012<br />

Défice pode atingir <strong>os</strong> 5,2%<br />

Até maio de 2012, a receita<br />

d<strong>os</strong> imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong> caiu 3,5% e<br />

a despesa efetiva aumentou<br />

2%. A manter-se a situação<br />

atual, a perda de receitas<br />

fiscais atingirá <strong>os</strong> 1236,65<br />

milhões de eur<strong>os</strong> e a despesa<br />

aumentará 554,6 milhões de<br />

eur<strong>os</strong> no final do ano.<br />

Isto corresponderá a uma<br />

derrapagem das contas<br />

públicas de 1692,2 milhões<br />

No conjunto d<strong>os</strong> nove<br />

Estad<strong>os</strong>-membr<strong>os</strong> com<br />

maior dotação global d<strong>os</strong><br />

fund<strong>os</strong>, <strong>Portugal</strong> encontra-<br />

-se em primeiro lugar<br />

quanto a<strong>os</strong> pagament<strong>os</strong><br />

intermédi<strong>os</strong><br />

Pág. 10<br />

de eur<strong>os</strong>, elevando o défice de<br />

4,5% para 5,2%.<br />

Pág. 6<br />

Perda de receitas fiscais/<br />

acumulado 2012<br />

(Milhões de eur<strong>os</strong>)<br />

FISCALIDADE<br />

OTOC <strong>que</strong>r prorrogar<br />

entrega da IES até final<br />

de julho<br />

Pág. 28<br />

AUTOMÓVEL<br />

“<strong>Portugal</strong><br />

tem de ap<strong>os</strong>tar<br />

na mobilidade elétrica<br />

urbana”<br />

Pág. 46<br />

PUB<br />

9 720972 000037<br />

01451<br />

<br />

<br />

<br />

PUB


2 SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2012<br />

ABERTURA<br />

Nesta edição<br />

06 Atualidade<br />

Défice português pode<br />

chegar a<strong>os</strong> 5,2% ainda este<br />

ano<br />

Internacional .......... Pág. 08<br />

Rússia lança medidas<br />

para captar investimento<br />

estrangeiro<br />

Tecnologias ............ Pág. 19<br />

Brasileir<strong>os</strong> <strong>que</strong>rem investir no<br />

setor tecnológico português<br />

Realtech .................. Pág. 21<br />

Estrutura nacional da empresa<br />

à conquista de nov<strong>os</strong><br />

mercad<strong>os</strong><br />

Humor económico<br />

Causas do dia-a-dia<br />

A liberdade sem igualdade é uma mentira,<br />

também no âmbito da comunicação social.<br />

Num Estado democrático a imprensa livre<br />

é um bem essencial. O direito de informar e<br />

o de ser informado implica, por seu turno,<br />

a liberdade de expressão enquanto base de<br />

formação da opinião pública democrática <strong>que</strong><br />

tem, de resto, assento constitucional.<br />

Surgem aqui, porém, perplexidades e<br />

fragilidades <strong>que</strong> não se poderão escamotear.<br />

A <strong>que</strong> mais me incomoda é a <strong>que</strong> advém de,<br />

encavalitad<strong>os</strong> n<strong>os</strong> poleir<strong>os</strong> da comunicação<br />

social, alguns “gurus” n<strong>os</strong> ditarem o <strong>que</strong><br />

devem<strong>os</strong> entender do mundo. Fazem-no, quase<br />

sempre, longe do contraditório de opiniões<br />

diferentes e com argument<strong>os</strong> <strong>que</strong> deixam,<br />

geralmente, muito a desejar. É uma forma de<br />

instilar n<strong>os</strong> cidadã<strong>os</strong> o pensamento único <strong>que</strong>,<br />

à falta de igualdade de armas relativamente a<br />

<strong>que</strong>m <strong>os</strong> lê ou escuta, passa a ser também a<br />

verdade única, <strong>que</strong> n<strong>os</strong> subjuga muitas vezes.<br />

Tal acontece com comentári<strong>os</strong>, editoriais e<br />

pronunciament<strong>os</strong> equivalentes <strong>que</strong>, utilizando<br />

<strong>os</strong> mais subtis instrument<strong>os</strong> de propaganda<br />

pura e dura, n<strong>os</strong> tiram a dignidade do<br />

pensamento. Quem ignora <strong>que</strong>, à 2ª feira, as<br />

discussões de café ou barbeiro sobre política<br />

não passam de uma reprodução impensada do<br />

<strong>que</strong> alega, pro domo sua, Marcelo, na televisão,<br />

no domingo à noite? Há, também, <strong>que</strong> relevar<br />

certas colunas de jornais, pomp<strong>os</strong>amente<br />

situadas nas suas páginas nobres <strong>que</strong> expressam<br />

Negóci<strong>os</strong> e Empresas<br />

16Construção e imobiliário<br />

propõem sete medidas para<br />

salvar o setor<br />

Life Beat ................. Pág. 24<br />

Seguradoras não<br />

comparticipam ações<br />

preventivas na saúde<br />

Fiscalidade ............. Pág. 28<br />

<strong>Portugal</strong> intensifica acord<strong>os</strong><br />

sobre a dupla tributação<br />

Pullmantur ............. Pág. 30<br />

<strong>Portugal</strong> disponibiliza <strong>melhor</strong>es<br />

condições para a realização de<br />

cruzeir<strong>os</strong><br />

46 Automóvel<br />

Motorizações de menor<br />

potência “tramam” marcas<br />

“premium” no pós-venda<br />

Turismo ................... Pág. 31<br />

Investimento francês no<br />

Douro promove enoturismo<br />

Mercad<strong>os</strong> ................ Pág. 42<br />

BPI Equity Research lança<br />

“top pick” de empresas<br />

ibéricas<br />

Automóvel ............. Pág. 47<br />

Retorno oferecido a<strong>os</strong><br />

patrocinadores deve ir além<br />

da presença nas provas<br />

EDITOR E PROPRIETÁRIO <strong>Vida</strong> Económica Editorial, SA DIRETOR João Peixoto de Sousa COORDENADORES EDIÇÃO João Luís de Sousa e Albano Melo<br />

REDAÇÃO Virgílio Ferreira (Chefe de Redação), Adérito Bandeira, Alexandra C<strong>os</strong>ta, Ana Sant<strong>os</strong> Gomes, Aquiles Pinto, Fernanda Teixeira, Guilherme<br />

Osswald, Marta Araújo, Rute Barreira, Sandra Ribeiro e Susana Marvão; E-mail agenda@vidaeconomica.pt; PAGINAÇÃO Célia César, Flávia<br />

Leitão, J<strong>os</strong>é Barb<strong>os</strong>a e Mário Almeida; PUBLICIDADE PORTO Rua Gonçalo Cristóvão, 14, 2º 4000-263 Porto - Tel 223 399 400 • Fax 222 058<br />

098 • E-mail: comercial@vidaeconomica.pt; PUBLICIDADE LISBOA Campo Pe<strong>que</strong>no, 50 - 4º Esq 1000 - 081 Lisboa • Tel 210 129 550 • E-mail<br />

publicidade@vidaeconomica.pt; ASSINATURAS Tel 223 399 456 E-mail assinaturas@vidaeconomica.pt; IMPRESSÃO Naveprinter, SA - Porto<br />

DISTRIBUIÇÃO VASP, SA - Cacém E-mail geral@vasp.pt • Tel 214 337 000 - Fax 214 326 009<br />

ANTÓNIO VILAR ADVOGADO<br />

antonio.vilar@avlc-advogad<strong>os</strong>.com<br />

Nem tudo o <strong>que</strong> luz é oiro<br />

A ética no trabalho e o trabalho ético não são palavras vãs, a não ser <strong>que</strong> estejem<strong>os</strong> a falar de robôs.<br />

opiniões em formas <strong>que</strong> simulam a última<br />

ideia, a análise mais profunda, o último grito<br />

da doutrina política, mas <strong>que</strong>, afinal, não<br />

passam de opiniões (por vezes paupérrimas) ou<br />

de suporte à voz do dono. Parecem, contudo,<br />

a verdade revelada ao jornalista ou comentador<br />

para ser propagada a<strong>os</strong> infiéis ou reconfortar <strong>os</strong><br />

indecis<strong>os</strong>.<br />

Vem isto a propósito da “importante”<br />

coluna <strong>que</strong> o diretor do “Sol” preenche todas<br />

as semanas em página nobre do seu jornal.<br />

Quando vêm de ser publicadas dramáticas<br />

normas jurídico-laborais <strong>que</strong> vão trazer a<strong>os</strong><br />

trabalhadores mais insegurança e pobreza,<br />

escrevia ele, na edição de 22 de junho de 2012,<br />

a propósito da baixa de salári<strong>os</strong> avançada pelo<br />

Prof. António Borges: “Tal como sucede com<br />

o preço do leite ou das laranjas: quando há<br />

excedente no mercado, o preço baixa. (…) A<br />

<strong>que</strong>stão não é ideológica nem moral, e explicase<br />

de um modo muito simples: ou aquilo <strong>que</strong><br />

produzim<strong>os</strong> é competitivo, e tem sucesso no<br />

mercado, ou não é – e <strong>os</strong> produt<strong>os</strong> não se<br />

vendem, e as fábricas fecham”.<br />

Um pouco mais de reflexão e de estudo<br />

– sim, estudo – teriam certamente levado<br />

ao conhecimento desse senhor alguns<br />

text<strong>os</strong> fundadores e fundamentais, aceites<br />

universalmente, <strong>que</strong> exprimem princípi<strong>os</strong><br />

básic<strong>os</strong> relativamente ao trabalho: a paz<br />

duradoura não pode ser alcançada a men<strong>os</strong><br />

<strong>que</strong> seja baseada na justiça social, fundada na<br />

dignidade, segurança económica e igualdade<br />

de oportunidades; o trabalho não deve ser<br />

encarado meramente como uma mercadoria,<br />

deve haver liberdade de associação, tanto<br />

para trabalhadores como para empregadores,<br />

juntamente com liberdade de expressão, e o<br />

direito à negociação coletiva (cfr. a Declaração<br />

de Filadélfia de 1944, p<strong>os</strong>teriormente integrada<br />

na Constituição da OIT).<br />

O trabalho humano é igual ao leite ou às<br />

laranjas?<br />

A <strong>que</strong>stão não é ideológica, nem moral?<br />

Peço desculpa, mas isto já não se diz<br />

impunente, se<strong>que</strong>r, num pasquim de extrema<br />

direita.<br />

O mercado de trabalho não é um mercado<br />

como outro qual<strong>que</strong>r, pelo <strong>que</strong> não poderá<br />

seguir as regras de outr<strong>os</strong> mercad<strong>os</strong> face à<br />

dependência pessoal do trabalhador. E, assim,<br />

a luta pela dignidade humana e pelo trabalho<br />

decente é um d<strong>os</strong> grandes objetiv<strong>os</strong> do Direito<br />

do trabalho.<br />

A ética no trabalho e o trabalho ético não<br />

são palavras vãs, a não ser <strong>que</strong> estejem<strong>os</strong> a falar<br />

de robôs.<br />

Quantas mentes terão ficado “enlatadas”<br />

nesse discurso retrogado de um jornalista <strong>que</strong><br />

não tem o direito à irresponsabilidade? Aqui<br />

fica a minha profunda indignação, ainda <strong>que</strong><br />

usando mei<strong>os</strong> insignificantes relativamente a<strong>os</strong><br />

<strong>que</strong> ele usou.<br />

Cuidado. Nem tudo o <strong>que</strong> luz é oiro.<br />

Imprensa<br />

EM REVISTA<br />

EXPANSIÓN<br />

Bruxelas prepara<br />

união bancária e<br />

orçamental<br />

A Comissão Europeia<br />

apresentou um documento<br />

em <strong>que</strong> avança com<br />

medidas como uma taxa<br />

sobre as transações<br />

financeiras e um fundo de<br />

amortização da dívida.<br />

Os líderes europeus<br />

estão agora a discutir <strong>os</strong><br />

pass<strong>os</strong> concret<strong>os</strong> <strong>que</strong><br />

têm de ser dad<strong>os</strong> na<strong>que</strong>le<br />

sentido. O documento<br />

refere a necessidade de<br />

uma política orçamental<br />

mais integrada, o <strong>que</strong> há<br />

<strong>que</strong> fazer para uma maior<br />

integração económica<br />

e como preservar a<br />

legitimidade democrática<br />

se <strong>os</strong> países renunciam<br />

a uma parte da sua<br />

soberania. A primeira<br />

prioridade é a integração<br />

bancária, aspeto tido como<br />

essencial para combater a<br />

crise da dívida.<br />

THE WALL STREET<br />

JOURNAL<br />

Roma retira risco da<br />

sua contabilidade<br />

Os velh<strong>os</strong> c<strong>os</strong>tumes nunca<br />

morrem. Muit<strong>os</strong> d<strong>os</strong><br />

problemas económic<strong>os</strong><br />

da Europa explicam-se<br />

para larga trajetória do<br />

Continente em term<strong>os</strong><br />

de protecionismo e da<br />

excessiva interferência<br />

estatal nas principais<br />

MEMBRO DA EUROPEAN<br />

BUSINESS PRESS<br />

TIRAGEM CONTROLADA<br />

PELA:<br />

empresas e indústrias.<br />

A solução em Itália<br />

parece ser mais do<br />

mesmo. O país necessita<br />

de vender com urgência<br />

ativ<strong>os</strong> para reduzir a<br />

sua dívida. Mas em vez<br />

de privatizar <strong>os</strong> ativ<strong>os</strong><br />

diretamente e atrair<br />

capital privado, tal como<br />

ceder o controlo a nov<strong>os</strong><br />

proprietári<strong>os</strong>, Roma<br />

recorre a estratagemas<br />

contabilístic<strong>os</strong>. O<br />

Governo pretende vender<br />

três empresas estatais,<br />

por 10 mil milhões de<br />

eur<strong>os</strong>, a uma caixa p<strong>os</strong>tal<br />

de p<strong>os</strong>tal de poupança<br />

em <strong>que</strong> o Estado<br />

tem uma participação<br />

largamente maioritária.<br />

LES ECHOS<br />

Renault abre<br />

novo capítulo do<br />

segmento “low c<strong>os</strong>t”<br />

A Renault, em pouc<strong>os</strong><br />

an<strong>os</strong>, desenvolveu uma<br />

família de dez model<strong>os</strong><br />

de baixo custo, as quais<br />

representam um terço das<br />

suas vendas totais e três<br />

quartas do crescimento.<br />

O grupo vai reforçar esta<br />

estratégia para ganhar<br />

rentabilidade.<br />

A marca automóvel<br />

francesa vai começar<br />

a renovar <strong>os</strong> model<strong>os</strong><br />

existentes a um ritmo<br />

bastante rápido. A ideia<br />

é desenvolver veícul<strong>os</strong><br />

robust<strong>os</strong> para estradas<br />

degradadas, as existentes<br />

n<strong>os</strong> países <strong>que</strong> são o alvo<br />

“low c<strong>os</strong>t” da Renault. Um<br />

d<strong>os</strong> objetiv<strong>os</strong> passa por<br />

reduzir em 40% <strong>os</strong> cust<strong>os</strong><br />

de produção deste tipo de<br />

veícul<strong>os</strong>.<br />

TIRAGEM DESTA EDIÇÃO<br />

18.200<br />

4000 Município (Porto)<br />

TAXA PAGA<br />

Registo na D G C S nº 109 477<br />

• Depósito Legal nº 33 445/89 •<br />

ISSN 0871-4320 • Registo do ICS<br />

nº 109 477<br />

Top da semana<br />

FERNANDO ULRICH<br />

O presidente do BPI é<br />

d<strong>os</strong> pouc<strong>os</strong> ban<strong>que</strong>ir<strong>os</strong><br />

<strong>que</strong> tem uma intervenção<br />

ativa junto do grande público e<br />

acaba por representar a banca, o<br />

<strong>que</strong> significa <strong>que</strong> as suas palavras<br />

têm sempre um peso significativo.<br />

Fernando Ulrich, com razão, afirma<br />

<strong>que</strong> ainda há setores e segment<strong>os</strong><br />

da população com margem de<br />

manobra para mais austeridade.<br />

No fundo, o <strong>que</strong> o ban<strong>que</strong>iro diz é<br />

<strong>que</strong> a atual política de austeridade<br />

está a tornar-se incomportável para<br />

muita gente e <strong>que</strong> a classe média<br />

chegou a<strong>os</strong> limites em term<strong>os</strong> de<br />

tributação.<br />

PASSOS COELHO<br />

O primeiro-ministro<br />

continua um percurso<br />

pouco consistente e tem revelado<br />

falhas em term<strong>os</strong> de comunicação.<br />

Os portugueses continuam à<br />

espera de explicações concretas<br />

sobre o <strong>que</strong> <strong>os</strong> espera no futuro<br />

próximo. Certo é <strong>que</strong> as palavras<br />

de Pass<strong>os</strong> Coelho deixam lugar<br />

a muitas dúvidas. Se, por um<br />

lado, admite mais medidas de<br />

austeridade, se assim considerar<br />

necessário, por outro, adianta<br />

<strong>que</strong>, para já, as mesmas não<br />

serão imp<strong>os</strong>tas. Certo é <strong>que</strong> <strong>os</strong><br />

temp<strong>os</strong> estão difíceis e não são<br />

apresentadas soluções concretas.<br />

VÍTOR GASPAR<br />

O ministro das Finanças<br />

tem ainda muitas<br />

explicações a dar. A<br />

execução orçamental está em<br />

clara derrapagem, sobretudo em<br />

resultado da <strong>que</strong>bra acentuada nas<br />

receitas fiscais. A despesa não<br />

está sob controlo. Ora, a situação<br />

era previsível. Mais uma vez, como<br />

sucedeu noutr<strong>os</strong> govern<strong>os</strong>, optouse<br />

pelo caminho mais simples,<br />

o do aumento da carga fiscal.<br />

Naturalmente, a economia é <strong>que</strong><br />

está a sofrer as consequências.<br />

Não seria má ideia rever a política<br />

fiscal e mudar de rumo.


4 SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2012<br />

ATUALIDADE<br />

Novas regras do RSI entram em vigor a 1 de ag<strong>os</strong>to<br />

O acesso ao Rendimento Social de Inserção fica dependente do valor do património mobiliário<br />

e o valor d<strong>os</strong> bens móveis sujeit<strong>os</strong> a registo do re<strong>que</strong>rente e do seu agregado familiar, não<br />

podendo, cada um deles, ser superior a 60 vezes o valor do indexante d<strong>os</strong> apoi<strong>os</strong> sociais (IAS).<br />

Don<strong>os</strong> de carr<strong>os</strong> ou barc<strong>os</strong> avaliad<strong>os</strong> em mais de 25 mil eur<strong>os</strong> ficam, portanto, excluíd<strong>os</strong>. As<br />

novas regras do RSI entram em vigor a 1 de ag<strong>os</strong>to.<br />

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA CONFIRMA À “VIDA ECONÓMICA”<br />

Pagament<strong>os</strong> do PROMAR<br />

não ultrapassam <strong>os</strong> 32%<br />

A men<strong>os</strong> de ano e meio<br />

do fim do período<br />

de programação,<br />

<strong>os</strong> pagament<strong>os</strong> a<strong>os</strong><br />

investidores efetuad<strong>os</strong><br />

no âmbito do Programa<br />

Opera cional para<br />

o setor das Pescas<br />

(PROMAR 2007-<br />

2013) não ultrapassam<br />

<strong>os</strong> 32%, revelou fonte<br />

oficial do Ministério<br />

da Agricultura à “<strong>Vida</strong><br />

Económica”. A taxa de<br />

aprovação de projet<strong>os</strong><br />

está “na ordem d<strong>os</strong><br />

64%”.<br />

TERESA SILVEIRA<br />

teresasilveira@vidaeconomica.pt<br />

Reprogramado em definitivo<br />

no final de 2008, o Programa<br />

Opera cional para o setor das Pescas<br />

(PROMAR 2007-2013), <strong>que</strong><br />

também pode ser <strong>executa</strong>do até<br />

2015, estava, em março de 2010,<br />

“em velocidade de cruzeiro”, de<br />

acordo com o então secretário de<br />

Esta do das Pescas e da Agricultura,<br />

Luís Medeir<strong>os</strong> Vieira.<br />

Em entrevista à “<strong>Vida</strong> Económica”,<br />

o então governante revelava<br />

<strong>que</strong> a dotação orçamental<br />

da<strong>que</strong>le programa foi fixada n<strong>os</strong><br />

325 mi lhões de eur<strong>os</strong>, para vári<strong>os</strong><br />

eix<strong>os</strong> e para o território nacional,<br />

incluin do regiões autónomas,<br />

sendo <strong>que</strong>, só para o continente,<br />

estavam destinad<strong>os</strong> 274 milhões<br />

de eur<strong>os</strong>.<br />

Já em março de 2010, o exsecretário<br />

de Estado da Agricultura<br />

reconhecia a “baixa taxa de<br />

execução” da<strong>que</strong>le Programa, <strong>que</strong><br />

estava, à data, apenas n<strong>os</strong> 8,8%,<br />

com pouco mais de 20,6 milhões<br />

de eur<strong>os</strong> pag<strong>os</strong> a<strong>os</strong> investidores e<br />

Assunção Cristas, ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (MAMAOT).<br />

um total de 88 milhões aprovad<strong>os</strong>.<br />

Hoje, mais de dois an<strong>os</strong> volvid<strong>os</strong>,<br />

o Ministério tutelado por<br />

Assunção Cristas é parco nas informações<br />

<strong>que</strong> presta sobre a execução<br />

da<strong>que</strong>le Programa, apenas<br />

revelando <strong>que</strong> o PROMAR tem,<br />

neste momento, a men<strong>os</strong> e ano<br />

e meio do fim do seu período de<br />

programação, “uma taxa de aprovação<br />

de projet<strong>os</strong> na ordem d<strong>os</strong><br />

PUB<br />

64% e de pagament<strong>os</strong> de 32%”.<br />

E desconhecem-se mais pormenores,<br />

<strong>que</strong>r sobre volumes de projet<strong>os</strong><br />

candidatad<strong>os</strong>, <strong>que</strong>r sobre <strong>os</strong><br />

aprovad<strong>os</strong> n<strong>os</strong> vári<strong>os</strong> eix<strong>os</strong>, <strong>que</strong>r,<br />

ainda, sobre a regularidade d<strong>os</strong><br />

pagament<strong>os</strong> e <strong>os</strong> montantes financeir<strong>os</strong><br />

liquidad<strong>os</strong> a<strong>os</strong> investidores.<br />

ANICP desconhece<br />

reclamações<br />

d<strong>os</strong> promotores<br />

Questionado pela “<strong>Vida</strong> Económica”<br />

sobre esta matéria, Castro<br />

e Melo, secretário-geral da Associação<br />

Nacional d<strong>os</strong> Industriais<br />

de Conservas de Peixe (ANICP) e<br />

membro da Comissão de Acompanhamento<br />

da<strong>que</strong>le Programa<br />

operacional, desconhece, ainda<br />

assim, reclamações d<strong>os</strong> promotores<br />

quanto a atras<strong>os</strong> no pagamento<br />

d<strong>os</strong> apoi<strong>os</strong>.<br />

“Não tenho tido reclamações<br />

em relação a<strong>os</strong> pagament<strong>os</strong>”, disse<br />

à “<strong>Vida</strong> Económica” o responsável<br />

d<strong>os</strong> industriais de conservas,<br />

frisando <strong>que</strong> o setor <strong>que</strong> representa<br />

tem, neste momento, pelo<br />

men<strong>os</strong>, quatro projet<strong>os</strong> a correr<br />

financiad<strong>os</strong> pelo PROMAR.<br />

Um, o de uma nova fábrica de<br />

conservas em Olhão (Algarve),<br />

da empresa Freitas Mar, em fase<br />

de conclusão, outro também de<br />

uma nova fábrica do setor na Póvoa<br />

de Varzim, já quase pronta,<br />

assim como o da modernização<br />

das linhas de produção da empresa<br />

Gencoal, em Vila do Conde,<br />

financiada ao abrigo da<strong>que</strong>le<br />

Programa, e, ainda, a construção<br />

de uma nova unidade conserveira<br />

em Mat<strong>os</strong>inh<strong>os</strong>. Esta, recém-classificada<br />

como Projeto de Interesse<br />

Nacional (PIN), vai ser construída<br />

pela Ramirez, não estando<br />

ainda definida a data do arran<strong>que</strong><br />

da sua construção.<br />

Avaliação<br />

d<strong>os</strong> stocks<br />

de sardinha<br />

conhecida<br />

em ag<strong>os</strong>to<br />

“A atual escassez de sardinha tem<br />

acarretado dificuldades de abastecimento<br />

da indústria de conservas,<br />

em quantidade e a preç<strong>os</strong> competitiv<strong>os</strong>”,<br />

sendo “um assunto <strong>que</strong><br />

preocupa o Governo, por<strong>que</strong> se<br />

trata de uma indústria relevante em<br />

term<strong>os</strong> económic<strong>os</strong> e sociais, <strong>que</strong><br />

compete n<strong>os</strong> mercad<strong>os</strong> internacionais”,<br />

admitiu recentemente o Ministério<br />

da Agricultura numa nota<br />

enviada à agência Lusa.<br />

Na verdade, dois despach<strong>os</strong><br />

publicad<strong>os</strong> pelo Ministério de<br />

Assunção Cristas (Despacho nº<br />

1520/2012, de 1 de fevereiro, e<br />

Despacho nº 7509/2012, de 31 de<br />

maio) vieram limitar as capturas da<strong>que</strong>la<br />

espécie, uma das mais usadas<br />

na indústria conserveira, pois <strong>que</strong><br />

dela dependem, neste momento,<br />

em <strong>Portugal</strong> 12 das 14 fábricas existentes.<br />

E, com isso, vieram “condicionar<br />

o abastecimento à indústria<br />

e condicionar <strong>os</strong> preç<strong>os</strong>”.<br />

“Estes limites às capturas são<br />

uma medida precaucionista”, explica<br />

Castro e Melo, secretário geral<br />

da ANICP, à “<strong>Vida</strong> Económica”,<br />

tomada até se conhecerem <strong>os</strong> resultad<strong>os</strong><br />

do rastreio à c<strong>os</strong>ta portuguesa<br />

<strong>que</strong> está em curso e cujas conclusões<br />

apenas se prevêem para ag<strong>os</strong>to.<br />

Certo é <strong>que</strong> a indústria <strong>que</strong> está<br />

instalada carece anualmente de 30<br />

mil toneladas de sardinha, sendo<br />

<strong>que</strong>, até 31 de maio, apenas estava<br />

autorizada a captura de nove mil<br />

toneladas da<strong>que</strong>le peixe.<br />

Porém, com a publicação do<br />

Despacho nº 7509/2012, de 31 de<br />

maio, <strong>os</strong> limites então fixad<strong>os</strong> em<br />

fevereiro já foram alargad<strong>os</strong>, o <strong>que</strong><br />

contribuiu para “atenuar” este problema.<br />

Lê-se neste diploma publicado<br />

em Diário da República <strong>que</strong><br />

“no período compreendido entre<br />

1 de junho e 31 de dezembro de<br />

2012, o limite máximo de descargas<br />

da espécie sardinha, capturada<br />

com arte de cerco, é fixado em 27<br />

mil toneladas”. Isto, realça Castro e<br />

Melo, “sem prejuízo de estas limitações<br />

poderem ser revistas durante o<br />

segundo semestre” do ano, em função<br />

de informação atualizada sobre<br />

o estado deste recurso.<br />

Recorde-se <strong>que</strong> o setor das conservas<br />

de peixe é um d<strong>os</strong> <strong>que</strong> mais<br />

contribui para as exportações portuguesas,<br />

pois assegurou, em 2011,<br />

150 milhões de eur<strong>os</strong> e 33 mil toneladas<br />

de conservas para o exterior.<br />

Para 2012, as perspetivas são<br />

igualmente p<strong>os</strong>itivas. Apesar da<br />

conjuntura, <strong>os</strong> dad<strong>os</strong> do primeiro<br />

trimestre m<strong>os</strong>tram uma subida de<br />

13,2% nas quantidades exportadas<br />

e um crescimento de 32,2% em<br />

valor.


SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2012 5<br />

ATUALIDADE<br />

Banco de Espanha prevê segundo semestre mais difícil<br />

O Banco de Espanha anunciou <strong>que</strong> a <strong>que</strong>da do PIB entre Abril e Junho irá superar a contração<br />

de 0,3% verificada no primeiro trimestre de 2012. O consumo privado, a confiança das famílias<br />

e as vendas a retalho caíram em abril para níveis de 2003 e abaixo da média do primeiro trimestre.<br />

Os regist<strong>os</strong> de veícul<strong>os</strong> também acentuaram a descida em Maio, para uma <strong>que</strong>da anual<br />

de 15,3%, a par d<strong>os</strong> gast<strong>os</strong> das grandes empresas <strong>que</strong> sublinharam também as <strong>que</strong>das em Abril.<br />

Par<strong>que</strong> Escolar acumula dívidas de 98 milhões de eur<strong>os</strong><br />

A Par<strong>que</strong> Escolar acumula dívidas na ordem de 98 milhões de eur<strong>os</strong> e não tem capacidade de<br />

tesouraria para pagar as faturas a 60 dias a fornecedoras. Num relatório enviado ao Governo,<br />

a nova administração da Par<strong>que</strong> Escolar assume <strong>que</strong>, devido a<strong>os</strong> atras<strong>os</strong> n<strong>os</strong> pagament<strong>os</strong> várias<br />

obras foram suspensas pel<strong>os</strong> adjudicatári<strong>os</strong>. Ainda assim, faz ainda previsões de poder relançar<br />

20 project<strong>os</strong> por ano, <strong>que</strong> agora estão congelad<strong>os</strong>.<br />

Sustentabilidade<br />

das IPSS passa<br />

pela inovação<br />

Emmanuel Vallens, da Comissão Europeia, falou da necessidade de acelerar a inovação social.<br />

FERNANDA SILVA TEIXEIRA<br />

fernandateixeira@vidaeconomica.pt<br />

A inovação é o único caminho <strong>que</strong><br />

as Instituições Particulares de Solidariedade<br />

Social (IPSS) têm como<br />

alternativa ao financiamento estatal.<br />

Esta foi a principal conclusão da mais<br />

recente edição do Congresso Internacional<br />

de Inovação Social, organizado<br />

pela União Distrital das IPSS do Porto<br />

(UDIPSS-Porto). O evento, <strong>que</strong><br />

reuniu cerca de 430 especialistas portugueses<br />

e internacionais, decorreu<br />

na passada semana no Teatro Rivoli.<br />

Durante <strong>os</strong> dois dias do evento, <strong>os</strong><br />

presentes puderam tomar contacto<br />

com diversas realidades de iniciativas<br />

no âmbito da inovação social, fruto<br />

da apresentação de divers<strong>os</strong> projet<strong>os</strong><br />

já implementad<strong>os</strong>, não apenas em<br />

<strong>Portugal</strong>, mas igualmente noutr<strong>os</strong><br />

pont<strong>os</strong> do globo. Na iniciativa da<br />

UDIPSS-Porto, <strong>os</strong> congressistas tomaram<br />

ainda conhecimento de variad<strong>os</strong><br />

instrument<strong>os</strong> a <strong>que</strong> as instituições<br />

sociais podem recorrer para trabalharem<br />

e suportarem novas resp<strong>os</strong>tas sociais.<br />

Começando por apelar à mobilização<br />

de tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> atores sociais para<br />

“combater as desigualdades mais persistentes”,<br />

o presidente da União Distrital<br />

das IPSS (UDIPSS) do Porto,<br />

J<strong>os</strong>é Baptista, salientou no seu discurso<br />

de abertura <strong>que</strong> “<strong>Portugal</strong> tem<br />

visto <strong>os</strong> seus níveis de pobreza e de<br />

exclusão social aumentarem n<strong>os</strong> últim<strong>os</strong><br />

an<strong>os</strong>, particularmente no Norte<br />

do país. Os níveis de qualidade de<br />

vida definham e <strong>os</strong> de participação<br />

democrática deprimem”, afirmou.<br />

Necessidade de mobilizar<br />

tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> atores sociais<br />

Perante mais de três centenas<br />

de congressistas, o presidente da<br />

UDIPSS do Porto considerou ainda<br />

<strong>que</strong>, “as organizações da sociedade<br />

civil organizada, pela capacidade de<br />

refletirem <strong>os</strong> interesses das comunidades<br />

onde se inserem e cujas necessidades<br />

conhecem <strong>melhor</strong> do <strong>que</strong><br />

qual<strong>que</strong>r outro agente coletivo, são<br />

um exemplo paradigmático da capacidade<br />

de flexibilidade e adaptação<br />

portuguesas às contingências sociais.<br />

É neste paradigma e segundo esta<br />

crença <strong>que</strong> se afigura a necessidade de<br />

mobilizar tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> atores sociais <strong>que</strong>,<br />

século após século, foram capazes de<br />

fazer sempre <strong>melhor</strong> e com qualidade<br />

e, simultaneamente, de combater desigualdades<br />

mais persistentes”, acrescentou.<br />

Entre <strong>os</strong> oradores estrangeir<strong>os</strong> do<br />

congresso, desta<strong>que</strong> também para<br />

monsignor Giampietro Dal T<strong>os</strong>o, ministro<br />

da Santa Sé responsável pelas<br />

organizações católicas de apoio social,<br />

<strong>que</strong> enfatizou o papel <strong>que</strong> a inovação<br />

pode e deve desempenhar na gestão<br />

das IPSS, e para Emmanuel Vallens,<br />

da Comissão Europeia, onde coordena<br />

a área do mercado interno, <strong>que</strong><br />

falou de “Como Acelerar a Inovação<br />

Social” e sobre “O Papel das Organizações<br />

do Terceiro Setor e d<strong>os</strong> Empreendedores<br />

Sociais”.<br />

O evento contou ainda com a presença,<br />

na sessão de encerramento liderada<br />

pelo presidente da UDIPSS-<br />

Porto, padre Lopes Baptista, de Rui<br />

Rio, presidente da Câmara Municipal<br />

do Porto, de Álvaro Dâmaso, do<br />

Montepio Geral, de Albertina Amorim,<br />

da Santa Casa da Misericórdia<br />

do Porto, e do padre Lino Maia, presidente<br />

da CNIS, <strong>que</strong> voltou a sublinhar<br />

<strong>que</strong> “a sustentabilidade é o novo<br />

nome da qualidade”, até por<strong>que</strong> uma<br />

das ideias mais fortes <strong>que</strong> foi passada<br />

no evento foi a de <strong>que</strong> pela inovação<br />

das resp<strong>os</strong>tas sociais passar um d<strong>os</strong><br />

eix<strong>os</strong> fundamentais para a sustentabilidade<br />

das instituições.<br />

EDITORIAL<br />

JOÃO LUÍS DE SOUSA DIRETOR ADJUNTO<br />

jlsousa@vidaeconomica.pt<br />

Imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong> a mais<br />

e receitas a men<strong>os</strong><br />

A receita parecia estar certa: cortar a despesa<br />

pública onde f<strong>os</strong>se p<strong>os</strong>sível e manter ou aumentar a<br />

receita através do agravamento das taxas em alguns<br />

imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong>. A fatura seria sempre paga pel<strong>os</strong> cidadã<strong>os</strong><br />

e pelas empresas das duas formas. Com cust<strong>os</strong> mais<br />

alt<strong>os</strong> para <strong>os</strong> serviç<strong>os</strong> públic<strong>os</strong> onde não há oferta<br />

alternativa e com men<strong>os</strong> rendimento disponível<br />

por<strong>que</strong> a fatia absorvida pel<strong>os</strong> imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong> passou a ser<br />

maior.<br />

Em vez de uma mudança de fundo, a opção foi<br />

fazer um ajustamento, mantendo inalterada a lógica<br />

anterior.<br />

Se a receita resultasse, teríam<strong>os</strong> uma situação de<br />

equilíbrio entre despesas e receitas do Estado. Com<br />

o défice orçamental corrigido ou atenuado, seria<br />

p<strong>os</strong>sível a prazo reduzir <strong>os</strong> imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong>, diminuir o preço<br />

d<strong>os</strong> serviç<strong>os</strong> públic<strong>os</strong>, contribuindo para o aumento<br />

da competitividade da economia. Se as empresas<br />

correspondessem, o país voltaria à situação anterior<br />

à da crise, com um Estado de dimensão equivalente,<br />

mas com equilíbrio orçamental e sustentabilidade.<br />

O problema é <strong>que</strong> o tratamento não está resultar.<br />

Os dad<strong>os</strong> preocupantes sobre a “doença” da economia<br />

estão nas análises e vão-se agravando de mês para mês<br />

com a execução orçamental. Não se trata de “risc<strong>os</strong><br />

e incertezas” conforme o ministro das Finanças lhe<br />

chama com eufemismo, mas sim do disparo do défice<br />

orçamental provocado pelo aumento da despesa e<br />

<strong>que</strong>da das receitas.<br />

Na base do aumento do défice orçamental está um<br />

erro clamor<strong>os</strong>o na previsão das receitas fiscais no OE<br />

2012 e no orçamento retificativo, <strong>que</strong> agora terá de<br />

ser novamente retificado.<br />

Ao contrário do <strong>que</strong> o Governo pensa – na mesma<br />

linha d<strong>os</strong> Govern<strong>os</strong> anteriores –, a capacidade <strong>que</strong><br />

o Estado tem para cobrar imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong> é limitada. E o<br />

aumento d<strong>os</strong> imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong> <strong>que</strong> o Governo decide por<br />

necessidade não altera esse limite. Por isso, chegám<strong>os</strong><br />

à situação atual em <strong>que</strong> a receita fiscal diminui numa<br />

proporção semelhante à do agravamento das taxas d<strong>os</strong><br />

imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong>.<br />

A receita fiscal depende da vontade das empresas<br />

e cidadã<strong>os</strong> de pagar imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong> e da sua capacidade<br />

económica. A <strong>que</strong>stão da vontade coloca-se cada<br />

vez men<strong>os</strong> por<strong>que</strong> as sanções têm-se tornado cada<br />

vez mais dacronianas para <strong>que</strong>m não paga ou<br />

simplesmente atrasa o pagamento de imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong>. Para<br />

além d<strong>os</strong> agravament<strong>os</strong>, das penhoras, das execuções,<br />

há sanções penais pesadas. Em <strong>Portugal</strong>, as penas<br />

de prisão por não pagamento de imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong> já são<br />

em muit<strong>os</strong> cas<strong>os</strong> mais grav<strong>os</strong>as <strong>que</strong> cert<strong>os</strong> tip<strong>os</strong> de<br />

homicídio ou tráfico de droga. A lógica do Estado é:<br />

<strong>que</strong>m não pagar <strong>os</strong> imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong> vai dentro.<br />

Resta a <strong>que</strong>stão da capacidade para pagar imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong><br />

<strong>que</strong> o Estado parece ignorar por completo. Se <strong>os</strong><br />

cidadã<strong>os</strong> tiverem o rendimento disponível estagnado<br />

ou em declínio, se uma grande parte das empresas<br />

tem rentabilidade reduzida ou negativa, cai o<br />

consumo, cai o investimento e a receita fiscal encolhe.<br />

O agravamento d<strong>os</strong> imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong> apenas serve para a<br />

acentuar a evolução negativa.<br />

O problema do défice orçamental não se resolve e,<br />

pelo contrário, tende a agravar-se enquanto o peso<br />

e a despesa do Estado não diminuir para um nível<br />

ajustado à realidade da n<strong>os</strong>sa economia.


6 SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2012<br />

ATUALIDADE<br />

AEVP <strong>que</strong>r a privatização do IVDP<br />

A Associação das Empresas de Vinho do Porto considera urgente <strong>que</strong> o Governo liberte o<br />

setor do vinho do Porto do peso do Estado. Isabel Marrana, diretora da AEVP, critica o silêncio<br />

do Governo em relação à prop<strong>os</strong>ta d<strong>os</strong> produtores e d<strong>os</strong> comerciantes de privatização<br />

do IVDP, solução <strong>que</strong> viabilizaria a gestão de um fundo anual de 10 milhões de eur<strong>os</strong> para a<br />

promoção, comparticipado pelo QREN.<br />

Corticeira Amorim compra Trefin<strong>os</strong> por 15,1 milhões<br />

A Corticeira Amorim comprou, através da participação da Amorim & Irmã<strong>os</strong>, 91% do capital<br />

da espanhola Trefin<strong>os</strong>, por 15,1 milhões de eur<strong>os</strong>. Com esta aquisição, a empresa portuguesa<br />

reforça a sua p<strong>os</strong>ição em Espanha, mais precisamente na Catalunha, e no segmento de<br />

rolhas para champanhe e espumantes. Juan Ginesta, gerente único da Trefin<strong>os</strong>, integre o Conselho<br />

de Administração da Corticeira Amorim.<br />

Défice pode atingir <strong>os</strong> 5,2%<br />

A manterem-se as condições<br />

atuais, a derrapagem nas contas<br />

públicas poderá atingir no final<br />

do ano, <strong>os</strong> 1692,2 milhões de<br />

eur<strong>os</strong> a mais do <strong>que</strong> o previsto<br />

no OE, atirando o défice para <strong>os</strong><br />

5,2%.<br />

VIRGÍLIO FERREIRA<br />

virgilio@vidaeconomica.pt<br />

De janeiro a maio de 2012, a receita acumulada<br />

d<strong>os</strong> imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong> cifrou-se em 13 097,4<br />

milhões de eur<strong>os</strong>. São men<strong>os</strong> 479,9 milhões<br />

de eur<strong>os</strong> do <strong>que</strong> em igual período do ano passado,<br />

correspondendo a uma <strong>que</strong>da de 3,5%,<br />

ou seja, mais 2,9 pont<strong>os</strong> percentuais face ao<br />

previsto na alteração ao OE2012.<br />

A manterem-se as condições atuais, a perda<br />

de receitas fiscais poderá atingir, no final deste<br />

ano, 1236,65 milhões de eur<strong>os</strong>. Serão mais<br />

1138,6 milhões do <strong>que</strong> o previsto no OE.<br />

IVA, IRC, ISV, ISP e imp<strong>os</strong>to do consumo<br />

de tabaco são <strong>os</strong> imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong> onde ocorrem as<br />

maiores perdas de receita fiscal, ascendendo,<br />

n<strong>os</strong> primeir<strong>os</strong> cinco meses do ano, a 796,8<br />

milhões de eur<strong>os</strong>.<br />

No último boletim de execução orçamental,<br />

aponta-se para a contração do consumo<br />

como principal fator redutor de receita d<strong>os</strong><br />

imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong>.<br />

Ao nível da despesa pública, o montante<br />

efetivo <strong>executa</strong>do sobe, de janeiro a maio,<br />

343 milhões de eur<strong>os</strong>, face ao período homólogo<br />

do ano passado, atingindo <strong>os</strong> 17 538,5<br />

milhões de eur<strong>os</strong>. É um aumento de 2% face<br />

ao valor atingido em 2011, ou seja, mais 1,13<br />

pont<strong>os</strong> percentuais do <strong>que</strong> o previsto na alteração<br />

ao OE2012.<br />

A manter-se a situação atual, a despesa efetiva<br />

do Estado irá subir este ano em 976,6<br />

milhões de eur<strong>os</strong>, mais 554,6 milhões do <strong>que</strong><br />

o previsto no OE2012.<br />

Ou seja, se nada for feito pelo Governo,<br />

o défice do Estado irá agravar-se em 2012<br />

em cerca de 2213,15 milhões de eur<strong>os</strong>, em<br />

resultado da diminuição da receita d<strong>os</strong> imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong><br />

e do aumento da despesa efetiva. Tal<br />

situação traduzir-se-á numa derrapagem de<br />

1692,2 milhões de eur<strong>os</strong>, face ao previsto no<br />

OE2012.<br />

Significa isto também <strong>que</strong>, na ótica da contabilidade<br />

nacional e perante tal derrapagem<br />

nas contas públicas, o défice poderá atingir<br />

este ano, <strong>os</strong> 5,2%, ou seja, 0,7 pont<strong>os</strong> percentuais<br />

acima do compromisso assumido com<br />

Bruxelas (4,5%).<br />

BELMIRO DE AZEVEDO AFIRMA<br />

“O emprego fora de <strong>Portugal</strong><br />

é muito interessante”<br />

Belmiro de Azevedo com o embaixador Seixas da C<strong>os</strong>ta e Carl<strong>os</strong> Vinhas Pereira, presidente da<br />

Câmara de Comércio e Indústria Franco-Portuguesa.<br />

“Os empreg<strong>os</strong> nascem em síti<strong>os</strong> <strong>que</strong> não<br />

estão ao lado de casa” e “<strong>os</strong> portugueses<br />

precisam de fazer algum esforço”, afirmou<br />

Belmiro de Azevedo, à agência Lusa, à<br />

margem de um jantar da Câmara do Comércio<br />

e Indústria Franco-Portuguesa, realizado<br />

em Paris.<br />

O presidente não executivo do grupo<br />

Sonae esclareceu <strong>que</strong> não se trata de “emigrar”,<br />

mas de “viajar”. “Os homens e as<br />

mulheres de 1960 vinham em condições<br />

muito piores e até levavam uns tir<strong>os</strong> na<br />

fronteira. Quant<strong>os</strong> não regressaram a <strong>Portugal</strong><br />

e não estão <strong>melhor</strong>?”.<br />

“Agora, vêm de jato e nem assim <strong>que</strong>rem<br />

vir. Os portugueses têm <strong>que</strong> fazer algum esforço<br />

e ter vontade. Até por<strong>que</strong>, neste momento,<br />

a educação das pessoas em <strong>Portugal</strong><br />

não tem comparação com a das gerações<br />

anteriores e, portanto, até é fácil arranjar<br />

emprego no estrangeiro”, acrescentou o líder<br />

histórico da Sonae.<br />

Segundo Belmiro de Azevedo, o problema<br />

do desemprego “resolve-se muito bem”,<br />

desde <strong>que</strong> as pessoas “façam aquilo <strong>que</strong> é<br />

óbvio”.<br />

“O emprego fora de <strong>Portugal</strong> é, em muit<strong>os</strong><br />

síti<strong>os</strong> no mundo, onde há muita p<strong>os</strong>ição,<br />

muito interessante, a ganhar muito<br />

bem. Mas <strong>Portugal</strong> não se habituou.”


SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2012 7<br />

ATUALIDADE<br />

CARLOS NUNO OLIVEIRA AFIRMA À “VIDA ECONÓMICA”<br />

<strong>Portugal</strong> “deve fazer lobby em Bruxelas”<br />

para o programa Horizonte 2020<br />

lo <strong>que</strong> é a participação de empresas e de<br />

PME”, acrescenta.<br />

Sobre <strong>os</strong> montantes <strong>que</strong> poderão estar<br />

disponíveis dentro do atual Programa-<br />

Quadro, Carl<strong>os</strong> Nunes Oliveira refere:<br />

“Há um orçamento global do Programa<br />

<strong>que</strong> está disponível. Para <strong>Portugal</strong> não há<br />

nada definido, dependendo das candidaturas<br />

feitas por entidades nacionais. Não há<br />

uma ‘call’ específica para <strong>Portugal</strong>”.<br />

Haverá uma nova dinâmica para incentivar<br />

<strong>os</strong> empresári<strong>os</strong> a recorrerem às referidas<br />

linhas relativamente a<strong>os</strong> programas em<br />

aberto? A esta <strong>que</strong>stão, o governante responde<br />

<strong>que</strong> “tem<strong>os</strong> no Compete uma linha<br />

de sistemas de incentiv<strong>os</strong> para promover a<br />

participação em programas internacionais<br />

de investigação e desenvolvimento, sendo<br />

expetável <strong>que</strong> as empresas <strong>os</strong> aproveitem”.<br />

Maior enfo<strong>que</strong> no crescimento da<br />

Europa<br />

Luís Filipe C<strong>os</strong>ta, presidente do IAP-<br />

MEI, realça o potencial <strong>que</strong> o 8º Programa-Quadro<br />

trará a nível de crescimento e<br />

emprego. <strong>Portugal</strong> pode aproveitar vári<strong>os</strong><br />

programas de um grande puzzle de oferta.<br />

“O Programa Horizonte 2020 trará da<br />

parte da Comissão Europeia, um maior<br />

enfo<strong>que</strong> na <strong>que</strong>stão da inovação e da investigação<br />

universitária”, afirma à <strong>Vida</strong><br />

Económica”.<br />

“A investigação e desenvolvimento é fundamental<br />

para a produção do crescimento<br />

da Europa e, claro, também em <strong>Portugal</strong>,<br />

e assim do emprego. Sem inovação e sem<br />

investigação e desenvolvimento não haverá<br />

contraponto europeu à industrialização<br />

maciça <strong>que</strong> estam<strong>os</strong> a assistir na Ásia e em<br />

outras regiões emergentes. A Europa tem<br />

de se reindustrializar, não é a indústria do<br />

século XIX ou XX, tem de ser a indústria<br />

do século XXI, é preciso inovação, investigação<br />

e desenvolvimento <strong>que</strong> são <strong>os</strong> foc<strong>os</strong><br />

deste novo programa Horizonte 2020”,<br />

acrescenta.<br />

“Este programa é um d<strong>os</strong> vári<strong>os</strong> programas<br />

de um puzzle <strong>que</strong> compõem tod<strong>os</strong> <strong>os</strong><br />

sistemas de apoio empresarial da Comissão<br />

Europeia. Este é um entre vári<strong>os</strong> e eu,<br />

como é natural, estou mais preocupado<br />

com as PME portuguesas do <strong>que</strong> com as<br />

grandes empresas europeias”, conclui.<br />

“<strong>Portugal</strong> está ligeiramente abaixo da utilização da quota relativamente àquilo <strong>que</strong> seria expetável<br />

relativamente à dimensão do país”, afirma Carl<strong>os</strong> Nuno Oliveira a propósito do 7º Programa-<br />

-Quadro.<br />

NOVIDADE<br />

“A participação por parte do<br />

sistema científico e tecnológico<br />

nacional acontece a bom ritmo.<br />

Diria <strong>que</strong> as empresas não<br />

tiveram ainda, provavelmente,<br />

a dinamização, nem se<br />

aperceberam do potencial <strong>que</strong><br />

o próprio 7º Programa-Quadro<br />

pode ter para as suas atividades<br />

e para a promoção d<strong>os</strong> seus<br />

produt<strong>os</strong> e serviç<strong>os</strong>”, afirma<br />

à “<strong>Vida</strong> Económica” Carl<strong>os</strong><br />

Nuno Oliveira, secretário de<br />

Estado do Empreendedorismo,<br />

Competitividade e Inovação.<br />

VÍTOR NORINHA<br />

AGENDA@VIDAECONOMICA.PT<br />

O programa Horizonte 2020 entrará em<br />

vigor a 1 de janeiro de 2014. Por enquanto<br />

vigorará o 7º Programa-Quadro, mantendo-se<br />

abertas as candidaturas durante o<br />

corrente ano.<br />

Carl<strong>os</strong> Nuno Oliveira, secretário de Estado<br />

do Empreendedorismo, Competitividade<br />

e Inovação, <strong>que</strong> esteve num recente<br />

encontro promovido pelo IAPMEI, onde<br />

foi debatida a prop<strong>os</strong>ta apresentada pela<br />

eurodeputada Maria da Graça Carvalho,<br />

relatora do 8º Programa-Quadro de Investigação<br />

e Inovação 2014-2020, abreviadamente<br />

conhecido por “Horizonte<br />

2020”, afirmou, durante o encontro, <strong>que</strong><br />

reuniu empresári<strong>os</strong> e entidades públicas,<br />

<strong>que</strong> o objetivo é antecipar e colaborar na<br />

definição das prioridades deste programa.<br />

Desta forma, afirma, “tem<strong>os</strong> oportunidade<br />

de ouvir o setor empresarial português”.<br />

Nuno Oliveira defendeu a necessidade de<br />

“fazer lobby em Bruxelas numa fase de antecipação<br />

do programa”.<br />

Questionado sobre <strong>os</strong> grandes objetiv<strong>os</strong><br />

do programa Horizonte 2020 e <strong>que</strong> importância<br />

é <strong>que</strong> o Governo português lhe<br />

atribui, Nuno Oliveira responde <strong>que</strong> “um<br />

d<strong>os</strong> objetiv<strong>os</strong> desta sessão <strong>que</strong> promovem<strong>os</strong><br />

com a eurodeputada Maria da Graça<br />

Carvalho é precisamente tentar assegurar<br />

<strong>que</strong> <strong>Portugal</strong> e <strong>os</strong> empresári<strong>os</strong> portugueses<br />

(<strong>que</strong> estiveram presentes num recente<br />

seminário do IAPME) p<strong>os</strong>sam influenciar<br />

aquilo <strong>que</strong> são as regras deste programa”.<br />

“O objetivo de facto é <strong>que</strong> p<strong>os</strong>sa haver<br />

uma grande participação no Horizonte<br />

2020 de PME nacionais quando ele estiver,<br />

de facto, definido e daí a organização<br />

deste evento”, afirma à “<strong>Vida</strong> Económica”.<br />

Participação abaixo do desejável<br />

Solicitado a fazer uma análise d<strong>os</strong> resultad<strong>os</strong><br />

do 7º Programa-Quadro, o secretário<br />

de Estado aponta <strong>que</strong> “o resultado do<br />

ponto de vista global revela <strong>que</strong> <strong>Portugal</strong><br />

está ligeiramente abaixo da utilização da<br />

quota relativamente àquilo <strong>que</strong> seria expetável<br />

relativamente à dimensão do país. E é<br />

essa a n<strong>os</strong>sa perceção”.<br />

E explica <strong>que</strong> “a participação por parte<br />

do sistema científico e tecnológico nacional<br />

acontece a bom ritmo. Diria <strong>que</strong> as<br />

empresas não tiveram ainda, provavelmente,<br />

a dinamização, nem se aperceberam<br />

do potencial <strong>que</strong> o próprio 7º Programa-<br />

Quadro pode ter para as suas atividades e<br />

para a promoção d<strong>os</strong> seus produt<strong>os</strong> e serviç<strong>os</strong>.<br />

Essa foi a razão <strong>que</strong>, paralelamente,<br />

o Governo e o Ministério da Economia<br />

lançaram, no âmbito do Compete, uma linha,<br />

um sistema de incentivo para <strong>que</strong> empresas<br />

nacionais p<strong>os</strong>sam concorrer a programas<br />

do 7º Programa-Quadro. E é isso<br />

<strong>que</strong> esperam<strong>os</strong> <strong>que</strong> ainda aconteça nestas<br />

“calls” <strong>que</strong> vão ocorrer no ano de 2012”.<br />

“Esperam<strong>os</strong> <strong>que</strong> no próximo Programa<br />

haja uma dinamização muito maior daqui-<br />

Nome<br />

Morada<br />

C. P<strong>os</strong>tal<br />

E-mail<br />

Autor: Joaquim Fernando Ricardo Páginas: 944 P.V.P.: € 30<br />

A obra contém inúmeras<br />

remissões, no lugar próprio,<br />

para tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> diplomas<br />

da colectânea e vasta<br />

legislação complementar<br />

relacionada com <strong>os</strong><br />

diplomas principais <strong>que</strong><br />

assim <strong>os</strong> completam.<br />

Uma ferramenta de trabalho onde encontra, de uma maneira simples<br />

e rápida, toda a legislação de <strong>que</strong> necessita.<br />

R. Gonçalo Cristóvão, 14, r/c • 4000-263 PORTO<br />

encomendas@vidaeconomica.pt • 223 399 400 • http://livraria.vidaeconomica.pt<br />

Nº Contribuinte<br />

<br />

Solicito o envio de exemplar(es) do livro Códig<strong>os</strong> Fiscais, com o PVP unitário de 30€.<br />

Para o efeito envio che<strong>que</strong>/vale nº , s/ o , no valor de € ,<br />

Solicito o envio à cobrança. (Acrescem 4€ para despesas de envio e cobrança).<br />

ASSINATURA<br />

<br />

<br />

<br />

Profissionais da contabilidade • Técnic<strong>os</strong> Oficiais de Contas • Técnic<strong>os</strong> da Administração Tributária • Advogad<strong>os</strong><br />

• Outr<strong>os</strong> profissionais do direito tributário<br />

(recortar ou fotocopiar)


8 SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2012<br />

ATUALIDADE<br />

Espanhóis ganham cada vez men<strong>os</strong><br />

A ri<strong>que</strong>za”per capita” d<strong>os</strong> espanhóis voltou a cair no ano passado, face à média da Zona Euro.<br />

É mais uma das consequências da crise económica, tendo a taxa da<strong>que</strong>le país ficado nove pont<strong>os</strong><br />

abaixo da média da Zona Euro. E ficou um ponto abaixo da média verificada no conjunto<br />

das nações da União Europeia. <strong>Portugal</strong> ficou no 19º lugar, enquanto a Espanha se p<strong>os</strong>icionou<br />

na 13ª p<strong>os</strong>ição. Os mais ric<strong>os</strong> foram <strong>os</strong> luxemburgueses, <strong>os</strong> holandeses e <strong>os</strong> austríac<strong>os</strong>. N<strong>os</strong> três<br />

últim<strong>os</strong> lugares surgiram a Bulgária, a Roménia e a Letónia.<br />

UE “suaviza” exigências sobre idade da reforma<br />

Os ministr<strong>os</strong> das Finanças da União Europeia decidiram retirar a recomendação de Bruxelas<br />

para <strong>os</strong> govern<strong>os</strong> acelerarem a idade da reforma para <strong>os</strong> 67 an<strong>os</strong>. O texto final acabou por ser<br />

reformulado, passando a ser assegurado <strong>que</strong> a idade da reforma deve aumentar em linha com<br />

a esperança de vida. Houve protest<strong>os</strong>, com alguns países a argumentarem <strong>que</strong> aumentar a idade<br />

da reforma iria elevar <strong>os</strong> gast<strong>os</strong> públic<strong>os</strong> ao permitir <strong>que</strong> <strong>os</strong> trabalhadores se inscrevessem<br />

no desemprego antes de começarem a cobrar a pensão.<br />

Rússia lança medidas para captar<br />

investimento estrangeiro<br />

Esta pode ser uma boa oportunidade<br />

para <strong>que</strong>m pretende investir na<br />

Rússia. O presidente Vladimir Putin<br />

anunciou a criação de um pacote de<br />

medidas orientado para <strong>os</strong> investidores<br />

estrangeir<strong>os</strong>. O principal objetivo<br />

passa por restaurar a confiança no<br />

mercado russo por parte d<strong>os</strong> investidores<br />

estrangeir<strong>os</strong>, como fez <strong>que</strong>stão<br />

de salientar.<br />

A Rússia está aberta ao negócio<br />

e o Governo está na disp<strong>os</strong>ição de<br />

avançar com reformas liberais, sobretudo<br />

n<strong>os</strong> âmbit<strong>os</strong> das privatizações<br />

e da corrupção endémica <strong>que</strong> assola<br />

o país. Putin garante <strong>que</strong> está a ser<br />

delineado um programa amplo e de<br />

reformas em larga escala. E conta<br />

com o apoio público para avançar<br />

com as medidas. No entanto, deixou<br />

claro <strong>que</strong> ativ<strong>os</strong> estatais estarão<br />

à venda, mas não acontecerá como<br />

n<strong>os</strong> an<strong>os</strong> noventa, altura das privatizações<br />

massivas e com consequências<br />

bastante negativas para a economia<br />

russa.<br />

Uma coisa é certa, o presidente<br />

Putin pretende <strong>que</strong> <strong>os</strong> investiment<strong>os</strong><br />

estrangeir<strong>os</strong> sejam de longa duração,<br />

ou seja, rejeita o investimento de<br />

curto prazo, “em <strong>que</strong> o otimismo se<br />

pode transformar rapidamente em<br />

pessimismo, levando a saídas de capital<br />

em larga escala”. Todavia, também<br />

faz exigências. Quer <strong>que</strong> se passe das<br />

declarações a uma verdadeira reforma<br />

do Fundo Monetário Internacional e<br />

de outras entidades financeiras, proceder<br />

a uma reforma <strong>que</strong> tenha em<br />

conta o real equilíbrio de poderes.<br />

O presidente russo chama ainda a<br />

atenção para alguns indicadores da<br />

economia russa e <strong>que</strong>, na sua ótica,<br />

são muito p<strong>os</strong>itiv<strong>os</strong> e capazes de<br />

atraírem o necessário investimento<br />

estrangeiro. Desde logo, “a Rússia<br />

está em <strong>melhor</strong> situação económica<br />

do <strong>que</strong> a maioria do mundo desenvolvido”,<br />

sendo <strong>que</strong> apresenta taxas<br />

de crescimento mais elevadas do <strong>que</strong><br />

o resto da Europa, a dívida pública é<br />

mínima e tem a taxa de inflação mais<br />

baixa desde <strong>que</strong> terminou o regime<br />

comunista. Putin também se revela<br />

um forte defensor de uma maior intervenção<br />

por parte d<strong>os</strong> países emergentes<br />

na economia global.<br />

O presidente russo, Vladimir Putin, insiste numa maior intervenção<br />

d<strong>os</strong> países emergentes na economia global.<br />

<br />

<br />

Fed prepara mais ajustament<strong>os</strong><br />

para impulsionar o crescimento<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

A Reserva Federal d<strong>os</strong> Estad<strong>os</strong> Unid<strong>os</strong><br />

decidiu ampliar o seu programa “Operação<br />

Twist” até ao final do ano, no valor de<br />

267 mil milhões de dólares, face ao abrandamento<br />

do crescimento económico. Para<br />

além deste programa, o banco central está<br />

preparado para adotar outras medidas, outr<strong>os</strong><br />

plano de emissões, por exemplo, se se<br />

considerar necessário.<br />

Acontece <strong>que</strong> a crise europeia está a ter<br />

um pacto negativo no crescimento económico<br />

d<strong>os</strong> Estad<strong>os</strong> Unid<strong>os</strong>, pelo <strong>que</strong> o país<br />

está pronto a tomar novas iniciativas, caso<br />

a situação se compli<strong>que</strong> ainda mais. Relativamente<br />

à crise europeia, a Reserva Federal<br />

g<strong>os</strong>taria <strong>que</strong> f<strong>os</strong>sem adotadas medidas adicionais<br />

e <strong>que</strong> seja feito o p<strong>os</strong>sível para estabilizar<br />

a situação, clarificar <strong>os</strong> compromiss<strong>os</strong><br />

orçamentais e impulsionar o crescimento.<br />

A “Operação Twist” foi utilizada pela Reserva<br />

Federal n<strong>os</strong> an<strong>os</strong> sessenta com o objetivo<br />

de flexibilizar o refinanciamento de hipotecas<br />

e baixar <strong>os</strong> cust<strong>os</strong> d<strong>os</strong> empréstim<strong>os</strong><br />

concedid<strong>os</strong> pela banca. Em setembro, a instituição<br />

voltou a recorrer a este sistema para<br />

estimular a economia. Um d<strong>os</strong> objetiv<strong>os</strong> é<br />

<strong>que</strong> <strong>os</strong> investidores se virem para ativ<strong>os</strong> de<br />

maior risco. Se o mercado mudar, ajudará<br />

ao crescimento. Tem sido uma preocupação<br />

constante da Fed promover estratégias<br />

de crescimento, todavia continua a ser o<br />

país com uma das maiores dívidas externas,<br />

compensada, não raras vezes, por empresas<br />

bastante competitivas.<br />

Empresári<strong>os</strong> alemães men<strong>os</strong> confiantes<br />

A confiança empresarial da Alemanha<br />

tornou a descer pelo segundo mês consecutivo,<br />

em junho, para 105,3 pont<strong>os</strong>, um<br />

valor ligeiramente abaixo d<strong>os</strong> 105,9 pont<strong>os</strong><br />

esperad<strong>os</strong> pel<strong>os</strong> analistas. As estatísticas são<br />

elaboradas pelo Ifo.<br />

Acontece <strong>que</strong> o sentimento empresarial<br />

do motor europeu retrocedeu pelo segundo<br />

mês consecutivo, para o seu nível mais<br />

baixo em dois an<strong>os</strong>. O <strong>que</strong> se ficará a dever<br />

ao agravamento da crise <strong>que</strong> atravessa a Europa<br />

e <strong>que</strong> tem impacto na maior economia<br />

europeia. De facto, a economia germânica<br />

teme as crescentes influências negativas da<br />

crise do euro. A maior parte d<strong>os</strong> países para<br />

<strong>os</strong> quais a Alemanha exporta estão a sentir<br />

dificuldades, o <strong>que</strong> acaba por ter influência<br />

direta no sentimento de confiança d<strong>os</strong><br />

empresári<strong>os</strong> germânic<strong>os</strong>. De notar <strong>que</strong> a<br />

política alemã, por outro lado, tem sido no<br />

sentido de impulsionar o consumo interno.<br />

O <strong>que</strong> tem acontecido até ao momento.


