13.04.2014 Views

Aproveitamento de água de chuva de cobertura em área ... - Crea-SP

Aproveitamento de água de chuva de cobertura em área ... - Crea-SP

Aproveitamento de água de chuva de cobertura em área ... - Crea-SP

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

<strong>Aproveitamento</strong> <strong>de</strong> água <strong>de</strong> <strong>chuva</strong> <strong>de</strong> <strong>cobertura</strong> <strong>em</strong> área urbana para fins não potáveis<br />

Engenheiro civil Plinio Tomaz 29 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2009 pliniotomaz@uol.com.br<br />

<strong>Aproveitamento</strong> <strong>de</strong> água <strong>de</strong> <strong>chuva</strong> <strong>de</strong> <strong>cobertura</strong> <strong>em</strong> área urbana para fins não<br />

potáveis<br />

1. Apresentação<br />

Uma análise mo<strong>de</strong>rna e completa dos sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong> água necessita da<br />

apreciação <strong>de</strong> quatro recursos hídricos: água <strong>de</strong> superfície (rios e lagos), água subterrânea (poços<br />

tubulares profundos), reúso <strong>de</strong> água (black water ou graywater) e aproveitamento <strong>de</strong> água <strong>de</strong> <strong>chuva</strong><br />

(<strong>de</strong> <strong>cobertura</strong> e para fins não potáveis.<br />

Para reúso infelizmente ainda não t<strong>em</strong>os normas da ABNT, mas para aproveitamento <strong>de</strong> água<br />

<strong>de</strong> <strong>chuva</strong> t<strong>em</strong>os a NBR 15.527/07 da qual fomos coor<strong>de</strong>nador. A <strong>de</strong>ssalinização da água do mar está<br />

inclusa na água <strong>de</strong> superfice.<br />

A importância da certificação LEED (Lea<strong>de</strong>rship in Energy and Environmental Design)<br />

conhecida como Green Building acrescenta um novo valor à água <strong>de</strong> reúso e ao aproveitamento da<br />

água <strong>de</strong> <strong>chuva</strong> <strong>em</strong> usos não potáveis, economizando a água potável <strong>em</strong> usos menos nobres e na<br />

irrigação.<br />

2. Histórico<br />

<strong>Aproveitamento</strong> da água <strong>de</strong> <strong>chuva</strong> é feito <strong>de</strong>sta a antiguida<strong>de</strong>. O primeiro registro que se t<strong>em</strong> do<br />

uso da água <strong>de</strong> <strong>chuva</strong> é verificado na pedra Mohabita, data <strong>de</strong> 830aC, que foi achada na antiga região<br />

<strong>de</strong> Moab, perto <strong>de</strong> Israel. Esta reliquia traz <strong>de</strong>terminações do rei Mesa, <strong>de</strong> Moab, para a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Qarhoh, <strong>de</strong>nre as quais <strong>de</strong>staca-se “...para que cada um <strong>de</strong> vós faça uma cisterna para si mesmo, na<br />

sua casa”<br />

A Fortaleza dos T<strong>em</strong>plarios localizada na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Tomar <strong>em</strong> Portugal <strong>em</strong> 1160 dC, era<br />

abastecida com água <strong>de</strong> <strong>chuva</strong>.<br />

Figura 1- Fortaleza dos T<strong>em</strong>plarios; cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Tomar, Portugal, construida <strong>em</strong> 1160<br />

Os principais motivos que levam à <strong>de</strong>cisão para se utilizar água <strong>de</strong> <strong>chuva</strong> são basicamente os<br />

seguintes:<br />

‣ Conscientização e sensibilida<strong>de</strong> da necessida<strong>de</strong> da conservação da água<br />

‣ Região com disponibilida<strong>de</strong> hídrica menor que 1200m 3 /habitante x ano<br />

‣ Elevadas tarifas <strong>de</strong> água das concessionárias públicas.<br />

‣ Retorno dos investimentos (payback) muito rápido<br />

‣ Instabilida<strong>de</strong> do fornecimento <strong>de</strong> água pública<br />

‣ Exigência <strong>de</strong> lei específica<br />

‣ Locais on<strong>de</strong> a estiag<strong>em</strong> é maior que 5 meses<br />

1


<strong>Aproveitamento</strong> <strong>de</strong> água <strong>de</strong> <strong>chuva</strong> <strong>de</strong> <strong>cobertura</strong> <strong>em</strong> área urbana para fins não potáveis<br />

Engenheiro civil Plinio Tomaz 29 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2009 pliniotomaz@uol.com.br<br />

‣ Locais ou regiões on<strong>de</strong> o índice <strong>de</strong> ari<strong>de</strong>z seja menor ou igual a 0,50.<br />

O aproveitamento <strong>de</strong> água <strong>de</strong> <strong>chuva</strong> não po<strong>de</strong> receber o termo reúso <strong>de</strong> água <strong>de</strong> <strong>chuva</strong> e n<strong>em</strong><br />

chamado <strong>de</strong> reaproveitamento. O termo reúso é usado somente para água que já foi utilizada pelo<br />

hom<strong>em</strong> <strong>em</strong> lavag<strong>em</strong> <strong>de</strong> mãos, bacia sanitária, lavag<strong>em</strong> <strong>de</strong> roupas, banhos, etc. Reaproveitamento é<br />

s<strong>em</strong>elhante ao reúso, significando que a água <strong>de</strong> <strong>chuva</strong> já foi utilizada e portanto, não está correto.<br />

3. Objetivo<br />

Objetivo é fornecer diretrizes básicas para o aproveitamento <strong>de</strong> água <strong>de</strong> <strong>chuva</strong> <strong>em</strong> áreas urbanas<br />

para fins não potáveis para os seguintes usos:<br />

‣ <strong>de</strong>scargas <strong>em</strong> bacias sanitárias,<br />

‣ irrigação <strong>de</strong> gramados por aspersão ou gotejamento e plantas ornamentais,<br />

‣ lavag<strong>em</strong> <strong>de</strong> veículos,<br />

‣ limpeza <strong>de</strong> calçadas e ruas,<br />

‣ limpeza <strong>de</strong> pátios,<br />

‣ espelhos d’água e<br />

‣ usos industriais.<br />

Salientamos que a água <strong>de</strong> <strong>chuva</strong> será usada para fins não potáveis, não substituindo a água<br />

tratada e <strong>de</strong>sinfectada com <strong>de</strong>rivado cloarado, com fluor e que po<strong>de</strong> ser usada para banhos, comida<br />

ou ingerida, distribuida pelas concessionárias públicas.<br />

Não incluimos a lavag<strong>em</strong> <strong>de</strong> roupa e piscinas <strong>de</strong>vido ao probl<strong>em</strong>a do parasita Cryptosporidium<br />

parvum que para r<strong>em</strong>ovê-lo precisamos <strong>de</strong> filtros lentos <strong>de</strong> areia.<br />

4. Definições<br />

As seguintes <strong>de</strong>finições são importantes para o entendimento do aproveitamento <strong>de</strong> água <strong>de</strong><br />

<strong>chuva</strong> e a visualizaçao da Figura (2) on<strong>de</strong> aparece o esqu<strong>em</strong>a <strong>de</strong> aproveitamento <strong>de</strong> água <strong>de</strong> <strong>chuva</strong>.<br />

Água <strong>de</strong> <strong>chuva</strong><br />

É a agua coletada durante eventos <strong>de</strong> precipitação pluviométrica <strong>em</strong> telhados inclinados ou planos<br />

on<strong>de</strong> não haja passag<strong>em</strong> <strong>de</strong> veículos ou <strong>de</strong> pessoas. As águas <strong>de</strong> <strong>chuva</strong> que ca<strong>em</strong> nos pisos<br />

resi<strong>de</strong>nciais, comerciais ou industriais não estão inclusas no sist<strong>em</strong>a proposto.<br />

Figura 2- Esqu<strong>em</strong>a <strong>de</strong> aproveitamento <strong>de</strong> água <strong>de</strong> <strong>chuva</strong><br />

Água não potável<br />

Enten<strong>de</strong>-se por não potável aquela que não aten<strong>de</strong> a Portaria nº. 518/2004 do Ministério da Saú<strong>de</strong><br />

Área <strong>de</strong> captação<br />

Área, <strong>em</strong> metros quadrados, da projeção horizontal da superfície on<strong>de</strong> a água é captada.<br />

2


<strong>Aproveitamento</strong> <strong>de</strong> água <strong>de</strong> <strong>chuva</strong> <strong>de</strong> <strong>cobertura</strong> <strong>em</strong> área urbana para fins não potáveis<br />

Engenheiro civil Plinio Tomaz 29 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2009 pliniotomaz@uol.com.br<br />

Coeficiente <strong>de</strong> runoff (C) ou escoamento superficial<br />

Coeficiente que representa a relação entre o volume total escoado e o volume total precipitado.<br />

Conexão cruzada<br />

Qualquer ligação física através <strong>de</strong> peça, dispositivo ou outro arranjo que conecte duas<br />

tubulações das quais uma conduz água potável e a outra água <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sconhecida ou não<br />

potável.<br />

D<strong>em</strong>anda<br />

A <strong>de</strong>manda ou consumo <strong>de</strong> água é a média anual, mensal ou diário, a ser utilizado para fins não<br />

potáveis num <strong>de</strong>terminado t<strong>em</strong>po<br />

First flush<br />

Após três dias <strong>de</strong> seca vai-se acumulando nos telhados, poeiras, folhas, <strong>de</strong>tritos, etc e é<br />

aconselhável que esta primeira água seja <strong>de</strong>scartada (first flush). Conforme o uso <strong>de</strong>stinado às águas<br />

<strong>de</strong> <strong>chuva</strong>s po<strong>de</strong> ser dispensado o first flush <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo do projetista.<br />

As pesquisas feitas mostram que o first flush varia <strong>de</strong> 0,4 L/m 2 <strong>de</strong> telhado a 8 L/m 2 <strong>de</strong> telhado<br />

conforme o local. Na falta <strong>de</strong> dados locais sugere-se o uso do first flush no valor <strong>de</strong> 2 L/m 2 <strong>de</strong> área <strong>de</strong><br />

telhado.<br />

Suprimento<br />

Fonte alternativa <strong>de</strong> água para compl<strong>em</strong>entar o reservatório <strong>de</strong> água <strong>de</strong> <strong>chuva</strong>. Po<strong>de</strong> ser água da<br />

concessionária pública dos serviços <strong>de</strong> água, poço tubular profundo, caminhões tanques, etc.<br />

Reservatório intermediário<br />

Local on<strong>de</strong> po<strong>de</strong> ser armazenada a água <strong>de</strong> <strong>chuva</strong> para ser utilizada. Se água <strong>de</strong> <strong>chuva</strong> for clorada<br />

<strong>de</strong>verá ter t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> contato mínimo <strong>de</strong> 15min <strong>de</strong>ntro do reservatório intermediário.<br />

5. Calhas e condutores<br />

As calhas e condutores horizontais e verticais <strong>de</strong>v<strong>em</strong> aten<strong>de</strong>r a ABNT NBR 10844/89 sendo que<br />

tais dimensionamento são baseados <strong>em</strong> vazões <strong>de</strong> projeto que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m dos fatores meteorológicos<br />

e do periodo <strong>de</strong> retorno escolhido.<br />

Estas vazões não serv<strong>em</strong> para dimensionamento dos reservatórios e sim para o dimensionamento<br />

dass calhas e condutores (verticais e horizontais).<br />

‣ Dev<strong>em</strong> ser observados o período <strong>de</strong> retorno escolhido (Tr), a vazão <strong>de</strong> projeto e a intensida<strong>de</strong><br />

pluviométrica. Recomenda-se Tr=25anos.<br />

‣ Nos condutores verticais ou nos condutores horizontais po<strong>de</strong> ser instalado dispositivos<br />

fabricados ou construidos in loco para o <strong>de</strong>scarte da água do first flush ou para eliminação<br />

<strong>de</strong> folhas e <strong>de</strong>tritos. O dispositivo ou a construção po<strong>de</strong>rá ter operação manual ou<br />

automática sendo recomendado a operação automatica.<br />

‣ O dispositivo <strong>de</strong> <strong>de</strong>scarte <strong>de</strong> água do first flush <strong>de</strong>ve ser dimensionado pelo projetista. Na<br />

falta <strong>de</strong> dados recomenda-se no mínimo 2 mm, ou seja, 2 litros/m 2 <strong>de</strong> telhado.<br />

‣ Caso se julgue conveniente po<strong>de</strong>rão ser instaladas telas ou gra<strong>de</strong>s para r<strong>em</strong>oção <strong>de</strong> <strong>de</strong>tritos.<br />

Vazão na calha<br />

Conforme NBR 10844/89 a vazão na calha é dada pela equação:<br />

Q= I x A / 60<br />

Sendo:<br />

Q= vazão <strong>de</strong> pico (litros/min)<br />

3


<strong>Aproveitamento</strong> <strong>de</strong> água <strong>de</strong> <strong>chuva</strong> <strong>de</strong> <strong>cobertura</strong> <strong>em</strong> área urbana para fins não potáveis<br />

Engenheiro civil Plinio Tomaz 29 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2009 pliniotomaz@uol.com.br<br />