10 SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2012<br />

ATUALIDADE/QREN<br />

Verbas do QREN bem aplicadas na Guimarães Capital<br />

Europeia da Cultura<br />

O grupo de deputad<strong>os</strong> do Parlamento Europeu <strong>que</strong> esteve, recentemente, de visita a Guimarães<br />

considerou <strong>que</strong> <strong>os</strong> fund<strong>os</strong> comunitári<strong>os</strong> atribuíd<strong>os</strong> à Capital Europeia da Cultura<br />

(CEC) Guimarães 2012 “estão a ser bem aplicad<strong>os</strong>”. No entanto, embora “satisfeit<strong>os</strong>”, <strong>os</strong><br />

eurodeputad<strong>os</strong> manifestaram alguma “preocupação” quanto à sustentabilidade e ao futuro d<strong>os</strong><br />

equipament<strong>os</strong> renovad<strong>os</strong> e construíd<strong>os</strong> ao abrigo do evento.<br />

Autarca de Torres Vedras contesta perda de fund<strong>os</strong><br />

comunitári<strong>os</strong><br />

O presidente da Câmara de Torres Vedras contesta a perda de fund<strong>os</strong> comunitári<strong>os</strong> pelo município,<br />

após a reavaliação das prioridades pelo Governo, o <strong>que</strong> deixa comprometidas obras como duas<br />

escolas e o Polis da cidade.”Constata-se <strong>que</strong> o Estado não é sério por<strong>que</strong> a câmara tinha contrat<strong>os</strong><br />

assinad<strong>os</strong> com o Estado e o Governo rasga-<strong>os</strong>, o <strong>que</strong> é inconcebível”, explica a autarquia, <strong>que</strong>,<br />

alegadamente, perde um milhão de eur<strong>os</strong> de fund<strong>os</strong> comunitári<strong>os</strong> já garantid<strong>os</strong> pelo Governo.<br />

<strong>Portugal</strong> é o país <strong>que</strong> mais rápido<br />

<strong>executa</strong> <strong>os</strong> fund<strong>os</strong> comunitári<strong>os</strong><br />

MARTA ARAÚJO<br />

martaaraujo@vidaeconomica.pt<br />

<strong>Portugal</strong> é um d<strong>os</strong> países <strong>que</strong> <strong>melhor</strong><br />

<strong>executa</strong>m <strong>os</strong> fund<strong>os</strong> comunitári<strong>os</strong> do Quadro<br />

de Referência Estratégico Nacional<br />

(QREN). No conjunto d<strong>os</strong> nove Estad<strong>os</strong>membro<br />

com maior dotação global de<br />

fund<strong>os</strong> (mais de 19 mil milhões de eur<strong>os</strong>),<br />

encontra-se em primeiro lugar no <strong>que</strong><br />

concerne a<strong>os</strong> pagament<strong>os</strong> intermédi<strong>os</strong> do<br />

Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional<br />

(FEDER), Fundo de Coesão (FC) e<br />

Fundo Social Europeu (FSE).<br />

Segundo dad<strong>os</strong> divulgad<strong>os</strong> da Direção-<br />

Geral do Orçamento da Comissão Europeia<br />

(DG Budget), <strong>que</strong> dizem respeito a 1<br />

de junho de 2012, <strong>Portugal</strong> (8300,1 M)<br />

mantém-se, em term<strong>os</strong> absolut<strong>os</strong>, no grupo<br />

d<strong>os</strong> quatro países com maiores volumes<br />

de transferências totais da CE a título de<br />

pagament<strong>os</strong> intermédi<strong>os</strong>, conjuntamente<br />

com a Polónia (22 100,4 M), a Espanha<br />

(11 810,0 M) e a Alemanha (9834,2 M).<br />

Numa análise comparativa entre <strong>os</strong><br />

montantes de pagament<strong>os</strong> intermédi<strong>os</strong><br />

transferid<strong>os</strong> pela CE, no âmbito d<strong>os</strong> respetiv<strong>os</strong><br />

QREN, até à<strong>que</strong>la data, e a dotação<br />

programada para o período 2007-2013 de<br />

cada um d<strong>os</strong> 27 EM, <strong>Portugal</strong> já recebeu<br />

8301 M, correspondente a 38,8% da<br />

sua dotação (acima da média da UE27 –<br />

29,1%).<br />

Tendo em conta <strong>os</strong> fund<strong>os</strong>, <strong>os</strong> pagament<strong>os</strong><br />

intermédi<strong>os</strong> <strong>executa</strong>d<strong>os</strong> no Fundo Social<br />

Europeu – 3467,6 M, representam 50,7%<br />

da dotação FSE reprogramada no QREN<br />

para o período 2007-2013, bem acima da<br />

média europeia no FSE, de 32,8%.<br />

Por seu turno, <strong>os</strong> pagament<strong>os</strong> intermédi<strong>os</strong><br />

<strong>executa</strong>d<strong>os</strong> no Fundo Europeu de Desenvolvimento<br />

Regional (FEDER) e Fundo<br />

de Coesão – 4833,3 M – representam<br />

33,2% da dotação reprogramada destes<br />

fund<strong>os</strong> no QREN para 2007-2013, também<br />

acima da média europeia de 28,0%<br />

para estes dois fund<strong>os</strong>.<br />

POPH aplicou cinco mil milhões de eur<strong>os</strong><br />

em formação<br />

MARTA ARAÚJO<br />

martaaraujo@vidaeconomia.pt<br />

O Programa Operacional Potencial Humano<br />

(POPH), <strong>que</strong> funciona ao abrigo do<br />

Quadro de Referência Estratégico Nacional<br />

(QREN), terá concedido formação a<br />

mais de três milhões de pessoas. Na prática,<br />

o mesmo terá alcançado uma taxa de<br />

execução de 56,34%, correspondente a<br />

5,113 mil milhões de eur<strong>os</strong> de despesa já<br />

<strong>executa</strong>da e a uma taxa de compromisso de<br />

73,46%, o <strong>que</strong> equivale a cerca de 6,7 mil<br />

milhões de eur<strong>os</strong> de investimento já comprometido.<br />

Os dad<strong>os</strong> foram apresentad<strong>os</strong>, esta semana,<br />

pelo gestor do POPH, Doming<strong>os</strong><br />

Lopes, numa cerimónia <strong>que</strong> contou com<br />

a presença de Andriana Sukova-T<strong>os</strong>heva,<br />

responsável pela Diretoria Mercado da<br />

Economia Social n<strong>os</strong> Estad<strong>os</strong>-membr<strong>os</strong> no<br />

âmbito do Fundo Social Europeu.<br />

Para Doming<strong>os</strong> Lopes, “<strong>os</strong> indicadores<br />

de desempenho permitem-n<strong>os</strong> fazer um<br />

balanço muito p<strong>os</strong>itivo quanto à adesão<br />

da sociedade portuguesa a process<strong>os</strong> de<br />

formação profissional como resp<strong>os</strong>ta à<br />

adaptação a<strong>os</strong> process<strong>os</strong> tecnológic<strong>os</strong> e às<br />

mudanças organizacionais”. O responsável<br />

do POPH sublinha ainda <strong>que</strong> “podem<strong>os</strong><br />

considerar <strong>que</strong> <strong>Portugal</strong> está na fase<br />

charneira de mudança geracional em <strong>que</strong><br />

o investimento feito n<strong>os</strong> últim<strong>os</strong> an<strong>os</strong> na<br />

qualificação começa a gerar uma dinâmica<br />

de procura incessante de aumento das qualificações<br />

na mais atual população ativa”.<br />

10 eix<strong>os</strong> prioritári<strong>os</strong> e 40 tipologias<br />

de intervenção<br />

As candidaturas aprovadas pelo POPH<br />

representam várias intervenções de <strong>que</strong><br />

são destinatári<strong>os</strong> cidadã<strong>os</strong>, empresas, entidades<br />

formadoras, escolas, universidades,<br />

organizações não governamentais e Administração<br />

Pública. Através de dez eix<strong>os</strong><br />

prioritári<strong>os</strong> organizad<strong>os</strong> em 40 tipologias<br />

de intervenção, o programa atua recorrendo<br />

a vári<strong>os</strong> organism<strong>os</strong> intermédi<strong>os</strong>.<br />

As candidaturas aprovadas abrangeram<br />

165 mil jovens, <strong>que</strong> concluíram curs<strong>os</strong><br />

com dupla certificação, 530 mil adult<strong>os</strong>,<br />

<strong>que</strong> foram certificad<strong>os</strong> através de process<strong>os</strong><br />

de reconhecimento, validação e certificação<br />

de competências ou curs<strong>os</strong> de educação e<br />

formação, perto de 1,7 milhões de adult<strong>os</strong><br />

<strong>que</strong> foram certificad<strong>os</strong> através das formações<br />

modulares, 771.587 trabalhadores em<br />

formação para a inovação e gestão d<strong>os</strong><br />

quais 347.638 são ativ<strong>os</strong> da Administração<br />

Pública, 300 mil estudantes do ensino superior<br />

apoiad<strong>os</strong> com bolsas de ação social,<br />

30 mil jovens <strong>que</strong> concluíram estági<strong>os</strong> profissionais,<br />

46 mil pessoas <strong>que</strong> concluíram<br />

ações de formação para a inclusão social,<br />

das quais perto de 20 mil são pessoas com<br />

deficiência e incapacidades.


SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2012 11<br />

ATUALIDADE<br />

Parceir<strong>os</strong> sociais pedem a Passo Coelho mais tempo<br />

Patrões e sindicat<strong>os</strong> pediram a Pass<strong>os</strong> Coelho <strong>que</strong> negoceie o alargamento<br />

de praz<strong>os</strong> para a redução do défice e <strong>que</strong> pressione a Comissão<br />

Europeia a avançar com medidas concretas de estímulo à economia. A<br />

CIP sublinhou a necessidade de aliviar a carga fiscal das empresas e as<br />

metas orçamentais. A UGT apontou para a promoção do investimento<br />

europeu.<br />

<strong>Portugal</strong> sem ajuda externa a partir de 2015<br />

As reformas estruturais em <strong>Portugal</strong> surtem efeito e o país deverá sustentar<br />

a sua dívida sem ajuda externa a partir de 2015, refere um estudo<br />

publicado pelo Instituto de Política Europeia de Friburgo (CEP),<br />

na Alemanha. O índice CEP das dívidas nacionais coloca <strong>Portugal</strong><br />

ainda em terreno negativo, com men<strong>os</strong> 5,3 pont<strong>os</strong>, mas a subir em<br />

relação ao ano anterior.<br />

GRUPO CH ESTÁ A IMPLEMENTAR PROJETO “DESTROIKA” EM EMPRESAS DE TODO O PAÍS<br />

“A crise é oportunidade de ouro<br />

para valorizar potencial humano”<br />

Uma equipa de<br />

80 colaboradores<br />

permanentes do<br />

Grupo CH e 300<br />

colaboradores extern<strong>os</strong><br />

está a percorrer o país para<br />

implementar o projeto<br />

“Destroika”. Defendem<br />

o aproveitamento das<br />

condições adversas<br />

do mercado para<br />

implementar “mudanças<br />

p<strong>os</strong>itivas” nas empresas,<br />

partindo da valorização<br />

do capital humano<br />

e reconhecendo <strong>que</strong><br />

tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> dias é preciso<br />

estar disponível para<br />

mudar. Só assim se<br />

consegue felicidade nas<br />

organizações, garantem<br />

António Henri<strong>que</strong>s e Rui<br />

Fiolhais, respetivamente<br />

administrador e gestor do<br />

Grupo CH<br />

ANA SANTOS GOMES<br />

anagomes@vidaeconomica.pt<br />

<strong>Vida</strong> Económica – Salvar empresas<br />

e empreg<strong>os</strong> é o grande<br />

objetivo desta iniciativa, preconizando<br />

aquilo <strong>que</strong> chamam<br />

de mudança p<strong>os</strong>itiva. Que mudanças<br />

são estas?<br />

António Henri<strong>que</strong>s (AH) –<br />

Uma das grandes novidades desta<br />

abordagem é o facto de contar<br />

muito com o envolvimento d<strong>os</strong><br />

colaboradores e daí ser “p<strong>os</strong>itiva”.<br />

Não é uma coisa <strong>que</strong> vem de cima.<br />

É fundamentalmente um projeto<br />

de gestão da mudança nas organizações<br />

para procurar reajustá-las ao<br />

contexto atual, <strong>que</strong> é de grande incerteza<br />

e de grande ansiedade, com<br />

tudo o <strong>que</strong> a “troika” n<strong>os</strong> trouxe.<br />

Daí o nome de “Destroika”, para<br />

funcionar como a antítese do <strong>que</strong> o<br />

português sente com a “troika”.<br />

Basicamente, o <strong>que</strong> pretendem<strong>os</strong><br />

fazer é a replicação de um projeto<br />

<strong>que</strong> implementám<strong>os</strong> dentro de<br />

portas. Tudo o <strong>que</strong> fazem<strong>os</strong> testam<strong>os</strong><br />

primeiro em nós própri<strong>os</strong>.<br />

Também aqui o objetivo foi claramente<br />

este: salvar a empresa e empreg<strong>os</strong>.<br />

E não é um projeto de reestruturação<br />

ou “downsizing”. É uma<br />

<strong>que</strong>stão de trazer um novo quadro<br />

mental às organizações.<br />

VE – As crises tendem a abafar<br />

o valor individual de cada<br />

colaborador?<br />

Rui Fiolhais (RF) – A crise <strong>que</strong><br />

estam<strong>os</strong> a viver pode ser uma oportunidade<br />

de ouro para <strong>que</strong> esse potencial<br />

humano venha ao de cima.<br />

A “Destroika” pega no fator de ri<strong>que</strong>za<br />

mais importante <strong>que</strong> as organizações<br />

têm, <strong>que</strong> são as pessoas, a<br />

sua capacidade e sua produtividade,<br />

e faz com <strong>que</strong> essas pessoas estejam<br />

alinhadas com o projeto empresarial,<br />

catapultando a empresa para<br />

um estado p<strong>os</strong>itivo. A grande novidade<br />

neste processo de transformação<br />

organizacional prende-se com<br />

esta capacidade de alinhamento de<br />

vontades em função de um projeto.<br />

VE – Sendo esta mudança<br />

p<strong>os</strong>itiva, para <strong>melhor</strong>, pressupõe<br />

<strong>que</strong> alguma coisa está men<strong>os</strong><br />

bem.<br />

RF - Esse é o primeiro passo. É<br />

um passo de autorreconhecimento.<br />

Nós tem<strong>os</strong> um conjunto de<br />

ferramentas de diagnóstico <strong>que</strong><br />

permitem fazer uma radiografia da<br />

organização, não apenas na perspetiva<br />

puramente técnica, como <strong>os</strong><br />

seus indicadores financeir<strong>os</strong> ou a<br />

sua p<strong>os</strong>ição face ao mercado, mas<br />

também numa perspetiva muito<br />

humana, permitindo um auto reconhecimento<br />

das fragilidades. No<br />

processo da “Destroika” tod<strong>os</strong> estão<br />

envolvid<strong>os</strong>. No n<strong>os</strong>so caso, nós estivem<strong>os</strong><br />

praticamente durante uma<br />

semana, dia e noite, em conjunto<br />

a fazer esse esforço de reflexão. Foi<br />

um esforço partilhado. Só se o envolvimento<br />

de tod<strong>os</strong> for garantido<br />

neste processo da Destroika é <strong>que</strong><br />

é p<strong>os</strong>sível <strong>que</strong> tod<strong>os</strong> p<strong>os</strong>sam<strong>os</strong> beneficiar<br />

d<strong>os</strong> resultad<strong>os</strong> <strong>que</strong> vão ser<br />

atingid<strong>os</strong>. Há aqui uma lógica de<br />

sofrimento e de recompensa.<br />

VE – O tecido empresarial<br />

português é tradicionalmente<br />

pouco flexível e resistente à<br />

mudança. Ainda é assim?<br />

AH – Eu acho <strong>que</strong> acontece<br />

um pouco em todas as organizações,<br />

não são só as portuguesas.<br />

Tipicamente, as organizações são<br />

resistentes à mudança, <strong>que</strong> ainda é<br />

algo pouco acarinhado. Essa é uma<br />

das n<strong>os</strong>sas marcas de ADN. Nós<br />

andam<strong>os</strong> em mudança e perseguim<strong>os</strong><br />

a mudança tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> dias. Por<br />

isso, tem<strong>os</strong> este novo paradigma da<br />

“É nestas alturas <strong>que</strong> se vê quais são as organizações verdadeiramente habilitadas a sobreviver”, alegam Rui Fiolhais<br />

e António Henri<strong>que</strong>s.<br />

empresa <strong>que</strong> olha para a gestão de<br />

pessoas, para pessoas <strong>que</strong> se <strong>que</strong>rem<br />

felizes, vendo a mudança como<br />

algo p<strong>os</strong>itivo, partilhado com compromiss<strong>os</strong><br />

da organização.<br />

VE – Para muitas empresas,<br />

neste momento, o grande foco<br />

está na sobrevivência. Como<br />

se convence um empresário a<br />

ap<strong>os</strong>tar num processo destes<br />

numa altura tão difícil?<br />

RF – Este investimento é inevitável.<br />

Vam<strong>os</strong> usar a metáfora de<br />

um barco <strong>que</strong> está numa situação<br />

muito crítica. Quando essa situação<br />

ocorre há um conjunto de<br />

mei<strong>os</strong> <strong>que</strong> têm de ser atirad<strong>os</strong> para<br />

fora para se conseguir levar o barco<br />

até terra. E esses mei<strong>os</strong> podem<br />

exigir sacrifíci<strong>os</strong>, mas seguramente<br />

exigem investimento, seja de energia,<br />

de tempo ou de equipament<strong>os</strong>.<br />

Se desligar o rádio no mar alto,<br />

dificilmente chega a terra. Se não<br />

houver organização e disciplina,<br />

dificilmente chega a terra. Também<br />

nas empresas, se não fizerm<strong>os</strong> esse<br />

investimento dificilmente obtem<strong>os</strong><br />

também a recompensa. Querem<strong>os</strong><br />

garantir <strong>que</strong> é p<strong>os</strong>sível nestas<br />

condições adversas aproveitar esta<br />

oportunidade para regenerar organizações<br />

e fazer delas organizações<br />

<strong>que</strong> p<strong>os</strong>sam acrescentar valor, atingir<br />

resultad<strong>os</strong> e sobretudo trazer felicidade<br />

às pessoas. E onde <strong>os</strong> níveis<br />

de satisfação são extremamente elevad<strong>os</strong>.<br />

Uma das chaves do sucesso<br />

da “Destroika” é <strong>que</strong>, a um dado<br />

passo, tod<strong>os</strong> nós vam<strong>os</strong> assinar uns<br />

contrat<strong>os</strong> de compromisso em <strong>que</strong><br />

estam<strong>os</strong> tod<strong>os</strong> alinhad<strong>os</strong> com <strong>os</strong><br />

objetiv<strong>os</strong> <strong>que</strong> individual e coletivamente<br />

devem<strong>os</strong> atingir.<br />

VE – E têm encontrado empresári<strong>os</strong><br />

disponíveis para essa<br />

mudança?<br />

RF – Estam<strong>os</strong> a lançar uma campanha<br />

nacional de enorme envergadura.<br />

Vam<strong>os</strong> estar em 14 capitais de<br />

distrito e, felizmente, tem<strong>os</strong> encontrado<br />

uma ressonância muito p<strong>os</strong>itiva<br />

junto d<strong>os</strong> n<strong>os</strong>s<strong>os</strong> empresári<strong>os</strong> e<br />

das associações empresariais. E sintoma<br />

disso é o facto de as associações<br />

empresariais, à escala regional,<br />

serem, elas próprias, parceiras do<br />

n<strong>os</strong>so grupo, abrindo as suas portas<br />

para receber empresári<strong>os</strong> <strong>que</strong> já<br />

manifestaram interesse em acompanhar<br />

este movimento nacional<br />

de “Destroika”.<br />

VE – Esperam encontrar algum<br />

ceticismo?<br />

RF – É incontornável. É o dia-<br />

-a-dia nas empresas. Ceticismo é a<br />

primeira barreira a ser vencida num<br />

processo desta natureza. Por isso é<br />

<strong>que</strong> estam<strong>os</strong> empenhad<strong>os</strong> em pessoalmente<br />

percorrer o país todo levando<br />

a “Destroika”. Onde houver<br />

ceticismo haverá uma “Destroika”.<br />

AH – As organizações têm de<br />

acreditar <strong>que</strong> é p<strong>os</strong>sível mudar e<br />

têm de estar envolvidas e disponíveis<br />

para isso. E vão reinventar-se<br />

quantas vezes? Tantas quantas as<br />

necessárias. Os contrat<strong>os</strong> de compromisso<br />

podem ser revist<strong>os</strong> por<strong>que</strong><br />

tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> dias as coisas mudam.<br />

VE – Depois da crise, a gestão<br />

será diferente?<br />

AH – Ela já está a ser diferente<br />

tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> dias. Está a pôr em stress<br />

permanente a n<strong>os</strong>sa capacidade de<br />

gestão. Está a obrigar-n<strong>os</strong> a ser criativ<strong>os</strong>.<br />

VE – Há lições <strong>que</strong> se estão a<br />

aprender agora e <strong>que</strong> vão ficar<br />

para o futuro?<br />

AH – Nunca a gestão por abundância<br />

foi virtu<strong>os</strong>a. É o ponto de<br />

partida. Acho <strong>que</strong> é nestas alturas<br />

<strong>que</strong> se vê quais são as organizações<br />

verdadeiramente habilitadas a sobreviver.<br />

Para <strong>que</strong>m g<strong>os</strong>ta de desconforto,<br />

esta altura é riquíssima.<br />

Obriga as empresas a renovar-se e<br />

recriar-se. Isso é fantástico.<br />

VE – Defendem um projeto<br />

para tornar <strong>os</strong> v<strong>os</strong>s<strong>os</strong> clientes<br />

empresas sustentáveis. Como<br />

definem sustentabilidade?<br />

RF – O <strong>que</strong> se pretende aqui é<br />

naturalmente uma lógica de sustentabilidade<br />

económica. Porquê?<br />

Tem<strong>os</strong> de perceber a fase em <strong>que</strong> vivem<strong>os</strong>.<br />

Não é p<strong>os</strong>sível entrar numa<br />

empresa em <strong>que</strong> a gestão de topo<br />

tenha uma visão redutora sobre as<br />

pessoas e <strong>que</strong> ache <strong>que</strong> a solução<br />

não passe pelas pessoas. Não é p<strong>os</strong>sível.<br />

A <strong>que</strong>stão da sustentabilidade<br />

preocupa-me enquanto administrador<br />

de empresa: não ter salári<strong>os</strong><br />

em atraso, garantir um projeto sólido<br />

às pessoas e estável para <strong>que</strong> as<br />

pessoas saibam <strong>que</strong> vão ter emprego<br />

e <strong>que</strong> não há ansiedade e incerteza.<br />

A parte económica é a<strong>que</strong>la <strong>que</strong><br />

é mais crítica neste momento, sem<br />

sacrificar a parte social e humana. A<br />

parte ambiental vem por acréscimo.


12 SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2012<br />

ATUALIDADE/Opinião<br />

Abert<strong>os</strong> concurs<strong>os</strong> do Sétimo Programa-Quadro da UE<br />

Foram publicadas as “calls” <strong>que</strong> abrirão em julho, no âmbito do Sétimo Programa-Quadro da<br />

União Europeia, em matéria de investigação e desenvolvimento tecnológico (designado por<br />

FP7). O <strong>que</strong> está em causa é o apoio a projet<strong>os</strong> de investigação e desenvolvimento, através da<br />

cooperação entre empresas, entidades públicas, universidades e institut<strong>os</strong>. O programa está<br />

vocacionado para a investigação e o desenvolvimento nas mais diversas áreas, desde a saúde<br />

até ao ambiente, passando pelas tecnologias da informação e comunicação.<br />

CESE apoia imp<strong>os</strong>to sobre transações financeiras<br />

O Comité Económico e Social Europeu (CESE) deu um parecer p<strong>os</strong>itivo sobre a prop<strong>os</strong>ta de<br />

diretiva do Conselho relativo a um sistema comum de imp<strong>os</strong>to sobre as transações financeiras.<br />

As taxas mínimas aplicáveis à matéria coletável devem variar entre 0,1% e 0,01%. Este<br />

imp<strong>os</strong>to será aplicável a todas as transações financeiras <strong>que</strong> envolvam entidades financeiras,<br />

transações no mercado primário e transações cambiais à vista. Os govern<strong>os</strong> poderão optar por<br />

aplicarem taxas mais elevadas do <strong>que</strong> as mínimas estabelecidas.<br />

FRANCISCO JAIME QUESADO<br />

Especialista em Estratégia, Inovação<br />

e Competitividade<br />

FRANCISCO LOPES DA FONSECA<br />

Administrador Executivo da Mind Source<br />

COM A SUA MORTE FICOU A FALTAR UM SENTIDO DE AMBIÇÃO PARA UM FUTURO MELHOR<br />

O exemplo de Diogo Vasconcel<strong>os</strong><br />

Faz um ano <strong>que</strong> morreu Diogo<br />

Vasconcel<strong>os</strong>. Uma morte<br />

inesperada, <strong>que</strong> a tod<strong>os</strong> deixou<br />

perplex<strong>os</strong>. Diogo Vasconcel<strong>os</strong><br />

foi sobretudo um exemplo. E <strong>os</strong><br />

exempl<strong>os</strong>, mais do <strong>que</strong> nunca,<br />

importam em <strong>Portugal</strong> neste tempo<br />

de crise. Diogo Vasconcel<strong>os</strong> soube<br />

como ninguém dar o seu <strong>melhor</strong><br />

pelo projeto de um <strong>Portugal</strong><br />

inovador e ambici<strong>os</strong>o e a honra d<strong>os</strong><br />

<strong>que</strong> como eu fizeram parte do seu<br />

círculo de amig<strong>os</strong> mais próxim<strong>os</strong><br />

vai ficar para sempre na memória<br />

das coisas <strong>que</strong> vale sempre a pena<br />

recordar. Diogo Vasconcel<strong>os</strong> era<br />

uma pessoa com uma inteligência<br />

rara, uma visão única do futuro,<br />

<strong>que</strong> dedicou toda uma vida de<br />

conhecimento e sabedoria a<br />

interpretar a realidade dum país<br />

<strong>que</strong> amava e <strong>que</strong> sabia <strong>que</strong> não se<br />

conseguia encontrar com o futuro.<br />

Diogo Vasconcel<strong>os</strong> defendia<br />

fortemente uma “cultura<br />

empreendedora”para <strong>Portugal</strong>.<br />

A matriz comportamental<br />

da população socialmente<br />

ativa do n<strong>os</strong>so país é avessa ao<br />

risco, à ap<strong>os</strong>ta na inovação e<br />

à partilha de uma cultura de<br />

dinâmica p<strong>os</strong>itiva. Importa por<br />

isso mobilizar as capacidades<br />

p<strong>os</strong>itivas de criação de ri<strong>que</strong>za.<br />

Fazer do empreendedorismo<br />

a alavanca duma nova criação<br />

de valor <strong>que</strong> conte no mercado<br />

global d<strong>os</strong> produt<strong>os</strong> e serviç<strong>os</strong><br />

verdadeiramente transacionáveis<br />

sempre foi uma das grandes ideias<br />

de Diogo Vasconcel<strong>os</strong> na sua<br />

batalha pela modernidade.<br />

Diogo Vasconcel<strong>os</strong> era um homem<br />

da inovação. A falta de ambição<br />

e de um sentido de futuro, sem<br />

respeito pel<strong>os</strong> fatores “tempo” e<br />

“qualidade”, não era para Diogo<br />

Vasconcel<strong>os</strong> tolerável n<strong>os</strong> nov<strong>os</strong><br />

temp<strong>os</strong> globais. Segundo as suas<br />

sábias palavras, precisam<strong>os</strong> de<br />

novas ideias, de novas soluções, de<br />

projetar na sociedade o exercício<br />

da responsabilidade individual<br />

de forma aberta e participada.<br />

O Diogo era um homem onde<br />

a vontade de fazer coisas novas e<br />

diferentes corria à velocidade do<br />

som. Diogo Vasconcel<strong>os</strong> soube<br />

<strong>melhor</strong> do <strong>que</strong> ninguém interpretar<br />

o sentido do tempo e a importância<br />

de se ser diferente num mundo<br />

onde tudo é cada vez mais igual.<br />

Diogo Vasconcel<strong>os</strong> era um homem<br />

da sociedade do conhecimento. A<br />

ausência da prática de uma “cultura<br />

de cooperação” tem-se revelado<br />

mortífera para a sobrevivência<br />

das organizações e também aqui<br />

Diogo Vasconcel<strong>os</strong> foi sempre<br />

muito claro. Na sociedade do<br />

conhecimento sobrevive <strong>que</strong>m<br />

consegue ter escala e participar,<br />

com valor, nas grandes redes de<br />

decisão. Num país pe<strong>que</strong>no, as<br />

empresas, as universidades, <strong>os</strong><br />

centr<strong>os</strong> de competência polític<strong>os</strong><br />

têm <strong>que</strong> protagonizar uma<br />

lógica de “cooperação p<strong>os</strong>itiva<br />

em competição” para evitar o<br />

desaparecimento. Por isso, importa<br />

potenciar e verdadeiramente<br />

reforçar uma “capacidade de<br />

cooperação” p<strong>os</strong>itiva, com<br />

dimensão estratégica capaz de se<br />

consolidar a médio prazo.<br />

Diogo Vasconcel<strong>os</strong> foi a voz mais<br />

genial e inovadora de uma geração.<br />

Uma geração <strong>que</strong> não se resigna à<br />

passividade e <strong>que</strong> sempre pactuou<br />

pela ambição da diferença. Conheci<br />

o Diogo em plena vida universitária<br />

e partilhám<strong>os</strong> durante tod<strong>os</strong> estes<br />

an<strong>os</strong> experiências e cumplicidades<br />

únicas. A vida do Diogo foi uma<br />

vida rápida mas com sentido.<br />

Tod<strong>os</strong> nós n<strong>os</strong> podem<strong>os</strong> orgulhar<br />

de ter feito parte dela. Tenho<br />

muito orgulho em ter sido amigo<br />

do Diogo e de ter no seu exemplo<br />

um referencial único <strong>que</strong> faz neste<br />

tempo de crise e de incerteza dar<br />

algum sentido à vida.<br />

A importância<br />

do endomarketing<br />

nas organizações de sucesso<br />

Se na sua organização<br />

tem g<strong>os</strong>to em tratar<br />

<strong>os</strong> seus colaboradores<br />

tão bem como <strong>os</strong> seus<br />

clientes, já terá certamente<br />

pensado em iniciativas de<br />

“endomarketing”.<br />

Não vale a pensa utilizar a<br />

crise como desculpa, a <strong>que</strong>stão<br />

é mesmo valorizar as pessoas<br />

como fundamentais, como<br />

parte integrante da cadeia de<br />

valor do <strong>que</strong> a sua empresa<br />

oferece. Também só assim<br />

poderá captar <strong>os</strong> <strong>melhor</strong>es,<br />

a<strong>que</strong>les <strong>que</strong> também<br />

estão disp<strong>os</strong>t<strong>os</strong> a devolver<br />

reciprocamente aquilo <strong>que</strong><br />

encontra no seu dia a dia<br />

projet<strong>os</strong> preferem <strong>que</strong> <strong>os</strong><br />

lucr<strong>os</strong> venham mais cedo,<br />

e, se p<strong>os</strong>sível, investir em<br />

empresas <strong>que</strong> libertem<br />

cresciment<strong>os</strong> de 3 dígit<strong>os</strong>.<br />

Claro <strong>que</strong> isso só acontece<br />

n<strong>os</strong> EUA, onde <strong>os</strong> lucr<strong>os</strong> de<br />

uma empresa em cada dez<br />

compensam as nove outras<br />

<strong>que</strong> acabam por falir, sendo<br />

<strong>que</strong> no longo termo ainda<br />

não existe um capital de risco<br />

<strong>que</strong> tenha compensado esses<br />

model<strong>os</strong>. Na Europa falám<strong>os</strong><br />

muit<strong>os</strong> an<strong>os</strong> de investir em<br />

projet<strong>os</strong> duráveis no tempo,<br />

e muitas foram as grandes<br />

organizações de sucesso <strong>que</strong><br />

cresceram com base n<strong>os</strong><br />

Não vale a pensa utilizar a crise como<br />

desculpa, a <strong>que</strong>stão é mesmo valorizar as<br />

pessoas como fundamentais, como parte<br />

integrante da cadeia de valor do <strong>que</strong> a sua<br />

empresa oferece.<br />

Como aumentar a eficácia da sua equipa de vendas?<br />

O ponto de partida para o sucesso<br />

da sua equipa de vendas reside<br />

no facto de tod<strong>os</strong> acreditarem<br />

n<strong>os</strong> objetiv<strong>os</strong> <strong>que</strong> traçaram e <strong>que</strong><br />

interiorizaram como uma meta <strong>que</strong><br />

consideram importante e sua, e pela<br />

qual vão lutar.<br />

Quando cada um d<strong>os</strong> element<strong>os</strong><br />

da sua equipa de vendas torna<br />

seus <strong>os</strong> objetiv<strong>os</strong> definid<strong>os</strong>, obterá<br />

deles o sentido de urgência e o<br />

comprometimento necessário.<br />

O empresário pode criar todas<br />

as condições à sua equipa de<br />

vendas. Contudo, <strong>que</strong>m conduz<br />

cada um d<strong>os</strong> process<strong>os</strong> negociais<br />

é o vendedor. É o vendedor <strong>que</strong><br />

imprime o ritmo, a focalização e<br />

a determinação. A atitude de cada<br />

um d<strong>os</strong> seus vendedores é um<br />

aspeto crucial para a obtenção de<br />

resultad<strong>os</strong>.<br />

Trace um plano objetivo de<br />

abordagem d<strong>os</strong> seus clientes atuais.<br />

Defina grup<strong>os</strong> de clientes em<br />

função do volume de negóci<strong>os</strong> <strong>que</strong><br />

lhe proporcionam, da periodicidade<br />

AZUIL BARROS<br />

Especialista no Crescimento de Negóci<strong>os</strong><br />

Partner&Diretor Geral<br />

www.QuantumCrescimentoNegoci<strong>os</strong>.com<br />

das compras e do número de<br />

vezes <strong>que</strong> fazem compras na sua<br />

empresa. Estratifi<strong>que</strong> a atenção<br />

<strong>que</strong> vai dedicar a cada um destes<br />

segment<strong>os</strong> – dedi<strong>que</strong> 80% da sua<br />

energia a<strong>os</strong> 20% de clientes <strong>que</strong> lhe<br />

proporcionam um maior retorno.<br />

Procure nov<strong>os</strong> clientes. Defina<br />

primeiro o <strong>que</strong> <strong>que</strong>r e por<strong>que</strong><br />

é <strong>que</strong> <strong>os</strong> nov<strong>os</strong> clientes haverão<br />

de <strong>que</strong>rer fazer negócio consigo.<br />

Defina segment<strong>os</strong> alvo em função<br />

da dimensão d<strong>os</strong> segment<strong>os</strong>, da<br />

acessibilidade a estes nov<strong>os</strong> clientes<br />

e se estão em condições para lhe<br />

fazer as futuras compras.<br />

Quando aborda <strong>os</strong> seus clientes,<br />

defina bem aquilo <strong>que</strong> lhes <strong>que</strong>r<br />

dizer, – como é <strong>que</strong> lhes pode<br />

criar valor? Não deixe <strong>que</strong> <strong>os</strong><br />

seus clientes ponderem outr<strong>os</strong><br />

fornecedores alternativ<strong>os</strong>.<br />

Aperfeiçoe continuamente o seu<br />

conhecimento sobre o processo<br />

de vendas. Analise se está bem<br />

preparado. Nas vendas, ou se está<br />

preparado ou não se está, não<br />

existe meio-termo: ou se prepara<br />

para vencer ou está preparado para<br />

falhar.<br />

Faça sempre o seguimento d<strong>os</strong> seus<br />

clientes. É a tenacidade e a sua<br />

persistência criativa <strong>que</strong> vão vender.<br />

O comprometimento e a disciplina<br />

são <strong>os</strong> atribut<strong>os</strong> <strong>que</strong> lhe trarão <strong>os</strong><br />

resultad<strong>os</strong>. Se pretende obter uma<br />

performance elevada, tem <strong>que</strong><br />

manter o seu comprometimento<br />

tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> dias. É a sua determinação<br />

<strong>que</strong> lhe trará a capacidade de<br />

alcançar <strong>os</strong> objetiv<strong>os</strong> <strong>que</strong> aceitou<br />

abraçar.<br />

As suas excelentes capacidades<br />

como vendedor e o conhecimento<br />

sólido do produto de nada lhe<br />

servem quando desacompanhadas<br />

da atitude certa.<br />

Citando Walter Gagehot, “um d<strong>os</strong><br />

grandes prazeres na vida é o de fazer<br />

coisas <strong>que</strong> <strong>os</strong> outr<strong>os</strong> n<strong>os</strong> dizem <strong>que</strong><br />

não som<strong>os</strong> capazes!”<br />

Comece já e colo<strong>que</strong> a Sua<br />

Empresa um passo à frente da sua<br />

concorrência!<br />

de trabalho. Só quando<br />

um excelente profissional<br />

encontra outr<strong>os</strong> é <strong>que</strong> se<br />

poderá rever na equipa, e até<br />

potenciar amb<strong>os</strong>.<br />

Sendo o “endomarketing”<br />

uma das mais recentes<br />

disciplinas da gestão,<br />

procura adaptar estratégias<br />

e element<strong>os</strong> do marketing<br />

tradicional, normalmente<br />

utilizado pelas empresas para<br />

abordagens ao mercado, para<br />

uso no ambiente interno das<br />

organizações. E “vender”<br />

um produto, uma ideia,<br />

um p<strong>os</strong>icionamento de<br />

marketing para um talento<br />

da sua equipa passa a ser tão<br />

importante quanto para um<br />

cliente. Significa torná-lo<br />

aliado no negócio, responsável<br />

pelo sucesso da empresa e<br />

igualmente preocupado com o<br />

seu desempenho.<br />

Existem diversas formas de o<br />

fazer, umas mais oner<strong>os</strong>as <strong>que</strong><br />

outras, mas certamente não é<br />

por isso <strong>que</strong> as empresas não<br />

aplicam o “endomarketing”.<br />

Sobretudo por<strong>que</strong> são<br />

sempre opções de médio e<br />

longo prazo, e a maioria das<br />

empresas não estão ainda<br />

no ponto de investir para<br />

o futuro nas suas pessoas.<br />

Os principais acionistas d<strong>os</strong><br />

talent<strong>os</strong> <strong>que</strong> reuniram em<br />

seu torno, mas o futuro deste<br />

modelo, apesar de sustentado,<br />

é agora incerto por ausência<br />

de <strong>que</strong>m o apli<strong>que</strong> bem,<br />

gerando empresas descartáveis<br />

e sem valor económico.<br />

Só pensando de forma<br />

sustentada é p<strong>os</strong>sível olhar<br />

para a importância das<br />

pessoas sem <strong>que</strong> não passe<br />

apenas de comunicação<br />

apelativa. O mais importante<br />

é <strong>que</strong> as suas pessoas falem<br />

bem da empresa a outr<strong>os</strong><br />

depois de lá estarem, e de<br />

preferência, muito bem dela<br />

vári<strong>os</strong> an<strong>os</strong> depois de lá terem<br />

passado. Os verdadeir<strong>os</strong><br />

embaixadores das empresas<br />

são <strong>os</strong> seus própri<strong>os</strong> talent<strong>os</strong>,<br />

<strong>que</strong> ajudam a passar a<br />

confiança a<strong>os</strong> clientes no dia<br />

a dia. Os bons profissionais<br />

são muito exigentes de<br />

fidelizar, pois também são<br />

eles <strong>os</strong> clientes mais exigentes<br />

nas suas decisões de compra.<br />

Trabalhar com pessoas<br />

exigentes é também uma<br />

garantia de poder oferecer<br />

essa mesma exigência a<strong>os</strong><br />

seus clientes, o <strong>que</strong> faz com<br />

<strong>que</strong> o seu endomarketing<br />

só seja aceite, percecionado<br />

e aplicado se for realmente<br />

respeitado como verdadeiro.


SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2012 13<br />

PUB<br />

NEGÓCIOS E EMPRESAS<br />

UNIVERSIDADE PORTUCALENSE DESENVOLVE FORMAÇÃO E OFERTA DE SERVIÇOS NO MERCADO<br />

Conservação e Restauro cria emprego<br />

e oportunidades de empreendedorismo<br />

A atividade de<br />

conservação e restauro<br />

tem um potencial de<br />

criação de p<strong>os</strong>t<strong>os</strong> de<br />

trabalho e de novas<br />

empresas <strong>que</strong> ainda<br />

está pouco explorado<br />

– considera Fátima<br />

Silva, professora<br />

da Universidade<br />

Portucalense.<br />

Ao contrário do <strong>que</strong> acontece<br />

com outr<strong>os</strong> setores de actividade,<br />

a conservação e restauro não exige<br />

investiment<strong>os</strong> elevad<strong>os</strong> para <strong>que</strong>m<br />

pretende entrar neste mercado<br />

com qualificações e competências,<br />

onde a oferta ainda é limitada.<br />

A conservação e restauro abrange<br />

áreas tão diversas como a<br />

construção, mobiliário, cerâmica,<br />

livr<strong>os</strong>, instrument<strong>os</strong> musicais,<br />

automóveis, e não está confinada<br />

ao mercado nacional. É p<strong>os</strong>sível<br />

exportar serviç<strong>os</strong> de conservação e<br />

restauro.<br />

Fátima Silva considera importante<br />

estabelecer a ligação entre a<br />

formação e a oferta e serviç<strong>os</strong> nesta<br />

área, proporcionando oportunidades<br />

de emprego e de criação de<br />

pe<strong>que</strong>nas empresas.<br />

No âmbito da Licenciatura de<br />

Conservação e Restauro <strong>os</strong> alun<strong>os</strong><br />

desenvolvem durante o ano lectivo<br />

e mesmo n<strong>os</strong> meses de férias de verão<br />

divers<strong>os</strong> estági<strong>os</strong> na Clinica de<br />

Conservação e Restauro, em complemento<br />

à formação <strong>que</strong> recebem,<br />

“A Clínica de Conservação<br />

e Restauro (CCR) é uma unidade<br />

funcional do Departamento de<br />

Ciências da Educação e Património<br />

destinada ao apoio pedagógico<br />

d<strong>os</strong> cicl<strong>os</strong> de estud<strong>os</strong> em Conservação<br />

e Restauro e à prestação de<br />

serviç<strong>os</strong> de Conservação e Restauro<br />

pela UPT” – afirma.<br />

Existem igualmente vagas para<br />

alun<strong>os</strong> extern<strong>os</strong>, estando mesmo<br />

neste momento a decorrer praz<strong>os</strong><br />

de inscrições nas diversas escolas<br />

secundárias e profissionais do país<br />

para estági<strong>os</strong> de verão, para concurso<br />

de logotipo do Infante D.<br />

Henri<strong>que</strong>.<br />

Durante o decorrer da licenciatura<br />

são também seleccionad<strong>os</strong> alguns<br />

alun<strong>os</strong>, rotativamente, alun<strong>os</strong><br />

esses remunerad<strong>os</strong>, para participarem<br />

em trabalh<strong>os</strong> de conservação<br />

e restauro naturalmente sempre<br />

acompanhad<strong>os</strong> por professores e<br />

técnic<strong>os</strong> devidamente habilitad<strong>os</strong>.<br />

Paralelamente é proporcionada<br />

formação em contexto de trabalho<br />

em muitas e diversas entidades e<br />

empresas protocoladas, permitindo<br />

o contacto directo com o<br />

mundo profissional. Alguns destes<br />

estági<strong>os</strong> são inclusivamente remunerad<strong>os</strong>,<br />

havendo um conjunto de<br />

entidades e empresas <strong>que</strong> têm protocolo<br />

com a Universidade Portucalense.<br />

A Clínica de Conservação e Restauro<br />

(CCR) pode também ceder<br />

espaço para criação de empresas a<br />

alun<strong>os</strong> ou ex-alun<strong>os</strong>, entre outras<br />

Saídas profissionais incluem<br />

organism<strong>os</strong> públic<strong>os</strong> e empresas<br />

privadas<br />

Os licenciad<strong>os</strong> em Conservação e Restauro têm a p<strong>os</strong>sibilidade de<br />

encontrar trabalho junto de várias instituições públicas e privadas.<br />

Na medida em <strong>que</strong> <strong>Portugal</strong> é um país com história e património, o<br />

trabalho nesta área tem condições para aumentar,<br />

• Instituições <strong>que</strong> tutelam e conservam património: como a nova<br />

Direção Geral do Património Cultural; as Delegações Regionais da<br />

Cultura, IMC (Instituto d<strong>os</strong> Museus e da Conservação), ANTT/Torre<br />

do Tombo, Biblioteca Nacional de <strong>Portugal</strong>, etc.<br />

• Órgã<strong>os</strong> da administração central, regional e local<br />

• Arquiv<strong>os</strong>, Museus, Bibliotecas e Galerias<br />

• Empresas ou organism<strong>os</strong> de consultoria técnica em conservação e<br />

restauro do património<br />

• Instituições e empresas com atividade nas áreas de Turismo<br />

• Empresas especializadas em Ar<strong>que</strong>ologia<br />

• Empresas especializadas em valorização do património<br />

• Igreja e instituições relacionadas com património religi<strong>os</strong>o<br />

• Grup<strong>os</strong> privad<strong>os</strong> com atividade nas áreas de difusão e intervenção<br />

no património<br />

• Grup<strong>os</strong> privad<strong>os</strong> com atividade na área da conservação, e<br />

restauro, desde antiquári<strong>os</strong> a empresas de construção civil<br />

• Criação de empresa própria<br />

“A<strong>os</strong> alun<strong>os</strong> de Conservação e Restauro é proporcionada formação em contexto de trabalho em diversas entidades e<br />

empresas protocoladas” – refere Fátima Silva.<br />

pessoas, protocoladas temporariamente<br />

e com p<strong>os</strong>sibilidade de renovação<br />

de contrato.<br />

Formação orientada para a<br />

prática<br />

A licenciatura de Conservação<br />

e Restauro da Universidade Portucalense<br />

pretende formar profissionais<br />

científica e tecnicamente<br />

habilitad<strong>os</strong> para a preservação do<br />

património, seja através da criação<br />

da própria empresa ou inserção no<br />

mercado de trabalho.<br />

O ciclo de estud<strong>os</strong> foi adaptado<br />

às exigências da procura, p<strong>os</strong>suindo<br />

considerável carga laboratorial.<br />

É traçado um percurso <strong>que</strong> incide<br />

nas <strong>que</strong>stões éticas, técnicas e metodológicas,<br />

aplicadas à conservação<br />

e ao restauro d<strong>os</strong> divers<strong>os</strong> bens<br />

culturais, culminando em práticas<br />

especializadas sobre materiais orgânic<strong>os</strong><br />

e inorgânic<strong>os</strong>.<br />

Promove-se a frequência de estági<strong>os</strong><br />

intern<strong>os</strong> n<strong>os</strong> laboratóri<strong>os</strong> da<br />

Clínica de Conservação e Restauro<br />

da Universidade, onde <strong>os</strong> alun<strong>os</strong>,<br />

devidamente acompanhad<strong>os</strong> por<br />

docentes e técnic<strong>os</strong>, têm realizado<br />

inúmeras intervenções. É proporcionada<br />

também formação em<br />

contexto de trabalho em entidades<br />

e empresas protocoladas, permitindo<br />

o contacto directo com o<br />

mundo profissional.<br />

Entre <strong>os</strong> vári<strong>os</strong> trabalh<strong>os</strong> desenvolvid<strong>os</strong><br />

n<strong>os</strong> laboratóri<strong>os</strong> da Clínica<br />

CR, destacam-se as intervenções<br />

realizadas em azulej<strong>os</strong> e cerâmicas<br />

de proveniência nacional, europeia<br />

e oriental (terracotas atribuídas à<br />

dinastia Tang e peças da Companhia<br />

das Índias), assim como em<br />

esculturas, pinturas (com desta<strong>que</strong><br />

para um auto retrato da pintora<br />

Aurélia de Souza) e document<strong>os</strong><br />

gráfic<strong>os</strong>.<br />

Finda a formação do 1º ciclo,<br />

o licenciado pode optar por uma<br />

das diversas pós-graduações ou frequência<br />

do 2º ciclo/mestrado.<br />

O mestrado concede particular<br />

ênfase à vertente técnica e metodológica<br />

da prática laboratorial,<br />

numa área específica da preferência<br />

do aluno. O plano curricular está<br />

orientado para a investigação e intervenção<br />

em materiais orgânic<strong>os</strong><br />

e inorgânic<strong>os</strong> – destacando-se, tal<br />

como no 1º ciclo, as áreas da documentação<br />

gráfica, da reabilitação<br />

do património integrado e arquitetura,<br />

da arte contemporânea e das<br />

novas tecnologias aplicadas à conservação<br />

e restauro. Contudo, o 2º<br />

ciclo de estud<strong>os</strong> orienta-se para um<br />

conhecimento mais especializado<br />

e rigor<strong>os</strong>o, segundo critéri<strong>os</strong> étic<strong>os</strong><br />

reconhecid<strong>os</strong>.<br />

A<strong>os</strong> alun<strong>os</strong> é facultado o desenvolvimento<br />

de um conjunto de<br />

técnicas de exame e análise, mediante<br />

a utilização de equipament<strong>os</strong><br />

existentes n<strong>os</strong> laboratóri<strong>os</strong> e/ou<br />

facultad<strong>os</strong> através de protocol<strong>os</strong><br />

celebrad<strong>os</strong> com outras instituições.<br />

Acompanhando a evolução de<br />

novas técnicas, materiais e recorrendo<br />

simultaneamente ao conhecimento<br />

e aplicação de process<strong>os</strong><br />

tradicionais, pretende-se garantir,<br />

com coerência e fidelidade, a perpetuação<br />

do património<br />

Acesso à licenciatura e mestrado é<br />

p<strong>os</strong>sível para adult<strong>os</strong> sem o 12.º ano<br />

A licenciatura e mestrado em Conservação e Restauro dirigem-se a<br />

jovens <strong>que</strong> completam o ensino secundário mas também é acessível a<br />

maiores de 23 an<strong>os</strong>, sem o 12.º ano.<br />

• Candidat<strong>os</strong> com o 12º ano de escolaridade<br />

• Candidat<strong>os</strong> com habilitações estrangeiras<br />

• Candidat<strong>os</strong> no regime de condições especiais:<br />

• Titulares de Curso Superior Médio ou Pós-Secundário,<br />

• Mudança de curso,<br />

• Transferência<br />

• Reingresso<br />

• Candidat<strong>os</strong> <strong>que</strong> tenham completado 23 an<strong>os</strong> até 31 de<br />

Dezembro de 2011 e <strong>que</strong> p<strong>os</strong>suam quais<strong>que</strong>r habilitações de<br />

ensino.