I= intensida<strong>de</strong> pluviométrica (mm/h)<br />

A= area <strong>de</strong> contribuição (m 2 )<br />

Os períodos <strong>de</strong> retorno comumente adotado é Tr=25anos para cida<strong>de</strong>s acima <strong>de</strong><br />

100.000habitantes (Ilha <strong>de</strong> Calor). Para a RM<strong>SP</strong> adotamos o mínimo: I=200mm/h.<br />

Dimensionamento da calha<br />

É usado para dimensionamento da calha a fórmula <strong>de</strong> Manning:<br />

Q=60000 x (A/n) x R (2/3) x S 0,5<br />

Sendo:<br />

Q= vazão <strong>de</strong> pico (L/min)<br />

A= área da seção molhada (m 2 )<br />

n= coeficiente <strong>de</strong> rugosida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Manning. Para concreto n=0,013 e para plástico n=0,011.<br />

R= raio hidráulico= A/P<br />

P= perímetro molhado (m)<br />

S= <strong>de</strong>clivida<strong>de</strong> da calha (m/m)<br />

Condutores horizontais<br />

Os condutores horizontais <strong>de</strong> seção circular que geralmente são assentados no piso po<strong>de</strong>m<br />

ser dimensionados usando a fórmula <strong>de</strong> Manning para seção máxima <strong>de</strong> altura 0,66D ou usar a<br />

tabela da ABNT e <strong>de</strong>clivida<strong>de</strong> mínima <strong>de</strong> 0,5% (0,005m/m)<br />

6. Reservatórios ou cisternas<br />

Deverá ser analisada as séries históricas e sintéticas das precipitações locais ou regionais.<br />

sendo aconselháel no mínimo um período <strong>de</strong> 10 anos <strong>de</strong> dados a ser<strong>em</strong> analizados.<br />

‣ Os reservatórios ou cisternas conforme Figura (3) po<strong>de</strong>m ser: enterrados, s<strong>em</strong>i-enterrado,<br />

poiado ou elevado. Os materiais po<strong>de</strong>m ser concreto, alvenaria armada, materiais plásticos<br />

como polietileno, PVC, fibra <strong>de</strong> vidro e aço inox. S<strong>em</strong>pre serão vedados a luz solar.<br />

‣ Os reservatórios <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser construidos como se fosse para armazenamento <strong>de</strong> água potável<br />

<strong>de</strong>vendo ser<strong>em</strong> tomadas os <strong>de</strong>vidos cuidados para não contaminar a água <strong>de</strong> <strong>chuva</strong> coletada dos<br />

telhados.<br />

Figura 3- Reservatório <strong>de</strong> aço inox apoiado, observando o filtro metálico<br />

‣ Dev<strong>em</strong> ser consi<strong>de</strong>rados no projeto do reservatório: extravasor, <strong>de</strong>scarga <strong>de</strong> fundo ou<br />

bombeamento para limpeza, <strong>cobertura</strong>, inspeção, ventilação e segurança.<br />

4


<strong>Aproveitamento</strong> <strong>de</strong> água <strong>de</strong> <strong>chuva</strong> <strong>de</strong> <strong>cobertura</strong> <strong>em</strong> área urbana para fins não potáveis<br />

Engenheiro civil Plinio Tomaz 29 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2009 pliniotomaz@uol.com.br<br />

‣ O reservatório quando alimentado com água <strong>de</strong> outra fonte <strong>de</strong> suprimento <strong>de</strong> água, <strong>de</strong>ve<br />

possuir dispositivos que impeçam a conexão cruzada.<br />

‣ O volume <strong>de</strong> água <strong>de</strong> <strong>chuva</strong> aproveitável <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do coeficiente <strong>de</strong> runoff, b<strong>em</strong> como da<br />

eficiência do sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> <strong>de</strong>scarte do first flush, sendo calculado pela seguinte equação:<br />

V= P x A x C x η fator <strong>de</strong> captação<br />

On<strong>de</strong>:<br />

V= volume anual, mensal ou diário <strong>de</strong> água <strong>de</strong> <strong>chuva</strong> aproveitável, <strong>em</strong> litros;<br />

P= precipitação média anual, mensal ou diária, <strong>em</strong> milímetros;<br />

A= área <strong>de</strong> coleta, <strong>em</strong> metros quadrados;<br />

C=coeficiente <strong>de</strong> runoff. Normalmente C=0,95<br />

η fator <strong>de</strong> captação = eficiência do sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> captação, levando <strong>em</strong> conta o <strong>de</strong>scarte do first flush.<br />

A eficiência do first flush ou do <strong>de</strong>scarte <strong>de</strong> filtros e telas variam <strong>de</strong> 0,50 a 0,90.<br />

Um valor prático quando não se têm dados é adotar: C x η= 0,80<br />

O volume dos reservatórios <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser dimensionados com base <strong>em</strong> critérios técnicos e<br />

econômicos, levando <strong>em</strong> conta as boas práticas da engenharia<br />

‣ Os reservatórios <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser limpos e <strong>de</strong>sinfetados com solução <strong>de</strong> <strong>de</strong>rivado clorado, no<br />

mínimo uma vez por ano <strong>de</strong> acordo com a ABNT NBR 5626/98.<br />

‣ O volume não aproveitável da água <strong>de</strong> <strong>chuva</strong>, po<strong>de</strong> ser lançado na re<strong>de</strong> <strong>de</strong> galerias <strong>de</strong> águas<br />

pluviais, na via pública ou ser infiltrado total ou parcialmente, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que não haja perigo <strong>de</strong><br />

contaminação do lençol freático.<br />

‣ A <strong>de</strong>scarga <strong>de</strong> fundo po<strong>de</strong> ser feita por gravida<strong>de</strong> ou por bombeamento.<br />

‣ A água reservada <strong>de</strong>ve ser protegida contra a incidência direta da luz solar e calor, b<strong>em</strong><br />

como <strong>de</strong> animais que possam a<strong>de</strong>ntrar o reservatório através da tubulação <strong>de</strong> extravasão.<br />

7. Instalações prediais<br />

‣ As instalações prediais <strong>de</strong> água fria <strong>de</strong>v<strong>em</strong> aten<strong>de</strong>r a ABNT NBR 5626/98, principalmente<br />

quanto as recomendações <strong>de</strong> separação atmosférica, dos materiais <strong>de</strong> construção das<br />

instalações, da retrossifonag<strong>em</strong>, dos dispositivos <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> refluxo, proteção contra<br />

interligação entre água potável e não potável, do dimensionamento das tubulações e limpeza e<br />

<strong>de</strong>sinfecção dos reservatórios, controle <strong>de</strong> ruídos e vibrações.<br />

‣ As tubulações e <strong>de</strong>mais componentes <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser claramente diferenciadas das tubulações <strong>de</strong><br />

água potável. Po<strong>de</strong> ser usado cor diferentes ou tarja plástica enrolada no tubo.<br />