14 SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2012<br />

NEGÓCIOS E EMPRESAS<br />

Goodyear lança aplicação de segurança rodoviária<br />

A Goodyear anunciou o lançamento de uma nova<br />

aplicação de segurança rodoviária para iPhone e Android,<br />

disponível em 25 países da Europa. A nova<br />

aplicação, lançada antes das férias de Verão, tem por<br />

objetivo prestar assistência a milhões de pessoas <strong>que</strong><br />

planeiam ir de férias e fazer-se à estrada entre Julho e Setembro.<br />

Starwood distingue diretor de vendas e marketing<br />

do Sheraton<br />

A Starwood Hotels & Resorts Worldwide atribuiu recentemente a sua mais importante distinção<br />

de carreira no grupo a Jorge Lopes, diretor de vendas e marketing do Sheraton Algarve<br />

Hotel. O prémio “Starwood President’s Award” é anual e representa o mérito e excelência do<br />

trabalho desenvolvido nas unidades hoteleiras do grupo, tendo como objetivo reconhecer o<br />

desempenho de um colaborador Starwood.<br />

Or<strong>que</strong>stra do Norte apresenta<br />

Noite Lírica na Casa da Prelada<br />

A Or<strong>que</strong>stra do Norte vai<br />

apresentar a segunda edição<br />

do concerto Noite Lírica, a<br />

qual decorre na Casa da Prelada,<br />

no Porto. O concerto<br />

ocorre no próximo dia 6 de<br />

julho, pelas 21.30 horas, sob<br />

a direção do maestro Ferreira<br />

Lobo.<br />

Pelo segundo ano consecutivo,<br />

a Santa Casa da Misericórdia<br />

do Porto associa-se à Or<strong>que</strong>stra<br />

do Norte para celebrar<br />

a música.<br />

O programa do concerto<br />

incidirá sobre temas do teatro<br />

lírico, contando com a participação<br />

do soprano Ana Barr<strong>os</strong>,<br />

da solista em castanholas<br />

Margarita Guerra e do coro<br />

Liceo de Vilagarcia, da Galiza.<br />

O concerto tem início com<br />

<strong>os</strong> sons provenientes de Itália,<br />

com uma curta paragem na<br />

criação alemã e uma estadia<br />

mais demorada n<strong>os</strong> timbres<br />

provenientes da fronteira. A<br />

entrada é livre.<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

JOSÉ MARTINO<br />

engenheiro agrónomo<br />

j<strong>os</strong>emartino.blogspot.com<br />

Empreendedores<br />

O Governo fala em investir<br />

no empreendedorismo.<br />

Estou de acordo. Como<br />

c<strong>os</strong>tumo dizer, o <strong>que</strong><br />

é preciso é passar das<br />

palavras à ação. Por isso,<br />

revelo, mais uma vez,<br />

um caso <strong>que</strong> me chegou<br />

através do meu blog. Que<br />

sirva de estímulo a outras<br />

famílias.“Som<strong>os</strong> um jovem<br />

casal <strong>que</strong> decidiu comprar<br />

um terreno agrícola com<br />

cerca de dois hectares.<br />

Há <strong>que</strong>m compre um<br />

automóvel, nós decidim<strong>os</strong><br />

comprar uma quinta!<br />

O <strong>que</strong> é facto é <strong>que</strong> ainda<br />

não tirám<strong>os</strong> proveito<br />

agrícola do terreno.<br />

Então (e aqui eu peço a sua<br />

sincera opinião), dem<strong>os</strong><br />

por nós a pensar: e se<br />

ap<strong>os</strong>tássem<strong>os</strong> num projeto<br />

agrícola? O projeto seria<br />

uma plantação de 1 hectare<br />

de mirtil<strong>os</strong>.<br />

O <strong>que</strong> me preocupa é <strong>que</strong><br />

amb<strong>os</strong> exercem<strong>os</strong> uma<br />

atividade profissional, e<br />

apenas a<strong>os</strong> fins-de-semana<br />

rumam<strong>os</strong> à aldeia. Não é o<br />

trabalho <strong>que</strong> n<strong>os</strong> assusta.<br />

A <strong>que</strong>stão é <strong>que</strong> estou<br />

apreensiva quanto a<br />

fazer um projeto desta<br />

natureza... sei <strong>que</strong> é viável,<br />

mas terem<strong>os</strong> nós estofo<br />

para o manter viável?”<br />

Resp<strong>os</strong>ta:<br />

Os meus parabéns por<br />

terem ap<strong>os</strong>tado na compra<br />

de terra. Não tenha medo,<br />

dê <strong>os</strong> pass<strong>os</strong> cert<strong>os</strong> e vá<br />

em frente. Candidatem<br />

ao ProDeR um projeto<br />

em nome de um d<strong>os</strong><br />

membr<strong>os</strong> do casal, no<br />

valor de 75 000 eur<strong>os</strong><br />

de investimento, apoio a<br />

100%, caso a v<strong>os</strong>sa quinta<br />

tenha condições de solo<br />

e clima para <strong>os</strong> pe<strong>que</strong>n<strong>os</strong><br />

frut<strong>os</strong>, diversifi<strong>que</strong> as<br />

produções e colo<strong>que</strong>, além<br />

d<strong>os</strong> mirtil<strong>os</strong>, gr<strong>os</strong>elhas e<br />

mirtil<strong>os</strong>, protegid<strong>os</strong> por<br />

túneis alt<strong>os</strong>, perfazendo 1<br />

ha de investimento.<br />

Os pe<strong>que</strong>n<strong>os</strong> frut<strong>os</strong> podem<br />

ser trabalhad<strong>os</strong> ao fim<br />

de semana, com apoio<br />

de mão de obra externa.<br />

Apenas terão <strong>que</strong> utilizar as<br />

V/ férias para acompanhar<br />

as colheitas, a operação<br />

mais complicada na<br />

exploração destas culturas.<br />

Prati<strong>que</strong>m a estratégia<br />

para a instalação de jovens<br />

agricultores <strong>que</strong> defendo<br />

neste blog.


SEXTA-FEIRA, 29 JUNHO 2012 15<br />

NEGÓCIOS E EMPRESAS<br />

Airfree ap<strong>os</strong>ta no mercado da Madeira<br />

A marca nacional de purificadores de ar Airfree – <strong>que</strong> exporta 90% da<br />

sua produção para 50 países – ap<strong>os</strong>ta agora no mercado da Madeira,<br />

ao celebrar acordo para a distribuição e manutenção d<strong>os</strong> seus produt<strong>os</strong><br />

com a firma João Crisóstomo Figueira da Silva, grande distribuidor<br />

local.<br />

MRW avança com rebranding da sua frota<br />

A MRW procedeu ao rebranding de toda a sua frota automóvel, <strong>que</strong> passa a exibir<br />

no logótipo da empresa a frase: “Transporte Urgente”. Para além de uma imagem<br />

mais apelativa e informativa, esta frase é agora exibida na extensa frota da<br />

MRW, <strong>que</strong> contempla mais de 200 veícul<strong>os</strong>, ajuda a companhia a <strong>melhor</strong> identificar<br />

todas as suas viaturas e a promover o seu negócio junto do público em geral.<br />

“É fundamental promover o salário<br />

emocional nas organizações”<br />

N<strong>os</strong> temp<strong>os</strong> <strong>que</strong> correm<br />

“é fundamental promover<br />

o Salário Emocional nas<br />

Organizações, e o líder<br />

pode e deve assumir essa<br />

responsabilidade de ser o farol<br />

<strong>que</strong> pode indicar o caminho<br />

para se ultrapassarem estes<br />

enormes desafi<strong>os</strong>”, afirma<br />

Sérgio Almeida. O diretor-geral<br />

da PowerCoaching salienta<br />

a importância de promover<br />

dentro das empresas uma<br />

cultura mais humanista.<br />

“A liderança deve ser exercida pelo exemplo e não apenas pelas palavras”, salienta Sérgio Almeida.<br />

Conferência<br />

“Felicidade<br />

nas Organizações”<br />

decorre em Lisboa<br />

Pessoas felizes geram <strong>melhor</strong>es resultad<strong>os</strong>.<br />

Este é o mote para o evento<br />

“Felicidade nas Organizações”, <strong>que</strong><br />

decorre a 4 de julho, no auditório do<br />

Oceanário de Lisboa e cujas receitas<br />

revertem na integra para a Casa do Gil.<br />

Com um custo de inscrição de 15<br />

eur<strong>os</strong>, o evento conta com a participação<br />

de Sérgio Almeida, Margarida<br />

Pinto Correia, administradora da Fundação<br />

do Gil, João Luís de Sousa, diretor<br />

da “<strong>Vida</strong> Económic”a e a jornalista<br />

Fernanda Freitas.<br />

Autoliderança, felicidade sustentável,<br />

atitude p<strong>os</strong>itiva, liderança inspiradora,<br />

empreendedorismo e criatividade<br />

dentro das equipas são alguns d<strong>os</strong><br />

tópic<strong>os</strong> <strong>que</strong> serão abordad<strong>os</strong>.<br />

PATRICIA FLORES<br />

patriciaflores@vidaeconomica.pt<br />

<strong>Vida</strong> Económica – Como podem pessoas<br />

felizes gerar <strong>melhor</strong>es resultad<strong>os</strong><br />

e serem mais eficazes nas organizações<br />

<strong>que</strong> integram?<br />

Sérgio Almeida – Tod<strong>os</strong> nós som<strong>os</strong><br />

capazes de gerar <strong>melhor</strong>es resultad<strong>os</strong> se<br />

n<strong>os</strong> sentirm<strong>os</strong> realizad<strong>os</strong> na função <strong>que</strong><br />

desempenham<strong>os</strong>, motivad<strong>os</strong> no dia a dia,<br />

com vontade de fazer mais e <strong>melhor</strong>, no<br />

fundo acrescentar valor na organização.<br />

Quando se fala em “Felicidade nas Organizações”,<br />

falam<strong>os</strong> ainda neste alinhamento<br />

entre aquilo <strong>que</strong> são <strong>os</strong> objetiv<strong>os</strong> das<br />

organizações e as metas de cada colaborador.<br />

Estas são entidades <strong>que</strong> promovem<br />

uma verdadeira cultura humanista, onde<br />

as pessoas certas estão n<strong>os</strong> lugares cert<strong>os</strong>,<br />

onde se assumem responsabilidades sobre<br />

<strong>os</strong> resultad<strong>os</strong>, onde existem pessoas a liderar<br />

process<strong>os</strong> e não o contrário.<br />

VE - Quais <strong>os</strong> principais princípi<strong>os</strong><br />

<strong>que</strong> a liderança de topo deve seguir, com<br />

o objetivo de motivar <strong>os</strong> colaboradores?<br />

SA - Um líder, para motivar, deve antes<br />

de tudo ter a capacidade de se motivar<br />

a ele próprio. C<strong>os</strong>tumo dizer <strong>que</strong> é mais<br />

cansativo ser chefe do <strong>que</strong> ser líder: o chefe<br />

transpira, o líder inspira! Os colaboradores<br />

não abandonam más empresas mas<br />

sim maus líderes. No fundo, para motivar<br />

<strong>os</strong> seus colaboradores, a liderança deve ser<br />

exercida pelo exemplo e não apenas pelas<br />

palavras, sendo <strong>que</strong> a comunicação é fundamental<br />

para “chegar ao outro” de forma<br />

efetiva e p<strong>os</strong>itiva. Numa altura em <strong>que</strong> <strong>os</strong><br />

negóci<strong>os</strong> estão instáveis, a sociedade vive<br />

cheia de med<strong>os</strong> e tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> dias tem<strong>os</strong> más<br />

notícias, é fundamental promover o salário<br />

emocional nas organizações, e o líder<br />

pode e deve assumir essa responsabilidade<br />

de ser o farol <strong>que</strong> pode indicar o caminho<br />

para se ultrapassarem estes enormes desafi<strong>os</strong>.<br />

VE - Como se pode promover o intraempreendedorismo<br />

e a criatividade<br />

dentro das empresas?<br />

SA - O empreendedorismo nas empresas<br />

passa por promover uma “cultura<br />

de solução”, onde tod<strong>os</strong> são chamad<strong>os</strong> a<br />

participar na busca das <strong>melhor</strong>es ideias.<br />

Envolver <strong>os</strong> colaboradores, comunicar a<br />

visão da gestão de topo, incentivar o trabalho<br />

em equipa, a partilha de ideias, todas<br />

estas <strong>que</strong>stões podem fazer a diferença<br />

e, no fundo, fazer com <strong>que</strong> as equipas sejam<br />

o motor do processo de crescimento<br />

das empresas. No caso da criatividade, é<br />

fundamental <strong>que</strong> existam procediment<strong>os</strong><br />

bem definid<strong>os</strong>, regras claras para tod<strong>os</strong>,<br />

para <strong>que</strong> seja p<strong>os</strong>sível libertar <strong>os</strong> colaboradores<br />

para um processo criativo <strong>que</strong> poderá<br />

levar à inovação. Inovar é, no fundo,<br />

a capacidade de saber colocar em prática<br />

toda a criatividade duma organização. É<br />

fundamental ainda <strong>que</strong> <strong>os</strong> colaboradores<br />

se sintam motivad<strong>os</strong> para empreender e<br />

criar, e aqui existem responsabilidades do<br />

próprio e também da sua Liderança.<br />

VE – Em época de crise, as empresas<br />

tendem a concentrar-se no imediato, o<br />

<strong>que</strong> pode comprometer a produtividade<br />

e a rentabilidade. Como se pode inverter<br />

esta tendência?<br />

SA – Na verdade, <strong>os</strong> temp<strong>os</strong> atuais são<br />

de enormes desafi<strong>os</strong> para as empresas. Encontrar<br />

um equilíbrio entre a sobrevivência<br />

e a sustentabilidade passa sobretudo<br />

por definir claramente uma visão, uma<br />

estratégia <strong>que</strong> promova a criação de ri<strong>que</strong>za,<br />

o envolvimento de tod<strong>os</strong> n<strong>os</strong> process<strong>os</strong><br />

de decisão. Sempre se disse <strong>que</strong> “as pessoas<br />

são o mais importante” nas empresas,<br />

pois agora chegou a altura de o demonstrar!<br />

Preparar o futuro passa por cuidar do<br />

presente, encontrando no passado as resp<strong>os</strong>tas<br />

de <strong>que</strong> necessitam<strong>os</strong>, e sobretudo<br />

arriscar a ter sucesso, ser flexível perante a<br />

mudança e criar oportunidades onde muit<strong>os</strong><br />

só veem problemas. No fundo, se <strong>que</strong>rem<strong>os</strong><br />

ter resultad<strong>os</strong> diferentes nas n<strong>os</strong>sas<br />

empresas, será <strong>que</strong> vale a pena continuar a<br />

fazer o mesmo de sempre? Às vezes com a<br />

desculpa de <strong>que</strong> “tem<strong>os</strong> 30 an<strong>os</strong> de experiência,<br />

chegam<strong>os</strong> até aqui”… nestes cas<strong>os</strong><br />

lembro-me sempre da Kodak…<br />

Nome<br />

Morada<br />

C. P<strong>os</strong>tal<br />

E-mail<br />

Autor/Editor: <strong>Vida</strong> Económica Páginas: 184 P.V.P.: € 4,90<br />

<br />

Nº Contribuinte<br />

<br />

Solicito o envio de exemplar(es) do livro Código IRC 2012 e Legislação Complementar, com<br />

o PVP unitário de 4,90 €.<br />

Para o efeito envio che<strong>que</strong>/vale nº , s/ o , no valor de € ,<br />

Solicito o envio à cobrança. (Acrescem 4€ para despesas de envio e cobrança).<br />

ASSINATURA<br />

<br />

<br />

NOVIDADE<br />

Inclui:<br />

- Código do IRC atualizado<br />

com o orçamento retificativo<br />

para 2012 e Legislação<br />

Complementar<br />

Compre já em http://livraria.vidaeconomica.pt <br />

(recortar ou fotocopiar)<br />

PUB


16 SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2012<br />

NEGÓCIOS E EMPRESAS<br />

Aluno da FEP vence Prémio Inter Pares<br />

André Camp<strong>os</strong>, licenciado em Economia pela Faculdade de Economia do Porto (FEP) e<br />

mestre em Finanças pela mesma faculdade, é o vencedor da 9ª edição do Prémio Inter Pares<br />

(PPIP). Com esta distinção, o vencedor terá a oportunidade de fre<strong>que</strong>ntar um MBA numa<br />

“business school” de prestígio, podendo escolher entre o INSEAD, o IESE, o Instituto de<br />

Empresa, o ISCTE, o ISEG e o Lisbon MBA (Universidade Católica /Universidade Nova).<br />

Membr<strong>os</strong> do Parlamento da Bavária visitam Fraunhofer AICOS<br />

O centro de investigação Fraunhofer AICOS, no Porto, recebeu, esta quinta-feira, uma visita<br />

de membr<strong>os</strong> do Parlamento da Bavária, <strong>que</strong> constituem o “Comité para as Universidades,<br />

Investigação Científica e Cultura” desse órgão. O comité visitou as instalações do Fraunhofer<br />

AICOS onde teve a oportunidade de conhecer <strong>melhor</strong> as actividades de investigação e <strong>os</strong><br />

project<strong>os</strong> do centro.<br />

Construção e imobiliário propõem<br />

sete medidas para salvar o setor<br />

A Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário<br />

(CPCI) considera <strong>que</strong> estão criadas as condições<br />

para “uma catástrofe anunciada”. Mais de 74% de crescimento<br />

no crédito malparado na construção e no imobiliário,<br />

de 70% no número de insolvências e de quase<br />

32% no número de desempregad<strong>os</strong> são númer<strong>os</strong> muito<br />

preocupantes e <strong>que</strong> urge inverter.<br />

A entidade aponta várias soluções p<strong>os</strong>síveis, como o<br />

imediato pagamento das dívidas do Estado, a dinamização<br />

da reabilitação urbana e do arrendamento, bem como<br />

a reprogramação do QREN e a estabilização do mercado<br />

imobiliário. Não men<strong>os</strong> importante é a necessária liquidez<br />

para o funcionamento das empresas, o reconhecimento<br />

prioritário do processo de internacionalização do setor<br />

e a liberalização das cauções. A CPCI defende ainda “a<br />

criação de um adequado ambiente de negóci<strong>os</strong>, mediante<br />

a revisão d<strong>os</strong> contrat<strong>os</strong> públic<strong>os</strong>, a eliminação d<strong>os</strong> imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong><br />

– em especial do IMI – <strong>que</strong> incidem sobre o stock de<br />

imóveis para venda, o pagamento do IVA ao Estado após o<br />

recebimento das faturas e um regime especial de extensão<br />

d<strong>os</strong> praz<strong>os</strong> das licenças municipais”.<br />

Adianta ainda a instituição <strong>que</strong> nada foi feito, “pelo <strong>que</strong><br />

as consequências começam a atingir contorn<strong>os</strong> insustentáveis,<br />

<strong>que</strong> começam a ser bem visíveis nas próprias contas<br />

públicas, onde, apesar da total paralisação do investimento,<br />

se verifica um maior afastamento das metas estabelecidas,<br />

<strong>que</strong>r em term<strong>os</strong> de receitas <strong>que</strong>r ao nível da despesa”.<br />

Daí a necessidade de implementar as sete medidas atrás<br />

referidas, constantes de um Programa de Emergência para<br />

a Construção e o Imobiliário, “essencial para evitar a ruína<br />

das empresas e, conse<strong>que</strong>ntemente, do sistema financeiro”.<br />

PUB<br />

CONSULTÓRIO DE FUNDOS COMUNITÁRIOS<br />

RESPOSTA<br />

Em <strong>Portugal</strong>, existem medidas alternativas<br />

a<strong>os</strong> pedid<strong>os</strong> de insolvência, quando as<br />

empresas apresentam viabilidade económicofinanceira.<br />

Atualmente, ainda se encontra<br />

em vigor o PEC (Procedimento Extrajudicial<br />

de Conciliação); contudo, o Governo<br />

pretende substituir esta medida pelo SIREVE<br />

(Sistema Recuperação de Empresas por Via<br />

Extrajudicial), o qual ainda se encontra em<br />

fase de regulamentação.<br />

O objetivo do SIREVE é promover a<br />

recuperação de empresas, por recurso à via<br />

extrajudicial, atribuindo ao IAPMEI o papel<br />

de entidade coordenadora e dinamizadora do<br />

processo negocial entre o devedor e <strong>os</strong> seus<br />

credores.<br />

As principais alterações face ao PEC são:<br />

Redução d<strong>os</strong> praz<strong>os</strong> para conclusão do<br />

processo negocial (9 meses para 4 meses);<br />

Introdução de mecanism<strong>os</strong> de proteção do<br />

devedor e d<strong>os</strong> credores;<br />

Imp<strong>os</strong>sibilidade de apresentação de novo<br />

re<strong>que</strong>rimento pelo período de um ano, após<br />

a extinção do re<strong>que</strong>rimento ou rescisão do<br />

acordo celebrado, ou de dois an<strong>os</strong> após<br />

recurso ao PER (Processo Especial de<br />

Revitalização);<br />

Estabelece de forma expressa a p<strong>os</strong>sibilidade<br />

de aceitar ou chamar à negociação credores<br />

não relacionad<strong>os</strong>.<br />

Pode recorrer ao SIREVE qual<strong>que</strong>r empresa<br />

<strong>que</strong> se encontre em situação de insolvência<br />

eminente ou atual, não podendo o pedido<br />

ser apresentado por um credor, dado <strong>que</strong><br />

no anterior regime esta situação ocorreu de<br />

forma extremamente residual.<br />

A apresentação do re<strong>que</strong>rimento ao SIREVE<br />

suspende o prazo para apresentação<br />

à insolvência, sendo <strong>que</strong> a suspensão<br />

cessa com despacho de indeferimento do<br />

re<strong>que</strong>rimento, recusa do re<strong>que</strong>rimento ou<br />

extinção.<br />

A aceitação do re<strong>que</strong>rimento tem <strong>os</strong><br />

PEC/SIREVE<br />

Devido a atras<strong>os</strong> de pagamento contínu<strong>os</strong> por parte de clientes, a minha empresa de<br />

serralharia para construção civil tem acumulado dívidas à Segurança Social e ao Fisco, bem<br />

como a alguns fornecedores. A empresa tem viabilidade para continuar em funcionamento,<br />

uma vez <strong>que</strong> não falta trabalho, pelo <strong>que</strong> não desejo pedir a insolvência.<br />

Existe algum apoio às empresas <strong>que</strong> me permita resolver este problema?<br />

seguintes efeit<strong>os</strong>:<br />

Os credores não podem instaurar ações<br />

executivas <strong>que</strong> atinjam <strong>os</strong> bens integrantes<br />

do património do devedor;<br />

Suspensão das ações executivas promovidas<br />

pel<strong>os</strong> credores;<br />

Os mei<strong>os</strong> financeir<strong>os</strong> concedid<strong>os</strong> no decurso<br />

das negociações, <strong>que</strong> contribuam para a sua<br />

recuperação, podem beneficiar de garantias<br />

prestadas pelo devedor;<br />

Impede a oneração (cedência, locação,<br />

alienação ou qual<strong>que</strong>r outra forma) d<strong>os</strong> bens<br />

<strong>que</strong> integrem o património do devedor, sem o<br />

acordo de 2/3 d<strong>os</strong> credores relacionad<strong>os</strong>.<br />

O acordo atingido com o SIREVE não<br />

extingue as ações de cobrança de dívida<br />

instauradas contra o devedor pel<strong>os</strong> credores<br />

não subscritores do acordo.<br />

O procedimento tem início com a<br />

apresentação, em formulário eletrónico,<br />

do re<strong>que</strong>rimento dirigido ao IAPMEI.<br />

O IAPMEI deve aceitar ou recusar o<br />

re<strong>que</strong>rimento no prazo de 15 dias após a sua<br />

apresentação, podendo formular convite de<br />

aperfeiçoamento da prop<strong>os</strong>ta.<br />

É fixado o prazo de 10 dias para ouvir<br />

o devedor ou demais interessad<strong>os</strong> e de<br />

60 dias após notificação da aceitação do<br />

re<strong>que</strong>rimento para comunicarem a sua<br />

p<strong>os</strong>ição. O prazo para a conclusão do<br />

processo é de 3 meses contad<strong>os</strong> partir da<br />

data de aceitação, prorrogável por mais<br />

um mês. O IAPMEI comunica ao tribunal a<br />

aceitação do re<strong>que</strong>rimento e a extinção do<br />

procedimento.<br />

De realçar <strong>que</strong> a utilização do SIREVE<br />

não impede o recurso ao PER. Contudo, o<br />

recurso ao PER durante a utilização SIREVE<br />

determina a extinção deste.<br />

WWW.SIBEC.PT<br />

SIBEC@SIBEC.PT<br />

228 348 500


SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2012 17<br />

NEGÓCIOS E EMPRESAS<br />

Schenker Transitári<strong>os</strong> duplica serviço ferroviário<br />

em <strong>Portugal</strong><br />

A Schenker Transitári<strong>os</strong>, filial do grupo alemão Deutsche Bahn (DB), decidiu duplicar o serviço<br />

ferroviário. Com a primeira experiência ganha em terras lusas, o líder em transportes ferroviári<strong>os</strong><br />

e terrestres da Europa vai apresentar a 3 de Julho este novo produto num evento oficial.<br />

Para além d<strong>os</strong> responsáveis da Schenker Transitári<strong>os</strong>, participam a AICEP, <strong>que</strong> promove<br />

a iniciativa, e clientes <strong>que</strong> ap<strong>os</strong>tam neste transporte alternativo.<br />

Schnellecke <strong>Portugal</strong> abre delegação na Trofa<br />

A Schnellecke <strong>Portugal</strong> inaugura, no próximo dia 5 de Julho, a<br />

sua Delegação Norte na Trofa. Em forte expansão, este operador<br />

logístico de serviç<strong>os</strong> integrad<strong>os</strong> ap<strong>os</strong>ta numa plataforma no Norte<br />

do país para estar ao alcance d<strong>os</strong> atuais e futur<strong>os</strong> clientes da região.<br />

A Scnellecke <strong>Portugal</strong> está sediada em Palmela e assume toda a logística<br />

da Autoeuropa e prefabrica componentes. Atualmente, emprega 640 colaboradores.<br />

Empresas transformam negócio<br />

para contornar crise<br />

Mais de 90% das grandes organizações<br />

portuguesas já desenvolveu<br />

ou estão a desenvolver process<strong>os</strong><br />

de transformação do negócio<br />

para reduzir cust<strong>os</strong> e aumentar a<br />

competitividade. Esta é a principal<br />

conclusão do estudo IDC sobre a<br />

“Transformação do negócio nas<br />

organizações portuguesas”, apresentado<br />

recentemente à margem do<br />

evento Business Transformation, no<br />

qual foram apresentad<strong>os</strong> cas<strong>os</strong> de<br />

sucesso na administração pública e<br />

sector privado. O inquérito foi aplicado<br />

às 300 maiores organizações<br />

portuguesas, públicas e privadas.<br />

Para contornar a crise económica,<br />

as empresas estão a ap<strong>os</strong>tar na<br />

redução de cust<strong>os</strong>, inovação em<br />

produt<strong>os</strong> e serviç<strong>os</strong>, inovação em<br />

process<strong>os</strong> de negócio e na expansão<br />

para novas áreas geográficas. 60%<br />

d<strong>os</strong> empresári<strong>os</strong> portugueses consideram<br />

<strong>que</strong> as tecnologias de informação<br />

têm um papel crucial para<br />

as organizações avançarem com um<br />

processo de transformação e 79%<br />

afirma <strong>que</strong> estas são vitais para o<br />

negócio.<br />

Do número total de inquirid<strong>os</strong>,<br />

94% afirmam <strong>que</strong> o maior benefício<br />

da utilização de ferramentas tecnológicas<br />

está no alinhamento de<br />

projet<strong>os</strong> e atividades com <strong>os</strong> objetiv<strong>os</strong><br />

de negócio, sendo o principal<br />

obstáculo a perceção desta utilização<br />

como uma sobrecarga de trabalho<br />

(64%).<br />

Gabriel Coimbra, “country manager” da IDC <strong>Portugal</strong>.


18 SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2012<br />

NEGÓCIOS E EMPRESAS<br />

Kaizen volta a distinguir empresas portuguesas<br />

O Kaizen Institute <strong>Portugal</strong> lança, no próximo dia 5 de Julho, a segunda edição do Prémio<br />

Kaizen Lean, <strong>que</strong> pretende distinguir entidades nacionais, públicas e privadas, <strong>que</strong> se destacam<br />

com as <strong>melhor</strong>es práticas do ano de 2012. O seminário “Excelência Kaizen Lean”, <strong>que</strong><br />

decorre a partir das 9h45 no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, marca o arran<strong>que</strong> oficial<br />

das candidaturas.<br />

Vendas do vinho do Porto continuam em <strong>que</strong>da<br />

N<strong>os</strong> últim<strong>os</strong> 12 an<strong>os</strong>, a <strong>que</strong>bra de vendas do vinho do Porto ascendeu a 13,8% em<br />

quantidade e 14,2% em valor. Em 2011, o setor do vinho do Porto teve uma <strong>que</strong>bra<br />

homóloga de 4%, para 355,5 milhões de eur<strong>os</strong>. Foram comercializadas men<strong>os</strong> 417 720<br />

caixas do <strong>que</strong> no ano anterior, tendo o preço por litro aumentado um cêntimo, para<br />

4,31 eur<strong>os</strong>.<br />

APORMED AVISA PARA A POSSIBILIDADE DE ENCERRAMENTOS<br />

SNS deve mais de mil milhões<br />

a empresas de disp<strong>os</strong>itiv<strong>os</strong> médic<strong>os</strong><br />

GUILHERME OSSWALD<br />

guilherme@vidaeconomica.pt<br />

O Serviço Nacional de Saúde<br />

(SNS) tem uma dívida superior a<br />

mil milhões de eur<strong>os</strong> às empresas<br />

de disp<strong>os</strong>itiv<strong>os</strong> médic<strong>os</strong>. Acresce<br />

<strong>que</strong> estas empresas estão a ser<br />

convocadas para reuniões em <strong>que</strong><br />

ASSINE<br />

JÁ<br />

são confrontadas com pedid<strong>os</strong> de<br />

desconto, em função d<strong>os</strong> quais a<br />

prioridade do pagamento d<strong>os</strong> seus<br />

crédit<strong>os</strong> será fixada, referiu à “<strong>Vida</strong><br />

Económica” Humberto C<strong>os</strong>ta, secretário-geral<br />

da Associação Portuguesa<br />

das Empresas de Disp<strong>os</strong>itiv<strong>os</strong><br />

Médic<strong>os</strong> (APORMED).<br />

“Excetuando situações muito<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

pontuais de h<strong>os</strong>pitais <strong>que</strong> efetuaram<br />

algumas regularizações de<br />

valor com pouco significado, <strong>os</strong><br />

pagament<strong>os</strong> em atraso ao setor d<strong>os</strong><br />

disp<strong>os</strong>itiv<strong>os</strong> médic<strong>os</strong> ainda não<br />

se iniciaram. As empresas estão a<br />

ser convocadas para reuniões, nas<br />

quais são confrontadas com pedid<strong>os</strong><br />

de descont<strong>os</strong> em função d<strong>os</strong><br />

Conheça<br />

as oportunidades<br />

do sector agrícola<br />

A agricultura é um d<strong>os</strong> setores com<br />

maior potencial de crescimento.<br />

Conheça <strong>melhor</strong> este setor,<br />

assinando a Revista do Agricultor<br />

e o jornal mensal Notícias CAP, por<br />

apenas 20/ano, como complemento<br />

da assinatura do jornal<br />

<strong>Vida</strong> Económica.<br />

PUB<br />

quais a prioridade do pagamento<br />

d<strong>os</strong> respetiv<strong>os</strong> crédit<strong>os</strong> é fixada. O<br />

prazo médio de pagamento está fixado<br />

em 555 dias e interessa notar<br />

<strong>que</strong> sobre o montante da dívida<br />

em atraso a maioria das empresas<br />

não efetuou ainda qual<strong>que</strong>r débito<br />

de jur<strong>os</strong> a <strong>que</strong> legalmente tem<br />

direito. Incluído nesse valor está o<br />

IVA <strong>que</strong>, em tempo oportuno, as<br />

empresas já liquidaram há muito<br />

ao Estado”, adianta o responsável<br />

associativo.<br />

Importa também referir <strong>que</strong> as<br />

empresas de disp<strong>os</strong>itiv<strong>os</strong> médic<strong>os</strong><br />

pagaram sobre o resultado obtido<br />

nas suas vendas, ainda em dívida, o<br />

IRC a <strong>que</strong> legalmente estão sujeitas<br />

e <strong>que</strong> o Estado arrecadou. “Não faz<br />

qual<strong>que</strong>r sentido relativamente a<br />

dívidas com este nível de atraso estar<br />

a priorizar o seu pagamento em<br />

função do maior ou menor valor<br />

de perdão <strong>que</strong> arbitrariamente lhes<br />

está a ser sugerido.”<br />

Há uma crescente incapacidade<br />

financeira para as empresas fazerem<br />

face à atual situação, bem como falta<br />

de segurança quanto a uma resolução<br />

a curto prazo do problema.<br />

“Acreditam<strong>os</strong> também <strong>que</strong> a pressão<br />

para o perdão da dívida pode<br />

levar a uma descredibilização do<br />

país, pois as empresas poderão optar<br />

por desinvestir em <strong>Portugal</strong>, levando<br />

o setor da saúde a um atraso<br />

tecnológico, relativamente a<strong>os</strong> restantes<br />

países europeus. Aliás, o risco<br />

de encerramento está já patente<br />

na atual redução das estruturas<br />

das empresas em consequência da<br />

deslocalização de serviç<strong>os</strong> para Espanha”,<br />

lamenta Humberto C<strong>os</strong>ta.<br />

Há ainda outr<strong>os</strong> problemas<br />

complicad<strong>os</strong> nesta área de atividade.<br />

Desde logo, a forma como estão<br />

a decorrer alguns procediment<strong>os</strong><br />

de aquisição no setor da saúde,<br />

com uma preocupação exclusiva na<br />

adjudicação de contrat<strong>os</strong> com base<br />

no preço mais baixo, sem ter em<br />

conta outr<strong>os</strong> fatores <strong>que</strong> poderão<br />

tornar as prop<strong>os</strong>tas economicamente<br />

mais vantaj<strong>os</strong>as, colocando<br />

em causa a qualidade e a inovação<br />

na prestação d<strong>os</strong> cuidad<strong>os</strong> de saúde.<br />

Uma outra preocupação tem a<br />

ver com a p<strong>os</strong>sibilidade de alguns<br />

h<strong>os</strong>pitais <strong>que</strong>stionarem a reutilização<br />

de disp<strong>os</strong>itiv<strong>os</strong> médic<strong>os</strong> de uso<br />

único por motiv<strong>os</strong> económic<strong>os</strong>.


SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2011 19<br />

TECNOLOGIAS<br />

Safira abre escritório em Barcelona<br />

A tecnológica portuguesa continua a expandir o seu negócio internacional, concluindo, durante<br />

este mês, a criação da subsidiária em Barcelona. Numa primeira fase, a Safira vai deslocar<br />

colaboradores do escritório de Lisboa e, p<strong>os</strong>teriormente,<br />

recrutar a nível local. Até final<br />

de julho estará em funcionamento o escritório<br />

de Londres.<br />

TERMINOU A 3ª EDIÇÃO DO RIO INFO COM BALANÇO POSITIVO<br />

Brasileir<strong>os</strong> <strong>que</strong>rem investir em <strong>Portugal</strong><br />

SUSANA MARVÃO<br />

s.marvao@vidaeconomica.pt<br />

O p<strong>os</strong>itivismo d<strong>os</strong> brasileir<strong>os</strong> é<br />

uma lufada de ar fresco no discurso<br />

da crise <strong>que</strong> atualmente assola<br />

o panorama nacional, obviamente<br />

não só no setor das Tecnologias de<br />

Informação. Esta semana, <strong>Portugal</strong><br />

acolheu a 3ª edição do Rio Info,<br />

um evento dedicado às TI organizado<br />

pela brasileira Ri<strong>os</strong>oft, com a<br />

participação de empresári<strong>os</strong>, executiv<strong>os</strong>,<br />

académic<strong>os</strong> e profissionais.<br />

O evento luso – uma extensão da<br />

Rio Info 2012, um d<strong>os</strong> maiores<br />

encontr<strong>os</strong> de TI do Brasil <strong>que</strong> será<br />

realizado no Rio de Janeiro de 3 a<br />

5 de setembro – teve como objetivo<br />

incentivar o intercâmbio entre<br />

<strong>os</strong> continentes e abrir as portas da<br />

Comunidade Europeia às empresas<br />

brasileiras.<br />

Lisboa, Aveiro e Porto foram as<br />

cidades <strong>que</strong> acolheram o evento,<br />

<strong>que</strong>, segundo Alberto Blois, coordenador<br />

do evento, se tratou de<br />

uma experiência muito proveit<strong>os</strong>a.<br />

“Foi muito importante para a continuidade<br />

d<strong>os</strong> contat<strong>os</strong>”. O responsável<br />

ainda não sabe exatamente<br />

qual a dimensão d<strong>os</strong> númer<strong>os</strong> <strong>que</strong><br />

podem estar envolvid<strong>os</strong>, mas diz<br />

ter a certeza de<br />

<strong>que</strong> o processo<br />

de internacionalização<br />

é um<br />

processo “contínuo<br />

e uma longa<br />

caminhada. Há<br />

A Enttry é um claro<br />

exemplo da efetiva<br />

oportunidade de<br />

negócio <strong>que</strong> pode<br />

surgir num evento<br />

como o Rio Info.<br />

<strong>que</strong> continuar<br />

com <strong>os</strong> contact<strong>os</strong>,<br />

há <strong>que</strong><br />

acompanhar”,<br />

disse à “<strong>Vida</strong><br />

Económica”.<br />

A expetativa agora é a realização<br />

do Rio Info 2012, no Rio de Janeiro,<br />

onde deverá estar uma delegação<br />

de 15 empresas portuguesas. “É um<br />

número importante e interessante<br />

sobretudo para a tal continuação<br />

d<strong>os</strong> contact<strong>os</strong> e criação de nov<strong>os</strong><br />

negóci<strong>os</strong>”.<br />

Um d<strong>os</strong> focus de negócio salientad<strong>os</strong><br />

por Alberto Blois é o<br />

denominado “mobile commerce”<br />

e comércio por impulso, no qual<br />

<strong>Portugal</strong> tem uma experiência muito<br />

grande e para as quais o Rio de<br />

Janeiro começa agora a despertar.<br />

“<strong>Portugal</strong> tem uma grande tradição<br />

em aplicações móveis. Uma experiência<br />

<strong>que</strong> pode resultar numa grande<br />

oportunidade de negócio entre<br />

brasileir<strong>os</strong> e portugueses”.<br />

O feedback foi bastante p<strong>os</strong>itivo,<br />

pelo número de contact<strong>os</strong> realizad<strong>os</strong><br />

e gerad<strong>os</strong>, pelas perspetivas e<br />

pela criação de um “cenário”. “O<br />

panorama <strong>que</strong> n<strong>os</strong> é dado nas notícias<br />

é de desânimo mas aqui não<br />

tem<strong>os</strong> essa sensação. As empresas<br />

estão atuantes e prontas a criar parcerias<br />

com <strong>os</strong> brasileir<strong>os</strong>”.<br />

Alberto Blois anunciou ainda a<br />

criação de uma competição entre<br />

“start-ups” portuguesas cujo prémio<br />

será a participação no Rio Info no<br />

Rio de Janeiro. “O objetivo é escolher<br />

um representante português<br />

para participar em Setembro no<br />

Salão da Inovação onde vam<strong>os</strong> ter<br />

projet<strong>os</strong> de 15 estad<strong>os</strong> do Brasil,<br />

mais um representante da Argentina,<br />

do Uruguai, da Colômbia e de<br />

<strong>Portugal</strong>”.<br />

A aproximação entre Brasil e <strong>Portugal</strong><br />

em Tecnologia da Informação<br />

ganhou fôlego em 2008 quando<br />

algumas empresas brasileiras participaram<br />

no <strong>Portugal</strong> Tecnológico.<br />

“Desde então, as parcerias entre<br />

instituições europeias e brasileiras<br />

têm ocorrido”.<br />

O evento foi distribuído pelas<br />

três cidades portuguesas e incluiu<br />

visitas técnicas às empresas locais e<br />

espaç<strong>os</strong> desportiv<strong>os</strong>, reuniões sobre<br />

setores específic<strong>os</strong>, conferências e<br />

encontr<strong>os</strong> de negóci<strong>os</strong>, com empresas<br />

brasileiras, portuguesas, francesas<br />

e inglesas. Em parceria com a<br />

Inova Ria (Associação de Empresas<br />

em Aveiro) –<br />

uma entidade<br />

sem fins lucrativ<strong>os</strong><br />

cujo objetivo<br />

é incentivar<br />

e consolidar<br />

a inovação de<br />

empresas da região<br />

de Aveiro<br />

e das empresas<br />

de TI em <strong>Portugal</strong><br />

– houve<br />

ainda encontr<strong>os</strong><br />

empresariais entre brasileir<strong>os</strong> e portugueses<br />

com o objetivo de promover<br />

parcerias. “A ideia foi criar uma<br />

presença forte da TI brasileira na<br />

Europa. Querem<strong>os</strong> fazer parte do<br />

calendário de negóci<strong>os</strong> do TI na<br />

Comunidade Europeia. O Rio Info<br />

<strong>Portugal</strong> é uma forma de integrar<br />

a comunidade empreendedora de<br />

<strong>Portugal</strong> com Brasil e outr<strong>os</strong> países<br />

europeus”, afirmou o coordenador<br />

do evento, Alberto Blois.<br />

No dia 19 de junho, em Lisboa,<br />

<strong>os</strong> empresári<strong>os</strong> do setor de petróleo<br />

participaram de uma visita técnica.<br />

No dia 20, em Aveiro, com parceria<br />

da Inova Ria, foram realizad<strong>os</strong><br />

encontr<strong>os</strong> empresariais com o objetivo<br />

de promover parcerias entre<br />

organizações de amb<strong>os</strong> <strong>os</strong> países.<br />

Enttry <strong>que</strong>r investir<br />

em <strong>Portugal</strong><br />

A Enttry é um claro exemplo<br />

da efetiva oportunidade de negócio<br />

<strong>que</strong> pode surgir num evento<br />

como o Rio Info. Esta empresa de<br />

software brasileira veio a <strong>Portugal</strong><br />

para investir no mercado nacional,<br />

já <strong>que</strong>, segundo Tony Reis, da Enttry,<br />

é um mercado com potencial.<br />

“O software <strong>que</strong> comercializam<strong>os</strong>,<br />

de tarifação de bilhetes, não tem<br />

similar no mercado português. Segundo<br />

apurám<strong>os</strong>, <strong>os</strong> <strong>que</strong> existem<br />

são produt<strong>os</strong> de outr<strong>os</strong> países e não<br />

de língua nativa portuguesa. Acreditam<strong>os</strong><br />

<strong>que</strong> <strong>os</strong> países de língua<br />

portuguesa podem criar um bloco<br />

muito forte”.<br />

A intenção da Enttry é criar um<br />

polo de desenvolvimento de software<br />

no n<strong>os</strong>so país em conjunto<br />

com <strong>os</strong> desenvolvedores d<strong>os</strong> produt<strong>os</strong><br />

no Brasil. “O objetivo seria<br />

desenvolver parte do software em<br />

<strong>Portugal</strong> e outra parte no Brasil.”<br />

Para Tony Reis, a mão de obra<br />

portuguesa é bastante qualificada,<br />

com a mais-valia de <strong>que</strong> a barreira<br />

da língua não existe. “Não entendo<br />

por<strong>que</strong> insistem em dizer <strong>que</strong><br />

colocam o desenvolvimento da<br />

Índia. Não. Um indiano até pode<br />

falar português e espanhol… Mas<br />

não entende a cultura. Som<strong>os</strong> convergentes.<br />

No mercado do software<br />

acreditam<strong>os</strong> <strong>que</strong> isso é muito competitivo”.<br />

Além do mais, Tony Reis divulgou<br />

<strong>que</strong> <strong>Portugal</strong> irá ainda servir de<br />

entrada para o mercado europeu.<br />

“Numa primeira fase, <strong>que</strong>rem<strong>os</strong> realmente<br />

consolidar a n<strong>os</strong>sa atuação<br />

em <strong>Portugal</strong> mas depois <strong>que</strong>rem<strong>os</strong><br />

expandir para outr<strong>os</strong> mercad<strong>os</strong>. Até<br />

por<strong>que</strong> <strong>os</strong> desenvolvedores portugueses<br />

já falam outras línguas”.<br />

PUB


Os seus filh<strong>os</strong> vão adorar!<br />

NOVIDADE<br />

a<br />

A<strong>que</strong>ce o forno a 190° C<br />

Parte <strong>os</strong> filetes de peixe-espada ao meio para<br />

obter 4 pedaç<strong>os</strong>. Tempera com um pouco de<br />

pimenta preta. Utiliza uma colher de sopa de<br />

azeite para regar o peixe e para untar um<br />

tabuleiro de ir ao forno com tamanho suficiente<br />

para o peixe-espada.<br />

Numa caçarola a<strong>que</strong>ce 2 colheres de sopa de<br />

azeite em lume brando e acrescenta a cebola,<br />

o alho e a malagueta e salteia durante cerca<br />

de 2 minut<strong>os</strong> ou até a cebola estar macia.<br />

Acrescenta <strong>os</strong> pedaç<strong>os</strong> de tomate, o sumo de<br />

limão e a folha de louro. A<strong>que</strong>ce até ferver,<br />

depois reduz para lume brando e deixa<br />

cozinhar durante cerca de 5 minut<strong>os</strong> ou até o<br />

molho ficar um pouco espesso.<br />

Coloca cerca de um terço do molho no fundo do<br />

tabuleiro de ir ao forno. Coloca o peixe-espada<br />

no molho. Cobre o peixe com o restante molho e<br />

dispõe as tiras de pimento verde ou vermelho e<br />

as fatias de limão por cima do peixe-espada.<br />

Cobre com folha de alumínio.<br />

Leva ao forno a cozer a 190° C durante cerca<br />

de 20 minut<strong>os</strong> ou até o peixe ficar opaco, mas<br />

ainda húmido no interior. Tem cuidado para não<br />

ficar demasiado cozinhado.<br />

Coloca cada um d<strong>os</strong> pedaç<strong>os</strong> numa travessa<br />

e coloca por cima a salsa picada. Serve com<br />

batatas ou massa.<br />

Tempo de cozedura<br />

20 minut<strong>os</strong><br />

<br />

Tempo de preparação<br />

20 minut<strong>os</strong><br />

Para<br />

4<br />

crianças<br />

<br />

<br />

<br />

Valores nutricionais<br />

por porção infantil: Energia 9 12 kj<br />

218 kcal<br />

Proteínas 30 g<br />

Hidrat<strong>os</strong> de carbono 4 g<br />

Gorduras 9 g<br />

leite com cereais, todo o tipo<br />

de fruta e, claro, pão<br />

<br />

Bacalhau com batatas e arroz, salada<br />

mista com tomate e fruta fresca.<br />

apenas<br />

9 .90<br />

UM LIVRO QUE FALA DE BONS ALIMENTOS,<br />

BOA COZINHA E BOM FUTEBOL.<br />

Ensine <strong>os</strong> seus filh<strong>os</strong><br />

a ter uma alimentação mais<br />

saudável com o exemplo de:<br />

Cristiano Ronaldo,<br />

Frank Lampard,<br />

Fernando Torres<br />

e outr<strong>os</strong> fam<strong>os</strong><strong>os</strong><br />

em todo o mundo.<br />

Edição a cores, profusamente ilustrada, alta qualidade gráfica, papel couché. Uma edição com a marca .<br />

<br />

http://livraria.vidaeconomica.pt<br />

(recortar ou fotocopiar)<br />

Direção e edição: Patrick<br />

Gasser (UEFA) e Russell<br />

Setevens (Editor)<br />

Páginas: 96<br />

P.V.P.: € 9,90<br />

Nome<br />

Morada<br />

C. P<strong>os</strong>tal<br />

E-mail<br />

Nº Contribuinte<br />

R. Gonçalo Cristóvão, 14, r/c<br />

4000-263 PORTO<br />

Solicito o envio de exemplar(es) do livro Comer como <strong>os</strong> campeões e vencer!, com o PVP unitário<br />

de 9,90€.<br />

Para o efeito envio che<strong>que</strong>/vale nº , s/ o , no valor de € ,<br />

Solicito o envio à cobrança. (Acrescem 4€ para despesas de envio e cobrança).<br />

ASSINATURA


SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2012 21<br />

TECNOLOGIAS<br />

Yunait entra em <strong>Portugal</strong><br />

A Yunait (www.yunait.pt), uma empresa <strong>que</strong> agrega promoções<br />

e descont<strong>os</strong> disponíveis na Internet, já está em<br />

<strong>Portugal</strong>. Na bagagem traz 3 objetiv<strong>os</strong>: ser uma ferramenta<br />

anticrise, tirar <strong>os</strong> portugueses da frente do computador<br />

e reduzir o volume de emails <strong>que</strong> diariamente recebem na<br />

caixa de correio.<br />

Logica abre novo Centro de Competências<br />

A Logica abriu um novo Centro de Competências na Noruega, à semelhança do <strong>que</strong> já<br />

existe em <strong>Portugal</strong>. O Innovation Spark Centre, situado<br />

em Oslo e o nono a ser inaugurado pelo grupo,<br />

“irá oferecer a<strong>os</strong> seus clientes e fornecedores a oportunidade<br />

de explorar novas ideias em conjunto, num<br />

ambiente propício ao diálogo, criatividade e insights”.<br />

DEPOIS DE ANGOLA, ALEMANHA, ESTADOS UNIDOS E A MÉDIO PRAZO JAPÃO<br />

Estrutura nacional da Realtech<br />

à conquista de nov<strong>os</strong> mercad<strong>os</strong><br />

A estrutura nacional da<br />

Realtech está a promover a sua<br />

internacionalização dentro do<br />

grupo. E depois de Angola,<br />

há perspetivas de negócio na<br />

Alemanha, n<strong>os</strong> Estad<strong>os</strong> Unid<strong>os</strong><br />

e mesmo no Japão, segundo<br />

explicou à “<strong>Vida</strong> Económica”<br />

o diretor-geral J<strong>os</strong>é Cândido<br />

Soares.<br />

SUSANA MARVÃO<br />

s.marvao@vidaeconomica.pt<br />

<strong>Vida</strong> Económica – 2012 vai ser o ano<br />

da internacionalização da estrutura portuguesa?<br />

Qual a estratégia <strong>que</strong> está a ser<br />

delineada?<br />

J<strong>os</strong>é Cândido Soares – No seguimento de<br />

uma estratégia estabelecida internacionalmente,<br />

a Realtech <strong>Portugal</strong> é o pilar de desenvolvimento<br />

do mercado em tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> países de língua<br />

oficial portuguesa com a exceção do Brasil.<br />

A expansão da oferta para estes territóri<strong>os</strong> é,<br />

numa primeira fase, efetuada através de estabelecimento<br />

de parcerias com agentes ativ<strong>os</strong> locais,<br />

complementando a sua oferta de serviç<strong>os</strong><br />

e de produt<strong>os</strong> de software especializad<strong>os</strong> em<br />

tecnologia SAP. Nesta medida, a experimentação<br />

do mercado angolano já se iniciou em<br />

2008 com sucesso e está atualmente em estudo<br />

a evolução da presença da Realtech nesse<br />

mercado.<br />

J<strong>os</strong>é Cândido d<strong>os</strong> Reis, diretor-geral da Realtech<br />

VE – Por<strong>que</strong> sentiram a necessidade de<br />

abraçar novas geografias?<br />

JCS – Devido à contração da procura de nov<strong>os</strong><br />

projet<strong>os</strong> locais e à forte expansão de outr<strong>os</strong><br />

mercad<strong>os</strong> onde <strong>os</strong> n<strong>os</strong>s<strong>os</strong> produt<strong>os</strong> e serviç<strong>os</strong><br />

têm uma procura crescente. Ao contrário das<br />

consultoras locais, a Realtech pela sua presença<br />

global, procura tirar partido das diferentes conjunturas<br />

económicas d<strong>os</strong> diferentes países onde<br />

se encontra através dum natural intercâmbio<br />

de recurs<strong>os</strong>. O principal capital de uma empresa<br />

como a Realtech é o capital de conhecimento.<br />

O <strong>que</strong> fazem<strong>os</strong> encontra-se sempre no<br />

“estado-da-arte” ao <strong>que</strong> à tecnologia SAP diz<br />

respeito. Se n<strong>os</strong> limitarm<strong>os</strong> geograficamente<br />

estarem<strong>os</strong> exp<strong>os</strong>t<strong>os</strong> às conjunturas económicas<br />

locais, como é o caso nomeadamente de<br />

<strong>Portugal</strong>. Numa realidade deste tipo esse capital<br />

é desperdiçado em tarefas cada vez mais comuns<br />

e men<strong>os</strong> inovadoras e sendo, portanto,<br />

pagas como “commodities”. Essa pressão baixa<br />

de preço limita a capacidade de investimento<br />

em inovação e rapidamente cairíam<strong>os</strong> num<br />

“caldo de banalidade” onde o <strong>que</strong> distingue<br />

cada concorrente é apenas o fator preço.<br />

Japão também está contemplado<br />

VE – E <strong>que</strong> geografias são essas e quais<br />

as razões da sua eleição?<br />

JCS – Para além do mercado angolano, estam<strong>os</strong><br />

atualmente presentes em projet<strong>os</strong> estratégic<strong>os</strong><br />

na Alemanha e Estad<strong>os</strong> Unid<strong>os</strong>, prevendo-se<br />

a médio prazo uma presença no Japão.<br />

VE – E de <strong>que</strong> forma se vão internacionalizar?<br />

Através de parceir<strong>os</strong>? Com<br />

presença local?<br />

JCS – Atualmente, a n<strong>os</strong>sa expansão é feita<br />

através do estabelecimento de parcerias locais.<br />

É importante trabalharm<strong>os</strong> com <strong>que</strong>m já conhece<br />

o terreno a cultura e o “modus operandis”.<br />

Nós detem<strong>os</strong> conhecimento e produt<strong>os</strong><br />

e ajudam<strong>os</strong> a criar diferenciação n<strong>os</strong> n<strong>os</strong>s<strong>os</strong><br />

parceir<strong>os</strong>. Eles sabem como e a <strong>que</strong>m vender.<br />

VE – Exatamente <strong>que</strong> mais-valias introduzem<br />

numa empresa?<br />

JCS – A Realtech é uma empresa especializada<br />

em tecnologia SAP. Os sistemas SAP são<br />

complex<strong>os</strong> e abrangentes, permitindo às empresas<br />

obter operacionalidade, integração e capacidade<br />

analítica. Após a sua implementação<br />

tornam-se tipicamente centrais e decisiv<strong>os</strong> para<br />

a operação das empresas. Devido à sua complexidade<br />

e criticidade, torna-se vital uma gestão<br />

cuidada d<strong>os</strong> mesm<strong>os</strong>. A Realtech providencia<br />

soluções <strong>que</strong> permitem garantir a operacionalidade<br />

d<strong>os</strong> sistemas e a otimização d<strong>os</strong> recurs<strong>os</strong><br />

envolventes a<strong>os</strong> mesm<strong>os</strong>. Através d<strong>os</strong> n<strong>os</strong>s<strong>os</strong><br />

serviç<strong>os</strong> e produt<strong>os</strong> conseguim<strong>os</strong> ganh<strong>os</strong> substanciais<br />

de desempenho e reduções significativas<br />

no chamado “Total C<strong>os</strong>t of Ownership”. A segurança,<br />

monitorização e integração de sistemas<br />

numa visão globalizante é o produto da combinação<br />

<strong>que</strong> <strong>os</strong> n<strong>os</strong>s<strong>os</strong> serviç<strong>os</strong> e software providenciam.<br />

O conhecimento <strong>que</strong> detem<strong>os</strong> resulta<br />

em muito da ligação umbilical <strong>que</strong> tem<strong>os</strong> com<br />

a SAP desde a formação da Realtech. Estando<br />

sediad<strong>os</strong> no mesmo espaço, a colaboração em<br />

desenvolvimento de soluções tem feito parte<br />

da n<strong>os</strong>sa história comum. Atualmente, a SAP<br />

integra software Realtech dentro da sua própria<br />

solução e providenciam<strong>os</strong> serviç<strong>os</strong> de suporte<br />

global para a própria SAP. Estam<strong>os</strong> presentes<br />

n<strong>os</strong> laboratóri<strong>os</strong> da SAP na adaptação e teste<br />

das suas soluções mais inovadoras e é esse knowhow<br />

<strong>que</strong> providenciam<strong>os</strong> a<strong>os</strong> n<strong>os</strong>s<strong>os</strong> clientes.<br />

“Não som<strong>os</strong> um mal necessário”<br />

VE – Há uma efetiva criação de valor?<br />

JCS – Não som<strong>os</strong> apenas um “mal necessário”<br />

no <strong>que</strong> respeita à instalação e manutenção<br />

destes sistemas complex<strong>os</strong>. Para além do<br />

intangível valor <strong>que</strong> representa a não falha de<br />

um sistema crítico, <strong>os</strong> ganh<strong>os</strong> económic<strong>os</strong> expressam-se<br />

igualmente na substancial redução<br />

de cust<strong>os</strong> de operação <strong>que</strong> podem<strong>os</strong> aportar.<br />

Software e/ou Serviç<strong>os</strong> <strong>que</strong> garantam uma monitorização<br />

24x7 com manutenção preventiva,<br />

integração de sistemas heterogéne<strong>os</strong> e dispers<strong>os</strong><br />

numa plataforma central e comum a toda a<br />

empresa. Som<strong>os</strong> a base <strong>que</strong> permite a evolução<br />

para o conceito de “ERP for IT”.<br />

VE – Até <strong>que</strong> ponto a atual crise económica<br />

veio afetar a v<strong>os</strong>sa atividade?<br />

JCS – A crise económica afetou principalmente<br />

o mercado local. Em contrapartida<br />

expôs as vantagens <strong>que</strong> uma multinacional<br />

pode ter numa sucursal portuguesa. A estratégia<br />

corporativa passa por aproveitar a presença<br />

global para otimizar cust<strong>os</strong> e proveit<strong>os</strong>.<br />

Os Portugueses são bastante reconhecid<strong>os</strong><br />

pela sua adaptabilidade e profissionalismo ao<br />

<strong>que</strong> às tecnologias de informação diz respeito,<br />

providenciando recurs<strong>os</strong> com elevada especialização,<br />

domínio de língua estrangeira e a um<br />

custo muito apetecível noutr<strong>os</strong> mercad<strong>os</strong>. É<br />

uma estratégia win win.<br />

Como resultado a n<strong>os</strong>sa exp<strong>os</strong>ição ao mercado<br />

externo está a aumentar.<br />

PUB


22 SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2012<br />

PRAZER & LAZER<br />

JOÃO PAULO AZEVEDO<br />

E MIGUEL DE SOUSA OTTO<br />

ENTREVISTA COM RUI SOUSA DIAS<br />

Tem<strong>os</strong> de saber tirar partido<br />

do terminal de passageir<strong>os</strong><br />

Entrevistám<strong>os</strong> o<br />

presidente da Associação<br />

de Restaurantes de<br />

Mat<strong>os</strong>inh<strong>os</strong>, Rui Sousa<br />

Dias, para conhecer<br />

um projeto onde se<br />

juntaram dezenas<br />

de restaurantes de<br />

Mat<strong>os</strong>inh<strong>os</strong> <strong>que</strong> fazem<br />

da venda do peixe e<br />

do marisco a sua fonte<br />

receita. Este gestor<br />

apresentou-n<strong>os</strong> as<br />

principais linhas de<br />

actuação da associação,<br />

m<strong>os</strong>trou grande<br />

entusiasmo, espírito de<br />

missão, rumo e boas<br />

ideias para colocar na<br />

”agenda” de tod<strong>os</strong>,<br />

<strong>os</strong> restaurantes de<br />

Mat<strong>os</strong>inh<strong>os</strong>.<br />

Qual o objetivo e em <strong>que</strong> consiste<br />

a Associação de Restaurantes<br />

de Mat<strong>os</strong>inh<strong>os</strong>?<br />

Mat<strong>os</strong>inh<strong>os</strong> é uma terra com<br />

uma concentração enorme de restaurantes.<br />

A ideia da constituição<br />

da associação partiu da necessidade<br />

<strong>que</strong> havia de se criar uma entidade<br />

com personalidade própria,<br />

jurídica e com p<strong>os</strong>sibilidade de<br />

fazer parcerias com outras entidades,<br />

como autarquias ou outras associações.<br />

O grupo de associad<strong>os</strong><br />

reúne restaurantes <strong>que</strong> são especializad<strong>os</strong><br />

em peixe e em marisco.<br />

A sigla inicial da associação era “O<br />

peixe à Mesa”. Exatamente por<strong>que</strong><br />

pretende ser uma associação pe<strong>que</strong>na<br />

mas com objetiv<strong>os</strong> muito<br />

clar<strong>os</strong> e específic<strong>os</strong>, dirigida a um<br />

grupo restrito de empresas.<br />

O primeiro mandato, de três<br />

an<strong>os</strong>, <strong>que</strong> já acabou, foi para desbravar,<br />

para fazer tudo o <strong>que</strong> era necessário,<br />

visto <strong>que</strong> nada estava feito.<br />

Iniciam<strong>os</strong> esta associação a partir de<br />

um grupo <strong>que</strong> se reunia principalmente<br />

com o pretexto das festas do<br />

mar, das esplanadas, aqui num d<strong>os</strong><br />

restaurantes da rua. A dada altura<br />

começám<strong>os</strong> a ter necessidade de<br />

falar com entidades como a ASAE<br />

e acabám<strong>os</strong> por n<strong>os</strong> aperceber das<br />

dificuldades de não estarm<strong>os</strong> organizad<strong>os</strong>.<br />