‣ Diferentes sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> distribuição <strong>de</strong> água fria, sendo um para água potável e outro para<br />

água não potável <strong>de</strong>v<strong>em</strong> existir <strong>em</strong> qualquer tipo <strong>de</strong> edificação, evitando a conexão cruzada<br />

e obe<strong>de</strong>cendo a ABNT NBR 5626/98.<br />

‣ Os pontos <strong>de</strong> consumo, como por ex<strong>em</strong>plo uma torneira <strong>de</strong> jardim, <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser i<strong>de</strong>ntificados<br />

com placa <strong>de</strong> advertência com a seguinte inscrição “água não potável” e advertência visual<br />

<strong>de</strong>stinada a pessoas que não saibam ler e a crianças.<br />

‣ Recomenda-se que hajam dois reservatórios, sendo um para água potável e outra para água<br />

não potável que será usado para o aproveitamento da água <strong>de</strong> <strong>chuva</strong>.<br />

8. Qualida<strong>de</strong> da água<br />

Os padrões <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> do sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> água <strong>de</strong> <strong>chuva</strong> para água não potável no ponto <strong>de</strong><br />

uso é opção do projetista po<strong>de</strong>ndo conforme a situação po<strong>de</strong>ndo ser exigido cloração ou não ou até<br />

adotar a Tabela (4) para monitoramento do sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> aproveitamento <strong>de</strong> água <strong>de</strong> <strong>chuva</strong>.<br />

Tabela 4 – Parâmetros <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> água para uso não potável<br />

Parâmetro Análise Valor<br />

Coliformes totais s<strong>em</strong>estral Ausência <strong>em</strong> 100 mL<br />

Coliformes termotolerantes s<strong>em</strong>estral Ausência <strong>em</strong> 100 mL<br />

5


<strong>Aproveitamento</strong> <strong>de</strong> água <strong>de</strong> <strong>chuva</strong> <strong>de</strong> <strong>cobertura</strong> <strong>em</strong> área urbana para fins não potáveis<br />

Engenheiro civil Plinio Tomaz 29 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2009 pliniotomaz@uol.com.br<br />

Cloro residual livre mensal 0,5 a 3,0mg/L<br />

Turbi<strong>de</strong>z mensal < 2,0 uT, para usos menos restritivos < 5,0 uT.<br />

Cor aparente (caso não seja utilizado nenhum mensal < 15 uH<br />

corante, ou antes, da sua utilização).<br />

Deve prever ajuste <strong>de</strong> pH para proteção das<br />

re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> distribuição, caso necessário.<br />

mensal pH <strong>de</strong> 6,0 a 8,0 no caso <strong>de</strong> tubulação <strong>de</strong> aço carbono ou<br />

galvanizado.<br />

NOTAS<br />

uT é a unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> turbi<strong>de</strong>z.<br />

uH é a unida<strong>de</strong> Hazen.<br />

‣ Não se recomenda <strong>em</strong> hipótese alguma a transformação da água <strong>de</strong> <strong>chuva</strong> <strong>em</strong> água<br />

potável <strong>em</strong> áreas urbanas. A água fornecida pela SABE<strong>SP</strong> é insubstituível.<br />

‣ Para <strong>de</strong>sinfecção, a critério do projetista, po<strong>de</strong>-se utilizar hipoclorito <strong>de</strong> sódio,<br />

dicloroisocianurato<strong>de</strong> sódio, raios ultravioleta, ozônio e outros. Em aplicações on<strong>de</strong> é<br />

necessário um residual <strong>de</strong>sinfetante <strong>de</strong>ve ser usado hipoclorito <strong>de</strong> sódio <strong>de</strong>vendo o cloro<br />

residual livre estar entre 0,5 mg/l e 3,0 mg/l. O prof. dr. Jorge Macedo explica que o<br />

hipoclorito <strong>de</strong> sódio é muito instável e facilita a formação <strong>de</strong> THM e tricloraminas e<br />

portanto, <strong>de</strong>verá ser levado <strong>em</strong> conta na escolha do produto <strong>de</strong> <strong>de</strong>sinfecção <strong>de</strong> <strong>de</strong>rivados<br />

clorados a instabilida<strong>de</strong>, risco <strong>de</strong> manuseio, facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> THM, etc.<br />

‣ No caso <strong>de</strong> água <strong>de</strong> <strong>chuva</strong> ser utilizada para lavag<strong>em</strong> <strong>de</strong> roupas ou piscina <strong>de</strong>ve ser<br />

precedido <strong>de</strong> filtros lentos <strong>de</strong> areia para r<strong>em</strong>oção <strong>de</strong> parasitas, como por ex<strong>em</strong>plo o<br />

Crypstoridium parvum.<br />

‣ Para se ter uma idéia dos preços <strong>de</strong> análises informamos que para coliformes totais e<br />

termotolerantes o custo é <strong>de</strong> R$ 40,00/ amostra. Para cor aparente, turbi<strong>de</strong>z e cloro residual<br />

livre o custo é <strong>de</strong> R$ 20,00/amostra conforme Instituto Adolfo Lutz <strong>de</strong> São Paulo.<br />

Konig, 2007 informa que a norma al<strong>em</strong>ã não existe nenhuma recomendação legal para<br />

qualida<strong>de</strong> da água <strong>de</strong> <strong>chuva</strong> e n<strong>em</strong> <strong>de</strong> monitoramento, entretanto recomenda expressamente que a<br />

qualida<strong>de</strong> das águas <strong>de</strong> <strong>chuva</strong>s sejam mantidas conforme a Tabela (5).<br />

Tabela 5- Limites recomendados pelo dr. Klaus W. Konig da Al<strong>em</strong>anha <strong>em</strong> 2007<br />

Parâmetros Limites Limites<br />

Coliformes totais 0/0,001mL < 100/mL<br />

Escherichia coli 0/ 0,1mL


<strong>Aproveitamento</strong> <strong>de</strong> água <strong>de</strong> <strong>chuva</strong> <strong>de</strong> <strong>cobertura</strong> <strong>em</strong> área urbana para fins não potáveis<br />

Engenheiro civil Plinio Tomaz 29 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2009 pliniotomaz@uol.com.br<br />

Konig, 2007 informa ainda que a <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> se utilizar a água <strong>de</strong> <strong>chuva</strong> para lavag<strong>em</strong> <strong>de</strong> roupas<br />

é uma <strong>de</strong>cisão pessoal do projetista e <strong>de</strong> sua responsabilida<strong>de</strong>. L<strong>em</strong>bramos que a NBR 15527/07 não<br />

recomenda a lavag<strong>em</strong> <strong>de</strong> roupa com água <strong>de</strong> <strong>chuva</strong> a não ser que se use filtros lentos <strong>de</strong> areia.<br />

9. Bombeamento<br />

‣ Quando necessário o bombeamento, o mesmo <strong>de</strong>ve aten<strong>de</strong>r a ABNT NBR 12214/92.<br />

‣ Dev<strong>em</strong> ser observadas as recomendações das tubulações <strong>de</strong> sucção e recalque, velocida<strong>de</strong>s<br />

mínimas <strong>de</strong> sucção e seleção do conjunto motor-bomba.<br />

‣ Po<strong>de</strong> ser instalado junto a bomba centrífuga, dosador automático <strong>de</strong> <strong>de</strong>rivado clorado o qual<br />

convém ser enviado a um reservatório intermediário para que haja t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> contato <strong>de</strong> no<br />

mínimo 15 min.<br />

‣ Um dosador automático <strong>de</strong> <strong>de</strong>rivado clorado custa aproximadamente R$ 350,00. Po<strong>de</strong>rá ser<br />

usado hipoclorito <strong>de</strong> sódio ou outro <strong>de</strong>rivado clorado.<br />

10. Manutenção<br />

‣ Recomenda-se realizar manutenção <strong>em</strong> todo o sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> coleta e aproveitamento <strong>de</strong> água<br />

<strong>de</strong> <strong>chuva</strong> conforme Tabela (6).<br />

Tabela 6- Sugestão <strong>de</strong> frequência <strong>de</strong> manutenção<br />

Componente<br />

Freqüência <strong>de</strong> manutenção<br />

Dispositivo <strong>de</strong> <strong>de</strong>scarte do escoamento inicial automático Limpeza mensal ou após <strong>chuva</strong> <strong>de</strong><br />

gran<strong>de</strong> intensida<strong>de</strong><br />

Calhas, condutores verticais e horizontais<br />

2 ou 3 vezes por ano<br />

Desinfecção com <strong>de</strong>rivado clorado<br />

Manutenção mensal<br />

Bombas<br />

Manutenção mensal<br />

Reservatório<br />

Limpeza e <strong>de</strong>sinfecção anual<br />

11. Dimensionamento do reservatório pelo Método <strong>de</strong> Rippl<br />

O método <strong>de</strong> Rippl geralmente superdimensiona o reservatório, mas é bom usá-lo para<br />

verificar o limite superior do volume do reservatório <strong>de</strong> acumulaçao <strong>de</strong> aguas <strong>de</strong> <strong>chuva</strong>s.<br />

Neste método po<strong>de</strong>-se usar as séries históricas mensais (mais comum) ou diárias.<br />

S (t) = D (t) – Q (t)<br />

Q (t) = C x precipitação da <strong>chuva</strong> (t) x área <strong>de</strong> captação<br />

V = Σ S (t) , somente para valores S (t) > 0<br />

Sendo que : Σ D (t) < Σ Q (t)<br />

On<strong>de</strong>:<br />

S (t) é o volume <strong>de</strong> água no reservatório no t<strong>em</strong>po t;<br />

Q (t) é o volume <strong>de</strong> <strong>chuva</strong> aproveitável no t<strong>em</strong>po t;<br />

D (t) é a <strong>de</strong>manda ou consumo no t<strong>em</strong>po t;<br />

V é o volume do reservatório, <strong>em</strong> metros cúbicos;<br />

C é o coeficiente <strong>de</strong> escoamento superficial.<br />

12. Método da simulação<br />

Para um <strong>de</strong>terminado mês aplica-se a equação da continuida<strong>de</strong> a um reservatório finito:<br />

S (t) = Q (t) + S (t-1) – D (t)<br />

Q (t) = C x precipitação da <strong>chuva</strong> (t) x área <strong>de</strong> captação<br />

Sendo que: 0 ≤ S (t) ≤ V<br />

On<strong>de</strong>:<br />

S (t) é o volume <strong>de</strong> água no reservatório no t<strong>em</strong>po t;<br />

S (t-1) é o volume <strong>de</strong> água no reservatório no t<strong>em</strong>po t – 1;<br />

Q (t) é o volume <strong>de</strong> <strong>chuva</strong> no t<strong>em</strong>po t;<br />

D (t) é o consumo ou <strong>de</strong>manda no t<strong>em</strong>po t;<br />

7


<strong>Aproveitamento</strong> <strong>de</strong> água <strong>de</strong> <strong>chuva</strong> <strong>de</strong> <strong>cobertura</strong> <strong>em</strong> área urbana para fins não potáveis<br />

Engenheiro civil Plinio Tomaz 29 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2009 pliniotomaz@uol.com.br<br />

V é o volume do reservatório fixado;<br />

C é o coeficiente <strong>de</strong> escoamento superficial.<br />

Nota: para este método duas hipóteses <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser feitas, o reservatório está cheio no início da<br />

contag<strong>em</strong> do t<strong>em</strong>po “t”, os dados históricos são representativos para as condições futuras.<br />

13. Método prático do professor Azevedo Neto<br />

O último trabalho do prof. Azevedo Neto foi aproveitamento <strong>de</strong> água <strong>de</strong> <strong>chuva</strong> <strong>em</strong> 1995.<br />

V = [(P/2) / 12] x A x T<br />

On<strong>de</strong>:<br />

P é a precipitação média anual <strong>em</strong> milímetros;<br />

T é o número <strong>de</strong> meses <strong>de</strong> pouca <strong>chuva</strong> ou seca;<br />

A é a área <strong>de</strong> coleta, <strong>em</strong> metros quadrados;<br />

V é o volume <strong>de</strong> água aproveitável e o volume <strong>de</strong> água do reservatório, <strong>em</strong> litros.<br />

14. Confiança<br />

Confiança = (1 - P r )<br />

Recomenda-se que os valores <strong>de</strong> confiança estejam entre 90% a 99%.<br />

P r = N r / N<br />

Sendo:<br />

P r é a falha<br />

N r é o número <strong>de</strong> meses <strong>em</strong> que o reservatório não aten<strong>de</strong>u a <strong>de</strong>manda, isto é, quando V t = 0;<br />

N é o número <strong>de</strong> meses consi<strong>de</strong>rado, geralmente 12 meses;<br />

15. Dimensionamento do reservatório <strong>de</strong> autolimpeza<br />

Na Figura (4) está um esqu<strong>em</strong>a do sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> aproveitamento <strong>de</strong> águas pluviais on<strong>de</strong> aparece<br />

a caixa do first flush, ou seja, o reservatório <strong>de</strong> autolimpeza que funciona automaticamente.<br />

S<strong>em</strong> dúvida a gran<strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong> é dimensionar o tamanho do reservatório <strong>em</strong> que a água do<br />

first flush será <strong>de</strong>positada para ser <strong>de</strong>scartada, quando se supõe esta alternativa.<br />