Decidim<strong>os</strong> <strong>que</strong> fazia sentido<br />

criarm<strong>os</strong> a n<strong>os</strong>sa autonomia,<br />

term<strong>os</strong> um grupo de trabalho e de<br />

empresári<strong>os</strong> com objetiv<strong>os</strong> comuns,<br />

enfim <strong>que</strong> trabalhasse no sentido<br />

de conseguirm<strong>os</strong> o <strong>que</strong> é ideal: um<br />

funcionamento em uníssono quando<br />

fizerm<strong>os</strong> referência a qual<strong>que</strong>r<br />

coisa ou quando pedirm<strong>os</strong> alguma<br />

coisa. Não é um restaurante <strong>que</strong> está<br />

a pedir, é um grupo de restaurantes<br />

<strong>que</strong> representa uma classe, uma<br />

zona geográfica.<br />

Quant<strong>os</strong> restaurantes é <strong>que</strong><br />

esta associação representa?<br />

Quando criám<strong>os</strong> a associação,<br />

o grupo fundador era constituído<br />

por 23 restaurantes. P<strong>os</strong>so dizer<br />

<strong>que</strong> no dia da escritura juntám<strong>os</strong><br />

o grupo d<strong>os</strong> sóci<strong>os</strong> fundadores,<br />

em <strong>que</strong> tod<strong>os</strong> assinaram a escritura<br />

pública. Definim<strong>os</strong> ali o <strong>que</strong><br />

seriam <strong>os</strong> objetiv<strong>os</strong> da associação,<br />

Rui Sousa Dias, Presidente da Associação de Restaurantes de Mat<strong>os</strong>inh<strong>os</strong><br />

Miguel de Sousa Otto, Rui Sousa Dias e João Paulo Azevedo, no restaurante D.Peixe<br />

<strong>os</strong> estatut<strong>os</strong> e tudo foi aprovado<br />

por unanimidade. Depois, fom<strong>os</strong><br />

fazendo crescer o número de associad<strong>os</strong>,<br />

estendendo o convite a<strong>os</strong><br />

restaurantes de Leça da Palmeira,<br />

depois de uma forma mais activa<br />

às maris<strong>que</strong>iras e chegám<strong>os</strong> ao<br />

ponto de alterar de alguma maneira<br />

a denominação da associação. É<br />

aí <strong>que</strong> deixam<strong>os</strong> de lhe chamar “O<br />

Peixe à Mesa – Associação de Restaurantes<br />

de Mat<strong>os</strong>inh<strong>os</strong>” e dam<strong>os</strong><br />

mais desta<strong>que</strong> à Associação Restaurantes<br />

de Mat<strong>os</strong>inh<strong>os</strong> para <strong>que</strong><br />

<strong>os</strong> restaurantes de marisco não se<br />

sentissem descriminad<strong>os</strong>.<br />

Qual a atitude perante <strong>os</strong> problemas<br />

do setor?<br />

A crise afeta <strong>os</strong> setores de atividade<br />

<strong>que</strong> n<strong>os</strong> envolvem. Isso faz<br />

com <strong>que</strong> naturalmente haja uma<br />

diminuição da procura.<br />

Mal identificám<strong>os</strong> <strong>os</strong> problemas,<br />

um d<strong>os</strong> papéis da associação<br />

é começar a procurar soluções. E<br />

as soluções, quanto a mim, passam<br />

pela atividade <strong>que</strong> desenvolvem<strong>os</strong><br />

na associação.<br />

Mas há outr<strong>os</strong> problemas <strong>que</strong><br />

vão para além das v<strong>os</strong>sas atividades...<br />

O principal problema na ordem<br />

do dia é o agravamento do IVA,<br />

<strong>que</strong> é demolidor. Tínham<strong>os</strong> uma<br />

responsabilidade de 13% de imp<strong>os</strong>to<br />

e g<strong>os</strong>tava de salientar <strong>que</strong><br />

o imp<strong>os</strong>to não é só sobre o valor<br />

acrescentado.<br />

Na restauração é um imp<strong>os</strong>to sobre<br />

o valor acrescentado mais uma<br />

percentagem sobre o preço de custo.<br />

Por<strong>que</strong> nós, como compram<strong>os</strong><br />

as matérias-primas sujeitas à taxa<br />

mínima de 6%, quando som<strong>os</strong><br />

chamad<strong>os</strong> à liquidação do imp<strong>os</strong>to<br />

das vendas, liquidam<strong>os</strong> uma percentagem<br />

sob o total da venda.<br />

Sobre o preço de custo estávam<strong>os</strong><br />

a pagar anteriormente 6% ao<br />

fornecedor e 7% ao Estado. Agora,<br />

com este agravamento de 10<br />

pont<strong>os</strong> percentuais, pagam<strong>os</strong> 6%<br />

ao fornecedor e 17% ao Estado,<br />

isto sobre o preço de custo e depois<br />

sobre a margem são <strong>os</strong> 23%.<br />

É realmente demasiado pesado.<br />

Tem<strong>os</strong> a noção <strong>que</strong> este ano é<br />

um “ano de sobrevivência”. Quem<br />

conseguir sobreviver provavelmente<br />

até vai viver mais tranquilo<br />

n<strong>os</strong> próxim<strong>os</strong> temp<strong>os</strong>. Mas tem<strong>os</strong><br />

no mínimo de fazer esse esforço.<br />

O <strong>que</strong> se espera do terminal


SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2012 23<br />

PRAZER & LAZER<br />

Um Alvarinho Vencedor<br />

O N<strong>os</strong>talgia Alvarinho 2011, <strong>que</strong> recentemente ganhou o troféu Best of<br />

Vinho Verde 2012, eleito por um painel comp<strong>os</strong>to por vári<strong>os</strong> jornalistas<br />

estrangeir<strong>os</strong>, é um vinho feito com métod<strong>os</strong> antig<strong>os</strong>: leveduras indígenas,<br />

temperaturas de fermentação mais elevadas e curtimenta (fermentação<br />

com as películas). Os enólog<strong>os</strong> João Silva e Sousa e Francisco Baptista pretenderam<br />

criar um vinho branco contra-corrente, <strong>que</strong> pudesse envelhecer<br />

de 5 a 10 an<strong>os</strong>. Não deixe passar o verão sem provar o “N<strong>os</strong>talgia Alvarinho 2011”...<br />

Cafeína de Excelência<br />

O maior site de viagens do mundo Tripadvisor, atribuiu um certificado de<br />

excelência 2012 ao Restaurante Cafeína no Porto - Foz. Um ponto forte do<br />

site diz respeito às dicas confiáveis <strong>que</strong> fornece para organização das suas opções<br />

de viagem entre elas a área de restauração a visitar. Critéri<strong>os</strong> como “boa<br />

comida” , serviço, ambiente e preço, dão suporte ás classificações <strong>que</strong> resultam<br />

d<strong>os</strong> comentári<strong>os</strong> d<strong>os</strong> visitantes, maior parte deles estrangeir<strong>os</strong>. Está de<br />

parabéns o proprietário Vasco Mourão, bem como a sua equipa.<br />

do tráfego<br />

de Leixões<br />

RESTAURANTES COM ALMA<br />

Produt<strong>os</strong> da terra,<br />

sabores do mundo<br />

em Mat<strong>os</strong>inh<strong>os</strong>.<br />

de passageir<strong>os</strong> do porto de Leixões<br />

para <strong>os</strong> restaurantes de<br />

Mat<strong>os</strong>inh<strong>os</strong>?<br />

É fundamental fazer bem o trabalho<br />

de casa, por<strong>que</strong> aquilo <strong>que</strong><br />

se está a passar, neste momento,<br />

e o <strong>que</strong> irá concerteza acontecer<br />

quando o terminal estiver pronto,<br />

ou seja, operacional, a vinda d<strong>os</strong><br />

barc<strong>os</strong>, a sua permanência e a passagem<br />

de milhares de pessoas, só<br />

terá resultad<strong>os</strong> prátic<strong>os</strong>, para nós<br />

restaurantes, se houver uma informação<br />

muito concreta de <strong>que</strong>m<br />

som<strong>os</strong>, o <strong>que</strong> fazem<strong>os</strong> e onde estam<strong>os</strong>.<br />

O barco está parado aqui ao<br />

lado, para além d<strong>os</strong> programas turístic<strong>os</strong><br />

previamente organizad<strong>os</strong><br />

pel<strong>os</strong> operadores, existe sempre<br />

uma percentagem de passageir<strong>os</strong><br />

<strong>que</strong> ficam instalad<strong>os</strong> no barco,<br />

como tal, é importante <strong>que</strong> exista<br />

forma de lhes chegar informação<br />

de <strong>que</strong> estão num porto onde,<br />

mesmo aqui ao lado, existe um<br />

tipo de restaurantes com tratamento<br />

do peixe e do marisco típico<br />

desta zona. Há outr<strong>os</strong> síti<strong>os</strong><br />

onde se come peixe grelhado, por<br />

exemplo a Turquia, a Grécia, com<br />

alguns métod<strong>os</strong> semelhantes a<strong>os</strong><br />

n<strong>os</strong>s<strong>os</strong>, mas a qualidade do peixe<br />

não é a mesma.<br />

Portanto importa, junto d<strong>os</strong><br />

operadores, fazê-l<strong>os</strong> saber <strong>que</strong> nós<br />

tem<strong>os</strong> um peixe com características<br />

muito próprias, logo uma<br />

oportunidade para <strong>os</strong> seus clientes.<br />

Tratam<strong>os</strong> o peixe com <strong>os</strong> grelhadores<br />

no exterior de uma forma<br />

natural a escalar o peixe, juntar sal<br />

e pô-lo na grelha. Aqui o cliente<br />

conhece todo o processo, acompanha<br />

toda a preparação, desde<br />

<strong>que</strong> viu o peixe na vitrine até vir<br />

para o prato para a mesa, nunca<br />

o perdendo de vista. Em suma,<br />

tem<strong>os</strong> <strong>que</strong> saber tirar partido de<br />

todo este potencial de tráfego do<br />

terminal de passageir<strong>os</strong>.<br />

Mas para isso é preciso criar<br />

programas....<br />

Eu penso <strong>que</strong> é fundamental<br />

criar nov<strong>os</strong> relacionament<strong>os</strong>. Nós<br />

<strong>que</strong> estam<strong>os</strong> nesta zona, aqui à<br />

porta, terem<strong>os</strong> <strong>que</strong> arranjar forma<br />

de junto d<strong>os</strong> operadores lhes dizer<br />

<strong>que</strong> na Associação de Restaurantes<br />

de Mat<strong>os</strong>inh<strong>os</strong> existe uma central<br />

de reservas – está a começar a dar<br />

<strong>os</strong> primeir<strong>os</strong> pass<strong>os</strong> – onde vai ser<br />

p<strong>os</strong>sível <strong>que</strong> aconteça o seguinte –<br />

o barco está a chegar e nós recebem<strong>os</strong><br />

a informação <strong>que</strong> diz: “Conseguim<strong>os</strong><br />

determinado número<br />

de pessoas para visitar <strong>os</strong> v<strong>os</strong>s<strong>os</strong><br />

restaurantes.” Ou grup<strong>os</strong> de pessoas.<br />

E nessa central de reservas é<br />

feita a divisão da forma mais justa<br />

e equitativa p<strong>os</strong>sível pel<strong>os</strong> restaurantes<br />

aderentes. Portanto vam<strong>os</strong><br />

distribuir as reservas <strong>que</strong> n<strong>os</strong> chegam<br />

de forma mais equilibrada<br />

p<strong>os</strong>sível. No entanto, eu tenho a<br />

convicção de <strong>que</strong> para isto ser p<strong>os</strong>sível<br />

vam<strong>os</strong> ter de estar preparad<strong>os</strong><br />

para dar contra-partidas a<strong>os</strong> operadores,<br />

numa relação de benefíci<strong>os</strong><br />

para tod<strong>os</strong>.<br />

O ROTEIRO DE RESTAURANTES DE MATOSINHOS<br />

Um guia prático e muito útil<br />

O roteiro existe para ser distribuido<br />

principalmente nas unidades de alojamento<br />

do Grande Porto e Mat<strong>os</strong>inh<strong>os</strong>. P<strong>os</strong>t<strong>os</strong><br />

de turismo, aeroporto e outr<strong>os</strong> espaç<strong>os</strong><br />

de interação com públic<strong>os</strong>; inclusive,<br />

tivem<strong>os</strong> ajuda na distribuição do Porto e<br />

Norte – Turismo do Norte de <strong>Portugal</strong> onde<br />

introduzim<strong>os</strong> a imagem (deles) no roteiro,<br />

esta é a n<strong>os</strong>sa fil<strong>os</strong>ofia. Relativamente ao<br />

desta<strong>que</strong> d<strong>os</strong> restaurantes, a promoção<br />

pretende-se o mais imparcial e igual<br />

para tod<strong>os</strong>. Nós tem<strong>os</strong> como associad<strong>os</strong><br />

restaurantes de grande dimensão, de<br />

pe<strong>que</strong>na dimensão, restaurantes mais<br />

sofisticad<strong>os</strong>, mais simples, restaurantes<br />

mais bem preparad<strong>os</strong>, outr<strong>os</strong> men<strong>os</strong><br />

apetrechad<strong>os</strong>, mas tod<strong>os</strong> têm seguramente qualidade no <strong>que</strong> servem. O<br />

peixe, embora seja “igual para tod<strong>os</strong>”, o facto é <strong>que</strong> cada um tem a sua<br />

forma de o preparar e apresentar, são ainda restaurantes onde o cliente<br />

com segurança sabe <strong>que</strong> vai comer bem. Como se pode constatar, este<br />

roteiro tem uma característica única - restaurantes de peixe.<br />

Um roteiro informativo, mas também com dinâmicas promocionais a<br />

pensar em benefíci<strong>os</strong> para o público?<br />

Naturalmente <strong>que</strong> a n<strong>os</strong>sa intenção é a promoção. Nesta edição,<br />

contám<strong>os</strong> com a ajuda de uma marca com importância e peso no<br />

mercado — Casal Garcia, da empresa Aveleda — <strong>que</strong> n<strong>os</strong> apoiou na<br />

produção do roteiro, e em term<strong>os</strong> de benefício para o público, oferecia<br />

uma garrafa R<strong>os</strong>é em cada consumo de uma garrafa de branco.<br />

Tod<strong>os</strong> ficaram a ganhar. Em term<strong>os</strong> de divulgação, na n<strong>os</strong>sa zona de<br />

proximidade e na cidade do Porto e distribuím<strong>os</strong> o roteiro n<strong>os</strong> vári<strong>os</strong><br />

hóteis, guest-house’s, h<strong>os</strong>tels, etc. Entretanto , visitam<strong>os</strong> a nova loja<br />

Porto e Norte no Aeroporto, <strong>que</strong> está muito interessante, e falam<strong>os</strong> da<br />

distribuição e na oportunidade de introduzir o roteiro online. Tod<strong>os</strong> estes<br />

são espaç<strong>os</strong> de promoção muito importante para nós.<br />

Para <strong>os</strong> amantes da boa comida<br />

<strong>que</strong> buscam fazer um programa<br />

gastronómico para apreciar as artes<br />

de um grande Chefe, tomem<br />

nota deste nome: “Srª Peliteiro”;<br />

um restaurante em Fão, lá para<br />

<strong>os</strong> lad<strong>os</strong> de Esp<strong>os</strong>ende, está a dar<br />

<strong>que</strong> falar pel<strong>os</strong> <strong>melhor</strong>es motiv<strong>os</strong>....<br />

A proprietária Paula Peliteiro<br />

<strong>que</strong> já trazia experiência do Brasil,<br />

onde teve dois restaurantes,<br />

abriu há cerca de um ano o Restaurante<br />

& Atelier gastronómico<br />

Srª Peliteiro (é assim <strong>que</strong> g<strong>os</strong>ta<br />

de o chamar) num bonita largo<br />

nas margens do Rio Cávado em<br />

Fão. Aberto de Sexta a Domingo<br />

(a partir deste verão será diferente...)<br />

a chefe ap<strong>os</strong>ta no bom<br />

tempo útil <strong>que</strong> lhe resta para<br />

investigar ao detalhe a relação de<br />

excelência entre produt<strong>os</strong> da terra<br />

e algumas das receitas <strong>que</strong> durante<br />

an<strong>os</strong> foi assimilando em locais<br />

por onde viveu e partilhou experiencias<br />

culinárias. É sabido <strong>que</strong><br />

esta zona litoral <strong>que</strong> se estende<br />

da Póvoa de Varzim a Esp<strong>os</strong>ende<br />

é bem conhecida pel<strong>os</strong> seus produt<strong>os</strong><br />

hortícolas de elevadíssima<br />

qualidade e variedade. Ora por<br />

força da sua dedicação e criatividade,<br />

a Srª Peliteiro dá-lhes ainda<br />

mais vida, acentuando <strong>os</strong> seus sabores<br />

e aromas com ervas aromáticas<br />

e especiarias, fundamentais<br />

na elaboração das suas iguarias.<br />

Das suas viagens traz na bagagem<br />

livr<strong>os</strong>, fotografias, diálog<strong>os</strong><br />

e sabores guardad<strong>os</strong> na memória<br />

<strong>que</strong> transforma e recria, partindo<br />

da cozinha tradicional portuguesa,<br />

prat<strong>os</strong> tão sabor<strong>os</strong><strong>os</strong> quanto<br />

exótic<strong>os</strong>, como uma Tajine<br />

(marroquina) ou uma Mo<strong>que</strong>ca<br />

(brasileira) até um Polvo com a<br />

Pimenta da Terra d<strong>os</strong> Açores.<br />

Outra das suas paixões são <strong>os</strong><br />

doces, <strong>os</strong> “Doces Pecad<strong>os</strong>” da Sra.<br />

Peliteiro, tendo por base a ri<strong>que</strong>za<br />

da n<strong>os</strong>sa doçaria conventual.<br />

Apaixonada pela arte gastronómica,<br />

misteri<strong>os</strong>a, labiríntica e<br />

simultaneamente sedutora, a Srª<br />

Peliteiro recebe <strong>os</strong> clientes com<br />

uma abundância de cores, aromas<br />

e sabores, verdadeiramente<br />

únic<strong>os</strong> e ines<strong>que</strong>cíveis. Com o<br />

seu marido J<strong>os</strong>é Pedro Coutinho,<br />

gestor e um relações publicas por<br />

excelência, o restaurante apresenta<br />

uma carta de vinh<strong>os</strong> q.b., e um<br />

serviço muito dedicado e profissional.<br />

Srª Peliteiro, faz parte d<strong>os</strong> restaurantes<br />

“obrigatóri<strong>os</strong>” a visitar,<br />

logo <strong>que</strong> surja o apetite...<br />

SRª PELITEIRO<br />

Largo do Cortinhal, Rua Comendador<br />

Correia Leite, nº 7 – Fão;<br />

Telefone 253966051<br />

sextas-feiras e sábad<strong>os</strong> ao jantar e doming<strong>os</strong><br />

ao almoço. (outubro a junho)<br />

quarta-feira a domingo ao almoço, happyhour<br />

e ao Jantar (julho a setembro)


24 SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2012<br />

SAÚDE<br />

Reprocessamento de disp<strong>os</strong>itiv<strong>os</strong> médic<strong>os</strong> levanta preocupações<br />

A Associação Portuguesa das Empresas de Disp<strong>os</strong>itiv<strong>os</strong> Médic<strong>os</strong> (Apormed) veio a público alertar<br />

<strong>que</strong> as preocupações com a redução de cust<strong>os</strong> na área da saúde pode levar a <strong>que</strong> algumas instituições<br />

públicas estejam a ponderar a reutilização de disp<strong>os</strong>itiv<strong>os</strong> médic<strong>os</strong> de uso único. O <strong>que</strong><br />

pode representar um risco para a saúde, em term<strong>os</strong> de contaminação cruzada, alterações no desempenho<br />

e/ou outr<strong>os</strong> event<strong>os</strong> advers<strong>os</strong>. Isto se a entidade responsável pelo reprocessamento não<br />

garantir a conformidade d<strong>os</strong> disp<strong>os</strong>itiv<strong>os</strong> reprocessad<strong>os</strong> com <strong>os</strong> requisit<strong>os</strong> definid<strong>os</strong> na legislação.<br />

MIGUEL BARREIROS, ADMINISTRADOR DO CENTRO LIFE BEAT, LAMENTA<br />

Seguradoras não comparticipam<br />

ações preventivas na saúde<br />

O Life Beat, centro de<br />

diagnóstico e prevenção,<br />

p<strong>os</strong>iciona-se num<br />

mercado <strong>que</strong> também<br />

sofre as consequências<br />

da crise. Mas há outr<strong>os</strong><br />

problemas, como<br />

a ausência de<br />

comparticipação em ações<br />

preventivas por parte das<br />

seguradoras e a enorme<br />

informação médica <strong>que</strong><br />

existe. Miguel Barreir<strong>os</strong>,<br />

administrador da empresa<br />

orientada para<br />

o diagnóstico precoce da<br />

doença coronária e d<strong>os</strong><br />

cancr<strong>os</strong> do pulmão e do<br />

cólon, admite ainda <strong>que</strong> a<br />

legislação existente não é<br />

a adequada.<br />

<strong>Vida</strong> Económica – Qual a<br />

atual situação do mercado em<br />

<strong>que</strong> está inserido o v<strong>os</strong>so centro?<br />

Miguel Barreir<strong>os</strong> – Está num<br />

ponto de viragem, em <strong>que</strong> começa<br />

a existir uma perceção da importância<br />

da prevenção e do diagnóstico<br />

precoce e, talvez mais importante,<br />

a certeza <strong>que</strong> num contexto<br />

de crise como o <strong>que</strong> se atravessa a<br />

saúde é um bem ainda mais importante<br />

e <strong>que</strong> tem de ser preservado.<br />

VE – Quais <strong>os</strong> principais problemas<br />

<strong>que</strong> se colocam à v<strong>os</strong>sa<br />

atividade?<br />

MB – Os principais problemas<br />

têm duas origens diferentes. Por<br />

um lado, a ausência de comparticipação<br />

em ações preventivas por<br />

parte das seguradoras, o <strong>que</strong> limita a<br />

procura deste tipo de atividade focada<br />

na prevenção suportada por evidência.<br />

O outro problema está relacionado<br />

com a enorme quantidade<br />

de informação médica <strong>que</strong> existe e o<br />

tempo <strong>que</strong> leva a <strong>que</strong> a mesma seja<br />

adotada pela prática clínica diária e<br />

<strong>que</strong> faz com <strong>que</strong> o tempo necessário<br />

para a divulgação de uma técnica<br />

nova seja muito grande.<br />

VE – Considera a legislação<br />

existente a mais adequada?<br />

MB – Não me parece <strong>que</strong> esteja<br />

adequada, pois tem-se assistido a<br />

um aumento inadmissível de doenças<br />

crónicas – designadamente a<br />

diabetes – sem grandes investiment<strong>os</strong><br />

ao nível da prevenção primária,<br />

evitando tal escalada, ou numa ação<br />

proativa com a prevenção secundária<br />

e na gestão do doente diabético e<br />

das complicações associadas, como<br />

a cegueira e as amputações <strong>que</strong> têm<br />

custo financeiro, social e humano<br />

bastante maior do <strong>que</strong> <strong>os</strong> investiment<strong>os</strong><br />

realizad<strong>os</strong> para <strong>os</strong> prevenir.<br />

Miguel Barreir<strong>os</strong> considera <strong>que</strong> há muita informação médica e <strong>que</strong> a sua assimilação<br />

não é simples em term<strong>os</strong> prátic<strong>os</strong>.<br />

VE – Há, de facto, a p<strong>os</strong>sibilidade<br />

de prevenir essas doenças?<br />

MB – O mais importante na<br />

prevenção das doenças cardiovasculares<br />

ou oncológicas situa-se na<br />

prevenção primária e na eliminação<br />

d<strong>os</strong> factores de risco modificáveis,<br />

como o tabaco, <strong>que</strong> é o principal<br />

factor de risco para o cancro do<br />

pulmão e para as doenças cardiovasculares.<br />

O n<strong>os</strong>so contributo situa-se<br />

na prevenção secundária, em<br />

<strong>que</strong>, perante indivídu<strong>os</strong> com factores<br />

de risco, se investiga se alguma<br />

patologia se está a instalar. Uma<br />

característica comum nas doenças<br />

cardiovasculares ou oncológicas é o<br />

seu caráter assintomático durante a<br />

fase inicial e em <strong>que</strong> o diagnóstico<br />

precoce pode promover uma atuação<br />

atempada e com probabilidades<br />

de sucesso bastante maiores e<br />

cust<strong>os</strong> muito menores.<br />

VE – Como opera a empresa<br />

num mercado tão concorrencial?<br />

MB – O centro tem uma abordagem<br />

focada na prevenção secundária<br />

ou diagnóstico precoce, apoiada<br />

numa técnica de diagnóstico de tomografia<br />

computorizada com uma<br />

baixa d<strong>os</strong>e de radiação única em<br />

<strong>Portugal</strong> e denominada tomografia<br />

por feixe de eletrões. Com esta<br />

técnica são desenvolvid<strong>os</strong> pacotes<br />

específic<strong>os</strong> de rastreio de patologias<br />

como o cancro do cólon, a doença<br />

arter<strong>os</strong>clorótica coronária e o cancro<br />

do pulmão. Paralelamente, desenvolvem<strong>os</strong><br />

atividade de consulta<br />

médica em várias especialidades e<br />

mei<strong>os</strong> de diagnóstico não invasivo.<br />

N<strong>os</strong> próxim<strong>os</strong> temp<strong>os</strong>, para<br />

além de alguma atividade no âmbito<br />

da internacionalização já em<br />

curso, a ap<strong>os</strong>ta tem de ser na divulgação<br />

d<strong>os</strong> métod<strong>os</strong> e na informação<br />

à classe médica das vantagens<br />

d<strong>os</strong> exames realizad<strong>os</strong>. Entretanto,<br />

está a ser aplicado com sucesso um<br />

programa de prevenção do ata<strong>que</strong><br />

cardíaco. Tendo em conta <strong>que</strong> as<br />

doenças cardiovasculares são responsáveis<br />

por cerca de 40% d<strong>os</strong><br />

óbit<strong>os</strong> em <strong>Portugal</strong>, este novo programa<br />

está centrado na p<strong>os</strong>sibilidade<br />

de realizar o diagnóstico precoce<br />

da doença coronária antes da ocorrência<br />

de um ata<strong>que</strong> cardíaco.<br />

Legislação nacional limita investimento publicitário na saúde<br />

GUILHERME OSSWALD<br />

guilherme<strong>os</strong>swald@vidaeconomica.pt<br />

O mercado ibérico de “consumer healthcare”<br />

é tido como estratégico para a multinacional<br />

Sanofi. Em <strong>Portugal</strong>, a intenção<br />

é desenvolver um portefólio <strong>que</strong> permita à<br />

empresa ser um parceiro de referência para<br />

as farmácias, revelou à “<strong>Vida</strong> Económica”<br />

Maria do Céu Correia, diretora desta divisão<br />

de negóci<strong>os</strong> da Sanofi para a Península<br />

Ibérica, <strong>que</strong> lamenta o facto de existirem<br />

demasiadas restrições ao anúncio d<strong>os</strong> seus<br />

produt<strong>os</strong>.<br />

Em <strong>Portugal</strong> existem demasiadas restrições<br />

para anunciar <strong>os</strong> produt<strong>os</strong> da Sanofi,<br />

argumenta Maria do Céu Correia. “É necessário<br />

rever a legislação em vigor, tornando-a<br />

mais flexível e permitindo o seu<br />

alinhamento com outr<strong>os</strong> mercad<strong>os</strong>. Tem<strong>os</strong><br />

de manter o compromisso e o investimento<br />

neste mercado, mas precisam<strong>os</strong> do apoio<br />

d<strong>os</strong> legisladores, de modo a otimizar <strong>os</strong><br />

recurs<strong>os</strong> investid<strong>os</strong>. Um outro aspeto relaciona-se<br />

com a lista de indicações passíveis<br />

de auto-medicação. É mais aberta noutr<strong>os</strong><br />

países europeus e seria p<strong>os</strong>itivo ter uma lista<br />

idêntica em <strong>Portugal</strong>.<br />

Não existem grandes diferenças entre o<br />

mercado nacional e o espanhol. “O conceito<br />

de consumer healthcare ultrapassou<br />

fronteiras e cada vez mais <strong>os</strong> consumidores<br />

ap<strong>os</strong>tam no autocuidado, <strong>que</strong>r do ponto de<br />

vista estético, <strong>que</strong>r em term<strong>os</strong> de saúde e<br />

bem-estar. Tem<strong>os</strong> uma visão global do <strong>que</strong><br />

está a acontecer n<strong>os</strong> diferentes mercad<strong>os</strong><br />

onde estam<strong>os</strong> presentes, o <strong>que</strong> n<strong>os</strong> permite<br />

conhecer, valorizar e procurar as <strong>melhor</strong>es<br />

oportunidades e iniciativas e implementálas<br />

localmente”, de acordo com Maria do<br />

Céu Correia.<br />

Para a Sanofi, amb<strong>os</strong> <strong>os</strong> mercad<strong>os</strong> são<br />

importantes, como quis deixar claro a<strong>que</strong>la<br />

responsável. E adiantou: “Os dois mercad<strong>os</strong><br />

têm boas perspetivas de crescimento para as<br />

n<strong>os</strong>sas marcas. Apesar de o estarm<strong>os</strong> num<br />

contexto difícil, sabem<strong>os</strong> <strong>que</strong> <strong>que</strong>rem<strong>os</strong><br />

ap<strong>os</strong>tar neste tipo de produt<strong>os</strong> a nível ibérico.<br />

A n<strong>os</strong>sa prioridade é o p<strong>os</strong>icionamento<br />

no mercado orientado para o consumidor<br />

em quatro áreas básicas, produt<strong>os</strong> de inverno,<br />

alergias, cuidad<strong>os</strong> da pele e bem-estar.”<br />

Disponibilização de produt<strong>os</strong><br />

de valor acrescentado<br />

Não será tarefa fácil, sendo <strong>que</strong> Maria<br />

do Céu Correia está consciente <strong>que</strong> o<br />

crescimento passa pela disponibilização de<br />

produt<strong>os</strong> com valor acrescentado. “Tem<strong>os</strong><br />

produt<strong>os</strong> diferenciad<strong>os</strong>, portanto o primeiro<br />

desafio já foi superado. No entanto, a<br />

conjuntura económica em <strong>que</strong> n<strong>os</strong> encontram<strong>os</strong><br />

faz com <strong>que</strong> tenham<strong>os</strong> <strong>que</strong> enfrentar<br />

alguns desafi<strong>os</strong> num mercado muito competitivo,<br />

o <strong>que</strong> n<strong>os</strong> impele a identificar e a otimizar<br />

oportunidades de negócio. A nível de<br />

produt<strong>os</strong>, a ap<strong>os</strong>ta para este ano são as categorias<br />

de t<strong>os</strong>se e constipação, com as marcas<br />

Mucoral, Nasorhinathiol e Tussoral e para<br />

as alergias o Telfast, não es<strong>que</strong>cendo outras<br />

marcas já conhecidas d<strong>os</strong> consumidores,<br />

como é o caso do Myt<strong>os</strong>il. É determinante a<br />

n<strong>os</strong>sa capacidade de crescimento e inovação,<br />

facto <strong>que</strong> n<strong>os</strong> permite ser ambici<strong>os</strong><strong>os</strong> quanto<br />

ao desenvolvimento no futuro.”<br />

O mercado farmacêutico não escapa à<br />

crise. Há um cada vez maior controlo de<br />

custo por parte das autoridades e d<strong>os</strong> própri<strong>os</strong><br />

consumidores. Mas também pode ser<br />

uma boa altura para aproveitar as oportunidades<br />

<strong>que</strong> se colocam. “Os consumidores<br />

procuram mais eficiência quando investem<br />

neste tipo de produt<strong>os</strong>. O <strong>que</strong> n<strong>os</strong> permite<br />

reforçar a n<strong>os</strong>sa p<strong>os</strong>ição, tendo em conta a<br />

qualidade d<strong>os</strong> n<strong>os</strong>s<strong>os</strong> produt<strong>os</strong>. Por outro<br />

lado, as autoridades estão a alterar alguns<br />

medicament<strong>os</strong> de prescrição médica, o <strong>que</strong><br />

n<strong>os</strong> é vantaj<strong>os</strong>o face ao n<strong>os</strong>so portefólio.”


SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2012 25<br />

NEGÓCIOS E EMPRESAS/Empresas Familiares<br />

Portela Cafés lança-se no mercado das máquinas<br />

de cápsulas<br />

As sete lojas Portela Cafés existentes em <strong>Portugal</strong> já têm disponível a mais recente novidade<br />

desta empresa familiar, liderada por Ângelo Pedro Marçal: máquinas de cápsulas. Depois do<br />

lançamento das cápsulas, a firma enfrenta a concorrência e coloca no mercado as máquinas<br />

“Caps Portela”, disponíveis em cinco cores. “Expressamente para si” é o slogan desta nova vertente<br />

empresarial da Portela Cafés, <strong>que</strong> já pensa na internacionalização.<br />

JP Sá Couto diz <strong>que</strong> rescisão do Governo<br />

não terá impacto nas suas contas<br />

A JP Sá Couto assegura <strong>que</strong> a rescisão de um contrato de investimento no valor de 10,9 milhões<br />

de eur<strong>os</strong> não influencia as contas da empresa. A empresa garante ainda, através de comunicado,<br />

<strong>que</strong> <strong>os</strong> seus projet<strong>os</strong> estão “concentrad<strong>os</strong> na exportação”. Recorde-se <strong>que</strong> o Governo<br />

anunciou, recentemente, a rescisão do contrato de investimento para a construção de uma<br />

fábrica de equipamento informático, situada em Mat<strong>os</strong>inh<strong>os</strong>.<br />

ANTÓNIO NOGUEIRA<br />

DA COSTA<br />

Consultor Empresas<br />

Familiares<br />

antonio.c<strong>os</strong>ta@efconsulting.es<br />

As empresas familiares são<br />

organizações <strong>que</strong> podem assumir<br />

distintas dimensões, sendo muito<br />

natural <strong>que</strong> ao longo da sua história<br />

esta variável seja normalmente de<br />

crescimento.<br />

Existem, contudo, empresas <strong>que</strong> sabem<br />

<strong>que</strong> o seu sucesso pode mesmo passar<br />

por manter a sua micro dimensão. Ser<br />

pe<strong>que</strong>no não significa perder qual<strong>que</strong>r<br />

qualidade, em especial uma <strong>que</strong> se<br />

associa às empresas familiares: o<br />

dinamismo.<br />

Lançar um negócio é a primeira e<br />

provavelmente a maior força <strong>que</strong> é<br />

necessária despoletar por uma pessoa<br />

empreendedora <strong>que</strong>, em determinado<br />

REFLEXÕES SOBRE EMPRESAS FAMILIARES<br />

A empresa familiar é dinâmica<br />

momento, decide combater uma inércia<br />

e arranjar uma força permanente <strong>que</strong><br />

o irá colocar num movimento <strong>que</strong><br />

pretende seja imparável.<br />

Este dinamismo, <strong>que</strong> se identifica e<br />

reconhece nas empresas familiares, é<br />

algo <strong>que</strong> <strong>os</strong> líderes tentam incutir nas<br />

suas organizações, pois sabem <strong>que</strong> sem<br />

ele imperará a estagnação, o <strong>que</strong>, no<br />

mundo d<strong>os</strong> negóci<strong>os</strong>, poderá implicar a<br />

não sobrevivência.<br />

Temas para reflexão:<br />

• A n<strong>os</strong>sa dimensão condiciona a<br />

n<strong>os</strong>sa atuação?<br />

• Até onde <strong>que</strong>rem<strong>os</strong> ir?<br />

• Estam<strong>os</strong> a preparar-n<strong>os</strong> para chegar<br />

a esse destino?<br />

Dinâmicas<br />

Fonte: “La Imagen de la Empresa Familiar en España”,<br />

Edelman e Instituto Empresa Familiar, 2006<br />

Quando, em 1995, João Clara<br />

decidiu sair de Lisboa e regressar a<br />

Manteigas, ia com a ideia de fechar<br />

o micronegócio familiar fundado<br />

pelo seu avô. Contudo, “… acabei<br />

por me entusiasmar e ficar por cá”.<br />

Percebeu <strong>que</strong> podia encontrar um<br />

nicho de mercado <strong>que</strong> mantivesse<br />

<strong>os</strong> métod<strong>os</strong> ancestrais e, com a<br />

sua visão do tamanho do mundo,<br />

ap<strong>os</strong>tou na internacionalização, para<br />

onde destina mais de 40% da produção, vendendo para<br />

divers<strong>os</strong> países, sendo um d<strong>os</strong> mais significativ<strong>os</strong> o Japão.<br />

Não é pois de estranhar <strong>que</strong>, este ano, tenha recebido a<br />

visita do seu principal cliente japonês <strong>que</strong> enviou quatro<br />

pessoas para conhecer todo o processo de produção, <strong>que</strong><br />

tem origem na t<strong>os</strong>quia da lã e termina n<strong>os</strong> teares manuais,<br />

das magníficas peças <strong>que</strong> <strong>os</strong> orientais estão a adorar.<br />

Especialistas na consultoria a Empresas Familiares e<br />

elaboração de Protocol<strong>os</strong> Familiares<br />

Santiago – Porto<br />

www.efconsulting.es efconsulting@efconsulting.es<br />

JMV traz chás Harney & Sons<br />

para <strong>Portugal</strong><br />

MARTA ARAÚJO<br />

martaaraujo@vidaeconomica.pt<br />

O grupo J<strong>os</strong>é Maria Vieira<br />

(JMV) vai trazer para <strong>Portugal</strong>,<br />

pela primeira vez, a marca de<br />

chás Harney & Sons. A empresa<br />

familiar <strong>que</strong> se dedica à distribuição<br />

de bebidas, vinh<strong>os</strong>,<br />

torrefação e comercialização<br />

de café passa, assim, a ter o exclusivo,<br />

em território luso,<br />

da<strong>que</strong>la chancela internacional<br />

de prestígio,<br />

<strong>que</strong> está no<br />

mercado desde<br />

1983.<br />

O lançamento<br />

da Harney<br />

& Sons, no ano em <strong>que</strong> o<br />

JMV assinala 50 an<strong>os</strong> de atividade,<br />

“vem reforçar o conjunto de<br />

marcas de prestígio <strong>que</strong> a JMV representa<br />

em <strong>Portugal</strong>”, refere a empresa em comunicado<br />

enviado à “<strong>Vida</strong> Económica”. São<br />

exemplo disso, <strong>os</strong> Vinh<strong>os</strong> Borges, Ram<strong>os</strong><br />

Pinto, Louis Roederer, Charles Mignon,<br />

Santero, Jagermeister, Pitú, Underberg, a<br />

marca de whisky irlandês The Irishman,<br />

Herdade do Pombal e DFJ.<br />

Chás de requinte numa empresa<br />

socialmente responsável<br />

Segundo foi p<strong>os</strong>sível apurar, em <strong>Portugal</strong><br />

vão estar disponíveis as gamas de retalho<br />

especializado e horeca d<strong>os</strong> chás Harney &<br />

Sons. A primeira é comp<strong>os</strong>ta por uma embalagem<br />

metálica <strong>que</strong> contém 20 sa<strong>que</strong>tas<br />

de seda em forma de pirâmide. A linha<br />

Horeca, por seu turno, apresenta embalagens<br />

<strong>que</strong> contêm 20 sa<strong>que</strong>tas herméticas<br />

individuais em seda.<br />

Recorde-se <strong>que</strong>, pela experiência, qualidade<br />

e diversidade apresentadas, <strong>os</strong> chás<br />

Harney & Sons, marca internacional de chás,<br />

vai passar a ser comercializado em <strong>Portugal</strong>,<br />

através do grupo J<strong>os</strong>é Maria Vieira.<br />

Harney & Sons são <strong>os</strong> chás oficiais do Salão<br />

de Chá do Hotel Dorchester em Londres,<br />

distinguido com o prémio “Top London<br />

Afternoon Tea Awards 2007”. A marca<br />

é também fornecedora de chá do Hotel<br />

Claridge’s Londres <strong>que</strong> recebeu o prémio<br />

“Top London Afternoon Tea Awards<br />

2011”. O prémio “Top London Afternoon<br />

Tea Award”, atribuído pelo Conselho de<br />

Chá do Reino Unido (United Kingdom<br />

Tea Council), é considerado o “Óscar” do<br />

mundo do chá.<br />

Além de se destacar pela variedade e diferenciação<br />

d<strong>os</strong> sabores <strong>que</strong> apresenta, a<br />

Harney & Sons ap<strong>os</strong>ta numa política de<br />

proteção do ambiente, apresentando-se<br />

como uma empresa socialmente responsável<br />

n<strong>os</strong> locais e nas populações onde está<br />

presente.<br />

perguntas essenciais sobre<br />

EMPRESAS FAMILIARES<br />

“Tem<strong>os</strong> aqui um bom instrumento de trabalho para n<strong>os</strong> levar<br />

a encontrar soluções concretas para construir o futuro das<br />

n<strong>os</strong>sas empresas e das n<strong>os</strong>sas famílias.”<br />

Extraído do Prefácio escrito por J<strong>os</strong>é Luís Simões,<br />

Presidente do Conselho Administração do Grupo Luis Simões<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

PUB


26 SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2012<br />

ÓCIO E NEGÓCIOS<br />

Banco Santander Totta investe 6,6 milhões<br />

em sustentabilidade<br />

O Banco Santander Totta continua a dar à Responsabilidade Social um espaço<br />

importante na sua política de atuação, tendo em 2011 investido 6,6 milhões<br />

de eur<strong>os</strong> em matéria de sustentabilidade, um aumento de 19,5% em relação<br />

ao ano anterior. Assim o diz o seu Relatório de Sustentabilidade, <strong>que</strong> descreve<br />

em detalhe todas estas políticas de sustentabilidade implementadas em <strong>Portugal</strong>.<br />

ROGÉRIO SANTOS, SÓCIO-FUNDADOR DA MEGA DIES, ASSEGURA<br />

“Capacidade de inovar<br />

tem feito a diferença”<br />

Laborando num setor “onde<br />

a concorrência é universal”, a<br />

Mega Dies exporta já “quase<br />

a totalidade” da sua produção<br />

e tem no seu portefólio de<br />

clientes “tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> grandes<br />

fabricantes mundiais do setor<br />

automóvel”.<br />

FERNANDA SILVA TEIXEIRA<br />

fernandateixeira@vidaeconomica.pt<br />

<strong>Vida</strong> Económica – Antes de mais, <strong>que</strong>m<br />

é a Mega Dies?<br />

Rogério Sant<strong>os</strong> – A Mega Dies, Cunh<strong>os</strong> e<br />

Cortantes, nasceu com o propósito de fabricar<br />

ferramentas de grande dimensão para corte,<br />

embutido ou estampagem do tipo transfer automático<br />

<strong>que</strong> por encerramento da P.J. Ferramentas,<br />

especialista em cunh<strong>os</strong> e cortantes progressiv<strong>os</strong>,<br />

e por iniciativa de gerência comum<br />

às duas empresas, passou a <strong>executa</strong>r <strong>os</strong> dois tip<strong>os</strong><br />

de ferramentas conforme já acontecia antes<br />

da constituição da Mega Dies.<br />

VE – Qual é o p<strong>os</strong>icionamento da empresa<br />

no mercado?<br />

RS – A empresa exporta a quase totalidade<br />

da produção e tem no seu portefólio de clientes<br />

tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> grandes fabricantes mundiais do<br />

Market reports<br />

sobre Angola<br />

RESERVE<br />

JÁ<br />

O SEU EXEMPLAR<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

O mercado angolano é uma fonte de<br />

oportunidades de exportação e de<br />

investimento, mas exige informação<br />

adequada. Através d<strong>os</strong> n<strong>os</strong>s<strong>os</strong> Market<br />

Reports sobre Angola ficará a conhecer a<br />

situação concreta do país e do setor <strong>que</strong><br />

lhe interessa de forma a abordar o mercado<br />

com mais eficácia e men<strong>os</strong> risc<strong>os</strong>.<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

PUB<br />

Rogério Sant<strong>os</strong>, sócio-gerente da Megadies, João Casal, fundador da extinta Casal, e Valdemar<br />

Coutinho, presidente da Aida.<br />

setor automóvel. Neste momento tem<strong>os</strong> uma<br />

carteira de trabalho até às férias de 2014, o <strong>que</strong><br />

é excelente no n<strong>os</strong>so ramo de negóci<strong>os</strong>.<br />

VE – Quais as principais vantagens<br />

competitivas da Mega Dies face à concorrência?<br />

RS – A Mega Dies está no mercado por<strong>que</strong><br />

tem uma relação preço/qualidade excelente.<br />

De salientar <strong>que</strong> estam<strong>os</strong> num setor onde a<br />

concorrência é universal, logo só restam as boas<br />

e excelentes.<br />

“Problema está em financiar<br />

<strong>os</strong> projet<strong>os</strong> d<strong>os</strong> n<strong>os</strong>s<strong>os</strong> clientes”<br />

VE – Até <strong>que</strong> ponto a atual situação<br />

económica nacional e a dificuldade no<br />

acesso ao financiamento (bancário) têm<br />

condicionado a v<strong>os</strong>sa atividade?<br />

RS – Não tem<strong>os</strong> recorrido a crédit<strong>os</strong> bancári<strong>os</strong>,<br />

por isso não sentim<strong>os</strong> esse problema. No<br />

entanto, estam<strong>os</strong> há duas semanas à espera de<br />

uma garantia bancária, o <strong>que</strong> é muito estranho<br />

face ao bom relacionamento <strong>que</strong> tem<strong>os</strong> com a<br />

banca. Penso <strong>que</strong> numa situação normal esta já<br />

estaria resolvida.<br />

VE – Apesar de tudo, as expetativas<br />

para este ano são otimistas?<br />

RS – Sim, apesar de trabalharm<strong>os</strong> com multinacionais,<br />

o n<strong>os</strong>so problema está sempre em<br />

financiarm<strong>os</strong> <strong>os</strong> projet<strong>os</strong> d<strong>os</strong> n<strong>os</strong>s<strong>os</strong> clientes,<br />

ou seja, recebem<strong>os</strong> tardiamente. Em média<br />

recebem<strong>os</strong> acima d<strong>os</strong> seis meses, depois de pagarm<strong>os</strong><br />

a<strong>os</strong> n<strong>os</strong>s<strong>os</strong> fornecedores. Isso é o n<strong>os</strong>so<br />

principal constrangimento.<br />

Inovação “tem sido a chave do sucesso<br />

face à concorrência”<br />

VE – Qual a importância d<strong>os</strong> mercad<strong>os</strong><br />

extern<strong>os</strong> para a atividade da Mega Dies?<br />

RS – Toda. Sem ele não existíam<strong>os</strong> tal como<br />

som<strong>os</strong>. Produzim<strong>os</strong> tecnologia para gigantes<br />

como a Mercedes, GM, Renault, Bombardier,<br />

VW, BMW, e outras marcas emblemáticas<br />

como a Porsche. Exportam<strong>os</strong> para a Comunidade<br />

Europeia, Rússia e Estad<strong>os</strong> Unid<strong>os</strong>, entre<br />

outr<strong>os</strong>.<br />

VE – Qual o papel desempenhado pela<br />

inovação na atividade da empresa? Inovar<br />

é, cada vez mais, uma <strong>que</strong>stão de sobrevivência?<br />

RS – Sim, a n<strong>os</strong>sa capacidade de inovar tem<br />

feito a diferença. Essa tem sido a chave do n<strong>os</strong>so<br />

sucesso face à concorrência.<br />

Homenagem<br />

a João Casal<br />

Em paralelo com a cerimónia de<br />

inauguração das novas instalações da<br />

Mega Dies, a empresa aveirense promoveu<br />

uma homenagem especial a João Casal,<br />

fundador da Metalurgia Casal, fabricante<br />

do fam<strong>os</strong>o motociclo “Casal-B<strong>os</strong>s”,<br />

“homem visionário” e pelo qual “nutrim<strong>os</strong><br />

uma enorme gratidão”, salienta Rogério<br />

Sant<strong>os</strong>, anfitrião do evento.<br />

“Qual<strong>que</strong>r pessoa de bem <strong>que</strong> trabalhou<br />

ou negociou com ele sente fascínio pela<br />

sua obra”, assegura o sócio-fundador da<br />

Mega Dies. Todavia, é com pesar <strong>que</strong> o<br />

empresário demonstra tal gratidão. “Tenho<br />

assistido a algumas condecorações no<br />

dia de <strong>Portugal</strong> <strong>que</strong> nunca entendi. Como<br />

a n<strong>os</strong>sa classe política trata muito mal<br />

<strong>os</strong> n<strong>os</strong>s<strong>os</strong> empresári<strong>os</strong>, nós tem<strong>os</strong> <strong>que</strong><br />

aprender a homenagear a<strong>que</strong>les <strong>que</strong> de<br />

uma forma ou outra foram <strong>os</strong> n<strong>os</strong>s<strong>os</strong><br />

mentores”, reforça, recordando <strong>que</strong>,<br />

como conhecedor da realidade, dizer <strong>que</strong><br />

“o sucesso da Renault Cacia em grande<br />

parte se deve à Metalurgia Casal” não é<br />

de mais.<br />

Lembrando a iniciativa pioneira<br />

da Metalugia Casal na criação de<br />

uma verdadeira escola de formação<br />

profissional, <strong>que</strong> funcionou “desde<br />

1965 até a<strong>os</strong> an<strong>os</strong> oitenta sem qual<strong>que</strong>r<br />

subsídio”, o ex-funcionário de João<br />

Casal e agora empresário do ramo<br />

Rogério Sant<strong>os</strong> não tem dúvidas <strong>que</strong> o<br />

desenvolvimento industrial baseia-se na<br />

ap<strong>os</strong>ta contínua na formação profissional.<br />

“Há muit<strong>os</strong> an<strong>os</strong> <strong>que</strong> este tema é<br />

discutido. Parece-me <strong>que</strong> o Governo atual<br />

está ap<strong>os</strong>tado na sua resolução, porém<br />

esperam<strong>os</strong> <strong>que</strong> passe das boas intenções<br />

às boas práticas”, frisa.<br />

Ao longo do seu discurso de homenagem<br />

a João Casal, o responsável máximo da<br />

Mega Dies disse ainda <strong>que</strong>, “em <strong>Portugal</strong>,<br />

<strong>os</strong> <strong>que</strong> arriscam estão condenad<strong>os</strong><br />

ao sucesso ou à mendicidade. Não<br />

há lugar a fracass<strong>os</strong>”. Nisso, “<strong>os</strong><br />

n<strong>os</strong>s<strong>os</strong> empresári<strong>os</strong> não estão isent<strong>os</strong><br />

de culpa, nós som<strong>os</strong> pouco dad<strong>os</strong><br />

a associativismo, e normalmente as<br />

associações empresariais não têm a força<br />

<strong>que</strong> precisam por alheamento d<strong>os</strong> seus<br />

associad<strong>os</strong>, para defenderem causas.<br />

Isto é inadmissível, e eu estou certo <strong>que</strong><br />

qual<strong>que</strong>r empreendedor informado, face a<br />

estas circunstâncias, se inibe de eventuais<br />

projet<strong>os</strong>, tornando-se tal lei imprópria para<br />

um país <strong>que</strong> <strong>que</strong>ira crescer no conceito<br />

das nações”, finalizou.


SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2012 27<br />

ÓCIO E NEGÓCIOS<br />

Fundação Altran abre concurso de tecnologia e inovação<br />

A Fundação Altran abriu as candidaturas para a competição nacional em tecnologia e inovação,<br />

com o tema para <strong>Portugal</strong> “Tecnologia e Inovação ao Serviço da Inclusão Social”.<br />

O objetivo “do concurso é promover a inovação tecnológica<br />

para o benefício de tod<strong>os</strong>, dinamizar a inovação<br />

e as ideias criativas e apoiar o desenvolvimento<br />

e a concretização d<strong>os</strong> projet<strong>os</strong> inovadores.<br />

Rita Guerra sobe ao palco<br />

Os Casin<strong>os</strong> do Algarve apresentam Rita Guerra em espetáculo a<br />

solo intitulado “Noites ao Piano”. Nas noites de 6 e 7 de julho,<br />

Rita Guerra sobe ao palco do Hotel Algarve Casino e do Casino<br />

Vilamoura, respetivamente, para apresentar “Noites ao Piano”,<br />

um concerto a solo em formato acústico, durante o qual a cantora<br />

cria uma atm<strong>os</strong>fera musical intimista e exclusiva.<br />

Fundação Manuel António da Mota cria fundo<br />

de apoio a colaboradores<br />

TERESA SILVEIRA<br />

teresasilveira@vidaeconomica.pt<br />

A Fundação Manuel António<br />

da Mota (grupo Mota-<br />

Engil), <strong>que</strong> até 15 de julho<br />

recebe candidaturas de instituições<br />

<strong>que</strong> se desta<strong>que</strong>m na<br />

promoção do envelhecimento<br />

ativo e da solidariedade<br />

entre gerações no âmbito da<br />

terceira edição do seu prémio<br />

anual, vai criar um fundo de<br />

apoio social para colaboradores<br />

com privação súbita de<br />

rendiment<strong>os</strong>. A informação<br />

foi avançada à “<strong>Vida</strong> Económica”<br />

por Rui Pedroto,<br />

administrador executivo da<br />

Fundação.<br />

A iniciativa, <strong>que</strong> se pretende<br />

comece a ser implementada<br />

“até ao final do terceiro<br />

trimestre” deste ano, “é<br />

um elemento estruturante<br />

de apoio a<strong>os</strong> colaboradores<br />

do grupo <strong>que</strong>, por qual<strong>que</strong>r<br />

razão, se vejam privad<strong>os</strong> de<br />

rendiment<strong>os</strong> de forma súbita,<br />

seja devido ao desemprego<br />

do cônjuge, seja devido a<br />

uma doença grave” ou outras<br />

razões desta natureza.<br />

O fundo “não tem prazo limitado”<br />

para implementação<br />

e está dotado de um milhão<br />

de eur<strong>os</strong>/ano, explicou Rui<br />

Pedroto, adiantando <strong>que</strong> ainda<br />

poderá ser reforçado com<br />

o produto de “até 5% do resultado<br />

líquido das empresas<br />

do grupo Mota-Engil” para<br />

ajudar <strong>os</strong> colaboradores na<strong>que</strong>las<br />

condições.<br />

Paralelamente, e também<br />

no âmbito da política de responsabilidade<br />

social do grupo<br />

Mota-Engil, a Fundação<br />

vai passar a disponibilizar, a<br />

título gratuito, <strong>os</strong> seus espaç<strong>os</strong><br />

para iniciativas promovidas<br />

por entidades ligadas ao<br />

chamado terceiro setor.<br />

“Nós dam<strong>os</strong> muito valor<br />

ao trabalho em rede e em<br />

parceria”, disse Rui Pedroto<br />

à “<strong>Vida</strong> Económica”, explicando<br />

<strong>que</strong> a Fundação também<br />

apoia a reconstrução de<br />

casas de id<strong>os</strong><strong>os</strong> e/ou pessoas<br />

carenciadas em colaboração<br />

com várias instituições, nomeadamente<br />

a Porto Amigo<br />

(da Câmara do Porto) ou a<br />

Habitat, em Amarante.<br />

Em 2011, foram recuperadas<br />

oito habitações no concelho<br />

do Porto ao abrigo desta<br />

parceria, o <strong>que</strong> representou<br />

um investimento de 50 mil<br />

eur<strong>os</strong>, sendo <strong>que</strong> para 2012<br />

está já a arrancar a reabilitação<br />

de mais cinco casas.<br />

“Não n<strong>os</strong> <strong>que</strong>rem<strong>os</strong> substituir<br />

ao Estado, mas <strong>que</strong>rem<strong>os</strong><br />

estar nas áreas em <strong>que</strong> a<br />

resp<strong>os</strong>ta pública ou privada<br />

é insuficiente”, justificou o<br />

presidente executivo da Fundação.<br />

PUB


28 SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2012<br />

FISCALIDADE<br />

“Soma das partes” chega a Leiria<br />

A Ordem d<strong>os</strong> Técnic<strong>os</strong> Oficiais de Contas (OTOC) vai realizar no dia 2 de julho, no auditório<br />

da Leirisport, em Leiria, uma conferência no âmbito do ciclo “<strong>Portugal</strong> – A soma das<br />

partes”. Em debate estarão <strong>que</strong>stões prementes no âmbito da fiscalidade, do empreendedorismo<br />

e do investimento. Já tiveram lugar 17 destas conferências, abertas ao público mediante o<br />

pagamento de 20 eur<strong>os</strong>. Para efeit<strong>os</strong> do controlo da qualidade são atribuíd<strong>os</strong> a<strong>os</strong> profissionais<br />

seis crédit<strong>os</strong>.<br />

DEVIDO A CONTINGÊNCIAS DA RESPONSABILIDADE DO FISCO<br />

OTOC <strong>que</strong>r prorrogar entrega<br />

da IES até final de julho<br />

A Ordem d<strong>os</strong> Técnic<strong>os</strong> Oficiais de Contas<br />

(OTOC) está contra a forma como está a<br />

decorrer o processo de entrega da Informação<br />

Empresarial Simplificada (IES) e <strong>que</strong>r<br />

prorrogar o seu prazo para o final de julho.<br />

Sugere ainda o seu bastonário, Domingues<br />

de Azevedo, o acompanhamento e a monitorização<br />

por parte da tutela das dificuldades<br />

d<strong>os</strong> profissionais e a criação de um grupo de<br />

trabalho para analisar a função da IES.<br />

Numa missiva a Paulo Núncio, secretário<br />

de Estado d<strong>os</strong> Assunt<strong>os</strong> Fiscais, o bastonário<br />

da OTOC tece críticas ao funcionamento<br />

da IES, afirmando <strong>que</strong> “só a negligência e a<br />

displicência funcional da Autoridade Tributária<br />

explica, o <strong>que</strong> se tem passado com <strong>os</strong><br />

formulári<strong>os</strong> para a entrega da<strong>que</strong>la informação”.<br />

Adianta ainda <strong>que</strong> “não se compreende<br />

e apenas a irresponsabilidade justifica <strong>que</strong> a<br />

versão disponibilizada em apenas 14 dias<br />

tenha sofrido cinco alterações”. Por outro<br />

lado, Domingues de Azevedo diz <strong>que</strong> a estrutura<br />

da IES não respeita <strong>os</strong> critéri<strong>os</strong> contabilístic<strong>os</strong><br />

em vigor para as diversas entidades,<br />

sendo necessária a harmonização com<br />

as exigências do Sistema de Normalização<br />

Contabilística.<br />

Assim, a Ordem aponta divers<strong>os</strong> caminh<strong>os</strong><br />

a seguir, designadamente um acompanhamento<br />

rigor<strong>os</strong>o por parte da tutela do<br />

<strong>que</strong> se está a passar com a entrega da IES,<br />

“monitorizando permanentemente as dificuldades<br />

d<strong>os</strong> profissionais e, atendendo às<br />

constantes alterações <strong>que</strong> <strong>os</strong> formulári<strong>os</strong> têm<br />

sofrido, avalie da necessidade de alteração de<br />

prazo de entrega e <strong>que</strong> propom<strong>os</strong> para 31<br />

de julho”. O bastonário defende a criação de<br />

um grupo de trabalho, <strong>que</strong> contará com as<br />

Quais <strong>os</strong> cust<strong>os</strong> aceites<br />

fiscalmente, nomeadamente<br />

cust<strong>os</strong> com remunerações (<strong>os</strong><br />

sóci<strong>os</strong> podem ser remunerad<strong>os</strong>?)<br />

e quanto à segurança<br />

social? No caso de uma sociedade<br />

de advogad<strong>os</strong> <strong>que</strong> já<br />

descontam para segurança<br />

social de advogad<strong>os</strong>, também<br />

têm de pagar? E as ajudas de<br />

custo e outr<strong>os</strong> cust<strong>os</strong> a<strong>os</strong> sóci<strong>os</strong><br />

para exercerem a atividade<br />

d<strong>os</strong> sóci<strong>os</strong>?<br />

Quanto à imputação contabilística<br />

d<strong>os</strong> resultad<strong>os</strong> a<strong>os</strong><br />

sóci<strong>os</strong> no ano seguinte, faz-se<br />

a transferência para a conta<br />

sóci<strong>os</strong> ou resultad<strong>os</strong> transitad<strong>os</strong>?<br />

São aceites como cust<strong>os</strong><br />

ou não?<br />

Resp<strong>os</strong>ta do Assessor Fiscal:<br />

As sociedades de advogad<strong>os</strong><br />

O bastonário da OTOC acusa a Autoridade Tributária de negligência e displicência funcional.<br />

encontram-se abrangidas pelo<br />

regime de transparência fiscal<br />

a <strong>que</strong> se refere o nº 1 do artigo<br />

6º do Código do IRC. Sendo a<br />

atividade da empresa exercida<br />

através d<strong>os</strong> sóci<strong>os</strong>, a quotaparte<br />

da matéria coletável <strong>que</strong><br />

lhes é imputada constitui a sua<br />

“remuneração” pel<strong>os</strong> serviç<strong>os</strong> <strong>que</strong><br />

prestam, constituindo rendimento<br />

líquido da categoria B de IRS<br />

(ver art. 20º do Código do IRS).<br />

Repare-se <strong>que</strong> a imputação da<br />

matéria coletável a<strong>os</strong> sóci<strong>os</strong> é<br />

sempre feita, ainda <strong>que</strong> não<br />

haja distribuição efetiva do lucro<br />

contabilístico (ver parte final do<br />

nº 1 do artigo 6º). Se for paga a<strong>os</strong><br />

sóci<strong>os</strong> uma importância mensal,<br />

esta é considerada como um<br />

mero adiantamento por conta de<br />

lucr<strong>os</strong>. No entanto, não constitui<br />

para o sócio um rendimento<br />

de capitais, dado <strong>que</strong> ele vai<br />

ser mais tarde tributado pela<br />

PRÁTICA FISCAL<br />

TRANSPARÊNCIA FISCAL<br />

categoria B e não pela categoria<br />

E [ver exceção contemplada na<br />

parte final da alínea h) do nº 2<br />

do artigo 5º do Código do IRS].<br />

Sendo um mero movimento<br />

financeiro, não acarreta qual<strong>que</strong>r<br />

gasto para a empresa. Se <strong>os</strong><br />

sóci<strong>os</strong> exercerem funções de<br />

gerência, podem ser remunerad<strong>os</strong>,<br />

relativamente a essas mesmas<br />

funções, pela categoria A.<br />

Lembram<strong>os</strong> <strong>que</strong>, se a sociedade<br />

decidir efetuar o pagamento<br />

das contribuições obrigatórias<br />

para a Caixa de Previdência d<strong>os</strong><br />

Advogad<strong>os</strong> e Solicitadores, <strong>que</strong><br />

são da responsabilidade d<strong>os</strong><br />

sóci<strong>os</strong>, o correspondente gasto<br />

não é fiscalmente dedutível (ver<br />

informação vinculativa, art. 23º<br />

do Código do IRC, no site da<br />

DGCI). Caso a empresa pretenda<br />

distribuir efetivamente parte do<br />

seu resultado contabilístico a<strong>os</strong><br />

sóci<strong>os</strong>, pode fazê-lo, não devendo,<br />

INFORMAÇÃO ELABORADA PELA APOTEC - ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE TÉCNICOS DE CONTABILIDADE<br />

mais variadas entidades, cujo objetivo será o<br />

de analisar a função da IES, passando a integrar<br />

informação sobre o trabalho e a segurança<br />

social, tal como a suas compatibilização<br />

com as normas e as exigências do SNC.<br />

É ainda prop<strong>os</strong>to <strong>que</strong> no mês de janeiro<br />

de cada ano seja constituída uma comissão<br />

comp<strong>os</strong>ta por um representante da Ordem<br />

d<strong>os</strong> Técnic<strong>os</strong> Oficiais de Contas e um representante<br />

da Autoridade Tributária, a qual<br />

terá como missão “conceber, alterar ou manter<br />

<strong>os</strong> formulári<strong>os</strong> eletrónic<strong>os</strong> necessári<strong>os</strong> ao<br />

cumprimento das obrigações declarativas<br />

d<strong>os</strong> contribuintes”. Adianta Domingues de<br />

Azevedo: “É n<strong>os</strong>sa convicção <strong>que</strong> as comissões<br />

prop<strong>os</strong>tas constituirão uma importante<br />

valia, não só na necessidade de permanente<br />

atualização do sistema pioneiro <strong>que</strong> foi a IES<br />

na informação empresarial, mas também na<br />

necessidade da sua adaptação à nova realidade<br />

emergente de implementação do SNC<br />

em <strong>Portugal</strong>.” E relembra sobre a matéria em<br />

apreço: “Não sendo da responsabilidade d<strong>os</strong><br />

profissionais a disponibilização d<strong>os</strong> mei<strong>os</strong><br />

necessári<strong>os</strong> ao cumprimento das obrigações<br />

declarativas, mas da Autoridade Tributária,<br />

está o técnico oficial de contas prisioneiro da<br />

existência da<strong>que</strong>les mei<strong>os</strong>, o <strong>que</strong> em muito<br />

dificulta o relacionamento entre amb<strong>os</strong> <strong>os</strong><br />

intervenientes no processo.”<br />

porém, reconhecer qual<strong>que</strong>r gasto.<br />

Não o <strong>que</strong>rendo distribuir, pode<br />

transferir o respetivo valor para<br />

reservas, como fazem as restantes<br />

empresas. Num eventual ato de<br />

liquidação e partilha, entra-se em<br />

linha de conta com <strong>os</strong> montantes<br />

<strong>que</strong> já foram imputad<strong>os</strong> a<strong>os</strong> sóci<strong>os</strong><br />

por força do disp<strong>os</strong>to no nº 1 do<br />

artigo 6º (ver nº 4 do artigo 81º<br />

do Código do IRC). As sociedades<br />

de profissionais não têm de<br />

efetuar pagament<strong>os</strong> por conta,<br />

obrigação <strong>que</strong> incumbe a<strong>os</strong> sóci<strong>os</strong><br />

(ver Circular nº 8/90, de 16 de<br />

fevereiro, da DSIRC). Também<br />

não têm de efetuar pagamento<br />

especial por conta, já <strong>que</strong> não são<br />

tributadas em IRC (ver ponto 4.<br />

do Ofício-Circulado nº 82/98, de<br />

18 de março). Pela mesma razão,<br />

não estão sujeitas ao pagamento<br />

de derrama (ver informação<br />

vinculativa, art. 6º do Código do<br />

IRC, no site da DGCI).<br />

GERAL@APOTEC.PT<br />

AGENDA FISCAL<br />

JUNHO<br />

Até ao dia 30<br />

• IVA - Imp<strong>os</strong>to sobre o valor acrescentado<br />

- Entrega do pedido de restituição do IVA<br />

pel<strong>os</strong> sujeit<strong>os</strong> passiv<strong>os</strong> cujo imp<strong>os</strong>to suportado,<br />

no ano civil anterior ou no próprio<br />

ano, noutro Estado Membro ou país<br />

terceiro quando o montante a reembolsar<br />

for superior a 400 e respeitante a um<br />

período de três meses consecutiv<strong>os</strong> ou, se<br />

período inferior, desde <strong>que</strong> termine em 31<br />

de dezembro do ano civil imediatamente<br />

anterior e o valor não seja inferior a 50.<br />

• IUC - Imp<strong>os</strong>to Único de Circulação<br />

- Liquidação e pagamento do Imp<strong>os</strong>to Único<br />

de Circulação - IUC, relativo a<strong>os</strong> veícul<strong>os</strong><br />

cujo aniversário da matricula ocorra no<br />

mês de junho.<br />

JULHO<br />

Até ao dia 10<br />

• IVA - Imp<strong>os</strong>to sobre o valor acrescentado<br />

- Periodicidade Mensal – Envio obrigatório<br />

via Internet da declaração periódica relativa<br />

às operações realizadas no mês de maio. O<br />

pagamento pode ser efectuado através das<br />

caixas automáticas Multibanco, nas Tesourarias<br />

de Finanças informatizadas e n<strong>os</strong> balcões<br />

d<strong>os</strong> CTT. O pagamento pode ainda ser<br />

efetuado via Internet. Conjuntamente com<br />

a declaração periódica, deve ser enviado o<br />

Anexo Recapitulativo, referente às transmissões<br />

intracomunitárias isentas, efetuadas<br />

no mês de maio.<br />

Até ao dia 15<br />

• IRS - Imp<strong>os</strong>to sobre o rendimento das<br />

pessoas singulares<br />

- Entrega da Declaração Modelo 11 pel<strong>os</strong><br />

notári<strong>os</strong> e outr<strong>os</strong> funcionári<strong>os</strong> ou entidades<br />

<strong>que</strong> desempenhem funções notariais, bem<br />

como as entidades ou profissionais com<br />

competência para autenticar document<strong>os</strong><br />

particulares <strong>que</strong> titulem at<strong>os</strong> ou contrat<strong>os</strong><br />

sujeit<strong>os</strong> a registo predial, das relações d<strong>os</strong><br />

at<strong>os</strong> praticad<strong>os</strong> no mês anterior suscetíveis<br />

de produzir rendiment<strong>os</strong><br />

• IMT - Imp<strong>os</strong>to Municipal sobre Transmissões<br />

oner<strong>os</strong>as de imóveis<br />

- Entrega à Direcção-Geral d<strong>os</strong> Imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong><br />

pel<strong>os</strong> notári<strong>os</strong> e outr<strong>os</strong> funcionári<strong>os</strong> ou<br />

entidades <strong>que</strong> desempenhem funções notariais,<br />

bem como as entidades ou profissionais<br />

com competência para autenticar<br />

document<strong>os</strong> particulares <strong>que</strong> titulem at<strong>os</strong><br />

ou contrat<strong>os</strong> sujeit<strong>os</strong> a registo predial, d<strong>os</strong><br />

seguintes element<strong>os</strong> efetuad<strong>os</strong> no mês<br />

antecedente: relação d<strong>os</strong> at<strong>os</strong> ou contrat<strong>os</strong><br />

sujeit<strong>os</strong> a IMT, ou dele isento (modelo<br />

11); cópia das procurações irrevogáveis e<br />

respetiv<strong>os</strong> substabeleciment<strong>os</strong>; cópia das<br />

escrituras ou document<strong>os</strong> particulares autenticad<strong>os</strong><br />

de divisões de coisa comum e de<br />

partilhas de <strong>que</strong> façam parte bens imóveis.<br />

DUPLA TRIBUTAÇÃO<br />

Convenção <strong>Portugal</strong>/<br />

Luxemburgo<br />

Foi publicado no Diário da República de<br />

20 de Junho o Aviso nº 65/2012, <strong>que</strong><br />

torna público terem sido cumpridas as<br />

formalidades constitucionais internas de<br />

aprovação do Protocolo e do Protocolo<br />

Adicional, assinad<strong>os</strong> em 7 de setembro de<br />

2010, <strong>que</strong> alteram a Convenção entre a<br />

República Portuguesa e o Grão -Ducado do<br />

Luxemburgo para Evitar as Duplas Tributações<br />

e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria<br />

de Imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong> sobre o Rendimento e o Património,<br />

e o Respetivo Protocolo, assinad<strong>os</strong><br />

em Bruxelas em 25 de maio de 1999.<br />

Os referid<strong>os</strong> Protocol<strong>os</strong> foram aprovad<strong>os</strong><br />

pela Resolução da Assembleia da República<br />

n.º 45/2012, de 24 de fevereiro, e<br />

ratificad<strong>os</strong> pelo Decreto do Presidente da<br />

República n.º 76/2012, de 12 de abril, e<br />

entraram em vigor a 18 de maio de 2012.


SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2012 29<br />

FISCALIDADE<br />

Bruxelas insta <strong>Portugal</strong> a mudar imp<strong>os</strong>to especial<br />

sobre o tabaco<br />

A Comissão Europeia <strong>que</strong>r <strong>que</strong> <strong>Portugal</strong> mude as suas regras em matéria de imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong> especiais<br />

de consumo no <strong>que</strong> respeita a<strong>os</strong> cigarr<strong>os</strong>. Por cá, <strong>os</strong> cigarr<strong>os</strong> apenas podem ser vendid<strong>os</strong> até ao<br />

final do terceiro mês após o final do ano em <strong>que</strong> foram introduzid<strong>os</strong> no consumo. Diz Bruxelas<br />

<strong>que</strong> a taxa a aplicar é a vigente no dia em <strong>que</strong> esses produt<strong>os</strong> são introduzid<strong>os</strong> no consumo,<br />

não podendo <strong>os</strong> Estad<strong>os</strong> acrescentar direit<strong>os</strong> suplementares a essa taxa.<br />

<strong>Portugal</strong> intensifica acord<strong>os</strong> para evitar dupla tributação<br />

Foi publicado em Diário da República o aviso <strong>que</strong> torna público <strong>que</strong> foram<br />

cumpridas as formalidades constitucionais internas de aprovação do<br />

protocolo e do protocolo adicional <strong>que</strong> alteram a convenção entre <strong>Portugal</strong><br />

e o Luxemburgo para evitar as duplas tributações e prevenir a evasão<br />

fiscal, em matéria de imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong> sobre o rendimento e o património, bem<br />

como o respetivo protocolo datado de há mais de uma década.<br />

Atualização do valor d<strong>os</strong> imóveis<br />

N<strong>os</strong> últim<strong>os</strong> temp<strong>os</strong> tem sido noticiado<br />

em vári<strong>os</strong> mei<strong>os</strong> de comunicação social o<br />

expectável aumento da tributação sobre<br />

<strong>os</strong> imóveis em resultado da atualização<br />

do valor matricial.<br />

Efetivamente, no âmbito da ajuda<br />

financeira a <strong>Portugal</strong>, uma das<br />

medidas acordadas com as instituições<br />

internacionais é a avaliação de tod<strong>os</strong> <strong>os</strong><br />

prédi<strong>os</strong> <strong>que</strong> ainda não foram avaliad<strong>os</strong><br />

(ajustad<strong>os</strong> para valores reais de acordo<br />

com as regras do Código do Imp<strong>os</strong>to<br />

Municipal sobre o Património - CIMI),<br />

pelo <strong>que</strong> o Governo português pretende<br />

promover toda essa avaliação durante o<br />

ano 2012.<br />

Para tal, determinou regras específicas<br />

<strong>que</strong> dispensam a intervenção d<strong>os</strong><br />

contribuintes e <strong>que</strong> parte única<br />

e exclusivamente da iniciativa da<br />

Autoridade Tributária, sendo <strong>que</strong><br />

as câmaras municipais colaboram<br />

ativamente nessa avaliação geral,<br />

fornecendo a<strong>os</strong> serviç<strong>os</strong> de finanças<br />

as plantas de arquitetura e outr<strong>os</strong><br />

element<strong>os</strong> informativ<strong>os</strong> necessári<strong>os</strong> ao<br />

procedimento de avaliação.<br />

Também para estas regras específicas é<br />

importante compreender as regras de<br />

impugnação graci<strong>os</strong>a destas avaliações,<br />

atendendo a <strong>que</strong> o procedimento<br />

adotado pela Autoridade Tributária<br />

será suscetível de muit<strong>os</strong> err<strong>os</strong> e <strong>os</strong><br />

contribuintes devem estar muito atent<strong>os</strong><br />

à notificação do novo Valor Patrimonial<br />

Tributário por<strong>que</strong> o prazo de pedido de 2.ª<br />

avaliação é muito curto (30 dias).<br />

A 2.ª avaliação tem cust<strong>os</strong> para o<br />

re<strong>que</strong>rente, com o limite mínimo de<br />

2 unidades de conta (204 eur<strong>os</strong>, valor<br />

bastante inferior ou estabelecido em<br />

circunstâncias normais) sempre <strong>que</strong> o valor<br />

contestado se mantenha ou aumente.<br />

O resultado desta 2.ª avaliação só poderá<br />

ser impugnado judicialmente n<strong>os</strong> term<strong>os</strong><br />

definid<strong>os</strong> no Código de Procedimento e<br />

de Processo Tributário (CPPT), com <strong>os</strong><br />

fundament<strong>os</strong> em qual<strong>que</strong>r ilegalidade,<br />

designadamente a errónea quantificação<br />

do valor patrimonial tributário do<br />

prédio.<br />

Embora a hipótese de existir um<br />

aumento de tributação d<strong>os</strong> imóveis,<br />

numa altura em <strong>que</strong> a crise económica<br />

instalada se faz sentir na carteira d<strong>os</strong><br />

portugueses, p<strong>os</strong>sa ser vista de uma<br />

forma negativa, não podem<strong>os</strong> deixar<br />

de admitir <strong>que</strong> <strong>os</strong> valores patrimoniais<br />

registad<strong>os</strong> nas matrizes prediais, antes<br />

da entrada em vigor do CIMI, estavam<br />

totalmente desatualizad<strong>os</strong> com valores<br />

completamente desajustad<strong>os</strong> da<br />

realidade.<br />

Esta reforma, <strong>que</strong> se iniciou em 2004,<br />

teve como objetivo moralizar o sistema<br />

e tentar atualizar <strong>os</strong> valores patrimoniais<br />

de modo a <strong>que</strong> o património imobiliário<br />

português passasse a figurar com valores<br />

reais.<br />

PAULA FRANCO<br />

CONSULTORA DA ORDEM DOS TÉCNICOS OFICIAIS DE CONTAS<br />

Contudo, esta reforma não tem sido<br />

fácil e rápida e tem sido efetuada de<br />

forma gradual, e com um impacto<br />

financeiro para <strong>os</strong> contribuintes<br />

também progressivo e não imediato.<br />

A administração fiscal, aquando da<br />

aprovação do CIMI, pretendia promover<br />

a avaliação geral d<strong>os</strong> prédi<strong>os</strong> urban<strong>os</strong><br />

num prazo máximo de 10 an<strong>os</strong> (até<br />

2014), mas existem novas medidas<br />

<strong>que</strong> pretendem acelerar este processo<br />

e conclui-lo com a maior brevidade<br />

p<strong>os</strong>sível.<br />

No entanto, lembram<strong>os</strong> <strong>que</strong> desde 2004<br />

<strong>que</strong> para <strong>os</strong> imóveis <strong>que</strong> não foram<br />

atualizad<strong>os</strong>, e enquanto a sua avaliação<br />

completa não f<strong>os</strong>se terminada, existiram<br />

regras de atualização transitória como<br />

base na aplicação de coeficiente de<br />

desvalorização da moeda, o <strong>que</strong> originou<br />

desde 2004 um ligeiro ajustamento.<br />

Vejam<strong>os</strong> um exemplo:<br />

Um imóvel localizado na freguesia de<br />

Alvalade, em Lisboa, com 3 assoalhadas<br />

(este exemplo refere um caso real):<br />

- Ano de inscrição na matriz - 1983<br />

- Valor patrimonial no ano do registo<br />

inicial - 2096, 57 eur<strong>os</strong><br />

- Coeficiente de correção monetária<br />

referente ao ano 1983 - 4,54<br />

- Novo valor patrimonial de acordo com<br />

as regras transitórias = 4,54 x 2096,57 =<br />

9518,42<br />

Embora este imóvel tenha visto o<br />

seu valor patrimonial quadruplicar,<br />

poderem<strong>os</strong> facilmente atestar <strong>que</strong> fica<br />

muito aquém do valor de mercado,<br />

embora já esteja um pouco mais elevado<br />

do <strong>que</strong> o inicial.<br />

Este contribuinte pagava uma<br />

contribuição autárquica até 2002 de<br />

20,97 eur<strong>os</strong> e em 2003, por aplicação da<br />

atualização transitória, vai pagar IMI no<br />

valor de 66,63 eur<strong>os</strong>.<br />

Vejam<strong>os</strong> agora como ficará após a<br />

atualização de acordo com as novas<br />

regras do IMI, atendendo a <strong>que</strong> a área do<br />

apartamento é de 70 m2 (área útil) e tem<br />

uma arrecadação com 9 m2.<br />

De acordo com a aplicação da fórmula<br />

de cálculo do CIMI, o Valor Patrimonial<br />

Tributário atualizado de acordo com as<br />

novas regras passará a ser de 79 000 eur<strong>os</strong>.<br />

Conse<strong>que</strong>ntemente, o novo IMI a<br />

pagar, a partir de 2013 relativo a 2012<br />

(79 000,00 x 0,4%), será de 316 eur<strong>os</strong>.<br />

Por último, refira-se <strong>que</strong> existem<br />

cláusulas de salvaguarda <strong>que</strong> limitam o<br />

aumento de um ano para o outro, isto<br />

é, a coleta do IMI não poderá exceder,<br />

relativamente a 2012 e 2013, ou seja<br />

quanto ao IMI a pagar em 2013 e 2014,<br />

o maior d<strong>os</strong> seguintes valores:<br />

• 75 eur<strong>os</strong>; ou um terço da diferença<br />

entre o IMI resultante do valor<br />

patrimonial tributário fixado na<br />

avaliação geral e o IMI devido do ano<br />

de 2011 ou <strong>que</strong> o devesse ser, no caso de<br />

prédi<strong>os</strong> isent<strong>os</strong>.<br />

CONTAS & IMPOSTOS<br />

Estabelecimento de alojamento local<br />

tem de ser titulado por autorização<br />

de utilização para efeit<strong>os</strong> de IVA<br />

Determina o artigo 3.º, n.º 1, da<strong>que</strong>le Regime <strong>que</strong> são<br />

considerad<strong>os</strong> estabeleciment<strong>os</strong> de alojamento local as moradias,<br />

apartament<strong>os</strong> e estabeleciment<strong>os</strong> de h<strong>os</strong>pedagem <strong>que</strong>, dispondo<br />

de autorização de utilização, prestem serviç<strong>os</strong> de alojamento<br />

temporário, mediante remuneração, mas não reúnam <strong>os</strong><br />

requisit<strong>os</strong> para serem considerad<strong>os</strong> empreendiment<strong>os</strong> turístic<strong>os</strong>.<br />

Um não residente p<strong>os</strong>sui no Algarve um<br />

apartamento. Por vezes, aluga-o a cidadã<strong>os</strong><br />

do seu país à semana. Ao mesmo tempo, por<br />

imp<strong>os</strong>ição da câmara municipal, registou o<br />

imóvel como estando abrangido pela lei do<br />

alojamento local. Qual o tratamento em sede<br />

de IRS desta situação? Deveria ser tratado<br />

como rendimento de categoria B, como<br />

por exemplo uma h<strong>os</strong>pedaria, sendo <strong>que</strong><br />

necessitaria de iniciar a atividade junto das<br />

finanças, liquidar IVA (ou não, se não atingir<br />

<strong>os</strong> 10 mil eur<strong>os</strong> mencionad<strong>os</strong> no art.º 53.º do<br />

CIVA) e pagar segurança social?<br />

No entanto, uma vez <strong>que</strong> não existe no<br />

presente caso prestação de serviç<strong>os</strong> hoteleir<strong>os</strong><br />

(alimentação ou limpezas, por exemplo) mas<br />

somente o aluguer do espaço, seria mais<br />

correto tributar este rendimento como sendo<br />

de categoria F, não havendo deste modo as<br />

obrigações referidas a nível da categoria B?<br />

O Decreto-Lei n.º 39/2008, de 7 de março,<br />

veio consagrar o novo regime jurídico da<br />

instalação, exploração e funcionamento d<strong>os</strong><br />

empreendiment<strong>os</strong> turístic<strong>os</strong>, procedendo,<br />

assim, à revogação expressa d<strong>os</strong> diplomas <strong>que</strong><br />

até então regulavam a<strong>que</strong>la matéria.<br />

Determina o artigo 3.º, n.º 1 da<strong>que</strong>le Regime<br />

<strong>que</strong> são considerad<strong>os</strong> estabeleciment<strong>os</strong> de<br />

alojamento local as moradias, apartament<strong>os</strong><br />

e estabeleciment<strong>os</strong> de h<strong>os</strong>pedagem <strong>que</strong>,<br />

dispondo de autorização de utilização,<br />

prestem serviç<strong>os</strong> de alojamento temporário,<br />

mediante remuneração, mas não reúnam<br />

<strong>os</strong> requisit<strong>os</strong> para serem considerad<strong>os</strong><br />

empreendiment<strong>os</strong> turístic<strong>os</strong>.<br />

Nestes term<strong>os</strong>, face à legislação vigente,<br />

a edificação na qual qual<strong>que</strong>r interessado<br />

pretenda instalar um estabelecimento<br />

de alojamento local (qual<strong>que</strong>r <strong>que</strong> seja a<br />

tipologia deste) tem a<strong>que</strong>la <strong>que</strong> se encontrar<br />

titulada por uma autorização (ou a antiga<br />

licença) de utilização, emitida pela câmara<br />

municipal. Ressalvam-se da<strong>que</strong>la injunção <strong>os</strong><br />

estabeleciment<strong>os</strong> de alojamento local <strong>que</strong> se<br />

encontram instalad<strong>os</strong> em edificações erigidas<br />

antes de 7 de ag<strong>os</strong>to de 1951.<br />

De acordo com o artigo 3, n.º 2, do<br />

Regime Jurídico acima mencionado,<br />

<strong>os</strong> estabeleciment<strong>os</strong> de h<strong>os</strong>pedagem<br />

devem (como condição da instalação e<br />

funcionamento respetiv<strong>os</strong>) cumprir requisit<strong>os</strong><br />

mínim<strong>os</strong>, <strong>os</strong> quais se encontraram fixad<strong>os</strong> na<br />

Portaria nº. 517/2008, de 25 de junho.<br />

Por norma, são considerad<strong>os</strong><br />

estabeleciment<strong>os</strong> de h<strong>os</strong>pedagem <strong>os</strong><br />

alojament<strong>os</strong> particulares <strong>que</strong>, sendo p<strong>os</strong>t<strong>os</strong><br />

à disp<strong>os</strong>ição, não sejam integrad<strong>os</strong> em<br />

estabeleciment<strong>os</strong> <strong>que</strong> explorem o serviço de<br />

alojamento nem p<strong>os</strong>sam ser classificad<strong>os</strong><br />

em qual<strong>que</strong>r d<strong>os</strong> tip<strong>os</strong> de empreendiment<strong>os</strong><br />

turístic<strong>os</strong>.<br />

Face ao relatado – um cidadão <strong>que</strong> p<strong>os</strong>sui<br />

um apartamento no Algarve, pertencente ao<br />

seu património particular, mas <strong>que</strong> o aluga<br />

periodicamente a alguns seus compatriotas,<br />

permitindo a<strong>os</strong> mesm<strong>os</strong> usufruírem de<br />

uma semana de férias em <strong>Portugal</strong> e cujo<br />

pagamento efetuado apenas comporta a<br />

cedência do uso do apartamento – afigura-sen<strong>os</strong><br />

<strong>que</strong> tal situação reúne <strong>os</strong> pressup<strong>os</strong>t<strong>os</strong><br />

previst<strong>os</strong> na alínea a) do n.º 2 do art.º 8 do<br />

CIRS, enquadrável deste modo na categoria F<br />

do CIRS.<br />

No entanto, e por<strong>que</strong> a Autoridade Tributaria,<br />

após a saída do Decreto-Lei n.º 39/2008,<br />

de 7 de março, nunca se pronunciou sobre<br />

o enquadramento da situação de aluguer de<br />

imóvel por reduzid<strong>os</strong> períod<strong>os</strong>, por norma<br />

no verão, cuja aquisição não foi efetuada<br />

com o intuito comercial, aconselham<strong>os</strong> o<br />

consulente a solicitar informação vinculativa,<br />

n<strong>os</strong> term<strong>os</strong> do art.º 68.º da LGT, à AT, sobre<br />

o enquadramento jurídico tributário da<br />

situação exp<strong>os</strong>ta, tendo em conta <strong>que</strong> o<br />

imóvel em causa, por força do artigo 3.º, n.º<br />

1, Decreto-Lei n.º 39/2008, de 7 de março,<br />

foi considerado como estabelecimento de<br />

alojamento local.<br />

As informações vinculativas são re<strong>que</strong>ridas<br />

ao diretor-geral d<strong>os</strong> Imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong>, através do<br />

preenchimento de um formulário e remetidas<br />

através de submissão eletrónica através do<br />

www.portaldasfinanças.gov.pt. em Informação<br />

Fiscal/Informações Vinculativas/Entregar<br />

pedido de informação vinculativa.<br />

N<strong>os</strong> term<strong>os</strong> do n.º 1 do art.º 68.º da<br />

LGT, o pedido deve ser obrigatoriamente<br />

acompanhado da descrição d<strong>os</strong> fact<strong>os</strong> cuja<br />

qualificação jurídico-tributária se re<strong>que</strong>r.<br />

Conforme determina o n.º 4 do art.º 68.º<br />

da LGT, o pedido pode ser apresentado por<br />

sujeit<strong>os</strong> passiv<strong>os</strong>, outr<strong>os</strong> interessad<strong>os</strong> ou seus<br />

representantes legais, por via eletrónica e<br />

segundo modelo oficial a aprovar pelo dirigente<br />

máximo do serviço, e a resp<strong>os</strong>ta é notificada<br />

pela mesma via no prazo máximo de 150 dias.<br />

Face ao n.º 5 do mesmo artigo, as<br />

informações vinculativas podem ser<br />

re<strong>que</strong>ridas por advogad<strong>os</strong>, solicitadores,<br />

revisores e técnic<strong>os</strong> oficiais de contas ou por<br />

quais<strong>que</strong>r entidades habilitadas ao exercício<br />

da consultadoria fiscal acerca da situação<br />

tributária d<strong>os</strong> seus clientes devidamente<br />

identificad<strong>os</strong>, sendo obrigatoriamente<br />

comunicadas também a estes. A informação<br />

vinculativa é uma salvaguarda para tod<strong>os</strong><br />

<strong>os</strong> intervenientes da situação, porquanto o<br />

n.º 14 do art.º 68.º da LGT refere <strong>que</strong> «a<br />

administração tributária, em relação ao objeto<br />

do pedido, não pode p<strong>os</strong>teriormente proceder<br />

em sentido diverso da informação prestada,<br />

salvo em cumprimento de decisão judicial»,<br />

ou seja, sendo prestada uma informação<br />

vinculativa e agindo o contribuinte em<br />

conformidade com o informado, não pode<br />

p<strong>os</strong>teriormente a administração efetuar um<br />

enquadramento jurídico tributário diferente do<br />

informado.<br />

(INFORMAÇÃO ELABORADA PELA ORDEM DOS<br />

TÉCNICOS OFICIAIS DE CONTAS)


30 SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2012<br />

TURISMO<br />

Coimbra recebe congresso da APAVT<br />

Coimbra será a cidade anfitriã do 38º Congresso da APAVT,<br />

<strong>que</strong> irá decorrer de 6 a 9 de Dezembro. De acordo com o<br />

presidente da associação, Pedro C<strong>os</strong>ta Ferreira, “é uma decisão<br />

<strong>que</strong> cumpre <strong>os</strong> compromiss<strong>os</strong> desta direção da APAVT,<br />

de integração no esforço de desenvolvimento das exportações<br />

portuguesas e de apoio ao turismo interno”.<br />

REFERE CARLOS GUARITA, RESPONSÁVEL DA PULLMANTUR PARA O MERCADO PORTUGUÊS<br />

<strong>Portugal</strong> oferece cada vez <strong>melhor</strong>es con<br />

para a realização de cruzeir<strong>os</strong><br />

Entre 2008 e 2011 o mercado<br />

nacional de cruzeir<strong>os</strong> cresceu<br />

55%. A Pullmantur integra<br />

essa tendência, diversificando<br />

a oferta a partir d<strong>os</strong> port<strong>os</strong><br />

nacionais. Atualmente, a<br />

companhia transporta n<strong>os</strong> seus<br />

cruzeir<strong>os</strong> internacionais uma<br />

média de 8000 passageir<strong>os</strong><br />

portugueses por ano. Carl<strong>os</strong><br />

Guarita assinala <strong>que</strong> <strong>os</strong><br />

destin<strong>os</strong> preferid<strong>os</strong> continuam<br />

a ser o Mediterrâneo, embora<br />

n<strong>os</strong> últim<strong>os</strong> an<strong>os</strong> se tenha<br />

verificado um interesse<br />

emergente em cruzeir<strong>os</strong> n<strong>os</strong><br />

países báltic<strong>os</strong>.<br />

“O senso comum tinha por hábito dizer <strong>que</strong> <strong>os</strong> cruzeir<strong>os</strong> eram formas de viajar de gente com mais idade. No entanto, a tendência é outra”, assegura<br />

Carl<strong>os</strong> Guarita, responsável da Pullmantur.<br />

MARC BARROS<br />

marcbarr<strong>os</strong>@vidaeconomica.pt<br />

VE - Quais <strong>os</strong> objetiv<strong>os</strong> da Pullmantur,<br />

em <strong>Portugal</strong> para 2012, em número<br />

de cruzeir<strong>os</strong> e viajantes?<br />

CG - A Pullmantur tem uma atenção e<br />

uma consideração muito especial para com<br />

o mercado português. Tem<strong>os</strong> vindo a realizar<br />

vári<strong>os</strong> cruzeir<strong>os</strong> à partida de <strong>Portugal</strong>,<br />

com itinerári<strong>os</strong> a sair de Lisboa. Mas é importante<br />

diversificar a oferta. O n<strong>os</strong>so objetivo<br />

é atingir cerca de 10 mil passageir<strong>os</strong>,<br />

neste momento já estam<strong>os</strong> com cerca de<br />

7000 reservad<strong>os</strong>, por isso tem<strong>os</strong> uma boa<br />

perspetiva para este ano.<br />

VE - Considera <strong>que</strong> se trata de um<br />

segmento em <strong>que</strong> <strong>Portugal</strong> constitui<br />

um bom mercado?<br />

CG - Devido a uma maior divulgação<br />

<strong>que</strong> tem sido feita, o turismo de cruzeiro é<br />

um produto <strong>que</strong> tem vindo a ganhar maior<br />

importância em <strong>Portugal</strong>. A Pullmantur<br />

continua a encarar o mercado português<br />

como um mercado de cruzeiristas com<br />

grande potencial, mas este facto já se verifica<br />

desde <strong>que</strong> a Pullmantur se iniciou no<br />

mercado de cruzeir<strong>os</strong> e mesmo antes de ter<br />

itinerári<strong>os</strong> com partidas de <strong>Portugal</strong>, por<br />

essa razão tem uma estrutura própria no<br />

n<strong>os</strong>so país desde 2004. A oferta <strong>que</strong> tem<strong>os</strong><br />

vindo a desenvolver para o mercado nacional<br />

é um exemplo claro de <strong>que</strong> a n<strong>os</strong>sa<br />

estratégia passa obrigatoriamente por <strong>Portugal</strong>.<br />

<strong>Portugal</strong> oferece cada vez mais, <strong>melhor</strong>es<br />

condições para a realização de cruzeir<strong>os</strong>.<br />

VE - Quais <strong>os</strong> principais destin<strong>os</strong> procurad<strong>os</strong><br />

pel<strong>os</strong> cruzeiristas portugueses?<br />

CG - As partidas de território português,<br />

nomeadamente, <strong>os</strong> cruzeir<strong>os</strong> especiais Lisboa-Lisboa<br />

P<strong>os</strong>icional Lisboa – Copenhaga,<br />

com saídas de Lisboa e Porto, registaram<br />

grande procura, sendo d<strong>os</strong> itinerári<strong>os</strong><br />

mais procurad<strong>os</strong>. Tal como estes cruzeir<strong>os</strong>,<br />

<strong>os</strong> nov<strong>os</strong> itinerári<strong>os</strong> “Fiordes do Norte” e<br />

“Lendas do Mediterrâneo” têm sido bem<br />

aceites pelo público e com grande procura<br />

também. Por outro lado, tem-se verificado<br />

Pullmantur <strong>que</strong>r atingir<br />

10 mil passageir<strong>os</strong> em 2012<br />

muito interesse n<strong>os</strong> cruzeir<strong>os</strong> Croisières de<br />

France, a companhia francesa <strong>que</strong> opera<br />

sob a responsabilidade da Pullmantur, não<br />

podendo es<strong>que</strong>cer o Brisas do Mediterrâneo,<br />

<strong>que</strong> parte tod<strong>os</strong> sábad<strong>os</strong> de Barcelona<br />

e é operado pelo Sovereign, o navio insígnia<br />

da Pullmantur.<br />

Perfil diversificado<br />

VE - Pode-se referir um perfil tipo de<br />

cruzeirista nacional?<br />

Leixões ganha desta<strong>que</strong> no panorama nacional<br />

O número de passageir<strong>os</strong> do turismo de cruzeir<strong>os</strong> tem aumentado em <strong>Portugal</strong>: “Basta<br />

olhar para <strong>os</strong> númer<strong>os</strong> e ver <strong>que</strong>, em 2009, 35 mil pessoas optaram por fazer cruzeir<strong>os</strong>. Já<br />

em 2010, o número aumentou para cerca de 55 mil”, adianta Carl<strong>os</strong> Guarita.<br />

A importância <strong>que</strong> este sector tem ganho é visível com as obras de <strong>melhor</strong>ia <strong>que</strong> já foram<br />

realizadas e outras <strong>que</strong> continuam a decorrer em port<strong>os</strong> como Portimão, no Funchal, em<br />

Lisboa e, em particular, a inauguração do novo cais de cruzeir<strong>os</strong> de Leixões, uma estrutura<br />

<strong>que</strong> veio dar à cidade do Porto a capacidade de acolher navi<strong>os</strong> com mais de 250 metr<strong>os</strong> de<br />

comprimento.<br />

“É p<strong>os</strong>itivo para a região” e, este ano, a Pullmantur foi uma das companhias a ter<br />

embar<strong>que</strong> no porto de Leixões. Porém, “o lançamento de nov<strong>os</strong> itinerári<strong>os</strong> está sujeito a<br />

muit<strong>os</strong> fatores, não apenas a condições operativas e de interesse cultural”. Para já, a<strong>que</strong>le<br />

responsável adianta <strong>que</strong> está previsto em 2013 o embar<strong>que</strong> no Porto, “como aconteceu<br />

este ano, para o p<strong>os</strong>icional até Copenhaga”.


SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2012 31<br />

TURISMO<br />

Novo regulamento para transporte de pranchas<br />

A TAP irá implementar uma nova revisão ao regulamento de transporte de<br />

pranchas nas suas rotas, a qual entra em vigor no próximo dia 1 de Julho.<br />

Esta altera o peso de referência e ajusta as tarifas nas viagens mais procuradas.<br />

Segundo a ANS (Associação Nacional de Surfistas), “para um país em <strong>que</strong><br />

o surf assume cada vez maior relevância no contexto da economia de mar,<br />

g<strong>os</strong>távam<strong>os</strong> <strong>que</strong> a TAP tivesse ido mais longe”.<br />

Aeroporto do Porto com 500 mil passageir<strong>os</strong> em Maio<br />

O Aeroporto do Porto, no mês de Maio, ultrapassou, pelo segundo<br />

mês consecutivo, <strong>os</strong> 500 mil passageir<strong>os</strong> servid<strong>os</strong>, apesar<br />

de ter registado um decréscimo de tráfego de 3,3% em passageir<strong>os</strong><br />

e de 6% em moviment<strong>os</strong>, quando comparado com<br />

o mesmo período de 2011, o <strong>que</strong> se traduziu num total de<br />

523.077 passageir<strong>os</strong> servid<strong>os</strong> e 4.942 moviment<strong>os</strong> processad<strong>os</strong>.<br />

dições<br />

CG - O cruzeirista português é sobretudo<br />

bastante exigente. No n<strong>os</strong>so caso, é difícil,<br />

atualmente, descrever um perfil concreto<br />

do cruzeirista <strong>que</strong> encontram<strong>os</strong> a<br />

bordo. Na verdade, o senso comum tinha<br />

por hábito dizer <strong>que</strong> <strong>os</strong> cruzeir<strong>os</strong> eram<br />

formas de viajar de gente com mais idade.<br />

No entanto, a tendência é outra. C<strong>os</strong>tumo<br />

dizer <strong>que</strong> é d<strong>os</strong> 0 a<strong>os</strong> 100 an<strong>os</strong>… ao<br />

viajarm<strong>os</strong> num navio da Pullmantur encontram<strong>os</strong><br />

muitas famílias com <strong>os</strong> seus<br />

filh<strong>os</strong>, jovens casais <strong>que</strong> desfrutam da sua<br />

lua-de-mel, amig<strong>os</strong> <strong>que</strong> resolvem fazer<br />

uma viagem em grupo e estudantes a fazer<br />

a sua viagem de fim de curso. Como<br />

pode ver, é um perfil bastante variado; daí<br />

também a necessidade da criação crescente<br />

de pacotes para tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> interesses a<br />

capacidades económicas. Existem destin<strong>os</strong><br />

mais apreciad<strong>os</strong> pelo público jovem,<br />

como itinerári<strong>os</strong> no Mediterrâneo.<br />

VE - Existe um valor médio <strong>que</strong> o<br />

cruzeirista nacional esteja disp<strong>os</strong>to a<br />

pagar pela viagem?<br />

CG - A Pullmantur oferece uma diversidade<br />

de produt<strong>os</strong> <strong>que</strong> depende daquilo<br />

<strong>que</strong> as pessoas procuram, pelo <strong>que</strong><br />

<strong>os</strong> preç<strong>os</strong> também diferem consoante o<br />

itinerário, a época e <strong>os</strong> tip<strong>os</strong> de serviç<strong>os</strong><br />

<strong>que</strong> solicitam. No entanto, sabem<strong>os</strong> <strong>que</strong><br />

há pessoas <strong>que</strong> fazem férias mais económicas<br />

gastando cerca de 500 ou 600 <br />

e outras <strong>que</strong> estão disp<strong>os</strong>tas a disponibilizar<br />

mais recurs<strong>os</strong>, na ordem d<strong>os</strong> 1000<br />

ou 2000 . Primeiro, o Momento<br />

Cruzeiro Pullmantur e agora a Campanha<br />

Primavera tornam p<strong>os</strong>sível fazer um<br />

cruzeiro obtendo descont<strong>os</strong> até <strong>os</strong> 60%,<br />

ficando <strong>os</strong> preç<strong>os</strong> bastante atrativ<strong>os</strong> para<br />

<strong>que</strong>m reserva com antecedência, nomeadamente,<br />

em temp<strong>os</strong> difíceis como <strong>os</strong><br />

<strong>que</strong> estam<strong>os</strong> a viver.<br />

VE - De <strong>que</strong> forma o mercado tem<br />

reagido às <strong>que</strong>stões de segurança <strong>que</strong><br />

têm sido associadas a<strong>os</strong> cruzeir<strong>os</strong>, depois<br />

do caso em Itália?<br />

CG - A situação do C<strong>os</strong>ta Concórdia<br />

tem de ser vista como um acontecimento<br />

pontual e <strong>que</strong> em nada reflete <strong>os</strong> alt<strong>os</strong><br />

níveis de segurança internacionais pel<strong>os</strong><br />

quais se regem as companhias de cruzeir<strong>os</strong>.<br />

O <strong>que</strong> devem<strong>os</strong> reter são <strong>os</strong> milhares<br />

de pessoas <strong>que</strong> viajam a bordo de<br />

navi<strong>os</strong> de cruzeiro tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> an<strong>os</strong> sob <strong>os</strong><br />

mais rigor<strong>os</strong><strong>os</strong> procediment<strong>os</strong> e em total<br />

segurança. A principal preocupação<br />

da Pullmantur é a segurança e o nível<br />

de satisfação d<strong>os</strong> n<strong>os</strong>s<strong>os</strong> clientes. P<strong>os</strong>so<br />

dizer <strong>que</strong>, após a situação do C<strong>os</strong>ta Concordia,<br />

não se verificou na Pullmantur<br />

grandes alterações ao nível das reservas.<br />

É a prova como as pessoas continuam a<br />

considerar <strong>que</strong> viajar num cruzeiro é realmente<br />

seguro.<br />

Investimento francês no Douro<br />

promove enoturismo<br />

Quinta do Pessegueiro representa<br />

investimento francês de 10<br />

milhões de eur<strong>os</strong> no Douro. À<br />

produção de vinh<strong>os</strong> junta-se a<br />

componente enoturística, <strong>que</strong><br />

poderá, a prazo, incluir uma<br />

unidade hoteleira.<br />

MARC BARROS<br />

marcbarr<strong>os</strong>@vidaeconomica.pt<br />

Desde há cerca de 20 an<strong>os</strong> a esta parte, o<br />

sonho de um empresário francês em desenvolver<br />

um projeto vinhateiro e enoturístico<br />

no Douro foi sendo implementado, com vista<br />

a, nas palavras do próprio, fazer “o <strong>melhor</strong><br />

vinho português”.<br />

Esse sonho foi concretizado, após um investimento<br />

de 10 milhões de eur<strong>os</strong>, na aquisição<br />

de três quintas na sub-região do Cima<br />

Corgo e na construção de uma adega e casa,<br />

<strong>que</strong> materializaram a intenção de Roger Zannier.<br />

Tendo como chancela principal a marca<br />

Quinta do Pessegueiro, a<strong>que</strong>le industrial de<br />

roupas para criança lançou agora no mercado<br />

um portefólio de vinh<strong>os</strong> <strong>que</strong> inclui ainda o<br />

Aluzé.<br />

A adega, <strong>que</strong> resulta num conjunto arquitetónico<br />

imponente, alia a sua vocação funcional<br />

de produção de vinh<strong>os</strong> ao conceito de<br />

enoturismo, estando disponível para receber<br />

visitas, provas e outr<strong>os</strong> event<strong>os</strong>. Segundo<br />

Marc Monr<strong>os</strong>e, diretor-geral da Quinta do<br />

Pessegueiro, afirmou à VE, esta componente<br />

poderá, no futuro, ser complementada com<br />

a oferta de uma unidade hoteleira. Trata-se,<br />

no entanto, de um “projeto a 10 an<strong>os</strong>, <strong>que</strong> se<br />

pretende rentável e duradouro”.<br />

No <strong>que</strong> se refere à adega, <strong>que</strong> p<strong>os</strong>sui uma<br />

área de 3000 m2, esta pretende recriar <strong>os</strong><br />

métod<strong>os</strong> ancestrais de transporte das massas<br />

vínicas por gravidade, tendo como “pulmão”<br />

um elevador central, dotado de uma cuba de<br />

3000 litr<strong>os</strong>, <strong>que</strong> permite fazer ascender <strong>os</strong> vinh<strong>os</strong>,<br />

sem o recurso à utilização de bombas,<br />

as quais, no entender do enólogo João Nicolau<br />

de Almeida, interferem com as características<br />

d<strong>os</strong> vinh<strong>os</strong>.<br />

A produção atual ronda as 50 mil garrafas/<br />

ano, estando previsto chegar às 150 mil. Estão<br />

hoje em produção 20 hectares, sendo <strong>que</strong><br />

outr<strong>os</strong> 10 entrarão em breve nestas contas. Ao<br />

Quinta do Pessegueiro (20 eur<strong>os</strong> PVP) e Aluzé<br />

(9 eur<strong>os</strong> PVP) deverá juntar-se em breve<br />

um topo de gama, cujo preço deverá rondar<br />

<strong>os</strong> 50 eur<strong>os</strong>, bem como um branco (cerca de<br />

7000 garrafas) e, eventualmente n<strong>os</strong> próxim<strong>os</strong><br />

an<strong>os</strong>, um vinho do Porto Vintage.<br />

Os mercad<strong>os</strong> perspetivad<strong>os</strong> incluem a restauração,<br />

garrafeiras e particulares em <strong>Portugal</strong>,<br />

Brasil, Angola, EUA e Ásia. O mercado<br />

francês, onde Zannier p<strong>os</strong>sui também uma<br />

propriedade vinícola (St Tropez), foi descartado<br />

por Marc Monr<strong>os</strong>e, por considerar<br />

tratar-se de um país “muito competitivo para<br />

vinh<strong>os</strong> tint<strong>os</strong>” e, no caso do vinho do Porto,<br />

mais recetivo “a grandes volumes, onde não<br />

<strong>que</strong>rem<strong>os</strong> estar”. Aliás, disse, “entrarem<strong>os</strong><br />

mais facilmente em mercad<strong>os</strong> como a China,<br />

<strong>que</strong> procuram vinh<strong>os</strong> car<strong>os</strong>”.<br />

O enólogo João Nicolau de Almeida (à es<strong>que</strong>rda) foi designado para dinamizar o sonho do francês<br />

Roger Zannier (à direita) em fazer vinh<strong>os</strong> no Douro.


32 SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2012<br />

ASSOCIATIVISMO<br />

Docente português na Associação Europeia de Programas<br />

de Doutoramento em Gestão<br />

Paulo Rita, docente da ISCTE Business School, foi, esta semana, eleito membro do Comité<br />

Executivo da Associação Europeia de Programas de Doutoramento em Gestão e Administração<br />

de Empresas. Trata-se do primeiro professor português a integrar este <strong>que</strong> é um d<strong>os</strong> órgã<strong>os</strong><br />

académic<strong>os</strong> mais importantes a nível europeu. A sua meta passa por promover a cooperação<br />

em investigação entre as mais prestigiadas escolas de gestão europeias.<br />

Empresári<strong>os</strong> ribatejan<strong>os</strong> exploram<br />

oportunidades em Moçambi<strong>que</strong><br />

A Associação Empresarial<br />

da Região de Santarém<br />

(Nersant) vai liderar uma<br />

comitiva de empresári<strong>os</strong><br />

ribatejan<strong>os</strong> interessad<strong>os</strong><br />

em concretizar negóci<strong>os</strong><br />

em Moçambi<strong>que</strong>. A<br />

missão empresarial, <strong>que</strong><br />

vai acontecer entre <strong>os</strong><br />

dias 26 de ag<strong>os</strong>to e 3 de<br />

setembro, coincide com a<br />

realização da FACIM – Feira<br />

Internacional de Maputo.<br />

MARTA ARAÚJO<br />

martaaraujo@vidaeconomica.pt<br />

Tendo em conta a crescente<br />

necessidade de internacionalização<br />

e exportação de produt<strong>os</strong><br />

e serviç<strong>os</strong> das empresas da<br />

região do Ribatejo, e de olh<strong>os</strong><br />

p<strong>os</strong>t<strong>os</strong> em Moçambi<strong>que</strong>, mais<br />

especialmente em Maputo, a<br />

Nersant está a organizar uma<br />

viagem de negóci<strong>os</strong>, onde as<br />

empresas participantes terão<br />

a oportunidade de reunir com<br />

diversas empresas e entidades<br />

institucionais deste país.<br />

De acordo com informação<br />

veiculada pela associação<br />

à “<strong>Vida</strong> Económica”, a missão<br />

“p<strong>os</strong>sui ainda uma vantagem<br />

acrescida, <strong>que</strong> diz respeito à<br />

realização da FACIM, feira<br />

multissetorial anual <strong>que</strong> constitui<br />

o maior evento comercial<br />

com dimensão internacional<br />

em Moçambi<strong>que</strong>, <strong>que</strong> acontece<br />

a par da visita de negóci<strong>os</strong> d<strong>os</strong><br />

empresári<strong>os</strong> portugueses e onde<br />

<strong>os</strong> empresári<strong>os</strong> estarão também<br />

presentes”.<br />

Recorde-se <strong>que</strong> esta missão<br />

empresarial faz parte de<br />

um conjunto de iniciativas de<br />

apoio à internacionalização,<br />

onde se incluem também missões<br />

a Angola, África do Sul e<br />

Cabo Verde, Chile e Brasil.<br />

Associação Empresarial da Região de Santarém leva empresári<strong>os</strong> locais a<br />

desenvolver negóci<strong>os</strong> em Moçambi<strong>que</strong>, mais concretamente em Maputo.


SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2012 33<br />

ASSOCIATIVISMO<br />

ANJE promove seminário sobre “Gestão da Força de Vendas”<br />

A Associação Nacional de Jovens Empresári<strong>os</strong> (ANJE) vai realizar, no próximo dia 5 de julho,<br />

o seminário “Gestão da Força de Vendas”. A iniciativa, <strong>que</strong> se realiza na sede do Porto, entre as<br />

18h30 e as 20h, pretende refletir sobre as novas exigências <strong>que</strong> se impõem às empresas e apoiar<br />

esse processo de reformulação. Carl<strong>os</strong> Eduardo Card<strong>os</strong>o, administrador da BP <strong>Portugal</strong>, e<br />

Elisabeth de Magalhães Serra, coordenadora e autora do livro “Direção e Gestão da Força de<br />

Vendas” são <strong>os</strong> oradores convidad<strong>os</strong>.<br />

Vendas a retalho baixam para valores iguais há 15 an<strong>os</strong><br />

A diretora-geral da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição<br />

(APED) afirmou, recentemente, <strong>que</strong> as <strong>que</strong>bras de vendas<br />

no retalho no primeiro trimestre não têm histórico n<strong>os</strong> dad<strong>os</strong> <strong>que</strong> a<br />

associação divulga, há mais de 15 an<strong>os</strong>. O barómetro da APED, do<br />

primeiro trimestre, indica <strong>que</strong> as vendas totais d<strong>os</strong> segment<strong>os</strong> alimentar e não alimentar caíram<br />

3,7% no primeiro trimestre, face a igual período de 2011, para 4554 milhões de eur<strong>os</strong>.<br />

ELIZABETH DE MAGALHÃES SERRA, DOCENTE E COORDENADORA DO LIVRO “DIREÇÃO E GESTÃO DA FORÇA DE VENDAS”, AFIRMA<br />

“As vendas têm-se alterado ao ritmo<br />

da turbulência do mercado”<br />

Na sequência do lançamento<br />

do livro “Direção e Gestão<br />

de Força de Vendas”,<br />

coordenado por Elizabeth de<br />

Magalhães Serra e editado pelo<br />

Grupo <strong>Vida</strong> Económica, a<br />

Associação Nacional de Jovens<br />

Empresári<strong>os</strong> (ANJE) lançou<br />

o desafio a esta docente do<br />

ISMAI – Instituto Superior<br />

da Maia, para realizar uma<br />

Pós-Graduação sobre o tema.<br />

Nesta entrevista, a autora,<br />

investigadora e empresária,<br />

explica <strong>que</strong> se trata de um<br />

“parceiro distintivo e com<br />

capacidade de mobilizar o<br />

tecido empresarial pelo seu<br />

know-how e pelo percurso<br />

já consolidado nesta área de<br />

intervenção”.<br />

MARTA ARAÚJO<br />

martaaraujo@vidaeconomica.pt<br />

<strong>Vida</strong> Económica - Como é <strong>que</strong> o mercado<br />

tem recebido o seu livro “Direção<br />

e Gestão da Força de Vendas”?<br />

Elizabeth Serra – O mercado tem recebido<br />

o livro de forma muito p<strong>os</strong>itiva, <strong>que</strong>r<br />

do segmento empresarial, <strong>que</strong>r académico.<br />

Trata-se do primeiro livro português sobre<br />

o tema e chegou ao mercado num período<br />

em <strong>que</strong> cada vez mais é difícil realizar uma<br />

venda.<br />

VE - Que feedback tem recebido por<br />

parte d<strong>os</strong> leitores?<br />

ES - Creio <strong>que</strong> tem funcionado como<br />

um estímulo à aprendizagem e à importância<br />

do saber n<strong>os</strong> dias de hoje. Este é um<br />

livro com conteúd<strong>os</strong> inovadores e focado<br />

no <strong>que</strong> mais recente se tem produzido. O<br />

paradigma da gestão da força de vendas<br />

tem-se alterado de forma substancial ao<br />

ritmo da turbulência do mercado.<br />

VE - Como surgiu esta parceria com<br />

a ANJE, <strong>que</strong> se vai materializar numa<br />

Pós-Graduação sobre o tema?<br />

ES - A ANJE assume-se, neste processo,<br />

como um parceiro distintivo e com<br />

capacidade de mobilizar o tecido empresarial<br />

pelo seu know-how e pelo percurso<br />

já consolidado nesta área de intervenção.<br />

Estes são factores fundamentais para o sucesso<br />

desta pós-graduação. Por outro lado,<br />

a parceria com o ISMAI será, ainda, uma<br />

mais-valia para <strong>os</strong> formand<strong>os</strong> <strong>que</strong> pretendam<br />

dar continuidade a<strong>os</strong> estud<strong>os</strong>.<br />

VE - O seminário do próximo dia 5<br />

de julho, a realizar-se nas instalações<br />

da ANJE (no Porto), servirá, essencialmente,<br />

para apresentar o seu conteúdo<br />

a eventuais interessad<strong>os</strong>?<br />

ES - É uma oportunidade para debater<br />

sobre o tema, e, naturalmente para apresentar<br />

e salientar caraterísticas diferenciadoras<br />

desta Pós-Graduação.<br />

VE - Os empresári<strong>os</strong> mais velh<strong>os</strong> e<br />

experientes, por vezes, desvalorizam a<br />

formação em detrimento da intuição.<br />

Por outro lado, <strong>os</strong> mais jovens e, empreendedores,<br />

p<strong>os</strong>suem mais formação,<br />

faltando-lhes, eventualmente, um<br />

pouco de prática e de economia real.<br />

Esta pós-graduação encaixa-se, preferencialmente,<br />

a <strong>que</strong> perfil?<br />

ES - Em amb<strong>os</strong>. A<strong>os</strong> primeir<strong>os</strong> interessará<br />

reciclar experiências profissionais, permitindo<br />

obter ainda <strong>melhor</strong>es desempenh<strong>os</strong>.<br />

A<strong>os</strong> mais jovens e empreendedores,<br />

pelo contacto com cas<strong>os</strong> reais e sinergias<br />

entre <strong>os</strong> grup<strong>os</strong> de participantes, realizam<br />

a sua aprendizagem num ambiente eminentemente<br />

prático.<br />

Para Elizabeth de Magalhães Serra, coordenadora do Livro “Direção e Gestão da Força de Vendas”,<br />

o “estabelecimento de relações sustentadas com <strong>os</strong> clientes permitirá diminuir <strong>os</strong> cust<strong>os</strong> de<br />

pr<strong>os</strong>peção sistemática”.<br />

VE - Defende <strong>que</strong> é necessária “uma<br />

reorganização do conceito de marketing”<br />

nas empresas. É a favor de um<br />

marketing com pilares maioritariamente<br />

n<strong>os</strong> númer<strong>os</strong> do <strong>que</strong> na criatividade?<br />

ES - A <strong>que</strong>stão é <strong>que</strong> <strong>os</strong> mercad<strong>os</strong> são<br />

cada vez mais exigentes. A criatividade só<br />

gera valor se apoiada e cruzada por indicações<br />

objetivas do mercado. Lembro sempre<br />

da frase “Só é gerível o <strong>que</strong> for medível...!”.<br />

VE - C<strong>os</strong>tuma chamar a atenção no<br />

sentido de <strong>que</strong> “o n<strong>os</strong>so (empresas)<br />

tempo é cada vez mais curto na captação<br />

do cliente”, sendo <strong>que</strong>, em contrapartida,<br />

estes “têm cada vez mais<br />

ferramentas fantásticas para conhecer<br />

as empresas”. Será a solução/resp<strong>os</strong>ta<br />

para este “delay” o maior desafio do<br />

marketing empresarial no <strong>que</strong> diz respeito<br />

às suas forças de venda?<br />

ES - O estabelecimento de relações sustentadas<br />

com <strong>os</strong> clientes permitirá diminuir<br />

<strong>os</strong> cust<strong>os</strong> de pr<strong>os</strong>peção sistemática.<br />

Tal só é p<strong>os</strong>sível quando as empresas se<br />

orientam a<strong>os</strong> seus mercad<strong>os</strong> e esse pressup<strong>os</strong>to<br />

exige <strong>que</strong> o marketing seja entendido<br />

como a capacidade <strong>que</strong> detém em conhecer<br />

o suficiente o mercado para gerar<br />

ofertas de valor para o mesmo.<br />

PUB


34 SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2012<br />

IMOBILIÁRIO<br />

Ram<strong>os</strong> Catarino<br />

conclui construção de<br />

creche e pré-escolar em<br />

Almada<br />

Nova loja Salsa<br />

abre no Chiado<br />

Mercado imobiliário pouco dinâ<br />

no arrendamento e investimen<br />

Baix<strong>os</strong> níveis de atividade <strong>que</strong>r no arrendamento<br />

de escritóri<strong>os</strong> <strong>que</strong>r nas operações<br />

de investimento, segmento de retalho estagnado<br />

em term<strong>os</strong> de abertura de nov<strong>os</strong><br />

empreendiment<strong>os</strong>, marcam o primeiro trimestre<br />

de 2012, <strong>que</strong> revela fraco dinamismo<br />

no mercado imobiliário.<br />

O desempenho pouco dinâmico foi<br />

transversal a<strong>os</strong> segment<strong>os</strong> de escritóri<strong>os</strong>,<br />

retalho e investimento, revela o “<strong>Portugal</strong><br />

Market Pulse”, relatório da Jones Lang La-<br />

Salle <strong>Portugal</strong> <strong>que</strong> analisa <strong>os</strong> resultad<strong>os</strong> do<br />

setor imobiliário nacional em cada trimestre.<br />

Pedro Lancastre, diretor geral da Jones<br />

Lang LaSalle <strong>Portugal</strong>, sublinha: “Conforme<br />

previm<strong>os</strong> no n<strong>os</strong>so relatório anual, <strong>os</strong><br />

níveis de atividade do mercado imobiliário<br />

iniciaram o ano em baixa, sendo <strong>que</strong>,<br />

por norma e historicamente, o primeiro<br />

trimestre é quase sempre o período men<strong>os</strong><br />

dinâmico do ano. Com <strong>os</strong> indicadores económic<strong>os</strong><br />

a manterem a sua tendência de<br />

agravamento, obviamente <strong>que</strong> o setor imobiliário<br />

acusa o impacto de forma negativa,<br />

especialmente n<strong>os</strong> mercad<strong>os</strong> de ocupação<br />

de escritóri<strong>os</strong> e de retalho, com as vendas<br />

em muit<strong>os</strong> centr<strong>os</strong> comerciais a decaírem,<br />

influenciadas pelas baixas no consumo e<br />

no poder de compra. O investimento continua<br />

a sofrer com ausência de investidores<br />

estrangeir<strong>os</strong>, <strong>que</strong> aguardam sinais de retoma<br />

para voltar ao mercado”.<br />

De acordo com o relatório trimestral da<br />

Jones Lang LaSalle, o mercado de escritóri<strong>os</strong><br />

de Lisboa registou um volume de absorção<br />

de 13 208 m² no 1º trimestre, evidenciando<br />

uma <strong>que</strong>bra trimestral (-85%) e<br />

homóloga (-6%). Sublinhe-se, no entanto,<br />

<strong>que</strong> a tendência ao longo do trimestre foi<br />

de crescimento, com <strong>os</strong> meses de fevereiro<br />

e março a apresentarem subidas na absorção.<br />

Ao longo do trimestre, a zona 6 (Corredor<br />

Oeste) foi a mais dinâmica, concentrando<br />

5201 m² d<strong>os</strong> arrendament<strong>os</strong><br />

realizad<strong>os</strong>, sendo o Lagoas Park, localizado<br />

nesta zona, palco de duas das três maiores<br />

transações ocorridas no mercado.<br />

Comércio de rua é o segmento<br />

“estrela”<br />

No retalho, a nota é de estagnação, não<br />

se registando a abertura de nov<strong>os</strong> centr<strong>os</strong><br />

comerciais, uma tendência <strong>que</strong>, aliás, deverá<br />

perdurar ao longo de todo o ano. A<br />

maturidade do próprio mercado, a conjuntura<br />

económico-financeira recessiva<br />

e as <strong>que</strong>bras do consumo privado são <strong>os</strong><br />

principais fatores a influenciarem esta estagnação,<br />

especialmente visível n<strong>os</strong> centr<strong>os</strong><br />

comerciais secundári<strong>os</strong>. No segmento d<strong>os</strong><br />

centr<strong>os</strong> comerciais, a procura por parte d<strong>os</strong><br />

retalhistas continua sobretudo dirigida a<br />

shoppings prime.<br />

Em contraciclo, encontra-se o segmento<br />

de comércio de rua, com a abertura de<br />

novas lojas e uma procura ativa, <strong>que</strong>r por<br />

parte d<strong>os</strong> retalhistas <strong>que</strong>r por parte do<br />

consumidor final. A Baixa foi a zona com<br />

a abertura de maior número de lojas no<br />

trimestre, acolhendo agora nov<strong>os</strong> espaç<strong>os</strong><br />

da CAT Merrell, da Boulangerie by Stef<br />

e da Padaria Portuguesa, <strong>que</strong> abriu ainda<br />

outra loja no mesmo período na Av.<br />

Du<strong>que</strong> D’Ávila. Sem grandes surpresas,<br />

as rendas no comércio de rua têm vindo a<br />

percorrer um caminho ascendente e neste<br />

trimestre rondavam, em média, <strong>os</strong> 90/<br />

m²/mês, alcançando assim o mesmo nível<br />

praticado n<strong>os</strong> centr<strong>os</strong> comerciais <strong>que</strong> se<br />

tem mantido estável. Já no caso d<strong>os</strong> retail<br />

parks, as rendas têm vindo a decrescer,<br />

ficando no 1º trimestre abaixo d<strong>os</strong> 10/<br />

m²/mês.<br />

Investimento com atividade<br />

reduzida<br />

O investimento é igualmente pautado<br />

por uma atividade reduzida. No 1º trimestre<br />

de 2012 foram transacionad<strong>os</strong> 42<br />

milhões de eur<strong>os</strong> no mercado nacional, repartid<strong>os</strong><br />

em 3 operações e em resultado de<br />

compras realizadas apenas por investidores<br />

portugueses. Este nível situa-se <strong>que</strong>r abaixo<br />

do trimestre homólogo (em torno d<strong>os</strong><br />

Tel.: (+351) 218 912 416<br />

www.chamartinimobiliaria.com<br />

Residencial · Escritóri<strong>os</strong> ·<br />

SHOPPING


SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2012 35<br />

IMOBILIÁRIO<br />

eggNEST instalada no Edifício Burgo<br />

A empresa de apoio para a criação de nov<strong>os</strong> projet<strong>os</strong> empresariais competitiv<strong>os</strong> e inovadores<br />

eggNEST acaba de se instalar no Edifício Burgo, no Porto. Nesta operaçao a CBRE foi a responsável<br />

pela colocação da empresa no edifício. O edifício Burgo está localizado na Av. da<br />

Boavista, a principal avenida da cidade do Porto e tem uma torre de 60 metr<strong>os</strong> de altura com<br />

18 pis<strong>os</strong>.<br />

Melom disponibiliza Simulador de Obras Online<br />

A empresa portuguesa especializada em obras e remodelações domésticas,<br />

Melom, acaba de disponibilizar o primeiro Simulador de Obras<br />

Online <strong>que</strong> permite a<strong>os</strong> utilizadores a obtenção de um orçamento estimativo<br />

à obra a efetuar. O simulador está disponível na página da<br />

Melom, em www.melom.pt e também no Facebook da marca.<br />

mico<br />

to<br />

DOAÇÕES<br />

MARIA DOS ANJOS GUERRA ADVOGADA<br />

marianj<strong>os</strong>guerra-3012p@adv.oa.pt<br />

Doação de imóveis entre casad<strong>os</strong> em regime de separação de bens<br />

Muito embora me tenha casado sob o regime da separação de bens, g<strong>os</strong>taria de doar, à minha mulher, a casa onde moram<strong>os</strong> e <strong>que</strong> já era minha<br />

antes de casarm<strong>os</strong>.<br />

Será p<strong>os</strong>sível? Se for viável, parto do principio de <strong>que</strong>, caso eu lhe sobreviva, herdarei a casa tal como ela herdaria em caso contrário, mas<br />

pretendo também saber o <strong>que</strong> aconteceria em caso de divórcio, muito embora espere <strong>que</strong> tal nunca venha a acontecer.<br />

Por definição legal, doação é o<br />

contrato pelo qual uma pessoa,<br />

por espírito de liberalidade e à<br />

custa do seu património, dispõe<br />

gratuitamente de uma coisa ou<br />

de um direito, ou assume uma<br />

obrigação, em benefício de<br />

outro contraente.<br />

Se a casa de morada de<br />

família é um bem próprio, em<br />

princípio, o leitor poderá doá-la<br />

ao seu cônjuge através de uma<br />

escritura pública.<br />

A doação entre casad<strong>os</strong> só é<br />

nula se o regime da separação<br />

de bens for imperativo, ou seja,<br />

n<strong>os</strong> cas<strong>os</strong> em <strong>que</strong> o casamento<br />

tenha sido celebrado sem<br />

precedência do processo de<br />

publicações ou se um d<strong>os</strong><br />

nubentes já tinha completado<br />

sessenta an<strong>os</strong> de idade quando<br />

o casamento foi celebrado.<br />

Pelo exp<strong>os</strong>to e só se o regime<br />

de separação de bens resultar<br />

de uma das referidas situações<br />

é <strong>que</strong> o leitor não poderá,<br />

validamente, doar o imóvel à<br />

sua mulher.<br />

Se o regime da separação de<br />

bens resultar, não de uma das<br />

referidas imp<strong>os</strong>ições legais mas<br />

sim do <strong>que</strong> voluntariamente foi<br />

decidido por amb<strong>os</strong> <strong>os</strong> cônjuges<br />

em escritura de convenção<br />

antenupcial, então a doação do<br />

imóvel será válida.<br />

Na hipótese de divórcio, a<br />

doação caduca se este vier a<br />

ocorrer por culpa da pessoa a<br />

<strong>que</strong>m foi feita a doação, caso<br />

esta seja considerada única ou<br />

principal culpada.<br />

De referir <strong>que</strong>, entretanto, a<br />

mulher do leitor não poderá<br />

dispor do imóvel sem lhe dar<br />

conhecimento de tal facto,<br />

tal como aconteceria no caso<br />

de o leitor continuar a ser<br />

o proprietário, pois, ainda<br />

<strong>que</strong> vigore entre <strong>os</strong> cônjuges<br />

o regime da separação de<br />

bens <strong>que</strong>, em princípio,<br />

permite <strong>que</strong> cada um p<strong>os</strong>sa<br />

dispor daquilo <strong>que</strong> é seu sem<br />

necessidade de consentimento<br />

do outro cônjuge, o certo é<br />

<strong>que</strong> a alienação, oneração,<br />

arrendamento ou constituição<br />

de outr<strong>os</strong> direit<strong>os</strong> pessoais de<br />

gozo sobre a casa de morada<br />

de família carece sempre de<br />

consentimento de amb<strong>os</strong> <strong>os</strong><br />

cônjuges. Por este motivo, <strong>que</strong>r<br />

a casa de morada de família<br />

seja do leitor <strong>que</strong>r seja da sua<br />

mulher, para <strong>que</strong> dela p<strong>os</strong>sam<br />

dispor validamente é sempre<br />

necessário o consentimento do<br />

outro cônjuge.<br />

Na hipótese de o leitor (doador)<br />

sobreviver ao seu cônjuge<br />

(donatário), a doação também<br />

caduca, pelo <strong>que</strong>, sem <strong>que</strong> seja<br />

necessariamente através da<br />

herança, a casa voltará a ser<br />

sua. Só assim não acontecerá<br />

se o doador confirmar a doação<br />

n<strong>os</strong> três meses p<strong>os</strong>teriores ao<br />

decesso do donatário.<br />

70 milhões de eur<strong>os</strong>) <strong>que</strong>r do trimestre anterior<br />

(em torno d<strong>os</strong> 50 milhões de eur<strong>os</strong>).<br />

Para Pedro Lancraste, “<strong>os</strong> Family Offices,<br />

bem como <strong>os</strong> investidores oportunístic<strong>os</strong><br />

vão continuar a crescer como franja da<br />

procura de investimento. Os Family Offices<br />

consideram <strong>que</strong> o atual risco do país<br />

pode constituir uma boa oportunidade,<br />

demonstram interesse por ativ<strong>os</strong> prime,<br />

bem localizad<strong>os</strong> com ocupantes com baixo<br />

grau de risco e contrat<strong>os</strong> de arrendamento<br />

long<strong>os</strong>, sem opções de denúncia”.<br />

Sonae Sierra reforça atividade em Marroc<strong>os</strong><br />

O centro comercial Tachfine,<br />

em Marroc<strong>os</strong>, vai<br />

passar a ser gerido pela<br />

Sonae Sierra, reforçando<br />

assim a presença da empresa<br />

portuguesa em Casablanca.<br />

O contrato para prestação<br />

de serviç<strong>os</strong> de desenvolvimento<br />

de mais um<br />

centro comercial em Casablanca<br />

foi assinado com<br />

a empresa marroquina<br />

Marjane, a maior cadeia<br />

de hipermercad<strong>os</strong> e supermercad<strong>os</strong><br />

a operar no país<br />

e <strong>que</strong> pertence ao Grupo<br />

ONA.<br />

Este é o segundo contrato<br />

de prestação de serviç<strong>os</strong><br />

da Sonae Sierra em Marroc<strong>os</strong>,<br />

depois de, em março<br />

de 2011, ter assinado um<br />

contrato também com a<br />

Marjane e outra empresa<br />

marroquina, a Foncière<br />

Chellah (Grupo CDG<br />

– Caisse de Dépôt et de<br />

Gestion), para a prestação<br />

de serviç<strong>os</strong> de desenvolvimento<br />

do projeto Marina<br />

Shopping Casablanca, <strong>que</strong><br />

integra habitação, lazer e<br />

negóci<strong>os</strong>.<br />

O novo projeto faz parte<br />

do empreendimento<br />

imobiliário Ibn Tachfine,<br />

<strong>que</strong> inclui escritóri<strong>os</strong> e<br />

um hotel com 100 quart<strong>os</strong>,<br />

e está localizado junto<br />

da estação central de<br />

caminh<strong>os</strong>-de-ferro (Gare<br />

Casa Voyageurs), em Casablanca.<br />

Proibida a reprodução do<br />

LISBON PRIME INDEX<br />

Lisbon Prime index<br />

Pipeline de escritóri<strong>os</strong> em Lisboa<br />

Apesar do momento de incerteza<br />

<strong>que</strong> se vai vivendo em <strong>Portugal</strong>, a<br />

promoção de escritóri<strong>os</strong> nov<strong>os</strong> parece<br />

ir resistindo. O Lisbon Prime Index<br />

identifica 10 nov<strong>os</strong> edifíci<strong>os</strong> de escritóri<strong>os</strong><br />

até 2014, perfazendo um total<br />

de cerca de 85 000 m². Para 2012<br />

prevê-se a conclusão de 4 edifíci<strong>os</strong> em<br />

4 zonas diferentes. São estes o Metropolis,<br />

na zona 3, com 15 000 m²,<br />

Liberdade 259 na zona 1 com 3900<br />

m², Restelo Business Center na zona 7<br />

com 9000 m² e o edifício na Barb<strong>os</strong>a<br />

do Bocage 117 com cerca de 2000 m².<br />

Para 2013 tem<strong>os</strong> cerca de 5 edifíci<strong>os</strong><br />

a entrar no mercado de escritóri<strong>os</strong> de<br />

Lisboa, perfazendo um total de cerca<br />

de 35 000 m². Sendo o edifício localizado<br />

na Av. Duarte Pacheco 7 o mais<br />

relevante com cerca de 17 000 m² de<br />

área de escritóri<strong>os</strong>. Para 2014 o LPI<br />

apenas identifica a futura sede da EDP<br />

<strong>que</strong> será localizada na Av. 24 de Julho<br />

com cerca de 20 000 m².


36 SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2012<br />

IMOBILIÁRIO<br />

Confidencial Imobiliário<br />

entrega prémi<strong>os</strong> André Jordan<br />

A Confidencial Imobiliário realiza, no próximo dia 3 de julho, na<br />

Biblioteca Municipal Palácio das Galveias, em Lisboa (Campo Pe<strong>que</strong>no),<br />

a cerimónia de entrega d<strong>os</strong> Prémi<strong>os</strong> André Jordan, relativ<strong>os</strong> à Edição<br />

2012. O evento tem receção a partir das 16h30, iniciando às 17h00, e<br />

encerra às 19 horas com um Porto de Honra no jardim do Palácio.<br />

Continente abre loja em Ponte da Pedra<br />

O Continente abriu uma nova loja em Ponte da Pedra, na<br />

Maia. O novo Continente Bom Dia será responsável pela<br />

criação de 73 nov<strong>os</strong> empreg<strong>os</strong> diret<strong>os</strong> e está inserida na<br />

estratégia de expansão da marca no país, procurando uma<br />

maior proximidade com <strong>os</strong> seus clientes.<br />

Com uma área de venda de 1500 m2, a nova loja de Ponte<br />

da Pedra tem espaç<strong>os</strong> modern<strong>os</strong> e inovadores.<br />

Frato <strong>que</strong>r duplicar vendas<br />

A Frato, marca de luxo especializada<br />

em soluções para interiores,<br />

<strong>que</strong>r duplicar o seu volume<br />

de negóci<strong>os</strong> em 2012, para um<br />

milhão de eur<strong>os</strong>, valor este <strong>que</strong><br />

advém da exportação d<strong>os</strong> seus<br />

produt<strong>os</strong> para <strong>os</strong> mercad<strong>os</strong> internacionais<br />

<strong>que</strong>, em finais de 2012,<br />

deverão ascender a 30 países.<br />

A oferta desta “luxury brand”,<br />

<strong>que</strong> se afirma exclusiva e c<strong>os</strong>mopolita,<br />

contempla soluções integradas<br />

de mobiliário, estofo e<br />

iluminação <strong>que</strong>, apesar de serem<br />

inteiramente desenhadas e produzidas<br />

em <strong>Portugal</strong>, têm 97%<br />

d<strong>os</strong> seus clientes no estrangeiro.<br />

“A criatividade e qualidade da<br />

n<strong>os</strong>sa coleção situa-se ao nível<br />

das marcas mais conceituadas<br />

mundialmente, pelo <strong>que</strong> o nicho<br />

de mercado <strong>que</strong> trabalham<strong>os</strong><br />

tende a ter maior peso no<br />

exterior, <strong>que</strong> é onde centram<strong>os</strong><br />

toda a n<strong>os</strong>sa estratégia de investimento,<br />

através da presença<br />

continuada n<strong>os</strong> certames mais<br />

importantes do setor, nomeadamente<br />

em Paris”, explica Carl<strong>os</strong><br />

Sant<strong>os</strong>, CEO da Frato.<br />

O mesmo responsável revela<br />

<strong>que</strong>, curi<strong>os</strong>amente, <strong>os</strong> mercad<strong>os</strong><br />

de exportação tradicionais para<br />

<strong>Portugal</strong>, como Espanha, Angola<br />

e Brasil, têm um peso residual na<br />

faturação da empresa.<br />

“Singapura, França, Arábia<br />

Saudita e Reino Unido estão entre<br />

<strong>os</strong> n<strong>os</strong>s<strong>os</strong> <strong>melhor</strong>es clientes,<br />

mas a verdade é <strong>que</strong> a n<strong>os</strong>sa faturação<br />

é muito dispersa e não se<br />

concentra num ou noutro mercado<br />

em particular, sendo mesmo<br />

expectável <strong>que</strong>, em 2012, <strong>os</strong> países<br />

terceir<strong>os</strong> assumam um peso<br />

superior a 50% na faturação,<br />

ultrapassando o espaço comunitário”,<br />

acrescenta.<br />

NOVIDADE<br />

O bbgourmet Loja Península é hoje<br />

inaugurado.<br />

<br />

Autor: Vitor Briga<br />

Páginas: 224<br />

P.V.P.: € 11.90<br />

R. Gonçalo Cristóvão, 14, r/c<br />

4000-263 PORTO<br />

Nome<br />

Morada<br />

C. P<strong>os</strong>tal<br />

E-mail<br />

Quer pensar em formas mais p<strong>os</strong>itivas<br />

e criativas de fazer as coisas?<br />

Quer surpreender <strong>os</strong> seus clientes?<br />

Neste livro encontrará vinte e seis comportament<strong>os</strong><br />

e hábit<strong>os</strong> prátic<strong>os</strong>, numa linguagem<br />

clara e sucinta, <strong>que</strong> o ajudarão a ter<br />

(e vender) ideias originais. São o resultado<br />

da aprendizagem clown do autor, da<br />

análise de ideias de sucesso, e da sua vasta<br />

experiência como formador em diversas<br />

empresas nacionais e multinacionais.<br />

<br />

Só precisa de libertar o seu palhaço interior! Joga?<br />

Um livro inovador sobre a arte de ter (e vender) ideias criativas<br />

http://livraria.vidaeconomica.pt<br />

Nº Contribuinte<br />

Solicito o envio de exemplar(es) do livro de Clone a Clown, com o PVP unitário de 11.90€.<br />

Para o efeito envio che<strong>que</strong>/vale nº , s/ o , no valor de € ,<br />

Solicito o envio à cobrança. (Acrescem 4€ para despesas de envio e cobrança).<br />

ASSINATURA<br />

<br />

<br />

(recortar ou fotocopiar)<br />

Grupo<br />

bbgourmet<br />

abre novo<br />

espaço<br />

de restauração<br />

no Porto<br />

O grupo bbgourmet inaugura,<br />

hoje, mais um espaço de restauração<br />

situado no Porto, desta feita no<br />

“Península Bouti<strong>que</strong> Center”, mais<br />

precisamente na praça do Bom Sucesso,<br />

Boavista.<br />

Trata-se do primeiro estabelecimento<br />

100% “traiteur”, preparado<br />

para servir refeições gourmet prontas<br />

em apenas cinco minut<strong>os</strong>, <strong>que</strong>r<br />

para consumir, <strong>que</strong>r para levar para<br />

casa, onde podem ser mantidas em<br />

frio p<strong>os</strong>itivo até 30 dias sem perder<br />

qual<strong>que</strong>r propriedade. A nova<br />

loja, <strong>que</strong> é inaugurada oficialmente<br />

hoje, pelas 18 horas, foi criada a<br />

pensar na atual conjuntura económica,<br />

fornecendo uma boa relação<br />

qualidade/preço (é p<strong>os</strong>sível adquirir<br />

refeições com preç<strong>os</strong> a começar<br />

n<strong>os</strong> cinco eur<strong>os</strong>).<br />

A escolha do local, segundo Jorge<br />

Sant<strong>os</strong>, administrador do grupo,<br />

“prende-se com o facto de ser uma<br />

zona de grande densidade populacional<br />

e profissional”. Para além<br />

disso, “é de fácil estacionamento e<br />

o espaço comercial vai ter presenças<br />

<strong>que</strong> o vão dinamizar bastante”.<br />

Com um investimento <strong>que</strong> ronda<br />

<strong>os</strong> 250 mil eur<strong>os</strong> e <strong>que</strong> criará 10<br />

p<strong>os</strong>t<strong>os</strong> de trabalho, o bbgourmet<br />

Loja Península funcionará diariamente<br />

das 10 horas às 22 horas,<br />

servindo menus de pe<strong>que</strong>no-almoço,<br />

almoço ou lanche, sempre<br />

disponíveis a qual<strong>que</strong>r hora, com<br />

mais de 100 opções de carta. Está,<br />

igualmente, preparado para realizar<br />

entregas ao domicílio de todas<br />

as ofertas.


36 SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2012<br />

IMOBILIÁRIO<br />

Confidencial Imobiliário<br />

entrega prémi<strong>os</strong> André Jordan<br />

A Confidencial Imobiliário realiza, no próximo dia 3 de julho, na<br />

Biblioteca Municipal Palácio das Galveias, em Lisboa (Campo Pe<strong>que</strong>no),<br />

a cerimónia de entrega d<strong>os</strong> Prémi<strong>os</strong> André Jordan, relativ<strong>os</strong> à Edição<br />

2012. O evento tem receção a partir das 16h30, iniciando às 17h00, e<br />

encerra às 19 horas com um Porto de Honra no jardim do Palácio.<br />

Continente abre loja em Ponte da Pedra<br />

O Continente abriu uma nova loja em Ponte da Pedra, na<br />

Maia. O novo Continente Bom Dia será responsável pela<br />

criação de 73 nov<strong>os</strong> empreg<strong>os</strong> diret<strong>os</strong> e está inserida na<br />

estratégia de expansão da marca no país, procurando uma<br />

maior proximidade com <strong>os</strong> seus clientes.<br />

Com uma área de venda de 1500 m2, a nova loja de Ponte<br />

da Pedra tem espaç<strong>os</strong> modern<strong>os</strong> e inovadores.<br />

Frato <strong>que</strong>r duplicar vendas<br />

A Frato, marca de luxo especializada<br />

em soluções para interiores,<br />

<strong>que</strong>r duplicar o seu volume<br />

de negóci<strong>os</strong> em 2012, para um<br />

milhão de eur<strong>os</strong>, valor este <strong>que</strong><br />

advém da exportação d<strong>os</strong> seus<br />

produt<strong>os</strong> para <strong>os</strong> mercad<strong>os</strong> internacionais<br />

<strong>que</strong>, em finais de 2012,<br />

deverão ascender a 30 países.<br />

A oferta desta “luxury brand”,<br />

<strong>que</strong> se afirma exclusiva e c<strong>os</strong>mopolita,<br />

contempla soluções integradas<br />

de mobiliário, estofo e<br />

iluminação <strong>que</strong>, apesar de serem<br />

inteiramente desenhadas e produzidas<br />

em <strong>Portugal</strong>, têm 97%<br />

d<strong>os</strong> seus clientes no estrangeiro.<br />

“A criatividade e qualidade da<br />

n<strong>os</strong>sa coleção situa-se ao nível<br />

das marcas mais conceituadas<br />

mundialmente, pelo <strong>que</strong> o nicho<br />

de mercado <strong>que</strong> trabalham<strong>os</strong><br />

tende a ter maior peso no<br />

exterior, <strong>que</strong> é onde centram<strong>os</strong><br />

toda a n<strong>os</strong>sa estratégia de investimento,<br />

através da presença<br />

continuada n<strong>os</strong> certames mais<br />

importantes do setor, nomeadamente<br />

em Paris”, explica Carl<strong>os</strong><br />

Sant<strong>os</strong>, CEO da Frato.<br />

O mesmo responsável revela<br />

<strong>que</strong>, curi<strong>os</strong>amente, <strong>os</strong> mercad<strong>os</strong><br />

de exportação tradicionais para<br />

<strong>Portugal</strong>, como Espanha, Angola<br />

e Brasil, têm um peso residual na<br />

faturação da empresa.<br />

“Singapura, França, Arábia<br />

Saudita e Reino Unido estão entre<br />

<strong>os</strong> n<strong>os</strong>s<strong>os</strong> <strong>melhor</strong>es clientes,<br />

mas a verdade é <strong>que</strong> a n<strong>os</strong>sa faturação<br />

é muito dispersa e não se<br />

concentra num ou noutro mercado<br />

em particular, sendo mesmo<br />

expectável <strong>que</strong>, em 2012, <strong>os</strong> países<br />

terceir<strong>os</strong> assumam um peso<br />

superior a 50% na faturação,<br />

ultrapassando o espaço comunitário”,<br />

acrescenta.<br />

NOVIDADE<br />

O bbgourmet Loja Península é hoje<br />

inaugurado.<br />

<br />

Autor: Vitor Briga<br />

Páginas: 224<br />

P.V.P.: € 11.90<br />

R. Gonçalo Cristóvão, 14, r/c<br />

4000-263 PORTO<br />

Nome<br />

Morada<br />

C. P<strong>os</strong>tal<br />

E-mail<br />

Quer pensar em formas mais p<strong>os</strong>itivas<br />

e criativas de fazer as coisas?<br />

Quer surpreender <strong>os</strong> seus clientes?<br />

Neste livro encontrará vinte e seis comportament<strong>os</strong><br />

e hábit<strong>os</strong> prátic<strong>os</strong>, numa linguagem<br />

clara e sucinta, <strong>que</strong> o ajudarão a ter<br />

(e vender) ideias originais. São o resultado<br />

da aprendizagem clown do autor, da<br />

análise de ideias de sucesso, e da sua vasta<br />

experiência como formador em diversas<br />

empresas nacionais e multinacionais.<br />

<br />

Só precisa de libertar o seu palhaço interior! Joga?<br />

Um livro inovador sobre a arte de ter (e vender) ideias criativas<br />

http://livraria.vidaeconomica.pt<br />

Nº Contribuinte<br />

Solicito o envio de exemplar(es) do livro de Clone a Clown, com o PVP unitário de 11.90€.<br />

Para o efeito envio che<strong>que</strong>/vale nº , s/ o , no valor de € ,<br />

Solicito o envio à cobrança. (Acrescem 4€ para despesas de envio e cobrança).<br />

ASSINATURA<br />

<br />

<br />

(recortar ou fotocopiar)<br />

Grupo<br />

bbgourmet<br />

abre novo<br />

espaço<br />

de restauração<br />

no Porto<br />

O grupo bbgourmet inaugura,<br />

hoje, mais um espaço de restauração<br />

situado no Porto, desta feita no<br />

“Península Bouti<strong>que</strong> Center”, mais<br />

precisamente na praça do Bom Sucesso,<br />

Boavista.<br />

Trata-se do primeiro estabelecimento<br />

100% “traiteur”, preparado<br />

para servir refeições gourmet prontas<br />

em apenas cinco minut<strong>os</strong>, <strong>que</strong>r<br />

para consumir, <strong>que</strong>r para levar para<br />

casa, onde podem ser mantidas em<br />

frio p<strong>os</strong>itivo até 30 dias sem perder<br />

qual<strong>que</strong>r propriedade. A nova<br />

loja, <strong>que</strong> é inaugurada oficialmente<br />

hoje, pelas 18 horas, foi criada a<br />

pensar na atual conjuntura económica,<br />

fornecendo uma boa relação<br />

qualidade/preço (é p<strong>os</strong>sível adquirir<br />

refeições com preç<strong>os</strong> a começar<br />

n<strong>os</strong> cinco eur<strong>os</strong>).<br />

A escolha do local, segundo Jorge<br />

Sant<strong>os</strong>, administrador do grupo,<br />

“prende-se com o facto de ser uma<br />

zona de grande densidade populacional<br />

e profissional”. Para além<br />

disso, “é de fácil estacionamento e<br />

o espaço comercial vai ter presenças<br />

<strong>que</strong> o vão dinamizar bastante”.<br />

Com um investimento <strong>que</strong> ronda<br />

<strong>os</strong> 250 mil eur<strong>os</strong> e <strong>que</strong> criará 10<br />

p<strong>os</strong>t<strong>os</strong> de trabalho, o bbgourmet<br />

Loja Península funcionará diariamente<br />

das 10 horas às 22 horas,<br />

servindo menus de pe<strong>que</strong>no-almoço,<br />

almoço ou lanche, sempre<br />

disponíveis a qual<strong>que</strong>r hora, com<br />

mais de 100 opções de carta. Está,<br />

igualmente, preparado para realizar<br />

entregas ao domicílio de todas<br />

as ofertas.


SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2012 37<br />

MERCADOS<br />

PSI-20 (27.06) 4628,96<br />

-1,05% Var. Semana<br />

-15,75% Var. 2012<br />

Dow Jones 27/jun ......12620,95<br />

Var Sem ...............................-1,60%<br />

Var 2012 ................................3,29%<br />

Nasdaq 27/Jun ......................2877,1<br />

Var Sem ...............................-1,83%<br />

Var 2012 ..............................10,43%<br />

IBEX 35 27/jun ..............6666,90<br />

Var Sem ...............................-1,90%<br />

Var 2012 .............................-22,17%<br />

DAX 27/jun ....................6228,99<br />

Var Sem ...............................-2,55%<br />

Var 2012 ................................5,61%<br />

CAC40 27/jun ................3063,12<br />

Var Sem ...............................-2,03%<br />

Var 2012 ...............................-3,06%<br />

COLABORAÇÃO: BANCO POPULAR<br />

DADOS DO INE PARA MAIO REVELAM<br />

Valor das avaliações bancárias da habitação<br />

mantém tendência de <strong>que</strong>da<br />

AQUILES PINTO<br />

aquilespinto@vidaeconomica.pt<br />

O valor médio de avaliação<br />

bancária de habitação em <strong>Portugal</strong><br />

foi, segundo dad<strong>os</strong> do INE,<br />

de 1047 eur<strong>os</strong> o m2 em maio, o<br />

<strong>que</strong> corresponde a uma diminuição<br />

de 0,8% comparativamente<br />

com o valor observado em abril.<br />

Já a variação homóloga foi de<br />

-8,9%. Em abril, e pela mesma<br />

ordem, a variação tinha sido, de<br />

acordo com a mesma instituição,<br />

de 0,3% e de -8,6%.<br />

O mesmo Inquérito à Avaliação<br />

Bancária na Habitação do<br />

INE revela <strong>que</strong> todas as regiões<br />

NUTS II registaram, em maio,<br />

variações em cadeia negativas, à<br />

exceção do Algarve, com um aumento<br />

de 1,4% do respetivo valor<br />

médio, para 1340 eur<strong>os</strong> por<br />

m2. Relativamente às restantes<br />

regiões, <strong>os</strong> decréscim<strong>os</strong> mais intens<strong>os</strong><br />

verificaram-se na Região<br />

Autónoma d<strong>os</strong> Açores (-5,8%) e<br />

no Alentejo (-1,7%). Também na<br />

comparação com maio de 2011<br />

O <strong>que</strong> marca o ritmo d<strong>os</strong> mercad<strong>os</strong><br />

financeir<strong>os</strong>: maus dad<strong>os</strong> económic<strong>os</strong> e<br />

pressão sobre a dívida soberana na Europa<br />

(nomeadamente Espanha e Itália)<br />

continuam a marcar o ritmo d<strong>os</strong> mercad<strong>os</strong><br />

financeir<strong>os</strong>. As yields das obrigações<br />

espanholas a 10 an<strong>os</strong> ultrapassaram o nível<br />

psicológico de 7% (novo máximo histórico<br />

observado no dia 18 de junho de<br />

2012, n<strong>os</strong> 7,285%). Os recei<strong>os</strong> de <strong>que</strong> a<br />

Itália siga o mesmo rumo (ajuda externa)<br />

levaram as yields a 10 an<strong>os</strong> para valores<br />

superiores a 6%. A chanceler alemã continua<br />

a fazer frente às eurobonds e aponta<br />

o caminho do sacrifício para a salvação<br />

do euro. A próxima cimeira europeia vai<br />

ajudar a perceber <strong>que</strong> medidas estão a ser<br />

ponderadas e <strong>que</strong>m as apoia (integração<br />

bancária e fiscal, controlo d<strong>os</strong> orçament<strong>os</strong><br />

d<strong>os</strong> países intervencionad<strong>os</strong> e incumpridores,<br />

o papel do BCE na supervisão<br />

d<strong>os</strong> banc<strong>os</strong> da Zona Euro, etc).<br />

Espanha: O governo espanhol formalizou<br />

o pedido de resgate à banca e vai<br />

assinar o Memorando de Entendimento<br />

no dia 9 de julho. Agora podem<strong>os</strong> <strong>que</strong>stionar:<br />

este empréstimo agrava ou não as<br />

contas do país? Os cust<strong>os</strong> deste empréstimo<br />

são menores do <strong>que</strong> um eventual<br />

a totalidade das regiões portuguesas<br />

manteve taxas de variação<br />

negativas. As diminuições mais<br />

significativas foram, de acordo<br />

com o organismo nacional de<br />

estatística, observadas na região<br />

de Lisboa (-10,8%) e na Região<br />

Autónoma d<strong>os</strong> Açores (-16,2%).<br />

Apartament<strong>os</strong> do Porto<br />

na média<br />

Na análise isoladas a<strong>os</strong> dois<br />

maiores centr<strong>os</strong> urban<strong>os</strong> de <strong>Portugal</strong>,<br />

regista-se <strong>que</strong> a Área Metropolitana<br />

de Lisboa registou<br />

um valor médio de avaliação de<br />

1240 eur<strong>os</strong> o m2, traduzindo decréscim<strong>os</strong><br />

de 0,6% e de 10,8%<br />

face a<strong>os</strong> meses anterior e homólogo,<br />

respetivamente. Na Área<br />

Metropolitana do Porto, o valor<br />

médio de avaliação bancária<br />

reduziu-se 1,5% em maio face a<br />

abril e 8,8% na comparação com<br />

maio de 2011, tendo-se fixado<br />

n<strong>os</strong> 974 eur<strong>os</strong> por m2.<br />

Os valores médi<strong>os</strong> observad<strong>os</strong><br />

na Área Metropolitana de Lisboa<br />

mantiveram-se superiores a<strong>os</strong><br />

valores médi<strong>os</strong> registad<strong>os</strong> para o<br />

total do país, <strong>que</strong>r para <strong>os</strong> apartament<strong>os</strong><br />

<strong>que</strong>r para as moradias.<br />

ALEXANDRE MOTA, DIRETOR<br />

executivo da Golden Broker<br />

http://bgoldenbroker.blogspot.com/<br />

www.goldenbroker.com<br />

Alguns temas para pensar!<br />

Em maio, o valor médio da avaliação bancária das casas em <strong>Portugal</strong> foi de<br />

1047 eur<strong>os</strong> o m2.<br />

Na Área Metropolitana do Porto,<br />

apenas o valor médio de avaliação<br />

das moradias se situa acima<br />

da média total nacional.<br />

recurso a<strong>os</strong> mercad<strong>os</strong>? Resp<strong>os</strong>ta: Na última<br />

emissão do tesouro espanhol <strong>os</strong> jur<strong>os</strong><br />

implícit<strong>os</strong> da operação quase <strong>que</strong> triplicaram<br />

– a resp<strong>os</strong>ta parece clara – é um<br />

mal menor! O banco de Espanha já deu<br />

indicações de <strong>que</strong> a economia do país está<br />

a deteriorar-se no segundo trimestre e a<br />

um ritmo mais intenso do <strong>que</strong> o previsto.<br />

Grécia: Antonis Samaras (líder do partido<br />

da Nova Democracia, <strong>que</strong> venceu<br />

as eleições na Grécia) anunciou o novo<br />

governo de coligação. Após vári<strong>os</strong> meses<br />

de impasse, Nova Democracia (conservadores),<br />

Pasok (socialistas) e Es<strong>que</strong>rda<br />

Democrática vão assumir o rumo da Grécia.<br />

A prioridade do novo executivo passa<br />

por retomar o contacto/negociações com<br />

a troika. Entretanto o governo já sofreu<br />

uma baixa, o ministro das finanças demitiu-se<br />

cinco dias depois de ser nomeado.<br />

A fragilidade do recém-governo parece<br />

ser mesmo literal! Antonis Samaras está<br />

com um problema de saúde e será Karol<strong>os</strong><br />

Papoulias <strong>que</strong>m irá representar a Grécia<br />

na cimeira europeia.<br />

EUA: A Reserva Federal americana<br />

prolongou a Operação Twist até ao final<br />

de 2012, anunciando compras e vendas<br />

adicionais de obrigações do tesouro americano<br />

(totalizando <strong>os</strong> 267 mil milhões<br />

de dólares). Esta decisão desapontou um<br />

pouco <strong>os</strong> investidores <strong>que</strong> antecipavam o<br />

anúncio de medidas mais agressivas em<br />

term<strong>os</strong> de uma política monetária expansionista.<br />

Além disso, a Fed reviu em baixa<br />

o crescimento da economia americana<br />

para <strong>os</strong> próxim<strong>os</strong> dois an<strong>os</strong> e em alta a<br />

taxa de desemprego. Curi<strong>os</strong>idade: através<br />

da Operação Twist, a Fed vendeu 400 mil<br />

milhões de dólares em títul<strong>os</strong> do Tesouro<br />

de curto prazo, aplicando esse valor<br />

na compra de obrigações de praz<strong>os</strong> mais<br />

alargad<strong>os</strong>. O objetivo desta operação é<br />

reduzir as taxas de juro de longo prazo.<br />

Mercad<strong>os</strong>: Os mercad<strong>os</strong> acionistas e a<br />

maioria das “commodites” começaram a<br />

perder terreno em março deste ano, enquanto<br />

assistim<strong>os</strong> a um ligeira apreciação<br />

do dólar americano. O índice nacional<br />

PSI 20 e o espanhol IBEX recuam no ano<br />

mais de 20%, o índice francês CAC segue<br />

com uma perda em torno de 4% e o índice<br />

alemão DAX ainda segue p<strong>os</strong>itivo. N<strong>os</strong><br />

Estad<strong>os</strong> Unid<strong>os</strong>, o índice S&P 500 segue<br />

com um ganho em torno de 5%, o índice<br />

Dow Jones avança mais de 3% e o Nasdaq<br />

Comp<strong>os</strong>ite valoriza mais de 10%.<br />

Bons Investiment<strong>os</strong>!<br />

Continente<br />

lança produto<br />

de poupança<br />

com rentabilidade<br />

fixa de 7% ao ano<br />

O Continente lançou uma solução<br />

de poupança com uma taxa fixa<br />

de rentabilidade de 7% ao ano: as<br />

Obrigações Continente. Emitidas<br />

pela Sonae, são disponibilizadas<br />

através de uma oferta pública de<br />

subscrição, sendo <strong>que</strong> as ordens<br />

são de, no mínimo, mil eur<strong>os</strong>. O<br />

pagamento d<strong>os</strong> jur<strong>os</strong> é semestral<br />

e p<strong>os</strong>tecipado. A subscrição pode<br />

ser efetuada de 2 a 20 de julho, no<br />

BPI, no Banco Popular, no Banif,<br />

no Deutsche Bank e no Banco LJ<br />

Carreg<strong>os</strong>a (banc<strong>os</strong> colocadores),<br />

bem como n<strong>os</strong> balcões de adesão<br />

existentes nas lojas Continente<br />

(operad<strong>os</strong> pelo Banco Popular) ou<br />

em qual<strong>que</strong>r outro banco ou intermediário<br />

financeiro. As Obrigações<br />

Continente têm o prazo de três<br />

an<strong>os</strong> e um montante previsto de<br />

100 milhões de eur<strong>os</strong>.<br />

“Em moment<strong>os</strong> como <strong>os</strong> <strong>que</strong> o<br />

país atravessa, é muito importante<br />

darm<strong>os</strong> às famílias portuguesas<br />

a tranquilidade de terem as poupanças<br />

associadas a uma marca de<br />

confiança”, segundo André Sousa,<br />

administrador da Sonae MC. “As<br />

Obrigações Continente são, neste<br />

contexto, um investimento simples<br />

e com rentabilidade atrativa <strong>que</strong><br />

passa agora a estar acessível a<strong>os</strong> pe<strong>que</strong>n<strong>os</strong><br />

investidores”, acrescentou o<br />

executivo.<br />

Bruxelas aprova<br />

prolongamento<br />

de garantias<br />

a<strong>os</strong> banc<strong>os</strong><br />

A Comissão Europeia aprovou<br />

até 31 de dezembro de 2012 o<br />

prolongamento de um regime <strong>que</strong><br />

permite o fornecimento de garantias<br />

públicas às instituições de crédito<br />

em <strong>Portugal</strong>. “O regime português<br />

de garantias foi originalmente<br />

aprovado a 29 de outubro de 2008<br />

e prolongado a 22 de fevereiro de<br />

2010, a 23 de julho de 2010, a 21<br />

de janeiro de 2011, a 30 de junho<br />

de 2011 e a 21 de dezembro de<br />

2011”, esclarece um comunicado.<br />

Bruxelas considerou o prolongamento<br />

das medidas compatível<br />

com as suas orientações relativas<br />

a<strong>os</strong> auxíli<strong>os</strong> estatais a<strong>os</strong> banc<strong>os</strong><br />

durante a crise: “As medidas estão,<br />

designadamente, bem direcionadas,<br />

são proporcionadas e limitadas<br />

no seu âmbito de aplicação.<br />

Por conseguinte, a Comissão concluiu<br />

<strong>que</strong> as garantias são compatíveis<br />

com o disp<strong>os</strong>to na alínea b),<br />

n.º 3, do artigo 107º do Tratado<br />

sobre o Funcionamento da União<br />

Europeia”.


38 SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2012<br />

MERCADOS<br />

EURODÓLAR (27.06) 1,2457 Euro/Libra 27/jun...... 0,8011 EURIBOR 6M (27.06) 0,9260 Euribor 3M 27/jun .....0,6520 PETRÓLEO BRENT (27.06) 93,57<br />

Var Sem ......................... 0,85%<br />

Var Abs Sem ...................-0,003<br />

-1,85% Var. Semana -0,003% Var. Semana 0,90% Var. Semana<br />

Var 2012 ......................... 4,31%<br />

Var 2012 ..........................-0,349<br />

Ouro 27/jun ......... 1573,30<br />

Var Sem .................... -1,92%<br />

Var 2012 .................... -0,20%<br />

Euro/Iene 27/jun .....99,4460<br />

Var Sem ......................... 1,49%<br />

Var 2012 ......................... 0,33%<br />

Euribor 1Y 27/jun ......1,2120<br />

Var Abs Sem ...................-0,002<br />

Var 2012 ..........................-0,292<br />

Prata 27/jun ............. 26,93<br />

Var Sem .................... -4,36%<br />

Var 2012 .................... -4,50%<br />

-3,88% Var. 2012 -0,298% Var. 2012 -12,91% Var. 2012<br />

COLABORAÇÃO: BANCO POPULAR<br />

BANCO CRIOU PROJETO EM 2005<br />

Millennium bcp já financiou 20<br />

milhões em microcrédito<br />

AQUILES PINTO<br />

aquilespinto@vidaeconomica.pt<br />

“Os resultad<strong>os</strong> alcançad<strong>os</strong> demonstram a importância do Microcrédito Millennium bcp na criação<br />

de emprego e na luta contra a exclusão social”<br />

O montante financiado pelo Millennium<br />

bcp em microcrédito no fim de maio último<br />

totalizava 19,8 milhões de eur<strong>os</strong>, distribuíd<strong>os</strong><br />

por 2397 projet<strong>os</strong> <strong>que</strong> criaram<br />

3599 p<strong>os</strong>t<strong>os</strong> de trabalho, apurou a “<strong>Vida</strong><br />

Económica”. “Os resultad<strong>os</strong> alcançad<strong>os</strong> demonstram<br />

a importância do Microcrédito<br />

Millennium bcp na criação de emprego e<br />

na luta contra a exclusão social”, pode ler-se<br />

numa nota do banco a <strong>que</strong> tivem<strong>os</strong> acesso.<br />

Existente desde novembro de 2005 e integrado<br />

na política de responsabilidade social<br />

da instituição, o microcrédito do banco<br />

liderado por Nuno Amado destina-se a<br />

financiar projet<strong>os</strong> sem acesso a crédito na<br />

banca tradicional – como desempregad<strong>os</strong>,<br />

reformad<strong>os</strong>, imigrantes, estudantes, domésticas<br />

e microempresas – <strong>que</strong> preencham<br />

dois requisit<strong>os</strong> básic<strong>os</strong>: tenham uma ideia de<br />

negócio economicamente viável e perfil de<br />

empreendedor.<br />

Segundo o Millennium bcp, o serviço<br />

inclui a colaboração na elaboração do plano<br />

de negóci<strong>os</strong>; a análise da viabilidade de<br />

negócio; ajuda para o controlo do negócio;<br />

colaboração, durante toda a vida do projeto,<br />

nas alterações de estratégia <strong>que</strong> p<strong>os</strong>sam vir a<br />

ser necessárias implementar; e apoio, quando<br />

necessário, a reestruturações de financiamento.<br />

Fonte da entidade disse ao n<strong>os</strong>so<br />

jornal <strong>que</strong> esta é uma ap<strong>os</strong>ta a manter. “O<br />

banco vai manter a sua operação autónoma<br />

de microcrédito”, indicou-n<strong>os</strong>.<br />

Até 60 meses e 25 mil eur<strong>os</strong><br />

A oferta base é constituída por dois produt<strong>os</strong><br />

de crédito simples (crédito individual<br />

e em grupo), complementada por formação<br />

e pela já referida consultoria de negócio. O<br />

montante máximo de crédito é de 25 mil<br />

eur<strong>os</strong> por candidato, sendo o prazo máximo<br />

de 48 meses para montantes inferiores a sete<br />

mil eur<strong>os</strong> e até 60 meses para projet<strong>os</strong> acima<br />

desse valor. De acordo com o Millennium<br />

bcp a taxa de juro a praticar é variável “de<br />

acordo com a natureza do projeto e com o<br />

perfil do candidato” e pode haver lugar a um<br />

período de carência inicial ou p<strong>os</strong>terior, “se<br />

necessário e de acordo com o projeto”.<br />

Prop<strong>os</strong>tas<br />

de Diogo Feio<br />

avançam<br />

no Parlamento<br />

Europeu<br />

A Comissão de Assunt<strong>os</strong> Económic<strong>os</strong> e<br />

Monetári<strong>os</strong> (ECON) do Parlamento Europeu<br />

aprovou as prop<strong>os</strong>tas de alteração do<br />

eurodeputado Diogo Feio ao relatório sobre<br />

as agências de rating. Prop<strong>os</strong>tas como a<br />

revisão das notações da dívida soberana, a<br />

ser tornada pública apenas em praz<strong>os</strong> fix<strong>os</strong>,<br />

de forma a evitar a p<strong>os</strong>sível manipulação<br />

d<strong>os</strong> mercad<strong>os</strong>, com notações divulgadas na<br />

véspera de leilões de dívida ou a criação de<br />

uma rede de pe<strong>que</strong>nas agências de notação<br />

já existentes são apenas alguns das ideias<br />

aprovadas.<br />

O eurodeputado do CDS-PP apresentou<br />

92 prop<strong>os</strong>tas de alteração <strong>que</strong> vão no<br />

sentido da regulação destas agências, como<br />

apresentado no livro “O Poder das Agências”,<br />

lançado no início deste ano. “Conseguiu-se<br />

um texto equilibrado <strong>que</strong> não<br />

mata o mensageiro, mas <strong>que</strong> permite <strong>que</strong> a<br />

mensagem seja transmitida de uma forma<br />

mais regulada, transparente e objetiva. São<br />

introduzidas importantes alterações na forma<br />

como são emitid<strong>os</strong> e publicad<strong>os</strong> <strong>os</strong> ratings<br />

das dívidas soberanas, alterações essas<br />

<strong>que</strong> podem ter um efeito muito p<strong>os</strong>itivo<br />

na evolução de Estad<strong>os</strong> como <strong>Portugal</strong> <strong>que</strong><br />

ficará, assim, men<strong>os</strong> sujeito a downgrades<br />

inesperad<strong>os</strong> e por vezes pouco justificad<strong>os</strong><br />

e fundamentad<strong>os</strong>”, disse Diogo Feio.<br />

Especulação<br />

RICARDO ARROJA<br />

Pedro Arroja Gestão de Patrimóni<strong>os</strong>, SA e docente no<br />

Instituto de Estud<strong>os</strong> Superiores Financeir<strong>os</strong> e Fiscais (IESF)<br />

A política do não<br />

Nas últimas semanas, sobretudo desde<br />

<strong>que</strong> François Hollande foi eleito presidente<br />

francês, a Alemanha tem sido ac<strong>os</strong>sada<br />

por tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> lad<strong>os</strong>, a fim de suavizar a<br />

sua p<strong>os</strong>ição negocial nesta crise do euro,<br />

<strong>que</strong> já vai longa. Assim, pela primeira<br />

vez desde <strong>que</strong> há memória, <strong>os</strong> principais<br />

representantes das entidades comunitárias<br />

– Barr<strong>os</strong>o, Van Rompuy e Draghi –<br />

uniram-se contra a Alemanha e, de forma<br />

conjunta, pediram a mutualização da<br />

dívida, bem como uma união bancária na<br />

Europa do euro. Ao mesmo tempo, uma<br />

curi<strong>os</strong>a fonte não identificada do Ministério<br />

das Finanças alemão deixou escapar <strong>que</strong>,<br />

segundo estimativas próprias, a impl<strong>os</strong>ão<br />

da moeda única custaria à economia alemã<br />

uma contracção económica de 10%, com<br />

o desemprego a duplicar. Curi<strong>os</strong>amente<br />

também, em face de toda esta pressão<br />

(externa e interna), Angela Merkel mantevese<br />

firme e hirta – “nunca enquanto eu for<br />

viva”, disse acerca da mutualização total da<br />

dívida europeia.<br />

Enfim, confesso <strong>que</strong> já perdi a conta ao<br />

número de artig<strong>os</strong> <strong>que</strong>, nesta coluna, já<br />

dedi<strong>que</strong>i a este tema. A minha tese – <strong>que</strong> o<br />

euro se partirá nas suas pontas, com a saída<br />

da Grécia ou da Alemanha ou de ambas,<br />

mantendo-se a moeda única como moeda<br />

de um conjunto de economias intermédias<br />

– é também já deveras conhecida da<strong>que</strong>les<br />

<strong>que</strong> me lêem regularmente. E muito<br />

embora as instâncias europeias continuem<br />

a enganar o tempo e a protelar as decisões<br />

verdadeiramente difíceis, à medida <strong>que</strong> esse<br />

mesmo tempo progride a par e passo com a<br />

indefinição estratégica, o desmembramento<br />

da zona euro torna-se progressivamente<br />

mais provável. O problema é mesmo prever<br />

o momento desse desmembramento – coisa<br />

<strong>que</strong> eu já desisti de fazer –, bem como o<br />

cli<strong>que</strong> final <strong>que</strong> conduza a esse desfecho. E,<br />

francamente, quanto mais rápido a situação<br />

se desengonçar, tanto <strong>melhor</strong> para as pessoas<br />

d<strong>os</strong> países mais afectad<strong>os</strong> – tanto do lado<br />

d<strong>os</strong> credores como, sobretudo, do lado d<strong>os</strong><br />

devedores.<br />

A crise <strong>que</strong> um dia começou na Grécia<br />

e <strong>que</strong> depois se alastrou à Irlanda e a<br />

<strong>Portugal</strong> entrou agora na primeira divisão.<br />

A Espanha e a Itália também estão à prova<br />

e a França vem já a seguir. Voltando à<br />

primeira vítima, a Grécia, a forma como <strong>os</strong><br />

element<strong>os</strong> do novo Governo, ainda antes<br />

de serem emp<strong>os</strong>sad<strong>os</strong>, têm vindo a cair<br />

em demissão é reveladora da calamidade<br />

financeira, económica e política <strong>que</strong> se<br />

abateu sobre a<strong>que</strong>le país. Em simultâneo,<br />

em <strong>Portugal</strong>, a situação orçamental<br />

deteriora-se acentuadamente. Aqui ao lado,<br />

em Espanha, o Executivo de Rajoy avisa:<br />

não aguentarem<strong>os</strong> este nível de jur<strong>os</strong> por<br />

muito mais tempo. E em Itália, um sisudo<br />

e pouco conversador Monti, ao mesmo<br />

tempo <strong>que</strong> não consegue avançar nas suas<br />

reformas estruturais, vai deixando cair<br />

<strong>que</strong> assim não vam<strong>os</strong> lá. Do outro lado,<br />

bem ou mal, Merkel diz “Nein” ao fundo<br />

europeu de garantia de depósit<strong>os</strong>, “Nein” à<br />

transformação do mecanismo permanente<br />

de resgate em banco – há até <strong>que</strong>m<br />

<strong>que</strong>stione a sua capacidade de fazer aprovar<br />

o tal mecanismo no parlamento alemão – e<br />

“Nein” a<strong>os</strong> eurobonds enquanto <strong>os</strong> credores<br />

não forem capazes de centralizar em si a<br />

política orçamental d<strong>os</strong> devedores – “nunca<br />

enquanto eu for viva”. Eis a política do<br />

“Não” no seu esplendor.<br />

A Europa está blo<strong>que</strong>ada. Não anda<br />

nem deixa andar. E a única entidade capaz<br />

de ir adiando uma saída deste beco sem<br />

saída é o Banco Central Europeu, a <strong>que</strong>m,<br />

muito em breve, a Espanha e a Itália<br />

pedirão <strong>que</strong> lhes comprem a sua dívida<br />

soberana como outrora aconteceu – uma<br />

iniciativa <strong>que</strong>, tendo avançado, nunca<br />

mereceu a aprovação d<strong>os</strong> alemães. E, de<br />

facto, sendo o Banco Central Europeu<br />

uma entidade não democrática, uma<br />

entidade corporativa e parte activamente<br />

interessada na manutenção do euro, o<br />

mais certo é <strong>que</strong> Draghi e companhia<br />

mandem avançar as rotativas, mandando<br />

a opinião pública da Alemanha às malvas.<br />

Os alemães bem poderão bater o pé, mas<br />

tendo em conta <strong>que</strong> apenas p<strong>os</strong>suem dois<br />

vot<strong>os</strong> em vinte e três p<strong>os</strong>síveis no comité<br />

oficial do BCE, pouco poderão fazer se <strong>os</strong><br />

restantes, a despeito da op<strong>os</strong>ição germânica,<br />

assim decidirem avançar. Em suma, como<br />

também aqui fui sugerindo ao longo d<strong>os</strong><br />

últim<strong>os</strong> meses, o poder germânico não terá<br />

hipótese contra o poder de uma união de<br />

periféric<strong>os</strong> e a Alemanha acabará entre a<br />

espada e a parede: ou sai do euro (“Nein”),<br />

pelo caminho perdendo uma parte (mais ou<br />

men<strong>os</strong>) significativa d<strong>os</strong> 700 mil milhões<br />

de eur<strong>os</strong> – cerca de 25% do PIB alemão –<br />

<strong>que</strong> tem a haver d<strong>os</strong> restantes membr<strong>os</strong> do<br />

Eur<strong>os</strong>sistema, ou assina o che<strong>que</strong> em branco<br />

(“Ja”). Sairá do euro.


SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2012 39<br />

MERCADOS<br />

BCE projeta alterar normas de notação financeira<br />

O Banco Central Europeu tem em estudo a p<strong>os</strong>sibilidade de eliminar no médio prazo as normas<br />

de rating, no momento de aceitar a dívida pública como garantia nas suas operações de<br />

liquidez <strong>que</strong> disponibiliza à banca e utilizar a sua própria avaliação. Também terá em pespetiva<br />

aligeirar as exigências em term<strong>os</strong> de garantias a prestar. Caso tal venha a suceder, é reduzida<br />

em muito a influência das agências de notação financeira. Vári<strong>os</strong> membr<strong>os</strong> do banco já criticaram<br />

a forma de atuação dessas agências.<br />

Moody´s baixa nota a 15 banc<strong>os</strong> mundiais<br />

A agência de notação financeira Moody´s desceu a nota de 15 entidades financeiras a nível<br />

mundial, incluindo cinco d<strong>os</strong> principais banc<strong>os</strong> de Wall Street, tendo em conta a sua elevada<br />

exp<strong>os</strong>ição à volatilidade d<strong>os</strong> mercad<strong>os</strong>. Nesta avaliação também estão nove banc<strong>os</strong> europeus,<br />

entre <strong>os</strong> quais o Deutsche Bank e o BNP Paribas. Tod<strong>os</strong> estes banc<strong>os</strong> têm em comum o risco<br />

de elevadas perdas relacionadas com as suas atividades n<strong>os</strong> mercad<strong>os</strong> de capitais. A descida<br />

prende-se com o processo de revisão das qualificações do sistema bancário internacional.<br />

Servdebt inaugura nova sede<br />

AQUILES PINTO<br />

aquilespinto@vidaeconomica.pt<br />

A empresa de gestão e recuperação<br />

de ativ<strong>os</strong> Servdebt inaugurou<br />

uma nova sede. De acordo com<br />

a empresa fundada em 2007, a<br />

nova “casa”, situada no 11º piso<br />

da Torre Colombo Ocidente, em<br />

Lisboa, surge no âmbito da consolidação<br />

como operador “mais<br />

ativo no mercado nacional na<br />

aquisição e gestão de NPL [Non<br />

Performing Loans] e da necessidade<br />

de sustentar a dinâmica de<br />

crescimento registada até ao momento”.<br />

Bruno Carneiro, CEO da Servdebt,<br />

recorda, em declarações à<br />

“<strong>Vida</strong> Económica”, <strong>que</strong> a empresa<br />

tinha já atingido a capacidade<br />

máxima instalada n<strong>os</strong> anteriores<br />

escritóri<strong>os</strong>, situad<strong>os</strong> nas Amoreiras,<br />

também na capital do país.<br />

“Isso obrigou-n<strong>os</strong> a procurar uma<br />

nova solução <strong>que</strong> p<strong>os</strong>sibilitasse<br />

o aumento da n<strong>os</strong>sa capacidade<br />

instalada e simultaneamente<br />

permitisse o crescimento futuro.<br />

Tem<strong>os</strong> de ter presente <strong>que</strong> desde<br />

o início do ano a Servdebt contratou<br />

praticamente 100 nov<strong>os</strong><br />

colaboradores. A nova sede reúne<br />

algumas vantagens em term<strong>os</strong><br />

de localização, transportes e uma<br />

área <strong>que</strong> corresponde ao <strong>que</strong> procurávam<strong>os</strong>”,<br />

explicou Bruno Carneiro.<br />

A mesma fonte acredita <strong>que</strong> o<br />

novo espaço vai contribuir para a<br />

obtenção d<strong>os</strong> objetiv<strong>os</strong> da empresa.<br />

“A Servdebt tem agora mais de<br />

200 colaboradores e a nova sede<br />

traz-n<strong>os</strong> ainda a p<strong>os</strong>sibilidade de<br />

crescimento futuro, de acordo,<br />

aliás, com o <strong>que</strong> tem<strong>os</strong> projetado.<br />

Gerim<strong>os</strong> hoje mais de 1,5 mil<br />

milhões de eur<strong>os</strong> e tem<strong>os</strong> como<br />

objetivo atingir <strong>os</strong> dois mil milhões<br />

ainda este ano e a nova sede<br />

reúne todas as condições para<br />

<strong>que</strong> p<strong>os</strong>sam<strong>os</strong> fazê-lo de uma forma<br />

estruturada e eficiente. Além<br />

disso, na nova sede <strong>os</strong> n<strong>os</strong>s<strong>os</strong> colaboradores<br />

têm à sua disp<strong>os</strong>ição<br />

e relativamente próxim<strong>os</strong> divers<strong>os</strong><br />

serviç<strong>os</strong> de utilidade pública<br />

<strong>que</strong> lhes permitem conciliar de<br />

<strong>melhor</strong> forma a sua vida profissional<br />

e pessoal”, defende o CEO<br />

da Servdebt.<br />

As novas instalações da empresa situam-se nas Torres Colombo, em Lisboa.<br />

DIOGO SERRAS LOPES<br />

Diretor de Investiment<strong>os</strong>, Banco Best<br />

Mais ou men<strong>os</strong> união<br />

Gerir uma carteira de investiment<strong>os</strong>,<br />

isto é, escolher a alocação de ativ<strong>os</strong> mais<br />

adequada, nunca é uma tarefa fácil.<br />

Envolve um conhecimento profundo do<br />

perfil de investidor a <strong>que</strong>m se destina, d<strong>os</strong><br />

objetiv<strong>os</strong> e prazo do investimento. Mas<br />

não só. É também necessária uma visão<br />

sobre o estado atual e futuro d<strong>os</strong> mercad<strong>os</strong>,<br />

no sentido de, dentro de determinad<strong>os</strong><br />

parâmetr<strong>os</strong>, realizar as escolhas <strong>que</strong><br />

permitam maximizar o retorno para um<br />

determinado nível de risco <strong>que</strong> se está<br />

disp<strong>os</strong>to a correr.<br />

A crise <strong>que</strong> tem<strong>os</strong> vindo a sentir na zona<br />

euro, <strong>que</strong> por esta altura dura há mais de<br />

dois an<strong>os</strong>, traz dificuldades acrescidas,<br />

particularmente às escolhas táticas de<br />

aumento ou diminuição do peso das<br />

principais classes de ativ<strong>os</strong>: obrigações e<br />

ações.<br />

De facto, a correta avaliação do<br />

ambiente de investiment<strong>os</strong> pode<br />

representar diferenças significativas de<br />

performance. As diferentes fases d<strong>os</strong> cicl<strong>os</strong><br />

económic<strong>os</strong> tendem, de uma forma ou de<br />

outra, a repetir-se ao longo da história,<br />

bem como as classes de ativ<strong>os</strong> ou <strong>os</strong> setores<br />

de atividade <strong>que</strong> são mais beneficiad<strong>os</strong> ou<br />

prejudicad<strong>os</strong> em cada uma delas. Embora<br />

o conceito de market timing esteja cada<br />

vez mais descredibilizado, no sentido<br />

de encontrar o momento perfeito para<br />

a entrada ou saída de uma determinada<br />

p<strong>os</strong>ição, é comum conseguir p<strong>os</strong>icionar<br />

as carteiras de forma a beneficiar de um<br />

contexto expansionista ou recessivo, por<br />

exemplo.<br />

O problema gerado por event<strong>os</strong> como a<br />

atual crise da zona euro, ou a falência da<br />

Lehman Brothers em 2008 – de alguma<br />

forma, o evento <strong>que</strong> provocou o início<br />

da atual crise –, é o seu caráter sistémico.<br />

N<strong>os</strong> mercad<strong>os</strong> financeir<strong>os</strong>, um evento, ou<br />

crise, é considerada sistémica quando lhe<br />

é reconhecida a capacidade para alterar a<br />

de forma definitiva o status quo existente<br />

até ao início da crise. Por exemplo, até à<br />

falência do Lehman Brothers em 2008, a<br />

generalidade d<strong>os</strong> grandes banc<strong>os</strong> mundiais<br />

era considerada demasiado grande para<br />

falir (“too big to fail”). Considerava-se<br />

<strong>que</strong>, em última análise, <strong>os</strong> govern<strong>os</strong> não<br />

deixariam <strong>que</strong> qual<strong>que</strong>r grande instituição<br />

financeira por recearem o impacto <strong>que</strong><br />

essa <strong>que</strong>da teria na confiança global do<br />

mercado. Em 2008, a opção tomada<br />

de não cumprir esta “regra não escrita”<br />

quase levou ao colapso global do sistema<br />

financeiro.<br />

Atualmente é a sobrevivência da zona<br />

euro <strong>que</strong> parece estar p<strong>os</strong>ta em causa.<br />

Durante an<strong>os</strong>, <strong>os</strong> mercad<strong>os</strong> financeir<strong>os</strong><br />

assumiram, de facto, <strong>que</strong> a dívida d<strong>os</strong><br />

diferentes países da zona euro estava<br />

mutualizada. Só essa hipótese explica <strong>que</strong><br />

países com características muito diferentes<br />

pagassem praticamente <strong>os</strong> mesm<strong>os</strong> valores<br />

para emitir dívida, apenas por partilharem<br />

a mesma moeda. A crise financeira de<br />

2008 veio revelar as fragilidades de<br />

construção da moeda única, faltando<br />

ainda às já existentes uniões económica<br />

e monetária as componentes bancária,<br />

fiscal e, finalmente, política. Dad<strong>os</strong><br />

<strong>os</strong> cust<strong>os</strong> incalculáveis <strong>que</strong> uma<br />

desagregação da zona euro significaria,<br />

principalmente a um nível muito mais<br />

vasto do <strong>que</strong> apenas financeiro, é de<br />

esperar <strong>que</strong> o caminho para uma maior<br />

integração, por difícil <strong>que</strong> seja, se vá<br />

fazendo. No entanto, sabem<strong>os</strong> bem <strong>que</strong> a<br />

procura de uma solução será sempre um<br />

processo mor<strong>os</strong>o e difícil num universo<br />

alargado de vontades e culturas como<br />

é a zona euro a 17 países (ou a União<br />

Europeia a 27).<br />

O caráter potencialmente sistémico<br />

da atual crise, isto é, term<strong>os</strong> mais ou<br />

men<strong>os</strong> união, tem tido um impacto<br />

significativo n<strong>os</strong> mercad<strong>os</strong>, tanto ao nível<br />

das <strong>que</strong>das verificadas n<strong>os</strong> mercad<strong>os</strong><br />

acionistas como ao nível das valorizações<br />

sentidas nas obrigações governamentais<br />

consideradas de menor risco, ou seja, as<br />

obrigações norte-americanas e alemãs. A<br />

concretização de uma maior integração<br />

contribuirá certamente para um reverter<br />

d<strong>os</strong> comportament<strong>os</strong> verificad<strong>os</strong> até<br />

agora, aconselhando uma maior exp<strong>os</strong>ição<br />

a ativ<strong>os</strong> de risco, como <strong>os</strong> mercad<strong>os</strong><br />

acionistas ou de obrigações de empresas,<br />

e uma menor exp<strong>os</strong>ição a dívida<br />

governamental alemã ou d<strong>os</strong> EUA, cujas<br />

valorizações estão em máxim<strong>os</strong> históric<strong>os</strong>.<br />

No entanto, o tal caminho difícil<br />

implicará provavelmente uma capacidade<br />

de suportar volatilidade – isto é,<br />

moment<strong>os</strong> de perda potencial – superior<br />

ao usual, mesmo em term<strong>os</strong> de mercad<strong>os</strong><br />

financeir<strong>os</strong>. Como disse no início, este é<br />

um momento de dificuldades acrescidas na<br />

gestão de ativ<strong>os</strong>.


40 SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2012<br />

MERCADOS<br />

ActivoBank eleito <strong>melhor</strong> banco comercial em <strong>Portugal</strong><br />

O ActivoBank foi considerado pela revista “World Finance” como o <strong>melhor</strong> banco comercial<br />

em <strong>Portugal</strong>, no âmbito d<strong>os</strong> World Finance Banking Awards 2012. “Este prémio representa o<br />

reconhecimento público da comunidade internacional de <strong>que</strong> o ActivoBank tem contribuído<br />

de forma decisiva com soluções de valor acrescentado, <strong>que</strong>r no <strong>que</strong> diz respeito à sua oferta,<br />

<strong>que</strong>r no <strong>que</strong> diz respeito ao serviço de excelência <strong>que</strong> presta a<strong>os</strong> seus clientes”, afirma o banco<br />

do BCP, em comunicado.<br />

Fundação Mapfre concede 1,2 milhões em bolsas<br />

A Fundação Mapfre lançou uma nova convocatória de bolsas de investigação<br />

e ajudas para 2012 no valor de 1,2 milhões de eur<strong>os</strong> nas<br />

áreas de segur<strong>os</strong>, prevenção, saúde e meio ambiente. O objetivo destas<br />

bolsas é facilitar a formação sobre a<strong>que</strong>les temas e p<strong>os</strong>sibilitar o intercâmbio<br />

de experiências profissionais nas mais variadas áreas. O prazo de apresentação da<br />

candidatura finaliza a 11 de outubro de 2012.<br />

Fund<strong>os</strong><br />

de investimento<br />

imobiliário<br />

valorizam em maio<br />

O valor sob gestão d<strong>os</strong> fund<strong>os</strong> de investimento<br />

imobiliário, d<strong>os</strong> fund<strong>os</strong> especiais<br />

de investimento imobiliário e de gestão<br />

de património imobiliário atingiu 12 240<br />

milhões de eur<strong>os</strong> em maio, quase mais 67<br />

milhões do <strong>que</strong> no mês anterior.<br />

Os países da União Europeia continuam<br />

a ser o principal destino d<strong>os</strong> investiment<strong>os</strong><br />

em ativ<strong>os</strong> imobiliári<strong>os</strong>, representando<br />

99,8% do total aplicado. Os<br />

imóveis destinad<strong>os</strong> ao setor d<strong>os</strong> serviç<strong>os</strong><br />

foram o principal alvo das aplicações,<br />

com um peso de mais de 45% nas carteiras.<br />

A Fundimo (13,8%), a Interfund<strong>os</strong><br />

(10,5%) e a ESAF (8,8%) apresentavam<br />

as quotas de mercado mais elevadas. O<br />

valor do fundo Fundimo, <strong>que</strong> mantém<br />

o montante sob gestão mais elevado do<br />

mercado, teve uma <strong>que</strong>bra de 1,2%, face<br />

ao mês anterior, para 955,4 milhões de<br />

eur<strong>os</strong>. Foi alterada a denominação e o<br />

tipo do “Fundo de Investimento Imobiliário<br />

Aberto – ES Logística”, gerido pela<br />

ESAF, passando a sua denominação para<br />

“Fundo Especial de Investimento Imobiliário<br />

Aberto – Es Logística”.<br />

Clientes exigem<br />

cada vez mais<br />

d<strong>os</strong> banc<strong>os</strong><br />

Os clientes estão cada vez mais exigentes<br />

relativamente ao seu banco. Esperam<br />

serviç<strong>os</strong> mais personalizad<strong>os</strong> e <strong>que</strong> as entidades<br />

financeiras reconheçam e recompensem<br />

a sua fidelidade, de acordo com<br />

um estudo da Ernst & Young.<br />

De uma maneira geral, a maioria considera<br />

<strong>que</strong> <strong>os</strong> serviç<strong>os</strong> e <strong>os</strong> produt<strong>os</strong> prop<strong>os</strong>t<strong>os</strong><br />

são adaptad<strong>os</strong> às suas necessidades.<br />

Certo é <strong>que</strong> <strong>os</strong> consumidores deixaram de<br />

ter uma relação passiva face ao seu banco<br />

e <strong>que</strong>rem uma certa reciprocidade. Por<br />

exemplo, consideram <strong>que</strong>, quando se têm<br />

três produt<strong>os</strong> ou mais, as taxas a pagar<br />

deveriam ser mais baixas ou então taxas<br />

de remuneração bonificadas, bem como<br />

um <strong>melhor</strong> nível de serviço. Entretanto,<br />

há um número crescente de clientes a<br />

<strong>que</strong>rer mudar de banco, o <strong>que</strong> significa<br />

<strong>que</strong> <strong>os</strong> banc<strong>os</strong> estão a perder a fidelização.<br />

Além disso, a maioria <strong>que</strong>r nov<strong>os</strong> tip<strong>os</strong> de<br />

informação, mais complet<strong>os</strong>, objetiv<strong>os</strong> e<br />

transparentes.<br />

América do Norte mantém maior renta<br />

n<strong>os</strong> fund<strong>os</strong> de investimento mobiliári<strong>os</strong><br />

AQUILES PINTO<br />

aquilespinto@vidaeconomica.pt<br />

Intervalo de rentabilidades do “top” dez entre 13,1% e 21,9%<br />

Nome do fundo<br />

Sociedade gestora<br />

Categoria<br />

de fund<strong>os</strong><br />

Santander Ações América Santander Asset Management F. Ações da América do<br />

Norte<br />

Caixagest Ações EUA Caixagest F. Ações da América do<br />

Norte<br />

Espírito Santo Obrigações<br />

Europa<br />

Espírito Santo Obrigações<br />

Global<br />

Caixa Fundo Rendimento Fixo<br />

VI – FEI<br />

Caixa Fundo Rendimento Fixo<br />

IV – FEI<br />

Caixa Fundo Rendimento Fixo<br />

V – FEI<br />

Espírito Santo Rendimento<br />

Plus – FEI<br />

Esaf – FIM<br />

Esaf – FIM<br />

Os investidores mundiais continuam<br />

a duvidar da capacidade da Europa<br />

para resolver as crises económica<br />

e financeira <strong>que</strong> atravessa. Estarão <strong>os</strong><br />

investidores cert<strong>os</strong>? Depois d<strong>os</strong> resgates<br />

à Grécia, Irlanda, <strong>Portugal</strong> e agora<br />

Espanha, <strong>que</strong>m se seguirá? Haverá solução<br />

para a crise?<br />

Os mercad<strong>os</strong> passaram a exigir mais<br />

da Europa e as boas notícias <strong>que</strong> surgem<br />

já não são suficientes para <strong>os</strong> investidores.<br />

Depois de reações inicialmente<br />

p<strong>os</strong>itivas d<strong>os</strong> mercad<strong>os</strong> <strong>que</strong>r do<br />

resgate ao setor financeiro em Espanha<br />

<strong>que</strong>r à vitória da direita nas eleições na<br />

Grécia, rapidamente e numa <strong>que</strong>stão<br />

de horas, passaram para o vermelho e<br />

terminaram o dia em mínim<strong>os</strong> da sessão.<br />

Em Espanha, o resgate do setor financeiro<br />

parecia surpreender pela relativa<br />

rapidez de aprovação e dimensão<br />

(100 mil milhões de eur<strong>os</strong>). Adicionalmente,<br />

a auditoria independente efetuada<br />

ao setor, publicada no passado<br />

dia 21 de junho, revelou necessidades<br />

de recapitalização não superiores a 62<br />

mil milhões de eur<strong>os</strong>, em linha com a<br />

Fundo Obrigações Taxa<br />

Fixa Euro<br />

Fundo Obrigações Taxa<br />

Fixa Internacional<br />

Os fund<strong>os</strong> de investimento mobiliário<br />

(FIM) nacionais da categoria<br />

de ações da América do Norte continuavam<br />

com a maior rentabilidade<br />

acumulada n<strong>os</strong> 12 meses anteriores à<br />

estimativa publicada pela generalidade<br />

das casas de investimento. No entanto,<br />

pelo facto de este ter sido feito à<br />

Espanha e não ao setor financeiro, as<br />

consequências parecem demasiado elevadas<br />

para <strong>os</strong> investidores retirarem o<br />

país do radar de risco.<br />

Este resgate irá afetar significativamente<br />

a dívida pública, <strong>que</strong> passará de<br />

68,5% do PIB em 2011 para um máximo<br />

histórico acima d<strong>os</strong> 90% esperad<strong>os</strong><br />

em 2012 (antes do resgate a expectativa<br />

situava-se n<strong>os</strong> 80% em 2012). Adicionalmente,<br />

as condições macroeconómicas<br />

continuam a agravar-se, com<br />

o PIB a cair mais <strong>que</strong> o esperado e a<br />

taxa de desemprego a atingir <strong>os</strong> 25,9%.<br />

O corte do rating da generalidade d<strong>os</strong><br />

banc<strong>os</strong>, nomeadamente, pela Moody’s,<br />

veio adicionar ainda mais pressão ao<br />

setor e ao país. Desta maneira, tem<strong>os</strong><br />

assistido a subida d<strong>os</strong> jur<strong>os</strong> das obrigações<br />

do Reino de Espanha <strong>que</strong> atingiram<br />

máxim<strong>os</strong> históric<strong>os</strong> acima d<strong>os</strong> 7%,<br />

com o prémio de risco face a Alemanha<br />

a ultrapassar <strong>os</strong> 550 pont<strong>os</strong> base.<br />

Na Grécia, as eleições legislativas,<br />

com a eleição d<strong>os</strong> partid<strong>os</strong> de direita<br />

Rendibilidade<br />

efetiva anual<br />

Classe<br />

de risco<br />

semana <strong>que</strong> terminou a 22 de maio,<br />

segundo <strong>os</strong> dad<strong>os</strong> da Associação Portuguesa<br />

de Fund<strong>os</strong> de Investimento,<br />

Pensões e Patrimóni<strong>os</strong> (APFIPP). A<br />

JOSÉ SARMENTO<br />

analista de mercad<strong>os</strong> da Fincor<br />

Volume sob gestão<br />

(milhões de eur<strong>os</strong>)<br />

21,9% 5 8,5<br />

18,6% 5 52,7<br />

15,9% 3 28,3<br />

15,9% 3 6,6<br />

Caixagest F. c/proteção de capital 14,8% 4 114,9<br />

Caixagest F. c/proteção de capital 14,3% 3 84,8<br />

Caixagest F. c/proteção de capital 14,3% 3 69,3<br />

Esaf – FIM FEI de Obrigações 14,2% 2 36,1<br />

Caixagest Oportunidades – FEI Caixagest FEI de Obrigações 13,7% 4 34,6<br />

Caixagest Rendimento Oriente Caixagest F. c/proteção de capital 13,1% 3 29,6<br />

– FEI<br />

Fonte: APFIPP (22 de junho)<br />

Euro ou não euro, eis a <strong>que</strong>stão<br />

e pró-União Europeia, não foram claramente<br />

suficientes para <strong>os</strong> investidores,<br />

persistindo dúvidas relativamente<br />

à capacidade do país para fazer face<br />

a<strong>os</strong> compromiss<strong>os</strong> assumid<strong>os</strong>, nomeadamente,<br />

devido a<strong>os</strong> maus dad<strong>os</strong> económic<strong>os</strong><br />

originad<strong>os</strong> pela austeridade.<br />

O país encontra-se no quinto ano de<br />

<strong>que</strong>da do PIB, com o desemprego em<br />

númer<strong>os</strong> alarmantes e sem e visibilidade<br />

para uma alteração do cenário atual<br />

no médio prazo. Apesar da reestruturação<br />

das obrigações do governo a <strong>que</strong><br />

assistim<strong>os</strong>, a dívida pública mantém-se<br />

a níveis proibitiv<strong>os</strong> e acima de 100%<br />

do PIB. Segundo a imprensa, o Governo<br />

recém-eleito deverá pedir à “troika”<br />

o alargamento do prazo de pagamento<br />

em dois an<strong>os</strong>.<br />

A Europa e a União Europeia enfrentam,<br />

deste modo, o maior desafio desde<br />

a sua criação. A cimeira deste mês<br />

deverá ter um papel fundamental. As<br />

necessidades de ajuda d<strong>os</strong> países em<br />

dificuldades são cada vez maiores e as<br />

soluções disponíveis cada vez menores.<br />

Os mercad<strong>os</strong> deixaram de aceitar<br />

<strong>os</strong> comprimid<strong>os</strong> típic<strong>os</strong> utilizad<strong>os</strong> pe-


SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2012 41<br />

MERCADOS<br />

ISA é a primeira PME portuguesa no Alternext<br />

A ISA – Intelligent Sensing Anywhere é a primeira empresa portuguesa<br />

a ser admitida à cotação no NYSE Alternext, um mercado do<br />

grupo NYSE Euronext dedicado às PME. A empresa de Coimbra,<br />

liderada por J<strong>os</strong>é Basílio Simões, é uma empresa de base tecnológica<br />

e opera no mercado da telemetria, com soluções implementadas n<strong>os</strong><br />

cinco continentes.<br />

Banca espanhola ganha men<strong>os</strong> 27%<br />

Os lucr<strong>os</strong> d<strong>os</strong> banc<strong>os</strong> espanhóis atingiram cerca de 2,7 mil milhões de eur<strong>os</strong>, no primeiro<br />

trimestre, men<strong>os</strong> 27,5% do <strong>que</strong> em igual período do ano passado. O <strong>que</strong> se ficou a dever,<br />

sobretudo, à necessidade de constituir provisões. As dotações de capital aumentaram 26%<br />

para saneamento d<strong>os</strong> ativ<strong>os</strong> problemátic<strong>os</strong>, em especial a<strong>que</strong>les relacionad<strong>os</strong> com o setor da<br />

construção. O rácio de mor<strong>os</strong>idade era de 7% para <strong>os</strong> banc<strong>os</strong> individuais e perto de 5% para<br />

o conjunto da banca espanhola.<br />

bilidade<br />

nacionais<br />

tabela de rentabilidade publicada por<br />

a<strong>que</strong>la entidade tinha dois FIM da<strong>que</strong>la<br />

categoria (e classe de risco 5) no<br />

topo: o Santander Ações América (8,5<br />

milhões de eur<strong>os</strong> sob gestão) e o Caixagest<br />

Ações EUA (52,7 milhões sob<br />

gestão), com, respetivamente, 21,9%<br />

e 18,6% de rendibilidade efetiva anual.<br />

A rentabilidade destes dois fund<strong>os</strong><br />

é, ainda assim, inferior à registada na<br />

semana <strong>que</strong> terminou a 8 de junho,<br />

na última vez em <strong>que</strong> a “<strong>Vida</strong> Económica”<br />

analisou <strong>os</strong> dad<strong>os</strong> da APFIPP. A<br />

rentabilidade era então, respetivamente,<br />

22,9% e 21%.<br />

Voltando à semana <strong>que</strong> acabou a 22<br />

de junho, o pódio das rentabilidades<br />

era fechado pelo fundo da classe de<br />

risco 3 Espírito Santo Obrigações Europa<br />

(15,9% de rentabilidade e 28,3<br />

milhões sob gestão), seguido por um<br />

fundo da mesma sociedade gestora,<br />

o Espírito Santo Obrigações Global<br />

(com a mesma rentabilidade de 15,9%<br />

e 28,3 milhões de eur<strong>os</strong> sob gestão).<br />

Os fund<strong>os</strong> das classes de risco 3 são,<br />

aliás, <strong>os</strong> mais presente neste “top” dez<br />

da APFIPP (são cinco ao todo).<br />

Há ainda dois fund<strong>os</strong> da classe 4<br />

(amb<strong>os</strong> da Caixagest) e um da classe 2<br />

(da Espírito Santo).<br />

l<strong>os</strong> líderes da Europa <strong>que</strong> c<strong>os</strong>tumam<br />

caracterizar-se por escass<strong>os</strong> e tardi<strong>os</strong>,<br />

e passaram a exigir p<strong>os</strong>ições e medidas<br />

mais firmes e concertadas. As obrigações<br />

soberanas do reino de Espanha<br />

e de Itália continuam a atingir níveis<br />

históric<strong>os</strong> e <strong>os</strong> mercad<strong>os</strong> acionistas<br />

mínim<strong>os</strong> da última década. Serão as<br />

“eurobonds “ou as “projectbonds” as<br />

soluções para <strong>os</strong> problemas europeus?<br />

Serão mais um simples comprimido?<br />

Será criado um fundo para adquirir<br />

dívida de Espanha e Itália, como sugere<br />

George Sor<strong>os</strong>? Estarão <strong>os</strong> alemães<br />

disp<strong>os</strong>t<strong>os</strong> a pagar a crise do Sul da Europa?<br />

Serão <strong>os</strong> cust<strong>os</strong> polític<strong>os</strong> demasiado<br />

elevad<strong>os</strong>? Será o fim do euro?<br />

A resp<strong>os</strong>ta a todas estas perguntas<br />

terá de ser dada muito em breve pel<strong>os</strong><br />

líderes europeus. Acreditam<strong>os</strong> <strong>que</strong> a<br />

situação atual não será sustentável<br />

por muito tempo. Serão necessári<strong>os</strong><br />

unidade e consenso nas medidas a<br />

tomar entre <strong>os</strong> países, algo <strong>que</strong> não<br />

tem acontecido até hoje. Estarem<strong>os</strong><br />

muito atent<strong>os</strong> a tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> moviment<strong>os</strong><br />

<strong>que</strong> p<strong>os</strong>sam clarificar a situação e<br />

o futuro da moeda única.<br />

“Nunca dependa de uma boa venda.<br />

Compre a um preço tão atrativo <strong>que</strong><br />

até uma venda medíocre produz bons<br />

resultad<strong>os</strong>” Warren Buffett<br />

A regra mais antiga do investimento<br />

é a mais simples: “compre barato<br />

e venda caro”. Isto é óbvio. O<br />

<strong>que</strong> significa realmente esta regra?<br />

Significa <strong>que</strong> devem<strong>os</strong> comprar a um<br />

preço baixo e vender a um preço alto.<br />

Mas o <strong>que</strong> é um preço baixo ou alto?<br />

Deve-se determinar o valor intrínseco<br />

do ativo, comprar a um desconto<br />

significativo desse valor e vender<br />

quando o preço de mercado estiver<br />

acima do valor.<br />

Na Casa de Investiment<strong>os</strong>, analisam<strong>os</strong><br />

<strong>os</strong> dad<strong>os</strong> financeir<strong>os</strong> das empresas:<br />

lucr<strong>os</strong>, cash flows, dividend<strong>os</strong> e ativ<strong>os</strong> e<br />

atribuím<strong>os</strong> especial ênfase em comprar<br />

barato com base nestes indicadores.<br />

No curto prazo, a psicologia d<strong>os</strong><br />

investidores (tema <strong>que</strong> tratam<strong>os</strong><br />

com maior profundidade na revista<br />

Exame de Junho) pode fazer com<br />

<strong>que</strong> uma ação cote a qual<strong>que</strong>r<br />

preço, independentemente d<strong>os</strong> seus<br />

fundament<strong>os</strong> económic<strong>os</strong>. O investidor<br />

inteligente aproveita as <strong>que</strong>das n<strong>os</strong><br />

mercad<strong>os</strong> financeir<strong>os</strong> para comprar<br />

excelentes ativ<strong>os</strong> quando transacionam<br />

substancialmente abaixo do seu valor<br />

intrínseco.<br />

A Johnson & Johnson (JNJ) é um<br />

investimento em valor, existe há mais<br />

de 130 an<strong>os</strong> e aumenta <strong>os</strong> dividend<strong>os</strong><br />

há 50 an<strong>os</strong> consecutiv<strong>os</strong>.<br />

Fabricante e distribuidora americana<br />

muito diversificada com produt<strong>os</strong> e<br />

serviç<strong>os</strong> nas áreas de cuidad<strong>os</strong> de saúde,<br />

nomeadamente no sector farmacêutico,<br />

no sector de produt<strong>os</strong> de consumo e<br />

no sector de equipament<strong>os</strong> médic<strong>os</strong> e<br />

de diagnóstico. A JNJ é uma empresa<br />

multinacional de grande dimensão, com<br />

vendas de 65 mil milhões de dólares em<br />

2011, 55% das quais tiveram origem<br />

fora d<strong>os</strong> Estad<strong>os</strong> Unid<strong>os</strong>. A empresa<br />

opera numa estrutura descentralizada<br />

com mais de 117.000 empregad<strong>os</strong>. No<br />

último ano, gerou “free cash flows” de<br />

12 mil milhões de dólares.<br />

N<strong>os</strong> últim<strong>os</strong> 10 an<strong>os</strong>, a empresa<br />

obteve um crescimento de resultad<strong>os</strong><br />

anualizado de cerca de 10%, com<br />

rentabilidades médias anuais no<br />

capital próprio de 27% e margens<br />

operacionais médias acima d<strong>os</strong> 25%.<br />

Estes indicadores revelam a consistência<br />

operacional da empresa e o elevado<br />

nível de eficiência em <strong>que</strong> opera.<br />

EMÍLIA O. VIEIRA<br />

Presidente do Conselho de Administração<br />

Casa de Investiment<strong>os</strong> – Gestão de Patrimóni<strong>os</strong>, SA<br />

www.casadeinvestiment<strong>os</strong>.pt<br />

Investimento em valor:<br />

Johnson & Johnson (JNJ)<br />

A JNJ mantém um balanço<br />

conservador. Atualmente, a dívida da<br />

empresa tem um peso inferior a 35%<br />

do capital próprio. As maiores agências<br />

de rating de crédito – S&P, Moody’s<br />

e Fitch – atribuem à JNJ um rating<br />

AAA, o <strong>que</strong> significa uma p<strong>os</strong>ição<br />

extremamente conservadora e protegida<br />

por um negócio bastante saudável e<br />

gerador de excelentes resultad<strong>os</strong>.<br />

A empresa aumenta dividend<strong>os</strong> há 50<br />

an<strong>os</strong> consecutiv<strong>os</strong> e distribui pel<strong>os</strong><br />

seus acionistas 40% d<strong>os</strong> seus lucr<strong>os</strong><br />

anuais. Os lucr<strong>os</strong> retid<strong>os</strong> são utilizad<strong>os</strong><br />

na recompra de ações próprias (outra<br />

forma de remunerar o acionista) e no<br />

financiamento da sua estratégia de<br />

crescimento; seja por intermédio de<br />

aquisições, seja pela via de investimento<br />

nas áreas de investigação da empresa<br />

(normalmente cerca de 10% das<br />

vendas).<br />

Durante este período de crise, a JNJ<br />

aproveitou o facto de algumas empresas<br />

estarem a transacionar com grandes<br />

descont<strong>os</strong> do seu valor para as comprar<br />

(Mentor e Cruccel) e criar parcerias<br />

com empresas farmacêuticas de forma<br />

a expandir o seu portfólio de produt<strong>os</strong><br />

e serviç<strong>os</strong> (Elan). Recentemente,<br />

concluiu a operação de aquisição da<br />

Synthes, empresa suíça de disp<strong>os</strong>itiv<strong>os</strong><br />

médic<strong>os</strong>, por 19,7 mil milhões de<br />

dólares. Aumentará substancialmente,<br />

desta forma, o peso da unidade de<br />

equipament<strong>os</strong> médic<strong>os</strong> nas vendas da<br />

empresa.<br />

Na unidade farmacêutica, a empresa<br />

enfrenta, tal como muitas das suas<br />

concorrentes, perdas de patentes de<br />

alguns d<strong>os</strong> seus produt<strong>os</strong>. No entanto,<br />

a empresa detém um portfólio robusto<br />

de produt<strong>os</strong> em desenvolvimento perto<br />

da fase de aprovação <strong>que</strong> contribuirão<br />

para reforçar as vendas da unidade<br />

farmacêutica.<br />

A unidade de produt<strong>os</strong> de consumo<br />

enfrentou algumas dificuldades em<br />

2010 e 2011 com a recolha voluntária<br />

de alguns produt<strong>os</strong> defeitu<strong>os</strong><strong>os</strong>,<br />

causando dan<strong>os</strong> de imagem à empresa.<br />

Estes problemas foram já reconhecid<strong>os</strong><br />

pela administração, estando previstas<br />

medidas para <strong>os</strong> corrigir. O nível<br />

elevado de diversificação das atividades<br />

da Johnson & Johnson salvaguarda a<br />

p<strong>os</strong>ição da empresa. Nenhum problema<br />

específico terá peso suficiente para<br />

abalar a performance global da empresa.<br />

Após a reforma do anterior presidente<br />

executivo, a JNJ nomeou um novo<br />

CEO em Abril passado, o veterano<br />

da indústria Alex Gorsky. Gorsky<br />

trabalha com a JNJ desde 1988, tendo<br />

presidido, n<strong>os</strong> últim<strong>os</strong> an<strong>os</strong>, à unidade<br />

de equipament<strong>os</strong> médic<strong>os</strong> e liderado o<br />

processo de aquisição da Synthes.<br />

Grandes investidores em valor<br />

mantêm ou têm reforçado as suas<br />

p<strong>os</strong>ições na empresa, salientando<br />

o carácter conservador do negócio<br />

aliado ao potencial de expansão a<br />

nível mundial, bem como a exp<strong>os</strong>ição<br />

a um sector – o da saúde – com<br />

muito boas perspetivas futuras devido<br />

ao envelhecimento progressivo da<br />

população, principalmente n<strong>os</strong> países<br />

desenvolvid<strong>os</strong>.<br />

Em term<strong>os</strong> de avaliação, o Price<br />

Earnings Ratio (PER), <strong>que</strong> se traduz<br />

no número de an<strong>os</strong> <strong>que</strong> se demoraria<br />

a pagar a cotação da ação com <strong>os</strong><br />

resultad<strong>os</strong> do último ano, situa-se<br />

n<strong>os</strong> 13. Isto significa uma taxa de<br />

rentabilidade inicial do investimento<br />

(<strong>os</strong> resultad<strong>os</strong> líquid<strong>os</strong> mais recentes a<br />

dividir pelo preço da ação) de 7,7%.<br />

O dividendo é superior a 3,6%, taxa<br />

superior à d<strong>os</strong> depósit<strong>os</strong> a prazo, e<br />

com boas probabilidades de crescer<br />

no futuro, como aliás aconteceu n<strong>os</strong><br />

últim<strong>os</strong> 50 an<strong>os</strong>. Os seus resultad<strong>os</strong><br />

líquid<strong>os</strong> estão em máxim<strong>os</strong>, enquanto<br />

<strong>que</strong> a cotação se mantém sensivelmente<br />

n<strong>os</strong> mesm<strong>os</strong> valores d<strong>os</strong> últim<strong>os</strong> an<strong>os</strong>.<br />

Em conclusão, trata-se de uma<br />

empresa <strong>que</strong> tem demonstrado uma<br />

performance operacional bastante<br />

acima da média. Desde 1980, a ação<br />

valorizou-se 14,57% ao ano, incluindo<br />

dividend<strong>os</strong>. No entanto, a cotação<br />

atual continua barata. A equipa de<br />

gestão tem sabido alocar o capital da<br />

forma mais eficiente e com um negócio<br />

bastante diversificado, mantendo-o<br />

com baixo risco e elevado potencial de<br />

crescimento. O n<strong>os</strong>so preço de compra<br />

é um pouco abaixo do preço a <strong>que</strong> está<br />

a cotar.<br />

Esta é uma boa prop<strong>os</strong>ta de valor.<br />

AVISO: Esta não é uma recomendação<br />

de compra. A recomendação<br />

depende da situação financeira<br />

de cada investidor, da comp<strong>os</strong>ição<br />

do seu património financeiro, do<br />

temperamento adequado para<br />

suportar a volatilidade n<strong>os</strong> mercad<strong>os</strong><br />

financeir<strong>os</strong> e da capacidade de manter<br />

<strong>os</strong> investiment<strong>os</strong> o tempo necessário<br />

para <strong>que</strong> a oportunidade se materialize,<br />

ou seja, para <strong>que</strong> o preço seja igual ao<br />

valor.


42 SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2012<br />

MERCADOS<br />

Baxter é empresa familiarmente responsável<br />

A Baxter Médico Farmacêutica recebeu a distinção de “empresa familiarmente responsável”,<br />

atribuída pela Fundación Másfamilia. Reconhece a filial nacional da multinacional Baxter pelas<br />

suas políticas e iniciativas para assegurar a conciliação e a igualdade d<strong>os</strong> seus colaboradores<br />

e harmonia entre as esferas laboral e familiar. A empresa farmacêutica passou por uma auditoria<br />

realizada por uma entidade de certificação acreditada. Foi a primeira entidade do setor a a<br />

receber esta distinção em <strong>Portugal</strong>.<br />

Santander conclui operação de venda na Colômbia<br />

O Grupo Santander deu por encerrada a segunda fase da operação de<br />

venda do Banco Santander Colômbia e de outras das suas filiais neste<br />

país. O preço total da operação ascendeu a perto de mil milhões de eur<strong>os</strong><br />

e o banco espanhol terá conseguido mais-valias na ordem d<strong>os</strong> 620<br />

milhões. O <strong>que</strong> permitirá atingir dotações de cerca de 900 milhões para<br />

cobrir parcialmente <strong>os</strong> saneament<strong>os</strong> sobre ativ<strong>os</strong> imobiliári<strong>os</strong> ainda antes do final do exercício.<br />

BPI Equity Research lança Top Picks<br />

de empresas ibéricas<br />

MARC BARROS<br />

marcbarr<strong>os</strong>@vidaeconomica.pt<br />

O BPI lançou a sua nova prop<strong>os</strong>ta<br />

de “stock picking” das cinco<br />

empresas ibéricas de pe<strong>que</strong>na e média<br />

capitalização bolsista. Segundo<br />

o estudo Iberian Small Mid Caps, a<br />

<strong>que</strong> a ‘<strong>Vida</strong> Económica’ teve acesso,<br />

o departamento de estud<strong>os</strong> do banco<br />

afirma acreditar <strong>que</strong> “um ‘stock<br />

picking’ cuidado e bem-sucedido<br />

continua a ser uma estratégia válida”.<br />

Perante um cenário adverso,<br />

pr<strong>os</strong>segue o mesmo documento, “<strong>os</strong><br />

Top Picks do último documento,<br />

editado em janeiro, conseguiram<br />

alcançar uma valorização de 0,50%,<br />

<strong>que</strong> contrasta com a <strong>que</strong>da de 22%<br />

do Ibex e <strong>os</strong> 13% do PSI20”.<br />

As cinco mais deste novo Top<br />

Picks incluem apenas uma empresa<br />

nacional, a EDP Renováveis, face<br />

às espanholas DIA, Ebro, Ferrovial<br />

e Jazztel. O BPI explica <strong>que</strong> as escolhas<br />

deste documento “espelham<br />

uma escolha entre empresas com<br />

características mais defensivas, de<br />

crescimento, de exp<strong>os</strong>ição internacional<br />

e com uma atratividade em<br />

term<strong>os</strong> de fusões e aquisições” (ver<br />

quadr<strong>os</strong>).<br />

Análise d<strong>os</strong> Top Picks<br />

Na sua leitura, a DIA continua<br />

a apresentar um bom desempenho<br />

em term<strong>os</strong> de lucr<strong>os</strong> e de resultad<strong>os</strong><br />

da sua reestruturação. Os mercad<strong>os</strong><br />

emergentes deverão representar a<br />

parte mais dinâmica d<strong>os</strong> resultad<strong>os</strong>.<br />

Assim, a DIA tem uma recomendação<br />

de comprar, com risco médio,<br />

e um preço-alvo de 5,40 eur<strong>os</strong>.<br />

Entre <strong>os</strong> fatores p<strong>os</strong>itiv<strong>os</strong> estão a elevada<br />

visibilidade d<strong>os</strong> resultad<strong>os</strong>, o<br />

potencial de reestruturação em Espanha<br />

e França, o elevado potencial<br />

n<strong>os</strong> mercad<strong>os</strong> emergentes e a situação<br />

económico-financeira sólida.<br />

Como fatores negativ<strong>os</strong> contam-se<br />

a elevada exp<strong>os</strong>ição a mercad<strong>os</strong><br />

considerad<strong>os</strong> madur<strong>os</strong>, a presença<br />

limitada n<strong>os</strong> mercad<strong>os</strong> emergentes<br />

e a p<strong>os</strong>sível venda da p<strong>os</strong>ição de um<br />

fundo de ‘private equity’ e a sua exp<strong>os</strong>ição<br />

à Argentina.<br />

Quanto à Ebro Foods, o BPI destaca<br />

o facto de esta negociar com<br />

um PER de 12, com um desconto<br />

de 17% face a<strong>os</strong> seus pares. Gozando<br />

de uma situação económicofinanceira<br />

sólida, com o potencial<br />

de aumentar a remuneração do<br />

acionista (atualmente tem um ‘dividend<br />

yield’ de 5%), a Ebro p<strong>os</strong>sui<br />

uma exp<strong>os</strong>ição geográfica diversificada,<br />

em <strong>que</strong> a Península Ibérica<br />

representa 8,5% do EBITDA.<br />

Negativamente, segundo o BPI,<br />

a empresa maior produtora de arroz<br />

Top picks BPI Equity Research<br />

Top Picks<br />

Empresas Preço-alvo 2013 (/sh) Potencial (1)<br />

DIA 5.40 41%<br />

Ebro Foods 1.670 30%<br />

EDP Renováveis 5.80 80%<br />

Ferrovial 11.90 45%<br />

Jazztel 6.30 33%<br />

(1) Potencia de valorização anualizado<br />

Fonte: BPI Equity Research<br />

Top Picks - Crescimento e alavancagem<br />

Cresc. anualizad<strong>os</strong> 11/15F ND/EBITDA<br />

Empresas EBITDA EPS 12F<br />

DIA 9% 27% 0,8X<br />

Ebro Foods 6% 4% 0,9x<br />

EDP Renováveis 11% 29% 5,2x<br />

Ferrovial 3% -39% 7,1x<br />

Jazztel 20% 32% 0,7x<br />

Fonte: BPI Equity Research<br />

Top Picks - múltipl<strong>os</strong><br />

PE<br />

EV/EBITDA<br />

Empresas 12F 13F 12F 13F<br />

DIA 17.6 12,1 5,0 4,6<br />

Ebro Foods 12,3 11,3 6,8 6,1<br />

EDP Renováveis 20,4 15,8 8,2 7,5<br />

Jazztel 20,3 12,1 7,2 5,6<br />

Fonte: BPI Equity Research<br />

As cinco mais deste novo Top Picks incluem apenas uma empresa nacional, a EDP Renováveis, face às espanholas DIA,<br />

Ebro, Ferrovial e Jazztel.<br />

O BPI explica <strong>que</strong> as escolhas deste documento<br />

“espelham uma escolha entre empresas com<br />

características mais defensivas, de crescimento,<br />

de exp<strong>os</strong>ição internacional e com uma<br />

atratividade em term<strong>os</strong> de fusões e aquisições”<br />

na UE e um d<strong>os</strong> líderes no negócio<br />

de massa e arroz na Europa e<br />

EUA destaca-se pelo crescimento<br />

fraco devido à exp<strong>os</strong>ição a mercad<strong>os</strong><br />

madur<strong>os</strong>, a p<strong>os</strong>ição de 10%<br />

detida pelo Estado espanhol e a<br />

crescente procura de marcas brancas.<br />

Face a estes element<strong>os</strong>, o BPI<br />

lança a recomendação comprar<br />

(risco Médio), com um preço-alvo<br />

de 16,70 eur<strong>os</strong> (2013).<br />

A EDP Renováveis negoceia<br />

com um desconto elevado. O<br />

acordo com a chinesa Three Gorges<br />

deverá gerar desalavancagem<br />

e maior visibilidade da avaliação<br />

(2000 ME). A compra das p<strong>os</strong>ições<br />

minoritárias pela EDP é um<br />

cenário p<strong>os</strong>sível (a média da cotação<br />

n<strong>os</strong> últim<strong>os</strong> seis meses é superior<br />

em 35% à atual).<br />

O BPI considera fatores p<strong>os</strong>itiv<strong>os</strong><br />

o facto de negociar em bolsa<br />

a níveis inferiores ao valor fundamental<br />

da empresa e d<strong>os</strong> cust<strong>os</strong> de<br />

investimento, a desalavancagem do<br />

seu balanço, o crescimento estimado<br />

de 11% do EBITDA e d<strong>os</strong> lucr<strong>os</strong><br />

de 29% e a p<strong>os</strong>sibilidade de a<br />

EDP adquirir a parte remanescente<br />

do capital <strong>que</strong> não detém (22.5%).<br />

Como element<strong>os</strong> negativ<strong>os</strong>,<br />

destaca a persistência da incerteza,<br />

n<strong>os</strong> EUA (onde p<strong>os</strong>sui 46%<br />

do total da sua potência instalada,<br />

num conjunto de 7.5 GW em eólicas),<br />

quanto ao prolongamento<br />

d<strong>os</strong> incentiv<strong>os</strong> estatais às energias<br />

renováveis em 2013 e o risco de<br />

regulamentação. Assim, a recomendação<br />

do BPI é comprar, com<br />

risco médio, e um preço-alvo de<br />

5,80 eur<strong>os</strong> em 2013.<br />

A Ferrovial, considerada empresa<br />

espanhola e “penalizada por<br />

esta perspetiva”, tem como fatores<br />

p<strong>os</strong>itiv<strong>os</strong> o espaço para <strong>melhor</strong>ar<br />

o dividendo (70% do dividendo<br />

distribuído provém do dividendo<br />

recebido pelas suas subsidiárias),<br />

uma regulamentação mais<br />

favorável <strong>que</strong> poderá tornar mais<br />

visível o valor do portefólio da<br />

Briish Airports Authority (BAA)<br />

e o facto de não ter necessidades<br />

de financiamento significativ<strong>os</strong><br />

até 2015.<br />

Do ponto de vista negativo, o<br />

BPI salienta as fracas perspetivas<br />

da economia espanhola, <strong>que</strong> representa<br />

23% do seu EBITDA,<br />

a elevada alavancagem, uma das<br />

maiores do setor, e as necessidades<br />

de financiamento de 3500<br />

MUSD em 2015. Assim, o BPI<br />

atribui risco elevado à recomendação<br />

comprar, com um preço-alvo<br />

por ação de 11.90 eur<strong>os</strong> em 2013.<br />

Finalmente, a Jazztel tem demonstrado<br />

uma resistência à conjuntura<br />

económica, à procura de<br />

serviç<strong>os</strong> mais económic<strong>os</strong> e ao<br />

diferencial qualitativo em relação<br />

a<strong>os</strong> seus concorrentes. Tem um<br />

balanço sólido e poderá vir a estar<br />

envolvida em fusões e aquisições.<br />

Esta estima um crescimento do<br />

EBITDA anualizado de 19% e<br />

do EPS de 41% no período entre<br />

2012 e 2015. A este aspeto<br />

junta-se o potencial de surpreender,<br />

pois, num cenário otimista,<br />

o preço-alvo para 2013 é de 7,15<br />

eur<strong>os</strong>, mais 13% <strong>que</strong> o preço-alvo<br />

de 6,30 eur<strong>os</strong> em 2013. Do ponto<br />

de vista negativo, o BPI salienta a<br />

fraca visibilidade e o novo plano<br />

de negóci<strong>os</strong>, a dependência da<br />

Telefónica para instalação da fibra<br />

ótica e a correlação com a economia<br />

espanhola. Assim, o BPI<br />

atribui a recomendação comprar,<br />

com risco médio.<br />

O BPI anunciou ainda a lista<br />

de candidat<strong>os</strong> a integrar as cinco<br />

mais, a saber: BES, Enagas, Melia,<br />

OHL e <strong>Portugal</strong> Telecom. No<br />

caso do BES, a explicação devese<br />

ao facto de estar numa p<strong>os</strong>ição<br />

confortável para cumprir <strong>os</strong> requisit<strong>os</strong><br />

imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong> pelo regulad<strong>os</strong> até<br />

ao final de 2012. Quanto à PT, é<br />

considerado ter um ‘dividend yield’<br />

bastante atrativo, sendo <strong>que</strong> o aumento<br />

da eficiência da actividade<br />

doméstica, aliada à reestruturação<br />

do seu negócio no Brasil, poderá<br />

ser o catalisador de uma subida<br />

das estatísticas d<strong>os</strong> analistas.


SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2012 43<br />

MERCADOS<br />

BCE agiliza colateral para empréstim<strong>os</strong><br />

O Banco Central Europeu pretende flexibilizar as regras relacionadas com<br />

<strong>os</strong> ativ<strong>os</strong> admitid<strong>os</strong> como colateral nas respetivas operações de financiamento,<br />

e <strong>que</strong>r aligeirar <strong>os</strong> critéri<strong>os</strong> de exigência de garantias a<strong>os</strong> banc<strong>os</strong>.<br />

Será, assim, exigido um “rating” menor para <strong>os</strong> ativ<strong>os</strong> <strong>que</strong> são tid<strong>os</strong> como<br />

garantia em troca de financiamento. Esta medida tem um significativo impacto<br />

em países <strong>que</strong> estão fora d<strong>os</strong> mercad<strong>os</strong>, como é o caso de <strong>Portugal</strong>.<br />

Investimento em responsabilidade social cresce 20%<br />

no Santander Totta<br />

O Banco Santander Totta investiu 6,6 milhões de eur<strong>os</strong> em responsabilidade social em 2011,<br />

um aumento de 19,5% em relação ao ano anterior, de acordo com o relatório de sustentabilidade<br />

da entidade. A nível global, o grupo Santander dedicou, em 2011, cerca de 170 milhões<br />

de eur<strong>os</strong> a projet<strong>os</strong> de responsabilidade social, sendo <strong>que</strong> 117 milhões foram exclusivamente<br />

para o segmento universitário (85% do montante em <strong>Portugal</strong>).<br />

A NOSSA ANÁLISE<br />

Conta Ordenado do BPI oferece<br />

10% do salário em novas soluções<br />

de poupança<br />

O BPI volta a relançar o seu<br />

clássico produto de conta<br />

ordenado em <strong>que</strong> oferece<br />

10% do salário numa solução<br />

de poupança. Mas, este ano,<br />

decidiu diversificar a forma de<br />

amealhar, já <strong>que</strong> permite ao<br />

cliente optar se o <strong>que</strong>r fazer num<br />

PPR BPI, numa conta poupança<br />

BPI ou numa AB Conta. De<br />

resto, a instituição bancária<br />

continua a manter uma das taxas<br />

no descoberto mais competitivas<br />

do mercado: TAN fixa de 10%.<br />

MARTA ARAÚJO<br />

martaaraujo@vidaeconomica.pt<br />

Ganhe 10% de um mês de ordenado<br />

Perante um mercado em constante turbulência,<br />

há <strong>que</strong> adaptar e dançar ao ritmo<br />

dele. É extamente isso <strong>que</strong> o BPI está a fazer.<br />

Habitualmente, as campanhas das contas<br />

ordenado eram lançadas na rentrée, depois<br />

das férias, algures entre setembro e outubro.<br />

Perante a atual conjuntura, com <strong>os</strong> cortes<br />

n<strong>os</strong> subsídi<strong>os</strong> de férias e as famílias a terem<br />

novas formas de organizarem <strong>os</strong> seus orçament<strong>os</strong>,<br />

a banca tem de se p<strong>os</strong>icionar.<br />

Se no ano anterior o mote para esta campanha<br />

foi “A conta <strong>que</strong> pensa na reforma”,<br />

<strong>os</strong> 365 dias <strong>que</strong> se seguirem fizeram o staff<br />

interno do banco liderado por Fernando<br />

Ulrich perceber <strong>que</strong> esta captação de nov<strong>os</strong><br />

clientes deveria acontecer mais cedo, precisamente<br />

antes das férias, e numa altura<br />

em <strong>que</strong> as vantagens desta conta ordenado<br />

p<strong>os</strong>sam, eventualmente, ser usufruídas mais<br />

cedo, nomeadamente no <strong>que</strong> diz respeito a<br />

mais cash flow proveniente de um p<strong>os</strong>sível<br />

duplo ordenado.<br />

Em paralelo, poupar está – obrigatoriamente<br />

e, em muit<strong>os</strong> cas<strong>os</strong>, por necessidade<br />

– na moda, pelo <strong>que</strong>, este ano, o mote é<br />

“Poupe com o seu ordenado”. A vantagem<br />

é, pelo men<strong>os</strong>, dupla: para além de o banco<br />

conceder 10% do ordenado numa aplicação<br />

de poupança, o BPI tem, neste contexto e<br />

olhando para a concorrência, uma das taxas<br />

de juro no descoberto mais baixas: TAEG de<br />

11,8% e TAN fixa de 10%.<br />

Escolha como <strong>que</strong>r poupar com o<br />

seu ordenado<br />

Desta feita, a <strong>que</strong>m for trabalhador por<br />

contra de outrem ou reformado e transferir<br />

o seu ordenado ou pensão, pela primeira<br />

vez, no BPI, pode optar por ganhar<br />

um PPR, uma conta poupança ou uma<br />

AB Conta equivalente a 10% da verba domiciliada.<br />

Assim, e sem qual<strong>que</strong>r esforço<br />

adicional, o cliente ganha um mealheiro<br />

extra.<br />

De salientar <strong>que</strong>, no caso da conta poupança<br />

e da AB Conta, o cliente, caso precise<br />

do dinheiro antes de o produto ter completado<br />

um ano de existência, não tem qual<strong>que</strong>r<br />

comissão de resgate aplicada pelo banco. No<br />

caso do PPR, por exemplo, a comissão aplicada,<br />

neste contexto, é de 1%.<br />

Para ter direito a estas ofertas, o banco<br />

solicita a domiciliação de forma automática<br />

do ordenado ou pensão de valor igual<br />

ou superior a 500 eur<strong>os</strong> a pessoas <strong>que</strong>,<br />

até ao momento, nunca o tenham feito.<br />

Em paralelo, obriga à adesão ao extrato<br />

digital e a constituição de, pelo men<strong>os</strong>,<br />

duas ordens de pagamento permanente<br />

de serviç<strong>os</strong> como água ou eletricidade.<br />

Ao domiciliar o ordenado, o cliente fica<br />

com acesso a um descoberto até 100% do<br />

valor líquido do mesmo, com uma das taxas<br />

de juro mais baixas do mercado (TAEG<br />

11,8%); isenção da comissão de manutenção<br />

e das anuidades do cartão de débito<br />

de dois titulares, bem como a primeira<br />

anuidade d<strong>os</strong> cartões de crédito. Para além<br />

do acesso a bonificações n<strong>os</strong> produt<strong>os</strong> de<br />

crédito, o banco garante a oferta de um<br />

seguro de responsabilidade civil com um<br />

valor anual garantido de 2500 eur<strong>os</strong> por<br />

segurado.<br />

CONSELHOS<br />

• Se consegue ser bastante controlado<br />

na forma como gere as suas contas,<br />

analise a conta ordenado da CGD,<br />

<strong>que</strong> disponibiliza até 250 eur<strong>os</strong> de<br />

descoberto sem jur<strong>os</strong> n<strong>os</strong> primeir<strong>os</strong><br />

sete dias. Atitude semelhante tem o<br />

Santander, <strong>que</strong> não cobra jur<strong>os</strong> por<br />

emprestar 100 eur<strong>os</strong> até a<strong>os</strong> dois<br />

dias seguintes.<br />

• No caso de ter uma remuneração<br />

mensal, ou pensão, inferior a 350<br />

eur<strong>os</strong>, saiba <strong>que</strong> o Banif permite<br />

a subscrição da Conta Ordenado<br />

Triplus a partir de venciment<strong>os</strong> de<br />

300 eur<strong>os</strong>, sendo p<strong>os</strong>sível antecipar<br />

até três vezes o valor do ordenado.<br />

Em contrapartida a taxa de juro<br />

associada é elevada: 20,937%.<br />

Europa “abandona” taxa sobre transações financeiras<br />

Os ministr<strong>os</strong> das Finanças da União Europeia<br />

não chegaram a acordo relativamente<br />

à taxa sobre as transações financeiras. No<br />

entanto, deixaram a porta aberta a<strong>os</strong> países<br />

<strong>que</strong> <strong>que</strong>iram avançar isoladamente, como<br />

são <strong>os</strong> cas<strong>os</strong> da Alemanha e da França.<br />

A realidade é <strong>que</strong> as p<strong>os</strong>ições sobre a prop<strong>os</strong>ta<br />

de taxação continuam muito distantes<br />

e é quase imp<strong>os</strong>sível a Europa lançar<br />

uma taxa sobre as transações financeiras.<br />

Trata-se de uma vitória clara da<strong>que</strong>las nações<br />

<strong>que</strong> seguiram sempre o Reino Unido<br />

na op<strong>os</strong>ição a tal prop<strong>os</strong>ta. No entanto,<br />

o processo não está fechado. É p<strong>os</strong>sível o<br />

mesmo ir por diante, desde <strong>que</strong> exista um<br />

número mínimo de oito países <strong>que</strong> esteja<br />

de acordo. O Tratado de Lisboa prevê essa<br />

p<strong>os</strong>sibilidade, depois de esgotadas todas as<br />

vias de se chegar a um consenso.<br />

Os países defensores da referida taxa<br />

consideram <strong>que</strong> se deu um passo importante<br />

no sentido da cooperação reforçada.<br />

Nesta linha estão, para além da França e da<br />

Alemanha, a Espanha, a Itália, <strong>Portugal</strong>, a<br />

Grécia, a Áustria, a Bélgica e a Finlândia.<br />

Um número suficiente, mas pouco sólido,<br />

tendo em conta <strong>os</strong> 27 países integrad<strong>os</strong> na<br />

comunidade europeia.