Figura 4- Esqu<strong>em</strong>a <strong>de</strong> funcionamento do reservatório <strong>de</strong> autolimpeza<br />

8


<strong>Aproveitamento</strong> <strong>de</strong> água <strong>de</strong> <strong>chuva</strong> <strong>de</strong> <strong>cobertura</strong> <strong>em</strong> área urbana para fins não potáveis<br />

Engenheiro civil Plinio Tomaz 29 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2009 pliniotomaz@uol.com.br<br />

Uma maneira que encontramos para dimensionar a caixa <strong>de</strong> autolimpeza, isto é, que ela seja<br />

feita automaticamente s<strong>em</strong> a interferência humana é imaginarmos um reservatório que tenha o<br />

volume do first flush e que o esvaziamento do mesmo seja feito <strong>em</strong> 10min aproximadamente.<br />

O valor <strong>de</strong> esvaziamento <strong>de</strong> 10min, foi tomado <strong>em</strong>piricamente, pois este é o t<strong>em</strong>po que leva<br />

para que a água levar para ficar limpa.<br />

Usamos a equação do orifício:<br />

Q= Cd x A (2 x g x h) 0,5<br />

Sendo:<br />

Q= vazão <strong>de</strong> saída do orifício (m 3 /s)<br />

G= aceleração da gravida<strong>de</strong>=g=9,81m/s 2<br />

h= altura <strong>de</strong> água sobre o orifício (m). É a meta<strong>de</strong> da altura da caixa.<br />

A= área da seção do orifício (m 2 )<br />

Cd= coeficiente <strong>de</strong> <strong>de</strong>scarga do orifício=0,62<br />

16. Custos<br />

Os custos dos reservatórios variam com o material, com a solução escolhido da posição do<br />

reservatório e das condições locais. Estão inclusos nos custos o custo <strong>de</strong> calhas, condutores e bomba<br />

centrífuga.<br />

Na média o custo do reservatório varia <strong>de</strong> US$ 150/m 3 a US$ 200/m 3 <strong>de</strong> água reservada.<br />

C= 336 x V 0,85<br />

Sendo:<br />

C= custo do reservatório <strong>em</strong> US$<br />

V= volume do reservatório <strong>em</strong> m 3<br />

17. Previsão <strong>de</strong> consumo <strong>de</strong> água<br />

Há s<strong>em</strong>pre uma gran<strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong> <strong>em</strong> se prever o consumo <strong>de</strong> água não potável para se usar a<br />

água <strong>de</strong> <strong>chuva</strong>.<br />

A Tabela (9) <strong>de</strong> Vickers, 2001 mostra as porcentagens dos tipos <strong>de</strong> uso resi<strong>de</strong>ncial. Assim<br />

numa casa se gasta 27% da água nas <strong>de</strong>scargas nas bacias sanitárias, 17% nos chuveiros, 22% na<br />

lavag<strong>em</strong> <strong>de</strong> roupa, etc.<br />

A média <strong>de</strong> consumo brasileiro é <strong>de</strong> 160 litros/diaxhabitante e, como po<strong>de</strong> ser verificado na<br />

Tabela (7), a economia <strong>de</strong> água potável seria <strong>de</strong> 27% se utilizarmos água <strong>de</strong> <strong>chuva</strong> apenas nas<br />

<strong>de</strong>scargas <strong>de</strong> bacias sanitárias.<br />

Tabela 7- Tipos <strong>de</strong> usos e porcentag<strong>em</strong> <strong>de</strong> utilização <strong>de</strong> consumo interno <strong>de</strong> uma residência<br />

18. Qualida<strong>de</strong> da água <strong>de</strong> <strong>chuva</strong><br />

9


<strong>Aproveitamento</strong> <strong>de</strong> água <strong>de</strong> <strong>chuva</strong> <strong>de</strong> <strong>cobertura</strong> <strong>em</strong> área urbana para fins não potáveis<br />

Engenheiro civil Plinio Tomaz 29 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2009 pliniotomaz@uol.com.br<br />

Foi muito discutido na reunião da ABNT os parâmetros <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> água <strong>de</strong> <strong>chuva</strong> que se<br />

<strong>de</strong>via adotar, pois não encontramos <strong>em</strong> nenhum texto estrangeiro ou mesmo na norma al<strong>em</strong>ã nada<br />

sobre o assunto.<br />

Baseado na experiência do CIRRA, o dr. José Carlos Mierza apresentou alguns parâmetros<br />

básicos que <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser seguidos conforme o uso e dos perigos <strong>de</strong> contato humano com a mesma.<br />

Quando o uso for restritivo a norma recomenda que o cloro residual livre esteja entre 0,5mg/L<br />

a 3mg/L e que a sua verificação seja mensal.<br />

Quanto a turbi<strong>de</strong>z <strong>de</strong>ve ser menor que 5 uT (unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> turbi<strong>de</strong>z) e, <strong>em</strong> alguns casos mais<br />

restritivos, ser menor que 2 uT.<br />

A cor aparente <strong>de</strong>ve ser menor que 15 uH (unida<strong>de</strong> Hazen) e <strong>de</strong>verá ser verificado<br />

mensalmente.<br />

Quanto a coliformes totais e termotolerantes <strong>de</strong>verão estar ausentes <strong>em</strong> amostras s<strong>em</strong>estrais <strong>de</strong><br />

100mL cada.<br />

No que se refere ao pH <strong>de</strong>verá estar entre 6,0 e 8,0.<br />

19.. Filtros lentos <strong>de</strong> areia<br />

Os filtros lentos <strong>de</strong> areia foram os primeiros sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> filtração <strong>de</strong> abastecimento público.<br />

Os filtros cerâmicos, panos e <strong>em</strong> carvão foram criados antes. Os filtros lentos <strong>de</strong> areia caíram <strong>em</strong><br />

<strong>de</strong>suso quando surgiram os filtros rápidos, mas <strong>de</strong>vido a facilida<strong>de</strong> com que po<strong>de</strong>m reter<br />

microorganismos, eles estão <strong>de</strong> volta.<br />

O objetivo é usar como água bruta a água <strong>de</strong> <strong>chuva</strong> precipitada <strong>em</strong> telhados e captada,<br />

melhorando sua qualida<strong>de</strong>, mas ainda a mesma continua sendo não potável. A idéia é dar uma<br />

melhoria qualitativa para fins <strong>de</strong> uso não potável.<br />

Ir<strong>em</strong>os nos <strong>de</strong>ter somente nos filtros lentos <strong>de</strong> areia <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes, sendo aquele <strong>em</strong> que se<br />

forma uma camada <strong>de</strong> bactérias <strong>de</strong> mais ou menos 5cm chamada schmutz<strong>de</strong>che que é responsável<br />

pelo incr<strong>em</strong>ento na retenção <strong>de</strong> impurezas muito finas.<br />

Na Figura (5) v<strong>em</strong>os um esqu<strong>em</strong>a <strong>de</strong> um filtro lento <strong>de</strong> areia. Notar que a água entra por cima<br />

e sai também por cima acima da camada do schmutz<strong>de</strong>che.<br />

O regime <strong>de</strong> escoamento po<strong>de</strong> ser contínuo ou <strong>de</strong>scontinuo como o aproveitamento <strong>de</strong> água <strong>de</strong><br />

<strong>chuva</strong>.<br />

Junto a superfície da camada <strong>de</strong> areia dos filtros lentos, após algum t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> funcionamento<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo da qualida<strong>de</strong> da água bruta, forma-se uma camada <strong>de</strong> impurezas, <strong>de</strong> natureza gelatinosa,<br />

compreen<strong>de</strong>ndo microorganismos aquáticos <strong>em</strong> gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> <strong>em</strong> 5 a 15 dias.<br />

O fluxo da água <strong>de</strong>ve ser regularizado a fim <strong>de</strong> não romper o biofilme que se forma.<br />

Taxa <strong>de</strong> filtração<br />

A camada filtrante é constituída por areia mais fina e a velocida<strong>de</strong> com que a água atravessa a<br />

camada filtrante é relativamente baixa.<br />

As taxas <strong>de</strong> filtração geralmente ficam compreendidas entre 2m 3 /m 2 .dia (83litros/m 2 .hora) a 6<br />

m 3 /m 2 /dia (250 litros/m 2 .hora).<br />

O funcionamento recomendado <strong>de</strong> um filtro lento <strong>de</strong> areia é <strong>de</strong> 100 litros/m 2 . hora (0,1m 3 /m 2 x<br />

h ou 0,1m/h). A Organização Pan-americana da Saú<strong>de</strong>, 2003 recomenda valor menor ou igual 0,2m/h<br />

(200 litros/m 2 x h)<br />

10


<strong>Aproveitamento</strong> <strong>de</strong> água <strong>de</strong> <strong>chuva</strong> <strong>de</strong> <strong>cobertura</strong> <strong>em</strong> área urbana para fins não potáveis<br />

Engenheiro civil Plinio Tomaz 29 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2009 pliniotomaz@uol.com.br<br />

Figura 5- Esqu<strong>em</strong>a <strong>de</strong> um filtro lento <strong>de</strong> areia lento <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>nte com entrada e saída por<br />

cima <strong>em</strong> nível superior a camada <strong>de</strong> areia.<br />

Salientamos que o filtro lento <strong>de</strong> areia não torna a água potável, pois para isto <strong>de</strong>verá<br />

aten<strong>de</strong>r a todos os requisitos da Portaria 518/04 do Ministério da Saú<strong>de</strong>.<br />

20. Avaliação do sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> aproveitamento <strong>de</strong> água <strong>de</strong> <strong>chuva</strong><br />

O sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> aproveitamento <strong>de</strong> água <strong>de</strong> <strong>chuva</strong> é sustentável e para a avaliação usamos três<br />

métodos básicos: payback, relação beneficio/custo ≥ 1 e LCCA (lyfe cycle cost analysis) que é o<br />

método da análise da vida útil do sist<strong>em</strong>a.<br />

Em média sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> aproveitamento <strong>de</strong> água <strong>de</strong> <strong>chuva</strong> t<strong>em</strong> payback <strong>de</strong> no máximo 3 anos e<br />

relação Beneficio/Custo>1. Torna-se uma alternativa viável na maioria dos locais <strong>em</strong> análise LCCA<br />

<strong>de</strong> 20anos computando os custos <strong>de</strong> implantação, manutenção, operação, energia elétrica, substituição<br />

<strong>de</strong> equipamentos, etc usando o valor presente.<br />

21. Tarifas <strong>de</strong> esgotos<br />

Não há leis brasileiras e n<strong>em</strong> <strong>de</strong>cretos a respeito das tarifas <strong>de</strong> esgotos com o uso água <strong>de</strong><br />

<strong>chuva</strong> nos aparelhos sanitários. S<strong>em</strong> dúvida a água <strong>de</strong> <strong>chuva</strong> que for encaminhada para a re<strong>de</strong> coletora<br />

<strong>de</strong> esgotos sanitários da concessionária pública <strong>de</strong>verá ser tarifada<br />

22. Filtro <strong>de</strong> piscina<br />

Os filtros <strong>de</strong> piscina são filtros <strong>de</strong> areia rápidos e conforme tese <strong>de</strong> doutoramento da prof. dra.<br />

Simone May da EPU<strong>SP</strong> <strong>em</strong> aplicação ao aproveitamento da água <strong>de</strong> <strong>chuva</strong> <strong>de</strong> telhado, os mesmos<br />

r<strong>em</strong>ov<strong>em</strong> 100% dos coliformes totais e termotolerantes atentendo a NBR 15527/07.<br />

Para a r<strong>em</strong>oção <strong>de</strong> protozoários como a Giardia e o Cryptosporidium é necessário filtros<br />

lentos <strong>de</strong> areia conforme o prof. dr. Jorge Macedo <strong>de</strong> Juiz <strong>de</strong> Fora.<br />

23. Conclusão<br />

O aproveitamento da água <strong>de</strong> <strong>chuva</strong> <strong>de</strong>verá ser usado somente como água não potável e <strong>de</strong>ve<br />

ser consi<strong>de</strong>rado como mais um recurso hídrico disponível como a água <strong>de</strong> reúso <strong>de</strong> águas cinzas<br />

claras, água <strong>de</strong> superfície e subterrânea.<br />

Engenheiro Civil Plínio Tomaz<br />

Coor<strong>de</strong>nador do Grupo <strong>de</strong> Trabalho <strong>de</strong> Fiscalização <strong>de</strong> Bacias Hidrográficas do CREA-<strong>SP</strong><br />

pliniotomaz@uol.com.br<br />

11


<strong>Aproveitamento</strong> <strong>de</strong> água <strong>de</strong> <strong>chuva</strong> <strong>de</strong> <strong>cobertura</strong> <strong>em</strong> área urbana para fins não potáveis<br />

Engenheiro civil Plinio Tomaz 29 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2009 pliniotomaz@uol.com.br<br />

24. Bibliografia e livros consultados<br />

-ABNT (ASSOCIAÇAO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS). Projeto <strong>de</strong> captação <strong>de</strong> água<br />

<strong>de</strong> superfície para abastecimento público. NBR 12213 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 1992.<br />

-ABNT (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS). Água <strong>de</strong> <strong>chuva</strong>- <strong>Aproveitamento</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>cobertura</strong>s <strong>em</strong> áreas urbanas para fins não potáveis – Requisitos, set<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2007. NBR 15527/07.<br />