44 SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2012<br />

MERCADOS<br />

PSI-20 - DIÁRIO<br />

O PSI-20 continua com a tendência de <strong>que</strong>da <strong>que</strong> tem<br />

impulsionado o seu comportamento desde o início do 2º<br />

trimestre de 2012. A <strong>que</strong>bra da zona de suporte entre <strong>os</strong> 5135<br />

e 5260 pont<strong>os</strong> foi particularmente negativa, tendo despoletado<br />

violentas <strong>que</strong>das até níveis de 1996. De momento, o PSI-20<br />

conseguiu suporte n<strong>os</strong> 4420 pont<strong>os</strong>, tendo este nível já sido<br />

testado duas vezes. A <strong>que</strong>bra deste suporte poderá desencadear<br />

uma <strong>que</strong>da para valores próxim<strong>os</strong> d<strong>os</strong> 4000 pont<strong>os</strong>.<br />

DAX 30 - DIÁRIO<br />

Este mês o índice alemão conseguiu suporte n<strong>os</strong> 5940<br />

pont<strong>os</strong>, tendo conseguido recuperar para níveis perto d<strong>os</strong><br />

6450 pont<strong>os</strong>. Após estes níveis assistiu-se a uma <strong>que</strong>da até<br />

valores ligeiramente abaixo d<strong>os</strong> 6100 pont<strong>os</strong>. No entanto, este<br />

movimento não é suficiente para invalidar uma continuação da<br />

recuperação, sendo importante <strong>que</strong> o índice se mantenha acima<br />

d<strong>os</strong> 5940 pont<strong>os</strong>.<br />

Mercado aguarda por reunião do BCE<br />

Muito poucas alterações nesta<br />

última semana, <strong>que</strong>r n<strong>os</strong> praz<strong>os</strong> de<br />

mercado monetário, <strong>que</strong>r nas taxas<br />

fixas. Os operadores aguardam pela<br />

próxima reunião do BCE de 5 de<br />

julho. Continua a haver alguma<br />

expetativa <strong>que</strong> o Banco Central<br />

corte as taxas de juro em 0,25<br />

bps, mesmo <strong>que</strong> seja apenas as<br />

de depósito. Na semana passada,<br />

o BCE relaxou a exigência quanto<br />

ao colateral <strong>que</strong> <strong>os</strong> banc<strong>os</strong> podem<br />

usar, permitindo um maior acesso<br />

a<strong>os</strong> leilões de cedência de liquidez,<br />

efeito <strong>que</strong> se estima em mais 100<br />

mil milhões. Já no <strong>que</strong> respeita a<br />

compra de obrigações em mercado<br />

secundário, o BCE nada fez pela<br />

15ª semana consecutiva. Segundo<br />

comentári<strong>os</strong> de Nowotny, é um<br />

instrumento <strong>que</strong> não deverá voltar<br />

a ser utilizado, podendo o fundo<br />

EFSF tomar esse papel no futuro.<br />

O alemão Weidmann, presidente do<br />

Bundesbank, afirmou <strong>que</strong> o BCE já<br />

fez tudo o <strong>que</strong> está ao seu alcance<br />

para atenuar a crise, opondo-se à<br />

ideia de o ESM se vir a financiar<br />

junto do Banco Central Europeu<br />

com o propósito de comprar dívida<br />

MERCADO MONETÁRIO<br />

INTERBANCÁRIO<br />

YIELD CURVE EURO E DÓLAR<br />

a<strong>os</strong> govern<strong>os</strong>. Na sua opinião,<br />

não há soluções rápidas para o<br />

actual problema, pelo <strong>que</strong> a mera<br />

disponibilização de mais dinheiro<br />

em nada contribuirá para resolver a<br />

situação.<br />

No documento preparado para o<br />

Conselho Europeu estão as linhas<br />

diretoras <strong>que</strong> apontam para uma<br />

maior coordenação central a nível<br />

de política económica, orçamental<br />

e mobilidade laboral. Fala-se<br />

também na ideia de uma supervisão<br />

bancária a nível europeu e na<br />

p<strong>os</strong>sível utilização do mecanismo<br />

ESM como suporte de um fundo<br />

de garantia de depósit<strong>os</strong>. Só depois<br />

de se avançar nesse sentido, o <strong>que</strong><br />

envolve clara perda de soberania<br />

nalguns aspet<strong>os</strong>, se equacionará<br />

um mecanismo de emissão<br />

conjunta de obrigações.<br />

Os consumidores alemães<br />

surpreenderam o mercado com<br />

uma subida na confiança. O facto<br />

de o desemprego continuar a<br />

diminuir (e de <strong>os</strong> salári<strong>os</strong> terem<br />

subido) contribuiu para um maior<br />

optimismo, mas tal não impede <strong>que</strong><br />

haja algum pessimismo quanto à<br />

YIELD 10 ANOS EURO “BENCHMARK”<br />

FILIPE GARCIA<br />

filipegarcia@imf.pt<br />

evolução futura da economia alemã.<br />

Estes recei<strong>os</strong> estão associad<strong>os</strong><br />

à hipótese de a Alemanha ser<br />

arrastada pela espiral de problemas<br />

d<strong>os</strong> seus parceir<strong>os</strong> europeus.<br />

Espanha viu ser cortado o rating de<br />

28 d<strong>os</strong> seus banc<strong>os</strong>, no dia em <strong>que</strong><br />

formalmente apresentou o pedido<br />

de ajuda para o sector financeiro.<br />

Há ainda uma série de detalhes<br />

respeitantes à senioridade da<br />

dívida, ao seu custo e à maturidade<br />

<strong>que</strong> ainda não foram esclarecidas.<br />

Segundo o ministro da Economia<br />

espanhol, o mercado saberá as<br />

resp<strong>os</strong>tas nas próximas semanas.<br />

Há uma convergência entre <strong>os</strong><br />

rendiment<strong>os</strong> d<strong>os</strong> títul<strong>os</strong> de Espanha<br />

e de <strong>Portugal</strong>, com <strong>os</strong> primeir<strong>os</strong> a<br />

subir e <strong>os</strong> últim<strong>os</strong> a descer. N<strong>os</strong> 10<br />

an<strong>os</strong> <strong>Portugal</strong> já “paga” abaixo de<br />

10%, enquanto Espanha está perto<br />

d<strong>os</strong> 7%. A Alemanha anunciou a<br />

emissão de 3 mil milhões para<br />

além do planeado no próximo<br />

trimestre, para contribuir para o<br />

fundo ESM.<br />

ANÁLISE PRODUZIDA<br />

A 27 DE JUNHO DE 2012<br />

Evolução euribor (em basis points)<br />

27.junho12 20.junho12 30.maio12<br />

1M 0.376% 0.379% -0.003 0.387% -0.011<br />

3M 0.652% 0.657% -0.005 0.671% -0.019<br />

1Y 1.212% 1.214% -0.002 1.237% -0.025<br />

EURIBOR - 3M, 6M E 1 ANO<br />

Taxas MMI<br />

T/N 0.25<br />

1 W 0.10<br />

2 W 0.10<br />

1 M 0.27<br />

2 M 0.37<br />

3 M 0.50<br />

6 M 0.78<br />

9 M 0.92<br />

1 Y 1.05<br />

CONDIÇÕES DOS BANCOS CENTRAIS<br />

Minium Bid* 1,00%<br />

BCE Lending Facility* 1,75%<br />

Dep<strong>os</strong>ity Facility* 0,25%<br />

*desde 6 junho de 2012<br />

EUA FED Funds 0,25%<br />

R.Unido Repo BoE 0,50%<br />

Suíça Target Libor 3M 0% - 0,25%<br />

Japão Repo BoJ 0,10%<br />

EURO FRA’S<br />

Forward Rate Agreements<br />

Tipo* Bid Ask<br />

1X4 0.578 0.588<br />

3X6 0.502 0.512<br />

1X7 0.805 0.855<br />

3X9 0.736 0.786<br />

6X12 0.744 0.759<br />

12X24 1.093 1.113<br />

*1x4 - Período termina a 4 Meses, com início a 1M<br />

EURO IRS<br />

InterestSwapsvs Euribor 6M<br />

Prazo Bid Ask<br />

2Y 0.853 1.950<br />

3Y 0.945 2.290<br />

5Y 0.853 1.322<br />

8Y 1.753 3.307<br />

10Y 1.959 3.522<br />

20Y 2.235 3.965<br />

30Y 2.214 2.254<br />

LEILÕES BCE<br />

Last Tender<br />

26.junho.2012<br />

Minium Bid 1,00%<br />

Marginal Rate 1,00%<br />

Euro lateral, mas com risco<br />

de mais <strong>que</strong>das<br />

Eur/Usd<br />

Apesar de nas últimas semanas<br />

o Eur/Usd ter registado uma tentativa<br />

de recuperação, cotando em<br />

valores acima d<strong>os</strong> 1,2700, o forte<br />

movimento de descida registado<br />

da semana passada invalidou o<br />

canal ascendente <strong>que</strong> suportava a<br />

recuperação do câmbio.<br />

Este evento técnico eliminou o<br />

“momentum” ascendente do câmbio.<br />

O comportamento do Eur/<br />

Usd é agora lateral, com suporte<br />

n<strong>os</strong> 1.2450 dólares. Caso este suporte<br />

seja <strong>que</strong>brado, um retorno<br />

a<strong>os</strong> mínim<strong>os</strong> do ano é provável.<br />

EUR/USD<br />

CARLOS BALULA carl<strong>os</strong>balula@imf.pt<br />

Eur/Jpy<br />

As subidas conseguidas pelo<br />

Eur/Jpy nas últimas semanas invalidaram<br />

a forte tendência de<br />

<strong>que</strong>da registada desde o 2º trimestre<br />

de 2012.<br />

Após, na semana passada, o<br />

câmbio ter <strong>que</strong>brado o intervalo<br />

de consolidação <strong>que</strong> caracterizou<br />

<strong>os</strong> seus moviment<strong>os</strong> desde o início<br />

do mês, observou-se uma tentativa<br />

de visita a<strong>os</strong> 102 ienes. No entanto,<br />

esta tentativa foi rejeitada,<br />

com o Eur/Jpy a retornar para o<br />

intervalo anterior.<br />

O comportamento do cr<strong>os</strong>s<br />

é agora lateral, limitado entre <strong>os</strong><br />

98,60 e 101,5 ienes. A <strong>que</strong>bra do<br />

limite inferior poderá pressionar<br />

o câmbio até perto d<strong>os</strong> mínim<strong>os</strong><br />

do ano.<br />

Eur/Gbp<br />

O Eur/Gbp continua com a<br />

trajectória de <strong>que</strong>da <strong>que</strong> iniciou<br />

no Verão de 2011, permanecendo<br />

dentro de um canal descendente.<br />

Esta semana, o câmbio <strong>que</strong>brou<br />

o canal ascendente <strong>que</strong> registava<br />

desde Maio. Este evento vinha já<br />

sendo sugerido pelo comportamento<br />

do câmbio nas duas ultimas<br />

semanas, após a tentativa de<br />

visita a valores acima d<strong>os</strong> 0,8150<br />

libras ter sido rejeitada.<br />

Apesar de, no curto prazo, o<br />

Eur/Gbp apresentar um comportamento<br />

lateral, com suporte nas<br />

0,7985 libras, uma visita a<strong>os</strong> mínim<strong>os</strong><br />

do ano é um cenário a ter<br />

em mente.<br />

FIXING Variação Variação Variação<br />

27.jun.12 Semanal (%) no mês (%) desde 1 jan. (%)<br />

EUR/USD 1.2478 -1.78% 0.60% -3.56%<br />

EUR/JPY 99.49 -0.75% 1.87% -0.71%<br />

EUR/GBP 0.7999 -0.76% 0.00% -4.24%<br />

EUR/CHF 1.2011 0.02% 0.01% -1.19%<br />

EUR/NOK 7.5230 0.23% -0.01% -2.98%<br />

EUR/SEK 8.8242 -0.22% -1.68% -0.99%<br />

EUR/DKK 7.4337 0.00% 0.02% -0.01%<br />

EUR/PLN 4.2515 0.29% -3.19% -4.63%<br />

EUR/AUD 1.2384 -0.58% -2.76% -2.66%<br />

EUR/NZD 1.5804 -0.78% -3.86% -5.57%<br />

EUR/CAD 1.2796 -0.95% 0.27% -3.17%<br />

EUR/ZAR 10.4601 0.39% -1.06% -0.22%<br />

EUR/BRL 2.5850 0.58% 3.67% 7.00%


SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2012 45<br />

MERCADOS<br />

Quatro empresas portuguesas no ranking europeu<br />

de leasing e renting<br />

Há quatro instituições portuguesas (BES, Caixa Leasing e Factoring, BCP e Montepio)<br />

no ranking da Leaseurope, a Federação Europeia das Associações de empresas de Leasing<br />

e de Renting. A lista, liderada por BNP Paribas Equipment Solutions (França), a<br />

Volkswagen Leasing GmbH (Alemanha) e a Société-Générale Equipment Finance (França)<br />

tem empresas de 21 países europeus, intra e extra União Europeia.<br />

Preç<strong>os</strong> das matérias-primas indiciam<br />

tendência de descida<br />

A descida nas previsões económicas para <strong>os</strong> Estad<strong>os</strong> Unid<strong>os</strong> e <strong>os</strong><br />

frac<strong>os</strong> indicadores da atividade industrial na China estão a impulsionar<br />

as vendas n<strong>os</strong> mercad<strong>os</strong> de “commodities”. O preço desceu<br />

para perto de 90 dólares, o cobre registou uma baixa de cerca de<br />

2% e o ouro caiu abaixo da fasquia d<strong>os</strong> 1600 dólares a onça.<br />

Título<br />

TÍTULOS EURONEXT LISBOA<br />

TÍTULOS MERCADOS EUROPEUS<br />

Última<br />

Cotação<br />

Variação<br />

Semanal<br />

Máximo<br />

52 Sem<br />

Mínimo<br />

52 Sem<br />

EPS Est<br />

Act<br />

EPS Est<br />

Fut<br />

PAINEL BANCO POPULAR<br />

Título<br />

Última Variação Máximo 52 Mínimo EPS Est EPS Est PER Est PER Est Div. Yield<br />

Div. Yield Est<br />

Cotação Semanal Sem 52 Sem Act Fut Act Fut Ind<br />

Data Act Hora Act<br />

ALTRI SGPS 1,028 -2,00% 1,500 0,945 0,098 0,122 10,490 8,426 1,95% 0,78% 27-06-2012 16:35:00<br />

B. COM. PORT. 0,097 1,04% 0,414 0,073 -0,002 0,017 -- 5,706 -- 0,00% 27-06-2012 16:35:37<br />

B.ESP. SANTO 0,518 0,58% 1,695 0,434 0,079 0,124 6,557 4,177 -- 1,89% 27-06-2012 16:35:00<br />

BANIF-SGPS 0,130 8,33% 0,669 0,100 -0,040 0,010 -- 13,000 -- -- 27-06-2012 16:35:00<br />

B. POP. ESP. 1,740 6,10% 3,950 1,570 -0,055 0,160 -- 10,875 9,20% 0,00% 27-06-2012 13:28:23<br />

BANCO BPI 0,505 -0,20% 1,099 0,345 0,083 0,086 6,084 5,872 -- 0,00% 27-06-2012 16:36:40<br />

BRISA 2,497 -2,23% 4,240 2,191 0,122 0,096 20,467 26,010 -- 11,37% 27-06-2012 16:36:02<br />

COFINA,SGPS 0,340 -2,86% 0,820 0,270 0,070 0,060 4,857 5,667 2,94% 0,00% 26-06-2012 16:36:02<br />

CORT. AMORIM 1,340 -4,29% 1,650 0,870 0,250 0,250 5,360 5,360 4,85% 5,97% 27-06-2012 15:07:17<br />

CIMPOR,SGPS 3,300 -39,38% 5,700 3,260 0,340 0,384 9,706 8,594 5,03% 6,11% 27-06-2012 16:37:32<br />

EDP 1,790 -0,56% 2,556 1,628 0,290 0,279 6,172 6,416 10,34% 10,56% 27-06-2012 16:36:41<br />

MOTA ENGIL 1,000 -3,57% 1,642 0,951 0,215 0,233 4,651 4,292 11,00% 12,50% 27-06-2012 16:35:00<br />

GALP ENERGIA 9,500 -2,64% 16,970 8,330 0,445 0,622 21,348 15,273 3,58% 2,45% 27-06-2012 16:35:00<br />

IMPRESA,SGPS 0,330 3,13% 0,700 0,260 0,015 0,030 22,000 11,000 -- 0,00% 27-06-2012 16:07:17<br />

J. MARTINS 13,780 -2,37% 16,070 10,660 0,662 0,796 20,816 17,312 2,00% 2,42% 27-06-2012 16:35:00<br />

MARTIFER 0,610 1,67% 1,400 0,560 -0,040 0,000 -- -- -- -- 27-06-2012 16:35:00<br />

NOVABASE 1,900 -0,52% 2,750 1,610 0,195 0,220 9,744 8,636 1,58% 3,68% 27-06-2012 16:35:00<br />

GLINTT 0,100 0,00% 0,230 0,090 -- -- -- -- -- -- 27-06-2012 16:00:37<br />

P. TELECOM 3,420 1,94% 6,992 3,003 0,411 0,434 8,321 7,880 25,44% 14,82% 27-06-2012 16:39:33<br />

PORTUCEL 1,880 -2,24% 2,400 1,680 0,253 0,251 7,431 7,490 11,76% 8,28% 27-06-2012 16:35:00<br />

REDES E. NAC. 2,050 0,99% 2,480 1,806 0,271 0,283 7,565 7,244 8,24% 8,08% 27-06-2012 16:35:00<br />

S. COSTA 0,160 -5,88% 0,440 0,140 0,000 0,020 -- 8,000 -- -- 27-06-2012 16:26:26<br />

SEMAPA 4,810 -2,83% 7,650 4,602 0,603 1,025 7,977 4,693 5,30% 5,30% 27-06-2012 16:35:00<br />

SONAECOM 1,288 -0,16% 1,550 1,039 0,143 0,144 9,007 8,944 5,43% 4,83% 27-06-2012 16:35:00<br />

SONAE,SGPS 0,409 -0,97% 0,742 0,366 0,047 0,058 8,702 7,052 8,09% 7,99% 27-06-2012 16:35:00<br />

SONAE IND. 0,468 0,65% 1,389 0,384 -0,172 -0,033 -- -- -- 0,00% 27-06-2012 16:35:00<br />

SAG GEST 0,400 5,26% 0,550 0,330 -0,040 -0,010 -- -- -- -- 27-06-2012 15:31:41<br />

TEIX. DUARTE 0,220 10,00% 0,450 0,170 -0,290 0,050 -- 4,400 6,82% 9,09% 27-06-2012 09:01:08<br />

Z. MULTIMEDIA 2,303 1,01% 3,330 1,760 0,132 0,169 17,447 13,627 6,95% 7,04% 27-06-2012 16:35:00<br />

PAINEL BANCO POPULAR<br />

B.POPULAR 1,737 2,96% 4,028 1,544 -0,055 0,160 -- 10,856 9,21% 3,00% 27-06-2012 16:38:00<br />

INDITEX 78,46 0,87% 78,500 52,035 3,607 4,044 21,752 19,402 2,04% 2,66% 27-06-2012 16:38:00<br />

REPSOL YPF 11,4 -10,55% 24,350 11,065 1,589 1,771 7,174 6,437 9,67% 7,96% 27-06-2012 16:38:00<br />

TELEFONICA 9,76 -1,77% 17,050 8,814 1,287 1,350 7,584 7,230 13,32% 13,06% 27-06-2012 16:38:00<br />

FRA. TELECOM 9,935 0,29% 14,725 9,450 1,317 1,272 7,544 7,811 14,09% 12,44% 27-06-2012 16:35:18<br />

LVMH 116,25 -2,80% 136,800 94,160 7,262 8,124 16,008 14,309 2,24% 2,57% 27-06-2012 16:35:37<br />

BAYER AG O.N. 54,98 1,57% 58,640 35,360 5,188 5,708 10,583 9,619 3,01% 3,21% 27-06-2012 16:35:12<br />

DEUTSCHE BK 28,175 -2,58% 42,075 20,785 4,699 5,424 6,012 5,209 2,67% 2,79% 27-06-2012 16:35:08<br />

DT. TELEKOM 8,52 1,38% 10,940 7,688 0,639 0,668 13,333 12,754 8,24% 8,23% 27-06-2012 16:35:19<br />

VOLKSWAGEN 113 -5,32% 138,800 82,350 21,796 23,823 5,184 4,743 2,65% 3,50% 27-06-2012 16:35:28<br />

ING GROEP 4,895 -3,36% 8,717 4,213 1,174 1,316 4,170 3,720 -- 1,86% 27-06-201 16:38:56<br />

Este relatório foi elaborado pelo Centro de Corretagem do Banco Popular, telf 210071800, email: centro.corretagem@<br />

bancopopular.pt, com base em informação disponível ao público e considerada fidedigna, no entanto, a sua exactidão não<br />

é totalmente garantida. Este relatório é apenas para informação, não constituindo qual<strong>que</strong>r prop<strong>os</strong>ta de compra ou venda<br />

em qual<strong>que</strong>r d<strong>os</strong> títul<strong>os</strong> mencionad<strong>os</strong>.<br />

PER Est<br />

Act<br />

PER Est<br />

Fut<br />

Div. Yield<br />

Ind<br />

Div. Yield<br />

Est<br />

Data Act<br />

Hora Act<br />

VÍTOR NORINHA<br />

vnorinha@gmail.com<br />

PT em desta<strong>que</strong><br />

e expetativa sobre Espanha<br />

As ações da <strong>Portugal</strong> Telecom estiveram em desta<strong>que</strong> esta semana,<br />

depois de terem estado a perder 24% durante este semestre. A gestão<br />

liderada por Zeinal Bava, vai, à semelhança do <strong>que</strong> estão a fazer<br />

as congéneres europeias, cortar o nível de dividendo para metade,<br />

evitando quase 300 milhões de eur<strong>os</strong> de remuneração acionista, e vai<br />

ainda adquirir ações próprias (share buy back) no valor de 200 milhões<br />

de eur<strong>os</strong>, o <strong>que</strong> constitui um retorno indireto para <strong>os</strong> acionistas.<br />

Com esta estratégia haverá um menor consumo de capital, numa<br />

altura em <strong>que</strong> a empresa precisa de se recentrar no seu mercado core,<br />

ao mesmo tempo <strong>que</strong> cria boas perspetivas a prazo para <strong>os</strong> acionistas.<br />

O corte na remuneração de 0,65 cêntim<strong>os</strong> por ação para 0,325<br />

cêntim<strong>os</strong> por ação irá manter-se durante <strong>os</strong> próxim<strong>os</strong> três exercíci<strong>os</strong>.<br />

Este opção gerou um movimento muito p<strong>os</strong>itivo no título, <strong>que</strong>, na<br />

quarta-feira, esteve a recuperar mais de 2%.<br />

Também o título da Galp energia se manteve em alta,<br />

independentemente de o preço do crude n<strong>os</strong> mercad<strong>os</strong> internacionais<br />

continuar em <strong>que</strong>da (sabendo-se de paragens de produção na<br />

Noruega e de suspensão de importações do Irão).<br />

O setor financeiro estava até meio da semana na expetativa<br />

sobre o <strong>que</strong> iria acontecer na cimeira d<strong>os</strong> chefes de Estado da Zona<br />

Euro desta última quinta-feira e sexta-feira. À hora de fecho desta<br />

crónica circulavam rumores sobre as grandes linhas orientadoras<br />

deste encontro e especulava-se com um maior esforço de integração<br />

financeira, via uma supervisão bancária e garantia de depósit<strong>os</strong><br />

comuns, a par de uma união orçamental com um tesouro comum.<br />

Havia ainda grande expetativa sobre medidas a nível da política<br />

económica de crescimento.<br />

O sentimento de mercado tem estado pouco definido, com as<br />

yields da dívida pública alemã a registarem subidas, enquanto o<br />

euro manteve a tendência descendente, cotando a 1,2442 dólares na<br />

quarta-feira. As ações d<strong>os</strong> EUA não foram afetadas pel<strong>os</strong> dad<strong>os</strong> men<strong>os</strong><br />

favoráveis ao nível das encomendas de bens duradour<strong>os</strong>. Existia<br />

ainda a expetativa de a inflação na Alemanha cair ligeiramente, o <strong>que</strong><br />

reforçaria a p<strong>os</strong>sibilidade de o BCE acomodar ainda mais a política<br />

monetária, embora já pouc<strong>os</strong> acreditem nesta solução. Tod<strong>os</strong> esperam<br />

grandes decisões políticas.<br />

As preocupações com Espanha são evidentes. Depois do pedido<br />

formal de ajuda à banca, Mariano Rajoy, o chefe de Governo<br />

espanhol, veio afirmar <strong>que</strong> o país não aguentará durante muito<br />

mais tempo pagar jur<strong>os</strong> tão elevad<strong>os</strong>. Isto pode ser o prenúncio de<br />

um pedido de assistência ao Estado espanhol, algo <strong>que</strong> <strong>os</strong> nov<strong>os</strong><br />

mecanism<strong>os</strong> de ajuda europeia contemplam, mas sobre <strong>os</strong> quais ainda<br />

existem muitas incógnitas, nomeadamente d<strong>os</strong> valores necessári<strong>os</strong><br />

para um “bailout” a uma grande economia.<br />

Chipre solicitou ajuda para a banca sem especificar montantes,<br />

embora a Bloomberg especule <strong>que</strong> Bruxelas <strong>que</strong>r abrir uma linha<br />

de 10 mil milhões de eur<strong>os</strong>, mas Nic<strong>os</strong>ia <strong>que</strong>rerá apenas quatro mil<br />

milhões de eur<strong>os</strong> e não <strong>que</strong>r imp<strong>os</strong>ições a nível da política económica<br />

e financeira. A Irlanda está a insistir nas alterações às obrigações<br />

contraídas com a “troika”, tendo em conta <strong>que</strong> o seu cenário é idêntico<br />

ao de Espanha e, logo, <strong>que</strong>r soluções men<strong>os</strong> grav<strong>os</strong>as, tais como as <strong>que</strong><br />

Espanha irá ter, se mantiver o pedido de ajuda apenas para a banca.<br />

PUB<br />

<br />

<br />

Encontre nas soluções PME Power a energia para o crescimento,<br />

a consolidação e a competitividade da sua empresa.


46 SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2012<br />

AUTOMÓVEL<br />

Hertz oferece pack infantil<br />

A rent-a-car Hertz está, em parceria com a Oreo, a oferecer um pack infantil às crianças <strong>que</strong><br />

visitam as suas estações. A<strong>que</strong>le pack inclui um livro de colorir, uma caixa de lápis de cor e<br />

uma sa<strong>que</strong>ta de bolachas Oreo. Integrada n<strong>os</strong> 100 an<strong>os</strong> do aniversário da marca de bolachas,<br />

a parceria pressupõe ainda a p<strong>os</strong>sibilidade da família receber uma semana de férias no Algarve<br />

com tudo incluído (disponibilizad<strong>os</strong> ainda uma viatura e 100 litr<strong>os</strong> de combustível).<br />

MIRA AMARAL DEFENDE<br />

“<strong>Portugal</strong> tem<br />

de ap<strong>os</strong>tar<br />

na mobilidade<br />

elétrica<br />

urbana”<br />

O ex-ministro destaca <strong>os</strong> transportes coletiv<strong>os</strong><br />

elétric<strong>os</strong>.<br />

“Só quando houver uma utilização<br />

massiva de automóveis elétric<strong>os</strong> é <strong>que</strong> haverá<br />

poupança de petróleo, a indústria da<br />

energia já não usa petróleo para produzir<br />

energia”, defendeu Mira Amaral, membro<br />

do Comité de Gestão do LIDE <strong>Portugal</strong>,<br />

no debate sobre <strong>Portugal</strong> Sustentável promovido<br />

pela organização portuguesa de<br />

líderes empresariais. O antigo ministro<br />

da Indústria e Energia e atual presidente<br />

do BIC defendeu <strong>que</strong>, “com as atuais<br />

limitações de autonomia, <strong>os</strong> automóveis<br />

elétric<strong>os</strong> têm sobretudo uma utilização<br />

urbana e portanto para baixar a sua dependência<br />

do petróleo, <strong>Portugal</strong> tem de<br />

ap<strong>os</strong>tar em força na mobilidade elétrica<br />

urbana e designadamente n<strong>os</strong> transportes<br />

coletiv<strong>os</strong> elétric<strong>os</strong>, onde já tem<strong>os</strong> e exportam<strong>os</strong><br />

tecnologia”.<br />

Mira Amaral, depois de ter defendido<br />

<strong>que</strong> “é feliz falar em sustentabilidade<br />

ambiental, económica e social, em conjunto,<br />

e não apenas em sustentabilidade<br />

ambiental”, disse <strong>que</strong> “pouca gente tem<br />

consciência <strong>que</strong> o problema europeu não<br />

é só financeiro, é económico e social e<br />

advém da desindustrialização e deslocalização<br />

da indústria para a China e outr<strong>os</strong><br />

países asiátic<strong>os</strong>”.<br />

O membro do Comité de Gestão do<br />

LIDE <strong>Portugal</strong>, <strong>que</strong> iniciou o movimento<br />

das energias renováveis em <strong>Portugal</strong>,<br />

quando foi ministro da Indústria e Energia,<br />

considerou <strong>que</strong> a energia hídrica “é<br />

a grande energia renovável <strong>que</strong> tem<strong>os</strong><br />

em <strong>Portugal</strong>” e criticou a forma como<br />

o país ap<strong>os</strong>tou nas energias renováveis e<br />

em especial na eólica, n<strong>os</strong> últim<strong>os</strong> an<strong>os</strong>.<br />

“Exagerou-se no mix das renováveis e isso<br />

resultou em problemas de sustentabilidade<br />

económica”, disse.<br />

REVELA COMPARATIVO DA BOXER CONSULTING PARA A “VIDA ECONÓMICA”<br />

Motorizações de menor potência “<br />

marcas “premium” n<strong>os</strong> cust<strong>os</strong> do<br />

Têm potência semelhante<br />

e desempenh<strong>os</strong> parecid<strong>os</strong><br />

em term<strong>os</strong> de consumo de<br />

combustível, mas as faturas das<br />

visitas às oficinas revelam o seu<br />

“pedigree”. Segundo um estudo<br />

feito pela Boxer Consulting<br />

para a “<strong>Vida</strong> Económica” sobre<br />

<strong>os</strong> cust<strong>os</strong> de manutenção a 48<br />

meses/120 mil km, <strong>os</strong> motores<br />

de elevada cilindrada com<br />

baixa potência de model<strong>os</strong><br />

“premium” apresentam<br />

cust<strong>os</strong> de manutenção mais<br />

elevadas do <strong>que</strong> motores de<br />

menor cilindrada de marcas<br />

generalistas.<br />

AQUILES PINTO<br />

aquilespinto@vidaeconomica.pt<br />

As motorizações de elevada cilindrada com<br />

baixa potência de model<strong>os</strong> “premium” apresentam<br />

cust<strong>os</strong> de manutenção mais elevadas<br />

do <strong>que</strong> motores de menor cilindrada de<br />

construtores generalistas, segundo um estudo<br />

efetuado pela Boxer Consulting para a “<strong>Vida</strong><br />

Económica”. O objetivo destes comparativ<strong>os</strong><br />

é, recorde-se, analisar <strong>os</strong> preç<strong>os</strong> da manutenção<br />

programada a 120 mil km e 48 meses (<strong>os</strong><br />

interval<strong>os</strong> de manutenção dependem, além<br />

da quilometragem, do tempo passado), a <strong>que</strong><br />

se juntam alguns gast<strong>os</strong> adicionais de peças de<br />

desgaste. Esses componentes são as pastilhas<br />

de travão e a embraiagem.<br />

Desta feita, solicitám<strong>os</strong> à consultora um<br />

comparativo dividido em três, comparando<br />

model<strong>os</strong> do mesmo segmento (C, D e E) de<br />

Modelo<br />

potência semelhante de marcas “premium” e<br />

construtores generalistas. A comparação foi,<br />

então, entre BMW 116 d (2.0 diesel de 116<br />

cv) e Ford Focus 1.6 TDCi de 115 cv; Mercedes<br />

C180 CDI (2.2 diesel de 120 cv) e Peugeot<br />

508 1.6 HDi de 112 cv; e Audi A6 2.0<br />

TDI de 177 cv e Opel Insignia com 160 cv<br />

(este modelo pertence ao segmento D e não<br />

E, mas é a versão mais potente).<br />

Curi<strong>os</strong>amente, <strong>os</strong> resultad<strong>os</strong> não indicaram<br />

diferenças marcadas entre “premium” e generalistas,<br />

mas entre <strong>os</strong> motores de cilindradas<br />

diferentes. Com efeito, segundo a Boxer,<br />

o Ford Focus tem cust<strong>os</strong> totais mais baix<strong>os</strong><br />

20,5% do <strong>que</strong> o BMW Série 1 e o Peugeot<br />

508 apresenta um valor 31% inferior ao<br />

do Mercedes Classe C. No entanto, o Opel<br />

Insignia tem, de acordo com a consultora,<br />

um valor semelhante (-2,6%) ao do Audi A6.<br />

Ora, amb<strong>os</strong> <strong>os</strong> model<strong>os</strong> têm motores 2.0, ao<br />

Audi A6 fica bem na “fotografia”<br />

BMW 116d<br />

(116cv)<br />

A diferença d<strong>os</strong> preç<strong>os</strong> de manutenção entre as marcas “premium” e as generalistas já foi maior.<br />

120 000 km/48 meses<br />

Ford Focus 1.6 Mercedes C180<br />

TDCi (115cv) CDI (120cv)<br />

contrário d<strong>os</strong> outr<strong>os</strong> cas<strong>os</strong>.<br />

O BMW 116d apresenta, em term<strong>os</strong> absolut<strong>os</strong>,<br />

um total de 1808,57 eur<strong>os</strong>, contra<br />

1500,63 eur<strong>os</strong> do Focus 1.6 TDCi. O Mercedes<br />

C180 CDI tem um valor total de 2312,96<br />

eur<strong>os</strong>, enquanto ao 508 1.6 HDi são indicad<strong>os</strong><br />

1764,87 eur<strong>os</strong>. Já n<strong>os</strong> mais equilibrad<strong>os</strong><br />

Audi A6 e Opel Insígnia <strong>os</strong> montantes são,<br />

respetivamente, de 1746,75 e 1701,61 eur<strong>os</strong>.<br />

O principal fator para um total absoluto<br />

de tendência mais elevada n<strong>os</strong> model<strong>os</strong><br />

“premium” está nas revisões programadas.<br />

O 116d tem, de acordo com a n<strong>os</strong>sa fonte,<br />

1334,22 eur<strong>os</strong> e o Focus fica-se pel<strong>os</strong> 911,5<br />

eur<strong>os</strong>; o C180 CDI “custa” 1534,79 eur<strong>os</strong> e o<br />

508 1.6 HDi 1233,73 eur<strong>os</strong>; e o A6 1123,51<br />

eur<strong>os</strong>, contra 996,94 eur<strong>os</strong> do Insignia.<br />

Já n<strong>os</strong> cust<strong>os</strong> adicionais, a tendência inverte-se,<br />

com exceção para o Mercedes. Este último<br />

modelo apresenta 778,17 eur<strong>os</strong> de cust<strong>os</strong><br />

Peugeot 508 1.6<br />

HDI (112cv)<br />

Audi A6 2.0<br />

TDI (177cv)<br />

Opel Insignia 2.0<br />

CDTI (160cv)<br />

Revisões (s/IVA)<br />

Mão de obra [h] 242,59 [5,6] 248,86 [7,4] 290,81 [7,2] 388,74 [11,35] 236,94 [6,3] 169 [5]<br />

Óleo [q] 590,26 [4] 218,88 [6] 483,6 [4] 346,5 [6] 488,07 [4] 360,72 [4]<br />

Filtro de óleo [q] 51,32 [4] 87,96 [6] 117,4 [4] 70,86 [6] 28,16 [4] 96,2 [4]<br />

Filtro de ar [q] 70,66 [2] 38,58 [2] 49,63 [2] 44,38 [2] 15,17 [1] 52 [2]<br />

Filtro de pólen [q] 72,78 [2] 56,01 [3] 124,22 [2] 41,4 [2] 117,24 [4] 72,8 [2]<br />

Filtro de combustível [q] 57,12 [2] 90,4 [2] 182,14 [4] 111,15 [3] 27,84 [1] 59,8 [2]<br />

Velas [q] - - - - - -<br />

Total Revisões (s/IVA) 1084,73 740,69 1247,8 1003,03 913,42 810,52<br />

Total Revisões (c/IVA) 1334,22 911,05 1534,79 1233,73 1123,51 996,94<br />

Interval<strong>os</strong> manut. (km) 30 000 20 000 25 000 20 000 30 000 30 000<br />

Interval<strong>os</strong> manut. (meses) 24 12 12 24 24 12<br />

Capacidade do cárter (L) 5,5 3,8 6,5 3,75 3,8 4,5<br />

Tipo de óleo especial semissintético sintético semissintético especial especial<br />

Cust<strong>os</strong> adicionais (c/IVA)<br />

Pastilhas frente 91,83 123,44 98,25 113,16 91,12 150,06<br />

Pastilhas trás 81,49 114,34 78,65 81,48 81,89 95,82<br />

Embraiagem 301,03 351,8 601,27 336,5 450,23 458,79<br />

Total adicionais (c/IVA) 474,35 589,58 778,17 531,14 623,24 704,67<br />

TOTAL absoluto (c/IVA) 1808,57 1500,63 2312,96 1764,87 1746,75 1701,61<br />

Cust<strong>os</strong> combustível<br />

Diesel ( 1,467/l) 7761,6 7408,8 8467,2 8114,4 8643,6 7585,2<br />

Fonte: Boxer Consulting<br />

Obs. Valores em eur<strong>os</strong> (salvo indicação contrária). Preço das revisões programadas sem IVA (salvo indicação contrária). Restantes cust<strong>os</strong> com IVA.


SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO 2012 47<br />

AUTOMÓVEL<br />

Pirelli com novo responsável ibérico<br />

Giansimone Bertoli é o novo country manager da Pirelli para Espanha e <strong>Portugal</strong>, em substituição<br />

de Gian Paolo Gatti Comini, <strong>que</strong>, depois de oito an<strong>os</strong> como responsável máximo na<br />

Península Ibérica, foi transferido para França, para assumir o cargo de country manager desse<br />

país. Nascido em Cremona (Itália) há 44 an<strong>os</strong>, licenciou-se em Economia e Comércio na<br />

Universidade de Parma em 1995, ano em <strong>que</strong> entrou no mundo da Pirelli.<br />

Concessionário Toyota de Viseu distinguido<br />

A Toyota Motor Europe distinguiu com o Prémio “Ichiban” o concessionário Caetano Auto<br />

(Viseu) por ter alcançado a nível nacional uma performance de excelência em term<strong>os</strong> de satisfação<br />

de clientes. Este galardão é entregue anualmente pela Toyota a nível europeu. Nesta<br />

última edição de 2011 foram avaliad<strong>os</strong> cerca de 2600 concessionári<strong>os</strong> em todo o continente,<br />

tendo sido eleit<strong>os</strong> <strong>os</strong> 42 <strong>melhor</strong>es em 32 países.<br />

tramam”<br />

pós-venda<br />

Retorno oferecido a<strong>os</strong> patrocinadores<br />

deve ir além da presença nas provas<br />

RENATO PITA, PILOTO QUE ESTÁ A DISPUTAR CLASSE 2.0 LITROS/2 RODAS MOTRIZES DO CAMPEONATO NACIONAL<br />

DE RALIS, APOSTA NA CRIAÇÃO DE EVENTOS EXTRA<br />

Diferencial de preço<br />

em novo elevado<br />

FORD FOCUS 1.6 TDCI 115 CV<br />

25 150 a 26 585 (IUC 118,76)<br />

MERCEDES C180 CDI<br />

40 194 (IUC 207,6)<br />

OPEL INSIGNIA 2.0 CDTI 160 CV<br />

36 560 a 41 210 (IUC 178,02)<br />

BMW 116d<br />

31 446 (IUC 178,02)<br />

AUDI A6 2.0 TDI<br />

51 398 (IUC 207,6)<br />

PEUGEOT 508 1.6 HDI<br />

29 723 a 30 623 (IUC 118,76)<br />

(de referir <strong>que</strong> a Mercedes-Benz <strong>Portugal</strong> dá<br />

como cert<strong>os</strong> 632,26 eur<strong>os</strong> neste item), enquanto<br />

o Peugeot se fica pel<strong>os</strong> 531,14 eur<strong>os</strong>.<br />

Já no caso do BMW, esse valor é inferior ao<br />

do Ford: 474,35 contra 589,58 eur<strong>os</strong>. Também<br />

o Audi (623,24 eur<strong>os</strong>) fica abaixo do<br />

Opel (704,67 eur<strong>os</strong>).<br />

AQUILES PINTO<br />

aquilespinto@vidaeconomica.pt<br />

Época do piloto<br />

custa 80 mil eur<strong>os</strong><br />

A definição d<strong>os</strong> cust<strong>os</strong> de <strong>que</strong> Renato<br />

Pita fala é tão mais importante quanto<br />

maior é o projeto e a classe 2.0 Litr<strong>os</strong>/2<br />

Rodas Motrizes do Campeonato Nacional<br />

de Ralis representa uma dimensão<br />

considerável à escala nacional e do<br />

piloto, <strong>que</strong> no ano passado disputou o<br />

Open de Ralis. A temporada de 2012<br />

como o Renault Clio R3 Max é, com<br />

efeito, a mais cara de sempre de Renato<br />

Pita.<br />

“Esta é a época com maior investimento<br />

de sempre. Embora tenha metade das<br />

provas do Open de Ralis, é uma prova<br />

do Campeonato Nacional, em <strong>que</strong> tive<br />

de recorrer ao aluguer do carro à ARC<br />

Sport. Eu gasto, no aluguer do carro,<br />

em cada prova, uma média de 10 mil<br />

eur<strong>os</strong>, são cerca de 100 por km. Isto<br />

inclui assistência e gasolina especial,<br />

<strong>que</strong> custa à volta de cinco eur<strong>os</strong> o litro.<br />

Fora isto, há <strong>os</strong> pneus, <strong>que</strong> no último<br />

rali foram quase cinco mil eur<strong>os</strong> [dez<br />

unidades, quatro para testar e sei na<br />

prova], e tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> cust<strong>os</strong> associad<strong>os</strong>,<br />

como a inscrição em cada prova<br />

(cerca de 1200 eur<strong>os</strong>), a inscrição no<br />

campeonato (500 eur<strong>os</strong>) e deslocações e<br />

pagamento ao ‘staff’ da equipa”, explica<br />

o piloto. Contas feitas, o orçamento para<br />

a temporada da Renato Pita Motorsport<br />

ronda d<strong>os</strong> 80 mil eur<strong>os</strong>.<br />

“O facto de colar um autocolante num carro, por si só, não chega”, avisa o piloto de Viana do<br />

Castelo.<br />

O retorno a oferecer a<strong>os</strong> patrocinadores<br />

de equipas de desporto motorizado<br />

“não passa só pela presença nas provas”,<br />

de acordo com Renato Pita, piloto <strong>que</strong><br />

está a disputar classe 2.0 Litr<strong>os</strong>/2 Rodas<br />

Motrizes do Campeonato Nacional de<br />

Ralis. “Talvez pelo facto de eu ter duas<br />

empresas, tenho a noção <strong>que</strong> o facto de<br />

colar um autocolante num carro, por si<br />

só, não chega, principalmente quando se<br />

envolvem verbas <strong>que</strong> já não são pe<strong>que</strong>nas”,<br />

disse à “<strong>Vida</strong> Económica” o piloto<br />

de Viana do Castelo.<br />

O projeto de Renato Pita passa, por<br />

isso, por um conjunto de ações <strong>que</strong> extravasam<br />

o Campeonato de <strong>Portugal</strong> de<br />

Ralis, envolvendo tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> patrocinadores<br />

e parceir<strong>os</strong>.<br />

“Isso cria um retorno extra”, explica<br />

o corredor, <strong>que</strong>, procurou potenciar recurs<strong>os</strong><br />

e criou a Renato Pita Motorsport<br />

Event<strong>os</strong>. Sempre com a imagem d<strong>os</strong> patrocinadores<br />

associada, a empresa promove<br />

event<strong>os</strong>, como o recente Primeiro Rali<br />

de Viana da Castelo (1 e 2 de junho), do<br />

Regional Norte e uma campanha de prevenção<br />

rodoviária para todas a escolas do<br />

primeiro ciclo de Viana do Castelo, ação<br />

<strong>que</strong> pretende repetir n<strong>os</strong> outr<strong>os</strong> distrit<strong>os</strong>.<br />

Além da referida Renato Pita Motorsport<br />

Event<strong>os</strong>, o piloto tem outras duas empresas,<br />

uma na área da comunicação e outra,<br />

em Espanha, <strong>que</strong> produz componentes<br />

para eólicas.<br />

Uma das marcas <strong>que</strong> patrocina o projeto<br />

de Renato Pita é a BP, o <strong>que</strong> é um<br />

orgulho enorme”, segundo a n<strong>os</strong>sa fonte.<br />

A marca de combustíveis e lubrificantes<br />

apoia apenas uma equipa em cada modalidade<br />

d<strong>os</strong> desport<strong>os</strong> motorizad<strong>os</strong>, sendo<br />

o piloto do Renault Clio R3 Max o escolhido<br />

no Campeonato de <strong>Portugal</strong> de<br />

Ralis. A ligação de Renato Pita à BP vem<br />

desde <strong>os</strong> primórdi<strong>os</strong> da carreira do vianense,<br />

no Campeonato Nacional de Promoção<br />

ao volante de um pe<strong>que</strong>no Nissan<br />

Micra.<br />

Dinheiro disponível e planeamento<br />

essenciais<br />

Renato Pita, <strong>que</strong> sempre g<strong>os</strong>tou de<br />

competição automóvel, mas na qual só<br />

começou a entrar, de forma consistente,<br />

em 2008, quando, já depois d<strong>os</strong> 30 an<strong>os</strong><br />

(hoje, tem 37 an<strong>os</strong>), conseguiu a solidez<br />

financeira para isso, avisa <strong>que</strong> é preciso<br />

reunir o dinheiro necessário para correr.<br />

“Quem quiser montar um projeto n<strong>os</strong> ralis,<br />

tem de ter dinheiro para isso. Se um<br />

projeto custa 100 mil eur<strong>os</strong>, nós tem<strong>os</strong> de<br />

ter esse montante disponível e depois é<br />

<strong>que</strong> tem<strong>os</strong> de reunir patrocinadores para<br />

minimizarem as coisas. O <strong>que</strong> se passa<br />

no desporto, muitas vezes, é: o projeto<br />

custa 100 mil eur<strong>os</strong>, vam<strong>os</strong> arranjar 100<br />

mil eur<strong>os</strong> de patrocíni<strong>os</strong>, se não for assim,<br />

não correm<strong>os</strong>. Na minha opinião, isso é<br />

uma falha”, defende.<br />

O segredo do sucesso d<strong>os</strong> projet<strong>os</strong> de<br />

Renato Pita é, segundo o próprio, o planeamento,<br />

algo <strong>que</strong> acredita ter adquirido<br />

na gestão das suas empresas. “Antes de a<br />

época começar, faço um planeamento em<br />

<strong>que</strong> ponho <strong>os</strong> cust<strong>os</strong> tod<strong>os</strong>. Se eu bater<br />

com o carro, tenho de ter dinheiro para<br />

pagar. Tudo tem de ser planeado”, avisa.<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

Media partner<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

PUB


Uma edição<br />

Compre já em http://livraria.vidaeconomica.pt<br />

Nº 1451 / 29 de junho 2012 Semanal 2,20 <strong>Portugal</strong> Continental<br />

Páginas: 304<br />

P.V.P.: € 18<br />

Autor: Maria J<strong>os</strong>é Esteves,<br />

Sandra Alves Amorim e Paulo Valério<br />

Bruxelas alarga regime de apoio<br />

às entidades financeiras<br />

A Comissão Europeia<br />

aprovou, pela sexta<br />

vez, uma prorrogação<br />

do regime nacional de<br />

apoio às instituições financeiras.<br />

Trata-se de<br />

uma garantia destinada<br />

a facilitar o acesso das<br />

entidades financeiras ao<br />

financiamento de crédito.<br />

É também um meio<br />

de restabelecer a confiança<br />

por parte d<strong>os</strong> mercad<strong>os</strong> internacionais.<br />

Com este sistema, o Estado passa a ter<br />

Subsídi<strong>os</strong> de doença<br />

com cortes a partir de julho<br />

Workshop<br />

Como criar Marcas sexy<br />

Preç<strong>os</strong>:<br />

Publico Geral: <br />

Assinantes <strong>Vida</strong> Económica: <br />

COMPETÊNCIAS A DESENVOLVER<br />

<br />

comunicação<br />

OBJECTIVOS<br />

<br />

<br />

<br />

DESTINATÁRIOS<br />

<br />

CONTEÚDOS<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

garantias n<strong>os</strong> contrat<strong>os</strong><br />

de financiamento, bem<br />

como na emissão de dívida<br />

não subordinada de<br />

curto e médio praz<strong>os</strong> das<br />

instituições de crédito<br />

solventes com sede em<br />

<strong>Portugal</strong>. O valor global<br />

deste regime ascende a<br />

cerca de 20 mil milhões<br />

de eur<strong>os</strong>. A medida representa<br />

um benefício<br />

estatal, mas é flexível no sentido da sua adequação<br />

às regras comunitárias.<br />

Foram publicadas em Diário da Repúblicas<br />

as várias alterações a<strong>os</strong> regimes jurídic<strong>os</strong><br />

de proteção na doença. As baixas de<br />

curta duração são as mais penalizadas.<br />

Até agora as baixas por doença estavam<br />

abrangidas por um regime uniforme<br />

n<strong>os</strong> primeir<strong>os</strong> noventa dias (descontando<br />

<strong>os</strong> três primeir<strong>os</strong> dias <strong>que</strong> não nunca são<br />

pag<strong>os</strong>). Nas baixas até 30 dias, o trabalhador<br />

passa a receber 55% do salário bruto,<br />

quando recebia 65% do mesmo. As percentagens<br />

vão aumentando, à medida <strong>que</strong><br />

se alarga o período de incapacidade para o<br />

trabalho. As novas regras entram em vigor<br />

já no mês de julho, paralelamente a outras<br />

medidas, como é o caso do subsídio de<br />

morte, o qual fica limitado a seis vezes o<br />

indexante de apoi<strong>os</strong> sociais.<br />

Como criar Marcas de sucesso. <br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

Duração<br />

Data -<br />

Local - Porto<br />

DINAMIZADOR<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

A saída da Grécia do euro:<br />

boas notícias<br />

<strong>Portugal</strong>, a Eurozone, senão mesmo<br />

a Europa e as economias da OCDE,<br />

estão horrorizadas perante a<br />

p<strong>os</strong>sibilidade de a Grécia sair do euro.<br />

Um duplo erro. Primeiro, por<strong>que</strong> as<br />

consequências p<strong>os</strong>itivas para a Europa,<br />

são muito maiores <strong>que</strong> as negativas. E,<br />

segundo, muito, muito especialmente<br />

para <strong>Portugal</strong>.<br />

Vam<strong>os</strong> por partes.<br />

Primeiro: todo o comportamento<br />

da Grécia tem sido de uma enorme<br />

irresponsabilidade, na 1) ausência<br />

de transparência nas suas contas, 2)<br />

deficits sucessiv<strong>os</strong> e 3) ausência de<br />

medidas corretivas.<br />

Ora, sem responsabilidade não pode<br />

haver autoridade (orçamental). “Ubi<br />

comodo, ibi incomodo”, diz a antiga<br />

máxima latina.<br />

O <strong>que</strong> isto significa é <strong>que</strong> a Europa<br />

não pode ser construída com base na<br />

geografia. Mas sim na comunhão de<br />

princípi<strong>os</strong> e valores. A Grécia não é<br />

(hoje) um país europeu. Infelizmente.<br />

É p<strong>os</strong>sível <strong>que</strong> Bruxelas aceite suavizar<br />

(em prazo e objetiv<strong>os</strong>) as condições da<br />

austeridade.<br />

O <strong>que</strong> seria uma pena. Primeiro,<br />

por<strong>que</strong> só adiará um problema de<br />

fundo, não resolvendo a incontinência<br />

orçamental grega. E, segundo,<br />

por<strong>que</strong> para a Europa e <strong>Portugal</strong> as<br />

desvantagens da saída da Grécia do<br />

euro são muito inferiores às vantagens.<br />

Certo <strong>que</strong>, após a saída da Grécia, as<br />

bolsas e moeda europeias cairão…<br />

até… <strong>os</strong> “mercad<strong>os</strong>” repararem <strong>que</strong><br />

a Grécia representa ± 1% do PIB do<br />

euro. Uma pulga no elefante.<br />

Já reparaste <strong>que</strong> poeira vam<strong>os</strong> <strong>os</strong> dois<br />

a levantar?, diz a pulga nas c<strong>os</strong>tas do<br />

elefante… a correr.<br />

Acresce <strong>que</strong> a saída da Grécia teria<br />

quatro vantagens. Um exemplo para<br />

<strong>os</strong> incumpridores (e já se sabe como<br />

é: <strong>os</strong> exempl<strong>os</strong> valem mil palavras…).<br />

Separaria um membro doente de um<br />

corpo mais saudável. Libertaria <strong>os</strong><br />

govern<strong>os</strong> e polític<strong>os</strong><br />

NOTA DE FECHO<br />

JORGE A. VASCONCELLOS E SÁ<br />

MESTRE DRUCKER SCHOOL, PHD COLUMBIA UNIVERSITY<br />

Professor Catedrático – nop4867@mail.telepac.pt<br />

europeus para, em vez de tratarem de<br />

problemas (a Grécia, mais a Grécia<br />

e sempre a Grécia), se dedicarem às<br />

oportunidades: pôr a Europa, a crescer.<br />

E finalmente, Bruxelas e <strong>os</strong> países<br />

ric<strong>os</strong> também teriam aprendido a sua<br />

lição: não basta impor austeridade (a<strong>os</strong><br />

desequilibrad<strong>os</strong>); é também necessário<br />

dar-lhes mei<strong>os</strong> (de crescimento).<br />

Em síntese, para a Grécia, a saída do<br />

euro seria terrível; para a Europa uma<br />

má fase de <strong>que</strong> ao fim de algum tempo<br />

recuperaria mais forte e até aliviada.<br />

E finalmente, para <strong>Portugal</strong>, a saída da<br />

Grécia seriam excelentes notícias.<br />

Por<strong>que</strong> o euro, as bolsas, etc.<br />

sobreviverão à saída da (pulga) grega.<br />

Como caso isolado.<br />

Mas se houvesse um outro “senhor”<br />

<strong>que</strong> se seguisse (neste caso, <strong>Portugal</strong>)<br />

aí o caso “fiaria mais fino”. Por<strong>que</strong><br />

criaria a ideia (junto d<strong>os</strong> mercad<strong>os</strong>) de<br />

um efeito dominó: a <strong>que</strong> se seguiria a<br />

Espanha, Itália, França, etc.<br />

Levando <strong>os</strong> investidores a fugir (e<br />

já se sabe como é): a realidade é um<br />

conceito e a perceção é a realidade. E,<br />

assim, criando uma profecia <strong>que</strong> se<br />

autorrealizava.<br />

E isso, isso é o <strong>que</strong> nenhum país do<br />

euro, Alemanha incluída, se pode<br />

permitir. Pode tolerar. Custe o <strong>que</strong><br />

custar.<br />

Por isso, para evitar <strong>que</strong> <strong>Portugal</strong> se<br />

visse grego, viriam até nós, fazendon<strong>os</strong><br />

uma pergunta muito simples:<br />

o <strong>que</strong> é <strong>que</strong> necessita? Mais prazo?<br />

Men<strong>os</strong> jur<strong>os</strong>? Mais dinheiro? O <strong>que</strong><br />

for. Diga. E assim <strong>Portugal</strong> acabaria<br />

por usufruir de condições muito<br />

<strong>melhor</strong>es, por força das necessidades e<br />

iniciativa europeia e não da vontade e<br />

incompetência portuguesas.<br />

Em síntese, aterrad<strong>os</strong> com o efeito<br />

dominó da pulga grega, Bruxelas pode<br />

optar por empurrar o problema para<br />

a frente. Até… se fartar. Um erro…<br />

para a Europa. E uma pena… para<br />

<strong>Portugal</strong>.<br />

Blog: www.institutoliberdadeeconomica.blogspot.com<br />

Governo rejeita atras<strong>os</strong><br />

n<strong>os</strong> reembols<strong>os</strong> do IRS<br />

O Governo nega <strong>que</strong> se<br />

estejam a verificar atras<strong>os</strong><br />

n<strong>os</strong> reembols<strong>os</strong> do IRS.<br />

O secretário de Estado<br />

d<strong>os</strong> Assunt<strong>os</strong> Fiscais, Paulo<br />

Núncio, garante <strong>que</strong> o<br />

processo está a decorrer<br />

com toda a normalidade e<br />

está a ser dada prioridade<br />

às declarações entregues via<br />

internet.<br />

De acordo com a Autoridade<br />

Tributária, em junho<br />

foram efeit<strong>os</strong> reembols<strong>os</strong><br />

num valor de cerca de 1350 milhões de<br />

eur<strong>os</strong>, tendo sido contempladas<br />

mais de 1,7 milhões<br />

de famílias. A op<strong>os</strong>ição é<br />

<strong>que</strong> não se tem conformado<br />

com esta argumentação<br />

e adianta <strong>que</strong> têm sido muitas<br />

as <strong>que</strong>ixas recebidas de<br />

contribuintes <strong>que</strong> continuam<br />

à espera d<strong>os</strong> respetiv<strong>os</strong><br />

reembols<strong>os</strong>. Também considera<br />

estranho o facto de<br />

o IRS ter sido o único d<strong>os</strong><br />

principais imp<strong>os</strong>t<strong>os</strong> a apresentar<br />

uma evolução p<strong>os</strong>itiva<br />

n<strong>os</strong> primeir<strong>os</strong> meses do ano.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!