-ABNT (ASSOCIAÇAO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS). Estudos <strong>de</strong> concepção <strong>de</strong><br />

sist<strong>em</strong>as públicos <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong> água. NBR 12211 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 1992.<br />

-ABNT (ASSOCIAÇAO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS). Instalação predial <strong>de</strong> água<br />

fria. NBR 5626 <strong>de</strong> set<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1999.<br />

-ABNT (ASSOCIAÇAO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS). Instalações prediais <strong>de</strong> águas<br />

pluviais. NBR 10844 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1989.<br />

-ABNT (ASSOCIAÇAO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS). Projeto <strong>de</strong> estação <strong>de</strong><br />

tratamento <strong>de</strong> água para abastecimento público. NBR 12216 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 1992<br />

-ABNT (ASSOCIAÇAO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS). Projeto <strong>de</strong> reservatório <strong>de</strong><br />

distribuição <strong>de</strong> água para abastecimento público. NBR 12217 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 1994.<br />

-ABNT (ASSOCIAÇAO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS). Projeto <strong>de</strong> sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong><br />

bombeamento <strong>de</strong> água para abastecimento público. NBR 12214 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 1992.<br />

-BOTELHO, MANOEL HENRIQUE CAMPOS E RIBEIRO JR, GERALDO DE<br />

ANDRADE.Instalações Hidráulicas prediais feitas para durar- usando tubos <strong>de</strong> PVC. São Paulo:<br />

Pro, 1998, 230 p.<br />

-DIN (DEUTSCHES INSTITUT FUR NORMUNG) 1989-1. Norma al<strong>em</strong>ã <strong>de</strong> aproveitamento <strong>de</strong><br />

água <strong>de</strong> <strong>chuva</strong>. Entrou <strong>em</strong> operação somente <strong>em</strong> abril <strong>de</strong> 2002.<br />

-KONIG, KLAUS W. Innovative water concepts- service water utilization in Buildings. Berlin Senate<br />

Departament for Urban Development, ano 2007. http://www.stadtenwicklung.berlin.<strong>de</strong>.<br />

-MACEDO, JORGE ANTONIO BARROS DE. Desinfecção e esterilização química. Juiz <strong>de</strong> Fora,<br />

nov<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2009, 737páginas.<br />

-MACEDO, JORGE ANTONIO BARROS DE. Subprodutos do processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>sinfecção <strong>de</strong> água<br />

pelo uso <strong>de</strong> <strong>de</strong>rivados clorados. Juiz <strong>de</strong> Fora, 2001, ISBN 85-901.568-3-4.<br />

-MAY, SIMONE. Caracterização, tratamento e reúso <strong>de</strong> águas cinzas e aproveitamento <strong>de</strong> águas<br />

pluviais <strong>em</strong> edificações. São Paulo, julho, 2009, EPU<strong>SP</strong>, 200 páginas.<br />

-MAY, SIMONE. Estudo da viabilida<strong>de</strong> do aproveitamento <strong>de</strong> água <strong>de</strong> <strong>chuva</strong> para consume não<br />

potável <strong>em</strong> edificação. Dissertação apresentada à Escola Politécnica da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

para obtenção do titulo <strong>de</strong> mestre <strong>em</strong> engenharia.São Paulo, 2004.<br />

-McGHEE, TERENCE J. Water supply and Sewerage. 6a ed, 1991, 602 páginas.<br />

-METCALF&EDDY. Wastewater Engineering- Treatment disposal reuse. 3ª ed. 2001, 1333 páginas.<br />

-MINISTERIO DA SAUDE. Portaria 518 <strong>de</strong> 25 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 2004. Estabelece os procedimentos e<br />

responsabilida<strong>de</strong>s relativos ao controle e vigilância da qualida<strong>de</strong> da água para consumo humano e<br />

seu padrão <strong>de</strong> potabilida<strong>de</strong> e dá outras provi<strong>de</strong>ncias.<br />

-ORGANIZACION PANAMERICA DE LA SALUD. Hojas <strong>de</strong> divulgación técnica ISSN:1018-5119<br />

HDT Nº 88 MARZO 2003.<br />

-TEXAS, The Texas Manual on Rainwater Harvesting, 3a edição 2005, Austin, Texas, 88 páginas.<br />

-THOMAS, TERRY E REES, DAI. Affordable Roofwater Harvesting in the Humid Tropics.<br />

International Rainwater Catchment Syst<strong>em</strong>s Association Conference, 6 a 9 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 1999,<br />

Petrolina, Brasil.<br />

-THOMAS, TERRY et al. Bacteriological quality of water in DRWH- Rural Development. Germany:<br />

2001, Rainwater International Syst<strong>em</strong>s <strong>de</strong> 10 a 14 <strong>de</strong> set<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2001 <strong>em</strong> Manheim.<br />

-TOMAZ, PLINIO. <strong>Aproveitamento</strong> <strong>de</strong> água <strong>de</strong> <strong>chuva</strong> para áreas urbanas e fins não potáveis.<br />

Navegar Editora, São Paulo, 2005, 2ª ed., 180p. ISBN 85-87678-23-x.<br />

-TOMAZ, PLÍNIO. Conservação da água. Editora Parma, Guarulhos, 1999, 294 p.<br />

12


<strong>Aproveitamento</strong> <strong>de</strong> água <strong>de</strong> <strong>chuva</strong> <strong>de</strong> <strong>cobertura</strong> <strong>em</strong> área urbana para fins não potáveis<br />

Engenheiro civil Plinio Tomaz 29 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2009 pliniotomaz@uol.com.br<br />

-TOMAZ, PLINIO. Notas <strong>de</strong> aula na ABNT São Paulo <strong>em</strong> cursos <strong>de</strong> aproveitamento <strong>de</strong> água <strong>de</strong><br />

<strong>chuva</strong> <strong>de</strong> <strong>cobertura</strong> <strong>em</strong> áreas urbanas para fins não potáveis.<br />

-TOMAZ, PLINIO. Previsão <strong>de</strong> consumo <strong>de</strong> água- Interface das instalações prediais <strong>de</strong> água e<br />

esgotos com os serviços públicos. Navegar Editora, São Paulo, 2000, ISBN 85-87678-02-07, 250p.<br />

-VALDEZ, ENRIQUE CÉSAR e GONZÁLEZ, ALBA B. VÁZQUEZ. Ingenieria <strong>de</strong> los sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong><br />

tratamiento y disposición <strong>de</strong> aguas residualies. Fundación Ica, Mexico, 2003 310 páginas.<br />

-VICHKERS, AMY. Handbook of Water Use and Conservation. Massachusetts, 2001, ISBN 1-<br />

9315579-07-5, WaterPlow Press, 446p.<br />

13

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!